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FERNANDO BRAGA Leiloeiro Público ANO XV - Nº 184 - NOVEMBRO DE 2012 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA FEIRA ARTIGO Página 5 Abadia de Westminster Páginas, 28, 29 e 30 www.areliquia.com.br / jornalareliquia.blogspot.com / facebook.com “A Relíquia” / twitter.com/areliquia INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES 14 Anos O Impressionismo e a Moda no Museu d'Orsay apresenta obras de artistas como Manet, Degas, Monet, Renoir e Bazzile ao lado de roupas e acessórios antigos. Páginas 6, 7, 8 e 9 LEILÕES DE NOVEMBRO RIO DE JANEIRO SÃO PAULO • ALPHAVILLE • CAPADÓCIA • ERNANI • GODOFREDO FRANÇA • FAZENDA IMPERIAL • LEVY LEILOEIRO • ROBERTO HADDAD • VALDIR TEIXEIRA • ANDRE CENCIN • CASA 8 • LEILÃO DO BEXIGA • SALLES E VON BRUSKY PORTO ALEGRE • PONTO DE ARTE O Impressionismo e a moda O Impressionismo e a moda Vestido de verão de 1880 usado pela sra. Bartholomé Madame Bartholomé, de Albert Bartholomé, ost 233 x 242

Edição 184 - Novembro 2012

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Edição 184 do jornal A Relíquia

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Page 1: Edição 184 - Novembro 2012

FERNANDO BRAGA Leiloeiro Público

ANO XV - Nº 184 - NOVEMBRO DE 2012 - RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

FEIRA ARTIGO Página 5

Abadia de WestminsterPáginas, 28, 29 e 30

www.areliquia.com.br / jornalareliquia.blogspot.com / facebook.com “A Relíquia” / twitter.com/areliquia

INFORMATIVO DOS ANTIQUÁRIOS, LEILOEIROS, GALERISTAS E COLECIONADORES

14An

os

O Impressionismo e a Moda noMuseu d'Orsay apresenta obras deartistas como Manet, Degas, Monet,Renoir e Bazzile ao lado de roupas eacessórios antigos. Páginas 6, 7, 8 e 9

LEILÕES DE NOVEMBRO RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

• ALPHAVILLE• CAPADÓCIA• ERNANI• GODOFREDO FRANÇA• FAZENDA IMPERIAL• LEVY LEILOEIRO• ROBERTO HADDAD• VALDIR TEIXEIRA

• ANDRE CENCIN• CASA 8• LEILÃO DO BEXIGA• SALLES E VON BRUSKY

PORTO ALEGRE• PONTO DE ARTE

O Impressionismo e a modaO Impressionismo e a moda

Vestido deverão de1880 usadopela sra.Bartholomé

MadameBartholomé,

de Albert Bartholomé,

ost 233 x 242

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A RELÍQUIA2 - Novembro de 2012 A RELÍQUIA

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Novembro de 2012 - 33A RELÍQUIA

Rua São Clemente, 385 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJTel.: (21) 2539-2637 - [email protected]

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A RELÍQUIACirculação Nacional

Publicação mensal da Sabor do Saber EditoraFUNDADORES

Litiere C. OliveiraLuiz Carlos Marinho

EDITORLitiere C. Oliveira - Reg.Prof. MTb 15109

e-mail: [email protected]

RIO DE JANEIROPublicidade:

Rua Siquira Campos, 143 - Sl 73 - Copacabana - RJTel.: 21 2265-9945

Redação / Arquivo / DistribuiçãoRua Esteves Júnior 9, casa 01

Laranjeiras - CEP 22231.160 - Rio de JaneiroTel.: 21 2265-0188 / Tel / Fax: 2265-9945

Cel.: 9613-2737 / 8899-0188e-mail: [email protected]

SÃO PAULORepresentante: Juliano Alves

Tel: (11) 5666-6240 / 995981145 / 97389-3445e-mail: [email protected]

PORTO ALEGRERepresentante: Elisa Moog

Tel: 51 2112-8038 / 9955-9962

DIAGRAMAÇÃOFelipe A. Oliveira

CONSELHO EDITORIALItamar Musse, Fernando Braga, Luis Octávio Louro Gomes,

Manuel Machado, Paulo Roberto S. Silva e Francisco P. Cunha,Ricardo Kimaid, Roberto Haddad, Rudinel Vicente do Couto,

Hebert Gomes, Pedro Arruda e Virgínia Arruda

COLABORADORESJoão Ubaldo Ribeiro ( ABL), Ferreira Gullar, Ledo Ivo (ABL),

Paulo Coelho (ABL), Antônio C. Austregésilo de Athayde,Rosângela de Araujo Ainbinder, Ana Beatriz Gomes, Tatiana

Maria Dourado, Rachel Brenner, Luiz Marinho, Paulo Scherer

Tiragem desta edição: 15.000 exemplares

Os conceitos e opiniões emitidas em colunas e matérias assinadas, são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores.

Variados tipos de porcelana e cristal, joias, prataria, tapetes, objetos Art-Noveau e Art-Déco, entre outros, em exposição nas barracas montadas

There is a wide variety of porcelain, crystal, jewellery, silverware and carpets, amongstother objects of interest. These are displayed and sold at stalls around the market tower.

FEIRAS DE ARTE E ANTIGUIDADESART AND ANTIQUES FAIRS

RIO DE JANEIROSÁBADO - SATURDAY• Shopping Cassino Atlântico -Av. Atlântica, 4240 - Copacabana- Antique fair in air conditionedsurroundings with a tea-shop andlive music• Feira do Troca - Pça XV, emfrente às Barcas (Bric-à-brac ondetambém se pode encontrar anti-guidades). DOMINGO - SUNDAY• Praça Santos Dumont (em fren-te ao Jóquei) - Jardim Botânico• Feira de Antiguidades de Pe-trópolis - Praça Visconde de Mauá

BRASÍLIATodo último final de semana decada mês - Shopping Gilberto Sa-lomão

SÃO PAULOSÁBADO - SATURDAY• Feira de Antiguidades da Pra-ça Benedito Calixto - Pinheiros • Exposição de Antiguidades deSantos - Galeria 5ª Avenida, PçaIndependênciaDOMINGO - SUNDAY• Feira de Antiguidades doMASP - Vão Livre do Museu deArte de São Paulo - Av. Paulista• Feira de Antiguidades do Bi-xiga - Praça Dom Orione - Bixiga• Feira de Antiguidades doMuBE (Museu Brasileiro daEscultura) - Av. Europa, 218 -Jardins• Mercado de Antiguidades deSantos - Piso superior do Merca-do Municipal. Praça IguatemiMartins, s/n°, Vila Nova, San-tos/SP.

BELO HORIZONTE• Feira de Antiguidades Tom JobimSábados, 10 às 17h - Av. Bernar-do Monteiro - Santa Efigênia

PORTO ALEGRE• Feira do Caminho dos Anti-quários - Pça. Daltro Filho - Sá-bados, 10 às 16h• Brique da Redenção - Domin-gos, 9 às 18h - Av. José Bonifá-cio sn. - Bom Fim• Feira do 5ª Avenida -Av.Mostardeiro, 120 - Todos sábadosdas 10h às 18h

SÃO LUÍS• Feira de Antiguidades de SãoLuís - Todo último sábado domes no Tropical Shopping.Av.Colares Moreira, 440 - Renas-cença 2

COMPROOBRAS DE:

LEOPOLDO GOTUZZOÂNGELO GUIDOLIBINDO FERRÁS

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4 - Novembro de 2012 A RELÍQUIA

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aparelhos de jantar, toalhas de mesa, etc

25EExxppoossiiççããoo:: 24 e 25 de novembro de 2012

(sábado e domingo), das 15h às 22hLLeeiillããoo:: 26 e 27 de novembro de 2012

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Page 5: Edição 184 - Novembro 2012

Novembro de 2012 - 55A RELÍQUIA

Feira de Arte ARTIGO Rio em novembroFeira de Arte ARTIGO Rio em novembroFeira acontece entre 8 e 11 de novembro, no Centro de Convenções SulAmérica e oferece obras de arte a preços acessíveis

O Rio de Janeiro recebe entre os dias 8 e 11 denovembro a primeira edição da ARTIGO Rio, fei-ra de arte contemporânea com obras a preçosacessíveis, que reúne cerca de 30 galerias e coleti-vos artísticos nacionais e estrangeiros, no Centrode Convenções SulAmérica. Idealizada pelo cu-rador e artista plástico Alexandre Murucci, a AR-TIGO busca aproximar novos colecionadores domundo das artes visuais, oferecendo obras dequalidade, de jovens artistas expoentes ou emmeio de carreira, a um valor médio entre R$500,00 e R$ 3 mil e teto de R$ 17 mil o trabalhomais caro.

"Há um nicho pouco explorado no Brasil, im-pulsionado pela expansão do circuito de arte esua popularização para a classe média, mas que étendência de mercado na Europa e nos EUA, on-de já acontecem, com frequência, diversas feirassimilares. E a ARTIGO vem para preencher esseespaço", defende Murucci.

A feira apresenta um modelo transparente de

exposição das obras, em que cada galeria apresen-tará, de maneira clara e ao alcance do público, in-formações sobre os artistas e preços dos trabalhosexpostos. Além disso, todos os participantes têmo compromisso de expor 70% das obras à vendacom preço médio entre R$ 500,00 e R$ 3 mil. "Ape-sar do boom das artes no país, o brasileiro aindavê a obra de arte como um objeto caro, inacessível.Por isso nossa proposta é oferecer obras com valo-res acessíveis e uma dinâmica de maior clarezanas informações e preços, pois a pessoa que vier ànossa feira tem que ter certeza de que não há pre-ços flutuantes - é tudo como numa vitrine deshopping. Queremos que o público vá à ARTIGOpara comprar de fato, e não apenas olhar, comonum museu", explica o idealizador.

Entre as galerias e coletivos de arte presentesestão nomes como as cariocas Artur Fildago,Öko Arte Contemporânea, Espaço Ernani Arte,a mineira Minas Contemporânea, a pernambu-cana Dumaresq, a estrangeira AVA Gallery, de

Helsinki (Finlândia), e o projeto virtual FaceArte.O transporte oficial do evento é o MetrôRio, cu-ja estação Estácio localiza-se próxima ao even-to. O acesso ao local pode ser feito também porônibus e carro, com estacionamento disponívelno próprio Centro de Convenções SulAmérica.

A ARTIGO promove ainda uma série de açõesparalelas durante o evento.

Mais informações na coluna Destaques

ARTIGO Rio - Feira de Arte Contemporânea

Data: de 8 a 11 de novembro, das 12h às 22h.Local: Centro de Convenções SulAmérica:Av. Paulo de Frontin, 1 - Cidade NovaIngressos: R$ 10,00 (dez reais) - desconto de 50% parausuários do cartão pré-pago do MetrôRio.www.feiraartigo.com.br / https://www.facebook.com/artigorio

SERVIÇO

Page 6: Edição 184 - Novembro 2012

A RELÍQUIA66 - Novembro de 2012

Fotos: Litiere C. Oliveira / reproduções

no Museu d'Orsayno Museu d'OrsayO Impressionismo e a modaO Impressionismo e a moda

N o momento em que a mostra Im-pressionismo: Paris e a modernidade,Obras-Primas do Acervo do Museud'Orsay de Paris, França provoca fi-las imensas, primeiro em São Pauloe agora no Rio de Janeiro, uma ma-ravilhosa exposição acontece notemplo da pintura impressionista:O Impressionismo e a Moda. Obras

de artistas como Manet, Degas, Monet, Renoir,Bazille e Caillebotte e roupas e acessórios anti-gos, em fotos ou fisicamente, são apresentadoslado a lado na mostra do Museu d'Orsay. Mui-tos trajes são os mesmos usados pelas pessoasque aparecem nas pinturas de mais de um séculoatrás. A mobilidade das silhuetas, ampliadas porjogos de luz sobre os têxteis, reconstitui a atmos-fera da época. A cenografia é assinada pelo dire-tor de óperas Robert Carsen.

