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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXI Edição 20 Domingo, 15.05.2011 R$ 3,20 O ministério de Missões e Evangelismo da Igreja Batista em Vila Salete, na capital de São Paulo, decidiu investir de forma criativa na Campanha de Missões 2011, agindo de forma unida com os demais ministérios. Veja como esta igreja se mobilizou para envolver crianças, jovens e adultos nos esforços da Junta de Missões Mundiais. (Página 10) Entre os dias 13 e 16 de abril foi realizada na cidade de Montevidéu (Uruguai) a 3ª Cúpula da União Batista Latino-Americana (UBLA), que contou com representação da Convenção Batista Brasileira (CBB). (Página 8) Apaixonados por missões UBLA realiza sua 3 a Cúpula

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1o jornal batista – domingo, 15/05/11?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIEdição 20 Domingo, 15.05.2011R$ 3,20

O ministério de Missões e Evangelismo da Igreja Batista em Vila Salete, na capital de São Paulo, decidiu investir de forma criativa na Campanha de Missões 2011, agindo de forma unida com os demais ministérios. Veja como esta igreja se mobilizou para envolver crianças, jovens e adultos nos esforços da Junta de Missões Mundiais. (Página 10)

Entre os dias 13 e 16 de abril foi realizada na cidade de Montevidéu (Uruguai) a 3ª Cúpula da União Batista Latino-Americana

(UBLA), que contou com representação da Convenção Batista Brasileira (CBB). (Página 8)

Apaixonados por missões

UBLA realiza sua 3a Cúpula

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2 o jornal batista – domingo, 15/05/11 reflexão

E D I T O R I A L

rentes tendam a ter cosmovi-sões de mundo (percepções de mundo) variadas.

No entanto, é fundamental ter em mente que este debate só será frutífero e saudável caso tenha a Bíblia como baliza. É apenas nos ensina-mentos de Cristo (dentre os quais o amor se apresenta como o fundamental) que os membros da família podem encontrar o equilíbrio neces-sário para equacionar suas

gerações com o objetivo de construir pontes para o diá-logo, e não com a intenção de alguns tentarem impor a sua posição em detrimento dos outros.

Algo que deve ficar bem claro quando se aborda esta questão é que a diferença de gerações é produto das mu-danças da sociedade (mudan-ças estas que nunca deixarão de acontecer), o que faz com que pessoas de idades dife-

No âmbito do mês da família, uma questão que de-veria ser alvo dos

debates dos batistas brasi-leiros com uma frequência maior é o da diferença de gerações, que em algumas oportunidades e contextos pode ser fonte de conflitos entre pais, filhos e avós.

Contudo, este é um de-bate que deve ser feito por indivíduos das diferentes

diferenças em prol de uma posição que lhe permita ser um luzeiro de Deus em meio às trevas.

Que os batistas brasileiros de todas as gerações (sejam eles pequeninos, jovens ou maduros) estejam disponí-veis para um debate profun-do sobre esta questão com o firme desejo de alcançar uma posição equilibrada que lhe permita servir melhor a Cristo.

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

Música

• Parece-me que o irmão Rolando de Nassau equivo-cou-se ao não fazer distin-ção entre música evangélica com ritmos populares e a comercialização de música evangélica dentro do modelo atualmente vigente de merca-do livre. Enquanto concordo em termos largos com as inda-gações do irmão em relação aos danos trazidos à vida e ao louvor do povo de Deus por meio de um cardápio de “louvor e adoração” produzi-do com vistas ao lucro e uma popularização da ideia de “ser evangélico”, não posso con-cordar que a raiz do problema seja a utilização de ritmos e instrumentos populares.

Em primeiro lugar, não se deve pensar que as melodias dos hinos antigos sejam por natureza de origem santa. “Achei um Grande Amigo” é cantado ao ritmo das mú-sicas de saloon do faroeste estadunidense. “Que Alegria neste dia” e “Vem, visita a tua igreja” trazem melodias fol-clóricas europeias. E aquele grande compositor, Mozart, também famoso por suas de-savenças éticas, providencia as melodias para “Consa-gração” e “Além da Morte”, respectivamente números 73, 411, 580, 296 e 516 do Cantor Cristão, tão elogiado pelo irmã Rolando. E estes são apenas uma amostra de

inúmeros exemplos nos hi-nários tradicionais.

Por outro lado, a tese do irmão é uma injustiça aos ar-tistas brasileiros como Grupo Logos, Vencedores por Cristo e a Banda Sal da Terra, que zelam pela composição de música popular e brasileira com temas bíblicos. Estes, entre outros grupos, viajam pelos interiores de uma ma-neira simples, evangelizando e influenciando a música e o louvor de muitos crentes brasileiros fieis. De fato, eles estão seguindo o exemplo dos escritores dos hinos de gerações anteriores, conti-dos no Cantor Cristão, que utilizaram dos ritmos e instru-

mentos populares para alcan-çar o mundo para Cristo, na linguagem musical do povo.

O problema não é a música em si, mas o uso da religião como um meio de enriquecer e enaltecer-se, como Paulo já havia advertido nos tempos bíblicos (1 Timóteo 6.3-10). E falando em tempos bíblicos, ao contrário de serem empe-cilho, instrumentos populares foram para os salmistas de grande valia na adoração ao Senhor: “Louvai-o com ins-trumentos de cordas e com flautas, louvai-o com címba-los sonoros” (Salmo 50).

Mark Greenwood, Rio de Janeiro (RJ).

Realengo

• Quero agradecer pela existência de O Jornal Ba-tista. A vida nunca foi fácil para ninguém, desde que o pecado entrou no mundo através do próprio homem. Temos vivido um momento difícil, e não vai ser diferen-te em 2012, 2013, 2014, etc.

O fato é que pessoas estão morrendo em nosso Rio de Janeiro por falta de Jesus. Conhecem, mas não co-nhecem, veneram, mas não veneram. O último caso que comoveu a cidade do Rio foi o de Realengo. Aí cor-remos, iguais crianças as-sutadas, de um lado para o outro num beco sem saída. Lamentamos e choramos as perdas irreparáveis. O que aconteceu em Realengo e em outros “realengos” que hão de surgir é simples-mente a falta de Deus no coração. Quando o homem e a mulher não têm Deus no coração são capazes de praticar tudo o que é contra a natureza de Deus.

Mas nem tudo está perdido, ainda há esperança, o nosso Deus ainda é, e continua sendo, a fonte de vida. Ele é o único que pode secar

as nossas lágrimas.Que Deus abençoe a todos.

Zaqueu Batista de Olivei-ra, Belford Roxo (RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOFábio Aguiar Lisboa(Reg. Profissional - MTB 26.163-RJ)

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

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INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio(21) 2223.8510

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3o jornal batista – domingo, 15/05/11reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Impossível! Deus Pai não responder uma oração do Deus Filho. Jesus de-clarou junto ao tumulo

de Lázaro: “Pai, graças Te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves...” (João 11.41-42). Contudo, o Pai ouviu a ora-ção de Jesus no Getsêmani, mas não a respondeu (Lucas 22.41-44). Aprendemos que Deus ouve as nossas orações, mas nem sempre as reponde. Há uma oração de Jesus (João 17.20-23) cuja resposta com-pleta ainda está por se cum-prir. Não porque Deus Pai não a quer responder, mas porque uma parte da resposta depende dos salvos. A res-posta não é exclusivamente divina. Há que ocorrer o in-teragir humano para se obter a resposta desejada por Jesus.

Era, e é, desejo do Salvador que todos os salvos vivessem a unidade por Ele pregada. A vivência da unidade se constituiria em forte fator de testemunho e evangelização. Os não salvos não teriam como rejeitar ou refutar a mensagem oferecida por Je-sus. “Para que o mundo creia que Tu me enviaste” (João 17.21b). O crer em Jesus como Salvador e Senhor não

seria por imposição da prega-ção, tampouco por coerção da sapiência dos salvos, mas pela unidade existente en-tre os salvos. No desafio do amor (João 13.34-35) Jesus já havia dito aos discípulos que o amor sincero entre eles levaria o mundo a os reconhecer como discípulos do Mestre. Amor que gera unidade, unidade que serve de testemunho contundente junto aos incrédulos. Unida-de, não uniformidade. Amor, não apenas amizade de final de culto que desconhece as carências do objeto amado e pouco se interessa pelo seu bem-estar.

Ao longo da história cristã o inimigo tentou usar várias maneiras de impedir a propa-gação do Evangelho. A ação do inimigo que mais resulta-dos têm oferecido à causa do pecado é a falta de unidade. São comuns as desavenças familiares. As igrejas têm sido marcadas por cisões e desavenças irreconciliáveis. São milhares de igrejas em solo brasileiro que nasceram como fruto de dissensões entre seus membros. Brigas homéricas, com a presença da Polícia, ações na justiça perante infiéis e ódio cres-

cente integram a história da igreja. Os nomes que se dão às igrejas oriundas de divi-sões persistem em perpetuar o ranço maligno da ausência de unidade. Os anos passam, os que promoveram as cisões morrem, mas seus descen-dentes insistem em manter vivos os pecados do passa-do. Causa até certa espécie quando uma igreja fruto da discórdia, mas posteriormen-te tocada pelo Espírito Santo, tenta promover a reconcilia-ção com a igreja de onde saiu a tapas. Reconhecer a falta cometida e proceder a um pedido de perdão não cons-ta no Manual das Igrejas. O orgulho inflado por Satanás nos corações dos salvos im-pede o arrependimento e a reconciliação. Os ensinos de Jesus são lançados no esgoto da falácia humana em nome do “eu estava certo”. Não há uma igreja que tenha tido sua origem em dissensões que possa afirmar com cons-ciência tranquila que a ação foi obra do Espírito Santo. O Espírito Santo não divide. Ele une e gera a unidade propos-ta por Jesus para os seus se-guidores. Quando o Espírito Santo dirige a igreja há paz interna entre seus membros.

A unidade testifica que os salvos conhecem a Jesus e têm estado com Jesus nas so-luções de suas dificuldades.

Satanás não tem precisado de perseguição aos salvos para fazer o seu joio prospe-rar. Ele sabe que tal proceder não dá resultados. Colocar salvos em prisões e perse-gui-los não funciona. Mas, usando as dissensões entre os salvos, impedindo-os de evangelizar, quebrando o vínculo do amor, o inimigo consegue objetivos maiores do que colocar salvos em prisões. Uma dura lição que a igreja ainda não conseguiu assimilar.

Em boa hora a Convenção Batista do Estado de São Pau-lo (CBESP) separou o segun-do domingo do mês de abril para promover a unidade entre os salvos e as igrejas. Carecemos, com urgência, de refletir sobre o significado da verdadeira unidade que o Mestre desejou para seus seguidores.

