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Edgar Allan Poe nasceu no seio de uma família escocesa-irlandesa, filho do ator David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e da atriz Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu após o nascimento de Rosalie, a irmã mais nova de Poe. em 1811. Depois da morte da mãe, Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, um mercador de tabaco bem sucedido de Richmond, que nunca o adotou legalmente, mas lhe deu o seu sobrenome (muitas vezes erroneamente escrito "Allen"). Placa no local de nascimento de Edgar Allan Poe, em Boston Depois de frequentar a escola de Misses Duborg em Londres, e a Manor School em Stoke Newington, Poe regressou com a família Allan a Richmond em 1820, e registrou-se na Universidade da Virgínia, em 1826, que viria a frequentar durante um ano apenas. Desta viria a ser expulso

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Edgar Allan Poe nasceu no seio de uma família escocesa-irlandesa, filho do ator David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e da atriz Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu após o nascimento de Rosalie, a irmã mais nova de Poe. em 1811. Depois da morte da mãe, Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, um mercador de tabaco bem sucedido de Richmond, que nunca o adotou legalmente, mas lhe deu o seu sobrenome (muitas vezes erroneamente escrito "Allen").

Placa no local de nascimento de Edgar Allan Poe, em Boston

Depois de frequentar a escola de Misses Duborg em Londres, e a Manor School em Stoke Newington, Poe regressou com a família Allan a Richmond em 1820, e registrou-se na Universidade da Virgínia, em 1826, que viria a frequentar durante um ano apenas. Desta viria a ser expulso graças ao seu estilo aventureiro e boêmio.

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Retrato de Elizabeth Arnold Hopkins Poe, a mãe de Edgar Allan Poe

Na sequência de desentendimentos com o seu padrasto, relacionados com as dívidas de jogo, Poe alistou-se nas forças armadas, sob o nome Edgar A. Perry, em 1827. Nesse mesmo ano, Poe publicou o seu primeiro livro, Tamerlane and Other Poems. Depois de dois anos de serviço militar, acabaria por ser dispensado. Em 1829, a sua madrasta faleceu, ele publicou o seu segundo livro, Al Aaraf, e reconciliou-se com o seu padrasto, que o auxiliou a entrar na Academia Militar de West Point. Em virtude da sua, supostamente propositada, desobediência a ordens, ele acabou por ser expulso desta academia, em 1831, fato pelo qual o seu padrasto o repudiou até a sua morte, em 1834.

Poe mudou-se, em seguida, para Baltimore, para a casa da sua tia viúva, Maria Clemm, e da sua filha, Virgínia Clemm. Durante esta época, Poe usou a escrita de ficção como meio de subsistência e, no final de 1835, tornou-se editor do jornal Sothern Literary Messenger em Richmond, tendo trabalhado nesta posição até 1837. Neste intervalo de tempo, Poe

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acabaria por casar, em segredo, com a sua prima Virgínia, de treze anos, em 1836.

Em 1837, Poe mudou-se para Nova Iorque, onde passaria quinze meses aparentemente improdutivos, antes de se mudar para Filadélfia, e pouco depois publicar The Narrative of Arthur Gordon Pym. No verão de 1839, tornou-se editor assistente da Burton's Gentleman's Magazine, onde publicou um grande número de artigos, histórias e críticas. Nesse mesmo ano, foi publicada, em dois volumes, a sua colecção Tales of the Grotesque and Arabesque (traduzido para o francês por Baudelaire como "Histoires Extraordinaires" e para o português como Histórias Extraordinárias), que, apesar do insucesso financeiro, é apontada como um marco da literatura norte-americana.

Durante este período, Virgínia Clemm soube sofrer de tuberculose, que a tornaria inválida e acabaria por levá-la à morte. A doença da mulher acabou por levar Poe ao consumo excessivo de álcool e, algum tempo depois, este deixou a Burton's Gentleman's Magazine para procurar um novo emprego. Regressou a Nova Iorque, onde trabalhou brevemente no Evening Mirror, antes de se tornar editor do Brodway Journal. No início de 1845, foi publicado, no jornal Evening Mirror, o seu popular poema The Raven (em português "O Corvo").

Em 1846, o Brodway Journal faliu, e Poe mudou-se para uma casa no Bronx, hoje conhecida como Poe Cottage e aberta ao público, onde Virgínia morreu no ano seguinte. Cada vez mais instável, após a morte da mulher, Poe tentou cortejar a poeta Sarah Helen Whitman. No entanto, o seu noivado com ela acabaria por falhar, alegadamente em virtude do comportamento

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errático e alcoólico de Poe, mas bastante provavelmente também devido à intromissão da mãe de Miss Whiteman. Nesta época, segundo ele mesmo relatou, Poe tentou o suicídio por sobredosagem de láudano, e acabou por regressar a Richmond, onde retomou a relação com uma paixão de infância, Sarah Elmira Royster, então já viúva.

Diferentemente da maioria dos autores de contos de terror, Poe usa uma espécie de terror psicológico em suas obras, seus personagens oscilam entre a lucidez e a loucura, quase sempre cometendo atos infames ou sofrendo de alguma doença. Seus contos são sempre narrados na primeira pessoa.Ele teve quatro filhos.

[editar]MorteVer artigo principal: Morte de Edgar Allan Poe

No dia 3 de Outubro de 1849, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, com roupas que não eram as suas, em estado de delirium tremens, e levado para o Washington College Hospital, onde veio a morrer apenas quatro dias depois. Poe nunca conseguiu estabelecer um discurso suficientemente coerente, de modo a explicar como tinha chegado à situação na qual foi encontrado. As suas últimas palavras teriam sido, de acordo com determinadas fontes, «It's all over now: write Eddy is no more», em português, «Está tudo acabado: escrevamEddy já não existe».

Nunca foram apuradas as causas precisas da morte de Poe, sendo bastante comum, apesar de incomprovada, a ideia de a causa do seu estado ter sido embriaguez. Por outro lado, muitas outras teorias têm sido propostas ao longo dos anos, de

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entre as quais: diabetes, sífilis, raiva, e doenças cerebrais raras.

scritor norte-americano

Edgar Allan Poe19/1/1809, Boston, EUA7/10/1849, Baltimore, EUA.Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Edgar Allan Poe destacou-se como contista, poeta e crítico literário exigente

Segundo filho de David Poe e Elizabeth Arnold, ambos atores, Edgar Poe ficou órfão ainda criança e foi adotado por um casal rico de Richmond,Virgínia, Jonh Allan e Frances Kelling Allan. Isso lhe permitiu ter uma educação de qualidade, bem como fazer uma longa viagem pela Inglaterra, Escócia e Irlanda com os pais adotivos.

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Regressou aos Estados Unidos em 1822 e continuou seus estudos sob a orientação dos melhores professores dessa época. Dois anos depois, entrou para a Universidade de Charlotesville, distinguindo-se tanto pela inteligência quanto pelo temperamento inquieto, que o levou a ser expulso da escola.

A seguir, verificou-se um período ainda pouco esclarecido na vida de Poe, no qual se registram viagens fora dos Estados Unidos. Retornou a seu país em 1829 e manifestou desejo de seguir a carreira militar. Foi admitido na célebre Academia de West Point, mas acabou expulso poucos meses depois por indisciplina.

Com a morte da mãe adotiva, John Allan voltou a casar-se, com uma mulher muito jovem que lhe deu dois filhos. Isso impediu que Poe se tornasse herdeiro da fortuna paterna e ele se afastou da casa do pai adotivo, deixando Richmond. Após um período de relativa dificuldade, conheceu uma certa prosperidade ao vencer simultaneamente os concursos de conto e poesia promovidos pela revista "Southern Literary Messager".

O fundador da publicação, Thomas White, convidou-o a dirigir a revista que rapidamente se impôs ao público. Durante dois anos, Poe esteve a frente do periódico, onde pôde exibir seu talento, que se manifestava num estilo novo, no conto e na poesia, bem como pelos artigos de crítica literária que revelavam seu rigor e sensibilidade estética.

Escritor bem-sucedido, Poe casou-se com Virginia Clemm. Entretanto, ao fim de dois anos, White cortou relações com o escritor, que já desenvolvera a doença do alcoolismo. Poe passou a produzir como "free-lancer", em grande quantidade,

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mas sem ganhar o suficiente para manter uma vida digna e saudável, o que o levou a afundar-se ainda mais na bebida.

A morte de sua mulher agravou o problema. O escritor passou a suicidar-se aos poucos, bebendo cada vez mais e já sofrendo os primeiros ataques de delirium tremens. Numa viagem a Nova York, para tratar de negócios, parou em Baltimore e hospedou-se numa taberna onde se distraiu durante horas bebendo com amigos. Era a noite de 6 de outubro de 1849. O escritor morreu na madrugada do dia 7, aos 40 anos.

