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Edição 22 - Revista de Agronegócios - Maio/2008

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SEJA QUAL FOR A SUA ATIVIDADESEJA QUAL FOR A SUA ATIVIDADE

NOVA SÉRIE MF 200 ADVANCEDNOVA SÉRIE MF 200 ADVANCEDNOVA SÉRIE MF 200 ADVANCEDNOVA SÉRIE MF 200 ADVANCED

SEJA QUAL FOR A SUA ATIVIDADE

Os tratores líderes de mercado estão ainda melhores.A nova série MF 200 Advanced da Massey tem tratores mais robustos,

de fácil manutenção e alto desempenho operacional.

Os tratores líderes de mercado estão ainda melhores.A nova série MF 200 Advanced da Massey tem tratores mais robustos,

de fácil manutenção e alto desempenho operacional.

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Conheça mais sobre anova série MF 200 Advancedna sua concessionária Massey.

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Cartas ou SugestõesEditora Attalea Revista de Agronegócios

Rua Profª Amália Pimentel, 2394.CEP 14.403-440, Franca (SP) ou

[email protected].

A Revista Attalea Agronegócios, registrada noRegistro de Marcas e Patentes do INPI, é

uma publicação mensal da Editora Attalea Revista deAgronegócios Ltda., com distribuição gratuita,reportagens atualizadas e foco regionalizado

na Alta Mogiana, Triângulo, Sule Sudoeste de Minas Gerais.

TIRAGEM5 mil exemplares

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Inscr. Municipal 44.024-8Rua Professora Amália Pimentel, 2394, São José

CEP: 14.403-440 - Franca (SP)Tel. (16) 3723-1830

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DIRETOR E EDITOREng. Agrº Carlos Arantes Corrêa

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DIRETORA COMERCIALAdriana Silva Dias

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JORNALISTA RESPONSÁVELRejane Alves MtB 42.081 - SP

PUBLICIDADEAdriana Silva Dias (16) 9967-2486

ASSESSORIA JURÍDICARaquel Aparecida Marques

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É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTALDE QUALQUER FORMA, INCLUINDO OS MEIOS

ELETRÔNICOS, SEM PRÉVIAAUTORIZAÇÃO DO EDITOR.

Os artigos técnicos e as opiniões e conceitos emitidosem matérias assinadas são de

inteira responsabilidade de seus autores,não traduzindo necessariamente a opinião da

REVISTA ATTALEA AGRONEGÓCIOS.

Foto da Capa:

Editora Attalea

CATALYNA FIVALIA, premiadaReservada CampeãFêmea Jovem na39ª EXPOAGRO.

Fazenda NossaSenhora Aparecida,Pedregulho (SP).

Expoagro de Franca se fortalece comExpoagro de Franca se fortalece comExpoagro de Franca se fortalece comExpoagro de Franca se fortalece comExpoagro de Franca se fortalece como apoio da prefeitura municipalo apoio da prefeitura municipalo apoio da prefeitura municipalo apoio da prefeitura municipalo apoio da prefeitura municipal

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leaEsta foi a edição mais difícil de

concluir. Difícil pela quantidade, pelavariedade e pela importância doseventos, artigos técnicos e informaçõesrelevantes.

Gostaria, em primeiro lugar, deparabenizar a Prefeitura de Franca, emespecial o prefeito Sidnei Franco daRocha pela belíssima reforma no re-cinto do Parque de Exposições “Fer-nando Costa”. A criação do Auditório“Fábio de Salles Meirelles” merece onosso destaque: pela estrutura; pelahomenagem a esta importante figurado cenário brasileiro, mas acima detudo, por compreender a importânciade melhor acolher criadores e eventosagropecuários.

Aproveitamos também para pa-rabenizar o excelente trabalho de Hei-tor de Lima, coordenador da Expoagroe responsável pelas atividades agro-pecuárias do município. A Expoagro2008 (que abordaremos na próximaedição) mostra o fortalecimento dosetor técnico do evento.

A elevação absurda dos preçosde insumos importantíssimos naprodução agrícola (fertilizantes) e napecuária (suplementos minerais) estáassustando os produtores rurais, asindústrias e os poderes públicos. Se estecusto mantiver a ascensão observadanos últimos seis meses, comprometeráas safras agrícolas e as atividades pecuá-rias em geral.

Retratamos, nesta edição, a parti-cipação de empresas sediadas na regiãoda Alta Mogiana e que se destacaramna Agrishow 2008, como: Sami Má-quinas Agrícolas; Oimasa; e LWSEquipamentos de Refrigeração, deFranca (SP), representante da marcagaúcha Eurolatte.

Publicamos, também, dois artigostécnicos importantes. Um da Drª JosianeOrtolan, que aborda a utilização de in-gredientes da agroindústria na alimen-tação animal, principalmente na ativi-dade leiteira. Na pecuária de corte, oDr. Ricardo Lopes, da APTA-Andra-dina (SP), aborda sobre a mortalidadeembrionária na Transferência deEmbriões.

Abordaresmos, ainda, o leilão daCoonai, o dia-de-campo da Fertipar eo Congresso Francano de Agronegócios.

Boa leitura a todos!

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Massey Ferguson faz balanço positivo da Agrishow 2008Massey Ferguson faz balanço positivo da Agrishow 2008Massey Ferguson faz balanço positivo da Agrishow 2008Massey Ferguson faz balanço positivo da Agrishow 2008Massey Ferguson faz balanço positivo da Agrishow 2008Marca líder no mercado

brasileiro de tratores há 47anos, a Massey Fergusonconsidera positiva sua par-ticipação na Agrishow 2008.Segundo Fábio Piltcher,diretor de marketing daMassey Ferguson, o movi-mento de público esse anoficou entre 20 e 25% supe-rior ao do ano passado, em-bora a chuva dos últimos diasdo evento tenha atrapalhadoum pouco o movimento.

O contato direto com osprodutores rurais foi feitopelas maiores revendas da rede MasseyFerguson. O Grupo OimasaGrupo OimasaGrupo OimasaGrupo OimasaGrupo Oimasa - que re-presenta a marca em 23 municípios daregião da Alta Mogiana e em algumascidades do interior de Goiás - estevepresente na Agrishow.

Na quarta-feira, 30 de abril, a MasseyFerguson realizou um encontro com aimprensa na área de test drive, quando osjornalistas tiveram a oportunidade rarade operar os tratores e colheitadeiras damarca. Eles também foram apresentados

Av. Wilson Sábio de Mello, 1945

Distrito Industrial - Franca (SP)

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Distrito Industrial - Franca (SP)

Tel. (16) 3701-3342Tel. (16) 3701-3342

“SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA NOSSOS CLIENTES”“SOLUÇÕES INTELIGENTES PARA NOSSOS CLIENTES”

às expectativas de mercado para este ano.Na avaliação da diretoria, o mercado detratores no Brasil pode fechar 2008 comum aumento de aproximadamente 30%em relação ao ano passado. “Se os númerosque esperamos para este ano se confir-marem, será um resultado recorde, supe-rando o ano de 2002”, afirma CarlitoEckert, diretor de Operações Comerciaisda Massey Ferguson.

Na Agrishow, a Massey Fergusonapresentou suas novidades tecnológicas,

como o sistema de pilotoautomático Auto-Guide eos tratores da série MF6000 HD com os novosmotores Sisu Diesel para acana-de-açúcar. Tambémfoi feito o anúncio dosfinalistas da 7ª edição doPrêmio Massey Fergusonde Jornalismo, que podemser conferidos no sitewww.massey. com.br www.massey. com.br www.massey. com.br www.massey. com.br www.massey. com.br .

A Massey FergusonMassey FergusonMassey FergusonMassey FergusonMassey Ferguson é fabricada pela AGCOAGCOAGCOAGCOAGCO,maior fabricante de tra-tores da América Latina e a

maior exportadora do produto do Brasil.Os tratores, colheitadeiras e implementosMassey Ferguson são exportados paramais de 90 países, com atuação destacadanos Estados Unidos, Argentina, Vene-zuela, Chile e África do Sul.

As duas fábricas no Brasil ficam no RioGrande do Sul: Canoas (tratores) e SantaRosa (colheitadeiras). Os implementos sãomanufaturados em Ibirubá, pela Sfil,consagrada fabricante que recentementepassou a fazer parte da AGCO.

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Também durante a Agrishow 2008,a Agritech, fabricante de tratores emicrotratores Yanmar Agritech, lançouo trator compacto 1175, de 70 cavalos e16 válvulas com super-redução, voltadoespecialmente para a cultura do café,colheita de cana e outras aplicações quenecessitem de baixa velocidade. “Agoraa linha de tratores para café está completacom o super-redução, máquina desen-volvida para culturas que exigem baixavelocidade, porém, sem perda de po-tência, como o café e a colheita de cana”,explica o gerente de marketing daAgritech, Pedro Lima.

O projeto do 1175, o primeiro tratorda marca com 70 cavalos de potência e oprimeiro a levar para o campo 16válvulas, foi inteiramente desenvolvidocom tecnologia própria e envolveu uminvestimento de cerca de R$ 9,5 milhões.

Outra novidade do 1175 é o númerode marchas do trator, que aumentou de9 para 12 e com o super redutor passa ater 24 opções de velocidades, ampliandoa adequação às necessidades de serviços.O trator pode ser usado, portanto, emdiferentes ambientes e para variadosserviços. O novo produto também elevaa capacidade de levante de implementosem até duas toneladas.

“Nossa atuação concentra-se princi-palmente na fruticultura, horticultura,café e grãos, mas sentimos a necessidadede oferecer um trator de maior potência

Agritech lançou trator compacto de 70 cv para café e canaAgritech lançou trator compacto de 70 cv para café e canaAgritech lançou trator compacto de 70 cv para café e canaAgritech lançou trator compacto de 70 cv para café e canaAgritech lançou trator compacto de 70 cv para café e cana

aos nossos clientes que vêm crescendonestes mercados, e por isso, investimosno desenvolvimento do 1175”, destacaLima. Todas as máquinas da marca estãoaptas para se movimentar com o biodieselB-5.

Agritech e o mercado de tratoresAgritech e o mercado de tratoresAgritech e o mercado de tratoresAgritech e o mercado de tratoresAgritech e o mercado de tratores

O mercado de tratores em geral, de2003 a 2007, mesmo com a recenterecuperação, registrou uma quedaacumulada de 10% nas vendas, segundo

dados da Anfavea. A Agritech segue umcaminho inverso. Nos últimos quatroanos acumulou um crescimento de 62%nas vendas e registrou um crescimentode 42% no quadro de colaboradores.

Em 2003, a Agritech tinha umaparticipação no mercado de 2,3%.Fechou 2007 com uma participação de4,2%. Com o lançamento do trator 1175,a empresa pretende chegar a umaparticipação de 5% do mercado.

Agritech LavraleAgritech LavraleAgritech LavraleAgritech LavraleAgritech Lavrale

Em Indaiatuba, no interior de SãoPaulo, a Agritech Lavrale planeja econtrola todo o processo produtivo detratores e microtratores que levam osmotores e a marca Yanmar para o País,há 50 anos.

Especializada em desenvolverprodutos voltados a agricultura familiara Agritech Lavrale é referência emtratores com potência de 50 cavalos,produzidos especialmente para atendernecessidades de pequenas propriedades.

A Agritech Lavrale faz parte do GrupoFrancisco Stédile e surgiu com a cisão daYanmar do Brasil. O Grupo FranciscoStédile, de Caxias do Sul (RS) é um dosmais respeitados conglomeradosindustriais do Brasil e engloba as empresasAgrale S.A., Germani Alimentos, FazendaTrês Rios e a Fundituba IndústriaMetalúrgica.

O trator 1175 foi um dos equipamentos mais procurados no estande da AgritechO trator 1175 foi um dos equipamentos mais procurados no estande da AgritechO trator 1175 foi um dos equipamentos mais procurados no estande da AgritechO trator 1175 foi um dos equipamentos mais procurados no estande da AgritechO trator 1175 foi um dos equipamentos mais procurados no estande da Agritech

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A Agritech superou todasas suas expectativas de ven-das durante a 15ª Agrishow.Durante o evento, queterminou dia 4 de maio, emRibeirão Preto (SP), a em-presa acumulou um cres-cimento de 50% nas vendasde tratores e microtratoresYanmar AgritechYanmar AgritechYanmar AgritechYanmar AgritechYanmar Agritech, volta-dos para agricultura familiar,em relação a 2007.

