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O BILOGOO BILOGORevista do Conselho Regional de Biologia - 1 Regio (SP, MT, MS)Ano VIII - N 32 Out/Nov/Dez 2014IS
SN 1
982-
5897
Leia tambm:
- O CRBio-01 na EXPOPRAG 2014
- Inaugurada a Delegacia Regional de Mato Grosso do Sul
Enriquecimento Ambiental promove o bem-estar do animal em cativeiro
O Bilogo e o
Paisagismo Urbano
NDICENDICEConselho Regional de Biologia - 1 Regio
(So Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul)
Rua Manoel da Nbrega, 595 - Conjunto 111CEP 04001-083 - So Paulo - SP
Tel: (11) 3884-1489 - Fax: (11) 3887-0163
[email protected] / www.crbio01.gov.br
Delegacia Regional de Mato Grosso - CRBio-01
O BILOGOO BILOGO
Diretoria:
Conselheiros Efetivos:
Conselheiros Suplentes:
Presidente
Secretrio
Vice-Presidente
TesoureiroEdison Kubo
Mandato 2011-2015
Os artigos assinados so de exclusiva responsabilidade de seus autores epodem no refletir a opinio desta entidade. O CRBio-01 no responde pela
qualidade dos cursos divulgados. A publicao destes visa apenas dar
conhecimento aos profissionais das opes disponveis no mercado.
Editora:
Periodicidade:Tiragem:
Editorao Eletrnica:
CtP, impresso eacabamento:
Comisso de Comunicao e Imprensado CRBio-01: Giuseppe Puorto, Sandra Farto Botelho Trufem e Adauto Ivo Milanez
Maria Eugenia Ferro Rivera(MTb 25.439)
trimestral18.000 exemplares
Mauro Teles / Mary Diniz
Rettec Artes GrficasFone: (11) [email protected]
Revista do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01)
CRBio-01
Marta Cond Lamparelli; Edison Kubo; Elizer Jos Marques; Luiz Eloy Pereira; Giuseppe Puorto; Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira; Rosana Filomena Vazoller; Celso Luis Marino; Iracema Helena Schoenlein-Crusius e Andr Camilli Dias.
Luiz Eloy Pereira Elizer Jos Marques
Celso Luis Marino
Maria Teresa de Paiva Azevedo; Jos Carlos Chaves dos Santos; Horcio Manuel Santana Teles; Fabio Moreira da Costa; Mrcia Aparecida Rodrigues Nassarden; Edison de Souza; Regina Clia Mingroni Neto; Joo Alberto Paschoa dos Santos e Ana Paula de Arruda Geraldes Kataoka.
Rua 15 de novembro, 310 7 Andar - sala 703CEP: 79002-140 - Campo Grande - MS
Tel.: (67) 3044-6661 - E-mail: [email protected]
Delegacia Regional de Mato Grosso - CRBio-01
Em breve novo endereo
Editorial ......................................................... 03As realizaes do CRBio-01 em 2014 e mensagem de fim de ano
Tome Nota ..................................................... 04Lembretes importantes
Acontece ........................................................ 05Notcias em destaque relacionadas ao CRBio-01 e aos Bilogos
Publicaes .................................................... 10Lanamentos de livros de interesse s Cincias Biolgicas
Agenda .......................................................... 11Divulgao dos eventos cientficos no Brasil e no exterior
Ponto de Vista ............................................... 12O Bilogo e o Paisagismo Urbano, artigo de AssucenaTupiassu
Ecos da Plenria ............................................ 16O que aconteceu nas 164 e 165 Sesses Plenrias do CRBio-01
Arquivo do Bilogo ....................................... 17Seo de fotos curiosas e interessantes clicadas por Bilogos
Em Foco ......................................................... 18Dra. Eliana Ferraz Santos escreve sobre Enriquecimento Ambiental
CFBio Notcias ............................................... 22Direto de Braslia, a coluna do Conselho Federal de BiologiaAno VIII - N 32 - Out/Nov/Dez 2014Fotos: Edu For tes (ona pintada) e
Assucena Tupiassu (Ipomea)
Revista do Conselho Regional de Biologia - 1 Regio (SP, MT, MS)Ano VIII - N 32 Out/Nov/Dez 2014ISSN 1982-5897
Antes de Emitir a ART Consulte a Resoluo CFBio n 11/03 e o Manual da ART.Antes de Emitir a ART Consulte a Resoluo CFBio n 11/03 e o Manual da ART.Antes de Emitir a ART Consulte a Resoluo CFBio n 11/03 e o Manual da ART.
Mudou de Endereo?
Informe o CRBio-01 quando mudar de endereo, ou quando houver alterao de telefone, CEP ou e-mail. Mantenha o seu endereo atualizado.
O espao do Bilogo na InternetO CRBio-01 estabeleceu parceria com a empresa Enozes Publicaes para implantao do CRBioDigital, espao exclusivo na Internet para Bilogos registrados divulgarem seus currculos, artigos, notcias, prestao de servios, alm de disponibilizar um Site a cada profi ssional. O contedo totalmente gerenciado pelo prprio profi ssional. O CRBioDigital alm de ser guia e catlogo eletrnico de profi ssionais, promove tambm a interao entre os Bilogos registrados, formando uma comunidade profi ssional digital.
Para acessar entre no portal do CRBio-01: www.crbio01.gov.br
CRBioDigital
EditorialCaros Bilogos:
Chegamos ao trmino de 2014, e um novo ano se aproxima com muitos desafi os pela frente. O CRBio-01 seguiu seu plano de aes, que entre outras, preveem introduo de melhorias de infraestrutura e atendimento em 2015.
Destacamos que em setembro, foi inaugurada a Delegacia Regional do CRBio-01 em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Alm de exercer suas funes de rgo fi scalizador, a Delegacia ir agilizar e melhorar o atendimento aos Bilogos da regio, alm de funcionar como ponto de apoio s atividades profi ssionais (pg. 7).
Em sua stima participao na EXPOPRAG, feira e congresso do setor de controle de vetores e pragas urbanas, o Conselho recebeu muitos visitantes em seu estande, e teve a oportunidade de difundir que o Bilogo o profi ssional com capacitao cientfi ca e habilitao legal para atuar nesse campo emergente (pg. 8).
Nesta edio temos duas importantes colaboraes em forma de artigos. O Bilogo e o Paisagismo Urbano: Assucena Tupiassu com muita propriedade aborda o mercado de trabalho, critrios para o paisagismo e como o Bilogo pode atuar na rea. Enriquecimento Ambiental o tema que Dra. Eliana Ferraz Santos desenvolve, mostrando como essa prtica voltada ao bem-estar do animal em cativeiro pode melhorar sua qualidade de vida.
Chamamos ateno para eleio de novo quadro de Conselheiros do CRBio-01 (mandato 07 de maio de 2015 a 06 de maio de 2019). A ntegra do edital da eleio est disponibilizada no portal: www.crbio01.gov.br (saiba mais na pg. 5).
A Comisso Organizadora do 22 Congresso de Bilogos do CRBio-01 (22 ConBio) est muito empenhada em realizar um evento de sucesso que seja enriquecedor tanto para os Bilogos que j exercem a profi sso como para os estudantes de Cincias Biolgicas. Em breve,a programao cientfi ca ser divulgada no portal: www.crbio01.gov.br e na pgina: www.facebook.com/22conbio. Marquem nas suas agendas: 28 de junho a 1 de julho de 2015, em Cuiab, Mato Grosso. Esperamos vocs!
O CRBio-01 e a Revista O Bilogo desejam a todos os Bilogos e colaboradores um 2015 repleto de tranquilidade, sade e sucesso!
Boa leitura.
3O BILOGO CRBio-01 Out-Nov-Dez/2014 3
Toda a Legislao do Bilogo est disponvel no Portal do
CRBio-01: www.crbio01.gov.br
4
CRBio-01
As pessoas fsicas e jurdicas inscritas no CRBio-01 devem quitar a sua anuidade 2015 at o dia 31 de maro de 2015. As anuidades do exerccio no quitadas at essa
data, sofrero acrscimos de multa de 2%, alm de juros de 1% ao ms.
