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Edição 157

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Suicídio. Decida viver

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2Fotos: 3,14 e 17: Paulo Pasa/O Caxiense | 10: Maicon Damasceno, Arquivo/O Caxiense

Um cardápio para perderpeso e ganhar saúde

Papai Noel não trabalha sozinho

Acalmando a angústia para não acabar com a própria vida

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Nova opçãode ensino adistância

A miss que rouba atenção dos mestres

Os placares de uma jogadora de handebol

Os 5 alimentos que levam mais veneno

Nora e sogra casando no mesmo dia

6.430 casas de caxienses em Arroio do Sal e um prefeito cassado

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decida viver

por Daniela Bittencourt

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de 2010, o jovem, que hoje tem 30 anos, já estava decidido a se suicidar. “Era uma vontade de acabar com tudo”, lembra. Saindo da empresa, caminhou pela Perimetral Bruno Segalla até che-gar ao bairro Cinquentenário e sentou-se em uma praça, onde ficou quase até o meio-dia. “Passei o dia caminhando, pensando. Estava predisposto a fazer aquilo”, afirma. Se fosse realmente dar cabo da vida, como estava planejando, teria que procurar algum lugar isolado. Tomou um ônibus até a Rota do Sol. Chegou até um bosque, avaliou o ta-manho das árvores, recebeu ligações no celular que não foram atendidas.

Era agonia o que Mateus sentia, e mais ainda uma vontade de acabar com a situação. Mas foi quando deci-diu terminar com a vida que ele des-cobriu que não queria morrer. “Me dei conta de que aquela não era a solução. Pensei muito no meu filho, no que ele iria pensar se acontecesse isso. Pensei nos meus irmãos, meus tios, meus fa-miliares, em como eles iriam me ver depois disso”, recorda.

Assim como Mateus, a cada 100 pes-soas, 5 planejam suicídio ao longo da vida. Destas, 3 tentam o ato e uma che-ga a ser atendida em pronto-socorro, de acordo com informações da Or-

ganização Mundial da Saúde (OMS). Coordenador do Centro de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio no Hospital Mãe de Deus, o médico psi-quiatra Ricardo Nogueira alerta que todos nós temos algum pensamento relacionado ao suicídio ao longo da vida. O cerne da questão é que, assim como outros pensamentos, estes são passageiros. “Pensar, todo mundo pen-sa em algum momento, mas nem todos planejam. Pensar a respeito é comum, mas algo ser comum não significa que seja normal”, ressalta. Nogueira aponta o suicídio como um problema de saúde pública. Em 2011, Caxias registrou 31 casos de óbito por suicídio, de acordo com a Vigilância à Saúde do municí-pio. Em 2012, o número de óbitos já chegou a 32 até o mês de setembro, e foram registradas 227 tentativas até o mês de novembro.

Definir as motivações que levam ao ato é um desafio tanto para profissio-nais da saúde quanto para pesquisado-res do assunto. Mesmo já tendo sido apontado como terceira maior causa de morte de pessoas entre 15 e 35 anos pela OMS em 2001 – a organização es-tima que a cada 40 segundos uma pes-soaa cometa suicídio em todo o mundo

–, o assunto ainda é tabu. Fora da área da saúde, e principalmente nos círcu-los sociais, é pouco ou nada comen-tado. Mateus e Ângela, personagens desta reportagem, são nomes fictícios para pessoas reais. Ambos preferiram não se identificar para preservar a si e à família.

Nogueira destaca 4 sentimentos como gatilhos para o suicídio: depres-são, desespero, desesperança e desam-paro. A boa notícia é que alguns deles podem ser evitados, ou pelo menos trabalhados. “Muitas vezes o pensa-mento vem em uma hora de desespe-ro: perdi o emprego, fui diagnosticado com alguma doença, terminei um rela-cionamento. Amanhã, podem aconte-cer coisas melhores, mas até que estas coisas aconteçam, a pessoa se desespe-ra”, explica. Nesses momentos, falar a respeito pode contribuir para abortar a ideação suicida.

Em Caxias, 23 voluntários estão dis-poníveis no Centro de Valorização da Vida (CVV) para ouvir, por telefone, qualquer tipo de desabafo. O apoio humanitário pode ser acessado pelo telefone 3019-1141, das 8:00 às 22:00. “O voluntário do CVV busca ouvir o conflito, o sentimento, e estimula o de-sabafo. Ao desabafar, a pessoa acaba se

A corda havia sido comprada há uma semana. Mateus acomodou-a sob a cami-seta, dentro de uma sacola plástica, e saiu. De ônibus, foi até o bairro Esplanada, onde teria uma entrevista de emprego às 7:30. Mas, antes mesmo de ser chama-do pela psicóloga para a conversa, pediu licença e deixou o local. O foco, naque-le momento, era outro. Quando saiu de casa, naquela manhã nublada de março

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reconstruindo, entendendo que aquele é um problema, mas é um problema pontual que ela consegue transpor”, diz Mirian Gemelli, coordenadora da ONG no município. Ela acredita que assim a pessoa se sente integrada, res-peitada, e consegue elaborar a dor: “Ao falar, se coloca a dor para fora.”

O psiquiatra Nogueira lembra que a ansiedade pode estar presente em qua-se 90% dos casos de suicídio, e destaca que, na maioria dos atendimentos re-alizados após uma tentativa, a vítima se mostra arrependida. “Naquele mo-mento, deu um desespero e ela perdeu o controle”, relata o médico. Falar a respeito desse sentimento pode ajudar a diminuir a ansiedade e passar pelo momento sem danos à vida.

Para Mateus, o plano suicida foi in-terrompido quando ele pensou no fi-lho, que na época tinha um ano e meio. Recém separado após um relaciona-mento de 9 anos, Mateus havia voltado para Caxias depois de quase 15 anos morando em São Paulo. O filho con-

tinuou na capital paulista com a mãe, onde os dois moram até hoje. Longe do filho e sem emprego em uma Caxias com a qual ele não tinha mais tantos vínculos, apesar de ter sido acolhido pelos tios e primos, Mateus perdeu as referências. Sem elas, parecia não valer mais a pena continuar. “Depois você cai em si. Eu tenho um filho, e aí você fica pensando: mais lá na frente, o que ele pode pensar?”, analisa.

Nogueira afirma que a pergunta que deve ser feita ao suicida é por que ele vive, e não por que pensa em se ma-tar. Mesmo para os que garantem não ter motivação alguma para manter a vida, o médico defende que é possível encontrar motivos pelos quais persis-tir: “Quando um paciente me diz que quer se matar, sempre pergunto o que ele diria a um amigo que demonstrasse a mesma intenção. A resposta sempre é: ‘Eu aconselharia ele do contrário’. Bom, então é por aí que a gente segue”.

Familiares, amigos e colegas de tra-balho podem ajudar a evitar o ato es-

Em Caxias, a marca de 31 suicídios

registrada no ano passado já foi

ultrapassada em 2012. O Município planeja capacitar funcionários para

tratar da questão já nas UBSs

Mateus, um sobrevivente |Paulo Pasa/O Caxiense

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de 2010, o jovem, que hoje tem 30 anos, já estava decidido a se suicidar. “Era uma vontade de acabar com tudo”, lembra. Saindo da empresa, caminhou pela Perimetral Bruno Segalla até che-gar ao bairro Cinquentenário e sentou-se em uma praça, onde ficou quase até o meio-dia. “Passei o dia caminhando, pensando. Estava predisposto a fazer aquilo”, afirma. Se fosse realmente dar cabo da vida, como estava planejando, teria que procurar algum lugar isolado. Tomou um ônibus até a Rota do Sol. Chegou até um bosque, avaliou o ta-manho das árvores, recebeu ligações no celular que não foram atendidas.

Era agonia o que Mateus sentia, e mais ainda uma vontade de acabar com a situação. Mas foi quando deci-diu terminar com a vida que ele des-cobriu que não queria morrer. “Me dei conta de que aquela não era a solução. Pensei muito no meu filho, no que ele iria pensar se acontecesse isso. Pensei nos meus irmãos, meus tios, meus fa-miliares, em como eles iriam me ver depois disso”, recorda.

Assim como Mateus, a cada 100 pes-soas, 5 planejam suicídio ao longo da vida. Destas, 3 tentam o ato e uma che-ga a ser atendida em pronto-socorro, de acordo com informações da Or-

ganização Mundial da Saúde (OMS). Coordenador do Centro de Promoção da Vida e Prevenção ao Suicídio no Hospital Mãe de Deus, o médico psi-quiatra Ricardo Nogueira alerta que todos nós temos algum pensamento relacionado ao suicídio ao longo da vida. O cerne da questão é que, assim como outros pensamentos, estes são passageiros. “Pensar, todo mundo pen-sa em algum momento, mas nem todos planejam. Pensar a respeito é comum, mas algo ser comum não significa que seja normal”, ressalta. Nogueira aponta o suicídio como um problema de saúde pública. Em 2011, Caxias registrou 31 casos de óbito por suicídio, de acordo com a Vigilância à Saúde do municí-pio. Em 2012, o número de óbitos já chegou a 32 até o mês de setembro, e foram registradas 227 tentativas até o mês de novembro.

Definir as motivações que levam ao ato é um desafio tanto para profissio-nais da saúde quanto para pesquisado-res do assunto. Mesmo já tendo sido apontado como terceira maior causa de morte de pessoas entre 15 e 35 anos pela OMS em 2001 – a organização es-tima que a cada 40 segundos uma pes-soaa cometa suicídio em todo o mundo

–, o assunto ainda é tabu. Fora da área da saúde, e principalmente nos círcu-los sociais, é pouco ou nada comen-tado. Mateus e Ângela, personagens desta reportagem, são nomes fictícios para pessoas reais. Ambos preferiram não se identificar para preservar a si e à família.

Nogueira destaca 4 sentimentos como gatilhos para o suicídio: depres-são, desespero, desesperança e desam-paro. A boa notícia é que alguns deles podem ser evitados, ou pelo menos trabalhados. “Muitas vezes o pensa-mento vem em uma hora de desespe-ro: perdi o emprego, fui diagnosticado com alguma doença, terminei um rela-cionamento. Amanhã, podem aconte-cer coisas melhores, mas até que estas coisas aconteçam, a pessoa se desespe-ra”, explica. Nesses momentos, falar a respeito pode contribuir para abortar a ideação suicida.

Em Caxias, 23 voluntários estão dis-poníveis no Centro de Valorização da Vida (CVV) para ouvir, por telefone, qualquer tipo de desabafo. O apoio humanitário pode ser acessado pelo telefone 3019-1141, das 8:00 às 22:00. “O voluntário do CVV busca ouvir o conflito, o sentimento, e estimula o de-sabafo. Ao desabafar, a pessoa acaba se

A corda havia sido comprada há uma semana. Mateus acomodou-a sob a cami-seta, dentro de uma sacola plástica, e saiu. De ônibus, foi até o bairro Esplanada, onde teria uma entrevista de emprego às 7:30. Mas, antes mesmo de ser chama-do pela psicóloga para a conversa, pediu licença e deixou o local. O foco, naque-le momento, era outro. Quando saiu de casa, naquela manhã nublada de março

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tando atentos aos sinais emitidos pelo possível suicida. Um dos principais mitos sobre o assunto é a crença de que quem anuncia que vai se matar não chega a cometer o ato. Dados da OMS dão conta de que mais de 2/3 das pes-soas que se suicidam já haviam mani-festado essa intenção de alguma forma.