Hoje Poe é um escritor estudado e cultuado em todo o Ocidente. Entre suas obras destacam-se: The Raven (O Corvo, poesia, 1845), Annabel Lee (poesia, 1849) e o volume Histórias Extraordinárias (1837), onde aparecem seus contos mais conhecidos, como "A Queda da Casa dos Usher", "O Gato Preto", "O Barril de Amontillado", "Manuscrito encontrado numa Garrafa", entre outros, considerados obras-primas do terror.

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m 1841, enquanto os farrapos lutavam contra o governo central no Brasil, nos Estados Unidos o escritor Edgar Allan Poe (1809 - 1849) publicava o conto "Os crimes da rua Morgue", considerados

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pro muitos críticos literários a primeira história de detetive da literatura moderna.

Um dos maiores escritores da língua inglesa, Allan Poe publicou contos e poemas de grande vigor literário. Suas histórias combinam enredo de suspense, terror e mistério com a investigação psicológica dos personagens. Entre seus poemas e contos mais famosos, destacam-se "O corvo", "O gato preto" e "Ligéia".

C. Auguste Dupin

C. Auguste Dupin é a fictional detetive criado perto Edgar Allan Poe. Dupin fêz sua primeira aparência em Poe “Os assassinatos no Morgue do Rue“(1841), considerado extensamente o primeiro fiction detective história.[1] Reaparece em “O mistério de Marie Roget“(1842) e”A letra Purloined" (1844).

Dupin não é um detective profissional e seus motivations para resolver os mistérios durante todo as três histórias mudam. Usando-se o que Poe denominou “ratiocination“, Dupin combina seu intellect considerável com a imaginação creativa, pondo-se mesmo himself na mente do criminoso. Seus talents são fortes bastante que parece capaz de ler a mente de seu companheiro, o narrator unnamed de todas as três histórias.

Poe criou o caráter de Dupin antes da palavra detetive tinha sido inventado. É unclear o que o inspirou mas o nome do caráter parece implicar “duping”, ou o deception. O caráter colocou o groundwork para que os detetives fictitious venham,

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incluindoSherlock Holmes, e estabelecido a maioria dos elementos comuns do genre detective do fiction.

Índices

1 Fundo do caráter 2 Método 3 Inspiração 4 Influência e significado literários 5 Outros escritores 6 Em outros meios 7 Referências

Fundo do caráter

Dupin vive dentro Paris com his amigo do fim, o anonymous narrator das histórias. Os dois encontraram-se com pelo acidente quando ambos estavam procurarando “pelo mesmo volume raro e muito notável” em um obscuro biblioteca.[2] Esta cena e a busca dos dois caráteres para saques escondidos de um texto como um metaphor para a deteção.[3] Para passatempos, Dupin é “afeiçoado” dos enigmas, conundrums, e hieroglyphics.[4] Traz o título Chevalier,[5] significando que é um knight no D'honneur de Légion.

“Nos assassinatos no Morgue do Rue”, Dupin investiga o assassinato de uma mãe e de uma filha em Paris.[6] Investiga um outro assassinato “no mistério de Marie Roget”. Esta história foi baseada na história verdadeira de Mary Rogers, um saleswoman em uma loja do charuto em Manhattan cujo o corpo foi encontrado flutuar no Rio de Hudson em 1841.[7] A aparência final de Dupin, “na letra Purloined”, caracteriza uma investigação de uma letra roubada da rainha francesa. Poe chamou esta história “talvez, o mais melhor de meus tales do ratiocination”.[8] Durante todo as três histórias, Dupin viaja através de três ajustes distintos. “Nos assassinatos no Morgue do Rue” viaja através das ruas da cidade; “no mistério

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de Marie Roget” está no largo ao ar livre; “na letra Purloined” está em um espaço confidencial incluido.[9]

Método

O prowess dedutivo de Dupin é exibido primeiramente quando parece ler a mente do narrator racional seguindo seu trem do pensamento para os quinze minutos precedentes.[10] Emprega o que denomina “ratiocination”. O método de Dupin é identificar com o criminoso e pôr-se himself em sua mente. Sabendo tudo que o criminoso sabe, pode resolver todo o crime.[11] Neste método, combina sua lógica científica com a imaginação artística.[12] Como um observador, paga a atenção especial a o que é unintended, como a hesitação, ânsia ou um palavra ocasional ou inadvertido.[13] Dupin portrayed como uma máquina pensando dehumanized, um homem cujo o único interesse esteja na lógica pura.[14]

O caráter emfatiza também a importância da leitura e da escrita: muitos de seus indícios vêm dos jornais ou dos relatórios escritos do Prefect. Este dispositivo acopla também o leitor, que segue longitudinalmente lendo os indícios ele mesmo.[15]

Dupin não é realmente um detective profissional e seus motivations mudam durante todo suas aparências. “Nos assassinatos no Morgue do Rue,” investiga os assassinatos para seu divertimento pessoal e para provar o innocence de um homem falsa acusado. Recusa uma recompensa financeira. Entretanto, “na letra Purloined”, Dupin persegue purposefully uma recompensa financeira.[16]

Inspiração

Poe pode ter começado o último “Dupin conhecido” de um caráter em uma série das histórias publicado primeiramenteCompartimento do cavalheiro de Burton em 1828 chamou “passagens Unpublished na vida de Vidocq, o ministro francês das polícias ".[17] O

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nome implica também “duping“ou o deception, uma habilidade Dupin mostra fora “na letra Purloined.”[18] O fiction Detective, entretanto, não teve nenhum precedent real e a palavra detetive não tinha sido inventado ainda quando Poe introduziu primeiramente Dupin.[19] O exemplo o mais próximo no fiction é Voltaire Zadig (1748), em que o caráter principal executa feats similares da análise.[1] Poe capitalized também no interesse popular naquele tempo. Seu uso de um orangutan “nos assassinatos no Morgue do Rue” foi inspirado pela reação popular a um orangutan que estivesse na exposição no Salão Masonic em Filadélfia em julho 1839.[12] “No mistério de Mary Roget”, usou uma história verdadeira que acontecesse com o interesse nacional.[7]

Influência e significado literários

C. Auguste Dupin é reconhecido geralmente como o primeiro detetive dentro fiction. O caráter serviu como o protótipo para muitos que foram criadas mais tarde, incluindo Sherlock Holmes por Arthur Conan Doyle e Hercule Poirot por Agatha Christie.[20]Doyle uma vez que dita, “cada uma [de histórias detective de Poe] é uma raiz de que uma literatura inteira se tornou… Onde estêve a história detective até que Poe respirou a respiração da vida nele? “[21]

Muitos tropes isso tornar-se-ia mais tarde commonplace no fiction detective apareceu primeiramente em histórias de Poe:excêntrico mas detetive brilhante, bumbling constabulary, o narration da primeiro-pessoa por um amigo pessoal próximo. Dupin inicía também o dispositivo storytelling onde o detetive anuncia sua solução e explica então o raciocínio que conduz a ele.[22]Como Sherlock Holmes, Dupin usa seus prowess e observação dedutivos consideráveis resolver crimes. Poe portrays também as polícias em uma maneira unsympathetic como uma sorte de folha ao detetive.[23]

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O caráter ajudado estabeleceu o genre do fiction detective, distinto do fiction do mistério, com uma ênfase na análise e não no experimentação-e-erro.[24] Brander Matthews escreveu: “A história detective verdadeira porque Poe conceived a está não no mistério próprio, mas rather nas etapas sucessivas por meio de que o observador analítico é permitido de resolver o problema que pôde ser demitido como além do elucidation humano.”[25] No fato, nas três histórias que a estrela Dupin, Poe criou três tipos de fiction detective que estabeleceram um modelo para todas as histórias futuras: o tipo físico (“os assassinatos no Morgue do Rue”), a versão mental (“o mistério de Marie Roget”), e equilibrada de ambos (“a letra Purloined”).[26]

Fyodor Dostoevsky Poe chamado “um escritor enormemente talented” e histórias detective de Poe favoràvel revisto. O caráter Porfiry Petrovich na novela de Dostoevsky Os irmãos Karamazov foi influenciado por Dupin.[27]

Outros escritores

Na primeira história de Holmes, “Um estudo no Scarlet“(1887), Doutor Watson compara Holmes a Dupin, a que Holmes responde, “nenhuma dúvida que você pensa que você me está elogiando… Em minha opinião, Dupin era um companheiro muito inferior, “[28] apesar do fato que o detetive estêve inspirado evidente pelo outro.

Dupin em seguida aparece em uma série de sete histórias curtas dentro Compartimento do mistério da rainha de Ellery porMichael Harrison nos 1960s. As histórias foram coletadas pelos Publishers Mycroft & Moran em 1968 como As façanhas do Chevalier Dupin. As histórias incluem “o tesouro desaparecido” (maio 1965) e “os fogos no St. do Rue Honoré " (janeiro 1967).

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Dupin teve também o impacto considerável no Agatha Christie caráter Hercule Poirot,[20] introduzido primeiramente dentro O caso misterioso em estilos (1920). Mais tarde na vida do detetive fictional, escreve um livro em Edgar Allan Poe na novelaTerceira menina (1966).

