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FECOMÉRCIO SESC SENAC Empresas de diversos segmentos têm apostado cada vez mais na filosofia japonesa Lean Thinking para aumentar a satisfação de seus clientes. Essa linha de pensamento, conhecida como Men- talidade Enxuta, possui cinco princípios que, se bem adotados, podem auxiliar a otimizar recursos, agregar valor para o cliente, corrigir falhas nos processos e identificar novas oportunidades. MENTALIDADE ENXUTA PARA OS NEGóCIOS 35 FECOMÉRCIO INFORMATIVO PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS - FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS BELO HORIZONTE – SETEMBRO/OUTUBRO DE 2015– EDIÇÃO 398 TIRAGEM 150.000 EXEMPLARES COMPROVADA PELA SOLTZ, MATTOSO & MENDES AUDITORES INDEPENDENTES www.fecomerciomg.org.br PÁGS 4 E 5 TURISMO INOVAÇÃO Perspectivas positivas para a cadeia do turismo no segundo semestre Pág 15 REGULAMENTO LEGISLAÇÃO Os benefícios do regulamento interno para empresários e funcionários Pág 23 ALUNA CHEGA à OITAVA POSIçãO NO TORNEIO MUNDIAL DA EDUCAçãO PÁGS 4 E 5 MINISTRO MARCO AURéLIO: 25 ANOS NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PÁG 9 PRODUTOS PARA IDOSOS ESTãO EM ALTA NO MERCADO A chamada “melhor idade” está comprando cada vez mais itens considerados supérfluos, e não apenas os de primeira ne- cessidade. Com o percentual de pessoas idosas em crescimen- to, esse mercado tem se tornado ainda mais atrativo. O econo- mista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, apresenta uma série de dados sobre esse público que podem ser decisivos para os investimentos dos empresários. Confira. PÁG 13 UNIãO DAS ARTES E DO PúBLICO CELEBRA QUATRO ANOS DO SESC PALLADIUM PÁG 8 TRANSFORMANDO CAUTELA EM VANTAGEM COMPETITIVA No atual cenário econômico, os consumidores estão mais comedidos para ir às compras, o que tem demandado dos empresários um posicionamento diferenciado para atrair e fidelizar clientes. No entanto, segundo o especialista em processos comerciais José Luiz Meinberg, é possível transformar essa cautela em uma vantagem competitiva. “Os questionamentos dos clientes podem ser o início de uma boa conversa. Para levá-la adiante, os vendedores devem ser bem treinados”, diz. Veja as dicas selecionadas para potencializar essas oportunidades e superar os desafios na gestão das empresas, visando criar um bom relacionamento tanto interno quanto externo. PÁG 3 Banco de Imagens NEGÓCIOS INTERNACIONAIS OPORTUNIDADES Aproveitar a visibilidade dos grandes eventos é atitude estratégica Págs 20 e 21

Ed.398 - SET/OUT/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

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FECOMÉRCIO SESCSENAC

Empresas de diversos segmentos têm apostado cada vez mais na filosofia japonesa Lean Thinking para aumentar a satisfação de seus clientes. Essa linha de pensamento, conhecida como Men-talidade Enxuta, possui cinco princípios que, se bem adotados, podem auxiliar a otimizar recursos, agregar valor para o cliente, corrigir falhas nos processos e identificar novas oportunidades.

MENtAlIdAdE ENxutApARA OS NEgóCIOS

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fecomércioinformativo

Publicação bimestral do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - fecomércio mg, sesc, senac e sindicatos

belo Horizonte – setembro/outubro de 2015– edição 398

tiragem

150.000exemPlarescomProvada Pela soltz, mattoso & mendes auditores indePendentes

www.fecomerciomg.org.br

Págs 4 E 5

TURISMOINOVAÇÃOPerspectivas positivas para a cadeia do turismo no segundo semestre Pág 15

REGULAMENTOLEGISLAÇÃO Os benefícios do regulamento interno para empresários e funcionários Pág 23

ALUNA chEGA à OITAvA pOSIçãO NO TORNEIO MUNdIAL dA EdUcAçãOpÁGS 4 E 5

MINISTRO MARcO AURéLIO: 25 ANOS NO SUpREMO TRIbUNAL FEdERALpÁG 9

pROdutOS pARA IdOSOS EStãO EM AltA NO MERCAdO

A chamada “melhor idade” está comprando cada vez mais itens considerados supérfluos, e não apenas os de primeira ne-cessidade. Com o percentual de pessoas idosas em crescimen-to, esse mercado tem se tornado ainda mais atrativo. O econo-mista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, apresenta uma série de dados sobre esse público que podem ser decisivos para os investimentos dos empresários. Confira.

Pág 13

UNIãO dAS ARTES E dO púbLIcO cELEbRA qUATRO ANOS dO SESc pALLAdIUM pÁG 8

tRANSFORMANdO CAutElA EM vANtAgEM COMpEtItIvA

No atual cenário econômico, os consumidores estão mais comedidos para ir às compras, o que tem demandado dos empresários um posicionamento diferenciado para atrair e fidelizar clientes. No entanto, segundo o especialista em processos comerciais José Luiz Meinberg, é possível transformar essa cautela em uma vantagem competitiva. “Os questionamentos dos clientes podem ser o início de uma boa conversa. Para levá-la adiante, os vendedores devem ser bem treinados”, diz. Veja as dicas selecionadas para potencializar essas oportunidades e superar os desafios na gestão das empresas, visando criar um bom relacionamento tanto interno quanto externo.

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NEGÓcIOS INTERNAcIONAISOPORTUNIDADESAproveitar a visibilidade dos grandes eventos é atitude estratégicaPágs 20 e 21

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2 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

Palavra doPresidente

PresidenteLázaro Luiz gonzagaVice-presidentesSebastião da Silva Andrade, Glenn Andrade, José Donaldo Bittencourt Júnior, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, Osvaldo Ramiro Gomes, Marcus do Nascimento Cury, Rony Anderson de Andrade RezendeSecretáriosCaio Márcio Goulart, Afonso Mauro Pinho Ribeiro, Vera Lúcia Freitas Luzia, André Coelho Borges de Medeiros, José Porfiro do Carmo, Evando Avelar Duarte TesoureirosMarcelo Carneiro Árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, Bento José Oliveira, Alfeu Freitas Abreu, Lizziane Martins FacundesConselho Fiscal EfetivoJosé Geraldo de Oliveira Motta, Roberto Márcio do Bom Conselho, Gilbert Lacerda SilvaFecomércio InformativoPublicação bimestral do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos Contatos: (31) 3270-3348 ou (31) 3270-3404 [email protected]ção – Fecomércio MGFernanda Almada – Coord. ComunicaçãoIzabela Ventura – Revisão GeralDébora FrancaMariana MedinaProdução – SescCamila Lôbo – Coord. JornalismoLetícia Orlandi – Supervisora de JornalismoMárcia Romano - RevisãoProdução - SenacRonan Aguiar – Gerente de ComunicaçãoMárcia Misson – Coord. ComunicaçãoJosie MenezesRenata GiordaniProdução Editorial: Cynara Bastos – Fecomércio MG; Ricardo Lodi – Sesc; Lilian Orneles – Senac Projeto Gráfico: Prefácio ComunicaçãoImpressão: sempre EditoraTiragem: 150.000 exemplaresComprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores IndependentesFecomércio MG:Rua Curitiba, 561, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 170 – 120Sesc:Rua Tupinambás, 956, Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070Senac:Rua Tupinambás, 1086, Centro,Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070

exPediente

LÁzARO LUIz GONzAGApRESIdENTE dO SISTEMA FEcOMéRcIO MG,

SESc, SENAc E SINdIcATOS

Comunique-se conoscoE-mail: [email protected]

Telefone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961

Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para acei-tar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras; vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar

a paz, considerando o mundo como ele é e não como eu gostaria que ele fosse, confiando em ti, meu Deus, para endireitar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz contigo na eternidade.

Reinhold Niebuhr, Teólogo americano, 1892-1971

ORAÇãO dA SERENIdAdE

Sebr

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inas

Mantra: Planejar bem para evitar o desperdício de tempo e de outros recursos, fazendo cada vez melhor e mais, com menos.

FAltA dE CONFIANÇA É O MAl MAIOR

Prezados empresários,

O histórico de controle educacional e político gerou uma cultura que explica boa parte dos desacertos atuais. Mas, felizmen-te, o maior acesso à educação e à informa-ção vem contribuindo para a celeridade da melhoria das percepções da população.

O povo brasileiro, pacífico, ordeiro e tra-balhador, faz por merecer respeito e opor-tunidades. O país tem potencialidades e diferenciais que o coloca entre os melhores e mais promissores do mundo. Uma econo-mia cada vez mais fortalecida e o talento da população para o empreendedorismo são al-guns dos pontos fortes dos quais não pode-mos nos esquecer. Um planejamento correto que priorize essas qualidades nos conduzirá a uma saída mais rápida e virtuosa para as dificuldades.

Parece-nos que a crise maior é de con-fiança e credibilidade, e é nas urnas que os eleitores depositam os créditos de confiança e sua manutenção. Cabe aos eleitos cumprir suas propostas e honrar as credenciais que os cargos lhes conferem. No atual contexto,

é preciso restaurar a credibilidade da polí-tica econômica, aumentar os investimentos e estabilizar o ambiente político a fim de melhorar a competitividade do Brasil.

Apesar da conjuntura econômica des-favorável, o país não pode deixar o pes-simismo sobressair. Os empresários que souberem identificar oportunidades de de-senvolvimento são aqueles que irão prospe-rar. A confiança é um dos pilares mais im-portantes para a retomada do crescimento e, somada a planejamento, inovação e atitude positiva, é capaz de transformar as difi-culdades atuais em um caminho promissor para o desenvolvimento do Brasil.

Até breve!Positividade divina sempre.

Autor desconhecido

pRECE ÁRABEMeu Deus, não consintas que eu seja um carrasco que de-

gole ovelhas, nem uma ovelha nas mãos de carrascos. Ajuda--me a dizer a verdade na presença dos fortes e me abster de inventar mentiras para ser popular entre os fracos. Se me deres a força, não me tires a compaixão. Não me deixes ser atingido pela embriaguez, quando bem-sucedido, nem pelo desespero,

quando derrotado. Meu Deus, faze-me sentir que o perdão é uma manifestação de força, e a vingança, uma prova de fra-queza. E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma bastante fortitude para desculpar e perdoar. Se eu te esquecer, Senhor, não te esqueças de mim.

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caPa

tRANSFORMANdO CAutElA EM vANtAgEM COMpEtItIvAEm 15 dE sEtEmbro é comEmorado o dia do cliEntE. confira dicas dE EspEcialistas para conquistá-lo E dEstacar-sE no mErcado

IzAbELA vENTURA

A cautela dos consumidores, cada vez mais perceptível no atual cenário econômico, tem demandado das empresas um posicionamento diferenciado para chamar a atenção de seu público. Segundo o professor do MBA em Gestão Comercial da FGV/Faculdade IBS e especialista em processos comerciais, José Luiz Meinberg, apesar de essa característica ser ainda mais marcante nos mineiros, muitas vezes conhecidos como desconfiados e exigentes, ela pode se transformar em uma vantagem competitiva. “Os questionamentos do consumidor podem ser o início de uma boa conversa. Para levá-la adiante, os vendedores devem ser bem treinados para entender as perguntas e não perder as oportunidades de fidelização do cliente”, orienta.

Meinberg conta que existem várias formas de preparar, de forma eficiente, os profissionais que lidam com o público. Simples ou sofisticadas, elas vão de indicação de livros sobre atendimento e diálogos construtivos à divulgação e realização de cursos teóricos e práticos. O superintendente de vendas da empresa mineira Valore Imóveis, Cristiano Carvalho, utiliza algumas dessas práticas para treinar a equipe de vendas da companhia. Eles são incentivados a se capacitarem constantemente e se manterem bem informados sobre o mercado e o perfil do consumidor. Treinamentos internos e externos, palestras, cursos e seminários são disseminados com frequência. “O mercado está cada vez mais exigente e o vendedor deve ter domínio desse contexto. Brincamos que o profissional não pode fazer um simples ‘atendimento’, e sim um ‘entendimento’. O objetivo é conhecer bem o cliente, saber o que é importante para ele e estabelecer uma relação de confiança”, afirma Carvalho.

A atenção destinada ao crescimento dos colaboradores garantiu à Valore o sétimo lugar no ranking das 35 melhores empresas para trabalhar em Minas Gerais, da Great Place to Work, em 2015. “Zelamos para que as pessoas

sejam felizes no trabalho. Todas as salas estão sempre abertas e os gestores prontos para ouvir e dialogar. Procuramos manter um clima agradável e propício para a efetivação de negócios”, diz. Segundo o superintendente, o ambiente de trabalho positivo provocou melhorias consideráveis no atendimento, elevando o nível de satisfação dos clientes. A nota média de avaliação recebida pelas equipes

na última pesquisa realizada com consumidores pela empresa, em julho deste ano, foi de 7,92 para clientes de locação de imóveis, e 8,60 para o setor de vendas, sendo que as notas variam de zero a dez.

dESAFIOS NO ATENdIMENTOUma questão delicada em relação ao

atendimento ao consumidor é a forma de lidar com situações inesperadas e tensas, como um cliente nervoso e insatisfeito. Nessas ocasiões, o professor Meinberg ensina que é preciso, primeiramente, escutar o que a pessoa tem a dizer. “Quando um cliente chega descontente, ele quer expressar seu nível de decepção. Por isso deixe-o falar e esvaziar o seu grau de ‘raiva’ naquele momento. Tudo está no escutar e entender, para dialogar em seguida.”

No entanto, se a reação do comprador estiver exagerada, a dica do especialista é não enfrentá-lo e procurar controlar-se, pois sair da razão para a emoção pode ser muito pior. “Escute, tenha calma e saiba conversar. Muitas vezes, é simples e rápido resolver a questão. Quando houver um entendimento, dê satisfação ao seu cliente mais tarde para mostrar que está preocupado com ele”, aconselha.

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O superintendente de vendas Valore Imóveis, Cristiano Carvalho, acredita que a capacitação das equipes é um dos pilares do bom atendimento

Checklist para atrair e atender bem o cliente

contrate e treine consultores, e não “tiradores de pedidos”. Eles devem saber todos os benefícios dos produtos, oferecendo a melhor condição de preço vs. valor agregado.

O cliente mineiro costuma ter traços fortes de tradicionalismo, mas isso não significa necessariamente lealdade às marcas. Não deixe de investir no negócio, nem que seja uma pequena inovação, especialmente com o atual cenário econômico.

Estabeleça uma boa comunicação com o cliente: seja bom ouvinte e identifique o que o motivoua entrar na loja.

crie empatia, colocando-se no lugar do consumidor. Lembre-se de que, comprando muito ou pouco, ele vai propagar a imagem da loja para os contatos dele.

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MARIANA MEdINA

Bancos e empresas das áreas de tecnolo-gia da informação e saúde têm apostado cada vez mais no Lean Thinking para aumentar a satisfação de seus clientes. A filosofia nasceu no Japão e ganhou destaque no final da déca-da de 80, quando o Massachussetts Institute of Tecnology (MIT) realizou um estudo sobre a indústria automobilística mundial e utili-zou a palavra lean, que significa “enxuto” em português, para descrever o novo e mais efi-ciente paradigma de gestão desenvolvido pela Toyota. “O Lean Thinking, também conhecido como mentalidade enxuta, foca apenas as eta-pas do processo que geram valor, não a par-tir da perspectiva da empresa, mas do próprio cliente”, explica o vice-presidente do Lean Ins-titute Brasil (LIB), Flávio Picchi, que acredita que essa mentalidade pode ajudar as empresas a identificarem oportunidades no atual cenário econômico.

Incorporar a visão do cliente à estratégia de negócios pode parecer óbvio em um pri-meiro momento, mas a medida nem sempre é colocada em prática. Para Picchi, conces-sionárias de veículos são um bom exemplo para se refletir sobre o assunto. “Todo mundo sabe que qualquer problema no carro pode ser uma grande dor de cabeça e tomar o dia inteiro. Você pode ir buscá-lo e não estar pronto. Nesse caso, valor representa muito mais que o veículo funcionando: é a entrega em um horário específico, com previsibili-dade. Isso é entender o que é valor para o cliente”, afirma. Ele também reforça que tal entendimento é o primeiro passo para se im-plantar o pensamento lean em qualquer tipo de negócio (veja o quadro na página ao lado e entenda os cinco passos do Lean Thinking).

Uma vez cumprida essa primeira fase, a mentalidade enxuta recorre a uma análise de-talhada da cadeia de valor, dissecando todos os processos até suas mínimas etapas, de maneira que o desperdício, do ponto de vista do con-

negócios

MENtAlIdAdE ENxutA pARA SupERAR dESAFIOS ECONôMICOSVEja como a filosofia japonEsa lEan thinking podE contribuir para otimizar rEcursos E agrEgar Valor para o cliEntE

sumidor, possa ser identificado e eliminado. “No caso de uma loja, isso significa detalhar até mesmo o percurso do cliente no local e se questionar: o que é valor ou desperdício no trajeto entre a porta e o caixa? A partir dessa avaliação, tudo precisa ser reorganizado para maximizar os fluxos de valor do atendimento, desde a entrada na loja até o pós-venda”, diz. No caso das concessionárias, essa análise é o que teria possibilitado todo o rearranjo da exe-cução do serviço de manutenção, de modo que o valor “previsibilidade” pudesse ser entregue.

