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1 Edição 217 EDIÇÃO 217 - ANO 5 - 11 DE OUTUBRO DE 2012 Esec Tamoios analisa regras de visitação Cepta realiza pesquisa no Parna Ilha Grande ICMBio promove 2º módulo do Ciclo de Gestão para Resultados Publicada lista de anfíbios e répteis da Rebio Tapirapé Serra dos Órgãos inicia programa de monitoramento climático Tamar celebra resultados positivos Lançado Mestrado Profissional JBRJ – 2013 Parna Montanhas do Tumucumaque realiza concurso de logomarca

EDIÇÃO 217 - ANO 5 - 11 DE OUTUBRO DE 2012 · Ricardo Chaves, Armandinho, Toninho Horta, entre outros grandes nomes da música brasileira, sempre com a mesma filosofia de promover

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Edição 217

EDIÇÃO 217 - ANO 5 - 11 DE OUTUBRO DE 2012

Esec Tamoios analisa regras de visitação

Cepta realiza pesquisa no Parna Ilha Grande

ICMBio promove 2º módulo do Ciclo de Gestão para Resultados

Publicada lista de anfíbios e répteis da Rebio Tapirapé Serra dos Órgãos

inicia programa de monitoramento climático

Tamar celebra resultados positivos

Lançado Mestrado Profissional JBRJ – 2013

Parna Montanhas do Tumucumaque realiza concurso de logomarca

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ICMBio em Foco

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Edição 217

A Acadebio sediou, em setembro, o segundo mó-dulo do Ciclo para Gestão de Resultados. O obje-tivo deste módulo foi transmitir aos participantes conhecimentos conceituais por meio de exercícios aplicativos, do trabalho gerencial, compreendendo sua dinâmica e seu papel no desenvolvimento de equipes e de pessoas.

As atividades em sala envolveram carga horária de 50 horas-aula dedicadas aos temas “Gerencia-mento, Liderança e Desenvolvimento de Equipe” e “Facilitador e as Habilidades Consultivas”. Todas as estratégias educacionais utilizadas no decorrer do módulo incluíram teoria conjugada com exercícios práticos que permitiam ao participante aplicar de forma simulada conceitos, habilidades e atitudes inerentes aos temas trabalhados.

O diferencial deste evento foi a aplicação prática do modelo conduzida pela equipe de facilitadores internos, junto à Acadebio e à Floresta Nacional de Ipanema. As estratégias definidas no ciclo se-rão aplicadas nas duas unidades em caráter experi-mental, o que envolverá vários procedimentos em suas rotinas administrativas.

Neste módulo foi abordado o impacto do processo de liderança no papel gerencial, no comportamen-to organizacional e no manejo da performance de processos e pessoas. Os participantes puderam en-tender o escopo de intervenção do facilitador in-terno, tendo em vista seu papel consultivo e permi-tindo, assim, a identificação dos desdobramentos de sua atuação em termos conceituais, metodoló-gicos e das competências inerentes à intervenção consultiva. Identificar os elementos críticos que devem ser observados na intervenção consultiva a fim de garantir seus resultados também foi outro tema abordado.

O objetivo do ciclo como um todo é promover a consolidação da aplicação do modelo de ges-tão para resultados no ICMBio por meio de um programa de formação continuada que agregue competência aos gestores das diversas unidades organizacionais para implementação de práticas e comportamentos inerentes à adoção do modelo. Mais especificamente, a finalidade é ainda capaci-tar um grupo de servidores no modelo de gestão para resultados para atuar como facilitadores inter-nos na implementação deste modelo nas diversas unidades organizacionais do Instituto. Ao todo, o ciclo é formado por cinco módulos, previsto para ser concluído em fevereiro de 2013.

ICMBio promove 2º módulo do Ciclo de Gestão para Resultados

Evento ocorreu entre 17 e 21 de setembro

Tamar celebra resultados positivos

Com a chegada da primavera, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas - Ta-mar prepara diversas atividades que serão realizadas nos centros de visitantes para comemorar os resul-tados positivos como a nova temporada de desova das tartarugas marinhas que deverá alcançar a mar-ca de 15 milhões de filhotes devolvidos ao mar e o registro de 15 milhões de visitantes ao Tamar.

Em 1982, dois anos após sua fundação, o Tamar incentivou na Praia do Forte, na Bahia, a criação do seu primeiro centro de visitantes. Com apoio de colaboradores locais, os raríssimos turistas que chegavam podiam ver ovos e filhotes de tartaru-ga marinha recém-nascidos, o que foi um sucesso. Um pequeno aquário foi construído, para onde dez das duas mil tartarugas nascidas foram transferi-das. “Nem nós as conhecíamos ou sabíamos exa-tamente o que comiam, o que faziam”, conta Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Tamar. Logo depois, um pequeno tanque foi providenciado.

Trinta anos se passaram e até hoje o centro de vi-sitantes da Praia do Forte nunca ficou um dia sem abrir suas portas. Esforços somados aos demais 11 centros de visitantes no país, chegou-se a uma con-clusão curiosa e emblemática: cada pessoa que vi-

sita o Tamar salva uma tartaruga marinha, ou seja, foram necessárias 15 milhões de pessoas para salvar 15 milhões de tartarugas marinhas. Em média, cada ninho gerou um pouco menos de 100 filhotes, o que permite alcançar a marca de 1,5 milhões de tar-taruguinhas ao mar até o final de 2012.

