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Carta de BalneÆrio Camboriœ Entidades Unidas na Defesa da Classe • Ensino MØdico de Qualidade • Representaçªo Política • Gestªo Plena da Saœde • Ordem dos MØdicos de Santa Catarina PÆginas 04 e 05 www.acm.org.br www.acmeventos.org.br Site da ACM: Informaçªo e Serviços PÆgina 10 MØdicos Comemoram 63 anos da Associaçªo PÆginas Centrais

Edição 208- Mai 2000

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Entidades Unidas na Defesa da Classe

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Page 1: Edição 208- Mai 2000

Carta de Balneário Camboriú

EntidadesUnidas naDefesa daClasse· Ensino Médico de Qualidade· Representação Política· Gestão Plena da Saúde· Ordem dos Médicos de

Santa CatarinaPáginas 04 e 05

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Site da ACM:Informação e Serviços

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Médicos Comemoram63 anos da Associação

Páginas Centrais

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Jornal da ACM2

EXPEDIENTE

Informativo da AssociaçãoCatarinense de Medicina - ACM

Rodovia SC-401, Km 4,Bairro Saco Grande - Florianópolis/SC

Fone/Fax: (048) 238-0035

DIRETORIAPresidente

Dr. Carlos Gilberto CrippaVice-Presidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaSecretário Geral

Dr. Jorge Anastácio Kotzias FilhoDiretor de Patrimônio

Dr. João José Luz SchaeferDiretor de Comunicação

Dr. Marcos Antônio NemetzDiretor de PublicaçõesDr. Aroldo P. Carvalho

Diretor CientíficoDra. Regina Célia S. Valin

Diretor de EsporteDr. Gilberto D. da Veiga

Diretor de Defesa de ClasseDra. Nilzete L. BresolinDiretor Sócio-Cultural

Dra. Sandra M. W. RinaldiDiretor AdministrativoDr. Irineu M. BrodbeckDiretor de Previdência

Dr. Waldemar de Souza JúniorDiretor Financeiro

Dr. Dorival VitorelloDiretor de Regionais

Dr.Tarcísio Crocomo

VICE-DISTRITAISSul � Dr. Júlio Márcio Rocha

Planalto � Dr. Fernando Luiz PagliosaNorte � Dr. Marcos A. F. Subtil

Vale do Itajaí � Dr. Péricles HenriqueZarske de Mello

Centro-Oeste � Dr. Élcio Luiz BonamigoExtremo-Oeste � Airton José Macarini

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Remaclo Fischer Júnior

Dr. Jorge Abi Saab NetoDr. Almir Gentil

Dr. Théo PubDr. Luiz Carlos Espíndola

Dr. Roberto BenvenuttiDr. Milton Ernesto ScopellDr. Altair Carlos PereiraDr. Manoel Bardini Alves

Dr. Oscar Antônio Defonso

Conselho EditorialDr. Murillo Ronald Capella

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

JornalistasLena Obst Reg. 6048 MT/RS

Denise Christians Reg. 5698 MT/RSColaboradoras

Lúcia Py Lüchman e Adriana FreitasFotografiaRenato Gama

DiagramaçãoAlexandre Salles

ImpressãoGráfica e Editora Agnus Ltda.

Tiragem3.500 exemplares

EDITORIAL

O PAPEL POLÍTICO DO MÉDICODurante muitos anos nós, médi-

cos, estivemos debruçados sobre aânsia do aprimoramento técnico-ci-entífico, dedicando todos os esfor-ços para crescer como profissionais,oferecer novos e mais eficazes pro-cedimentos aos nossos pacientes,elevar a atividade médica. Hoje, vi-vemos um novo desafio, o de apren-der a voltar nos-sos olhares paraalém do consul-tório e hospitalem que atuamos.Não há maiscomo garantir oaperfeiçoamentoda medicina semo envolvimentopolítico, o enga-jamento nas cau-sas que buscamcondições dignasde trabalho e as-sistência de qua-lidade à comuni-dade que nos cer-ca.

Em todo oBrasil somos maisde 240 mil médi-cos em plena ati-vidade. Em San-ta Catarina, já ul-trapassamos os6.500 profissionais. Somos uma par-cela significativa e importante en-tre os formadores de opinião, en-tretanto, ainda desconhecemos aforça que temos, a nossa condiçãoprivilegiada. Isso tudo não apenasnos aspectos sócio-econômico-cultu-ral, mas especialmente porque so-mos a linha de frente do mais ele-mentar e fundamental direito do ci-dadão: a saúde.

Não podemos mais ignorar essarealidade e esperar que os gover-nantes do país aprovem ou desapro-vem as nossas reivindicações sem omínimo de conhecimento do coti-diano que vivemos. Não devemos

mais depender apenas de articula-ções junto a políticos alheios aosnossos pleitos. Não há mais razãopara estarmos distanciados, de fora,dos órgãos que decidem os desti-nos da saúde no Brasil, em SantaCatarina e em cada uma de nossascidades.

Conselhos de Saúde, Secretarias,Prefeituras, Câ-maras, Assem-bléia e Senado,mais do que nun-ca, são fóruns le-gítimos das nos-sas lutas, queprecisam contarcom nossa parti-cipação e nossovoto. Precisamosde médicos polí-ticos e atuandono sistema, res-paldados legiti-mamente pelovoto e pelo apoioincondicional danossa classe.

Já demonstra-mos, por diversasvezes, a nossa ca-pacidade em or-ganizar e coorde-nar as idéias emetas da classe e

até mesmo da população. O queprecisamos agora é saber tomar nos-so lugar, ocupar as posições que pre-cisam de uma avaliação séria, coe-rente e realista de quem é profun-do conhecedor das necessidades,carências e angústias da assistênciamédico-hospitalar da Nação brasi-leira.

Que seja nosso grande aprendi-zado no ano 2000, quando o Brasilcompleta seus 500 anos e elege osnossos representantes municipaisda virada do milênio.

Carlos Gilberto CrippaPresidente

�PRECISAMOS DE

MÉDICOS POLÍTICOS

E ATUANDO NO

SISTEMA,

RESPALDADOS

LEGITIMAMENTE

PELO VOTO E PELO

APOIO

INCONDICIONAL DA

NOSSA CLASSE�

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Nos dias 26 e 27 de maio, asede da Associação Catarinensede Medicina receberá dirigentesda Associação Médica Brasileirae das Federadas Estaduais detodo o país para uma reunião doConselho Deliberativo da entida-de nacional. A escolha de Floria-nópolis para a realização do en-contro é motivo de orgulho paraa Diretoria da ACM, que já estáorganizando o evento com dedi-cação e cuidados especiais. Apro-veitando a presença do Presiden-te da AMB na capital catarinen-se, Dr. Eleuses Paiva, a entidadeestadual vai promover tambémuma reunião congregando todosos Presidentes das RegionaisMédicas de Santa Catarina e daslideranças das Sociedades e De-partamentos de Especialidades,discutindo os assuntos de maiorinteresse da medicina atual.

A pauta do Conselho Delibe-rativo da AMB ainda está sendoelaborada, mas a programação jáfoi definida pela entidade:

Lideranças médicas de SantaCatarina estiveram presentes noseminário de planejamento estra-tégico para o ano 2000 da Associ-ação Médica Brasileira, realizadonos dias 17 e 19 de março passa-do, em São Paulo. Participaramdo trabalho os Drs. Viriato Joãoda Cunha (Vice-Presidente daACM), Remaclo Fischer Junior(Vice-Presidente da AMB naRegião Sul), Casimiro Pereira(Presidente da Sociedade Na-cional de Medicina do Trabalho)e Ronald Moura Fiúza (Presiden-te da Sociedade Brasileira deNeurocirurgia). Os debates inclu-íram temas como defesa profissi-onal, mercado de trabalho, hono-

rários médicos, relações com ou-tras instituições, saúde pública eensino da medicina.

O Presidente da AMB, Dr.Eleuses Paiva, considerou deextrema importância o resultadodo encontro, tendo em vista quecontou com a presença de apro-ximadamente 90% dos dirigen-tes do setor associativo médicono país. Para ele, o evento �foium avanço. No entanto, a evo-lução só será efetivamente pos-sível através do trabalho coleti-vo. Com a participação de todos,num futuro bem próximo, con-seguiremos reverter muitos pro-cessos danosos ao setor da saú-de e à sociedade�.