OpORTUNIdAdES pARA O cOMéRcIO

A essência da mentalidade enxuta não muda de acordo com o setor. Segundo Flávio Picchi, muitas organizações fora da indústria são bem--sucedidas ao adotar essa filosofia. “O desper-tar do comércio, principalmente o de serviços, é mais recente. As empresas que se interessam

pela aplicação do lean nesse segmento são pio-neiras”, diz.

O executivo alerta os empresários para a perda de dinheiro com grandes estoques e a in-satisfação dos clientes com a indisponibilida-de de algum produto. De acordo com ele, pelo princípio da Produção Puxada, a filosofia Lean permite inverter a lógica que “empurra” mer-cadorias aos consumidores por meio de des-contos e promoções. “São gerados fluxos de produtos em pequenos lotes, sempre de acor-do com a demanda do cliente e envolvendo toda a cadeia de fornecedores. O resultado são estoques menores e um grau de atendimento maior”, ressalta.

No entanto, ele assegura que o lean impacta muito mais do que a gestão de aspectos mera-mente físicos do negócio, possibilitando uma verdadeira mudança de cultura, a qual exige uma nova postura do líder.

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O Lean reestrutura processos eliminando etapas que representem desperdício

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Líderes autoritários, que agem como se fossem donos de todas as respostas e punem os profissionais que expõem os problemas en-frentados estão com os dias contados. As em-presas que adotam o Lean Thinking capacitam e incentivam equipes a identificar e resolver qualquer tipo de falha nos processos da orga-nização, independentemente do nível hierár-quico ocupado. “Nesse contexto, a liderança deve ser colaborativa, não punitiva. Deve apoiar e não apenas ordenar”, explica a enge-nheira especialista em Lean Thinking, Gláucia Alves. Após liderar a implantação de mais de 168 projetos de Mentalidade Enxuta em obras de uma multinacional do ramo da construção civil, ela assegura que o maior desafio para se adotar essa filosofia é de caráter cultural. “Criar novos processos é fácil. Difícil mesmo é mudar a maneira de agir”, pontua.

Transparência e rapidez na resolução de problemas são características marcantes do

CApACItAÇãO dE “EquIpES dE SOluCIONAdORES”

Os cinco passos da Mentalidade Enxuta

Recomendações para implantar o Lean Thinking

a mEntalidadE Enxuta ExigE mudanças na postura do lídEr paraquE suas EquipEs EncontrEm soluçõEs rápidas

Lean, que assume a fluidez – fluxo contí-nuo (veja o quadro abaixo) – das atividades como um dos seus principais objetivos. Uti-liza, para isso, ferramentas de gestão visual onde são discriminadas todas as etapas dos processos, seus respectivos responsáveis e horários de execução. “Se as tarefas, os in-dicadores e as rotinas estão claros, as pes-soas podem agir rapidamente e identificar onde estão os problemas a tempo. Essa é a dinâmica mais forte do Lean: a de mobilizar equipes focadas com um mesmo objetivo”, ressalta o vice-presidente do Lean Institute Brasil, Flávio Picchi.

Para Gláucia, há quem critique a filoso-fia Lean por almejar essa fluidez de ativi-dades em que nenhuma etapa do processo pode ir em frente se a anterior não tiver sido concluída com sucesso. Mas, para ela, essa é uma das principais vantagens da Menta-lidade Enxuta. “Sem parar para resolver os

problemas, corremos o risco de estar sempre apagando incêndios”, diz. É por isso que, segundo Picchi, o papel do líder ganha outra dimensão no Lean. “No momento em que se deve expor um problema, ninguém quer fa-lar. No conceito Lean, o bom líder é quem faz as melhores perguntas para que a equipe possa desenvolver as soluções. Trata-se de uma cultura de explorar problemas de forma simples, transparente, procurando causas e soluções, em vez de culpados”, explica.

defina o que é valor, não do ponto de vista da sua empresa, mas sim do cliente.

descreva seu fluxo de valor atual, separando todos os processos em três categorias: os que efetivamente geram valor; os que não geram, mas são necessários; e os que não agregam valor e devem ser eliminados imediatamente.

dê fluidez às atividades e aos processos que sobraram do passo anterior para criar um fluxo contínuo. Isso exige mudanças na mentalidade das pessoas e o abandono da ideia de produção por departamentos.

Adote a produção puxada, invertendo a lógica do fluxo produtivo. Agora é o consumidor quem puxa o fluxo de valor, reduzindo a necessidade de estoques e valorizando o produto.

busque sempre a perfeição contínua, envolvendo, por meio do diálogo, todos os membros da cadeia produtiva – fabricantes, distribuidores e revendedores.

Fonte: Lean Institute brasil

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• Adote os cinco passos da Mentali-dade Enxuta, começando no topo da hierarquia. O próprio dono ou líder deve ser o primeiro a entender o ne-gócio e as falhas que impedem seu desenvolvimento.

• Adquira conhecimentos sobre o Lean. Aja mesmo antes de a filosofia se popularizar no seu ramo de atividade.

• Comece com projetos bem focados que “ataquem” problemas claros e relacionados com algum aspecto da competitividade do negócio que pre-cisa ser resolvido.

• A mudança de postura deve fazer sentido para a equipe. Por isso, além de explicar, dê exemplos.

• O empresário deve atualizar seus mecanismos de valorização dos fun-cionários, de maneira a premiar os comportamentos condizentes com a filosofia.

• Capacite a equipe para a resolução de problemas.

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A 3ª edição do evento tem como intuito disseminar oconhecimento e estimular a adoção de novas práticas ao mercadoturístico do estado de Minas Gerais. Venha conferir palestrantes

nacionais e internacionais especialistas nos temas Tecnologia,Indicadores, Desenvolvimento e Inclusão Social.

INFORMAÇÕES NO SITE: WWW.FECOMERCIOMG.ORG.BR

INSCRIÇÕESGRATUITAS

De 28 de setembro a 2 de outubro de 2015

REALIZAÇÃO APOIO

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 7

O Gato Risonho represen-ta a racionalidade, a capaci-dade de saber aonde deseja chegar, com a visualização do futuro. Todo empreende-

débORA FRANcA

Dou

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Quais são os diferenciais para construir um projeto profissional bem-sucedido?

Posso resumir em três pontos: focar a ino-vação, ter flexibilidade para encontrar novos caminhos e descobrir seus talentos, ou seja, aquilo que sabe fazer bem para construir uma carreira empreendedora e de sucesso.

lIvRO ENSINA COMO dESpERtAR A AtItudE EMpREENdEdORA

A partir da análise de cinco personagens da história da Alice, você faz uma aborda-gem técnica das competências indispensá-veis para um empreendedor. Que lições eles podem ensinar?

“Nos desafios podemos descobrir melhorias”, diz a psicóloga social Mara Sampaio

“AcREdITO qUE TOdO EMpREENdEdOR TEM UM LEGAdO; ALéM dA SUA pROSpERIdAdE pESSOAL, ELE SONhA dESENvOLvER A SUA REGIãO E O SEU pAíS.”

entrevista

O livro “Atitude empreendedora – Des-cubra com Alice seu País das Maravi-lhas”, da Editora Senac, está disponível nas livrarias brasileiras e por meio site www.senac.br.

LEIA MAIS

OpORTUNIdAdE

Com o Coelho Branco re-presento a oportunidade. Ele tem um tempo próprio, as-sim como o empreendedor. Ambos lidam com a carga

horária de uma forma diferenciada e parece que ela se multiplica. Existe nos dois a capacidade de agir em situações inusitadas.

O Chapeleiro Maluco é a criatividade, que ajuda a ter atitudes distintas e ino-vadoras. Quando mudo mi-nha forma de entrega, como

quando passo a fazer vendas pela internet, eu dou um passo à frente. Como o chapeleiro, o empreendedor nunca está satisfeito com o que já fez e almeja sair do senso comum. A melho-ria do negócio é contínua e um empreendedor se realiza por meio da inovação.

cRIATIvIdAdE

dor é um sonhador, mas também precisa ter o pé no chão e agir de forma detalhada: definir metas, planejar e monitorar o trabalho.

A Lagarta Azul é o per-sonagem analítico e profun-do, que pergunta: quem é você? Saber as limitações e as potencialidades é essen-

RAcIONALIdAdE

SUpERAçãO dOS dESAFIOS

AUTOcONhEcIMENTO

cial. Quanto mais o empreendedor se conhece, com maior facilidade lidará com as mudanças do mercado, aumentando a sua autoconfiança.

Para Alice, a Rainha de Copas representa as adversi-dades e os desafios. A prin-cipal fala da personagem é “cortem-lhe a cabeça”. O em-

preendedor, no entanto, precisa saber lidar com cada uma delas e superar essa rainha que vive dentro de cada um para vencer os obstáculos.

Neste momento delicado para a econo-mia brasileira, como os ensinamentos do livro podem ajudar os empreendedores do comércio de bens, serviços e turismo a me-lhorar os negócios?

Estamos vivendo um momento do persona-gem Coelho Branco, que representa a oportuni-dade e, em épocas como a atual, é onde se pode criar novos produtos, negócios e formas inovado-ras de administrar a empresa. Tempos de crise são desafios, com eles podemos descobrir melhorias e respostas novas para os problemas que surgem. Quando sugiro “descobrir o seu País das Maravi-lhas”, é porque acredito que todo empreendedor tem um legado; além da sua prosperidade pesso-al, ele sonha desenvolver a sua região e o seu país. Na atual conjuntura, é importante lembrar-se do seu objetivo, pois apenas pessoas com a atitude empreendedora poderão enfrentar a Rainha de Copas e fazer essa travessia com sucesso.

Lewis Carroll em “Alice no País das Maravi-lhas”, a autora Mara Sampaio propõe soluções para esses questionamentos e formas de desen-volver o empreendedorismo. A psicóloga social, que se apaixonou pelo mundo dos negócios quan-do trabalhou no Sebrae São Paulo, é professora e consultora de educação empreendedora em di-versas instituições de ensino, como o Senac SP. Em seu mestrado pela Universidade de São Paulo (USP), estudou a percepção dos empreendedores sobre sua qualidade de vida no trabalho. No livro “Atitude empreendedora – Descubra com Alice seu País das Maravilhas”, Mara apresenta dicas para uma carreira bem-sucedida no mundo dos negócios. Confira.

Por que você escolheu a protagonista do livro de Lewis Carroll para fazer uma ana-logia com o empreendedor?

A Alice tem a capacidade de mudar a pró-pria vida e ir atrás de algo novo. Ela é a pro-tagonista da sua história. Da mesma forma, o empreendedor tem que buscar seu sonho e fa-zer sua trajetória. Por meio da analogia, é mais fácil compreender o que é a atitude empreende-dora. Por isso, abordo o comportamento, iden-tificando-o com personagens de nosso imagi-nário infantil e, assim, mostro como cuidar da atitude profissional e dar passos certos.

uem é a sua empresa? Como está construindo sua trajetória no mer-cado? Por meio das aventuras de Alice, personagem criada por

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tuRISMO E NEgóCIOSEM pOÇOS dE CAldAS

débORA FRANcA

Conhecida pelas belezas naturais, Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, destaca--se também pelo setor do comércio de bens e serviços, que abrange 81,5% dos estabe-lecimentos da cidade, e é responsável pela geração de 59,7% do total de postos de tra-balho no município, de acordo com um es-tudo realizado pelo Ministério do Trabalho

e Emprego (MTE)/Rais, em 2013. Na loca-lidade, que concentra 5,9% da população do Sul de Minas (Censo 2010), o turismo é um dos pontos fortes que movimentam a econo-mia. Foi na terra das águas termais e da pro-dução de cristais Murano, produto típico da Itália, que o proprietário da loja Paris Modas e diretor do Sindicomércio Poços de Caldas, Albert Cagnani, construiu sua trajetória em-preendedora.

“Aos nove anos comecei a trabalhar como auxiliar de serviços na empresa de vestuário fun-dada pelo meu pai. Essa iniciação precoce no co-mércio varejista foi essencial para que eu apren-desse todos os estágios do setor: fiz de embrulhos de mercadorias à contabilidade empresarial. De-pois me especializei nas áreas de administração financeira e controladoria para trazer melhorias para o negócio”, destaca.

Com 35 anos de mercado, Cagnani acredita que, para vencer esse momento desafiador da economia brasileira, é importante manter a em-presa sempre atualizada por meio de uma admi-nistração eficiente e, se for necessário, fazer cor-tes responsáveis. “Acredito que são diferenciais a realização de um atendimento de qualidade, o conhecimento do perfil do público-alvo e a ela-boração de pesquisas de satisfação com clientes.”

O empresário acompanha o Sindicomércio de Poços de Caldas desde a fundação, pelo pai dele, Adauto Cagnani, em 1983. “Para atender às necessidades da classe, interajo com órgãos do poder público para conciliar os interesses do Sin-dicomércio com os da comunidade. Para ensinar estratégias de mercado e motivar os empresários, realizamos, ainda, palestras e eventos em parce-ria com o Sesc, Senac e Sebrae.”

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Conhecida pelas belezas naturais, Poços de Caldas destaca-se também pelo setor do comércio de bens e serviços

Cagnani acredita que é importante manter a empresa sempre atualizada por meio de uma administração eficiente

sindicatos

comércio dE bEns E sErViços é rEsponsáVEl por mais da mEtadE dos postos dE trabalho na cidadE

pARTIcIpAçãO dO MUNIcípIO NO pAíS E NO ESTAdO – 2013

ESTAbELEcIMENTOSAtividades Econômicas

brasil MG poços de caldas Município/brasil Município/MG

Indústria 1.090.092 134.966 1.562 0,1% 1,2%

Comércio 3.185.487 355.460 3.698 0,1% 1,0%

Serviços 3.383.666 373.280 4.079 0,1% 1,1%

Adm. pública 23.244 2.745 11 0,0% 0,4%

Agropecuária 483.521 78.883 188 0,0% 0,2%

Total 8.166.010 945.334 9.538 0,1% 1,0%

pARTIcIpAçãO dO MUNIcípIO NO pAíS E NO ESTAdO – 2013

pOSTOS dE TRAbALhOAtividades Econômicas

brasil MG poços de caldas Município/brasil Município/MG

Indústria 11.891.353 1.300.043 13.915 0,1% 1,1%

Comércio 9.511.094 995.824 11.386 0,1% 1,1%

Serviços 16.726.013 1.604.980 18.377 0,1% 1,1%

Adm. pública 9.340.409 896.245 5.219 0,1% 0,6%

Agropecuária 1.479.564 259.988 969 0,1% 0,4%

Total 48.948.433 5.057.080 49.866 0,1% 1,0%

fonte: mtE/rais

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 9

MARIANA MEdINA

Tendo presidido o Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio de Farias Mello des-creve como sublime a missão de julgar, assu-mida em 1978. Em junho de 2015, o magis-trado completou 25 anos na mais alta corte do Brasil, o que lhe rendeu várias homenagens da comunidade jurídica nacional. Em entrevista ao Fecomércio Informativo, o ministro, que atua como juiz há 36 anos, conta um pouco so-bre sua trajetória profissional e destaca o papel do STF na estabilidade jurídica brasileira.

Como membro da mais alta corte do Bra-sil, qual a sua visão sobre o processo demo-crático brasileiro? O país tem amadurecido nesse sentido?

É preciso caminhar muito para ter-se um avanço cultural e este passa pela educação. Embora a Constituição de 1988 seja democrá-tica por excelência, há um fosso entre o formal e a realidade. Cabe buscar, passo a passo, a concretude do texto constitucional. No Brasil, não precisamos de mais leis, e sim de homens que observem o ordenamento jurídico em vi-gor, especialmente homens públicos, que de-vem tomar o cargo como para servir e não se servir dele em benefício próprio e familiar.

Qual o papel do Supremo Tribunal Fede-ral na consolidação da estabilidade jurídica?

Compete ao Supremo, principalmente, a guarda da Constituição Federal. Cumpre-lhe, uma vez provocado, atuar visando a eficácia do texto constitucional. Funciona como um poder moderador, já que tem a última palavra sobre o Direito posto. Então, exige-se uma conscienti-zação maior daqueles que o compõem.

Como figura a súmula vinculante* entre os mecanismos existentes para garantir essa segurança jurídica?

O Direito é uno no território nacional. Essa unidade cai por terra quando permanecem, no cenário, decisões discrepantes. A norma jurí-

MINIStRO MARCO AuRÉlIO COMplEtA 25 ANOS NO StF

entrevista

dica enseja um ato de vontade, que é a inter-pretação, e esta depende muito da formação humanística e técnica daquele que a implemen-ta. Mediante o verbete vinculante, objetiva-se preservar a unicidade do Direito, o tratamento igualitário dos conflitos de interesse, evitando--se que pronunciamentos conflitantes ocasio-nem o descrédito para o próprio Estado.

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“NO bRASIL, NãO pREcISAMOS dE MAIS LEIS, E SIM dE hOMENS qUE ObSERvEM O ORdENAMENTO jURídIcO EM vIGOR, ESpEcIALMENTE hOMENS púbLIcOS.”

Para o ministro do STF, o Sistema Sindical deve atuar visando a boa representação

*trata-se de súmula editada pelo stf, apoiado em reiteradas decisões sobre a matéria constitucional, que tem efeito vinculante em relação aos demais órgãos do poder judiciário e à admi-nistração pública nas esferas federal, estadual e municipal. o enunciado tem por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública, que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre a mesma questão. para a edição da súmula vinculante, é necessário que pelo menos dois terços dos membros do tribunal concordem com sua aprovação. foi inserida no ordenamento jurídico pela Emenda constitucional número 45/2004 (reforma do judiciário).