Tamarear

Para festejar números tão importantes o Tamar vai promover eventos chamados de Tamarear, envol-vendo o público com a mensagem da conservação por meio da arte, música, de exposições, vídeos e muito mais.

Entre 1º e 5 de dezembro, em Fernando de Noronha, o famoso guitarrista americano Stanley Jordan vai realizar show, aulas de técnicas de improviso, mu-sicoterapia e outras atividades com a população e turistas. Ele será acompanhado por músicos brasilei-ros, como Dudu Lima, Mamão e Ricardo Itaborahy, que se juntarão com músicos locais em uma troca de experiência e repertório. Palestras sobre biologia, conservação da natureza, tartarugas marinhas, gol-finhos, baleias, entre outros temas, além de músicas compostas e arranjadas especialmente para a oca-sião, serão conhecidas. Na semana seguinte o grupo segue com o mesmo evento para a Praia do Forte e receberá o reforço de Milton Nascimento.

O Tamarear não para por aí: vai à Sergipe, Ubatu-ba, Florianópolis, sempre nos centros de visitantes. Participarão também do Movimento Tamarear Luiz Caldas, João Donato, Dazaranha, Camisa de Vênus, Ricardo Chaves, Armandinho, Toninho Horta, entre outros grandes nomes da música brasileira, sempre com a mesma filosofia de promover a interação entre músicos, comunidades e os visitantes com a conservação das tartarugas marinhas e da natureza.

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Equipes de parques do Rio de Janeiro trocam experiência

Uma visita da equipe da Serra dos Órgãos à Tijuca no dia 4 de outubro iniciou o intercâmbio entre os parques nacionais do Rio de Janeiro. A proposta é realizar visitas técnicas e troca de experiência de gestão entre as UCs.

O objetivo foi conhecer a trilha sensorial, implan-tada em 2011, no Parque Nacional da Tijuca. Ela propõe acessibilidade a portadores de necessida-des especiais, possui 630 metros de comprimento e 4 metros de desnível e é utilizada também para atividades de interpretação ambiental pelas escolas visitantes da unidade de conservação.

Com 11 colaboradores, a equipe do Parque Nacio-nal da Serra dos Órgãos realizou o percurso junta-mente com o chefe da Tijuca, Ernesto Viveiros de Castro, no intuito de implantar uma trilha com o mesmo perfil. Um dos integrantes da equipe reali-zou a trilha de olhos vendados, vivenciando a expe-riência de um deficiente visual.

A equipe também realizou intercâmbio de boas práticas, discutindo sinalização das unidades de conservação, planejamento estratégico e ordena-mento de visitação de massa, como a que ocorre no Corcovado.

“Essa visita técnica foi o primeiro passo de um pro-jeto de intercâmbio entre os parques nacionais do estado do Rio de Janeiro. Estamos agendando vi-sita ao Parque Nacional do Itatiaia, para observar-mos as boas práticas da unidade de conservação e visando replicação em nosso ambiente de tra-balho”, concluiu Leandro Goulart, chefe do Parna Serra do Órgãos.

Publicada lista de anfíbios e répteis da Rebio Tapirapé

A Reserva Biológica do Tapirapé, no estado do Pará, teve sua lista de anfíbios e répteis publicada por pesquisadores da Universidade de São Paulo no Journal of species lists and distribution. Ela é resultado dos estudos de campo para elaboração do Plano de Manejo da Rebio, realizados em 2008.

Os dados foram coletados em dois levantamentos de campo, um na estação seca e outro na chuvosa, tota-lizando 21 dias de amostragem. O método utilizado foi a busca ativa e uso de armadilhas do tipo pitfall. Como resultado, 35 espécies de anfíbios e 27 espé-cies de répteis obtiveram registro, sendo que quase 60% dos espécimes coletados foram de Engystomops petersii, Rhinella margaritifera e Allobates marchesia-nus. Algumas espécies só foram registradas na esta-ção seca, outras apenas na chuvosa e 29 encontradas nas duas estações, como as tartarugas Chelonoidis carbonaria e C. denticulata e os lagartos Ameiva ameiva e Uranoscodon superciliosus.

O estudo proporcionou a elaboração da primeira lista de espécies de anfíbios e adicionou mais oito espécies de répteis para a região do Mosaico de Carajás, onde se localiza a Rebio. Trabalhos como este são de grande importância para tomada de decisões relativas à proteção da biodiversidade daquela região, que segundo o Plano Nacional de Áreas Protegidas é classificada como área de im-portância biológica extremamente alta.

O texto da publicação pode ser acessado em www.checklist.org.br, procurando pelo Volume 8, nú-mero 5 do ano de 2012.

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Sapo listrado (Leptodactylus lineatus)

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Edição 217ICMBio em Foco

Analista do Parna Serra dos Orgãos percorre trilha sensorial do Parna Tijuca

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Equipes das duas UCs também trocaram experiência sobre sinalização

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Serra dos Órgãos inicia programa de monitoramento climático

Com apoio do Serviço Florestal dos EUA, parcei-ro do ICMBio, a equipe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) está instalando sensores de temperatura ao longo do gradiente altitudi-nal e nos campos de altitude. O objetivo é mo-nitorar a extensão e os impactos das mudanças climáticas em uma escala local, neste caso, a unidade de conservação, iniciando um progra-ma de pesquisa e monitoramento climático.

