138
Gastronomia Prepare você mesmo sopas deliciosas Moda Elegance mostra suas criações Decoração Deixe sua casa linda e ajude o meio-ambiente Ela quer cursar medicina e ajudar a salvar pessoas Stephane Cavalcante SEM MEDIDA Revista wr ters i Editora Comunicação Para quem não tem medo da fita métrica Ano 2 - Nº 6 - Julho de 2010 LEITURA DIGITAL POR UM MUNDO SUSTENTÁVEL

Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista eletrônica gratuita de variedades dedicada ao público plus size de lingua portuguesa

Citation preview

Page 1: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

GastronomiaPrepare vocêmesmo sopasdeliciosas

Moda

Elegancemostra suascriações

DecoraçãoDeixe sua casalinda e ajude omeio-ambiente

Ela quer cursar medicina eajudar a salvar pessoas

StephaneCavalcante

SEMMEDIDARevista

wr tersiEditora ComunicaçãoPara quem não tem medo da fita métrica

Ano 2 - Nº 6 - Julho de 2010

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Page 2: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010
Page 3: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 3

SEMMEDIDARevista

Para quem não tem medo da fita métrica

“Sem”Preposição

Ausência de condição necessária.

“Medida”Substantivo feminino

O que não pode ou não deve ser ultrapassado; limite, termo.

A revista Sem Medida é uma publicação eletrônica periódica editada pela Writers Editora e Comunicação Ltda., de acesso gratuito através do web site: www.semmedida.com.br. Os artigos publicados aqui não refletem, necessariamente, as posições ideológicas do projeto e da editora e são de inteira responsabilidade de seus autores.

EditoresRoberto Paes e Francisco Reis

Jornalista responsávelFrancisco Reis (MTb: 14.887)[email protected]

Produção gráfica e webdesignRoberto [email protected]

PublicidadeDepartamento - [email protected]

Writers Editora e Comunicação Ltda.Rua Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 Cj 112 - Jd. Marajoara - São Paulo - SPCep: 04678-002Tel.: 55 (11) 3729-3534Web site: www.writers.com.brE-mail: [email protected]

Antonio Larghi

Uma edição gastronômica e, também, voltada para a moda

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

A partir desta edição, nossos leitores começarão a notar algumas mudanças de conteúdo, como, por exemplo, uma maior ênfase em matérias sobre

moda, gastronomia e bebidas, cultura e lazer. Ao mesmo tempo, notarão cada vez menos, apesar de este ser um dos grandes prazeres deste editor, matérias falando so-bre charutos. Isso faz parte de uma transformação edito-rial que leva em consideração os resultados obtidos com a nossa pesquisa de perfil plus size.

A variedade de assuntos, porém, tende a se manter e, no que depender de mim, a aumentar cada vez mais. Isso para o desespero da redação, que, mesmo sem a pes-quisa, todos os meses assiste o número de páginas da edição crescer e sua responsabilidade jornalística aumen-tar. Mas posso afirmar tranquilamente que esta “neurose redacional” dura pouco, o tempo exato de começarmos a receber mensagens de nossos leitores elogiando a nova edição. Aliás, somente no mês de junho, registramos um aumento da ordem de 30%.

E, em retribuição ao reconhecimento do universo plus size ao nosso esforço em editar mensalmente e oferecer gratuitamente conteúdo variado e de qualidade aumen-tamos nosso número de páginas editorias. Nelas você encontrará a entrevista com uma modelo plus size, a ce-arense Stephane Cavalcante, uma matéria apresentando o restaurante de orientação culinária latino-americana Ají, a apresentação do Octavio Café e quatro receitas de so-pas, criadas pelo chef Luis Felipe Calmon, para aquecer seu estômago e deliciar o paladar.

Além disso, apresentamos a coleção de primavera/verão da confecção catarinense Elegance, mostramos os móveis criados a partir de madeira usada feitos pela Ma-deira Velha, uma empresa do interior de São Paulo que se preocupa com a conservação do meio-ambiente. E, ainda no caminho ecologicamente correto, mostramos carros elétricos, ações e produtos que farão com que o consu-mo de papel diminua. Falamos sobre o charmoso turismo enogastronômico, a Bienal do Livro de São Paulo e sobre uma iniciativa de inclusão cultural que leva o teatro até a tela de seu computador.

Devo ter esquecido de algo, mas, ao folhearem a revis-ta, vocês mesmos descobrirão. Tenham uma boa leitura, sejam felizes.

Roberto Paes

Page 4: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

Decoração 72 Carros 96

8 Perfil 40 GastronomiaÍndice

18 Onde ir

Page 5: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

Carros 96 Turismo 120 Teatro 126

40 Gastronomia 52 Moda

Page 6: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

6 |SEM MEDIDA SEMMEDIDARevista

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Mude seus hábitos.leia em formato digital.

Em breve eles irãodesaparecer

Um mamífero em cadaquatro, uma ave emcada oito e um anfíbioem cada três estão sobameaça de extinção.

Espécies desaparecemnuma velocidade milvezes maior que a taxa natural. Todos temos opotencial para mudarO que estamosesperando?

Imagem: Wikimedia Commons/Keven Law

Page 7: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 7SEMMEDIDARevista

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Mude seus hábitos.leia em formato digital.

Em breve eles irãodesaparecer

Um mamífero em cadaquatro, uma ave emcada oito e um anfíbioem cada três estão sobameaça de extinção.

Espécies desaparecemnuma velocidade milvezes maior que a taxa natural. Todos temos opotencial para mudarO que estamosesperando?

Imagem: Wikimedia Commons/Keven Law

Page 8: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

8 |SEM MEDIDA

Esta jovem cearense, que descobriu o glamour de ser modelo plus size, aprendeu a amar suas diferenças, descobriu que sua fé pode mover montanhas e, em paz consigo mesma, se prepara para cursar medicina fora do Brasil.

Page 9: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 9

uma jovem plus sizeque deseja ser médica

StephaneCavalcante

Texto: da Redação | Imagens: arquivo entrevistada

Page 10: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

10 |SEM MEDIDA

história, mesmo que curta, de Stephane Cavalcante, com ape-nas 19 anos de idade, não di-fere em nada daquelas vividas

por outras mulheres que estão acima do peso. Ela sempre foi plus size e mesmo antes de sentir a descriminação imposta pela sociedade, esta jovem passou um bom tempo se rejeitando. “Durante minha vida eu me discriminei demais. O tempo que passei não aceitando a mim mesma foi terrível. Na escola, sempre fugia dos exames biométricos para não ter que es-cutar piadinhas”, conta Stephane.

Em sua luta para se tornar “uma pes-soa normal”, ela optou por fazer regime, mas como a maioria das pessoas que pas-sa por isso, perdia peso e, em seguida vol-tava a engordar. Foram várias dietas infrutí-feras até que Stephane começou a pensar em apelar para as intervenções cirúrgicas. “Desde muito novinha eu fazia regime. Mi-nha mãe sempre controlou minha comida por saber que eu poderia sofrer muito no futuro e minha família toda tem tendência a obesidade. Quando cresci, na fase da ado-lescência, eu sofri muito e fiz várias dietas. Obtive sucesso com algumas, mas sempre voltava a engordar. O tempo passou e che-guei até a pensar em fazer a incisão de um balão no estômago, mas para isso, como eu teria que fazer o procedimento na ca-

pital, alguns médicos acharam arriscado. Eles me diziam que se eu precisasse remo-vê-lo, poderia não dar tempo de chegar na Capital e as consequências poderiam ser graves”, conta Stephane.

“Desisti do balão e pedi aos meus pais para que eles me ajudassem e me permi-tissem fazer uma redução de estômago. Enlouqueci minha família com isso e a mim mesma também. Fiquei super ansiosa e passei a comer como uma doida. Engordei mais ainda. Ligava para médicos a todo momento, procurava na internet dia e noite os hospitais e meus pais ficavam apreen-sivos, pois sabiam que era uma cirurgia de risco. Daí meu pai me pediu pra tentar uma dieta pela última vez para perder ao me-nos alguns quilos. Eu aceitei sua sugestão, perdi peso e estou muito bem de saúde, bem comigo mesma”.

A partir deste momento, segundo ela mesma diz, toda essa “loucura” teve fim e o que veio depois da insatisfação consi-go mesma foi um grande amor pela vida e uma enorme gratidão por ser como ela é. “Hoje não sofro mais. Depois que passei a gostar de mim, as pessoas passaram a me aceitar como eu sou. Aprendi a namo-rar com meu espelho e a me amar muito. Então percebi que quando você se ama as pessoas passam a ver você com outros olhos. Nasci assim pela vontade de quem

A

“Pretendo fazer alguma obra social na África, depois de formada, em nome de Jesus. Eu tenho

um amor enorme por aquelas crianças e quero ajudar a resgatar vidas e almas.”

Page 11: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 11

Page 12: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

12 |SEM MEDIDA

Page 13: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 13

me criou. Hoje tenho consciência de que as pessoas não devem se questionar ou se lamentar por ser como elas são, nem deve haver lugar para a culpa. Tenho cer-teza que somos uma obra de arte de um criador e como tal devemos ser admirados. Acho pura perda de tempo ou até mesmo falta de amor próprio questionar-se quanto a isso. A vida acaba passando e se nos concentramos no que os outros acham ser um defeito, terminamos perdendo a capacidade de enxergar nossas virtudes e qualidades. Ser diferente não é defeito, é individualidade. É assim que me vejo todos os dias. Uma menina com uma beleza di-ferente dessas que todo mundo vê a toda hora na rua, diferente daquela que muitas pessoas sofrem para ter e que, às vezes, até morrem tentando conseguir,” afirma Stephane.

Após um relato como este, muita gen-te pode pensar que Stephane se deu por vencida e que sua autoaceitação não pas-sa de uma derrota. Mas, quem acaba por conhecê-la, descobre que ela não perdeu, mas sim despertou. Ela diz que achava im-possível alguém se amar tendo “coisas” que segundo os outros estavam “fora do lugar”. Mas, em sua jornada, Stephane co-nheceu pessoas que se amavam sincera-mente e isso a inspirou a mudar. “Com o passar do tempo, fui conhecendo pessoas

que se amavam de verdade e vi que assim como elas, eu deveria fazer o mesmo, afi-nal, todos têm seu estilo. Estar acima do peso é o nosso jeito e estilo e isso deve ser aceito normalmente. Quando eu passei a me olhar com outros olhos, vi que o amor próprio não tem em sua identidade tipo fí-sico. Ele deve existir em todas as raças, cores, etnias. Só cabe a você querer se amar, sua felicidade está em suas mãos. Ou você escolhe gostar de si mesmo ou, então, só resta se detestar Eu escolhi me apaixonar por mim. Ser plus size é assumir minha identidade”, conta Stephane.

Sustentada pela fé

Stephane não afirma, mas sua fé tam-bém a ajudou muito nesta mudança da “água para o vinho”. Evangélica, ela afir-ma que é regida pelos fundamentos ensi-nados por Cristo e que seu modo de vida é espelhado na Bíblia. “Jesus me criou e me entregou um ‘manual de instruções’. Eu tento seguí-lo e assim o faço porque acredito que não sou dona de mim, sou apenas minha própria gerente. Ele é meu dono e eu O reconheci assim, como priori-dade em minha vida. Quero viver segundo Seus mandamentos e princípios e isso é o que me dá paz e tranquilidade. Hoje eu não imagino viver sem agradar Aquele que dei-

“A maioria das pessoas gosta do comodismo e criam suas próprias verdades. Com isso acabam esquecendo que a verdade que deve ser seguida é a da Bíblia.”

Page 14: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

14 |SEM MEDIDA

xou um trono de glória para descer à Terra em meu favor, mesmo sendo eu cheia de defeitos, ele foi por mim,” diz Stephane.

Aliás, quando o assunto é religiosidade, esta jovem cearense enche o peito de or-gulho e mostra suas opiniões para quem quiser ver. Segundo ela, o meio evangéli-co tem crescido muito, mas ao mesmo tempo ela observa muitas pessoas indo na direção daquilo que as agrada, aquilo que lhes convêm. Stephane acredita que muitas igrejas, sob um véu de liberalidade, acabam escondendo a verdade de quem busca a fé. “A maioria das pessoas gosta do comodismo e criam suas próprias ver-dades. Com isso acabam esquecendo que a verdade que deve ser seguida é a da Bí-blia”, ataca Stephane.

“Mas ainda prefiro que sejam abertas centenas de igrejas ao invés de assistir-mos a inaugurações de bares, casas de prostituição, matadouros e pontos de dro-gas. Não posso falar o que algumas igrejas têm de ruim, afinal, o que é ruim para mim quem sabe seja proveitoso para outras pessoas. Eu adotei o Protestantismo”, afir-ma Stephane.

Duas carreiras distintas

Pouco depois de fazer as pazes consigo mesma e ainda cursando o ensino médio,

Stephane foi surpreendida com o convite de uma grife para desfilar sua coleção. Foi então que ela descobriu o mundo das mo-delos plus size.