Pessoa Fsica R$ 416,28
Pagamento com desconto de 25%, para pagamento integral, se efetuado at 31/01/2015, no valor de R$ 312,21;Pagamento com desconto de 20% para pagamento integral, se efetuado at 28/02/2015, no valor de R$ 333,02;Pagamento com desconto de 10% para o pagamento integral, se efetuado at 31/03/2015, no valor de R$ 374,65;
Pagamento em trs parcelas, sendo:
a) a primeira, no valor de R$ 104,07, com vencimento em 31/01/2015;
b) a segunda, no valor de R$ 104,07 com vencimento em 28/02/2015;
c) a terceira, no valor de R$ 104,07, com vencimento em 31/03/2015.
O valor para pagamento aps 31/03/2015 ser de R$ 416,28, acrescidos de multa e juros.
Pessoa Jurdica de acordo com o capital social(Conselho Federal de Biologia Resoluo N. 349, de 10 de outubro de 2014)
Mantenha-se em dia com a sua Anuidade!
Toda a Legislao do Bilogo est disponvel no Portal do
CRBio-01: www.crbio01.gov.br
Tome Nota
ANUNCIE NA REVISTA
O BILOGOConsulte tabela de preos no Portal do CRBio-01:
www.crbio01.gov.br
4 Out-Nov-Dez/2014 CRBio-01 O BILOGO
ATENO BILOGOS!
PAGAMENTOS AO CRBio-01
To d o s o s p a g a m e n t o s a serem efetuados ao CRBio-01 (anuidades, recolhimentos, t a x a s d e e v e n t o s e out ro s ) devem s e r p ag o s EXCLUSIVAMENTE por meio de BOLETO BANCRIO, e no de depsito em conta, pois no possvel a identificao do mesmo ficando, assim, o dbito a descoberto.
A tabela 2015 de taxas, emolumentos e servios do CRBio-01 tero os seguintes valores em Reais:
(Conselho Federal de Biologia Resoluo N. 349, de 10 de outubro de 2014)
a) Inscrio de Pessoa Fsica R$ 53,52
b) Inscrio de Pessoa Jurdica R$ 220,03
c) Cdula de Identidade R$ 36,87
d) Carteira de Identidade Profi ssional R$ 53,52
e) Segunda Via de Cdula R$ 65,41
f) Segunda Via de Carteira R$ 107,05
g) Certides / Certifi cados / Atestados / Renovao de TRT R$ 36,87
h) Certido de Acervo Tcnico R$ 53,52
i) Registro Secundrio R$ 44,00
j) Ttulo de Especialista R$ 222,41
l) Termo de Responsabilidade Tcnica - TRT R$ 147,48
m) Multa Eleitoral (20% da anuidade) R$ 83,25
n) Taxa de Solicitao de Cancelamento / Licena de Registro / Transferncia R$ 28,54
o) Anotao de Responsabilidade Tcnica - ART R$ 38,05
AconteceAviso de Eleio para o Conselho Regional
de Biologia 1 Regio (SP, MT, MS)
O Presidente do Conselho Regional de Biologia 1 Regio (SP, MT, MS) - CRBio-01 convoca os Bilogos registrados neste Conselho eleio para preenchimento de 10 (dez) de vagas de Conselheiros efetivos e 10 (dez) de vagas de Conselheiros suplentes, para mandato de 07 de maio 2015 a 06 de maio de 2019. Os pedidos de inscrio de chapas, endereados ao Presidente da Comisso Eleitoral, devero ser protocolados na sede do CRBio-01, em So Paulo (SP), Rua Manoel da Nbrega n 595, conjunto 111, Paraso, CEP 04001-083, de 19
de dezembro de 2014 at s 17h00 do dia 16 de janeiro de 2015. Cada chapa poder indicar 01 (um) fi scal, at o dia 16 de janeiro de 2015, para acompanhar a apurao dos votos. O Edital da Eleio, na ntegra, encontra-se disponvel no site do CRBio-01 (www.crbio01.gov.br), em sua sede em So Paulo-SP e na Delegacia Regional de Mato Grosso do Sul (MS), Rua 15 de Novembro n 310, 7 andar, sala 703, Campo Grande (MS). A votao obrigatria para os Bilogos com inscrio defi nitiva ou com inscrio provisria deferida
at o dia da convocao das eleies, cabendo aplicao de multa queles que no votarem ou no justifi carem sua ausncia. Os votos sero recebidos no perodo de 23/03/2015 at s 17h00 do dia 13/04/2015, somente na sede do CRBio-01. A apurao dos votos ter incio s 08h30 do dia 17 de abril de 2015, tambm, na sede do CRBio-01, em So Paulo (SP).
So Paulo, 19 de novembro de 2014
Dr. Luiz Eloy Pereira
Presidente do CRBio-01
IPESSP - Sinnimo de ensino altamente qualificado.
O mercado exige excelncia e profissionalismo.
5O BILOGO CRBio-01 Out-Nov-Dez/2014
6
Sistema CFBio/CRBios promove campanha Dia Nacional do Bilogo
Em homenagem aos 35 anos da regulamentao da carreira de Bilogo comemorado em 03 de setembro, o Sistema CFBio/CRBios lanou ampla campanha publicitria que cobriu todas as regies do pas. Um Mundo de Oportunidades foi o tema deste ano, divulgado atravs de diversos meios de comunicao. Filmes nas emissoras de TV Discovery Channel e Animal Planet, anncios nas revistas National Geographic, VEJA e Terra da Gente e uso de mdias online como Facebook e Youtube estavam entre as aes de publicidade.
O C R B i o - 0 1 v e i c u l o u s u a s homenagens na forma de painis em estaes do Metr de So Paulo, busdoors em Cuiab (MT) e Campo Grande (MS), cartazes em Universidades e Instituies, portal, e demais mdias sociais. Alm da homenagem, o intuito da campanha foi divulgar a classe profissional destacando o papel importante que o Bilogo desempenha para os avanos cientfi cos e que revertem em prol da sociedade.
AnosAnosAnos
SISTEMA CFBio/CRBios
6 Out-Nov-Dez/2014 CRBio-01 O BILOGO
Estao S do Metr de So Paulo
Busdoors foram utilizados em Cuiab e Campo Grande
Estao Clnicas do Metr de So Paulo
MANUAL DE ANOTAO DE RESPONSABILIDADE TCNICA (ART) NO PORTAL DO CRBio-01
O CRBio-01 preparou Manual voltado para o preenchimento da Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART). Nele, o Bilogo encontra o passo a passo para obter a 1 ART Eletrnica, o Termo de Responsabilidade, quais so os documentos necessrios, como preencher a ART Eletrnica, como criar senha de acesso rea privativa, como consultar as ARTs registradas, como requerer baixa de ART, como emitir certido de acervo tcnico, enfi m, todas as suas dvidas so esclarecidas de forma detalhada e clara. O link do Manual est na pgina principal do portal do CRBio-01: www.crbio01.gov.br.
Foto: Fabiana da Silva Turchet
Foto: Fabiana da Silva Turchet
7
CRBio-01 inaugura Delegacia Regional de Mato Grosso do Sul
No dia 19 de setembro, o Conselho Regional de Biologia 1 regio (SP, MT e MS) inaugurou a Delegacia Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. A Delegacia atuar como rgo fiscalizador e de apoio s atividades profissionais dos Bilogos. A solenidade contou com a presena da diretoria e conselheiros do CRBio-01 e autoridades do Estado convidadas.
A mesa de cerimnia foi composta pelo presidente do CRBio-01, Dr. Luiz Eloy Pereira; Major Queiroz da Polcia Militar Ambiental; Dra. ngela Maria Zanon, ex-delegada do CRBio-01 em Mato Grosso do Sul; e do conselheiro suplente e atual delegado da sub-sede do CRBio-01 em Mato Grosso do Sul, Dr. Jos Carlos Chaves dos Santos. A conduo da cerimnia ficou a cargo do Dr. Celso Luis Marino, membro da diretoria do CRBio-01.
Entre as autoridades que prestigiaram o evento estavam: Sra. Luciene Ramos, assessora, representando a
Procuradora de Justia do Ministrio Pblico Estadual, Dra. Marig Regina Bittar Bezerra, dirigente do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justia do Meio Ambiente (CAOMA), e delegado Antnio Silvano Rodrigues da Mota, representando a Delegacia Especializada de Represso a Crimes Ambientais e Proteo ao Turista (DECAT).