A primeira expedição foi realizada entre 17 e 21 de setembro, quando uma equipe – formada por técnicos e monitores da UC e um pesquisador do

US Forest Service – vistoriou os campos de altitude. Nesta expedição foram instalados 20 sensores de temperatura que vão monitorar o microcli-ma dos ambientes de campos de altitude, como vales, topos de morro e matas nebulares. Outros 20 sensores serão ins-talados até o próximo mês e funcionarão por um ano e meio, armazenando dados de temperatura do ar.

“A primeira etapa do pro-grama é a caracterização dos microclimas atuais, bem como uma melhor carac-

terização dos campos de altitude do parque. Em seguida, pretendemos acompanhar a evo-lução dos campos frente às mudanças climá-ticas. Estamos buscando outros parceiros para fortalecer e ampliar o projeto”, explica Cecilia Cronemberger, coordenadora de Pesquisa e Mo-nitoramento da Biodiversidade do Parna.

Outros projetos de pesquisa fazem parte da ini-ciativa de monitoramento da unidade, como um projeto aprovado recentemente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - Faperj e proposto por um consórcio de pesqui-sadores e um projeto apoiado pelo Probio/MCT.

Equipe instala sensor de temperatura nos campos de altitude

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Cepta realiza pesquisa no Parna Ilha Grande

O Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pes-queiros Continentais - Cepta iniciou recentemente pesquisa para identificar, quantificar e analisar a biodiversidade de espécies de peixes de riachos em unidades de conservação. Os estudos começaram pelo Parque Nacional de Ilha Grande (PR/MT), ten-do entre seus objetivos contribuir para a conser-vação das comunidades ictíicas existentes nos rios e lagos da região, protegendo espécies da fauna endêmica, raras e/ou ameaçadas de extinção nos âmbitos regional e nacional.

Serão realizados trabalhos de inventário da bio-diversidade de peixes e, consequentemente, for-necido treinamento para os monitoramentos da ictiofauna. Segundo os pesquisadores envolvidos no projeto, é de grande importância biológica ob-ter conhecimento sobre espécies que ocorrem em riachos já que há desconhecimento de dados so-bre esses ambiente. Conhecendo o local, podem ser definidas, se necessário, ações de manejo para proteção dessas espécies.

O projeto será executado em riachos onde exista a possibilidade de encontrar as espécies ameaçadas de extinção Gymnogeophagus setequedas (cará) e Sternarchorhynchus britskii (ituí, tuvira), sendo que as demais possuem hábitos de rios, lagoas e corre-deiras. Na área do Parque Nacional de Ilha Grande e em seu entorno não foram realizados anterior-mente estudos específicos sobre a ictiofauna em riachos, não existindo, portanto, conhecimento sobre a situação e proteção das espécies existentes nesses ambientes.

Serão feitas amostragens duas vezes ao ano, nos períodos de estiagem e chuvoso, utilizando-se re-des de cerco, puçás e peneiras em trechos de ria-chos georreferenciados. A identificação taxonômi-ca das espécies será realizada por pesquisadores especializados, sendo os exemplares depositados em coleção ictiológica. Serão estimados os índices ecológicos sobre a biodiversidade de peixes. Os re-sultados dos estudos serão divulgados em eventos científicos e revistas especializadas.

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Pesquisadores do Cepta utilizam redes de cerco, puçás e peneiras

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Esec Tamoios analisa regras de visitação

A morte de um engenheiro, dado como desaparecido en-quanto praticava pesca submarina no município de Angra dos Reis (RJ), chamou a atenção da Estação Ecológica de Tamoios para as regras de visitação do lugar. Criada há 22 anos para compensar a existência do complexo nuclear, a Esec corresponde a 4% do território da Baía de Ilha Gran-de e inclui 29 ilhas, todas com regras que dizem respeito tanto à proibição da pesca, como também mergulho, de-sembarque, construção e fundeio de embarcações.

Instaladas há três anos como parte de uma campanha de conscientização, as placas distribuídas nos limites da Esec sinalizam aos visitantes as restrições da UC. O des-respeito às regras, segundo o chefe da unidade, Régis Pinto de Lima, é entendido como crime ambiental. “A permanência, o fundeio e a ancoragem, por exemplo, estão sujeitos à multa e apreensão da embarcação. E na parte insular, a ocupação irregular está sujeita à processo judicial e autuação por dano ambiental”, explica ele.

Régis afirma que uma vez por semana os agentes de fis-calização saem para o mar. No verão, a perspectiva é de que o trabalho seja intensificado, de modo a asse-gurar e reforçar o seguimento das regras estabelecidas pela UC. “Juntamente com os outros órgãos ambientais da região, estamos preparando uma grande campanha para o verão, justamente para que nessas áreas, onde há maior concentração de embarcações fundiadas na esta-ção, possamos atuar, informando e se necessário autu-ando também”, conta o chefe da UC.

Desde 2008, a Esec Tamoios faz pedidos à Marinha do Brasil para sua inclusão na Carta Náutica, que orienta a navegação. Para Régis, a Carta é importante, pois com ela todo navegante pode conduzir tripulantes e orientar que em determinadas áreas não é permitido descer, mer-gulhar, nadar ou caçar.

