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Ano XCVII - N.º 3 Dezembro / 2005 Preço: 1 Mocho Ecos da Via-Sacra

Ecos da Via-Sacra · 2018-01-25 · representou a peça “O Velho Castanheiro”. Os actores foram o Nuno Loureiro (Lenhador) e o Bruno Rodrigues (Aranha) do 6.º B; a Inês Marques

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Ano XCVII - N.º 3 Dezembro / 2005 Preço: 1 Mocho

Ecos da Via-Sacra

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Ecos da Via-Sacra

Índice

Ano XCVII – N.º 3 Dezembro/2005

Periodicidade Trimestral

Director: P.e António Pereira FelisbertoDirector de Redacção: Prof. Nélson MarquesRedacção: Clube de Jornalismo

5.º B: Jaime Sousa

5.º C: Diogo Almeida, Miguel Areias

6.º A: Jorge Lopes

6.ºB: Ana Assis, Mariana Mercatelli

6.º C: Ana Fernandes

7.º B: Pedro Carvalho, Bruna Matos, Inês Tavares

Direcção Gráfica: Prof.ª Carla Pinto

ImpressãoNOVELgráficaRua Capitão Salomão, 121-123Viseu

Tiragem 800 exemplares

16 de DezembroFesta de NatalEucaristia

– 11.00 horas, Igreja do Seminário���������Maior de Viseu

Sarau de Natal– 14:30, Auditório do Centro

���������Pastoral Diocesano

Agenda de Actividades

T rabalho da aluna Márcia Beatriz, 5.ºB

página

Editorial .................................................. 3

Notícias do Colégio............................... 4

Entrevista com ...................................... 9

Espaço para a Escrita ......................... 11

Na Rota do Património ....................... 12

Coisas da Física e da Química .......... 15

Um Olhar sobre ................................... 16

9.º Ano... e Agora? .............................. 20

Mergulhar nos Livros.......................... 21

Sítio em Destaque ............................... 23

Hora do Recreio .................................. 24

Uma Questão de Saúde ...................... 26

Agora Falam os Pais ........................... 27

“Echos” do Passado........................... 30

Recordando ......................................... 31

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EDITORIAL

ECOS da VIA-SACRA

S. Paulo apresenta aos Coríntios o exemplo dos cristãos da Macedónia que, embora a braçoscom uma extrema pobreza, se mostraram muito generosos para com a comunidade de Jerusalém,então em dificuldades, e exorta-os à partilha.

Segundo o Apóstolo, está em causa a necessidade das comunidades e ainda a fidelidade e oamor a Jesus Cristo que “sendo rico, se fez pobre”.

O Natal é a máxima concretização da vontade de Deus de elevar o ser humano da sua indigênciae da sua pobreza à realização plena, participando da totalidade do Infinito que tudo partilha com oHomem.

A época natalícia que se aproxima pode ser mais um momento oportuno para acolher os“desafios” que a “Pobreza” nos coloca, não ter medo deles, e decidir energicamente uma reacçãopositiva contra todas as suas formas, particularmente contra a fome e a miséria que matam aindahoje tantos milhões de pessoas.

Aos alunos, pais, professores e a toda a comunidade educativa do nosso Colégio lembro aquialguns desafios que a pobreza nos lança (é o tema que escolhemos para este anos lectivo):

- participar, trabalhando e estudando para termos cada vez mais um ensino de qualidade; aquise insere o esforço de todos na construção do nosso Pavilhão Polidesportivo;

- aproveitar todos os meios que temos à nossa disposição para que o ensino-aprendizagem, noColégio da Via-Sacra, possa fazer de todos os alunos homens e mulheres competentes, com saber esabedoria, com vontade e com valores que lhes permitam empenhar-se no desenvolvimento sustentáveldo nosso mundo, sem os desequilíbrios norte–sul e este–oeste;

- que o nosso Colégio facilite, desde já, a prática da partilha e da solidariedade.

Este é o jeito de Jesus Cristo, que Ele nos quis trazer ao nascer em Belém!A todos um Santo e Feliz Natal!

Desafios do Natal

“Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor JesusCristo que, sendo rico, se fez pobre por vós, para vosenriquecer com a sua pobreza.”(2.ª Cor. 8, 9)

P.e António FelisbertoDirector do Colégio da Via-Sacra

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ECOS da VIA-SACRA

No dia 2 de Novembro, osnossos professores de Inglêsorganizaram um dia muitodivertido e, como não podiadeixar de ser, assustador!

Todos estávamos desejosospara que este dia chegasse, poishá algum tempo que pensáva-mos no nosso traje e planeá-vamos as abóboras. Esta tra-dição, oriunda dos EstadosUnidos, cumpre-se na noite de 31de Outubro. Na nossa Escola,festejámos um pouco mais tarde,mas nem por isso perdeu a piada.No intervalo da manhã, partici-pámos na feira do Halloween,onde se podiam comprar porta-chaves, marca-livros, bolos,maçãs doces, entre outrascoisas…

Durante a tarde, tiveram lugarno recreio as actividades. Emprimeiro lugar, aconteceu oconcurso das abóboras, que serevelou uma tarefa complicadapara os júris, pois havia abóborasmuito engraçadas e originais.Parabéns para a Anna do 5.º A,para o André Pinto e JoãoBernardino do 6.º A e para oPaulo do 6.º C, que venceram oconcurso. De seguida, desfilarambruxas, feiticeiros e monstrosmaléficos, que assombraram oColégio durante aquela tarde. Osbruxos mais bem trajados foramo Diogo do 6.º A, a Inês e aCarolina do 5.º A. Por último, odivertidíssimo jogo do fio degomas provocou imensas gar-galhadas de todos aqueles queassistiam. Os jogadores, com os

No passado dia 7 de Outubro, sexta-feira, celebrámoso Dia do Colégio. Como sempre, passaram-se momentosespeciais e divertidos. Monotonia é uma palavra quecertamente não condiz com este dia, em grande parte porcausa dos nossos professores que preparam inúmerasactividades onde pudemos participar. De manhã, logo cedo,dirigimo-nos às respectivas salas, onde dialogámos comos nossos professores. Aos caloiros falaram sobre a históriado Colégio, desde a sua fundação até aos dias de hoje. Osalunos dos restantes anos exploraram, discutiram e fizeramsugestões à proposta de Projecto Educativo do Colégio daVia-Sacra. Depois deste momento de reflexão, seguiu-sea já tradicional fotografia nas escadas da entrada principal.Cerca das 10 horas, juntámo-nos nos espaços do recreio edeslocámo-nos a pé para a Igreja do Seminário, ondecelebrámos a Eucaristia.

Depois do almoço, iniciaram-se as diversas actividadesdesportivas, onde se incluiu o jogo entre os professores eos alunos. Estes, infelizmente, perderam. Força, pessoal!Vai haver mais oportunidades! Para além do desporto,decorreram um Karaoke, um atelier de artes e a exibiçãode filmes. No final do dia, chegou o merecido lanche.

Inês Tavares e Bruna Matos, 7.º B (Clube de Jornalismo)

DIA DO COLÉGIO

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ECOS da VIA-SACRA

NOTÍCIAS do COLÉGIO

No dia 11 de Novembro, cumpriu-se a tradição ecomemorou-se o dia de S. Martinho.