Dia 26/05

10 horas � Reunião de Di-retoria Plena AMB

14 horas � Reunião de Di-retoria da AMB comPresidentes das Fede-radas Estaduais

20 horas � Reunião entreAMB, ACM, Regio-nais Médicas de SantaCatarina, Sociedades eDepartamentos de Es-pecialidades

Dia 27/05

09 horas � Reunião doConselho Deliberativoda AMB, em conjuntocom dirigentes das Fe-deradas Estaduais emembros do ConselhoCientífico, constituídopor 14 Sociedades Na-cionais de Especialida-des

DR. ELEUSES PAIVA(CENTRO),PRESIDENTE DA

AMB, CONTOU

COM O APOIO DOSMÉDICOS DE SANTA

CATARINA: DRS.REMACLO FISCHERJUNIOR, VIRIATO

JOÃO DA CUNHA,CASIMIRO PEREIRAE RONALD FIÚZA

PLANEJAMENTOESTRATÉGICO DA

ENTIDADE NACIONAL

NOTA OFICIAL

ACM SERÁ SEDE DOCONSELHO DELIBERATIVO

DA AMB

trar que sua ação ou omissão nãoguardou qualquer relação com oprejuízo sofrido por aquele.

Há também necessidade daempresa ter uma inscrição comopessoa jurídica junto aos municí-pios, com ônus mensais a titulo deISS por sócio e pela renovaçãoanual do alvará.

A ASSOCIAÇÃO MÉ-DICA BRASILEIRA, con-clama os médicos credenciadosjunto a estas empresas, que nãoalterem a sua condição de pessoafísica para jurídica, a não ser queseja do seu próprio interesse. Esteé um momento importante na

Luta pela Autonomia e Liberda-de de Ação do médico junto ao seupaciente.

Qualquer ameaça de descre-denciamento por parte destas em-presas deverá ser comunicada aosDepartamentos de Defesa Profis-sional das Federadas da AMB eestas deverão formalizar denúnciacontra os diretores técnicos destasempresas nos CONSELHOSDE MEDICINA.

DIRETORIA DE DEFE-SA PROFISSIONAL

ASSOCIAÇÃO MÉDICABRASILEIRA

mínimo mensal.O médico fica obrigado a pa-

gar as anuidades aos Conselhos Re-gionais em duplicidade, como pes-soa física e como jurídica, pois asempresas jurídicas são obrigadas ase registrarem nos Conselhos Re-gionais.

De acordo com o Código doConsumidor, a responsabilidade dapessoa física passa a ser objetiva:nas ações movidas pelos pacientescontra médicos, aqueles têm a obri-gação de provar que estes agiramcom culpa; já, quando se trata depessoa jurídica, a equação se inver-te, tendo esta o dever de demons-

Com relação à obrigatoriedadedos médicos terem que alterar asua condição de pessoa física parajurídica, por pressão de empresasde medicina de grupo e de auto-gestão, a AMB orienta os médicosque somente façam esta opção sefor do seu interesse.

As empresas têm utilizado des-te argumento, inclusive ameaçan-do a classe médica com descreden-ciamento, com a finalidade de fu-gir de suas obrigações fiscais.

O custo de formação de umaempresa jurídica para o médico éda ordem de R$ 1.200,00, com ma-nutenção na faixa de um salário

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Defesa do ensino médico dequalidade, financiamento da saúde,médicos estrangeiros e cooperati-vismo foram os temas centrais doIII Fórum de Entidades Médicasde Santa Catarina (FEMESC), re-alizado nos dias 14 e 15 de abril, noHotel Marambaia, em BalneárioCamboriú. O encontro reuniu asprincipais lideranças da classe, asDiretorias da ACM, do ConselhoRegional de Medicina e do Sindi-cato dos Médicos, que compõemo COSEMESC � Conselho Supe-rior das Entidades Médicas estadu-ais. Como forma de ampliar os de-bates e congregar forças para as cau-sas da medicina catarinense, as Co-operativas Médicas foram as convi-dadas especiais desta edição doFEMESC, efetivando a parceria eo apoio sempre existente entre o

sistema e as entidades.Presidentes das Regionais es-

tiveram presentes ao importanteevento, onde também puderamparticipar de uma reunião espe-cífica da ACM para debater a re-lação da Associação Catarinensede Medicina com as suas entida-des, levando sugestões e apon-tando soluções a problemas co-muns dos profissionais do setor.

Na programação do Fórum des-tacaram-se ainda a elaboração doRegimento Interno do FEMESC,além da discussão sobre a necessá-ria representação dos médicos napolítica, seja através da atuação nosConselhos Municipais e Estadualde Saúde, das Câmaras de Verea-dores, Assembléia Legislativa,Congresso e Senado.

III FEMESC CONSOLIDA O PROCESSO DE UNIÃO DA CLASSE

PRESIDENTES DA ACM, CREMESC E SIMESC LEVARAM AO

DEBATE OS PRINCIPAIS ASSUNTOS DE INTERESSE DA CLASSE

MÉDICOS DAS REGIONAIS PRESTIGIARAM O EVENTO, HOJE O MAIS IMPORTANTE

FÓRUM DE INTEGRAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO SETOR

DR. DALMO CLARO DE

OLIVEIRA, PRESIDENTE DA

FEDERAÇÃO DAS UNIMEDS,APRESENTOU SEU APOIO

AO COSEMESC

O COSEMESC, órgão represen-tativo das entidades médicas de San-ta Catarina (ACM, CREMESC eSIMESC), reunido em BalneárioCamboriú, nos dias 14 e 15 de abrildo ano 2000, após ampla discussãodurante a plenária do III FEMESC(Fórum das Entidades Médicas doEstado de Santa Catarina) delibe-rou sobre importantes assuntos paraa classe médica, aqui trazidos paraconhecimento da categoria e da so-ciedade catarinense:

Lançada a campanha contra aabertura de novos cursos de Medicinano Estado de Santa Catarina, unifi-cando a posição assumida pelas enti-dades que compõem o COSEMESC.Para que esta ação alcance seus objeti-vos, algumas metas foram traçadas:

a) atuação das entidades estadu-ais junto às entidades nacionais,como CFM, AMB e CMB, pela de-

fesa de uma legislação federal con-tra a abertura de novos cursos de Me-dicina;

b) divulgação aos demais estadosbrasileiros sobre a legislação aprova-da pela Assembléia Legislativa doEstado de Santa Catarina, instalan-do critérios mínimos para a abertu-ra de novos cursos de Medicina;

c) busca de mecanismos eficazespara a exigência de avaliação, fisca-lização e acreditação das faculdadesde Medicina já em funcionamento;

d) ampliação do debate sobre aabertura dos cursos também em ou-tras áreas da saúde;

e) avaliação sob a ótica do Códigode Ética Médica e da Legislaçãoaprovada pela Assembléia Legislati-va do Estado de Santa Catarina so-bre a situação dos profissionais mé-dicos que participam da coordenaçãoe/ou docência nos referidos cursos.

CARTA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚDurante o III FEMESC, as

entidades médicas também de-finiram como prioritárias asseguintes ações:

Iniciar uma campanha na bus-ca de uma legislação clara para o re-conhecimento de diplomas daque-les que fizeram faculdade em outropaís (brasileiros ou não).

Rechaçar, de forma veemen-te, a possibilidade de médicos es-trangeiros fazerem residência nopaís sem a revalidação do diploma.

Aumentar a representação dosmédicos nos Conselhos Municipaise Estadual de Saúde.

Estabelecer uma representa-ção séria, constante e ativa nos as-suntos relacionados ao Mercosul,protestando pela não convocação dasentidades na discussão do assuntocom o Governo.

Atuar junto aos parlamentares

catarinenses, em especial os senado-res, para que seja aprovada a PEC86/99.

Lutar para que todos os mu-nicípios catarinenses adotem a ges-tão plena na saúde.

Buscar uma negociação demo-crática dos tetos e sub-tetos das ver-bas da saúde, junto às Comissões Tri-partites e Bipartites, visando preser-var o interesse da população.

Apoiar uma política de medica-mentos que garanta o acesso da popu-lação e a implantação dos genéricos,dando condições aos médicos para pres-creverem com autonomia e qualidade.