Tracajás e ariranhas são tema de pesquisa

Estão em andamento na Floresta Nacional do Ama-pá dois projetos de pesquisa aprovados na chamada interna realizada pela Diretoria de Pesquisa, Avalia-ção e Monitoramento da Biodiversidade - Dibio em 2011 e com execução este ano: “Biologia popula-cional de ariranhas (Pteronura brasiliensis) e lontras (Lontra longicaudis) e interações com comunidades locais na Flona Amapá” e “Monitoramento de nidifi-cação e nascimento de Tracajás, Podocnemis unifilis (Troschel, 1848) na Flona Amapá”.

O projeto das ariranhas teve início no 1º semestre deste ano, está sendo realizado em parceria com o Laboratório de Ecologia de Vertebrados da Uni-versidade Federal do Amapá - Unifap e conta com a elaboração de duas dissertações de mestrado orientadas pela doutora Fernanda Michalski. Até o momento foram realizados 509 km de censo em barco motorizado nos rios Araguari e Falsino para identificação das áreas de uso de Pteronura brasi-liensis. Foram obtidas seis detecções diretas – visu-alizações – e 52 indiretas – tocas, pegadas, latrinas e fezes – de ariranhas.

Já o projeto de tracajás teve início em setembro e conta com a participação de quatro monitores da comunidade local que realizam periodicamente o monitoramento de locais de desova no rio Falsi-no. Dois estudantes do curso de Ciências Ambien-tais da Unifap são assistentes do projeto, que tem apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar do Estado do Amapá. A equipe do projeto recebeu capacitação e o monitoramento da desova já foi iniciado, tendo detectado 11 locais de desova e 44 ninhos de tracajás.

Imagem de ariranha captada por armadilha fotográfica na Flona Amapá

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Marcação do primeiro ninho de tracajá este ano

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Analista do Cecav faz apresentação em congressos de GeologiaA analista Lindalva Cavalcanti representou o Cecav no 46º Congresso Brasileiro de Geologia e 1º Congresso de Geolo-gia dos Países de Língua Portuguesa realizados na semana passada, em Santos (SP). Ela apresentou a metodologia de elaboração do Mapa de Potencialidade de Cavernas no Bra-sil, na escala 1:2.500.000, registrando, pela primeira vez, a participação do centro em um congresso brasileiro de geolo-gia. Além de Lindalva, o trabalho tem autoria de Débora C. Jansen, também analista do Cecav, e Hortência S. Lamblém, graduanda em Geologia pela UnB e ex-estagiária do centro.

A nova metodologia procurou aperfeiçoar o mapeamen-to anteriormente realizado e finalizar a série de mapas de potencialidade na escala 1:2.500.000. O resultado mostrou que 78,4% das cavidades da base de dados do Cecav estão localizadas em áreas com graus de poten-cialidade de ocorrência “muito alto” e “alto”, ou seja, desenvolvidas basicamente em rochas carbonáticas e

em formações ferríferas; 12,8% em áreas com grau de potencialidade “médio”, englobando, em especial, os arenitos e quartzitos, com vários registros de ocorrência em todo o Brasil; e 8,7% do total em locais de “baixa potencialidade” e “ocorrência improvável”.

O Mapa de Potencialidade de Ocorrência de Cavernas do Brasil na escala 1:2.500.000 tornou-se importante ferra-menta para orientar pesquisas técnico-científicas, órgãos de licenciamento ambiental e a gestão e as políticas pú-blicas voltadas à conservação da geodiversidade, especial-mente do patrimônio espeleológico nacional. Como pró-ximo passo, pretende-se adaptar a metodologia utilizada, em escala apropriada, a fim de separar, o máximo possí-vel, as diversas formações litológicas existentes em nosso território. O artigo completo pode ser acessado no site da Revista Brasileira de Espeleologia - RBEsp e os arquivos digitais, em formato shapefile, na página do Cecav.

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Tumucumaque abre inscrições para concurso de logomarca

Estão abertas as inscrições para o Concurso de Criação e Seleção do Logotipo do Parque Nacio-nal Montanhas do Tumucumaque, no Amapá. O objetivo é envolver principalmente a comunidade da região no processo para que seja estabelecida identidade entre o logomarca e essa população.

A proposta deverá considerar de forma abrangen-te aspectos peculiares da unidade de conservação para que, ao serem traduzidos graficamente, resul-tem numa marca objetiva, clara e concisa, capaz de ser reconhecida e identificada pela comunidade. Podem participar do concurso brasileiros natos ou naturalizados residentes no Brasil. Os participantes poderão inscrever somente um trabalho, obede-cendo sempre às disposições do edital.

As inscrições são gratuitas e deverão ser efetuadas entre 15 de outubro e 1º de novembro por remes-sa postal registrada. São critérios para julgamento dos projetos pela Comissão Julgadora: criatividade; originalidade; comunicação; simplicidade; aplicabi-lidade; design; harmonia de composição; e relação com a missão, a visão e os princípios do Parque Na-cional Montanhas do Tumucumaque. As propostas devem ter, obrigatoriamente, o elemento jupará (Potus flavus).

Apenas os três primeiros colocados serão premia-dos. O 1º lugar receberá uma câmera digital Sony 14 Mpixel; o 2º lugar, uma bicicleta aro 26,21 mar-chas, Caloi; e o 3º lugar, um binóculos 7x35 mm. Aos dez melhores trabalhos serão concedidos certi-ficados. Eles também serão exibidos em uma expo-sição no escritório da UC e divulgados na Internet.