Marcaram presena tambm representantes da Secretaria Municipal de Educao de Campo Grande, Colgio Militar de Campo Grande, EMBRAPA, Centro de Reabilitao de Animais Silvestres (CRAS), Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (IMASUL), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA), dos cursos de Cincias Biolgicas da Universidade Catlica Dom Bosco, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, da Uniderp Anhanguera, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), e de escolas municipais de Campo Grande.
S o b r e a p e r s p e c t i v a d a inaugurao da Delegacia Regional do CRBio-01 o delegado do Conselho, Dr. Jos Carlos Chaves dos Santos afirmou: A nossa expectativa criar uma nova identidade para os Bilogos que atuam em Mato Grosso do Sul, de modo que o Conselho no seja visto apenas como um rgo fiscalizador, mas como um ponto de apoio e um aliado para os profissionais, uma entidade com a qual eles possam contar. Para o presidente do CRBio-01, Dr. Luiz Eloy Pereira a instalao da Delegacia representa um avano importante, pois permitir aprimorar e agilizar o atendimento aos Bilogos do Estado, alm de promover maior aproximao entre o Conselho, empresas, sociedade e instituies de pesquisa e ensino locais.
Fotos: Tatiana Soares
Servio:
Delegacia Regional de Mato Grosso do Sul CRBio-01
Delegado: Jos Carlos Chaves dos Santos
Rua 15 de novembro, 310 7 Andar sala 703 - CEP 79002-140 - Campo Grande MS Tel.: (67) 3044-6661
Horrio de funcionamento: segunda sexta-feira das 13:00 s 17:00 horas (horrio local).
E-mail: [email protected]
7O BILOGO CRBio-01 Out-Nov-Dez/2014
Dra. ngela Maria Zanon, ex-delegada do CRBio-01 em Mato Grosso do Sul e o atual delegado Dr. Jos Carlos Chaves dos Santos
Conselheiro Dr. Celso Luis Marino conduziu a cerimnia
Dra. Ermelinda De-Lamonica-Freire, Dra. ngela Zanon, Dr. Luiz Eloy Pereira, Dr. Edison Kubo, Dr. Celso Luis Marino, Dr. Elizer Jos Marques e Dr. Jos Carlos Chaves dos Santos
8 Out-Nov-Dez/2014 CRBio-01 O BILOGO
CRBio-01 marca presena na EXPOPRAG 2014
Aconteceu entre os dias 24 e 26 de setembro, no Centro de Convenes Frei Caneca em So Paulo, a 10 edio da EXPOPRAG, evento que reuniu feira e congresso do setor de controle de vetores e pragas urbanas. O encontro, considerado o maior do setor na Amrica Latina, organizado pela Associao de Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (APRAG). Entre os expositores estava pela stima vez o CRBio-01, que distribuiu material informativo e atendeu os visitantes que buscavam informaes sobre a atuao do Bilogo na rea e sobre as atribuies e funes do Conselho.
Nesta edio, a temtica da EXPOPRAG girou em torno dos riscos de gesto, inovao empresarial e integrao do setor, em resposta competio acirrada em um mercado globalizado, cada vez mais exigente e que traz nova forma de concorrncia atravs de indicadores de desempenho. Srgio Bocalini, Bilogo e vice-presidente da APRAG, acredita que o crescimento apresentado pelo setor nos ltimos tempos se d principalmente por uma mudana na viso empresarial: Ns podemos observar que algumas empresas saram de um estgio de pouco profissionalismo e conseguiram se desenvolver bastante.
H est imativa de que existam no Brasi l , aproximadamente, 1.500 empresas legalizadas, e que dentre estas, cerca de 40 a 50 se destacam pelo nvel de qualidade dos servios prestados, bem como geram relevante faturamento e boa lucratividade. Vale destacar que controle de vetores e pragas urbanas uma rea de atuao do Bilogo que oferece muitas oportunidades de desenvolvimento profissional.Fonte: com informaes da APRAG
Os conselheiros (no centro) Giuseppe Puorto e Andr Camili Dias atendendo o pblico
William dos Santos recebe os visitantes: Bianca Alexandre e Francisco Andrade
O conselheiro Joo Alberto Paschoa dos Santos, o vice-presidente executivo da APRAG Sergio Bocalini, da equipe do CRBio-01: William dos Santos e Alexandre Fajardo
Entrada da EXPOPRAG 2014
Fotos: M. E. F. Rivera
Conhecer, conservar e desenvolverser o tema do 22 ConBio
Os trabalhos de organizao do 22 Congresso de Bilogos do CRBio-01 (SP, MT, MS) esto a pleno vapor visando realizar evento que pretende ser marcado pelo alto nvel de intercmbio cientfico. Conhecer, conservar e desenvolver ser o mote do congresso, que reunir entre 28 de junho a 1 de julho de 2015, em Cuiab (MT), a comunidade cientfica, profissionais e estudantes de Cincias Biolgicas. A programao cientfica contar com 10 minicursos, 8 conferncias, 5 mesas redondas, 2 rodas vivas, Mostra de Fotografias e Prmio
Bertha Lange de Morretes para os melhores painis apresentados.
A temtica da quarta edio da Mostra de Fotografias ser Biodiversidade Pantaneira. A expectativa que a participao seja muito positiva, pois a fauna e flora da regio so inspiraes para lindos registros. As informaes sobre o 22 ConBio esto sendo inseridas na pgina: www.facebook.com/22conbio. Acompanhe e divulgue!
Mais informaes tambm no portal do CRBio-01: www.crbio01.gov.br
Anhuma (Chauna torquata) - s margens do Rio Paraguai, na regio do Porto da Manga (MS)
Fotos: Moyss Elias Neto
Biloga vencedora do Prmio Miklos Faust 2014
A Biloga Dra. Graciela da Rocha Sobierajski (CRBio 040322/01-D) pesquisadora do Centro APTA-Frutas, do Instituto Agronmico (IAC/APTA/SAA) foi vencedora do prmio Miklos Faust 2014. A distino oferecida a um nico pesquisador, a cada quatro anos, foi estabelecida pela Sociedade Americana de Horticultura (ASHS), voltada para jovens pomologistas (Miklos Faust International Travel Award for Young Pomologists), e incentiva os pesquisadores da rea na busca constante do aperfeioamento profissional, alm de estabelecer intercmbio entre a comunidade cientfica.
O prmio foi entregue em cerimnia durante o 29 Congresso Internacional de Horticultura, que aconteceu entre 17 e 22 de agosto, em Brisbane, Austrlia. Na ocasio, Dra. Graciela apresentou o trabalho Breeding peaches for low-chill in So Paulo State, Brazil, realizado
no Centro APTA-Frutas do Instituto Agronmico/APTA/SAA. Nesse estudo, foram avaliadas caractersticas dos frutos de 80 variedades de pssegos e nectarinas, visando a seleo de parentais superiores, com base nos valores genotpicos preditos para a realizao de futuras polinizaes controladas. O trabalho, alm da apresentao na forma de pster oral e durante a reunio grupo de trabalho, ser publicado na ntegra na revista da Sociedade Internacional de Horticultura, previsto para dezembro de 2014.
Alm de sua atuao nos programas de melhoramento gentico, Dra. Graciela diretora do ncleo de pesquisa do Centro APTA-Frutas, curadora dos bancos de germoplasma de nozes e castanhas e de frutas de caroo, participa como colaboradora em disciplinas de ps-graduao no IAC, UNICAMP e ESALQ/USP, e como membro de comisses do Instituto Agronmico e da Secretaria
da Agricultura e Abastecimento. A pesquisadora tambm atua como editora associada da Revista Bragantia e do corpo de revisores de renomadas revistas cientficas nacionais e internacionais.
Fonte: Centro APTA-Frutas/Instituto Agronmico
Apresentao pelo Dr. Norman Looney, durante o Gala Dinner, como vencedora do prmio Miklos Faust Award 2014
9O BILOGO CRBio-01 Out-Nov-Dez/2014
ECOSSISTMICA 3 edioSamuel Murgel BrancoEditora Blucher - 278 p.
