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Revolta histórica de escravos do ES, na Serra, completa 163 anos Mandalas: os círculos mágicos e suas energias ancestrais Projeto Visitar: histórias e segredos guardados no Centro Histórico de Vitória Água: racionalizar para não faltar CULTURA << ARTE << >> PASSEIO >> EM PAUTA

Ed. Especial 28/29

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Nesta edição do final de 2012 apresentamos o Centro Histórico de Vitória através do projeto Visitar; A revolta dos escravos na Serra Insurreição de Queimados e O ultramaratonista Élcio Álvares Neto. Leiam, curtam, sigam e compartilhem!!!

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  • Revolta histrica de escravos do ES, na Serra,

    completa 163 anos

    Mandalas:os crculos mgicos e suas

    energias ancestrais

    Projeto Visitar:histrias e segredos guardados no Centro Histrico de Vitria

    gua:racionalizar para no faltar

    CULTURA PASSEIO

    >> EM PAUTA

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  • 6 MOMENTO ES | Ed 28

    EDITORIAL

    momento-es

    Foto Srgio Coelho

  • Ed 28 | MOMENTO ES 7

    Pequenos estalos denunciam os ps quebran-do gravetos na mata. o homem em sua caminhada pela floresta. O homem a muito trilha em sua busca, por todo o planeta. Suspenso no universo, a Terra vai convivendo com a mortali-dade dos que por vezes se julgam infinitos. Entre os escombros da ganncia segue a raa humana. Em meio a tantas prioridades, o ambiente insiste em cobrar uma evoluo na relao do homem com sua casa.

    Dois dias antes do incio da cpula da Rio+20, em que mais de cem chefes de Estado discutiram o futuro do planeta, o IBGE divulgou, a pesquisa In-dicadores de Desenvolvimento Sustentvel 2012. Entre outros dados, ela revela o retrato do desma-tamento no Pas. Restam apenas 12% da rea ori-ginal da Mata Atlntica, o bioma mais devastado. De 1,8 milho km, sobraram 149,7 mil km. A rea atingida chega a 1,13 milho km (88% do original) - quase o Estado do Par e mais que toda a regio Sudeste.

    Vivemos em um tempo muito mais complicado, do ponto de vista das relaes homem e ambiente, do que as geraes que nos antecederam. Temos um grau de conhecimento em relao ao resultado de nossas aes muito maior do que os nossos avs tinham, da a complicada engenharia que teremos de fazer para buscar a harmonia entre o desenvol-vimento da sociedade moderna e os pr-requisitos de um mundo mais sustentvel.

    Ao mesmo tempo, porm, percebe-se em todo o planeta um fenmeno curioso e extremamente

    O futuro em suas mos

    significativo, a mobilizao de jovens inconforma-dos, frustrados ao se deparar no dia-a-dia com uma sociedade desorientada que no encontra seu es-pao, carente de metas solidificadas pela ausncia de valores, virtudes e princpios que lhe aponte o verdadeiro sentido da vida de cada um.

    No Brasil 2012, um ano eleitoral imaginemos com responsabilidade os possveis caminhos de esco-lhas no Estado. Quem so os candidatos, seu perfil, suas intenes e programa de governo? o bem comum? Precisamos estar conscientes de que uma educao para a poltica da nossa juventude uma necessidade, assim como mostrar que o cidado tem memria, e no vai esquecer o que fizeram e o que deixaram de fazer, no mandato passado. Enquanto isso no for uma realidade, as novas ge-raes correm o risco de serem manipulveis em todos os sentidos, perdendo aquilo que mais precioso no ser humano, ou seja, a capacidade de identificar seu prprio ser.

    As mudanas na sociedade no tem incio apenas quando voc se conscientiza das problemticas socioeconmicas, polticas ou ambientais, queri-do leitor, mas quando voc tambm age para que essa mudana realmente acontea.

    Vamos dar este primeiro passo juntos e acreditar que o homem vai reencontrar por instinto, talvez o ponto de equilbrio da necessria caminhada evolucionria, sem desrespeitar o caminho nem suas paisagens.

    Da Redao

  • 8 MOMENTO ES | Ed 28

    momento - esndiceEDI

    O

    nesta

    >>10. VIVER BEMVoc tem a impresso que est faltando algo? A eterna insatisfao.

    >>40. MODATnis Redley: looks despojados sem per-der o estilo. Peas exclusivas na coleo Outono/Inverno Silverland e Metal Nobre.

    >>42. TENDNCIARosenbaum lana linha exclusiva de mveis inspirados na Feira de Caruaru. Papaiz e Adriana Barra: parceria entre moda e decorao vira tendncia.

    >>44. ARTEMandalas: os crculos mgicos e suas ener-gias ancestrais.

    >>48. ASTROLBIOLeve.

    >>50. PASSEIOProjeto Visitar: histrias e segredos guar-dados no Centro Histrico de Vitria.

    >>58. MAGRELASTudo sobre bikes!

    >>54. TECNOLOGIANanorobs e Nanotecnologia auxiliam na cura do cncer e no saneamento bsico.Ano dos Tablets: vendas podem alcanar casa de 79 milhes de unidades.Celular Huawei: Chins de qualidade.

    >>14. TAKE CAREAs vantagens da fisioterapia em processos operatrios.

    >>20. CULTURAInsurreio de Queimado: revolta histri-ca de escravos do ES, na Serra, completa 163 anos.

    >>32. OUT OF BOXVamos criar juntos? Vdeo case do Fiat Mio sensao no Festival de Cannes Lions.

    >>34. EM PAUTAgua: o ser humano capaz de ficar oito dias sem se alimentar, mas morre em cinco dias se no ingerir lquidos.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 9

    EXPEDIENTE

    Jornalista responsvel: Fred Loureiro (1832/ES)

    Editor de contedo: Arleson Schneider [email protected]

    Colaboradores: Lanay Rita, Edson Reis, Marcela Lobo, Rosenir A. C. Honorato, Petrus Lopes, Erlon Borges e lcio lvares Neto.

    Colunistas: Flvia Rodriguez, Ca Guimares, Lorena Geller, Paulo Colabelo e Erlon Borges.

    Projeto grfico: Thiago Bittencourt(27) 9276-8245 | [email protected]

    Diretor de Arte: Thiago Bittencourt

    Diagramao: Thiago Bittencourt

    Diretor Comercial: Srgio Coelho (27) 9700-1972 | (27) 3055-1027 [email protected]

    Departamento de Marketing: Fabiana Castro [email protected]

    Distribuio: Dirigida e nas bancas

    Impresso: Grfica e Editora GSA

    Produo: Moderna Comunicao

    Reviso: Luara Ramos

    Os artigos assinados no refletem necessari-amente a opinio da Revista Momento Esprito Santo.

    O Selo FSC atesta ao consumidor que toda a cadeia produtiva certificada e controla seus processos, a fim de reduzir desperdcios e promover o manejo respon-svel das florestas.

    >>68. MSICA

    >>76. AUTO

    >>78. DIRIO DE BORDO

    >>94. INJAPA

    >>71. NEWS

    >>64. SIMPLES MENTES

    >>60. ESPORTE

    Ideias coletivas para democratizar a cultura.

    Para os amantes da velocidade: Volk-swagen Cross Coup e o novo Mercedes Classe A.

    A natureza na palma da mo. Balnerio de Guarapari, Meape e Anchieta.

    A relao dos alimentos orgnicos com a gua que voc bebe.

    Mdias sociais nas eleies 2012, safra re-corde de caf no ES, educao no trnsito em escolas pblicas, proibido o uso de sacolas plsticas em supermercados, Rio + 20, Gustavo Macaco e Otto e Hama Hama Skate Shop.

    Como tornar sua vida mais simples e prazerosa?

    Maratonista aqutico capixaba conquista feito indito.

  • No Nascemos Prontos

    VIVER BEM

  • Ed 28 | MOMENTO ES 11

    Voc tambm tem a sensao, de que sempre est faltando alguma coi-sa? J percebeu as loucuras das pessoas, para conquistarem algo e de-pois, num piscar de olhos, no ter mais interesse?

    No futebol, uma brincadeira. Se tiver o Ronaldinho Gacho, querem o Beckham. Tem-se o Beckham, querem o Robinho. Se tiver o Robinho, querem o Kak. E uma infinidade de exemplos, que escreveria o dia inteiro. Na profisso, tambm no di-ferente. Se o cidado est empregado, reclama do patro, do salrio, da muita de-manda e falta de tempo. Se estiver sem emprego, qualquer coisa serve. No amor, uma situao no mnimo, irnica. Se h um compromisso de namoro, o parceiro (a) j no tem mais pacincia para lidar com ela(e). Se a pessoa solteira, est pro-cura de sua cara metade. Realizar sonhos, construir carreiras e possuir coisas ma-teriais so desejos absolutamente naturais, esperados e at necessrios, pois de-les nasce o progresso. A insatisfao boa, o problema a ansiedade que ela gera.

    A eterna Insatisfao Por Lanay Rita

    O filsofo Mrio Srgio Cortella, em seu li-vro No Nascemos Prontos (Vozes), ensi-na que o homem insatisfeito o que tem o poder de provocar mudanas ao seu redor. A satisfao conclui, encerra, termi-na; a satisfao no deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistncia, para o desdobramento, diz ele. Ele alega que no tem afeio pelos satisfeitos, pois a satisfao acalma, limita, amortece e ele prefere os que esto em movimento, os insatisfeitos.

    No Nascemos Prontos

  • 12 MOMENTO ES | Ed 28

    Saiba que seu destino traado por seus prprios pensamentos, e no por alguma fora que venha de fora. Seu pensamento a planta concebida por um arquiteto para construir um edif-cio denominado prosperidade. Voc deve tornar seu pensamento mais elevado, mais belo e mais prspero. Essa frase pode ter um poder oculto. Ela nos leva a pensar que podemos ter mais do que temos hoje e no s podemos como tambm merecemos. O ser huma-no deve sair do conformismo, da passivi-dade e acreditar que a todos ns dado o direito de querer mais, de ser ambi-cioso, insatisfeito. Mas sem ansiedade. A frase em questo no de nenhum escritor, nem de um guru do mundo dos negcios. Seu autor, entretanto, foi um homem altamente inconformado com sua vida e com a vida de seu povo. Seu nome era Martin Luther King. E olhe s o legado que esse insatisfeito deixou com seu sonho de mudar o mundo.

