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Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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Especial Rock in Rio: Palco Mundo - Saiba como o sistema foi configurado. Palco Sunset - Encontro entre grandes artistas contou com o PA da JBL. Rock Street - Confira entrevista exclusiva com o diretor artístco Bruce Henri. Iluminação: DVD Fernanda Brum - Veja como foi desenvolvido o projeto que contou com sala de programação e software de simulação em 3D. O som de cada PA: Roney Pires e Waldimyr Santana. Logic Remote: O controlador portátil gratuito para iPad. Ableton: Adicione canais auxiliares e de efeitos. Gigplace: Conheça a profissão de sonoplasta de TV. www.backstage.com.br

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SumárioSumárioAno. 20 - novembro / 2013 - Nº 228

20 VitrineA Harman traz a Si Expression,mixer de som ao vivo com efeitoLexicon FX, e a Proshows, oRedNet, da Focusrite, conversorde áudio com máxima precisão.

24 Rápidas e RasteirasLançamento do Aeros 40A,novas edições do Avolites inCompany e os microfones

Audio-Technica usados norecente trabalho do DreamTheater.

30 Gustavo VictorinoFique por dentro do que

acontece nos bastidores domercado de áudio.

32 Play RecLuar pro João, que dá início às

atividades do selo Tupynambá,e Batukantu, o novo trabalho dopercussionista Reppolho.

34 O Som de cada PAOs técnicos de PA Roney Pires eWaldimyr Santana falam sobreas técnicas que utilizam para “ti-rar” o som de Gabriel o Pensa-

dor, Luiz Melodia e Timbalada.

38 GigplaceEm mais uma reportagem da série queconta o que fazem os profissionais dobackstage, Eduardo Pelizarop fala so-bre a função de sonoplasta de progra-

mas de TV.

62 Logic controle remotoO Logic Remote permite controlar fun-ções e atividades de forma remota, sejapor bluetooth ou mesmo por meio derede própria.

66 Mais canaisNesta edição, saiba como adicionarmais canais auxiliares e de efeitos noAbleton Live.

69 CubaseConheça as novidades lançadas na

Expomusic como os controladores mo-dulares da linha CMC .

96 Vida de artistaNa fase em que eram apenas Sá e Gua-rabyra, o “Nunca”, marca a era em quea dupla passa pela fase de transição nacarreira, mesclando o ainda rock ru-ral que os consagraram com músicas

mais ousadas.

NESTA EDIÇÃO

Expediente

Os artigos e matériasassinadas são de respon-sabilidade dos autores.É permitida a reproduçãodesde que seja citada afonte e que nos seja envia-da cópia do material. Arevista não se responsa-biliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected] [email protected] de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Luciano Freitas, LuizCarlos Sá, Marcello Dalla, Ricardo Mendes eVera MedinaColaboraram nesta ediçãoAlexandre Coelho, Luiz Urjais e Pedro Rocha.Edição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Diego Padilha / Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - Sl. AJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628Disk-banca: A Distribuidora Fernando Chinagliaatenderá aos pedidos de números atrasados enquantohouver estoque, através do seu jornaleiro.

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“Mais uma edição do Rock in

Rio aconteceu na cidade onde o

festival surgiu há mais de duas

décadas. Dividido entre Palco

Mundo, Palco Sunset, Tenda

eletrônica, Rock Street e o estreante

Palco Street Dance, a sonorização do

festival também contou com novidades,

como a troca de modelos da JBL, no

Palco Mundo, e a troca do sistema de PA

no Palco Sunset. A Tenda eletrônica

também estreou um novo conceito de palco

360°, que deve ser exportado para as outras

edições na Europa.”

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Oportunidades

nde a força de vontade é grande, as dificuldades não podem sê-lo”

(Nicolau Maquiavel)

A frase resume bem o pensamento daqueles que enfrentam a crisecomo uma grande oportunidade para sair dela. O nosso mercado, a des-peito dos altos e baixos, vem sobrevivendo como pode. Alguns culpama economia do país, principalmente a política de acesso ao crédito fácile seu consequente endividamento da população. Outros acreditamque os altos impostos é que desaceleram a locomotiva Brasil.