Nos intervalos das aulas, foi exibida na Biblioteca umaapresentação em power point, alusiva à vida de S. Martinhoe à importância da castanha no modo de vida das gentesde outros tempos. O Magusto teve início à tarde, depoisdas aulas, com o contributo do ABC do Teatro, querepresentou a peça “O Velho Castanheiro”. Os actoresforam o Nuno Loureiro (Lenhador) e o Bruno Rodrigues(Aranha) do 6.º B; a Inês Marques (Castanheiro) e a AnaFernandes (Caracol) do 6.º C; a Ana Carvalho (Formiga)do 5.º C; e o Jaime (Verme) do 5.º B. Seguiu-se adistribuição das castanhas e o lanche, sempre muitosaboroso. A festa, para satisfação de todos, terminou noginásio com um divertido karaoke. Como acontece todosos anos, os alunos tiveram a oportunidade de enfarruscarnão só os seus colegas, mas também os seus professores.Alguns funcionários, inclusive, não se livraram destabrincadeira.

Tratou-se de uma tarde muito alegre, passada emconvívio, que serviu para fugir um pouco à rotina do dia-a-dia das aulas.

Ana Fernandes, 5.º C; Jaime Sousa, 5.º B; PedroCarvalho, 7.º B (Clube de Jornalismo)

HALLOWEEN Magusto do Colégio

olhos vendados e as mãos atrásdas costas tinham de conseguirdescobrir e comer as gomas queestavam penduradas num fio.

Para o ano esperamos queo halloween seja tão ou maisdivertido quanto este…

Ana Fernandes, 6.ºC(Clube de Jornalismo)

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ECOS da VIA-SACRA

No dia 19 de Outubro, nós, os jornalistasdo Colégio, tivemos a oportunidade de visitare ficar a conhecer por dentro o quartel doRegimento de Infantaria 14 de Viseu.

Depois de uma pequena palestra com ocomandante na escadaria da entrada doquartel, dirigimo-nos para a messe de oficiais,o edifício principal, onde visitámos o museu.Na entrada, lado a lado, encontravam-se asestátuas de D. Nuno Álvares Pereira, opatrono da Infantaria portuguesa, e Viriato, ochefe dos Lusitanos, escolhido pararepresentar o Regimento de Infantaria danossa cidade. Nessa altura, quando o nossoguia perguntou qual tinha sido a célebrebatalha onde o Condestável Nuno ÁlvaresPereira se notabilizara, o Jorge Lopes do 5.ºA, no meio do silêncio de um grupo de alunoscomposto por várias escolas, responde comsegurança: “Batalha de Aljubarrota”. Todosorgulhosos, demos-lhe os parabéns edissemos: “Boa, Jorge, é isso…”

Lá dentro conhecemos o estandarte doregimento. Este é composto por cincocabeças de águia decepadas que simbolizamos cinco generais romanos derrotados porViriato. Cada uma delas é envolta numa víria,objecto dourado, em forma de anel que sóViriato, enquanto líder dos Lusitanos, podiausar nos seus braços. No museu, pudemosapreciar quadros e fotografias da participaçãode Portugal na 1.ª Guerra Mundial, medalhase condecorações, equipamento militar de

várias épocas históricas, como armas e fardas.Depois dirigimo-nos para o campo de treino,onde se encontravam veículos militares, asfamosas Chaimites. Foi muito divertidoandarmos naqueles carros feitos de ferro e aço,apesar de serem muito desconfortáveis eapertados. Para uma voltinha de algunsminutos, tudo bem. Mas uma hora ali dentro,nem pensar! Seguidamente, visitámos oginásio, o refeitório, o campo de tiro e a piscina.Para terminar, passámos à secção dosfardamentos, onde dois militares nosexplicaram quais as armas que habitualmenteusam, bem como todo o equipamento por queé composto a farda de combate. Ficámos aperceber como é que um soldado conseguepassar mais de um dia em completa autonomia.Para além disto, pudemos ainda ver a fardaespecial que é usada em caso de ataquequímico ou biológico e tomámos conhecimentode todas as precauções e procedimentos atomar num cenário desta natureza.

No final, todos concordávamos que a visitatinha valido a pena, pois, a partir daquele dia,ficámos a conhecer a importância da acção doexército em vários acontecimentos decisivos,ao longo da história do nosso país, bem comoa reconhecer o seu importante papel naactualidade.

Jorge Lopes, 6.º A; Pedro Carvalho, 7.ºB;Jaime, 5.º B (Clube de Jornalismo)

Repórter Mocho Uma tarde entre militares

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ECOS da VIA-SACRA

NOTÍCIAS do COLÉGIO

A natação é importantepara o desenvolvimento físicoe psicomotor da criança, umavez que desenvolve a capa-cidade respiratória e melhoraa circulação sanguínea. Éconsiderada um dos exercíciosmais completos na actuali-dade, a ponto de exceder osimples divertimento ou aprática desportiva, para serutil izado com finalidadesterapêuticas.

A natação é um acto quefoi aprendido pelo homematravés do instinto ou obser-vando os animais.

O Clube de Natação doColégio teve início no anolectivo anterior, sob orientaçãodo professor João Mota. Este

Clube não tem como objectivoo desenvolvimento do desem-penho desportivo dos alunosna modalidade. Pretende, sim,primeiro que tudo, proporcionaraos alunos um tempo dedivertimento, convívio ecompanheirismo entre todos.Sendo assim, os objectivos sãoos seguintes:

- Estimular o gosto e oprazer pelas actividadesaquáticas;

- Conhecer e adoptarhábitos e regras de compor-tamento, com participaçãoactiva em todas as tarefas eintegração plena no grupo,respeitando os colegas,

Clube de Natação

professores e recursosmateriais;

- Desenvolver de umaforma global e harmoniosa osalunos, tendo sempre comoreferência uma elevadavariação na coordenação demovimentos aquáticos;

- Desenvolver umapreparação física de base emultilateral;

- Conhecer as diferentestécnicas de nado, tal como osseus principais aspectosregulamentares;

- Conhecer e adoptarhábitos e regras de higienecompatíveis com a prática danatação.

Maria Manuela, 6.º A“Eu acho que o Clube de Natação no

Colégio é importante, porque fornece aosalunos que não sabem nadar aoportunidade de aprenderem.”

João Araújo, 5.º A“Eu considero importante a existência

do Clube de Natação, pois é importantepraticar desporto. Este contribui paracrescermos saudáveis.”

Que opinião deste clube têm alguns dos nossos pequenos nadadores?