“Na verdade eu acho que não descobri este mundo. Pelo contrário, foi ele que me descobriu. Nunca imaginei que poderia ser modelo, sempre me julguei muito fotogêni-ca, mas não achei que um dia poderia des-filar. Um dia me ligou uma funcionária da Mafalda Magazine, uma loja aqui do Cea-rá, me perguntando se eu aceitaria desfi-lar as roupas de tamanhos maiores e os modelos evangélicos que eles criavam. Eu topei na hora. Nessa época, eu trabalhava na Caixa Econômica. Saí do banco às pres-sas e fui para o primeiro ensaio, onde tive o prazer e a satisfação de conhecer o en-tão professor de passarela Halysson Cos-ta. Ele me ajudou, foi super simpático e em nenhum momento eu me senti ‘menos bonita’ que as outras modelos magrinhas que estavam lá. Foi aí que tudo começou”, explica Stephane.

Ela diz que nunca tinha ouvido falar em modelo plus size e que, para ela, o que ha-via acontecido era ela simplesmente repre-sentar um público e desfilar numa noite. Po-rém, o tempo passou e Stephane recebeu outro telefonema. Desta vez, segundo ela, “de um cara que havia visto algumas fotos suas na internet”. Ele queria apresentá-la

“Quando eu passei a me olhar com outros olhos, vi que o amor próprio não tem em sua

identidade tipo físico. Ele deve existir em todas as raças, cores, etnias”.

Page 15: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 15

Page 16: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

16 |SEM MEDIDA

Page 17: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 17

como opção de modelo para a marca GK. “Fiquei super empolgada e aceitei na hora. E, para completar, ele disse que eu levava jeito para ser uma modelo plus size. Isso ficou na minha cabeça. Comecei a pesqui-sar o assunto em sites, blogs, orkut e fui me empolgando. A cada nova descoberta aumentava mais a vontade de fotografar. Decidi que queria um book, mesmo que fosse caseiro, para colocar na internet. En-tão decidi investir em mim”, diz Stephane.

Ela conta que no início, sua mãe ficou muito temerosa com a carreira que se abria diante da filha. Mas depois que ela percebeu que se tratava de algo sério e que Stephane não corria nenhum perigo, veio a aceitação e o apoio incondicional. A modelo conta que seu pai ficou envai-decido com o sucesso da filha. “No meu primeiro desfile, meu pai e dois fotógrafos estavam lá me clicando e aplaudindo todas as vezes que ouviam o meu nome. Me sen-ti a mais fotografada e empolgada naquela noite. Eu sabia que meu pai havia chama-do os fotógrafos, mas mesmo assim, eu estava me sentindo ‘a tal’. Meus amigos ficaram loucos, acho que mais felizes que eu. Eles me deram força total para que eu me valorizasse como modelo e fosse atrás deste sonho”, lembra Stephane.

Mas ser modelo, desfilar, fotografar, fa-

zer sucesso e ganhar muito dinheiro com sua imagem não é o único sonho desta jo-vem. Ano que vem ela estará morando em Buenos Aires, na Argentina e cursando a faculdade de medicina. Stephane confes-sa que só de pensar nisso já sente um frio na barriga, afinal será uma grande respon-sabilidade se formar e, acima de tudo, lon-ge da família e dos amigos.

“Ficar longe de casa será meu maior desafio. Minha família e meus amigos são tudo para mim, eles me causam um êxtase sem tamanho. Sou apaixonada por cada um deles e o máximo de tempo que fiquei longe de casa, até hoje, foi um mês. Eu sou péssima dona de casa, não sei cozi-nhar, passar, lavar, mas vou aprender. Sei que vou sofrer, mas estou indo em busca da minha realização profissional. Pretendo compensar todo o investimento dos meus pais e mostrar a todos que acreditam em mim que esta confiança foi válida. Escolhi esse curso por paixão mesmo. Pretendo fazer alguma obra social na África depois de formada, em nome de Jesus. Eu tenho um amor enorme por aquelas crianças e quero ajudar a resgatar vidas e almas. É esse meu sonho. Ser bem mais que uma médica. Quero ser um canal de Cristo, que Ele me use através de minha profissão”, afirma Stephane.

“Hoje tenho consciência de que aspessoas não devem se questionar ou se lamentar por ser como elas são, nem deve haver lugar para a culpa”.

Page 18: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

18 |SEM MEDIDA

Através de um livro, de uma pintura ou de um espetáculo artístico é possível desvendar a cultura de um povo. Porém, não existe forma mais simples e, ao mesmo tempo, mais encantadora de se descobrir algo a respeito de alguém do que provando a sua gastronomia típica.

Page 19: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 19

um toque latino na gastronomia paulistana

Ají

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

Page 20: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

20 |SEM MEDIDA

este caso, para quem está inte-ressado em conhecer a cultura latino-americana através de sua gastronomia, nada melhor do

que estar numa das mesas do restaurante Ají, nome usado pelo renomado chef de co-zinha boliviano Checho Gonzáles para ho-menagear um dos ingrediente mais usado da culinária da casa, uma pimenta andina.

A aula começa no minuto em que se passa pela entrada do restaurante. Deco-rado por Alfredo Pimenta, o Ají tem um esti-lo despojado e moderno, com cores fortes, como, por exemplo, o vermelho e o laranja, mas que harmonizam perfeitamente com os objetos de madeira e as áreas verdes dos jardins externos, construídos com uma grande variedade de plantas.

O Ají fica na rua Bela Cintra, no bairro dos Jardins, em São Paulo e sua arquitetu-ra constrasta com a “selva de pedra” que existe ao seu redor. Na verdade, a casa pa-rece uma ilha de tranqüilidade, apesar do movimento da rua em que está localizado, a fachada do restaurante traz uma enorme vidraça e permite aos mais apressados, uma vista dos confortáveis sofás do lounge que certamente desperta a curiosidade de quem passa na calçada. Quem acaba por passar pela porta descobre que a casa é dividida por quatro salões bem diferentes, personalizados para diferentes ocasiões. Com objetos interessantes ligados à cul-tura andina espalhados por cadeiras, jane-las, paredes. Em pouco tempo descobre-se que cada canto tem seu aconchego.

A metade da aula sobre o nosso con-tinente continua pelo cardápio. Quem o criou e está à frente da cozinha é o chef Checho Gonzáles, de origem boliviana, e que em seu currículo ostenta nomes de casas expressivas, como, por exemplo, o Na Mesa e DOM, em São Paulo, o Peca-do, no Rio de Janeiro e Zazu, na cidade de Salamanca, na Espanha. E, como se as credenciais dele não fossem o suficien-

N

Page 21: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 21

Page 22: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

22 |SEM MEDIDA

Page 23: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 23

Page 24: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

24 |SEM MEDIDA

Page 25: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 25

te, seu sócio no Ají não é ninguém menos que Alexandre Negrão, dono de casas que marcaram épocas, como o Le Tan Tan e o Mestiço, entre outras.

Checho conta que é um autodidata no que se refere à gastronomia e que está no Brasil há 36 anos. Ele afirma que bus-ca inspiração para criar o cardápio do Ají na história, nas raízes dos povos latinos. “Gosto de História, então sempre sigo um motivo, um tema que está relacionado à cultura dos países latinos. A cozinha re-gional também me atrai bastante, porque abre a possibilidade de conhecer novas técnicas e ingredientes. Gosto de usar temperos marcantes em minhas criações porque é uma questão de cultura e heran-ça da minha família e da região onde nas-ci. Uso bastante ervas e pimentas, explica Checho Gonzáles.

A receita usada por ele em seu Ají pa-rece estar dando certo, afinal a casa caiu no gosto dos paulistanos. Ele afirma que o sucesso é o resultado de vários compo-nentes. “Apesar de existir combinações novas e diferentes para algumas pessoas que não estão habituadas, os sabores são bem caseiros. Quando as pessoas provam, percebem que tem algo conhecido. Prova-velmente uma memória sensorial que é co-mum a todos os povos de origem latina”, conclui o chef.

O Ají abre para o almoço oferecendo pratos no sistema executivo incluindo uma entrada, prato principal e sobremesa por R$ 35,00. O cardápio mescla a cozinha contemporânea com influências latinas, viaja do México à Argentina. Aqui, existe uma rica variedade de ingredientes usa-dos por colonizadores e imigrantes que se estabeleceram no Chile, Peru, Bolívia, México, além de referências da Espanha e Ásia. Não se deve deixar de provar as en-tradas especiais. Os destaques são os Ce-viches (na Espanha) ou Cebiches (na Bolí-via) de Robalo em “salsa de tomate” com

Page 26: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

26 |SEM MEDIDA

Page 27: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 27

Page 28: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

28 |SEM MEDIDA

laranja e crocantes de mandioquinha a R$ 22,00, ou de Camarões com cogumelos, salsa de milho verde e crocantes de bata-ta doce por R$ 23,00. Também é possível deliciar o paladar com as Vieiras, bacon e cogumelos sobre pão tostado com tomate e azeite extra virgem R$ 24,00 e “Chichar-rones” (costelinha bem temperada, frita e sequinha com salsa picante de tomate) a R$ 22,00.

Nos pratos principais, o Robalo cozido em cúrcuma sobre arroz de coco e tapena-de rústica sai a R$ 39,00 e a Tira de filet mignon em adobo, sobre purê de batatas com “escaveche” de cogumelos e calda pi-cante de cacau por R$ 39,00 são algumas opções entre os 11 pratos oferecidos do cardápio, que também contempla, por R$ 16,00, prato reduzido para o tamanho in-fantil sai a R$ 16,00. E, para terminar a aula, nada como se deleitar sobre as so-bremesas imbatíveis e criativas, num total de oito, e das quais destacamos o Mini churros em calda de doce de leite ao rum e chocolate picante por R$ 18,00.

Serviço

Ají RestauranteRua Bela Cintra, 1709 – Jardins – São

Paulo - SP . Tels: (11) 3083-4022 ou 3063-2438. Capacidade: 70 lugares. Horário: Al-moço de segunda a sexta, das 12h00 às 15h00. Aos sábado das 12h00 à 1h00 (sem intervalo) e no domingo das 12h00 às 17h00. Jantar de segunda a quinta das 19h30 às 24h00, às sextas das 19h30 à 1h00. Fechado nas noites de domingo. Cartões crédito: Visa, Mastercard, Diners e American Express. Cartões de débito: todos. Tickets: Sodexo. Estacionamento: R$ 14,00. Rolha (para quem leva sua própria garafa de vinho): R$ 50,00. A casa possui ar-condi-cionado, música ambiente, acesso para de-ficientes, Wi-Fi e não aceita cheques. Site: www.restauranteaji.com.br

Page 29: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 29

Page 30: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

30 |SEM MEDIDA

muito mais que um lugar para tomar uma xícara

Octavio CaféTexto: da Redação | Imagens: divulgação

Localizado no Jardim Paulistano, o Octavio é uma cafeteria diferente de tudo o que você já viu e, também, de tudo o que se pode esperar. Um ótimo lugar para se estar com os amigos.

Page 31: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 31

Page 32: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

32 |SEM MEDIDA

Octavio Café se firmou entre aqueles que procuram um ótimo local para passar boas horas com amigos, em um ambiente

discreto e aconchegante e que oferece en-tre muitas opções de bebidas, verdadeiras fórmulas secretas de café, além de um cardápio muito bem selecionado em seu restaurante.

E como descobrir o blend (combinação) que mais agradará aos clientes? Para isso, o Octavio Café contratou Sílvia Magalhães, uma barista que foi buscar no exterior, por meio de vários cursos, as melhores com-binações para agradar aos mais exigentes apreciadores de café.

Silvia é barista, especialista em café, há dez anos e a responsável pelas delícias do Octavio Café desde que foi inaugurado. Sua principal tarefa é selecionar os grãos corretos e fazer uma mistura (blend) que agrade aos clientes. “Por exemplo, no caso do Blend Octavio, usei três variedades de grãos da espécie arábica”, explica Sílvia. “Sempre busco o equilíbrio em uma xícara de café. O que mais gosto de encontrar e busco sempre em uma xícara de café é do-çura semelhante a caramelo, mel e notas de chocolate. Quanto mais doce, melhor será o café para mim.

Segundo ela, o Blend Octavio é um café com notas de chocolate, nozes e caramelo. Sílvia também sugere blends importados como o Kenia, por exemplo, que possui no-tas florais, e frutadas muito diferenciada. “É um café mais do que especial”, diz a ba-rista lambendo os lábios. Mas o blend que mais agrada aos frequentadores da casa é o Alta Mogiana, por ser encorpado e com

O

Page 33: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 33

Page 34: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

34 |SEM MEDIDA

Page 35: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 35

notas intensas de chocolate.Além de selecionar os grãos, outra es-

pecialidade de Sílvia é criar drinques à base de café. Existe uma carta de drinques com 30 criações. Para o inverno, ela criou o Café do Oriente, um sucesso composto por café, doce de leite, cardamomo, leite e marshmallow. E ainda mais ousado, tem o Suspiro de café, com brigadeiro, espresso, leite, café e suspiros.

Em uma gentileza à Sem Medida, Sílvia forneceu a receita do Café do Oriente. Co-loque em uma leiteira, 30 ml de café forte, 100 ml de leite, uma pitada de cardamomo, uma pitada de canela e aqueça. Em uma taça, de preferência com alça ou asa, colo-que no fundo uma colher de sopa de doce de leite e despeje bebida. Cubra com mar-shmallow e gratine.