A exposição O Impressionismo e a Moda colocauma lente de aumento na moda em Paris na se-gunda metade do século XIX. Compara os im-pressionistas com a moda do seu tempo, revelacomo sua pintura absorveu a influência do ves-tuário contemporâneo e como registra o com-portamento da época. Desde o despertar até osmomentos de gala na noite parisiense, a bur-guesia clássica usava até seis roupas por dia.Mas os artistas da "nova pintura", como o im-pressionismo era chamado na época, não se li-mitavam apenas às burguesas, pintando tambémas mulheres comuns, como as vendedoras egarçonetes.

A mostra foi organizada pelo Museu d'Orsayem parceria com dois dos maiores museus de ar-te dos Estados Unidos, o Metropolitan de NovaYork o Instituto de Arte de Chicago. Os curado-res são Philippe Thiébaut (curador geral), GuyCogeval (presidente dos museus d'Orsay e de l'O-rangerie), Susan Alyson Stein (Metropolitan) eGloria Groom (Chicago). Foram reunidas mais de70 pinturas e cerca de 40 peças de vestuário deum período que vai de 1860 a 1885. A exposiçãofoi dividida em cinco módulos: Sortir en ville (Ir àcidade), Tenues D'intérieur (Trajes de casa - inte-rior), Les hommes et la mode (Os homens e a mo-da), Sortie le soir (Sair à noite) e En plein air (Aoar livre).

Ir à cidadePhilippe Thiébaut explica que Paris deve sua

cara de capital moderna a Napoleão III e ao pre-feito do departamento do Sena, Georges EugèneHaussmann. Entre 1855 e 1858 foram construí-das duas grandes avenidas, uma atravessandoParis de norte a sul - o bulevar de Sebastopol

prolongado pelo bulevar de Saint-Michel, outrode leste a oeste, a rue de Rivoli ligando a Placede l'Étoile a Place de la Bastille. Os bulevares in-teriores existentes foram completados por novasavenidas, a exemplo do bulevar Saint-Germain.Todas são arborizadas, dotadas de largas calça-das e ladeadas por edifícios monumentais. Jar-dins e praças se multiplicam e foram criados bos-ques e parques.

Essses trabalhos de urbanismo - conta Philippe

- trouxeram um novo estilo de vida e novos pa-drões de comportamento em toda a cidade. A li-teratura fornece maiores detalhes de como as pes-soas se comportavam na grande cidade. Como"La Curée" (1871) de Émile Zola que abre com obrilhante desfile de carruagens e de seus ocupan-tes vindos de uma bela tarde de outubro no lagodo Bois de Boulogne: "Ela usava, sobre uma rou-pa de seda roxa, com avental e túnica, guarnecidade largos panos plissados, um pequeno casaco depano branco, forrado de veludo roxo (...).” Estarenovação da imagem da cidade convida os ar-tistas a sairem de seus ateliês. Sedentos de mo-dernidade, os impressionistas se tornaram pedes-tres e flâneurs para melhor se impregnarem destaatmosfera e observarem os costumes de uma po-pulação numerosa e diversa.

Édouard Manet fica literalmente fascinado pelacidade em transformação na qual se cruzam bur-gueses e operários, elegantes e meretrizes. ClaudeMonet, fica maravilhado por esta nova Paris, fa-zendo seus os espaços liberados por Haussmann,em volta do Louvre, antes da construção dos gran-des bulevares e da gare de Saint-Lazare. >>>

GUSTAVE CAILLEBOTTE - Rue de Paris; temps de pluie (1877), ost 212 x 276

Vista da exposição no Museu d’Orsay

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A RELÍQUIA Novembro de 2012 - 77

Gustave Caillebotte poderia ser encontrado nasprimeiras lojas. Com efeito, seu pai construiuuma mansão perto do bulevar Malesherbes e daPlace de l'Europe, onde o artista pintou uma sé-rie de quadros no final dos anos 1870.

Nos seus quadros, os impressionistas repre-sentavam instantâneos da vida moderna, peda-ços da vida, tipos da sociedade contemporâneaque se mostravam ao olhar. De acordo com osmanuais do saber-viver e dos tratados de ele-gância, a sobriedade do vestuário e dos com-plementos se impõem tão logo a mulher vaipara a rua Esta indumentária que ela passaa usar nas suas caminhadas e visitas, im-periosamente complementada por umchapéu e por luvas, de acordo com umguia de 1859, caracteriza-se "pela sim-plicidade e uma espécie de castidade".Saber caminhar, cuidados com o vesti-do e os sapatos, saber se prevenir dosgestos dos passantes descuidados, tu-do isto constitui uma arte que distin-gue a parisiense de outras mulheres. AParisiense (foto acima), pintada sob ostraços da atriz Ellen André por Manetem meio aos anos 1870, segurando cui-dadosamente a cauda do vestido com amão esquerda, deixando aparecer a pon-ta de uma botina, testemunha este belocomportamento. A obra que dá uma ex-celente ideia da rua parisiense dosnovos quarteirões burgueses éseguramente Rue de Paris; tempsde pluie de Caillebotte (foto napágina 6). As vestimentas escu-ras dos passantes contrastamcom a pedra cinza claro dos

novos edifícios. As silhuetas masculinas se so-brepõem às femininas que em sua maioria dei-xam para trás o mundo doméstico. E os guarda-chuvas também lembram a utilidade deste aces-sório sob o céu parisiense.

Françoise Tétart-Vittu, um dos autores da ex-posição (o outro é o curador Philippe Thiébaut),explica que no tempo dos impressionistas, ospreços praticados por todo o vestuário da modaeram praticamente iguais em todos os bairros.Havia numerosos jornais especializados que

ilustravam as criações das oficinas, mo-distas, alfaiates, lojas e os ateliês de

novidades. A partir do modeloda casa Worth, criada em1858, de renome internacio-nal, nos anos 1875-1885, dá-se a proliferação das casasde alta costura e de alfaia-tes célebres.

Trajes de casaÉ o mesmo Françoi-

se Tétart-Vittu quenos fala sobre os tra-jes usados em casa.Diz ele que os im-pressionistas procu-raram apresentar amulher no interiorde sua casa com umaroupa matinal, no

jardim, ou comroupa de tardemais elegante pa-ra receber em seusalão. No inverno,

os vestidos são de lã e os fabricantes inventamconjuntos estampados com motivos de cachemi-ra, como os xales. Existem dois retratos feitospor Pierre Auguste Renoir de Camille Monet,vestida com um roupão desse tipo, azul comgrandes motivos de cachemira na frente. No ve-rão, os roupões de musseline com grandes man-gas flutuantes fazem maravilha sob o pincel deRenoir, Monet ou Berthe Marisot, e a tranparên-cia da musseline um jogo sutil de sombras so-bre as dobras de tafetás amarelos ou azuis. Para

essas roupas de interior, têm preferência osalgodões leves, enfeitados por finas ris-

cas, flores, bolinhas ou fitas. As roupasbrancas não podem ser usadas parapasseio nas ruas onde é preciso se ves-tir casaco, xale, chapéu e sombrinha.Confortáveis de usar, as vestes semcorpete são roupas "de négligé" queas amigas dos pintores gostavamde vestir em festas campestres fa-

miliares, para ficar no jardim ou lersob as árvores. Manet representouBerthe Marisot no balcão com umadessas roupas leves com largas man-gas em musseline, enquanto a seu la-do, Fanny Claus usa um desses pe-quenos costumes curtos tão práticospara andar nas ruas da cidade. Amulher de Manet, sentada, sobre umcanapé, veste praticamente a mesmaroupa, a blusa cintada por uma fita.Naturalmente, essas roupas leves,eram usadas por ocasião do calor

do verão.

Continua na página seguinte

ÉDOUARD MANET - La Parisienne (1875), ost 192 x 125 cm

Vestido de tarde (1880-1881)(Coleção particular)

Vestido de verão de1880(Museu d'Orsay)

ÉDOUARD MANET - La Lecture (1875), ost 60,5 x 73,5 cm

PIERRE AUGUSTE RENOIR - Madame Charpentieret de ses enfants (1878), ost 153,7 x 190 cm

Page 8: Edição 184 - Novembro 2012

Continuação da página anterior

A RELÍQUIA88 - Novembro de 2012

Para as estações menos clementes e para rece-ber amigos para o chá, hábito inglês que se de-senvolvia, era conveniente usar roupas de cidade,às vezes, muito elegantes, em seda, guarnecida depanejamentos e rendas, o que era a última moda edemandava um conhecimento de uma modista.Essas roupas podiam eventualmente ser usadasna saída para o teatro ou jantares onde se ia decarro, mas envoltas em uma capa ou xale.

A silhueta da mulher é formado por dois aces-sórios característicos: o espartilho que afina a cin-tura e o sutiã que destaca o peito. Para combateras marcas na pele, a mulher coloca uma camisapor baixo. Ela iria esconder o espartilho sobuma peça de lingerie. Sobre suas pernas, elausava meias presas por ligas no joelho, e umasaia com babados equipada com cordas parasegurar. Às vezes, a cauda saía e a parteinferior seria destacável.

Sair à noite Na época dos impressionistas, ao se

vestir para um baile, uma noite na ópe-ra ou teatro, toda ousadia era permitidaà mulher. Para a noite, sob as luzes darua ou dos candeeiros a gás - e am-pliado pela moda - a beleza dasmulheres torna-se completamentedeslumbrante. A silhueta sinuosacom saias longas, os ombrosdescobertos e o rosto maquia-do, emoldurado por um estilode cabelo complicado, com-plementado por um decoteamplo e muitas vezesquadrado. Havia uma sériede roupas para cada grupode idade e situação. Umvestido para participar deum banquete era bastantediferente de um vestido de

baile e um vestido para uma estréia na óperaseria usado com um chapéu, que precisava serpequeno, para não bloquear a visão dos vizin-hos. Anáguas eram usadas para armar os ves-tidos, que eram rebaixadas na frente, enquanto aparte traseira era inflada com almofadas. Vesti-dos de jantar e teatro não eram geralmente mui-to decotados, nem se usava despir os ombros,usando-se mangas três-quartos ricamente deco-rados à mão - ou rendas feitas na máquina, equalquer costureiro poderia obter nas lojas umavasta gama de adornos: pregas, listras, e fran-jas de duas cores enroladas.

Para a noite de gala na ópera, o vestido poderiater um decote redondo, o cabelo seria decorado

com flores ou joias, ou outros acessórios.As cores escolhidas para estas peças de

vestuário eram variadas, não sendodeterminadas as preferências aolongo do tempo. As cores tam-bém variavam dependendo dogosto e da idade do cliente.