Desporto

Importância da Natação

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ECOS da VIA-SACRA

Fair Play

Futebol,um grande

espectáculo

Na minha opinião, osjogos de futebol são umgrande espectáculo. Estetão praticado e famosodesporto proporciona-nosmomentos muito agra-dáveis, bem como mo-mentos por vezes bastanteinfelizes. Contudo, não soudas pessoas quedesespera quando aminha equipa perde. Masé evidente que fico muitosatisfeito quando saivitoriosa do desafio. Gosto

particularmente dos jogos entre selecções, pois nesses momentos posso examinar os maiorescraques em acção. Aprecio também o barulho dos estádios quando estão completamentecheios, a exaltação e a emoção dos espectadores. Algumas das cenas protagonizadas pelosadeptos mais fanáticos são hilariantes, outras nem por isso. Por vezes, o futebol dos nossosdias torna-se muito violento, pois repetidas vezes os jogadores praticam agressões. Vejamos,por exemplo, o jogo entre as selecções da Turquia e da Suíça, que terminou com cenas muitopouco dignas. O pior é que não são só os jogadores que se agridem, mas também os adeptosque protagonizam acontecimentos bem piores. São exemplo disso os comportamentos doshooligans europeus e aqueles acontecimentos nos estádios da América do Sul que já setornaram vulgares. Eu não consigo entender as mortes nos estádios… Contudo, continuo aachar o futebol um desporto divertido.

João Ferreira, 7.º B

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ECOS da VIA-SACRA

Fábio Manuel Matos Santos, antigoaluno do Colégio, encontra-se com 17 anosa viver o sonho de representar um grandeclube. Natural da aldeia de Oliveira deBaixo, freguesia de Bodiosa, nasceu parao futebol nas escolas do Clube Académicode Futebol, onde realizou toda a suaformação desportiva até ser chamado, nopresente ano, para representar a equipajúnior do Sport Lisboa e Benfica. A suaformação escolar dos segundo e terceirociclos, depois de passar pela escolaprimária da sua terra natal, fê-la na cidadede Viseu, no Colégio da Via-Sacra, ondepassou cinco anos, do 5.º ao 9.º ano deescolaridade. Encontra-se neste momentoa frequentar o 12.º ano na área científico-natural, no Externato Álvares Cabral,provando que é possível praticar desportosem perder de vista os estudos. Quem oconhece fala dele como um miúdo alegre,muito amigo do seu amigo, nadaconflituoso, ou seja, que sabe estar. Foi porcausa destas qualidades, e para ele sentirque o Colégio está com ele, que a Ecos oescolheu para esta entrevista. Muitoobrigado, Fábio, pela tua disponibilidade esimpatia. Força!

Ecos da Via-Sacra - Como surgiu aoportunidade de integrares a equipa dejuniores do Sport Lisboa e Benfica?

Fábio Santos - A oportunidade surgiu quandome chamaram para os treinos de captação. Claroque dei tudo para agarrar esta oportunidade. Ostreinos correram-me bem e consegui entrar nestegrupo de trabalho.

EV - Encontras-te neste momentoa viver um sonho. Alguma vezimaginaste a ida para um grandeclube?

FS - É verdade. Estou a viver um sonhode criança. Sempre sonhei em representarum grande clube, sempre foi a minhagrande ambição e, felizmente, conseguialcançá-la.

ENTREVISTA com ...

Fábio Santos

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ECOS da VIA-SACRA

EV - Como está a correr a integraçãono clube e a ida para uma nova cidade?

FS - A integração no clube processou-secom alguma facilidade, porque encontrei umbom grupo de trabalho. Quanto a Lisboa, sentia mudança e tive alguma dificuldade, poistrata-se de uma grande cidade. Nestemomento, já está superado.

EV - Como foi deixar a tua família, osteus amigos e a tua terra?

FS - Foi complicado partir para longe daspessoas que amo, mas têm de se fazersacrifícios. Esta oportunidade foi tudo o queeu sempre quis. Tudo se ultrapassa.

EV - Descreve-nos o teu dia-a-dia.Como concilias o futebol com a escola?

FS - O meu dia-a-dia é muito repetitivo.Levanto-me de manhã para treinar e à tardevou para a escola. Depois, janto e voudescansar, para no dia seguinte encarar maisum dia com força.

EV - Adaptaste-te bem à tua novaforma de vida?

FS - A adaptação foi relativamente fácil,apesar de todos os obstáculos com que nosdeparamos no dia-a-dia.

EV - Em que posição jogas? Como teconsideras enquanto jogador?

FS - Eu jogo em qualquer lado da defesae também, por vezes, desempenho o papelde centro-campista. Por isso, considero-meum jogador polivalente.

EV - Tens algum ídolo especial dofutebol em que te revejas? Porquê?

FS - Não, não me consigo rever emninguém.

EV - Tens certamente a consciência deque a carreira de um jogador de futebolé relativamente curta. Pode aconteceralguma lesão ou um contratempo… Queprojectos tens para além do futebol?

FS - Tenho outros projectos para além dofutebol, pois pretendo entrar na faculdade nocurso de Desporto. Por outro lado, possuo umgosto enorme pela música. Gostaria imensode alcançar algo mais no mundo musical.Quem sabe…

EV - Que recordações guardas dostempos que passaste no Colégio da Via-Sacra?

FS - Do Colégio da Via-Sacra guardomuitas e boas recordações. Foram tempos degrande amizade e convívio. Pelo Colégio nutroum sentimento de grande amizade.

EV - Qual a mensagem que queresdeixar aos teus colegas do Colégio?

FS - Aconselho-os a lutarem sempre poraquilo que desejam. Com entrega e trabalho,de certeza que as oportunidades vão surgir,tal como aconteceu comigo.

Pedro Carvalho, 7.º B

Fábio Santos

ENTREVISTA com ...

A Desportiva Viseense, Lda

Lojas:Av. Alberto Sampaio, 58-61Telef. 232 437 2083510-030 VISEU

DESPORTIVA IIRua Direita, 98

Telef. 232 435 1743500-115 VISEU

Artigos para Desporto

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ECOS da VIA-SACRA

Não consigo deixar de pensarNo que virá a seguir à vida.O que será? Será como um sonho?Não sei! Mas gostava de fazerAlgumas coisas antes de morrer.Gostava de descobrir mais, saberO que há no mundo. Vou descobrir!Cumprir o meu sonho, abrir uma arcaE ver com os meus olhos o destinocarimbado,Ver o futuro, ver as minhas esperanças…Enfim, não sei o que será!Vou ter de pôr na minha memóriaQue a vida é curta e só passa de umailusão.Uma ilusão com tristezas e alegrias,Que marcarão sempre o nosso coração,Ou também um jogo perigoso…Será? Será …Tenho muitas dúvidas,Mas gosto de saber gritar: “Vida!”

Cátia, 5.º A

ESPAÇO para a ESCRITA

Maria Carolina, 9.º B

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ECOS da VIA-SACRA

Datada do século XVII, foi mandadaconstruir pelo Cónego António Cardoso deAlmeida Abreu em 1605, ou seja, no períododa União Ibérica.

Esta capela foi construída como signo davitória dos viseenses que lutaram contra gruposseparados das tropas castelhanas, que, apósa Batalha de Aljubarrota, entraram em Viseumatando e pilhando. Como reacção a estacrueldade, os viseenses expulsaram-nos. Emmemória a este facto, foi construída uma capelaà Senhora da Vitória.

Reconstruída em 1635, a capela, de plantaquadrangular, é decorada com colunascoríntias, um campanário de um só sino, umnicho (no qual se encontra uma pequenaimagem da Virgem com o Menino, no meio deum frontão triangular), entre brasões heráldicosdos Cardoso e Almeidas e dos Abreus e Costas.O tecto é coberto por antiga telha portuguesa.A capela tem uma legenda sobre o lintel daporta, onde está inscrito o ano da sua fundaçãoe o nome do seu fundador. A capela constitui

um exemplar do Renascimento em Viseu, talcomo reflecte a história da cidade.