Que experiências e ensinamentos o senhor destaca da sua trajetória de 25 anos no STF?

O fato de vir atuando como juiz há 36 anos, sendo 25 anos no Supremo, bem traduz a cren-

ça no Direito, nas instituições pátrias. Busco, com a capa nos ombros, atuando como Estado--juiz, a justiça, tendo presente, sempre, a nor-ma de regência da matéria. O julgador há de atuar com absoluta independência, apenas se curvando à ciência e à consciência possuídas.

Originalidade é um traço marcante dos seus votos, muitas vezes considerados polê-micos. Que princípios guiam seu pensamen-to na hora de julgar?

Os princípios que interessam à sociedade. O império da lei, no que voltada ao bem-estar dos concidadãos. Compreendo a missão de jul-gar como sublime e, por isso mesmo, atuo com pureza d´alma.

Durante sua carreira, o senhor também atuou na justiça trabalhista. Em sua opi-nião, como deve ser a atuação do Sistema Sindical nesse novo momento democrático do país, fortemente marcado pela pluralida-de de interesses e ideias?

Deve atuar visando a boa representação, quer do segmento profissional, quer do eco-nômico. O sindicato, pessoa jurídica de direito privado, tem finalidade única, ou seja, a pre-valência da ordem jurídica, buscando, na me-dida do possível, o que se mostra melhor para a categoria. O sindicato não pertence a este ou àquele dirigente. É órgão de representação com foco no bem-estar dos representados.

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10 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

12 de outubro - Dia das Crianças

www.fecomerciomg.org.br

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 11

Uma das missões do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG) é promover o desenvolvimento da profissão con-tábil como fator de proteção à sociedade. Para isso, a entidade, atendendo às determinações do Conselho Federal de Contabilidade, promove, ao longo de todo ano, cursos que integram o programa de Educação Profissional Continuada (EPC).

A atualização, além de importante para o de-sempenho da atividade profissional, já é obriga-tória para algumas funções, e, com a publicação da NBC PG 12, a partir de janeiro de 2016, mais profissionais devem cumprir o programa.

Estão obrigados a comprovar a pontuação mínima de 40 pontos na EPC os auditores que exercem atividades de auditoria independente inscritos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e/ou no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI), sejam sócios, respon-

Entre os dias 25 e 27 de setembro de 2015, acontecerá, em Belo Horizonte, o VI Encon-tro de Integração dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais (Eicon/MG). O evento, reali-zado pela Federação dos Contabilistas do Es-tado de Minas Gerais (Fecon-MG), ocorre no Sesc Venda Nova, local que conta com ampla e completa estrutura para a grande festa.

O Eicon/MG visa integrar os profissionais contábeis, seus familiares, amigos, colegas de trabalho e alunos dos cursos de contabilidade de todo o Estado em um momento de descontração.

Com atividades de lazer, esportivas e cul-turais, a programação é variada e promete agradar a todos. O destaque fica por conta das categorias esportivas – futsal, vôlei, peteca, corrida rústica, damas, xadrez, truco e sinu-ca – além de outras ações de entretenimento como uma apresentação teatral e um jantar dançante.

AMplIAdA A EduCAÇãO CONtINuAdA pARA CONtAdORES

vI ENCONtRO dE INtEgRAÇãO dOS CONtABIlIStAS dE MINAS gERAIS

fecon/mg

sáveis técnicos ou diretores e gerentes técnicos de firmas de auditoria, independentemente de registro na CVM ou de atuação como auditor em entidades reguladas pelo Banco Central do Brasil (BCB) ou Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Também deverão participar da EPC, a partir do próximo ano, os contadores responsáveis téc-nicos pelas demonstrações contábeis ou que exer-çam funções de gerência/chefia na área contábil das empresas sujeitas à contratação de auditoria independente pela CVM, pelo BCB, pela Susep, por empresas reguladas por agências como Agên-cia Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ou sociedades de grande porte nos termos da Lei n.º 11.638/2007. A nova regra também passa a valer para os sócios e responsáveis técnicos dos escritórios de contabilidade que tenham em seu objeto social a atividade de auditoria.

A Fecon-MG, bem como os sindicatos e as associações filiadas, têm, como um de seus objetivos, promover a qualidade de vida da classe contábil. Pensando nisso, o Eicon/MG busca, além da integração dos profissio-

O descumprimento da NBC PG 12 constitui infração às normas profissionais e ao Código de Ética Profissional, resultando em processo admi-nistrativo. Informe-se sobre os cursos que pon- tuam para a EPC no portal www.crcmg.org.br.

ApLIcATIvOO CRCMG conta com uma nova ferramenta

de comunicação, o aplicativo para smartphones CRCMG. Com download gratuito, ele opera nos sistemas Android, iOS e Windows. Pelo dispo-sitivo é possível ter acesso a diversos serviços on-line, como consulta à situação profissional, emissão de certidões e de Declaração Compro-batória de Percepção de Rendimentos (Decore), cadastro para recebimento dos informativos, en-vio de ouvidorias, visualização do Relatório de Atividades e demais publicações, além de con-tatos das delegacias seccionais e das diversas áreas do Conselho.

nais, incentivar e conscientizar seu público sobre a importância da prática de ativida-des físicas para a saúde e o bem-estar. Para mais informações e inscrições para o evento, acesse eiconmg.com.br.

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Pelo sexto ano, o Eicon/MG reúne profissionais contábeis, estudantes, familiares e amigos

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12 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

Fecomércio MG Produtos e Serviços

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 13

pROdutOS E SERvIÇOS pARA A “MElhOR IdAdE” EStãO EM AltA NO MERCAdO

comPortamento

débORA FRANcA

Elegante e vaidosa, Labibe Maria Duarte, de 81 anos, adora se cuidar, ir às compras e não re-siste a acessórios como bolsas, sapatos e colares. “A maquiagem é indispensável no meu dia a dia. Hidrato a pele com cremes faciais e corporais e, para manter a saúde, vou à hidroginástica duas vezes por semana. Quando quero descansar e renovar as energias, gosto de viajar para o li-toral.” Comportamentos como o da aposentada têm se tornado comuns entre os consumidores com mais de 60 anos. De acordo com o econo-mista da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, os idosos estão comprando cada vez mais itens considerados supérfluos, e não apenas os de pri-meira necessidade, como remédios.

Com uma população brasileira de aproxi-madamente 190 milhões de habitantes (Censo 2010), o fenômeno de envelhecimento tem se tornado mais perceptível, aumentando esse mer-cado em potencial. No ano 2000, 5,6% da popu-lação brasileira era da terceira idade e, em 2014, passou para 7,6%. Segundo as projeções da pi-râmide etária do Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), em 2030, o percentual de pessoas idosas vai aumentar para 13,4%. “Tal tendência se explica pela redução da taxa de na-talidade e o aumento da expectativa de vida de-corrente dos avanços da ciência e da medicina”, ressalta o economista.

Segundo Almeida, atualmente existem dois perfis da “melhor idade”. O primeiro é conheci-do como “clássico”, composto por pessoas que querem facilitar a vida, cuidam da saúde e do corpo, sem se apegar às novidades do mercado. Já o outro grupo, além da preocupação em ser saudável, busca condicionamento físico e pro-dutos especializados, voltados para a realidade deles. Investem em vestuário para manter uma boa aparência e compram itens tecnológicos.

Como os idosos costumam ter mais dispo-nibilidade e condições para consumo, pois a maioria não possui mais dependentes, esses fa-tores geram o foco no gasto com o próprio bem--estar. “Eles procuram mais satisfação pessoal, fator que supera o preço.” A cesta de consumo é composta por artigos relacionados à saúde e ao

mudança dE comportamEnto: público acima dE 60 anos consomE cada VEz mais itEns considErados supérfluos

O Sistema Fecomércio MG, por meio do Sesc e do Senac, disponibiliza uma série de projetos voltados para a terceira idade. O Sesc oferece mais de 20 ativi-dades diferentes nas áreas de assistência, cultura, saúde, lazer, recreação, turismo, esporte e educação. Alguns destaques são o Turismo Social, que apresenta condi-ções especiais para esse público na aqui-sição de pacotes, e o curso gratuito de Iniciação para Cuidadores de Idosos.

O senac oferece serviços como o cur-so Informática para Maturidade, seminá-rios, palestras e outras ações extensivas em várias unidades em Minas Gerais. En-tre os temas abordados estão alimentação saudável, cuidados com a saúde e primei-ros socorros. Confira outras iniciativas no site do Sesc (www.sescmg.com.br) e do Senac (www.mg.senac.br).

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Para a aposentada Labibe Duarte, a maquiagem é indispensável no dia a dia

corpo. A suplementação de vitaminas, por exem-plo, tem proporcionado um boom de vendas no mercado farmacêutico. Serviços de academia e atividades de lazer, como viagens, também estão na lista das preferências da terceira idade.

SERvIçO dIREcIONAdO A consultora internacional da Exodus Via-

gens e Turismo, Eliana Machado, de 70 anos, re-vela que atende os idosos de forma especial. Por meio de viagens pelo mundo e workshops, ela conhece os detalhes de cada local apresentado avaliando se há limitações físicas, o que facilita a comunicação com os clientes. Entre outros cui-dados, a profissional avalia se o lugar tem mui-tas escadas e qual o transporte mais confortável, por exemplo. “Falamos a mesma língua, usamos gírias da nossa época, o que proporciona maior aproximação e segurança. Eles se tornam ami-gos e, muitas vezes, clientes fiéis à agência. Os pacotes para a Ásia e o Trem Transiberiano (que vai da Rússia até a China) são alguns dos mais procurados por esse público.”

De acordo com o economista da Fecomércio MG, para conquistar os consumidores com mais de 60 anos, os empresários podem estabelecer estratégias como estudar os variados perfis de clientes, o que permite um direcionamento do

marketing sem obstáculos, e capacitar a equipe de vendas para fazer um atendimento paciente, educado e com conhecimento detalhado dos produtos.

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14 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

A crise econômica e os reflexos no Direito do Trabalho: O papel das entidades sindicais

O evento será realizado no dia 15 de outubro, das 8h30 às 17h30, no auditório do Sesc Tupinambás (Rua dos Tupinambás, 908, Centro, Belo Horizonte, MG).

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REALIZAÇÃO

Mais informações: (31) 3270-3330

Page 15: Ed.398 - SET/OUT/2015 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 15

débORA FRANcA

A cadeia produtiva do turismo, que envolve meios de hospedagem, transporte, agências de viagem, alimentação fora do lar, centros e espa-ços para eventos e atrativos, apresenta perspec-tivas positivas para o segundo semestre de 2015. Essa é a visão do presidente do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau (BHCVB), An-derson Souza Rocha. “Mesmo sendo um ano desafiador para a economia brasileira, eventos como a Semana do Café, Minas Trend, Expo-sibram, Superminas e a Feira de Artesanato, maior da América Latina, serão grandes opor-tunidades de negócios, que trazem um público qualificado para a capital mineira”, diz.

O BHCVB é uma instituição não gover-namental, sem fins lucrativos e de referên-cia mundial, cujo objetivo é fomentar e gerar negócios, além de promover a capital como destino por meio da atividade turística, forta-lecendo o desenvolvimento econômico e social dos belo-horizontinos. Em 17 anos de atuação, foram realizados 487 eventos, sendo 79 inter-nacionais, que trouxeram à cidade mais de 2,5 milhões de pessoas, movimentando o mercado com gastos da ordem de R$ 2,6 bilhões.

A inovação e a criatividade também são as-pectos decisivos para atrair pessoas a BH neste momento, segundo a vice-presidente de Novos Negócios da instituição, Fernanda Fonseca. As empresas do setor podem fazer promoções-

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ExpECtAtIvAS pOSItIvAS pARAA CAdEIA dO tuRISMO dE MINASinoVação E criatiVidadE são aspEctos dEcisiVos para atrair VisitantEs a bElo horizontE

-relâmpago, descontos, facilitar o pagamento e criar novos produtos. “Sugiro, por exemplo, disponibilizar um pacote de três noites de hos-pedagem, no qual o cliente pague apenas duas. Outra ideia é elaborar novos roteiros para a família conhecer Minas Gerais, por meio de diversas opções de aventuras, compras, gastro-nomia e bares e restaurantes.”

Segundo Fernanda, a alta do dólar e do euro tende a reduzir o turismo internacional e forta-lecer o interno, favorecendo a escolha de Mi-nas como destino pelos brasileiros. Ela acredita que compreender o perfil do visitante é um di-ferencial no mercado. Os turistas modernos são independentes, querem vivenciar mais a cultu-ra local, ter agilidade, praticidade e saber os de-talhes da cidade. “É importante criar situações para conquistar o cliente e fazer parcerias com outros estabelecimentos, gerando vantagens para os dois lados.”

Belo Horizonte vem se preparando, nos últimos anos, para um envolvimento colabo-rativo e voluntário com os diversos setores da cadeia produtiva do turismo. Para potencializar esse relacionamento e trocar conhecimentos, a BHCVB se reúne, atualmente, com membros do setor de hotelaria, transporte, agentes de via-gens, centros de convenções, organizadores de eventos, área cultural, comércio e indústria. “O intuito é identificar diversas oportunidades de

negócios e fortalecer a cidade como um atrativo turístico”, comenta o presidente da instituição.

A vantagem competitiva da capital está em setores econômicos como saúde, moda e tec-nologia da informação, que atraem o turismo corporativo. Rocha explica que há um trabalho sendo desenvolvido para a economia criativa envolvendo gastronomia, área audiovi- sual, startups, entre outras importantes fontes de in-teresse pelo turismo de negócios.

Entre as opções de destino de fácil acesso, a cidade tem como atributos novos produtos cul-turais, por meio de 18 novos roteiros, como o Circuito Cultural Praça da Liberdade, Mercado Central e o Mercado Distrital do Cruzeiro. Na região metropolitana, destaca-se o turismo de lazer em Inhotim, no Instituto Vale Verde e nas cidades históricas.

Além disso, a Empresa Municipal de Turis-mo de Belo Horizonte (Belotur) vem promo-vendo, com o apoio do trade turístico, ações de fortalecimento do plano de marketing. Uma das ações prioritárias da capital é a candidatura do complexo moderno da Pampulha como pa-trimônio mundial da humanidade.

O Complexo Moderno da Pampulha está concorrendo a patrimônio mundial da humanidade, pela Unesco

Fernanda Fonseca e Anderson Souza Rocha, do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau

Leia outras notícias relacionadas ao Turismo no portal da Fecomércio MG: www.fecomerciomg.org.br

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16 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

rePresentatividade

JuStIÇA dECIdE A FAvOR dO COMÉRCIO dE CARAtINgA

CONSCIENtIzAÇãO AMBIENtAl

MARIANA MEdINA

Os empresários do comércio varejista de Caratinga, no Vale do Rio Doce, podem con-tinuar abrindo normalmente seus estabeleci-mentos aos domingos. No dia 20 de agosto, o juiz da 2ª Vara Cível do município concedeu liminar no mandado de segurança ajuizado pelo departamento Jurídico da Fecomércio MG, em nome do Sindicato do Comércio Va-rejista de Caratinga. Sob os argumentos prin-cipais de inconstitucionalidade e ilegalidade, o mandado questiona ofício enviado em 24 de julho pelo prefeito da cidade aos empresários, informando que os estabelecimentos comer-ciais não poderiam abrir mais aos domingos,

Estão abertas, até o dia 5 de setembro, as inscrições para o VI Prêmio Hugo Werne-ck de Sustentabilidade & Amor à Natureza. Desde 2010, a premiação seleciona e reco-nhece os melhores exemplos de gestão, re-cuperação e preservação ambiental em todos os Estados brasileiros. “Não é um prêmio meramente técnico. O olhar amoroso para a questão ambiental é o que nos diferencia de outras premiações”, explica Hiram Firmi-no, idealizador da iniciativa realizada com o apoio institucional do Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac.

Em 2015, serão premiadas 15 categorias de ações relacionadas ao tema Pelas Águas do Planeta – da Caixa D´Água do Brasil à Terra das Cataratas. “Mesmo antes da escas-sez de água, já observávamos um aumento das iniciativas relacionadas aos recursos hí-dricos. Por isso, neste ano, esperamos um nú-mero ainda maior de participantes”, afirma.

Indivíduos, empresas privadas ou públi-cas, instituições de ensino ou do terceiro se-tor de qualquer parte do Brasil podem con-correr, dentro das condições estabelecidas no regulamento. A participação é gratuita e pode ser feita mediante inscrição ou indica-ção diretamente no site do prêmio: www.pre-miohugowerneck.com.br

atendendo a uma lei municipal publicada em 1988, que nunca havia sido cumprida.

“A legislação municipal não pode se so-brepor à federal, e já existe uma lei federal de 2007 que estabelece a possibilidade e o direito de todo empresário do comércio tra-balhar e abrir seu estabelecimento aos do-mingos. Determinar o fechamento do comér-cio ofende o princípio da livre concorrência e iniciativa privada. Portanto, o prefeito não poderia ter adotado essa medida”, afirma o advogado da Fecomércio MG Eduardo Araújo. A decisão do juiz ainda determina ao município que não tome nenhum tipo de medida fiscalizatória para impedir o funcio-namento do comércio aos domingos e que

AMAdUREcIMENTOPara Firmino, é visível o fortalecimento

da consciência ambiental no meio empresa-rial, a cada edição do projeto. “A qualidade dos projetos é crescente. Muita coisa mudou

não lavre nenhuma multa contra os estabe-lecimentos que assim o fizerem, até decisão final sobre o assunto.