Segundo o gerente devendas da empresa, NelsonWatanabe, as vendas supe-raram as expectativas, sendoperceptível o crescimento domercado. “Notamos também que aempresa está correspondendo à expec-tativa dos produtores, implantando novastecnologias e proporcionando economiaa eles”, afirma. A Agritech é referência

Agritech acumula 50% de crescimentoAgritech acumula 50% de crescimentoAgritech acumula 50% de crescimentoAgritech acumula 50% de crescimentoAgritech acumula 50% de crescimentonas vendas durante a 15ª Agrishownas vendas durante a 15ª Agrishownas vendas durante a 15ª Agrishownas vendas durante a 15ª Agrishownas vendas durante a 15ª Agrishow

em tratores com potência de 50 cavalos,produzidos especialmente para atendernecessidades de pequenas propriedades.

O mercado de tratores em geral, de2003 a 2007, mesmo com a recente

recuperação, registrou umaqueda acumulada de 10%nas vendas, segundo dados daAnfavea.

A Agritech segue umcaminho inverso. Nos últi-mos quatro anos acumulouum crescimento de 62% nasvendas e registrou um cres-cimento de 42% no quadrode colaboradores.

“No ano passado as ven-das já melhoraram muitopara os fabricantes de má-quinas agrícolas, mas este anoestá muito bom. Acredito queascensão deva durar por um

bom tempo e queremos tirar proveitodela para expandirmos ainda mais nossomercado de atuação”, explica o gerentede marketing da Agritech, Pedro Lima.

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SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

SILVA & DINIZ COMÉRCIO EREPRESENTAÇÃO DE CAFÉ LTDA.

NOVOS TELEFONESNOVOS TELEFONES

A produção brasileira de cafébeneficiado deve atingir neste ano45,54 milhões de sacas de 60 quilos.O volume representa 35% a maisque a safra anterior. Serão 34,70milhões de sacas do tipo arábica e10,84 milhões de conilon.

Os números fazem parte dosegundo levantamento da safra decafé 2008, divulgado pela Conab -Companhia Nacional de Abaste-cimento no início de maio.

Esta é a segunda maior safra dos últimos 10 anos, ficando atrás apenas da produção histó-rica do ciclo 2002/03, quando alcançou 48,48 milhões. De acordo com a estatal, o rendi-mento é conseqüência da biena-lidade positiva da cultura, que se altera entre um ano de alta, seguido por outro de baixa. Os

Safra brasileira de café supera 45 milhões de sacasSafra brasileira de café supera 45 milhões de sacasSafra brasileira de café supera 45 milhões de sacasSafra brasileira de café supera 45 milhões de sacasSafra brasileira de café supera 45 milhões de sacasinvestimentos em tratos culturais e as chuvas, que ocorreram no fim de 2007 nas principais regiõesprodutoras, também contribuírampara resultado atual.

O Sudeste responde por 84,32% da produção nacional. O maior destaque fica com Minas Gerais (22,9milhões de sacas). O Espírito Santoocupa o segundo lugar com 10,52milhões de sacas, seguido por São Paulocom 4,7 milhões. Nas outras regiões,os maiores produtores são a Bahia e oParaná que produzem, juntos, 4,62milhões de sacas.

A área total está estimada em 2,29 milhões de hectares, um cres-cimento de 1,08%, quando compa-rada à safra anterior. As terras culti-vadas estão divididas em 91,95% comcafeeiros em produção e o restantecom plantas ainda em formação.

A colheita começou na última quinzena demarço e deve se estender até o início de outubro,dependendo da região. O pico ocorrerá entremaio e julho, quando 75% da colheita estarãoconcluídas.

A pesquisa de campo foi realizada no períodode 31 de março a 11 de abril e mobilizou 189 técnicos da estatal e de instituições parceiras. Fo-ram entrevistados 2.750 representantes do setor,entre agricultores, cooperativas, órgãos públicose privados.

A avaliação do presidente do Caccer - Con-selho das Associações de Cafeicultores do Cerra-do, Francisco Sérgio de Assis é de que o númeroda Conab para a safra brasileira de café de 2008ficou muito próximo da realidade.

Segundo Sérgio de Assis, a safra do cerradomineiro, estimada pela Conab em 4,47 milhõesde sacas deve realmente ficar próxima a essespatamares. “A safra é boa, mas não é uma explo-são produtiva”, afirmou o dirigente do Caccer,em entrevista à Agência SAFRAS.

Destacou que conversou com exportadores,que fizeram tour pelas regiões produtoras, e queindicam que a safra deverá ficar entre 45 e 48milhões de sacas. “Mas eu confirmo e trabalhocom o número da Conab”, reiterou Sérgio deAssis. “Na lavoura, vemos claramente que o cafénão está com a roseta cheia”, caracteriza.

A colheita no cerrado mineiro começasomente em junho. “A colheita no cerrado é zeroainda, o café está verde”, observa Francisco Sérgiode Assis.

As cooperativas e os armazéns já seAs cooperativas e os armazéns já seAs cooperativas e os armazéns já seAs cooperativas e os armazéns já seAs cooperativas e os armazéns já sepreparam para receber a safrapreparam para receber a safrapreparam para receber a safrapreparam para receber a safrapreparam para receber a safra

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Três Pontas, no Sul de Minas Gerais, éo maior município produtor de café doBrasil e do mundo, destinando, atual-mente, cerca de 25 mil hectares à cafei-cultura e colhendo aproximadamente600 mil sacas de 60 kg do grão bene-ficiado. Contudo, essa amplitude cafeeirada cidade mineira começa a correr riscoem função da entrada de outras culturasdestinadas à agricultura não-alimentar,como etanol e biodiesel.

Neste ano, uma empresa voltada àprodução de biodiesel se instalou na re-gião e com grandes ambições. Em umaprimeira fase, essa indústria vem culti-vando girassol e trabalhando na constru-ção de silos, já pensando, para 2009, emdobrar os volumes iniciais.

Além disso, municípios vizinhos, co-mo São Sebastião do Paraíso e Cristais,também começam a vivenciar situaçãoparecida, com a instalação de indústriasvoltadas à produção de etanol, o que, con-seqüentemente, vem fazendo crescer o

Biodiesel começa a invadir zona cafeeira em MGBiodiesel começa a invadir zona cafeeira em MGBiodiesel começa a invadir zona cafeeira em MGBiodiesel começa a invadir zona cafeeira em MGBiodiesel começa a invadir zona cafeeira em MGcultivo de cana na região, principalmentenas áreas planas.

Ocorre que o avanço dessas culturas,convenhamos mais rentáveis, começa aocupar o espaço da cafeicultura local,com estimativas de que o café já tenhasido erradicado em aproximadamente 3mil hectares nos arredores de TrêsPontas.

Esse fato é alarmante e reflete a atualsituação vivida pela atividade cafeeiranacional. Pois, apesar dos preços interna-cionais do café, em dólar, estarem embons níveis, quando se faz a conversãopara real, a atual taxa de câmbio adotadapelo governo tira qualquer possibilidadede lucro do cafeicultor brasileiro, o qual,em outras situações, sequer conseguecobrir seus custos de produção com acomercialização do produto.

Tendo isso em vista, faz-se necessáriaa adoção de políticas que gerem renda aocafeicultor brasileiro, sem as quais a ati-vidade cafeeira se torna inviável no país,pois vai perder espaço para essas culturasdestinadas à geração de biodiesel e etanol.

No Sul de Minas, por exemplo, asusinas vêm pagando ao produtor mais de

R$ 1.000,00 por hectare cultivado comcana, com esse valor oscilando conformea proximidade da lavoura com a indústria.Mas, tomando os R$ 1.000,00 como parâ-metro, podemos pensar que o produtorde uma propriedade com 100 hectaresdestinados à cafeicultura, se optar pelacana em detrimento ao café, terá umalucratividade de R$ 100.000,00, ao passoque, caso continue com o café, mesmotrabalhando intensamente nos cafezais,mal irá cobrir seus custos.

Portanto, o avanço dessas outras cul-turas nos faz pensar em redução da áreadestinada à cafeicultura no Brasil e, conse-qüentemente, da produção nacional. Omais agravante, porém, é que a enormegeração de empregos proporcionada pelocafé em nosso país, envolvendo 8,4milhões de pessoas ao ano, tenderá a cair,implicando diretamente na questão social.

Ou o preço do café sobe, permitindoa continuidade da cafeicultura, ou esta-mos fadados a, gradativamente, reduzirnossos cafezais e nossa colheita a pontosinsignificantes quando fazemos o com-parativo com o demandado pelo consu-mo interno e pelas exportações.

1 - Presidente do CNC - Conselho Nacional doCafé

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organizam o 1º Encontro sobre Cafeiculturaorganizam o 1º Encontro sobre Cafeiculturaorganizam o 1º Encontro sobre Cafeiculturaorganizam o 1º Encontro sobre Cafeiculturaorganizam o 1º Encontro sobre CafeiculturaOs cafeicultores que participam do “Projeto de

Viabilidade da Cafeicultura Familiar”, desenvolvidopelo EDR - Escritório de Desenvolvimento Rural deFranca, da Secretaria da Agricultura e Abastecimentodo Estado de São Paulo, participaram no último dia 16de maio do 1º Encontro sobre Cafeicultura. O eventofoi organizado pela CATI - Coordenadoria deAssistência Técnica Integral e a Prefeitura de CristaisPaulista (SP).

Apresentaram o projeto o Engº Agrº Paulo de Tarso Rosa deAndrade, diretor técnico do EDR-Franca; Hélio Kondo, prefeito deCristais Paulista; o Engº Agrº Joel Leal Ribeiro, assessor técnico doEDR-Franca; e o Engº Agrº Sérgio Rocha Lima Diehl, da Casa daAgricultura de Pedregulho (SP).

O evento contou ainda com a participação dos pesquisadoresMaurício Domingues Nasser e Paulo Sérgio de Souza, da APTA deMococa (SP), que apresentaram os resultados de pesquisas sobre“Monitoramento e Produtividade do Cafeeiro”, bem como sobre“Colheita e Qualidade do Café”.

Em entrevista ao Informativo Coffee BreakInformativo Coffee BreakInformativo Coffee BreakInformativo Coffee BreakInformativo Coffee Break, a respeitodo VIII Fórum sobre Mercado & Política de Café, o presidenteda Acarpa - Associação dos Cafeicultores da Região dePatrocínio (MG), Wilson José de Oliveira, também destacou oatual momento enfrentado pelos cafeicultores.

“Há 13 anos, o preço do café estava em torno de R$ 320 asaca de 60 kg. Hoje, estamos vendendo café a R$ 250, e com ocâmbio totalmente defasado. Então, um dos problemasenfrentados pelo cafeicultor é esse e outro é o custo dos insumos,que subiu muito nos últimos dias. Isso tem levado umaintranqüilidade muito grande ao cafeicultor”, afirmou Oliveira.

A expectativa, segundo o presidente da Acarpa, é que opreço possa se recuperar com o início do inverno e a possibilidadede ocorrerem geadas. “Já existem especulações a esse respeito”,comentou.

Com relação à colheita no Cerrado Mineiro, o presidenteda Acarpa informou que ela ainda está começando e está lenta,pois muitos grãos ainda estão verdes. “Em Patrocínio, porexemplo, cerca de 10% dos cafeicultores já estão colhendo ecomeçaram no início de maio. A produção no município deveráficar em torno de 620 mil sacas. E para todo o Cerrado Mineiro,a estimativa é de que a colheita chegue a 3,8 milhões de sacasno ano safra 2008/2009”, concluiu Wilson José de Oliveira.

Acarpa estima produçãoAcarpa estima produçãoAcarpa estima produçãoAcarpa estima produçãoAcarpa estima produçãode 620 mil sacas para ade 620 mil sacas para ade 620 mil sacas para ade 620 mil sacas para ade 620 mil sacas para a

região de Patrocínioregião de Patrocínioregião de Patrocínioregião de Patrocínioregião de PatrocínioUma missa campal, iniciada às 7h do dia 16 de maio, na

Fazenda Conquista, em Alfenas (MG), celebrou o início dacolheita da Ipanema Coffees, uma das maiores empresas pro-dutoras de cafés especiais do mundo. De acordo com o eng.agrônomo Eduardo Tassinari, diretor de Operações Agrícolas,a estimativa para esta safra 2008/2009 é uma produção de 150mil sacas. Estão sendo contratados mais de mil “safristas”, comosão chamados os trabalhadores temporários para a colheita,período que se estende até meados de agosto.