O homem que era Poe, uma novela juvenile perto Avi, as características Dupin que befriending um menino novo nomearam Edmund. Os dois resolvem os mistérios junto dentro Providence, Rhode - console. Dupin é revelado mais tarde para ser Edgar Allan Poe ele mesmo.

O Novelist George Egon Hatvary usa Dupin em sua novela O assassinato de Edgar Allan Poe (1997) como o detetive e o narrator. Na novela Dupin viaja a América para investigar as circunstâncias da morte misteriosa de Poe em 1849. Na novela, Dupin e Poe assentaram bem em amigos quando Poe permaneceu no circa 1829 de Paris, e era Poe que ajudou a Dupin nos três casos que Poe escreveu aproximadamente. Hatvary escreve que Dupin carrega uma semelhança excepcional a Poe, tanto de modo que diversos povos confundam os dois na primeira vista.

Dupin faz uma aparência do convidado nas primeiras duas introduções de Alan Moore A liga de Gentlemen extraordinários (1999) livros comic, ajudando seguir para baixo e subdue o Sr. monstrous Hyde (quem está vivendo secreta em Paris após faking a morte descrita dentro A caixa estranha do Dr. Jekyll e Sr. Hyde).

A busca para “o Dupin real” está no centro de Pérola de Matthew novela A sombra de Poe (2006).

Dupin faz uma aparência, ao lado de Poe ele mesmo, na novela Edgar Allan Poe em Marte (2007) perto Jean-Marc Lofficier &Randy Lofficier.

Em outros meios

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Dupin (jogado perto Algodão de Joseph) é um caráter no 1951 Fletcher Markle película O homem com um casaco. A identidade verdadeira de Dupin é revelada na extremidade da película para ser Poe ele mesmo.

Batman na série comic “: Confidential, “a criação do super-computer crime-resolvendo do Batman que é ligado a Interpol, das bases de dados de FBI, e de CIA é introduzido. Sabido geralmente como do “o computador bastão,” ele nicknamed originalmente “Dupin,” após herói do Batman o “.”

Referências

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28. ^ Conan Doyle, Arthur. "Um estudo no Scarlet", Capítulo 2

EDGAR ALLAN POE: OS CONTOS DE   RACIOCÍNIO

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Ilustração de Berni Wrightson para "Os Crimes da Rua

Morgue"

Assim como a ficção científica, nos tempos de Poe as histórias policiais como as conhecemos hoje ainda não existiam. A expressão “história de detetive” só começaria a ser utilizada décadas mais tarde.

Poe chamava seus contos de detetive de “tales of ratiocination”, ou “histórias de raciocínio” (uso a tradução mais recente para o português brasileiro, de William Lagos). Escreveu três narrativas que entraram para a história como as primeiras histórias de detetive, os contos de C. Auguste Dupin: The Murders in the Rue Morgue, The Mystery of Marie Rogêt e The Purloined Letter.

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Arthur Conan Doyle, pai do detetive mais famoso de todos os tempos, Sherlock Holmes, menciona C. Auguste Dupin no primeiro romance do detetive inglês, A Study in Scarlet, prova inconteste da influência literária de Poe na criação de Holmes (a outra influência seria o Dr. Joseph Bell, professor de Doyle em Edinburgo, que utilizava o método dedutivo, bastante semelhante ao de Holmes, em suas análises forenses).

Dupin é o protótipo do detetive “robótico”, um personagem que por pouco não se torna um estereótipo, tão concentrado está em sua função. Mas Poe não permite que isso aconteça. Através da narrativa de seu colega, com quem divide uma casa (e nisso Poe também se torna precursor, ao criar o fiel companheiro e narrador das histórias do detetive, como Watson para Holmes e Hastings para Poirot).

Aparentemente despido de qualquer emoção, Dupin vive para solucionar mistérios. Ora por puro e simples prazer, como no seu conto de estréia, ora pelo dinheiro da recompensa, como no mistério de Marie Rogêt – que foi baseado num caso real, o assassinato de Mary Cecilia Rogers.

Se em The Murders in the Rue Morgue, escrito em 1841, o mistério é considerado insolúvel pela polícia pelas circunstâncias tão absurdas que beiram o surreal (e que não impedem de modo algum o raciocínio de Dupin, que não deixa que o supostamente irracional o detenha), em The Mystery of Marie Rogêt a história tem menos ação e mais explicações, beirando o didatismo. Já em The Purloined Letter, considerada pelo próprio Poe sua melhor história de raciocínio, os diálogos são mais ágeis novamente, com o adicional de praticamente criar um novo subgênero literário: o mistério do

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quarto fechado, aprimorado quase um século depois por John Dickson Carr.

Mas os três contos de Dupin não são os únicos em que Poe usou sua técnica de raciocínio. Em The Business Man, conto pouco conhecido por estas plagas, Poe constrói um narrador de uma racionalidade que beira o idiotismo (de propósito, claro), mas que no final dá uma mostra de inteligência que é uma rasteira no leitor.

E nem estamos falando dos ensaios. Em Maelzel’s Chess Player, Poe expõe um suposto “autômato” jogador de xadrez chamado The Turk(O Turco) que havia ficado famoso na Europa e nos EUA. O falso robô havia sido inventado por um certo Wolfgang von Kempelen em 1769 (alguma dúvida quanto à inspiração para o conto Von Kempelen and His Discovery?).

 Esse ensaio foi publicado originalmente na edição de abril de 1836 da revista Southern Literary Messenger, e é considerado o precursor dos “contos de raciocínio” de Poe, não pelo estilo, pois não é um conto, mas porque é nele que Poe começa a criar o método analítico que anos depois usaria em suas “histórias de raciocínio”.

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Ilustração para o conto 'The Gold Bug'

 Um dos contos mais traduzidos e lidos de Poe éThe Gold-Bug, que não só é um conto de raciocínio como mistura a famosa história de tesouro perdido (que já era famosa na época, muito embora A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, só viesse a ser publicado em 1883, três décadas depois da morte de Poe) a outro tema do qual Poe gostava muito: a criptografia. É outra história de Poe em que contar um resumo pode entregar o final – mas fica a sugestão de leitura.

(Uma pequena observação: talvez não seja a toa que Machado de Assis, além de ter traduzido O Corvo e escrito alguns contos na mesma chave satírica de Poe, fosse um enigmista juramentado, ou seja, um fervoroso fã de charadas e enigmas – como, no século vinte, também o foram Georges Perec e Raymond Queneau, apenas para citarmos alguns ilustres escritores.)>> PÓS-ESTRANHO – por Fábio Fernandes

Poe eo Cinema gótico

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s chamados schauerfilme ("filmes horripilantes") tiveram origem na Alemanha e foram rodados entre a humilhação do país diante da derrota da Primeira Guerra Mundial e a ascensão do poder nazista na década de 30. A abordagem do schauerfilme, emprestada do teatro e da literatura, foi a mesma do expressionismo, na qual o clima e o psicológico eram mais importantes do que o realismo. O maior retrato expressionista é o conhecido O Gabinete do Dr. Caligari, lançado em 1919. Trata-se da "visão do mundo de um louco" e conta a história de um sinistro hipnotizador (Caligari), que exibe em sua cidade um sonâmbulo (Cesare), anunciado como capaz de prever o futuro. O homem "prevê" a morte de um dos espectadores, um estudante. Caligari força a realização da profecia, conduzindo o sonâmbulo para assassinar o estudante. Carl Mayer, co-autor do filme, diz: "Caligari representa os líderes insanos que enviam as massas submissas (retratadas pelo sonâmbulo) para matar e morrer na guerra".

Porém, antes mesmo deste clássico, o escritor Edgar Allan Poe já influenciava o cinema americano com seus poemas um tanto quanto darks. A primeira tentativa de se fazer um cinema denominado gótico é de D. W. Griffith (The Avenging Conscience, 1914). O filme utilizava o argumento deThe Tell – Tale Heart, um conto clássico de Poe, que fala sobre a culpa de um anti-herói envolvido num grande esquema de assassinato.

Edgar Allan Poe nasceu em 19 de janeiro de 1809. Filho de dois atores itinerantes, viveu trágicos momentos, pois seu pai, David Poe, o abandonou ainda cedo, e sua mãe, Elizabeth, morreu em sua presença antes dele completar seus 3 anos de idade. Talvez por isso ele encarasse a vida como uma performance, qualquer pequena crise era motivo para grandes melodramas. Poe levou a literatura gótica ao universo psicológico. O sinistro de seus contos girava muito mais em torno de desequilíbrios mentais do que em forças sobrenaturais. Contos de horror com sátiras inteligentes, um clima estranho e uma sensação de não saber ao certo se "é pra rir ou pra chorar". E o escritor Poe levou seu universo gótico às telas de cinema também.