Os trabalhos deverão ser encaminhados ao Insti-tuto Chico Mendes, à Rua Leopoldo Machado,

1.126, Bairro Central, CEP 68900-067, Macapá - AP, via correio com Aviso de Recebimento - AR, de-vendo constar no envelope a indicação “Concurso Logotipo do Parque Nacional Montanhas do Tumu-cumaque”. Não haverá inscrição pela Internet.

O regulamento com detalhes do concurso pode ser acessado no blog http://montanhasdotumucuma-que.blogspot.com.br/. Para a realização deste even-to o Parna Montanhas do Tumucumaque tem apoio da organização não governamental WWF Brasil.

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Jupará deve ser elemento obrigatório na logomarca

Debates e reflexão marcam encontro juvenil de educação ambiental

A Floresta Nacional de Carajás foi o local escolhi-do para uma aula de campo que encerrou o II En-contro Juvenil de Educação Ambiental, realizado em setembro pelo Centro de Educação Ambiental de Parauapebas - Ceap, no Pará. Com o tema “Por um município mais sustentável”, o evento reuniu 260 jovens daquela cedade e também de Marabá para ouvirem palestras, participarem de mesa-re-donda e propor ideias para obtenção de um meio ambiente sustentável.

O objetivo do encontro, segundo a coordenado-ra do Ceap, Alessandra Amorim, foi sensibilizar os jovens para os problemas socioambientais en-contrados no município, incentivá-los a uma aná-lise crítico-reflexiva e consequentemente a ações transformadoras. “Se fizermos os jovens entende-rem o verdadeiro sentido da sustentabilidade, eles se tornarão agentes multiplicadores desse ideal e a partir daí a mudança de atitude poderá ocorrer em toda a sociedade”, afirmou.

O Centro de Educação Ambiental de Parauapebas é um programa de extensão criado em 2005 por meio de parceria entre Prefeitura de Parauapebas, por meio de sua Secretaria Municipal de Educa-ção, ICMBio, Núcleo de Educação Ambiental da Universidade Federal do Pará - Campus de Marabá e Universidade Federal Rural da Amazônia, com apoio logístico da Vale.

O principal objetivo do centro é o desenvolvimen-to de atividades de educação ambiental e cientí-ficas na Floresta Nacional de Carajás e entorno. Atualmente, o Ceap conta com seis professores/

coordenadores, que são responsáveis por condu-zir os estudos de campo realizados na Flona e em zonas urbanas e rurais de Parauapebas, além da manutenção dos três programas desenvolvidos pelo centro: Programa de Formação Continuada de Professores - PFP, Programa Escola Vai à Flona - PEF e Programa Jovem Ambientalista - PJA.

O PFP tem por objetivo a formação continuada em educação ambiental dos professores da região. Já o PEF desenvolve atividades educativas ao ar livre, como aulas práticas de campo na Flona Carajás e entorno, com alunos do ensino fundamental das escolas públicas. Enquanto que o PJA tem como finalidade desenvolver consciência ambiental em estudantes do ensino médio da rede pública por meio de estudos práticos e teóricos sobre temas socioambientais da região. A formação de turmas do PEF e do PJA ocorre no início de cada ano no próprio Ceap.

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Jovens capacitados durante II EJEA

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Festival Socioambiental agita Fernando de Noronha

Teve início, no último dia 29, a cobrança de ingres-sos no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE) pela concessionária Econoronha. A cobrança começou após a entrega de parte das obras previstas no projeto de revitalização da uni-dade, aproveitando seu aniversário de criação. Muita música, atividades de bem-estar e saúde, oficinas ambientais e culturais marcaram o Festival Socioambiental, que celebrou o 24º aniversário do Parna. A programação, que durou uma semana, foi inteiramente gratuita e proporcionou aos parti-cipantes momentos de integração, lazer e contato com a natureza.

“Foi incrível assistir ao pôr do sol em Noronha ao som de violão; um programa que nunca vou esque-cer”, contou Clara Assis, gaúcha em visita à ilha. Ela também participou e adorou a atividade de obser-vação de estrelas, conduzida por dois astrônomos levados especialmente de Recife pela professora da Escola Arquipélago, Mailde Martins.

Mas não foram só os turistas que se envolveram nas atividades. A comunidade também se apropriou do evento, participando da corrida de rua, bicicletada, observação de aves, clínica de fotografia, massa-gem e aulas de yoga. “Gostei muito da interação entre turistas e moradores, em que todos puderam aproveitar Noronha de diversas formas”, disse Gloria Wei, moradora da ilha.

Durante as festividades, duas grandes comemora-ções chamaram a atenção: a formatura de 73 con-dutores – que na noite de 13 de setembro já saíram da cerimônia com suas carteirinhas, autorizados a exercer suas funções – e no próprio dia do aniver-sário do parque, 14 de setembro, a solenidade que inaugurou o PIC Golfinho-Sancho, nova estrutura

de trilhas suspensas entregue pela concessionária Econoronha, com a presença do presidente Roberto Vinzentin. Nessa ocasião, alunos da escola apresen-taram números musicais e de dança, foram home-nageados membros da comunidade e reconhecidos profissionais de destaque. Também ocorreram diver-sos shows, dentre os quais Xangai, Ju Medeiros e Mundo Livre.

