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Edição 101 do Jornal O Polvo

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Edição de junho de 2009, temática sobre o Dia Mundial do Rock

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10 11OPOLVONo 101 -22de junhoa7 de julhode2009

Entrando de salto(alto) no rockBandas de gurias crescem cada vez mais no cenáriomusical gaúcho com influências de Beatles e Ramones

Osalto alto e as saias curtas estão dominando os palcos do RioGrande do Sul. O batom vermelho, marca registrada da feminili-dade, é tão indispensável quanto a palheta que vai tirar da guitarra

os acordes para iniciar uma música. As bandas de gurias crescem cadavez mais na cena musical gaúcha. Com referências que vão desde Kiss aNirvana, passando por Ramones e Beatles, as meninas roqueiras mostramque rock de qualidade não é coisa só de meninos não! Com tanta determi-nação, feminilidade e talento, eles que se cuidem.

Gisele Santos

Juntas desde 2007, as gurias da StellaCan vivem ummomento único. Depoisde fazer a abertura de umade suas ban-das prediletas, The Donnas, MarianaCorbellini, 19 (bateriaevoz), LuizaPitrez,21 (guitarra) e Juliana Nótibos, 20 (bai-xo) se apresentaram em um dos maio-res eventos dedicados ao rock do País, o

As

A história da banda Cripta, de Canela, se con-funde com a amizade de Nicole Cavallin, 19 (vo-cal), Silvana Spier, 17 (bateria), Emanuele Veeck,17 (baixo) eAdriana Spier, 20 (guitarra). A paixãopelo rock e a vontadedemostrar o seu talento fezsurgir o grupo, há dois anos. Silvana lembra queno início foi um pouco difícil até que todas asmeninas comprassem os seus instrumentos.�Mesmoassimnãodesistimos. Tínhamosumob-jetivo para alcançar e corremos atrás. Começa-mos ensaiandonomeuquarto e continuamosporlá até hoje.�As principais influências do grupo são bandascomandadas por homens, como Ramones, SexPistols e Nirvana, o que aponta que elas curtemumestilo bempesado. �Mas também temos gru-posdemeninasquecurtimoscomooTheDonnas,por exemplo�, afirmaNicole.Quando sobem no palco, as gurias procuramfazer sempre um show único, mostrando muitorock�n�roll, mas semperder a feminilidade. �Nospreparamos para as apresentações como se fôs-semos para uma festa�, conta Adriana.Se existe preconceito? �Sim, e muito�, afirmaEmanuelle.Mas issonãoémotivoparadesanimá-las. �Isso não nos afeta. Existembandasmascu-linas que nos apoiam, assim como vão existiroutras que não vão gostar do nosso estilo. Temosamor pelamúsica e seguimos em frente embus-ca dos nossos objetivos�, finaliza.

CocaCola Park, emPortoAlegre.Fãs assumidas de Kiss e AC/DC, asgurias de Porto Alegre estão rindo à toa.�O festival foi surpreendente. No inícioquase não acreditamos quando recebe-mos a ligação da produção do evento di-zendo que estávamos dentro. Foi fantás-tico�, afirma Mariana.Apesar de tocar para um público dife-rente do de costume, a apresentação noCoca-Cola Parc pode render bons frutospara as meninas do rock. �Certamenteaprendemos muitas coisas em cada eta-pa do festival, conhecemos muita gentebacana e disposta a nos ajudar�, finalizaLuíza. Elas ainda deixamum recado paraas meninas que possuem as chamadas�bandas de garagem�. �É a melhor fasepara criar, desenvolver técnica e apresen-tação, que não se prendam a apenas umestilo e busquem todas as fontes de ins-piração possíveis, e depois disso façamtodos os shows que aparecerem.� Reca-do dado.

As gurias quedominaram oCoca-Cola Parc

As meninas quecurtemRamones

Beleza e rock juntos no palco

Novas experiências para as gurias

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Antes de subir ao palco, as integrantesdoRockLegsnão abremmãodebatomougloss, de preferência na cor vermelha, sal-to alto e pernas de fora. �São algumas dasnossas marcas registradas�, brinca avocalista Celeste. Ela, as irmãs Laís eBrenda, e Letícia formam o grupo, criadohádois anos, inspirado na vontade que asgarotas tinham de mostrar o seu talento

Preconceitonão tem vez

É claro que ter uma bandacomposta só demeni-

nas não deve seruma tarefa fá-cil, aindamaisque nestemeio amaio-ria dos gru-pos é de inte-grantes mas-culinos. Asgurias da Rock

Legs tiram isso de le-tra. �No início eramuito pior. Opes-

soal dizia que não precisava a gente to-car, só ficar parada no palco já estavabom�, relembra Laís. Algumas coisasmu-daram, mas sempre rola algum precon-ceito. �Tentamos, com o nosso trabalho,mostrar que não é por ser meninas quenão podemos tocar guitarra e bateria�,afirmaCeleste.