Ângela conviveu com a bipolarida-de do marido durante quase 30 anos. Durante os períodos de depressão, era comum ele verbalizar a vontade de acabar com a vida. Nos últimos me-ses, a motivação para o suicídio ficou mais evidente. “Ele estava com essa ideação suicida quando foi internado. Ele dizia que queria morrer, que não queria mais viver, que iria se matar”, lembra. Ao longo da vida conjugal, ela conta que o marido teve pelo menos 4 crises sérias de depressão. “Quando ele estava doente, algumas vezes em crise, falava na vontade de se matar. Mas a gente dava a volta, ele entrava em tra-tamento e passava anos bem, sem ma-nifestar nada. Depois desistia de tomar os remédios e tinha nova crise. Mas, desta vez, ele estava verbalizando mais frequentemente, e tudo sinalizava para isso”, relata. Ele se matou em 2011.

Um dos sinais mais percebidos pela

família em seus últimos meses, antes de ser internado e cometer suicídio, foi a perda de interesse naquilo que antes era fonte de prazer. “Ele adorava o Jor-nal Nacional toda a vida, desde que o conheci. Quando estava em casa, gos-tava de assistir e prestar atenção. De manhã, ele ouvia as notícias no rádio, lia todos os jornais. Quando chegou no fim, na fase do isolamento, ele não queria mais ouvir rádio, se incomoda-va com o som da televisão, os jornais entravam e saíam e ele nem passava os olhos. Era uma coisa que ele adorava, estava sempre muito antenado com as notícias, mas no fim não queria mais nem ouvir”, recorda Ângela.

Perda de interesse, isolamento e mu-dança de comportamento podem ser sinais de alerta de que algo não vai bem. Para a psicóloga Maria Elisa Car-pena, professora da UCS e supervisora de estágio do curso de Psicologia, estes são os sintomas mais clássicos quanto à ideação suicida: tristeza profunda, fal-ta de estímulo, tentativa de se distan-ciar das pessoas, falta de entusiasmo e desinteresse pelo que até então era pra-zeroso. Ao perceber os sinais, a família pode falar sobre o tema, encaminhar e buscar apoio médico. “O tratamento tem por objetivo mostrar que existem

Mitos sobre o suicidio

Quem ameaça não se mataMais de 2/3 das pessoas que comete-

ram suicídio manifestaram a intenção. O fato de verbalizar a vontade de morrer é um alerta.

A tentativa de suicídio é uma forma de chamar atenção

Este mito está muito relacionado aos jovens. A tentativa deve sempre ser le-vada a sério: para cada suicídio consu-mado, acontecem 10 tentativas. A verba-lização é um sinal de que a pessoa está sofrendo.

Quem quer se matar simplesmente ageA maior parte dos suicidas emite si-

nais, com a vontade inconsciente de ser ajudado.

Nada impede o suicidaAs tentativas são, na verdade, pedidos

de ajuda. Há formas de evitar o suicídio. Falar sobre o assunto de forma acolhe-dora e procurar apoio profissional são

iniciativas que devem ser seguidas.

O maior desejo do suicida é a morteNa verdade, o desejo do suicida é aca-

bar com a dor e o sofrimento, mesmo quando ele não está, aparentemente, em um estágio de doença psiquiátrica. O de-sejo de morrer pode ser disparado por um momento de desespero, que sempre é passageiro.

Quem se mata é fracoJulgamentos morais sobre o suicídio

alimentam o preconceito sobre o tema. O que leva ao suicídio não é uma atitu-de de coragem ou covardia, é uma per-cepção alterada sobre os fatos ou sobre o momento.

Suicídio é coisa de ricoA ideação suicida atinge todas as ca-

madas sociais e não está relacionada à situação econômica.

Fonte: Manual de Prevenção do Suicí-dio – Divisão deVigilância Epidemioló-gica/NVDANT

“Quando um paciente me diz

que quer se matar, sempre pergunto o que ele diria a

um amigo que demonstrasse a

mesma intenção. A resposta sempre é:

‘Eu aconselharia ele do contrário’”, diz

Nogueira

CVV, fone 3019-1141 |Daniela Bittencourt/O Caxiense

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“O voluntário do CVV busca

ouvir o conflito, o sentimento, e

estimula o desabafo. Ao desabafar, a pessoa acaba se reconstruindo,

entendendo que aquele é um

problema, mas é um problema pontual

que ela consegue transpor”, diz

Mirian

outras formas de lidar com o sofrimen-to que não esta. Na maioria das vezes, são sofrimentos que para outras pesso-as podem ser banais, mas para quem está pensando em suicídio é algo im-possível de conviver”, explica. Não ba-nalizar a dor é uma forma de acolher e apoiar no enfrentamento à situação. “É importante lembrar que quem avisa também pode se matar. Quando existe essa demanda, a família tem que aco-lher, prestar atenção, ficar por perto, dar ouvidos”, orienta.

A crença de que falar sobre o assunto pode estimular o suicídio é outro mito sobre o tema. Conversar sobre isso de forma acolhedora e proporcionar es-paço para que a pessoa com intenção suicida diga o que pensa a respeito fa-vorece o vínculo e mostra que outras saídas são possíveis. “A gente precisa sensibilizar para o problema, que é so-cial, de saúde pública. É para isso que estamos chamando atenção”, destaca o psiquiatra Nogueira.

Em Caxias, a rede de saúde tem se estruturado para trabalhar de forma mais eficaz no combate ao suicídio. No município, o coeficiente de mortali-dade por suicídio foi de 7,8 óbitos por 100 mil habitantes em 2011. Menor do que a taxa estadual no mesmo ano, de 9,8, mas próximo à taxa da região Sul, que possui o maior coeficiente entre as regiões brasileiras: 8,2 por 100 mil habitantes. Além do registro de mortes por suicídio, este ano a rede passou a contabilizar o número de tentativas e tem buscando capacitações de seus profissionais. O objetivo é que em 2013 cada Unidade Básica de Saúde tenha uma pessoa de referência para aten-der àqueles que chegam identificados como possíveis suicidas, conta a enfer-meira Arlete Maria Viezzer, que atua no setor de Doenças e Agravos Não Transmissíveis. Atualmente, o serviço que acolhe estas pessoas é o Centro de Atendimento Integrado em Saúde Mental (CAIS Mental), que oferece tra-tamento psiquiátrico.

Mas o alcance do suicídio é mais de-vastador do que mostram as taxas. A OMS estima que, para cada suicídio cometido, de 5 a 10 pessoas são afe-tadas emocionalmente, socialmente ou economicamente. Um ano após a morte do marido, Ângela tenta guardar a imagem boa, de um homem cheio de vida, mas acredita que a morte por suicídio seja ainda mais triste do que aquelas causadas por outras formas.

Falar sobre o que aconteceu ainda é do-loroso. “Todos nós na família ficamos muito penalizados por ele. Eu acho que é uma perda dupla. Te deixa impotente. De qualquer forma, toda morte deixa a gente assim. Mas é muito triste, tu vês que a pessoa chegou a um ponto de sofrimento que se impôs isso. Te deixa uma tristeza maior pelo fato de não ter podido fazer mais por ela”, desabafa.

Diferentemente de muitos familia-res, Ângela não sentiu raiva nem culpa, mas atribui essa postura ao fato de ter convivido tanto tempo com a doença do marido. O preconceito, porém, é grande em relação à causa da morte. Ela lembra que mesmo no momento do velório já precisou lidar com julga-mentos. Uma amiga íntima, ao pensar que ele havia morrido de infarto, e por saber do histórico bipolar do amigo, tentou confortar a viúva dizendo que, pelo menos, a morte havia sido digna. “Como se a dignidade dele dependesse disso”, observa Ângela.

Para a família que fica, o chamado pacto de silêncio, ou seja, a dificuldade em falar sobre o tema, aumenta ainda mais a dor da perda. “É algo que destrói toda a família. As pessoas que ficam se sentem muito culpadas, e por isso não querem remexer nesse assunto. A gente nasce para viver, aí quando tu não que-res mais viver, se torna absurdo”, expli-ca o médico Nogueira.

Mateus também evita falar sobre o tema. Dos familiares, poucos sabem da história. Dos conhecidos, alguns espe-culam, mas ele nunca confirmou. Para o psiquiatra, o foco deve ser a vida, não a morte. “A abordagem profissio-nal é no sentido de que a pessoa volte à lucidez, fazer as pessoas mudarem de ideia, quebrar a onipotência do pensa-mento. O que importa não é a morte, é a vida, é o legado que a gente deixa”, argumenta. Depois de ter mudado o foco sobre a vida, Mateus garante que só há lugar para novos planos: “Quero prestar vestibular, fazer Direito, entrar para a Polícia Federal, casar, ter filhos de novo. Acho que vou estar bem ata-refado pelos próximos 20 anos, pelos menos”, brinca.

Nogueira lembra que a dor é intensa, sim, mas é passageira. “A dor se torna maior do que a própria pessoa, mas ninguém em sã consciência quer se matar. Não é a morte que a pessoa pro-cura, é a saída para uma nova vida, que não tenha aquele sofrimento”, explica. Uma nova vida que é possível, mas que só é descoberta ao se manter vivo.

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Desde que o pensador francês Émile Durkheim tratou o suicídio como um fato social, 115 anos atrás, ao publicar um dos textos fundamentais da Sociologia, a impren-sa se pergunta como deve tratar desse tema. Particularmente, a reflexão de Durkheim sobre a hipótese do suicídio por contágio – segundo a qual ao ler notícias ou saber de casos de morte voluntária pessoas em situação emocional semelhante teriam maior tendên-cia a optar pelo mesmo fim – estimulou uma saudável autocrítica em jornais e revistas, que na época exploravam histórias de suicídio em seus detalhes mais macabros. Entretanto, deu também o impulso inicial para a construção de um mito em torno do assunto: é melhor calar do que falar.

Pouco mais de um século depois de Durkheim, o jornalista brasileiro Arthur Da-pieve estudou alguns dos principais diários do país para verificar se, por aqui, ainda imperava o mito. Constatou que sim. Suicídio é um tabu nas Redações.

Ocorre que o silêncio do jornalismo sobre o suicídio é antes um sinal de incompetência do que de prudência. Bastaria ler com mais atenção o que próprio Durkheim escreveu em suas conclusões:

Quando decidimos que esta edição falaria sobre suicídio, algumas semanas atrás, ficou claro que antes de tudo precisaríamos estudar bem este “modo de falar”. Assim, o editor-chefe Marcelo Aramis e a repórter Daniela Bittencourt partiram para uma revisão biblio-gráfica do assunto, lendo textos científicos e reportagens de referência. Essa pesquisa gerou as reflexões que orientam nossa reportagem de capa. Mas talvez a orientação mais importante tenha vindo dos especialistas entrevistados: fa-lar sobre suicídio, ao contrário do que grande parte da imprensa pensa, ajuda a preveni-lo. Desde que se fale com responsabilidade.

Na reportagem, preservamos a identidade das fontes diretamente envolvidas com histó-rias de suicídio. Não interessa quem elas são. Interessa o que têm a dizer. Ouvimos especia-listas, que apontam as patologias associadas aos casos de suicídio e ressaltam sua condi-ção passageira. Mostramos como as pessoas podem buscar ajuda, e também como se pode ajudar. Por último, combatemos a desinfor-mação, confrontando ideias do senso comum com o que a ciência já sabe sobre o assunto.

O jornalismo, como a ciência – e há quem defenda que o jornalismo é uma ciência autônoma, como já fazia o alemão Otto Groth no início do século passado –, deve se preo-cupar em jogar luz sobre as zonas obscuras do conhecimento e, consequentemente, da sociedade. O suicídio ainda é uma delas. Mas encaramos o mito.