Divulgar para todas as Dele-gacias e Regionais da ACM, CRE-MESC e SIMESC o Regimento In-terno do COSEMESC.

Iniciar o estudo da viabilidadee necessidade da formação da Ordemdos Médicos de Santa Catarina.

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O mais importante momento doIII FEMESC foi o lançamento dacampanha �Novos Cursos deMedicina: Combata mais estaEpidemia�, elaborada pelas trêsentidades que compõem o COSE-MESC em defesa da qualidade doensino médico em Santa Catarina.O trabalho iniciou através da distri-buição e divulgação de uma carti-lha sobre as razões que levaram aACM, o CREMESC e o SIMESCa lançarem a campanha, que vemmerecendo também a atenção deoutros estados do país e das entida-des nacionais de representação daclasse, que já começam a solicitarinformações sobre a experiênciavivida pelos médicos catarinenses.

Santa Catarina abriga hoje seisfaculdades de medicina, que ofe-recem juntas 288 vagas no estado.Atualmente, a taxa de natalidadede novos médicos em território ca-tarinense é de 2,33% ao ano, en-quanto a população no estado crescenum percentual de 1,87%. Quadroque será agravado quando todos oscursos já em funcionamento come-çarem a colocar profissionais forma-dos no mercado de trabalho, alcan-çando índices assustadores de4,71%.

O estado catarinense oferece àsua população uma média de 1médico para cada 700 habitantes,enquanto a Organização Mundialde Saúde (OMS) preconiza umuniverso de mil habitantes paracada profissional. Junto ao Conse-lho Regional de Medicina estão re-gistrados cerca de 8.500 médicos,com aproximadamente 6 mil emplena atividade.

Apesar da comprovação de queSanta Catarina não tem a necessi-dade social na instalação de novasescolas médicas, projetos neste sen-tido continuam a ser desenvolvidos,destacando-se as propostas de cur-sos nos municípios de Joaçaba, La-ges, Chapecó, Criciúma, Araranguáe Rio do Sul.

NÚMEROS PREOCUPAMEscolas Médicas em Santa Catarina:

UFSC � Universidade Federal de Santa CatarinaFundada em Dezembro de 1959, Florianópolis, oferece 100 vagas/ano.

FURB � Fundação Universidade BlumenauFundada em Janeiro de 1990, Blumenau, oferece 44 vagas por anoMensalidade paga por estudante ano 2000: R$ 1.134,00

Univali � Universidade do Vale do ItajaíFundada em Janeiro de 1998, Itajaí, oferece 33 vagas por anoMensalidade paga por estudante ano 2000: R$ 1.251,95

Univille � Universidade de JoinvilleFundada em Janeiro de 1999, Joinville, oferece 40 vagas por anoMensalidade paga por estudante ano 2000: R$1.038,60

Unisul � Universidade do Sul de Santa CatarinaFundada em Janeiro de 1999, Tubarão, oferece 90 vagas por anoMensalidade paga por estudante ano 2000: R$ 1.011,00

Distribuição de Médicos no EstadoRegião de Araranguá (12 municípios) .............. 82 médicos em atividadeRegião de Blumenau (16 municípios) ........... 697 médicos em atividadeRegião de Canoinhas (06 municípios) ............. 44 médicos em atividadeRegião de Chapecó (32 municípios) .............. 248 médicos em atividadeRegião de Concórdia (15 municípios) ............ 102 médicos em atividadeRegião de Criciúma (10 municípios) ............. 285 médicos em atividadeRegião de Curitibanos (09 municípios) ........... 65 médicos em atividadeRegião de Florianópolis (21 municípios) .... 1.962 médicos em atividadeRegião de Itajaí (09 municípios) .................... 362 médicos em atividadeRegião de Joaçaba (20 municípios) ................ 162 médicos em atividadeRegião de Joinville (14 municípios) ............... 864 médicos em atividadeRegião de Lages (13 municípios) ................... 192 médicos em atividadeRegião de Mafra (05 municípios) ..................... 64 médicos em atividadeRegião de Porto União (06 municípios) .......... 98 médicos em atividadeRegião de Rio do Sul (25 municípios) ........... 139 médicos em atividadeRegião de São Miguel d�Oeste ( 21 municípios)95 médicos em atividadeRegião de Tubarão (17 municípios) ............... 238 médicos em atividadeRegião de Xanxerê (11 municípios) ................. 79 médicos em atividadeTotal ................................................. 5.778 médicos em atividade

Fonte � Conselho Regional de Medicina, em Fevereiro de 2000.

VITÓRIA: LEI

ESTADUAL CRIA

CRITÉRIOS PARA

NOVOS CURSOSAgora é Lei. A criação

de novas faculdades demedicina em Santa Cata-rina só será autorizadaapós avaliação dos Con-selhos Estaduais de Edu-cação e Saúde, devendoobservar critérios comonecessidade social, ascondições de saúde regi-onalizadas, disponibilida-de do corpo docente, in-fra-estrutura, equipa-mentos adequados e atémesmo número de vagascompatível com as condi-ções existentes em cadaárea geográfica do estado.A nova lei (nº 11.878),inédita e pioneira emtodo o país, foi publicadano Diário Oficial de San-ta Catarina no último dia24 de abril e constitui-senuma das mais importan-tes vitórias das entidadesque representam a clas-se médica catarinense.

LANÇADA CAMPANHA PELAQUALIDADE DO ENSINO MÉDICO

DR. CARLOS GILBERTO CRIPPA, PRESIDENTE DA ACM, AO LADO DOS PRESIDENTES

DO CREMESC E DO SIMESC, DRS. EDEVARD ARAUJO E GERALDO SWIECH,LANÇOU A CAMPANHA DURANTE O III FEMESC

CARTILHA EXPLICANDO OS PORQUÊS

DA AÇÃO DAS ENTIDADES JÁCOMEÇAM A SER DISTRIBUÍDAS AOSMÉDICOS DE TODO ESTADO

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O Congresso Cata-rinense de Direito doConsumidor, promo-vido pela OAB/SCem Florianópolis,contou com a partici-pação da classe médi-ca. O cirurgião pedi-átrico Murillo RonaldCapella, representan-do a ACM, fez umpronunciamento so-bre o tema em uma mesaredonda que enfocou aquestão dos planos de saú-

de frente aos seus usuáriose aos prestadores de servi-ço na área médica. O even-

ACM PRESENTE

ENTIDADE PARTICIPA DE DEBATESOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR

Realizada entre os dias28 de abril e 01 de maio,na cidade de Chapecó, a 9ªJornada Catarinense deGastroenterologia foi consi-derada um sucesso pelosseus organizadores, contan-do com a presença de pro-fissionais da especialidadede todo estado, do Presi-dente da Federação Brasi-leira de Gastroenterologia,Dr. Osvaldo Marafaia, doPresidente da SociedadeCatarinense de Gastroente-rologia, Dr. Almir Gentil, edo Vice-Presidente daACM, Dr. Viriato João daCunha. Um dos momentosmais importantes do even-to foi a homenagem espe-cial feita ao Dr. WaldomiroDantas, através de uma pla-ca entregue ao médico peloprefeito de Chapecó, JoséFritsch, relembrando todoo trabalho desenvolvidopelo �mestre� nas últimas

décadas.�Os co-

legas queestiverampresentes àJornada sa-íram satis-feitos com oalto níveldos pales-trantes, dostemas abor-dados pelasmesas-re-dondas ee s p e c i a l -mente pelodebate pos-s ib i l i tadoentre aclasse, ge-rando umatroca de ex-periências,conhecimentos e idéias�,avaliou o coordenador doevento e Secretário Geralda Federação Brasileira da

SUCESSO NA JORNADADE GASTROENTEROLOGIA

to iniciou no dia 15 demarço � Dia Mundialdo Consumidor �eprosseguiu até o dia17. Destinado a advo-gados, estudantes dedireito, promotores,juízes, delegados e apopulação em geral, ocongresso teve o obje-tivo de divulgar estu-dos da legislação atual

e de promover a conscien-tização da sociedade sobreos direitos do consumidor.