    Felizmente a insatisfao uma condio humana, pertence categoria dos instin-tos de sobrevivncia e responde pela evo-luo. O satisfeito estanca, o insatisfeito galopa. Cortella cita Guimares Rosa, que dizia que o animal satisfeito dorme e por

    isso morto pelo predador. A insatisfa-o do leo, por comida, espao, fmeas, lhe proporcionou a condio de rei da savana. Ele sempre quer mais. E sua nsia de querer que gera movimento em seu grupo e estimula tanto seu poder de caa quanto a ateno das zebras. Esta-mos, simplesmente, falando da evoluo das espcies.

    Entre os humanos, a insatisfao tam-bm provoca evoluo. O satisfeito pra, o insatisfeito continua. Quem est satis-feito com seu desempenho no trabalho no trata de melhor-lo. O homem que se sente satisfeito com sua relao amo-rosa interrompe o galanteio, a conquis-ta e d incio ao fim. Quanto mulher, a melhor a insatisfeita, que deseja mais de seu companheiro, por isso o estimula e cresce com ele.

    Portanto, a insatisfao boa, o pro-blema a ansiedade que ela gera. dela que nos queixamos e dese-jamos nos livrar, segundo Cortella.

    INDES

    PER

    TESATISFAO

    SATISFAO

  • 14 MOMENTO ES | Ed 28

    Edemas, hematomas, sensibili-dade excessiva ou a falta dela e mesmo complicaes pulmona-res so algumas das consequn-cias que podem aparecer aps as

    cirurgias.

    Todos sabem que a recuperao de um pa-ciente depende de sua condio clnica e funcional e do tipo de procedimento cirr-gico. Mas o que ainda pouca gente sabe que alm do ps-operatrio, o tratamento fisioteraputico realizado antes da cirurgia traz benefcios significativos nesse proces-so de recuperao.

    PR - OPERATRIOAntes de cirurgias ortopdicas, uma ma-nipulao fisioteraputica bem realizada fortalece e alonga a musculatura auxilian-do na restaurao do movimento aps o procedimento cirrgico.

    Nos casos de cirurgias plsticas, a drena-gem linftica otimiza a manuteno do sis-tema cutneo, o que facilita na reduo do inchao ps-operatrio (pacientes fuman-

    tes devem iniciar as sesses com maior an-tecedncia, porque o

    fumo libera muitas toxinas que sobrecarre-gam o sistema linftico).

    Se voc for se submeter a uma cirurgia car-daca, lembre-se que a fisioterapia prepara o sistema pulmonar e cardaco, reduzindo os riscos de complicaes como pneumo-nia ou mesmo colapso do pulmo.

    PS - OPERATRIOAps a cirurgia, a manipulao fisiotera-putica promove a liberao de aderncias decorrentes do processo de cicatrizao

    Por Lorena GellerTAKE CARE

    A FISIOTERAPIA pode ser uma grande alia-da na recuperao de pacientes submetidos aos mais diversos procedimentos cirrgicos

  • Ed 28 | MOMENTO ES 15

    e a diminuio de edemas e hematomas. Os benefcios vo desde a melhora na cir-culao ao fortalecimento e alongamento da musculatura, alm da preparao das articulaes para melhorar a amplitude de movimento.

    A fisioterapia forte aliada das mulheres mastectomizadas, indispensvel paraa re-abilitao da paciente, porque leva con-quista da amplitude total e funcional dos movimentos do membro superior do lado da cirurgia, melhora a sensibilidade, dimi-nui a dor, previne a possibilidade de pos-tura defeituosa, a ocorrncia de linfedemas (acmulo de lquido linftico) e profilaxia das complicaes pulmonares e tambm garante apoio psicolgico. No entanto, para que os resultados sejam alcanados mais rapidamente, o ideal iniciar o trata-mento ainda no hospital.

    Prevenir para no remediar

    Take care uma expresso em ingls que significa cuide-se. Justamente esta a proposta de nossa coluna. Sua sugesto ser muito bem-vinda, bas-ta enviar um e-mail para [email protected]. Na prxima edio falaremos das maravilhas da hidro-ginstica e da natao infantil. Ento, take care e aguarde novidades.

    Lorena Teixeira Vianna Geller fisioterapeuta, Crefito 2: 59760-F, ps-graduada em Administrao Pblica e proprietria do Ncleo Especiali-zado de Fisioterapia e Esttica NEFE, em Vila Velha.

    Uma fisioterapia de qualidade capaz de operar verdadeiros milagres em nossa vida. Cheguei no Nefe em uma cadeira de rodas e aps um ano e meio de tratamento sa chutando uma bola.

    Capixaba Geovani, ex-jogador do Vasco e seleo Brasileira de futebol.

    Nascido no Esprito Santo, Geovani defendeu o Vasco por 12 anos. Foi campeo carioca de 1987, 88 e 93 pelo clube, alm de ter conquistado a medalha de prata com a seleo nas Olimpadas de Seul, em 1988.

    Acredite, cuidados fisioteraputicos repre-sentam a grande diferena na conquista de resultados positivos ao paciente. Mas, muita ateno: os benefcios da fisioterapia pr e ps-operatria esto diretamente re-lacionados qualidade dos procedimentos adotados pelo profissional, com nfase em manipulao e jamais apenas na utilizao de aparelhos ou aplicao de gelo.

  • CULTURA

  • Ed 28 | MOMENTO ES 21

    InsurreIo de

    QueImado: Texto Arleson SchneiderFotos Edson Reis

    O municpio da Serra celebra 163 anos da Insurreio de Queimado.

    Vrias conquistas envolvendo a libertao dos escravos so lembradas e comemoradas ao longo do ano, no Esprito Santo e em todo o Brasil.

    Muitas destas revoltas foram caracterizadas por massacres sangrentos motivados por promessas de libertao no cumpridas.

    Maro de 1849. O distritito de So Jos do Queimado, no municpio da Serra palco de uma importante revolta, onde muitos escravos se rebelariam.

    Liderada por Chico Prego, Elizirio Rangel, Francisco de So Jos e Joo Monteiro- conhecido como Joo da Viva-, a Insurreio de Queimado, considerado por muitos historiadores, o principal movimento de libertao de escravos no Esprito Santo.

    A diretora geral de Cultura da Prefeitura Municipal da Serra, Maria Marta, diz que todos os anos, so feitas homenagens aos escravos que travaram essa batalha. Este ano tivemos exposies e mostras audiovisual, conta a diretora.

    Ela explica ainda a importncia da preservao desta data na memria do morador do municpio. cultural. No podemos esquecer nossa histria. Deixar que ela se perca com o passar dos anos, por isto a importncia de lembrarmos esta data, finaliza.

    revolta marcada por lutas e conQuIstas

  • HIstrIaO movimento foi caracterizado por extrema violncia, especialmente por parte da polcia da Provncia e durou cinco dias at a priso de seu principal lder, Elizirio Rangel. A maioria dos escravos foi brutalmente assassinada.

    O historiador Guilherme Manhes explica que a revolta aconteceu por uma promessa no cumprida: Queimados era uma regio prspera, ento o Frei Italiano Gregrio Jos Maria tinha interesse poltico em construir uma igreja na regio. Conquistou a confiana de muitos escravos que trabalharam na obra com a garantia que conseguiriam a carta de alforria documento que garantia a liberdade mas isso no aconteceu, a se deu a revolta, conta.

    Nos dias de hoje, a data lembrada com uma srie de atividades no municpio da Serra com o objetivo de provocar a reflexo sobre este acontecimento, que tem como cenrio o Distrito de Queimado e a Serra Sede, onde Chico Prego foi enforcado. O Stio Histrico de So Jos do Queimado conserva runas da igreja e do cemitrio. O Stio Patrimnio Histrico Estadual e Municipal e recebe nmero limitado de pessoas.

    CULTURA

  • Ed 28 | MOMENTO ES 23

    Igreja de So Jos do Queimado em 1945(Fonte: Revista Vila Capichaba 623 Set 1945 - APE)

    ...a revolta aconteceu por uma promessa NO cumprida.

    Insurreio de Queimado

  • No Brasil, outras revoltas aconteciam: Conjurao Baiana, Revolta dos Mals. Movimentos como a Balaiada, Cabanagem tiveram forte contedo na luta contra a escravatura.

    CULT

    UR

    A

    Insurreio de Queimado

  • Ed 28 | MOMENTO ES 25

    Na tarde do dia 19 de maro de 1849, h 163 anos dia em que a igreja catlica comemora a festa de So Jos os escravos invadiram a igreja exaltados, interrompendo a missa de Frei Gregrio, aos gritos de liberdade. Cerca de trezentos escravos participaram do levante. Eles iam de fazenda em fazenda clamando a todos os escravos o apoio ao movimento.

    Guilherme Manhes destaca que a luta pela libertao dos escravos j acontecia em outras regies do Brasil e que de uma forma ou de outra, a revolta de Queimado iria acontecer. No Brasil, outras revoltas aconteciam: Conjurao Baiana, Revolta dos Mals. Movimentos como a Balaiada, Cabanagem tiveram forte contedo na luta contra a escravatura, explica o professor.

    Presos, Chico Prego e Joo da Viva foram aoitados e enforcados, assim como a grande maioria dos revoltosos, que chegaram a trezentos. Hoje, Chico Prego nomeia a Lei de Incentivo Cultural da Serra e tem uma escultura em uma praa, prximo do local onde foi enforcado, em 11 de janeiro de 1850.

    Sobre o principal lder da Revolta, pesquisas revelam que Elizirio e um grupo de negros conseguiram fugir da cadeia e seguiram para uma regio aps o Morro do Mochuara, em Cariacica, formando o povoado denominado de Piranema.

    Revolta de escravos s foi contida pelo Imprio

    Fato

  • 26 MOMENTO ES | Ed 28

    Visita s runasAs visitas monitoradas a Queimado esto se tornando constantes, alm de cerimnias e encontros que ultrapassaram a proposta de um ato religioso e se tornaram um momento em que os participantes aprendem sobre a Histria de Queimado, a cultura e sentem a urea mgica do local, que alm das Runas da Igreja, possui uma mata que guarda dentro de si a vila que existira ali. Enfim, s indo at a regio para sentir as energias de histria e de vida que emanam dele.