Boa leitura!

Felipe Boff, publisher

Origens sOciOlógicas | O mOdO de falar | a luz dO jOrnalismO – e da ciência

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

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Diretor Executivo - PublisherFelipe Boff

Paula SperbDiretor AdministrativoLuiz Antônio Boff

Editor-chefe | revista Marcelo Aramis Editora-chefe | site Carol De Barba

Andrei AndradeDaniela Bittencourt

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo PasaDesignerLuciana Lain

COMERCIALExecutiva de contasPita Loss

ASSINATURASAtendimentoEloisa HoffmannAssinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

FOTODE CAPAPaulo Pasa/O Caxiense.

TIRAGEM5.000 exemplares

“Em realidade, o que pode contribuir para o

aumento do suicídio ou dos demais crimes não

é o ato de falar deles, mas o modo de falar.”

Encarando o mito

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BASTIDORES164 finais felizes |Os vilões da feira| rainha dO blues | eles querem mexer na internet | decepçãO faz parte dO jOgO

O destino preferencial dos caxienses no verão vive dias de incerteza. Quase dois meses após a eleição, o município de Arroio do Sal e suas 48 praias, no Litoral Norte do Estado, ainda não sabem quem irá assumir a cadeira de prefeito no próximo dia 1° de janeiro. Com o diploma cassado pela Justiça Eleitoral após denúncias de uso da máquina pública em sua campanha, o prefei-to reeleito Luciano Pinto (PDT) corre contra o tempo para reverter a sentença e dar continuidade ao trabalho no gabinete.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a tendência é que Luciano Pinto (que na última quarta-feira estava em Brasília e não atendeu O CAXIENSE) entre com recurso pedindo a reversão da sentença e efeito suspensivo para que possa ser diplomado en-quanto é julgado. Tem sido prática recorrente do TRE dar o ganho do efeito suspensivo, mas não é uma ga-rantia. Se Pinto obter o efeito e o caso não for julga-do até 19 dezembro, data da diplomação dos prefeitos eleitos, é ele quem assume o cargo. Caso o efeito não seja concedido ou mesmo se o recurso não for julgado até a diplomação, quem assume a prefeitura da praia queridinha dos caxienses é o segundo colocado na elei-ção, o candidato Bolão, do PMDB. Isso ocorre também no caso de Pinto recorrer a instâncias superiores como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tri-bunal Federal (STF). Enquanto o processo estiver em andamento, a cadeira do prefeito é de Bolão. O efeito suspensivo ou a reversão da sentença são as únicas chances do atual prefeito assumir, pelo menos até nova decisão.

Em 2013, cerca de 6.430 carnês de IPTU serão expe-didos pela Secretaria da Fazenda de Arroio do Sal com destino a Caxias do Sul, um número maior do que é destinado a proprietários fixados naquele município, que é de 6.400. Para a temporada de veraneio, a popu-lação da cidade, que normalmente é pouco inferior a 8 mil habitantes, pode chegar a 90 mil, segundo estima-tiva da prefeitura.

Apesar da polêmica, Arroio do Sal se prepara como pode para receber os turistas. A temporada oficial de veraneio tem início marcado para 15 de dezembro, apenas 4 dias antes da diplomação ou não do prefeito eleito. Antes disso, no dia 8, terá início o evento nata-lino “Mar de Luz”, cuja programação inclui desfiles te-máticos, teatro e apresentações musicais. Para facilitar o acesso dos turistas, equipes da Secretaria de Obras trabalham na terraplanagem dos acessos à Estrada do Mar e também na retirada da areia que cobre o calça-dão da Beira-Mar. A Secretaria do Meio Ambiente res-taura os canteiros centrais da avenida principal. Com ou sem prefeito, a temporada de veraneio só depende de tempo bom. Pelo menos enquanto o sol e a água do mar não se envolverem em processos eleitorais.

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Arroio do Sal espera por você. E pelo próximo prefeito tambémpor Andrei Andrade

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1123.nov.2012

CAMPUS

Professores na rede

Massa para competir

+ VESTIBULARMurialdo. Prova: 10/12. Inscri-ções até 10/12. R$ 25La Salle. Prova: 1/12. Inscrições até 30/11. R$ 20FSG Prova: 11/12. Inscrições até 10/12. R$ 50FAL. Prova: 12/12. Inscrições até 11/12. R$ 25FTSG. Prova: 6/12. Inscrições até 5/12. R$ 25FAI. Prova: 4/12. Inscrições até 3/12. R$ 20FTEC. Prova: 8/12. Inscrições até 7/12. R$ 35Anglo-Americano/IDEAU. Pro-va: 22/12. Inscrições até 21/12. R$ 30

UCSOrçamento Empresarial. 7/12 . Inscrições até 1º/12. R$ 117 (es-tudantes) e R$ 117 (geral).

UCSMestrado em Administração. Inscrições até 30/11. R$ 70Mestrado em Turismo. Inscri-ções até 3/12. R$ 70Mestrado em Engenharia Me-cânica. Inscrições até 1º/12. R$ 70

WWW.FACULDADEMURIALDO.COM.BR. 3039-0245 | WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.UNI-LASALLE.EDU.BR/VESTIBU-LAR/CAXIAS. 3220-3535 | WWW.PORTALFAI.COM. 3028-8700 | WWW.AMERICALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.FTSG.EDU.BR. 3022-8700 | WWW.FTEC.COM.BR. 0800-6060606

Moda sustentável

Novidade na Ftec

A utilização de métodos eletrôni-cos como aliado na sala de aula será discutida neste sábado (1º), no Semi-nário UCA na Serra: compartilhando ideias e construindo cenários. Profes-sores da rede pública e acadêmicos dos cursos de licenciatura estarão reunidos no auditório do bloco E, a partir das 8:30, para debater a in-

serção do professor nessa nova rea-lidade educacional e aprender a criar sites, conhecer as redes sociais e ter noções básicas de programação. O evento também realiza a formação de professores de 3 escolas de ensino fundamental da Serra Gaúcha, que participaram do projeto federal Um Computador por Aluno.

O desafio de construir uma pon-te feita com espaguete chega a sua segunda edição, na competição organizada pela FSG. Neste ano, além da participação de estudantes de Engenharia Civil e Produção, a competição terá também a partici-pação dos acadêmicos do curso de Arquitetura. Na primeira edição, as pontes de espaguetes suporta-ram 32,2 kg. Divididos em 10 gru-pos, de no máximo 5 integrantes, os acadêmicos projetaram e cons-truíram pontes com 1 metro de vão e peso máximo de 900 gramas. A curiosidade é que a ponte deve-ria ser feita exclusivamente com massa do tipo espaguete e cola. A segunda edição ocorre na quarta (5), a partir das 19:30, no auditório da faculdade.

Coordenado pela professora Ana Mery Sehbe de Carli, o pro-jeto de sustentabilidade Moda no terceiro milênio – novos valores, novas práticas foi selecionado no edital Prêmio Economia Criativa – Estudos e Pesquisas em Eco-nomia Criativa, do Ministério da Cultura. O projeto integra os 19 trabalhos selecionados entre teses de doutorado, dissertações de mestrado ou produção cientí-fica de grupos, sendo o único do Rio Grande do Sul. Segundo Ana Mery, com o dinheiro da premia-ção, que chega a R$ 60 mil, há a intenção de investir em equipa-mentos direcionados ao artesa-nato e promover cursos voltados para a metodologia de ensino para artesãos.

A Ftec oferecerá cursos de Edu-cação a Distância (EAD). A no-vidade foi publicada no Diário Oficial da União na segunda (26). Segundo a instituição, a ideia é tra-balhar com Ambientes Virtuais de

Aprendizagem (AVA), com inte-ração por vídeos, chats e fóruns, e centralizar o recebimento de conte-údos e trabalhos. Leia a entrevista com Claudio Meneguzzi, diretor da Ftec, em www.ocaxiense.com.br.

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Aranilde e Marcelo |Andréia Copini, Divulgação/O Caxiense

De papel passadopor Gesiele Lordes

Quatro filas de casais esperavam pelo principal evento de suas vidas, na parte inferior do Centro de Eventos da Festa da Uva. Vestidas de noiva, Aranilde Ma-ria Xavier e Izabela Bittencourt compar-tilhavam muito em comum: 40 anos de idade, pele bronzeada, piercing no nariz e preferência por homens mais jovens. Agora também uniriam, oficialmente, as famílias. Izabela casaria com Rafael Pag-no, de 23 anos, filho de Aranilde. Esta não estava lá somente como mãe do noi-vo. Aproveitava a ocasião para oficializar a união de 9 anos com Marcelo Perondi, de 28 anos.

Na parte superior do pavilhão, um tapete vermelho contornado com colu-nas e flores conduzia ao palco do sim: 4 mesas onde os 82 casais iriam assinar as certidões de casamento na 7ª edição do Casamento Comunitário de Caxias do Sul, no último sábado (24). Uma mesa com bolo fantasia e um painel de tecido vermelho e branco, ao lado e nos fundos do palco, eram os ambientes organizados para o registro fotográfico.

Os vestidos e acessórios que embele-

zavam Aranilde e Izabela fazem parte de uma conquista recente, conta Janete Ta-vares, diretora de Segurança Alimentar e Inclusão Social e idealizadora do projeto. Graças ao empenho da equipe da pasta e à boa vontade de algumas lojas, o pro-jeto conseguiu, no ano passado, doações de vestidos de noivas, além de trajes para noivos e aias. Antes disso, poucas conse-guiam casar-se a caráter. Hoje, as roupas estão disponíveis também para mulheres que casam fora do casamento comuni-tário e não têm condições de alugar um vestido.

Entre os convidados, os trajes eram di-versos. Mulheres desfilavam produções de salão de beleza, bolsa de mão, vestido chique e salto alto em plena harmonia com aquelas que carregavam sacolas de mercado e guarda-chuva, usavam rastei-rinhas e prendiam os cabelos com atilho. Entre os homens, o estilo Neymar era tendência entre os mais jovens e calça e camisa social de manga curta, entre os de meia idade. Cada um foi como pode. Por opção, o prefeito José Ivo Sartori, convidado de honra, vestiu calça jeans, tênis e camisa sem gravata. “Perguntei para algumas se achavam que casamento

é fácil. E pior que responderam que é”, disse o prefeito, com uma das piadas que distribui como lembrancinhas. Casado há 36 anos, Sartori também acha fácil o casamento.

Ao lado do prefeito, no palco, o Coro do Samae se encarregava de emocionar a entrada de cada casal, com versões ins-trumentais de canções como Quem de Nós Dois, Primavera, Como é Grande o Meu Amor por Você e From This Moment On. A trilha, aliás, pode ter contribuído para aumentar a emoção de Rafael, que quase deixou a aliança cair depois de ter pego a mão errada da noiva Izabela. O som também impediu que pessoas além dos noivos ou de quem estivesse ao lado do juiz de paz ouvissem a cerimônia. Mas o beijo carinhoso do casal eviden-ciou que estava tudo nos conformes.

Como comemoração, os recém-casa-dos Izabela e Rafael organizaram um al-moço com amigos e parentes. A mãe do noivo não pode comparecer. Comemo-rou seu casamento em um almoço em Antônio Prado, com parentes de Marce-lo. E antes que partissem, Izabela alertou a repórter. “Agora é Izabela Bittencourt Pagno”. Eis o registro, senhora Pagno.