A colheita, seletiva, começa pelos cafés Bourbons destinadosà Starbucks Co., rede de cafeterias americana com a qual aIpanema tem contrato de fornecimento fechado até 2010. Dototal a ser colhido, 32 mil sacas serão produzidas pelos quatroparceiros preferenciais da Ipanema, que integram o programaEqual Partners. São as fazendas Novo Horizonte (Areado/MG),São Manoel dos Brejões (na divisa de São Sebastião da Grama/SP com Poços de Caldas/MG), e Lambari e Irarema (Poços deCaldas/MG).

De acordo com Washington Rodrigues, presidente daIpanema, a proposta do Equal Partners é criar oportunidadescomerciais para que pequenos produtores de café de altaqualidade possam exportar seus grãos com maior valoragregado.

Maior fazenda de cafésMaior fazenda de cafésMaior fazenda de cafésMaior fazenda de cafésMaior fazenda de cafésespeciais do mundoespeciais do mundoespeciais do mundoespeciais do mundoespeciais do mundo

começa colheitacomeça colheitacomeça colheitacomeça colheitacomeça colheita

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Expocafé organiza últimos detalhesExpocafé organiza últimos detalhesExpocafé organiza últimos detalhesExpocafé organiza últimos detalhesExpocafé organiza últimos detalhes

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657

Encomendas pelos Fones:

Fazenda Monte Alegre: (16) 3723-5784

André Cunha: (16) 9967-0804 / Luis Cláudio: (16) 9965-2657

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• Cadastrado no RENASEM (Registro Nacional

de Sementes e Mudas) do Ministério da Agricultura

• Emissão de CFO (Certificado Fitossanitário de Origem)

Mudas de café produzidas no sistema convencional

(saquinhos), tubetões e mudões para replantio.

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TEMOS TAMBÉM MUDAS DE EUCALIPTO SOB ENCOMENDA

A Comissão Organi-zadora da Expocafé2008 finaliza os últimosdetalhes para a reali-zação da maior feira dacafeicultura brasileira.

O evento será reali-zado de 18 a 20 dejunho, na Fazenda Ex-perimental da Epamig- Empresa de PesquisaAgropecuária de MinasGerais, sediada nomunicípio de TrêsPontas (MG).

Em sua 11ª edição,a Expocafé esperareunir um público superior a 30 milpessoas, entre cafeicultores, técnicos,pesquisadores, expositores, estudantes,visitantes e cerca de 140 empresas expo-sitoras e representantes de diversasinstituições.

O Brasil ocupa a posição de maiorprodutor de café do mundo, bem como

a de maior exportador e de segundomaior consumidor. Dessa produção, oEstado de Minas Gerais é responsável porcerca de 50% e o sul de Minas pormetade da produção do estado, carac-terizando-o como maior região pro-dutora do país.

Idealizada e criada a partir de projetos

financiados pelo CNPq/BIOEX-Café, a Expocafésurgiu como uma excep-cional oportunidade paraque produtores busquemnovas tecnologias e conhe-cimentos fundamentais àsustentabilidade do agro-negócio.

O evento vem contri-buindo de forma substan-cial no desenvolvimento dacafeicultura nacional, nota-damente na região do sul deMinas, tornando-a maiscompetitiva.

O objetivo da feira élevar aos empresários rurais tecnologiasdisponíveis e essenciais à competitividadee sustentabilidade do sistema produtivoe mostrar aos visitantes e interessados asdiferentes oportunidades do agronegóciode café.

Maiores informações no site:www.expocafe.com.br.www.expocafe.com.br.www.expocafe.com.br.www.expocafe.com.br.www.expocafe.com.br.

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‘Café Sustentável,‘Café Sustentável,‘Café Sustentável,‘Café Sustentável,‘Café Sustentável,Consumidor Cons-Consumidor Cons-Consumidor Cons-Consumidor Cons-Consumidor Cons-ciente’ciente’ciente’ciente’ciente’. É essa a mensagemque a ABIC – AssociaçãoBrasileira da Indústria deCafé transmitiu durante ascomemorações do DiaNacional do Café, em 24 demaio. A entidade abraçoua causa de defesa do meioambiente e da sustenta-bilidade no planeta, estimu-lando que o mesmo sejafeito pelas torrefadoras, ca-feicultores, exportadores,varejistas e pelos 91% dosbrasileiros acima de 15 anos queconsomem café diariamente.

O café é uma bebida natural que,tomado regularmente e em dosesmoderadas, faz bem à saúde, dá prazer eenergia. É por isso que, ao saborear umaxícara de café, os consumidores têm queter em mente todos os caminhos per-corridos pelos grãos até chegar a estemomento único de prazer e aroma. Portraz de uma xícara de café, existe umaimensa cadeia produtiva que vem apri-morando, ano a ano e na prática, o con-ceito da sustentabilidade econômica,ambiental, ecológica e social. Em resumo,isso significa respeitar e preservar o meioambiente, não utilizar mão-de-obraescrava ou infantil e gerar recursos parasustento e melhoria da qualidade de vidade todos os trabalhadores, familiares ecomunidades.

Os caminhos do caféOs caminhos do caféOs caminhos do caféOs caminhos do caféOs caminhos do café

A cadeia produtiva do café começalá na lavoura, onde os produtores inves-tem nos tratos dos seus cafezais. Nessemês de maio a colheita já começou emgrande parte das regiões produtoras e éum período em que os cuidados se dãocom os preparos dos lotes, secagem earmazenamento.

O elo seguinte é o da indústria, quecompra os cafés verdes (in natura),podendo ou não combinar grãos dediversas fazendas de uma mesma regiãoou até combinando grãos de Estadosdiferentes. Essa aquisição também é feitapelas firmas exportadoras, que criamblends para atender compradores dediversos países.

A etapa da indústria exige cuidadoextremo, para garantir que a qualidadeiniciada na lavoura seja mantida noprocesso de torra e moagem. Devida-mente embalados, os grãos torrados outorrados e moídos seguem depois para ovarejo, principalmente supermercados, etambém para pontos de consumo, comocafeterias, bares, restaurantes e hotéis.Alguns lugares, a exemplo de algumascafeterias, compram diretamente o grãoda lavoura e torram e moem na próprialoja.

Nos mercados e supermercados,onde a grande maioria das pessoascompra seus cafés, os cuidados referem-se à exposição do produto: as embalagensdevem ser colocadas em gôndolas pró-prias e distantes de itens que exalem per-fumes ou odores fortes, como os de higie-ne e limpeza. Para atrair e facilitar a vidados consumidores, as marcas devem serexpostas por categoria de produtos, ini-ciando-se pelos Cafés Gourmets, no alto,seguidas pelos Cafés Superiores e pelosCafés Tradicionais.

A cadeia café ainda inclui a casa, oconsultório ou o escritório dos consumi-dores, locais em que eles próprios pre-param suas bebidas, em coador de panoou no filtro de papel, em cafeteiras elé-tricas ou máquinas para café ‘espresso’.

Cabem a essas pessoas – assim comoaos proprietários e atendentes dos pontosde consumo – o papel fundamental degarantir, nesta etapa final. a qualidadeiniciada na lavoura e preservada pelaindústria e pelo varejo. Guardar o pacotede café perto de produtos de limpeza,não deixar o pó de café na geladeira apósaberto, ou utilizar água clorada, por

exemplo, são atitudes er-radas que colocam por terratodo o trabalho de cafei-cultores, industriais e vare-jistas. Ao contrário, sabendoarmazenar e preparar cor-retamente a bebida, o con-sumidor obtém uma exce-lente xícara de café, ao mes-mo tempo em que brinda osmilhares de trabalhadoresque se esforçaram para isso.

QualidadeQualidadeQualidadeQualidadeQualidade

Em toda a cadeia pro-dutiva a sustentabilidade vem sendoassegurada. A qualidade do grão é umitem a mais nesse conceito econômico,social e ambiental, pois quanto melhorfor o café, maior será a agregação devalor, favorecendo todos os elos e agentesdo agronegócio. São fundamentais,portanto, os estudos realizados peloscentros de pesquisas, e coordenadosnacionalmente pela Embrapa, por meiodo Consórcio Brasileiro de Pesquisa eDesenvolvimento do Café (CBP&D/Café), que descobrem cada vez maisvariedades de café com característicasque permitem ganhos de produtividade,maior proteção ambiental e economia dedefensivos. Da mesma forma, existe todoum trabalho que envolve indústrias deembalagens, de equipamentos e serviços,cujos desenvolvimentos tecnológicospermitem racionalização de custos,manutenção da qualidade e melhorgestão nas lavouras, indústrias e firmasexportadoras.

Todos esses esforços também aten-dem a um novo conceito, que é a do con-sumidor consciente: a pessoa que se mos-tra atenta para evitar desperdícios, comode água, energia elétrica e alimentos; sepreocupa com reciclagem e destinaçãofinal do lixo, e que compra produtossustentáveis, rejeitando os feitos demaneira imprópria. Essa é uma tendênciamundial, já presente no Brasil, ondecresce o número de produtos certi-ficados, que atestam a forma correta desua fabricação. No café, existem diversascertificações para o grão verde: auditoresvisitam a propriedade e verificam setodos os quesitos de sustentabilidadeforam cumpridos.

24 de maio: Dia Nacional do Café24 de maio: Dia Nacional do Café24 de maio: Dia Nacional do Café24 de maio: Dia Nacional do Café24 de maio: Dia Nacional do Café

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Fertipar realiza dia-de-campo no Viveiro Monte AlegreFertipar realiza dia-de-campo no Viveiro Monte AlegreFertipar realiza dia-de-campo no Viveiro Monte AlegreFertipar realiza dia-de-campo no Viveiro Monte AlegreFertipar realiza dia-de-campo no Viveiro Monte Alegre

O Engº Agrº Iran Franciscone, o Engº SérgioO Engº Agrº Iran Franciscone, o Engº SérgioO Engº Agrº Iran Franciscone, o Engº SérgioO Engº Agrº Iran Franciscone, o Engº SérgioO Engº Agrº Iran Franciscone, o Engº SérgioCavalari (Fertipar Bandeirantes) e AndréCavalari (Fertipar Bandeirantes) e AndréCavalari (Fertipar Bandeirantes) e AndréCavalari (Fertipar Bandeirantes) e AndréCavalari (Fertipar Bandeirantes) e AndréCunha (Viveiro Monte Alegre).Cunha (Viveiro Monte Alegre).Cunha (Viveiro Monte Alegre).Cunha (Viveiro Monte Alegre).Cunha (Viveiro Monte Alegre).

“O nível de fósforo da propriedade era muitobaixo. Usei o Gafsa há três anos atrás e ofósforo atingiu um nível satisfatório, tanto éque no ano passado não precisei aplicarfósforo na lavoura de café”. Geraldo doGeraldo doGeraldo doGeraldo doGeraldo doNascimento Junior.Nascimento Junior.Nascimento Junior.Nascimento Junior.Nascimento Junior. Sítio Tesouro(Itirapuã-SP)

Em parceria com o ViveiroMonte Alegre, em Ribeirão Corrente(SP), de propriedade do Sr. LuisCunha e dos filhos André e Luis Cláu-dio, a Fertipar Bandeirantes realizoua apresentação de dois produtos paraos cafeicultores da região de Franca(SP).

Numa palestra realizada noauditório do Café Terreiro, em Franca(SP), a empresa apresentou o Super-N. “Trata-se de um novo conceito defertilizante nitrogenado, pois forneceo elemento no momento exato danecessidade da planta, independentedas condições climáticas e de acordocom o planejamento de aplicação”,afirmou o Engº Agrº Sérgio MoreiraCavalari, gerente comercial regional daempresa.

Já no dia seguinte, no dia-de-camporealizado no Viveiro Monte Alegre, osprofissionais da Fertipar Bandeirantesapresentaram os resultados da aplicaçãodo Hiper Gafsa na lavoura de café. Trata-se do fosfato natural reativo maisconhecido no mundo. De origemsedimentar e orgânica, o Fosfato de Gafsaé proveniente da Tunísia, norte da África.

Apresenta como principal característicao aumento do teor de fósforo a curtoprazo, associado a uma liberação gradualdo elemento, permitindo maior aprovei-tamento do nutriente. No comparativocom o Superfosfato Triplo, fornece maisnutrientes ao solo após 100 dias deaplicação. Além disto, fornece cálcio,enxofre e micronutrientes

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Casca de Soja

Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. - Níveis bromatológicos da casca do grão de soja

13,9

Fonte: NRC para bovinos de leite (2001)

EE (%)EE (%)EE (%)EE (%)EE (%)

2,7

NDT (%)NDT (%)NDT (%)NDT (%)NDT (%)

67,3

FDN (%)FDN (%)FDN (%)FDN (%)FDN (%)

60,3

Sabemos que o melhor manejoalimentar para os animais de pro-dução é quando conseguimos fazercom que o animal expresse seu po-tencial, seja em carne ou leite, combaixo custo, trazendo assim, oobjetivo lógico do agronegócio, olucro. Com essa lógica, iniciaremosuma série de artigos que sobre essetema.