Ficará divino, porém, o clima e a atmos-fera do Octavio Café, só mesmo no próprio local.

Parceria de peso

O ambiente é aconchegante, em boa companhia, uns drinques de café e o tem-po passa sem que a gente perceba. E de-pois de algum tempo, bate aquela fominha. E nessas horas, um bom prato é mais do que bem-vindo.

Por isso, o Octavio Café conta desde o início do ano com o chef Nilson Quirino de Souza, formado em gastronomia na Escola de Artes Gastronômicas Laurent Studeau, além de ter feito vários cursos como es-pecialização em fornos e outras atividades de cozinha.

“Um chef precisa ter paixão por cozi-

Page 36: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

36 |SEM MEDIDA

nhar”, diz empolgado Quirino. “Tem que saber coordenar os seus subordinados em suas tarefas, conferir toda a mercadoria que chega para ser utilizada na cozinha, atestando sua qualidade, entender sobre os processos de cada receita da casa e administrar as demandas para não permi-tir atrasos e insatisfação dos clientes”.

Fã da cozinha européia, aprecia muito a culinária mediterrânea, que considera muito saudável. Para o Octavio Café, ele criou um cardápio específico para este in-verno, com receitas de sopas e cremes. Entre eles, destacam-se creme de aspargo aromatizado com pesto de rucula, creme de tomate levemente picante, capelleti em brodo, clássica sopa francesa de cebola e creme de funghi porccini italiano.

Mas o Octavio Café também abre para o almoço. Nessa hora, os cremes podem ser substituídos por Filé à Café, acompanhado de batatas holandesas e batatas doce da terra. No jantar, a sugestão de Quirino é o raviolli recheado com carne ao vinho e mo-lho de mix de cogumelos frescos.

E para aproveitar o conhecimento de Quirino, junto com o da Silvia, é possível harmonizar o Filé à Café, carro chefe da casa, que possui molho à base de aceto balsâmico, aroma de funghi porccini e azei-te de café (produzido pelo Octavio Café).

E assim como Silvia, Quirino divide com Sem Medida, uma de suas receitas predi-letas e que foi oferecido no Dia dos namo-rados.

O prato foi preparado pelo chef Nilson Quirino para o Dia dos Namorados no Oc-tavio Café. Para oferecer um toque afrodi-síaco, ele também adicionou flores comes-tíveis na decoração deste risoto.

Page 37: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 37

Page 38: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

38 |SEM MEDIDA

Page 39: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 39

Ingredientes

2 unidades de cavaquinha por poção (300g) 100 ml de Prosseco 6 g de sal (parte do sal vai embora) 50 g de arroz arborio italiano 300 ml de caldo de legumes 3 morangos cortados em quatro partes 5 g de alho picado 10 g de cebola picada 30 ml de azeite extra virgem 15 g de manteiga 30 g de queijo parmesão ralado Pimenta branca a gosto 150 ml de creme de leite 1 ramo de tomilho 1 ramo de alecrim

Risoto

Com a frigideira levemente aquecida, adicione 15 ml do azeite extra virgem e metade do alho e da cebola picada. Quando dourar, acrescente o arroz cru. Aos poucos, derra-me o caldo de legumes sobre o arroz. Quando o risoto esti-ver levemente ao dente, retire a panela do fogo e reserve.

Cavaquinha

Limpe a cavaquinha e corte-a ao meio, temperando com sal e pimenta a gosto. Coloque para grelhar em frigideira anti-aderente levemente aquecida com 10 ml do azeite ex-tra virgem. Em outra frigideira, adicionar o resto do azeite, cebola e alho, o ramo de tomilho e o ramo de alecrim. Me-xer os ingredientes e adicionar o Prosseco e o creme de lei-te e esperar reduzir até que fique aveludado. Depois, passe em uma peneira fina ou chinoie.

Finalização

Coloque as cavaquinhas no molho, leve a panela do riso-to ao fogo novamente. Quando começar a ferver, adicione o queijo parmesão e a manteiga para que o risoto fique cremoso. Utilize os morangos pra decorar e também ser degustado junto.

Cavaquinha ao Prosseco com risoto de morangos e champagne

Page 40: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

40 |SEM MEDIDA

uma ótima opção paraaquecer o seu inverno

SopasTexto: da Redação | Imagens: Roberto Paes

Page 41: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 41

Com a chegada do frio, uma boa opção para se manter aquecido, seja no almoço

ou no jantar, são as sopas e os cremes. Nesta edição, o chef Luis Felipe Calmon,

da Orbacco Espaço Gastronômico, ensina como preparar, de forma rápida e barata, quatro tipos diferentes de sopas.

Page 42: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

42 |SEM MEDIDA

esta época do ano, os restau-rantes e as padarias gourmet oferecem, para quem quer man-ter o estômago aquecido, uma

série de opções de sopas e cremes para o almoço e jantar. Porém, se você não está com disposição para sair de casa, ou quer impressionar familiares e amigos oferecen-do uma refeição caseira, o chef Luis Felipe Calmon, apresenta receitas de sopas de rápido preparo e que vão fazer os donos dos paladares mais requintados voltarem à cozinha em busca de uma segunda dose.

Segundo Luis, para esta edição, sua es-colha recaiu sobre duas receitas de sopas quentes e duas que podem ser servidas em temperatura ambiente, ou ligeiramente frias. “Apesar de as pessoas associarem pratos quentes ao frio do inverno, decidi oferecer duas opções de sopas frias uma para que as pessoas possam usá-la como ‘prato intermediário’ entre a entrada e o prato principal, e assim, limpem suas papi-las gustativas e outra que proponho como uma sobremesa. É possível se fazer uma refeição completa utilizando apenas so-pas”, explica Luis.

Neste sentido, o chef nos oferece uma sopa Tailandesa, um creme de melão com crisps de presunto Parma, um creme de ce-

N

Page 43: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 43

Ingredientes

1 peito de frango cozido no vapor ou •no caldo de frango

700 ml de caldo de frango (de pre-•ferência clarificado, processo pelo qual se elimina todas as impurezas obtendo-se um caldo completamente cristalino).

1 pimenta dedo de moça cortada •em brunnoise (pequeninos cubos) sem as sementes

18 folhas de coentro•120 ml de leite de coco•

Modo de preparo

Corte o peito em cubos e distribua-os em três recipientes. Junte 1/3 da pimenta. Jun-te 1/3 do caldo já aquecido. Distribua 1/3 das folhas de coentro e, já na mesa, adicio-ne o leite de coco.

Sopa Tailandesa

Page 44: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

44 |SEM MEDIDA

Ingredientes

1 melão Mossoró não muito gran-•de (o comum, amarelinho. De preferência aquele denominado redinha por ser mais saboroso)

120 gramas de presunto cru•Açúcar, se necessário•

Modo de preparo

Disponha as fatias de presunto em uma assadeira e leve ao forno muito baixo até que fiquem crocantes e sequinhas. Se ne-cessário, deixe a porta do forno entreaber-ta.

Em um liquidificador, bata o melão sem casca e sementes até obter um creme ho-mogêneo, se necessário, adicione um pou-co de açúcar. Dependerá do melão.

Disponha o creme em três recipientes e, sobre eles, espalhe o crisp de presunto grosseiramente quebrado com as mãos.

Creme de melão com presunto Parma

Page 45: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 45

bolas com queijo Gruyere gratinado e, para finalizar, uma sopa de melancia com azeite de menta. Luis, intencionalmente, interca-lou dois pratos quentes, a sopa Tailandesa e o creme de cebolas, a dois pratos frios, o creme de melão e o de melancia. Mas isso não significa, afirma Luis, que o cozinheiro se sinta obrigado a fazer todas as quatro. “Minha intenção, neste caso, foi realizar a refeição toda, seja um almoço ou um jan-tar, apenas com cremes e sopas. Porém, nada impede que se faça apenas uma das sopas quentes, uma das sopas frias, am-bas como entrada e prato intermediário, para depois servir o prato principal.

Segundo Luis, todas as receitas mostra-das nesta matéria requerem poucos ingre-dientes, seu tempo de preparo é bastante rápido e, além disso, o custo final para pro-duzir as quatro variedades não ultrapassa a casa dos R$ 38,00. Com um rendimento para três porções, ao se preparar todas as variedades sugeridas pelo chef, cada por-ção custará em torno de R$ 3,16. Isso pro-va que para manter o corpo aquecido não é necessário sair por aí queimando dinheiro.

Curiosidades

Segundo o texto introdutório da coleção “A Grande Cozinha”, editado no Brasil, pela

Page 46: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

46 |SEM MEDIDA

Page 47: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 47

Page 48: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

48 |SEM MEDIDA

Abril Coleções, a palavra sopa vem do gó-tico suppa, que significa “pedaço de pão molhado” e que, em outras línguas, tam-bém serve de raiz, como, por exemplo, zuppa (em italiano), soupe (em francês), suppe (em alemão) e sopa (na língua espa-nhola e portuguesa).

A história da sopa remonta à Idade Mé-dia, quando o pão exercia uma função es-sencial na alimentação das pessoas e po-deria ser considerado, por si só, um prato ou uma refeição completa. Era sobre ele que repousavam fatias de carne, peixes, queijos e qualquer outro alimento que es-tivesse no cardápio do dia. Segundo o tex-to, a sopa à base de caldos nasceu mais tarde, depois das sopas grossas, conse-guidas com a utilização de aveia, centeio, milho e cevada, seja na forma de grãos ou moídos e transformados em farinha.

Eles eram colocados para ferver junta-mente com verduras e legumes da esta-ção. A mistura cozinhava por longos perí-odo até se obter um creme denso, capaz de satisfazer a fome de pessoas humildes, como os servos que trabalhavam nas ter-ras dos senhores feudais. Na época, o sal era raro e ao mesmo tempo caro e, por isso, costumava-se usar água do mar no preparo das sopas.

Page 49: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 49

Creme de cebolas

Ingredientes

6 cebolas grandes cortadas em ro-•delas com meio centímetro.

100 gr de manteiga•1 colher de sopa de farinha de trigo•2 ramos de tomilho•2 folhas de louro•Pimenta do reino branca a gosto.•Sal a gosto•3 fatias de pão rústico•90 gramas de queijo Gruyere gros-•

seiramente ralado600 ml de caldo de frango•

Modo de preparo

Murche lentamente a cebola na mantei-ga até ficarem ligeiramente caramelizada. Enquanto as cebolas caramelizam, junte as folhas de louro e só as folhas do tomilho. Adicione a farinha e deixe cozinhar por mais 1 ou 2 minutos. Adicione o caldo e deixe ferver até engrossar um pouco. Acerte sal e pimenta. Em cada uma dos três recipien-tes (refratários) coloque uma fatia de pão, cubra com 1/3 da sopa e, por último, 1/3 do queijo. Leve ao forno para gratinar e sir-va imediatamente.

Page 50: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

50 |SEM MEDIDA

Ingredientes

¼ de uma melancia pequena•40 gramas de açúcar•30 ml de água•30 ml de azeite aromatizado com •

hortelãFolhas de hortelã para decorar•

Modo de preparo

Junte o açúcar e a água e leve ao fogo até que se forme uma calda. Em um liquidi-ficador, bata a melancia sem casca e sem sementes e adicione a calda já fria. Sirva em três recipientes e junte 1/3 do azeite. Decore com folhas de hortelã.

Creme de melancia

Page 51: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 51

Atualmente é possível encontrar diver-sos tipos de sopas e caldos na cultura gastronômica de qualquer país. Algumas receitas assumem ares requintados ao receberem ingredientes sofisticados, ou-tras permanecem simples ao se utilizarem ingredientes de fácil acesso. É possível, usando o Brasil como exemplo, encontrar de estado para estado, uma grande varie-dade de sopas e cremes. Isso resulta da grande variedade de ingredientes disponí-veis em cada região. Nas cidades litorâ-neas, será fácil encontrar caldos, sopas e cremes marcados pela utilização de frutos do mar. Já em regiões continentais é possí-vel encontrar receitas que usem carnes de boi, porco ou frango, associadas a muitos tipos de vegetais, como, por exemplo, a ba-tata, ou a mandioca.

Alimento humilde ou não, o fato é que os caldos, sopas e cremes acabaram se incorporando ao gosto da humanidade e, mesmo em países quentes como o nosso, quando a temperatura cai um pouco, elas se tornam a melhor companhia de quem deseja se aquecer. Agora, com estas recei-tas em mãos, você não tem mais descul-pa para agradecer pelo frio e correr para a cozinha.