Os assassinos da Rua Morgue, de 1932, conta a história de um cientista sádico, interpretado por Bella Lugosi, ator austríaco também conhecido pela caracterização do famoso personagem Drácula. Mas o filme deve mais a O Gabinete do Dr. Caligari do que ao conto de Poe. Dois anos depois, em 1934, outra tentativa de adaptação de uma obra de Poe, O gato preto, menos semelhante que Os assassinos da rua Morge porém um clássico cult dirigido por Edgar G. Ulmer.

É em 1960, com a união dos atores Vicent Price e Roger Corman, que as obras de Edgar Allan Poe se tornam filmes ícones do cinema gótico. Price e Corman refilmam A queda da casa de Usher, produzido na França, em 1928, pelo polonês Jean Epstein. Lorde Roderick Usher vive preocupado com a saúde da esposa, ela morre e é enterrada, mas ele acredita que ela apenas permanece adormecida e, a partir daí, fatos estranhos acontecem em volta da casa.

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A parceria dos dois deu tão certo que Roger Corman resolve produzir o terror de Allan Poe em 7 filmes conhecidos como "Ciclo Poe". Em 1960 filmam O Solar Maldito; em 1961, A Mansão do Terror – adaptação de O Poço e o Pêndulo; em 1962, Muralhas do Terror – inspirado em 3 contos de Poe (Morela, O Gato Preto e O Caso do Sr. Valdemar); em 1963, O Castelo Assombrado; em 1964, Orgia da Morte, dito seu melhor filme. E também em 64 é rodado O Túmulo do Sinistro, baseado no conto Ligéia. Mesmo dirigindo quase sem dinheiro e subestimado por grande parte da crítica da época, Corman persistiu. Especialista em filmagens de baixo custo, reaproveitava cenários de um filme para o outro e os produzia em uma semana. O diretor dirigiu 43 filmes nos primeiros 10 anos de carreira e produziu mais de 3 centenas desde 1955. E, mesmo custando uma ninharia, faziam tanto sucesso nos drive-ins dos anos 50, que produziam o milagre da multiplicação. Ele continua trabalhando até hoje (já cheio da grana...)

Mas as influências de Edgar Allan Poe não morreram nos anos 60.

"Quando era jovem, eu tinha duas janelas no meu quarto, janelas ótimas, que davam para o gramado e, por alguma razão, meus pais cobriram as janelas com tijolos e me deram uma janelinha que não passava de uma fenda na parede, e eu precisava subir na escrivaninha para ver o que havia lá fora (...) Naquela época, não perguntei por que eles fizeram aquilo. Então, comparei essa experiência com um conto de Poe em que uma pessoa era emparedada, enterrada viva, para poder falar a respeito dessa época."

O nome do garotinho que disse tal frase é Timothy William Burton, mais conhecido como Tim Burton. O famoso diretor deEdward Mãos de Tesoura começou sua carreira com um curta-metragem de animação em stop motion chamado Vincent. O curta, de 6 minutos, é uma autobiografia de Burton e, de forma muito interessante, repete citações dos filmes de horror estrelados por Price (que narra a animação), assim como passagens de contos e poemas originais de Allan Poe. O filme combina também um visual de O Gabinete de Dr. Caligari com versos anárquicos de Dr. Seuss em O Gatola da Cartola.

E Poe continua a influenciar o cinema de horror e a cultura gótica. Um exemplo é a animação não muito conhecida, Lenore. A personagem já existia no mundo dos quadrinhos há um bom tempo, mas, com o advento da internet, tornou-se interessante transformá-la em um ser animado. O nome de seu criador é Roman Dirge, e a menininha que esbanja um grande humor negro é personagem famosa de um conto de Poe, O Corvo. A linda menininha de cabelos loiros que adora brincar com bonecas e animaizinhos parece ser uma garota comum, com uma "pequena" diferença: ela é uma morta-viva.

Assim, podemos perceber como Poe influenciou várias gerações não só de importantes autores literários, mas também de tantos diretores e produtores de cinema de horror e gótico.

 

 

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Por Débora Castro Cabra (Adaptado por Spectrum)

Extraído de www.negativoonline.com

 

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Edgar Allan PoeNasceu em 19 de janeiro de 1809 em Boston, Massachusetts. Ficou

órfão aos dois anos de idade e foi enviado à Escócia e à Inglaterra

para fazer seus estudos. Na Universidade da Virgínia, se tornou

alcoólatra e grande adepto do jogo. Publicou seu primeiro livro de

poesias em 1827. Seus poemas são pouco numerosos, mas

compreendem versos de primeira classe, especialmente a admirável

composição O Corvo, que tanto em prosa como em verso tem sido

vertida para várias línguas. Poe também é autor do romance O

relato de Arthur Gordon Pym (que inspiraria Melville em seu

clássico Moby Dick) e de contos antológicos, entre

eles,Assassinatos na rua Morgue e Histórias extraordinárias. Suas

narrativas de terror, de mistério e policiais são marcos na história da

literatura, tendo influenciado grandes autores como Conan Doyle,

Agatha Christie, G. K. Chesterton. Jorge Luis Borges etc.

Um espírito desequilibrado e uma alma atribulada fizeram Poe levar

sempre uma vida de miséria e de desespero, mas senhor, ao mesmo

tempo, da maior figura do romantismo americano e o mais

universalmente conhecido dos seus escritores. Sua própria vida foi

um desses romances vividos que fornecem alta matéria para os

romancistas. Devido aos excessos alcoólicos, Poe morreu em 7 de

outubro de 1849 em Baltimore.

Cronologia biobliográfica:

1809 – Boston. Nascido a 19 de janeiro.

1811 – Richmond, Virginia. A mãe de Poe morre em dezembro,

deixando três filhos pequenos aos cuidados de amigos. Edgar Poe é

levado para a casa de John Allan, um comerciante de Richmond.

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1815-1820 – Londres. Freqüenta academias clássicas na Inglaterra,

enquanto John Allan cuida de seus interesses comerciais.

1820-1825 – Richmond. Os Allans retornam aos Estados Unidos em

1820. Poe é matriculado em duas academias de Richmond, onde se

destaca em línguas, esportes e travessuras. Compõe diversas sátiras

em verso, no formato de dísticos ou parelhas, todas perdidas

atualmente, à exceção de “O, Tempora! O, Mores!” (Que tempos!

Que costumes!)

1826 – Charlottesville. Ingressa na Universidade de Virginia e se

destaca em Línguas Românicas antigas e modernas (neolatinas).

Perde dois mil dólares no jogo; Allan se recusa a pagar a dívida e

retira Poe da universidade.

1827-1828 – Boston e Charleston. Engaja-se no exército dos

Estados Unidos sob o pseudônimo de “Edgar A. Perry”, sendo

designado para Fort Independence no porto de Boston. Nesse verão,

vê impresso seu primeiro livro – um pequeno volume de menos de

doze peças poéticas, Tamerlane and Other Poems, escritos “Por um

Bostoniano”, o qual, além do trabalho que lhe dá o título, inclui

poemas como “Dreams” (Sonhos), “Visit of the Dead” (A visita dos

mortos), “Evening Star” (Estrela vespertina) e “Imitation”

(Imitação), revisado como “A Dream Within a Dream” (Um sonho

dentro de um sonho). Em novembro de 1827, a unidade de Poe é

transferida para o sul dos Estados Unidos.

1829 – Richmond, Filadélfia e Baltimore. Em abril, algumas se-

manas após a morte da senhora Allan, Poe dá baixa do exército.

Encontra um editor para uma edição levemente aumentada de seus

poemas em Baltimore, onde vive por algum tempo com parentes.

Em dezembro, Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poemsaparece,

com o acréscimo de meia dúzia de novos trabalhos às versões

revisadas dos poemas deTamerlane, incluindo o irônico “Sonnet –

To Science” (Soneto à ciência), o burlesco “Fairy-Land” (O país das

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fadas) e um “Preface” em verso (que posteriormente foi expandido

para originar uma “Introduction” meio séria, meio cômica para a

edição de 1831 dos poemas; e, ainda mais tarde, reduzido para

“Romance”).

1830 – West Point. Ingressa na Academia Militar de West Point.

Novamente se destaca em línguas. Torna-se conhecido entre os

cadetes por seus versos cômicos a respeito dos oficiais. Enquanto

isso, John Allan se casa novamente e descobre uma carta em que

Poe comenta que “O sr. A. não se encontra muito freqüentemente

sóbrio” (datada de 3 de maio de 1830), que serve de motivo para

que corte relações com Poe. 

1831 – Nova York e Baltimore. Não recebendo mais a mesada de

John Allan, Poe dá um jeito de “desobedecer ordens”

(aparentemente sem envolver nada mais sério que faltar a aulas ou

deixar de ir aos serviços religiosos) e deste modo obtém baixa do

exército. Poems: Second Edition, agora sob o nome de “Edgar A.