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AgrotóxicosTOP5De acordo a Vigilância Sanitária Estadu-

al, Caxias do Sul é a cidade que mais utiliza agrotóxicos no Estado. Para o engenheiro agrônomo Gilmar Onzi, da Secretaria Municipal da Agricultura, esse dado se explica pela quantidade de alimentos que Caxias produz. “O município registra uma produção intensiva o ano todo, isso clara-mente aumenta a demanda”, diz. Com base em uma pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que lista os 10 alimentos que mais recebem agrotóxi-cos no Brasil, pedimos para Gilmar elencar os que são mais produzidos em Caxias e o

porquê do uso do agrotóxico. Uma opção é adquirir produtos sem pesticidas na Feira Ecológica (sábado, das 6:30 às 11:30 na Estação Férrea, e quarta-feira, das 14:00 às 18:00, na Rua Santos Dumont, bairro Exposição).

Tomate – Recebe as aplicações de herbicidas no período do plantio ao início da colheita, entre agosto e

novembro. Quando o plantio ocorre mais cedo a colheita se torna mais lenta, exigin-do mais aplicações. Cuidado.

Uva – O período da floração, no início do novembro, é o que exige mais aplicações de fungicidas.

Beterraba – Recebe veneno princi-palmente no inverno, considerada uma época ruim para o plantio.

Alface – Parece saudável, mas pro-dutores usam pesticidas o ano todo. Intensidade varia conforme o clima.

Pimentão – Aplicações de agrotóxi-cos em agosto e novembro.

MISSÕES SIMECS 2013Com o objetivo de inserir as empresas do seu

segmento num mercado tecnológico e globaliza-do cada vez mais competitivo, o SIMECS já está preparando para 2013 a realização de Missões Técnico-comerciais a importantes feiras no Brasil e no exterior. Em São Paulo o foco será Feira Inter-nacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços – Automec, de 16 a 20 de abril. Em nível interna-cional, o alvo será a Alemanha, onde estarão acon-tecendo no mês de setembro do próximo ano três importantes feiras técnicas. De 16 a 21 de setembro será realizada a Schweissen & Schneiden – Feira de Soldagem e Corte. Já no período de 12 a 22 de setembro será realizada a Feira IAA, voltada para o segmento de automóveis. Enquanto isso, de 16 a 21 de setembro será a vez da Feira EMO, espe-cializada em máquinas e operatrizes. Por fim, em novembro, acontecerá a Feira Internacional de Ha-vana em Cuba – FIHAV e no México, a Feira Ex-potransporte. As empresas metalúrgicas interessa-das em participar das Missões do SIMECS devem entrar em contato com a entidade, através do fone (54) 3228.1855.

MÉRITO GIGIA BANDERAMais de 300 pessoas, entre autoridades, con-

vidados e imprensa, participaram no dia 23 de novembro, no Clube Juvenil em Caxias do Sul da solenidade de outorga do Mérito Gigia Bandera 2012. Os três empresários escolhidos para a 20ª edição do mérito foram: Darte Carvalho Labatut, José Alceu Lorandi e Dolaimes Maria Stedile Angeli (In memorian). Os filhos de Dolaimes, Fúlvia Stedile Angeli Gazola e Sandro Angeli Gazola, representa-ram a mãe, falecida em 1995. Para apresentar os homenageados, o ponto alto da noite foi um vídeo documentário com imagens e fatos marcantes de cada um. Desde 1987, o SIMECS reconhece com o Troféu Gigia Bandera personalidades que, com sua visão estratégica, representação institucional, empresária e de defesa da livre iniciativa, projetam suas organizações.

BALANÇO SOCIALAproximadamente R$ 370 milhões foram inves-

tidos pelas empresas representadas pelo SIMECS em benefícios sociais aos seus funcionários no ano de 2011, entre os quais, programas de saúde, educação, transporte, alimentação. Ao lançar a 13ª edição do Balanço Social durante o Mérito Gigia Bandera, o presidente Getulio Fonseca salientou que este trabalho certamente será motivo para uma reflexão do volume de ações realizadas pelas empresas do segmento do SIMECS, beneficiando

70 mil trabalhadores e seus dependentes. Para se ter uma ideia, dos 496 municípios do Rio Grande do Sul, apenas dois superam as indústrias metal-mecânicas da base do SIMECS em investimentos em saúde.

ENCONTRO NACIONAL DA INDÚSTRIANos próximos dias 05 e 06 de dezembro, o

presidente Getulio Fonseca e o diretor executivo Odacir Conte estarão em Brasília representando o SIMECS no Encontro Nacional da Indústria – ENAI. Realizado anualmente pela CNI, o evento reúne empresários e líderes de entidades de represen-tação da indústria, dos seus diversos setores e de todos os estados do Brasil. Consagrou-se, ao longo de suas edições, como o mais representativo even-to empresarial da indústria brasileira. Seu objetivo é refletir e discutir alternativas para o fortalecimento da indústria nacional e a criação de novas fontes de dinamismo econômico no país. Em 2012, em sua 7ª edição, terá como tema central “O Futuro da Indústria”. Produtividade, investimento, infraestru-tura, inovação, tecnologia, educação, conjuntura econômica, e política, também estão na pauta de debates do ENAI deste ano.

FEIRA DE HAVANAOs dirigentes do SIMECS Getulio Fonseca e

Odacir Conte participaram de 02 a 09 de novembro em Cuba da Feira Internacional de Havana – FI-HAV, evento que também contou com a participa-ção das empresas Marcopolo, Agrale, Lavrale, Met-alúrgica Martinazzo e Perfilline. Considerada como o principal evento multissetorial de Cuba, as princi-pais categorias de exposição na feira foram bens de consumo, máquinas, equipamentos, tecnologia, matérias-primas e serviços. Participaram cerca de 30 países (incluindo Brasil, China, Espanha, Ca-nadá e Alemanha) representados por mais de mil expositores. Os representantes do SIMECS tam-bém integraram a Missão Governamental, Institu-cional e Empresarial do Rio Grande do Sul a Cuba, além de receber convite da Apex para participar da Feira em Havana.

CARTA DE INTENÇÕES Com a assinatura de uma Carta de Intenções com

o Ministério das Indústrias Sidero-Metalmecânicas de Cuba, bem como em contatos mantidos com im-portantes autoridades e lideranças cubanas, além da premiação de qualidade concedida à empresa Perfilline Componentes Metálicos, o SIMECS con-cluiu de forma exitosa a sua missão aquele país. A assinatura do protocolo entre o governo cubano (representado pela Tecnosime, empresa comer-cializadora de serviços técnicos e tecnológicos) e o SIMECS, ocorreu após um importante e exclusivo encontro do presidente Getulio Fonseca e do diretor executivo Odacir Conte, com o Vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Ricardo Cabrisas Ruíz. O acordo firmado vai estreitar o relaciona-mento do segmento metalmecânico de Caxias e região com o setor industrial cubano. O mercado cubano está se tornando cada vez mais atrativo

para a realização de negócios, especialmente en-volvendo os segmentos de máquinas agrícolas, implementos rodoviários, ônibus, Construção civil, estruturas metálicas, cutelaria, entre outros.

EMPRESAS COREANASUma delegação de 17 empresas Coreanas

lideradas pela KITA (Korean International Trade As-sociation) visitou o SIMECS no dia 22 de novembro. Liderados pelo diretor-executivo da Kita, Ho keun Jang, os empresários coreanos estiveram em Cax-ias do Sul, a convite do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, o presidente do SIMECS Getulio Fonseca fez uma apresentação do potencial metalmecânico de Caxias e região, repre-sentado pelas 2.900 empresas do segmento. Con-forme Getulio, a visita foi uma oportunidade impor-tante para estreitar a relação técnico-comercial do polo metalmecânico da serra gaúcha com a Coréia do Sul. A Kita é a organização de promoção com-ercial mais influente da Coreia do Sul, voltada para o apoio à expansão das empresas do país asiático pelo mundo e promoção de parcerias entre com-panhias coreanas e estrangeiras. Com 70 mil as-sociados, a Kita possui representações na Bélgica, na China, em Cingapura, nos EUA, no Japão e no Vietnã. A Coreia do Sul é o 12º destino dos produtos gaúchos e recebe 1,9% dos embarques totais. Nos dez primeiros meses do ano, as exportações para o país asiático somaram US$ 281,38 milhões.

PRÊMIO AUTODATA 2012As empresas Agrale, Randon, Marcopolo e Neo-

bus, associadas ao SIMECS, foram destaque do Prêmio AutoData 2012, durante evento realizado no dia 22 de novembro em São Paulo. Esta edição revelou os premiados em todas as suas 21 catego-rias oficiais, que receberam milhares de votos dos leitores da Revista AutoData e dos participantes do Congresso AutoData Perspectivas. A Agrale, pelo seu aniversário de 50 anos recebeu através de seu diretor presidente Hugo Zattera, a homenagem especial do Prêmio AutoData 2012. Na categoria Encarroçador de Ônibus, o prêmio foi para a Mar-copolo que esteve representada pelo diretor Valter Gomes Pinto. Já a Randon S.A Implementos e Par-ticipações, representada pelo diretor corporativo e de relações com investidores, Astor Milton Schmitt, foi premiada como Produtora de Implementos Rodoviários. Por sua vez a Neobus, representada pelo seu diretor superintendente Edson Tomiello recebeu o prêmio como melhor Empreendedora.

SIMECS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul - Rio Grande do Sul. Web Site: www.simecs.com.br -

E - Mail: [email protected]

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Desde a 2ª edição, em 2009, o Mississippi Del-ta Blues Festival tem uma rainha. Durante os 3 dias em que Caxias respira blues, ela atende por Miss Mae. Nos resto do ano, por Etiene Nadine dos Reis, uma bela mulata de 25 anos, que já foi modelo – “antes de engordar”, brinca – e atual-mente trabalha como garçonete em um café ca-xiense.

Vestindo ora um maiô preto com meia arras-tão e adornada por boá vermelho e cartola nas cores norte-americanas, ora um microvestido com franjas, de melindrosa, sempre com a faixa de miss que a identifica, Miss Mae talvez seja a personagem mais fotografada do festival. Segun-do a própria, a ideia foi do músico Rafa Gubert, que propôs uma homenagem à última cena do filme A Encruzilhada (Crossroads), em que uma dançarina sensual anima o público em um duelo

de guitarristas de blues. Na época, Etiene traba-lhava como bartender do Mississippi Delta Blues Bar, e aceitou na hora o convite para encarnar Miss Mae. Desde 2010, a dançarina ganhou até uma banda que a acompanha para cima e para baixo no festival: a New Orleans Quartet.

“Todo mundo respeita e se interessa pela per-sonagem. Às vezes alguém propõe um encontro, solta alguma piadinha. Mas quando vejo que a pessoa fala sério, consigo me sair bem. Tenho que entender que uma negra passando de maiô chama mesmo a atenção”, brinca. Para a rainha dos blueseiros de Caxias, o respeito com que to-dos a recebem no festival é o mais legal de ser Miss Mae. “Adoro que peçam para tirar fotos. Mesmo quem não assistiu ao filme e não conhe-ce a personagem, acaba curtindo e tratando com carinho”, comenta.