Cor de rosa, azul e brancoeram cores escolhidas pe-las mulheres. O gostopelo preto, comum em

trajes na cidade, tam-bém foi encontrado

em vestidos denoite, sendo con-

siderado ele-gante, comono retratoM a d a m e

Charpentier et de sés enfants (página 7), de Renoir.No verão, após a grande voga para o manto deseda durante 1865-70, passou a ser usado um len-ço amarrado à moda de Maria Antonieta.

Os homens e a moda"Os impressionistas, apaixonados pela moderni-

dade, se interesam pela moda, fenômeno que esta-va nessa época em pleno auge, com o desenvolvi-mento das revistas especializadas e das grandeslojas", disse Gloria Groom, curadora da exposição.

A presença masculina é marcante na pinturaimpressionista. Inicialmente nas pinuras se sobres-saem grandes áreas de preto e cinza com manchasbrancas. Para apreciar apenas em que medida o

impressionista conseguiu reproduzir a silhuetae o comportamento do morador da cidade,

apesar das dificuldades decorrentes da vi-são, temos de nos lembrar como foi real-mente a moda masculina.

O esboço geral e as cores de roupasmasculinas mostram grande estabili-dade. Ainda relevante durante as déca-das que antecederam à Primeira GuerraMundial, era este o comentário no

Journal des modes d'hommes em janeirode 1867: "Considere atentamente umcavalheiro muito inteligente de acor-do com o gosto do nosso tempo,vestindo um casaco solto, e exami-ne de perto as várias partes desua roupa de baixo para cima:dois tubos retos contêm as per-nas a se perder em um tubocoletor, dos quais dois anexos

escapam, de novo com a for-ma de tubos em que osbraços são colocados, e acoroa do edifício, uma ca-lha que chamamos umchapéu". >>>

ÉDOUARD MANET - Naná (1877), ost154 x 115 cm. O artista mostra a modaíntima. Foi recusado no salão de 1877.

Conjunto de verão (1867), Museu deModa de La Ville de Paris

Vestido de verão (1868) Acervo Les ArtsDecoratifs (Paris)

PIERRE AUGUSTE RENOIRDanse à la ville (1882-1883),

ost 179 x 90 cm

FRÉDÉRIC BAZZILLE - Pierre Auguste Renoir(1867), ost 61 x 50 cm. Os dois pintores dividi-ram um studio e pintaram retratos um do outro

CLAUDE MONET - L'Homme à l'ombrelle (1867), ost 100 x 61 cm

Page 9: Edição 184 - Novembro 2012

Novembro de 2012 - 99A RELÍQUIA

PIERRE AUGUSTE RENOIR - La Balançoire(1876), ost 92 x 73 cm

CLAUDE MONET - Femmes au jardin (1866),ost 255 x 205 cm

CLAUDE MONET - Le Déjeuner sur l'herb(1865-1866), ost 248 x 218 cm

Dez anos mais tarde, Louis Ulbach's no Guidesentimental de l'étranger dans Paris foi cheio deconselhos para qualquer indivíduo do sexo mas-culino que desejasse passar como um verdadeiroparisiense e deslizar "para o meio-tom geral emque se move em Paris a alma espiritual".

Depois de muitas recomendações, que foramlentamente seguidas, os homens passaram a usarcores claras, uma roupa mais casual, como o de-mi-toilette de Monet que oferece um exemplo lu-minoso com o seu Homme à l'ombrelle , retrato deVictor Jacquemont (página 8). Esta é a figura re-presentativa que transmite um ideal masculinode urbanidade para os impressionistas na buscapela modernidade.

Ao ar livreDois grandes manifestos da pintura impres-

sionista, ambos executados por Monet em 1865-67, glorifica a felicidade momentânea e fugazbeleza de um dia de verão. Primeiro pintou LeDéjeuner sur l'herbe na Floresta de Fontaine-bleau, em Chailly, e em seguida, Femmes aujardin, executado nos subúrbios de Paris, emVille d'Avray (fotos embaixo). Com esta esco-lha de temas, Monet ficou à altura dos mes-tres da pintura ocidental: como integrar o ta-manho real das figuras em uma paisagem.Ele escolheu para retratar, não os persona-gens mitológicos ou históricos, mas seuspróprios contemporâneos, que passaram aser elegantes moradores anônimos da cida-de vestindo as últimas modas. Para re-tratar os diferentes protagonistas queentram na composição de Le Déjeunersur l'herbe, o pintor usa duas pes-soas: sua companheira CamilleDoncieuxe e seu amigo, tambémum pintor, Frédéric Bazzille.

No entanto, enquanto Le Déjeu-ner sur l'herbe aparece como a des-crição objetiva de uma cena ao ar

livre (um piquenique), um momento derelaxamento de pessoas elegantemen-te vestidas, Femmes au jardin, ao con-trário, produz uma sensação de sonho

que, apesar das roupas, os afasta darealidade. É o desejo de pintar es-te jogo de luz, transmitindo tran-sitoriedade e vitalidade, que aco-meteu os impressionistas, deabandonar qualquer pensamentode precisão e laboriosamentetranscrever os detalhes do vesti-do, preferindo pinceladas am-

plas e pequenos toques, para

mostrar a renderização da textura do tecido, epara o jogo de luz e sombra, utilizar o chiaroes-curo, ou a luz solar ofuscante.

O quadro La Balançoire (abaixo), de 1876, deRenoir, passa a impressão que eles estão felizes,estas são as últimas palavras que vêm à mentede qualquer um que vê esse quadro encantador.

A exposição O Impressionismo e a Moda no Mu-seu d'Orsay, em Paris, fica em cartaz até o dia 20de janeiro de 2013 e depois deve ir para o Me-tropolitan Museum de Nova York. Além de qua-dros, fotos, roupas e acessórios, a mostra tambémexibe cartazes, anúncios e publicações de jornais erevistas da época.

FRÉDÉRIC BAZZILLE - Reúnion de famille (1867), ost 152 x 230 cm

Vestido deverão(1869)

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Page 10: Edição 184 - Novembro 2012

1100 - Novembro de 2012 A RELÍQUIA

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O Centro Cultural Banco do Brasil - CCBBabriu no Rio de Janeiro o mais representativoevento de sua história dedicado às artes visuais,com inesquecível mostra das obras dos verda-deiros gênios da pintura, que marcaram com omovimento impressionista o marco mais impor-tante do modernismo no mundo das artes plás-ticas. Quando surgem eventos desse quilate, quecelebram a verdadeira Arte, o volume do com-parecimento torna-se uma clara resposta a aque-les que são empreendedores do bizarro. Feliz-mente, muita, mas muita gente se emocionadiante de uma tela, quando seu conteúdo nostoca a alma, quando ela representa algo que secomunica com o apreciador, quando, por fim, éinterpretável aos olhos de todos e nos dão praz-er. "Prazer e Emoção", palavras hoje em desusoe desprezadas nesse cenário patético apresenta-do nas feiras internacionais de arte contempo-rânea e nas Bienais, alimentadas pelos veículosmidiáticos aculturados de comunicação, que nu-trem a apologia dessa grande farsa, chamada"arte contemporânea".

O desfile de algumas obras dos grandes gê-nios do impressionismo e pós-impressionismo,advindas do Museu D'orsay de Paris e exibidasno CCBB de São Paulo, e agora no Rio de Ja-neiro, mobilizam milhares de pessoas diariamen-te, que enfrentam filas quilométricas e se aco-tovelam para degustar do prazer de assistirdiante dos seus olhos, ao vivo e a cores, as telasque imortalizaram seus autores, e autores que

eternizaram suas obras. Aqueles que não tiveram o privilégio de co-

nhecer obras de Claude Monet, Edgar Degas,Édouard Manet, Van Gogh, Paul Cezane, Renoir,Paul Gauguin, Édouard Vuillard, Pissarro, Mo-risot, entre outros grandes gênios da pintura nãopodem perder essa grande oportunidade. É umdesfile de pérolas que consagraram os principaisprotagonistas desse movimento que mostrou aomundo um novo caminho, com a descoberta queexiste luz na sombra.

Que colírio! Quando o mundo vive um mo-mento em que só se celebra mediocridades, osMuseus acertam em cheio ao estender seusacervos a povos distantes, trabalhando no sen-tido de disseminar cultura aos povos menoscontemplados, para aqueles que não possuamrecursos para viajar e conhecer pessoalmenteobras de tal magnitude. Com certeza, esse ti-po de iniciativa deverá incomodar grupos quetrabalham arduamente no sentido de desmisti-ficar históricos consagrados por uma culturade fato e real conquistada, sentindo-se amea-çados de que isso possa diminuir suas possi-bilidades de manipular as novas gerações compropostas de um modernismo insípido, inodo-ro e incolor.

Contudo, o avanço que o impressionismo pro-porcionou ao mundo cultural, não apaga as con-quistas que o antecedeu, nem aviltaram a impor-tância da pintura clássica, acadêmica e figurativa;cada nicho com sua importância e singularida-

de, e se manterão sempre como pilares culturaisindestrutíveis da história no mundo das artesplásticas.

Quiçá os demais Museus entendam o quantoserá significativo dar prosseguimento a essa ini-ciativa do Museu D'orsay, e, com isso, abramsuas portas para o mundo, tão carente de umacultura sólida, e que muito contribuirá para me-lhorar a qualidade do ser humano, hoje, tão in-sensível.

Ricardo [email protected]

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A verdadeira Arte

Exposição Eu, RioA exuberância do Rio de Janeiro, reconhecidamundialmente, transparece na simplicidade dascores vibrantes e traços minimalistas da cariocaLinda Valente. A artista se inspira em cenas típi-cas do cotidiano da cidade: o vendedor de Matte,o beijo em Ipanema, o jogo de altinho no Ar-poador, as rodas de samba em botecos de es-quina, o aplauso ao pôr do sol, o passeio de bici-cleta nas curvas do calçadão...Esse é o Rio que ela ri.Fique à vontade para rir o seu.

Exposição Eu, Rio

Abertura: 06 de novembro às 18hExposição: 06/11 à 06/12Segunda a Sábado, das 9h às 20hGaleria Gilson MartinsR. Visconde de Pirajá, 462 - Ipanema, Rio de Janeiro

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Jornal A RELÍQUIAPara Assinar ou Anunciar

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Page 11: Edição 184 - Novembro 2012

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Page 12: Edição 184 - Novembro 2012

A RELÍQUIA1122 - Novembro de 2012

O feitiço da Mona LisaO feitiço da Mona LisaO visitante vira à direita na al-

tura da escultura "Vitória daSamotrácia", segue os cartazesque trazem uma seta sobre aface familiar e logo chega à

sala superlotada, na qual, de frentepara o grande e ignorado "As Bodasde Caná", de Veronese, ela se encon-tra, embutida em uma parede de con-creto e protegida por duas camadasde vidro laminado a prova de balas: aMona Lisa.

Os grupos sempre têm no mínimo12 pessoas sem expressão e silen-ciosas. O silêncio sugere mais vaziodo que veneração. Todos já a viramem propagandas, em cartões postaisengraçados e em produtos que vão dechocolates a "mouse pads", de formaque não há de fato uma necessidadede olhar o quadro.

Na verdade, o objetivo do visitante- e isso fica evidente - não é apreciara Mona Lisa, mas poder dizer que aviu. Ela não passa de uma parada emuma rota turística. "Não dá para vero Louvre inteiro, já que existem maisde 6.000 objetos em exibição. Assimsendo, o turista vê uma única coisa. Écomo se fosse uma peregrinação", dizo historiador Donald Sassoon, quepassou dois meses observando aspessoas que olhavam a Mona Lisa, eum ano e meio escrevendo o livro so-bre como ela se tornou a pinturamais famosa do mundo.

