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Edição 2012
Página 2:
Apresentação
Página 4 :
Objetivos, estratégia e justificativa
Página 6 :
Condições de participação
Página 8 :
O “ano de ouro” da 10.639!
Índice:
Pessoas que estão fazendo a diferença!
As Escolas, Faculdades e Universidades que estão dando
conta da superação do racismo estrutural, institucional
e velado, merecem ser amplamente homenageadas. Afinal,
em 2013 teremos um marco para todos(as) os(as) que
trabalham pela construção da justiça, igualdade e cidadania:
a Lei 10.639, que determina a inclusão da arte e cultura
indígena, africana e afrobrasileira nos currículos escolares,
completa 10 anos. Sociedade civil, poderes públicos
e instituições de ensino, todos em torno de um só objetivo!
Proporcionar aos alunos uma educação compatível com
uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
10 de setembro à 10 de outubro de 2012
Inscrições abertas
2ª edição do Orirerê
para instituições de ensino
Premiação dia 20 de novembro de 2012
Deliberação 04/06 de agosto de 2006
do Conselho Estadual de Educação
Art.5º As instituições de Ensino Superior deverão reformular
seus programas de ensino e de cursos de graduação
e pós-graduação de maneira a atender o disposto no artigo 2º
desta Deliberação.
Art. 2º O Projeto Político-Pedagógico das instituições de ensino
deverá garantir que a organização dos conteúdos de todas
as disciplinas da matriz curricular contemple, obrigatoriamente,
ao longo do ano letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana na perspectiva de proporcionar aos alunos
uma educação compatível com uma sociedade democrática,
multicultural e pluriétnica.
Parágrafo Único. Ao tratar da História da África e da presença
do negro (pretos e pardos) no Brasil, devem os professores
fazer abordagens positivas, sempre na perspectiva de contribuir
para que o aluno negro-descendente mire-se positivamente,
quer pela valorização da história de seu povo, da cultura de
matriz africana, da contribuição para o país e para a humanidade.
Premiação para escolas, universidades e faculdades
com projetos de aplicação da Lei 10.639/03 e 11.645/08 em sala de aula.
02 categorias: projetos individuais e em equipe.
Em 2011, a premiação Orirerê – Cabeças Iluminadas agraciou
19 professores, equipes multidisciplinares e comissões étnico
-raciais com práticas de aplicação da Lei 10.639/03 e
11.645/08. Nas outras edições da premiação, em 2009, 2010 e
2011, foram agraciados mestres da cultura popular, comunica-
dores, sacerdotes e sacerdotizas de religiões de matriz afri-
cana. Em 2011 - Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes,
além dos professores, a homenagem também foi entregue ao
Movimento Negro de Curitiba e Região e, no Município de Co-
lombo, às famílias negras, fundantes e partícipes da constru-
ção da cidade.
Valorizar e compartilhar
saberes para a aplicação
concreta das Leis
10.639/03 e 11.645/08
nas instituições de ensino,
públicas e privadas,
do Estado do Paraná.
Fomentar o diálogo
e a reflexão em todas
as esferas e níveis
da educação, afim de
fortalecer a concretização
da Lei 10.639/03 em 2013,
quando se comemora
os 10 anos da Lei.
zidos na área.
Serão aceitas propostas
metodológicas e
sequências de aulas
referentes aos temas
Indígenas, Africanos e
Afrobrasileiros, bem como
propostas de ação no
âmbito das relações
étnico-raciais.
Estratégia
Homenagear professores,
equipes e instituições com
projetos já desenvolvidos
em todo o Paraná, visando
promover amplo acesso
aos conhecimentos produ-
Objetivos
Premiação para escolas, universidades e faculdades
“Os analfabetos
do século 21
não serão aqueles
que não sabem ler
e escrever,
mas aqueles que
não sabem aprender,
desaprender
e reaprender”.
Alvin Toffler
Justificativa
nar com o povo afrodes-
cendente de um novo
ponto de vista. O primeiro
presidente e a primeira
dama da Província do
Paraná, Carolina e Zacari-
as de Goes e Vasconcelos,
eram afrodescendentes.
A primeira mulher a se
formar engenheira na Uni-
versidade Federal do Pa-
raná foi uma negra: Enedi-
na Alves Marques. O fun-
dador da Academia Brasi-
leira de Letras, Machado
de Assis,era afrodescen-
dente.
O Brasil é a segunda mai-
or nação negra do mundo,
depois da Nigéria. A mate-
mática surgiu na África,
que foi berço não só
de civilizações, como
da própria Humanidade.
A nossa Mãe África tem
revelado vários prêmios
Nobel, em diversas áreas
do conhecimento humano.