A oferta e demanda dealimentos para a populaçãohumana nos países emdesenvolvimento, exige cres-cimento da pecuária superior ao daagricultura.

Estima-se que um terço dos cereaisproduzidos no mundo, se destina a ali-mentação dos animais domésticos. Assim,se deve recomendar e orientar cada vezmais, o uso de subprodutos e resíduos naalimentação animal, devidamente tra-tados e administrados na dieta dosruminantes.

Os subprodutos e resíduos agro-pecuários como cascas de soja, palhas, obagaço de cana-de-açúcar, casca dearroz, etc. são materiais fibrosos e inevi-tavelmente produzidos devido a diversoscultivos e em especial aos cereais e culturada cana-de-açúcar.

A quantidade disponível destes ma-teriais é muito grande em todo o mundoe basta dizer que se apenas 5% fossemutilizados de maneira correta na alimen-tação animal, poderia suprir as necessi-dades dos rebanhos existentes no mundoe assim atender as demandas de energia eproteínas da população mundial.

A utilização de casca de soja naA utilização de casca de soja naA utilização de casca de soja naA utilização de casca de soja naA utilização de casca de soja naalimentação animalalimentação animalalimentação animalalimentação animalalimentação animal

IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução

A utilização de subprodutos da agro-indústria na alimentação animal visa àdiminuição dos custos sem que o desem-penho seja afetado. Neste contexto, acasca de soja vem sendo utilizada comsucesso como alimento alternativo para

Ingredientes da agroindústria na alimentação animalIngredientes da agroindústria na alimentação animalIngredientes da agroindústria na alimentação animalIngredientes da agroindústria na alimentação animalIngredientes da agroindústria na alimentação animal- Produtos e subprodutos do agronegócio -- Produtos e subprodutos do agronegócio -- Produtos e subprodutos do agronegócio -- Produtos e subprodutos do agronegócio -- Produtos e subprodutos do agronegócio -

bovinos de corte, principalmente nasregiões produtoras de soja. A casca de sojaé classificada como alimento volumoso,porém sua degradação ruminal é maisrápida que de outros alimentos volu-mosos, e mais lenta que os concentrados,e devido à sua disponibilidade de energia,vem sendo utilizada na substituição totalou parcial do milho.

As cascas de soja são consideradasresíduos devido a sua baixa digestibilidade.No entanto, a casca de soja tem sido con-siderada um suplemento energético, poisseu fornecimentoaos ruminantes permitedesempenhos muitas vezes comparáveisao milho, devido a boa digestibilidade daparede celular, basicamente compostapor celulose (Hsu et al., 1987). Outrosautores a consideram um ingredientevolumoso-concentrado (Tambara et al.,1995) por possuir fibra efetiva e dentrode certos limites, funcionar como grãode cereal em termos de disponibilidadede energia (Sawar et al.,1991; Nakamurae Owen, 1989).

Processamento da casca de sojaProcessamento da casca de sojaProcessamento da casca de sojaProcessamento da casca de sojaProcessamento da casca de soja

A casca da soja é uma película muitofina que recobre o grão, sendo separadado embrião na indústria. Esta película éestraida do grão antes que ele sofraesmagamento para a obtenção do óleo.Sendo assim é um subproduto da indús-

tria de óleo de soja, com um custorelativamente baixo em relaçãoprincipalmente com o milho. Issopossibilita a obtenção de fareloscom 48 a 50% de proteína bruta(PB), ao invés de farelos com 42 a50% de PB (Tambara et al., 1995)sendo que sua composição éinfluenciada pela eficiência desteprocesso. Ela apresenta um altoteor de FDN (60,3%) semelhanteao índice encontrado nasforrageiras, sendo assim umalimento energético eficiente, com

baixos efeitos negativos sobre o rúmen,quando comparado ao milho.

Varias formas de processamentopodem ser feitas na casca de soja, in-cluindo trituração, tostatgem e pele-tização. Mikled et al. (1990) avaliaram oefeito da tostagem e trituração da cascade soja sobre a digetibilidade em ovinos.Os resultados mostram que as diges-tibilidades da MO, FB, ENN forammaiores para a casca de soja não tostada,porem nào houve diferença significativapara digestibilidade e metabolismoruminal.

Anderson et al., (1989b) conduziramdiversos experimentos para avaliar o efei-to do processamento na digestibilidadeda casca de soja. Observaram que a pele-tização (4.8mm) aumentou quase 4 vezesmais a densidade da casca de soja (624.7vs. 169.8kg/m3) tornando mais eco-nômico o transporte do material. Consta-tarão ainda, que a peletização não pro-voca alterações significativas na casca desoja. A trituração também aumenta adensidade do material (361 Kg/m3), po-rém dependendo do tipo de peneira usa-da poderá haver reduçao demasiada notamanho da particula levando á umaredução na digestibilidade da casca desoja. Outros autores recomendaram o usode peneira com crivo de 3.2 mm oumaiores.

As cascas de soja comercialmentedisponíveis frequen-temente apresentam13 a 14% de PB, in-dicando pelo menos4 unidades percen-tuais de proteína

1 - Médica veterinária, mestre em Qualidade eProdutividade Animal e doutoranda emQualidade e Produtividade Animal pela FZEA-USP. Email: [email protected]

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oriunda da contaminação dofarelo ou pedaços de grão desoja (Kornegay, 1978; An-derson et al., 1988), po-dendo-se encontrar na lite-ratura valores de até 16,5%de PB (Cunningham et al.,1993).

Sua taxa de digestão émoderadamente rápida (6%/h) e a extençao de digestão éde 93 a 95%, indicando quequanto maior o tempo depermanência no rúmen,maior será obtido (Andersonet al., 1988).

É importante salientarque a maneira como a casca de soja éutilizada na formulação de rações,juntamente com o tipo de dieta (quan-tidades de volumosos e concentrados)influencia o seu valor energético e odesempenho dos animais.

Ainda, a casca de soja possui grandesperspectivas de uso pela sua disponibi-lidade e valor nutricional. SegundoGarleb et al. (1988), a casca de sojapoderia substituir o uso de forrageiras dealto valor nutricional, quando oferecidaaos animais em quantidade controlada.

Quicke et al. (1959), ao avaliarem a cascade soja, em ensaios in vitro, encontraramcoeficiente de digestibilidade de 96% paraa matéria seca, sugerindo que sua fraçãofibrosa possui alta digestibilidade, mesmosendo constituída por 70% de paredecelular.

ConclusãoConclusãoConclusãoConclusãoConclusãoFica claro que a utilização do resíduo

da indústria da soja (casca de soja) naalimentaçao animal é de extremo valor;Também, além de ser econômicamente

mais viável, podendosubstituir a utilizaçãode outros ingredientesna ração.

BibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografiaBibliografia

ANDERSON, S.J.;MERRILL, J.K.;KLOPFENSTEIN,T.J. Soybean hulls as anenergy supplement forthe grazing ruminant.Journal of AnimalScience, v.66, n.11,p.2959-2964, 1988.

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LWS e Eurolatte apresentam tecnologiasLWS e Eurolatte apresentam tecnologiasLWS e Eurolatte apresentam tecnologiasLWS e Eurolatte apresentam tecnologiasLWS e Eurolatte apresentam tecnologiasvoltadas à grande e à pequena produção leiteiravoltadas à grande e à pequena produção leiteiravoltadas à grande e à pequena produção leiteiravoltadas à grande e à pequena produção leiteiravoltadas à grande e à pequena produção leiteira

A 15ª edição da Feira Internacionalda Tecnologia Agrícola em Ação(Agrishow) que aconteceu de 28 de abrila 03 de maio, em Ribeirão Preto, marcoua força do setor de agronegócios.

A Eurolatte como sempre, estevepresente nesse grande evento o qual vêmpropiciando contatos importantes comdiversas empresas seja fornecedores oudistribuidores ao redor do mundo.

A empresa, fundada em 1998, adotoutecnologia de centros mais desenvolvidosna atividade leiteira do mundo, comoIsrael, Alemanha, Itália e EUA. A Eurolat-te está sediada em Porto Alegre (RS), mastem na LWS Equipamentos de Refrige-ração, sediada em Franca (SP), o seu pon-to de referência na Alta Mogiana, Triân-gulo, Sudoeste e Sul de Minas Gerais.

A LWS Equipamentos possui referên-cia nacional de qualidade no setor de me-talurgia, na área de: Equipamentos emaço inox; Aquecedores de água para fo-gão a lenha; Torres e centrais de refrige-ração industrial; Ordenhadeiras; Resfria-dores para leite; Equipamentos para trans-missão e receção e Peças de reposição.

A empresa cria projetos para peque-nos, médios e grandes produtores de leite.“Nossa missão é facilitar a vida do produ-tor, ajustando o equipamento de acordocom a quantidade e o capacidade deinvestimento do produtor”, afirma LuisAntonio da Silva, diretor da LWS.

De acordo com Cláudio AfonsoDenes, diretor da Eurolatte, a Agrishowpropiciou contatos com produtores eempresários do Brasil e de várias partesdo mundo, como: Venezuela, Peru,Colombia, Nigeria, Africa do Sul, NovaZelandia, Rússia entre outros.

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Nelore é sucesso absoluto na 39ª ExpoagroNelore é sucesso absoluto na 39ª ExpoagroNelore é sucesso absoluto na 39ª ExpoagroNelore é sucesso absoluto na 39ª ExpoagroNelore é sucesso absoluto na 39ª ExpoagroOrganizada com méritos pela equipe

da Prefeitura de Franca, chefiada porHeitor de Lima, contando com a assessoriada MGM Coordenação de Eventos, aExposição do Gado Nelore - realizada du-rante a 39ª Expoagro de Franca - foi umsucesso.

O jurado Carlos Eduardo Nassif, deUberaba (MG), avaliou 155 animais en-tre machos e fêmeas, mais as progêniesde pai e de mãe. Participaram ao todo 19expositores, de 16 municípios brasileiros,obtendo um índice de 1,232.

A Carpa Serrana (Brodówski/SP)conquistou o campeonato expositor, com8 campeonatos, seguida de Toni Salloume Filhos (Franca/SP) com 4 campeonatose Flávio Augusto do Canto (São João daBoa Vista/SP), com 3 campeonatos.

O destaque da exposição foi a primeiraparticipação dos animais do ex-gover-nador Orestes Quércia (Fazenda NossaSenhora Aparecida, de Pedregulho/SP).Quércia conquistou três campeonatos eduas reservadas campeãs.

Animais com padrão racial aprimorado promoveram disputas acirradas na pistaAnimais com padrão racial aprimorado promoveram disputas acirradas na pistaAnimais com padrão racial aprimorado promoveram disputas acirradas na pistaAnimais com padrão racial aprimorado promoveram disputas acirradas na pistaAnimais com padrão racial aprimorado promoveram disputas acirradas na pistacentral do Parque de Exposições “Fernando Costa”.central do Parque de Exposições “Fernando Costa”.central do Parque de Exposições “Fernando Costa”.central do Parque de Exposições “Fernando Costa”.central do Parque de Exposições “Fernando Costa”.

Tony Salloum Filho recebe a premiação pelo touro Tony Salloum Filho recebe a premiação pelo touro Tony Salloum Filho recebe a premiação pelo touro Tony Salloum Filho recebe a premiação pelo touro Tony Salloum Filho recebe a premiação pelo touro ‘Deck‘Deck‘Deck‘Deck‘Deckdo Arco Azul’ do Arco Azul’ do Arco Azul’ do Arco Azul’ do Arco Azul’ quequequequeque, , , , , com um pouco mais de 29 meses e 1.150com um pouco mais de 29 meses e 1.150com um pouco mais de 29 meses e 1.150com um pouco mais de 29 meses e 1.150com um pouco mais de 29 meses e 1.150kg de peso, conquistou o Grande Campeonato Macho.kg de peso, conquistou o Grande Campeonato Macho.kg de peso, conquistou o Grande Campeonato Macho.kg de peso, conquistou o Grande Campeonato Macho.kg de peso, conquistou o Grande Campeonato Macho.