Professor de História Comparati-va da Europa na Universidade deLondres, Sassoon nasceu no Cairo eestudou na Europa e nos EstadosUnidos. Ele esteve em Paris para fa-zer uma pesquisa sobre a história docapitalismo, lançou um livro sobreMussolini em dezembro e anos atrásdedicou 1.660 páginas à obra TheCulture of the Europeans ("A Cultu-ra dos Europeus"), um projeto dedez anos que descreve o desenvolvi-mento dos mercados culturais na Eu-ropa desde 1800.

Sassoon conta que pretendia dedi-car um parágrafo ao marketing daMona Lisa, que seria um exemplo decomo um artefato da alta cultura po-de tornar-se popular. O parágrafo vi-rou uma página, duas páginas e, em2001, acabou tornando-se um pequenolivro, "Becoming Mona Lisa: The Ma-king of a Cultural Icon" ("Tornando-se a Mona Lisa: A Fabricação de umÍcone Cultural").

Ela demorou muito tempo paraatingir este status. Mesmo no iníciodo século 19 o valor do quadro eraestimado pelo Louvre em 90 mil fran-cos, um preço bem inferior ao de "ABela Jardineira", de Rafael (400 milfrancos). A técnica e a composição re-volucionárias de Leonardo, assim co-mo os mistérios que cercam o quadro(Por que não se encontrou nenhumesboço preparatório? Por que Leonar-do sempre mantinha a pintura consi-go?) foram todos resumidos em umenigma: o sorriso da Mona Lisa.

Giorgio Vasari, um quase contem-porâneo de Leonardo, nunca viu apintura, mas em 1547 mencionou osorriso ("mais divino do que huma-no"), dedicando menos espaço a estedo que às sobrancelhas da Mona Lisa(cuja pouca espessura surpreenderiamais tarde Stendhal e George Sand).Segundo ele, a modelo seria Lisa,mulher de Francesco del Giocondo.Na França a pintura é chamada "LaGioconda".

Foi a França que tornou "La Gio-conda" famosa, embora isso tenha de-morado muitos anos. Leonardo levoucom ele a pequena pintura (ela medeapenas 77 por 53 centímetros) até acorte de Francisco I, onde morreu, su-postamente nos braços do rei (emboraFrançois estivesse ausente no momen-to). Parte da coleção real, a Mona Lisaficou dependurada em uma galeria la-teral modesta em Versalhes. Em 1750,quando os 110 melhores trabalhos dacoleção de Versalhes foram exibidospara uma platéia altamente seleciona-da, a Mona Lisa não estava entre eles.

Com a Revolução Francesa, a cole-ção real foi transferida para um no-vo museu no Palácio Louvre, noqual a Mona Lisa tornou-se apenasparte de uma grande quantidade de

quadros pendurados nas paredes doSalon Carré.

Se, conforme afirmou Andrés Mal-raux, os museus não se limitam sim-plesmente a exibir obras de arte, masa criá-las, Sassoon acrescenta que épreciso escrever sobre elas, fazer pro-paganda, a fim de que atinjam umacondição icônica. E, em meados do sé-culo 19, na França, mais do que emqualquer outro lugar, homens e mu-lheres de letras escreviam bastante so-bre as artes.

Segundo Sassoon, a Mona Lisa foireposicionada, poder-se-ia até dizerque renomeada pelo poeta e respeita-do crítico de arte Théophile Gautier,que se referiu a ela como sendo umaesfinge perturbadoramente sorridente("a boca sinuosa, serpentina, voltadapara cima nos cantos, em uma pe-numbra violeta") e a transformou emfigura da moda das décadas seguin-tes: a femme fatale. "Essa pintura meatrai, me comove, me consome, e sigoem direção a ela, apesar de mim mes-mo, como o pássaro segue em dire-ção à serpente", afirmou o historiadorJules Michelet.

Do outro lado do canal, Ruskindesprezou Leonardo, chamando-o deautor de "alguns borrões apagados",mas em 1869 Walter Pater escreveuaquela que é sem dúvida a passagemmais famosa da crítica da arte ("Ela émais antiga do que as pedras sobreas quais se encontra; assim como ovampiro, ela já esteve morta diversasvezes..."), um trecho tão influente que,em 1973, o historiador Kenneth Clarkrelembrou: "Há 50 anos nós todos já aconhecíamos de cor".

A Mona Lisa não podia mais serignorada, mas se ela virou um ídolo,foi somente em 1911 que o quadrotornou-se verdadeiramente popular.

O incidente ocorrido naquele ano foio roubo da obra por um italiano con-fuso chamado Vincenzo Peruggia, umfato ao qual a imprensa popular emascensão deu ampla cobertura. O jor-nal "Le Petit Parisien" (com a sua tira-gem de 1,4 milhão de exemplares)alegou que ela era parte da herançanacional francesa. O seu sorriso foimencionado em quase todas asedições. Houve charges, cartões pos-tais, e até mesmo um curta-metragemque foi visto por Kafka.

Os italianos, que até então não ti-nham interesse pela pintura, adquiri-ram subitamente uma consciência arespeito "da sua Mona Lisa" quandoPeruggia a deixou na Galeria Uffizi,e ela foi devolvida, com grande ceri-mônia, ao Louvre, em 1914. No anoseguinte, chegou ao mercado a Gio-conda Acqua Purgativa Italiana, umlaxante que, segundo se dizia, curariatambém a malária.

De acordo com Sassoon, o roubosignificou uma grande ascensão nacarreira do quadro. O próximo grandepasso só ocorreu em 1962, quando elavisitou os Estados Unidos. "À épocahavia o uso sistemático da propagan-da, de forma que o objeto era vistopraticamente toda semana e todomês", diz Sassoon.

A Mona Lisa seguiu para os Esta-dos Unidos de primeira classe no SSFrance, dentro de uma caixa flutuantee à prova d'água, já que o presidenteCharles de Gaulle, devido ao apelo deMalraux, achou que ela suavizaria asperigosas relações franco-americanas.Ao final da turnê norte-americana, aMona Lisa havia sido vista por 1,6milhão de pessoas. A seguir houveviagens do quadro à União Soviéticae ao Japão, e àquela altura a arte domerchandising já estava a todo vaporno mundo inteiro.

A grandeza da pintura tornou-sesecundária em relação à sua fama. "Auniversalidade não é inata; ela exigeum suporte de marketing", argumen-ta Sassoon. "Isso não quer dizer quea qualidade também não prevaleça.Significa simplesmente que se algocomo a Mona Lisa for pintado porum búlgaro e a pintura permanecerna Bulgária, ela não encontrará mer-cado. O quadro precisa ficar em umlugar como Paris".

Mary Blume, de Paris

Foto: Litiere C. Oliveira

Page 13: Edição 184 - Novembro 2012

Novembro de 2012 - 1133A RELÍQUIA

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Page 14: Edição 184 - Novembro 2012

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Page 15: Edição 184 - Novembro 2012

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Page 17: Edição 184 - Novembro 2012

Novembro de 2012 - 1177A RELÍQUIA

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Exposição:Dias 30 de Novembro, 01 e 02 de Dezembro de 2012 (sexta, sabado e domingo) das 16:00h as 22:00h

Leilão:Dias 03, 04, 05 e 06 de Dezembro de 2012 (segunda, terça, quarta e quinta-feira) às 20:00h

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LocalAv. Pedroso de Moraes, 1950Alto de Pinheiros - São Paulo

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Page 18: Edição 184 - Novembro 2012

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KRAJCBERG, Frans (1921) - Sombra.Escultura de parede com tronco de árvofrutas e pigmentos naturais, ass. com a

iniciais pirografadas no verso. (c. 1970). M170 x 93 x 30 (A X L X P )

"As

CHIPARUS, Demetre H.(1886-1947) Adieu.Escultura de bronzepatinado e marfim,cerca de 1925, rep.figura de mulher. Ref.Para outro exemplardeste modelo: Bryan

Catley, P. 63. Alt. 36 cm

BRUNO GIORGI (1940 -2010) - "Torso". Escultura

de mármore portuguesde Estremoz. Assinada.

Alt. 53 cm

CÍCERO DIAS(1908 - 2003) -"Pão de Açúcar -Rio de Janeiro",o.s.t. - 100 x 81.Assinado cid.Reproduzido nolivro "Cícero DiasOito Decadas dePintura". Pág. 281

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MABE, Manabu (1924 - 1997) "Abstrato", o.s.t. -51 x 51 cm. Assinado e datado 1986 cie e no

verso assinado, datado e numero 4A 1DI CAVALCANTI, Emiliano (1897 - 1976) "Carnaval",

o.s.t. - 25 x 35 cm. Assinado e datado 1964 cid

Page 19: Edição 184 - Novembro 2012

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TERUZ, Orlando (1902 - 1984)"Teresópolis", o.s.t. - 92 x 73 cm.

Assinado cid e verso e datado 1945no verso

BIANCO, Enrico ( 1917) - "Natureza morta com figura feminina", o.s/chapade madeira industrializada, assinado e

datado 1994 cid e verso

PARREIRAS, Antônio (1860 - 1937) "Paisagem com lago",o.s.t. - 39 x 62 cm. Assinado cid

BURLE MARX, Roberto (1909 - 1994)"Composição", aquarela - 50 x 66 cm.

Assinado e datado 1983

BAPTISTA DA COSTA, João (1865 - 1926) "Marinha deCapri", o.s.t. - 31 x 40 cm. Assinado e datado 1878 cid

REYNALDO Fonseca (1925)"Banho", o.s.t. - 100 x 81 cm0.ssinado e datado 1993 cse e no

verso: assinado, datado

Portugal - Séc. XVIII/XIX. Imagemrepresentando Santana e NossaSenhora, entalhada em madeira,dourada e policromada. Alt. 61

MOHALYI, Yolanda (1909 - 1978)"Composição", o.s.t. - 122 x 92. Assinado cid

INIMÁ de Paula (1918 - 1999) "Paisagem - plantações",o.s.chapa de madeira industrializada - 45 x 60 cm. Assinado cie.No verso: assinado, datado 1995, localizado MG e Reproduzidana p. 170, sob o n. PR0459, do livro Inimá - obras catalogadas,

v. 2 (Belo Horizonte: Fundação Inimá de Paula, 2006)

BURLE MARX, Roberto (1909 - 1994) "Panneau", tinta gráficasobre tecido - 110 x 194 cm. Assinado e datado 1985 cid

Extraordinário e raríssimo serviço de porcelana da Companhia das Índias do sec.XVIII, período Qialong com monograma Carlos ONeill (chefe da casa Real Irlandesa

e seu chefe de Majestoso aparelho de jantar de porcelana Vieux Paris commonograma MAG ao centro, borda com filete em rosa realçado por quatro brasões.

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Page 20: Edição 184 - Novembro 2012

A RELÍQUIA2200 - Novembro de 2012

O nosso GritoO nosso Grito"Certa noite eu caminhava por uma via, a cidade de um lado e o fiorde embaixo. Sentia-me cansado, doente... O sol se punha e as nuvens tornavam-se vermelho-sangue. Sentium grito passar pela natureza, pareceu-me ter ouvido o grito. Pintei esse quadro, pinteias nuvens como sangue real. Açor uivava."