Em meio a esse cabo de guerra, existem os “Outros”. Aqueles que en-xergam o país como um imenso celeiro de oportunidades. Esses sãodotados de um poder nato de adaptação e boa vontade que fazem qual-quer tenda de picolé no Alasca virar sucesso. Umas das principais ca-racterísticas que diferenciam os “outros” da grande maioria são a in-cansável procura por soluções e atitude altruísta, entre outras que nãocaberiam ser listadas aqui.

Voltando a falar sobre as oportunidades no Brasil, vejamos o exemploda Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Embora alguns torçam onariz para esses eventos, não dá para negar a imensa projeção que o paísganhou. No setor de entretenimento, temos o exemplo do Rock inRio, que extrapolou fronteiras. Para esses, onde está a crise?

É fácil crer que os próximos anos guardam muitas oportunidades parao setor de áudio e entretenimento aqui no Brasil. Talvez seja a hora detentar superar antigos paradigmas ou dogmas e trilhar novos cami-nhos, adotando novas atitudes e posturas, menos egoístas, mais huma-nas e mais inteligentes.

Boa leitura.

CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

O

nascem com

siga: twitter.com/BackstageBr

as dificuldades

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BUGERA V22www.proshows.com.br

Design moderno, pegada vintage, alta qualidade, dinâmico,versátil e construído manualmente. Essas são as característicasdo combo para guitarra Bugera V22. Com 22 watts de potência,o produto possui também um autêntico pré-amplificador dedois canais estilo anos 60, com 3 válvulas, modelo 12AX7. Ou-tras características do equipamento são: dois tipos de entradas- Normal e Bright; efeito Reverb integrado de alta performancecom controle dedicado; e canal Lead de estágio multiganhocom controles de Pré, Pós e Master. Destaque também para aseção de equalização Vintage com controles dedicados de mé-dios, graves, agudos e presence.

SOUNDCRAFT SI EXPRESSIONwww.harmandobrasil.com.br

A Si Expression é um poderoso mixer de somao vivo com efeito Lexicon FX, processador desinal BSS, dbx e Studer, e controle remotoViSi para iPad. Considerado o console digitalmais avançado em sua categoria, foi projetadopara diversas aplicações de mixagem, de con-certos de bandas até teatros e templos. Uma desuas principais qualidades é sua fácil operação.Com todos os canais e busses apresentandoum conjunto completo de processamento, nãohá a necessidade de configurar o equipamento.

AFINADOR CROMÁTICO AT 400Bwww.santoangelo.com.br

O afinador cromático AT 400B, tipo clip, possuipainel digital multicolorido. Sua utilização é mui-to simples, bastando ajustar o clip no headstock doinstrumento de corda (guitarra, violão, baixo e vi-olino) e tocar as cordas uma a uma até alcançar afaixa verde no display do afinador. Dimensões:130mmx 90mmx50mm; Peso: 22g; Itens Inclusos:Manual e uma bateria modelo CR2032. De origemchinesa, o produto foi adaptado às condições bra-sileiras pela engenharia da Santo Angelo.

SUB21 1200www.oversound.com.br

O Sub 21 1200 da Oversound é um subgrave com 95dB,1200W RMS, bobina de 4”¹/², duplo imã e triplo siste-ma de ventilação. Toda essa tecnologia entrega ao siste-ma um elevado nível de pressão sonora com baixo nívelde distorção, proporcionando ao ouvinte um som muitoagradável, tanto em baixos como em elevados volumes.

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SOM AMBIENTEwww.csr.com.br

A CSR apresenta novos modelos de caixas perfei-tas para sonorização de ambiente. Compactas einjetadas em plástico especial de alta resistência,o produto está disponível em 20, 30 e 40 wattsRMS, nas cores preta e branca. Com design dis-creto, ela atende a todos os ambientes e tem aindacomo características conexão para interligar cai-xas e transformador para linhas de 70 e 100 volts,chave comutadora de impedância de 8, 122, 250,500 e 1k (ohms) na versão amplificada.