    Informaes sobre visita monitoradas s runas pelo telefone: (27) 3251 5870 (Casa do Congo).

    CULT

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    A

    Insurreio de Queimado

  • CULTURA

  • Insurreio de Queimado

    Lei Municipal Chico PregoLei de incentivo a Projetos Especiais de interesse direto do Municpio como os de conservao e restaurao do patrimnio histrico, artstico e de preservao do patrimnio natural do Municpio, infraestrutura cultural relativa a museus, bibliotecas, auditrios, teatros, centros culturais, salas de exposio, projeo e projetos artsticos que promovam o Municpio. Projetos de incentivo s artes, gerados por produtores culturais, sem necessariamente ter relao direta com a municipalidade como msica, dana, teatro, circo, pera, cinema, fotografia, vdeo, artes plsticas, grficas e filatlicas, folclore, capoeira e artesanato, formao profissional e de platia.

    Informaes: www.serra.es.gov.br

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  • OUT OF THE BOX

  • Ed 28 | MOMENTO ES 33

    O vdeo case do Fiat Mio foi o mais aces-sado no dia da sua apresentao no Festi-val Internacional de Criatividade - Cannes Lions. Voc conheceu o projeto? Participou dele? Ao todo, 17 mil pessoas, de 160 pa-ses, geraram quase 11 mil ideias diferentes sobre como ser o carro do futuro. O pro-jeto da Fiat, que pode ser encontrado em www.fiatmio.cc, um grande exemplo de que o consumidor passou a ser pea-chave para a elaborao do contedo publicit-rio e faz parte de mais uma das tendncias de comunicao em evidncia no Festival de 2011: o crowdsourcing, ou colaborao.

    Nele, h um conceito de inovao aberta, na qual consumidores e empresas ino-vam juntos. Por meio de uma conversa tambm aberta, com interao total, os c o n s u m i d o r e s so convidados a participar do de-senvolvimento de produtos, como o Fiat Mio, ou do processo de deci-so, como nos rea-lity shows. O que bem diferente do habitual, onde h um lado que fala muito, outro que ouve, mas no h muita troca.

    Vamos criar juntos? Por Flvia Rodriguez

    Essa tendncia j sucesso porque van-tajosa para os dois lados: consumidores e empresas. Faz com que o consumidor se sinta ouvido e valorizado, acreditando que pode, realmente, influenciar a marca. E per-mite empresa conhecer melhor as neces-sidades das pessoas e atender a elas com menos riscos.

    Essa mudana no processo de criao, pe-dindo a colaborao dos consumidores e permitindo que eles ditem as regras uma verdadeira transformao na indstria como um todo e no s da comunicao. Na prxima coluna irei compartilhar com vocs mais uma dessas tendncias de co-municao que esto mudando a forma como nos comunicamos e interagimos com as marcas. At l!

    Flvia Rodriguez publicitria capixaba formada na UFES, ps-graduada em Marketing pela FGV e com extenso em Marketing em Nova York. Comeou na Criativa Propaganda como executiva de contas, foi Gerente de Comunicao dos Mercados de Internet, Residencial e Corporativo da Embratel do RJ. Na Embratel conquistou Leo de Bronze no Festival de Cannes, Bronze Echo Award pelo DMA, Ouro no IX Prmio ABEMD. Diretora da ADVB (Associao dos

    Dirigente de Marketing e Vendas) e Membro do Conselho de tica do SINAPRO. Atualmente scia-diretora da Criativa Propaganda e todo ano vai ao Festival Internacional de Cannes em busca de inspirao para a Criativa e seus clientes.

  • Quando nos pautamos para uma matria sobre a gua, a equipe de reportagem da Momento Esprito Santo, pensou em diversos focos. N-meros e dados re-lacionados ao con-sumo e uso indis-criminado da gua foram pesquisados e muitos chamam ateno. Acostumados com a fartura que nos faz achar normal usar gua potvel

    EM PAUTA

    O ser humano capaz de sobreviver oito semanas sem se alimentar, mas morre se ficar cinco dias sem beber um copo de gua. O corpo humano composto por 70% de gua. O adulto precisa em mdia de 2 a 4 litros de HO, por dia para se manter saudvel. Voc ainda duvida da importncia desse precioso lquido para sua sobrevivncia?

    gua pelo mundoSegundo estudos de diferentes organizaes, 800 milhes de pessoas no mundo no tm acesso gua potvel e 2,5 bilhes no tm saneamento bsico.

    Houve, no entanto alguns progressos: o objetivo de que 88% da populao mundial tenha acesso gua potvel em 2015, segundo a chamada meta do milnio, j foi alcanado e mesmo superado em 2010, atingindo 89% dos habitantes do planeta.

    As pesquisas apontam ainda que a demanda mundial de gua aumentar 55% at 2050. A previso que nesse ano, 2,3 bilhes de pessoas suplementares - mais de 40% da populao mundial - no tero acesso gua se medidas no forem tomadas. Os dados podem ser vistos na ntegra em: www.worldwaterforum6.org

    na descarga ou para regar plantas, logo aprenderemos que a racionalidade o

    nico caminho pa-ra evitar que tenha-mos um colapso de abastecimento em breve.

    Voc ainda lava o carro aos fins de semana e utiliza

    a gua de forma indiscriminada? Deixa a torneira aberta enquanto escova os

    dentes? Pequenas atitu-des podem gerar um grande resultado.

    O diretor de Meio Ambiente da Cesan, Anselmo Tozi, diz que a conscientizao ne-cessria, mas a ao e colaborao de cada cida-do de vital importncia. A gua a matria-prima utilizada para muitas coi-sas neste mundo, indis-pensvel vida e s ati-

    No mais um alarme, uma evidncia: existem poucas chances de conseguirmos salvar nossas guas se uma mudana radical no comportamento dos brasileiros no acontecer. Racionar, reduzir e reutilizar so termos que indicam boas solues que podem mudar essas previses. Este problema tambm seu leitor, por isso compreender o primeiro passo para ajudar a mudar.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 35

    Voc sabia que atualmente a maior parte da gua doce do planeta (aproximadamente 70%) utilizada para irrigar plantaes em lugares onde a quantidade de chuva no suficiente? Alm disso, ainda utilizada na gerao de energia, no esporte, lazer e turismo, no consumo domstico e na indstria.

    gua: o combustvel do seu corpo

    Por Arleson Schneider

    Banho: Tome um banho rpido (de no mximo 15 minutos);

    Para economizar gua...

    Higiene: Ao escovar os dentes e lavar o rosto feche a torneira;

    Descarga: Aperte a descarga apenas o tempo necessrio;

    Louas: Ao lavar louas, no deixe a torneira aberta o tempo todo;

    Carro: Quando precisar lavar o carro, use um balde!

    Progresso CrisesNo necessrio olhar muito longe para entender o porqu da racionalizao da gua. No ano de 2000, o Brasil passou pela crise chamada de apago. Na poca, havia grande possibilidade de ocorrer apages no pas, sobretudo nas grandes cidades. Felizmente a aplicao desses cortes que produziriam severas perdas na economia brasileira pde ser evitada graas ao bom resultado de uma campanha por um racionamento voluntrio de energia, onde o cidado tinha uma base para o gasto da energia eltrica. Medida tomada para reduzir o consumo das guas nas hidroeltricas que estavam com volume crtico de gua, causado por falta de chuvas, que deixaram vrias represas vazias, impossibilitando a gerao de energia e falta de planejamento e investimentos em gerao de energia.

    Mesmo com 11,6% da gua doce superficial do mundo, o Brasil poder sofrer com a falta dgua. Aes como o horrio de vero, que acontece

    vidades do homem. um insumo cada vez mais escasso. Apostamos na educao das crianas, para que no futuro, possamos ter um resultado mais efetivo.

    todos os anos, no esto sendo suficientes para que a diminuio do consumo de gua seja significante.

    Diversos entraves, relacionados gua acontecem frequentemente, como por exemplo a construo da usina Hidreltrica de Belo Monte, no Par. Outro grande exemplo o conflito que o Brasil trava atualmente com a Bolvia em razo do projeto de construo de usinas hidreltricas no rio Madeira, contestado pelo Governo boliviano, que alega impactos ambientais.

    CURIOSIDADE

  • 40 MOMENTO ES | Ed 28

    MODA

    Redley: a marca carioca que conquistou o Brasil e o mundoO tnis Redley ainda um cone indispensvel para com-por looks despojados sem perder o estilo.

    No existe melhor calado do que a sola dos nossos ps. Por isso, a gente acredita que o ideal seria passar a vida inteira pisando na areia, ou na grama. O tnis Redley a nossa tentativa de nos aproximarmos dessas sensaes. No d para passar a vida inteira descalo, ento quando estivermos calados, melhor estar livre e confortvel.

    INFOBOOK DE TNISCriado em 1985 o tnis Redley foi inicial-mente vendido nas lojas Canto e iates bsicos e especiais tornaram-se uma febre quase que instantnea. O sucesso foi tan-to que Peter Simon, criador da marca, no teve dvidas em abrir uma loja que ven-desse uma linha completa de calados e vesturio, assinados com esse nome.

    O sucesso do tnis Redley cruzou fronteiras chegando Europa, onde se tornou febre

    em Portugal e alcanou pases to distan-tes quanto Austrlia e Japo.

    Vinte anos depois com a valorizao de um estilo de vida descompromissado e diver-tido, o tnis volta Redley como smbolo desta personalidade. Febre nos anos 80, hoje podemos com muito orgulho cham--lo de clssico. E para ser um clssico pre-cisa ter histria, um privilgio que poucas marcas possuem.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 41

    Referncia no segmento de acessrios femi-ninos, a Metal Nobre traz todas as tendn-cias do outono/inverno para suas lojas.

    A Metal Nobre est h mais de 20 anos no mercado e est sempre atenta s novidades de cada estao, trazendo o que h de mais moderno para as mulheres. Todas as tendn-cias vistas nas passarelas internacionais j chegaram por aqui e esto nas lojas da mar-ca: so vrias opes de maxi colar em dou-rado ou prateado, com pedras e brilhos, sli-ppers ou loafers o sapato do inverno 2012, muitas peas com glitter e os acessrios com caveira, os preferidos da temporada, alm de toda a coleo Melissa. Vale a pena conferir!