Nesta obra, o autor Samuel Murgel Branco partiu de refl exes cientfi co-fi losfi cas para ensaiar uma possvel abordagem integradora das diversas disciplinas que tratam das questes ambientais, com base na Teoria Geral dos Sistemas de Ludwig van Bertalanfy e como uma perspectiva complementar ao reducionismo cartesiano. A refl exo terica de Ecossistmica no se encerra, mas cumpre a misso de intelectuais da importncia de Samuel Murgel Branco, especialmente num mundo que ainda acredita que as solues devem ser cada vez mais especfi cas e compartimentadas, quando os problemas contemporneos - como os ambientais - so fenmenos cada vez mais complexos e sistmicos. Aps 25 anos de sua 1 edio, Ecossistmica permanece to atual quanto necessria ventilao das mentes de profi ssionais que atuam no campo das cincias ambientais, dentre os quais os Bilogos so imprescindveis. Informaes podem ser encontradas no site do Instituto Samuel Murgel Branco: www.ismb.org.br.
Preo: R$ 74,00Onde comprar: www.blucher.com.br
PERCIA AMBIENTAL: ASPECTO LEGAL DA PERCIA E COMO REALIZAR PERCIA EM PEIXE E CARVO VEGETALEdnilson Paulino QueirozEditora e Impressora Centro-Oeste 267 p.
Este livro prope-se a ser um guia para o entendimento da parte legal da execuo da percia nas instncias do direito e para a realizao de percia em pescado e em carvo vegetal. O Captulo 1 trata do aspecto legal da percia penal em crimes comuns e ambientais, na instncia civil e de relatrios tcnicos na esfera administrativa, bem como sobre a custdia da prova em crimes ambientais. O Captulo 2 trata das tcnicas e necessidades da execuo da prova pericial em crimes de pesca predatria, que um dos casos que mais exige percias em Mato Grosso do Sul. O Captulo 3 trata das tcnicas de percia em carvo vegetal, como diferenciao de carvo de madeira plantada e nativa, bem como a valorao de danos ambientais, em apreenses de carvo. Os apndices trazem modelos de laudos dos dois tipos de percias abordados. A obra indicada para Advogados, Bilogos, Veterinrios, Engenheiros: Ambientais, Agrnomos, Florestais, bem como para Economistas, em razo da aplicao da tcnica de valorao de dano. Ainda interessa aos Delegados de Polcia, Peritos Criminais Ofi ciais, Profi ssionais nomeados para executarem percias na esfera civil, Fiscais Ambientais de todos os rgos do SISNAMA (Federal, Estadual e Municipal) e todos os operadores de Segurana Pblica.
Preo: R$ 49,90 Frete: R$ 10,00 (registrado, ou pode-se mandar para pagar na retirada).Onde comprar: Editora e Impressora Centro-Oeste: fi [email protected] catropical.com.br ou direto com o autor: [email protected]
Siga o CRBio-01 no twitter: @crbio01
Publicaes
10 Out-Nov-Dez/2014 CRBio-01 O BILOGO
Agenda30 Congresso Internacional de
Educao Fsica
Data: 10 a 14 de janeiro de 2015Realizao: Federao Internacional de Educao FsicaLocal: Foz do Iguau (PR)Informaes: www.congressofiep.com
XXI Encontro Brasileiro de Ictiologia
Data: 01 a 06 de fevereiro de 2015Realizao: Sociedade Brasileira de Ictiologia e Universidade Federal Rural de PernambucoLocal: Centro de Convenes de Pernambuco, Recife (PE)Informaes: www.ebi2015.com.br
39 Congresso da Sociedade de Zoolgicos e Aqurios do Brasil
Data: 12 a 15 de maro de 2015Realizao:Congresso da Sociedade de Zoolgicos e Aqurios do BrasilLocal: Foz do Iguau (PR)Informaes: www.congressoszb.com.br
XVII Simpsio Brasileiro de Sensoriamento Remoto
Data: 25 a 29 de abril de 2015Realizao: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e Associao de Especialistas Latino Americanos em Sensoriamento RemotoLocal: Centro de Congressos de Joo Pessoa (PB)Informaes: www.dsr.inpe.br/sbsr2015
5 Simpsio de Segurana Alimentar
Data: 26 a 29 de maio de 2015Realizao: Sociedade Brasileira de Cincia e Tecnologia de AlimentosLocal: Bento Gonalves (RS)Informaes: www.ufrgs.br/sbctars-eventos/ssa5
22 Congresso de Bilogos do CRBio-01 (22 ConBio)
Data: 28 de junho a 1 de julho de 2015Realizao: Conselho Regional de Biologia - 1 Regio (SP, MT, MS)Local: Cuiab (MT)Informaes: www.facebook.com/22conbio
XX Simpsio de Botnica Criptogmica
Data: 22 a 25 de julho de 2015Realizao: Universidade do PortoLocal: Porto, PortugalInformaes: http://criptogamia.up.pt
XVIII International Plant Protection Congress (IPPC) 2015
Data: 24 a 27 de agosto de 2015Realizao: International Association for Plant SciencesLocal: Henry Ford Building, Berlim, AlemanhaInformaes: www.ippc2015.de
XIX Congresso Brasileiro de Infectologia (Infecto2015)
Data: 26 a 29 de agosto de 2015Realizao: Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Riograndense de Infectologia Local: Serra Park, Gramado (RS)Informaes: http://infecto2015.com.br
11O BILOGO CRBio-01 Out-Nov-Dez/2014
Ponto de Vista
O Bilogo e o Paisagismo UrbanoAssucena Tupiassu
Certa vez em um evento, fui questionada: Como um Bilogo trabalha com paisagismo? O que ele entende de esttica, de harmonia e de beleza?. Na surpresa da pergunta s respondi: Em princpio nada. O Bilogo entende da natureza, das plantas, pssaros e das coisas que se renem para formar a vida, ser que nisso existe esttica, harmonia e beleza?.
Entendo o paisagismo como uma recuperao de rea. Infelizmente, no raro vermos alguns profissionais tirarem o equilbrio ecolgico de um local para fazer um jardim, por exemplo. Procuro prestar ateno no que fao. Quando trabalho, sinto-me motivada a melhorar o espao em todos os sentidos, fazer a recuperao e a proteo do solo, criar um microclima mais prximo do ideal, fornecer alimentos para a fauna, proteger os cursos dgua, favorecer a vegetao do entorno, introduzir, quando possvel,
plantas nativas, diminuir a poluio do ar e sonora e, claro, criar um ambiente agradvel de estar e cuidar.
Mercado de trabalho
Alguns fatos comprovam que o paisagismo um campo vasto, frtil e produtivo para quem quer trabalhar com jardins. s saber escolher a semente e fazer o plantio corretamente.
H alguns anos, a Revista Veja publicou uma matria dizendo que a carreira que mais crescia no Brasil era o paisagismo. O curso de jardinagem, onde trabalhei por 22 anos, teve uma transformao enorme ao longo desse tempo, samos de seis cursos de jardinagem por ano, atendendo majoritariamente senhoras que queriam cuidar de seus jardins, para 30 cursos, envolvendo recursos paisagsticos, hortas, orqudeas, plantas medicinais, alm da jardinagem, o mais procurado
por pessoas que queriam ingressar na rea de paisagismo, entre eles estudantes de agronomia, arquitetura, artes plsticas e biologia. E ainda o Projeto Crer-Ser Germinando a cidadania Curso de capacitao profissional em jardinagem, para jovens em vulnerabilidade, que tive o privilgio de coordenar por 18 anos.
Em 11 de maro de 2011, a empresa Husqvarna, fabricante de ferramentas para jardinagem, publicou uma pesquisa feita com mais de 5 mil participantes de nove pases, onde foram estimados os preos de mercado de propriedades com diferentes tipos de jardins. A concluso foi categrica: o Efeito-jardim. Quando se tem uma rea verde bem cuidada, o valor de venda do imvel aumenta em at 16%. A mesma pesquisa indica que cada dlar ou euro investido no seu jardim, se transforma em quatro euros no momento da venda da propriedade.
Maring (PR), cidade que trocou 100% da rede eltrica convencional por rede protegida ou compactada. Por isso, consegue ter rvores grandes e belas. A arborizao viria se junta aos parques e praas.
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Fotos: Assucena Tupiassu
Isto fato, o jardim valoriza uma rea, logo, existe mercado de trabalho.
In fe l i zmente , dev ido a no regulamentao da carreira, muitas pessoas sem conhecimento tcnico se lanam no mercado de trabalho.