INTERFACE AUDIOGRAMwww.yamaha.com.br

As interfaces de áudio AudioGram foram cuidadosa-mente projetadas para facilitar ao máximo a montagemdo seu ambiente de gravação digital em computador.Vindo como um kit completo, as interfaces AudioGram6e AudiGram3 trazem consigo interfaces hardware deáudio que adicionam entradas e saídas de áudio para o seucomputador, um software para gravação e produção mu-sical e um cabo USB para a conexão da interface.

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REDNETwww.proshows.com.br

O RedNet é uma nova rede de sistemas profis-sionais de áudio com tecnologia de pontaFocusrite/Novation, baseado no protocolo decomunicação Ethernet. Leve, prático, comdesign moderno, o produto possui a tecnologiade converter o áudio com precisão e prati-cidade, podendo ser instalado em qualquer lu-gar. O diferencial está na flexibilidade de con-dução desse áudio. Todo o processo é remota-mente controlado via software por um únicocabo de rede Ethernet com incrível qualidadede gravação. Os modelos RedNet 1 - (8 canais)e RedNet 2 (16 canais), por exemplo, oferecemum método padrão para obter áudio analógicodentro e fora do seu sistema RedNet, além deconversão 24-bits AD e DA para um desempe-nho de áudio superior, com alcance dinâmicode 120dB com taxas de amostras de até 192kHz.Já o RedNet 3 - (32 entradas e saídas) permite acomunicação do seu sistema e componentes deáudio digital, total capacidade de controle re-moto do software, 16 portas ópticas ADAT, ga-rantindo rodar 32 canais digitais para dentro efora do sistema – mesmo a 96kHz (S-MUX2). Alinha possui ainda o RedNet 4, pré-amplifica-dor de microfone de 8 canais com controle re-moto e interface A-D para o sistema profissio-nal Rednet, e RedNet 5 (32 canais), interfaceque une Pro Tools HD e RedNet.

NEO 210244 www.taigar.com.br

O modelo de Line Array 2x10 NEO 210244, da Taigar, tem umasensibilidade média de 105,7 dB 1W/1m. O equipamento aindatem em suas características Potência de 1360W Rms; Resposta de80 Hz – 20 KHz; Impedância de MF 8 Ohms / HF 16 Ohms, alémde Componentes- 2x10 + 2xDrive. As dimensões são A 314x L840x P 407mm e o peso é de 35 Kg. PEECKERSOUND - PSUT8

www.amercobrasil.com.br

Destaque na Expomusic 2013, o sistemaitaliano PEECKERSOUND - PSUT8tem deixado seus clientes extremamen-te satisfeitos diante dos resultados apre-sentados em todos os tipos de eventos.Com a disponibilidade nas cores preto ebranco, este Vertical Array ganha aindamais espaço no mercado com o lança-mento do novo SUB PSUTBASE27/A,oferecendo maior pressão sonora nossubgraves. Confira mais detalhes no sitedo distribuidor oficial Amerco Brasil.

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Robe tem saldo positivona Lighting Week

A Robe Lighting e o dis-tribuidor brasileiro Newartparticiparam da 4º edição daExposição Internacional deIluminação Profissional rea-lizada no Expo Center Nor-te, na cidade de São Paulo.O destaque foi para o Poin-te, novo moving de múlti-plas funções, e o moving LED deefeitos e multimídia MiniMe, alémdas novas tecnologias DLS Profile,

Esq. para dir.: Harry von den Stemmen

(Diretor Internacional de Vendas da Robe),

Guillermo Traverso (Manager Regional de

Vendas para a América Latina da Robe),

Francisco Pinheiro (CEO da Newart), Josef

Valchar (CEO da Robe) e Paola Abregú

(Coordenadora de Marketing para a América

Latina da Robe).