BOAGENTE

Ahhh...Miss Mae

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1530.nov.2012

Fábio Velho|Paulo Pasa/O Caxiense

Terceira idade está onpor Andrei Andrade

Eles sabiam datilografar, o que era suficiente para aque-la juventude. A informática, então um luxo, avançou rá-pido e se tornou básica. Sem perceber, eles ficaram obso-letos, como as Olivetti. Mais por vontade do que por ne-cessidade, eles querem parti-cipar ativamente desse novo mundo. Com muita paciên-cia, dois professores da UCS, Fábio Velho e Andréia Witt, ajudam a recuperar o tempo perdido. São responsáveis por inserir na vida digital centenas de idosos – alguns nem tanto – através do curso de informática para a gera-ção analógica oferecido pela UCS. O projeto, que integra o programa Universidade da Terceira Idade, existe há 12 anos e não para de aumentar. O curso, que começou com 3 módulos e duração de 3 semestres, logo precisou ser estendido, tamanho o inte-resse dos alunos não só pelas aulas, mas pela convivência. Hoje, são 3 anos de aulas e muitas jantas e almoços de confraternização.

Além de tudo o que en-volve mexer em um compu-tador, desde apertar o botão para ligar até criar um perfil no Facebook, os alunos tam-bém aprendem noções bási-cas de outras parafernálias

tecnológicas, como celular e câmera digital. Tudo para não ficar de fora das vidas cada vez mais conectadas dos filhos e netos. Os alunos se dividem em 17 turmas, com média de 13 pessoas em cada uma. Todos têm mais de 50 anos, mas segundo Fá-bio, as faixas etárias são bem diversas, muitos alunos têm mais de 70 anos.

O professor conta que al-guns processos que são na-turais para quem nasceu ou cresceu na era digital exi-gem mais tempo e esforço de aprendizado para quem começa do zero e depois dos 50. A maior dificuldade que eles encontram, segundo Fábio, é copiar conteúdo da internet para um arquivo de texto, o natural ctrl C + ctrl V. Apesar disso, ele garante que ninguém sai do curso sem aprender. “É fantástico o in-teresse que eles demonstram, a vontade de aprender. É um processo bem mais lento, mas todos saem mandando e-mail, editando texto, atu-alizando as redes sociais.” Se você anda tendo suas fotos mais constrangedoras posta-das na rede por sua mãe ou avó, agradeça a iniciativas como esta. Se já matou a sau-dade de um familiar distan-te por alguma forma que só a internet oferece, agradeça também.

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A deputada estadual Marisa For-molo (PT), presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente na As-sembleia Legislativa, tem apresen-tado uma atuação coerente nas pro-postas e discussões relevantes para a sociedade. No último mês, realizou audiência para discutir os malefícios (como câncer, por exemplo) causados por antenas de celular, o debate sobre o uso de agrotóxicos na produção de alimentos (Caxias do Sul é a cidade que mais usa herbicidas no RS, leia na página 13), e audiência pública para debater política de luta contra as drogas, realizada na última segunda-feira (26), em Montenegro. Além dis-so, Marisa defende que escolas, hos-pitais, abrigos e presídios públicos adquiram produtos agroecológicos. “Os benefícios dos alimentos orgâni-cos para a saúde são inegáveis e com isso o Estado economizaria recursos que não precisará investir em saúde para o tratamento de doenças e ain-da estará estimulando a produção e o desenvolvimento para os micro e pequenos produtores”, argumentou em reunião na Secretaria Estadual da Administração e Recursos Humanos, no último dia 20.

Atuação coerenteNa próxima segunda-feira (3), às 14:00, no plena-

rinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, será realizada uma audiência pública para debater os agrotóxicos na agricultura gaúcha. A audiência será conduzida pelo presidente da Comissão de Agricultura, Ernani Polo (PP). Em debate recente, o projeto de lei 78/2012 que permitiria a utilização de agrotóxicos hoje proibidos no Rio Grande do Sul foi retirado pelo seu autor, Ronaldo Santini (PTB). Seria um claro retrocesso para a saúde de todos. Exemplo ao país, a lei original proíbe importações de pesticidas que são vetados no seu país de origem. Ernani Polo convida a comunidade para debater a lei n.º 7.747, de 22 de dezembro de 1982.

Não dá para aceitar que Caxias do Sul seja a cidade que mais utiliza agrotóxico em todo Estado apenas por ser a maior produtora de hortigranjeiros. Está aí algo para a próxima administração se debruçar com a devida atenção.

Caxias do Sul é exemplo e líder em diversos seg-mentos. Ser líder em agroecologia seria um título muito mais adequado do o de campeã no uso de pesticidas. Quem tem impulsionado a consciência agroecológica na cidade é a UCS, através de seminá-rios e cursos de extensão e especialização, e os pró-prios produtores ecológicos, através de seus grupos. Mas a prefeitura pode e deve ser protagonista neste cenário.

postos de emprego foram fe-chados em Caxias em outu-bro de 2012. Em setembro, o número foi significativamente inferior, com 26 vagas de tra-balho formais encerradas. A indústria de transformação foi a que mais fechou postos (195), seguida da construção civil (119), utilidade públi-ca (11) e extração mineral (6). Mesmo assim, o saldo de empregos foi positivo em outubro, com 43 novas vagas abertas. Número bem abaixo dos postos criados em setem-bro na cidade: 595. Os dados são da Carta do Mercado For-mal de Trabalho, uma realiza-ção do Núcleo de Inovação e Desenvolvimento (NID) do Observatório do Trabalho da UCS.

320

Retrocesso gaúcho

Alerta para Caxias

PCP ensinando a pescar

Soluções em impressão

A 9ª turma do Projeto Pescar da PCP Produtos Siderúrgicos, com 23 alunos, se formou na última terça-feira (27), na CIC. No total, já são 180 alunos formados pela Escola Projeto Pe-car Antônio Ludovico Martini. As inscrições para a turma de 2013 já estão abertas. Estudantes a partir de 16 anos terão au-las profissionalizantes gratuitas no turno inverso da escola. A inscrição pode ser feita na seda da PCP Cortes (Rua Evaristo de Antoni, 780), com o professor Casemiro Tisatto, até 14 de dezembro.

Alexandre Lazzarotto, diretor da Full Service comemora as conquistas de 2012 após ganhar o Prêmio Jovem Talento Em-preendedor 2011, uma parceria entre Secretaria de Desenvol-vimento Econômico e Sebrae, e o Q-Comércio, uma parceria entre CDL e Sebrae. Alexandre ministrou duas palestras apre-sentando seu case em decorrência da premiação na categoria Comércio, vencida no ano passado. A Full Service presta ser-viço de gestão de máquinas de impressora, papéis e cartuchos, facilitando a projeção de orçamento das empresas e também suporte técnico. Em 2012, os vencedores do Jovem Talento Empreendedor foram Stevan Scussel Tomiello, da Plasmar In-dústria Metalúrgica (Indústria), Cristiane Marcante, da Cris-tiane Marcante Decoração (Comércio), Paula Sperb, da revista O CAXIENSE (Serviços), e Vitor Augusto Pistorello, da Gran-ja Giplan (Agronegócio).

plenario

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1730.NOV.2012

por Leonardo Portella

Duas vitórias e 4 derrotas. Esse foi o resultado da participação da equi-pe da Universidade de Caxias do Sul (UCS), na Liga Nacional de Handebol, a competição mais importante da mo-dalidade. Com esse resultado, a equipe caxiense amargou uma quinta colo-cação na competição, com 7 equipes participantes. Nas últimas 4 edições da Liga, a equipe conquistou o quarto lugar, com grandes chances de classi-ficação. Desde 2006 no grupo, Aline Candido Marques é armadora direita da equipe treinada por Gabriel Citton. A jovem de 22 anos concilia a facul-dade de Educação Física e o trabalho como instrutora de musculação com treinos diários da equipe, que conta com outras 18 atletas. Aline – que já disputou partidas vestindo a camisa da Seleção Brasileira de Handebol – conversou com O CAXIENSE e narra como foi a breve participação da equi-pe na competição nacional. Abaixo, leia o relato:

13 de setembro |Blumenau (SC) 31 X 20 UCS Era a nossa estreia e tínhamos novi-

dades na equipe. A armadora Alejan-dra Aida Zaglio e a ponta Paula Ittié são uruguaias e chegaram para fortale-cer ainda mais o time. Acabou faltando ritmo de jogo, o que influenciou na

nossa derrota. Tivemos um primeiro tempo bem ruim, nos recuperamos depois, mas já era tarde demais...

Concórdia (SC) 32 X 28 UCS | 15 de setembro

Ficamos em Santa Catarina pela pro-ximidade das datas e das cidades. Jo-gamos bem, foi uma partida extrema-mente “pegada”, com ótimas jogadas e defesas bem importantes, de ambas equipes. Já estávamos mais atentas ao grupo de meninas do Concórdia, que é bem forte quando joga em casa. Mesmo assim, não deu certo.

6 de outubro | UCS 29 X 32 Cianorte (PR) Era a nossa estreia em casa. Tínha-

mos um ginásio a nosso favor, mas er-ramos muitos passes, que levou o time adversário a marcar gols nos contra-ataques. Com 3 derrotas seguidas, sen-do essa em casa, acabou desmotivando as meninas. Não é fácil ter que explicar pro treinador e pro teu patrocinador o porquê de tantas derrotas...

3 de novembro |UCS 23 X 18 Novo Hamburgo (RS)Era a partida da reabilitação, uma

espécie de tudo ou nada. Foi a partida que tudo deu certo, os passes, as de-fesas... Tanto a UCS, como os demais patrocinadores, investem um alto valor financeiro no time. São despesas de

viagem e hospedagem, além da ajuda de custo para cada atleta. Os valores dependem, até porque temos as atletas do Uruguai, duas do Nordeste, além de algumas que vieram de São Paulo e do Distrito Federal. Em média, as ajudas chegam a R$ 800.

10 de novembro |UCS 18 X 25 São Bernardo (SP) Nem bem tivemos tempo de nos

empolgar com a primeira vitória e já tomamos um banho de água fria. Que-ríamos embalar na competição e essa vitória seria uma motivação a mais. Não podemos reclamar do público, que nas 3 partidas em casa, compa-receu em grande número. O horário – eram sempre jogos noturnos – e a entrada franca no ginásio ajudaram bastante. Nessas alturas, com essa derrota, já não tínhamos mais chance de classificação.

24 de novembro |Itapevi (SP) 18 X 26 UCS Era a nossa chance de encerrar a

competição com uma vitória e ser a primeira fora de Caxias. Felizmente, deu tudo certo. Jogamos bem e explo-ramos o erro das adversárias. Não é uma campanha que me deixa feliz, até porque nos outros anos, conseguimos ir bem na competição e brigar pela classificação. Nosso foco agora é no Estadual de Handebol.

uma jogadora de handebol72 dias na vida de ...

UCS x Blumenau |Paulo Pasa, Divulgação/O Caxiense

Aline Candido Marques |Divulgação/O Caxiense

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Onde vivem Os ajudantes dO PaPai nOelO bom velhinho tem equipes organizadas e motivadas para trabalhar no Natal em Caxias do Sul. Voluntários fazem o período natalino virar mágica para crianças carentes e aceitam recrutas de bom coração

por Andrei Andrade

Equipe do Papai Noel em ação |Divulgação/O Caxiense

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1930.nov.2012

“Eu tava com a barba grande.

Aí uma criança ceguinha pediu pra ver se era natural.

Pegou e puxou. Homem de Deus,

me emocionei que tiveram que me ajudar”, conta

Antônio

Deixar a barba e a barriga crescerem um pouquinho só para ficar mais próxi-mo do que se espera de um típico Papai Noel. Sacrificar a véspera de Natal em uma expedição rumo a um bairro pobre em uma caminhonete lotada de brinque-dos, roupas e alimentos. Abrir as portas da própria casa para receber a vizinhan-ça em uma grande sessão de cachorro-quente grátis. Sempre que o Natal se aproxima, um certo espírito de caridade parece tomar conta de todos.