(Edvard Munch)

A importância do artista norueguês EdvardMunch é tão imensa, que somente umaobra de sua autoria, O Grito, pintada em1893, foi o tema escolhido por artistas bra-sileiros para uma exposição realizada no

Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro,em 1996. Na época, eram todos artistas contempo-râneos (alguns já morreram), e muitos continuamsua produção plástica fazendo sucesso.

Trinta e dois artistas participaram da exposi-ção Grito, entre eles Ivan Serpa, Oswaldo Goel-di, Antônio Dias, Flávio de Carvalho, RubensGerchman, Adriana Varejão, Jorge Guinle, RubemGrilo, Anna Maria Maiolino, Iberê Camargo, LigiaTeixeira, Cristina Salgado, Artur Barrio, FlávioShiró, Jorge Duarte e Siron Franco.

Na última edição de A Relíquia, a matéria decapa foi a exposição Edvard Munch - Um olhar mo-derno, que estava na Tate Modern, em Londres. OGrito não participou dessa mostra porque ela esta-va concentrada na sua obra depois de 1900, situan-do Munch mais como um artista modernista do sé-culo XX. O Grito, sua obra mais famosa, é uma pin-tura expressionista do século XIX. Janda Praia, naépoca Chefe da Divisão de Exposições do MNBA,escreveu sobre Munch no catálogo da mostra:

"O vigor cromático e a violência plástica de suaprodução buscam uma expressividade intensa.

Mesmo a paisagem não se limita a ser um merocenário de fundo, ela assimila o desespero dos pro-tagonistas, transformando-se na extensão da an-gústia humana. Essa natureza viva, tensa e dra-mática se constituiria posteriormente numa marcade todo o Expressionismo alemão. Imagens distor-cidas refutam o ideal de beleza e harmonia clás-sica. A simplicidade de traços e uma estrutura cla-ra conduzem o espectador para o tema principal -a tragédia da condição humana.

Em Munch, a "persona" (máscara) é destruídacom radicalidade, revelando a farsa do teatro so-cial. A arte não se coloca como enfeite da vida,alegoria da ordem e da beleza. A arte desnuda arealidade trazendo à tona a angústia, a solidão, afeiúra moral, o absurdo, a injustiça, e a impossibi-lidade do encontro... No momento em que a im-pessoalidade, o consciente distanciamento do es-pectador e a negação da emoção se colocam co-mo tônica na produção plástica de determinadastendências, a exposição "Grito" - concebida por jo-vens artistas contemporâneos - ressoa como ecodo grito desferido por Munch, reafirmando suapertinência cem anos depois."

Janda escreveu isso em 1996, enfocando a con-temporaneidade da época. Mas poderia, tranquila-mente, ser escrito hoje. No mesmo catálogo, JoséThomaz Brum discorre sobre o Grito Plástico. >>>

Ivan Serpa - Cabeça da fase negra, ost 200 x 180 cm

Jorge Duarte - Máscara para grito, acrílica s/papelmoldado, 32 x 22 x 85 cm Rubem Grilo - Grito, xilogravura 16 x 65 cm

O Grito de Edvard Munch - 83,5 x 66 cm.Acervo do Museu Munch - Oslo

Foto: Litiere C. Oliveira

Page 21: Edição 184 - Novembro 2012

Fotos: reproduções

Novembro de 2012 - 2211A RELÍQUIA

Siron Franco - Outros Gritos, mista s/tela, 155 x 135 cm

Ele começa citando Lessing, quando este afir-ma que "a beleza, princípio da arte antiga, é in-compatível com a expressão de um homem quegrita"; e Schopenhauer, "que considerava o aspec-to sonoro indissociável da representação adequa-da do grito, o grito plástico sendo uma impossibi-lidade". Um grito mudo, representado na tela ouna pedra, seria “ridículo”, “deslocado”.

Escreveu Brum: "Ora, no fim do século XIX,em pleno apogeu das metafísicas do sofrimento(Kierkegaard, Nietzsche...) um norueguês melan-cólico pinta, com uma paisagem tumultuosa aofundo, um movimento ansioso cheio de cores in-tensas e agitadas. "O Grito" de Edvard Munch de1893, é como uma resposta nórdica do século XIXàs reservas de Lessing no século XVIII. Se a arteantiga, inspiradora do classicismo alemão, louvoua beleza serena e ideal, a arte de Munch se querproto-expressionista e cúmplice das distorções paisa-gísticas do místico El Greco de Toledo. Da visãosublime da serenidade antiga, que é uma idealiza-ção do "pathos" heróico, chegamos - com Munch -às misérias de uma vida sem calma nem repouso: avida que "treme com ansiedade". Precursor do "im-pulso expressionista", Munch pinta, em seu "Grito",

a dor do isolamento, e o transtorno do afastamento.É o retrato de uma alma em convulsão".

Grito foi uma exposição organizada por artis-tas contemporâneos da década de 1990, que sereferiu ao O Grito, de Edvard Munch. Foi umpainel da arte brasileira fazendo eco ao grito deMunch, exteriorizando a luta, a ansiedade, a per-plexidade e a angústia do homem moderno dian-te da vida. Mudou alguma coisa?

Marcio Botner - Contrato, mista s/tela, 165 x 225 cm

Page 22: Edição 184 - Novembro 2012

2222 - Novembro de 2012

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Page 23: Edição 184 - Novembro 2012

Novembro de 2012 - 2233A RELÍQUIA

Caixa de Ouro de Garibaldi vai a leilãoCaixa de Ouro de Garibaldi vai a leilãoE m Porto Alegre, a Ponto de Arte Leilões vai

leiloar uma importante obra de arte. Trata-sede ums caixa em ouro que presenteada aGiuseppe Garibaldi pela Camara dos Comunsde Londres, como um tributo de respeito ao

mais generoso, bravo e desinteressado dos patriotasitalianos em sua estadia de 3 dias na Inglaterra. Acaixa possui um grande valor histórico sendo Giu-seppe Garibaldi considerado a primeira celebridadeda idade moderna política.

Giuseppe Garibaldi teve uma vida excepcional,tendo lutado por seus ideais em diversos países.Veio para o Brasil em 1835 e lutou contra as tro-pas imperiais na Guerra dos Farrapos no Rio Gran-de do Sul. Ficou Conhecido como "herói de doismundos" por ter participado de conflitos na Itália ena América do Sul.

No ponto alto de sua fama na década de 1860,ele era uma celebridade internacional e o nome deGaribaldi vendia jornais e livros em Londres, Pa-ris, Berlim e Nova York, bem como na Itália. Nesteperíodo, incontáveis imagens de Garibaldi foramproduzidas. Suas aparições tornaram-se ocasiões pa-ra celebrações em massa. Sua fama atingia a todasas classes sociais e em Londres ele foi recebido tan-to pela nobreza como aclamado pelo povo. De acor-do com o correspondente do jornal Times, sua visi-ta a Londres em 1864 "resultou em uma cena co-mo dificilmente pode ser testemunhado por duasvezes em toda a vida". Jovens voluntariaram paralutar e morrer com ele em uma longa série de guer-ras, e as cartas de adoração dos fãs em todo o mun-do chegavam em sua casa na ilha de Caprera.

A CaixaA caixa é feita em ouro maciço e pesa meio qui-

lo de ouro. Possui contraste Garrard, tendo sidoexecutada na tradicional joalheria iniciada em 1722,que fornecia para a realeza britânica. A caixa possuia gravação da homenagem que a Câmara dos Co-muns, conforme transcrição anexa. O certificado daCâmara dos comuns que aparece na foto, acompa-nha a caixa.

Pequena biografia de GaribaldiConhecido como "herói de dois mundos" por ter

participado de conflitos na Itália e na América doSul, dedicou sua vida à luta contra a tirania. Aindamenino, tornou-se marinheiro e conheceu a vida nomar. Aos 25 anos chegou ao posto de capitão damarinha mercante, ao mesmo tempo que se aproxi-mava do movimento "Jovem Itália", que lutava pe-la independência e unificação dos diversos Estadosem que se dividia a península itálica.

Foi condenado à morte e fugiu para a Américado Sul, desembarcando no Rio de Janeiro em 1835.Logo, porém, segue para o Rio Grande do Sul e sejunta aos republicanos da Revolução Farroupilha,ou Guerra dos Farrapos, destacando-se nos comba-tes às forças imperiais. Juntamente com o generalDavi Canabarro, tomou o porto de Laguna, em San-ta Catarina, onde proclamaram a República Juliana.

Em Laguna, Garibaldi conheceu Ana Maria de

Jesus Ribeiro, com quem se casaria. Ela se tornousua companheira de lutas na América do Sul e naEuropa e entrou para a história com o nome deAnita Garibaldi. Pouco antes do fim da Guerra deFarrapos, foi dispensado por Bento Gonçalves desuas missões e mudou-se para o Uruguai.

Naquele país, em 1842, foi nomeado capitão dafrota uruguaia na luta contra o ditador argentinoJuan Manoel Rosas. No ano seguinte, exerceu pa-pel fundamental na defesa de Montevidéu, impe-dindo que a cidade fosse tomada pelos argentinos.

Em 1848, Garibaldi voltou à Itália para comba-ter os exércitos austríacos na Lombardia (norte daItália) e dar início à luta pela unificação italiana.Fracassou na tentativa de expulsar os austríacos efoi forçado a refugiar-se primeiro na Suíça e depoisem Nizza (hoje Nice, na França). Visando conquis-tar Roma ao papado, os liberais italianos marcha-ram contra aquela cidade e a tomaram. Garibaldipartcipou da campanha com um corpo de volun-tários e foi eleito deputado na Assembléia Consti-tuinte da República Romana.

Contudo, os franceses e os napolitanos cercarama cidade, visando a restabelecer a autoridade pa-pal. A cidade caiu em 1º. de julho de 1849. Gari-

baldi recusou um salvo-conduto do embaixadoramericano e empreendeu uma retirada com 4 milsoldados, sendo perseguido por três exércitos (fran-ceses, espanhóis e napolitanos), que somavam dezvezes o seu número de homens. Ao norte da Itá-lia, o exército austríaco, com 15 mil soldados, tam-bém aguardava Garibaldi. Durante os combates,Anita foi morta, em 4 de agosto de 1849.

Condenado ao exílio, Garibaldi morou na Áfri-ca, em Nova York e no Peru. Entretanto, voltou àItália em 1854, participando da Segunda Guerra deIndependência contra os austríacos. O Conde deCavour, primeiro ministro do Piemonte (norte daItália), nomeou-o comandante das forças piemonte-sas e sob seu comando a Lombardia foi tomada àÁustria. Com isso, a Itália do norte estava unificada.

Garibaldi voltou-se então para o centro do país,com o apoio de Vítor Emanuel 2º, rei do Piemonte,e de seu ministro Cavour. No centro da Itália, po-rém, a política e a diplomacia prevaleceram sobre asarmas e os acordos com que Cavour e o rei cede-ram Nice e Savóia à França foram consideradosuma traição por Garibaldi, que decidiu agir porconta própria. Seguiu para o sul, onde conquistou aSicília e o reino de Nápoles.

Governante absoluto do sul da península, Gari-baldi promoveu um encontro de suas tropas comas de Vítor Emanuel, que se tornou o primeiro reida Itália unificada, ou quase. Ainda faltava libertarVeneza dos Austríacos (1866) e Roma do papa, oque Garibaldi tentou em vão em 1869, sendo derro-tado mais uma vez pelos franceses.