A localização da Capela da NossaSenhora da Vitória não era a actual, ela faziaparte do Convento de Santo António dosCapuchos, na qual esteve sediada a OrdemTerceira de São Francisco, quando, em 1739,os cónegos da Sé a entregaram à OrdemTerceira de São Francisco, que acabou porser expulsa em 1834.

Actualmente, a capela situa-se no interiordo Parque Aquilino Ribeiro, tendo sidotransportada pedra a pedra para este local,aquando da demolição do Convento de SantoAntónio dos Capuchos, sem nunca mais seresquecida, após o regresso dos FradesFranciscanos para Viseu.

Turma do 6.ºC

Capela da Nossa Senhora da Vitória

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ECOS da VIA-SACRA

NA ROTA DO PATRIMÓNIO

Espaço verdejante no coração da cidadede Viseu, pertenceu, em tempos, à medievalQuinta de Massorim, tendo esta, mais tarde,sido doada, passando para a posse dosFranciscanos. O parque passou acorresponder a uma parte do Convento deSanto António dos Capuchos.

O espaço foi concedido à CâmaraMunicipal de Viseu, em 1838, quatro anosapós terem sido extintas as ordens religiosas,com a finalidade de desenvolver viveiros deárvores e horta botânica.

O Parque Aquilino Ribeiro, tambémconhecido como Parque da Cidade, situa-seno centro de Viseu, entre o Rossio e a EscolaSecundária Alves Martins (antigo LiceuNacional de Viseu). O Parque, como oconhecemos hoje, foi desenhado há cerca de50 anos pelo arquitecto António VianaBarreto.

Quando em 1955 o quartel de Infantaria14 (que funcionou nas instalações doConvento de Santo António dos Capuchos) foidemolido para permitir a abertura da Avenida25 de Abril, antiga Avenida Salazar, Viseupassou a dispor de um espaço verde públicode grande beleza, designado até 1974 de“Parque da Cidade”. Actualmente édenominado “Parque Aquilino Ribeiro”, emhomenagem ao escritor de Soutosa.

No Parque, um dos locais de referênciapara quem visita Viseu, podemos apreciar umagrande variedade de espécies de plantas eárvores, tais como o azereiro, cuja madeira éutilizada na construção de bengalas, agiesteira, a tília, a cevadilha, assim como umlago, que, há pouco mais de uma década, erahabitat de lindos e admiráveis cisnes, umaesplanada, um parque de baloiços eescorregas, uma biblioteca infantil, delícia detantas crianças, e um vistoso relvado,preenchido com bancos de madeira emapreciável número.

O Parque é um importante espaço de lazere convívio para os viseenses e para todos osque o visitam, sendo, de igual modo, local denumerosas actividades culturais, recreativas,musicais e desportivas, além de outroseventos, como a Feira do Livro ou a Festa dasFreguesias, aquando das festas da cidade, emJunho.

O Parque Aquilino Ribeiro é um dos muitosespaços verdes dispersos pela cidade,contribuindo para o título de “Viseu, CidadeJardim”.

Presentemente, a Câmara Municipal deViseu, em cumplicidade com os viseenses e oarquitecto que projectou o Parque, estáempenhada na sua requalificação, de modo aadaptá-lo ao sentir e ao querer dos nossosdias, mas mantendo a beleza de sempre.

Parque Aquilino Ribeiro

Filipe Ermida, 6.ºC

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ECOS da VIA-SACRA

Em 1849, o Liceu de Viseu dá início aoseu funcionamento em instalações doSeminário Diocesano, onde permanece até1868, estando o seu espaço confinado a duassalas, por concessão do Bispo D. JoséJoaquim de Azevedo e Moura.

No ano de 1868, o Bispo D. António AlvesMartins, para resolver um problema espacial,autorizou que ele se instalasse no Paço dosTrês Escalões, actual Museu Grão Vasco,mas as dificuldades persistiam. Graças àacção do Bispo D. António Alves Martins, oLiceu foi elevado à primeira categoria, ouseja, foi-lhe conferida a possibilidade darealização de exames nacionais.

Ainda no século XIX, mais precisamenteem 13 de Julho de 1898, foi elevado àcategoria de Liceu Central, o que lhe permitiuministrar o curso secundário completo,estando a direcção do Liceu confiada a umReitor. Entre 1922 e 1948, o Liceu funcionou no

edifício do antigo “Colégio de Sacré Coeur”,que, depois de ser Liceu, se tornou Escola doMagistério Primário e é actualmente a EscolaSuperior de Educação de Viseu.

No ano de 1948, foi inaugurado, a 28 deAbril, o edifício onde passou a funcionar oLiceu Nacional de Viseu, que actualmente sedesigna por Escola Secundária Alves Martins,da autoria do arquitecto José Costa e Silva,tendo agora um espaço apropriado ao ensino,preenchido com salas, campos para jogos,recreio, ginásio, casas de banho, salões parafestas.

No seu primeiro ano de funcionamento, oLiceu tinha 183 alunos. Actualmente,frequentam-no cerca de 2500.

Turma do 6.ºC

O Liceu

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ECOS da VIA-SACRA

QUÍMICA DIVERTIDA

Argola que não cai

Material:ColherCopoFio de tricôFio de cobre

Reagentes:Cloreto de sódio (sal de cozinha)Água

Procedimento:

1. Deves primeiro preparar o fio.2. No copo, coloca um pouco de água eadiciona colheres de cloreto de sódio atéque não consigas dissolver mais sal.3. Coloca 30 centímetros de fio de tricô nocopo.4. Deixa o fio um dia dentro do copo.5. Após esse tempo, retira o fio do copo edeixa-o secar.

Agora vamos à experiência:

1. Com o fio de cobre faz duas argolas iguais.2. Prende uma argola num fio de tricô esuspende-o num suporte.3. Prende a outra argola no outro fio queesteve mergulhado na solução de cloreto desódio e suspende-o também.4. Aproxima uma chama de cada um dos fios.5. Observa o que acontece nos dois fios.

Resultados: O Cloreto de sódio confere maior solideze consistência ao fio, fazendo com que aargola fique suspensa nas cinzas.

COISAS da FÍSICA

Material:1 copo de álcool1 copo de água1 copo de azeite1 copo de mel1 recipiente transparente para colocar todosos líquidos

Procedimento:Coloca no recipientetransparente os várioslíquidos.

Resultado:Álcool, Mel, Azeite, Água.Independentemente da ordem pela qual oslíquidos sejam colocados no recipiente, elesvão sempre ocupar a mesma posição, deacordo com a sua densidade.-Podes verificar que:- o mel é o líquido mais denso, que fica no fundodo recipiente;- a água é menos densa que o mel e maisdensa que o azeite;- o azeite é mais denso que o álcool;- o álcool, o líquido menos denso de todos, ficano topo do recipiente.

De acordo com esta propriedade, dois objectoscom o mesmo tamanho, mas de materiais diferentestêm densidades diferentes e vai ser a sua densidadeque lhes vai permitir flutuar ou afundar-se quandocolocados em determinados líquidos.