RESpALdO LEGALA legislação que ampara a abertura de

estabelecimentos comerciais aos domingos remonta à década de 40, quando foi publi-cada a Lei nº 605, de 1949, regulamentada pelo Decreto nº 27.048, que também dispôs sobre a matéria, prevendo a possibilidade de funcionamento de alguns segmentos do comércio. “Antes mesmo da existência da lei federal de 2007, já existiam decisões da justiça amparadas nessa legislação mais an-tiga”, ressalta o advogado.

Em 2014, foram premiados 15 projetos de preservação ambiental

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desde a Conferência Eco 92. Naquela épo-ca as empresas eram bem mais poluidoras, mas hoje se preocupam também com a pre-servação e dão exemplos para os cidadãos”, analisa.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 17

economia

A RElAÇãO ENtRECONFIANÇA E ExpECtAtIvA

GUILhERME ALMEIdAEcONOMISTA dA FEcOMéRcIO MG

A confiança pode ser definida, nos dicio-nários, como a crença na integridade moral, na sinceridade, lealdade e competência de outra pessoa. É a certeza de que algo não irá falhar. O escritor americano Stephen Covey descreve, em seu livro “Velocidade da Con-fiança”, que esse atributo, algo comum em qualquer dimensão da vida, seja no âmbito profissional ou pessoal, quando bem desen-volvido e estimulado, tem o potencial de criar sucesso e prosperidade. No entanto, re-trata que a falta dele pode “destruir o gover-no mais poderoso, o negócio mais bem-suce-dido, a economia mais próspera e a liderança mais influente”.

Paralelamente e diretamente ligada à con-fiança, temos a expectativa, fator subjetivo que influencia as interações entre os indivídu-os. Ela pode ser traduzida como a situação de quem espera a ocorrência de algo ou sua pro-babilidade de acontecer, em dado momento.

Podemos explorar esses conceitos nos mais diversos âmbitos de relacionamento: entre casais, consumidor e empresário, traba-lhador e empregador, população e governo. Para esse último, podemos aplicar as variá-veis da seguinte forma: se a população de um país acredita que a economia vai bem, fica mais propensa a gastar, enquanto o empre-sário, com a expectativa de uma economia aquecida, investe mais. Com mais dinheiro em circulação, aumentam as vendas de pro-dutos e serviços no comércio. Consequente-mente, a produção na indústria é ampliada, gerando mais empregos, renda e arrecadação para o governo.

Quando o inverso ocorre, isto é, se a po-pulação crê que a economia vai mal e não espera uma melhora no curto prazo, o gasto é restringido. A quantidade de dinheiro em circulação cai, os empréstimos bancários di-

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“A ATIvIdAdE EcONôMIcA OpERA EM RITMO bAIxO. (...) pARA MELhORAR, SEjA NA EcONOMIA OU NAS RELAçõES pESSOAIS E cOMERcIAIS, é NEcESSÁRIO IR ALéM dOS ObjETIvOS TANGívEIS.”

minuem, as vendas no comércio declinam, a indústria produz menos e a arrecadação sofre redução. Alguma familiaridade? O resultado desse cenário é esperado e vivenciado na atu-al conjuntura econômica, em que há queda no rendimento e ascensão do desemprego.

mador de decisão, não há a expectativa de que aquela política dê certo.

Um exemplo prático é o regime de metas da inflação e, nesse ponto, a credibilidade do Banco Central (BC) é de suma importância. Partindo do princípio de que uma das responsa-bilidades do BC é manter a inflação controlada e, como consequência, de que as expectativas reflitam que isso ocorrerá, a credibilidade da instituição é condição primordial para que o regime de metas tenha êxito. Aqui, os fatores transparência e qualidade da informação são os pilares para a confiança.

Nas interações comerciais, os dois concei-tos-tema aqui apresentados também possuem peso significativo para o sucesso ou derrocada das relações. No varejo, por exemplo, a con-fiança sofre influência da satisfação em relação aos produtos e serviços adquiridos e ao aten-dimento proporcionado. Quando o consumi-dor acredita nas informações que lhe são pas-sadas, seja sobre a qualidade do produto e/ou dos preços, os alicerces para a fidelidade são estabelecidos. Se o contrário ocorre, ou seja, se quem está realizando a venda passa uma infor-mação que não possui fundamentos, não sendo, portanto, crível, a probabilidade de retorno do cliente torna-se pequena. A mesma leitura pode ser feita para a expectativa. Quando ela é aten-dida, o consumidor torna-se realizado, refor-çando sua escolha e elevando a possibilidade de novas compras no estabelecimento.

É verdade que a atividade econômica ope-ra em ritmo baixo e os indicadores demons-tram isso. A grande questão é que, para me-lhorar, seja na economia ou até mesmo nas relações pessoais e comerciais, é necessário ir além dos objetivos tangíveis. Investir nos fatores tidos como subjetivos (e muitas vezes negligenciados) pode trazer fôlego para todas as interações.

Veja que a expectativa pode reger caminhos diferentes e a economia nem sempre está sujei-ta a previsões. Sendo assim, a confiança toma, novamente, sua devida importância. Quando se confia em uma política econômica e, principal-mente, no agente que a produz, a expectativa é positiva, ainda que o momento atual seja ruim. Caso contrário, quando não se acredita no to-

Acompanhe as análises da área de Estudos Econômicos no portal da Fecomércio MG: www.fecomerciomg.org.br

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18 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

notas emPresariais

Índices econÔmicos

COMO ATUALIZAR SUA DíVIDA PELO INPC: JULHO/2015

Mês/Ano 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

JANEIRO 1,60169866 1,50420443 1,44476971 1,35703468 1,27925720 1,20459876 1,14112198 1,07421686

FEVEREIRO 1,59072267 1,49463874 1,43216664 1,34439734 1,27276609 1,19361748 1,13397792 1,05855032

MARÇO 1,58312368 1,49001968 1,42221116 1,33717659 1,26782159 1,18744277 1,12676661 1,04641194

ABRIL 1,57509071 1,48704559 1,41218465 1,32840909 1,26554361 1,18036061 1,11760227 1,03084616

MAIO 1,56507424 1,47891158 1,40195041 1,31891292 1,25749563 1,17343733 1,10895244 1,02357875

JUNHO 1,55019239 1,47009103 1,39594784 1,31143772 1,25061724 1,16934462 1,10233841 1,01354466

JULHO 1,53621285 1,46394247 1,39748507 1,30855889 1,24737407 1,16607960 1,09947977 1,00580000

AGOSTO 1,52735420 1,46058313 1,39846400 1,30855889 1,24203332 1,16759748 1,09805230 1,00000000

SETEMBRO 1,52415348 1,45941560 1,39944361 1,30308593 1,23646921 1,16573231 1,09607936 –

OUTUBRO 1,52187067 1,45708426 1,39192720 1,29724832 1,22872822 1,16259330 1,09073476 –

NOVEMBRO 1,51429918 1,45359563 1,37923821 1,29311036 1,22006576 1,15554448 1,08660565 –

DEZEMBRO 1,50856662 1,44823716 1,36517689 1,28578141 1,21351279 1,14933806 1,08087701 –

Fonte: IBGE - Elaboração: Fecomércio MG | Estudos Econômicos Como atualizar: 1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2008. 2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/08 é 1,60169866. 3) R$ 200,00 vezes 1,60169866 = R$ 320,34 que é o valor em 01/08/2015.

Fonte: FGV, IBGE, IPEADElaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

*Nova Poupança (MP 567/2012)Elaboração: Sistema Fecomércio MG | Estudos Econômicos

A TELhANORTE, empresa espe-cializada em materiais de constru-ção, vai investir R$ 160 milhões na abertura de lojas entre 2015 e 2016. Ao todo, serão sete novas unidades no Brasil, sendo duas com possibilidade de instalação em Minas Gerais. O objetivo do plano de expansão é consolidar a atuação da empresa nos mercados em que a Telhanorte já está presen-te: São Paulo, Minas e Paraná.

A loja cAT´S ShOp, do grupo Dog’s Shop, está reestruturando sua loja, na região Centro-Sul de Belo Ho-rizonte. O investimento de R$ 20 mil tem como objetivo transformar o pet shop na primeira butique para gatos da capital mineira.

A NETShOES irá instalar um cen-tro de distribuição em Extrema, no Sul de Minas Gerais. A estru-tura logística será responsável pelo envio de produtos de pequenos e grandes volumes da loja virtual de artigos esportivos e também da Zattini, focada em moda. Os dois e-commerces oferecem mais de 70 mil produtos. O início da operação está previsto para o terceiro trimes-tre de 2015.

A rede de alimentos MELLORE está investindo R$ 40 milhões na cons-trução de um frigorífico em Betim. O galpão terá mais de seis mil me-tros quadrados de área construída e vai permitir à empresa dobrar a produção. A companhia trabalha com carne bovina, suína e com a divisão de salsicharia.

POUPANÇA / TR / SALÁRIO / SELIC

2014 2015

OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AgO

POUPANÇA (*) 0,5877 0,6043 0,5485 0,6058 0,5882 0,5169 0,6302 0,6079 0,6159 0,6822 0,7317

TR 0,1038 0,0483 0,1053 0,0878 0,0168 0,1296 0,1074 0,1153 0,1813 0,2305 0,1867

SALÁRIO MíNIMO (R$) 724,00 724,00 724,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00 788,00

SELIC (%) 0,9505 0,8425 0,9613 0,9426 0,8288 1,0478 0,9587 0,9924 1,0741 1,1863 1,1163

íNDICES DE PREÇO %

íNDICES%2014 2015

Acumulado12 meses (1)

AgO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

IGP-DI (FGV) 0,06 0,02 0,59 1,14 0,38 0,67 0,53 1,21 0,92 0,40 0,68 0,58 7,42

INCC-DI (FGV) 0,08 0,15 0,17 0,44 0,08 0,92 0,31 0,62 0,46 0,95 1,84 0,55 6,76

IGP-M (FGV) -0,27 0,20 0,28 0,98 0,62 0,76 0,27 0,98 1,17 0,41 0,67 0,69 6,97

INPC (IBGE) 0,18 0,49 0,38 0,53 0,62 1,48 1,16 1,51 0,71 0,99 0,77 0,58 9,81

IPCA (IBGE) 0,25 0,57 0,42 0,51 0,78 1,24 1,22 1,32 0,71 0,74 0,79 0,62 9,56

IPCA (IPEAD) 0,18 0,46 0,41 0,77 0,59 2,23 0,57 1,25 0,55 1,06 0,94 0,68 10,12

GUILhERME ALMEIdAEcONOMISTA dA FEcOMéRcIO MG

Exercendo impactos consideráveis na taxa de inflação, o dólar vem apresentando aumento acima do esperado pelo Banco Central do Bra-sil (BCB). Com valorização de quase 22% no ano, sua influência sobre produtos importados e até mesmo exportados é observada na composi-ção do índice de preços.

Produtos que compõem a cesta do consumi-dor brasileiro sofrem forte interferência dessa

A influência do dólar na economia do Brasil

variação cambial. Além disso, com o processo de aumento na cotação do dólar, os exportado-res ganham mais vendendo seus produtos para o exterior e, sendo assim, para manter esses mesmos produtos no mercado nacional, aca-bam cobrando um preço mais alto. Porém, os efeitos nos preços nacionais são arrefecidos de-vido ao enfraquecimento do mercado interno.

Vários são os motivos da volatilidade da moeda americana. A recuperação da econo-mia dos Estados Unidos e sua expectativa de

aumento dos juros, além da desaceleração da economia chinesa são dois processos com im-portante papel no preço da moeda. Entretanto, a incerteza instaurada a nível nacional, tanto com o cenário econômico como com a política, con-figura-se como fator decisivo para a conjuntura atual. Toda essa insegurança acaba aumentando o risco de perda do grau de investimento pelas agências de classificação, o que, por sua vez, pode reduzir a entrada de investidores no Brasil e elevar a pressão sobre o câmbio.

giro econÔmico

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 19

Fonte: IBGE - Elaboração: Fecomércio MG | Estudos Econômicos Como atualizar: 1) Por exemplo, uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em Janeiro de 2008. 2) Na tabela o fator de atualização referente a Janeiro/08 é 1,60169866. 3) R$ 200,00 vezes 1,60169866 = R$ 320,34 que é o valor em 01/08/2015.

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20 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

NAIARA SERpA, ANALISTA dE RELAçõES INTERNAcIONAIS dA FEcOMéRcIO MG

O desempenho do comércio exterior brasilei-ro em 2015 apresenta saldo comercial superavi-tário. Com o volume de exportações na soma de US$116,768 bilhões e de importações na ordem de US$ 111,434 bilhões, o saldo até o momento é de US$ 5,334 bilhões. Ao somar os valores ex-portados e importados, obtém-se a corrente do co-mércio exterior brasileiro, que desde janeiro está calculado em US$ 228,202 bilhões. Entretanto, o saldo auferido na corrente do comércio desse perí-odo é inferior ao desempenho de 2014, de 17,8%.

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COMÉRCIO ExtERIOR BRASIlEIRO

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NAIARA SERpA, ANALISTA dE RELAçõES INTERNAcIONAIS dA FEcOMéRcIO MG

Há uma relação direta entre a exposição ao mercado internacional, seja por meio de uma viagem ao exterior ou do contato com estran-geiros, e o processo de internacionalização de empresas. Participar de feiras comerciais, ro-dadas de negócios e missões comerciais são alternativas muito utilizadas por empresas que buscam estabelecer relacionamentos com ca-nais de distribuição, clientes ou consumidores no mercado externo.

Dessa forma, saber aproveitar o alto grau de visibilidade proporcionado pela realização de eventos internacionais em seu próprio país pode ser uma fonte originadora de contatos com potenciais parceiros no exterior, em busca de oportunidades de internacionalização.

O turismo de negócios pode ser anunciado como uma importante ferramenta nos proces-sos de internacionalização de uma empresa, uma vez que é por meio de uma viagem inter-nacional e o contato direto entre as partes que há a abertura para concretização de negócios de qualquer segmento.

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A balança comercial brasileira alcançou sal-do positivo em agosto deste ano, uma vez que as vendas remetidas ao exterior foram superio-res às compras adquiridas. As exportações na primeira semana de agosto somam a quantia de US$ 3,906 bilhões contra o valor auferido pelas importações, que foram de US$ 3,180 bilhões, o que concretiza o superávit das contas no valor de US$ 726 milhões.

Mesmo com a redução das vendas de pro-dutos manufaturados, como veículos de carga, óleos combustíveis e outros, e de produtos bá-sicos, como farelo de soja, milho em grãos e carnes, o saldo foi positivo. Contudo, houve

aumento de 8,9% nas vendas de semimanufa-turas. Em relação às importações, houve queda nas compras internacionais de combustíveis e lubrificantes, adubos e fertilizantes.

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 21

negócios internacionais

“ApROvEITAR A vISIbILIdAdE dOS GRANdES EvENTOS AjUdA A EvIdENcIAR AS vOcAçõES E TRAdIçõES dE cIdAdES, ESTAdOS E EMpRESAS.”

O tuRISMO dE NEgóCIOSE SuAS OpORtuNIdAdES

É inegável a relevância que o segmento de turismo possui, considerando-se todos os as-pectos econômicos aos quais ele se relaciona. Compreender o turismo como uma oportuni-dade que movimenta uma cadeia produtiva de uma cidade é muito importante para reafirmar suas vocações e características.

Ao se analisar Belo Horizonte nessa pers-pectiva, não se pode negligenciar a aptidão que o município apresenta quanto à sua poten-cialidade para as movimentações oriundas do turismo de negócios, principalmente os fluxos internacionais. Essas viagens motivadas por interesses profissionais contribuem significati-vamente para a movimentação de todo o trade turístico, seus serviços e produtos, o que, por sua vez, desenvolve um papel propulsor e im-pacta a vida econômica da cidade.

Nesse contexto, é importante que o setor empresarial – instituições, empresas ou agen-tes que atuam no mercado de forma indireta – esteja atento às oportunidades e discussões que podem ser extraídas dessas movimentações que acontecem devido ao fluxo desencadeado pelo turismo de negócios internacionais.

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NAIARA SERpAANALISTA dE NEGÓcIOS INTERNAcIONAIS dA FEcOMéRcIO MG

Como exemplo temos as Olímpiadas de 2016 que, apesar de sediadas no Rio de Janeiro, conta-rão com a realização de algumas atividades em Minas Gerais. BH, como referência no Estado, deve estar preparada para absorver, mesmo indi-retamente, os impactos de toda essa articulação que se desdobrará devido ao grande evento a ser realizado.

Os jogos de 2016 mobilizarão muitos turistas, tanto nacionais quanto de outros países, e a ca-pital mineira é uma das três cidades-destino que mais atraem visitantes, segundo pesquisas desen-volvidas pelo governo brasileiro. O Ministério do Turismo estima que haverá um recorde de visita-ção ao país em 2016: o número de turistas deve passar de 6 milhões para cerca de 6,5 milhões, e a nação estará preparada para recebê-los.