Poe”, é publicado em Nova York nessa primavera. Inclui extensas

revisões de “Tamerlane”, “Al Aaraaf” e outros de seus primeiros

poemas, do mesmo modo que meia dúzia de composições novas:

“To Helen”, “Israfel”, “The Doomed City” (A cidade condenada)

que foi posteriormente revisado como “The City in the Sea” (A

cidade do mar), “Irene” (posteriormente revisado como “The

Sleeper” – A adormecida), “A Paean” (revisado como “Lenore”) e

“The Valley Nis” (revisado como “The Valley of Unrest” – O vale

da inquietação). O volume também inclui uma introdução em prosa,

intitulada “Letter to Mr.——”, que expõe uma visão da arte

altamente romântica. Passa a viver com sua tia, Maria Clemm, e sua

prima, Virginia, em Baltimore. Submete vários contos a um

concurso anunciado pelo jornal Philadelphia Saturday Courier.

1832 – Baltimore. O Courier publica cinco de seus contos satíricos

ou burlescos a intervalos regulares, entre janeiro e dezembro:

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“Metzengerstein”, “The Duke de L’Omelette”, “A Tale of

Jerusalem”, “A Decided Loss” (Uma perda inegável), primeira

versão de “Loss of Breath” (Perda de respiração); e “The Bargain

Lost” (O negócio gorado), primeira versão de “Bon-Bon”.

1833-1834 – Baltimore. No verão de 1833, Poe apresenta outro

conjunto de contos em um concurso patrocinado pelo Baltimore

Saturday Visiter; estes são a primeira série de uma coleção de

paródias que nunca chegou a ser publicada. Poe pretendia intitulá-

la The Tales of the Folio Club, que nesta ocasião incluíam, além das

cinco histórias publicadas no Courier, “Some Passages in the Life

of a Lion” (depois “Lionizing”) (Algumas passagens da vida de um

leão – depois Celebridade); “The Visionary” (depois revisado como

“The Assignation” – A atribuição); “Shadow” (Sombra);

“Epimanes” (depois “Four Beasts in One” – Quatro feras em uma);

“Siope” (mais tarde, “Silence”); e “MS. Found in a Bottle”

(Manuscrito encontrado em uma garrafa). Este último ganha o

primeiro prêmio de cinqüenta dólares, enquanto “The Coliseum”

recebe o segundo lugar na competição de poesia; ambos são

impressos pelo Visiter em outubro de 1833. Vende “The Visionary”

para a revista Godey’s Lady’s Book, onde aparece em janeiro de

1834, sendo a primeira publicação de Poe em uma revista de ampla

circulação. Em março de 1834, morre John Allan, omitindo

qualquer menção a Poe em seu testamento.

1835 – Richmond. Passa a colaborar no jornal Messenger em

março; envia grande número de trabalhos para suas páginas durante

esse ano: diversos poemas, a primeira parte de um drama em

versos, Politian; e cinco contos novos, o gótico “Morella”, o gótico-

burlesco “Berenice”, o cômico “Hans Phaal”, o satírico “King Pest”

e o pseudogótico “Shadow” (Sombra). Além disso, escreve uma

coluna sobre eventos literários correntes e faz mais de trinta

revisões de livros. Entre as revisões, encontra-se uma demolição da

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novelaNorman Leslie, de autoria de Theodore S. Fay. Estas

revisões, combinadas a seus ataques constantes às “cliques

literárias” nortistas, começaram a granjear para Poe o título de

“Tomahawk Man” (O homem da machadinha). A circulação

do Messenger subiu dramaticamente. Enquanto isso, de Baltimore,

Maria Clemm sugere que Virginia pode passar a morar com um de

seus primos e Poe prontamente escreve para pedir a mão de Virginia

em casamento. Em setembro, ele retorna a Baltimore, ocasião em

que pode ter casado secretamente com ela. Em outubro, Poe traz

Maria Clemm e Virginia para Richmond. Em dezembro, White, o

proprietário do jornal, oferece a Poe o cargo de editor

do Messenger, que agora goza de plena prosperidade. 

1836 – Richmond. Em maio, Poe casa-se publicamente com Vir-

ginia Clemm, que ainda não completou quatorze anos. Seu trabalho

constante para tornar o Messenger uma das mais importantes

publicações de crítica literária é indicado pelo grande número de

revisões que ele escreve para serem publicadas nele – mais de

oitenta. Entre estas se encontra outra sátira flamejante, a revisão da

novela Paul Ulric, de Morris Matson; outras revisões incluem, além

de ataques contra escritores presentemente esquecidos, duas

revisões louvando os primeiros trabalhos de Dickens, além de

exercícios sobre definição crítica.

1837-1838 – Nova York e Filadélfia. Disputa com White por consi-

derar baixo o seu salário, em janeiro de 1837; pede demissão

do Messenger e leva sua pequena família para Nova York. Passa os

dois anos seguintes como contribuidor independente em Nova York

e Filadélfia, antes de conseguir outro cargo de editor. Publica

poemas e contos, incluindo a história cômica “Von Jung the Mys-

tic”, o conto gótico “Ligeia” e as duas histórias satíricas que

formam um conjunto, “How to Write a Blackwood Article” (Como

escrever um artigo de Blackwood) e “The Scythe of Time” (A foice

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do tempo), mais tarde reintitulada “A Predicament” (Uma situação

embaraçosa). Em julho de 1838, sua única novela, O relato de

Arthur Gordom Pym, que tinha sido publicada em forma de seriado

no Messenger, durante o ano de 1837, agora é publicada em Nova

York, sob formato de livro.

1839 – Filadélfia. Relaciona-se com William Burton e, em maio,

torna-se editor associado da revistaBurton’s Gentleman’s Magazine,

contribuindo com um artigo assinado por mês, além de escrever a

maior parte das revisões de livros. Suas primeiras contribuições

incluem o conto satírico “The Man That Was Used Up” (O homem

que foi consumido) e os contos góticos “The Fall of the House of

Usher” e “William Wilson” (ambos publicados neste volume).

Envolveu-se na redação de um livro-texto de caráter duvidoso,The

Conchologist’s First Book (O primeiro livro do conquiliologista), de

autoria de Richard James Wyatt. Começa sua primeira série de

soluções de criptogramas na revista Alexander’s Weekly Messenger.

1840 – Filadélfia. Publica Tales of the Grotesque and Arabesque,

reimpressão de 24 de seus contos, com a adição de uma história

cômica ainda não publicada, “Why the Little Frenchman Wears his

Hand in a Sling?” (Por que o francesinho usa uma tipóia?). Discute

com William Burton e é demitido. Em um esforço para fundar sua

própria revista literária, ele distribui uma circular denominada

“Prospectus for The Penn Magazine”, mas não obtém apoio

financeiro suficiente. Publica “Sonnet – Silence”, o conto satírico

“The Businessman” (O comerciante) e o texto apócrifo que intitulou

“The Journal (O diário) of Julius Rodman”. Em novembro, Burton

vende sua revista para George Graham, que a unifica com sua

própria revista, The Casket (O ataúde) para formar a Graham’s

Magazine. Apesar de sua discussão com Poe no início do ano,

aparentemente Burton o recomenda a Graham e, em dezembro, Poe

contribui com o conto gótico “The Man in the Crowd” (O homem

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da multidão) para o primeiro número da “nova” revista. 

1841 – Filadélfia. Torna-se editor associado de Graham’s.

Contribui com a história de raciocínio detetivesco “The Murders in

the Rue Morgue” (Os assassinatos da rua Morgue); a aventura

gótica “A Descent into the Maelström” (Descida ao redemoinho ou

Descida ao Maelström); o idílio soturno “The Island of the Fay” (A

ilha da fada); o irônico “Colloquy of Monos and Una”; e o satírico

“Never Bet the Devil Your Head” (Nunca aposte sua cabeça com o

Diabo). Continua a publicar em outras revistas, notadamente

“Eleonora”, em The Gift, ao passo que, em um artigo publicado

pelo Saturday Evening Post, prediz com acurácia o desfecho

deBarnaby Rudge, novela de Dickens, a partir do primeiro capítulo. 

1842 – Filadélfia. Em janeiro, Virgínia sofre uma hemorragia,

primeiro sinal sério de uma doença que levará sua vida cinco anos

depois. Poe encontra-se com Dickens. Demite-se da

revista Graham’s depois de uma disputa sobre privilégios editoriais.

Trabalha em uma nova coleção de histórias em dois volumes, em

que obras cômicas são cuidadosamente alternadas com trabalhos

sérios, a ser intitulada Phantasy-Pieces, em imitação do livro

alemão Phantasiestücke, que nunca chega a ser publicado. No

outono, publica “The Pit and the Pendulum” (O poço e o pêndulo);

“The Landscape Garden” (O jardim formal) e “The Mystery of

Marie Roget”.

1843 – Filadélfia. Passa a colaborar na nova revista de James

Russell Lowell, The Pioneer (O pioneiro), publicando em suas

páginas “Lenore”, “The Tell-Tale Heart” (O coração denunciador) e

um ensaio sobre versos ingleses (que mais tarde se torna “The

Rationale of Verse” – Os fundamentos lógicos do verso). Todavia, a

revista só publica três números e Poe novamente tenta estabelecer

uma revista independente, que desta vez se deveria chamar The

Stylus, e falha de novo. Em junho, “The Gold Bug” (O escaravelho

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de ouro) ganha um prêmio de cem dólares oferecido pelo Dollar

Newspaper, de Filadélfia, que é amplamente reimpresso.