DR. MURILLO CAPELLA REPRESENTOU A ACM EFALOU NA PLENÁRIA DO CONGRESSO SOBRE PLANOS DE SAÚDE

RESPONSABILIDADE

MÉDICA�Responsabilidade Médica�

foi o tema abordado na pales-tra realizada pelo Dr. MurilloCapella para os médicos daRegional Médica Osvaldo Cruz,dos municípios de Indaial e Riodos Cedros. O evento foi noCentro de Estudos do Hospi-tal Beatriz Ramos de Indaial, nodia 6 de abril, contando com apresença de aproximadamente20 médicos da região. A pales-tra foi a primeira de uma sériede eventos já programados pelaentidade local, merecendo elo-gios aos organizadores e ao mi-nistrante. �Foi ótimo. Alémdas informações trazidas peloDr. Capella, foi um momentode confraternização e um reen-contro com um amigo especi-al�, disse Dr. Edilberto Tadeu,Presidente da Regional.

CONGRESSO DE

GINECOLOGIA

REÚNE MIL

MÉDICOS NA

CAPITALCerca de mil médicos de

Santa Catarina, Paraná e RioGrande do Sul estiveram pre-sentes ao 10º Congresso SulBrasileiro de Ginecologia eObstetrícia, realizado emFlorianópolis nos dias 11 a 13de maio. A saúde da mulherfoi discutida em todas as suasfaces durante a programaçãodo evento, que recebeu apresença do Presidente daFederação Brasileira de Gi-necologia e Obstetrícia, Dr.Edmundo Baracat. O Presi-dente da ACM, Dr. CarlosGilberto Crippa, também gi-necologista, compôs a mesade abertura do Congresso, aolado do Presidente da SO-GISC, Dr. Dorival Vitorello,do Secretário de Estado daSaúde, Eni Voltolini, e repre-sentantes do setor.

LIDERANÇAS MÉDICAS DO ESTADO E DA ESPECIALIDADE

PARTICIPARAM DA MESA DE ABERTURA DO EVENTO

DR. WALDOMIRO DANTAS RECEBEU A HOMENAGEM PELAS

MÃOS DO PREFEITO DE CHAPECÓ, JOSÉ FRITSCH

especialidade, Dr. MiltonScopel, que também é De-legado da ACM junto àAMB.

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�Nós temos bons motivos parafestejar os 63 anos da AssociaçãoCatarinense de Medicina�. Comesta importante afirmação, o Presi-dente da ACM, Dr. Carlos Gilber-to Crippa, iniciou oficialmente a fes-ta em comemoração do aniversárioda entidade, ocorrida no dia 28 deabril, reunindo cerca de 300 convi-dados na sua sede social, em Flori-anópolis. A confraternização entrea classe contou com homenagensaos médicos jubilados e remidos daAssociação, sorteio de uma viagema Buenos Aires, descontração, jan-tar e dança, ao som do eclético Gru-po Musical Mazola. Para prestigiara festa, lideranças médicas de todoestado estiveram presentes, atravésde Presidentes de entidades par-ceiras da ACM, Presidentes de Re-gionais, Sociedades e Departamen-tos de Especialidades, amigos e fa-miliares.

Dr. Crippa aproveitou o momen-to para relembrar o nascimento daACM, a mais antiga entidade mé-dica catarinense. �Há 63 anos al-guns colegas tiveram a visão de quea união dos médicos seria positivapara a classe e, com abnegação, cri-aram esta Associação, grandiosapara o nosso estado e também parao nosso país�. Agradecendo a to-dos os sócios que apostaram no as-sociativismo e continuaram naconstrução da ACM, o Presidentetambém destacou o momento pre-sente e as diversas ações em desen-volvimento, além de salientar osplanos para o futuro. �Não tenho apretensão de formar a Ordem dosMédicos, mas farei a minha parte�,anunciou ao parabenizar as direto-rias que o antecederam �pelo be-líssimo trabalho realizado e pelopatrimônio adquirido�.

A noite ainda teve como des-taque o sorteio da passagem a

Buenos Aires, tendo como con-correntes todos os 3 mil médi-cos que participaram da pesqui-sa de opinião realizada pela As-sociação no início deste ano

FESTA PARA COMEMORAR OS63 ANOS DA NOSSA ACM

LIDERANÇAS DA CLASSE ECONVIDADOS ESPECIAIS

PRESTIGIARAM A NOITE,CONFRATERNIZANDO NO

ANIVERSÁRIO DA MAIS ANTIGA

ENTIDADE MÉDICA CATARINENSE

2000, de fundamental importân-cia para o trabalho de planeja-mento estratégico da entidade.A médica Helena Kretzer Phi-lippi, chamada para auxiliar no

sorteio, retirou da urna o CRMnúmero 8.090, do Dr. Alexan-dre Tomaz Araújo, que apesarde não estar presente, ganhouo prêmio.

JANTAR, DESCONTRAÇÃO E DANÇA FORMARAM O CENÁRIO DA COMEMORAÇÃO,NA SEDE DA ENTIDADE, NA CAPITAL CATARINENSE

PRESIDENTE E SECRETÁRIO GERAL DA ACM, DRS. CARLOS

GILBERTO CRIPPA E JORGE ANASTÁCIO KOTZIAS FILHO,ACOMPANHADOS DAS ESPOSAS, RECEPCIONARAM OS CONVIDADOS

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Um dos momentos maisimportantes da comemora-ção dos 63 anos da ACM foio de homenagear os novosassociados remidos e jubila-dos da entidade. Dos 16 só-cios remidos em 2000, dezestiveram presentes à festae um enviou a filha para re-presentá-lo, enquanto dosquatro sócios jubilados, doisforam prestigiar o evento: osmédicos Peter Goldberg eHelena Kretzer Philippi.�Uma homenagem é sem-pre gratificante e demons-tra o espírito associativo da-quele que está sendo home-nageado�, salientou o Dr.Goldberg. �Eu parabenizo aatual Diretoria pela iniciati-va�, disse o homenageado aolembrar com orgulho que oterreno onde está construí-da a sede da ACM foi ad-quirido na gestão em que oDr. Júlio Cordeiro foi Presi-dente da entidade e ele ocu-pava o cargo de Secretário.

O médico Álvaro José deOliveira falou em nome dossócios remidos e tambémagradeceu a homenagem.�Neste momento de festa,temos oportunidade de ex-pressar o quanto nos senti-mos honrados por pertencerà esta Associação tão batalha-dora e vitoriosa, que vai con-tinuar sua luta com o enga-jamento de todos�. Ao fina-lizar seu pronunciamento,fez um alerta aos médicosmais jovens, destacando aimportância de continuar atrabalhar em prol da entida-de de classe, que é uma for-ma de conquistar benefíciospara os médicos catarinenses.

REGIONAIS

PRESENTESEntre os convidados presentes

à festa da Associação Catarinensede Medicina, merecem destaqueos dirigentes de Regionais, queprestigiaram o evento e demons-traram mais uma vez sua estreitarelação e parceria com a ACM.Para o Presidente da RegionalMédica de Blumenau � AMBl, Dr.Sérgio Marcos Meira, a festa foimais do que justa. �Todos têm quecomemorar o 63º aniversário daACM. A nova Diretoria começoucom o pé direito, junto com as ou-tras entidades médicas, principal-mente com a realização do IIIFEMESC, onde levantou-se abandeira contra a proliferação in-discriminada de escolas médicas,pela valorização da profissão�.

Já o Presidente da Regional deJoinville, que também participouda comemoração, salientou que aclasse vem passando por um mo-mento histórico de sedimentaçãodo associativismo. �Agora, há umatendência do médico em partici-par das reuniões, festas e encon-tros, para o resgate dos seus es-paços. A situação atual também éde fragilidade, com a chegada aomercado de planos de saúde deintenções duvidosas, com propó-sitos puramente mercantilistas,falta de verbas para a saúde, fra-gilidade do SUS, entre outros pro-blemas�. Nesse sentido, o médi-co destacou a indispensável atu-ação da ACM: �A Associação Ca-tarinense de Medicina constitui-se num braço político de respei-to. A nossa entidade, em parceriacom as Regionais, tem credibili-dade e legitimidade�.