A discussão aqui proposta é que não apenas no caso de Belo Horizonte, mas de modo geral nas cidades brasileiras, ainda não há a compre-ensão do turismo, e até mesmo do turismo de negócios, como parte essencial de toda a cadeia econômica de uma cidade. O aumento do número de visitas a um destino impacta significativamen-te todo o arcabouço urbano da mesma, seja na oferta de prestação serviços, movimentações de hotelaria, aspectos culturais que são itens de con-

sumo desses transeuntes e muitos outros. Há tam-bém a abertura que se origina para os contatos e networking de negócios, que podem se desdobrar em oportunidades de internacionalização, a par-tir desse contato direto auferido entre empresas, instituições, outros atores e turistas de negócios internacionais.

A organização do trade turístico, dos equipa-mentos da cidade, bem como a compreensão das oportunidades de negócios, seja para atender aos turistas por meio do contato direto, seja para se inserir e se apropriar de mais espaço no mercado, são posturas que não devem ser ignoradas por to-dos esses agentes que compõem a cadeia produti-va de uma cidade.

Aproveitar essa visibilidade imposta por grandes eventos, como os jogos Olímpicos do próximo ano, ajuda a evidenciar as vocações e tradições de cidades, Estados e até empresas. Isso promove reconhecimento, inserção internacional, desenvolvimento dos destinos e seus produtos e, sobretudo, oportunidades de negócios. Estar atento aos movimentos do mercado e aproveitar os fluxos de turismo de negócios na cidade po-dem ser alternativas para empresas e instituições sobressaírem às atuais condições de atuação no mercado brasileiro.

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22 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

jurÍdico

O passivo trabalhista foi o principal tema abordado na edição anterior do Seminário

“O papel das entidades sindicais no con-texto da crise econômica” é o tema a ser debatido na sétima edição do Seminário de Direito do Sistema Fecomércio MG, que contará com a participação de palestrantes internacionais. Confirmado para o dia 15 de outubro de 2015, no auditório do Sesc, em Belo Horizonte, o evento é voltado para estudantes de direito, advogados e empresá-rios do comércio de bens, serviços e turismo que desejem se aprofundar no assunto. “A crise na economia é o principal desafio que se apresenta para os nossos representados. Por isso, profissionais do direito, principal-

7º SEMINÁRIO dE dIREItO dO SIStEMA FECOMÉRCIO Mg

Albe

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Atenção às mudanças na Norma Regulamentadora 12

Proprietários de padarias, açougues, peixarias, hipermercados, supermerca-dos e minimercados devem ficar atentos às mudanças na Norma Regulamentado-ra 12 (NR-12), que dispõe sobre a segu-rança no trabalho em máquinas e equi-pamentos. Em 25 de junho de 2015, por meio da portaria Nº 857, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou alguns ajustes no documento, especial-

mente nos itens relacionados à capacita-ção dos funcionários para a operação do maquinário. A advogada da Fecomércio MG Manuela Corradi afirma que o prin-cipal ponto de atenção para as empresas do comércio varejista de hortifrutigran-jeiros continua a ser a adequação dos equipamentos utilizados ao que já estava previsto na NR-12. “Muitos empresários compram máquinas sem observar os pa-

drões da norma e acabam sendo autuados na fiscalização”, explica.

SEGURANçA dO TRAbALhO EM pAUTAPara a coordenadora jurídica da Feco-

mércio MG, Sandra Pinto, a legislação está sujeita a mudanças. “O assunto está na pauta de discussões entre governo e entidades sin-dicais das áreas patronal e laboral. O impor-tante é que os representados procurem sem-pre cumprir a obrigatoriedade da legislação.”

mente da área trabalhista, estão buscando soluções. O seminário vai ser uma ótima oportunidade para a troca de experiências

que possam ajudar os empresários a enfren-tar o cenário atual”, explica a advogada da Fecomércio MG Manuela Corradi.

MAIS dE 40 MIl EMpRESAS pOdEMSER dEClARAdAS INAtIvAS EM MINAS

Em 2015, 40.311 empreendimentos em Minas Gerais estão sujeitos ao Cancelamento Administrativo. A Junta Comercial do Esta-do (Jucemg) publicou, em 1º de julho, edital de notificação na Imprensa Oficial alertando que as empresas que não procederam nenhum arquivamento de atos até 31 de dezembro de 2004, poderão ser declaradas inativas e perder a proteção de seus nomes empresariais. Esse fato será automaticamente comunicado às au-toridades arrecadadoras – Receita Federal, Re-ceita Estadual, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Caixa Econômica Federal.

A fim de reduzir o número de cancelamen-tos e atualizar o Cadastro Nacional de Empre-sas Mercantis (CNE), a Jucemg dobrou o prazo do edital para seis meses, encerrando-o em 31 de dezembro deste ano.

Para evitar que a empresa seja declarada inativa, o responsável deve comunicar à Ju-cemg, dentro do prazo estipulado, que deseja mantê-la em funcionamento, ou informar a paralisação temporária de suas atividades. Ele pode, ainda, arquivar alterações contratuais ocorridas nos últimos dez anos.

A consulta às empresas sujeitas ao cance-

lamento deve ser feita no site da Jucemg, onde está disponível para download a relação de to-das as companhias listadas por município e a consulta individual. Deve ser informado o Nú-mero de Identificação do Registro de Empresas (Nire), o nome da empresa ou da cidade.

AcESSE

Para consultar empresas sujeitas ao can-celamento, acesse o Menu Informações > Cancelamento Administrativo do site www.jucemg.mg.gov.br

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398• 23

jurÍdico

O REgulAMENtO INtERNO EA hARMONIA NAS EMpRESAS

SANdRA pINTOcOORdENAdORA jURídIcA dA FEcOMéRcIO MG

Independentemente do porte da empresa e do tamanho do seu quadro de colaborado-res, é de extrema relevância a elaboração de um regulamento interno para a manutenção da harmonia das relações trabalhistas. Ele vai dispor sobre a organização interna da empresa, estabelecendo regras e políticas específicas que disciplinarão as relações en-tre o empregador e seus funcionários.

O documento, produzido de acordo com as particularidades de cada organização e adequado ao seu porte e ramo de atividade, será parte integrante do contrato de trabalho para todos os fins e terá força de lei entre contratante e contratado.

Trata-se de um conjunto de normas que, se bem estruturado, dará respaldo a todos os atores do contrato de trabalho, uma vez que garante ao empresário que seu colaborador tenha ciência plena das políticas normativas e procedimentais estabelecidas para sua ro-tina laboral. Ao mesmo tempo, ele assegura o trabalhador que suas ações, delimitadas por aquele regramento, estão de acordo com as expectativas do seu contratante.

Ao instituir o regulamento interno, a empresa conscientiza o seu colaborador de todas as suas pretensões quanto ao contrato firmado, municiando-o de todas as informa-ções sobre seus deveres e direitos, o que é uma importante ferramenta para se evitar conflitos trabalhistas.

É bom destacar que, apesar do seu caráter normativo dentro dos limites da organização empresarial, o regulamento interno não po-derá afrontar ou contrariar a legislação tra-balhista em vigor, bem como as disposições dos instrumentos coletivos do trabalho e as decisões das autoridades competentes, em observância ao disposto no artigo 444 da Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT. Normas abusivas ou que contenham previ-sões contrárias à legislação vigente serão nulas de pleno direito.

Tal instrumento não deve ser visto como um meio para a prática do autoritarismo,

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servindo de máscara para uma gestão impo-sitiva de regras que engessam as relações in-terpessoais dos colaboradores, seja com seu empregador, seus superiores hierárquicos ou com seus colegas de trabalho. Pelo contrá-rio, deve servir para promover a integração, facilitando a comunicação e o reconheci-mento da importância de cada membro para o cotidiano da empresa e seu crescimento.

Assim, o normativo deve dispor sobre regras gerais de postura e convivência para todos os colaboradores da instituição, sobre a conduta ética esperada e as práticas permi-tidas ou proibidas.

Questões como o uso do uniforme; a exigência do porte do crachá dentro das dependências da empresa; cláusula de con-fidencialidade; normas para utilização do refeitório; prazo para entrega de atestados médicos; regras relativas à segurança do tra-balho e prevenção de acidentes; transferên-cias, entre outras, são exemplos de matérias a serem regulamentadas.

“cOM NORMAS INTERNAS bEM dEFINIdAS E AbSORvIdAS pELOS FUNcIONÁRIOS, AS RELAçõES TRAbALhISTAS FIcAM MAIS TRANSpARENTES.”

O estabelecimento de políticas para uso dos recursos materiais da empresa também pode ocorrer por meio do regulamento em vigor, assim como pode haver previsão da política de uso da internet, dos recursos de telefonia móvel ou fixa e dos veículos da organização. Enfim, todas as práticas roti-neiras da empresa, dentro das suas peculiari-dades, podem – e devem – ser regulamenta-das por meio desse importante instrumento, obser- vando-se, obviamente, o disposto na legislação pátria.

Para que o regulamento interno integre o contrato de trabalho para todos os fins, além da previsão expressa no próprio texto da nor-ma, é importante que ele seja apresentado e disponibilizado a todos os colaboradores, os quais deverão firmar termo de recebimento e conhecimento, documento que deverá ser arquivado junto aos demais do trabalhador. Tal procedimento também deve ser adotado a cada nova contratação ou alteração do ins-trumento. Com normas internas bem defini-das e absorvidas pelos funcionários, as rela-ções trabalhistas ficam mais transparentes e preservadas.

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24 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 398

OBRIgAÇÕES SOCIAISE FISCAIS | SEtEMBRO 2015

OBRIgAÇÕES SOCIAIS E FISCAIS | OutuBRO 2015

PIS – DCT No mês de admissão

SALÁRIOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFIP / CAGED Até o dia 7

SPED / CONTRIBUIÇõES Até o 10° dia útil do mês, referente ao mês de agosto de 2015

DCTF – MENSAL Até o 15° dia útil do mês, referente ao mês de agosto de 2015

RETENÇãO PIS/COFINS CSLLARTIGO 30 – LEI 10.833/03

Até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente

IR FONTE – SALÁRIOS, AUTôNOMOS, ALUGUÉIS Até o último dia do 2º decêndio

INSS – SALÁRIO Até o dia 20

SIMPLES NACIONAL – RECOLHIMENTO Até o dia 20

COFINS / PIS / FATURAMENTO Até o dia 25

CARNÊ LEãO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SOCIAL ESTIMATIVA / TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SINDICAL PATRONAL No vencimento da guia

Âmbito federal

PIS – DCT No mês de admissão

SALÁRIOS Até o 5º dia útil

FGTS / GEFIP / CAGED Até o dia 7

SPED/CONTRIBUIÇõES Até o 10° dia útil do mês, referenteao mês de julho de 2015

DCTF – MENSAL Até o 15° dia útil do mês, referenteao mês de julho de 2015

RETENÇãO PIS/COFINS CSLL ARTIGO 30 – LEI 10.833/03

Até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente

IR FONTE – SALÁRIOS, AUTôNOMOS, ALUGUÉIS Até o último dia do 2º decêndio

INSS – SALÁRIO Até o dia 20

SIMPLES NACIONAL – RECOLHIMENTO Até o dia 20

CONFINS/PIS/FATURAMENTO Até o dia 25

CARNÊ LEãO / IRPJ ESTIMATIVA / TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SOCIAL ESTIMATIVA/TRIMESTRAL Até o último dia útil do mês

CONTRIBUIÇãO SINDICAL PATRONAL No vencimento da guia

Âmbito federal

Âmbito estadual

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes Até o dia 09

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

EFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPI

Âmbito municiPal

IssImposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05 Ver legislação local

IPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

Âmbito estadual

Indústrias e atacadista de bebidas, comb. e lubrif, cigarros e fumos

Até o dia 04

Comércio varejista, supermercadista, lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

Até o dia 09

Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. – Gia – ST Até o dia 10

Indústrias sem prazo específico Até o dia 15

EFD Fiscal Até o dia 25

Demais contribuições Ver Calendário Fiscal

DAPI

Âmbito municiPal

IssImposto sobre Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

Até o dia 05Ver legislação local

IPTUBelo Horizonte

Outros Municípios

Até o dia 15

Ver legislação local

Taxas Municipais

Des Declaração Eletrônica de Serviços – Mensal Belo Horizonte

Até o dia 20

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

Fixado pelo município

Ver legislação local

jurÍdico

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SESC VENDA NOVA: CENTRO DE CONVENÇÕES E AGENTE DE TRANSFORMAÇÃOPÁG. 7

CONVÊNIOS AMPLIAM ALCANCE DE PRODUTOS E SERVIÇOS DO SESC

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SESC INAUGURA CENTRO DE EXCELÊNCIA EM TRATAMENTO DE FERIDASPÁG. 6

Henrique C

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SESCFECOMÉRCIO INFORMATIVO

PUBLICAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS – SISTEMA FECOMÉRCIO MG, SESC, SENAC E SINDICATOS

www.sescmg.com.br

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ANIVERSÁRIOSESC PALLADIUM FAZ A FESTA DAS ARTES

Fernanda, filha da colaboradora do Sesc Ana Alice Toledo, comemora seus quatro anos junto com o centro cultural: símbolo de

alegria e de potencial para grandes realizações.

BELO HORIZONTE – SETEMBRO/OUTUBRO DE 2015 – EDIÇÃO 398

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2 • FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 398

ARTIGO

Com uma diversificada e rica programação cultural aliada a atividades socioeducativas, o Sesc está em todo o Estado para democratizar o acesso ao cinema, teatro, literatura, música, artes visuais e dança. Dentro da nossa missão de con-tribuir para o bem-estar do trabalhador do comér-cio de bens, serviços, turismo e seus dependentes, esse objetivo é alcançado pela união de entrete-nimento, diversão e educação, sempre primando pela qualidade, chancela do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac e Sindicatos.

Acreditamos na missão da instituição, sinte-tizada na transformação social e, neste contexto, a cultura é um dos mais importantes pilares. O Sesc incentiva não só o acesso do público, como também a valorização do artista e do produtor cultural local, por meio de cursos, oficinas e pa-lestras que se multiplicam nas unidades. Apenas no primeiro semestre de 2015, as ações culturais da instituição, considerando shows, eventos itine-rantes, espetáculos e atividades educativas, reu-niram 389.331 pessoas. Neste ano, o percentual de atividades culturais gratuitas ou voltadas ao Programa de Comprometimento e Gratuidade do Sesc chegou a 88,12%. Ao se constituir em um espaço em que o mundo das artes é também um mundo aberto à inclusão, à convivência e à apren-dizagem, o Sesc deixa claro seu compromisso com a construção de uma sociedade melhor.

A acertada diretriz da interiorização fez com que passássemos a receber, nos últimos anos, im-portantes projetos nacionais, como o Sonora Bra-sil e o Sesc Partituras. E nos permitiu implantar, em 2012, o Sesc Chorinho e Samba na Praça, que se juntou aos já tradicionais Minas ao Luar e Causos e Violas das Gerais na itinerância pelo Estado. Sempre equilibrando a repercussão de grandes nomes com a oportunidade a novos e ta-

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CULTURA NO SESC: QUALIDADE E ACESSIBILIDADE, DIVERSÃO E EDUCAÇÃO RODRIGO PENIDO DUARTEDIRETOR REGIONAL DO SESC

lentosos artistas mineiros, nossa equipe, formada por especialistas nas diversas linguagens cultu-rais, entrega qualidade e diversidade aos mineiros

em todas as semanas do ano.Nossa proposta cultural, formada sobre a base

da qualidade e da acessibilidade, materializa-se também em projetos como a Orquestra de Câ-mara Sesc, com dois núcleos (Belo Horizonte e Teófilo Otoni) que atendem a estudantes de es-colas públicas; na retomada dos Cursos de Arte

“AO SE CONSTITUIR EM UM ESPAÇO EM QUE O MUNDO DAS ARTES É TAMBÉM UM MUNDO ABERTO À INCLUSÃO, À CONVIVÊNCIA E À APRENDIZAGEM, O SESC DEIXA CLARO SEU COMPROMISSO COM A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MELHOR.”

e Cultura, na criação da Cia. Sesc de Dança, em 2012, nas bibliotecas móveis, na reformulação do Cine Sesc e na consolidação dos espaços da di-versidade cultural em nossas regionais.

Nos últimos anos, um dos destaques dessa proposta foi a inauguração do Sesc Palladium, equipamento cultural que completou quatro anos em agosto. A comemoração, realizada por meio de uma programação especial, sendo boa parte dela gratuita, contemplou as diversas linguagens artísticas e incluiu ações formativas. Veja a co-bertura na página 8.

Desde a inauguração, em 2011, até o primei-ro semestre de 2015, o centro cultural já recebeu mais de 1 milhão de pessoas. Palco das gravações e lançamento dos primeiros DVDs dos eventos itinerantes musicais Minas ao Luar e Causos e Violas das Gerais, o Sesc Palladium, através de parcerias e planejamento de inovadores projetos próprios, fomenta a cultura, o turismo e a econo-mia da capital. As ações formativas estimulam a participação de futuros artistas em oficinas e de-bates e aproximam o centro cultural de estudantes de escolas públicas de toda a região metropolita-na.

Em breve, este propósito de promover am-bientes de interação e de diálogo entre pessoas, espaços e linguagens vai ganhar um novo aliado. Após a assinatura entre o Sesc e o Governo de Minas Gerais do contrato de concessão de uso, em fase de elaboração de projeto de revitalização, acessibilidade, climatização e modernização, o Teatro Sesc Clara Nunes formará com o Sesc Palladium um corredor cultural e estratégico. As-sim, ampliaremos a capacidade de atendimento da instituição e o Sesc oferecerá mais um espa-ço de qualidade para produções e ações artísticas prioritariamente locais.