Page 52: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

apresenta suascriações para o

TendênciasTexto e Imagens: divulgação

Elegance na internet:www.elegancemoda.com.br

VerãoElegance

Page 53: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010
Page 54: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

54 |SEM MEDIDA

Page 55: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 55

Page 56: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

56 |SEM MEDIDA

Page 57: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 57

Page 58: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

58 |SEM MEDIDA

Page 59: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 59

Page 60: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

60 |SEM MEDIDA

Page 61: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 61

Page 62: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

62 |SEM MEDIDA

Page 63: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 63

Page 64: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

64 |SEM MEDIDA

Page 65: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 65

Page 66: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

66 |SEM MEDIDA

Page 67: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 67

Page 68: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

68 |SEM MEDIDA

Page 69: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 69

Page 70: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

70 |SEM MEDIDA

Page 71: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 71

Page 72: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

72 |SEM MEDIDA

sua casa deslumbrantee sem agredir a natureza

DecoraçãoTexto: da Redação | Imagens: arquivo entrevistado

Page 73: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 73

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Todos os meses 13 hectares de florestas são devastados para fabricação

de móveis e madeiras. Porém, numa cidade do interior de São Paulo, uma

marcenaria está dando um exemplo de sustentabilidade usando madeira reciclada

para a criação de seus produtos.

Page 74: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

74 |SEM MEDIDA

ideia, inusitada e inovadora, e que, depois de conhecida, cer-tamente se tornará um exem-plo de sustentabilidade para

muitas empresas do setor, nasceu das mãos de Arlindo Piedade Neto, um auto-didata de 54 anos, que se preocupa com a sustentabilidade do planeta e resolveu criar a Madeira Velha, uma marcenaria que funciona na cidade de Brotas, no interior de São Paulo.

Neto, como ele gosta de ser chamado pelos clientes e amigos, conta que sempre teve preocupações ambientais e a idéia de criar uma empresa que trabalha reciclan-do madeira velha, iniciada em 2006, foi uma oportunidade que ele não podia dei-xar passar. “Meu irmão já atuava no setor fornecendo madeira velha, matéria-prima bruta sem beneficiamento, para clientes intermediários e marcenarias na cidade de São Paulo. A partir de um estudo de merca-do, decidimos partir para um novo projeto e montamos a oficina aqui na cidade de Brotas. No início, apenas processávamos este tipo de madeira, transformando-a em assoalhos, decks e painéis. Isso nos per-mitiu agregar valor ao produto, e nos deu fôlego para irmos em frente e colocarmos em prática um novo estágio do projeto”, conta Neto.

Desde o início, ele ficou incumbido de

cuidar do desenvolvimento de produtos e da gerência comercial da oficina. Ele conta que da produção de assoalhos até a cria-ção de mobiliário, a Madeira Velha investiu muito dinheiro e teve que superar um gran-de desafio, a especialização da mão-de-obra. “Ao entrarmos neste novo estágio, percebemos que poderíamos diversificar e crescer. Vimos nos móveis sob medida mais uma possibilidade de utilização de madeira velha como matéria-prima. Na ver-dade, esse processo nos custou muito e tivemos que enfrentar um novo desafio, a formação de mão-de-obra especifica. Não tínhamos no mercado, e muito menos em Brotas, profissionais com experiência para nos ajudar na empreitada”, conta Neto. Po-rém, com um sonho nas mãos e a deter-minação de alcançar seus objetivos, ele e seu irmão venceram todos os obstáculos que cruzaram o caminho da empresa.

As madeiras que a empresa de Neto transforma em produtos comerciais no-vamente, saem de casas e barracões de antigas fazendas e sítios da região e, tam-bém de casas residenciais e comerciais localizadas no perímetro urbano, demoli-das para dar lugar ao progresso e a novas edificações. Ele faz questão de dizer que sua empresa não estimula a demolição de construções antigas para poder conseguir a matéria-prima de que precisa. “Acho im-

A

“Na verdade, esse processo nos custoumuito e tivemos que enfrentar um novo

desafio, a formação de mão-de-obra especifica. Não tínhamos profissionais com experiência

para nos ajudar na empreitada”

Page 75: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 75

Page 76: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

76 |SEM MEDIDA

Page 77: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 77

Page 78: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

78 |SEM MEDIDA

Page 79: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 79

portante dizer que não provocamos nem tampouco estimulamos a demolição para nos beneficiar desse material. O nosso tra-balho é dar vida nova a esse material que de alguma forma está sendo descartado. A demolição acontece independente de as empresas que trabalham neste segmento consumirem esse produto. O que fazemos é reutilizar essa madeira com consciência e técnica. Isso nos permite transformar algo que iria para o lixo em produtos, o que desestimula a utilização de madeira nova e contribui para diminuir a velocidade frené-tica com que se está desmatando o plane-ta”, conta Neto.

O resultado do empenho da Madeira Ve-lha termina por se traduzir em assoalhos, decks, painéis, mobília, objetos decorati-vos e utensílios. Neto comenta que seus produtos não são mais baratos que os similares, construídos com madeiras no-vas devido às perdas, que neste caso são bem maiores. Além disso, ele explica que o desgaste dos equipamentos utilizados na recuperação da madeira também é mui-to maior. “Porém, apesar de custar mais, nossos produtos geram um crédito de sus-tentabilidade e uma economia no gasto de nossos recursos naturais que precisa ser levado em consideração”, alerta Neto.

Ele conta que o trabalho desenvolvido em sua empresa parte da crença de que ele e seu irmão estão conseguindo man-

ter uma organização rentável, ao mesmo tempo que colaboram para salvar o futuro do planeta. Uma consciência que precisa ser despertada em outros setores econô-micos, caso contrário, afirma Neto, todos teremos que arcar com as conseqüências que o trabalho não sustentável irá acarre-tar.

Outra mostra do comprometimento am-biental da Madeira Velha é o projeto de realizar na cidade uma feira que mostre a outros empresários o que é possível se fa-zer em busca da sustentabilidade. “A prin-cípio, estamos escrevendo nossa história, nos estruturando e aprendendo a cada dia como podemos ser úteis à sociedade com nosso trabalho. Acreditamos que esse ca-minho fatalmente nos possibilitará realizar ações que nos permitam não só produzir e comercializar e sim divulgar e envolver a sociedade nesse movimento. Temos um projeto para o futuro. Aliado ao fato de estarmos estabelecidos em Brotas, uma cidade que cresceu muito nos últimos tem-pos graças ao ecoturismo, e onde dispo-mos de uma boa infraestrutura para rece-ber pessoas, pensamos num evento técni-co comercial para mostrar e divulgar esse segmento”, conclui Neto.

Na outra ponta

Quem apóia e utiliza os produtos cria-

A Madeira Velha mostra que reciclar não é simplesmente juntar sucata, mas sim, transformar o que seria jogado fora, em um trabalho com alto nível de sofisticação.

Page 80: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

80 |SEM MEDIDA

Page 81: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 81

Page 82: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

82 |SEM MEDIDA

dos pela Madeira Velha são construtores, arquitetos e decoradores que reconhecem a qualidade e a beleza de tudo o que é criado com a utilização de madeira recicla-da. Neto comenta que a receptividade das pessoas para com este tipo de material está crescendo mais e mais a cada dia, o que tem feito os proprietários da empresa pensarem seriamente em ampliar seu par-que industrial.

Uma das consumidoras dos produtos da Madeira Velha é a designer de interiores e ex-modelo plus size Juliana Ayres, que re-centemente se mudou de São Paulo para a cidade de Brotas, de onde é natural e onde ainda vivem seus pais. Ela conta que sem-pre se preocupou com a sustentabilidade em sua área de trabalho e, por conta disso, sempre esteve em busca de soluções cria-tivas. “Comecei a pesquisar materiais para meus projetos e descobri a Madeira Velha. Desde então, utilizo o que eles criam em quase todos os meus projetos, desde um pequeno objeto de decoração até um as-soalho para ser usado como piso em toda a casa. Gosto muito também dos móveis sob medida que eles produzem. A madeira velha confere um toque totalmente diferen-ciado aos projetos. Desenvolvo peças lin-das com linhas contemporâneas e que ao mesmo tempo conservam o toque rústico da madeira”, afirma Juliana.

A designer não poupa elogios ao traba-

lho da empresa de Neto e afirma que a qualidade do que ele fabrica é excepcio-nal, seja pelo aspecto de reutilizar mate-riais que iriam acabar “jogados por aí”, seja pelo fato de que a cada peça que ela adquire, Juliana dá sua contribuição para a redução do desmatamento das florestas. “A qualidade dos produtos executados com madeira reciclada é excelente. Além do di-ferencial da recuperação de um material extinto o nosso trabalho agrega valor não só na qualidade, mas também no concei-to. E quando meus clientes sabem como é feito aquilo que eu estou indicando, eles também sentem que estão fazendo a par-te deles. A cada dia, eles têm pedido por este tipo de solução por estarem preocu-pados com o meio ambiente”, conclui Ju-liana Ayres.

Se você se interessou pelo trabalho da Madeira Velha e quer saber mais sobre este projeto inovador existem duas pos-sibilidades. A primeira é tirar um fim de semana para visitar a cidade de Brotas e, além de visitar a oficina, passar um ótimo fim de semana aproveitando a estrutura ecoturística da cidade. A outra, para quem não quer esperar, é visitar o web site da empresa através do endereço www.madei-ravelhabr.com.br.

Se você também ficou curioso sobre o trabalho de Juliana Ayres, entre em conta-to pelo telefone (11) 8122-9964.

“A qualidade dos produtos executados com madeira reciclada é excelente. Além do

diferencial da recuperação de um material extinto o nosso trabalho agrega valor não só na

qualidade, mas também no conceito”.

Page 83: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 83

Page 84: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

84 |SEM MEDIDA

Nota da redação: Durante o fechamento desta edição, fomos informados que a Amazon Book, pela primeira vez em sua história, vendeu mais livros eletrônicos do que exemplares em papel. Isso graças ao grande número de iPads vendidos (foto abaixo) e da facilidade que ele e os demais e-readers oferecem.

Page 85: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 85

jornais de grande tiragem se rendem ao digital

InformaçãoTexto: da Redação | Imagens: Apple Corporation

Um dos mais importantes e tradicionais jornais do País, o Jornal

do Brasil, anuncia sua renúncia à impressão de suas notícias, que,

a partir de setembro, irão circular apenas em sua versão digital.

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

ntes de acessarmos a íntegra da notícia, todos aqui da reda-ção imaginamos que a decisão havia sido tomada levando-se

em consideração a necessidade de encon-trar meios sustentáveis para a circulação de informações, sem agredir ao meio-am-biente. Em meio aos festejos de uma pri-meira vitória de peso no caminho da pre-servação do meio-ambiente, descobrimos que a decisão tomada pela direção da em-presa responsável pelo jornal havia sido tomada devido a problemas financeiros.

Em meio à decepção, lembramos que há poucas semanas, em nosso twitter (www.twitter.com/semmedida) havíamos postado uma mensagem onde dizíamos que apesar de um aumento no número de leitores de jornais e revistas, a circulação destas publicações em papel havia se redu-zido em mais de 10%, com relação a igual período do ano anterior. Um fenômeno que ocorreu nos Estados Unidos graças às ver-sões digitais disponibilizadas na internet e graças, em parte, ao grande sucesso de vendas de aparelhos de leitura eletrônica, como, por exemplo, o iPad, criado pela Ap-ple. Ao que parece, o mesmo fenômeno também está ocorrendo no Brasil.

Mas, mesmo de uma maneira “meio torta”, ainda há o que ser comemorado, pois, o Jornal do Brasil, mesmo sem ter a intenção, acabou por se tornar o primeiro veículo de comunicação impresso a migrar totalmente do impresso para o digital. Um fato que, de qualquer forma, merece ser

A

Page 86: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

86 |SEM MEDIDA

comemorado. Afinal, toneladas e tonela-das de papel deixarão de ser consumidas diariamente, o que acaba por diminuir a demanda por este tipo de matéria-prima numa escala significativa e mostra a ou-tros grupos editoriais um caminho susten-tável a ser seguido. Isso, sem falar em que o valor da assinatura mensal, que custa R$ 76,90, passará a ser de R$ 9,90, uma economia de mais de 87% para os leito-res.

Ainda, segundo a notícia publicada pelo Meio&Mensagem On line, a versão digital do Jornal do Brasil, além de comportar formatos acessíveis pelos navegadores, terá versões compatíveis com os e-readers iPad, Kindle, Nook, entre outros. No anún-cio, o JB informava que a decisão tomada estava amparada em uma pesquisa, reali-zada durante um mês, com seus leitores e cujos resultados apontavam a direção que os responsáveis pela publicação tomaram. O comunicado, ainda segundo o M&M On line, termina com a seguinte frase: “O JB vai sair do papel. E entrar na modernida-de”.

Segundo a notícia do M&M On line, “sites e redes sociais estão replicando comentários a respeito do fim da edição impressa do Jornal do Brasil, o que seria decidido entre esta quarta-feira, 14, e a quinta-feira. A decisão pela extinção do diário impresso seria tomada nesta se-mana, conforme apontou o jornal O Globo na segunda-feira 12. Esses rumores logo movimentaram a internet. No entanto, o di-retor administrativo do jornal, Humberto Ta-nure, irmão do empresário Nelson Tanure, disse que nada havia sido definido.”

Há aqueles que acham triste que um jor-nal deixe de circular nas bancas, há aque-les – e a redação da revista Sem Medida engorda esse grupo – que o fato de deixar de ser impresso é uma medida que atende às necessidades econômicas da publica-ção e ao mesmo tempo a torna acessível a um número maior de leitores, que passa-rão a pagar menos pela assinatura mensal do Jornal do Brasil e, acima de tudo, ser digital é algo que beneficia o planeta e co-loca o JB numa direção que cedo ou tarde outras publicações terão que seguir.