H muitos anos acompanho a discusso sobre o profissional paisagista, mas enquanto no houver a graduao em paisagismo, formao de conselho regional, regulamentao da carreira, nada muito assertivo. Existe um projeto de Lei, que tenta organizar a atuao do profissional paisagista, onde o Bilogo aparecia no primeiro texto, depois foi substitudo pelo artista plstico e novamente includo juntamente com os engenheiros agrnomos, florestais, arquitetos e artistas plsticos como profissionais que poderiam assinar um projeto de paisagismo. Mais do que leis, so necessrios bom senso e crtica, ser que estes profissionais tm o saber para transformao da rea? Enquanto no houver uma graduao ampla e eficiente que oferea conhecimento sobre vegetao, ambiente, formas de recuperao do solo e da rea, esttica, estilos, representao grfica, composio etc. ser muito difcil desenvolver um projeto sozinho. No nada fcil juntar todos esses conhecimentos em um s profissional. Trabalho nessa rea h mais de vinte anos, mas estou sempre com outros profissionais com conhecimentos complementares com a inteno de fazer projetos sustentveis, no no sentido atual que envolve a moda da palavra, mas um jardim que vai permanecer por muitos anos sem comprometer as estruturas urbanas,
com o mnimo de manuteno e gastos, com reaproveitamento de materiais, com respeito s plantas e ao ambiente e que seja bonito, que d vontade de ficar, cuidar e aprender com ele.
Valho-me de uma citao do filme Muito alm do Jardim (Being there USA 1979, dirigido por Hal Ashby). Quando o Senhor Chance Garden, interpretado por Peter Sellers questionado sobre como ele poderia provar que era jardineiro e ele responde Olhem minhas rosas!
Pelo que acompanho, o mercado est muito aquecido, cada vez mais os jardins aparecem, ultrapassam o muro das casas residenciais e se instalam nos restaurantes, escritrios, paredes internas e externas de shoppings e hospitais, aqui com o belssimo acrscimo de que alm de deixar os pacientes e acompanhantes mais tranquilos, ainda diminui o tempo de permanncia das pessoas internadas.
Ento, importante que o paisagista aproveite essa oportunidade e faa um trabalho bem feito, pois certamente ter indicao para outros trabalhos.
Confesso que aguardo com esperana a criao da regulamentao da carreira e que o Bilogo faa parte dos profissionais contemplados. Tenho certeza que temos muito a contribuir para a criao de reas mais saudveis e bonitas e teremos menos problemas relativos vegetao.
Paisagismo Urbano
Muitos Bilogos trabalham com paisagismo natural, das matas, florestas, cerrados etc., pesquisando determinadas espcies e defendendo a permanncia delas no nosso planeta. Esse era o paisagismo que conhecia, mas logo que me formei, comecei a trabalhar na Prefeitura Municipal de So Paulo (PMSP) onde tive o prazer de conhecer o paisagismo urbano com projetos de plantio em ruas, conjuntos habitacionais, praas e parques. Vi o quo importante era o conhecimento tcnico e como este conduziria ao sucesso ou fracasso do projeto.
Uma cidade bem arborizada permite melhor qualidade de vida,
torna a cidade e os habitantes mais saudveis, atrai negcios e aumenta a economia. A presena de reas verdes bem cuidadas, assim como das rvores certas para cada espao ou cada tipo de calada, so imprescindveis, mas fundamental um projeto de arborizao, pois no existe nenhuma planta ruim, o que existe planta inadequada para um determinado lugar. s vezes a planta at estava adequada quando foi posta ali, mas com o aumento das construes e das reas impermeveis passou a no ser mais a melhor opo. Da a responsabilidade de saber:
Que tamanho a rvore alcanar e em quanto tempo, qual a mdia de vida desta planta;
Qual a arquitetura dos galhos da planta, eles permitiro a passagem da fiao eltrica area? Infelizmente no Brasil, a maioria das cidades no tem a rede eltrica subterrnea nem compactada. muito mais eficiente o plantio de rvores de grande porte em locais que permitam, mas muitos preferem as de pequeno porte ou mesmo arbustos conduzidos com arvoretas, sem pensar na diferena da melhora das condies ambientais.
O sistema radicular trar algum prejuzo calada ou a tubulao? A escolha de plantas com razes apropriadas ao local evita uma srie de acidentes. Algumas razes levantam o cimento tornando o acesso difcil e perigoso e impedem a circulao. Isso comprovado num passeio rpido pelas ruas da maioria das cidades brasileiras. Certa vez, em uma vistoria, uma senhora havia solicitado a supresso de um Choro Salix babilonica ,
Deixar que a natureza se espalhe. Neste jardim as tilandsias Tillandsia stricta L. crescem livremente. lindo como podemos comear um plantio e depois deixar que a prpria planta se reproduza e crie a beleza.
Criao de cercas-vivas para minimizar poluio visual e sonora - Centro Empresarial de So Paulo.
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ao chegar ao local no percebi a necessidade do corte, pois a rvore estava saudvel e aparentemente sem causar danos, at que a senhora me convidou a entrar na sua casa e foi quando vi a infiltrao em vrios cmodos e as razes do Choro saindo no vaso sanitrio.
O tronco permitir a passagem dos pedestres? Algumas rvores, como o Tatar Chloroleucon tortum tem seus troncos baixos tortos a partir de aproximadamente oito anos, alm disso, possuem espinhos. Para leigos, a beleza e perfume de suas flores seriam suficientes escolher a espcie e plant-la em uma calada, mas uma rvore totalmente inadequada.
Frutos e flores ao carem no cho podero causar acidentes no s pelo peso do fruto, mas por deixar escorregadia a caladas quando entram em decomposio.
O desenvolvimento das folhas, rvores perenes ou caduciflias, com folhas pequenas ou grandes, tem que ser estudado caso a caso.
Muitas vezes uma rvore que no indicada para uma calada perfeita para uma praa ou parque onde tero mais espao permevel para desenvolvimento de suas razes e no precisaro quebrar o cimento e asfalto. a escolha certa e mais alguns fatores que implicaro no sucesso ou no da arborizao urbana.
Quais profissionais tm esses conhecimentos? Durante alguns anos, eu fiz vistorias e projetos, mas no podia assinar por eles, pois o Bilogo no constava na Lei Municipal n. 10.365 de 22 de setembro de 1987, que disciplinava o corte e a poda de vegetao de porte arbreo existente no Municpio de So Paulo. Somente em 25 de agosto de 2011, ou seja,
24 anos depois, a Lei Municipal n. 15.425/2011 oriunda do PL 624/07 de autoria do vereador Adilson Amadeu, introduziu modificaes nos artigos 9 e 12 da Lei n 10.365, e incluiu o Bilogo como responsvel tcnico por essas atividades. At ento essa atividade era restrita ao Engenheiro Agrnomo.
O Bilogo e o paisagismo
Temos algumas diferenas entre jardins privativos e jardins pblicos. Em alguns casos a beleza predominante, mas o Bilogo v a esttica por outro ngulo, no s na composio das cores, formas, tamanhos e texturas, mas prioriza as exigncias das plantas. Composio de plantas que tenham necessidades semelhantes, afinal a beleza est nas plantas vivas, bem nutridas e mostrando todo seu esplendor.
preciso que seja feita uma boa anlise da rea antes da escolha das plantas, como a quantidade de horas dirias de sol que o espao recebe, qual a face; tipo de solo; circulao do ar; clima; abastecimento de gua, quantidade e qualidade; tamanho da rea para o desenvolvimento da planta, parte area e sistema radicular; que tipo de vegetao existe no entorno etc. Alm disso, importante saber quem vai usar e cuidar do jardim, para quem ele est sendo feito e por que.
A escolha das plantas baseada nas respostas dessas perguntas, no como regra, pois quem trabalha com seres vivos, sabe que regras no funcionam, mas a nica maneira de minimizar as perdas/morte das plantas. E para fazer essa escolha, preciso conhecer as plantas para saber qual se adequar quela situao. E, alm disso, outras informaes sobre a vegetao, como poca de florescimento, atrao de polinizadores, se planta monoica ou dioica etc. tambm so itens imprescindveis. Essa composio e harmonia no so importantes?
No se pode esquecer que to importante quanto escolha das espcies vegetais a manuteno, pois nascem (germinam), crescem (crescimento vegetativo) e se multiplicam (florescem, do frutos, sementes, e
Em Paris, num concurso de Dhalias.