    A tradicional loja de pratas SIL-VERLAND acaba de entrar em um novo seguimento. Este ms foi o lanamento da nova linha de fo-lheados a ouro e dourado com peas exclusivas. O proprietrio da empresa, Halim Pavesi, afir-ma que o mercado esta em ex-panso e agora na loja o cliente pode encontrar todas as opes. Alm da diversidade de peas,

    em prata, folheados a ouro e dourado, trazemos mais uma comodidade para nossos clien-tes que a compra online. s acessar o site, clicar e ainda ter a oportunidade de acumular gramas no carto fidelidade. Para conferir a nova coleo acesse o site www.silverland.com.br e confira as tendncias outono /inverno.

    SILVER LAND lana linha de folheados e banhados a ouro

    Outono Inverno 2012 na Metal Nobre

  • 42 MOMENTO ES | Ed 28

    TENDNCIA

    Feira de Caruaru inspira mveis O escritrio de arquitetura Rosenbaum lanou uma linha exclusiva. O mobilirio, que usa madeira pi-nus cultivada, foi inspirado na Feira de Caruaru, que acontece no agreste de Pernambuco e considera-da patrimnio cultural do Brasil. Quando uma feira de mais de 200 anos se transforma em mveis mo-dernos, a coleo vira Escolha do Dia.

    DESIGN: Os mveis de escritrio do designer Marcelo Rosenbaum levam muita cor. H tons fortes de ama-relo, azul, cinza guar, verde mandacaru, preto carcar e laranja caju, tudo inspirado no agreste brasileiro.

  • PAPAIZAlis, a parceria entre moda e de-corao parece ser uma tendncia. A Papaiz acabou de lanar a Col-lezione em parceria com Adriana Barra. As peas so maanetas e cadeados com estampas assinadas pela designer. A linha limitada, com apenas mil peas no estoque. As peas tambm esto venda com exclusividade na Micasa.

  • ARTE

    Seja pela harmonia ou pela natureza di-vina que ela exprime, essas formas geom-tricas emanam uma energia, que permite ao observador in-gressar em um estado mental receptivo.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 45

    Crculo da Vida: MANDALAS

    Toda nossa existncia nos remete a uma forma cujo crculo sagrado representado pelo Di-vino zero, que a origem de todas as coisas. Quando encontramos expresso nos desenhos de mandalas em forma de crculo, o inconsciente reage reforando uma atitude de devoo vida. Os msticos no Oriente vm usando h sculos as mandalas destinadas a aumentar a concentrao, tornando a mente humana mais calma. A mandala uma palavra de origem sns-crita que significa: centro, circunferncia, explica a artista plstica capixaba, Mar-cela Lobo. A mandala se apresenta em uma expresso simples e plena: o crculo. A palavra crculo, alis, define a mandala etimologicamente. Desde as cavernas, passando pela iconografia das religies, arquitetura, artes plsticas, o crculo sem-pre esteve presente na histria da socie-dade, salienta.

    Mandala desenhada na parede Perodo pr-histrico.

    A mandala um smbolo antiqssimo, cuja origem pode remontar ao perodo paleoltico da Histria das Civiliza-es, provavelmente pr-histrico (as chamadas rodas so-lares, relacionadas com a idia de uma divindade criadora do mundo).

    ARTE, RELIGIO E PSICOLOGIADesde os primrdios da civilizao a Arte est diretamente ligada Religio explica a especialista. Ela conta que essa unio pode ser observada at os dias de hoje em diversas culturas, ela se mescla com as Artes Plsticas, Religio e Psicologia. possvel ainda que exista uma ligao entre as tradies religiosas do Mundo Oriental com o sistema psicolgico do Mundo Ocidental. Neste possvel en-contro est a Mandala. Um smbolo de importantssimo significado em diversas culturas e religies que tambm repre-senta identificao com o arqutipo da ordem, da integrao e da plenitude ps-quica segundo o ensinamento jungiano.

    Esta presena das mandalas no mundo Ocidental e Oriental possui uma origem em comum: o Inconsciente Coletivo, pos-tulado por Jung dentro da psicologia ana-ltica. A palavra Mandala significa Circulo Mgico e foi usada por Jung e outros pes-quisadores da alma humana para repre-sentar o Esprito ou Psique. Em termos de Artes Plsticas em minhas obras fao uma exposio desta figura plstica em diver-sas culturas, cabe ressaltar que na maioria delas a sua utilizao de cunho religioso e no artstico, exalta ainda.

    * Psique (do grego): Alma.

  • 46 MOMENTO ES | Ed 28

    ARTE

    Origem das mandalasQuanto origem, as mandalas costumam ser classificadas em orientais e ocidentais, se-gundo Fioravanti. No Oriente a criao das mandalas atende quase sempre a motivaes religiosas e elas fazem parte de um ritual que visa movimentar as energias das divindades. Essas mandalas so chamadas de yantras e muitas vezes so traadas no cho, com ps coloridos e outros elementos, como flores e incensos. No Ocidente as mandalas so Cria-das para uso arquitetnico e decorativo, servem mais para enfeitar, e poucos tm noo de sua importncia vibracional, muito embora alguns de seus criadores saibam muito bem o que esto fazendo.

    Mandala Najavo Mandala Tibetana

    Mandala Navajo - Representao das 4 casas do sol dos ndios. Os ndios Navajo usavam a estrutura da Mandala na forma de uma pintura na areia para harmonizar uma pessoa doente.

    J para os tibetanos, a mandala serve como um auxiliar visual para a meditao.

    A procura da mandala para atingir estados mentais diferenciados tambm conhe-cida na Europa. Como exemplo, podemos mencionar as catedrais gticas com seus belos vitrais em forma de rozetes. As igrejas medievais da Europa mostram as mandalas por meio de labirintos circulares desenhados nos ladrilhos do piso, repre-sentando a peregrinao cidade santa de Jerusalm. Para o famoso psicanalista Jung, as mandalas simbolizam um refgio seguro de reconciliao com a unidade,

    um encontro indispensvel no processo de evoluo pessoal e de experincia espiri-tual. Essa viso jungiana a que nos inte-ressa como prtica a fim de experimentar o equilbrio da unidade, uma vez que nossa sociedade tem manifestado comporta-mentos desequilibrados, fruto das atitudes extremas, da polarizao em que vivemos.

    A prtica da mandala torna-se uma ativida-de bela e atraente em razo dos benefcios que produz. Isso foi revelado pelo prprio Jung como resultado da prtica das experi-ncias realizadas com seus pacientes.

    Concentrao e a Meditao

  • Inicialmente, os olhos so tentados a divagar e voc ter de concentrar-se para mant-los focalizados bem no centro da mandala. O lado direito do crebro afei-to a lidar com as formas e a visualizar a imagem como um todo. Por isso, no preciso explorar os diferentes detalhes da mesma. Em contrapartida, o lado esquerdo quer analisar as formas, contar as diferentes repeties e, de modo geral, procurar entender qual a sua lgica. Mas, com um pouco de perseverana, o lado direito pre-valece e, com isso, voc atinge um estado agradvel e repousado, no qual o lado direito pode criar imagens e trazer-lhe discernimentos livres do costumeiro domnio do modo de pensar do hemisfrio esquerdo do crebro.

    MANDALAS: Vamos exercitar?

    Para usar uma mandala como instrumento de relaxamento, focalize o centro da configu-rao, excluindo de sua mente qualquer outro pensamento. Depois de concentrar-se durante alguns minutos, sua mente se tornar mais cal-ma, sendo o costumeiro dilogo interno e os pensamentos agitados substitudos por um agradvel estado de tranqilida-de. Com um pouco de prtica, essa tc-nica elimina rapidamente qualquer pen-samento indesejado. Voc ser capaz de ingressar em um estado de conscincia relaxado, no qual o lado direito do c-rebro cria prontamente suas imagens e as idias e intuies lhe vm facilmente mente. Voc pode experimentar essa sensao utilizando a mandala reprodu-zida a seguir.

    Como acontece?

    Mandala para prtica

  • 48 MOMENTO ES | Ed 28

    Ca Guimares nasceu no Rio de Janeiro em 1970.

    Criado no Esprito Santo jornalista, escritor, poe-

    ta e cronista. Lanou Por Baixo da pele Fria (poesia,

    Massao Ohno Editor, 1997), Entalhe Final (conto,

    Massa o Ohno Editor, 1999), Quando o Dia Nasce

    Sujo (poesia, Secul/ES, 2006) e De Quando Minha

    Rua Tinha Borboletas (crnicas, Secult/ES, 2010).

    Escreve crnicas publicadas quinzenalmente em A

    Gazeta, onde tambm o responsvel pela coluna

    Entrelinhas do caderno Pensar. Na Momento Esp-

    rito Santo, ele escreve a coluna Astrolbio e traz co-

    mentrios sobre arte e cultura alm de trechos de

    obras suas e tambm de outros autores locais, na-

    cionais e internacionais. Pode conferir seu trabalho

    no site www.caeguimaraes.com.br

    ASTROLBIO

  • Ed 28 | MOMENTO ES 49

    LEVEUm poema o sangue inerme da cilada.

    O poeta um cisto na pele que encrava.

    Na epiderme da fala ningum se refere ao que deve.

    Na superfcie da calma o que cala tranca a trava.

    Repare o quilo do queijo, o verme que surge da goiaba.

    O olho ardendo no cisco da madrugada.

    s o verme no queijo e o queijo com goiabada.

    s fagulha queimando afnica a mesma toada.

    O poeta ao escrever o poema abre uma estrada.

    E na poeira fazendo assento desenha fbula.

    Confabula no turvo da noite com o que revela.

    Devolve ao mundo o que o mundo no espera.

    O que o poeta grita, se voz aflita, erra.

    no sussurro que o murro se arquiteta.

    O poeta antev o que precede.

    Um poema sangue que ferve na madrugada.

    Cisco que chamusca a alvura fofa da neve.

    Corte profundo.

    Longo.

    E breve.

    O poema depois de lido est entregue.

    Pois quebre. E que o desatino o leve.

  • 93 degraus

    PASSEI

    O

    Escadaria de So Diogo

  • Histrias e segredos guardados no Centro Histrico de Vitria

    O local at pouco tempo esquecido pela populao capixaba, ganha fora

    com o Projeto Visitar e atrai cada vez mais visitantes.