MOMENTO ESPECIALPARA HOMENAGENS

SÓCIOS REMIDOS1. Álvaro José de Oliveira2. Arildo Disaro3. Arnaldo Dumsch4. Célio Rogério Ramos5. Dário Alcebíades Seara Garcia6. Haylor Delambre Dias7. Lincoln Virmond Abreu8. Luiz Amadeu Antunes Vieira9. Luiz Carlos Lins10. Newton Djalma do Vale Pereira11. Otávio Roberto Carneiro Rila12. Osvaldo José Nogueira13. Paulo Norberto Discher de Sá14. Valdir César Baretta15. Valmor Ernesto Lunardi16. Vendramin Antônio Silvestre

SOCIOS JUBILADOS1. Wilson Holtrup Santhiago2. Peter Goldberg3. Helena Kretzer Philippi4. Harison Swain Herderico

DR. LAIRTON VALENTIN,PRESIDENTE DA

SOCIEDADE JOINVILENSE

DE MEDICINA,PARTICIPOU DA FESTA AO

LADO DA ESPOSA

DR. ÁLVARO JOSÉ DE OLIVEIRA FEZ UM PRONUNCIAMENTO

DE AGRADECIMENTO EM NOME DE TODOS OS HOMENAGEADOS

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VANTAGENS

ACM EVENTOS

NOVIDADE

Destaques CatarinensesCom isso, valorizamos o profissi-onal catarinense e elevamos oexemplo deixado por colegas quemerecem nosso reconhecimento egratidão pelo trabalho executado.

O sempreatuante anes-tesista JoséWarmuth Tei-xeira, de Tu-barão, ocu-pou diversoscargos atéchegar à Pre-sidência daS o c i e d a d eBrasileira deAnestesiolo-gia (SBA), em1975. �Isto foimuito impor-tante paramim. Na épo-ca, a SBA era a 3ª do mundoem número de sócios�, relem-bra o médico. Foi um períodoque permitiu ao anestesista fa-zer várias visitas às regionais efundar a Regional de Aneste-siologia do Estado do Mara-nhão. �Havia dois grupos rivaisnaquele estado e cada qualqueria que o lançamento daRegional fosse feito em suasede. Para apartar os dois gru-pos, optei por fazer na sede daAssociação Médica do Esta-do�, conta Dr. Teixeira.

Durante seu mandato, deum ano, o médico conseguiuque a anestesia fosse paga peloINAMPS por tempo de atua-ção, atitude inédita e única en-tre todas as especialidades.�Nossa Sociedade era muitounida, atuante e forte�, acres-centa ao destacar a grande evo-lução presenciada pelo setornos últimos anos. �Antes, omédico da área era mais um clí-nico geral, pois era �desarma-do�, isto é, quase não utilizavaequipamentos. Hoje, através

DR. JOSÉ WARMUTH TEIXEIRA

A partir desta edição, o JornalACM vai oferecer um espaço espe-cial aos médicos de Santa Catari-na que ocupam ou já ocuparam aPresidência de Sociedades Científi-cas de Especialidades Nacionais.

da influênciada tecnologiae eletrônica, avigilância dopaciente é fei-ta por monito-res. A própriaevolução dacirurgia vemrequerendodo anestesistauma especiali-zação bemmaior�.

Os eventosda especiali-dade tambémvêm crescen-

do em importância e repercus-são. O ex-Presidente da SBAchegou a organizar, há cerca de30 anos, a 5ª Jornada Sul Bra-sileira de Anestesiologia (JO-SUBRA), em Gravatal. �Vie-ram colegas até de Pernambu-co e todos os expoentes daanestesiologia da época, para omeu orgulho�.

Dr. José Warmuth Teixeiranasceu no Rio de Janeiro, ondese formou na Universidade doEstado, em 1959. Com o Títu-lo Superior de Anestesiologia(TSA), desde 1960 trabalha nomunicípio de Tubarão, onde foio pioneiro na especialidade queocupa. Foi fundador do Bancode Sangue do Hospital NossaSenhora da Conceição, médicodo trabalho da Estrada de Fer-ro Teresa Cristina, presidiu aRegional Médica de Tubarão eo Departamento de Anestesio-logia da ACM em duas ocasiões.Hoje, é membro da ACAMEDe responsável pela Comissão deMuseu da Academia Catarinen-se de Medicina.

�Por Dentro� do Site

DR. JOSÉ WARMUTH TEIXEIRA: EX-PRESIDENTE DA SOCIEDADEBRASILEIRA DE ANESTESIOLOGIA

Nesta edição do Jornalda ACM estamos inauguran-do a Coluna �Por Den-tro� do Site, com notícias einformações sobre o nosso site:www.acm.org.br

Nesses 14 de meses de exis-tência, o site da ACM recebeumais de 750 mil visitas, consoli-dando-se como um dos canaispreferidos do médico para secomunicar com a sua Associação,com os demais colegas de pro-fissão e com outras entidades.

Reconhecendo essa novarealidade, a ACM passará a pri-vilegiar, a partir deste ano, as co-municações via Internet, tiran-do vantagem do binômio efici-ência/custo, que faz a modali-dade ser um sucesso mundial.

Não fique à margem dessa ten-dência, cadastre o seu e-mail nanossa base de dados, integrando-se na maior rede de profissionaisda saúde de Santa Catarina.

Endereço para cadastra-mento: [email protected]

A inovação este ano foi a cri-ação do site da ACM Eventos:http://www.acmeventos.org.br

A página de �Eventos� donosso site, que já era uma dascampeãs de acessos, só tema ganhar com a mudança parao novo endereço, cujo con-

teúdo e qualidade gráficaexercerá grande atração sobreos nossos associados e de-mais visitantes. A novidade �que, aliás, fez o maior suces-so no 10º Congresso Sul-Bra-sileiro de Ginecologia e Obs-tetrícia, foi a inscrição online.

pages. Outras três Sociedadesestão estudando o projeto deseus sites. Ganham as entida-des, pela divulgação de seustrabalhos, ganham os associa-dos, pelas facilidades oferecidaspela nova mídia e ganha o De-partamento Científico daACM, que em 2000 espera con-solidar a sua posição de um dosmais importantes canais de di-vulgação de conteúdo médico-científico do sul do país.

A Secretaria da ACM estápreparada para orientar os inte-ressados sobre o que e como fa-zer para integrar-se à rede webmédico-científica. Consulte-nosvia fone/fax: 48 238-0035 ou e-mail: [email protected]

As Sociedades e Departa-mentos da ACM despertarampara as vantagens da Internet.Com a ajuda e orientação daMonticello Consultores Associ-ados, com quem a ACM man-tém uma parceria nesta área decomunicação interativa, estácrescendo o número de entida-des que hospedam a sua home-page no nosso site. Primeiro foia Sociedade Catarinense dePediatria, que, pioneira, mos-trou o caminho às demais. Ago-ra são a Sociedade de Obstetrí-cia e Ginecologia de Santa Ca-tarina e a Sociedade Catarinen-se de Oftalmologia que pedemespaço no servidor da ACMpara hospedarem as suas home-

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�Minha leitura atual é a prin-cipal obra do grande intelectualinglês Richard Hoggart, nascidona cidade industrial de Leeds, em1918. O livro foi publicado em1957, intitulado The Uses of Li-teracy, que traduzo parafrasean-do: �o uso que os alfabetizadosfazem de sua capacidade de ler�.Ele fala sobre as mudanças nacultura da classe operária inglesadurante os últimos 50 anos. Algosimilar ao acesso que tiveram ossindicalistas aos livros e a intera-ção com a elite industrial do ABCna década de 70 no Brasil.

Tenho, por empréstimo, um li-vro escrito em 1933, do dramatur-go americano Maxwell Anderson,progressista radical que escreveu

ALÉM DO CONSULTÓRIO ...Esta página está reservada para divulgar as habilidades,

hobbies, atividades pessoais, viagens, leituras, opções esportivase artísticas dos médicos catarinenses, além do consultório.

O que estou lendoO que estou lendo

DR. PAULO ZENI CULTIVA COM

ORGULHO E PRAZER SUA BIBLIOTECA,COM CERCA DE 1.500 OBRAS

Quase todas as sextas-feiras,a partir das 19 horas, o �Porão 26�na Rua Alves de Brito, no cen-tro de Florianópolis, recebe di-versos músicos da cidade. Entreeles, o pneumologista CristianoMarques. �Ficamos tocando atéquase uma hora da madrugada�,conta o médico, que para nãoincomodar os vizinhos próximosrevestiu todas as paredes de umespaço em sua casa e fez um ver-dadeiro estúdio para se divertircom o amigos, onde funciona ochamado �Porão 26�, que é o an-tigo número da sua residência.