Heitor de Lima foi um anfitrião sempre presente nasHeitor de Lima foi um anfitrião sempre presente nasHeitor de Lima foi um anfitrião sempre presente nasHeitor de Lima foi um anfitrião sempre presente nasHeitor de Lima foi um anfitrião sempre presente naspremiações, o que reforça o compromisso da administraçãopremiações, o que reforça o compromisso da administraçãopremiações, o que reforça o compromisso da administraçãopremiações, o que reforça o compromisso da administraçãopremiações, o que reforça o compromisso da administraçãomunicipal em fortalecer os eventos técnicos na Expoagro.municipal em fortalecer os eventos técnicos na Expoagro.municipal em fortalecer os eventos técnicos na Expoagro.municipal em fortalecer os eventos técnicos na Expoagro.municipal em fortalecer os eventos técnicos na Expoagro.

PRÓXIMA EDIÇÃOPRÓXIMA EDIÇÃOPRÓXIMA EDIÇÃOPRÓXIMA EDIÇÃOPRÓXIMA EDIÇÃONa próxima edição da Revista Attalea Agronegócios

estaremos finalizando a cobertura completa da 39ªExpoagro. Destaque para as exposições de ovinos, gado girleiteiro e girolando, bem como a realização do TorneioLeiteiro da Raça Gir Leiteiro, após mais de 50 anos.

Destacaremos, também, a inauguração em Franca (SP)da sede da Embrapa - Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária. Conquista do Deputado Federal MarcoAurélio Ubiali (PSB), em parceria com a Coonai, Cocapec,Credicocapec, Sindicato Rural e Prefeitura de Franca.

REBANA TE DAREBANA TE DAREBANA TE DAREBANA TE DAREBANA TE DAS A B I AS A B I AS A B I AS A B I AS A B I A- Reservada CampeãBezerra da Expoagro2008;- 10 meses e 424 kg;- Fazenda NossaSenhora Aparecida(Pedregulho/SP);- Orestes Quércia

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• Plantel Gir Selecionado para Leite;

• Venda permanente de Tourinhos, Novilhas, Matrizes e Embriões;

• Melhor Expositora Expoagro Franca 2008.

77 anos de tradição, seleção

e criação de Gir Leiteiro

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Campeã Novilha Maior

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UNO DA SILVANIA

- Campeão Touro Sênior nas exposições de

Araxá (MG), Uberaba (MG) e Franca (SP)

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CAÇADORA DE BRASÍLIA

Campeã Vaca Adulta em Franca (SP)

Melhor Úbere Adulto em Franca (SP)

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A Coonai está comemorando osresultados do 8º Leilão de Gado Leiteiro,que aconteceu em 17 de maio, no centrode eventos da cooperativa, em PatrocínioPaulista (SP). Foram vendidos 100% dos62 animais colocados à disposição, distri-buídos em 59 lotes, de 20 cooperados. Opreço médio do leilão foi R$ 4.235, 62%superior ao do ano passado. Mais de 600pessoas compareceram ao evento,lotando o recinto. Todos os lotes forambem disputados, dando trabalho para oleiloeiro e para os pisteiros.

A seleção do gado foi feita portécnicos da Coonai, seguindo os padrõesde qualidade de cada raça e com garantiade sanidade de todos os animais. “Aqualidade do gado e o bom momento dosetor atraiu muitos compradores. O leilãoestá crescendo a cada ano e com solidez”,afirmou o gerente de assistência técnicada cooperativa Rogério Gerbasi.

O grande destaque ficou para o lote37: a vaca Vitória da Boa Fé, registrada,da Fazenda Boa Fé, do grupo Ma ShouTao. O animal foi vendido por R$9.600,00 (em seis parcelas). Além decompra e venda de gado, parceiros daindústria veterinária, de alimentaçãoanimal, de maquinário e instituições decrédito agrícola estiveram presentesoferecendo boas oportunidades denegócios aos cooperados.

Uma novilha foi sorteada no final doevento entre os 20 compradores. O gran-de vencedor foi Paulo Roberto Mengele,de Restinga (SP). “Conforme havíamosprevisto, foi um dia de confraternização

Leilão de gado leiteiro da Coonai supera em 62%Leilão de gado leiteiro da Coonai supera em 62%Leilão de gado leiteiro da Coonai supera em 62%Leilão de gado leiteiro da Coonai supera em 62%Leilão de gado leiteiro da Coonai supera em 62%o resultado do ano passadoo resultado do ano passadoo resultado do ano passadoo resultado do ano passadoo resultado do ano passado

e bons negócios, mesmo quem nãocomprou ou vendeu, aproveitou muito”,garante Rogério.

Marcelo Avelar, vice-presidente eMarcelo Avelar, vice-presidente eMarcelo Avelar, vice-presidente eMarcelo Avelar, vice-presidente eMarcelo Avelar, vice-presidente eEduardo Lopes de Freitas, presidenteEduardo Lopes de Freitas, presidenteEduardo Lopes de Freitas, presidenteEduardo Lopes de Freitas, presidenteEduardo Lopes de Freitas, presidenteda Coonaida Coonaida Coonaida Coonaida Coonai

Várias empresas parceiras da CoonaiVárias empresas parceiras da CoonaiVárias empresas parceiras da CoonaiVárias empresas parceiras da CoonaiVárias empresas parceiras da Coonaimontaram estandes no evento, assimmontaram estandes no evento, assimmontaram estandes no evento, assimmontaram estandes no evento, assimmontaram estandes no evento, assimcomo o Sebrae e o IBS.como o Sebrae e o IBS.como o Sebrae e o IBS.como o Sebrae e o IBS.como o Sebrae e o IBS.

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Héctor Javier NarváezHéctor Javier NarváezHéctor Javier NarváezHéctor Javier NarváezHéctor Javier Narváez11111;;;;;Ricardo Lopes Dias daRicardo Lopes Dias daRicardo Lopes Dias daRicardo Lopes Dias daRicardo Lopes Dias da

CostaCostaCostaCostaCosta22222; Reginaldo da; Reginaldo da; Reginaldo da; Reginaldo da; Reginaldo daSilva FontesSilva FontesSilva FontesSilva FontesSilva Fontes33333

A transferência de em-briões (TE) no Brasil teve iniciona década dos anos 70, quandoforam registrados os primeirosnascimentos por transferênciade embrião congelado impor-tado. De importador de tecno-logia no início, o Brasil tornou-se referência mundial na área,já no ano 2000 o número detransferências comunicadas foide 69.400, respondendo como 13,13% do total de trans-ferências do mundo.

A partir deste ano observou-se umcontínuo e expressivo aumento tanto daTE quanto da fertilização in vitro (FIV),atingindo assim no ano 2006, 196.663embriões produzidos in vitro e 69.886embriões produzidos in vivo (Viana eCamargo, 2007).

Segundo a Sociedade Internacionalde Transferência de Embriões (IETS) em2005 o Brasil ocupou a segunda posiçãona aplicação da técnica. Com isso, osprogramas de melhoramento genéticosão os mais favorecidos e podendo seravaliados com maior rapidez e eficiência,mesmo em pequenas populações deanimais (Christiansen, 1991).

Mortalidade Embrionária na Transferência de EmbriõesMortalidade Embrionária na Transferência de EmbriõesMortalidade Embrionária na Transferência de EmbriõesMortalidade Embrionária na Transferência de EmbriõesMortalidade Embrionária na Transferência de Embriões

Embora a técnica de transferência deembriões em bovinos tenha evoluído noBrasil nos últimos anos, ainda a eficiênciada técnica é considerada baixa e depen-dente de vários fatores que levam a altastaxas de mortalidade embrionária, termoempregado para definir as perdas embri-onárias desde a concepção até o períodode diferenciação dos tecidos, em tornodo 42º dia da gestação (Dunne et al.,2000).

Vanrose et al, (2000) e Santos et al,(2004a) em extensa revisão, concluíramque a maioria das perdas ocorre princi-palmente desde os primeiros dias daprenhez até o mecanismo de reconheci-mento materno da gestação (entre o 15ºe 19º dia de gestação).

Estima-se uma mortalidade embrio-nária neste período de 20 a 40% e noperíodo fetal (após do 42º dia da gestação)as perdas da gestação poderiam atingirde 5 a 10%, situação que propõe osprincipais desafios biológicos para oestabelecimento da prenhez. SegundoSantos et al, (2004b) em outro trabalho

realizado, caracterizaram asperdas da gestação em trêstipos:

1. Perda embrionáriaPerda embrionáriaPerda embrionáriaPerda embrionáriaPerda embrionáriaprecoceprecoceprecoceprecoceprecoce: período que vaidesde a concepção até otempo de funcionalidade docorpo lúteo, (dia 15 a 17 dociclo estral, em caso de não seapresentar prenhez);

2. Perda embrionáriaPerda embrionáriaPerda embrionáriaPerda embrionáriaPerda embrionáriatardiatardiatardiatardiatardia: estende-se até a fasede diferenciação dos tecidos,aproximadamente 42º dia dagestação;

3. Perda fetalPerda fetalPerda fetalPerda fetalPerda fetal: geral-mente não se apresenta com

maior regularidade e compreende até otermo da gestação.

Esses autores concluíram que é possí-vel atingir até 60% de perdas da gestaçãotendo em conta as duas fases de desen-volvimento: embrionário e fetal.

Acredita-se que as perdas embrio-nárias em bovinos poderiam variar derebanho para rebanho, influenciada porestímulos nocivos de origem infecciososou não infecciosos, alguns fatores gené-ticos, imunológicos, maternos e ambien-tais (Labérnia et al., 1996). Além dasperdas do material genético é tambémapropriado incluir as perdas econômicasque poderiam ser acarretadas por ummau direcionamento na aplicação dasbiotécnicas.

Dentro dos fatores associados demaior importância na reprodução bovinaque podem causar grandes perdas em-brionárias, uma refere-se ao deficientemecanismo de reconhecimento maternoda gestação, processo pelo qual o embriãosinaliza bioquimicamente sua presençaante a unidade materna (útero) prolon-

Receptoras da raça Nelore, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Nelore, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Nelore, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Nelore, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Nelore, da Apta Extremo Oeste,Andradina (SP).Andradina (SP).Andradina (SP).Andradina (SP).Andradina (SP).

1 - Mestrando Laboratório de Reprodução eMelhoramento Genético Animal da UENF,Campos dos Goytacazes/RJ. [email protected]

2 - Pesquisador da Agência Paulista deTecnologia dos Agronegócios – APTA, PóloExtremo Oeste, Andradina/SP. [email protected]

3 - Prof. Associado Laboratório de Reproduçãoe Melhoramento Genético Animal da UENF,Campos dos Goytacazes/RJ, [email protected]

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gando a funcionalidade do corpolúteo e manutenção da prenhez(Spencer et al., 2004).

É amplamente conhecido queessa função é realizada pelointerferon trofoblastico bovino(bIFN-t) que faz inibição dasecreção pulsátil de PGF2á feitapelas células endometriais do útero(Demmers et al., 2001).

O mecanismo é apresentadoentre o 9º – 14º dia da gestaçãopela eclosão e expansão do em-brião com posterior alongamentoaté os pontos de adesão: epitélioendometrial e as glândulas endo-metriais (Mann et al., 1999 eThatcher et al., 2001).

Outro aspecto relacionado que podelevar de igual maneira apresentar perdasda gestação refere-se a uma deficienteliberação de progesterona pelo corpolúteo. Vários estudos já foram desen-volvidos visando utilização de diferentestratamentos hormonais nas receptoras,em diferentes protocolos, que pode, levarao aumento da concentração plasmáticade progesterona, pela indução daformação de corpos lúteos acessórios(Binelli et al., 2001 e Santos et al., 2004a).

Estes autores propuseram váriasestratégias anti-luteolíticas, levando aoaumento dos índices da gestação, atravésda administração de somatotropinabovina (bST), gonadotrofina coriônicahumana (hCG), gonadotrofina coriônicaeqüina (eCG) e análogos sintéticos dohormônio regulador das gonadotrofinas(GnRH).

Vários outros trabalhos já vêm de-senvolvendo alternativas para conseguirmelhorar os índices da gestação porinseminação artificial e TE mediante aaplicação de outros tipos de agentes anti-luteolíticos como são os antiinflamatóriosnão esteroidais, que têm como funçãoespecífica a inibição da síntese dasprostaglandinas, principalmente aPGF2á, no período crítico da gestação.(Odensvick et al., 1998, Elli et al., 2001 eScenna et al., 2005).