Por exemplo, se colocarmos um pedaço decortiça em água, ela flutua. Mas o mesmo nãoacontece se colocarmos um pedaço de borrachana água. A borracha é mais densa que a água eafunda-se.

Experimentando em casa, coloca váriosobjectos no recipiente com os líquidos e observaem que líquidos eles flutuam ou afundam!

É fácil, divertido e o efeito é fantástico!

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ECOS da VIA-SACRA

Durante o passado mês de Novembro,a Igreja veio para a rua em Lisboa. OCongresso Internacional para a NovaEvangelização foi uma forma clara demostrar que a Igreja deve sair da sacristiae proclamar a força da mensagem de JesusCristo, que continua a ser luz para osproblemas dos povos. Contra o fanatismode algum poder laicista, que quer remetero religioso para o foro do privado, esta foiuma resposta inequívoca de que a fé vividatem de mexer com a sociedade, promovera liberdade e a dignidade de todo o serhumano. Tudo o que contribua parapromover os direitos fundamentais daspessoas é sempre de aplaudir.

No tempo dos Centros Comerciais,cada vez mais pomposos e apelativos,inaugurados com honras de verdadeirosacontecimentos culturais, onde o únicolema é comprar, urge parar para pensar noessencial.

Uma prenda é sempre um miminho quetodos, crianças, jovens e adultos, gostamde receber. Quando dada com amor fazbem a quem recebe e faz também muitobem a quem oferece. Mas será que nãoandamos todos a dar e a receber prendasa mais?

Foi com enorme sentido deoportunidade que o Colégio definiu comotema para este ano lectivo o lema “Pobreza– Desafio(s)”. É uma forma de toda acomunidade ser sensibilizada para osdesafios que nos são colocados todos osdias e que convidam a olhar um pouco paraalém do nosso umbigo.

Dá esperança ver diversas turmas amovimentarem-se no sentido de contribuirpara proporcionar um Natal mais farto e feliza quem o devia ter por direito e não apenaspor caridade.

O melhor presente de Natal

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ECOS da VIA-SACRA

UM OLHAR sobre ...

Para este ano lectivo, o Colégio escolheucomo tema do ano “Pobreza – Desafios”.Neste âmbito, no passado dia 29 deNovembro, esteve entre nós o Padremissionário Tony Neves, da Congregação doEspírito Santo, para dirigir uma pequenaconferência subordinada a esta questão. Numtom coloquial, com simplicidade nas palavrase fazendo uso da sua experiência enquantomissionário, trouxe até nós uma mensagemde optimismo e crença no ser humano. A suaexposição, as questões que levantou e otestemunho pessoal de determinadasrealidades por si vividas tornaram-se pontosde reflexão sérios, dos quais nenhum de nós,enquanto cidadão do mundo, pode alhear-se.O que se segue é, pois, uma reflexão pessoalsuscitada pelas palavras do nossoconferencista.

À questão levantada no início deste texto,respondo que o desafio primordial quedevemos enfrentar é a tomada de cons-ciência, por cada um de nós, da nossanatureza humana e racional. Umaintrospecção séria e profunda sobre quemsomos e o que somos conduz-nos a colocarno topo das nossas prioridades o Outro. Só ainexistência de um sentimento deidentificação com o próximo justifica que amaior parte dos nossos semelhantes vivam

Pobreza. Que Desafios?

A magia de retirar o embrulho que envolveuma prenda é algo que todos guardamos namemória e a que todos temos direito. A prendaque teve mais sucesso foi tantas vezes a maisbarata! Nem sempre é preciso gastar muitodinheiro, mas convém perder sempre algumtempo a pensar qual a melhor prenda paradeterminada pessoa. Só assim as prendasserão gestos de amor.

Também o Menino Jesus foi presenteadopelos Magos com ouro, incenso e mirra. Nãonos contam os Evangelhos qual a reacçãodo Menino, mas certamente ficou muitocontente. Só desta forma se compreende quetenha enviado o seu anjo para proteger osMagos do rei Herodes. Jesus soube seragradecido e neste gesto deu mais do querecebeu àqueles que num gesto de amorvieram ao seu encontro.

O Menino Jesus nasceu pobre, mas nãodeixou de ter direito às suas prendas. Elecontinua a nascer hoje e cada vez mais pertodas nossas casas, de igual modo pobre.Espera que vamos ao seu encontro e só ficarásem prendas se tu e eu não empreendermosa caminhada até Ele.

Faço votos de um Natal com mais ternurado que presentes, centrado no essencial queé a Mensagem do Amor e da Paz. Jesus virásempre ao nosso encontro e dessa forma seráo melhor presente de Natal.

Davide Costa

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ECOS da VIA-SACRA

no meio de uma total ausência de bensnecessários a uma vida com dignidade edignificante da nossa espécie. O bem-estar ea riqueza de uns implicam necessariamentea degradação ou a destruição de outros?Estará na existência da pobreza a lei dasobrevivência? Se sim, o que nos separa dairracionalidade instintiva do mundo animal?Sejamos humanos e humanistas.Recoloquemos o Homem no centro do mundo.

Deixemos de ter uma atitude meramentecontemplativa perante os números e asassustadoras estatísticas. Quando asouvimos, o choque e oespanto são generali-zados. Como se fossea primeira vez queestivéssemos a contac-tar com a realidadenumérica de milhões emilhões de pessoasque estão sujeitas àpobreza extrema, àguerra, às doenças e àfome! “Perante estarealidade será queestamos perante umafatalidade sem solução?”, questionou o nossoconferencista. Ele mesmo respondeu:“Ninguém tem dúvidas de que tudo o que éproduzido é suficiente para todos oshabitantes do planeta. A razão reside nainjustiça da sua distribuição”. É neste capítuloque a sociedade em geral tem algo a dizer,desde as Igrejas, as instituições, as figuraspúblicas e os cidadãos comuns. Todos comacções de solidariedade podem contribuirpara um mundo mais justo e mais equilibrado.

Em que sociedade vivemos? É indiscutívelque estamos perante um mundo desu-manizado, por força de um modelo económicoliberal e capitalista, sustentado em grandeparte na exploração dos recursos e matérias-primas dos países pobres do hemisfério sul,os ditos países em desenvolvimento. Orelacionamento entre o Norte e o Sul possui

contornos muito complexos, esboçados a partirda expansão europeia, e que aqui não temosespaço para discutir. Mas, questionemo-nossobre o porquê da conivência de muitos paísesda dita sociedade ocidental para com osgovernos corruptos do continente africano ousobre a sobrevivência da poderosa indústriade armamento americana… A lógica dasrelações internacionais não é pautada porvalores, mas sim pelo interesse financeiro. Sóassim se justifica que em 1998, por cada dólarque o mundo em desenvolvimento recebeu desubsídios, gastou 13 no pagamento da sua

dívida!A Cimeira do Milé-

nio, depois de ter feitoum diagnóstico exactoda realidade, estabe-leceu 8 objectivos até2005: erradicar apobreza extrema e afome; atingir o ensinoprimário universal;promover a igualdadede género e a capa-citação das mulheres;reduzir a mortalidade

infantil; melhorar a saúde materna; combatera SIDA, a malária e outras doenças; garantir asustentabilidade ambiental; criar uma parceriaglobal para o desenvolvimento. Estesobjectivos que no momento estão longe deserem atingidos reconhecem que o fenómenoda pobreza possui muitas faces. A económicanão é a única.