O gosto pela música vem des-de bem jovem, quando o pneu-monologista ainda morava emTubarão e integrava a bandaBossas�Sons. �Naquela época,nosso trabalho era profissional.

Tínhamos empresário, umakombi para transporte e tocáva-mos em bailesde toda a re-gião�. Há qua-se 20 anos, Dr.Marques veiopara Florianó-polis estudarmedicina e,com ele, vie-ram alguns in-tegrantes dabanda. �Co-meçamos fa-zendo roda desamba comviolão e atabaque e, aos pou-cos, fomos comprando novosinstrumentos. Hoje temos mesade som, bateria, baixo, tecladoe violão elétricos, que acompa-

nham as vozes. Adaptei o po-rão da minha casa, onde hoje

costumamospassar a noitede sexta-feiratocando, dan-do espaçopara o diverti-mento e pra-zer. É uma for-ma de fazer oque gostamose de relaxar astensões da se-mana�, conta.

O repertó-rio preferido

do grupo é MPB, músicas decantores como Djavan, Gil-berto Gil, Chico Buarque deHolanda, Caetano Veloso,entre outros. �Mas nossa es-

pecialidade é a Bossa Nova�.Além do grupo que costumase reunir, alguns músicos deFlorianópolis também gostamde freqüentar o �Porão 26�.�Aqui na capital há muitosbons músicos que podemosouvir nos bares da cidade.Sempre estamos em contatocom eles para trocar idéias etocar junto�.

O grupo, que não tem ne-nhuma formação musical, poisaprendeu o que sabe pelo ou-vido, já gravou algumas fitas epretende gravar um CD. Nãocom um propósito comercial,mas para dar aos amigos. �EmTubarão, nós temos uma pla-téia cativa. É só anunciar nos-sa chegada que todos queremnos ouvir�.

uma sátira contra a corrupção e in-telectualidades reinantes nas duas�casas� do Congresso, o senado e acâmara dos representantes, e deuà peça o título �Both Your Houses�ou �As vossas duas Casas�. Tão atu-al se vislumbrarmos o que é o pro-cesso hoje em Brasília.

Minha pequena biblioteca,hoje com aproximadamente1.500 livros, cresceu lentamente,tendo seu �boom� nas décadas de60 e 70, quando eu era adoles-cente e estudante, caro voraz fre-qüentador de noites de autógra-fos, entre Brasília e o Rio de Ja-neiro. Penso que uma bibliotecapermite investigar as preferênci-as e o caráter de seu proprietário.

Entre meus livros preferidos

estão uma autobiografia de RoseKennedy; �Ulisses�, de JamesJoyce; e �Contraponto�, de Al-dous Huxley, que vim a conhe-cer com meu professor de histó-

ria Nelson Nunes. Há tambémum romance espanhol moderno,o célebre �Belarmino y Apolo-nio�, de Ramón Pérez de Ayala,pontuado de digressões espiritu-osas, nos encontrando no jardimalegórico de uma Espanha pas-sada e pitoresca.

Leituras e releituras têm umsabor permanente de renovaçãoe neste mês de maio pretendoreler �O Processo� de Kafka, e �Me-mórias Póstumas de Brás Cuba�,de Machado de Assis. Vale lem-brar a chegada tão esperada dasnovas releituras de Frank Sina-tra, em tons e entretons para to-dos os gostos, como era a sua fan-tástica música.�

Dr. Paulo Roberto Zeni

Meu lado artísticoMeu lado artístico

DR. CRISTIANO MARQUES REÚNE-SE

COM OUTROS MÚSICOS TODAS AS

SEMANAS NO CHAMADO �PORÃO 26�,EM SUA CASA, PARA TOCAR MPB EBOSSA NOVA

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A segunda edição do �Dr.Gourmet� confirmou: esta novapromoção criada pela AssociaçãoCatarinense de Medicina veiopara ficar. Desta vez, o chef foi oginecologista e obstetra JorgeAbi Saab Neto, que levou suareceita de quibada para os cole-gas de profissão e convidadosespeciais experimentarem nasede da ACM. O jantar aconte-ceu na noite de 13 de abril pas-sado, reunindo os médicos admi-radores da comida árabe, da boacozinha e do congraçamentoentre a classe.

O programa �Dr. Gourmet� foicriado pela atual Diretoria da As-sociação tendo a integração como

CHEF DR. JORGE ABI

SAAB NETO PREPAROU

UMA QUIBADA ESPECIAL

�DR. GOURMET� LEVAMÉDICOS PARA A COZINHA

ACM EVENTOSCONQUISTA SEU ESPAÇO

Há menos de um ano de ati-vidade, o departamento ACMEventos já conquistou a con-fiança dos médicos catarinen-ses auxiliando diversas Socie-dades de Especialidades nahora de promover congressos,cursos, conferências, simpósi-os e encontros científicos e só-cio-culturais, sejam eles de ca-ráter municipal, estadual, sul-brasileiro e nacional. As van-tagens para a classe são inúme-ras : custos reduzidos, profissi-onais especializados na área deeventos, atendimento perso-nalizado e infra-estrutura comtoda a modernidade necessá-ria ao serviço, no local a ser es-colhido pelo promotor.

O departamento ACMEventos nasceu com as se-guintes metas:

oportunizar às Socieda-des Científicas condiçõespara realizar suas promoções;

oferecer um serviço detecnologia e qualidade comcusto reduzido;

proporcionar à AssociaçãoCatarinense de Medicina alter-nativas de obtenção de recei-tas que não penalizem as men-salidades dos associados;

otimizar a utilização doCentro de Convenções daACM.

Todo esse trabalho é rea-lizado por uma equipe co-nhecedora da área médica,de suas peculiaridades e ne-cessidades, tendo como fococentral a satisfação dos pro-motores.

O espaço é do médico cata-rinense. Utilize-o.

meta maior, mas também paraangariar recursos ao chamado pro-jeto ACM Qualidade de Vida,que será o elo maior de ligaçãoda entidade com os cidadãos ca-tarinenses, especialmente as clas-ses mais carentes e necessitadas.A primeira noite da promoção foiem 24 de março, tendo como chefo Presidente da ACM, Dr. Car-los Gilberto Crippa, que prepa-rou o prato �Zitti in Vulcano�. Ospróximos gourmets serão os Drs.Antônio Sbissa, Rodrigo D�EçaNeves, Newton Capella, LuizFernando de Vincenzi, Luiz Ar-thur Luz, Giovane Colombo eGeraldo Swiech, em datas aindaa serem confirmadas.

COLEGAS E CONVIDADOS

FORAM PRESTIGIAR OEVENTO E A RECEITA DOGOURMET DO MÊS

ADMIRADORES DA COMIDAÁRABE E COM PALADAR

APURADO FORAM VER DE

PERTO O PREPARO DO PRATO

QUIBADAIngredientes:� 1,5 kg de farinha de trigo para quibe � 2 maços de salsa� 1,5 kg de patinho moído uma vez � 1 maço de hortelã� ½ kg de cebola de cabeça � sal e pimenta síria� 2 maços de cebolinha verde

Lave o trigo até a água sair clara edepois esprema levemente.

Misture com os outros ingredi-

Modo de preparar a massa básica:entes, passe tudo na máquina demoer carne e adicione sal e pimen-ta síria a gosto.

Para o quibe cru:Retire 1/3 da massa básica e adi-

cione ½ kg de patinho moído duasvezes. Misture bem e complete comsal e pimenta síria. Arrume numa tra-vessa e regue com azeite de oliva.

Para quibe assado:Em um pirex untado com man-

teiga, coloque uma camada fina demassa básica, espalhando com asmãos molhadas. Cubra com umacamada de recheio e depois coloqueoutra camada de massa básica. Comuma faca corte em toda a extensãodo comprimento e da largura, fazen-do um quadrado. Regue abundan-temente com óleo de soja e leve aoforno, aquecido, por cerca de 40minutos.