Os textos bíblicos que nos desafiam à manutenção da unidade são muitos. Contu-do, não temos dado a eles o devido valor em termos de vida prática. Foram escritos para os salvos primitivos,

dizem. Não se aplicam aos nossos dias. Não têm valida-de no relacionamento que tenho com meu irmão. O apelo do apóstolo à igreja em Corinto, igreja que tinha todos os dons mas não vivia a unidade, há que ser real hoje para a igreja do século XXI. “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo sentido e em um mesmo parecer” (1 Coríntios 1.10). Eis a meta da igreja para que a oração de Jesus (João 17.21) seja respondida. Deus Pai só vai responder à oração de Deus Filho quando eu e você vivermos a uni-dade. A resposta a essa ora-ção depende de cada salvo. Tenho certeza absoluta de que o Pai está ansioso para responder à oração de seu amado Filho.

Você já imaginou o que ocorreria hoje em termos de evangelização e testemunho se todos os salvos que se de-testam no dia de hoje promo-vessem a unidade? O mundo se dobraria de joelhos aos pés de Jesus, confessando-o como Senhor.

A oração não respondida de Jesus

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4 o jornal batista – domingo, 15/05/11

GOTAS BÍBLICASOLAVO FEIJÓ

Pastor, professor de Psicologia

Honrando aos outros

reflexão

No capítulo 12 da carta aos Roma-nos, o apóstolo Paulo elabora as

implicações cristãs do amor, à semelhança do que es-crevera no capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios. Em um dos pontos mais di-fíceis afirma: “Amai-vos cor-dialmente uns aos outros, com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros, mais do que a si próprios” (Roma-nos 12.10).

“Dar honra aos outros” é um mandamento que se movimenta na contramão da sociedade. No mundo em que vivemos, a primeira honra certamente me perten-ce. E seguindo o mesmo ra-ciocínio, também devem me pertencer a segunda honra, a décima-quinta, e assim por diante. É um salve-se quem puder. “Aquele que não faz propaganda de si mesmo, só vai conseguir ficar para trás”.

A Bíblia não apoia ne-nhum egoísmo ou egocen-trismo. Em outras palavras, a Bíblia tem todos os ingre-dientes para ser rejeitada pela cultura deste mundo. Desde o princípio, segundo a narrativa do Evangelho de João, o precursor de Jesus, João Batista, já confessava: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”. Paulo toma este conceito relacio-nado com Jesus e o estende ao nosso relacionamento com as pessoas ao redor. Segundo o apóstolo, “dar honra aos outros, mais do que a si próprio”, somente acontece quando começa-mos a experimentar maturi-dade espiritual - maturidade do tipo que “anda a segunda milha”, que “vence o mal com o bem”, que “ora pelos inimigos”. Maturidade que “ama cordialmente, com amor fraternal”, coisa de outro mundo...

Baseada em Mateus 7.24-27 e Lucas 6.46-49

CLAITON ANDRÉ KUNZPastor, professor da Faculdade Batista Pioneira, em Ijuí (RS)

Após um longo dis-curso a respeito do Reino de Deus, no Sermão do Monte,

Jesus conclui seu ensino com a parábola dos dois ali-cerces. Imediatamente ante-rior à parábola, encontra-se, tanto em Mateus quanto em Lucas, a exortação de Jesus àqueles que lhe chamam “Senhor, Senhor”, mas que não fazem o que Ele lhes manda (Lucas 6.46). Ma-teus acrescenta ainda que só entrará no Reino dos Céus aquele que colocar em prática a vontade do Pai, e que muitos, mesmo tendo profetizado, expulsado de-mônios e feito milagres, não entrarão porque não terão sido conhecidos por Jesus, ao não praticarem a Sua Pa-lavra (Mateus 7.21-23). Para que isso fique mais claro, Jesus relata então a parábola dos dois alicerces.

Numa região de pedra cal-cária, como a Galiléia, basta só cavar um pouco para achar uma camada de rocha sólida. Ali é muito comum, mesmo agora, se abrirem buracos até a rocha e neles assentar os alicerces das casas a construir. Quando cai a chuva, como consequ-ência, formam-se “rios”, ou seja, torrentes montanhosas, rolando pelas encostas e se avolumando em torno das casas. Na Palestina, exce-to o Rio Jordão e alguns córregos afluentes, existem poucas correntes de água. A maioria dos rios está quase

sempre seca. Mesmo assim, pode acontecer que trombas d’água formidáveis caiam e abram caminho, não so-mente pelos wadis (vales, cursos de água secos), mas por todo lugar onde não encontrem resistência. No deserto, após uma chuva re-pentina e muito forte, pode--se ouvir um barulho que se aproxima. É o seil (torrente), que os contemporâneos de Jesus conheciam muito bem.

Na parábola, estes “rios”, levando a terra, deixaram os alicerces da casa des-cobertos, então os ventos sacudiram a casa, mas esta não caiu, porque estava as-sentada sobre a rocha. Na outra situação a casa está construída sobre a areia. Esta areia refere-se à super-fície móvel do terreno, ou talvez à areia acumulada em alguma parte da encosta da montanha, que dá apa-rência de firmeza, mas que está sujeita a ser arrastada pela próxima enxurrada. Neste caso, arrastados os alicerces da casa, ela cairá certamente com grande es-trondo, ficando reduzida a escombros. É interessante observar que as adversida-des lançadas sobre ambas as casas são exatamente as mesmas. A diferença está apenas no alicerce.

O prudente foi prevenido e construiu sua casa sobre solo firme. É claro que a rocha significa Cristo (e seus ensinos), porque em muitos outros lugares ele é assim figurado. O sermão está diri-gido àqueles que têm crido Nele. A conduta obediente inclui tanto o dizer como o fazer. Já o homem insensato edificou sobre solo arenoso. Era um homem descuidado

e imprevisto. Vieram ven-tos, chuvas, tempestade e a casa caiu. Caiu porque esta-va fundada sobre seus pró-prios esforços. O construtor mesmo teve a culpa, já que, havendo ouvido a palavra de Jesus, não quis tomá-la em conta e não a obedeceu nem a praticou. Portanto, sua ruína foi completa.

Tudo depende de pôr em prática o que Jesus disse. Somente é sensato aque-le que transpõe a palavra do Senhor para a prática. Quem apenas ouve e não age, é tolo. Ouvir apenas proporciona uma posse apa-rente, que se quebra jus-tamente quando deve ser comprovada. Porém, para aquele ouvinte que realiza o que ouviu, a palavra de Jesus se torna um poder e uma força bendita. Esse realizar transforma-se num bem e numa riqueza inte-rior que se igualam a uma casa fundamentada sobre uma rocha e que superará as provações, mesmo nas mais fortes tempestades e torrentes de angústias e tri-bulações.

Se as “palavras sem ação” já haviam sido condenadas (Mateus 7.21-23 e Lucas 6.46), agora é condena-do também o “ouvir sem ação”. Neste sentido, como afirmou certo comentarista, “ouvir sermões é uma prá-tica perigosa se não se os põe em prática”. A parábola chama a atenção, indireta-mente, ao julgamento de Deus, que todos, quer pru-dentes ou insensatos, terão de enfrentar. Mas apenas o prudente que construiu sua fé, baseado em Jesus e na obediência a Ele, está apto a resistir às tempestades da vida.

A Igreja Batista Memorial da Tijuca com sa-tisfação convida os pastores a participarem de concílio de exame para o ministério dos seguintes irmãos:

A) Sérgio Roberto Dias Pereira Júnior, bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Betel, atendendo o pedido da Primeira Igreja Batista de Niterói, onde servirá como ministro de jovens e adolescentes.

B) Márcio Antônio Fernandes, bacharel em Teologia e ordenado ao ministério pela Igreja Presbiteriana, por solicitação da própria Igreja Batista Memorial da Tijuca.

Data do Concílio:

21 de maio de 2011 (às 16h).

Local: templo da Igreja Batista Memorial da Tijuca, sito à Rua Conde de Bonfim, nº 789, Tijuca,

Rio de Janeiro (RJ).Culto de ordenação:

24 de maio de 2011 (às 19h30).

Neander Paulo AndradePrimeiro vice-presidente

Igreja Batista Memorial da Tijuca

Convite aos pastores

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5o jornal batista – domingo, 15/05/11reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

ISRAEL BELO DE AZEVEDOPastor da IB Itacuruçá

O tema da felicidade espirra para todos os lados. De um você ouve que

não é para ser buscada, exce-to pelos tolos. De outro você recebe um mapa infalível, que você receberá indo a determi-nada reunião, participando de uma certa religião, envolven-do-se numa específica ação (Um dia destes um pregador gritava: “Vou lhe ensinar a ser feliz. Vou lhe ensinar a ganhar dinheiro. Basta que você ve-nha no meu culto”).

Para um, felicidade é ilu-são. É miragem. É como a água que uma pessoa sedenta no deserto acredita ter visto.

Para outro, felicidade está sempre à mão. Basta estalar

os dedos que as receitas per-feitas surgem.

Sigamos por outra senda. Teve razão David Gomes quando trocadilhou que fe-licidade começa com fé. E o que vem depois, para quem tem fé?

Para alguns, ter fé é ser feliz. E lhes basta. Não des-denhemos de pessoas assim. Elas são felizes mesmo.

No entanto, alguns de fé têm vidas mergulhadas em perdas sobre perdas, o que faz da felicidade um ideal, por vezes, distante.

Em todos os casos, felici-dade precisa ser desfrutada como comunhão com Deus, a Fonte de alegria completa (João 15.11).

Nos casos de perdas su-cessivas, a vida precisa ser vista como tendo dois tem-

pos: Este, que pode ser ob-jetivamente péssimo e não tem chance de ser mudado, e o próximo, que será ne-cessariamente magnífico. O tempo presente precisa ser compreendido como estando sob o controle de Deus, que fará com que até as coisas ruins cooperem conosco numa vida que ainda assim vale a pena e valerá se a vivermos com confiança.

Em alguns casos ser feliz começa com crer e prossegue com aprender a viver. Este aprendizado mantém sob o nível das águas a ansieda-de, o rancor, a inveja, esses afluentes da comparação. Quem se compara com o outro não é feliz.

Em todos os casos, ser feliz é não se comparar.

(Recebido pela internet, anônimo)

Conta-se que na Ro-mênia houve um homem que dizia sempre ao seu fi-

lho: “Haja o que houver, eu sempre estarei ao seu lado”.

Certa vez aquele país foi sacudido por um terremoto que arrasou quase todas as construções da cidade onde aquele homem morava com sua esposa e um único filho. No momento do terremoto, ele estava em uma estrada. Correu para casa e encon-trou sua esposa, mas o filho ainda estava na escola. Ele foi correndo para lá e se deparou com um quadro desolador. Todas as constru-ções daquele bairro tinham sido destruídas, inclusive a escola. Não restara uma úni-ca parede de pé. Alucinado, ficou ali entre os escombros imaginando ouvir a voz do filho e pensando na pro-messa que ele não pudera cumprir. Seu coração estava arrasado e ele apenas enxer-gava a destruição. A lem-brança do filho dilacerava seu coração. Ele percorreu mentalmente inúmeras ve-zes o trajeto que fazia todos os dias segurando o filho pela mão. O portão (que não mais existia), o corredor... Via as paredes, passava pela sala do 3º ano, virava o cor-redor e mentalmente via o filho entrar para a sua clas-se. Depois de algum tem-po resolveu fazer o mesmo trajeto saltando por cima dos escombros. O portão, o corredor, parou em frente ao que deveria ser a porta da sala. Nada! Apenas um mon-te de escombros. Começou a cavar com as próprias mãos removendo as pedras. Nisso, chegaram outros pais, que, embora bem-intencionados e também desolados, tenta-vam afastá-lo de lá dizendo: “Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém”.