MMX Spot e Wash Beam,LEDWash 1200 e 600,e LEDBeam 100, todosda série ROBIN, daRobe. Para GuillermoTraverso, Managerde Vendas Regionaispara a América La-tina, a feira foi maisuma grande opor-tunidade para en-contrar profissio-

nais do setor que se reúnem todoano nesse evento, vindos de todasas partes do país. “Tanto a ótima

montagem do estan-de quanto a presençade vários visitantesrefletem a mudançaque o mercado vematravessando e a lide-rança da Robe nos úl-timos anos no Brasil”.O estande da Robeainda contou com apresença de Josef Val-char, CEO da Robe, eHarry von den Stem-men, Diretor Interna-cional de Vendas.

Esq. para dir.: Davi Lima (Supervisor Técnico da Newart),

Francisco Pinheiro (CEO da Newart), Harry von den Stemmen (Diretor

Internacional de Vendas da Robe), Mauricio Ricardo (Vendedor da

Newart), Gustavo Nogueira (Representante da Newart em Minas

Gerais), Guillermo Traverso (Manager Regional de Vendas para a

América Latina da Robe), Carlos Ubelino (Programador da Apple

Produções), Rejanne Gonçalves (Vendedora da Newart), Geraldo Leite

(Técnico de Iluminação da Apple) e Claudinei Mano (Representante

da Newart no interior de São Paulo).

EXPO ESTÁDIO 2013Entre os dias 3 e 5 de dezembro,

acontece em São Paulo a edição

2013 da Expo Estádio, feira de

infraestrutura e equipamentos para

todos os tipos de locais esportivos.

O encontro terá

ainda espaços

demonstrativos,

onde o público

poderá interagir com os equipa-

mentos e tecnologias, rodada de

negócios, palestras e seminários,

como o que a Revista Backstage

promoverá no dia 5, das 13h30 às

15h30. O palestrante será Arman-

do Baldassarra, o Tuka, que fará

uma apresentação sobre o tema

Shows em Estádios e Arenas.

AN CUSTOM GUITARSA A.N. Custom lançou este ano na

Expomusic o baixo CM-4, desenvol-

vido em parceria com o músico Caê

de Melo (ex-baixista do Grupo

Afro Reggae), trazendo aos músi-

cos do mercado brasileiro um instru-

mento versátil e de qualidade.

As ferragens e elétrica ficam ao gos-

to do cliente. Construído com madei-

ras selecionadas, o modelo CM-4

garante a estabilidade e a confiança

que todo músico profissional preci-

sa. O instrumento foi desenvolvido

pelo luthier Aloisio Nogueira, que

desde 1985, quando iniciou suas ati-

vidades nessa área, vem executan-

do serviços de reparos e cus-

tomizações em seu atelier, localizado

em Duque de Caxias, estado do Rio

de Janeiro. Para mais informações:

[email protected]

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PRODUTOS EXCLUSIVOS E SESSÃO DE AUTÓGRAFOS

A Equipo, importadora e distri-buidora de instrumentos musi-cais, equipamentos de áudio pro-fissional e iluminação, que de-tém mais de 20 grandes marcasem todo país, como Cort, Hartke,

Ibanez, Koss, Kurzweil, Laney, Me-

deli, Samson, Tama, Waldman, en-tre outras, levou uma série de no-vidades para a feira. Dentre elas, odestaque ficou por conta das gui-tarras e violões que vêm integrar alinha Dream Team da Waldman,composta de fones de ouvido (trêsmodelos: Screamin’Buddy Super

Fan e Soft Gloves) e microfones -customizados com os temas dosdoze principais times de futebolbrasileiros. São eles: Atlético Mi-neiro, Botafogo, Corinthians,Cruzeiro, Flamengo, Fluminense,Grêmio, Internacional, Palmei-ras, Santos, São Paulo e Vasco.Além de conferir os produtos noestande da Equipo, os visitantestiveram a oportunidade de testaros instrumentos e equipamentosdas marcas Cort, Ibanez, Hartke,