Embora a eficiência da TE propor-cione resultados baixos, pela alta taxa demortalidade embrionária que se apre-senta nos primeiros dias da gestação, éimportante ressaltar o avanço no ganhogenético dos animais obtidos pela técnica,a diminuição no intervalo de gerações eo alto valor econômico que podemalcançar os animais de maior destaque.Porém a técnica deve ser estimulada com

novas ferramentas desenvolvidas paraque se consiga melhorar as taxas deconcepção e o Brasil destacar-se eposicionar-se no mercado mundial.

Referências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficas

1. BINELLI, M.; THATCHER,W.W.; MATTOS, R.; ARUSELLI, P.S.Antiluteolytic strategies to improvefertility in cattle. Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology,v.56, 1451-1463, 2001.

2. CHRISTIANSEN, L.G. Use ofembryo transfer in future cattle breendinschemes. Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology, v.35, n.1.p.141-149, 1991.

3. DEMMERS, K.J.; DERECKA,K.; FLINT, A. Trophoblast interferon andpregnancy. Reproduction, Reproduction, Reproduction, Reproduction, Reproduction, v.121, p.41-49, 2001.

4. DUNNE, L.D.; DISKIN, M.G.;SREENAN, J.M. Embryo and foetal lossin beef heifers between day 14 ofgestation and full term. AnimalAnimalAnimalAnimalAnimalReproduction Science, Reproduction Science, Reproduction Science, Reproduction Science, Reproduction Science, v.58, n.1,p.39-44, 2000.

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6. LABERNIA, J; LÓPES-GATIUS, F; SANTOLARIA, P; LÓPES-BÉJAR, M; RUTLLANT, J. Influence ofmanagament factors on pregnancyattrition in dairy cattle.Theriogenology, Theriogenology, Theriogenology, Theriogenology, Theriogenology, v.45, n.6, p.1247-1253, 1996.

7. MANN, G.E.; LAMING, G.E.The influence of progesterone during

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8.ODENSVIK, K.; GUS-TAFSSON, H.; KINDAHL,H. The effect on luteolysisby intensive oral admi-nistration of flunixin meglu-mine in heifers. AnimalAnimalAnimalAnimalAnimalReproduction Science,Reproduction Science,Reproduction Science,Reproduction Science,Reproduction Science,v.50, p. 35-44, 1998.

9.SANTOS, J.E.P.,JUCHEM, S.O., CERRI,R.L.A., GALVÃO, K.N.,CHEBEL, R.C., THAT-CHER, W.W. Effect of bSTand reproductive mana-

gement on reproductive performance ofHolstein dairy cows. J Dairy Sci, J Dairy Sci, J Dairy Sci, J Dairy Sci, J Dairy Sci, v.87,p.868-881, 2004a.

10. SANTOS, J.E.P.; THATCHER,W.W.; CHEBEL, R.C.; CERRI, R.L.A.;GALVÃO, K.N. The effect of embryonicdeath rates in cattle on the efficacy ofestrus synchroni-zation programs.Animal Reproduction Science,Animal Reproduction Science,Animal Reproduction Science,Animal Reproduction Science,Animal Reproduction Science, v.82-83, p.513-535, 2004b.

11. SCENNA, F.N.; HOCKETT,M.E.; TOWNS, T.M.; SAXTON, A.M.;ROHRBACH, N.R.; WEHRMAN, M.E.;SCHRICK, F.N. Influence of aprostaglandin synthesis inhibitoradministred at embryo transfer onpregnancy rates of recipient cows.Prostaglandins and other LipidProstaglandins and other LipidProstaglandins and other LipidProstaglandins and other LipidProstaglandins and other LipidMediators,Mediators,Mediators,Mediators,Mediators, v.78, p.38-45, 2005.

12. SPENCER, T.; JOHNSON,G.A.; BAZER, F.W.; BURGHARDT, R.C.Implantation mechanisms: insights fromthe sheep. Reproduction, Reproduction, Reproduction, Reproduction, Reproduction, v.128, p.657-668, 2004.

13. THATCHER, W.W.; MOREI-RA, F.; SANTOS, J.E.P.; MATTOS, R.C.;LOPES, F.L.; PANCARCI, S.M.; RISCO,C.A. Effects of hormonal treatments onreproductive performance and embryoproduction. Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology,Theriogenology, v. 55, p.75-89, 2001.

14. VANROOSE, G.; de KRUIF,A.; Van SOOM, A. Embryonic mortalityand embryo-pathogen interactions.Animal Reproduction Science, Animal Reproduction Science, Animal Reproduction Science, Animal Reproduction Science, Animal Reproduction Science, v.60-61, p.131-143, 2000.

15. VIANA, J.H.M.; CAMARGO,L.S.A. A produção de embriões bovinosno Brasil: uma nova realidade. ActaActaActaActaActaScientiae Veterinariae, Scientiae Veterinariae, Scientiae Veterinariae, Scientiae Veterinariae, Scientiae Veterinariae, v.35 (Supl.3), p. s915-s924. 2007.

Receptoras da raça Guzerá, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Guzerá, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Guzerá, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Guzerá, da Apta Extremo Oeste,Receptoras da raça Guzerá, da Apta Extremo Oeste,Andradina (SP).Andradina (SP).Andradina (SP).Andradina (SP).Andradina (SP).

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Após 1950, com a desco-berta dos fertilizantes químicos,utilização generalizada destesadubos mais baratos contribuí-ram para que houvesse uma ex-plosão agrícola em todo o mun-do. As áreas de cultivo e, conse-quentemente, as safras dos prin-cipais alimentos aumentaram devolume. As dietas tornaram-semais ricas.

Mas agora esses ganhos es-tão sendo ameaçados em mui-tos países pela falta localizada e a dis-parada dos preços dos fertilizantes: oingrediente mais essencial da agriculturamoderna.

No ano passado os preços de algunsfertilizantes quase triplicaram, impedindoque os produtores adquirissem todo oadubo necessário. Este é um dentre váriosfatores que contribuíram para o aumentodos preços dos alimentos, algo que, deacordo com o Programa de Alimentaçãoda Organização das Nações Unidas,ameaça fazem com que dezenas demilhões de indivíduos pobres tornem-sedesnutridos.

Nos Estados Unidos, fazendeiros doEstado de Iowa, desesperados para reporos nutrientes do solo, passaram a adotarcada vez mais a prática antiga de espalhartoneladas de esterco de porco nos seuscampos de cultivo. Na Índia, o preço dofertilizante subsidiado para os agricultoresdisparou, provocando apelos por umareforma da política agrícola. E na África,os planos para conter a fome com oaumento das safras ficaram subitamenteameaçados.

A redução da oferta de fertilizantesvem se intensificando durante os últimoscinco anos. A demanda crescente poralimentos e biocombustíveis estimulouprodutores de todas as regiões a plantarmais. E, como conseqüência, as fábricase as minas de fertilizantes do mundo nãoconseguiram acompanhar o ritmo decrescimento da demanda por adubos.

Alguns comerciantes do meio-oestedos Estados Unidos viram os seus estoquesde fertilizantes esgotarem-se no terceirotrimestre do ano passado, e eles conti-nuam restringindo as vendas nestetrimestre devido à carência do produto.“Se alguém quiser 10 mil toneladas parahoje, nós só venderemos 5.000, ou talvezapenas 3.000 toneladas”, afirma W. ScottTinsman Jr., fabricante e comerciante de

Falta de fertilizantes ameaça produção mundial de alimentosFalta de fertilizantes ameaça produção mundial de alimentosFalta de fertilizantes ameaça produção mundial de alimentosFalta de fertilizantes ameaça produção mundial de alimentosFalta de fertilizantes ameaça produção mundial de alimentos

fertilizantes de Davenport, em Iowa. “Asituação está realmente no limite”.

As companhias de fertilizantes acre-ditam que mais cedo ou mais tarde esseproblema será resolvido, e frisam que pre-tendem construir diversas fábricas novasnos próximos anos, muitas delas no Ori-ente Médio, onde o gás natural é abun-dante. Mas isso provavelmente criará no-vos problemas no longo prazo, à medidaque o mundo tornar-se mais dependentedos combustíveis fósseis para a produçãode fertilizantes químicos.

Além do mais, o uso intenso de fertili-zantes químicos sem dúvida significarámaior poluição dos cursos d’água.

Especialistas em agricultura e desen-volvimento afirmam que o mundo contacom poucas alternativas para a sua de-pendência cada vez maior dos ferti-lizantes químicos. À medida que a popu-lação aumenta e uma classe média globalem expansão exige mais alimentos, osfertilizantes são uma das estratégias maiseficientes para aumentar o volume dassafras. Alguns especialistas calculam queos fertilizantes sintéticos feitos com gásnatural já possibilitaram grandes

expansões das colheitas, e um cres-cimento de 30% a 40% da popu-lação mundial.

Na África subsaariana, onde afome há muito tempo é uma amea-ça, a falta de fertilizantes é um dosmotivos principais pelos quais aregião está economicamenteaquém do resto do mundo. As ten-tativas de fazer com que os ferti-lizantes chegassem às mãos dosagricultores africanos foram atra-palhadas pelos recentes aumentos

de preços. “Trata-se de uma aritméticabem básica e direta: nos casos típicos, ouso de fertilizantes em uma área de umacre (0,405 hectares) gera um aumentode produtividade de uma tonelada”, dizJeffrey D. Sachs, o economista da Univer-sidade Columbia que se concentrou naerradicação da pobreza. “Esta é a dife-rença entre a vida e a morte”.

A demanda por fertilizantes tem sidoimpulsionada por uma convergência defatores, incluindo o crescimento popula-cional, a redução das reservas mundiaisde grãos e o apetite pelo milho e peloóleo de palmeira usados para a produçãode biocombustíveis. Mas os especialistasafirmam que o maior fator é o aumentoda demanda por comida, especialmentea carne, nos países do Terceiro Mundo.

Países como o Vietnã promoveu, nasúltimas duas décadas, reformas demercado que permitiram que os agricul-tores tivessem acesso a fertilizantes esementes de alta produtividade. As safrasde arroz dobraram e as de milho tripli-caram, possibilitando aos camponesesengordar a população cada vez maior deanimais para abate do país.

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O consumo global de fertilizantesaumentou em média 31% de 1996 a 2008,impulsionado por uma expansão de 56%da demanda nos países em desen-volvimento, segundo a Associação Inter-nacional da Indústria de Fertilizantes.

“Os mercados estão pedindo aosagricultores que pisem no acelerador”, dizMichael R. Rahm, vice-presidente deanálise de mercado e planejamentoestratégico da Mosaic. “Eles aceleraram aprodução, mas o mercado lhes disse paraacelerar ainda mais”.

O fertilizante é basicamente umacombinação de nutrientes adicionada aosolo para ajudar as plantas a crescer. Ostrês elementos mais importantes sãonitrogênio, fósforo e potássio. Os doisúltimos estão disponíveis há séculos, eatualmente provêm de minas. Mas onitrogênio em uma forma que as plantaspossam absorvê-lo era escasso.

A falta de nitrogênio provocou safrasmagras durante séculos. Essa limitaçãoacabou no início do século 20, com ainvenção de uma técnica, atualmentealimentada principalmente com gásnatural, que retira nitrogênio quimica-mente inerte do ar e o converte em umaforma utilizável.

Paralelamente à expansão do uso dofertilizante químico com nitrogênio,surgiram melhores variedades de plantase aumentou a mecanização das lavouras.De 1900 a 2000, a produção mundial dealimentos aumentou 600%. Os cientistasdizem que esse aumento foi o fatorprincipal para o crescimento da popu-lação mundial de 1,7 bilhão em 1900 paraos atuais 6,7 bilhões de habitantes.

Vaclav Smil, professor da Universida-de de Manitoba, calcula que, sem osfertilizantes nitrogenados, não haveriacomida suficiente para 40% da populaçãomundial, pelo menos ao se adotar comoreferência as dietas atuais. Outros espe-cialistas chegaram a números ligeira-mente inferiores.

Inicialmente, grande parte do au-mento da produção de fertilizantesdestinava-se a grãos como trigo e arroz,que são os ingredientes fundamentais deuma dieta básica. Mas, recentemente,com um crescimento econômico mun-dial de 5% ao ano, centenas de milhõesde pessoas passaram a ganhar dinheirosuficiente para comprar mais carne deanimais engordados com grãos. Issoocorreu ao mesmo tempo em que a pro-dução acelerada de biocombustíveis, co-mo o etanol feito com milho, impôs umanova pressão sobre as reservas de grãos.