Em suma, o combate à pobreza tem futuro?Há soluções? O Padre Neves não hesitou emresponder que “esta é uma batalha quepodemos ganhar”. No dia-a-dia temospresenciado “pequenos passos” e “pequenosgestos” que nos fazem estar optimistas emrelação ao futuro. “Se cada um de nós lutarcom as armas que tem…”

Prof. Fernando Nélson

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UM OLHAR sobre ...

No âmbito da disciplina de Área deProjecto, está a ser desenvolvida uma acçãode solidariedade social, baseada no projectoda associação Tampa Amiga. Esta associaçãovisa promover a reciclagem através da recolhade tampas de plástico, que sãoposteriormente vendidas para reciclagem,com o intuito de oferecer material ortopédicoa pessoas carenciadas. A simplicidade ealtruísmo deste projecto fizeram com queadquirisse proporções nacionais, sendoconhecido como projecto “Tampinhas”.

Sob esta causa, nós, os alunos, vamoscolaborar com a APPC (AssociaçãoPortuguesa de Paralisia Cerebral).

Em cada sala do nosso colégio, encontra-se uma caixa destinada a receber estapreciosa ajuda. O nosso objectivo final é, coma solidariedade da comunidade escolar,recolher a maior quantidade de tampas, paraconseguirmos uma tonelada, equivalente auma cadeira de rodas.

Ajuda…sem pensares duas vezes!

Uma tampinha, um sorriso.Duas tampinhas, dois sorrisos.Uma tonelada de tampinhas,

mil sorrisos.

“O que conta não é o que fazemos,mas o amor que colocamos no quefazemos. Há mais felicidade em dar queem receber!”

Madre Teresa de Calcutá

Deus fez-se pobre para nos enriquecercom a sua graça. A justiça social passa peloconsumo crítico, pela poupança responsávele pela solidariedade com os deserdados domundo.

Ao abordarmos o tema da pobreza,deparámo-nos com realidades para nósdesconhecidas que nos lançam desafios.Todos sonhamos com um mundo novo de paz,fraternidade e respeito por todos. Todos nóssomos chamados a realizá-lo aqui e agora,fazendo-o através do nosso compromissodiário: dos gestos concretos de amizade e deperdão; de um estilo de vida simples e sóbrio;de um consumo consciente e crítico, da partilhado nosso tempo, das nossas energias e dasnossas poupanças; do empenho em preservaro ambiente e o planeta. E do combate cívico epolítico: de oposição à guerra, à poluição e atodas as injustiças que prejudicam sobretudoos mais pobres. O mundo está nas nossasmãos.

Área projecto do 7.ºA

Área projecto do 6.ºC

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ECOS da VIA-SACRA

9.º ANO... e AGORA ?

Não estás

?Sopa de LetrasAdolescência — Orientação Vocacional — Escolhas — Ensino Secundário — Científico-Humanísticos

���— Tecnológicos — Artístico Especializado — Profissionais — Aprendizagem — Profissões

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ECOS da VIA-SACRA

sozinho nas tuas escolhas…

Sofia Pereira (Psicóloga)

A escolha do teu percurso escolare profissional é uma decisão importanteque precisas de tomar. No entanto, elasurge numa fase da tua vida em quemuitas vezes te sentes dominado peladúvida e incerteza.

A adolescência é “ uma época demudança, de transição” (Inês). Naopinião desta adolescente, “tudo muda:muda o corpo, a maneira de pensar eo modo como nos relacionamos comos outros”.

De facto, a adolescência é umprocesso dinâmico de passagem entrea infância e a vida adulta; é um períodode desenvolvimento físico, psíquico esocial.

Em todo este processo, há necessi-dades internas que exigem respostase tarefas a realizar. A escolha do teupercurso escolar e/ou profissional éuma dessas tarefas que tu tens derealizar e, também aqui, poderás sentirdificuldades, experimentar angústia edúvidas em relação às tuascapacidades, interesses e objectivosde vida.

Neste sentido, a orientação escolare profissional surge como um processoque te permite um conhecimento maisclaro de ti, dos teus interesses einformação sobre a diversidade doEnsino Secundário e do Mundo doTrabalho.

Para te ajudar a fazer uma escolhareflexiva do teu percurso escolar eprofissional, o Gabinete de Psicologiado Colégio organizará, nos próximosperíodos lectivos, actividades com asturmas do 9.º ano.

Para mais informações, dirige-te aoGabinete de Psicologia do Colégio.

MERGULHAR nos LIVROS

As aventuras de um jovem camponêsde 15 anos, Eragon, começaram numa noite,na indomável e assustadora cordilheira demontanhas da Espinha, quando observouum pequeno círculo de ervas queimadas e,no centro delas, uma estranha pedra azul epolida.

Desde esse momento, sem ele seaperceber, a sua vida dá uma reviravoltainesperada.

A pedra azul que havia encontrado eraafinal um ovo de uma criatura, uma criaturainimaginável para ele – um dragão! A suavida começou a centrar-se nesse enigmáticoser, passando ele de um simples camponêsa um cavaleiro do dragão, mesmo ainda semo saber.

No decorrer desta história brilhante,acontecem os mais variados géneros deaventuras e desventuras: formam-seamizades, fazem-se descobertas, semnunca deixar de parte a magia…

André e Frederico, 8.ºC

Eragon,de Christopher Paolini

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“…só se vê bem com o coração. Oessencial é invisível aos olhos...”

Era uma vez um principezinho que habitavanum planeta pouco maior do que ele, comtrês vulcões e uma flor, e que jamais desistiade uma pergunta depois de feita. E é a mil euma milhas de qualquer sítio habitado queele nos envolve com o seu doce riso e aimensidão da sua história, traduzida numaviagem que percorre diversas personagensenvoltas em valores e ensinamentos.

Apetece tanto falar dele...É por isso que vos peço: Leiam-no!!!E atrevam-se a conhecer a sua flor,

aprendam a cuidar de embondeiros,encantem-se com a raposa com quem elecriou laços, mas mais importante que tudo,prestem muita atenção quando ele vosensinar a ver com o coração.

Na verdade, é num livro para crianças cheiode cor e ingenuidade que o principezinhovive. Mas é dentro de nós que passa a existirdesde o primeiro momento em que nosconduz nesta maravilhosa viagem entre osorriso e a lágrima…

O Principezinho,de Antoine de Saint-Exupéry

No dia em que Leopoldo (assim se chamao herói da nossa história) fez oito anos, ospais ofereceram-lhe dois livros, tal comoacontecia em todos os seus aniversários.Quando desembrulhou o presente, sentiu umatristeza enorme e julgou-se a pessoa maisinfeliz do mundo. É que ele não gostavamesmo nada de ler!... Sempre que abria oslivros, as letras misturavam-se numa confusãode rabiscos. Os pais castigavam-no einsistiam tanto para que ele lesse que oLeopoldo decidiu fugir de casa. Nessa altura,conheceu um amigo muito especial quedescobriu o porquê do menino rejeitar oslivros. Juntos começaram a partilhar muitaspáginas de alegrias, sonhos, fantasias…”

Eu gostei de ler este livro, porque me fezver que não devemos julgar as pessoasprecipitadamente e muito menos castigá-las.Aprendi também o encanto da leitura, poispodemos viajar através das suas páginas porum mundo de fantasia e sonho. Aconselhavaa todos a leitura deste livro para tentaremdescobrir a verdadeira razão do título, “Omenino que não gostava de ler”.