Recuperao de rea, onde o gramado que morreu, por excesso de sombreamento pro-vocado pelas rvores que cresceram, foi sub-stitudo por Chlorophytum comosum, planta que se desenvolve bem meia sombra, dife-rente das gramas. Centro Empresarial de So Paulo.
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muitas se multiplicam vegetativamente) e a cada momento se apresentam de uma maneira e precisam de cuidados especficos. Penso que a economia um fator muito importante, quando se faz produo de mudas das plantas do prprio jardim para plantio em falhas que podem aparecer ou recuperar outras reas, isso muito sustentvel. A colocao de mudas que precisam de mais cuidados em reas mais visveis, a escolha do material para reter mais gua em reas mais secas, a escolha de hmus como forma de melhorar as qualidades fsicas do solo, alm de nutrir as plantas, isso construdo a partir de conhecimentos biolgicos. No que os outros profissionais no tenham esse saber, muitas vezes eles so adquiridos por observao e associao, mas o Bilogo pode explicar tecnicamente.
Hoje, fala-se muito em telhados verdes, jardins verticais, mas pouco se fala da quantidade de terra necessria para o bom desenvolvimento das plantas, da rea que ser ocupada pelas razes, de como esta planta se desenvolve e de quais suas necessidades. Infelizmente j vi muitos projetos que em pouco tempo foram perdidos pela implantao de vegetao inadequada. Fora isso, o custo. Muitas vezes com o plantio de algumas trepadeiras sarmentosas temos um belssimo muro verde com todos os benefcios ambientais dos jardins verticais, porm com um custo de implantao cem
vezes menor, sem contar com os custos de manuteno. Em outros casos o jardim vertical o indicado, mas no se pode esquecer que so as plantas que trazem a vida e devemos selecion-las em funo da adequao ao espao e no somente pela beleza.
A escolha de algumas plantas caduciflias em locais estratgicos que no vero proporcionam sombra e no inverno deixam o sol aquecer o ambiente, isso arte.
Reconheo que um projeto de paisagismo uma obra de arte, mas diferente das outras, uma arte que trabalha com seres vivos, que nascem, crescem, se multiplicam, ficam doentes e morrem. Ento, no s escolher os elementos e agrup-los formando uma composio harmoniosa, mas saber que jamais estar terminado. A maioria das obras de arte, aps sua concluso, est finalizada. Um jardim, segundos depois de ser concludo estar diferente, so folhas que caem, flores que se abrem, frutos que amadurecem, galhos que se entortam devido a ao do vento ou fototropismo. Um jardim um organismo mutvel, vivo. Para mim, esta a maior beleza do jardim, saber apreci-lo em cada fase. Se no houver um profissional com conhecimento cientfico, para que essa obra seja prima em todos os seus momentos, ela no ter o melhor efeito. A paisagem mais bonita a mais prxima do natural e isso o Bilogo sabe reconhecer!
Citaes:
www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/.../apostila_13dez_ej.pdfwww.ricardoizar.com.br/ images/conteudo/pj_17_4b2f.pdf (Projeto de Lei PL 2043/2011)www. husqvarna.com.brw w w . t e s e s . u s p . b r / t e s e s /disponiveis/11/.../Lea_Yamaguchi_Dobbert.pdfw w w . t e s e s . u s p . b r / t e s e s /disponiveis/11/11136/tde-03032008-165228/pt-br.php
TUPIASS, Assucena. Da planta ao Jardim. 1. Ed. So Paulo: Nobel, 2008
Assucena Tupiassu, CRBio 06480/01-D, paisagista, trabalhou durante 22 anos na Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de So Paulo, onde ainda colabora em projetos, e desde o incio do ano est atuando na Secretaria da Sade/PMSP. Consultora responsvel por vrios projetos de paisagismo e conservao de jardins, participou do Programa Arquitetura Verde (Globosat) com o quadro Que planta essa?. Autora de vrias publicaes, entre elas: Da Planta ao Jardim (editora Nobel), tambm presta consultoria a diversas revistas sobre o tema plantas e paisagismo. Atualmente, mantm dois blogs: umaflorpordia.blogspot.com (esta tambm no facebook) e jardinsnocinema.blogspot.com
Jardim interno em composio de plantas com as mesmas necessidades ambientais. Centro Empresarial de So Paulo.
Jardim com Gusmnia Guzmania ligulata, Sapatinho-de-judia Thunbergia mysoren-sis, Costela-de-ado Monstera deliciosa e Guaimb Philodendron bipinnatifidum, ban-cos de madeira de reuso (cruzetas adquiridas em companhia eltrica) e pergolado feito com toras de eucalipto tratadas e certificadas pelo IPT. Centro Empresarial de So Paulo.
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Ecos da PlenriaA 164 Sesso Plenria do
CRBio-01 foi realizada no dia 15 de agosto de 2014, na Sala Dra. Noemy Yamaguishi Tomita, em sua sede, na cidade de So Paulo. Aberta a sesso, a Coordenadora da Comisso de Cursos, Dra. Ana Paula de Arruda Geraldes Kataoka, informou que tem participado de reunies do Frum dos Conselhos das reas Afins da Sade, que entre outros assuntos, tem discutido a modificao do seu Regimento. Ressaltou que o GT de Educao (do Frum), em breve, far nova reunio que abordar a temtica da qualidade da formao na rea da Sade e do Sistema Nacional de Avaliao da Educao Superior (SINAES) com o aprofundamento da reflexo sobre as formas de avaliao dos alunos e das Instituies de Ensino, como exemplo, o exame de proficincia e a avaliao de egressos e que os Conselhos Profiss ionais devero indicar representantes para participar das discusses. Destacou tambm que Comisso de Cursos dar cont inu idade s d i scusses relativas definio das normas e dos critrios para seleo e contratao de parcer ias . A Coordenadora da Comisso de Formao e Aperfeioamento Profissional do CRBio-01, Dra. Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira, informou que o CFBio recebeu so l ic i tao da Faculdade de Educao da Universidade de So Paulo, de apoio do Sistema CFBio/CRBios ao Movimento Nacional em Defesa do Ensino Mdio. Afirmou que o Movimento foi criado por educadores de todo o pas, preocupados com o imenso retrocesso que a aprovao do PL 8640/2013 possa trazer para a educao bras i le i ra. Disse tambm que diante do fato, o CFBio solicitou s CFAPs de todos os regionais que discutam
o assunto e se manifestem, e que o CRBio-01 j est se organizando nesse sentido. Na Ordem do Dia: foram homologadas 225 inscries de pessoa fsica, destas, 38 na modalidade de registro provisrio e 187 na modalidade de registro definit ivo. Foram reativados 28 registros. Deferidos 43 cancelamentos de registro de pessoa fsica por vencimento do prazo de validade (registro provisrio) e 02 por falecimento. Em seguida, apresentados os expedientes da Secretaria: 07 Bilogos solicitaram transferncia para outras regionais, e 03 para o CRBio-01, 46 solicitaram registro secundrio, 01solicitou licena. Foram aprovadas 2 solicitaes de desconto no pagamento da anuidade, previsto na Resoluo n 152, de 04 de junho de 2008. O Plenrio aprovou o registro de 19 empresas, bem como a concesso do seus respectivos Termos de Responsabi l idade Tcnica (TRTs). Concedidos 07 Termos de Responsabi l idade Tcn ica (TRTs ) . De l iberados 07 cancelamentos de TRTs e 05 cancelamentos de pessoas jurdicas e de seus TRTs. Aprovado o cancelamento de registro de 02 empresas. Concedidos 6 Ttulos de Especialista. O Coordenador da Comisso Organizadora do 22 ConBio, Prof. Andr Camilli Dias, informou que o perfil do CRBio-01 no facebook foi publicado, com link disponibilizado no Portal do Conselho. Ressaltou a importncia dessa ferramenta que muito contribui com a divulgao do 22 ConBio, bem como formatao do evento que contar com 10 minicursos; 8 conferncias; 05 mesas-redondas; 02 rodas vivas; alm da 4 Mostra de Fotografias do CRBio-01 e da Sesso de Painis. Na sequncia, o Vice-Presidente do CRBio-01, D r. E l i z e r J o s M a rq u e s ,
informou que o CRBio-01 tem implementado grandes esforos v i sando o cumpr imento das metas estabelecidas no Plano de Ao para o Exerccio de 2014. Ressaltou a inaugurao da Delegacia Regional de Mato Grosso do Sul. Apresentada e aprovada a prestao de contas do 2 tr imestre. Final izando, o presidente do CRBio-01, Dr. Luiz Eloy Pereira destacou a importncia da participao do CRBio-01 com estande prprio na EXPOPRAG, evento muito frequentado por Bilogos de todo o pas.