Laney, Waldman, e, assim, conhecerna prática todo o potencial que

oferecem. Quem passou por láparticipou também de Test Dri-

ves Premiados e concorreu a umasérie de prêmios, como guitarras,baixos, violões, entre outros.Uma sessão de autógrafos com osartistas que integram o time daSabian também agitou o estande.Dentre eles, participaram: Japi-nha (CPM22), Daniel Weksler(NX Zero), Albino Infantozzi(Banda do Faustão/Rede Globo),Maurício Leite (Solo), Vera Fi-gueiredo (Baterista do programaAltas Horas/Rede Globo e funda-dora do Instituto de Bateria VeraFigueiredo), Cuca Teixeira (BandaMaria Rita), Joel Jr. (Banda Para-noika), Rodrigo Thurler (BandaFitz), Kuki Stolarski (Zeca Baleiroe Banda Funk Como Le Gusta) eMike Maeda (Solo).Já o guitarrista Kiko Loureiro e in-tegrante da banda de metal progres-sivo Angra - o mais novo endorseeda Ibanez – realizou apresentaçãode lançamento do seu modelo Sig-

nature que chegará em 2014 nomercado Brasileiro, além de umaapresentação no Music Hall.

SGM P-5 NO ROCK IN RIOO lighting designer Valmor Neves, da

Zuluz Iluminação, utilizou os efeitos

da SGM P-5 LED Wash para criar os

conceitos para a Oi Telefonia e para

os Correios e Coca-Cola durante o

Rock in Rio. A empresa Companhia

da Luz também supriu, com um total

de 54 P-5s, o projeto de Valmor, cujo

principal foco era unir cor e efeitos

gradientes nas fachadas a fim de

produzir uma aparência constante

de mudança e transformação.

De acordo com Valmor, o P-5 é o

único dispositivo no mercado capaz

de combinar uma saída poderosa

com alta flexibilidade, variação de

cor (RGBW), len-

tes modulares in-

termutáveis, de-

senho moderno

e proteção IP65.

Valmor completa dizendo que o P-5

entrega para ele, como designer,

uma alta segurança na medida em

que oferece conforto no seu desen-

volvimento devido à sua impressão

física pequena.

WORKSHOP AVOLITESIN COMPANYO workshop, que teve início em ju-

lho, já está com inscrições abertas

para as próximas turmas. O Avo-

lites In Company é um treinamento

gratuito com o objetivo de qualifi-

car os profissionais de iluminação

que buscam conhecer mais sobre

a nova família de consoles Avolites.

As próximas datas são 18 de no-

vembro e 09 de dezembro de

2013 e cada workshop tem a dura-

ção de um dia.

Mais informações:

www.proshows.com.br

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AUDIO TECHNICA NAS GRAVAÇÕES DO DREAM THEATER

Qualidade sonora, design inova-dor, consistência e confiabilidade.Essas são as características dosmicrofones da Audio Technica,segundo Richard Chycki.

O engenheiro de gravação RichardChycki, atual produtor do novodisco do Dream Theater, usou osmicrofones modelos AT5040 eAT4080 para as gravações domais novo trabalho do grupo.Chycki, que já trabalhou com oRush e o Aerosmith, diz utilizarregularmente os microfones da

Audio Technica em virtude doalto desempenho e qualidade deáudio. O destaque nesse novotrabalho, segundo o engenheiro,ficou com o modelo AT5040(condensador cardioide para vo-cal) com excelente sensibilidadee ruído interno ultra-baixo, es-pecialmente nos violões acústi-cos. Já o modelo AT4080 (fitabidirecional) deu corpo ao somda guitarra principal.A lista de microfones AudioTechnica usados neste projetoinclui o AT5040 em todos os vi-olões acústicos e alguns vocais; oAT4080 nas guitarras elétricas,ambiência traseira da bateria ena sala de cordas (com a técnicado par Blumlein); o AT4081 (fitabidirecional) como “spot mic”nos cellos e cordas; e o AT4047/SV (condensador cardioide) nocontrabaixo e nas cordas, alémdas guitarras elétricas.