Ainda assim, em 1871, uniu-se a eles na guerraFranco-Prussiana, onde venceu algumas batalhas,apesar das quais, a França perdeu a guerra. Nãohavendo aceitado o título de nobreza e a pensãovitalícia que o rei Vítor Emanuel lhe oferecera,Gari-baldi retirou-se para sua casinha na ilha de Capre-ra, e lá permaneceu até o fim da vida, em 2 de ju-nho de 1882.

Page 24: Edição 184 - Novembro 2012

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V ale ressaltar, ícones representativos de umRio de Janeiro que não volta mais, como olendário "Caneco 70", grande ponto deboêmia carioca daquela época, no Leblon;assim como os antigos quiosques de Co-

pacabana, que já foram trocados várias vezes nes-te pequeno período; a construção da Barra da Ti-juca e a cena marcante dos ônibus coloridos quetraziam e levavam os moradores de bairros me-nos favorecidos às praias, e alguns viajavam pelolado de fora, pendurados e até brincando de surf.

Para sua aberta, o Espaço Ernani Arte e Cul-tura buscou transmitir a descontração e estilo ca-rioca retratados nas telas, com ambulantes de ma-te leão e biscoito Globo, pipoca e picolé e cons-

truiu um cenário com areia e cadeiras praia.Para encerrar esta incrível mostra, com o perío-

do de 16 a 27 de outubro, o Espaço Ernani Artee Cultura produziu um Finissage, onde a galeriafoi transformada em uma pista de dança, comsom e iluminação de boate, para refletir o climaboêmio carioca, expressado em algumas telas.

O importante desta exposição é mostrar ao pú-blico o quanto essa cidade é mutante, e mesmocom tantas alterações ela continua sendo " A Ci-dade Maravilhosa " independente da época.

Nesta mostra conseguimos verificar a trajetó-ria e evolução na forma de pintar e se expressardeste artista que também é professor de desenhoe pintura da Escola de Belas Artes da UFRJ.

O Espaço Ernani Arte e Cultura realizou a exposição"A GrandeCidade - Rio de Janeiro (1922 - 2012)", com a importância de um

verdadeiro registro histórico da última década do século XX eprimeiro do século XXI, sob a visão do grande artista Ricardo

Newton, em óleo sobre tela em grandes formatos.

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Page 25: Edição 184 - Novembro 2012

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Em comemoração aos 80 anos de Fernando Bo-tero, a galeria de arte Almeida e Dale traz para oBrasil a maior mostra com venda composta por 31obras de diferentes séries do aplaudido artista co-lombiano, provenientes de galerias de diversos paí-ses como Alemanha, Colômbia, Coréia do Sul, Suí-ça, entre outros. Reconhecidas por suas figurasmonumentais e volumosas, as peças, divididas en-tre esculturas, pinturas e desenhos, retratam desdeseus desenhos lúdicos e naturezas mortas, comoas obras "Trapezista" e "Natureza morta com es-pelho" até quadros e esculturas com viés sensual,como o quadro "Mulher se penteando". A exposi-ção, que terá parceria com o marchand do artista,Fernando Padrila, será aberta ao público no dia26 - as visitas, porém, deverão ser feitas com agen-damento prévio.

O Brasil recebeu recentemente a mostra itine-rante Dores da Colômbia, cujo acervo foi doadopelo artista para o Museu Nacional da Colômbia e,em São Paulo, foi exibido no MuBE. A exposiçãotratava da explosiva relação do narcotráfico como povo colombiano, também apontando o novosignificado que Botero dá à beleza através da suaarte, marca registrada da obra do artista.

Além da mostra em São Paulo, outras institui-ções ao redor do mundo também estão homena-geando o artista, como o Museo de Bellas Artesde Bilbao, na Espanha, que reúne a maior exposi-ção antológica do pintor, denominada FernandoBotero Celebración. A mostra reúne 80 das maisde 3200 obras já produzidas pelo artista colombia-no e se estenderá até janeiro de 2013. "Eu não pin-to gordos", disse Botero sobre a abertura da expo-sição em Bilbao. "Eu trato de expressar o volume

como uma parte da sensualidade da arte". Fernando Botero espelha-se na arte clássica eu-

ropeia ao mesmo tempo em que representa a artefigurativa moderna. Autodidata, Botero começousua carreira profissional como ilustrador do jornalEl Colombiano e apresentou sua primeira exposi-ção individual em 1951 para, então, enveredar-senos estudos e academias de arte.

Um dos artistas mais relevantes do cenário daarte latino-americana, ele desafia todas as regrasda natureza ao colocar a magnitude como princi-pal vertente da sua obra, criando, paradoxalmentesua própria ordem e razão. O artista nascido emMedellin, segunda metrópole mais populosa daColômbia, traz na sua obra uma bagagem dos mo-dernistas mexicanos, da arte renascentista e dobarroco.

Maior mostra com venda dasobras de Botero chega ao Brasil

A galeria de arte paulistana Almeida e Dale celebrará os 80 anos de Fernando Botero com mostra do artista colombiano

Exposição Fernando Botero

Data: de 26 de novembro a 21 de dezembroSegunda a sexta das 9h às 19h - Sábado das 10h às 13hLocal: Galeria de arte Almeida e Dale - Rua Caconde, 152 - JardimPaulista - São Paulo, BrasilInformações: Tel: (11) 3887-7130 - www.almeidaedale.com.br

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Page 27: Edição 184 - Novembro 2012

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Graduado em comunicação e pós-graduado emArte e Consciência na John F. Kennedy Universityda Califórnia, e na School of Visual Arts, em NovaYork, Rodrigo repensa os valores da humanidadee da vida em obras de cores vivas, criadas sobremadeiras encontradas em caçambas de lixo espa-lhadas pela cidade de São Paulo.

As cores marcantes presentes em suas pinturassão a representação da natureza, que o rodeia emseu ateliê-casa, localizado no bairro da Lapa. A es-treita relação do artista com a ecologia o levou acriar obras de arte que demandam cuidados espe-ciais, pois são organismos vivos - precisam ser rega-das diariamente. Peças de mobiliário, como cadeirase sofás, recebem mudas e sementes, que com o pas-sar do tempo se transformam em pequenos eco-sis-temas. No decorrer da exposição, o ateliê-casa doartista estará aberto a visitação (sob agendamentoprévio).

Por ter uma obra que debate a sustetabilidade,resgata os valores da natureza e flerta com o de-sign, Rodrigo Bueno se tornou um artista requisi-tado, atualmente está em cartaz no Museu de ArteModerna de São Paulo - MAM com a exposição"Encontros de Arte e Gastronomia", em cartaz até16/12/12 A partir de 06/11/12 o artista participade programa de intercâmbio cultural entre Brasil eHolanda, com exposições no MOTI (Holanda) e noMuseu da Casa Brasileira (Brasil).

Serviço:Individual de Rodrigo Bueno - Matuto Ao CuboATé 15 de dezembro de 2012.Estúdio Buck Itaim: Rua Lopes Amaral, 123, tel. (11) 3846 4028

e 3044 4575.Seg. a sex., das 11h/19h; Sáb., das 11h/14h.

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Exposição de "Arte Centenária"

O fascinante universo da arte do passado estaráexposto na segunda semana de dezembro no Cen-tro Empresarial de São Paulo. A mostra intitulada"Arte Centenária" apresenta uma diversificada cole-tânea de pinturas e gravuras que datam dos séculos18, 19 e 20.

Esse acervo organizado pela Tempo Antiguida-des é o resultado de décadas de intenso trabalho ededicação às artes e às antiguidades que acabaramdando origem a essa coleção. "Trata-se de umamostra de caráter histórico que tem como intuito apreservação da memória", afirma Waldo Bravo, ocurador da mostra. A exposição reúne uma seleçãode 35 obras de diversos autores, entre pinturas egravuras com temas variados: cenas do cotidiano,flora e fauna, personagens locais, paisagens, icono-grafia, além de mapas antigos e raridades de época.Todas as obras são originais e assinadas por reno-mados artistas. Em destaque algumas gravuras deviajantes ingleses do século 19 assinadas por W. H.Bartlett e Van Ingen Anyder.

A exposição inclui ainda autores tais como: JuanDe Korossy, François Boucher, J. Bosco Renaud,Leukart, Pierre Joseph Redouté, Giuseppe Rivaroli,Matthias Merian, V. L. Richter, entre outros. Tudoisso e muito mais poderá ser conferido na exposiçãoaberta ao público no dia 10 de dezembro.

Serviço:Exposição "Arte Centenária"Abertura: 10 de dezembro, segunda-feira, às

19h30.Exposição: 10 a 14 de dezembro.Local: Praça de eventos - Centro Empresarial de

São Paulo - Endereço: Avenida Maria CoelhoAguiar, 215 - Jardim São Luis - Zona Sul.

Horários: segunda a sexta, das 10h até 21h; sá-bado das 10h às 17h30.

Juliano Alves

O Museu Brasileiro da Escultura (MuBE) sediará,no dia 3 de dezembro, a terceira edição da exposi-ção beneficente "Arte em Forma de Amor", a partirdas 19 horas, na capital paulista.

Com a assessoria de Taro Kaneko e produçãocultural de Clara Perino, a mostra contará com 54obras de diversos estilos, técnicas e tendências, entrequadros, esculturas e cerâmicas, doadas por artis-tas plásticos de projeção no mercado atual, comoCecília Braun, Gilberto Salvador, Kazuo Wakaba-yashi, Kenichi Kaneko, Kimi Nii, Marli Pereira Oli-veira, Newton Mesquita, Paulo Sayeg, Rafael Mu-rió, Shoko Suzuki, Takashi Fukushima, Taro Kane-ko, Tomoshige Kusuno, Vagner Aniceto, Val Santi-nho, Yugo Mabe e Yutaka Toyota, entre outros.

A expectativa é receber colecionadores, críticosde arte, arquitetos, decoradores e compradores emgeral que conhecem e compartilham da causa so-cial com a preocupação de um mundo melhor.

Na ocasião, as obras serão vendidas com até 50%de desconto, variando de R$ 200 a R$ 10 mil. Arenda total será revertida para a Associação NossoSonho de Reabilitação e Integração de Pessoas comDeficiências (A.NO.S), que utiliza a arte como formaterapêutica para liberar a alma das crianças e jo-vens com paralisia cerebral e grave deficiência neu-romotora, visando sua inserção na sociedade e nomercado de trabalho.

Após o evento, as obras poderão ser adquiridaspelo site www.advendas.com/nossosonho, por umperíodo de 30 dias.

Serviço:Exposição Beneficente "Arte em Forma de Amor

III"Data: 3 de dezembroHora: a partir das 19 horasLocal: MuBEAv. Europa, 218 - PinheirosInformações: (11) 3564-0555Entrada gratuita

Rodrigo Bueno investiga fragilidades da vida em individual no Estúdio Buck

Artista cria ambientação viva e debate a valori-zação da natureza, e a sensibilização do espaçourbano com obras intermeiam o design e a ecolo-gia.

O Estúdio Buck apresenta até 15 de dezembrouma grande mostra individual do artista RodrigoBueno. Intitulada "Matuto ao Cubo" a mostra pro-mete transformar os espaços internos e externosda galeria num grande laboratório de experimen-tações artísticas e ecológicas, com um jardim in-terno, pinturas e composições criadas com mate-rial descartado.