Caxias do Sul abriga diversas histórias de pessoas anônimas, inseridas em diver-sas classes sociais, que aqui e ali tomam pequenas grandes iniciativas para dar um significado menos comercial e mais humano à comemoração do nascimento de Jesus. Mesmo que no fim também en-volva dar um presente, este acaba sendo mero pretexto para um sorriso, que é o presente trocado. Há 5 anos, a advogada caxiense Vanessa Nicolao, de 31 anos, cansou da forma como as festividades natalinas se apresentavam para ela, nada mais do que compras e comilanças. Achou que era a hora de transformar o

feriado em uma data realmente impor-tante. “Comprar um monte de coisas, ga-nhar um monte de presente que tu não precisas, comer até não poder mais, be-ber, beber, beber. Acho que Natal é outra coisa, tem que ter um significado real”, explica.

Naqueles últimos meses de 2007, a advogada, que é cadeirante e atua em um escritório no bairro Rio Branco, deu início a um projeto beneficente na escola pública em que a mãe era funcionária, no bairro Mariani. Escolheu 10 crianças ca-rentes das séries iniciais e, dias antes do Natal, visitou a casa de cada uma delas para entregar um rancho, material esco-lar e um brinquedo. Tudo obtido com a ajuda de amigos interessados na causa. Só que, como Vanessa descobriu, “a caridade é viciante”. No ano seguinte, com o apoio de mais voluntários – que ela nunca pre-cisou fazer força para encontrar – foi realizado um evento nas dependências da escola, em que cada criança de 1ª a 4ª série recebeu um brinquedo em uma festa. Além da bebida e comida, não fal-

tou o bom velhinho para animar a ga-rotada. Mas Vanessa e os amigos a quem intitulou a “Equipe do Papai Noel” ainda não estavam satisfeitos e, um ano depois a festa, envolveu todo o ensino funda-mental da escola, totalizando 600 crian-ças que tiveram um Natal mais feliz. Só em 2010, quando o projeto já havia des-pertado a atenção de algumas entidades que começaram a querer “pegar carona” na equipe do Papai Noel, Vanessa achou que era hora de dar outro rumo à sua festa beneficente. Desde então, a véspera do Natal é o dia em que ela e sua equipe visitam 70 casas no bairro Santa Fé, com uma caminhonete lotada de brinquedos. A escolha pelos beneficiados não é alea-tória. A lista foi construída a partir do ca-dastro de um centro espírita que Vanessa frequenta, mas a advogada faz questão de ressaltar que não há uma relação direta do seu trabalho com a entidade ou qual-quer outro cunho religioso. Para ajudar a forrar o saco do Papai Noel, toda ajuda é bem-vinda. As doações preferenciais são de brinquedos novos ou dinheiro. Fica mais fácil trabalhar assim. “As pes-

Grupo de Vanessa Nicolao |Divulgação/O Caxiense

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soas acham que doar pra caridade é tirar o lixo pra fora de casa. Mas não é porque é uma criança carente que ela precisa ter um carrinho de 3 rodas”, comenta. Com o montante que arrecada, a equipe vai até um atacado em São Leopoldo fazer a compra dos presentes.

No porão da casa em que vive no bair-ro Pioneiro, um Papai Noel que mal dei-xou a barba crescer, como faz todo ano quando se aproxima o Natal, mas que já ostenta a barriga mais a rigor que o velhi-nho do Polo Norte pode ter, aguarda pela roupa que irá vestir nas festividades deste ano. Estamos falando de Antônio Pereira da Silva, mais conhecido por Tonho, de 64 anos. Recém chegado de um jogo de cartas com os amigos no boteco, conver-sou no porão de sua casa, onde estavam as primeiras cadeiras à disposição. Desde que se aposentou, o ex-carreteiro passa os dias curtindo a vida com os amigos, pescando sozinho ou cozinhando para a família. Das obrigações que aos poucos a vida de aposentado desobriga, não consta ainda aquela de, a cada ano, vestir a rou-pa de Papai Noel e ir até Jaquirana, mu-nicípio de 4 mil habitantes onde nasceu, para distribuir roupas e brinquedos para a criançada.

Sem esconder as emoções, Tonho con-ta sobre algumas das experiências que a vida de Papai Noel de Jaquirana já lhe proporcionou nos últimos 3 anos, desde que assumiu a função pela qual não co-bra um centavo das entidades que doam os presentes, como o Sindicato dos Me-talúrgicos e o Centro Assistencial Joana D’Aarc. Entre histórias de crianças que têm medo do homem da roupa vermelha e outras que se puxam os cabelos dispu-tando seu colo, chora ao lembrar de um caso específico. “Barbaridade...eu tava com a barba grande. Aí teve uma crian-ça ceguinha que pediu pra ver se a barba era natural. Pegou e puxou. Homem de Deus, me emocionei que tiveram que me ajudar. Aquilo me tocou muito.”

Na infância simples que teve quando Jaquirana ainda era distrito de São Fran-cisco de Paula, Tonho, que vive em Ca-xias há 42 anos, conta que só na cidade grande veio a descobrir o que era o Na-tal, e só depois de casado teve a primeira ceia. No interior, não tinha nada disso. “Eu não tive brinquedo, não tinha nada. Era outro tipo de vida. A nossa brinca-deira era subir em árvore, tentar andar que nem índio de galho em galho. Hoje é muito diferente. Tem que ver a felicidade daquelas crianças quando tu entrega um

presente para elas”, compara. Neste ano, além da obrigatória passagem pela ter-ra em que nasceu, Tonho pensa sobre o convite que recebeu do presidente da as-sociação de moradores para que ele seja o Papai Noel do bairro. Ainda não de-cidiu. Talvez vá acampar com a família, aproveitando as férias da esposa para se esconder um pouco. Mas para Jaquirana, é certo que vai. Já tem alguns brinquedos separados. Só falta a roupa de Papai Noel, que em anos anteriores ele conseguiu em-prestada, mas para esse Natal ainda não tem.

Como diz a advogada Vanessa, “nessa época do ano, as pessoas estão mais so-lidárias e querem ajudar, só não sabem como.” Se o leitor quiser fazer uma doa-ção de brinquedo, alimento ou dinheiro para a Equipe do Papai Noel de Vanes-sa, basta entrar em contato pelo e-mail [email protected], ou fazer o depósito na conta poupança 00043729-1, agência 1590 da Caixa Eco-nômica Federal. Mas se tiver uma roupa de Papai Noel para emprestar ao Tonho, e ainda quiser doar algum brinquedo para a criançada da pequena Jaquirana, o nú-mero para contatá-lo é (54) 3227-5704. Um sorriso de criança aguarda pelo seu gesto.

Vanessa Nicolao decidiu recuperar o sentido do Natal |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Antônio Pereira da Silva aguarda o uniforme |

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PLATEIAA revoltA, o tempo e A dAnçA | mAtAnzA de voltA | desenhos AnimAdos nAs telAs | referênciAs femininAs

Cristofer Giacomet, Divulgação/O Caxiense

A árvore de Natal e a pequena fábrica de brinquedos na praça Dante Alighie-ri dão as boas-vindas às comemorações natalinas e contagiam principalmente as crianças. A decoração anuncia o Natal Brilha Caxias que, até janeiro de 2013, promove diversas atrações culturais nos bairros e nos distritos caxienses. Aos adultos, a atração principal será no dia 13 de dezembro. A Orquestra Sinfônica da UCS e a Orquestra Municipal de Sopros, sob a regência do maestro Gilberto Sal-vagni, ganham a companhia da cantora Zizi Possi. O repertório ainda não está definido, mas as chances de os caxienses ouvirem os hits obrigatórios de Zizi, Per Amore e Passione, são grandes.

Rafa Gubert, figura conhecida da noite musical da cidade, é um dos destaques da programação especial que ocorre neste sábado (1º). Gubert será um dos solis-tas ao lado de Reginaldo D. Araldi, que acompanhará a Orquestra Sinfônica La Salle (OSLA), com o maestro Ion Bres-san. O repertório inclui, além das can-ções natalinas, temas de filmes e obras de

canto coral. Mas é no interior onde o Natal caxien-

se tem mais luz própria. Não é preciso ir a Gramado para aproveitar o verdadeiro sentimento natalino. Opte por missas, presépio vivo, filós, chegada do Papai Noel e atrações musicais em Vila Oliva, Vila Seca, Criúva, Galópolis, Fazenda Souza, Ana Rech, Vila Cristina, Santa Lú-cia e Forqueta. A programação do inte-rior está em www.ocaxiense.com.br.

Orquestra Sinfônica La Salle (OSLA) Ion Bressan, Rafael Gubert e Reginaldo D. AraldiSÁB. (1). 18:00. Parque dos Macaquinhos

Caxias Jazz FestivalDOM. (2). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Musiparque – Festival de BandasSÁB. (8). 17:00. Parque dos Macaquinhos

Festa da Rádio VivaDOM. (9). 13:00. Parque dos Macaquinhos

Natal na Praça - Bênção dos Freis Ca-puchinhos e apresentações artísticasQUA. (12). 9:00 às 20:00. Praça Dante Alighieri

Orquestra Sinfônica da UCS e Or-questra Municipal de Sopros. Gilberto Salvagni, maestro, e Zizi Possi, convidada especial.QUI. (13). 20:30. Parque dos Macaquinhos

Concerto da Orquestra Unisinos AnchietaSÁB. (15). 20:00. Parque dos Macaquinhos

Mateada da 25ª Região TradicionalistaDOM. (16). 15:00. Parque dos Macaquinhos

Cantata de Natal SÁB (22). 20:00. Lagoa do Rizzo

Natal Luz de Caxias do Sul

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CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Marcelo Adnet. Eduardo Sterblitch. De Andrucha WAddington.

Peter rAmSey

OS PENETRASUm malandro profissional, Marco, e um maluco beleza, Beto, (as definições são do trailer do

longa), se encontram, meio que por acaso, no Reveillon carioca, e decidem entrar o ano novo apro-veitando a vida ao máximo. Tipo Se Beber Não Case, só que sem a parte da amnésia, com Stepan Nercessian e uma russa chamada Svetlana. Estreia.

gnc 14:30-16:50-18:50-21:00cinÉPoliS 12:40(somente SeX., SÁb. e dom.)-13:30-14:50-15:50-17:10-18:10-19:30-20:30-21:40-22:40(somente SeX. e SÁb.)