Page 87: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 87

Reprodução de tela

Page 88: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

88 |SEM MEDIDA

hora de dizer adeus aos pesados guias de papel

GPSTexto: da Redação | Imagens: Wikimedia Commons arquivo Sem Medida

Page 89: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 89

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Os guias de ruas e estradas são artigos indispensáveis na vida de quem mora nas grandes cidades. Ou melhor, eram. Depois

da internet e sites de localização como, por exemplo, o Apontador e, mais recentemente o GPS (Global Position System) esses incômodos

e pesados guias não são mais necessários.

Page 90: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

90 |SEM MEDIDA

uias impressos em papel, com milhares de páginas e dezenas de quilos foram, durante muito tempo, os grandes amigos dos

taxistas e de qualquer pessoa que precisa-va se locomover numa grande cidade. Po-rém, da mesma forma que muitos outros produtos quer são considerados indispen-sáveis, tendem a perder sua utilidade dian-te de novos produtos e serviços. Quem sabe, daqui a algum tempo, eles acabem se tornando uma curiosidade de museu.

A morte anunciada dos guias impressos em papel começou há algum tempo, quan-do mesmo com poucos recursos tecnoló-gicos, alguém decidiu colocar o conteúdo destes enormes livros em um CD Room interativo. Os recursos eram poucos, mas facilitavam em muito a vida de quem pro-curava a rota para onde desejava ir. Com a chegada da internet, não demorou mui-to para surgirem os web sites que faziam o papel de guias e, além disso, ofereciam um grande número de facilidades de pes-quisa. A única desvantagem destes “guias eletrônicos” é que você não podia carregá-los debaixo do banco de seu carro.

Passado algum tempo, começaram a surgir os guias que podiam ser acessados de telefones celulares e, graças ao bara-teamento dos custos da produção em es-cala, chegaram às lojas de departamento os aparelhos de GPS, sigla em inglês que representa Global Position System (sistema de posição global). Desde então, estes aparelhos, que eram um equipamento vol-tado para uso militar e para a aviação co-

mercial, se tornaram acessórios indispen-sáveis nos vidros dianteiros de milhares de veículos e, graças ao seu tamanho reduzi-do, podem ser usados até por alguém que esteja se deslocando a pé.

Como funciona

O GPS foi desenvolvido pelas forças ar-madas norte-americanas para permitir que tropas pudessem se deslocar com confia-bilidade e precisão de um ponto a outro no planeta. Basicamente, este aparelho é um receptor que capta sinais de uma rede de satélites que estão em órbita pelo planeta. Através de uma triangulação entre o apare-lho e vários destes satélites é possível de-terminar com um alto grau de precisão, a latitude, longitude e altitude em que aquela pessoa que está com o GPS se localiza.

Pouco tempo depois de sua criação, o sistema foi tornado de uso público e em-presas privadas começaram a adaptar esta tecnologia para o uso civil, com finalidade pacífica. Os primeiros a se beneficiarem disso foram os transportes aéreos. O GPS se tornou um equipamento indispensável em aeronaves comerciais e de uso priva-do. Como era de se imaginar, não demo-rou para que as empresas percebessem o enorme potencial lucrativo da comercia-lização destes aparelhos para uso nos au-tomóveis.

Os primeiros, graças ao seu alto cus-to, só podiam ser vistos em carros de alto luxo, como, por exemplo, um Audi ou um Mercedes-Benz. Mas, com o ganho de cus-

G

Com isso, você pode realizar uma viagem de São Paulo a Salvador, na Bahia, e o

aparelho o levará sem dificuldades até a rua que você indicou na cidade baiana.

Page 91: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 91

Wikimedia Commons/Salim Fadhley

Page 92: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

92 |SEM MEDIDA

Page 93: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 93

to em escala, o GPS perdeu dimensões e peso e ganhou preços bastante acessí-veis, podendo, atualmente, ser comprado em qualquer supermercado que também comercialize eletrodomésticos.

No que diz respeito à sua funcionali-dade e recursos, o aparelho destinado ao uso comum ganhou mapas terrestres, um sistema que permite pesquisar o local onde se deseja chegar através de coorde-nadas – latitude e longitude – ou simples-mente pela digitação do nome da rua onde se quer ir. Com isso, o aparelho traça a rota, oferece alternativas segundo critérios que o usuário seleciona e, durante todo o trajeto, faz indicações de direção na tela e através de sistema de voz.

Outras facilidades que transformam o GPS no companheiro ideal de qualquer mo-torista e, principalmente dos brasileiros, é a capacidade deste aparelho de identificar e alertar o usuário para a aproximação de radares de velocidade fixos, apelidados pe-los paulistanos de “pardais”. O número de radares existentes vem registrado no mapa fornecido pelo fabricante do aparelho, mas existem web sites cujos usuários alimen-tam, o Maparadar, por exemplo (http://maparadar.com), onde se pode baixar, gra-tuitamente, listas atualizadas de radares fixos e até mesmo de radares móveis, pelo menos enquanto eles estiverem lá.

Além disso, é claro que variando de fornecedor para o mapa, o GPS também incorpora guias diversos onde se pode lo-calizar, por exemplo, pontos turísticos, lo-cais que possuem caixas automáticos, res-

taurantes, bares, cinemas, teatros e, caso seja necessário, serviços básicos, como hospitais e delegacias de polícia. Estes mapas estão divididos e podem ser com-prados levando-se em consideração o país em que se está ou onde você vive. No caso do Brasil, os aparelhos vendidos aqui, já vêm com os mapas de todo o País, uma vantagem sobre os guias de papel, que em alguns casos limitavam-se apenas ao estado. Com isso, você pode realizar uma viagem de São Paulo a Salvador, na Bahia, e o aparelho o levará sem dificuldades até a rua que você indicou na cidade baiana.

Os aparelhos disponíveis

A quantidade de aparelhos GPS dispo-níveis no Brasil é imensa e seus preços variam entre R$ 249,00 e R$ 499,00 (valo-res pesquisados no web site do supermer-cado Extra (www.extra.com.br), mas até pouco tempo não era difícil pagar mais de R$ 1.000,00 num destes aparelhos que, além de levar você a qualquer lugar ainda incorporam facilidades de um MP “sei lá que número”, de última geração. Além dis-so, outra variável de preço é o tamanho das telas disponíveis, que ficam entre 3,5 e 5 polegadas.

Até pouco tempo, quem estava, ou ten-tava se manter atualizado, em termos de tecnologia precisava de um notebook, um palm top, um telefone celular e um MP3. Hoje, graças à concorrência entre os fabri-cantes, muitas destas facilidades são in-corporadas em um único equipamento, fa-

O GPS já se tornou um aparelho tão casual na vida das pessoas que não é difícil receber um convite para uma festa onde, além do endereço, estão apontadas as coordenadas do local.

Arq

uivo

Sem

Med

ida

Page 94: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

94 |SEM MEDIDA

zendo com que você carregue menos bugi-gangas e obtenha as mesmas facilidades. Um exemplo disto são os smarth phones, que nos fizeram aposentar as agendas de papel e utilizarmos as funcionalidades do aparelho. Não vai ser de estranhar que da-qui a pouco tempo qualquer rádio AM/FM venha com um GPS instalado nele.

No que diz respeito à qualidade dos aparelhos, depois de falar com alguns usuários contumazes do GPS, chegamos à conclusão de que eles não apresentam muitos defeitos, mas o ideal é optar por uma marca que tenha assistência técnica no Brasil ou uma lista de representantes espalhada pelo País. Além disso, no que diz respeito aos mapas, cada usuário tem uma preferência pessoal. Alguns preferem os de tela maior e programas com uma va-riedade de informações apresentadas nela, outros preferem telas limpas, com poucos dados, pois segundo eles, com a facilidade de indicação de voz dos aparelhos, quase não se precisa olhar para o GPS durante a navegação. Depois que você comprar seu aparelho, não custa nada se cadastrar em um fórum de discussões do orkut sobre o tema e manter-se atualizado das novida-des e preferências de outros usuários.

Opinião de quem usa

Segundo Eudinedes Júnior, médico e morador da cidade de Ribeirão Pires, em São Paulo, o GPS é um aparelho que se tornou indispensável em sua vida. “Eu

sempre usei guias de cidades e de estra-das porque gosto muito de viajar e me des-loco regularmente para a cidade de São Paulo. Quando usava guias de papel, an-tes de sair de casa eu marcava a página no mapa e minha mulher ia com o guia no colo me indicando o caminho. Agora, entro no carro, digito o nome da rua onde quero chegar e o aparelho vai me falando onde virar à esquerda, onde entrar à direita”, ex-plica Júnior.

O GPS já se tornou um aparelho tão ca-sual na vida das pessoas que não é difícil receber um convite para uma festa onde, além do endereço, estão apontadas as co-ordenadas do local. Foi o que aconteceu outro dia aqui na redação. “Recebemos o convite para o lançamento de um livro e enquanto corria os olhos para ver onde seria, percebi que havia também a coorde-nado do local. Coloquei as informações no meu GPS e em instantes ele traçou a rota que eu deveria usar”, afirma Roberto Paes, um dos editores da Sem Medida.

Agora que você já teve uma idéia do que os GPSs fazem e sabe que eles já não cus-tam tão caro como na época em que foram lançados, compre o seu. Trata-se de um investimento de retorno garantido, afinal, só com a economia em multas de veloci-dade excessiva, você recupera o preço do aparelho. Isso sem falar que você estará se livrando de um grande peso para o colo e estará ajudando a diminuir o consumo de árvores utilizadas para fazer o papel usado na impressão dos guias convencionais.

Os primeiros a se beneficiarem disso foram os transportes aéreos. O GPS se

tornou um equipamento indispensável em aeronaves comerciais e de uso privado.

Arq

uivo

Sem

Med

ida

Page 95: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 95

Page 96: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

96 |SEM MEDIDA

em breve você estará usando um carro destes

AlternativaTexto: da Redação | Imagens: divulgação

Se os invasores retornassem à Terra, com certeza não utilizariam aquelas naves que mais pareciam pires de ponta cabeça. Eles andariam com essas máquinas silenciosas, econômicas e ecologicamente corretas.

Page 97: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 97

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Page 98: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

98 |SEM MEDIDA

uem tem mais de 30 anos, deve se lembrar do seriado que passava na televisão: Os inva-sores. Nele, David Vicent procu-rava alertar seus companheiros

de que a Terra já havia sido invadida e os extraterrestres estariam misturados com os humanos.

A série teve enorme sucesso, mas hoje, analisando a abertura, é cômico ver as “naves alienígenas” chegando na Terra. Nada mais eram que pires pintados e que recebiam umas luzes pequenas.

Mas se “eles voltassem” hoje, com cer-teza abandonariam os “pires voadores” e andariam em carros da Audi, Fiat, General Motors e Peugeot que estão em um está-gio muito avançado no que diz respeito a carros elétricos.

A Audi acabou definitivamente com a idéia de que carro elétrico é lento. O mo-delo e-tron faz de 0 a 100 km/h, em 4,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 200 km/h. Ele esteve presente no Brasil, na 10ª edição do Michelin Challenge Biben-dum, seminário realizado no Rio de Janeiro em busca de soluções para a mobilidade sustentável.

Ele é o único esportivo elétrico de alta performance, ainda em forma de protótipo, e foi desenvolvido pela montadora alemã reunindo tecnologias revolucionárias de propulsão elétrica e design inovador.

Com isso, a Audi quer debater a revi-talização da indústria automotiva, após o impacto da crise econômica mundial, e apresentar novas soluções de mobilidade sustentável.

A apresentação do protótipo esportivo traça novos parâmetros dentro do setor au-

tomotivo brasileiro, uma vez que a condu-ção elétrica eficiente reduz a dependência de fontes de combustíveis não renováveis, como petróleo, e neutraliza a emissão de qualquer tipo de componente tóxico na at-mosfera.

Para o condutor, o grau de eficiência desse motor é superior ao de combustão. O resultado pode ser traduzido em econo-mia para o bolso e agilidade de locomo-ção. A principal desvantagem encontrada nos demais carros elétricos lançados até o momento, era a baixa eficiência da bateria e, consequentemente, a baixa autonomia para percorrer longas distâncias.

O design do Audi e-tron também chama a atenção. Linhas arrojadas e referências visuais e funcionais caracterizam seu es-tilo esportivo. Na parte interna, o console central incorpora o display de visualização da autonomia do carro e dados do sistema de navegação. Para completar, bancos ana-tômicos inspirados em carros de corrida, combinam conforto e contenção lateral.

O desempenho do carro, nas pistas de teste, comprova a eficiência empregada nas novas tecnologias que compõem o modelo. O Audi e-tron acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos, de 60 a 120 km/h em 4,1 segundos, e alcança uma veloci-dade máxima limitada de 200 km/h. Mais que um veículo de condução, ele neutra-liza a emissão de poluentes e apresenta tecnologias que garantem a preservação ambiental para as novas gerações.