Hoje já se sabe que existi-
ram povos indígenas em
nossa região a mais de 6
mil anos atrás. E como
bem disse o Sr. Flávio
Arns, no Abolisom, em
maio, ―nós somos capa-
zes, somos competentes
para inserir estes (e tan-
tos outros) conhecimen-
tos em todos os níveis e
modalidades de ensino.‖
O IBGE de 2008 revelou
que o Paraná é o Estado
mais negro do sul
do Brasil, com 28,5%
de afrodescendentes.
Ou seja, cerca de 3
milhões de afroparanaen-
ses desconhecem sua
verdadeira história, pois
até pouco tempo atrás ela
permanecia mascarada
pela eugenia discriminató-
ria perpetrada desde
o período colonial. Com
o advento da Lei 10.639
e do Estatuto da Igualdade
Racial, toda uma geração
de brasileiros(as)
e de paranaenses está
aprendendo a se relacio-
“É preciso uma aldeia
inteira para se educar
uma criança”, diz o
ditado africano. ...
Que dirá para se
re-educar toda uma
sociedade após séculos
de ideologia colonialis-
ta e discriminatória”
1. As práticas pedagógicas selecionadas serão compartilhadas publicamente, via Internet, sem fins lucrativos, no endereço eletrôni-
co informativohumaita.wordpress.com/10639-03. A inscrição dos projetos na premiação implica na concordância dos autores,
automática, definitiva e irrevogavelmente, em divulgar os seus projetos e as imagens nele contidas sem quaisquer ônus para o
Centro Cultural Humaita e seus parceiros.
2. Os professores e equipes de Instituições de Ensino de todo o Paraná podem enviar quantos projetos desejarem nas seguintes
categorias: 1) Categoria Projeto Individual e 02) Categoria Projeto em Equipe;
3. Os Projetos Individuais podem conter no máximo dois (02) autores; a partir de três (03) autores, será considerado Projeto
em Equipe.
4. Os certificados dos Projetos em Equipe serão entregues em nome da Instituição de Ensino, sendo o nome dos integrantes
da equipe divulgado na solenidade e na Internet;
5. Cada projeto deve indicar um (01) representante para receber a premiação em nome do projeto, dia 20 de novembro de 2012, 10h.
Os demais participantes podem assistir a solenidade com seus convidados.
6. O Formulário de Inscrição deve ser preenchido sem ultrapassar o limite máximo de duas (02) páginas, com formatação
Times New Roman, 12, sem espaço, salvo em formato documento word (ATENÇÃO: os formulários que não estiverem
com estas características serão automaticamente desclassificados).
7. Serão aceitos: fotos da atividade (com autorização da exposição de imagem das pessoas fotografadas), material de apoio,
conteúdo complementar, tudo o que o professor achar relevante para auxiliar a Comissão de Seleção (EM ANEXO ou ―colado‖
no Word após o formulário de inscrição preenchido). Os formatos aceitos para os anexos são JPEG, PDF, doc, MP3, MPEG, xls e ppt.
8. As fotos e ilustrações devem conter título, data e nome do(a) fotógrafo(a) ou do ilustrador/artista. Caso sejam usadas imagens
da internet, é obrigatório citar a fonte (endereço do site onde a imagem foi extraída).
9. O Formulário de Inscrições e os anexos complementares devem ser enviados para:
[email protected], do dia 10 de setembro ao dia 10 de outubro de 2012.
Assunto: Projeto individual/nome do(a) autor(a) ou Projeto em equipe/nome da escola, faculdade ou Universidade
10. Não serão aceitas correções após o envio do projeto. Para realizar qualquer alteração no projeto, o professor deve reenviar
um novo projeto. Valerá o último enviado, sendo os anteriores automaticamente desclassificados.
11. A comissão de seleção dos projetos será formada por dois membros do Centro Cultural Humaita, dois membros da Secretaria
de Estado da Educação do Paraná, dois membros da Secretaria Municipal da Educação de Curitiba, dois membros do Fórum
Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial - FPEDER-PR e um representante do Conselho Estadual de Educação do
Paraná.
12. Os seguintes critérios serão considerados pela Comissão de Seleção 1º) concisão, consistência e coerência do formulário
de inscrição, 2º) a qualidade dos materiais anexos, 3º) adequação da proposta às Diretrizes Curriculares para Educação
das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas, 4º) Serão aceitos projetos
já desenvolvidos ou em fase de implementação; 5º) Serão aceitas propostas metodológicas e sequências de aulas referentes
aos temas Indígenas, Africanos e Afrobrasileiros, bem como propostas de ação no âmbito das relações étnico-raciais.