14 1:47

A ORigEm dOS guARdiõESQue o Papai Noel sempre vem a gente já sabe (e você leu na última

semana). Mas não é sempre que ele vem na voz do mesmo dublador de Sacha Baron Cohen (um empurrãozinho no riso dos pais que não curtem muito levar a criançada no cinema nessa época do ano). Na versão legendada, a voz é do ator Alec Baldwin. Sob a liderança do Papai Noel, a Fada do Dente, o Sandman, o Coelho da Páscoa e um garoto que tem a habilidade de congelar as coisas, Jack Frost, são con-vocados para uma importante missão natalina: proteger a inocência das crianças de um espírito maligno, Pitch. Estreia.

cinÉPoliS 3d . 13:00-15:30-17:40-20:10 | 3d . 22:20gnc 3d . 13:10-15:20-17:30-19:30 | 3d 21:30

L 1:37

A SAgA CREPúSCulO: AmANhECER PARTE 2 – O FiNAl

Depois de 4 filmes, todos os fatos importantes dos livros de Sthephenie Meyer, é claro, acabaram. E, com eles, o romance. Para a parte 2, ficou so-brando só a parte mais sanguinária da série: a batalha entre os clãs Cullen – que ganhou o reforço de Bella ver-são vampira e sua filha com Edward, Renesmee – e Volturi. Fofoca da se-mana: diz que Kristen e Pattinson não só voltaram a namorar como ela está grávida do ator. Os fãs, óbvio, já começaram a campanha para que a filha do casal na vida real também se chame Renesmee. Super apoiamos, só que ao contrário. Com Kristen Stewart, Robert Pattinson e Taylor Lautner. De Bill Condon. 3ª semana.

gnc 14:00(somente QUi.(06))-14:10-16:40-19:00-19:20-21:40-22:00 | 13:30-13:40-16:20-16:30-19:10-21:50cinÉPoliS 12:30 (so-mente SeX., SÁb. e dom.)-13:20-16:00-17:30-18:40-21:20 | 15:00-20:00-22:30

14 1:57

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007 – OperaçãO Skyfall“Um retorno triunfante do Bond clássico”. Foi assim que o jornal britânico The

Times classificou o novo filme do agente mais charmoso das telonas. Para a crítica, a essência de Bond está ali, mas o longa não se apega às velhas fórmulas. Incluiu até um nerd novinho e super conectado entre as engenhocas do agente. Com Daniel Craig, Judi Dench e Javier Bardem. De Sam Mendes. 7° semana.

★ ★ ★ ★ ★GNC 21:10 14 2:25

O DiáriO De TaTiO verão da garota ter sido filmado em 2006 e o filme estar em cartaz há 8 sema-

nas nem são números tão ruins assim quando a gente lembra que a personagem foi criada, tipo assim, em 1994, para a Escolinha do Professor Raimundo. Tati é ruim de matemática, registra os problemas adolescentes no diário, mas não tem Twitter e não está no Facebook, portanto, non ecziste. Com Heloísa Périssé, Márcia Cabrita e Marcelo Adnet. De Mauro Farias.

CINÉPOLIS 14:00-19:00 L 1:30

inTOcáveiSDriss é contratado para ser o cuidador de Philippe, um milionário que ficou

tetraplégico. O emprego perfeito para o desajeito imigrante argelino, que não vê ne-cessidade de cuidado em quem não está doente. A relação que, na prática, deveria ser de trabalho, acaba virando uma grande amizade. Com François Cluzet. Omar Sy. De Oliver Nakatache e Eric Toledano. 7ª semana.

★ ★ ★ ★ ★GNC 13:50 14 1:52

animacaxiaS 2012A programação, que teve oficinas gratuitas e sessões durante toda a semana, en-

cerra neste domingo (2). Quem for ao cinema pode votar para eleger os melhores filmes do festival de cinema de animação, que também é uma mostra competitiva.

Sessões de cinema (livre). SEX. (30). 8:30-10:00-14:00-15:30 | SÁB. (1°) e DOM. (2). 15:00 e 17:00. OrdovásOficinas (infantil). SEX. (30). 8:30-10:00-14:00-15:30. Gratuita. Vitrine Cultural

aTé Que a SOrTe nOS SepareVocê acha que gastar R$ 100 milhões em 10 anos é difícil? Difícil é inventar

sinopse para um filme que está há 9 semanas em cartaz. Pelo menos Atividade Pa-ranormal 4 passou de vez para o próximo plano. Com Leandro Hassum e Daniele Winits. De Roberto Santucci..

GNC 16:10-18:30CINÉPOLIS 16:30-21:10

12 1:44

a viDa De OuTra mulherE se você tivesse a chance de voltar ao passado e mudar algo na sua

vida? Marie tem. Mais ou menos. É que, inexplicavelmente, após uma noi-te normal de sono, a mulher de 40 anos acorda achando que tem 25. Com Mathieu Kassovitz. De Sylvie Testud.

ORDOVÁS SEX. (30). 19:30. SÁB. (1°) e DOM. (2). 20:00 12 1:37

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2530.nov.2012

+ SHOWS

MUSICA

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A estação férrea volta a ser palcoA 5ª edição do ManiFestaSol, festival que contempla teatro, dança, música e

tudo mais que se relacione de certa forma com estas artes, ocorre neste final de semana no Largo da Estação Férrea. Os destaques da programação musical deste ano ficam por conta das bandas Ligante Anfetamínico, Mindgarden e Diagnós-tico Urbano. A organização ainda promete uma atração surpresa para encerrar a noite. Alguém arrisca um palpite? Confira a programação completa.

SextA-feirA (30)

Montagem Colaborativa de Cenografia17:00. Casa das OficinasPóstV economia da Música, com insti-tuto estadual da Música + fora do eixo19:30. Casa Paralela ou em http://pos-tv.org

SÁBADO (1)

Oficina de Yoga com Viní-cius Rocha (Prakriti Yoga)9:30. Casa das Oficinas, pagamento fa-cultativo de R$10Oficina Meditação Kundali-ni com Cínthia Pretz10:30. Casa das Oficinas, paga-mento facultativo de R$10Oficina Danças Circulares com Alessandro rivelino11:40. Casa das Oficinas, pagamento facultativo de R$10Piquenique Solidário12:30. Gramado do Lar-go da Estação FérreaOficina Conselho das Árvores13:30. Gramado do Largo da Estação FérreaOficina Confecção de instrumen-

tos com Materiais reciclados14:00. Casa das OficinasOficina de estêncil14:00. Casa das Oficinas, sugestão: leve uma camiseta a ser pintadaCineManifesta14:00 na Casa das OficinasHip Hop Como Prática Pedagó-gica, com instituto Naumild16:00. Casa das Oficinasintervenção de Música Computa-cional, com Guilherme Santin16:00. Palco PiraAteliê Livre – Curadoria inde-pendente Mona de Carvalho16:00 Casa das OficinasDança do Ventre com Cia. Hayet17:00. Casa das OficinasNo fim da tard” com Cia. Municipal de Dança17:30

Shows musicaisA partir das 18:00

Mindgarden ( foto)Diagnóstico UrbanoSlow BrickerJLSaturno de JoséLigante Anfetamínico

SextA-feirA (30)

Hardrockers 22:00. R$ 10. Bier HausMarco Samba 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13toco e Buja Acústico 22:00. R$ 5. Cachaçaria Saraufesta Go Back! – UCS fM 23:00. R$ 20 e R$ 25. Havanafesta Meninas Más – duplas de Dj’s23:30. R$ 10. Level Jaimar e Alexandre 22:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolPura Ousadia 22:00. R$ 20. Portal BowlingBad Medicine (tributo a Bon Jovi) 23:00. R$ 12 e R$ 15. VagãoBlind Dogs 22:30. R$ 20 e R$ 15. Mississippi

SÁBADO (1º)

Creedence Clearwater tribute 22:00. R$ 10. Bier HausDisqBrazuca e Rogers e Guto Peixoto 23:00. gratuito. Cachaçaria SarauLocal House – Vários Dj’s 23:00. R$ 25 e R$ 15. Havanaencerramento ManifestaSol – Vários Dj’s 23:30. R$ 10. Levelfesta Madonna erótica 23:30. R$ 25. Nox VersusPátria e Querência 22:00. R$ 6 e R$ 8. PaiolCharque in Blue 22:30. R$ 20 e R$ 15. Mississippifullgás + Display 23:00. R$ 20 e R$ 15. Bukus Anexo

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Domingo (2)

mateus e Fabiano + Roda de samba 21:00. R$ 20. Portal BowlingSet com DJ’s 16:00. Gratuito. Zarabatana

QuaRta (5)

Jhonatan e Carlos 20:00. Gratuito. Paiol

Quinta (6)

Banda Disco 22:00. R$ 10. Bier Hausgrupo macuco 22:00. R$ 5 e R$ 15. Paiol

+ SHOWS

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uma dose de jazz depois da overdose de blues

a voz e os muitos instrumentos de Kátya

Da pesada

Integrando a programação do Brilha Caxias 2012, o Caxias Jazz Festival irá encher de boa música o domingo do Parque dos Macaquinhos (mas se chover, o evento será transferido para o Zarabatana Café). Confira quem sobe ao palco:

DOM. (2). A partir das 15:00. Parque dos Macaquinhos

Violão, rabeca, viola de cocho e percussão. Tudo isso, acompanhada por viola caipira, flauta, acordeon, percussão, violino, bandolim. E, é claro, a voz. Assim é o show da cantora paulista Kátya Teixeira, que desde 1997 desenvolve um trabalho musical feito a partir de muita pesquisa da cultura popular brasileira e suas in-fluências. Já se apresentou ao lado de grandes artistas do cenário nacional como Ednardo, Tom Zé, Elza Soares e Dona Ivone Lara.

QUI. (6). 21:00. Gratuito. Zarabatana

Quem gosta de rock pesado, com letras que falam de muito álcool, mulher e ódio no coração, certamente gosta de Matanza. Em Caxias, certamente não falta público para esses cariocas que consagraram o estilo country hardcore no país, e que já tocaram por aqui outras vezes. Dessa vez, eles estreiam no palco do Vagão Classic, talvez em sua última passagem antes do fim do mundo.

SÁB. (1°). 23:00. R$ 40. Vagão

apresentação de Dj’s15:00-16:00

Quarteto de Saxofones da orquestra municipal de Sopros – traditional Jazz16:00-16:30

Paulinho Cardoso e banda16:45-17:25

Banda de Pífanos Folclore Verde de mestre Romão e mestre João Faustino17:40-18h20

Projeto CComa slançando o CD Peregrino18:30-19:15

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PALCO Cadência, arte e tango

Criançada

Para compartilhar a dança

AgendA AbertA

Em 2011, a Compacto Espaço Cultural apresentou o espetáculo Tango Nóia, a his-tória de um maluco através do tango. Agora o título migra para Tango Nóia II: Tic Tac, onde o tango não é mais a trilha principal. Entre diversos ritmos de dança, 20 alunos da escola atuam e dançam. Em uma praça onde o movimento nunca cessa, conta-se a história de um pintor, o personagem de uma revolta. Os motivos são re-velados ao longo da trama do teatro e da dança. O espetáculo foi escrito por Mara Quadros e tem direção artística de Cristiano Vieira.

SEX. (30), SÁB. (1°) e DOM. (2). 20:30. R$ 15 e R$ 7,50. Teatro Municipal L 1:00

As crianças da Mostra de Produções GentEncena 2012 apresentam duas peças co-ordenadas pela professora Elisa Mendes. Em O Segredo das Bonecas, a turma da tarde contará a história da menina Isabelle, sua boneca e seu pai. Eles se mudam para uma antiga casa onde vivem outros brinquedos, que foram testemunhas oculares de uma tragédia. Em O Boi da Cara Preta, a turma da manhã será convocada pela fada Hele-na em uma missão de salvamento extraordinária no mundo imaginário. O objetivo é encontrar a filha de uma informante do mundo real, que foi sequestrada pelo Boi.

DOM. (2). 18:00. Teatro do SESC L

No 1º Encontro Etnocultural de Caxias, o foco não estará nas apresentações, mas na formação. O primeiro workshop é de Tribal, com Fernanda Zahira Razi (Porto Alegre), das 9:00 às 10:30. Depois, tem Dança Oriental Clássica, com Michele Plets-ch (Bento Gonçalves), das 10:30 às 12:00; Tribal Fusion, com Bruna Gomes (Porto Alegre), das 13:00 às 14:30; e, por fim, Dabke, com Kristian Galvão (Porto Alegre), das 14:30 às 16:00. Quem fizer apenas uma atividade paga R$ 60, mas tem desconto para quem encarar duas (R$ 90), 3 (R$ 120) ou 4 (R$ 150). É só no fim da tarde que sobem ao palco Estilo Tribal Espaço Cultural, Studio Yalla, Grupo Záhira, Grupo de Capoeira Grilhões da Liberdade, Escola Maria Gitana e Graziela Susin, a Cia. Mi-chele Pletsch de Danças Árabes (Bento Gonçalves) e a Cia. Essência Oriental (Nova Petrópolis), e os bailarinos porto-alegrenses Kristian Galvão e Bruna Gomes.