“Você vai me ajudar?”, re-trucava ele. Ninguém o aju-dava. Pouco a pouco, civis, policiais, bombeiros, todos se afastavam. Ele trabalhou sem descanso, apenas com pequenos intervalos, mas não saía dali. Passaram-se 30 horas! Já exausto, removendo blocos de concreto com uma alavanca improvisada, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto. Até que, ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu uma voz: “Pai... estou aqui!”.

Feliz e ansioso, fez um grande esforço para abrir um vão maior e perguntou: “Você esta bem? Não está machucado?”.

“Estou bem. Mas estou com sede, com fome e mui-to medo”.

“Há mais alguém com você aí?”.

“Sim, pai, 14 colegas. Es-tamos presos num vão entre duas colunas. Eu disse a eles: Fiquem sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora... ‘Haja o que hou-ver, meu pai estará sempre ao meu lado’”.

Ele apenas pôde ouvir os sussurros de alegria das crian-ças.

“Vamos, abaixe-se e tente sair por esse buraco, ordenou o pai”.

“Não, pai! Deixe sair pri-meiro os outros. Eu sei que, haja o que houver, você es-tará sempre ao meu lado!”.

Diz a narrativa que todos os 14 meninos saíram dali ilesos.

É maravilhoso saber que o Pai, haja o que houver, sempre estará ao nosso lado. “Não te deixarei nem jamais te desampararei” (Hebreus 13.5). “Eis que estou convos-co sempre, até a consumação dos séculos” (Mateus 28.20). “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum porque tu estás comigo” (Salmo 23.4).

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6 o jornal batista – domingo, 15/05/11 reflexão

ELIAS VELOSO DO CARMOPastor, colaborador de OJB

Esta experiência acon-teceu quando pas-toreava a Igreja Ba-tista do Marapé, em

Santos (SP). O excelente ministério de Cruzadas In-ternacionais chegou para abençoar a Associação das Igrejas Batistas do Litoral Paulista. O diretor mundial de Cruzadas Internacionais, pastor Carlos Gruber, pre-gou em minha igreja a se-mana toda. No final fez um gentil convite para integrar a caravana que iria a Bue-nos Aires no ano seguinte com a garantia de pagar 50% da passagem. Chegou

o mês de abril de 1984, data da cruzada, e eu ainda não tinha os outros 50% ne-cessários para empreender a jornada.

Além disso, eu não sabia nem cumprimentar em espa-nhol, mas o coração ardia de vontade de evangelizar nues-tros hermanos. Poderia pelo menos distribuir folhetos...

Era a última semana e nada de dinheiro. Já havia dispo-nibilizado meu carro para vender havia 30 dias. Desisti de vender o carro e desisti da viagem. Estava incrédulo!

Chegou a véspera da via-gem. Quanta tristeza! Che-guei em casa e lentamente manobrava para entrar na garagem.

“Pastor, o senhor desistiu de vender o carro? Não tenho chance? Estou com dinheiro na mão. Gostei muito do seu carro!”, afirmou um homem.

Vendi o carro e fui a Bue-nos Aires. O carro já tinha 5 anos de estrada. Era uma Brasília de cor azul celeste da qual gostava muito. O valor foi o suficiente para pagar minha metade da viagem e me alimentar durante a via-gem. No final da cruzada em Buenos Aires, ao caminhar para nosso ônibus, percebi que alguém chegou por trás e colocou algum dinheiro no bolso de meu paletó. Agrade-ci e continuei caminhando. Já ia entrando no ônibus quan-do chegou outra pessoa e

também pôs algum dinheiro no bolso do paletó.

Dinheiro nunca foi uma sedução para mim, então viajei e nem tive a curiosida-de de ver o que aconteceu. Já na fronteira com o Brasil lembrei-me do dinheiro no bolso e o peguei. Naquele momento não segurei as lá-grimas enquanto glorificava a Deus. Parte do dinheiro estava em dólares e outra parte em pesos argentinos. Feita a conversão para a nos-sa moeda, somou exatamente o mesmo valor do carro que vendi.

Eu já tinha absoluta cer-teza de que Deus havia me levado a Buenos Aires diante das experiências gloriosas

que me deu lá, entre elas as 105 pessoas ganhas para Cristo pregando num idioma que nunca estudei! Não es-tou falando de pessoas que preencheram uma ficha ou levantaram a mão. Um ano depois recebi notícias de que todas as 105 já estavam batizadas. Você pode dizer “glória a Deus”?

Assim, receber integral-mente o dinheiro do carro de volta me fez chegar às lágrimas de tanto gozo no coração. Não pelo dinheiro, mas pelo carinho de Deus. Então considerei que o valor foi exatamente o mesmo para que eu tivesse certeza de que foi Deus quem fez isto. Gló-ria a Ele eternamente!

ANDERSON RESENDE BARBOSAPastor, missionário da JMN, em Altamira (PA)

O mundo está vi-vendo uma pro-funda degrada-ção natural, so-

cial e espiritual. Tudo que o homem tem feito em busca de status, poder e satisfação têm causado grandes prejuí-zos na humanidade. A cada ano que começa há uma nova perspectiva de desastres naturais, sociais e espirituais, o que faz com que estes fe-nômenos pareçam uma triste rotina. A maldade no mundo é tanta que basta ver o noti-ciário para se deparar com

as coisas horríveis que tem acontecido dia após dia. Isso nos faz lembrar a cidade de Nínive quando Deus chamou Jonas e o enviou a clamar contra aquela cidade porque a sua maldade tinha chegado até Ele.

A primeira reação que mui-tos têm ao ler o livro de Jonas é a de condenar o profeta, de chamá-lo de fujão, de desobediente, de sem amor e outras coisas mais. Eu tam-bém já fiz essas acusações. Deus trabalhou na vida de Jo-nas para salvar uma geração pagã, perversa e corrompida pelo pecado. Da mesma for-ma, Deus está trabalhando em nossa vida para que a nossa geração seja salva.

Jonas era um profeta, em-bora em seu próprio livro não haja nenhuma menção sobre isso. Porém, no livro de 2 Reis 14.25 se afirma que era profeta, o que Jesus também afirma em Mateus 12.39. O importante é que ele foi desa-fiado a ir a um povo que pre-cisava ouvir sobre o Senhor. Porém, se dispôs a fugir. Não é diferente hoje, pois os cris-tãos, na sua maioria, estão fugindo do compromisso de pregar o Evangelho.

É muito fácil ser crente den-tro da igreja, participar da EBD e de outros departamen-tos da igreja, que, diga-se de passagem, são muitos. A igre-ja passa ano e sai ano nesse círculo vicioso, e o Senhor

está dizendo para nós que devemos clamar por essa ci-dade, pois a sua malícia tem chegado todos os dias até Ele. Porém, nós estamos fugindo de nossa responsabilidade.

O propósito de Deus em salvar Nínive continuou, e o mais interessante é que Deus não escolheu outro profeta para cumprir a missão, Deus queria que fosse por inter-médio de Jonas que Nínive fosse salva. Era obrigação dele obedecer a ordem de Deus. E, pela segunda vez, o Senhor disse a Jonas: “Dis-põe-te, vai à grande cidade de Nínive e proclama contra ela a mensagem que eu te digo”. Jonas foi, pregou e o povo se converteu. Apesar da

maldade dos ninivitas, apesar de Jonas, Deus fez a obra.

Deus quer que você seja o mensageiro de salvação para a nossa nação. Ele criou a igreja para anunciar o Evan-gelho àqueles que estão se perdendo no lamaçal do pe-cado. A cidade de Nínive não agradava a Deus, pois era corrompida e cheia de pecado, mas o Senhor teve compaixão dela. Ele usou Jonas para fazer a sua obra naquela cidade.

Deus quer te usar para fa-zer a obra em sua cidade e em seu país. Ele está te mandando ser porta-voz da mensagem de salvação. E agora, qual a sua decisão, vai obedecer ou fugir?

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7o jornal batista – domingo, 15/05/11missões nacionais

MARIZE GOMES GARCIARedação de Missões Nacionais

Envolvidos com a obra missionária, parceiros do PAM Brasil vão além de simplesmente

contribuir financeiramente para a expansão do Reino de Deus em nossa nação. Eles têm deixado os impe-dimentos de lado e saído aos campos para anunciar a mensagem de salvação por meio das mobilizações mis-sionárias Jesus Transforma.

Na última Trans no Rio Grande do Sul, em janeiro passado, a irmã Eulinda No-vais deixou o Acre, onde é membro da Igreja Batista da Vila Ivonete, em Rio Branco, para anunciar a mensagem de salvação aos gaúchos, mais especificamente na cidade

de Venâncio Aires. Durante uma Escola Bíblica de Férias, vestida de palhaço, viu as portas, antes fechadas, come-çarem a se abrir. Aproveitou a oportunidade para falar de Jesus por meio da alegria de um palhaço. “Percebi que o povo evangélico realmente tem que usar da criatividade para ganhar almas”.

A irmã Eulinda afirmou que, além da resistência ao Evangelho inicialmente en-contrada, durante o período das Trans recebeu notícias do falecimento de quatro pessoas de sua família. “Meu telefone só tocava para dar notícias ruins. O inimigo queria de qualquer forma ti-rar a minha paz. Mas ele não conseguiu, porque a alegria do Senhor é a minha força”. Fabiano Coelho, da Igreja Batista em Parque Flora, de

Nova Iguaçu (RJ), é outro parceiro do PAM Brasil que tem participado de projetos de Missões Nacionais. Em 2009 participou da Trans Santa Catarina e da Tenda da Esperança, em Belém do Pará. No ano passado não pôde participar em função de seu trabalho, e em 2011 foi surpreendido pela boa notí-cia de que haveria a Trans no Rio Grande do Sul em janei-ro, mês de suas férias. “Foi só dizer ‘sim’ ao chamado de Deus”, informando que também para a Trans 2012, no Rio Grande do Sul, seu coração já disse sim.

Jacy Maria Nogueira, mem-bro da Primeira Igreja Batista de Mauá (SP), é professora

Dupla parceria Parceiros comentam seu envolvimento como voluntários nas Trans

Jacy (à direita e de chapéu) com sua equipe

Palhaço anuncia alegria e o Evangelho de Cristo

Inscreva-se já e vamos juntos impactar a

nação com o Evangelho transformador

Estamos a menos de dois meses da mobilização mis-sionária Jesus Transforma, quando esperamos contar com 5 mil missionários voluntários. As inscrições estão abertas no site www.missoesnacionais.org.br e

até o final deste mês os voluntários têm desconto no valor da inscrição.