    Por Arleson ShneiderFotos Srgio Coelho

    te levam ao sculo XVI

    Com esta frase, iniciamos o passeio ao Centro Histrico de Vitria, comeando pela Igreja do Rosrio. O turismlogo e coordenador do Projeto Visitar, desenvolvido pela prefeitura de Vitria, Luciano Andrade, acompanhou a nossa equipe neste passeio cultural.

    A Igreja do Rosrio, localizada nas proximidades do Theatro Carlos Gomes, guarda histrias que o prprio capixaba desconhece. O cemitrio de escravos, nos fundos do templo ainda mantm as caractersticas originais. As palmeiras imperiais so de 1872 e naquele local o mar banhava o p da escadaria, onde hoje est situada uma loja de telefonia. A festa de So Benedito, Santo venerado pelos escravos, tradicionalmente acontece nesta igreja desde o incio do sculo XVII.

    Passando pelo entorno da Costa Pereira e o Theatro Carlos Gomes, logo adiante se encontra mais um templo religioso: o Convento So Francisco.

    Ed 28 | MOMENTO ES 51

    Igreja Nossa Senhora do Rosrio

  • PASSEIO

    Vestgios de cemitrio antigo em ConventoNo Convento que teve seus primeiros alicerces erguidos em 1591 e passa por uma restaurao, recentes escavaes arqueolgicas descobriram uma montanha de 1,5 metros de ossos guardados h dcadas. O material tambm foi encontrado na parede de uma capela. Historiadores acreditam que entre eles possam estar os restos mortais de Frei Pedro Palcios, transferidos do Convento da Penha h 403 anos.

    Documentos e relatos histricos comprovam que era comum, na poca, enterrar ossos na parede da capela. Pessoas ilustres eram enterradas o mais prximo do altar, como se fosse o mais prximo de Deus, explica Diovani Favoreto, diretora e proprietria do Emprio Capixaba, empresa responsvel pela pesquisa.

    O local passou por algumas reformas, sendo as principais realizadas em 1744 e

    1784, quando a fachada original, de estilo jesutico, em linhas retas, foi alterado, recebendo adornos no tpico estilo colonial barroco. L era uma ponte de encontro e evangelizao, abrigando diversas irmandades, entre elas a irmandade de So Benedito.

    O Convento de Nossa Senhora do Carmo, a Capela Santa Luzia, a Igreja de So Gonalo e a Catedral Metropolitana so edificaes situadas em uma mesma regio e revelam a religiosidade de vrias geraes.

    Convento So Francisco

    Sobrado antigo na Praa Costa Pereira

  • Ed 28 | MOMENTO ES 53

    Projeto Visitar: Centro Histrico de Vitria e seus limitesTuristas e moradores contam com visitas gratuitas ao Centro Histrico de Vitria, a segunda capital mais antiga do pas. O Projeto Visitar contempla dois roteiros - Vitria, de vila a cidade e De Caramurus e Peros -, que contam a histria capi-xaba desde a poca que era capitania aos dias de hoje, abrangendo 33 monumentos data-dos do sculo XVI ao sculo XX.

    No trajeto de um local ao outro, pode-se perceber a riqueza de detalhes na arquitetura dos monumentos no Centro Histrico de Vitria.

    Histrias e segredos guardados no Centro Histrico de Vitria

    ARQUITETURACada templo possui sua caracterstica arquitetnica especfica e guarda histrias e mistrios. Poderia ficar horas relatando e descrevendo diversos fatos ocorridos no Centro Histrico de Vitria, mas nada melhor do que vivenciar esta experincia nica e conhecer um pouco mais sobre a sua prpria histria. O Projeto Visitar proporciona um belo passeio por esta regio de tamanha riqueza. O Projeto Visitar foi criado para revitalizao do centro da cidade. Recebemos visitas de turistas de todo o Brasil, mas o nosso foco o capixaba. Queremos que o povo daqui conhea a sua histria, explica o coordenador do Projeto Luciano Andrade.

    InformaesSete monumentos monitorados esto abertos visitao de tera a domingo, inclusive feriados, das 9 s 17 horas. Os visitantes tm sua disposio monitores preparados para atend-los. So esses os monumentos: Catedral Metropolitana, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Igreja de Nossa Senhora do Rosrio, Convento So Francisco, Igreja de So Gonalo, Theatro Carlos Gomes e Capela Santa Luzia. Mais informaes sobre o Projeto Visitar nos telefones (27)3235-7078 e (27)3235-2002 ou pelo e-mail [email protected]. A Momento Esprito Santo recomenda mais este passeio imperdvel!

  • 54 MOMENTO ES | Ed 28

    TECNOLOGIA

    Nanorobs de DNA do primeiros passos rumo luz

    O nanorob de DNA um grande avan-o em relao s nanopartculas, pois capaz de carregar diferentes doses de molculas at as clulas-alvo. O maior interesse dos pesquisadores enviar molculas para clulas de cncer, para que estas disparem seu processo de au-todestruio, chamado apoptose.

    CINCIA: Shawn Douglas e seus colegas da Universidade de Harvard usaram uma tcnica chamada origami de DNA, que dobra as fitas de DNA para criar formatos 3D complexos.

    O bate-papo virtual 3D j uma realidade.

    Quais tecnologias sero inovadoras daqui a 5 anos? Com certeza, esta pergunta no tem uma resposta fcil. Em 2012, George Pohle, vice--presidente dos servios de consul-toria corporativa da IBM, afirma que a Internet 3D, os celulares que lem mentes, a nanotecnologia para sa-neamento bsico, a telemedicina e a traduo falada em tempo real so as previses.

    Cinco previses tecnolgicas para 2012

  • Ed 28 | MOMENTO ES 55

    Nanotecnologia para saneamento bsico:

    A idia da IBM desenvolver tecido de filtros com nanotubos, que podem remover as impurezas da gua com custos mais baixos do que os atuais dessanilizadores. Segundo o ex-diretor do Laboratrio Na-cional de Luz Sncrotron e idealizador do Centro Nacional de Referncia em Nano-tecnologia, Cylon Gonalves da Silva, as aplicaes em catlise, isto , na qumica e na petroqumica, em entrega de me-dicamentos, em sensores, em materiais magnticos, em computao quntica, so alguns exemplos da nanotecnologia sendo desenvolvidos no Brasil.

    2012 ser o ano dos tablets

    O ano de 2012, ao que tudo indi-ca, ser o verdadeiro ano dos ta-blets. Daqui a dois anos, as vendas dessa classe de produtos devem chegar casa dos 79 milhes de unidades, com direito a uma cani-balizao de 33% dos notebooks.

    Celular chins Huawei Ascend D um dos melhores da MWC

    A Huawei, fabricante chinesa, apresenta o smartphone Ascend D na Mobile World Con-gress (MWC 2012). A empresa garante que o processador K3V2, se destaca por ser um dos

    modelos mais finos, com apenas 8,9 mm de espessura. A Huawei espera lanar o As-cend D no segundo ou terceiro trimestre de 2012 e o preo deve ser entre 15 a 25% mais barato que os principais smartphones da Samsung.

    Nanopartculas para tratamento de esgosto.

    Tablets: Tendncias de crescimento nas vendas

    Ascend D: Se destaca por ser um dos modelos mais finos.

  • 58 MOMENTO ES | Ed 28

    MAGRELAS

    PEDALAR precisoEm meio ao caos da vida moderna, a bicicleta pode ser uma

    boa alternativa para quem deseja praticar um esporte ou

    mesmo fugir do trnsito das grandes cidades

    Pedalar se tornou uma das principais formas de se praticar uma atividade fsica e no se limita somente ao esporte e ao desempenho, mas principalmente locomoo de maneira rpida entre um ponto e outro. Saudvel e ecologicamente correta, a atividade envolvendo a bicicleta pode se diversificar para vrios fins. Alm de um meio de transporte para ir e voltar do trabalho, mercado, feira, padaria ou qualquer outro lugar onde se precisa comprar algum alimento ou produto, podemos usar a bicicleta para ir casa de

    um amigo, parente, ir praia ou apenas para dar aquele passeio no incio de um dia para abrir a mente, no final de uma tarde e incio de noite para relaxar e descarregar toda a tenso carregada de um dia de trabalho.

    Em muitas cidades, principalmente as grandes, a bicicleta se tornou uma ferramenta de trabalho, sendo usada para entregas e substituindo em muitas vezes os motoboys, por um custo muito menor e sem poluio. J em cidades

  • Versatilidade de modelos

    Paulo R. Colabelo empresrio no ramo de Bike Shops h trs anos. Triatleta e apaixonado pelo esporte, j deixou sua marca registrada em dois Iron Mans, em Florianpolis, e por terras capixabas est h trs anos consecutivos entre os cinco melhores da elite no Estado.

    como Amsterd e Londres, o nmero de bicicletas maior que o de veculos, sendo estes proibidos de trafegarem em muitas vias das cidades, onde permitido somente o uso de bikes.

    Bicicletas adaptadas para o uso de transporte coletivo que podem transportar at 04 pessoas so utilizadas em diversos pases, principalmente os asiticos. Aqui no Brasil as encontramos espalhadas em parques de algumas cidades como Braslia

    e So Paulo, sendo alugadas para o simples prazer de pedalar em famlia ou com amigos, todos em uma mesma bicicleta.

    Toda a versatilidade que a bicicleta proporciona fez a indstria do segmento buscar novos modelos, adaptando e desenvolvendo seu design e tecnologia de acordo com cada tipo de uso. Hoje encontramos bicicletas perfeitamente desenvolvidas e projetadas para o uso que pretendemos fazer delas.

    ESTILIZAR

    O comrcio de bicicletas est to desenvolvido que podemos montar e estilizar a magrela do jeito que queremos: variar as peas e as cores de todos os componentes, deixando-a na melhor posio para nosso estilo de pedalada, escolher o melhor tipo de pneus para o terreno que pretendemos pedalar, equipamentos corretos de segurana e acessrios variados. Enfim, podemos deixa-la com a nossa cara. Nesta coluna vou trazer pra vocs, leitores da Momento Esprito Santo, alm das curiosidades sobre a bike, tudo o que h de melhor e mais moderno neste imenso mercado ao alcance de todos.