13. Os resultados serão divulgados dia 05 de novembro de 2012, no informativohumaita.wordpress.com.
14. As decisões da comissão de seleção não serão passíveis de revisão.
15. Os projetos que não foram selecionados para a premiação também podem vir a ser divulgados na internet, conforme decisão
da comissão de seleção, visando promover a troca de experiências e compartilhar saberes, estratégias e reflexões para apoiar
a aplicação da Lei 10.639 e 11.645 em sala de aula.
16. Os plágios serão eliminados.
17. As disposições em contrário serão examinadas pela Comissão de Seleção.
Condições de participação
sem ligação com os ciclos econômicos, políticos e
culturais do país; apesar dos esforços de alguns,
muitos (quase todos) ainda não conhecem a Lei
10.639 e sua pertinência histórica e social
na construção da cidadania de todos(as)
os(as) brasileiros(as).
A forma que temos encontrado de dar nossa
contribuição para apoiar a efetivação da Lei, além
das oficinas, palestras e vivências, tem sido
a proposição de atividades que coloquem o assunto
em pauta durante o ano. Abolisom - Ecos da Abolição
da Escravatura; Curitiba Afro; Orirerê - Cabeças
Iluminadas; Encontros Metropolitanos de Cultura
de Rua pela Paz; Lavação das Escadarias da Igreja
Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedi-
to; Campanha Ambiental: Não Jogue Lixo na Praia,
Jogue Capoeira; Campanha contra o Racismo Velado,
Institucional e Estrutural; Fóruns de Debates; criação
de camisetas temáticas; redação de cartas de indig-
nação contra os ―deslizes eugênicos‖ perpetrados
pelos poderes públicos, etc.
Ano que vem a Lei completa 10 anos. Oxalá as escolas,
faculdades e Universidades que ainda não pararam
para refletir sobre suas práticas e rever seus
conceitos, percebam a importância de formular
seus Projetos Político-Pedagógicos contemplando
o reconhecimento e valorização da identidade,
história e cultura afro-brasileiros, garantindo
o reconhecimento e valorização das raízes africanas
da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias
e asiáticas.
Gostaríamos de aproveitar ainda para sugerir aos
professores e instituições que ainda não estão
dedicando a energia necessária à implementação
da Lei em suas escolas, que se organizem para,
em 2013, divulgar e produzir conhecimentos, atitudes
e valores que ajudem a desconstruir as barreiras
estabelecidas por séculos de preconceitos,
estereótipos e discriminações.
Que Deus/Zambi/Olorum nos dê a todos(as) força
e sabedoria para fazermos de 2013 o Ano de Ouro
da 10.639!
Zelador Cultural Candiero
Centro Cultural Humaita
―Não é só a nossa consciência que nos diz para fazer
isso, mas a própria legislação nos diz que devemos
inserir estes conhecimentos em todos os níveis e
modalidades de ensino. E nós somos capazes, somos
competentes para fazê-lo.‖ Estas foram as palavras
do Sr. Flavio Arns, Secretário de Estado da Educação,
para as Universidades na webconferência
ABOLISOM—ECOS DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.
Este evento foi realizado no dia 25 de maio, Dia da
África, com Universidades e entidades do Movimento
Negro do Paraná, que desejam saber o que as institu-
ições tem feito para efetivar a Lei.
O Governo Federal fez sua parte aprovando o Estatuto
da Igualdade Racial, as cotas em Universidades
Federais, a inclusão da História e Cultura Indígena,
Africana e Afrobrasileira em sala de aula. 50%
das vagas em Universidades Federais se destinam
aos alunos oriundos de escolas públicas. A sociedade
civil tem dado suas contribuições, dentro e fora das
instituições.
No entanto, temos observado durante as vivências,
palestras e oficinas que realizamos com professores
e escolas de todo o Estado, que o resultado da premi-
ação em 2011 reflete a realidade: das mais de 2300
escolas convidadas a inscrever seus projetos
de aplicação efetiva das Leis 10.639/ e 11.645/08, 50
enviaram suas propostas. Destas, apenas 19 estavam
de acordo com as normas e diretrizes curriculares
(abordagens positivas, na perspectiva de contribuir
para que o aluno negro-descendente mire-se
positivamente, quer pela valorização da história
de seu povo, da cultura de matriz africana,
da contribuição para o país e para a humanidade. Cf.
Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afrobrasileira e Africana, do Conselho Estadual de Educação do
Paraná, Deliberação 04/06).
Estes resultados apontam para uma realidade
frustrante. À exceção de alguns profissionais consci-
entes do problema e de algumas equipes pontuais,
os esforços institucionais ainda não estão resultando
na concretização da Lei em sala de aula. Apesar de
existir material de qualidade; apesar das formações
continuadas, que derrubam por terra muitos mitos,
como o de que cultura afro é só cantigas e batuques,
O “ano de ouro” da 10.639
informativohumaita
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através do email
humaitacentrocultural
@gmail.com