Segundo o analista Ricardo Araújo, chefe do Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, “a conces-são e todas essas melhorias só foram possíveis em função do trabalho conjunto entre a sede do ICMBio e o parque, em um esforço concentrado de apoio e muito foco. Impossível não citar algumas pessoas e setores que trabalharam muito para a concretiza-ção desta proposta, como Júlio Gonchoroski, Benita Monteiro, Mariana Melo, Ricardo Soavinsky, Irene

Ferreira, todo pessoal da Diplan, e, claro, a chefe do parque à época,

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ICMBio apreende 637 cabeças de palmito na Serra do Itajaí

O Parque Nacional da Serra do Itajaí, em Santa Ca-tarina, apreendeu na semana passada 637 cabeças de palmito-juçara (Euterpe edulis). O flagrante ocor-reu em uma propriedade ainda não indenizada na localidade de Encano Alto, município de Indaial, no médio Vale do Rio Itajaí. Seis pessoas foram presas.

A operação fiscalizatória contou com cinco servido-res do ICMBio e dois policiais do 10º Batalhão de Polícia Militar. Sua realização se deu após intenso planejamento, utilizando mapas, rotas gravadas em GPS e informações de campo para facilitar a aborda-gem durante o transporte ou a extração do palmito.

Os fiscais e os agentes da polícia encontraram os infratores em um acampamento montado às mar-gens de um ribeirão, no meio da floresta. Em poder deles, além dos palmitos, nove facões, dois macha-dos, utensílios de cozinha e grande quantidade de mantimentos, indicando que a extração ilegal se prolongaria por muito mais tempo.

Segundo o analista Juares Andreiv, responsável pela autuação dos infratores, os danos causados ao par-que são de grande proporção: “Árvores considera-das em extinção e de grande importância ecológica para a Mata Atlântica foram suprimidas, tendo ain-da como agravante a abertura de trilhas e a degra-dação causada pelo acampamento em si”.

Os infratores declararam-se moradores da Reserva Indígena Duque de Caxias, que abriga etnias Kai-gang, Xokleng, Guarani e uma comunidade de ca-fuzos. A reserva ocupa terras do município de José Boiteux, situada a mais de 100 km do local dos fa-tos. Encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Itajaí, eles alegaram desconhecer a ilegalidade da extração, negando-se a indicar quem os teria con-

tratado e revelando apenas que ganhariam R$ 1,50 por cabeça de palmito cortado.

O delegado Anníbal Gaya lavrou a prisão em fla-grante por dois crimes tipificados na legislação am-biental: causar danos à unidade de conservação e penetrar no parque com petrechos próprios à explo-ração florestal. Todos foram conduzidos ao presídio de Indaial. Segundo o delegado, os próximos passos da investigação incluem a identificação dos contra-tantes e de pessoas físicas ou jurídicas que comer-cializariam o palmito em conserva.

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Bicicletada foi uma das atividades em comemoração ao aniversário do parque

Abordagem inicial e palmito apreendido

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RVS é alvo de operação de fiscalização

O Instituto Chico Mendes realizou nos últimos dias operação fiscalizatória no Refúgio de Vida Silves-tre dos Campos de Palmas, que abrange parte do ecossistema de campos naturais de Palmas e Gene-ral Carneiro, localizados no centro sul do Paraná. A ação encontrou cerca de 19 hectares de vegetação nativa convertida e derrubada.

A equipe de gestão da unidade tem frisado, por meio de palestras e reuniões tanto com membros da comunidade quanto com instituições, a proibi-ção da supressão da vegetação nativa não apenas nos limites da UC mas também em todo o bioma Mata Atlântica. A proibição, no entanto, não im-pediu que 19 hectares do território da unidade fossem alvo de ação humana. A área inclui cam-pos naturais, vegetação em regeneração, árvores e APPs protegidas por resolução conjunta entre Se-cretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Instituto Ambiental do Paraná e Ibama, na qual se estabelece que as faixas de APP para qual-quer área úmida do estado devem ser no mínimo de 50 metros.

Embora ainda não sejam vistos como formação florestal, os campos naturais são responsáveis pela prestação de importantes serviços ambientais, en-tre eles abrigo da alta biodiversidade, com cerca de 2,2 mil espécies vegetais. Os campos garantem também a conservação de recursos hídricos super-ficiais e subterrâneos, além de oferecer a beleza cênica que concede à UC o seu potencial turísti-co. Sua conservação, que não tem sido realizada conforme o planejado pela gestão do RVS, afeta o balanço de carbono no solo e as emissões de gases do efeito estufa, que contribuem no esforço de mi-tigação das mudanças climáticas globais.

Criado por decreto presidencial em 2006, o Refúgio de Vida Silvestre dos Campos de Palmas tem sido reconhecido como importante passo no avanço da gestão da área e na resolução de impasses entre as unidades de conservação e os proprietários. As iniciativas têm por objetivo a compatibilização en-tre produção e conservação nos moldes das UCs da Europa, conquistando também a elaboração do plano de manejo e o funcionamento ativo e pleno de seu conselho. Com isso, a sociedade tem criado cada vez mais expectativas em relação ao futuro da unidade de conservação.