Encorajado pelo sucesso imediato dessa história, Graham começa a

“publicação em partes” de The Prose Romances of Edgar A.

Poe, cujo primeiro número apresenta o conto sério “The Murders in

the Rue Morgue” juntamente com o cômico “The Man That Was

Used Up”. No outono, o conto gótico “The Black Cat” (O gato

preto) é seguido pelas histórias cômicas “The Elk” (O alce) e

“Diddling Considered As One of the Exact Sciences” (A trapaça

considerada como uma ciência exata). Começa um circuito de

conferências em novembro, com o tema “Poets and Poetry in

America”.

1844 – Filadélfia e Nova York. Continua suas conferências sobre a

poesia americana, ao mesmo tempo que contribui para grande

variedade de revistas. Notáveis são a história cômica “The

Spectacles” (Os óculos) e o conto de ocultismo “The Tale of the

Ragged Mountains” (Conto das montanhas escarpadas). Consegue

um emprego como redator no New York Evening Mirror e transfere

sua família para Nova York, notabilizando sua chegada com uma

fraude jornalística que alcança pleno sucesso no New York Sun,

sobre uma pretensa viagem de balão através do Atlântico. Continua

a publicar prolificamente em grande variedade de revistas e jornais

as histórias tragicômicas: “The Premature Burial” (O funeral

prematuro); “Mesmeric Revelation” (Revelação hipnótica) e “The

Oblong Box” (A caixa comprida) e a sátira cômica “The Angel of

the Odd” (O anjo da estranheza), que são seguidas pela peça de

raciocínio “The Purloined Letter” (A carta roubada), seguida, por

sua vez, por “Thou Art the Man” (Tu és o homem), uma paródia do

gênero das histórias de detetive que ele tinha popularizado, se é que

não foi seu inventor, durante os últimos três anos. Veio depois “The

Literary Life of Thingum Bob”, uma sátira sobre Graham e outros

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editores. Em dezembro, ele começou a coluna Marginalia (Notas à

margem) na Democratic Review, uma série contínua de comentários

breves e aleatórios sobre leitura, escrita e os caprichos da vida. 

1845 – Nova York. Em janeiro, aparece “The Raven” (O corvo)

no Evening Mirror. Continua sua turnê de conferências. Publica as

histórias satíricas “The Thousand and Second Tale of

Scheherazade” (A milésima-segunda história de Scheherazade) e

“Some Words with a Mummy” (Algumas palavras com uma

múmia), seguidas pelo conto “filosófico” “The Power of Words” (O

poder das palavras) e o tragicômico “Imp of the Perverse” (O

demônio da perversidade). Passa a colaborar com a Broadway

Journal. Reimprime nela muitos de seus poemas e contos, do

mesmo modo que contribui com mais de sessenta revisões ou

ensaios literários. Começa a “Little Longfellow War” (A pequena

guerra com Longfellow), uma série de cinco artigos em que acusa

de plágio Longfellow, uma das figuras literárias mais populares em

sua época. Em junho, Evert Duyckinck escolhe doze das histórias

de Poe e as publica através da firma nova-iorquina Wiley and

Putnam, sob o título de Tales. Em outubro, continuando suas

conferências e leituras ao público, Poe lê “Al Aaraaf”, no Liceu de

Boston, apresentando a peça, por brincadeira, como sendo de outro

autor. Enquanto isto, os editores da Broadway Journal tinham se

desentendido, o que levou Poe a pedir grandes somas emprestadas a

seus amigos, de modo que, finalmente, se bem que por um período

breve, se torna proprietário e editor de sua própria revista. Continua

a publicar em diversas outras revistas; notavelmente, “The System

of Dr. Tarr and Prof. Fether” e o tragicômico “Facts in the Case of

M. Valdemar” (Os fatos que envolveram o caso de Mr. Valdemar).

No final desse ano, Wiley and Putnam publicam The Raven and

Other Poems (O corvo e outros poemas).

1846 – Nova York. Durante o inverno, uma doença força Poe a in-

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terromper a publicação da Broadway Journal, que havia sofrido

prejuízos durante o ano de 1845. Contribui com o conto tragicômico

“The Sphinx” (A esfinge) e o ensaio semi-sarcástico “Philosophy of

Composition” para outras revistas. Começa em maio “The Literati

of New York City” na Godey’s, uma série de esboços levemente

satíricos de escritores nova-iorquinos bem conhecidos, inclusive

Thomas Dunn English, que publica uma réplica encolerizada

noEvening Mirror. Poe faz a tréplica em julho e, ao mesmo tempo,

processa o Mirror, que havia impresso diversos outros ataques à sua

pessoa. Embora ele vença o processo de difamação em fevereiro

seguinte, Godey encerra a coluna após seu sexto artigo, publicado

em novembro. Poe conclui o ano com “The Cask of Amontillado”

(O barril de amontillado).

1847 – Nova York. Em janeiro, morre Virginia, o que introduz o

ano menos produtivo de Poe, durante o qual ele sofre de profunda

depressão e busca socorro na embriaguez. Tudo quanto ele

completa, além de versões atualizadas da revisão da obra de

Hawthorne, publicada anteriormente em 1842, e de “The Landscape

Garden”, são dois poemas: um deles “M. L. S.”, dedicado a Marie

Louise Shew, a mulher que cuidou de Virginia nos últimos estágios

de sua doença; e o outro, “Ulalume”, publicado em dezembro. 

1848 – Nova York. Em fevereiro, faz uma conferência intitulada

“The Universe”, na New York Society Library, um ensaio sobre o

princípio da morte e da aniquilação como parte dos desígnios do

Universo, que ele revisa para publicação em formato de livro no

mês de julho como Eureka. Tenta uma série de ligações românticas:

com Marie Louise Shew, no princípio do ano; com Annie

Richmond, na metade; e com Sarah Helen Whitman, no final do

ano. A sra. Whitman, uma viúva, noiva com Poe durante um breve

período, mas logo rompe o noivado. No outono, em profunda

depressão, ele pode ter tomado uma grande dose de láudano.

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Enquanto isso, “The Rationale of Verse” é publicado, juntamente

com um segundo poema, “To Helen” (dedicado a Helen Whitman).

Em dezembro, ele lê “The Poetic Principle” como uma conferência

em Providence. 

1849 – Nova York, Richmond e Baltimore. Embora ele continue a

contribuir para grande variedade de revistas, neste período seu

principal publicador é o Flag of Our Union, de Boston, um

semanário bastante popular. Ali ele publica três poemas, de março a

julho, incluindo o irônico “Eldorado” e “For Annie”. Também

publica quatro contos, o tragicômico “Hop-Frog”; a falsa

reportagem sobre a Corrida do Ouro, “Von Kempelen and His

Discovery”; a sátira “X-ing a Paragrab”; e o idílico “Landor’s

Cottage” (A cabana de Landor). No verão, passa dois meses em

Richmond, onde propõe casamento a Sarah Elmira Royster Shelton,

sua namorada de infância (agora viúva) e aparentemente é aceito.

Vai a Baltimore no final de setembro, onde parece ter se entregado a

uma bebedeira contínua. Foi encontrado semiconsciente em frente

ao local em que funcionava uma seção eleitoral, no dia três de

outubro. Morre na manhã de domingo, dia sete de outubro, de

“congestão cerebral” – uma lesão do cérebro, talvez complicada por

uma inflamação intestinal, um coração enfraquecido e diabetes. Sua

morte é seguida pelo afrontoso e ofensivo aviso de óbito, escrito por

Griswold, e pela publicação de dois de seus mais belos poemas,

ambos tratando do triunfo final da morte: “Annabel Lee”, no dia

nove de outubro, e “The Bells” (Os sinos), no princípio de

novembro.

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30/12 - Cinco grandes livros de Raymond Chandler reunidos em Caixa Especial

Opinião do Leitor

"Na minha opinião o melhor escritor de horror e mistério

que já existiu. Seu poema O Corvo nos transcreve uma

mensagem "Temos de nos valorizar porque podemos nos

sacrificar e ternamente". Poe descreve em seus contos

histórias magníficas, simples e assustadoras em

linguagem muito gostosa de se ler. O melhor horror e

mistério."