Neste ano serão 13 Trans no mês de julho, distribuídas entre a primeira e segunda quinzena do mês nos estados de Minas Gerais (cidades históricas e no Oeste), Pará, Pernam-buco, Roraima, Bahia, Distrito Federal, Acre, Litoral Paulista, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Escolha a sua e deixe-se ser usado pelo Senhor da Seara!

da rede pública de ensino, dirige uma frente missioná-ria junto com seu esposo e há algum tempo desejava participar da Trans, mas algu-ma razão sempre a impedia. “Sempre muito ocupada, quando chegavam as férias tudo o que queria era descan-sar”, afirmou.

Neste ano, finalmente se inscreveu, “sem saber como seria ou o que eu faria em uma Trans”. Ela foi designa-da para a equipe de Santo Antônio da Patrulha, com-posta por mais 11 irmãos de diversos lugares. “Que expe-riência! Acordar cedo, devo-cional com a equipe, sair às ruas de Santo Antônio pela manhã e à tarde pregando a Palavra de Deus de casa em casa, com estudos bíblicos nos lares e até pregando no culto no sábado à noite”, compartilhou.

Ao final do projeto afirmou que aquelas foram férias em que cansou o corpo, mas nas quais dormiu como “um bebê”, refez suas forças e foi renovada espiritualmente:

“Como jamais pude pensar em fazer em férias. Voltei à Mauá querendo contagiar a todos com a paixão pelas almas, que veio fervilhando. Que Deus continue aben-çoando Missões Nacionais, alcançando mais voluntários a cada ano para o serviço de plantar e revitalizar igrejas, para a glória de Deus”.

Seja um divulgador da Trans

No site de Missões Nacio-nais há vasto material promo-cional das Trans de julho. Ao acessar http://migre.me/4s4cc você encontrará notas pron-tas para divulgar a mobiliza-ção no boletim de sua igreja, spots para rádio (específicos para cada mobilização), além de banner para uso em sites das igrejas e vídeo promo-cional que você também poderá passar em sua igreja, em um momento apropriado. Ajude-nos a alcançar os 5 mil voluntários para alvoroçar nosso Brasil com a mensa-gem de esperança e salvação!

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8 o jornal batista – domingo, 15/05/11 notícias do brasil batista

DA REDAÇÃO *

Entre os dias 13 e 16 de abril foi realizada na cidade de Monte-vidéu (Uruguai) a 3ª

Cúpula da União Batista La-tino-Americana (UBLA), que contou com a participação de presidentes e secretários executivos de Convenção, Uniões e Associações batis-tas da América Latina.

Representando a Conven-ção Batista Brasileira (CBB) participaram o diretor exe-cutivo da CBB, pastor Só-crates Oliveira de Souza, e o diretor executivo da Junta de Missões Nacionais, pas-tor Fernando Brandão.

Além disso, estiveram pre-sentes líderes de juventude - como a diretora executiva da Juventude Batista Bra-sileira, Gilciane Abreu - e representantes de conven-ções dos Estados Unidos, e em especial a presença do presidente da Aliança Batista Mundial (BWA, sigla em inglês), o doutor John Upton.

O evento girou em torno do tema central da Cúpula: O “diálogo apreciativo”, ilustrado e guiado pelo vice--presidente da UBLA, pastor Parrish Jácome. Desta forma se buscava alcançar apenas um tema sobre o qual todos se concentrarão durante os próximos anos.

Parrish começou com a descrição do tema, e desta-cando os aspecto mais im-portantes a partir dos quais a UBLA deve dialogar. Além disso, ele afirmou: “O diálo-go apreciativo é um enfoque colaborativo de um alto ní-vel de participação que en-volve todos os níveis de um sistema para buscar, iden-tificar e melhorar as forças vivificadoras que estão pre-sentes em uma organização, e estão presentes quando um sistema está funcionando de forma ótima em termos humanos, econômicos e or-ganizacionais. É uma viagem de exploração na qual se constrói um conhecimento futuro de um sistema huma-no em seus momentos mais importantes”.

Os participante da cúpula se reuniram em três grupos representando o Brasil, o Cone Sul e os países boliva-rianos, incluindo o México, para dialogar e descobrir quais são os temas mais im-portantes que os preocupam e, ao final deste processo, escolher apenas um para ser trabalhado de forma especial.

Após muitas deliberações os presentes passaram às plenárias, e das plenárias regressaram aos grupos. Fazendo es te exerc íc io várias vezes os participan-tes da Cúpula chegaram à conclusão de que a neces-sidade principal é alcançar com o Evangelho integral as pessoas dos grandes centros urbanos, pois mais de 70% da população da América Latina vive em megacidades com toda a sua problemática de vio-lência, insegurança, vício de drogas, famílias disfun-cionais, etc.

Por isto, desde agora e durante os próximos anos os membros da UBLA de-cidiram se concentrar em elaborar projetos em con-junto, em desenvolver pro-gramas, em colaborar e tra-balhar unidos, com acordos e alianças estratégicas entre convenções e organizações para alcançar para Cristo este enorme conglomerado humano com a implementa-ção da missão integral.

Qual a avaliação desta cúpula?

A avaliação da cúpula foi a mais positiva possí-vel, com respostas como: “Foi o melhor evento que

tivemos”, “foi muito produ-tivo”, “estamos iniciando algo realmente grande” e “nunca vi nada igual”.

Por outro lado, a diretoria da UBLA decidiu que seu próximo Congresso e As-sembleia será realizado na cidade de Assunção (Para-guai) entre os dias 18 e 22 de abril de 2012. Esperamos que o mesmo também su-pere todas as expectativas, pois todos os batistas da América Latina estão convi-dados a participar.

Presidente da UBLA

Em entrevista concedida a OJB na sede da Conven-ção Batista Brasileira (CBB), o presidente da UBLA, o pastor venezuelano Iván Martínez, afirmou que os participantes da 3ª cúpula da UBLA saíram da mes-ma impactados: “Creio que Deus nos levou a esta cúpu-la para levantar uma orga-nização na qual realmente Jesus Cristo seja o centro, porque se Jesus Cristo for realmente o centro da UBLA todos trabalharemos menos, pois Deus é quem traba-lhará por nós. Além disso, é possível perceber que UBLA despertou, despertou levando em consideração sua visão e missão”.

“Nesta oportunidade tam-bém falamos do compro-misso que cada associação e convenção tem para com este continente. Acabamos de definir que a América Latina há de ser o conti-nente verde, o continente verde da esperança de Jesus Cristo. Assim, traçamos a meta de que onde houver um latino-americano ali a UBLA estará presente para compartilhar esta esperan-ça. O fato é que o tempo da cúpula foi muito curto, mas fomos muito abençoados nestes dias”, declarou o pastor Iván.

Ao fim de sua entrevista para OJB, o presidente da UBLA deixou uma mensa-gem especial para os batis-tas brasileiros: “Em primei-ro lugar quero agradecer a Deus pela Convenção Batista Brasileira. Amados irmãos do Brasil, rogo ao Senhor para que os continue a abençoar, rogo a Ele para que continue a os abençoar no cumprimento de sua missão no aspecto local, regional, nacional e mun-dial. Quero dizer, como presidente da UBLA, que vocês abençoam em grande medida a América Latina, e tenho certeza de que Deus há de pagar a vocês o que estão fazendo por esta obra.

Finalmente, quero dizer que a UBLA necessita do seu apoio, e que estamos dispostos a trabalhar lado a lado com vocês para alcan-çar a América Latina para Cristo”.

História da UBLA

A União Batista Latino--Americana (UBLA) nasceu da necessidade de unir to-dos os batistas do conti-nente para o chamado de Cristo. Por isso, durante um retiro realizado em Lima (Peru) no ano de 1975 re-presentantes das sete con-venções nacionais e juntas missionárias fundaram esta organização, que tem como objetivos: Cooperar com as convenções no planejamen-to do trabalho missionário, evangelístico e educacional; promover a comunhão e o intercâmbio de ideias, experiências, projetos e pre-ocupações entre os batistas americanos; conseguir a cooperação de todos os conselhos e das organiza-ções missionárias internas e externas para as convenções nacionais; implementar pro-jetos.

Com informações de Al-berto Prokopchuk, secretá-rio executivo da UBLA.

UBLA realiza sua 3a CúpulaCBB participa do evento realizado na cidade de Montevidéu

Pastores Sócrates Oliveira, Iván Méndez e Antônio Galvão na sede da CBB (esquerda para direita)

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9o jornal batista – domingo, 15/05/11notícias do brasil batista

o trabalho de 20 obreiros nativos na Ucrânia.

O STBNB recebeu, como presente do autor deste tex-to, um painel de fotopintura, elaborado pelo mestre Julio Santos, resgatando a memó-ria visual da primeira turma de alunos formado pela insti-tuição (1905), que foi afixado na Biblioteca William Carey Taylor.

O culto foi encerrado com a benção apostólica pelo pastor Ney Ladeia, presiden-te da Convenção Batista de Pernambuco, seguindo-se o cântico “Justo és Senhor” (Hino 2 CC).

Breve histórico da instituição

O Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), órgão da Conven-ção Batista Brasileira (CBB), foi fundado em 1º de abril de 1902, no Recife (PE), pelo missionário Salomão Gins-burg. Entregou à denomi-nação os primeiros obreiros em 1905: Manoel Corinto Ferreira da Paz (Igreja Batis-ta Gameleira), Eloy Correa de Oliveira (Igreja Batista Moganga), Manoel Olympio Cavalcanti (Igreja Batista Ilhe-tas), Augusto Felipe Santiago (Igreja Batista Gravatá) e José Francisco Piani (enviado para estudos de aperfeiçoamento nos Estados Unidos, retor-nando para ensinar no Co-légio Batista e no Seminário Batista do Sul). Desde então

o STBNB vem entregando anualmente à denominação obreiros aptos para o serviço da Causa. O STBNB foi cria-do e continua atuando no Re-cife, capital de Pernambuco, no centro do nordeste, como primeiro seminário batista da América Latina, pioneiro en-tre os evangélicos nas várias áreas do saber teológico.

O STBNB nasceu da vi-são do judeu-russo Salomão Ginsburg, missionário da Junta de Richmond (EUA), que, ao ser transferido do Rio de Janeiro para Pernambuco (1900), recebeu a incum-bência de continuar a classe teológica com quatro alunos e iniciada por William Edwin Entzminger (1899). Aceitan-do o desafio, e desejando um seminário, a sua visão o levou a escrever (1899) que o salário de um missionário norte-americano daria para sustentar dois ou três pastores “nativos”, com a vantagem de eles falarem bem a língua e conhecer os costumes do povo, o que facilitou a comu-

nicação. Ginsburg argumenta mais (1901) que o brasil ba-tista deveria ser dirigido por brasileiros e não estrangeiros: “Irmãos, se o Brasil deve ser convertido, será com a participação ativa dos brasi-leiros. Portanto, permita-nos preparar homens, assim que em um futuro próximo eles possam ser capazes de tomar os nossos lugares”.