Donas de um estilo marcante, elas afir-mamquenão criaramumvisual depois decriar abanda. �Sempre fomosnósmesmas.Saíamos assim na noite e só levamos osnossos gostos para cima do palco. Pareceque está dando certo�, conta Brenda.

Repertório cheiode referênciasNo show da Rock Legs encontra-se detudo um pouco. As meninas escolhem osetlist conforme os seus gostos musicaisque vai de Beatles a Kings of Leon. �Gos-tamos de tocar algomais pesado, bemdemachomesmo�, brinca Celeste referindo-se a banda americana. Desdemaio desteano a banda tem incorporado ao repertó-rio músicas próprias como a �Rock Popu-lar Gaúcho�, uma sátira à cena musicalnoEstado.Asgurias estãopreparandoumEP comnovas composições, que deve sermasterizado emSão Paulo. �Pretendemosfazer uma divulgação desse EP fora da-qui, mas sem nunca esquecer as nossas

origens�, revelaCeleste.

Elas dão as dicasAsmeninas acreditam que quem sonhaem montar uma banda o importante é aamizade. �Primeiro as gurias precisamseramigas e muito unidas para depois pen-sar em tocar juntas�, afirma Laís. Outroingrediente importante é a paciência e apersistência no sonho. A Internet, atra-vés do Myspace, Orkut e Youtube tam-bém podem auxiliar as bandas que estãocomeçando.

Mudança do nomeA Rock Legs também já foi conhecidacomo Pão com Bah. Amudança no nomefoi uma opção visando um mercado forado Estado. �Adorávamos o nome, mascomo pretendemos fazer uma carreirafora optamos por um que tivesse mais aver com o som que fazemos e com o nos-so estilo�, conta Brenda.

As pernas do rockmusical. �Víamos bandas tocando na noi-te e paramos para pensar: porque a gentenão está lá em cimado palco como elas?�,contaBrenda.A ideia deu certo e as irmãs,que moram em Canoas, convidaram asoutras duas amigas de balada para com-pletar oquarteto.Depois de muito ensaio apareceu a pri-meira oportunidade de um show, noNew

MusicHouse,emSapucaiadoSul. �Foi ines-quecível subir nopalcoemostrarpara todomundo que éramos capazes de fazer umsom legal e cheio de feminilidade�, lembraLaís. Depois disso outras casas receberamas meninas, como o Pop Cult, em NovoHamburgo, BardoMorro, em Sapiranga, aFunhouse, emPortoAlegre, entre outras.

TheVerônicasElas são gêmeas,naturais da Aus-trália e adorampop rock. Jéssicae Lisa começa-ramna carreira em 2005, quando gravaramoálbum �The Secret Life Of�. O últimoCDdasgurias, �Hookme up�, foi lançado em 2007.

Outras roqueiras debatom e salto alto

CSSA antiga Cansei deSer Sexy é, com cer-teza, a banda bra-sileira que maisbomba no ReinoUnidoenosEstadosUnidos. O grupo éformado por quatromeninas e apenasumgaroto.

T.A.T.UQuem não lem-bra da música�All about us�?Essa foi a gran-de responsávelpelo sucesso re-pentino das rus-

sas Yulia Volkova eLenaKatina.Adupla estána estrada desde 1999 e acaba de lançar umdisco novo, o �VesyolyeUlybki�.

LipstickCinco garotaspaulistas se co-nheceram numaescola demúsicae resolverammontar umaban-da. Hoje,Mel, Carol, Tila,Michele eDedê for-mam uma das únicas bandas femininas desucesso no Brasil. As gurias se apresenta-ram no Coca-Cola Parc, em Porto Alegre, emostrarammuito estilo e rock�n�roll.

ParamoreApesar de seruma banda for-mada apenaspor meninas aprimeira coisaque vem a nos-sa cabeça quan-

do pensamos no grupo é o vocal de HayleyWillams. O Paramore surgiu em 2004, noTennessee e já é considerado uma das ban-das de rock demais sucesso nomundo.

CelesteJuchemVocalIdade: 30Quando nãoestá nospalcos é:Ortodontista

BrendaSchuhBateriaIdade: 19Quando nãoestá nospalcos é:Estudante deLetras da PUC

LaísSchuhBaixistaIdade: 18Quando nãoestá nospalcos é:Secretária

LetíciaCardosoGuitarristaIdade: 20Quando nãoestá nospalcos é:Vendedora

Foto: Giovani Paim

Veja a entrevista com a bandano site www.opolvo.com.br

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