Informações: (31) 3270-8100 e www.sescmg.com.br

Um dos maiores eventos esportivos para crianças e jovens em Minas Gerais. Participe!

Jogos de 26/09 a 29/11 em BH, e de 03/10 a 29/11 no interior.

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FECOMÉRCIO INFORMATIVO • EDIÇÃO 398 • 3

CHRISTIANO SENNA

Os benefícios e serviços de qualidade que o Sesc oferece estão chegando a mais mineiros em 2015. Além da inauguração das novas agências Sesc Serviços, convênios foram assinados com entidades de várias regiões do Estado, dentro da missão da instituição, baseada na melhoria da qualidade de vida do trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo e da sociedade em geral. As parcerias firmadas mais recentemente foram com o Sindicato dos Servidores da Polí-cia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG) e com o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Minas Gerais (Sindsemp).

O estudo foi encampado pela Gerência Geral de Relacionamento do Sesc, demais áreas técni-cas da instituição e parceiros. São descontos em cursos, atividades de saúde e cultura, na compra de pacotes de excursão e em diárias nas unida-des de hospedagem. A parceria permite também o acesso às áreas de lazer nas unidades no inte-rior do Estado.

Para o presidente do Sindpol/MG, Denílson Martins, o convênio possibilita que o trabalhador

tenha acesso a ações que promovam o bem-estar social. “Não celebramos apenas um convênio, mas sim um pacto para que seja realizada a me-lhoria da qualidade de vida de todos”, salientou. “Queremos proporcionar, fora do ambiente de trabalho, educação, saúde e lazer. E o Sesc é pre-parado para nos ajudar a suprir essa necessidade, por meio de cursos, atividades em diversas áreas e excursões”, destacou o coordenador geral do Sindsemp, Eduardo de Souza Maia.

De acordo com o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, para a instituição, firmar novos convênios é motivo de muita satisfação.

“Milhares de pessoas passam a conhecer as ati-vidades que oferecemos, a exemplo de serviços de saúde, eventos e cursos culturais e a aquisição de pacotes turísticos com desconto. Hoje, temos viagens rodoviárias, aéreas e cruzeiros, sempre com preços muito acessíveis, dentro do conceito do Turismo Social”, ressaltou.

Além dos dois sindicatos, neste ano já foram firmados convênios com a Distribuidora de Vi-dros Muriaé, na Zona da Mata; a Danone, em Poços de Caldas, no Sul de Minas; a Junta Co-mercial de Minas Gerais (Jucemg) e o Ministé-rio do Trabalho e Emprego (MTE).

Convênios permitem que milhares de pessoas conheçam as atividades que o Sesc oferece. Sindsemp (à esq.) e Sindpol (à dir.) são alguns dos novos parceiros

INSTITUCIONAL

CONVÊNIOS AMPLIAM ALCANCE DE PRODUTOS E SERVIÇOS DO SESC BENEFÍCIOS CHEGAM A CADA VEZ MAIS EMPRESAS E INSTITUIÇÕES MINEIRAS

Henrique C

hendes e Tarcísio de Paula/Sesc

MAIS TRÊS MUNICÍPIOS RECEBEM O SESC NO PARQUE NESTE ANO Os moradores das regiões de Patos de

Minas, Uberlândia e Governador Valada-res já podem se preparar para receber as três últimas edições do Sesc no Parque em 2015. Os municípios vão receber o projeto nos dias 20/9, 27/9 e 8/11, respectivamente.

As principais atividades e serviços do Sesc como o Minas ao Luar, o Sesc Chori-nho e Samba na Praça e a Rua de Lazer es-tão confirmadas, entre outras atrações que já levaram mais de 290 mil pessoas às três primeiras edições de 2015.

O Sesc no Parque abriu o ano em Ipa-tinga, no Vale do Aço, e reuniu mais de 64 mil pessoas no Parque Ipanema, em maio. Em junho, foi a vez de Uberaba receber o evento com um público de mais de 56 mil, no Parque das Acácias. Já tradicional na capital mineira, o evento bateu recorde de participantes em Belo Horizonte, com 170 mil pessoas no Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

PATOS DE MINAS, UBERLÂNDIA E GOVERNADOR VALADARES ENCERRAM A TEMPORADA 2015

Tarcísio de Paula/Sesc e Gualter N

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O Sesc Estalagem Ouro Preto recebeu, em junho, o Prêmio Águia Americana no segmen-to hotelaria, concedido pelo Instituto Nacional da Qualidade Social (INQS) às organizações que se destacam na condução de seus trabalhos e são comprometidas com o desenvolvimento sustentável e com a responsabilidade social. Segundo o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte, esse foi o reconhecimento das premissas dos valores da instituição. “Somos comprometidos em desenvolver ações que contribuam para a qualidade de vida, valori-zando as pessoas e o ambiente em que vivem”,

afirma. Para o gerente da unidade, Patric Car-doso, o prêmio foi resultado de um trabalho feito com empenho. “A Estalagem desenvolve suas atividades com base na alta qualidade de seus serviços. Essa é uma homenagem para a instituição que tem compromisso com ações sociais e busca o desenvolvimento sustentá-vel”, ressalta.

Essa foi a primeira edição do Prêmio Águia Americana. Em sua unidade de hospedagem em Ouro Preto, o Sesc executa ações de con-servação da mata que compõe o belo cenário do hotel, com vista para o Pico do Itacolomi.

MESA BRASIL SESC SUPERA METAS

COLÉGIO SESC PARTICIPA DE ENCONTRO NACIONAL DE EDUCADORES

ACONTECE

RECONHECIMENTO DA QUALIDADE DO TRABALHO

Se um alimento está excedente na produ-ção ou fora do padrão estético comercial (mas íntegro em nutrientes), o Mesa Brasil Sesc busca e entrega a instituições sociais. Assim, o programa combate o desperdício e a inse-gurança alimentar com eficiência: somente no primeiro semestre de 2015, 1.299.824,63 qui-los de alimentos foram arrecadados, número que representa 68% da meta anual. Na prática, isso significou 13,9 milhões de refeições com-plementadas, para 713.185 crianças, jovens, adultos e idosos de 697 instituições em Minas Gerais.

No período, o Mesa Brasil registrou tam-bém um aumento das doações de frutas e legu-mes vindos diretamente do campo. São alimen-tos nutritivos, mas com pequenas imperfeições, como um formato diferente na cenoura. Para Eliana das Graças, gerente de Assistência do Sesc, o sucesso é explicado por uma conjun-ção de fatores, como a instalação de um espaço

próprio para a recepção de doações em Belo Horizonte, Uberlândia e Montes Claros. “A evolução da estrutura permite intensificar o tra-balho de visitas junto a novas empresas. Além

disso, a fidelização com quem já é doador tam-bém tem papel fundamental para alcançar o ob-jetivo”, explica.

O Colégio Sesc de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, abriu o II Encontro de Educadores, rea-lizado na primeira semana de agosto, em Caldas Novas (GO). O tema deste ano foi “Tecnologia na Educação’. A escola foi selecionada para apresentar o uso da lousa digital em sala. Or-ganizada pelo Departamento Nacional (DN) do Sesc, a conferência é direcionada aos coordena-dores pedagógicos da instituição de todo o país.

Para Giselle Schrier, gerente de Educação do Sesc em Minas, o encontro possibilitou in-tegração e troca de experiências. “Outras co-ordenações tiveram curiosidade de saber como foi o nosso trabalho e demonstraram interesse em visitar nossos colégios. Nós também temos muito a aprender com a expertise das outras re-gionais”, avalia. Também em agosto, o Colégio participou da Semana do Microempreendedor

Individual, como um dos parceiros do Sebrae. Durante três dias, alunos supervisionados ofere-ceram orientação sobre formalização e controle financeiro aos interessados.

Em Teófilo Otoni, o Sesc oferece o Ensino Médio em tempo integral. Há unidades, ainda, em Governador Valadares e Contagem-Betim. Para 2016, está prevista a implantação em Mon-tes Claros.

LOUSA DIGITALLÉ um recurso didático que torna as aulas

mais dinâmicas e atrativas. “A lousa desperta a atenção do aluno porque permite que ele inte-raja com o conhecimento. Ela vai além de uma simples projeção”, explica Dilneide Rodrigues, coordenadora pedagógica do Colégio Sesc Te-ófilo Otoni.

A instituição recebeu o direito de uso do selo de qualidade, que representa a certificação de excelência de mercado

Doações que vêm diretamente do campo contribuíram para superação da meta do primeiro semestre

Da esq. para dir., Elen de Paula, coord. de Educação; Giselle Schrier, gerente de Educação; e Dilneide Rodrigues, coord. pedagógica do Colégio Sesc Teófilo Otoni

Tarcísio de Paula/Sesc

Arquivo Pessoal

Henrique C

hendes/Sesc

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FORÇA PARA VIVER É RECUPERADA COM O SESC COSTURANDO VIDAS

Marcos M

ichelin/Sesc

ASSISTÊNCIA

ANDERSON ROCHA

Mulheres estigmatizadas e marcadas por histórias de perdas e violência voltam a ganhar o brilho no olhar e a alegria de viver após a par-ticipação no Sesc Costurando Vidas. O projeto, voltado para o público feminino em situação de vulnerabilidade social, foi desenvolvido pela Gerência de Assistência do Sesc em Minas, dentro da Rede Sesc Ação Comunitária.

As oficinas de confecção de bonecas de pano são uma oportunidade para discutir temas que estimulam o fortalecimento de gênero. Em seu segundo ano, o Costurando Vidas benefi-ciou cerca de 200 mulheres em oito unidades Sesc de várias regiões mineiras.

EXPOSIÇÃOEm junho, mais de cem bonecas confeccio-

nadas durante quase um ano puderam ser vistas

em exposição no Sesc Venda Nova. Mais de 1.600 pessoas visitaram o espaço. Uma das bo-necas expostas era a de Ana Lúcia Queiroz, 55 anos, que sofreu três aneurismas e correu o ris-co de ficar confinada em uma cama. O projeto funcionou como uma forma de evitar a depres-são. “Hoje, eu busco a minha independência. Não sabia costurar e agora faço bonecas lindas, o que me faz sentir mais viva e animada. O Sesc mudou a minha vida”, diz.

Para a coordenadora de trabalho social do Sesc, Andréia Duarte, o objetivo é que as mu-lheres saiam fortalecidas. “O segundo ano do Costurando Vidas confirma, por meio dos re-sultados, a transformação na rotina das pessoas atendidas, com o aumento da autoestima, am-pliação de perspectivas e até mesmo geração de renda, além de promover o engajamento co-munitário”, conclui.

Exposição com mais de cem bonecas em Venda Nova: trabalho bonito e com muita história.

BONECAS DE PANO SE TORNAM SÍMBOLOS DE UMA “VOLTA POR CIMA” PARA AS PARTICIPANTES

DIVERSÃO COM APRENDIZADO

DIA DAS CRIANÇAS: MARQUE NA AGENDA!

O Sesc levou diversão e aprendizado para as férias de mais de 2.300 crianças, de cinco a 12 anos, durante as Miniférias Amigos da

Água. As atividades foram realizadas em 17 unidades em Minas Gerais, de 20 a 31 de ju-lho, e abordaram a importância de preservar a água e evitar o desperdício de recursos na-turais.

A programação contou com brincadeiras, exibições de filmes, oficinas, apresentações teatrais, gincanas, passeios e muito mais. De acordo com a confeiteira Franciele Araújo, mãe de Ana Luiza, que participou das ativida-des em Paracatu, as Miniférias garantem tam-bém tranquilidade para os pais. “Deixar minha filha no Sesc é bem confortável, pois sei que aqui tem uma equipe que oferece todo apoio e carinho durante os dias de férias”, ressalta.

Além dos momentos de diversão, as Mini-

férias abordaram um tema fundamental: o uso consciente da água. Para a trabalhadora do co-mércio Viviane Oliveira, esse diferencial foi um dos atrativos para que a filha participasse da atividade em Governador Valadares. “O le-gal das Miniférias é isso, uma parte é brinca-deira, a outra é educação”, destaca.

No dia 12 de outubro, o Sesc vai deixar o Dia das Crianças ainda mais especial. Já tradi-cional em Belo Horizonte, o evento que marca a data será realizado pela primeira vez em Mon-tes Claros. Na cidade do Norte de Minas, das 10h às 16h, os moradores poderão participar de diversas atividades gratuitas, como brincadeiras na cama elástica, pula-pula, touro mecânico,

apresentações teatrais e de dança e oficinas. Na capital mineira, o evento ocupa a Praça

da Estação, das 10h às 17h. Integram a progra-mação, brinquedos, espaços teen e kids e ações educativas em saúde, além de apresentações da Cia. Sesc de Dança e da Orquestra de Câmara Sesc.

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ashigton Alves

Para saber mais sobre as Miniférias e outras ações do Sesc, acesse sescmg.com.br.São dezenas de atividades nas áreas de lazer, cultura, saúde, turismo, educação e esporte para toda a família.

Oficina de Pintura facial é sucesso garantido

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ANA CLÁUDIA GONÇALVES

O Sesc Saúde São Francisco, localizado na Pampulha, em Belo Horizonte, agora também é um Centro de Excelência em Tratamento de Feridas. A conquista foi marcada pela parceria entre o Sesc e a Coloplast, empresa dinamar-quesa com atuação global que desenvolve pro-dutos e serviços na área de saúde.

A assinatura do termo aconteceu no dia 6 de agosto, com a presença das diretorias das duas instituições, no Edifício-Sede do Sesc, na capi-tal mineira. A partir do convênio, a Coloplast vai subsidiar os materiais para cicatrização de ferimentos. Já o Sesc capacitará profissionais selecionados pela Coloplast no atendimento de excelência aos pacientes portadores de le-são cutânea. “Estamos muito satisfeitos em poder firmar essa parceria internacional, com uma empresa reconhecida e com atuação em todo o mundo. Assim, avançamos no objetivo de levar cada vez mais saúde de qualidade aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes, além da sociedade em geral”, afirmou o diretor regional do Sesc, Rodrigo Penido Duarte.

A transformação social é uma meta comum dos parceiros. “Nossas missões, visões e valo-res são parecidos e essa parceria se tornou pos-sível pela vontade de fazer a diferença na vida das pessoas”, disse o diretor de marketing da Coloplast no Brasil, Erick Barbosa. Ele com-pleta que o convênio faz parte de um projeto de acessibilidade da empresa que promove ações em países em desenvolvimento, como México e Índia.

HISTÓRIAS QUE EMOCIONAMO relato de quem já passou pelos tratamentos

comprova a necessidade e a eficácia do centro. No dia 6 de julho deste ano, a pequena Kethelly Bea-triz Ferreira da Silva, de seis anos, levou um susto quando sofreu um acidente de moto com o pai. Ela

machucou o pé direito e, depois de passar pela Uni-dade de Pronto Atendimento (UPA) e pelo posto de saúde do bairro em que mora com a família, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, chegou à unidade do Sesc. “Estávamos enfrentando difi-culdades com o tratamento e uma enfermeira do posto me indicou o Sesc Saúde São Francisco. Em duas semanas, já evoluiu bastante. Ela conseguiu colocar o pé no chão pela primeira vez e reclama bem menos de dores”, disse a comerciária Sandra Souza Ferreira da Silva.

O professor aposentado Lucyr Jones Antunes está em tratamento contra um linfosarcoma, câncer no couro cabeludo. Devido às lesões na pele, o mé-dico indicou o Sesc Saúde São Francisco. “O aten-dimento é maravilhoso, a enfermeira tem mãos de anjo e estou muito feliz de poder fazer parte dessa nova iniciativa do Sesc”, explicou. A esposa tam-bém mostrou a satisfação. “Foram usados vários curativos e esse é o que tem dado mais certo. A evolução é tão visível que o médico nos liberou para viajar por uma semana”, comemorou a apo-sentada Glade Bianetti Antunes.

O Centro de Excelência em Tratamento de Fe-

ridas já está funcionando no Sesc Saúde São Fran-cisco, na região da Pampulha. Para mais informa-ções e agendamento de consultas, entre em contato pelo telefone (31) 3439-8951.

SAÚDE

SESC INAUGURA CENTRO DE EXCELÊNCIA EM TRATAMENTO DE FERIDAS

VACINAÇÃOO Sesc Saúde São Francisco, em Belo

Horizonte, também é referência no serviço de imunização. São diversas vacinas, nor-malmente disponíveis apenas na rede par-ticular, oferecidas a preços especiais para o trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo e seus dependentes. Além disso, a unidade oferece a comodidade do atendi-mento domiciliar, com agendamento.

As unidades Tupinambás, também em BH, e Teófilo Otoni, no Leste de Minas, fun-cionam como posto de atendimento de vaci-nação gratuito. Nesse caso, são oferecidas as doses exigidas pelo Calendário Nacional de Vacinação, como BCG, Hepatite B, Tríplice Viral, HPV, entre outras.

Henrique C

hendes/Sesc

O professor aposentado Lucyr, com a esposa Glade; e a pequena Kethelly, com a mãe Sandra: necessidades diferentes, atendidas com o mesmo carinho e rapidez

CONHEÇA MINAS SOBRE DUAS RODASDe setembro a novembro, o Sesc vai levar

pessoas de todas as idades para conhecer ci-dades mineiras de uma maneira diferente. Os passeios do Ciclo Sesc têm foco na qualidade de vida, mostrando que, além de uma práti-ca saudável, o ciclismo pode ser também um meio para que as pessoas possam conhecer as cidades, sua arquitetura, pontos turísticos, pa-trimônio histórico e cultural. A participação é gratuita. Para garantir o kit ciclista, é necessá-

rio fazer a inscrição pelo sescmg.com.br e, no dia do evento, doar litros de leite longa vida. Todo o material doado será encaminhado ao Mesa Brasil Sesc. Participe!