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Instituto Chico Mendes promove Operação Desocupa

A nossa Coordenação Regional 5 realizou, entre os dias 23 e 27 de setembro, a Operação Desocu-pa na Reserva Extrativista e na Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, com ações aérea e fluvial. A presença institucional na Resex favore-ceu o diálogo com os comunitários, esclarecendo as regras de uso e a legislação ambiental, além de colher expectativas quanto à definição do ordena-mento do uso e futuro da unidade de conservação.

A operação fez o reconhecimento aéreo de todo o perímetro das duas unidades. Já a operação flu-vial percorreu todo o perímetro da Resex, além das principais reentrâncias de rios e igarapés, caracte-rísticos da formação deltaica protegida.

Foram emitidas cinco notificações para pousadas e restaurantes que exercem atividade comercial no interior da Resex, localizados na Ilha das Canárias, Morro do Meio e Caiçara, uma notificação ao pro-prietário de chalés construídos na localidade Morro do Meio e dois autos de infração por pesca sem registro, com apreensão de aproximadamente 400 m de rede que na ocasião bloqueavam completa-mente o igarapé próximo ao “quebra-anzol”.

As notificações foram no sentido de que os pro-prietários apresentassem documentação na sede do ICMBio com autorização e licenciamento ambiental para a atividade comercial flagrada. Essa decisão foi tomada para evitar confronto direto no interior da Resex e possibilitar que os notificados se organizem e prestem os esclarecimentos necessários.

A operação responde a denúncias feitas à Coordena-ção Regional 5 e marca a presença institucional na

UC após manifestações que ocorreram na sede da CR5 no início do ano. Neste primeiro momento, o objetivo foi notificar pousadas que funcionam e ex-ploram recursos sem nenhuma autorização. Até o fi-nal do ano, a perspectiva é de que seja realizada uma ida por mês à Reserva Extrativista Delta do Parnaíba.

A Resex possui grande passivo ambiental com rela-ção à presença institucional e pressão de comuni-dades do entorno em busca de recursos naturais. Devido ao potencial da área, empresas turísticas têm investido na região sob alegação de ajudar as comunidades. O relatório de fiscalização ressalta a necessidade urgente de elaboração de zoneamen-to e plano de manejo da unidade. A operação fa-voreceu maior conhecimento sobre a UC e as co-munidades ali residentes que têm a pesca como principal atividade, com destaque para ostras e caranguejos. O relatório também destaca projetos do Incra e da Funasa que estão paralisados e a im-portância do Programa Bolsa Verde, que deve ser ampliado a todos os moradores.

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Cerca de 19 hectares de vegetação foram derrubadosOperação fluvial percorreu todo perímetro da Resex

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CURTASNeve no Planalto

Na madrugada do dia 27 de setem-bro ocorreu neve no Planalto do Parque Nacional do Itatiaia (RJ), sob temperatura de -9°C. Tal fenômeno meteorológico, que há muitos anos não ocorria no parque, se deve à conjunção de elevada umidade com a baixa temperatura. Os últi-mos registros de neve são de 1985 e 1988. Desta vez, os funcionários

Tiago Fonseca Pena, Sidnei da Fon-seca e Alcides Rodrigues Pena Neto, que trabalham no Planalto, regis-traram o momento, como pode ser conferido na imagem abaixo.

Contribua para recuperação dos Jardins de Burle Marx

O Parque Nacional da Tijuca (RJ) está recuperando os lagos e jardins do Meu Recanto e do Açude da Solidão em parceria com a Geo Rio e financiamento do Governo Fede-ral. Para orientar a recuperação do paisagismo da administração Cas-tro Maya, na década de 1940, a administração do parque está pes-

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quisando fotos que apresentem o aspecto original concebido por Ro-berto Burle Marx. Quem tiver fotos antigas destes locais, pode enviá-las ao [email protected], colaborando na recuperação dos recantos da Floresta da Tijuca.

Serra dos Órgãos comemora Dia da Árvore

O Parque Nacional da Serra dos Ór-gãos (RJ) comemorou o Dia da Ár-vore com a inauguração da Árvore Futurista do Parna. Feita a partir de sucata e pelas mãos da artista plásti-ca Irineusa Santos, a escultura busca promover a conscientização da ne-cessidade de preservação ambiental. Com ideias semelhantes pelo mun-do, esse tipo de arte faz apologia ao livre pensar e à dinâmica do mundo moderno e suas consequências. A árvore é emblemática, pois, além de ilustrar a destruição das florestas, faz-nos pensar sobre as suas conse-quências. Com o objetivo de fazer o observador refletir, provocando a sua

inquietação, a árvore, que mede mais de três metros de altura, foi feita de antigas placas de sinalização da UC, substituídas em 2010. Após limpeza da ferrugem e tratamento para re-ceberem pintura especial, os galhos e folhagens foram soldados, dando origem a uma estrutura arbórea de ferro, sinalizando o caos do mun-do moderno e ao mesmo tempo o desejo de voltar ao meio ambiente preservado. A comemoração contou com a presença dos participantes do 4° Encontro de Educação Ambiental da Serra dos Órgãos, além de funcio-nários, servidores e visitantes.

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Alunos em campo

PESSOAS EM FOCO

Na última sexta-feira foi lançado o edital de sele-ção de candidatos para ingresso no curso Mestra-do Profissional “Biodiversidade em Unidades de Conservação” – turma 2013, da Escola Nacional de Botânica Tropical - ENBT e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ. O curso é resultado de uma parceria entre o JBRJ e o ICMBio para formação do quadro de servidores.