O STBNB, dirigido por missionários, destacando--se Salomão Ginsburg (o fundador) e seus sucessores Jefté Hamilton, David Ha-milton, Harvey H. Muirhead e William C. Taylor, teve em John Mein e no seu filho David Mein dois expoentes da educação teológico no Brasil, que dirigiram a ins-tituição durante 42 anos, mais de um terço da vida da instituição. Os diretores David Miller e John Ramsay e os pastores nacionais José Almeida Guimarães, Zaqueu Moreira de Oliveira, Merval de Souza Rosa e Roberto Schuler, e agora o diácono Lyncoln Pereira de Araújo, fecham o ciclo dos dirigen-tes desta instituição, que, mais do que administrá-la, se doaram de corpo e alma à tarefa de preparar mais de 2.700 alunos aptos para servir na Seara do Senhor no estado, no Brasil, noutros países da América do Sul, da América Central, da América do Norte, da Europa, da Ásia e da África.

Ao Senhor sejam dadas honra e glória e louvor, desde agora e para sempre. Amém!

Salomão Ginsburg, vem anu-almente entregando à deno-minação obreiros aptos para o trabalho nas igrejas e nos campos de evangelização interno e externo. Desta-cou que as contas do STB-NB estão equilibradas, não havendo déficit orçamentá-rio, havendo sido alcançada matrícula de 544 alunos e havendo a espectativa de que no segundo semestre seja ul-trapassado o número de 600 alunos, estando em curso uma campanha para doação de 150 carteiras escolares, para atender à demanda es-perada.

O diretor geral do STBNB e o diretor executivo da JMM lançaram então a Campa-nha de Missões Mundiais 2011 no âmbito do seminá-rio, envolvendo a instituição no programa missionário da Convenção Batista Brasileira.

O orador do culto foi o pastor João Marcos Barreto Soares, diretor executivo da Junta de Missões Mundiais da CBB, que trouxe a mensagem destacando que a existência do seminário é o cumprimen-to da Grande Comissão, com o preparo de obreiros para o envio para os campos. O orador destacou o fato de haverem sido preparados no STBNB os primeiros obrei-ros autóctones da Missões Mundiais oriundos da Ucrâ-nia - Liubomyr Matveyev e Anatoly Shmilikowsky -, que hoje, juntamente com as res-pectivas esposas, coordenam

FRANCISCO BONATO PEREIRAPastor da IB Siriji (PE) e secretário da Associação de Ex-Alunos

O Seminário Teo-lógico Batista do Norte do Brasil (STBNB), órgão

da Convenção Batista Brasi-leira (CBB), comemorou no dia 29 de março de 2011 o seu 109º aniversário, aniver-sário de fundação em solene culto ao Senhor no qual pres-tou homenagem à professora Lourdes Nogueira.

Homenagem à professora Lourdes Nogueira

O STBNB, às 18h, prestou justa homenagem à profes-sora Lourdes Nogueira pelos relevantes serviços prestados à instituição durante mais de 30 anos como professora e diretora do Departamento de Música Sacra. Na ocasião foi aposta uma placa nome-ando a sala de aulas onde ela exerceu a maior parte do tempo de suas atividades, como “Sala Dra. Lourdes No-gueira”. A professora Lourdes Nogueira é graduada em Mú-sica Sacra é pós-graduada em Música (Mestrado e Doutora-do) pelo Seminário Batista de Louisville (EUA). Além disso, é ministra de música da Igreja Batista da Capunga, da Igreja Batista da Água Fria, e casada com o pastor Daniel Neves.

Culto solene de louvor e gratidão a Deus

Além disso, houve um cul-to solene dirigido pelo pastor Ademar Paegle, capelão do STBNB, teve inicio às 19h30, com abertura processional do diretor geral, professo-res, orador e convidados, seguindo-se o cântico do Hino Nacional Brasileiro e a oração a Deus, que foi dirigi-da pelo diretor executivo de Missões Mundiais, o pastor João Marcos Barreto Soares. Nesta oportunidade o Coro Sinfônico do STBNB entoou melodias inspirativas sob a regência do maestro Apolô-nio Ataíde, acompanhado do Grupo de Flautas. Estiveram presentes pastores, alunos e ex-alunos do STBNB, dirigen-tes da instituições batistas do estado e o representante da Associação de Ex-alunos.

O diretor geral do STBNB, diácono Lyncoln Pereira de Araújo, destacou a trajetória do seminário, como institui-ção de ensino que, fundada a 109 anos pelo pioneiro

Seminário do Norte comemora 109 anos

Primeira turma do Seminário do Norte (1905)

O seminário ba-tista, fundado em 1º de abril de 1902, for-

mou sua primeira turma em 1905, composta dos cinco alunos que foram

ocupar sua missão no traba-lho batista: Eloy Correia de Oliveira, Manoel Olympio Cavalcanti, Manoel Corinto Ferreira da Paz, Augusto Felipe Santiago e Jose Fran-cisco Piani.

Lançamento da Campanha de Missões Mundiais 2011

Diretor e professores do STBNB e dirigentes da CBPE

Primeira turma de obreiros formados no STBNB

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10 o jornal batista – domingo, 15/05/11 notícias do brasil batista

CÍNTIA ROJOMembro da IB Praça da Árvore (SP)

No dia 16 de abril os adolescentes e juniores das igre-jas batistas da As-

sociação Centro da Cidade de São Paulo participaram da 2ª edição do Desafio 10 Teen, uma gincana missioná-ria com o objetivo de arreca-dar materiais escolares para o Programa de Educação Pré-Escolar (Pepe) na Améri-ca Latina.

Os participantes tiveram pouco mais de um mês para arrecadar os materiais esco-lares e, no dia 16, a equipe teve o prazo de dez horas para montar o maior número

de kits individuais de mate-rial contendo 1 lápis preto, 1 caixa de giz de cera, 1 caixa de lápis de cor, 100 folhas de sulfite branco, 1 borracha e 1 apontador.

Com 163 kits montados, a equipe da Igreja Batista Planalto Paulista foi a grande vencedora do desafio. O líder do ministério, Javier Garcia, ressaltou a participação dos adolescentes e juniores na campanha de arrecadação: “Aos domingos, eles ficavam lembrando os irmãos para trazerem os materiais”. O líder do Ministério de Mis-sões, Ulisses Rangel, ficou extremamente feliz em ver o envolvimento dos adoles-centes e juniores com a obra missionária.

Em segundo e terceiro lu-gar, respectivamente, fica-ram as Mensageiras do Rei da Igreja Batista Paulistana (IBP) e o Ministério Jovem da Igreja Batista de Vila Mo-raes (IBVM). Gilmar Vieira de Melo, líder da IBVM, ex-plicou que resolveu inscrever seu grupo no desafio quando leu o relato de um aluno pa-raguaio do Pepe que faleceu quando tentava ajudar no sustento da família traba-lhando à beira da estrada e foi vítima de um caminhão que saiu da estrada. Como-vido ele disse: “Mesmo ten-do contribuído com pouco, nos alegramos em saber que nosso trabalho vai abençoar as crianças do Pepe”. Os materiais arrecadados serão

entregues em julho à missio-nária Lídia Klava, coordena-dora do Pepe para a América Latina, por ocasião da viagem

missionária promovida pelas Mensageiras do Rei da asso-ciação para adolescentes e juniores.

MARGARETH PEREIRA DE MOURAMinistério de Comunicações da IB Vila Salete

O minis t é r i o de Missões e Evan-gelismo da Igreja Batista em Vila

Salete, na capital de São Pau-lo, decidiu investir de for-ma criativa na Campanha de Missões 2011, agindo de forma unida com os demais ministérios da igreja. Com o apoio e sugestões dos pasto-res foi elaborado um progra-ma abrangente onde crianças, jovens e adultos pudessem participar ativamente dos es-forços missionários da igreja e da Junta de Missões Mundiais.

Foram usados recursos mo-tivadores sugeridos pela JMM como o tema, a divisa e o hino, e foram adicionadas su-gestões que complementaram a programação que acabaram resultando num sucesso his-tórico na vida da igreja em matéria de missões.

Tomando por base o foco temático da igreja para o ano 2011, “Fortalecendo e aben-çoando as famílias”, as famí-lias da IB em Vila Salete se envolveram ativamente com missões durante os três meses da campanha, na qual cada família assumiu três respon-sabilidades básicas: Adotar um dos países do mundo onde os batistas brasileiros têm investido na obra de mis-sões, orar diariamente por este país durante a campanha e representá-lo e apresentá-lo

à igreja nos cultos dominicais durante o tempo missionário reservado nas ordens dos cul-tos matutinos e vespertinos.

Nestes cultos três países eram apresentados de forma apoteó-tica, e as famílias - pai, mãe e filhos - adentravam o santuário vestindo a roupa típica dos paí-ses e empunhando as bandeiras que caprichosamente foram confeccionadas para aquele momento especial. Uma músi-ca típica do país acompanhava o processional das famílias, executada por instrumentistas e, em certos casos, interpretada pela família que os representa-vam. Um testemunho histórico do país, com sua origem, popu-lação, economia e localização geográfica, era apresentado e quando possível o testemunho era dado na língua oficial do país. Por fim os desafios mis-sionários e motivos de oração eram apresentados pelas fa-mílias. Assim aconteceu nos 7 domingos da campanha. A cada domingo, no final das apresentações, as bandeiras daqueles três países eram afixa-das num grande painel exposto à frente do santuário da igreja.

A campanha foi encerrada no dia 17 de abril com uma magistral apoteose, que foi um autêntico culto da vitória. Houve um ajuntamento de to-das famílias, vestidas à caráter, e na ocasião recitou-se com a igreja o sugestivo tema: “ A Graça de Deus é para todos”. Nesta oportunidade, foi mais uma vez entoada a maravilho-sa canção tema desta campa-nha, a inspirada composição

“Cristo tem poder para salvar”, que como ficamos sabendo foi cantada em todos os quadran-tes do Brasil.

Foi edificante ver o interesse das famílias preparando-se com esmero para sua apre-sentação conforme a escala do programa elaborado pelos nossos promotores. Algumas destas famílias confecciona-ram artesanalmente sua roupa, outras buscaram nos consu-lados, outras compraram em lojas especializadas vestindo adultos, jovens e crianças, e ainda se comprometeram a pesquisar na internet, livros e bibliotecas tudo sobre os paí-ses que representavam.

Complementando este pro-veitoso esforço missionário, outro ministério da igreja, o ministério de Louvor e Adoração decidiu ampliar

Apaixonados por missões

Membros da IB em Vila Salete se envolvem na Campanha de Missões Mundiais

Membros da igreja usando roupas típicas

Desafio missionário arrecada materiais escolares para PEPE na

América do Sul

os esforços missionários de 2011 promovendo a “noite da pizza missionária”, um congraçamento das famílias da igreja que irá ampliar a oferta de missões para este ano. Amados irmãos, se esta oferta não tem um valor ex-traordinário na sua repre-

sentação quantitativa, por certo seu valor qualitativo é incalculável, ficará como um marco na vida de nossa igreja porque descobrimos que a IB em Vila Salete, a partir desta campanha, será conhecida também como a igreja dos apaixonados por missões.