Esses fatores geraram uma demandacrescente pelos fertilizantes, bem comopreços mais altos por estes produtos. Opreço do adubo químico fosfato de diamô-nia em um terminal em Tampa, na Flóri-da, saltou de US$ 393 a tonelada no anopassado para os atuais US$ 1.102, deacordo com a JPMorgan Securities, queacompanha os preços desse tipo deproduto. A uréia, um tipo de fertilizantenitrogenado granulado aumentou de US$273 a tonelada no ano passado para US$505 a tonelada neste ano.

Os fabricantes estão lutando paraaumentar o fornecimento. Pelo menos 50novas unidades para a produção de adubonitrogenado estão em construção, e asminas de fósforo e potássio estão sendoexpandidas. Mas esses projetos são caros edemorados, e por isso acredita-se que aoferta de fertilizantes continuará reduzidadurante anos.

Os fertilizantes têm uma importânciavital em Iowa, onde os fazendeiros plan-tam mais milho do que em qualquer outroEstado norte-americano, e que dependedos adubos químicos para aumentarsubstancialmente as suas safras.

Mas a combinação de preços altos ecarência de adubo obrigou alguns fazen-deiros a voltar a utilizar métodos antigosde adubação, o que transformou o estercode porco em uma mercadoria cara. Osfazendeiros estão fazendo acordos para aconstrução de pocilgas às margens dos seuscampos de milho e soja, para que tenhamacesso rápido ao esterco.

Em um passeio pela sua grande fa-zenda em Oxford Junction, no leste deIowa, Jayson Willimack apontou para osfuturos locais de duas instalações que aco-modarão 2.400 porcos. O esterco subs-tituirá os fertilizantes químicos em 400acres (162 hectares), o que corresponde acerca de 10% da sua fazenda, e permi-tirão que ele economize cerca de US$ 50mil anualmente. “Toda economia, pormenor que seja, ajuda”, disse ele.

Tal estratégia tem grandes limitações -o esterco contém tão pouco nitrogênioque são necessárias toneladas do produtopor hectare. Isso significa que os fazen-deiros de Iowa e do exterior terão poucaescolha a não ser pagar mais por aduboscomerciais.

Em muitos países, esses aumentos dosfertilizantes foram em grande parte com-pensados pela alta dos preços pagos pelassafras. Mas a inflação dos adubos criouuma crise nos países que subsidiam osfertilizantes utilizados pelos agricultores.Na Índia, por exemplo, o subsídio gover-

namental pode chegar a US$ 22 bilhõesno ano que vem, comparados aos US$4 bilhões de três anos atrás. Issoprovocou um clamor por reformas doprograma do qual a Índia depende paragarantir as suas reservas de alimento.

Tão logo novos suprimentos tor-nem-se disponíveis, o uso cada vezmaior de fertilizantes ainda causarádificuldades.

Os grupos ambientais temem o au-mento do uso de adubos químicos, espe-cialmente o dos fertilizantes nitroge-nados feitos com combustíveis fósseis.Como as plantas não absorvem todo onitrogênio, grande parte dele vai pararem rios e aqüíferos. Essa infiltração hámuito é vista como um grande proble-ma no que se refere à poluição. E é umproblema que cresce conforme aumen-ta a produção de alimentos.

Um indicador dessa poluição é aquantidade cada vez maior de zonasmortas onde os rios encontram-se como mar. No Golfo do México, porexemplo, o nitrogênio dos campos doCinturão do Milho desce pelos rios ealimenta as plantas aquáticas no golfo.A explosão de algas remove o oxigênioda água, matando outros seres mari-nhos. “Mais de 400 dessas zonas mortasforam identificadas, das costas da Chinaà Baía de Chesapeake, e a causa princi-pal do fenômeno é a contaminação decursos d’água por resíduos de fertilizan-tes”, afirma Robert J. Diaz, professor doInstituto de Ciência Marinha de Virgí-nia. “Nitrogênio é nitrogênio. Se eleestiver na terra, vai produzir milho. Masna água, produzirá algas”, afirma Diaz.

No início deste mês, um painel daONU solicitou mudanças urgentes naspráticas agrícolas a fim de torná-lasmenos destrutivas, como por exemploa rotação de culturas usando soja eoutras leguminosas, que naturalmenteacrescentam algum nitrogênio ao solo.

Mas certos especialistas advertemque tais abordagens, embora úteis, serãoinsuficientes para atender à aceleradademanda mundial por alimentos ebiocombustíveis. “Este é um problemabásico: alimentar 6,6 bilhões depessoas”, afirma Norman Borlaug, umcientista norte-americano que recebeuo Prêmio Nobel da Paz em 1970 devidoao seu papel para a disseminação daspráticas de agricultura intensiva nospaíses pobres. “Sem fertilizantes quími-cos, esqueça. É fim de jogo”. (Extraído(Extraído(Extraído(Extraído(Extraídoe modificado do THE NEWe modificado do THE NEWe modificado do THE NEWe modificado do THE NEWe modificado do THE NEWYORK TIMES)YORK TIMES)YORK TIMES)YORK TIMES)YORK TIMES)

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Aumento do sal mineral assusta pecuaristasAumento do sal mineral assusta pecuaristasAumento do sal mineral assusta pecuaristasAumento do sal mineral assusta pecuaristasAumento do sal mineral assusta pecuaristasO aumento nos preços dos

fertilizantes não está afetandoapenas os agricultores. Apenasnos cinco primeiros mesesdeste ano, os suplementosminerais - insumo importantena pecuária - praticamentedobraram de preço, acumu-lando reajuste médio de 60%.

Como os suplementosminerais representam 15% doscustos de produção da pecuárianacional, criar boi ficou cercade 7,5% mais caro. E olha queeste não é o único insumo a terreajuste.

O aumento dos insumos é o maior járegistrado pela pesquisa do CEPEA -Centro de Estudos Avançados emEconomia Aplicada da USP. E o pior éque deve continuar em alta.

O maior responsável peloencarecimento deste insumo foi o ácidofosfórico, que é matéria-prima do fosfatobicálcico - componente principal do salmineral. (veja tabela 1).

O fósforo (também essencial emfertilizantes) é um nutriente em escassezno mercado mundial. “A exploração darocha fosfática não tem acompanhado aexpansão agrícola mundial”, afirmaMarcos Baruselli, presidente da Asbram- Associação das Indústrias de Suple-mentos Minerais.

Hoje, os maiores produtores de rochafosfática são os Estados Unidos e a China,com 34 e 28 milhões de toneladas/ano,respectivamente. Contudo, eles conso-mem tudo que produzem e aindaimportam.

O Marrocos possui 3/4 das reservasmundiais de fosfato e é quem abastece omercado mundial, totalizando cerca de24 milhões de toneladas anuais, seguidoda Rússia (11 milhões), Tunísia (8milhões), Jordânia (7 milhões), África doSul (3 milhões) e Israel (3 milhões).

O Brasil produz cerca de 6 milhõesde toneladas anuais, volume insuficientepara atender suas necessidades defertilizantes. O país poderia produzirmais fosfato, pois possui reservas de 261,6milhões de toneladas. Mas grande parteda rocha brasileira tem baixaconcentração de fósforo (3% contra 30%da marroquina), o que frequentementetorna sua extração antieconômica.

De acordo com especialistas no setor,estes países não tem conseguido atendera crescente demanda mundial porfosfato. A cotação da rocha fosfatadapulou de US$ 47 a tonelada em 2005para US$ 80 a tonelada em 2007 e US$220 em fevereiro de 2008.

Mas não é apenas a escassez do fosfatoque provocou o aumento nos insumosde fertilizantes e suplementos minerais.A falta de enxofre no mercado mundialinterferiu diretamente no reajuste dospreços.

O enxofre é a matéria-prima do ácidosulfúrico, principal ingrediente na reaçãoquímica junto a rocha fosfatada e queproduz o ácido fosfórico. Este ácido é abase para a produção do fosfato bicálcicoe de adubos fosfatados.

De acordo com Paulo Roberto deCarvalho e Silva, presidente da Andifós -Associação Nacional das Indústrias deFosfato na Alimentação Animal, a avidezdo mercado internacional por fosfato -principalmente pela China e Índia - fezcom que os preços internacionaisalcançassem níveis surpreendentes. “Em2006, o preço da tonelada do enxofre

era de US$ 50, mas emfevereiro deste ano alcançou aincrível marca de US$ 600 atonelada (aumento de 1.100%em pouco mais de um ano)”,diz. Com esta marca, o ácidofosfórico, que em dezembro de2007 custava em torno de US$550 a tonelada, passou a valerUS$ 1.400.

Associado a tudo isto,registraram-se também au-mentos no preço do barril dopetróleo (que ultrapassourecentemente o patamar dosUS$ 100), bem como nos

fretes marítimos.

O Sal MineralO Sal MineralO Sal MineralO Sal MineralO Sal Mineral

Como no sal mineral o fosfatobicálcico chega a representar 60% damistura, dá para entender o aumento nospreços do produto, que passou de R$26,00 para R$ 47,00 a saca com 90g defósforo.

Nas lojas agropecuárias consultadas,o reajuste da suplementação mineral, querepresenta 16,5% dos custos totais,chegou a 20,18% de dezembro parajaneiro, considerando-se a média ponde-rada dos dez estados desta pesquisa. Asmaiores altas desse insumo correram noMato Grosso (35%), Mato Grosso do Sul(29,22%), Paraná (28,78%) e no Pará(24,51%). O estado menos prejudicadofoi o Rio Grande do Sul, registrandoaumento de 6,46%.

Do lado da demanda, grandes pro-dutores agrícolas, como China, EstadosUnidos, Índia e Brasil, têm ampliado oconsumo de fertilizantes ano a ano,sinalizando o início de uma crise deabastecimento desses insumos. Com o

R$/ tR$ / tR$ / tR$ / tR$ / t

21/12/200627/02/200725/05/200716/10/200730/01/200815/02/200801/03/2008

Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. Tabela 1. - Impacto do aumento do bicálcico do sal mineral

780,00810,00860,00900,00

1.070,001.380,001.800,00

Fonte: Cobrac - Cooperativa Agropecuária do Brasil Central

AumentoAumentoAumentoAumentoAumento

3,85%6,17%4,65%

18,89%28,97%30,43%

AcumuladoAcumuladoAcumuladoAcumuladoAcumulado

3,85%10,26%15,38%37,18%76,92%

130,77%

FOSFATO BICÁLCICOFOSFATO BICÁLCICOFOSFATO BICÁLCICOFOSFATO BICÁLCICOFOSFATO BICÁLCICO

R$/scR$/scR$/scR$/scR$/sc

26,4027,7027,7528,4030,0035,8043,00

AumentoAumentoAumentoAumentoAumento

4,92%0,18%2,34%5,63%

19,33%20,11%

AcumuladoAcumuladoAcumuladoAcumuladoAcumulado

4,92%5,11%7,58%

13,64%35,61%62,88%

SAL COM 90g de FÓSFOROSAL COM 90g de FÓSFOROSAL COM 90g de FÓSFOROSAL COM 90g de FÓSFOROSAL COM 90g de FÓSFORO

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intuito de conter a inflação,o governo chinês deveaumentar os investimentosno campo já em 2008.

Em curto prazo, asperspectivas quanto aospreços do sal mineral nãosão favoráveis ao pecuaristabrasileiro. Mas, em médioprazo, pode haver aumentoda oferta.

A capacidade deprodução da estatalmarroquina OCP Group,que é responsável por 47%da produção mundial doácido fosfórico e de 9,5% do totalmundial de fertilizantes, deve aumentar.Em fevereiro, a OCP anunciou a suaabertura a investimentos estrangeiros. A

Bünge, por exemplo, montou uma joint-venture para a produção de derivadosde fosfatos. Isso deve ampliar a extraçãoe a oferta de fosfato no mercado uma

vez que a estatal operou acimade 90% da capacidade máximade extração.

Caso empresas que co-mercializam produtos quecontém ácido fosfórico noBrasil se instalem naquele país,os intermediários poderãodeixar de existir e, com eles, opreço da matéria-prima deveráser menor. Segundo infor-mações da Agência Nacionalpara Difusão de Adubos (Anda),se essas indústrias de fertilizantesdecidirem manufaturar por lá,poderão vender aqui isentas deICMS - importação de fertili-

zantes não paga ICMS.Contudo, a questão a ser respondida

é se esses benefícios chegarão aosprodutores no Brasil.

Figura 1 - Figura 1 - Figura 1 - Figura 1 - Figura 1 - Evolução acumulada dos preços da suplementação,dos fertilizantes e corretivos e da arroba do boi gordo no Brasil.