O edital está disponível em www.jbrj.gov.br/ > En-sino > Pós-graduação > Mestrado Profissional > Seleção > Edital de Seleção. Os interessados devem enviar o pré-projeto para o Instituto Chico Mendes e o formulário de participação em eventos de ca-pacitação até 9 de novembro para o e-mail [email protected]. O curso é presencial, com disciplinas condensadas e sem afastamento.

O Comitê Gestor de Capacitação - CGCAP fará a análise dos pré-projetos entre os dias 12 e 16 de novembro, seguindo as orientações da portaria do ICMBio que estabelece áreas do conhecimento, cri-térios e quantitativo de vagas para fins de partici-pação de seus servidores em eventos de capacitação de longa duração no país e no exterior no biênio 2011-2012. O mestrado disponibiliza 25 vagas e o ICMBio apoia a participação de cinco servidores.

Os servidores que não enviarem os documentos para análise do CGCAP estarão automaticamente excluídos do processo seletivo junto ao JBRJ. Os servidores do ICMBio que forem aprovados pelo Jardim Botânico deverão encaminhar à Educação Corporativa as vias originais do pré-projeto e do formulário de solicitação de participação em even-tos de capacitação. Os candidatos deverão, parale-lamente, enviar a documentação ao JBRJ.

Lançado Mestrado Profissional JBRJ - 2013

A Coordenação-geral de Gestão de Pessoas - CGGP promoverá na próxima quinta-feira (18), às 14h30, no auditório do ICMBio, a palestra “Tomada de de-cisão”. Esta será a terceira de uma série de quatro palestras que serão promovidas este ano com temas

Tomada de decisão

afins à atuação do gestor. Essas palestras são inte-grantes do ciclo de formação de gestores iniciado neste ano. O ciclo tem como objetivo desenvolver competências gerenciais em nosso quadro de gesto-res por meio de processos de ensino-aprendizagem.

Cesumar desenvolve projeto na Rebio Perobas

Estudantes do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Maringá - Cesumar, coordena-dos pela professora Sandra An-dréa Pierini e pelo biólogo Roger Mormul, da Universidade Estadual de Maringá, estiveram na Reserva Biológica das Perobas, no Paraná, avaliando a diversidade de espécies de macrófitas aquáticas e fazendo a medição de variáveis físicas e quí-micas de lagoas da unidade, como pH, alcalinidade e condutividade. Sandra destaca a importância da iniciação dos alunos de Ciências

Biológicas na pesquisa e em ativi-dades práticas referentes a áreas de atuação do biólogo, principalmen-te no que se refere a aspectos rela-cionados à conservação. A coorde-nadora do curso, Alessandra Valéria de Oliveira, ressalta a importância do projeto, que fornecerá subsídios para práticas de manejo da vege-tação aquática da Rebio. “Todos esses trabalhos visam conhecer as características do local, sempre com enfoque voltado à preservação am-biental”, disse Alessandra.

APA Serra da Ibiapaba tem Conselho Consultivo

O Instituto Chico Mendes publicou na última terça-feira a Portaria nº 105, que cria o Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental Serra da Ibiapaba, localizada nos estados do Ceará e Piauí.

Foto da capa

M a r i a - l e q u e - d o - s u d e s t e (Onychorhynchus swainsoni), em imagem captada pela analista Beatriz Gomes durante etapa de campo do projeto “Levantamento da avifauna em áreas com tipos distintos de uso e em áreas íntegras do Parque Nacio-nal de Saint-Hilaire/Lange”, realizado com apoio da Coordenação-geral de Pesquisa e Monitoramento da Biodi-versidade - CGPEQ.

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Imagem da Estação Ecológica do Seridó (RN) de autoria de Isabela Deiss de Farias, analista da CR6, em Cabedelo (PB).

NO FOCO

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Divisão de Comunicação - DCOM

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone +55 (61) 3341-9280 [email protected] - www.icmbio.gov.br

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ICMBio em Foco

Revista eletrônica semanal

Editores

Ana Carolina Lobo da Silveira (jornalista) Ivanna Costa BritoLísias de Moura

Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Projeto Gráfico / Diagramação

Danilo Bezerra de Jesus

Revisão

Thaís Alves de Lima

Supervisão Geral

Cláudia Camurça

Colaboraram nesta edição

Alessandra Lameira – Parna Montanhas do Tumucumaque; Cecília Cronemberger de Faria – Parna Serra dos Ór-gãos; Cris Almeida – Acadebio; Dandara Santos – DCOM; Daniel Castro – CR5; Equipe CGGP; Equipe Parna Itatiaia; Equipe Parna Tijuca; Equipe Rebio Perobas; Equipe Tamar; Érico Emed Kauano – Flona Amapá; Fernando Pinto – DCOM; Leandro Goulart – Parna Serra dos Órgãos; Lindalva Cavalcanti – Cecav; Marcus Vinícius Men-donça – Flona Carajás; Patrícia Farina – CGCAP; Ricardo Araújo – Parna Marinho Fernando de Noronha; Romano Pulzatto Neto – Parna Ilha Grande; Thaís Alves – DCOM; Thaís Ferraresi – CGGP.