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Acompanhe a programação emwww.sescmg.com.br

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LEONARDO ABREU

São 42 bairros distribuídos em 28,30 km² e uma população superior a 260 mil habitan-tes (de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE). Esses dados refletem bem o que significa Ven-da Nova para Belo Horizonte. Com uma eco-nomia voltada basicamente para o comércio e a prestação de serviços, a região é berço de uma das mais conhecidas unidades do Sesc em Mi-nas Gerais.

O Sesc Venda Nova está localizado no bair-ro Letícia, próximo à avenida Vilarinho e à rua

Padre Pedro Pinto, principais corredores da re-gião. O potencial da estrutura vem ampliando, nos últimos anos, seu papel de referência para grandes eventos em Minas Gerais. “A unidade é hoje um espaço completo para convenções e outros eventos, preparado para atividades de pequeno, médio e grande porte”, destaca a ge-rente, Jacqueline Lustosa.

A afirmação é corroborada pelas competi-ções e encontros realizados no local neste ano, como os Jogos dos Advogados Mineiros (JAM 2015), a Taça BH de Futebol Sub-17, o Esportes Cooperativos de Minas Gerais (Coopsportes), o Encontro de Integração dos Contabilistas do

Estado de Minas Gerais (Eicon/MG 2015) e a Copa do Mundo Interclubes de Jiu-Jitsu.

A unidade ainda abriga um dos Campos Oficiais de Treinamento (COT) aprovados pela FIFA na capital para a Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014. Lá treina-ram as seleções do Taiti (2013), Chile, Bélgica e Brasil (2014). Com as modificações, a estru-tura do campo conta com dois vestiários para atletas, salas de massagem, de comissão téc-nica e arbitragem, academia e dois campos de futebol society. Os espaços podem ser frequen-tados pelos usuários e hóspedes da unidade gratuitamente, bastando fazer o agendamento.

SOCIALCom completa estrutura de lazer equipada com

campos de futebol, quadras esportivas, salão de jo-gos, restaurantes e lanchonetes, o Sesc Venda Nova ainda realiza cursos de música, dança e iniciação teatral para crianças e adolescentes. Além disso, oferece escola de esportes, recreação, assistência ao grupo de idosos e adolescentes, atividades edu-cacionais com as escolas públicas da região, pro-gramas voltados para as gestantes e cuidadores de idosos e campanhas preventivas de saúde.

A gerente geral de relacionamento do Sesc, Éri-ca Rocha, reforça que, além de ser um centro de tu-rismo com estrutura completa, o Sesc Venda Nova é uma referência nos trabalhos junto à comunida-de. “Estamos em uma área de vulnerabilidade so-cial e investimos muito em ações que envolvam o entorno. Dessa forma, contribuímos para cumprir o papel de ser um agente de transformação junto à sociedade”, finaliza.

HOSPEDAGEMA área de hospedagem também é destaque no

Sesc Venda Nova. São 250 acomodações, entre chalés, casas executivas e alojamentos que com-portam 510 hóspedes, dependendo da configura-ção dos quartos. A localização privilegiada, pró-xima aos aeroportos da Pampulha e de Confins, aliada à estrutura, faz da unidade o local ideal para a realização de grandes eventos.

CULTURAA unidade ainda conta com o Espaço da Di-

versidade Cultural, planejado especialmente para atrair os admiradores das artes. Inaugurado em 2013, o local possui uma Galeria que é tida hoje como uma das principais do vetor norte de BH e já abrigou diversas exposições. O espaço ainda pos-sui um Teatro Cine, uma biblioteca, um café e uma sala multiúso, dedicada à realização de workshops,

oficinas e cursos que incentivam o desenvolvimen-to da percepção artística nos participantes.

UNIDADES

SUCESSO PELA DIVERSIDADESESC VENDA NOVA SE FIRMA COMO CENTRO DE CONVENÇÕES E AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Tarcísio de Paula/Sesc e Netun Lim

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Sesc Venda Nova é referência para região, com atividades para todas as idades

CORRENDO POR UMA BOA CAUSAO Circuito Sesc de Corridas vai vestir a

camisa do Outubro Rosa e terá uma etapa no-turna comemorativa à campanha de prevenção ao câncer de mama, em 24/10. A largada será às 20h, na Praça Geralda Damata Pimentel, na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizon-te. As inscrições são limitadas e estão dispo-níveis em www.circuitosesc.com.br. Trabalha-dores do comércio e seus dependentes, além de pessoas acima de 60 anos, pagam valores diferenciados.

Todos os inscritos receberão kit contendo

camisa, squeeze, sacola esportiva e porta-ce-lular, mediante a doação de três litros de leite longa vida, que serão destinados ao Mesa Bra-sil Sesc. Ao final da prova, juntamente com a medalha, os atletas receberão uma toalha fit-ness. Em 2015, mais de 3.700 pessoas já par-ticiparam das etapas realizadas em Poços de Caldas, Uberlândia, Montes Claros, Belo Ho-rizonte e Juiz de Fora. Estão previstas, ainda, edições do Circuito em Uberaba (setembro) e em Sete Lagoas (dezembro).

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CULTURA

UNIÃO DAS ARTES PARA CELEBRAR OS QUATRO ANOS DO SESC PALLADIUM

ANA PAULA RACHID

Há quatro anos, quem passava pelo prédio localizado na avenida Augusto de Lima, 420, e na rua Rio de Janeiro, 1046, no centro da capital mineira, só tinha na memória os tem-pos áureos do Cine Palladium. Desde 3 de agosto de 2011, o cenário é outro: um centro cultural que está de portas abertas para rece-ber os mais variados públicos. Estamos falando do Sesc Palladium, que acaba de comemorar

quatro anos. Mais de um milhão de pessoas já passaram pelo espaço que oferece Galeria de Arte, acervo artístico e literário, cinema, Gran-de Teatro, Teatro de Bolso, Espaço Multiúso e um café. Nesses quatro anos, o Sesc Palladium já realizou mais de 1.360 espetáculos e shows, além de mais de 370 mostras e exposições.

A programação foi cuidadosamente pensa-da para atender todas as idades e gostos. Du-rante o mês de agosto, foram mais de 70 atra-ções oferecidas nas mais diversas linguagens artísticas, atividades gratuitas, inéditas em BH, ações formativas e até espetáculo para bebês. Shows de artistas como Lenine, Martinho da Vila, Mart’nália, Leonardo, Paula Fernandes, Frejat, Zeca Baleiro, Elba Ramalho, Mutantes e Erasmo Carlos encheram a plateia do Grande Teatro. Os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo tiveram um motivo a mais para conferir as atrações, pois receberam 60% de desconto no valor da inteira.

Para a gerente do Sesc Palladium, Milena Pedrosa, cada vez mais o centro cultural se pre-ocupa em realizar atividades que privilegiem manifestações locais e nacionais, além de pos-

sibilitar o acesso da forma mais democrática possível. “Todas as artes em um só lugar, esse é o nosso lema. Temos a diversidade e a aces-sibilidade em nossa raiz. Nosso saldo nesses quatro anos é muito positivo e o nosso objetivo é fazer com que a cidade se aproprie cada vez mais do espaço que foi feito para a fruição de todos”, comenta.

Pensando em oferecer iniciativas de qua-lidade e inovadoras, a programação especial também apresentou novidades ao longo do

mês. A Cia. Sesc de Dança interpretou um novo trabalho, Terminal A2, de Alex Soares. Houve também a intervenção Hoje tem Cine, da artista Laura Belém, que se desdobrou em uma mostra comemorativa, um verdadeiro diálogo com o passado e a memória do antigo Cine Palladium. A Galeria de Arte GTO trouxe Diário, obra inédita da artista mineira Marilá Dardot. Após 11 anos sem realizar uma exposição individual em Belo Horizonte, ela apresenta a videoinsta-lação criada durante uma residência artística no México, com impactantes manchetes de jornais

locais. A exposição ainda pode ser conferida até o dia 7 de outubro e a visitação é gratuita, das 9h às 21h, de terça a domingo.

Quem conferiu a programação prova que os objetivos foram alcançados. “Quando fiquei sabendo do aniversário, vi que não poderia fi-car de fora, pois tudo foi escolhido de manei-ra eclética. Fui ao show do Lenine e da Paula Fernandes. Perfeito para quem gosta de cultu-ra”, comenta o advogado Ricardo Rodrigues. O administrador João Costa levou a pequena Marina, de quatro anos, para o projeto Domin-gos Clássicos, parceria com a Orquestra Ouro Preto. “Achei fantástico, o espaço proporciona mergulhar na música - qualidade sonora, estru-tura, organização, acolhimento. Gera um sen-timento de esperança de que o país pode ser melhor”, avalia.

A Cia. Sesc de Dança encantou o público, que aplaudiu de pé a estreia de Terminal A2, com coreografia, trilha sonora e vídeos de Alex Soares. O espetáculo foi criado especialmente para celebrar os dois anos do corpo artístico, além de comemorar os quatro anos do centro cultural. A coreografia Plano, de Cassi Abran-ches, também compôs a apresentação. A traba-lhadora do comércio Lílian Reis aproveitou a oportunidade para levar sua pequena bailarina, Lisandra, de 10 anos. “Minha filha dança balé clássico há cinco anos e a gente se interessa pela arte”. A menina completa: “estar aqui é muito bom, porque pretendo seguir essa carrei-ra e amo a dança”.

O aniversário vai ficar também na memória da família Nogueira, que veio de Divinópolis, a 103 quilômetros da capital, somente para o show de Erasmo Carlos. João Gabriel, de ape-nas 12 anos, acompanha o gosto musical dos pais Márcio e Fernanda. “Mesmo com uma di-ferença de idade tão grande, gosto muito das músicas, que são boas de ouvir”, afirma. O en-cerramento do mês comemorativo também to-mou a rua Rio de Janeiro. O Cortejo Samba no Pé-de-Moleque abriu a programação, que con-tou com a Rua de Lazer do Sesc, o espetáculo TÓIN: dança para bebês, o Circo do Só eu e o show do icônico grupo Os Mutantes, coman-dado por um dos seus fundadores, Sérgio Dias. A variedade e a democratização mais uma vez marcam a trajetória do Sesc Palladium, que al-cançou nesse último mês um público de aproxi-madamente 25 mil pessoas. (colaboraram nes-ta matéria: Ana Cláudia Gonçalves, Caroline Melo, Christiano Senna e Anderson Rocha)

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O Sesc Palladium é de todos: público interage com Martinho da Vila e Mart’nália

A comerciária Lílian Reis e a filha, Lisandra, prestigiaram a estreia de Terminal A2, espetáculo da Cia. Sesc de Dança.

EM AGOSTO, O CENTRO CULTURAL APRESENTOU MAIS DE 70 ATRAÇÕES, OFERECEU ATIVIDADES GRATUITAS E TEVE CASA LOTADA

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O que diz a lei e Os mOtivOs para cOntratar um aprendiz

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prOcuram-se prOfissiOnais cOm fOrmaçãO técnica

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as dicas para quem quer ser um “especialista de gente”

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mundial das prOfissões

mineira se destaca entre cOmpetidOres de 15

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senacbelO HOrizOnte – setembrO – OutubrO de 2015 – ediçãO 398

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fecOmérciO infOrmativO

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2 • FEcomércio inFormativo • Edição 398

ARTIgO

Instituições de ensino são, muitas ve-zes, questionadas pela sociedade para que, além da educação de qualidade, invistam em iniciativas inovadoras que contribuam, de alguma forma, para a mudança da co-munidade onde estão inseridas. Visionário, o senac em Minas, nos seus quase 70 anos de atuação, sempre estimulou o aprendizado e o empreendedorismo social de seus alu-nos por meio de atividades extraclasse que priorizam a sociedade. são inúmeras ações – palestras, workshops, seminários, ofici-nas e atendimentos gratuitos –, capazes de promover o desenvolvimento social e, com isso, mudar a realidade de vida de muitas pessoas.

No Festival de gastronomia de Tiraden-tes, realizado em agosto, oferecemos uma extensa programação gratuita com oficinas, aulas práticas e ações educacionais direcio-nadas ao público do evento. Todas realiza-das em espaços construídos exclusivamente para esse fim e ministradas por profissionais renomados de várias partes do Brasil, entre eles os do senac, com o apoio de estudantes da graduação tecnológica em gastronomia e do curso de Cozinheiro.

Nosso know-how educacional também está sendo levado a padre Viegas, distrito de

mariana. desde julho, orientadores de curso do senac estão no local ministrando cursos de capacitação em diversas áreas a 150 pro-fissionais, que participarão do tradicional Festival de Cuscuz. O evento acontece em outubro, na comunidade.

somam-se aos festivais, ações extensi-vas realizadas pela Faculdade senac Uni-dade Contagem. A mais recente delas é o portal “BAse - Bullying, aqui se enfrenta”, elaborado em parceria com professores da instituição. o objetivo é conhecer de perto a questão a partir do relato espontâneo de alunos que enfrentam ou já enfrentaram o problema. inovador, esse projeto abrange, ainda, estudantes da Aprendizagem Comer-cial e de outras escolas do município.

durante todo o ano, ações pontuais re-alizadas por meio do senacMóvel também beneficiam a população com atividades gra-tuitas voltadas às áreas de saúde, gestão, hotelaria, gastronomia, informática e turis-mo, em todo o estado. Alunos e colabora-dores da instituição são sempre estimulados a colocar em prática suas habilidades fora de sala de aula e do ambiente de trabalho. Anualmente, eles participam de campanhas e eventos que acontecem, simultaneamente, em várias unidades do senac. entre eles es-

conhecimento social para formar cidadãosluciano fagundesdiretor regional do senac

Conheça os cursos do 2º semestre de 2015

Cursos de curta duraçãoConfira nossa política de desconto.

tão o Outubro Rosa, que visa à prevenção do câncer de mama; e as semanas da saúde, da Mulher e do Turismo, reunindo centenas de pessoas todos os anos.

somente em 2014, contabilizamos 162.735 atendimentos com esse objetivo. é com muito orgulho que investimos nessas ações extensivas, pois temos consciência de que a construção da responsabilidade social é uma das peças-chave para o desenvolvi-mento do senso crítico de cidadãos e dos nossos futuros profissionais.

“a construção da responsabilidade social é uma das peças-chave para o desenvolvimento do senso crítico de cidadãos.”

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retratos de uma formação requisitada pelo mercado

Os dados apontam: quem opta pelo curso técnico tem vantagens em relação à empregabi-lidade. em algumas áreas, a remuneração des-ses profissionais supera a dos graduados. isso ocorre, sobretudo, em função da baixa oferta de pessoas qualificadas com essa formação no mercado. Uma pesquisa da consultoria Manpo-wergroup aponta que 61% dos executivos brasi-leiros enfrentam dificuldades para contratar mão de obra técnica.

a gerente de ensino profissionalizante do senac, Rosa giannotti, explica que o interesse dos empresários por candidatos de nível técnico tem crescido. Mas além desse fator, ela desta-ca que a alta empregabilidade, inclusive entre quem busca o primeiro emprego, não se expli-ca apenas pela escassez desses profissionais no mercado. “Isso se deve também ao alto nível de especialização que a formação oportuniza. para a empresa, o técnico chega pronto, já que os cur-sos privilegiam o ‘aprender fazendo’, evitando investimentos em treinamentos”, explica.

O ex-aluno do curso Técnico em enferma-gem no senac em pouso Alegre César Cainé comprova essa tendência. Ao iniciar a forma-ção, ele não atuava na área e, atualmente, traba-lha como cuidador de idosos em duas agências especializadas. O curso permitiu que ele viven-ciasse a prática do mercado. “Hoje dou frutos para a sociedade e incentivo meus amigos e fa-miliares para que um dia também possam ven-cer na vida”, comenta.

ACONTeCe

Estética é um dos cursos técnicos oferecidos pelo Senac

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valoriZação do indivíduo Ao escolher um curso técnico, alguns mo-

tivos são levados em conta pelos candidatos, como o tempo curto. Mas a crescente demanda pela modalidade tem atraído, também, outros públicos. “Há alguns anos, o técnico era pro-curado apenas por quem queria ingressar logo no mercado. Hoje as pessoas desejam ir além. Quem passa pelo técnico chega ao superior mais preparado e com conhecimentos construídos”, destaca Rosa giannotti.

AdriAnA LinhAres

“Há alguns anos, o curso técnico era mais valorizado. O profissional era requisitado e reconhecido. Hoje o valor do técnico está sendo resgatado. o empresário começou a procurar esse profissional, que é mais focado no re-sultado da sua atividade e apresenta capacidade técnica para atendimento de demandas imediatas. No nosso caso, esse profissional também é fundamental para atender a legislação da área.”

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Franklin Dias de Brito,Engenheiro de Segurança do Trabalho do Hospital Risoleta Tolentino Neves

cLiEntE Em dEStaQUE

essa modalidade de ensino também se tor-nou mais abrangente nos últimos anos. No se-nac, além de priorizar a técnica e a experiência prática, o foco está na educação integral, que valoriza a formação do indivíduo. por meio de atividades interdisciplinares reunidas em um projeto integrador, os alunos desenvolvem competências, como visão crítica e atitudes sustentáveis, empreendedoras e colaborativas. Conheça as opções de cursos oferecidos pelo senac no www.cursostecnicossenac.com.br.