Entrega do troféu para a equipe da IB Planalto Paulista

Foto: Shirley Garcia

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Ofertas do Dia Especial ajudam a alcançar o mundo

REDAÇÃO DE MISSÕES MUNDIAIS

A Campanha 2011 da Junta de Missões Mundiais ( JMM) teve início em ja-

neiro e milhares de igrejas batistas de todas as partes do Brasil estão empenhadas numa grande mobilização para ajudar a levar o Evan-gelho de Cristo aos povos não-alcançados.

A campanha missionária é uma grande mobilização para levantar os recursos e intercessores para a obra mis-sionária mundial. Mas não é só isto. É nesse período que a igreja recebe informações e conhece os desafios missio-nários. É a oportunidade na qual os membros ampliam a sua consciência missionária e mantêm a chama de missões acesa. É ainda quando muitos vocacionados são desperta-dos e chamados por Deus para o trabalho missionário.

Para a honra e glória de Deus, as igrejas continuam a “respirar” missões e isto se reflete na campanha do Dia Especial! Esta é uma data escolhida pelas igrejas para o levantamento da oferta missionária anual. Missões Mundiais conclama os pasto-res para que não deixem de realizar a campanha em suas igrejas. As ofertas alcançadas no Dia Especial e as orações dos irmãos são fundamentais para o avanço da obra missio-nária no mundo.

Os recursos financeiros permitem o envio de missio-nários e a abertura de novos campos, possibilitam a im-plementação e manutenção dos projetos nos campos, ajudam os programas de trei-namento de vocacionados, dentre outras ações para a ex-pansão da obra missionária.

As igrejas podem fazer, quando e como quiserem, a sua campanha missionária para levantar as ofertas no período do ano que acha-rem mais conveniente. O importante é que ela esteja envolvida no esforço de le-vantar recursos para a obra de evangelização mundial.

Por isso, neste período da Campanha de Missões Mundiais, é de fundamental importância que as igrejas es-tejam conscientes do porquê dessa oferta e que trabalhem de forma vibrante para al-cançarem e superarem seus alvos. Que seja um período de celebração ao Senhor de Missões. Que cada batista brasileiro trabalhe pela evan-gelização dos povos, porque

eles também precisam da graça do Pai.

Como a igreja pode enviar a oferta missionária?

A igreja deve enviar a oferta missionária usando os boletos bancários que a Junta de Mis-

sões Mundiais lhe enviou e que são exclusivos para reco-lhimento das ofertas da cam-panha (Dia Especial). Este é o meio mais rápido para realizar esta tarefa, além de oferecer total segurança na identifica-ção da igreja. Em hipótese alguma se deve utilizar o bo-

leto de outra igreja ou congre-gação, pois cada documento está codificado para identifi-car apenas a igreja ofertante. Cuidado também para não utilizar os boletos do PAM, caso a igreja seja adotante. Não há data de vencimento, mas é importante lembrar que

as ofertas enviadas após 30 de setembro serão contabilizadas no exercício 2012.

Caso a igreja necessite de mais boletos, basta en-trar em contato com a JMM através do telefone (21) 2122-1933 ou pelo e-mail [email protected]

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12 o jornal batista – domingo, 15/05/11 notícias do brasil batista

JACKSON ANDRADEPastor sênior da PIB de Belo Horizonte

Na semana de 27 de março a 3 de abril, a Primeira Igreja Batista de

Belo Horizonte comemorou 99 anos de existência, que foi mais precisamente co-memorado no dia 31, data da organização da igreja. No decorrer da semana, a igreja deu início ao Pro-jeto 1x100: “Um ano de celebrações para cem anos de história - um tempo de receber, celebrar e repartir”. O mesmo tem por objetivo, como sugere o próprio tema, celebrar no período de um ano os cem anos de existên-cia da igreja.

O projeto foi elaborado pela própria liderança da igreja, que vem trabalhando intensamente, contando com o apoio de toda a igreja, para que o centenário seja comemorado de forma signi-ficativa. O intuito é celebrar mais que os cem anos de existência, pois isso pode gerar vaidade, mas celebrar, sim, os feitos de Deus na vida da igreja e por inter-médio dela. Ao contrário do navio Titanic, que ficou pronto no mesmo dia em que a igreja foi organizada, que tinha a seu favor todo o aparato tecnológico da época, mas que acabou nau-fragado poucos dias depois em sua viagem inaugural, a PIB de Belo Horizonte, que do ponto de vista humano tinha contra si inúmeros fa-tores que poderiam levá-la à morte prematura, sobreviveu singrando o imenso oceano do século XX com todos os conflitos e transformações que o caracterizaram e ini-ciou, com a graça do Senhor, sua trajetória no século XXI, agora rumo ao centenário.

Ora, o objetivo tem sido celebrar o centenário a par-tir das comemorações dos 99 anos, numa contagem regressiva até que a igreja complete seus cem anos de existência, em 31 de março de 2012.

A semana de abertura, por-tanto, foi uma bênção, pois nela batizamos as primeiras das cem pessoas que deseja-mos batizar ao longo do ano, sendo uma para cada ano de existência da igreja. As pes-soas batizadas já receberam o certificado com o selo do centenário, para que fique re-gistrado que foram batizadas neste ano singular. Também

tivemos o privilégio de ouvir irmã Carolina de Queirós Casséte, viúva do saudoso pastor Murilo Casséte, que esteve à frente da igreja por 38 anos, e que ainda hoje é membro ativo da igreja atuando como professora da Escola Bíblica Dominical. A propósito, a maior classe que temos é a dela. Ela, em sua mensagem, resgatou a his-tória da igreja e desafiou os atuais membros a serem fiéis aos princípios estabelecidos pela Palavra de Deus, como o foram os pioneiros.

Nossas frentes missioná-rias também participaram com os respectivos pastores: Melo Viana, com o pastor Jaconias Gomes Jardim, e a Igreja do Coração, com o pastor Tcharley Canutto. No dia 31 recebemos o pastor Geremias Bento da Silva, ex-pastor da igreja que nos trouxe preciosa palavra com o desafio de pregar sobre a volta de Cristo. No sábado e no domingo recebemos o pastor Guy Key, filho de mis-sionários norte-americanos e que permanece no Brasil sendo um plantador e incen-tivador da plantação de igre-jas. Além das mensagens, ele proferiu uma palestra sobre plantação de igrejas dirigidas por propósitos.

Na fase do Receber, nosso objetivo é cuidar da igreja, comemorando com mem-bros e frequentadores o cen-tenário. Para isso, vamos envidar todos os esforços no sentido de que os membros sejam assistidos em suas múltiplas necessidades. Para tanto, estamos promovendo

o Curso de Casados para Sempre junto aos casais da igreja, o curso de noivos para os jovens que vão se casar, o encontro de casais com Cristo, o acampamento da família cheia de esperan-ça, a campanha de visitação de visitação do centenário, o fortalecimento e implanta-ção de Pequenos Grupos e outras atividades que visam pastorear e cuidar da igre-ja. Nosso objetivo é que a igreja chegue fortalecida ao centenário, pois entende-mos que antes de fazer festa para os outros precisamos fazê-la para a nossa família espiritual.

Na fase do Celebrar, nosso objetivo é levar a igreja a festejar o seu centenário e a preparar-se para servir, uma vez que na fase do Receber ela terá recebido atenção, cura e restauração, estando, dessa forma, preparada para celebrar e repartir.

Na fase do Repartir, o ob-jetivo é levar a igreja a re-partir o que tem recebido do Senhor ao longo de seus cem anos de história. Procu-raremos realizar cem atos de bondade para a comunidade em que estamos inseridos. A título de ilustração, mencio-namos alguns deles: Doar cem árvores para o Parque Municipal de Belo Hori-zonte - que estará fazendo a substituição de mais de 150 árvores -, desenvolver uma agenda missionária para al-cançar os moradores de rua da região central, alcançar os usuários e transeuntes da Praça Raul Soares - o que, especialmente à noite, tem

se constituído em um pro-blema para a comunidade - e alcançar o Condomínio JK - onde 6 mil pessoas resi-dem, em sua maioria idosos abandonados por seus fami-liares. Também pretendemos estabelecer maior envolvi-mento com as instituições que cuidam das questões da regional Centro-Sul, como hoje já fazemos, participan-do das reuniões do Conselho Comunitário de Seguran-ça Pública, o CONSEP 5, e de reuniões do CDL Barro Preto, mantendo a parceria com a Prefeitura Munici-pal de Belo Horizonte por intermédio do GEINP, que executa em nosso templo o projeto Pitangaporã, que promove um curso de papel machê direcionado a mães de crianças portadoras de deficiência. A propósito do envolvimento da igreja com a comunidade, na última reunião do CONSEP5, que aconteceu em nosso templo na Semana de Abertura do Ano do Centenário, a igreja ofereceu um café e foi ho-menageada pelo Conselho com o Diploma de Honra

ao Mérito por seus 99 anos, tendo o pastor sido nomeado pelo presidente do Conselho como coordenador da co-missão que buscará solução para a questão dos morado-res de rua.

Além dessas atividades, a cada mês a igreja terá uma programação especial com pregadores e grupos musi-cais convidados até a gran-de festa do centenário, em março de 2012. Políticos da comunidade já sinalizaram que vão propor moções em homenagem à igreja, tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa.

Também é importante ressaltar que, em função das comemorações de seu centenário, a Primeira Ba-tista iniciou na Rede Su-per o programa “Palavra de Esperança”, que vai ao ar todos os sábados às 9h. O programa consta de dois blocos, sendo o primeiro de reflexão e o segundo de um resgate histórico da trajetória da igreja. Ao longo do ano, no programa, receberemos membros e convidados para participar deste momento histórico. Você pode assistir a todos os programas apre-sentado acessando o site da igreja e clicando no ícone do YouTube.

Assim, a PIB de Belo Ho-rizonte expressa gratidão ao Senhor, dando-lhe toda a honra, toda a glória e todo o louvor resultantes deste tempo de vitória porque reconhece que tudo o que aconteceu, está acontecendo e acontecerá é manifesta-ção da sua graça e amor. Agradece e parabeniza cada membro e frequentador por permanecerem firmes na ca-minhada e por participarem com alegria das comemora-ções do ano do centenário, às filhas e coirmãs por inter-cederem e apoiarem seu mi-nistério e à comunidade por todo o seu carinho. Apren-demos a caminhar juntos, pois, afinal, juntos somos melhores.

99 anos da PIB de Belo HorizontePIB de Belo Horizonte comemora 99 anos e

lança projeto para comemoração do centenário

PIB de Belo Horizonte chega aos 99 anos

A Primeira Igreja Batista em Imbarie tem a honra de convidar os pastores e suas respectivas igrejas para formação do Concílio do semi-narista Joelson Queiroga de Souza, a realizar-

-se no dia 4 de junho de 2011, às 16h, no templo da referida igreja.