Para quibe frito:Faça bolas (de aproximadamen-

te 4 centímetros) da massa básica.Com movimento rotativo gire asbolas, furando-as com o dedo indi-cador para que fiquem ocas e comas paredes finas. Introduza um pou-co de recheio e feche a outra extre-midade, trabalhando sempre com asmãos molhadas em água.

Frite-os em óleo de soja.

Recheio:½ kg de patinho moído duas ve-

zes. Frite a carne com bem poucoóleo. Quando estiver bem frito adi-cione uma cebola de cabeça (pica-dinha) e um pouco de hortelã (pi-cadinha). Tempere com sal e pi-menta síria.

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Não é fácil ser mãe nestesmomentos de transição. A que-bra do elo entre a mãe e a filhavai além do relacionamento deuma mulher com sua mãe. Par-te do desequilíbrio de valoresda nossa cultura, que exaltama masculinidade em todas asordens.

Nessas regras baseia-se tam-bém o modelo da super-mu-lher do nosso tempo, que pro-mete às jovens �ter tudo�: re-alização econômica, profissio-nal, casamento estável, mater-nidade satisfatória. Tarefa deheroínas que lutaram para nãose parecer em nada com asmães dos anos 50, sem liberda-de, deprimidas, fazendo-se ví-timas e dependentes dos ho-mens.

Mas hoje, cansada, estressa-da, sem tempo para si e igual-mente insatisfeita, a Filha bus-ca a Mãe que nunca teve, numnovo modelo de mulher queestá começando a emergir dasprofundezas de seu próprio in-consciente.

A descoberta dos anticon-cepcionais e o rápido progres-so da tecnologia doméstica,desde a Segunda Guerra Mun-dial, tiveram um enorme im-pacto sobre a vida das mulhe-res. Durante as duas décadasseguintes, a liberdade de esco-lher a gravidez e cortar o tem-po gasto no trabalho domésti-co levaram as mulheres para omundo dos homens. Gradual-mente começaram a desvalo-rizar a vida do lar e a materni-dade, apesar das suas necessi-dades instintivas, transmitindoesta rejeição para suas filhas.

A educação para ambos ossexos se transformou no ensi-

OPINIÃO

MATERNIDADE CONSCIENTE:A BUSCA DO ELO PERDIDO

DRA. SANDRA RINALDIDIRETORA SÓCIO-CULTURAL ACM

no de qualificações com baseem aptidões científicas e raci-onais. Intuição, sentimento,subjetividade, capacidade derelacionar, reações emocionaise outros traços associados como feminino foram reprimidos edesvalorizados.

No final dos anos 50, o mo-delo da esposa/mãe gentil, de-pendente e submissa já tinhase tornado obsoleto. Nos anos60 e 70 as mulheres esperavamalcançar o autovalor e indepen-dência dos quais suas mães ti-nham sido privadas. Isto tam-bém significava a rejeição docasamento tradicional e da de-pendência em relação aos ho-mens para a segurança econô-mica e social.

Também nestes anos o mo-vimento feminista ofereceuum sistema de apoio para asmulheres que viviam à sombrados homens. Donas de casa emulheres sem profissão pude-ram se expressar mais livre-mente e começaram a sentirconfiança em si mesmas,aprendendo a viver sem tantaaprovação masculina. Mas al-gumas degeneraram uma pos-

tura radical, identificando-secom aquilo que combatiam.

Esforçando-se por não separecer em nada com suasmães, muitas jovens chegarama agir como homens, medindosua auto-estima e valorizaçãode acordo com os padrões mas-culinos de produtividade. As-sim, chegamos à executiva�mulher-maravilha� dos anos80, super-exigida, sentindoque nunca faz o suficiente. Su-bindo na escalada profissionale econômica, mas sentindo-seescrava do relógio, estressada,vazia, estéril e sem amor.

A mulher dos anos 90 estáquerendo reconectar-se comsua feminilidade reprimida eferida. Começa a questionarsua vida e suas insatisfaçõesmais profundamente que asgerações anteriores.

O preço do sucesso no mun-do masculino foi a separação docorpo, das emoções e da natu-reza. A perda do centro do po-der e da ligação adequada comas forças que podem nutrir o eufeminino.

Agora começa o caminho devolta ao Lar. Recuperar, reco-

brar, reaprender. No começoda �Era de Aquário� vamos to-mando consciência da destrui-ção dos valores egocêntricos eda emergências dos valorestranspessoais. O grupo e aunião estão revalorizando-sepor cima do individualismo e aNatureza está sendo novamen-te sacralizada.

A Nova Mulher sente a ne-cessidade de reencontrar suaintegridade psíquica, de mer-gulhar nas profundezas de seupróprio ser, para ligar-se com araiz de seu gênero e voltar paraparir sem dor. Parir-se a si mes-ma, em princípio, e à sua mãee às suas avós. Procurar �umanova forma, uma nova manei-ra�, até encontrar o elo que aconecte com a Grande Mãe.Mulher do Futuro que já exis-tiu no Passado e está voltandopara o Presente. Roda da vidaque se equilibra a si mesma.

Mitos, poesia, música são alinguagem da mulher e do he-misfério direito do cérebro. En-trando neste mundo mágico,dimensão mais sutil, de maiorbeleza, vamos abrindo as por-tas do Terceiro Milênio.

Como mulheres do ano2000, queremos relaxar, amar-mo-nos e valorizarmo-nos peloque somos, não pelo que faze-mos. Celebrar, criar, desfrutar,partilhar. Desintoxicar nossocorpo porque ele é o assento doespírito do mundo material.Sentirmo-nos viva dentro daVida Placentária, a Filha daMãe, produzindo-se num mo-delo cada vez mais pleno e fe-liz que transcende os tempos.E desde esta consciência con-vidar os homens a perpetuar aespécie.

MULHERES DOS ANOS 90 QUEREM RECONECTAR-SE

COM SUA FEMINILIDADE REPRIMIDA E FERIDA

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Jornal da ACM 15

ABRILDia 03 � Reunião de Dire-

toriaDia 04 � Reunião do CO-

SEMESCDia 05 � Posse da Diretoria

do CALIMED (Grê-mio dos Estudantes deMedicina da UFSC)

Dia 06 � Painel de Deba-tes sobre Responsabi-lidade Civil e Penal daMedicina e Odontolo-gia, na Casade Cultura Jurídica- Debate sobre escolasde medicina, na Regio-nal Médica de Lages

Dia 12 � Fórum na Secre-taria da Saúde

Dia 13 � Jantar �Dr.Gourmet�, chef Dr.Jorge Abi Saab Neto

Dia 14 � Abertura do IIIFEMESC, em Balne-ário Camboriú

Dia 15 � III FEMESCDia 24 � Reunião de Dire-

toriaDia 28 � Comemoração

do Aniversário de 63anos da ACM- Abertura do Con-

gresso de Gastroente-rologia, em Chapecó

MAIODia 03 � Reunião com a

Comissão de Defesade Classe

Dia 04 � Palestra de aber-tura do EncontroFeminino da Rede deCombate ao Câncer

Dia 05 � Reunião do CI-NAEM, na AMB, emSão Paulo- Abertura da Jornadade Cirurgia Plástica

Dia 06 � CINAEM

Dia 07 � CINAEM

Dia 08 � Reunião de Dire-toria e Conselho deEx-Presidentes daACM

Dia 10 � Aniversário doPrograma CapitalCriança

Dia 11 � Abertura do 10ºCongresso Sul Brasi-leiro de Ginecologia eObstetrícia

Dia 13 � Formatura daturma de Medicina doTrabalho

AGENDA CIENTÍFICAAGENDA DADIRETORIA III CONGRESSO BRASILEIRO

DE BIOÉTICAI CONGRESSO DE BIOÉTICA DOCONESULData : 02 a 04 de Julho de 2000Local : PUC/RS, em PortoAlegrePromoção : Sociedade Brasilei-ra de Bioética e Sociedade Rio-Grandense de BioéticaTemas de Destaque : -Interfa-ces da Bioética-Bioética Clínica-Pesquisa Biomédica-Bioética e Meio Ambiente-Ética da Qualidade de Vida naVelhice-O Paciente que Vai Morrer-Novas Tecnologias-Bioética, Humanidades Médi-cas e GenéticaInformações e Inscrições :Fone/fax (51) 311-7350, e-mail� [email protected]

