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Parte 1/2, contendo os domínios Capital Humano, Cultura e Políticas
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Relatório parcial
Projeto Ecossistemas Empreendedores
Ecossistemas Empreendedores
Agenda
1) Introdução
2) Domínios
•Capital Humano
•Cultura
•Políticas
3) Conclusão
Introdução
O que são ecossistemas empreendedores?
Imagine um ambiente onde diversos atores interagem para a sua sobrevivência, evolução e
desenvolvimento. Em biologia, isso poderia ser um breve conceito de ecossistema.
Agora, imagine uma força invisível que faz com que seres humanos se arrisquem e busquem
por soluções para os seus próprios problemas e problemas de seus iguais. Num sentido amplo,
essa força é a definição de empreendedorismo.
Então, o que são ECOSSISTEMAS EMPREENDEDORES?
?
Introdução
O que são ecossistemas empreendedores?
Desta forma, define-se um ecossistema empreendedor como um ambiente (bairro, cidade,
região, etc) dotado de atores que, em maior ou menor grau, contribuem para o
desenvolvimento do empreendedorismo através de suas interações.
No presente projeto, será usado o framework desenvolvido pela Babson College – maior
universidade dedicada ao empreendedorismo no mundo – para ilustrar um ecossistema
empreendedor.
Introdução
Ecossistemas Empreendedores
Políticas
Finanças
Cultura Suporte
Capital
Humano
Mercados
Framework desenvolvido por Daniel Isenberg, professor de Harvard e da Babson College
Introdução
E como é isso em Minas Gerais?
A sinergia e a intensidade da interação entre estes atores é fundamental para o seu bom
funcionamento. Em Minas Gerais, essa interação carece de sincronia e desenvolvimento de seus
atores. Tendo em vista o propósito de criar um estado mais empreendedor, a FEJEMG
desenvolve estudos sobre como cobrir as lacunas existentes. Este projeto tem, então, os
seguintes objetivos:
1) Mapear os principais atores do ecossistema empreendedor mineiro
2) Analisar o relacionamento dos atores entre si
3) Definir oportunidades e ações por parte da FEJEMG em relação ao ecossistema
empreendedor mineiro
4) Elaboração de uma agenda institucional para a FEJEMG
5) Desenho de um framework de atuação das empresas juniores em seus próprios
ecossistemas, favorecendo a execução de suas estratégias em consonância com a estratégia do
Movimento Empresa Júnior e o propósito “Minas Empreendedora”
Introdução
Hipóteses
Para sustentar o desenvolvimento do projeto, foram traçadas hipóteses sobre como o
Movimento Empresa Júnior contribui para o desenvolvimento de ecossistemas
empreendedores, sendo elas as seguintes:
2
1 3
Políticas
Finanças
Cultura Suporte
Capital
Humano
Mercados O MEJ impacta diretamente no suporte às
empresas através de seus serviços (1), na
formação de líderes empreendedores mais
preparados (2) e na formação da cultura
empreendedora nos locais em que está
presente (3).
Introdução
A estratégia do Movimento Empresa Júnior
BRASIL EMPREENDEDOR
Em 2015 seremos o principal movimento de empreendedorismo
universitário do país e construiremos resultados de maneira integrada para
potencializar a formação empreendedora e o desenvolvimento do Brasil
Aprendizado
por Projetos
Aprendizado
por Gestão
Cultura
Empreendedora
Propósito compartilhado
Visão do MEJ
Formação empreendedora oferecida
pelas empresas juniores
Introdução
Os domínios
A primeira fase do projeto envolve um entendimento de cada um dos seis domínio a partir do
framework base. Neste relatório, serão apresentadas as informações referentes a três deles:
capital humano, cultura empreendedora e políticas públicas para o empreendedorismo.
Confira a seguir...
Capital Humano
Introdução
Como se sabe, tudo que se conhece é criado por pessoas. Num ecossistema empreendedor
isso não é diferente. E para prepararmos essas pessoas e estimular o empreendedorismo,
tomamos como base de análise duas perspectivas: as universidades e as organizações
voltadas ao desenvolvimento empreendedor.
Antes mesmo do ingresso nas universidades, o sistema educacional não aborda o
empreendedorismo. Desta forma, o estimulo a criação de empresas não ocorre de forma a
sustentar o desenvolvimento de novos negócios.