OS CRIMES DA RUA MORGUE

"The Murders in the Rue Morgue"(1987 - 95m)

SINOPSE A MORTE ESPRETA

NA NOITE

Paris, 1899. A tranquilidade da noite enevoada é abalada por uma série de gritos vindos de um

prédio à esquina da Rua Morgue. No interior, duas mulheres são encontradas mortas. A polícia não tem pistas e não há motivos aparentes para os

VIDEO Standard 1.33:1 [4:3]

AUDIO Inglês Dolby Digital 5.1

LEGENDAS Português

OPÇÕES ESPECIAIS . Menu Interactivo. Índice de Capítulos. Acesso directo às cenas do filme através do menu. Idiomas. Trailers

DISCOS/LADOS 1 disco de 1 lado

ESTÚDIO(S) International Film

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crimes. Claire (Rebecca De Mornay) espera que o caso chame a atenção do pai, já que Auguste Dupin (George C. Scott), em tempos o mais

brilhante detective francês, perdeu o interesse no que fazia, depois de ser obrigado a abandonar a policia. Apesar de pouco entusiasmado de inicio, Dupin entra em acção quando Dolph, o noivo da

filha, é preso e acusado dos crimes, por ter sido a última pessoa a ver as duas mulheres vivas.

Juntamente com o seu protegido, Philippe (Val Kilmer), Dupin apela aos seus velhos instintos,

determinado que está em resolver o misterio dos crimes da Rua Morgue. 

REALIZADOR Jeannot Szwarc 

INTÉRPRETES Val Kilmer, Rebecca De Mornay, George C. Scott, Ian McShane, Neil Dickson, Maud Rayer, Maxence Mailfort, Fernand Guiot, Patrick Floersheim, Roger

Lumont, Erick Desmarestz, Yvette Petit, Serge Ridoux.

ProductionsRobert Halmi Inc.

DISTRIBUIÇÃO 

Apesar do norte-americano Edgar Allan Poe ser conhecido em todo o mundo

como um escritor de terror e gótico, ele também é lembrado como o primeiro

escritor policial moderno da história.

Em 1841 Poe publicou Os Crimes da Rua Morgue em que descreve a solução

de um crime usando apenas a mente.

Este trabalho tenta mostrar o paradoxo em que a primeira história policial

moderna, a base seguida por todas as histórias policiais que vieram depois,

tem todos os elementos, desde o crime até o final surpreendente, mas o

assassino não é um gênio criminoso, mas um assustado animal selvagem

perdido na cidade.1 - Os Crimes da Rua MorgueEsta história é contada através

de um narrador anônimo. Pouco se sabe sobre o narrador. Ele não nos diz de

onde vem ou quando se passa a história, tudo o que sabemos é que se passa

em Paris no século XIX.

O narrador conhece Monsieur C. Auguste Dupin em uma livraria e os dois

acabam se tornando amigos. Monsieur Dupin que vem de uma família

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importante e abastada, mas agora não possui quase nada. A razão pela qual

ele e seus ancestrais perderam todo seu dinheiro é, mais uma vez, omitida.

O narrador, homem de posses, aluga uma mansão deserta que, segundo reza

a lenda, é assombrada. Ele e Monsieur Dupin concordam em morar juntos pelo

tempo em que o narrador ficar em Paris.

No começo da história o narrador faz um discurso sobre análise. Enquanto

lemos a história vamos entendendo o motivo de sua obsessão. Monsieur Dupin

é um homem muito inteligente com um enorme talento para análise, capaz até

de saber o que você está pensando baseado no o que lhe aconteceu durante o

dia.

Enquanto eles andam pelas ruas um dia, eles vêem um jornal, e a matéria da

primeira página é sobre um assassinato duplo, mãe e filha, na rua Morgue,

uma viela deserta de Paris.

Os assassinatos são violentamente cruéis e não razão aparente, uma vez que

nada foi roubado, apesar da casa estar em uma bagunça generalizada quando

as pessoas entram.

A polícia francesa não tem nenhuma pista sobre o assassino, mas eles

prendem um funcionário do banco que ajudou a vítima a levar um dinheiro pra

casa na tarde do assassinato.

Monsieur Dupin acredita que ele pode libertar o homem, um conhecido dele,

encontrando o assassino verdadeiro.

Com a permissão do chefe de polícia, Monsieur Dupin investiga a cena do

crime e chega a uma conclusão. Ele coloca um anúncio no jornal dizendo ter

capturado um orangotango e o dono deve buscá-lo.

Um marinheiro vai até a casa onde estão por causa do anúncio. Monsieur

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Dupin diz que sabe da verdade, que o orangotango é o assassino e homem

deve dizer isto à polícia para que um homem inocente seja libertado.

O homem diz que o orangotango fugiu de sua casa. Ele seguiu o macaco até a

rua Morgue, onde ele foi atraído por luzes vindas de uma casa, então ele

entrou. O marinheiro não pode seguir o macaco até a casa, mas podia ver o

que ele fazia. Ele começou a brincar com a mulher, mas ele se assustou e

acabou matando a mulher e sua filha.2 - O Assassino da Rua MorgueEsta

história de Edgar Allan Poe é considerada a primeira história policial moderna.

Apesar de Vidocq e até mesmo Voltaire terem trabalhado com alguns dos

elementos que fazem a história policial que conhecemos hoje, somente Poe

combinou todas elas dentro deste formato.

O estilo das histórias, assim como seu tamanho e intensidade variam de autor

para autor e de livro pra livro, mas os elementos básicos de uma história

policial permanecem os mesmos: um crime, um detetive e um criminoso.

O crime pode ser qualquer coisa imputável por lei, apesar do mais comum ser

o assassinato. Assassinatos têm mais impacto sobre os leitores e mostram o

criminoso como uma pessoa perigosa.

O detetive é geralmente um oficial da polícia ou um investigador privado, mas

às vezes eles podem ser um simples membro da comunidade, como a Mrs.

Marple de Agatha Christie. Na tradição norte-americana, detetives

normalmente têm um passado obscuro e maneiras não ortodoxas de resolver

os casos. Este não é o caso de Monsieur Dupin que, como na tradição britânica

após ele, soluciona casos através de análise e dedução.

O criminoso é sempre alguém sem razões aparentes para cometer o crime. Ele

geralmente é a última pessoa em que você pensa e sua identidade, assim

como os motivos, são descobertos apenas no final da narrativa.

Todos estes elementos devem ser combinados de um modo que não fique

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óbvio, mas todos os fatos são revelados aos leitores enquanto o personagem

principal os descobre, o que torna possível a descoberta do final por um leitor

mais atento.

Os norte-americanos não seguiram a tradição de Os Crimes da Rua Morgue,

mas os britânicos sim. Sir Arthur Conan Doyle com seu Sherlock Holmes e

Agatha Christie com seus vários personagens, dos quais o mais famoso é o

inspetor belga Hercule Poirot, seguiram a base das histórias policiais escritas

por Poe. Os norte-americanos só começaram a desenvolver seu estilo quando

Dashiell Hammett criou o inspetor anônimo conhecido como Continental Op e

seu personagem mais famoso Sam Spade. O estilo foi popularizado mais tarde

quando Raymond Chandler criou Philip Marlowe, o modelo pelo qual todos

escritores norte-americanos de histórias policiais baseariam seus detetives.

Mas o foco aqui é no criminoso e não no detetive.

O criminoso clássico das histórias policiais sempre são pessoas muito espertas

e inteligentes, mas nunca tão espertas quanto os detetives. Normalmente o

crime cometido parece ser algo além do que é na verdade e quando não,

virtualmente nenhuma pista é deixada provando serem eles os criminosos.

Somente um detetive brilhante pode descobrir o verdadeiro criminoso.

O que faz o criminoso de Os Crimes da Rua Morgue tão especial é fato de ele

ser um animal irracional e não faz idéia do que está fazendo. O orangotango da

história é levado à casa de Madame L'Espanaye pelo medo de apanhar

novamente do seu dono.

Quando seu dono chega em casa, o macaco está no banheiro com um

aparelho de barbear e um tubo de creme de barbear, imitando seu dono, algo

que via sempre. Seu dono, vendo aquilo, pega seu chicote para colocar o

orangotango de volta em sua jaula. Com medo do chicote, o macaco foge e vai

parar na rua Morgue, onde é atraído pelas luzes vindas do quarto de Madame

L'Espanaye. Ele escala a janela e agarra a Madame com intenção de lhe fazer

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a barba. Sua filha desmaia. Quando a Madame começou a chutar e gritar para

se livrar do orangotango, ele se torna violento e corta sua garganta. Depois

estrangulou a filha com suas próprias mãos. Quando começou a se acalmar ele

entrou em pânico, porque se o seu dono visse o que ele fez provavelmente o

espancaria, então ele começou a quebrar coisas e finalmente escondeu o

corpo da Mademoiselle L'Esapanaye na chaminé e jogou o corpo da Madame

pela janela, fugindo logo depois.ConclusãoO grande paradoxo nesta história é

que, apesar de ser considerada a primeira história policial moderna e de ter

todos os elementos para isso, o criminoso é um animal irracional e não pode

ser responsabilizado por seus atos.

Não existe um motivo ou um plano secreto para o crime, é somente um

macaco com medo de seu dono.