Behringer X32

A X32, console de mixagem digi-tal, foi usada em um show da can-tora Leila Pinheiro, realizado noTeatro Rival BR, no Rio de Janeiro,no mês de setembro. O engenheirode som, Márcio Werderits, comen-tou que o destaque da mesa está naportabilidade, facilidade de uso,interface intuitiva e qualidade desom. “Cheguei ao som que deseja-va facilmente. A diferença foi tãosensível que a própria Leila perce-beu a mudança na volta do PA”, ex-

com Leila Pinheiroplicou Werderits, que usou 28 ca-nais via FireWire, usando um Mac-book Pro 13” com Logic 9, acres-centando que o desempenho damesa foi estável, permitindo fazerajustes finos nos efeitos e equa-lização no dia seguinte, argumen-tou o engenheiro. “Esse show temmuitas nuances, sempre quis pre-parar uma cena para cada música, efaço sempre em doses homeopáti-cas; agora posso fazer um virtualsoundcheck com calma”, disse.

ROBE PARTICIPA DA PLASA 2013A Robe mostrou nove produtos durante a PLASA Lighting&Sound, realizada em outu-

bro, em Londres. Entre eles o Robe Parfect, o Pointe, o Robe MiniMe e o MMX Blade.

LANÇAMENTO DOSISTEMA AEROS 40A

No dia 19 de se-

tembro a Decomac Brasil ofereceu

um coquetel aos cerca de 200 pro-

fissionais de áudio que foram assistir,

no teatro da APCD em São Paulo, o

lançamento do novo sistema de line

array DAS AERO 40 A. Na palestra

técnica foram apresentados todos

os avanços incorporados e o desen-

volvimento dos novos componentes.

A audição do sistema impressionou

aos presentes.

Maiores informações:

www.decomac.com.br

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SHOWROOM DA MACHINE

Como nos anos anteriores, nos dias 18, 19 e 20 de setembro, cerca de 150 profis-sionais de áudio e lojistas visitaram a fábrica de amplificadores, caixas acústicas elines array da Machine. Segundo a assessoria de comunicação da Machine, esteevento tem a finalidade de estreitar a parceria da empresa com os seus clientes eparceiros, além de poder mostrar toda a linha de produtos e como são feitos.

Danilo, Luan Lineker, Walmy, João e Welington

SONORIZAÇÃO PARAIGREJAS EM MACEIÓO Ministério Equipart forma a 5ª turma

de Técnica em Sonorização para

Igrejas no final de novembro. O curso,

que teve início em julho, abordou des-

de as técnicas básicas de áudio até as

mais avançadas, além de workshop

com um especialista da Proshows so-

bre a X32 da Behringer.

O cantor sertanejo Luan Santana seapresentou no Coliseu do Porto no dia13 de outubro com o PA da NEXT-

proaudio, escolhido para o reforço so-noro do evento. Na ocasião, foi utili-zado o PA residente do Coliseu doPorto, modelo LA12 com 8 tops e 8subs por lado com um cluster centralde 4 elementos. Depois do concerto, otécnico de PA de Luan Santana, Juliano Rangel, filmou um pequeno vídeo deagradecimento: “Galera, toquei aí no PA da NEXT, aprovado! NOTA 10.”

Luan Santana em Portugal

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CRIATIVIDADEEm tempos bicudos, a capacidade de cri-ar ou se reinventar é parte de qualquerprojeto inovador que busca algumachance de sucesso. A ideia de dar auto-nomia absoluta aos músicos remune-rando shows transmitidos online surgecomo uma proposta que, pelo inedi-tismo, precisa se creditar de sucessopara receber aplauso. A proposta de doisjovens empreendedores foi criar um site(www.netshow.me) onde a comerciali-zação de shows ao vivo é toda direta ecom absoluta liberdade criativa para osartistas. Economicamente inovadora eextremamente pragmática em termoslogísticos, a novidade merece atenção.Vai que dá certo…

TRATAMENTO VIRTUALUm software baseado em pesquisas deestimulação auditiva promete revoluci-onar o tratamento contra a perda audi-tiva. Criado sob uma plataforma desen-volvida por cientistas da Califórnia, oHearing Guardian V1, distribuído noBrasil pela Bio Som, trabalha com oprincípio da indução. O programa man-da ao ouvido certas frequências detecta-das como inaudíveis pelo avanço da ida-de do paciente e ao estimular a audiçãodesses sons, o ouvido começa a “perce-ber” outra vez o que o desgaste do tempo

lhe tirou. Por ser inovador prometemuito, mas sempre é bom aguardar parachecar a eficácia da coisa.