Ainda assim, o problema se sustenta nos currículos das instituições de ensino superior, que
carecem de disciplinas que preparem os graduandos para a criação e desenvolvimento de novas
ideias e negócios.
Capital Humano
Pesquisa Endeavor
Para auxiliar na análise desses fatores, foi utilizada uma pesquisa feita pela Endeavor –
organização global de promoção do empreendedorismo – que buscou identificar o perfil
empreendedor dos universitários mineiros. A seguir, trechos do relatório:
“Uma pesquisa realizada pela Endeavor, maior organização mundial de fomento ao
empreendedorismo, mostra que 8,2% dos universitários mineiros já têm o próprio negócio,
superando a média nacional, de 7,6%. O dado curioso é que a maioria deles, 39,8%, – média
também maior que a nacional – nunca cursou disciplinas ligadas ao tema de
empreendedorismo.”
“A maioria dos estudantes já vê o empreendedorismo com bons olhos (52,8%) e considera a
carreira do empreendedor como algo a ser seguido (48,2%).”
Nacional MG
Muitas vezes penso em me
tornar um empreendedor 48,2% 39,4%
Eu gostaria de me ver como
um empreendedor 52,8% 44,7%
Capital Humano
Pesquisa Endeavor
Podemos perceber alguns pontos interessantes na pesquisa:
a. Apesar dos universitários mineiros serem mais empreendedores do que a média, no geral
a vontade do universitário mineiro em empreender é menor do que a média nacional.
b. Mesmo querendo empreender, poucos estão se preparando para isso.
E as Instituições de Ensino Superior?
Capital Humano
Pesquisa Endeavor - IES
De acordo com a pesquisa, conseguimos tirar algumas percepções sobre o ensino empreendedor
brasileiro:
• As universidades brasileiras não estão conectadas ao mercado. Enquanto 71,4% das universidades no
mundo convidam palestrantes focados em empreendedorismo / empreendedores, apenas 6,3% das
brasileiras tem essa prática.
• Cerca de 37% das universidades no mundo promovem excursões para que seus estudantes entrem em
contato com o empreendedorismo, no Brasil este número cai para 18,8%.
• As universidades brasileiras são fortes em competições de planos de negócios, 75% delas
promovem estas atividades contra 58% em todo o mundo.
• Já o número de universidades que oferecem curso prático de criação de novos negócios
representa 41% nos demais países pesquisados e 30% no Brasil.
Capital Humano
Ensino Empreendedor
Continuando a analisar a educação empreendedora, podemos perceber que o foco das IES é a
educação para a carreira acadêmica, formando excelentes pesquisadores e professores, mas criando
uma carência de empreendedores no ecossistema.
Além disso, podemos perceber que as universidades atualmente não se relacionam com organizações
de estímulo ao desenvolvimento empreendedor, como Endeavor e SEBRAE que seriam fundamentais
para gerar uma educação mais voltada para formação de empreendedores dentro das universidades.
Então, qual o principal meio de formação de empreendedores dentro de nossas IES?
Capital Humano
Empresas Juniores
Podemos ver hoje o potencial de formação das empresas juniores no Brasil, posicionando-as como
uma das principais formadoras de empreendedores dentro das universidades.
O principal ponto de discussão é que algumas universidades/faculdades ainda são céticas sobre a
existência de EJ’s nas mesmas, portanto vemos como principal foco de atuação neste domínio por
parte da FEJEMG o trabalho contínuo para o reconhecimento das empresas juniores dentro de suas
universidades, promovendo a marca e gerando endosso para a criação das próximas EJ’s nas IES.
Cultura Empreendedora
Introdução
Ao analisar a cultura empreendedora do estado ou de qualquer lugar, é importante ressaltar a
definição de empreendedorismo e as características de um empreendedor.
Empreendedorismo designa os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens,
seu sistema de atividades, seu universo de atuação. Empreendedor é o termo utilizado para
qualificar, ou especificar, principalmente, aquele indivíduo que detém uma forma especial,
inovadora, de se dedicar às atividades de organização, administração, execução;
principalmente na geração de riquezas, na transformação de conhecimentos e bens em novos
produtos – mercadorias ou serviços; gerando um novo método com o seu próprio
conhecimento.