    A bicicleta est entre as maiores e melhores invenes do homem. Uma mquina que nunca para de se desenvolver, assim como ns, seres humanos, buscando sempre o aperfeioamento daquilo que se prope a fazer. Hoje com todas as dificuldades de um mundo moderno e globalizado, a bicicleta traz a todos que pedalam aquela mesma e perfeita sensao de prazer, de sentir o vento no rosto, a real e grande sensao de LIBERDADE, nos proporcionando a melhor sensao da vida: a FELICIDADE.

    Esportes radicais

    Transporte de cargas

    Ambientes rurais

    Vias Urbanas

    Estradas

    Trilhas

    Passeios (modelos mais confortveis)

  • ESPORTE

  • Texto Lanay RitaFotos arquivo pessoal

    Alm dos LIMITES

    Treinamento focado, alimentao balanceada, garra e determinao. Estes foram ingredientes essenciais para mais um grande feito do alteta capixaba, lcio lva-res Neto, que coleciona alguns ttulos especiais em sua carreira de maratonista aqutico, entre eles, o ltimo conquistado e merece destaque: lcio foi o primeiro atleta do mundo a dar a volta no arquiplago das Trs Ilhas, municpio de Guarapari, a nado, somando 23 km denatao, em 6 horas,colocando o Esprito Santo, definitivamente no mapa mundial das MaratonasAquticas.

    Capixaba, 32 anos, e com toda vida voltada para o esporte, desde o bero, como citou em entrevista. A natao teve incio em minha vida como forma de cura de uma bronquite, conta.

    O atleta j tem experincia com esportes de alto rendimento. Alm da natao, pratica o surfe, corrida de longas distncias, ciclismo, mergulho e jiu jitsu, o que de certa forma um complemento e cria mais resistncia para as provas aquticas.

    Os treinamentos continuam para novos desafios. Agora aguardar!

    Ed 28 | MOMENTO ES 61

  • 62 MOMENTO ES | Ed 28

    ESPORTE

    A prova comeou na altura da sede da Reserva Paulo Czar Vinha, municpio de Vila Velha. Antes de pular na gua, Neto passou uma camada espessa de pomada anti-queimaduras (contra ataques de guas vivas) na pele. De l, o maratonista entrou em ao com as pri-meiras braadas da misso.

    PROVA

  • Alm dos LIMITES

    O Esprito Santo uma potncia em todas as modalidades esportivas eos atletas capixabas precisam desse apoio, dessa visibilidade, o que normalmente s se d a assuntos e atletas de fora, afirma o maratonista capixaba.

    GUA FRIADurante as paradas de hidratao, Neto reclamou da gua fria, que, segundo ele, foi um dos maiores viles da prova. Nem as guas vivas, risco de ataques de tubares ou mesmo a constante for-a das correntes martimas foram em-pecilhos. A gua estava muito gelada e isso sim atrapalhou um pouco, lembra. Um dos momentos mais tensos da prova aconteceu durante o contorno do arqui-plago. O mar aberto da regio sofre a atu-ao de correntes mais fortes, exigindo cautela do capixaba. Neto precisou usar o movimento das mars a seu favor para no comprometer a concluso do percurso. Ao sair da gua, o maratonista fez ques-to de exaltar a importncia da equipe de suporte. A equipe embarcada foi sim-plesmente demais! No poderia ter sido melhor. Rimos juntos, choramos juntos. S quem estava realmente envolvido sabe o sacrifcio que realizar tal feito. Frio, cansao, tubares, incio de hipoter-mia, desgaste. Foi muito difcil, mas ns conseguimos completar o percurso pela primeira vez, exalta.

  • 64 MOMENTO ES | Ed 28

    Por Erlon V. Borges Simples Mentes

  • Ed 28 | MOMENTO ES 65

    DESACELERE

    Paralelo ao crescimento das mais novas tecnologias surge um crescente mo-ver social na direo de uma vida mais simples, leve, sustentvel. Ouo ami-gos e pacientes falarem de suas mais criativas estratgias para reduzirem a ansiedade e desfrutarem de mais tempo livre, investindo no que lhes d prazer. Brincar mais com os filhos, mudar para um stio, cuidar de uma horta em casa so imagens de mudanas que figuram na mente dos que se sentem pres-sionados e querem desacelerar.

    Numa poca de alta velocidade em tudo, impressiona-me ver como s 24 horas do dia parecem curtas para tantas demandas. Conciliar tempo para famlia, trabalho, amigos e vida pessoal tem se constitudo um verdadeiro desafio para a sociedade moderna.

    Nesta coluna, desejo partilhar com voc os meus desafios e vitrias pessoais na jor-nada diria de tornar minha vida mais simples e tranquila. Falarei sobre pequenas mudanas que tem tornado meus dias mais positivos, incrementando mais qualida-de minha vida.

    Juntos, descobriremos como equilibrar corpo e emoo na *slackline da vida. Te convidarei a praticar uma alimentao saborosa e balanceada, um sono reparador, exerccio fsico adequado e a respirar de maneira tranquila e natural. Tudo da maneira mais prazerosa possvel, prometo!

    Na prxima edio, nosso bate papo girar em torno da importncia da respirao na reduo da ansiedade, elevando a serenidade e o equilbrio.

    Respire fundo e at l!

    Erlon V. Borges Fisioterapeuta, Especialista em Fisiolo-gia do Exerccio e Psicanlise Clnica. CREFITO/2 153089-F

    *slackline - Andar sobre uma corda-bamba (nome comumente usado no Brasil atualmente) sempre foi praticado, de uma forma ou de outra, pela humanidade h pelo menos dois mil anos e sempre foi realizado por acrobatas e pelos mais destemidos.

  • 68 MOMENTO ES | Ed 28

    M

    SICA

  • Ed 28 | MOMENTO ES 69

    Na editoria de msica desta edio, falaremos de som, mas de nenhuma banda ou artista especfico. Os focos agora esto direcionados para outro lado: a conquista coletiva.

    A cada edio ressaltamos aqui, na Momento Esprito Santo, que o cenrio cultural cresce no Estado. Msica, cinema, artes plsticas, fotografia, artes de rua e muitas outras manifestaes artsticas ganham cada vez mais espao no cotidiano do capixaba.

    Mas a msica se destaca. Vrios artistas esto sendo exportados e o intercmbio permite uma expanso das ideias sonoras.

    H tempos, os gestores culturais entenderam que se ao invs de serem concorrentes com suas obras houvesse unio e um planejamento mais elaborado, os resultados e objetivos poderiam ir alm do esperado.

    Texto e fotos Arleson Schneider

    Bandas e produtores culturais se unem para conseguir mais espao e democratizar a cultura.

    Os resultados surgem com a soma das ideias.

    Somando as ideias e ideais, surgem os chamados coletivos, na finalidade de criar espaos e democratizar a cultura no Esprito Santo.

    O Assdio Coletivo que ganha destaque pela realizao do festival Tarde no Bairro, que acontece no Bairro Repblica, em Vitria, tem o objetivo de divulgar esta ideia de festival de bairro, criam espao para as chamadas bandas autorais divulgarem

    seus trabalhos, fide-lizarem seu pblico e iniciarem um ciclo.

    Uma das ideali-zadoras do assdio coletivo, Amanda Brommonschenkel, explica que este

    modelo de gesto cultural j acontece em outros estados. Ns do Assdio, participamos de reunies do Fora do Eixo - rede de trabalhos concebida por produtores culturais presente em 25 Estados do Brasil e chegamos concluso de criar o nosso coletivo, para uma melhor organizao.

    Ideias coletivas para umcenrio em CONSTRUO

    Todo mundo pode chegar e expor sua ideia tendo em vista que estamos formando um coletivo e no para defender o seu ideal, a vontade da sua banda. O pensamento coletivo

    - Amanda Brommonschenkel

  • 70 MOMENTO ES | Ed 28

    Amanda conta ainda que alm de criar este espao, o objetivo tambm profissionalizar as bandas envolvidas. Aqui em Vitria um pouco complicado. Quase no h espao para bandas autorais e algumas nem se entendem como banda. Ento a gente criou este grupo para uma troca de informaes. Existem bandas com 10 anos de estrada e outras com 2 meses, por isto a necessidade do intercmbio de conhecimento.

    As reunies sobre o Assdio Coletivo acontecem toda quarta-feira, na UFES. Todo mundo pode chegar e expor

    sua ideia tendo em vista que estamos formando um coletivo e no para defender o seu ideal, a vontade da sua banda. O pensamento coletivo, conta Amanda. As reunies so avisadas atravs do facebook.com/assediocoletivo.

    Festival tarde no bairroO Festival um evento mensal, gratuito, acontece um sbado por ms e teve origem a partir de uma parceria entre o Assdio Coletivo e a Associao de Moradores do Bairro Repblica. A ideia aproveitar os espaos pblicos para promoo da cultura local.

    Amanda acredita que com a criao deste festival, outros possam ser criados, a partir desta ideia, em outros bairros da Grande Vitria e no interior. A partir deste ms, j comea a criao de um festival em Aras, Vila Velha, organizado pelo Coletivo Canelada, movimento que acontece naquele municpio. Temos contato tambm com pessoas em Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Santa Teresa. As pessoas esto interessadas com o movimento e querendo levar para a sua regio. Isto muito legal, comemora.

    Ao todo so mais de 40 bandas inscritas no Assdio Coletivo. Para se inscrever, basta mandar o trabalho da sua banda, ou a proposta do seu grupo cultural/artstico, para [email protected].

    MSICA

  • Ed 28 | MOMENTO ES 71

    NEW

    SCampanhas nas Mdias Sociais influenciam 50% do Eleitorado no Esprito SantoA capacidade de aproximao entre os elei-tores e os polticos j faz as Mdias Sociais in-fluenciarem a deciso de 50% das intenes de voto no Esprito Santo. Essa tendncia foi revelada pela Pesquisa Futura. Com as novas mdias, o poltico se v obrigado a realmente dialogar com os eleitores, o que o obriga a ter propostas bem estruturadas, alm de aumen-tar a transparncia quanto a seu passado em cargos pblicos.

    A estimativa de safra divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimen-to (Conab) aponta que a produo bra-sileira de caf (Arbica e Conilon) em 2012 ser de 50,45 milhes de sacas e a do Esprito Santo 12,22 milhes, um recorde para ambos. Os nmeros con-firmam o Estado como o segundo pro-dutor nacional, atrs apenas de Minas Gerais.