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SEGUNDA-FE IRA , 13 DE JULHO

DE 2009

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Nos finais dos anos setenta, depois de uma longa decadência em que Archie Goodwin saiu da editora e os veteranos da EC sumiram, sobreveio uma segunda era de ouro dos gibis da Warren. O que se deu foi que os editores, possivelmentew Budd Lewis, se é que era mesmo esse o nome do bacana, notaram existir um bom número de desenhistas em outros mercados do mundo,tão capazes quanto aqueles, e possivelmente mais baratos... Os espanhóis em particular, ficaram felicíssimos de serem pagos em dólar! Conviveram bom tempo com uns poucos americanos pouco afeitos a super-heróis. Gente de alte categoria abrilhantou as páginas desses gibis de uma forma nova. Estou falando de desenhistas de estirpe, como José Ortiz (o mais sombrio de todos, dono de longa carreira, ainda hoje em atividade, fazendo Tex) Estebán Maroto (conhecido no Brasil pelos Cinco por Infinitus, sua

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FC propriamente espanhola), Isidro Mones, Luis Bermejo, Adolfo Abellán, e o José Gonzalez, que estabeleceria o look definitivo da Vampirella, pouco depois de chegar na editora. Além de capistas como Enrico e Sanjúlian, que estiveram à altura de Frazetta como nenhum de seus substitutos americanos estivera, na editora, ao menos. E sim, é claro que toda essa gente adaptou contos de Poe pra quadrinhos, na Warren. As imagens no post de hoje vêm da segunda versão de "Os Assassinatos na Rua Morgue" que consegui encontrar. A primeira foi aquela dos "Classic Comics". Não se discute, é bem melhor que a primeira, sim!! Mas isso não é dizer muito. Essa nova versão foi realizada por José Ortiz, com roteiro de Rich Margopoulos. Ilustra muito bem o fato de que um excelente desenhista, apropriado ao tema, inclusive, não salva um roteiro ruim, ou limitado. Pena. O roteirista, que assina quase todas as adaptações que não foram escritas por Archie Goodwin, de costume fazia serviço melhor. Mas aqui ele remoçou tanto Auguste Dupin quanto o narrador do conto, na perspectiva de trazer mais ação aos acontecimentos, imagino. Engano. O conto precisa dos raciocínios, não das correrias. Além disso, Margopoulos fez acontecerem os assassinatos quase embaixo dos narizes dos personagens. Parece que foi sorte eles

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descobrirem a verdade dos fatos, não esforço. Ou seja: só manteve os aspectos terroríficos do conto original, eliminando aquilo que, no texto de Poe, constituiu a inauguração da literatura policial ou detetivesca, cujo principal personagem viria a ser Sherlock Holmes. Não acho que seja uma boa opção escangalhar com aquilo que Poe e diversos leitores consideram a parte mais singular de seu trabalho, a literatura de raciocínio. O que faltava talvez fosse um número maior de páginas, para que as imagens pudessem acompanhar mais de perto, mais devagar, o movimento na cabeça do narrador. Como acompanha na do macaco, quando chega a hora. A opção por acelerar o ritmo deu certo, não há dúvida, quanto aos aspectos terroríficos do conto. Mas fazer acontecer tudo de uma vez só, sem se deter na investigação nem um pouquinho, faz parecer muito "sortudos" Dupin e o seu confrade narrador. Por outro lado, aqui no post está uma das melhores partes da história, quando tudo se passa através dos olhos do macaco apavorado que comete as besteiras... O efeito da quase repetição de certas imagens, e do tamanho de todos os quadros nessa pg, é enorme. Quase compensa as faces jovens demais dos protagonistas no quadro de abertura,logo acima. A vida é dura! Mesmo os bons se enganam! Talvez não valha a adaptar o

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que não se rende à adaptação...Ou então fazê-lo com cuidado...

Educação e Cultura/ave falante

Ilustrador mineiro cria versão em HQ de 'O corvo' com texto de Machado de AssisPublicado em 08/12/2009, às 13h39 Tamanho do texto: A A A

Foto: ReproduçãoPáginas da HQ 'O corvo', com desenhos de Luciano Irrthum e texto de Machado de Assis

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A ave falante imortalizada em um dos mais célebres poema de Edgar Allan Poe acaba de pousar nas estantes das livrarias brasileiras. Publicado pela editora Peirópolis, "O corvo - em quadrinhos" é ilustrado pelo mineiro Luciano Irrthum a partir de tradução de Machado de Assis. 

Editado pela primeira vez em 1845, nas páginas do jornal"New York Evening Mirror", o poema conta a história de um homem perturbado pela perda da mulher  amada, Lenora. Rodeado de livros - Poe afirmaria depois que o personagem era um estudante -, ele tenta cair no sono em uma noite fria de dezembro quando ouve alguém batendo à porta de seu quarto. 

Ao perceber que não há ninguém à porta, o personagem abre então as janelas quando, de repente, um corvo entra voando pelo quarto. Intrigado com a presença da ave, ele passa a interrogar o animal, mas só o que escuta como resposta é: "Nunca mais" (em inglês, a expressão "Nevermore", que rima com "Lenore", o nome do amor perdido). 

Recheado de simbolismos e do romantismo

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macabro que ajudou a fazer a fama de Poe, cujo bicentenário de nascimento se comemora este ano, "O corvo" é um prato cheio para adaptações ilustradas. A meada agora desfiada por Luciano Irrthum teve início poucos anos depois da publicação original do poema, com versões desenhadas por grandes nomes da ilustração como John Tenniel, Gustave Doré e o pintor impressionista Édouard Manet.

Nunca mais? Mas é o seu próprio tratamento para a obra que o quadrinista mineiro diz estar tentando aperfeiçoar com esta nova versão de "O corvo", que no posfácio do livro Irrthum relata ser sua terceira tentativa - a primeira em um fanzine xerocado em 1995, e a segunda, também publicada no circuito underground, uma versão abrasileirada do poema ambientada em uma favela carioca. 

"É difícil dizer o que mais gosto do trabalho de Poe. Simplesmente, não tem coisa ruim escrita por ele. Mas acho que a escolha de 'O corvo' para a primeira versão foi pelo fato de ser o poema mais conhecido dele e de uma densidade quase insuportável. No bom

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sentido, claro", afirma Irrthum. "A segunda versão foi uma brincadeira mesmo, tirando sarro do poema."

Possivelmente a mais ambiciosa das três tentativas, "O corvo - em quadrinhos", lançado agora, se sai bem ao traduzir as rimas densas do texto original em uma HQ de 46 páginas, colorida e - por que não dizer - pop. "Tentei, pelos desenhos, fazer ficar uma coisa agradável de se ler. Usando as ilustrações para inserir referências de outros contos de Poe ou ressaltando a figura da ave agourenta", conta o mineiro. 

A estratégia é bem-vinda e vai ao encontro de outras iniciativas recentes de transpor clássicos da literatura para a linguagem dos quadrinhos, como "Dom Quixote" por Caco Galhardo, "Os lusíadas" por Fido ou "A metamorfose" por Peter Kuper. 

"Acho isso ótimo. Publicações assim atingem públicos diferentes. Neste caso do Poe, os que gostam de HQ e não conhecem o Poe vão conhecê-lo. E os que gostam de Poe mas não ligam muito para HQs vão conhecer também", argumenta Irrthum. 

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Nascido em 1809 e morto em 7 de outubro de 1849, nos Estados Unidos, Edgar Allan Poe é considerado um dos pioneiros da literatura fantástica, tendo influenciado autores como H.P. Lovecraft e Arthur Conan Doyle. Além de poemas como "O corvo" e "Annabel Lee", Poe também era conhecido por seus contos de mistério e detetive como "O gato preto" e "Os crimes da Rua Morgue".

No dia 19 de Janeiro comemoraram-se os 2oo anos do

nascimento do escritor Edgar Alan Poe. A sua curta e

atribulada vida ( morreu em 1849) foi suficiente para

legar uma importante obra no domínio do conto

fantástico e da poesia, classificada como "literatura

gótica"

"Questiono a eficiência, logo o valor, do raciocínio que

é cultivado de qualquer forma particular que não seja a

lógica abstracta. Questiono em especial o raciocínio

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originado pelo estudo matemático. A matemática é a

ciência da forma e da quantidade; o raciocínio

matemático é simplesmente a lógica aplicada à

observação da forma e da quantidade. O grande erro

reside na suposição de que mesmo as verdades do que é

chamado de álgebra pura são verdades abstratas ou

gerais. E esse erro é tão óbvio que fico espantado com

sua aceitação universal. Os aximoas matemáticos não

são axiomas de verdade geral. O que é uma verdade de

relação é muitas vezes grosseiramente falso quanto à

moral, por exemplo. Nessa última ciência, é muito

comumente não-verdadeiro que a soma das partes deja

igual ao todo." 

Edgar Alan Poe, A Carta Roubada

Saber mais sobre Poe aqui

Uma animação feita pelo genial Tim Burton que relata a vida de um rapazinho, Vincent, obcecado pela obra de Poe e pelo poema "O corvo"  (aqui uma tradução de Pessoa)