São Paulo: Arte & EstiloArte em Forma de Amor

Kazuo Wakabayashi, uma das obras no MuBe

Page 28: Edição 184 - Novembro 2012

A RELÍQUIA2288 - Novembro de 2012Fotos: Litiere C. Oliveira/reproduções

A Igreja do Colegiado de São Pedroem Westmisnter, mais conhecida co-mo Abadia de Westminster (Wes-tminster Abbey), é uma grande igre-ja em estilo gótico, sendo conside-rada a igreja mais importante deLondres, e, talvez, de toda aInglaterra. Ao longo dos séculos aAbadia de Westminster vem sendo

utilizada para as coroações dos monarcas britâ-nicos e outras cerimônias religiosas da família re-al. A Abadia é considerada o coração da nação,estando localizada ao lado do Parlamento e dasdependências do governo. É o símbolo da aliançaentre a Igreja e o Estado. Serve à nação recebendochefes de estado e outros dignitários em visitaoficial, além de celebrar ofícios especiais para co-memorar acontecimentos de júbilo e datas na-cionais. Entre 1546 e 1556 obteve status de Cate-dral e atualmente é uma Royal Peculiar.

Fundada como um grande monastério bene-ditino, a abadia do west minster (igreja do oes-te) ainda conserva muito daquela tradição de vi-da disciplinada de oração, trabalho e estudo. Foicatólica de 1050 a 1534, é Anglicana de 1534 aosdias atuais. Na Abadia se encontram enterradosou festejados reis, nobres e muitos dos persona-gens históricos e intelectuais importantes da GrãBretanha. Lá estão sepultados os corpos do fa-moso físico inglês Sir Isaac Newton, CharlesDarwin, Charles Dickens e do ator Laurence Oli-vier, entre outros.

Não se sabe exatamente quando se construiu

a primeira igreja no local onde hoje se ergue aAbadia de Westminster, mas sabe-se que foi hámais de mil anos. Na época, aquela área era um

pântano inóspito. A igreja ficava numa ilha cha-mada Thorney Island (Ilha de Espinhos), rodea-da por afluentes do rio Tamisa. Existem váriosmitos e lendas acerca da origem da Abadia.Uma delas diz que o rei Seberto, falecido em616 d.C., rei dos saxões do leste, fundou estaigreja em 604. No século XIV os monges, con-vencidos desse fato, desenterraram no claustro oque acreditavam serem os ossos do rei Seberto eos enterraram de novo ao lado do altar mor.

Deixando as lendas de lado, a história contaque em 960 Dunstan, o bispo de Londres, trouxe12 monges beneditinos de Glastonbury, para fun-dar um monastério em Westminster. Um séculomais tarde o rei Eduardo, o Confessor, assim cha-mado por ser considerado um homem santo, fun-dou sua igreja neste lugar. Foi a primeira igrejaconstruída na Inglaterra em formato de cruz.Eduardo nasceu na Inglaterra em 1005, mas foiexpulso pelos dinamarqueses. Dizem que duranteo seu exílio na Normandia, Eduardo fez uma pro-messa de que, se fosse reintegrado ao seu reino,iria em peregrinação a Roma.

Quando finalmente recuperou seu trono em1042, havia tantos distúrbios no reino, que foiaconselhado a não realizar tão perigosa viagem.O Papa lhe absolveu da promessa com a condiçãode que construísse ou restaurasse uma igreja emhomenagem a São Pedro. A Abadia de Eduardofoi consagrada em 28 de dezembro de 1065, maso rei não pode assistir porque se encontrava mui-to doente. Morreu poucos dias depois e foi se-pultado diante do altar mor. >>>

Abadia de WestminsterAbadia de WestminsterVista da Abadia de Westminster

Vista da nave da igreja

Vista da fachada ocidental da Abadia de Westminster

Page 29: Edição 184 - Novembro 2012

As tapeçarias de Bayeux representam o cadá-ver de Eduardo sendo levado à sua igreja paraser enterrado. Também mostram como era a Aba-dia: tinha uma torre central, cruzeiros, pilaresgrandes e arcos semicirculares. No telhado se vêum homem colocando um cata-vento, significandoque haviam terminado a obra. Os arqueólogosencontraram restos da igreja de Eduardo debai-xo da Abadia e concluíram que esta era quase tãogrande quanto a atual.

Depois da morte de Eduardo sua reputação desanto se acentuou. Disseram que ocorreram mi-lagres em sua tumba e em 1161 foi canonizado. Orei Henrique III (1207-72) venerava de tal modo OConfessor que decidiu construir um novo sepul-cro em uma igreja maior de estilo gótico anglo-francês, com arcos estilizados e janelas maiores.As obras começaram em 1245. No extremo leste anova Lady Chapel, que havia sido construídaapenas 20 anos antes, permaneceu sem alteração,enquanto a nova Abadia continuava a crescer,avançando em direção oeste. O arquiteto de Hen-rique III foi Henry de Reyns, que pode ter sidofrancês ou inglês, mas que estudou na França, já

que sua obra mostra muitas características france-sas. Em 1272 terminaram o presbitério, o coro e aprimeira cúpula da nave, mas neste ano morreuHenrique III e as obras praticamente foram paral-isadas.

Durante a maior parte do século XIV a Abadiadevia apresentar um aspecto estranho, com umaedificação gótica unida aos restos românicos an-glo-normandos da igreja de Eduardo. Em 1376 secolocou a primeira pedra da nova nave, e duran-te os 140 anos seguintes, com doações de benfei-tores ricos - entre eles o Cardeal Simon Langham,um antigo abade - e com a ajuda de Ricardo II eHenrique V, concluíram a nave. Em 1503, no ex-tremo leste, demoliram a Lady Chapel de Henri-que III, e começaram a levantar a Lady Chapelde Henrique VII que foi consagrada em 1516. Noentanto, apenas 20 anos depois, os monastériosda Inglaterra sofreram uma grave crise. HenriqueVIII, conhecido como Tudor Adultério, entrou emconfronto com o Papa porque este se negou aanular seu casamento com Catalina de Aragon.O rei então se auto proclamou chefe da IgrejaAnglicana, e em 1540 dissolveu os monastérios e

confiscou seus bens. A Abadia se saiu melhor quea maioria dos monastérios, talvez devido a seuscontatos reais, e em lugar de ser saqueada, foielevada a catedral.

A nova constituição da Abadia, estabelecidapor Henrique VIII, não durou muito tempo, poisem 1553 a rainha Maria Tudor sucedeu ao filhode Henrique VIII, Eduardo VI, e o catolicismose tornou novamente a religião oficial. Conver-teu novamente a Abadia em monastério, e osmonges regressaram. A agitação social e políticacontinuava, já que sua sucessora, Isabel I, quesubiu ao trono apenas cinco anos depois, em1558, revogou as mudanças de Maria e reno-meou a Abadia como Igreja Colegiada de SãoPedro em Westminster, agora com um Deão quefoi instruído a só prestar contas a ela comosoberana. Assim sobrevive a Abadia, sem estarsubmetida à jurisdição de um bispo, como amaioria das igrejas, mas sob a jurisdição de umarainha - uma instituição conhecida com o nomede Royal Peculiar.

Continua na página seguinte

Retrato de Ricardo II,séc. XIV - o primeiro

de um rei inglêsA procissão dos cavaleiros da Ordem de

Bath, Pintura de Canaletto (1749)A tumba de Henrique VO altar mor, tendo à frente o mosaico que foi

colocado no século XIIII

Tapeçaria de Bayeux mostra o corpo de Eduardo, o Confessor, sendo conduzido à Abadia para ser enterrado

Novembro de 2012 - 2299A RELÍQUIA

Page 30: Edição 184 - Novembro 2012

A RELÍQUIA3300 - Novembro de 2012

Continuação da página anterior

Durante a guerra civil de 1642-49, que culmi-nou com a execução de Carlos I e o estabelecimen-to, em 1649, da República de Cromwell, a Abadiasofreu danos quando os puritanos saquearam alta-res, destroçaram imagens e órgãos e confiscaramas joias da C0oroa. Queriam desaparecer com to-dos os símbolos de superstição religiosa, e aindahoje se pode ver sinais da pilhagem. Durante estaépoca a Assembléia de Westminster - uma reuniãode eclesiásticos e outras pessoas que professavam aFé Presbiteriana - se reuniam na Abadia.

Arquitetonicamente, outro marco importanteocorreu em 1745, quando se levantaram as duastorres ocidentais desenhadas por Nicholas Hawks-moor, aluno de Sir Christopher Wren. A Abadiatinha quase o mesmo aspecto que apresenta hoje,com exceção da fachada norte, que foi reforma-da no princípio do século XVIII, quando foi des-truído o antigo pórtico, e novamente na época vi-toriana, quando se construiu o pórtico triplo ar-queado, e se redesenhou a roseta.

A Abadia enfrentou um novo perigo durantea Segunda Guerra Mundial, mas milagrosamen-te sobreviveu aos bombardeios, embora as bom-bas tenham destruído o telhado do cruzeiro, amaior parte da reitoria, vários salas do ClaustroPequeno e o salão da Escola de Westminster (par-te do antigo dormitório dos monges). Depois daguerra, o interior da Abadia estava escuro e sujo,e somente foi limpa na década de 1960, quandose revelou a verdadeira cor de avelã da alvenaria.Em 1995 foi concluída a penosa restauração dafachada e três anos mais tarde colocaram novasestátuas na fachada ocidental, incluindo-se as es-tátuas dos dez mártires do século XX.

Os monarcas do Reino Unido têm sido consa-grados na Abadia de Westiminster desde a coroa-

ção de Haroldo II, (exceto Eduardo V e EduardoVIII que não tiveram cerimônia de coroação). Pou-cas vezes um monarca foi coroado fora desta aba-dia, sendo que Henrique III não pode ser consa-grado aqui devido a tomada da cidade de Londrespelo rei Luís VIII de França e teve de ser coroadona Catedral de Gloucester. Tradicionalmente o mo-narca a ser coroado toma assento no Trono deEduardo, o Confessor e quem preside a cerimôniaé o Arcebispo de Cantuária. O Trono de Eduar-do está no interior da abadia desde 1308, porémos reis da Escócia são coroados na Pedra de Scone.

O rei Henrique III reconstruiu a abadia emhonra de Eduardo, o Confessor, cujas relíquiasforam guardadas em seu túmulo no interior da

abadia. Henrique III também foi sepultado naabadia onde, posteriormente, os monarcas da In-glaterra foram sepultados, entretanto, alguns fo-ram sepultados na Capela de São Jorge, no Caste-lo de Windsor. O rei Jorge II da Grã-Bretanha foio último monarca a ser enterrado na abadia em1760; desde então os monarcas têm sido enterra-dos na Capela de São Jorge. No total, 17 monar-cas estão sepultados nesta necrópole real conver-tida em mausoléu nacional com mais de 3.000 tú-mulos de algumas das figuras britânicas mais fa-mosas em todos os âmbitos. Além da realeza, al-gumas personalidades destacadas no meio cien-tífico e cultural obtiveram a honra de serem en-terradas na abadia.