A PIB em Imbarie é localizada na Rua Aragarças, 9 - Imbarie - Duque de Caxias (RJ) - CEP 25.266-100.

Convite de concílio

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13o jornal batista – domingo, 15/05/11ponto de vista

VITOR HUGO MENDES DE SÁPastor da PIB do Pará

A cultura deturpada que há centenas de anos tem sido pro-pagada através da

Igreja Católica sobre santida-de parece que ultimamente vem se tornando mais enfáti-ca. Ainda que, infelizmente, se contraponha ao verdadei-ro sentido bíblico e teológi-co do autêntico conceito da palavra santo.

A visão que se propaga atu-almente sobre a definição de santo se baseia em pessoas

que viveram exemplarmente servindo à igreja, fazendo o bem, sofrendo açoites, agindo heroicamente, rezando horas a fio, vivendo enclausuradas e até realizando “milagres”.

Ainda que todas essas e ou-tras virtudes mereçam elogios e reconhecimentos, os mes-mos não fazem de nenhum ser humano um santo, como insiste a igreja em proclamar. Hoje parece que existe uma filosofia de se fabricar santos para serem cultuados, venera-dos, idolatrados, etc. Os mes-mos são vistos como inter-cessores diante de Deus, que

agem em favor dos miseráveis pecadores desta geração.

Na Bíblia Sagrada, tanto no Velho como no Novo Testamento, encontramos as palavras originais que são traduzidas para santo. No hebraico encontramos qadosh, qodesh e qaddiysh. Estas palavras também são usadas como referência aos que foram separados e são consagrados para o louvor de Deus. No Novo Testa-mento encontramos a pala-vra grega hagios, cujo senti-do significa aquele que não se deixa contaminar pelo

pecado e vive para a glória de Deus.

Em síntese, o Vaticano tem informado que hoje existem cerca de 10 mil “santos”, sendo que centenas desses fo-ram oficialmente canonizados pelos últimos papas, depois de um processo de cinco anos após as suas mortes e com-provação de pelo menos um milagre. Estes são diferentes de outros que foram reconhe-cidos como beatos, também após à morte, e podem ser apenas venerados pelos fiéis.

O fato é que em toda a Bíblia não existe nenhuma

referência que permita rela-cionar o termo santo às ideias de canonização ou beatifica-ção, como também a Bíblia não autoriza e nem ensina a prática de suplicar a qualquer pessoa a ser colocada inter-mediando o relacionamento com o Deus, a não ser o Se-nhor Jesus Cristo, conforme enfatizou o apóstolo Paulo em 1 Timóteo 2.5: “Porque há um só Deus e um só me-diador entre Deus e os ho-mens, Jesus Cristo, homem”.

Pense nisto e considere no coração o que significa ser verdadeiramente santo.

MARCOS LUIS LOPESPastor da IB Central em Resende (RJ)

Neste tempo marca-do pelas descons-truções, em pelo menos duas ocasi-

ões no último mês nos vimos envolvidos com elementos considerados antiquados ou símbolos de segregação se-gundo a perspectiva da Über--modernidade (pós-moderni-dade): As credenciais.

Por volta das 8h30 do dia 7 de abril, um homem sem credencial entra na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo (RJ), e com dois revólveres abre fogo deixan-do 12 vítimas fatais e outras com ferimentos a balas e es-coriações, além das inúmeras pessoas com feridas emo-cionais e psicológicas. Este homem que entrou na esco-la sem a devida credencial era Wellington Menezes de Oliveira, que se passou por palestrante. Contudo, isto era apenas uma camuflagem para adentrar a escola e realizar uma verdadeira carnificina.

Vinte e dois dias depois uma espécie de conto de fa-das moderno passou a ser a notícia mundial: O casamento do príncipe William com a plebéia Kate, agora o duque e a duquesa de Cambridge. Apenas 1.900 pessoas rece-beram credenciais para acom-

panhar in loco, na Abadia de Westminster, a celebração religiosa deste casamento. Já para a festa de núpcias nos salões do Palácio de Buckin-gham apenas pouco mais de 600 pessoas receberam as credenciais. Todos os demais, 2 milhões nas ruas de Londres e 2 bilhões no planeta, só puderam ver de longe aquilo que a mídia transmitiu.

Estes dois episódios recen-tes devem produzir em nós algumas reflexões, principal-mente no que tange a figura dos penetras que sempre aparecem nestas ocasiões, burlando todo o aparato de segurança e o protocolo, e expondo as vulnerabilidades alheias.

A Igreja militante de Cristo é lugar de portas abertas para todos os tipos de pessoas, uma vez que o Pai Eterno é Pai de inclusão. Na Cruz do Calvário ficaram disponíveis as credenciais para todos que querem participar dos prepa-rativos (militância terrena da igreja de Cristo), bem como das Bodas do Cordeiro (a igre-ja gloriosa, triunfante, a noiva do Cordeiro). Não há custas para as credenciais para entrar na Casa do Eterno Pai, pois o preço já foi pago. Basta atentar ao convite à salvação e receber a credencial de filho de Deus, que lhe outorga o direito de sentar-se à mesa do Rei dos Reis junto com

todos os que venceram pela fé em Jesus Cristo. Há lugar para todos! Ninguém precisa ficar de fora! Não haverá lu-gar, porém, para os penetras, pois não há como transpor os portais celestes, quebrar a se-gurança divina e o protocolo profético. Em vida, todos nós, um a um, precisamos assegu-rar que Jesus Cristo é a nossa credencial.

Entretanto, enquanto Igre-ja de Cristo que milita na terra, nós estamos sujeitos aos penetras. Eles se vestem como crentes, aprenderam o “igrejês” com fluência, são “especialistas” em estética cúltica, estão sempre acessí-veis aos reclames do povo, ajudam financeiramente os menos afortunados, ganham espaço a cada dia nos assun-tos e departamentos eclesi-ásticos... Tudo isto e muito mais sem a credencial. Mais cedo ou mais tarde estes mes-mos levarão tragédia para dentro da Igreja de Cristo, expondo na sociedade e na mídia mundial as nossas áre-as nefrálgicas. Estes são joio, são enviados de Satanás, que vendo a letargia da igreja moderna nos considera uma presa fácil para os seus mais escabrosos planos infernais.

Jesus Cristo deixou na terra a Igreja dos Santos não para ser reativa, mas sim ativa e vitoriosa. Nem mesmo as portas do inferno podem im-

pedir o avanço da imaculada Igreja de Cristo. Contudo, há um descuido nosso com as credenciais. Basta levantar a mão e repetir meia dúzias de palavras em uma oração de confissão, arrependimento e de entrega pessoal que está tudo resolvido. Não é bem assim! Embora as por-tas da Igreja de Cristo es-tejam abertas para todos. Estes, uma vez dentro da igreja, precisam apresentar as credenciais de salvos, de Filhos de Deus, e não ape-nas de “igrejados”. Este é o trabalho de discipulado e ensino continuado da Igreja de Cristo. Conquanto isto exija investimentos de mui-tas horas, dias, meses, anos, só assim a Igreja de Cristo terá condições de saber, pelos frutos, quem possui as credenciais para avançar no Reino e quem ainda precisa ficar na UTI Neonatal Espi-ritual, que, por sinal, está com “overbooking”, uma vez que até os salvos com credenciais estão preferin-do não crescer. Isto ocorre porque há uma síndrome de Peter Pan instaurada no seio da Igreja de Cristo, onde os atuais crentes só querem os experimentos da “nano eclesiologia”, mas não que-rem desfrutar da maturidade cristã para não terem que lidar com as responsabilida-des deste amadurecimento

espiritual, o que deveria ser natural e um privilégio para os genuínos Filhos de Deus.

Enquanto a Igreja de Cristo está se descuidando das cre-denciais, o nosso adversário, o Diabo, tem distribuído suas credenciais, até com finalida-des religiosas, para pôr em prática seu plano de matar, roubar e destruir. Infeliz-mente, muitos têm aderido a estas credenciais mundo afora e causado baixas na sociedade, nas famílias, nas crianças e nas igrejas. Estas credenciais forjadas no in-ferno aniquilam vidas neste tempo transitório e também no eterno. Inclusive há sem-pre lugar disponível para os penetras, mas o fim é trágico, pois estas credenciais dão nesta vida acesso a todos os prazeres que satisfazem à carne, mas no futuro estas mesmas credenciais só têm a oferecer como destino a morte eterna, onde só haverá choro e ranger de dentes.

Entendendo que só há ver-dadeira celebração de vida eterna onde Deus está, tenha-mos, pois, cada um de nós a nossa credencial. Ajudemos outros a irem a Jesus Cristo para um encontro pessoal a fim de que também assegu-rem suas respectivas creden-ciais individuais, com seus lugares e acesso irrestrito à festa que jamais acabará: As Bodas do Cordeiro.

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14 o jornal batista – domingo, 15/05/11 ponto de vista

DAVIDSON PEREIRA FREITASDiretor do Seminário do Sul

Cada vez mais as organizações estão compreendendo que o capital hu-

mano é estratégico para sua sustentabilidade. Nunca hou-ve tanta preocupação com a retenção de talentos na es-trutura organizacional como agora.

Já está comprovado que existe uma relação direta entre o nível de engajamento dos empregados e o nível de qualidade do trabalho que realizam. Estudos têm mostrado que os funcioná-rios mais engajados são mais produtivos, mais focados no atendimento ao cliente, mais atentos aos aspectos relativos à segurança no trabalho e estão menos propensos a deixarem a empresa, além de contribuírem efetivamen-te para o alcance das me-tas estabelecidas e para o cumprimento da missão da organização.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup identi-ficou que muitos emprega-dos trocam de empresa em função da insatisfação no relacionamento com seus chefes imediatos. Assim, com um banco de dados com 6,1 milhões de empregados em 163 países, é possível constatar que as pessoas se demitem de seus chefes e não das organizações nas quais trabalham.

A verdade é que muitos gestores, indevidamente cha-mados às vezes de líderes, desmotivam profundamente seus subordinados.

Ao procurarmos uma de-finição sobre o que é moti-vação, encontraremos uma infinidade delas. Cada autor, num determinado contexto e dando foco a determinados aspectos, formula, segundo o seu ponto de vista, uma teo-ria sobre o assunto. As teorias de Douglas McGregor, Fre-derick Herzberg, Abraham Maslow, William Ouchi, Da-vid C. McClelland, John W. Athinson, Clayton Alderfer, B. F. Skinner, Rensis Likert, Freud, entre outros, servem como base para nortear as pesquisas e ações nas organi-zações acerca da motivação das pessoas como empre-gados das organizações. O ambiente da empresa, o seu clima organizacional, possui uma forte relação com a mo-tivação das pessoas. Quando a motivação entre os mem-bros de uma organização está elevada o clima organi-zacional é de colaboração,

interesse e satisfação. Por outro lado, a baixa motiva-ção dos membros da equipe leva à frustração e, em últi-ma instância, à diminuição da produtividade. O clima organizacional desfavorável pode apresentar estados de desinteresse, inconformidade e insatisfação, podendo levar as pessoas a desistirem de seu trabalho nas organizações. Já dizia Dostoievski: “O se-gredo da existência humana consiste não somente em vi-ver, mas ainda em encontrar o motivo para viver”.