SÁB. (1°). Workshops 9:00-14:30. De R$ 60 a R$ 150. Studio Yalla

O Teatro Municipal agen-da espetáculos de teatro, dança, música ou outras ati-vidades artísticas culturais para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2013. Os interessados podem fazer contato pelo e-mail [email protected], apresentando proposta, ma-terial informativo (release, ficha técnica, necessidades técnicas, etc.), fotos do espe-táculo, dados do responsável e indicação de data e horário pretendido. Os espetáculos serão marcados respeitando a ordem de chegada das so-licitações.

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28

ARTE

O neozelandês Theo Bennet, treinador do Serra Rugby, é Fghta Fsh quando assina suas obras de arte. Conhecido por criar formas através do espelhamento de imagens, capturadas em detalhes menosprezados do ce-nário urbano, Fghta Fish leva a estética da arte urbana para a exposição Bakna Girl. As obras são inspiradas em entrevistas do artista com mulheres caxienses. Ele ouviu boas histórias a partir da pergunta “que mulher inspira você?”. O projeto de arte é paralelo ao movimento pelo fim da violência contra as mulheres.

Bakna Girl Fghta Fsh. A partir de SEG. (26).

SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Mulheres inspiradoras

Depois de realizar a 1ª Feira de Arte Coletiva, de agosto a novembro na Casa da Cultura, e de surpreender com a quali-dade das obras e da programa-ção da Blues Art Ville, no Mis-sissippi Delta Blues Festival, a curadoria de Mona Carvalho lança uma nova – e corajosa – ação. O Atelier Livre, uma par-ceria de Mona com o o grupo de artistas 005arte, vai levar a arte ao vivo para bairros e dis-tritos de Caxias do Sul. A pri-meira edição ocorre durante o Festival Manifestasol 2012, no sábado (1), no Largo da Esta-ção Férrea. A partir das 16:00, além dos artistas da 005, Lin-donês Silveira, Mirian Gazola, Natália Bianchi, Rafael Dam-bros, Artur Volpato e Jaque-line Pauletti se reúnem para fazer arte no gramado da Es-tação. Qualquer pessoa pode participar do encontro. Leve suas ferramentas e comparti-lhe criatividade.

Integrante da direção da Editora São Miguel por 28 anos, 25 como diretor da Re-dação do Correio Riogranden-se, Moacir Molon lança o livro Olhar e Olhares, que é parte das comemorações dos 60 anos da editora. A obra reúne fotografias do jornalista, que destacam a trajetória em favor do meio ambiente, além de um pequeno perfil de Molon e da editora. Em acabamento, o li-vro é um catálogo de proces-sos ecologicamente corretos: verniz atóxico a base d’água, cortes especiais, relevo seco, hot stamping, laminação bopp soft touch.

Arte ao sol

Olhar verde

CAMARIMMarcelo araMis

Capelinhas: Memória e Fé Coletiva. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Miserere – Visões do Inferno de Dante Bea Balen Susin. Até SÁB. (1). SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Monumentos de uma trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

O Brilho das Flores Iva Spinelli. Até SÁB. (1). SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00. Ipam

Releituras Tatiana Cavagnolli e Carla Esteves. SEG.-SEX. 9:00-19:00 SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

UCS 45 anos – Homenagem Desenhada Coletiva. A partir de TER. (4). SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

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A

Carol De BarBa

Apesar de não se tratar de de-sign de moda, a notícia merece o espaço. A Coleção K da empresa caxiense Riva, que esta à venda no Museu de Arte Contemporânea de Chicago e foi finalista do Prê-mio Museu da Casa Brasileira, e a fruteira Toledo são vencedoras do iF Design Award 2013.

O prêmio é considerado o Os-car do design mundial, e já foi conquistado por gente do calibre de Philippe Starck.

Depois de muita pesquisa, na se-gunda etapa do projeto Identidade Cultural como Suporte para o De-sign na Serra Gaúcha, do Polo de Moda com orientação do estilista Walter Rodrigues, as empresas que participam da iniciativa finalmente apresentaram suas coleções auto-rais. O clima, a geografia, as ma-nifestações artísticas e simbólicas, e a culinária locais eram os valores que deveriam ser agregados às pe-ças, utilizando a seguinte método: 10% experimentar, 30% inovar, trabalhando com a tecnologia do-minada, e 60% criação de produtos, formando o DNA da marca. A fór-mula deu certíssimo, e o resultado foram produtos emocionantes. O tipo de exemplo que merece ser co-piado. Acompanhe a versão online da coluna na próxima semana para ver uma galeria de fotos do traba-lho.

Design

Moda e emoção

Ben

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LegendADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário.Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

MúsicaBlues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

DançaClássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

ArtesAcervo. Desenho. Diversas Escultura. Fotografia. Grafite. Gravura. Instalação Pintura.

endere oscinemas:cinÉPOLis. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. seG.QUa.QUi. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). seX.sÁB.DOm. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | Gnc. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. seG. QUa. QUi.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). Ter: R$ 6,50. seX. saB. DOm. Fer. R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). saLa 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | OrDOVÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

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GaLerias:camPUs 8. ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | esPaçO cULTUraL Da crisTia-ne marcanTe DecOraçÃO. FEIJó JUNIO, 1006. VIA DECORATTA | FarmÁcia DO iPam. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | GaLeria mUniciPaL. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | insTiTUTO BrUnO seGaLLa. R. ANDRA-DE NEVES, 603. CENTRO. 3027-6243 | mUseU mUniciPaL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | OrDOVÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAz zOLO. 3901-1316 |

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A temporada de férias está chegando e os caminhos levam os caxienses ao litoral. O sol é um convite para um bom banho de mar. Mas para levantar a autoestima e exibir um corpo sarado – sem as inde-sejáveis gordurinhas –, será necessário esforço. “Cuidados com a alimentação e uma rotina de exercícios físicos ajudam a disfarçar e ir bem pro verão”, conta a nutricionista Kalizia Dall Ven, de 26 anos. A nutricionista conta que uma dieta balanceada e a ingestão de líquidos é fundamental para a busca de um corpo ideal para o verão. “É possível comer de tudo um pouco, com moderação e sem exageros. E sempre beber água e não outros líquidos, como sucos ou chimar-rão”, ensina. Para ajudar, Kalizia ensina a preparar pratos coloridos e dá sugestões de frutas para a ingestão diária. “Comer a

mesma fruta diariamente enjoa. Pode-se intercalar, de manhã come uma maçã e à tarde, uma goiaba”, sugere ela. A ingestão de integrais também é uma recomendação da nutricionista. “Normalmente, inge-rimos arroz no almoço e no jantar, mas existem outras alternativas, como granola e linhaça”, diz. Sobre os chocolates e doces, ela sugere pequenas ingestões diárias. “Dois quadradinhos de chocolate por dia é suficiente. Quanto às sobremesas, pode-se intercalar também, uma semana come, na outra já deixa de lado. Assim o corpo vai se acostumando”, conta. Para ajudar na alimentação daqui em diante, Kalizia montou o cardápio ideal para ado-tar. Lembre-se de seguir as dicas, beber bastante água e fazer pequenos exercícios diários, como caminhadas prolongadas e andar de bicicleta, por exemplo.

Se tratando da primeira refeição do dia, Kalizia sugere uma mistura de integrais com produtos ricos em proteínas. Ela sugere um sanduíche com pão integral, com peito de peru e queijo branco, 8 morangos e iogurte natural com granola para acompanhar.

“Antes do almoço, uma fru-ta é sempre bem-vinda”, diz. Kalizia sugere uma goiaba.

Aqui vale a tradicional re-gra: quanto mais colorido de verduras e legumes, mais sau-dável o prato. Então, aí vai: arroz (branco ou integral), peito de frango grelhado, tomate e alface à vontade, brócolis e cenoura cozida.

Pela tarde, podem ser seguidas duas opções: frutas ou barra de cereal. “Na barra de cereal, é preferível aquelas com frutas, principalmente com banana. Não recomendo aquelas com chocolate”, diz.

Moderação. A partir de agora, alimentos pesados não devem ser ingeridos. Kalizia sugere ou um café – pare-cido com o café da manhã, podendo acrescentar o leite – ou repetir o almoço, fazendo algumas trocas nas saladas.

A ceia não é obrigatória. “Depende do horário que a pessoa vai dormir”, conta. Uma fruta é a sugestão.

Café da manhã

Lanche

Almoço

Lanche

Jantar

Ceia

SA DEcardapio

Corpo ideal para o verão

Jaso

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3130.nov.2012

A Unimed Nordeste aprovou, em assembleia, a ampliação do hospital da cooperativa, tendo como foco principal o Pronto Atendi-mento e a construção de uma Unidade Materno-Infantil. As obras serão feitas em um terreno de aproximadamente 2 hectares, contíguo ao hospi-tal, adquirido em 2010 já com a intenção de abrigar o PA e a nova unidade. O Hospital Unimed é o único da cidade a possuir um heliporto.

Um show com a banda Har-dRockers, neste domingo (2), às 10:00, encerra as atividades da campanha de prevenção de HIV/Aids, realizada durante toda a semana. A promoção é do Laboratório de Pesquisas sobre a doença da UCS, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde. A apresentação acontece no esta-cionamento da Vila Poliesportiva, na Cidade Universitária, em Ca-xias do Sul. Em caso de chuva, ele será transferido para o Auditório do Bloco J.

Seja por beleza ou por saúde, o fato é que o brasileiro está frequentendo cada vez mais as academias. Confor-me pesquisa realizada pela Central Mailing List, empresa especialista em fornecer banco de dados, com pelo menos 26,7 mil estabelecimentos, o país já é o segundo no mundo em nú-mero de academias, atrás dos apenas Estados Unidos. A maior parte delas (2,7 mil) está concentrada em São Paulo. O Rio Grande do Sul aparece depois de Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 644 academias.

de agrotóxico é a mé-dia que cada brasileiro consome por ano, segun-da a Anvisa. O Brasil é responsável por 5% da área plantada no mundo e usa cerca de 20% do veneno produzido. Os defensivos agrícolas contaminam o meio am-biente, principalmente o solo, a água e os animais; são extremamente tóxi-cos para os trabalhadores das lavouras, causando doenças graves, como câncer; e quem ingere os alimentos provenientes dessas culturas pode apresentar, em qualquer fase da vida, sintomas de intoxicação pelos quí-micos. A longo prazo, o consumo está associado ao aumento da incidên-cia de diversos tipos de câncer.

Pioneiro no Brasil, o Rio Grande do Sul não permite, no caso de importação, o uso de agrotóxicos proibidos em seu país de origem. Mas, um projeto do deputado Ronaldo Santini (PTB) tentou alterar essa medi-da (leia mais na coluna Plenário, na página 16).

Verão

Hospital ampliado Rock contra a Aids Mercado fitness

5,2 kg

Indicado para pele sensível, o protetor con-tém vitamina E, que age na pele e deixa ela mais hidratada.

Rosto, braços, pernas, tórax... na hora de se proteger contra os raios solares, não se esqueça dos lábios. A indicação é que seja feita aplicações ao longo do dia.

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