Em 17 de outubro de 2014, foi realizada na sede do CRBio-01 a 165 Sesso Plenria. Na Ordem do Dia, foram homologadas 209 inscries de pessoa fsica, destas, 42 na modalidade de registro provisr io e 167 na modalidade de registro definitivo. Foram reativados 28 registros de B i l ogos . De fe r i do s 18 cancelamentos de registro de pessoa fsica por vencimento do prazo de validade e 01 por falecimento. Os expedientes d a S e c r e t a r i a : a t e n d i d a s 08 so l ic i taes de reg is t ros transferidos para outros regionais, e 07 transferncias de registro para o CRBio-01. Deferidos 49 registros secundrios. Foram homologadas 23 insc r i es de registro de pessoa jurdica, assim como seus respectivos Termos de Responsabi l idade Tcnica (TRTs). Concedidos 09 TRTs e cancelados a pedido 06. Aprovados 15 cancelamentos de TRT , assim como seus registros de pessoa jurdica. Aprovada 01 anulao de pessoa jurdica e respectivo TRT. Aprovada 01 converso de cadastro para registro. Concedidos 05 Ttulos de Especialista.
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Arquivo do Bilogo
Imagem de cianobactria Classe Cyanophyceae, Famlia: Nostocaceae, Gnero: Dolichospermum sp. Vrios gneros de cianobactrias so consideradas potencialmente txicas. Suas toxinas so denominadas cianotoxinas, que podem ser neurotxicas, hepatxicas ou dermatxicas.A autora da fotografi a Claudete de Morais Araujo, CRBio 086397/01-D, lder no setor de Comunidades Aquticas do Laboratrio Controle Analtico, em Osasco (SP), onde trabalha com identifi cao de organismos (Fitoplncton, Cianobactrias, Zooplncton e Macroinvertebrados Bentnicos).
A fotografi a faz parte da rotina de trabalho de muitos Bilogos. Esta seo da Revista publica fotos curiosas, interessantes, signifi cativas e inusitadas da fauna, da fl ora e de paisagens, captadas por Bilogos.
Para participar envie sua foto em formato JPEG, aos cuidados da Revista O Bilogo, Seo Arquivo do Bilogo: [email protected]
Nas imagens, um jacu (Penelope obscura) vocaliza pouco antes de alar voo em um dos fragmentos de Mata Atlntica preservada na Fazenda Santa Maria, no municpio de Guaratinguet, So Paulo.O autor da foto o Prof. Dr. Ricardo Mendona Neves dos Santos (CRBio 43200/01D), coordenador do Curso de Licenciatura em Biologia das Faculdades Integradas Teresa Dvila (FATEA-Lorena/SP). Na minha vida, a fotografi a de fauna e fl ora um meio de imortalizar as maravilhas da natureza, propiciando excelentes fontes de estudo e educao. muito gratifi cante poder levar contigo a imagem de um animal em liberdade, afi rma o Prof. Ricardo.
Espcime da Famlia Culicidae, Sabethes (Sabethes) belisarioi registrado no municpio de Costa Rica, Mato Grosso do Sul em fragmento de mata no perodo diurno no interior de uma Armadilha de Shannon.Fotografi a de Kleiton Maciel dos Santos, CRBio 61049/01-D, graduado em Cincias Biolgicas (Licenciatura) pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e mestre em Entomologia e Conservao da Biodiversidade pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).
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Em Foco
Enriquecimento ambiental promove o bem-estar do animal em cativeiro
Eliana Ferraz Santos
Os zoolgicos atuais no so mais espaos voltados apenas ao lazer e exibio de colees de animais. Eles passaram a ter diversas atribuies, tais como desenvolvimento de pesquisa cientf ica, educao ambiental, conservao ex situ da fauna regional e extica, entre outras atividades de suma importncia para seus trabalhos dirios. Os zoos no podem obter sucesso em suas metas de conservao e educao meramente garantindo a manuteno da fauna em cativeiro. Muitos esforos devem ser realizados
para se preservar a diversidade de comportamentos entre os animais que vivem em cativeiro.
A conservao ex situ em geral, tem como objetivos garantir a conservao para as espcies que no possuem condies imediatas de sobrevivncia em vida l ivre, formar bancos genticos de espcies ameaadas, desenvolver estoques para repovoar locais, onde as espcies tenham desaparecido e, por ltimo, estimular a educao ambiental, evitando assim, que animais sejam
retirados dos seus ambientes naturais. Na dcada de 70, os zoolgicos do mundo comearam a aplicar o conceito de enriquecimento ambiental. No Brasil, este conceito mais recente.
Para comearmos a entender o conceito de enriquecimento ambiental, precisamos entender primeiro o que bem-estar animal em cativeiro. Este termo, pode ser utilizado quando h uma harmonia entre o animal e o ambiente em que ele vive, garantindo suas caractersticas fsicas e fisiolgicas que propiciam ao animal uma alta
Foto: Edu Fortes
Filhote de lontra (Lontra longicaudis)
Foto: Claudia Hashimoto
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qualidade de vida, causando-lhe conforto fsico e principalmente psicolgico.
Na natureza, os animais passam grande parte do tempo realizando diversas atividades como forragear, fugir de seus predadores, disputar ou procurar parceiros sexuais, interagir, etc. Com todas essas atividades que os animais precisam realizar, temos um ambiente dinmico, com muitos desafios que devem ser enfrentados ao longo do dia. J o cativeiro, mais previsvel, e a grande maioria de todas essas aes so supridas. Nos recintos, as espcies recebem alimentos em horrios pr-estabelecidos, no competem entre si e so cuidados pelos tcnicos quando ficam doentes ou rfos. Diante dessas condies, alguns animais confinados podem mostrar maneiras de agir diferentes das observadas em vida livre.
Alguns indivduos apresentam comportamentos previsveis, que seguem uma sequncia repetitiva e ordenada, conhecido como estereotipia.Esse comportamento caracteriza-se pela repetio dos atos sem sentido, causado, entre outros motivos, pela ansiedade do indivduo nos perodos de rotina e a repetio de aes no caractersticas da espcie.
A estereot ip ia expressada de diversas maneiras pelo animal, como aumento ou diminuio de alimentao, sono excessivo, maior
inatividade, desenvolvimento de quadros depressivos, coprofagia, agressividade ou apatia.
Comportamentos estereotipados no so incomuns em zoos para alguns indivduos.
Podemos entender ento, que quando estes animais apresentam estas estereotipias, isto seja um indicativo de baixo bem-estar no cativeiro. Na grande maioria das vezes a cura destas estereotipias difcil, mas podemos prevenir o seu aparecimento e desenvolvimento.
Nas ltimas duas dcadas, os zoolgicos ampliaram os seus trabalhos,
mas principalmente preocuparam-se com o bem-estar das espcies. Entender o bem-estar bastante subjetivo, pois para isto, precisamos conhecer profundamente sobre a biologia daquela espcie, e tambm conhecer bem as caractersticas daquele indivduo em questo.
Essa abordagem, muitas vezes interdisciplinar, com integrao de conceitos de diversas reas como a biologia, ecologia, etologia, fisiologia, medicina veterinria, psicologia, entre outras reas afins.
Bem-Estar pode ser definido como o estado de um indivduo em
Foto: Edu FortesEnriquecimento sensorial com ona-pintada, (Panthera onca)
A Zologa Dra. Eliana Ferraz e suuarana (Puma concolor)
Foto: Arquivo da Parquia de Canind
Prtica de enriquecimento ambiental, durante curso de extenso da Universidade Estadual do Cear no Zoolgico da cidade de Canind, Cear
Irara (Eira barbara) motivada pelo enriqueci-mento sensorial e fsico, Zoolgico de Campi-nas (SP)
Suuarana (Puma concolor) interagindo com en-riquecimento fsico, Zoolgico de Campinas (SP)
Foto: Rogrio Capela Foto: Dbora Neves
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relao s suas tentativas de se adaptar ao seu ambiente. importante reiterar que no se pode avaliar o bem-estar de um indivduo sem ter amplo conhecimento da biologia da espcie. Tambm preciso considerar alguns indicadores que auxiliam na localizao do estado animal dentro da escala de muito bom a muito ruim.