Eletromobilidade

A AUDI AG investe cerca de dois bilhões de euros (aproximadamente R$ 4,6 bilhões)

Q

O modelo e-tron faz de 0 a 100 km/h, em 4,8 segundos e atinge a velocidade

máxima de 200 km/h.

Page 99: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 99

Page 100: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

100 |SEM MEDIDA

Page 101: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010
Page 102: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

102 |SEM MEDIDA

Page 103: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 103

por ano em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias. O foco principal é o avanço do motor de combustão e tecnolo-gias relacionadas. Uma segunda priorida-de é a eletromobilidade e o e-tron é um poderoso aliado neste desenvolvimento.

Para isso, a montadora criou um centro de estudos para essa inovação, que irá em breve começar a trabalhar em um projeto patrocinado pelo governo federal alemão, batizado de eperformance.

O centro está estabelecido nas depen-dências da Audi Electronics Venture GmbH (AEV), filial da montadora voltada para no-vas tecnologias eletrônicas e que trabalha em cooperação estreita com universida-des, institutos de pesquisas e novas em-presas.

A Audi também recrutou parceiros de re-nome da comunidade científica para este projeto como a RWTH Aachen e as univer-sidades: Técnica de Munique, Dresden e Ilmenau, Leibniz, Universidade de Hanno-ver e a Sociedade Frauenhofer. A AEV e a engenharia da Bosch também participam do projeto que irá beneficiar todos os par-ceiros.

O buggy italiano

Se os alemães da Audi partiram para um esportivo, os italianos da Fiat optaram por desenvolver um buggy, o Fiat Concept Car II, ou simplesmente FCC II. O modelo foi totalmente desenvolvido no Polo de Desen-volvimento Giovanni Agnelli, em Betim (MG) e projetado sobre o conceito Enviroment & Fun, quer dizer, um carro ecologicamente correto, que proporciona prazer ao dirigir.

O FCC II foi construído com componentes ecológicos e serve como um laboratório de pesquisas na busca de novas tecnologias, o ponto de partida para a adoção de novas soluções de mobilidade com materiais al-ternativos, reutilizáveis e não poluentes.

O principio básico do modelo é a utili-zação de um sistema de propulsão com nenhum nível de emissões. O FCC II uti-liza motor elétrico feito sob medida para ele, conciliando desempenho e, ao mesmo tempo, respeitando o meio ambiente.

O motor elétrico é alimentado por 93 baterias de íon lítio, que podem ser recar-regadas em qualquer tomada 220 volts. As baterias são instaladas entre a dianteira e traseira para melhor distribuição de peso e melhor comportamento dinâmico do veí-culo. Com autonomia de até 100 km, de-senvolve 59 kW (80,2 cv) e torque máximo de 220 Nm (22,9 kgfm), utilizando sistema de transmissão Dualogic, o mesmo usado nos Fiat Linea e Stilo. Apenas a título de comparação, o Volkswagen Gol, 1.0, tem 72 cv de potência na versão à gasolina e 76 cv na versão a álcool.

A carroceria do FCC II é de fibras natu-rais de fontes renováveis para ter menor impacto ao meio ambiente e da nanotec-nologia para fazer peças mais leves e re-sistentes. Os painéis de carroceria, como o capô, por exemplo, foram injetados em compósito com nanoargila, a chave de fenda que acompanha o kit de ferramen-tas foi injetada em plástico reciclado com fibras de curauá e sisal. Peças como re-paros, discos de freio, molas e montantes de suspensão receberam revestimentos organometálicos isentos de metais pesa-

O motor elétrico é alimentado por93 baterias de íon lítio, que podem ser recarregadas em qualquer tomada 220 volts.

Page 104: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

104 |SEM MEDIDA

Page 105: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 105

Page 106: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

106 |SEM MEDIDA

dos. A espuma que reveste os bancos foi feita com 30% de poliol de óleo de soja reciclado.

O FCC II, por ser um veículo destinado às atividades esportivas e fora-de-estrada, vem equipado com o eficiente sistema Lo-cker, que bloqueia as rodas caso elas pati-nem. Esta é a primeira vez que o sistema é acoplado a um motor elétrico. A estrutura do conceito é tubular, com câmbio posicio-nado posteriormente e os freios são a dis-co nas quatro rodas. O modelo usa LEDs para a iluminação dianteira e traseira e os faróis incorporam tecnologia bi-xenon.

Design futurista

Com linhas inspiradas em um buggy para explorar ao máximo a sua agilidade, dinamismo e robustez, o FCC II remete seu usuário ao prazer de dirigir com toda a se-gurança.

Para reforçar ainda mais seu vínculo com a natureza, sua carroceria foi pinta-da de verde cítrico. A cor viva das partes suspensas proporciona um contraste agra-dável com o cinza das partes estruturais, que remetem a informações tipicamente industriais, tecnológicas e mecânicas, uma combinação que transmite sensação de proteção e resistência.

Ao ser observado por um plano superior, capô e pára-lamas, dianteiros e traseiros, guardam uma semelhança com os pássa-ros. Sua inclinação lembra asas retraídas, se analisadas em conjunto com o bico do FCC II. Quando visualizado frontalmente fica evidente sua forte personalidade e agressividade. O conjunto ótico composto

por faróis de xenon e LEDs, aliado aos pá-ra-lamas, remetem ao olhar de um animal selvagem. O pára-choque, com “peito de aço” e proteção lateral, reforça a imagem de robustez do veículo.

No seu interior, a filosofia de peças flu-tuantes se repete, dando solidez ao con-ceito. As peças do console, em forma de duas asas, partem em direção ao quadro de instrumentos do motorista e a um por-ta-objetos para o passageiro.

O FCC II tem 3.245 mm de comprimen-to, 1.814 mm de largura, 1.480 mm de al-tura e 2155 de entreeixos. O vão livre do solo é de 193 mm. As rodas com aro de 19 polegadas estão calçadas com pneus 255/55 R19 e seu peso total é de 980 qui-los. A longa distância entreeixos aproxima os eixos das extremidades do veículo pro-porcionando excelentes ângulos de ataque e saída. Esse é um detalhe importante, que favorece a aproximação e a transposi-ção de obstáculos.

Ideal para centros urbanos

A francesa Peugeot centrou seus es-forços em um carro ecologicamente corre-to e trouxe pela primeira vez ao Brasil, o BB1, carro-conceito destaque no Salão de Frankfurt 2009, e que oferece uma respos-ta original às necessidades de mobilidade dos grandes centros urbanos. Como tem por objetivo avaliar os desafios e soluções em favor de uma mobilidade sustentável, conta com a parceria de diversos represen-tantes do setor de transporte.

O BB1 é capaz de acomodar quatro pessoas em apenas 2,50 metros. Veículo

O BB1 é capaz de acomodar quatro pessoas em apenas 2,50 metros. Veículo 100%

elétrico, este conceito reinventa o automóvel em todas as suas dimensões.

Page 107: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 107

Page 108: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

108 |SEM MEDIDA

Page 109: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 109

Page 110: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

110 |SEM MEDIDA

Page 111: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 111

100% elétrico, este conceito reinventa o automóvel em todas as suas dimensões (arquitetura, estilo, habitáculo, condução e conectividade), tudo isso respeitando ao máximo o meio ambiente.

O estilo do veículo evidencia o volume interno e a ergonomia de condução, com linhas projetadas para a frente, deixando transparecer as superfícies vidradas, as portas recortadas com abertura invertida que facilitam o acesso dos ocupantes, e as caixas de rodas com volumes extrema-mente gráficos.

Estrutura inovadora e leve

O BB1 tem por base um chassi tubular especialmente desenvolvido em colabora-ção com os engenheiros da Peugeot Mo-tocycles, que integra as ligações ao solo do veículo, direção elétrica, conjunto de suspensões dianteira e traseira, conjunto de molas e amortecedores, entre outros, e conferem um comportamento na estrada coerente com seus desempenhos e sua vocação urbana, proporcionando prazer de dirigir e segurança ativa.

A carroceria composta por uma leve cé-lula de carbono completa esta arquitetura inovadora, permitindo limitar o peso total a 600 kg (o VW Gol pesa 974 kg) e entrar no círculo virtuoso de limitação do peso dos componentes automobilísticos.

O projeto do carro previa acomodar qua-tro adultos em 2,50 metros de comprimen-to, desafio vencido graças à posição de condução mais vertical, possibilitada pela ausência de pedais no assoalho.

O condutor dirige o BB1 utilizando um

guidão que integra todos os comandos de condução (acelerador, freio etc.), enquan-to o passageiro traseiro se senta atrás do condutor. Do lado direito, os passageiros da frente e de trás adotam a mesma po-sição.

Um veículo que propõe uma nova leitu-ra da mobilidade automobilística também precisava propor uma grande inovação em matéria de motorizações. Da parceria entre as marcas Peugeot e Michelin, nasceram os conjuntos motores-rodas (o motor fica dentro de cada uma das rodas traseiras) e proporcionam um modo de propulsão 100% elétrico e particularmente inovador.

Os motores são alimentados por ba-terias de íon-lítio de última geração, que conferem ao BB1 uma confortável autono-mia de 120 km. A potência total desenvol-vida pelo veículo não ultrapassa 20 cv, ou seja, 10 cv por motor, uma ótima potência, levando-se em conta o peso do veículo e seu caráter urbano. Suas características possibilitam uma excelente reatividade na partida (0 a 30 km/h em 2,8 segundos) e um bom nível de retomada (30 a 60 km/h em 4 segundos), em benefício de um pra-zer e de uma segurança de condução que fazem parte do DNA da Peugeot.

Parece mas não é

O Chevrolet Volt até parece ser um mo-delo híbrido. Mas não é. Trata-se de um modelo elétrico para quatro passageiros e com capacidade de longo alcance. Isso por usar a eletricidade como sua principal fonte de energia e gasolina como fonte se-cundária.

A Chevrolet estima que o Volt vai economizar cerca de 500 galões (1.892 litros) de gasolina com base em 40 quilômetros de condução diária e 15 mil milhas por ano.

Page 112: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

112 |SEM MEDIDA

Page 113: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 113

Page 114: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

114 |SEM MEDIDA

Suas rodas são acionadas por uma uni-dade de acionamento elétrico, enquanto nos híbridos convencionais as rodas estão ligados por um motor elétrico, motor a ga-solina, ou ambos. Para viagens de curta distância, o Volt é movido apenas pela energia da bateria. Para viagens mais lon-gas, a eletricidade adicional pode ser for-necida por um gerador de motor de com-bustão interna. A bateria e os sistemas de propulsão são dimensionados de modo que quando há energia suficiente disponí-vel a partir da bateria, o motor não é exi-gido para a operação. Durante esta fase, com propulsão exclusivamente elétrica, bateria, motor e eletrônica de potência são projetados para oferecer um desempenho completo, aceleração, velocidade máxima, subidas na energia eléctrica sozinho.

Como funciona

A energia é armazenada a bordo, a 16 kWh, “T” em forma de bateria de lítio-íon. Em uma volta com o Volt, a bateria atendeu todas as necessidades para manter o veí-culo a 40 mph (64 km/h), sem usar uma gota de gasolina. Para viagens mais lon-gas, o motor do Volt é usado para acionar um gerador elétrico, quando a energia da bateria se esgotou. O gerador de motor é capaz de gerar eletricidade adicional para ativar o carro por cerca de 300 milhas an-tes de a necessidade de reabastecimento ou plug-in para recarregar a bateria.

Os principais benefícios incluem a di-

versificação energética, o consumo de petróleo reduzido e emissões reduzidas. De acordo com um Society of Automotive Engineers, estudo publicado pela General Motors, em abril de 2008, o Volt irá con-sumir, em média, menos da metade da ga-solina consumida por um emissões híbrido plug-in.

A Chevrolet estima que o Volt vai econo-mizar cerca de 500 galões (1.892 litros) de gasolina com base em 40 quilômetros de condução diária e 15 mil milhas por ano. Para os condutores que percorrem 60 mi-lhas (96 km) por dia ou 21 mil milhas por ano, cerca de 550 galões (2.081 litros) de gasolina poderiam ser economizados.

Não é um híbrido

Na prática, os veículos híbridos normal-mente requerem duas fontes, um motor e uma bateria, para fornecer capacidade de execução completa do veículo. Em um veí-culo híbrido, o motor à combustão é geral-mente o maior das duas fontes de propul-são, e fornece a maioria do poder durante as manobras de alta potência como quan-do o veículo começa a rodar. Um híbrido plug-in funciona da mesma maneira, mas pode ser recarregado. Ligando com ener-gia útil da bateria, o motor será frequente-mente operacional para atingir os picos de carga do veículo. O Chevrolet Volt é exclusi-vo de um híbrido plug-in. Híbrido em que as rodas do veículo são sempre conduzidos eletricamente por acionamento elétrico.

Suas rodas são acionadas por uma unidade de acionamento elétrico, enquanto nos híbridos

convencionais as rodas estão ligados por um motor elétrico, motor a gasolina, ou ambos.

Page 115: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 115

Page 116: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

116 |SEM MEDIDA

um mega evento dedicadoaos livros e a cultura

LiteraturaTexto: da Redação | Imagens: Wikimedia Commons divulgação

Albert Einstein disse que a mente que se abre à uma nova ideia, jamais volta ao seu tamanho original. E a leitura é um dos caminhos mais fáceis e prazerosos de se abrir a mente.