    No ano em que o caf Conilon comple-ta 100 anos de existncia no Esprito Santo, as lavouras capixabas da esp-cie devero produzir 9,36 milhes de sacas, um recorde de produo, supe-rando em 10,20% a safra passada. O desempenho confirma o Estado como o principal produtor de Conilon do Bra-sil, com quase 80% da produo nacio-

    nal, que ser de12,32 milhes de sacas. J para o tipoArbica, a safra nacional ser de 38,13 milhes de sacas e a ca-pixaba de 2,86 milhes de sacas. Te-remos um novo recorde consecutivo da safra de cafs que se inicia aqui no Esprito Santo, devido principalmen-te ao uso de tecnologias pelos nossos cafeicultores como lavouras clonais, irrigao, podas e nutrio adequa-da nas lavouras de Conilon, que sero responsveis pela marca fantstica de 76% da safra nacional dessa espcie de caf, destaca o secretrio de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

    O investimento do Estado em aes para a manuteno e desenvolvimento da cafeicultura aproxima-se dos R$ 60 milhes.

    Safra recorde de caf no Brasil e no ES

  • O Governo do Esprito Santo implan-tou um programa pioneiro no pas de educao no trnsito. Por meio do Detran|ES, em parceria com a Secreta-ria de Educao (Sedu), foi lanado o programa Juntos na Escola, que com-plementa o Programa Estadual de Se-gurana no Trnsito: Juntos pela Vida, lanado pelo Governo do Estado.

    O programa Juntos na Escola vol-tado para a educao do trnsito nas escolas de ensino fundamental, e se baseia na portaria nmero 147/2009, do Denatran, que prev diretrizes Na-cionais da Educao para o Trnsito na pr-escola e no ensino fundamental. Ele prev a insero do tema, de forma transversal, nas matrias da grade cur-ricular. Para isso, foram distribudos li-vros para o professor e para os alunos, com a proposta de abordar assuntos ligados ao trnsito nas diversas disci-plinas.

    O Detran|ES e a Secretaria de Educa-o (Sedu) assinaram um convnio com as secretarias municipais de Edu-cao, de 10 municpios, sendo eles: Vitria, Vila Velha, Viana, Guarapari, Cachoeiro de Itapemirim, So Mateus, Linhares, Serra, Cariacica e Colatina.

    Inicialmente, foram capacitados pro-fessores destes municpios e numa se-gunda etapa, sero capacitados todos os professores da rede pblica de ensi-no, inclusive da rede privada.

    Na primeira etapa, cerca de 14 mil pro-fessores foram capacitados, abrangen-do 160 mil alunos da rede pblica, do 1 ao 4 ano. Em 2013, sero contem-plados alunos do 1 ao 7 ano; e em 2014, todo o ensino fundamental.

    Os professores comearam a ser ca-pacitados no final de 2011. Todos os educadores receberam o guia do pro-fessor e as Secretarias de Educao dos municpios receberam os livros di-dticos, que j foram distribudos para os alunos.

    Segundo a diretora tcnica do Detran|ES, Rosane Giuberti, de todas as aes para ajudar a reduzir as es-tatsticas negativas de trnsito, a edu-cao o melhor caminho: Por meio da educao formamos cidados e atravs do conhecimento que se pode mudar comportamentos. Bons cida-dos, sem dvida, sero bons moto-ristas.

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    SEstado sai na frente e implanta projeto de educao no trnsito nas escolas pblicas

    72 MOMENTO ES | Ed 28

  • Ed 28 | MOMENTO ES 73

    Mais de 60% das capitais brasileiras probem uso de sacolas plsticas em supermercadosMais de 60% das capitais brasileiras 17 das 27 capi-tais aprovaram leis que probem ou que regulam o uso de sacolas plsticas em supermercados e outros estabelecimentos comerciais. Na capital do Esp-rito Santo, no primeiro ms de vigncia do acordo que proibiu a distribuio das sacolinhas plsticas nos supermercados de Vitria, cerca de 4,4 milhes de sacolas deixaram de ser levadas para casa pelos consumidores. O primeiro passo para uma mudan-a cultural est dado, avalia a coordenadora de ava-liao de impactos ambientais do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Andria Saraiva de Lima.

    O que Rio+20? Em junho, o Brasil sediar a Rio+20, conferncia da ONU que reunir lde-res do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. O evento ser rea-lizado no Rio de Janeiro, 20 anos depois da Eco92, que teve como protagonista uma menina de apenas 12 anos. Infor-maes: www.rio20.info/2012/

  • Hama hama expandiu sua loja de tatoo junto ao scio Rodri-go Berlinck e agora alm de tatuagens, l os amantes do skate encontram tudo para as quatro rodinhas. Hama Hama Tat-too Skate Shop, trazendo as melhores marcas de skates como Flip, Agace, Birdhouse, Five boro, alm de todos os acessrios como roupas, tnis, bons. Vendendo skates prontos e mon-tados na hora de acordo com o gosto do cliente, agradando tanto iniciantes como profissionais. Todos os melhores rola-mentos, Abec7 e Abec9 jogo ou varejo, Abec 7 srie especial da fkd, rolamento Crail de graxa ou leo , Truck Silver e Crail, rodas Type-s, Mooog, Trafic, Birdhouse, Orangatang e Kryp-tonics vrios tamanhos, rodas Moska de 80mm. Os melhores shapes com opes de pinturas personalizadas feitas pelos ta-tuadores do estdio, enfim a primeira e mais completa skate shop de Vila Velha com a vantagem de ser tambm um dos melhores estdios de tatuagem do Estado e sempre com os melhores preos. Faa uma visita e confira. Av. Hugo Musso n 600 Shopping Millenium, Praia da Costa, 3062-9890.

    Gustavo Macaco grava msica em parceria com Otto, e lan-a disco no 2 semestre deste ano

    HAMA HAMA Tatoo Skate Shop

    NEW

    S

    Quem est em estdio preparando seu segundo disco o cantor e com-positor capixaba, Gustavo Macaco, que se radicou no Rio de Janeiro. Despontando para o anonimato, vai ter participaes de nomes como Matheus Von Krger, Mauricio Baia, Otto, entre outros nomes. A previso que o disco seja lanado no inicio do segundo semestre deste ano. O lanamento ser juntamente com um DVD de clipes do primeiro e se-gundo disco, completa Macaco.

    Gustavo Macaco, que trabalha com diversas mdias, vai divulgando as msicas assim que elas so finaliza-das, como em Cada Fernando uma

    pessoa, que voc pode conferir em soundcloud.com/gustmacaco/cada--fernando-uma-pessoa.

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  • 76 MOMENTO ES | Ed 28

    AUTO

    Mais de 55 km com um litro de combustvel

    Volkswagen Cross Coup Concept Destaque daVolkswagennos Sales de Tquio e Genebra deste ano, e um dos mais importantes conceitos dos dois eventos, o Cross Coup Concept um hbrido com dois motores eltricos que ajudados por um motor TSI turbodiesel de quatro cilindros com injeo direta de combustvel vai de 235cv at 306cv, atingindo assim a velocidade mxima de 220 km/h. considerado um hbrido potente, altamente econmico e ecolgico pois pode rodar 55,7 km/l e emitir apenas 46g/km de CO2. Apesar de todo o sucesso, ainda no h previso de lanamento em terras brasileiras.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 77

    Novo Classe A vir ao Brasil no incio de 2013O Classe A mudou tanto que pode-ria at receber outro nome. O ex--monovolume se transformou em um hatch premium compacto. To-talmente rejuvenescido e mais des-colado, ele vem para competir com a BMW Srie 1, o Audi A3 e o Volvo V40. O modelo ter motores moder-nos e muito menos poluentes, que emitem at 99 g/km C02 e produ-zem at 211 cv na verso turbo, com total segurana e sofisticao. A tecnologia aplicada no novo Classe A to grande que ele j est sendo chamado de smartphone sobre ro-das e sua previso de chegada ao Brasil para o inicio de 2013. Os va-lores ainda no foram divulgados, vamos aguardar pra ver!

  • 78 MOMENTO ES | Ed 28

    A natureza na palma da moDirio de Bordo sempre leva voc leitor a uma viagem com destino espe-cial, mas longe de nossas fronteiras. Nesta edio, definimos privilegiar um roteiro dentro do Esprito Santo, e pelos olhos da estudante de Licenciatura em Artes Visuais pela UFES/UAB, Rosenir A. C. Honorato. Em sua mostra com o tema A natureza na palma da mo, o Dirio de Bordo leva voc a um passeio pelos balnerios de Guarapari, Meape e Anchieta. Observe a beleza e o bucolismo de algumas das praias do litoral capixaba mais pro-curadas por turistas de todo o Brasil, principalmente em poca de frias.

    Texto Arleson Schneider

    Fotos Rosenir A. C. HonoratodiriodeBORDO

  • Guarapari / ES

    Guarapari - ES

  • 80 MOMENTO ES | Ed 28

    Guarapari / ESDIRIO DE BORDO

    Praia da Morro - Guarapari - ES

    Guarapari - ES

  • Ed 28 | MOMENTO ES 81

    Destino Guarapari-ESDE AVIO: O aeroporto mais prximo o de Vitria, a 64 quilmetros (o aeroporto de Guarapari recebe ape-nas avies de pequeno porte).

    DE CARRO: Acesso pelas rodovias BR-101 e ES-480. Para quem vem de outras cidades do Esprito Santo o aces-so pela ES-060 (Rodoviado Sol).

    DE NIBUS: As empresas So Geraldo (www.saogeral-do.com.br), Rio Doce (www.viacaoriodoce.com.br/), Itapemirim (www.itapemirim.com.br) e guia Branca (www.aguiabranca.com.br).

    CIRCULANDO: Para circular pelo Centro e praias prxi-mas, v a p, principalmente no vero, quando os congestionamentos so comuns. Para curtir as paisa-gens maisafastadas, pegue o carro e bon voyage!