C o n f o r m e C e c í l i a Whitaker,“toda a força do comportamento está sem-pre dirigida a um alvo. As pessoas buscam saúde, con-forto, bem-estar e fogem de condições que ameaçam essa saúde, esse conforto e esse bem-estar”. Podemos concluir que a motivação hu-mana está muito ligada a dois fatores básicos: Obter prazer e evitar sofrimento. Se um gestor faz a sua equipe sofrer com atitudes autoritárias e rudes, as pessoas se demitem para evitar o sofrimento.

Hoje, o que era conheci-do como relação chefe-su-bordinado, tornou-se líder--colaborador. Mais do que uma mudança conceitual, o subordinado, que antes esta-va fadado a apenas obedecer o líder, atualmente se sente à vontade para colocar suas ideias e opiniões através de um relacionamento de cons-trução em conjunto e não mais na antiga base “man-da quem pode e obedece quem tem juízo”. Além disso, espera-se dos líderes atuais a competência de saber ouvir e saber dar feedback para contribuir para o crescimento profissional da equipe.

Os profissionais tidos como chefes impõem autorida-de, mandam, são pouco re-ceptivos para ouvir e têm dificuldade para reconhe-cer seus erros ou assumir os erros junto com a equipe. Um chefe comumente tem uma equipe com dificuldade de motivação e preza pela obediência. “A palavra che-fe está sendo eliminada no processo de gestão de car-gos e salários das empresas privadas que prezam pela excelência na gestão. Geral-mente o chefe impõe poder, mas o líder o conquista, in-fluencia e impacta pessoas, propicia desenvolvimento profissional de sua equipe, conquista a confiança dos colaboradores e preocupa-se em desenvolver a capacidade de dar e receber feedback. Além disso, orienta pessoas e mostra a importância dos

resultados para o sucesso do trabalho ou da estratégia da organização. Assim o líder consegue conduzir um grupo de pessoas combinando seus diferentes talentos para que as metas e objetivos sejam alcançados ou superados. Um bom líder leva a equipe a se comprometer com os resultados pela influência positiva que exerce. O líder tem o foco de gestão em pessoas, preocupa-se com o indivíduo, procurando maxi-mizar suas competências e criando uma relação de mão dupla em que todos saem beneficiados: A organização, o líder e liderado.

Por isso os líderes bem pre-parados e autênticos podem evitar a perda de talentos estratégicos para as organi-zações.

John Maxwell, em seu li-vro “O Livro de Ouro da Liderança”, afirma que, como líderes, muitas vezes pensa-mos que a saída de membros de nossas equipes não está relacionada a nossa atuação na liderança, mas este é um pensamento equivocado. Nesta obra ele aponta quatro perfis de chefes de quem as pessoas acabam desistindo.

Pessoas desistem de quem as desvaloriza

Há chefes que parecem incapazes de elogiar os co-laboradores por um trabalho bem feito, negando-lhes o prazer de serem reconheci-dos. Pior do que isso, alguns chefes agem com soberba e tratam seus subordinados com desdém ou indiferen-ça. Esta postura afeta nega-tivamente o relacionamento no ambiente corporativo. É impossível agregar valor a alguém a quem desvalori-zamos. Quando os “líderes” desvalorizam suas equipes começam a trilhar o caminho da manipulação de pessoas, tratando-as como objetivos e não como gente.

É preciso procurar e reco-nhecer o valor das pessoas, expressando apreço sincero. Descubra o valor daqueles que trabalham com você, elogie-os por sua contribui-ção e seus liderados se sen-tirão bem em trabalhar com você.

Pessoas desistem de quem não é confiável

Líderes eficazes trabalham para que as pessoas se sintam fortes e capazes. Para liderar é preciso ter credibilidade diante da equipe. Kouses & Posner afirmam que a credi-bilidade é a base da lideran-

ça. Algumas são as facetas da liderança que compõem a credibilidade dos líderes: Respeito, experiência, for-ça emocional, habilidades pessoais, disciplina, visão, dinamismo, sensibilidade, humildade e serviço.

Uma pesquisa realizada em empresas americanas indica que a confiança no ambiente trabalho está em declínio. O estudo destacou cinco comportamentos dos líderes que destroem a confiança dos liderados: Agir de modo incoerente com o que diz, colocar vantagens pessoais acima das do grupo, sone-gar informações, mentir ou contar meias-verdades e ter mentalidade fechada.

Segundo Maxwell, quando os líderes perdem a confian-ça de sua equipe é como um espelho que se quebra. Mesmo que seja possível juntar os pedaços e colá-los novamente, o espelho ficará marcado para sempre.

A pesquisa mostra ainda cinco maneiras de estabe-lecer uma relação de con-fiança: Manter a integrida-de, comunicar abertamente sua visão e seus valores, de-monstrar pelos funcionários o mesmo respeito dedicado a um sócio, chefe ou patrão, concentrar-se mais nas metas em comum do que na agenda pessoal e fazer a coisa certa, não importando o risco pes-soal.

Estabelecer e manter uma relação de confiança e cre-dibilidade como líder é uma questão de integridade e co-municação mostrando sua coerência entre discurso e prática, sendo aberto para o diálogo e sincero com sua equipe.

Pessoas desistem de quem é incompetente

Os líderes devem inspirar confiança, e um dos compo-nentes desta confiança é sua competência, seu conheci-mento sobre o negócio em que atua. Quando o líder é incompetente passa a ser uma distração para seus lide-rados, além de desperdiçar os recursos alocados sob sua gestão. Acaba dificultando a definição das prioridades e desviando o foco da visão e dos valores da organização. Isso pode gerar insegurança na equipe, podendo levar à redução de produtividade.

Pessoas desistem de quem é inseguro

Quando um líder valoriza gente, é integro e demonstra competência ainda lhe falta

mais uma característica para que sua equipe seja feliz em ser liderada por ele: A segu-rança. É muito fácil identifi-car um líder inseguro. Basta verificar se ele está preparan-do alguém para sucedê-lo. O líder inseguro tem desejo de poder, de posição e de reconhecimento e expressa isso com demonstrações óbvias de medo, suspeita, desconfiança ou ciúme. Pes-soas querem líderes que as estimulem a alçar voos. Anseiam por mentores que as auxiliem a desenvolver seu potencial e alcançar o sucesso profissional. Se per-cebem que seu líder está mais preocupado em manter sua autoridade e proteger a posição que ocupa, elas poderão começar a procu-rar outra organização para cooperar.

Líderes excepcionais de-senvolvem outros líderes e a si mesmos no trabalho que executam. Líderes inseguros tentam se tornar indispensá-veis, não querem treinar suas equipes e prepará-las para um crescimento conjunto.

Uma das piores coisas que pode acontecer à uma organi-zação é perder seus melhores empregados. Quando isso ocorre, na maioria dos casos, a culpa não é a instituição, da concorrência, da economia ou do contexto onde a mes-ma está inserida.

Os líderes de nossas organi-zações precisam refletir sobre este tema, pois temos em nosso meio um tesouro espe-cial que é o conhecimento, o preparo, a inteligência de pessoas que compõem as fileiras das organizações de-nominacionais, conhecendo muito bem o “negócio” onde estão inseridas, e este tesouro pode estar se perdendo dian-te de nossos olhos.

As contribuições mais sig-nificativas que podemos dar como líderes não estão limi-tadas aos resultados dos dias atuais, mas sim quando, con-comitantemente, contribuí-mos para o desenvolvimento a médio e longo prazos de pessoas e instituições que se adaptam, prosperam e cres-cem. Precisamos deixar um legado de compromisso e dedicação para que o Reino de Deus alcance cada vez mais as pessoas que tanto necessitam receber a mensa-gem que levamos em nossos corações.

Se você deseja manter os melhores membros da sua equipe e ajudar sua organi-zação a cumprir de forma mais efetiva sua missão, en-tão, torne-se um líder ainda melhor.

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15o jornal batista – domingo, 15/05/11ponto de vista

CLEMIR FERNANDESPastor, colaborador de OJB

Tão estranho e repulsi-vo como ver imagens de alguns grupos, es-pecialmente no mun-

do árabe, festejando mortes provocadas pelos ataques de 11 de Setembro de 2001, foi assistir estadunidenses nas ruas de Washington e Nova Iorque celebrando a morte de Osama Bin Laden.

Radicais de lados opostos tornam-se tão extremistas, como é sabido, que termi-nam se encontrando... Na

verdade, um precisa desespe-radamente do outro e de sua loucura para a vendeta - tão necessária às suas existências - prosseguir.

Outro ponto em comum entre árabes e estaduniden-ses, e que merece ser sa-lientado, diz respeito à sua formação e identidade reli-giosa. Ambos reconhecem os preceitos do Decálogo, in-clusive o mandamento “não matarás”. Entretanto, isso é letra morta, ou seja, sem sen-tido para eles, infelizmente. Com um agravante para os estadunidenses - julgo eu -,

pois são oriundos de uma cultura cristã cujo preceito fundamental é o amor. No entanto, vivem como se tal não fosse verdade ou não va-lesse para as questões difíceis da vida. Uma pena!

De pessoas como Bin La-den e organizações como Al Qaeda não se pode esperar menos do que praticaram, e por isso merecem, obvia-mente, o rigor da Lei. Mas de países ditos democráticos e firmados no Direito, como os Estados Unidos, não se pode esperar (na verdade tolerar) atos assassinos como

o que fizeram no Paquistão. Sob o risco de se submete-rem à própria barbárie que querem extinguir. A Histó-ria demonstra que práticas como essa não promovem justiça ou bem-estar, pelo contrário, alimentam o ódio e a violência, que são exata-mente a antítese do que se almeja.

Tristes e lamentáveis os fa-tos desta semana - jamais aus-piciosos - assim como todos os outros provocados tanto pela Al Qaeda quanto pelos Estados Unidos da América ao longo de suas trajetórias.

Pois tem destruído a vida de muitas pessoas, inocentes ou não, em várias partes do mundo.

Deus tenha misericórdia dos árabes, dos estaduniden-ses e de outros povos que são alvos e também produtores de violência. E nos ajude a não sucumbir às terríveis ten-tações e lógicas desumanas da vingança. Antes, prevale-çamos no princípio do Estado democrático de direito e, sobretudo, no seguimento submisso aos ensinos e práti-cas de amor e justiça de Jesus de Nazaré.

HinárioPara o Culto cristãoHinárioPara o Culto cristão

O HINÁRIO PARA O CULTO CRISTÃO, é o fruto de intenso

trabalho, de consulta e pesquisa junto às igrejas e aos ministros de

música, maestros, instrumentistas e músicos, que buscam a cada dia,

através da música levar, mais e mais pessoas a apresentarem-se diante de

Deus com verdadeiro louvor.

www.geograficaeditora.com.br

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