Maria Santos, 5.ºA

O menino que não gostava de ler de Susanna Tamaro

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ECOS da VIA-SACRA

SÍTIO em DESTAQUE

www www www wwwSe procuras informação na internet,aproveita e passa pela Wikipédia, um “sítio”que não é mais que uma enciclopédiageneralista disponível on-line. A Wikipédia éuma enciclopédia livre que está a serconstantemente enriquecida com mais artigos,por milhares de colaboradores de todo omundo. O projecto Wikipédia foi iniciado no ano2000 e actualmente já foram criados mais de

2 milhões de artigos em dezenas de línguas.Em português, podes encontrar mais de84.000 artigos, sobre os mais diversos temas.Com um motor de busca bastante eficaz eonde é possível ordenar os artigos por ordemde relevância, a pesquisa de informaçãotorna-se fácil e intuitiva. A apresentação dosartigos vem ainda acompanhada por áreasonde é possível consultar temas relacionados.

www www www www www www www www

www www www wwwLink´s: www.wikipedia.org pt.wikipedia.org (acesso directo à página em português)

Pontos Positivos-Motor de busca eficaz-Navegação bastante intuitiva

Pontos Negativos-Suporte da língua portuguesa na variantebrasileira

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ECOS da VIA-SACRA

D F T C O M P A I X A O Y H B J E I IL A B G E O H J H M F I Q S A F T U GN M A S C D S N S Q R T L A U E R T US O L I D A R I E D A D E C T P H A AG R N H P B J O N J T E T R C A P R LF D C B L Q G Y M A E M D I N T R J DB D A J D K S E E D R X N F J U H J AD K R H K D R D R E N Z I I N A R R DF B I K H V A L O U I U M C D F N A EF D N Y G Z G I G V D U O I T A J D CL Q H D I L J Y A A A J G O U A T A LA S O M I E O Z D Ç D P A R T I L H AN M A L B O N D A D E E L N J A D I H

Ana Fernandes, 6.º C

Vamos combater a pobreza com…

Para rirUm professor pede aos alunos queescrevam uma redacção sobre otema ”Se fosse director de umaempresa...”. Todos começam a

escrever, excepto um.— Menino Luís, por que não começa aescrever?— Estou à espera da minha secretária.

O Joãozinho fazia anos e convidoutodos os amigos para o seu aniversário.— Quando chegares a minha casa,tocas à campainha com a testa – dizele.— Com a testa?! Porquê?— Com certeza que não estás a pensarvir de mãos a abanar, pois não?

O guia turístico explica:— Meus senhores, aqui estão as cinzas deNapoleão Bonaparte.Uma mulher diz:— Eu não sabia que ele tinhamorrido num incêndio!!!

Mariana Mercatelli e Ana Assis, 6.º B

Observa com atenção.Quantos rostos podes observar?

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HORA do RECREIO

Resolve as palavras cruzadas com o grau superlativo absoluto sintético dos adjectivos indicados.

Quem vês?

O velho ou o cowboy? A avó ou a neta? O coelho ou o pato?

1. Acre2. Alto3. Amável4. Amigo

5. Antigo6. Baixo7. Benevolente8. Célebre

9. Cristão10. Cruel11. Doce12. Fiel

13. Frio14. Grande15. Humilde16. Livre

17. Maléfico18. Miserável19. Nobre20. Pequeno

21. Pobre22. Sábio23. São24. Simples25. Veloz

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ECOS da VIA-SACRA

UMA QUESTÃO de SAÚDE

Olhar o relógio, correr e conseguir sãoos termos que poderiam resumir o estilo devida actual. Quando o stress se apodera danossa vida, começamos a perder o controleda mesma.

Mas, o que significa realmente a palavrastress? Apareceu no inglês medieval e querdizer “estar sob aflição ou opressão” e quedepende tanto da intensidade da pressãoemocional, como da capacidade de lhe fazerfrente.

Há dois tipos de stress:O positivo, que aparece quando a

pessoa se sente pressionada, poréminterpreta que as consequências da situaçãopodem ser favoráveis para ela. A tensão(stress) actua, pois, como elementomotivador. Pensemos em alguém queparticipa numa competição desportiva…

O negativo (é a conotação mais usadaem português) relacionado com aantecipação de consequênciasdesagradáveis. A tensão actua, neste caso,como elemento desestabilizador. Será ocaso de uma pessoa tímida ter que falar empúblico…

O stress tem dois componentes básicos:Os agentes stressantes, que são as

circunstâncias que o produzem, como, porexemplo, tomar uma decisão importante, um

novo emprego, um exame que se aproxima…As respostas ao stress, que são as

reacções do indivíduo perante os agentesmencionados, e variam de pessoa para pessoa.O modo de perceber as situações stressantese de enfrentá-las varia muito individualmente.Será o mesmo que dizer: “o vento é o mesmo,a seara é que é diferente”.

As alterações que se desencadeiam napessoa durante o stress levam a um processodurante o qual o organismo recebe o impactoemocional do problema e trata de lhe fazerfrente. Por vezes, a grande questão reside namanutenção desgastante do agente stressanteou na personalidade ansiosa da pessoa, quetem uma maior predisposição para percebercomo ameaçadoras situações mais ou menoscorrentes e responder a elas com fortes estadostensionais.

Se sentirmos as situações não comodesafios, mas como ameaças que nos impedemde levar a vida com normalidade, devemos pedirajuda. Mas nunca nos esqueçamos que égraças à ansiedade que o organismo se enchede energia para enfrentar situações novas,difíceis ou especiais.

E aproveitemos as coisas simples esensíveis da vida que se nos oferecem tãogenerosamente e que nos podem proporcionara paz e a esperança! Temos só de aprender areconhecê-las em nosso redor…

Dr.ª Alzira Silveira

O Stress – Nem tanto nem tão depressa

“De que nos serve correr se não vamos pelo caminho certo?” (Provérbio alemão)

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ECOS da VIA-SACRA

AGORA FALAM os PAIS

Aproxima-se mais uma quadra natalícia,período do ano dos mais emblemáticos dasnossas vidas, para a grande maioria.

O nosso Mundo ganha mais cor, o espíritode família é vivido de forma mais intensa, dão-se vivas a mais uma época festiva.

Os nossos filhos anseiam pelas primeirasférias, depois de terem cumprido o primeiroperíodo do ano.

E foi no dia 7 de Outubro que se assinalouo Dia do Colégio, em que os pais/encarre-gados de educação compareceram emgrande número para participarem na reuniãoda Assembleia Geral da APAVISA, noencontro com a Direcção Pedagógica e como(a) Director(a) de Turma do respectivoeducando.

Em relação à reunião da AssembleiaGeral da nossa Associação, foram apresen-tados e aprovados os Relatórios deActividades e de Contas do ano lectivoanterior e eleitos os órgãos sociais para opresente ano de 2005/06. A única listaconcorrente integrava os mesmos elementos

do ano passado, tendo reassumido os cargosque detinham.