O imenso coro da igreja, onde antes oravam os monges

Túmulo do "Soldado Desconhecido", enterrado ali em 1920 O magnífico teto da Lady Chapel

A cadeira dacoroação de

1297, a peça demobiliário maisantiga da Grã

Bretanha. Apedra do assentofica na Escócia e

só vem para acoroação dos reis

Page 31: Edição 184 - Novembro 2012

Novembro de 2012 - 3311A RELÍQUIA

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Page 32: Edição 184 - Novembro 2012

3322 - Novembro de 2012 A RELÍQUIA

Por Litiere C. OliveiraDD ee ss tt aa qq uu ee ss

Lançamento do Livro da Sociedade Brasileira 2012

Os Salões do Copacabana Palace estavamcheios de sobrenomes ilustres, durante o lança-mento do livro "Sociedade Brasileira" que lista,em seus 2.200 verbetes, nomes e endereços domundo social, sob o comando de Lourdes Ca-tão, irmã da autora Helena Gondim. Na lista-gem, Roberto Irineu e Karen Marinho, OlavoMonteiro de Carvalho, Afrânio de Mello FrancoNabuco, Lineu Paula Machado, Ivo Pitanguy,Antônia Mayrink Veiga, Bebel Klabin entre out-ros Vips. Na foto, o antiquário, Paulo Scherer,leia-se (Snob Antiguidades e Scherer Antiques)que faz parte da lista do livro há vários anos,em companhia de Lourdes Catão.

Três artistas cariocas estão com exposições diver-sas no Centro Cultural Paço Imperial até 25 de no-vembro. Luiz Aquila apresenta"Quase tudo: a ne-ver ending tour" no primeiro pavimento da casa;Cristina Salgado apresenta a instalação "Ver paraOlhar" no Terreiro do Paço e Roberto Magalhãesocupa todo o segundo pavimento com a mostra"Quem sou, de onde vim e para onde vou".

O artista Luiz Aquila traça um panorama dosseus cinquenta anos de carreira. Sua exposição con-ta com 200 obras entre pinturas, gravuras, colagens,ilustrações, desenhos e outros, que ocupam sete sa-las do Paço Imperial. Além de marcar meio séculode envolvimento com a arte plástica, a mostra tam-bém comemora 70 anos de idade de um dos artistasmais presente na arte brasileira.

A exposição individual de Roberto Magalhãestraz 174 trabalhos sobre o papel de 1958 a 2012 e

marca 50 anos de carreira do artista. Selecionadosentre 3 mil obras da coleção particular de RM, osdesenhos são feitos de diversas técnicas como óleo,guache, pastel, grafite, nanquim, entre outras.

Um total de 28 cadeiras, poltronas e bancos ali-nhados em uma fila, constituem a instalação "Verpara Olhar" de Cristina Salgado. Caixas de madeiraposicionadas em cima dos assentos recebem um fa-cho de luz, em duas linhas horizontais, e uma lan-ça de aço que as atravessam, ao final da fila de ca-deiras uma poltrona rebate a luz e revela aimagemque percorreu o caminho e venceu os obstáculos asua frente.

ServiçoCentro Cultural Paço Imperial - Praça XV de No-

vembro, 48 - Centro | Tel. 2215-2622 Até 25 de novembro | Terça a domingo, 12 às

18h/Entrada gratuita/www.pacoimperial.com.br

O Rio de Janeiro recebe entre os dias 8 e 11 denovembro a primeira edição da ARTIGO Rio, feirade arte contemporânea com obras a preços acessí-veis, que reúne cerca de 30 galerias e coletivosartísticos nacionais e estrangeiros, no Centro deConvenções SulAmérica.

Entre os dias 8 e 11 de novembro, o Centro deConvenções SulAmérica abriga o Fórum ARTIGO,série de debates e palestras dedicados ao mercado

de arte, ao colecionismo e a jovens artistas, entreoutros temas. O evento promove também o PrêmioARTIGO de Arte Contemporânea, que premiará ga-lerias e artistas participantes da feira em três cate-gorias: Artista Revelação, para artistas iniciantes;Projeto Trajetória, para artistas em meio de carrei-ra; Melhor Obra, para a galeria que apresentar aobra com melhor custo benefício e de maior im-pacto junto ao público (prêmio por votação popular).

Feira ARTIGO e os eventos paralelos

Feiras de arte - um novo filão?

Exposições de três artistas no Paço Imperial

O coquetel e noite de autógrafos realizado emoutubro passado, na sede de Copacabana doJornal A Relíquia, foi um sucesso, cerca de

200 pessoas estiveram presentes ou passaramno evento, superando a expectativa. Um dos

livros lançados esgotou e o coquetel sóterminou às 22h30min. Na foto os escritoresDalmo Ferreira (em pé, ao lado de Litiere C.

Oliveira, editor do jornal) e Ronaldo Rego.

Noite de autógrafos

Depois do "Salão de Arte de São Paulo", o maistradicional (completa 20 anos em 2013), surgiu o"SP Arte" e mais recentemente a "ArtRio", duasfeiras de arte contemporânea. Uma terceira acabade acontecer em São Paulo, a "Parte". Agora emnovembro, na mesma data (de 7 a 11 de novem-bro), acontecem mais duas feiras, uma em SãoPaulo (a SP-Arte/Foto ) e outra no Rio de Janeiro(a Artigo). E mais uma feira está programada pa-ra acontecer em São Paulo, ano que vem, paralela-mente a SP Arte: trata-se da "Solo Art Fair", so-mente para artistas plásticos, sem a participaçãode galerias. Parece que descobriram um novofilão. E fica aqui uma sugestão: porque essa "SoloArt Fair" ou mesmo Alexandre Murucci da AR-TIGO, não realiza uma feira somente para artista

plásticos paralelamente à ArtRio?Por falar na ArtRio, antes da realização do even-

to, os organizadores superestimaram tanto o núme-ro de visitantes, cuja previsão era de 60 mil, quantoo valor das vendas, que atingiria R$ 150 milhões. Opúblico presente foi menor e as vendas nem chega-ram perto do valor esperado. Outra coisa que nuncaentendi: na divulgação das duas feiras, a organiza-ção da ArtRio informou que o evento seria feito nosmoldes de diversas feiras de arte do exterior, e, inex-plicavelmente, omitiu completamente o nome da SPArte, que é a precursora das feiras de arte contem-porânea no Brasil. Para mim são iguais, não tem di-ferença nenhuma, a não ser o estrelismo dos organi-zadores da ArtRio, que é imensamente superior aosdos organizadores da feira de São Paulo.

Page 33: Edição 184 - Novembro 2012

A RELÍQUIA Novembro de 2012 - 3333

Informe da ABA - Associação Brasileira de AntiquáriosInforme da ABA - Associação Brasileira de Antiquários

Um dos programas obrigatóriosdos domingos para os cariocas, tu-ristas do exterior ou para os brasi-leiros vindos de outros estados é avisita da Feira de Antiguidades daGávea, que é montada, com qual-quer tempo, de 9 às 18 h, na PraçaSantos Dumont. Além de um pas-seio tranquilo, à sombra das árvo-res, numa praça atraente e que foirecentemente recuperada pela pre-feitura carioca, ali podem ser encon-trados pratarias, quadros, objetos decolecionismo e raros brinquedos mo-vidos a corda.

Muitos visitantes já procuram nafeira seus presentes de Natal exclusi-vos para parentes e amigos, comouma rara peça de cristal, objetos decolecionismo, quadros de pintoresfamosos, ou mesmo um broche, pul-seira ou um anel que nossas avósusavam no início do século 20.

Para os colecionadores, podem serencontrados na feira luminárias emáquinas de costura onde nossasmães e tias confeccionavam seusmodelos. Até casacos antigos decouro e fantasias podem ser achadaspor lá: são muitas as barracas quevendem roupas usadas exóticas, namaioria. Pulseiras de galalite, mul-ticoloridas, fazem a alegria dos visi-

tantes assim como selos, medalhasde bronze e prata, moedas antigas ecédulas dos mais longínquos e me-nos conhecidos países do mundo en-cantam por seu design.

Na feira existe ainda uma barra-ca especialidade em botões de fute-bol de mesa(botões), realizando, per-manentemente, animados campeona-tos reunindo apreciadores de todasas idades.

A Feira de Antiguidades da Gá-vea, administrada pela AssociaçãoBrasileira de Antiquários, tem nomesde projeção entre seus freqüentado-res assíduos, com destaque MaríliaPera, Mariana Ximenes, WagnerMoura, Leandra Leal, Olivier An-quier, Jayme Monjardim, Sonia Bra-ga, Débora Falabella, Zezé Motta,Déo Garcez, Marisa Monte, FlaviaAlessandra, Haroldo Costa, PauloBetti, Carla Camuratti e ainda PauloJosé, Ricardo e Suely Stambowski,Ovidio Cavalheiro, Ricardo CravoAlbin e também colunistas consagra-dos como Hlldegard Angel, AnnaMaria Ramalho, Joaquim Ferreirados Santos, Elizabeth Orsini e An-celmo Goes.

Segundo o presidente da Associa-ção Brasileira de Antiquários, Mar-cos Freitas, a feira tem seus visitan-

tes do tipo "fã-de-carteirinha", quechegam bem cedo para arrematar aspeças mais raras e valiosas Muitosestão à procura de desenhos e pin-turas que merecem moldura e vidroanti-reflexo. Garrafas do lendário re-frigerante Crush podem ser encon-tradas estão lá , assim como antigasfotos de família que remetem o pú-blico a um passado distante.

Uma boa parte de seus frequen-tadores visitantes prefere sair garim-pando curiosidades e uma boa partedo público gosta de contar que alijá conseguiu algumas peças fantás-ticas, verdadeiras pechinchas, comoa escultura de bronze de um touro,de fundição francesa, tão perfeito nodesenho de seus músculos que pa-rece estar respirando. Outros gabam-se de terem adquirido um buda dei-tado de lado, um deus africanosimbolizando a fertilidade ou umarara peça esculpida em madeira.

Em muitas barracas podem serencontradas muitas medalhas, algu-mas com mensagens religiosas ouefígies de Camões, Napoleão ou oex-presidente americano JohnKennedy.

Outras peças podem ser adquiri-das como raros presentes de Natal,como é o caso de uma faquinha de

madrepérola de Jerusalém e um ter-ço oriental antigo, conhecido comomasbaha (pronuncia-se masbarrá),em prata. Há várias barracas combrinquedos antigos, como caixinhasde música, bichinhos movidos a cor-da, casa de bonecas, carrinhos anti-qüíssimos e antigos livros infantis.Existem ainda, como sugestão depresentes personalizados, telefonesincríveis, alguns ainda um deles demanivela, do tempo em que se pe-dia à telefonista para fazer a ligação.As luminárias e os ventiladores emestilo retrô também fazem o maiorsucesso e as bijuterias antigas sãoum caso à parte: há broches, brin-cos, anéis, colares e pulseiras belíssi-mos, em todos os tipos de material,nos mais diversos preços.

Não é à toa que as figurinistas deteatro, cinema e TV vivem por lá àprocura de peças antigas para pro-duções de época, juntamente comchapéus, guarda-chuvas, polainas, bo-tas. Tem gente que corre atrás de ob-jetos exóticos para enfeitar vitrines oupara adornar suas residências com es-tatuetas, máquinas de escrever, rolosde esticar massa de pastel, e outrascuriosidades dos velhos tempos.

Luiz Carlos Lourenço

Feira da Gávea: as boas ideias de presentes exclusivos de Natal

Page 34: Edição 184 - Novembro 2012

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