Cultura Empreendedora
Pesquisa Endeavor
Através de um estudo realizado pela Endeavor com o apoio da Ibope Inteligência, que
conseguiu chegar ao perfil de um empreendedor através de entrevistas com donos de
empresas, potenciais empreendedores e outros jovens e adultos que não pretendem abrir um
negócio próprio, temos a seguir algumas das características identificadas:
Podemos também levantar algumas características marcantes nos empreendedores mineiros:
Desconfiado
Conservador
Pouco exaltador da cultura (em alguns lugares)
Desconhecimento do conceito de startup
Apaixonado
Antenado
Independente
Arrojado
Pragmático
Lutador
Cultura Empreendedora
Comparações das características
Como pontos de partidas, podemos analisar as características desconfiado e conservador.
Essas duas são grandes entraves para a cultura empreendedora. Analisando as características
comuns de um empreendedor brasileiro, tem-se a coragem de assumir risco e confiança. O
mineiro então opta por negócios mais concretos e com poucos riscos. Essas duas
características não dizem respeito somente aos empreendedores, mas também a investidores e
mercado.
A falta de investidores com coragem de assumir riscos acaba influenciando também na
cultura empreendedora. Afinal, como se pode abrir um negócio sem investimento? Os
investidores procuram algo mais concreto e que tenha retorno garantido. Podemos tomar
como base o investimento que a maioria da população procura. Poupança, compra de imóveis e
outros investimentos mais seguros. Raramente temos brasileiros investindo na bolsa de valores,
por exemplo, que são investimentos de alto risco. Isso faz com que muitos empreendedores
não se lancem ao mercado, a falta de investidores devido à preferência em algo mais
concreto.
Cultura Empreendedora
Comparações das características
A desconfiança torna o mercado não susceptível a novas mudanças. Novas idéias, novos
negócios, acabam não conseguindo tanto entrar no mercado devido a essa desconfiança que os
mineiros possuem. Isso acarreta ainda no atraso em aplicação de novas tecnologias, novo
métodos, novos conceitos que poderiam, ou até são gerados por empreendedores que
possuem uma visão mais aberta e ampla da situação. O empreendedor fica no entrave
causado então pela falta de investidores em seus negócios e ainda pela desconfiança do
mercado em receber novas ideias, novas práticas, novos negócios.
Como rompermos essas barreiras?
Cultura Empreendedora
Casos de Sucesso
Para se mudar essa visão, podemos trabalhar com exemplos de sucesso em Minas. Com esses
casos palpáveis, facilitamos a implementação de uma cultura empreendedora no estado,
reduzindo a desconfiança.
Para isso, temos Alair Martins, fundador da empresa de atacado Martins; Salim Mattar,
fundador da Localiza, e vários outros casos de sucessos. A demonstração desses casos de
sucesso para um mineiro desconfiado e conservador, pode fazer com que ele tenha mais
confiança em novos negócios e seja apto a tomar riscos. Seria interessante ainda, mostrar casos
mais regionais (dependendo da região de replicação), para que a aceitação dos exemplos
sejam ainda maiores.
Podemos ainda destacar ainda como um caso de sucesso, o San Pedro Valley, ambiente criado
para incentivar a abertura de novas empresas que conta atualmente com mais de 50 start-ups.
Tem como mentor e criador Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech. Esse ambiente, que tenta
recriar o Vale do Silicio, conta também com Aceleradoras, Investidoras e Incubadoras e
incentivam ainda mais a criação de novas empresas.
E qual o papel das EJ’s neste domínio?
Cultura Empreendedora
Papel das empresas juniores
Diante desse cenário, as empresas juniores podem agir como disseminadoras da Cultura
Empreendedora em diversas instâncias.
Tendo como foco a disseminação em todo o Movimento Empresa Junior e nos atores
relacionados, as empresas juniores tem como função formar novos empreendedores e
disseminar a cultura em seu ambiente. Podemos ainda funcionar como articuladores das
iniciativas com as universidades, proporcionando o nascimento de mais startups e
disseminando ainda mais a cultura empreendedora no estado.
Políticas
Introdução
Analisar o domínio de Políticas é fundamental para entendermos como são acelerados os
resultados e a abertura de startups no estado, dado que as políticas públicas de apoio ao
desenvolvimento de novas empresas são as mais impactantes na construção de um
ecossistema empreendedor.
A nível federal, ainda conseguimos perceber uma carência de políticas e posturas pró-
empreendedorismo. Isso é percebido através da análise de estudos como tempo médio de
abertura de uma empresa e a baixa quantia de leis de apoio a abertura de novos negócios.