Nessa reunião, foi também apresentada,discutida e aprovada a proposta de alteraçãodo montante a pagar por cada encarregadode educação, relativo à quotização dopresente ano lectivo. Tal alteração justifica-se pelos elevados encargos com a construção

em curso do Pavilhão Polivalente, por partedo Colégio, para o que a APAVISA se mostrousensível e decidida a comparticipar,consciente de que a melhoria de algunsserviços e de espaços educativos serão umarealidade no final deste ano lectivo, para bemdos nossos jovens.

Deste modo, seguiu uma carta para ospais/encarregados de educação, no dia 23 deNovembro, a elucidar sobre esta matéria e adar indicações sobre a forma de pagamentodas quotas, na Secretaria do Colégio.

Por outro lado, em reunião realizada emmeados de Novembro, em articulação com aDirecção Pedagógica, foi aprovado o Planode Actividades da APAVISA para 2005/06 (vercaixa).

A terminar, apelamos aos pais/encarregados de educação para que nãodeixem de colaborar com a Direcção doColégio, com os professores e funcionários,no sentido de todos convergirmos para omesmo e nobre objectivo: o engrandecimentoda escola e da formação dos nossos filhos.

Nota: Informamos os pais / encarregadosde educação que, sempre que tenhamnecessidade de contactar a APAVISA,poderão fazê-lo junto dos seus elementos ou,se preferirem, deixar comunicação escrita nacaixa de correio existente no salão de entradado Colégio.

Notícias da Apavisa

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- Reuniões com a Direcção doColégio

Manter, como vem sendo hábito, umatotal disponibilidade para se reunir formale informalmente com a Direcção doColégio, em tudo o que possa contribuirpara um melhor desenvolvimento eimplementação do Projecto Educativo, bemcomo para a identificação e solução dasprincipais preocupações dos Pais eEncarregados de Educação.

- Participação nas Reuniões doConselho Pedagógico

O Presidente da Direcção da APAVISA(ou, na impossibilidade deste, qualquer umdos seus membros) procurará estar semprepresente nas reuniões do ConselhoPedagógico, cooperando com esteimportante órgão, dentro dos limites dassuas competências, para as melhoressoluções educativas.

- Participação na Revista “Ecos daVia-Sacra”

A Direcção da APAVISA, respondendoa uma solicitação das direcções do Colégioe da revista “Ecos da Via-Sacra”, propõe-se colaborar activamente com estapublicação, através da redacção de artigose da angariação de publicidade.

- Organização de um debate sobre«A Sexualidade na adolescência», noinício do segundo período, com aparticipação do Professor Eduardo Sá.

Com este debate, a APAVISA pretendeenvolver toda a comunidade educativa do

PLANO DE ACTIVIDADESpara o ano lectivo de 2005/2006

Colégio da Via-Sacra. O debate realizar-se-á no dia 28 de Janeiro, sábado, pelas 15horas, no Colégio da Via-Sacra.

- Realização de duas Reuniões (emJaneiro e Maio) entre a Direcção daAPAVISA e os Pais e Encarregados deEducação.

Estas reuniões têm como principalobjectivo auscultar os Pais / Encarregados deEducação sobre os principais problemas dosseus educandos, ajudando, assim, a APAVISAa cumprir melhor o seu papel.

- Organização de um PasseioPedestre aberto a toda a ComunidadeEscolar.

O objectivo desta actividade é o deproporcionar um momento de convívio detoda a comunidade escolar e ao mesmotempo criar laços salutares e de identificaçãocom o Colégio.

- Organização de uma Quermesse,integrando-a na Festa de Final do AnoLectivo.

Dar continuidade a esta realização daAPAVISA, tendo como principal objectivoangariar fundos, para além do seu aspectolúdico e solidário, que poderão vir a serutilizados em acções de melhoramento dascondições de acolhimento e funcionamentodo Colégio.

- Rever os Estatutos da Associaçãode Pais e Encarregados de Educação dosAlunos do Colégio da Via-Sacra(APAVISA).

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ECOS da VIA-SACRA

AGORA FALAM os PAIS

O tema aglutinador do Plano de Actividades do Colégio para o presente ano lectivo é “Pobreza– Desafio(s)” e foi, neste âmbito, que se realizou recentemente uma conferência para professores

e pais/encarregados deeducação, dinamizada peloPadre Tony Neves, missio-nário com vasta e ricaexperiência em paísesafricanos de língua oficialportuguesa e no Brasil.

Das suas palavras foipossível reter algumaspassagens que nos fazemreflectir sobre o nossoMundo, os seus desequi-líbrios sociais que tornam avida de muitos sereshumanos uma luta per-manente pela sobrevi-vência. E o mais grave eimperdoável é que muitosdos problemas existentesno dito Terceiro Mundoteriam solução se o Homemnão se deixasse mover porinteresses económicos epolíticos, pela ânsia depoder.

Nesta quadra, vivamoso verdadeiro espírito deNatal! Façamos por valori-zar mais a família, os filhos,a saúde e não os negócios,o dinheiro e o poder!

Boas Festas de Natale Ano Novo para toda aComunidade Educativa

do Colégio da Via-Sacra!

A Direcção da APAVISA

Mensagem de Natal

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ECOS da VIA-SACRA

Das janelas do Colegio descortina-se um horisônte vastissimo em todas as

direcções: para os lados do norte e nascente, a nossa vista vai perder-se, muito

longe, na espessura dos arvoredos distantes, entre os quais aparecem, de longe

em longe, pequenas povoações e solitarias ermidas; para o poente, além da nossa

cidade, que preguiçosamente se estende a nossos pés, deixando apenas a destacar

as proeminencias das torres das egrejas, os edificios publicos, ergue-se, ante a

nossa vista, o Caramulo, triste e melancolico, salpicado de pequenas povoações a

alvejar.

E’ sobre este colosso enorme que

todos os dias de manhã vão cair as minhas

vistas, porque o sol, ao nascer, vai, antes

de tudo, beijar e cobrir de amarelo dourado

o cúme daquêle monte. A serra da Estrela,

sempre coberta de neve nos seus pontos

mais altos, ergue-se altiva e pesada para

os lados de sul e sudeste,

vendo-se, nas suas faldas,

Cêa, S. Romão e outras

povoações.

E’ sómente ao local em que nosso

Colégio está situado que se deve esta

largueza de vista que nenhum outro ponto

da terra de Viriato possue.

J. G. O. Cabral Mascarenhas(do 1.º ano do liceu)

in “Echos da Via-Sacra” , Ano VI, Viseu, 30 de Janeiro de 1914, n.º14

“ECHOS do PASSADO”

O que se avista do Colegio

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No final do último ano lectivo, o Colégio da Via-Sacra sagrou-se como o grande vencedordas Marchas Populares de Viseu, obtendo o primeiro lugar em todas as categorias do evento.Parabéns a todos aqueles que contribuíram para que os nossos alunos tenham inundado aAvenida da Europa com a cor, a tradição, a alegria e a vontade de deixar uma mensagem depaz.

Aqui ficam alguns momentos para não esquecer…

O Colégio sagrou-se, mais uma vez,como o grande vencedor das Marchas Populares de Viseu.

RECORDANDO...

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