34º CONGRESSO BRASILEIRODE PATOLOGIA CLÍNICA EMEDICINA LABORATORIAL5º CONGRESSO DO MERCOSUL4º CONGRESSO DE GESTÃOLABORATORIALData : 05 a 08 de setembro de2000.Local : FlorianópolisTemas de Destaque : -Fatoreshumanos � Gestão de Qualida-de-Jurisprudência em Medicina eÉtica Médica-Mudanças com a Chegada doNovo Milênio-Infertilidade-Diagnóstico das Doenças Se-xualmente Transmissíveis-Anaeróbios-Melhorando a Produtividadeno Laboratório-Culturas de Vigilância emInfecção Hospitalar-Papel da Acreditação na Me-lhoria dos Laboratórios

Informações e Inscrições : -Departamento de EventosACM � Fone/fax (48) 238-0035-Sociedade Brasileira de Pato-logia Clínica/Medicina Labora-torial � Fone (21)558-1024

XXIX CONGRESSOBRASILEIRO DE RADIOLOGIAVII CONGRESSO BRASILEIRODE ULTRA-SONOGRAFIAI SIMPÓSIO LUSO-BRASILEIRODE RADIOLOGIAXIII JORNADA NORTE-NORDESTE DE RADIOLOGIAI ENCONTRO BRASILEIRO DEENFERMAGEM EMRADIOLOGIAData : 11 a 15 de novembroLocal : Centro de Convençõesde Salvador, BahiaMódulos : Neurologia, Pedia-tria, Tórax, Mama, AparelhoGênito-Urinário, Medicina In-terna, Sistema Músculo Esque-lético, Ginecologia/Obstetrícia,Medicina Nuclear, Radiotera-pia, Radiologia Vascular e Inter-vencionista, Densitometria Ós-sea, Técnicas em Radiologia,Enfermagem em Radiologia.Informações e Inscrições: Fone(71) 264-3477.

IV JORNADA CIENTÍFICA,IV SIMPÓSIO DE ENFERMAGEMIII ENCONTRO DOS EX-RESIDENTES DO HOSPITALGOVERNADOR CELSO RAMOSData : 23, 24 e 25 de novembrode 2000.Local : Centro de Eventos daAssociação Catarinense deMedicinaMetas dos Eventos : aprimoramentocientífico, recordar momentos passa-dos e congraçamentoInformações e Inscrições :Centro de Estudos �Dr. DaniloFreire Duarte� � Fone (48)251-7314

O Departamento Científicoda ACM informa aos médicosque a partir deste ano 2000 asedições da REVISTA AR-QUIVOS CATARINEN-SES DE MEDICINA volta-rão a ter a periodicidade trimes-tral, interrompida por diversosproblemas agora sanados. Ten-do em vista a importância des-te periódico e o sério compro-

misso de sua veiculação entrea classe, a Associação Catari-nense de Medicina coloca oespaço à disposição dos médi-cos de todo estado, que podemenviar colaborações científicaspara o Departamento, que faráa devida avaliação e publicaçãodos textos aprovados pela Co-missão de Publicações da Re-vista.

REVISTA ARQUIVOSCATARINENSES DE MEDICINA

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São quatro e meia da madru-gada e estou aqui a escrever.Perdi o sono após o absurdo es-tampido de um rojão, daquelesde estremecer vidraças, nasproximidades do meu edifício.A princípio, pensei que fosseoutra coisa. Sei lá..., alguma ex-plosão acidental, talvez um cur-to-circuito no transformador daesquina. Levantei-me assusta-do e abri a janela do 11º andar.Tudo quieto, tudo calmo. Varrio horizonte com os olhos atéonde minha visão alcança, limi-tada pelos paredões dos prédi-os ao redor. E eis que, de re-pente, vinda de algum pontonas cercanias, surge no céu es-curo e límpido, vagando silen-ciosa e inocente ao sabor dabrisa que soprava de nordeste,uma nuvenzinha solitária emtons de azul-claro, concentra-da e amorfa.

Irremediavelmente acor-dado, pus-me a analisar o queleva um indivíduo suposta-mente normal ao desvario in-controlável de provocar, semmotivo algum, um estrondotão desproposital na calada danoite.

Será que esse �cidadão�existe? Será que ele �pensa�?Invertendo a conjetura deDescartes, eu diria que �exis-te, logo pensa�. Pensa porqueteve a idéia; - porque riscou ofósforo e ateou fogo ao pavio;- porque premeditou; - porque,ao fazê-lo, antegozou algumtipo de prazer mórbido. Pen-

sa, portanto, nem queseja de modo rudi-mentar, quase irra-cional. Digo �qua-se�, já que um ir-racional absolutoseria incapaz deelaborar toda aseqüência de pro-jeções e de gestosexigidos por tamanhodesatino.

Será um louco?Ora, louco é um in-conseqüente. Não...,decerto não é um lou-co. Então, o que ele é? Um go-zador?... Tampouco. Gozaçãotem hora e tem lugar. É ummoleque?... Não. O molequenão é, necessariamente, malintencionado. Esse indivíduoé, isso sim, um delinqüente,dono do mesmo sadismo in-trínseco que faz o torturador,que faz o estuprador...

Sabido que a surdez é ummal que atinge pouco mais dedois por cento da população,por certo não fui eu o único aacordar sobressaltado. E a umestampido daqueles..., não hásono profundo que resista.

Fiquei imaginando alguémque sofra de insônia e tenhapegado no sono um minutoantes...; uma mãe que acabe deembalar o filhinho e feche osolhos para descansar...; os en-fermos de um hospital...; al-gum trabalhador com o sonoatrasado e que tenha de acor-dar meia hora adiante...; enfim,

todos os que po-dem ter sido sa-cudidos pela ex-plosão.

E já que perdio sono, resolvi

protestar àminha moda.É pena queele não leiao que estouescrevendo.Talvez con-seguisse re-frear seu im-pulso anima-

lesco da próxima vez em quefor acometido. Mas é impro-vável; uma pessoa dessa espé-cie, não lê...ou não lê coisa quepreste...

Aliás, estou convencido deque o fogueteiro não é umapessoa; é uma praga que estáse alastrando de modo descon-trolado. Há os que, simples-mente, soltam rojões na ma-drugada; esses são os legíti-mos, os genuínos, os específi-cos, caso do nosso personagemanônimo. Há os fogueteirosambulantes, verdadeiros notí-vagos motorizados, em corre-ria desabalada pelas ruas e ave-nidas, a encher o silêncio danoite com suas descargas aber-tas. Há, ainda, os que fazemberrar suas buzinas estriden-tes nos inevitáveis congestio-namentos do trânsito nas ho-ras de pique. Não esquecer dosfogueteiros dos estádios defutebol, que, com seus torpe-

CRÔNICA MÉDICA

BAAAAAAHHHMMM...!!!MÁRIO GENTIL COSTA � FLORIPA, MAIO DE 2000

dos e fumaças coloridas, põemem risco a vida alheia, tiram avisibilidade das transmissõesde televisão e criam para osatletas uma atmosfera irrespi-rável durante boa parte dojogo. E mais uma infinidadede sucedâneos que nem me-recem classificação porque jásão, por si mesmos, desclassi-ficados.

Há poucos dias, espremidonuma dessas filas de trânsitocongestionado, surpreendi-mea olhar pelo retrovisor na es-perança de estereotipar o fo-gueteiro que se achava logoatrás, a comprimir, com ex-pressão furiosa e desfigurada,sua buzina ensurdecedora.Mas logo desisti. O aludido�cavalheiro�, visto assim a dis-tância, parecia um tipo co-mum, inaparente, insuspeitocomo eu ou você. E me con-venci de que, conquanto sejauma desgraça pública, ele éuma calamidade sem rosto,uma abstração. A única dife-rença entre ele e o cidadão deverdade é o barulho que faz...,algo concreto..., que sacodemeus tímpanos de forma cru-el e que me faz sofrer.

E como não há meios decoibir ou punir abstrações, oueu aprendo a conviver silenci-osamente com esse castigo ir-revogável ou, então, entro nadança e viro fogueteiro tam-bém.

B u u u u u u u u h h h h h h h -hmmmmmmm!!!...