E em Minas Gerais?
Políticas Em Minas Gerais
Em Minas Gerais consegue-se visualizar um cenário muito mais favorável à abertura de uma
empresa do que a média dos outros estados brasileiros!
Essa hipótese foi confirmada através de um contato com o Escritório de Prioridades
Estratégicas de Minas Gerais: um órgão autônomo, ligado diretamente ao governador com a
finalidade de contribuir para a definição e a execução das prioridades estratégicas do Governo,
assumindo papel colaborador junto aos órgãos e entidades da Administração Pública do Poder
Executivo.
Em contato com o Escritório, pudemos perceber o posicionamento claro do governo mineiro,
dando um foco muito maior em políticas para o desenvolvimento econômico de Minas
Gerais do que em políticas assistencialistas ou sociais.
Isso fica ainda mais claro quando analisamos 3 importantes iniciativas apoiadas pelo governo:
1. San Pedro Valley
2. Startup Minas
3. Minas Fácil
Mas o que são essas iniciativas?
Políticas
San Pedro Valley
Políticas
San Pedro Valley
Advindo de uma iniciativa do CEO da Samba Tech, Gustavo Caetano, o San Pedro Valley é uma
plataforma para conectar e promover a comunidade empreendedora de Belo Horizonte e
região metropolitana.
Atualmente, a plataforma conta com mais de 60 organizações entre startups, coworking space,
aceleradoras e incubadoras.
Com isso, qualquer empreendedor que queira abrir uma nova empresa em Belo Horizonte
consegue ter a sua disposição uma listagem dos principais atores daquele ecossistema ao
qual ele está se inserindo.
http://www.sanpedrovalley.org/
Políticas
Startup Minas
Atualmente, vemos como parte do programa TI Maior do Governo Federal (programa de
aceleramento de startups de tecnologia em determinadas áreas) o Startup Brasil.
O Startup Brasil, hoje, atua indiretamente com as startups, sendo que sua participação baseia-
se no repasse de verbas para as aceleradoras escolhidas que irão repassar a verba e todo seu
trabalho de aceleramento de empresas para as startups escolhidas.
Diferenciando-se do Startup Brasil, o Startup Minas baseou-se no Startup Chile para pautar
suas ideias, ou seja, nesse programa o papel do governo não é, somente, o de repassar
verbas. Pelo contrário, no Startup Minas as startups escolhidas são agraciadas com 4 itens:
Políticas
Startup Minas
1. Seed Capital: dinheiro para se investir em startups em estágio inicial (até 3 anos de
existência)
2. Espaço de coworking: locais de trabalho em comum, promovendo interação contínua de
empreendedores.
3. Programa de mentoria: designação de mentores que auxiliarão no desenvolvimento
dessas startups.
4. Conexões entre os diversos atores do ecossistema, através da promoção de eventos e
iniciativas apoiadas pelo governo.
Políticas
Minas Fácil
Um grande obstáculo para a criação de uma empresa no Brasil sempre foi a burocracia existe
em todo processo de legalização e regulamentação da mesma.
O tempo médio para abertura de uma empresa no Brasil é aproximadamente 150 dias,
desmotivando os empreendedores e desestimulando a abertura das mesmas.
Pensando nisso, o governo de Minas Gerais criou o Sistema Minas Fácil: um programa para
redução do prazo de abertura de uma empresa no estado.
Atualmente, através desse sistema, é possível criar uma empresa frente a Junta Comercial de
Minas Gerais em 3 dias (em Belo Horizonte) ou até 9 dias (caso a empresa seja no interior do
estado), mostrando-se muito menor do que a média nacional.
Políticas
Conclusão
Vemos que as políticas públicas e as práticas do governo mineiro são efetivas e mostram
resultados.
Entretanto, as mesmas são concentradas em Belo Horizonte e na sua região metropolitana.
Isso ocorre devido a falta de articuladores no estado como um todo, ou seja, é fundamental a
articulação das EJ’s para que essas prática e políticas cheguem no interior do estado.
A próxima entrega do presente projeto irá contemplar os outros três domínios: Finanças,
Mercados e Suporte, além de uma ferramenta para a modelagem da atuação de uma
empresa júnior em seu próprio ecossistema empreendedor.
[email protected] [email protected]
Relações Institucionais
Marco Aurélio Oliveira
Renan Tiburcio
Ryoichi Penna