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Brasil é ouro na Worldskills são paulo 2015

O Brasil conquistou o primeiro lugar no ranking geral de nações na 43º edição da Worldskills, maior competição de ensino pro-fissionalizante do mundo. alunos do Senac e do senai receberam nada menos que 27 meda-lhas (11 de ouro, dez de prata e seis de bronze). O torneio foi realizado entre 11 e 17 de agosto, em são paulo, no Centro de Convenções do Anhembi. estudantes do senac ganharam duas medalhas de bronze: uma em serviços de Res-taurante, com o baiano Andeson de Almeida, e outra em Cozinha, com o gaúcho Ricardo dornelles. a competidora do Senac em minas, Julia Machado, chegou à oitava colocação, ob-tendo o certificado de excelência em cuidados de saúde e Apoio social, assim como Aldair da silva santos (Cabeleireiro, pernambuco) e Mi-lena Berkembrock (Florista, santa Catarina).

Na cerimônia de encerramento, no ginásio do Ibirapuera, o presidente da Worldskills, simon Bartley, ressaltou o espírito competitivo e o alto nível dos competidores. “O mundo está cheio de pessoas que sabem falar; vocês souberam reali-zar”, arrematou.

atuação mineira Ao alcançar a oitava posição e conquistar

o certificado de excelência, com 509 pontos, a competidora do senac em Minas mostrou por que chegou lá. “Julia deu o melhor de

Julia entre os competidores do Senac, que representaram o Brasil no campeonato

A competidora mineira demonstrou habilidade e conhecimento técnico na área de enfermagem

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senAc em minAs conquistA oitAvo LugAr nA ocupAção cuidAdos de sAúde e Apoio sociAL

si e competiu em igualdade com suas 15 concorrentes. Ela soube honrar a profissão que escolheu e comprovou a qualidade do nosso ensino”, avaliou a treinadora elisângela de Almeida, que acompanhou a estudante durante

dois anos de intensa preparação. Os pratos elaborados pelo medalhista de

bronze, o gaúcho ricardo dornelles, tiveram uma pitada de tempero mineiro, já que o intérprete do competidor na ocupação Cozinha foi o chef do senac em Minas Marcus Monteiro. ele foi incumbido de repassar a Ricardo as tarefas das provas, ditadas em inglês. O concorrente dos pampas também teve o apoio de Ronie peterson, do Hotel senac grogotó, um dos responsáveis por prepará-lo para o mundial. “O prato apresentado na prova de Finger Food foi uma criação conjunta entre os especialistas das regionais Minas, Rio grande do sul, Rio grande do Norte e santa Catarina”, orgulha-se Ronie.

entre os melhoresAo iniciar o curso Técnico em enfermagem

em 2012, no senac, em Belo Horizonte, Julia não imaginava que três anos depois estaria entre os melhores profissionais do mundo. o objetivo era simplesmente encontrar uma profissão, mas

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Alunos de 16 nacionalidades disputaram o ouro na ocupação Cuidados de Saúde e Apoio Social

Marcus, Elisângela e Ronie: parte da equipe do Senac

Worldskills internacionalTorneio disputado entre países dos cinco continentes do mundo

Worldskills americasTorneio disputado entre países da América do Norte, América Central, América do sul e Mar do Caribe

senac em minas no mundial das profissões Al

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ao longo do tempo, o receio inicial pela área se transformou em amor e culminou na oitava colocação na Worldskills são paulo 2015. Fo-ram dois intensos anos de treinamentos e provas seletivas, em que, juntamente com a treinadora elisângela de Almeida, aprimorou sua técnica e teve a oportunidade de competir com alunas de 15 países dos cinco continentes.

em quatro dias de competição foram realiza-das 20 provas, em áreas de ambiente hospitalar, domiciliar, atendimento dia e atendimento a co-munidade/reabilitação. segundo a competidora, a tranquilidade e concentração foram os seus maiores aliados na disputa. “durante as provas, tinham pessoas conversando, fotografando, fil-mando, mas eu só via o paciente. Não notei nem a presença dos avaliadores”, conta.

enQuanto isso...Ao mesmo tempo em que Julia competia,

uma equipe de profissionais do Senac em mi-nas agia nos bastidores da Worldskills visando garantir o pleno funcionamento das provas, em diversas categorias. A treinadora de Julia, eli-sângela Almeida, por exemplo, foi uma das ex-perts da ocupação Cuidados de saúde e Apoio social, responsável por avaliar os competidores de diversos países.

outros profissionais atuaram como apoia-dores, dando suporte nas ocupações estética e Bem-estar, Cozinha e serviços de Restaurante. A instituição também levou embaixadoras, pro-fissionais responsáveis por repassar ao público, em especial aos alunos das escolas visitantes,

2015LocaL: são pAuLo, BrAsiL Posição: 8° LugAr aLuna: JuLiA mAchAdo, do senAc em BeLo horizonte ocuPação: cuidAdos de sAúde e Apoio sociAL

2013LocaL: Leipzig, ALemAnhA Posição: 7° LugAr aLuna: gABrieLA meLo, do senAc em BArBAcenAocuPação: cozinhA

2014LocaL: Bogotá, coLômBiA Posição: 3° LugAraLuna: poLiAnA nAscimento, do senAc em BArBAcenA ocuPação: cozinhA

2012LocaL: são pAuLo, BrAsiL Posição: 1° LugAraLunas: mAyArA dA siLvA gomese cAmiLA do LAgo, do senAc em poços de cALdAsocuPação: técnico de enFermAgem

tudo sobre as profissões e as rotinas das provas das categorias Florista, Cuidados de saúde e Apoio social.

Um evento como a Worldskills é um prato cheio para estreitar relacionamentos com pro-fissionais internacionais de alto nível, conhecer novas técnicas e fazer contato com empresas, visando novas parcerias e projetos. Por isso, o senac em Minas enviou os especialistas Hans Aichinger (gastronomia), patrícia Carvalhais (moda e beleza), Marcelo Vicente (tecnologia da informação) e danielle motta (saúde). tudo para manter os cursos oferecidos pela instituição em pé de igualdade com o que há de mais mo-derno no mundo.

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finalistas na netriders um festival de cuscuz

o maior queijo minasdo mundo

Treze alunos do curso Técnico em Redes de Computadores, do senac em Minas, chegaram à etapa final da maior competição interativa de redes e tecnologia da informação: a NetRiders. A disputa, criada pela Cisco system, acontece simultaneamente em vários países do mundo e faz parte do programa Networking Academy. os competidores participam de desafios práti-cos e teóricos da área e concorrem a uma certi-ficação internacional da instituição.

estudantes de Belo Horizonte e do interior do estado competiram pela etapa América La-

O evento acontece em 12 de outubro, mas a preparação começou há três meses, quando o Senac iniciou a capacitação de 150 profissio-nais do Festival de Cuscuz de padre Viegas: coordenadores, cozinheiras, operadores de cai-xa, equipes das barracas, pessoal do apoio, da logística e da limpeza.

Instrutores do senac ministraram os cursos A arte na cozinha, Boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos, Captação, orga-nização e gestão de eventos e excelência no atendimento: um diferencial para boas vendas.

Aline gonçalves Jales faz parte da coor-denação geral do festival e participou da ca-pacitação. “As aulas cuidaram do ‘coração’ da festa – a cozinha. Nossas cozinheiras agora têm melhores condições de manipulação dos ingre-dientes e preparo do prato. além disso, já modi-ficamos a nossa forma de transportar o cuscuz. Tenho mais segurança para orientar a equipe da cozinha e servir o cuscuz no festival”, afirmou.

O evento é organizado pela comunidade lo-cal com o apoio da prefeitura de Mariana. Nas primeiras edições, eram produzidos 20 quilos de cuscuz. No ano passado, foi ultrapassada a marca dos 250 quilos, oportunizando a todos a degustação de pratos típicos da região que le-vam o ingrediente.

tina e caribe com 1.250 alunos e ficaram en-tre os 348 classificados para a fase final. “Foi nossa primeira experiência em um evento de abrangência internacional voltado para alunos dessa academia. é muito gratificante saber que nossos estudantes chegaram à última etapa de uma competição tão importante para a área”, disse o especialista em Tecnologia da Informa-ção e coordenador do projeto no Senac, marce-lo Vicente Alves.

O senac em Minas é o primeiro Centro de Treinamento de Instrutores da Cisco no estado.

o Senacmóvel viajou para ipanema, no vale do rio doce, para participar da 6ª Festa do Queijo, realizada pela prefeitura do município. Quase 10 mil pessoas esti-veram presentes no evento, onde foi pro-duzido o maior queijo minas do mundo, com 1.810 quilos.

de 22 de julho a 1º de agosto, na car-reta-escola do senac, foram ofertadas 23

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em dia com a Beleza

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estética corporal e facial, Massagem com bambu e Clareamento da pele da face. essas foram algumas das oficinas que movimentaram Montes Claros entre os dias 3 e 7 de agosto, du-rante a semana do esteticista. O senac ofereceu diversas atividades ao público, realizadas por alunos do curso Técnico em estética e acompa-nhadas por profissionais da área. Uma oportuni-dade de aprendizado e de cuidado com a saúde.

oficinas gastronômicas. o tema Pratos Típicos da Culinária Mineira, ministrado pela orientadora Maria gorete Oliveira, en-volveu 593 pessoas. Uma das alunas, maria Auxiliadora de Alcântara, aprovou a inicia-tiva. “estava desmotivada e achava que o senac nunca iria chegar na cidade. estou muito feliz por terem nos presenteado com esses dotes culinários”, afirmou.

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eNTReVIsTA

A coordenadora de Aprendizagem Comer-cial do senac, Isana Cavalcanti Tenório, expli-ca a importância do programa Jovem Aprendiz para o desenvolvimento da sociedade com a formação de cidadãos responsáveis e conscien-tes. “é uma iniciativa única que dá ao jovem a oportunidade de iniciar sua vida profissional e ampliar sua formação acadêmica.” confira a entrevista completa.

o que é o programa Jovem aprendiz e para quais empresas ele é obrigatório?

O programa é norteado por uma legisla-ção específica (Lei 10.097/2000 e decreto 5.598/2005). o objetivo é promover a inclusão social e profissional, oferecendo formação téc-nico-profissional a jovens com idade entre 14 e 24 anos incompletos, que estejam cursando o ensino Fundamental ou o ensino Médio.

Os estabelecimentos de qualquer natureza, que tenham pelo menos sete empregados, são obrigados a contratar aprendizes, de acordo com o percentual exigido por lei (art. 429 da CLT). É facultativa a contratação de aprendi-zes pelas Microempresas (Me), empresas de pequeno porte (epp), inclusive as que fazem parte do sistema Integrado de pagamento de Impostos e Contribuições, denominado “sim-ples nacional” (art. 11 da Lei nº 9.841/97). a lei estabelece, ainda, que esses aprendizes se-jam matriculados nos cursos de aprendizagem oferecidos pelos serviços Nacionais de Apren-dizagem ou outras instituições. No senac, o programa está disponível em diversas cidades mineiras.

por que é interessante para o empresaria-do contratar jovens aprendizes?

Além de cumprir o que determina a legis-

Programa Jovem aPrendiz:Por que investir nessa ideia?

Isana está à frente do Programa Jovem Aprendiz

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to lação e contribuir para a formação dos jovens, as empresas possuem incentivos fiscais, como pagamento de apenas 2% de FgTs (Fundo de garantia do Tempo de serviço), dispensas do aviso prévio remunerado e de multa rescisória. Ressaltamos que empresas registradas no sim-ples não terão aumento na contribuição previ-denciária. Além disso, o empregador terá um funcionário qualificado e moldado às suas ne-cessidades, que poderá ser mantido no quadro funcional após o término do programa.

para as empresas que são contribuintes do senac o curso é oferecido sem ônus. Há também convênio com o sesc e o sescoop, no qual é concedido um desconto. Caso a empre-sa não seja contribuinte compulsória em algu-ma dessas instituições, podemos atendê-la por meio de um contrato particular, no qual será pago um valor de R$ 3.840,00 por aprendiz matriculado (tabela válida para o segundo se-mestre de 2015).

explique o que o empresário precisa fa-zer para efetivar a contratação de um jovem aprendiz

No senac, a reserva de vagas e a inscrição dos jovens são realizadas por meio do Sistema de Reserva On-line e pré-Inscrição, disponível no site da instituição. Basta seguir os passos abaixo:

1º: Consultar as unidades que ofertam o programa e verificar os cronogramas com o número de vagas, turnos e data de iní-cio e término das etapas de contratação.

2º: Reserva de vagas: nessa etapa, o empre-sário terá que acessar o sistema On-line para reservar a quantidade de vagas necessárias para cada CNpJ e imprimir o comprovante de reser-va para apresentá-lo ao senac.

3º: entrega da documentação para valida-ção da reserva: com o requerimento de vagas impresso do sistema, o empresário terá que comparecer ao senac para apresentar as cópias das guias de Recolhimento (gps, gRF e se-FIp) para análise e validação.

4º: Pré-inscrição do jovem no sistema: após o deferimento das vagas, o empresário terá que acessar o sistema On-line e realizar o cadas-tro dos jovens, para impressão da ficha de da-dos cadastrais de matrícula e do Contrato de Aprendizagem Comercial.

5º: Matrícula do aprendiz no senac: de pos-se do contrato assinado por todos os envolvi-dos (empresa, aprendiz e responsável legal) e da ficha de dados cadastrais de matrícula, o empresário terá que comparecer ao senac para entregar a documentação do jovem.

6º: Retirada das vias do contrato e compro-vante de matrícula: nesta etapa, o senac entre-gará para o empresário as duas vias do contrato e o comprovante de matrícula para apresenta-ção à gerência Regional do Trabalho e empre-go (gRTe).

Qual é a jornada de trabalho permitida e os benefícios ofertados para o aprendiz?

o jovem aprendiz tem direito a todos os be-nefícios trabalhistas e previdenciários: salário--mínimo/hora, jornada de trabalho de quatro horas diárias, FgTs, férias, vale-transporte, 13º salário, repouso semanal remunerado e benefícios previdenciários. paralelamente ao trabalho, a jornada do aprendiz no Senac com-preende 20 horas semanais, sendo quatro horas diárias em cinco dias da semana, com alternân-cia entre a parte teórica e prática.

acesse:

www.mg.senac.br/internet/cursos/aprendizagem.

Josie menezes

curso de aprendiZagem senacos cursos de aprendizagem profissio-

nal comercial são oferecidos pelo senac nos turnos manhã e tarde. são eles: servi-ços administrativos, serviços de vendas, serviços de supermercado, serviços de importação e exportação.

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dica do dEScUbraminaS.com

gostar de gente

- Um cafezinho, por favor! - Coado, expresso, cappuccino ou pingado? A preferência dos brasileiros pela bebida,

em especial a dos mineiros, é indiscutível. ela é a segunda mais consumida no país, atrás apenas da água, segundo a Associa-ção Brasileira da Indústria de Café. e é nas terras mineiras que o grão é mais cultivado nacionalmente, extrapolando um milhão de hectares plantados. O sul de Minas se des-taca como maior região produtora devido à condição climática, ao solo fértil e ao relevo montanhoso. sem falar da localização privi-legiada em relação às capitais Belo Horizon-te, Rio de Janeiro e são paulo. entre os tipos de café produzidos, estão Catuaí, Mundo Novo, Icatu, Obatá e Catuaí Rubi.

Café servido, é hora de conhecer os inú-meros atrativos do sul de Minas: estâncias hidrominerais, reservas naturais, parques, serras e um “mar doce”, o Lago de Furnas. Nos passeios, você aproveita para apreciar os tradicionais artesanatos e degustar deli-ciosos quitutes (pão de queijo, pé de mole-que, queijos e doces variados).

Um desafio muitas vezes difícil, mas cer-tamente recompensador. O gerenciamento e desenvolvimento de pessoas exigem do pro-fissional o aprimoramento de competências, não somente técnicas, mas de autoconheci-mento, por exemplo.

O especialista em gestão estratégica de Pessoas tem como desafio atrair e reter ta-lentos. para isso, utiliza-se de ferramentas comportamentais e da comunicação estraté-gica visando atingir os melhores resultados do negócio; desenvolve, lidera e motiva pes-soas; elabora ações de educação corporativa e implanta gestão por competência. “É o profissional preparado para atuar de forma mais estratégica nos processos de uma em-presa, atingindo resultados e objetivos por meio do gerenciamento de pessoas”, desta-ca a professora do senac e consultora orga-nizacional Adriana pereira santos Mafra.

E tem mais. Planejamento estratégico, gestão financeira e de projetos, inovação e competitividade são assuntos interligados com a área, e proporcionam ao gestor uma visão sistêmica das organizações.

a terra do café

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saiba mais: descubraminas.com

Minas Gerais é o maior estado produtor do grão no Brasil

O curso MBA em Gestão Estratégica de Pessoas do Senac é ministrado em diversas cidades mineiras

dicas para ser um “especialista de gente”: • buscar o autoconhecimento pessoal e profissional• manter-se motivado• Ser resiliente, saber lidar com pressões, conflitos e frustrações• influenciar pessoas positivamente

outras regiões produtoras de café em minasCerrado Mineiro: Alto paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de MinasMatas de Minas: Zona da Mata MineiraChapada de Minas: Jequitinhonha, Mucuri e Norte de Minas

prOfissãO

acesse:

www.posgraduacaosenac.com.br