Page 117: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 117

Wikimedia Commons/Olaf Simons

Page 118: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

118 |SEM MEDIDA

nada mais prazeroso do que descobrir aquele livro que mais lhe agrada entre mais de 900 selos espalhados por 60 mil

metros quadrados que abrigará ainda 700 atividades em pelo menos 400 horas, du-rante os 11 dias que durará a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se realizará entre os dias 12 e 22 de agos-to, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, zona norte da capital paulista.

Nesta edição, novos formatos, grande interatividade com o público e a presença de conceituados escritores brasileiros e autores internacionais vão formar a grade mais pluralista dos 40 anos deste evento.

Esse novo enfoque foi resultado do tra-balho dos curadores das atividades cultu-rais que enriqueceram a programação e que foram convidados pela organização da Bienal do Livro entre renomados profissio-nais. Agora em 2010, a programação fo-cará quatro temas principais: Monteiro Lo-bato; Clarice Lispector; Lusofonia; e Livro Digital.

A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo tem o de objetivo ampliar a base de leitores e democratizar o acesso ao li-vro, com reflexos imediatos à cidadania. Nesse sentido, foi criado um comitê para repensar o evento e um conselho de cura-dores. O primeiro já discutiu melhorias ao público e expositores e o segundo, que se dedica à programação cultural, trabalha no fechamento da grade de atrações.

Esta edição será realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, ocu-pará uma área de 60 mil metros quadra-dos (o equivalente a quase oito campos de futebol) do Pavilhão do Anhembi e a expec-tativa é reunir 350 expositores do Brasil e de fora que representam mais de 900 selos editoriais.

Uma outra novidade nesta edição será o Espaço Gourmet, que abordará a temáti-ca cozinhando com palavras. Neste espa-ço, renomados chefs de cozinha, que já es-creveram livros, apresentarão ao público, aulas práticas e interativas em cozinhas cenográficas, além de promoverem deba-tes sobre o tema e sobre os lançamentos

nesse segmento. Os espaços já tradicionais também re-

ceberão inovações. O Salão de Ideias, por exemplo, terá seu conteúdo repensado e ampliado. A expectativa é apresentar 40 mesas (quatro por dia) onde escritores na-cionais e internacionais discutirão temas diversos para platéias de 200 pessoas. Estão previstas 13 mesas individuais e seis mesas formadas por dois escritores cada, que discutirão um único tema, além de uma série de rodadas de debates no espaço.

“Este esforço fará toda a diferença para expandirmos o mercado editorial, e nos deixará mais preparados para enfrentar-mos novos desafios, pois o que queremos

E

Page 119: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 119

é um País com um número cada vez maior de leitores”, afirma Rosely Boschini, presi-dente da CBL.

Também estão previstos o Espaço do Professor, organizado na forma de um cur-so que tem o objetivo de capacitar profes-sores a trabalhar o livro de literatura em sala de aula, e as Atividades Infantis, com atrações culturais lúdicas para proporcio-nar entretenimento às crianças que visi-tarem a feira, como os espaços “O livro é uma viagem”, organizado pelo Instituto Pró-Livro, e “Fábulas com a Turma da Môni-ca”, com curadoria de Maurício de Souza, o criador da famosa turma das histórias em quadrinhos.

Sobre a Bienal, Rosely lembra que o

evento atrai um público enorme e, por isso mesmo, constitui-se tradicionalmente em um elemento formador de novos leitores. “Trata-se de um verdadeiro convertedor de visitantes de feiras em frequentadores de livrarias. Sem contar que será um momen-to privilegiado para se homenagear os es-critores e suas obras, além de estimular a todos, inclusive os jovens, a descobrirem o prazer da leitura e respeitarem a valiosa contribuição dos autores ao progresso dos indivíduos, das sociedades e nações”.

Juan Pablo de Vera, presidente da Reed no Brasil, afirma que para a empresa é muito importante organizar a Bienal Inter-nacional do Livro de São Paulo, referência no mundo da cultura nacional e internacio-nal e permite que a Reed possa integrar sua experiência internacional ao sucesso do que já vinha sendo realizado.

A Bienal Internacional do Livro de São Paulo é hoje o terceiro maior evento do gê-nero do mundo, atrás apenas da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, e da Feira Internacional do Livro de Turim, Itália, que chega, em 2010, na sua 21ª edição. A Bie-nal do Livro é um grande ambiente cultural, onde se apresentam, juntas, as principais editoras, livrarias e distribuidoras do país, que otimizam seus lançamentos para esse período. Além da diversificada oferta de li-vros de qualidade e de todos os segmen-tos, a Bienal propicia aos visitantes uma programação cultural ampla e variada, de-senvolvida especialmente para despertar o gosto pela leitura em todas as faixas etá-rias e em todas as classes sociais.

Para garantir maior conforto e seguran-ça aos visitantes e expositores, a promo-tora tem disponível no próprio evento, al-guns serviços como posto médico, praça de alimentação, sala de imprensa, espaço das redes sociais, serviço de táxi, traslado Metrô-Pavilhão/Pavilhão-Metrô e guarda volumes.

A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontece entre os dias 12 e 22 de agosto de 2010. Das 10h00 às 22h00, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, Av. Olavo Fontoura, 1.209, em São Paulo. Para maiores informações visite o web site: www.bienaldolivrosp.com.br.

Page 120: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

120 |SEM MEDIDA

o melhor é viajar nossonhos dos clientes

TurismoTexto: da Redação | Imagens: divulgação

Page 121: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 121

Este é o segredo do sucesso da Bizness Viagens e Turismo, um agência cuja dona mudou de lado do balcão e por isso sabe muito bem o que o consumidor precisa e

como atendê-lo da melhor maneira possível.

Page 122: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

122 |SEM MEDIDA

Page 123: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 123

na Marisa Gardano costumava viajar muito. Um belo dia, o ge-rente da loja onde ela fazia a compra das passagens pediu

que, ao retornar, viesse conversar com ele. “Curiosa, fui, e para minha surpresa, fui convidada a trabalhar como free lancer”, lembra Ana. “Comecei como brincadeira e agora estou completando 22 anos de tu-rismo”

No início ela se dedicava a viagens de lazer, montando roteiros diferenciados. De-pois, também por acaso, passou a aten-der viagens corporativas e não teve mais tempo para se dedicar às viagens de lazer. Após 15 anos atendendo o mercado cor-porativo, decidiu voltar às viagens de lazer, que sempre lhe deram muito prazer.

E durante esse tempo, seu dinamismo e dedicação foram cativando os clientes. Tanto que um deles a incentivou a abrir sua própria agência, pois, segundo ele, quando Ana não estava trabalhando, ele não era bem atendido. Mas Ana relutou alguns anos até se decidir a abrir Bizness Viagens e Turismo, o que ocorreu há seis anos.

O roteiro do cliente

A primeira preocupação de Ana em sua agência é sempre atender o cliente no ro-teiro que ele tem em mente, dando os reto-ques e as sugestões necessárias. Quando o cliente está em dúvida sobre o destino, ela pensa em alguma viagem que lhe daria muito prazer fazer.

E assim, sonhando, os roteiros vão sur-gindo. “É claro que todo sonho é baseado nos desejos do passageiro e também na verba que ele tem para aquela viagem”, ex-plica Ana. “Mesmo porque para mim, luxo não é sinônimo de cifras altas, mas sim, de coisas diferentes que nos dão prazer e

satisfação imensos”. Ela gostaria de conhecer todos os lo-

cais para os quais organiza passeios, po-rém, como não conhece, procura estudar o destino e também trabalhar com operado-ras que têm o mesmo padrão de qualidade que ela exige para lhe aconselhar.

Ela atende a todo tipo de clientes que, normalmente quer conhecer coisas dife-rentes, mesmo que os destinos já sejam conhecidos. A maioria das viagens são o que ela chama individuais: casais, famílias e pequenos grupos de amigos. Uma vez ou outra, organiza viagens em grupo para clientes variando de 16 a 40 pessoas, e, normalmente, para destinos já preestabe-lecidos por eles.

A Bizness Viagens e Turismo tem rotei-ros para o mundo inteiro, mas alguns fasci-nam mais Ana Gardano: a Provence, a Tos-cana, o Leste Europeu, Portugal, Grécia e Turquia, alguns destinos diferenciados na Argentina e outros exóticos como o Vietnã, na Ásia.

Segundo ela, o mais procurado nos últi-mos quatro anos é a Europa, principalmen-te Itália, França e Leste Europeu, que agora está sendo descoberto pelos brasileiros.

Segundo ela, isso se deve ao fato de que o brasileiro descobriu que as viagens são também uma grande fonte de apren-dizado de outras culturas e forma de vida, por isso a preferência pela Europa. “Eu gosto muito dos roteiros pela Provence, uma das regiões culturalmente mais ricas da França”, explica Ana. “Oito a dez dias na Provence te proporcionam descobertas incríveis. No ano passado, fui até lá a con-vite do representante deles em São Paulo e do escritório de Turismo da Provence e tive a oportunidade de visitar um museu áudio-visual totalmente desconhecido não só para mim, mas também para as outras

A

Page 124: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

124 |SEM MEDIDA

pessoas do grupo, onde tive a oportunida-de de ver a exposição sobre a vida e obra de Picasso”.

O local é a Cathédrale d’Images em Les Baux de Provence, uma pedreira transfor-mada em área para exposições áudio-visu-ais, onde você tem um pé direito de, mais ou menos, oito metros e onde as obras to-mam uma dimensão inigualável. Imagine a obra de Picasso “Guernica” te abraçando. Isto é a Cathédrale d’Images.

Depois desta demonstração cultural inesquecível, nada melhor que uma parada em uma vinícola de Chateauneuf-du-Pape para uma degustação de vinhos. Tudo isto hospedados a bordo do Le Phénicien, um barco com apenas nove cabines, um servi-ço perfeito e um chef de cozinha excepcio-nal. É um programa de sábado a domingo saindo de Avignon em direção a Aigues Mortes, e vice-versa. Aí você tem o luxo: quartos simples, porém aconchegantes, serviço de bordo fantástico, onde cada membro da tripulação se dirige a você pelo seu nome; as delícias preparadas pelo chef Thierry com a preocupação de atender ao paladar de todos os passageiros (são somente 18); os vinhos da região harmo-nizados regiamente com cada prato; e o navegar suave pelo Rhone.

Mas todo sonho tem um preço. Este descirto acima, o cruzeiro, incluindo os traslados desde a estação e/ou aeroporto e/ou hotel em Avignon ou Aigues Mortes, pensão completa com open bar; os pas-seios nas cidades por onde passa o Le Phénicien, custa a partir de 2.350 euros por pessoa em cabine dupla, dependendo da data do embarque. O Le Phénicien ofere-ce também a possibilidade de fretamento total para uma família ou grupo de amigos, desde que a reserva seja feita com alguns

meses de antecedência. Mas como o importante é atender o

cliente, se você tem um desejo de fazer um roteiro específico, a Bizness se encarrega de criá-lo e já sugere maravilhosas vilas para locação de férias na Itália que acomo-dam desde quatro até 20 pessoas.

Nos roteiros individuais, a Bizness pre-cisa de pelo menos 15 dias para montar o trajeto perfeito, pedir as reservas e rece-ber as confirmações. A partir desse ponto, depende da disponibilidade dos hotéis no destino escolhido.

Para quem se encantou com a descri-ção da Ana sobre Provence, na França, o pacote inclui 5 dias/4 noites, incluindo 4 noites de hospedagem em Avignon, um jantar e três almoços, uma aula de culiná-ria, visita ao Palácio dos Papas e Museu Angladon em Avignon, vinícolas e fábrica de chocolates em Chateauneuf-du-Pape, fábrica de azeite de oliva, museu de teci-dos Souleïado, carro ou van privativa com ar condicionado e motorista-guia bilingue (francês/inglês), taxas, pedágios e com-bustível. Este é um pacote especial para mínimo de duas e máximo de oito pessoas com acompanhamento desde a chegada em Avignon. As guias são duas senhoras francesas que fornecem um atendimento VIP aos passageiros, por isso o número de pessoas é limitado.

Quem quiser conhecer melhor a empre-sa e seus roteiros pode procurar a Ana pelo telefone (11) 4191-8708, e-mail: [email protected], ou ir pessoalmente na Rua Cunha Gago, 844 - Pinheiros - site: www.bizness.tur.br.

O que você está esperando para fechar as malas e abrir sua mente para um mun-do lindo e maravilhoso que está esperando por você?

Page 125: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 125

Page 126: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

126 |SEM MEDIDA

Page 127: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 127

agora, o espetáculoé que vai até você

TeatroTexto: da Redação | Imagens: divulgação

Com a Cennarium – It s Showtime é possível assistir peças de teatro onde melhor

lhe convier e na hora que você quiser, sem filas, trânsito ou

longas horas de espera.

Page 128: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

128 |SEM MEDIDA

e um lado os resultados de uma pesquisa apontaram que 41% dos pesquisados não vão ao teatro há mais de um ano, que

metade deles acham caro, 58% não tem acesso na cidade onde moram e que 22% das pessoas que nunca foram ao teatro acham que iriam se fosse mais barato.