    Morro da Pescaria - Praia da Morro - ES

  • DIRIO DE BORDO

    Morro da Pescaria - Praia do Morro - ES

    Guarapari tambm reserva surpresas para os esportistas. Nas sossegadas praias do Sol, DUl, Setibo e da Cerca, o mar pro-porciona boas ondas o ano inteiro, assim como na movimenta praia do Morro. Os mergulhadores, que encontram guas ain-da mais cristalinas entre dezembro e maio, fazem a festa nos naufrgios, ilhas e recifes bem prximos da costa. So peixes e corais coloridos, esponjas, tartarugas, polvos, ar-raias e lagostas espalhados porTrs Ilhas, Farol da Escalvada e Ilha Rasa.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 83

    Guarapari / ESPraia da Enseada - Meape - ES

    Morro da Pescaria - Praia do Morro - ES

  • DIRIO DE BORDO

    A mostra faz uso da fotografia para abordar questes relacionadas ao meio ambiente,

    explica Rosenir

  • Guarapari / ES

    Ed 28 | MOMENTO ES 85

    Praia de Castelhanos - Anchieta - ES

  • 86 MOMENTO ES | Ed 28

    DIRIO DE BORDO

    Praia de Castelhanos - Anchieta - ES

    Praia de Castelhanos - Anchieta - ES

  • Ed 28 | MOMENTO ES 87

    (...) A fotografia o re-gistro de um momento pelo olhar do observador (...).

    (HADDAD, p.82 2009)

    Guarapari / ESGuarapari - ES

    Praia de Castelhanos - Anchieta - ES

  • 88 MOMENTO ES | Ed 28

    DIRIO DE BORDO

    Falzias a beira mar - Guarapari - ES

    Considerando que a natureza um patrimnio da humanidade que deve ser respeitado e protegido por todos; que a fotografia um recurso visual que possi-bilita o registro de um dado momento histrico pelo olhar do observador, proponho por meio das imagens fotogrficas uma reflexo sobre a importncia da va-lorizao e preservao ambiental, visando o desper-tar do pensamento ecolgico, explica a estudante.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 89

    Rosenir A. C. Honorato tem Formao Tcnica em Ad-ministrao de Empresa. professora Licenciada em Educao Infantil e Ensino Fundamental (at 5 ano). Pedagoga graduada pela FAESA com Habilitao em Administrao, Superviso e Orientao Educacional. Ps Graduada em Gesto Escolar Integradora pela UCB do R.J, e atualmente est concluindo o Curso de Licenciatura em Artes Visuais pela UFES/UAB.

    Guarapari / ES

    Morro da Pescaria - Praia do Morro - ES

    Morro da Pescaria - Praia do Morro - ES

  • 92 MOMENTO ES | Ed 28

    Em uma nova etapa de estudos para en-tender a influncia da qualidade da gua da Grande Vitria, sobre os alimentos, o Instituto Jacarenema nesta edio, abor-dar por meio de levantamento de da-dos, informaes importantes que podem mudar a sua viso sobre os benefcios dos produtos orgnicos para o seu corpo e a natureza.

    Nesse tema o Ins-tituto espera gerar informao para equalizar o seu co-nhecimento e esclarecer o aspecto mais importante e o menos importante na es-colha do alimento que vai para sua mesa, na busca de enfatizar a importncia de consumir produtos orgnicos e aumentar

    INJAPA

    o seu conhecimento em relao aos seus benefcios.

    importante entender como a condio da gua que irriga as plantaes, pode afetar a segurana do produto final que vai para a sua mesa. J que nossos alimentos so

    produzidos nas ca-beceiras do Rio Jucu onde se localizam suas nascentes, se-guindo por Vila Ve-lha e abastecendo toda Grande Vitria, atravs deste cami-

    nho pode-se constatar que a qualidade da gua mineral ou a minerabilidade da gua do Jucu est sendo ameaada pelo cultivo tradicional, uma vez que, os produtores ru-rais em sua maioria, fazem uso de produtos qumicos em sua produo.

    Consumir alimentos orgnicos

    ... pode-se afirmar que a qualidade da gua mineral ou a minerabilidade da gua do Rio Jucu est sendo ame-aada pelo cultivo tradicional que faz uso de produtos qumicos em sua produo.

  • Ed 28 | MOMENTO ES 93

    Certificao dos Produtos Orgni-cos no Brasil

    As constantes divulgaes da ANVISA sobre conta-minaes de alimentos com agrotxicos, os novos canais de distribuio e comercializao possibilita-ram que os produtos orgnicos alcanassem maior nmero de consumidores, tornando a demanda mais regular e, consequentemente, mais raro o contato di-reto entre produtores e consumidores, necessitando, portanto de um terceiro elemento que assegure ao distribuidor e ao consumidor a veracidade das infor-maes sobre o processo de produo, de forma a restabelecer a confiana no bem adquirido. Hoje isso se d pela emisso de um certificado por instituies habilitadas, atestando a adequao dos procedimen-tos do produtor e pela presena de um selo de garan-tia na embalagem do produto. Esses selos so refern-cia aqui no estado e no Brasil.

    Por Petrus Lopes e Erlon Borges

    Afinal, o que so ali-mentos orgnicos?Produto orgnico um alimento sa-dio, limpo, cultivado sem agrot-xicos e sem fertilizantes qumicos. Eles provm de sistemas agrcolas ba-seados em processos naturais, que no agridem o meio ambiente e mantm a vida do solo intacta. As tcnicas usadas para se obter o produto orgnico so sustentveis e garantem alta qualidade biolgica aos alimentos.

    O produto orgnico completamente diferente do produto da agricultura con-vencional, que emprega doses macias de inseticidas, fungicidas, herbicidas e adubos qumicos altamente solveis.

    Esses agroqumicos fazem com que os alimentos tenham baixo valor nutricio-nal e em sua toxicidade est a causa de muitas doenas modernas como o cn-cer.

    Assim podemos constatar que a produ-o orgnica transcende a necessidade de se alimentar somente, uma vez que os alimentos so mais saborosos, saud-veis e nutritivos graas ao tipo de culti-vo que permite que as plantas cresam naturalmente, absorvendo mais de 45 nutrientes da terra e gerando um incon-fundvel sabor. Tambm tornam-se mais baratos, considerando sua durao den-tro da geladeira do consumidor.

    O Instituto Jacarenema garante que o aumento no consumo de produtos or-gnicos em nossa regio contribui di-retamente para a conservao da gua que bebemos todos os dias na Grande Vitria.

    conserva o rio Jucu

  • 94 MOMENTO ES | Ed 28

    Iniciativa do Institu-to Jacarenema

    Portanto, considerando que a Grande Vitria a regio mais populosa do Es-tado, a regio que mais consome hor-tifrutigranjeiros e onde est localizada a foz do rio Jucu, que abastece um milho de pessoas na Grande Vitria, temos a grande chance de contribuir para o consumo e produo de produtos orgnicos, cultiva-dos sem agrotxicos, que contribuem para a conservao dos ecossistemas naturais do Esprito Santo.

    O Instituto Jacarenema, percebendo essa demanda de informao por parte da po-pulao e da posio geogrfica chave da regio metropolitana, est projetando um vdeo documentrio Alimento Orgnico, rio Jucu e a gua que voc bebe! que tem a pretenso de esclarecer consumidores, poder pblico e sociedade sobre o que o alimento orgnico, o crescimento e os desafios da produo, e como seu consumo est diretamente ligado qualidade da gua recebida em nossas casas advinda do Jucu.

    O Esprito Santo e o BrasilDados apontam que o Esprito Santo o terceiro Estado no Brasil, no ndice de con-sumo de venenos agrcolas, por pessoa. Para combater o problema, pretendemos incentivar a produo, a comercializao e o consumo de orgnicos enfatizando o manejo equilibrado e sustentvel des-ta agricultura, que como j dito, preserva a integridade do solo, da gua, do ar e os demais recursos naturais, conservando em longo prazo a harmonia destes elementos entre si e na sua relao ecolgica com o homem.

    Segundo dados oficiais, o Brasil gastou em 2010 R$ 24 bilhes na compra de venenos agrcolas. Estes contaminam os trabalha-dores, deixando pelo menos 10% dos in-toxicados definitivamente incapacitados. Pode-se afirmar que cada brasileiro con-some em mdia 5,2 litros de agrotxicos por ano. (Ministrio da Agricultura 2008). A produo capixaba de orgnicos cresce dia a dia. Temos hoje 28 Municpios pro-duzindo alimento orgnico, onde parte adquirida para as crianas de creches e escolas atravs do Programa de Aquisio de Alimentos PAA, do Ministrio da Agri-cultura.

    Destaca-se a produo em alguns munic-pios como Santa Maria de Jetib, Iconha, Mantenpolis, Nova Vencia, Vila Pavo e Jaguar, atravs de associaes de produ-tores, certificados por certificadora local (Cho Vivo) ou outras em nvel nacional.

    INJAPA

  • Ed 28 | MOMENTO ES 95

    preciso conhecer mais sobre o tema para promover a segurana alimentar e um novo conceito para produo de alimentos saudveis e de qualidade. Oferecendo for-mas menos dispendiosas de cuidar da sa-de da populao, mesmo para aqueles que acham que consumir produtos integrais ou naturais vindos de culturas no orgnicas; porque j no mais a forma adequada e saudvel de comer.

    Quem mora na Grande Vitria precisa en-tender os efeitos dos agrotxicos no Rio Jucu e na populao; saber onde se loca-lizam os pontos de venda dos produtores Orgnicos; reas e culturas de alimentos orgnicos e no orgnicos; como a vida dos agricultores que adquiriram doenas usando agrotxicos nos cultivos; e o que os cientistas sobre agrotxicos podem es-clarecer junto aos rgos pblicos ligados ao tema e os consumidores.

    Onde encontrar

    Hoje na Grande Vitria possvel en-contrar alimentos orgnicos em fei-ras livres localizadas nos seguintes endereos:

    Vitria:Sbado: Rua ArlindoBraz do Nascimen-to atrs da Emescan - De 6h s 12h.

    Quarta-feira: Praa do Papa, ao lado do Horto Mercado De 17h s 21h.

    Vila Velha:Sbado: Entre a Rua Henrique Moscoso e a Rua 15 de Novembro Praia da Cos-ta De 6h s 12h.

    Serra:Tera-feira: Avenida Guarapari, prximo a Biblioteca de Valparaso. De 17h s 21h.

    Cariacica:Sbado: Praa Jhon Kennedy Campo Grande De 6h s 12h.