Uma atividade com a qual podemos melhorar a qualidade de vida do animal em cativeiro o Enriquecimento Ambiental. O conceito, surgido na dcada de 20, pode ser resumido por um processo onde um ambiente mais complexo e interativo criado para melhorar a qualidade de vida dos animais que vivem em cativeiro, atravs da insero de novidades e desafios, que simulam situaes que ocorreriam na natureza.
Essas adequaes podem ser desde o design do recinto, infraestrutura, tamanho do grupo social ou quaisquer outros fatores que influenciam a
maneira que um animal em cativeiro possa perceber seu ambiente. Na prtica, seria uma variedade de tcnicas originais para manter os animais cativos ocupados, atravs de uma diversidade de oportunidades comportamentais que iro tornar o ambiente de cativeiro mais estimulante. Portanto, uma tcnica para melhorar os ambientes ex situ, sendo uma importante ferramenta de manejo animal, sob a perspectiva da biologia comportamental e histria natural dos animais em cativeiro.
E x i s t e m c i n c o t i p o s d e enriquecimentos ambientais, so eles:
1. Enriquecimento Alimentar: aquele onde podemos variar o tipo de alimentao oferecida ao animal diariamente, a quantidade, a maneira e disposio de como so oferecidos, frequncia, horrio e forma (inteiros, com casca, descascados, congelados,etc).
Deste modo a alimentao no cativeiro pode se tornar menos previsvel.
2. Enriquecimento Social: Alterar o grupo social, acrescentando animais da mesma espcie, ou colocando indivduos de outras espcies que sejam compatveis viverem com esse grupo. Este tipo de enriquecimento estimula interaes inter e intra especficas dentro do recinto. A interao com os tcnicos e tratadores tambm pode ser uma forma de enriquecimento extremamente importante para espcies que possuem envolvimento
e comportamento sociais (primatas, psitacdeos, cetceos, etc.).
3. Enriquecimento Fsico: Consiste em tornar o recinto mais parecido ao habitat natural da espcie. Consiste em inserir objetos, galhos, cordas, mangueiras de bombeiro, estruturas para escalar, colocao de substratos (folhas, terra, areia, troncos,etc) criando um ambiente mais complexo.
4. Enriquecimento Cognitivo: aquele que utiliza algum tipo de dispositivo ou mecanismo mecnico, onde o animal ficar instigado a resolver algum problema, estimulando sua capacidade intelectual, como quebra-cabeas e jogos.
5. Enriquecimento Sensorial: aquele onde estimulamos os cinco sentidos (tato, olfato, gustao, viso e audio).
extremamente importante saber escolher o tipo de enriquecimento ambiental a ser empregado e adequar a complexidade do ambiente s caractersticas comportamentais e capacidade de cada espcie em interagir com o elemento de enriquecimento introduzido no recinto.
A importncia de termos ambientes enriquecidos no cativeiro est no fato de que o animal ficar mais ativo e saudvel, reduzindo o seu comportamento anormal, expressando comportamentos mais naturais da espcie em vida livre, atravs de comportamentos exploratrios e brincadeiras, alm de reduzir o medo de tratadores e do pblico.
Como podemos aval iar se o Enriquecimento Ambiental foi bem
Foto: G. Moraes
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sucedido? Quando uma ou mais dessas consequncias so observadas, melhorando a qualidade de vida do animal um alto grau de bem-estar. Por isso to importante o desenvolvimento do enriquecimento ambiental, pois seu fundamento bsico melhorar o bem-estar fsico e psicolgico dos animais em cativeiro. Sem dvida nenhuma, ambientes enriquecidos so mais interessantes e educacionais para o pblico.
O enriquecimento ambiental, apesar de ser uma preocupao antiga, apenas recentemente se tornou uma rea de estudo e de aplicao dos princpios do comportamento animal.
a idia do manejo animal que busca melhorar a qualidade do cuidado a animais cativos, identificando e uti l izando estmulos ambientais necessr ios ao seu bem-es ta r psicolgico e fisiolgico.
Com a utilizao das tcnicas de enriquecimento ambiental, podemos reduzir comportamentos anormais, aumentar as atividades de comportamento exploratrio dentro do cativeiro, observar os indivduos expressarem seus comportamentos naturais como por exemplo brincadeiras entre eles.
Alguns cuidados devem ser tomados em relao ao tipo de enriquecimento, pois o estmulo a ser usado em determinado animal s vezes pode mostrar um efeito mais intenso que o estmulo natural, por isso existe a necessidade de se entender o que adequado para cada espcie.
Para que o enriquecimento ambiental tenha efetividade, necessrio que sejam realizados o estudo do comportamento de cada indivduo, ou do grupo caso a
espcie seja social, para que sejam traados os seus etogramas. O enriquecimento precisa ser adaptado a cada animal considerado. Para que a aplicao desta tcnica tenha xito necessrio conhecer bem o comportamento dos animais cativos para que sejam possveis identificar comportamentos associados ao estresse do cativeiro, para s depois disto serem implantadas tcnicas de enriquecimento ambiental.
Trabalho com enriquecimento ambiental em cativeiro aplicado a animais silvestres h quase 15 anos. Aprendi a tcnica lendo muitos artigos cientficos e fazendo cursos do Shape of Enrichment (San Diego, Estados Unidos).
Costumo dizer em meus cursos, que fazer enriquecimento ambiental um dom, pois a tcnica qualquer pessoa pode aprender, mas apenas algumas pessoas tm habilidade para realizar a mesma. Fazer enriquecimento exige muita leitura e inmeras horas de observao das espcies s quais sero aplicadas o mtodo.
Os interessados em trabalhar com enriquecimento ambiental devem ser extremamente dedicados, ter disposio de enfrentar condies adversas como frio, sol, chuva, no ter preguia de levantar cedo ou de ficar at tarde fazendo as observaes comportamentais das espcies em
Dra. Eliana Ferraz Santos, CRBio 020044/01-D, graduada em Biologia pela Pontifcia Universidade Catlica de Campinas (SP). Possui Mestrado e Doutorado em Zoologia pela UNESP Rio Claro (SP). Zologa do Departamento de Proteo e Bem-Estar-Animal da Prefeitura Municipal de Campinas. Coordenadora do Departamento de Candeos da Associao Mata Ciliar de Jundia (SP). Membro da Comisso de Bem-Estar Animal da Sociedade de Zoolgicos do Brasil. [email protected]
foco. Tambm necessrio ter muita criatividade e bom senso na hora de criar e confeccionar os enriquecimentos e aplic-los sozinho se for o caso.
Os Bilogos podem atuar na rea trabalhando em zoolgicos, criadouros, santurios e afins, pois uma atividade extremamente importante dentro do cativeiro. Tenho ministrado diversas palestras e cursos na rea por todo Brasil. Em maro deste ano, ministrei dentro de um curso de extenso oferecido pelo Petbiologia da Universidade Estadual do Cear. Foram dois dias destinados ao tema Enriquecimento Ambiental, sendo um dia s teoria e o outro prtica, a qual foi realizada no Zoolgico da cidade de Canind, interior do Cear.
Foto: G. Moraes
Filhote de anta (Tapirus terrestris) interagindo com o enriquecimento ambiental
Jupar (Potos flavus) descobre o enriqueci-mento alimentar
22 Out-Nov-Dez/2014 CRBio-01 O BILOGO
Foto: Giuseppe Puorto
No teria qualquer sentido a preservao ambiental independente da preservao da vida humana, porque no admissvel que a sociedade humana pretenda preservar uma natureza onde ela prpria no tenha lugar. Samuel Murgel Branco
Que em 2015 seja um ano de inspirao para praticar o bem ao nosso prximo e Natureza e tambm de concretizao de nossos sonhos e ideais.O Conselho Regional de Biologia - 1 regio (SP, MT, MS) deseja a todos: Boas Festas e um excelente 2015!
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82-9
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Revista do Conselho Regional de Biologia - 1 Regio (SP, MT, MS)Ano VI - N 24 Out/Nov/Dez 2012
Cincias Ocultas, sob um ponto de vista
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