Do outro, a pesquisa do Ibope Nielsen apontando que 66,3 milhões de pessoas acessam a web no Brasil, no trabalho, em casa, na escola ou em telecentros. Em média, cada brasileiro passa 44 horas por mês conectado à rede, mais que os norte-americanos, com 40 horas, e os australia-nos, com 39.

Outra análise do instituto de pesquisas aponta que, em 2009, sete em cada dez internautas brasileiros, isto é, 25,8 mi-lhões de pessoas, assistiram a vídeos via internet. Somente em dezembro de 2009, foram 24,9 milhões de web espectadores, 23 milhões deles em sites de vídeos como o YouTube e Joost.tv e em portais de conte-údos profissionais como Globo.com, Terra TV e TV UOL. De acordo com o Ibope, o consumo mensal médio de vídeos por in-ternauta totaliza uma hora e 20 minutos.

Junte as duas informações e teremos uma oportunidade que a Cennarium – It s Showtime transformou criando a primeira empresa no mundo especializada na trans-missão de espetáculos e peças de teatro via web.

Com investimento inicial de R$ 10 mi-lhões, a empresa tem como proposta, dis-seminar e incentivar o desenvolvimento da indústria de entretenimento cultural, e es-pecialmente ser um instrumento de fomen-

to do teatro brasileiro.É claro que ninguém pretende substituir

a experiência de ver e apreciar as tradi-cionais apresentações dos espetáculos e peças de teatro ao vivo, mas sim disponi-bilizar uma nova opção, neste caso, on de-mand via web (internet). O diferencial é que com a Cennarium será possível assistir a espetáculos a qualquer hora e em qualquer lugar, em casa, no escritório, à espera de um voo, com a família ou os amigos. Os professores poderão usar a ferramenta do teatro para contribuir com a educação.

Mais que uma forma de diversão, a Cen-narium se configura como uma nova ferra-menta de inclusão social, cultural, educa-cional e digital, além de um recurso para a valorização desta milenar forma de mani-festação artística, que é o teatro.

Muita informação

No início, o portal Cennarium – It’s Sho-wtime concentrará mais de 20 espetáculos em um endereço eletrônico, onde também serão disponibilizados os sites oficiais de cada espetáculo e peça teatral, onde o in-ternauta poderá obter mais informações sobre as produções que estão e entrarão em cartaz. Ou seja, o cliente só irá pedir um espetáculo, depois de muito bem infor-mado sobre ele.

A cada mês, novos espetáculos entra-rão em cartaz no Cennarium. “Cada pes-soa terá uma senha para acesso ao portal e o espetáculo escolhido ficará disponível por 24 horas para que seja assistido”, ex-plica o CEO da Cennarium, Harry Fernan-des. O acesso às peças se dará a partir da

D

O sistema do Portal Cennarium não permite download de vídeos para a máquina

do cliente. O processo é de download progressivo, no qual o vídeo é carregado na

tela, semelhante ao modelo do YouTube.

Page 129: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 129

Page 130: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

130 |SEM MEDIDA

Page 131: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 131

compra de créditos, por meio de cartões de débito e crédito, boletos e transferên-cias bancárias.

O nascimento da Cennarium se deu após uma análise de mercado de quase um ano. Seu diretor, Roberto de Lima, per-cebeu a carência de cultura dos brasilei-ros, por motivos como falta de recursos, hábito ou acessibilidade. A maior concen-tração de casas de espetáculos está no eixo Rio/São Paulo, o que inviabiliza a ida para outras capitais. De acordo com análise de dados do Ministério da Cultura (MinC) e Fundação Nacional de Artes (Fu-narte), estima-se que pelo menos 95% da população brasileira nunca esteve em um teatro. A Cennarium passa a ser uma alter-nativa para que a população de diferentes classes sociais consuma mais cultura.

Os diferenciais

O conteúdo do portal agregará uma web TV, batizada de TV Cennarium, que trará cobertura jornalística e programas volta-dos aos mais diversos tipos de espetácu-los, com notícias dos meios artísticos e culturais atualizadas regularmente. As in-formações serão sobre todos os espetácu-los, tanto aqueles que estão nas salas de teatro quanto os que estão em exibição no portal. A interatividade se dará por meio de chats com atores, blogs, twitter e demais redes sociais. Outro serviço diferenciado será a loja virtual com produtos referentes aos espetáculos. A TV Cennarium apresen-tará ainda, vídeos do making of, entrevis-tas com artistas e diretores.

Parte desse conteúdo estará disponível

também em telefonia móvel, inicialmente apenas para iPhones. “A partir do down-load de um aplicativo, será possível acom-panhar as peças em cartaz, sinopses, fo-tos, lançamentos do mês e, até mesmo, adquirir ingressos e assistir a vídeos cur-tos, como making of e entrevistas”, explica Lima.

Em um período breve, a Cennarium vis-lumbra iniciar o seu processo de cresci-mento estratégico com venda de ingressos para espetáculos, peças teatrais e shows. Além disso, a Cennarium vislumbra no fu-turo próximo a possibilidade de contar com peças e espetáculos de outros centros de arte e cultura do mundo. Outra possibilida-de será a transmissão em tempo real de algum espetáculo ou peça

Inclusão sociocultural

A Cennarium reafirma o seu compro-misso de disseminar a cultura. O uso de recursos digitais permitirá a socialização da arte, devido aos preços atrativos. Com a inclusão digital, pessoas que nunca ti-veram acesso ou condições de frequentar poderão assistir a espetáculos e peças de teatro. A sensação de adentrar numa casa de espetáculos, ouvir o som da si-rene anunciando o início de uma peça e conferir as nuanças de uma interpretação a poucos metros de distância sempre será única e quem aprecia esse tipo de expe-riência dificilmente abrirá mão. Entretan-to, a Cennarium permite ao espectador impossibilitado de ir a um espaço teatral – pela localização da sala, acessibilidade, questões financeiras, entre outras razões

A captação é feita de acordo com a realidade, sem mudar detalhes. Sendo assim, não se perde a mensagem das cenas que o autor, ator e diretor desejam passar.

Page 132: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

132 |SEM MEDIDA

– acompanhar o espetáculo via internet. Ação, inclusive, que poderá instigá-lo a conferir a apresentação in loco.

Outro dado que reforça a importância de uma iniciativa como a Cennarium refere-se ao número de teatros e salas de espetácu-los no Brasil. A edição 2009 do Anuário de Estatísticas Culturais, produzido pelo MinC e Funarte, aponta que atualmente o Brasil possui 1.229 teatros e salas de espetácu-los, 44% deles concentrados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Em contrapartida à falta de interesse pela cultura, cresce o uso de internet. Se-gundo o Ibope

Benefícios para grupos de teatro

Destinadas também ao fomento e efe-tivo registro da dramaturgia nacional, as peças veiculadas pelo portal Cennarium representam mais uma alternativa de re-muneração para companhias teatrais e profissionais ligados a esse tipo de espe-táculo. Sem nenhum custo para os grupos teatrais, após acordada a transmissão de uma peça e finalizados todos os trâmites burocráticos, a equipe da Cennarium cap-ta as cenas do espetáculo numa sessão aberta ao público, respeitando na edição interferências como a reação da plateia e a iluminação do palco.

Uma das preocupações da Cennarium é captar a peça da mesma maneira como é apresentada no teatro, sem alterar ilumina-ção e sonorização. “A captação é feita de acordo com a realidade, sem mudar deta-lhes. Sendo assim, não se perde a mensa-gem das cenas que o autor, ator e diretor desejam passar”, aponta Lima.

Com a parceria da Cennarium, os gru-pos de teatro recebem 50% do valor do “bilhete virtual” vendido. Com temporadas on-line, as peças ficam em cartaz por tem-po indeterminado e, assim, promove-se uma arrecadação contínua, independente da permanência do espetáculo numa sala de teatro convencional. Com o registro em vídeo, é possível disponibilizar simultanea-mente várias peças com os mesmos ato-res.

Além do retorno financeiro, o potencial de divulgação aparece como outro forte atrativo para profissionais de teatro dispo-nibilizarem seus trabalhos na Cennarium. Com a parceria do portal, cada peça rece-be site próprio com sinopse, ficha técnica, histórico dos atores e agenda de apresen-tações ao vivo.

O portal conterá, ainda, exclusiva rede social com foco na interação de atores, pro-dutores, autores, diretores, patrocinadores e, até mesmo, público em geral. Será uma comunidade destinada a discussões e tro-ca de informações sobre o universo dos palcos. Como estímulo a novas produções, currículos de profissionais do meio artísti-co, vídeos de trabalhos recentes, além de roteiros e sinopses ganham específico es-paço na Cennarium.

O portal Cennarium poderá se tornar também uma ferramenta de medição de aceitação dos espetáculos com o público. Ao medir o grau de aceitação de uma peça entre os internautas de distintas regiões, facilita-se a análise da viabilidade de se levar um espetáculo ao vivo a diferentes pontos do País. Dessa forma, mais do que patrocinadores, produtores e companhias teatrais, as populações locais são bene-

A TV Cennarium apresentará ainda, vídeos do making of, entrevistas com artistas e diretores.

Parte desse conteúdo estará disponível também em telefonia móvel, inicialmente

apenas para iPhones.

Page 133: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 133

Page 134: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

134 |SEM MEDIDA

Page 135: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 135

ficiadas pela difusão da cultura em suas localidades, não apenas no eixo Rio/São Paulo.

Criação de tecnologias

Para transmitir o teatro brasileiro via in-ternet com qualidade HD, a Cennarium de-senvolveu ferramentas próprias de trans-missão. “Buscamos a melhor maneira de comprimir o vídeo sem interferir na quali-dade da imagem. Hoje, ele é transformado com o codec H264 em F4V para subir para o servidor, mas vamos continuar testando outros formatos e codecs”, revela Guto Costa, coordenador de Tecnologia.

O sistema do Portal Cennarium não per-mite download de vídeos para a máquina do cliente. O processo é de download pro-gressivo, no qual o vídeo é carregado na tela, semelhante ao modelo do YouTube, mas com codificação própria que evita pi-rataria.

Após realizar um cadastro no site www.cennarium.com e efetuar o pagamento re-lativo à peça escolhida, o cliente recebe uma senha válida por 24 horas que lhe per-mite assistir ao espetáculo quantas vezes quiser durante esse período. O preço das peças será a partir de R$ 10 e o pagamen-to se dará por meio de cartão de crédito, débito automático e boleto eletrônico.

Para que todo esse processo ocorra é preciso uma conexão de internet banda larga, mínimo de 56 Kbps, e um computa-dor equipado com processador Dual Core com pelo menos 1 Gb de memória RAM,

placa de som instalada, sistema operacio-nal Windows XP ou superior ou MacOS X. “Os vídeos serão disponibilizados em três velocidades – alta, média e baixa – para atender às diferentes conexões de inter-net.” No caso de conexões com velocida-de abaixo de 128 Kbps, Costa recomenda que o internauta aguarde o carregamento total do vídeo antes de assisti-lo.

Ainda de acordo com o coordenador de tecnologia, não é necessário nenhum pro-grama específico para assistir a peça. “O conteúdo será transmitido por meio de um browser (como Internet Explorer 6.0 ou su-perior, Google Chrome, Firefox, Opera ou Safari). O que pode acontecer é, na hora de rodar, o programa pedir para instalar o plug-in do Adobe Flash Player versão 10.0, mas isso é bem simples de fazer.” O plug-in pode ser encontrado no site http://get.ado-be.com/br/flashplayer/?promoid=BUIGP.

Transmissão simultânea

Para atender à demanda de vários com-putadores acessando o mesmo vídeo ao mesmo tempo, a Cennarium firmou um contrato com a Akamai, empresa mundial de servidores, para a distribuição de seu conteúdo a todos os clientes. “A Akamai tem quase 50 mil pontos de servidores es-palhados por todo o mundo, e isso permite que nosso conteúdo seja enviado do ponto de servidor mais próximo de nosso cliente, evitando problemas de congestionamento e interferências”, explica Roberto de Lima, diretor da Cennarium.

58% das pessoas não tem acesso nacidade onde moram e que 22% delas, que nunca foram ao teatro, acham que iriam se fosse mais barato.

Page 136: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

136 |SEM MEDIDASEMMEDIDARevista

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Mude seus hábitos.leia em formato digital.

estamos causandoo aquecimento global

A temperatura médiados últimos 15 anosfoi a maior registradaem toda a história

A calota de gelo está40% menor do queestava há 40 anos Todos temos opotencial para mudarO que estamosesperando?

Imagem: Wikimedia Commons

Page 137: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

SEM MEDIDA| 137SEMMEDIDARevista

LEITURA DIGITAL

POR UM MUNDOSUSTENTÁVEL

Mude seus hábitos.leia em formato digital.

estamos causandoo aquecimento global

A temperatura médiados últimos 15 anosfoi a maior registradaem toda a história

A calota de gelo está40% menor do queestava há 40 anos Todos temos opotencial para mudarO que estamosesperando?

Imagem: Wikimedia Commons

Page 138: Ed. 6 - Ano 2 - 07/2010

138 |SEM MEDIDA