Sebrae Franca realiza 1º Congresso Francano do AgronegócioSebrae Franca realiza 1º Congresso Francano do AgronegócioSebrae Franca realiza 1º Congresso Francano do AgronegócioSebrae Franca realiza 1º Congresso Francano do AgronegócioSebrae Franca realiza 1º Congresso Francano do AgronegócioUm fórum de discussão e de-

bates sobre as principais cadeiasprodutivas do agronegócio re-gional. Esta foi a proposta do 1ºCongresso Francano do Agrone-gócio, realizado de 19 a 21 demaio, no Auditório “Fábio deSalles Meirelles”, no recinto doParque de Exposições “FernandoCosta”, durante a 39ª Expoagro.

O evento foi realizado peloSebrae-SP, tendo o apoio da Pre-feitura de Franca; do IBS - Ins-tituto Biosistêmico; da Uniata -Cooperativa de Trabalho dosProfissionais do Setor Agropecu-ário e Afins da Região de Franca;e da CATI - Coordenadoria deAssistência Técnica Integral.

Foram realizadas 15 palestrastécnicas envolvendo a produçãode leite, de cachaça, de café, deagricultura orgânica, de piscicul-tura, de hortifruticultura, apicul-tura e ovinocultura. “Não medi-mos esforços para trazer os me-lhores profissionais nas áreas abor-dadas no congresso”, afirmaEvernon Reigada, consultor doSebrae Franca e gestor do Pro-grama SAI - Sistema Agroin-dustrial Integrado.

As cadeias produtivas abor-dadas no congresso fazem partedo trabalho desenvolvido peloSebrae na área do agronegócio.

Painel do CaféPainel do CaféPainel do CaféPainel do CaféPainel do Café: Maurício Miarelli (Cocapec),: Maurício Miarelli (Cocapec),: Maurício Miarelli (Cocapec),: Maurício Miarelli (Cocapec),: Maurício Miarelli (Cocapec),Milton Pucci (moderador, Franterra) e FábioMilton Pucci (moderador, Franterra) e FábioMilton Pucci (moderador, Franterra) e FábioMilton Pucci (moderador, Franterra) e FábioMilton Pucci (moderador, Franterra) e FábioMoreira da Silva (UFLA)Moreira da Silva (UFLA)Moreira da Silva (UFLA)Moreira da Silva (UFLA)Moreira da Silva (UFLA)

Painel da Agricultura OrgânicaPainel da Agricultura OrgânicaPainel da Agricultura OrgânicaPainel da Agricultura OrgânicaPainel da Agricultura Orgânica:::::Álvaro Werneck (Planeta Orgânico),Álvaro Werneck (Planeta Orgânico),Álvaro Werneck (Planeta Orgânico),Álvaro Werneck (Planeta Orgânico),Álvaro Werneck (Planeta Orgânico),Nelson Queiroz (moderador) eNelson Queiroz (moderador) eNelson Queiroz (moderador) eNelson Queiroz (moderador) eNelson Queiroz (moderador) eFernando Taveira (Assoc. ProdutoresFernando Taveira (Assoc. ProdutoresFernando Taveira (Assoc. ProdutoresFernando Taveira (Assoc. ProdutoresFernando Taveira (Assoc. ProdutoresOrgânicos Franca e Região)Orgânicos Franca e Região)Orgânicos Franca e Região)Orgânicos Franca e Região)Orgânicos Franca e Região)

Painel da OvinoculturaPainel da OvinoculturaPainel da OvinoculturaPainel da OvinoculturaPainel da Ovinocultura: William Wattie (côn-: William Wattie (côn-: William Wattie (côn-: William Wattie (côn-: William Wattie (côn-sul da Nova Zelândia), Edson Siqueira (Altasul da Nova Zelândia), Edson Siqueira (Altasul da Nova Zelândia), Edson Siqueira (Altasul da Nova Zelândia), Edson Siqueira (Altasul da Nova Zelândia), Edson Siqueira (AltaGenetics) e Sérgio Berteli (moderador).Genetics) e Sérgio Berteli (moderador).Genetics) e Sérgio Berteli (moderador).Genetics) e Sérgio Berteli (moderador).Genetics) e Sérgio Berteli (moderador).

Painel da HortifruticulturaPainel da HortifruticulturaPainel da HortifruticulturaPainel da HortifruticulturaPainel da Hortifruticultura: Vinicius Trobin: Vinicius Trobin: Vinicius Trobin: Vinicius Trobin: Vinicius Trobin(Pensa), Claudine Campanhol (moderadora) e(Pensa), Claudine Campanhol (moderadora) e(Pensa), Claudine Campanhol (moderadora) e(Pensa), Claudine Campanhol (moderadora) e(Pensa), Claudine Campanhol (moderadora) eMarcos Villanueva (IBCE)Marcos Villanueva (IBCE)Marcos Villanueva (IBCE)Marcos Villanueva (IBCE)Marcos Villanueva (IBCE)

Painel da Apicultura:Painel da Apicultura:Painel da Apicultura:Painel da Apicultura:Painel da Apicultura: Radamés Radamés Radamés Radamés RadamésZovaro (Zovaro), Álvaro Cirillo (mo-Zovaro (Zovaro), Álvaro Cirillo (mo-Zovaro (Zovaro), Álvaro Cirillo (mo-Zovaro (Zovaro), Álvaro Cirillo (mo-Zovaro (Zovaro), Álvaro Cirillo (mo-derador) e Gabriel Bacha (Sebrae)derador) e Gabriel Bacha (Sebrae)derador) e Gabriel Bacha (Sebrae)derador) e Gabriel Bacha (Sebrae)derador) e Gabriel Bacha (Sebrae)

Painel da Cachaça:Painel da Cachaça:Painel da Cachaça:Painel da Cachaça:Painel da Cachaça: Marcelo Laurino, Marcelo Laurino, Marcelo Laurino, Marcelo Laurino, Marcelo Laurino,fiscal federal do Ministério da Agri-fiscal federal do Ministério da Agri-fiscal federal do Ministério da Agri-fiscal federal do Ministério da Agri-fiscal federal do Ministério da Agri-cultura e Abastecimento.cultura e Abastecimento.cultura e Abastecimento.cultura e Abastecimento.cultura e Abastecimento.

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Admissão do Empregado RuralAdmissão do Empregado RuralAdmissão do Empregado RuralAdmissão do Empregado RuralAdmissão do Empregado RuralCONTABILIDADE RURAL

CADASTRO NO INCRA (C.C.I.R.), I.T.R.,IMPOSTO DE RENDA, DEPARTAMENTOPESSOAL, CONTABILIDADE E OUTROS

33 ANOS PRESTANDO SERVIÇOS CONTÁBEISAOS PROPRIETÁRIOS RURAIS

Rua Gonçalves Dias, 2258, Vila NicácioFranca (SP) - PABX (16) 3723-5022

Email: [email protected]

Escritório deContabilidade Rural

ALVORADA

Damos continuidade, nesta edição, àsorientações para que o proprietário ruralcontrate empregados rurais sem maiores“dores-de-cabeça”.

9º) - No caso de contratação de9º) - No caso de contratação de9º) - No caso de contratação de9º) - No caso de contratação de9º) - No caso de contratação desafristas, apanhadores de café,safristas, apanhadores de café,safristas, apanhadores de café,safristas, apanhadores de café,safristas, apanhadores de café,quais os equipamentos de proteçãoquais os equipamentos de proteçãoquais os equipamentos de proteçãoquais os equipamentos de proteçãoquais os equipamentos de proteçãobásicos a serem fornecidos?básicos a serem fornecidos?básicos a serem fornecidos?básicos a serem fornecidos?básicos a serem fornecidos?

Cabe ao empregador rural (reco-menda-se a contratação de pessoal capa-citado para tal verificação) avaliar asatividades a serem desenvolvidas em suapropriedade e com base nos resultadosadotar as medidas de proteção, inclusivedeterminar quais os equipamentos aserem fornecidos aos empregados. Parao café, por exemplo: bota, peneira, luvas,óculos, chapéu ou outra proteção contrao sol, entre outros que o empregadorrural julgar necessário.

10º) - Qual o procedimento a10º) - Qual o procedimento a10º) - Qual o procedimento a10º) - Qual o procedimento a10º) - Qual o procedimento aser adotado caso o empregado re-ser adotado caso o empregado re-ser adotado caso o empregado re-ser adotado caso o empregado re-ser adotado caso o empregado re-cém-contratado não tenha reco-cém-contratado não tenha reco-cém-contratado não tenha reco-cém-contratado não tenha reco-cém-contratado não tenha reco-lhido a Contribuição Sindical?lhido a Contribuição Sindical?lhido a Contribuição Sindical?lhido a Contribuição Sindical?lhido a Contribuição Sindical?

Na admissão de empregados duranteo ano, a empresa verificará se o empre-gado já contribuiu em emprego anterior.Caso positivo, o empregador rural nãodeverá efetuar novo desconto, ficando,nessa hipótese, obrigado a anotar no livroou ficha de registro de empregados ainformação quanto ao desconto e reco-lhimento da contribuição pela empresa

anterior. Caso negativo, o empregadorrural deverá efetuar o desconto de umdia do salário mínimo, no mês subse-qüente ao da admissão. Por exemplo, oempregado admitido no mês de maio,sofrerá o desconto da contribuição sin-dical no mês de junho e o recolhimentoao sindicato será efetuado no mês dejulho. Para os empregados admitidos nosmeses de janeiro e fevereiro, o descontodeve ser realizado apenas no mês demarço, juntamente com os demaisempregados da empresa.

11º) - É necessária a elaboração11º) - É necessária a elaboração11º) - É necessária a elaboração11º) - É necessária a elaboração11º) - É necessária a elaboraçãode um contrato de trabalhode um contrato de trabalhode um contrato de trabalhode um contrato de trabalhode um contrato de trabalhoescrito?escrito?escrito?escrito?escrito?

Não. Mas, para segurança das partes,é recomendável que, juntamente com aanotação da CTPS, seja procedida aelaboração de um contrato de trabalhoescrito, contendo, no mínimo, osseguintes requisitos:

a)- identificação completa doempregador e do empregado;

b)- função do empregado;c) - período do contrato (exceto para

o contrato por prazo indeterminado);d)- salário;e) - os descontos que, autorizados por

lei, serão efetuados;f) - a periodicidade dos pagamentos

(semanal, quinzenal ou mensal);

g) - os adiantamentos e suaperiodicidade;

h) - condições de moradia ealimentação;

i) - os horários de trabalho e osperíodos de descanso;

j) - a especificação das tarefas;k) - a proibição da ajuda de familiares,

principalmente menores de 16 anos;l) - e demais condições de interesse

das partes, permitidas em lei.

12º) - O empregador rural pode12º) - O empregador rural pode12º) - O empregador rural pode12º) - O empregador rural pode12º) - O empregador rural podecontratar mão-de-obra de outracontratar mão-de-obra de outracontratar mão-de-obra de outracontratar mão-de-obra de outracontratar mão-de-obra de outracidade?cidade?cidade?cidade?cidade?

Sim, desde que atendidos os requisitosprevistos em lei. Caso contrário, o pro-dutor rural ficará sujeito a multa doMinistério do Trabalho e Emprego MTE,entre outras penalidades.

13º) - Quais são os requisitos13º) - Quais são os requisitos13º) - Quais são os requisitos13º) - Quais são os requisitos13º) - Quais são os requisitospara a contratação da mão-de-obrapara a contratação da mão-de-obrapara a contratação da mão-de-obrapara a contratação da mão-de-obrapara a contratação da mão-de-obraem outra cidade?em outra cidade?em outra cidade?em outra cidade?em outra cidade?

Sugere-se ao produtor rural quenecessitar contratar mão-de-obra mi-grante siga algumas orientações dadaspelo MTE:

a) - o recrutamento deverá ser feitodiretamente pelo produtor rural ou seupreposto;

b) - a assinatura da CTPS e a realizaçãodo exame médico admissional devem serrealizados no local da contratação;

c) - deve-se elaborar uma listagem,em duas vias, com o nome e o númeroda CTPS de todos os empregadoscontratados, que deverá ser protocoladana Subdelegacia do Trabalho maispróxima do local onde estão sendocontratados os trabalhadores;

d) - o empregador deverá custear otransporte, a alimentação e hospedagemdos trabalhadores até o local de trabalhoe o retorno para a cidade de origem;

e) - sugere-se ainda, que sejaminformadas aos trabalhadores, no ato dacontratação, as condições de trabalho,salário, forma de pagamento, as condi-ções em que serão alojados (se for o caso),dentre outras;

f) - para maior segurança das partes,deve-se celebrar um contrato por escrito,prevendo todas as condições de trabalho,no ato da contratação.

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