EXPOMUSIC 2013Independentemente dos resultados daExpomusic 2013, fiquei com a nítidaimpressão de que importadores e fabri-cantes querem mesmo é equilíbrio cam-bial. A acomodação do dólar parece ge-rir o termômetro do mercado. Mesmonão baixando, a moeda americana pa-rou de subir. E alto ou baixo, os executi-vos querem é o dólar quieto. De resto, omercado naturalmente se ajusta.

VALE CULTURAO número de empresas que estão ade-rindo ao vale-cultura aumenta vertigi-nosamente e isso representa um signifi-cativo incremento de recursos no mer-cado de áudio e instrumentos musicais.Incluído no pacote da proposta gover-namental, o mercado prevê para 2014uma injeção de um bilhão de reais nopoder de consumo para o segmento.

QUALIDADEAtendendo a pedido da Casio, a Staydesenvolveu uma estante em alumínioque fez o maior sucesso na Expomusicdesse ano. Reconhecida pela qualidadee acabamento dos seus produtos, a em-presa brasileira mostra a cada ano novi-dades de extrema utilidade e beleza.Ponto para a competência e o talentoverde e amarelo.

VELHA NOVIDADEO produto não é novo, mas os cabos daSanto Ângelo com interruptor de sinalforam finalmente descobertos pormim e espero que logo também pelomercado. Testando um, percebi a utili-dade do pequeno dispositivo. Depoisque você se habitua, nunca mais voltapara o cabo convencional. Com ummecanismo confiável e resistente, oacessório é obrigatório para músicosque não querem “desentendimentos”com o operador do PA ou os falantes

Embora velada e

discreta por temer

represálias, a paciência

dos importadores com a

burocracia nebulosa que

atinge a liberação de

containers na costa

brasileira está perto do

limite. Ao criar

dificuldades sob o

pretexto de greve

“branca” para usar

muitas vezes de um

preciosismo obscuro, a

tecnocracia brasileira

provoca entraves e

custos que

invariavelmente vão

parar no bolso do

consumidor. Para

importar no Brasil de

hoje, além de lidar com

a deficiência logística é

preciso também

paciência com a

oportunista falta de

sensibilidade

alfandegária gerando

prejuízos.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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dos amplificadores de palco toda avez que conecta ou desconecta seuinstrumento.

E AINDA É BONITOO Silver Bullet, o novo pedal dedrive lançado pela Borne, fez omaior sucesso no estande da em-presa. Não bastasse ser bom pacas,a novidade tem também uma bele-za e acabamento diferenciados.Aliás, isso parece ser marca regis-trada da Borne.

SEM METALQuem acha que instrumento desopro e objetivamente o saxofonesão compostos quase que exclusi-vamente por metais levou um sus-to. A Saxshop trouxe para o Brasilo Vibrato A1S, um saxofone total-mente em policarbonato e com umsom surpreendente. Passada a er-rônea e inevitável impressão inici-al de que possa se tratar de umbrinquedo, o consumidor se en-canta com o timbre do instrumen-to. Ele pesa menos de um quilogra-ma e tem a tocabilidade de qual-quer instrumento profissionalconvencional. Apesar da qualida-de, o preço atrapalha. O instru-mento vai custar aproximadamen-te US$ 800 e isso deve assustar umpouco o consumidor final.

INESQUECÍVELLembram dos emblemáticos sinte-tizadores da Moog? Eles fizeramhistória nas mãos dos maiorestecladistas dos anos 70. Agora es-tão de volta, modernizados, estilo-sos, com design retrô e, o mais im-portante, com o mesmo e incon-fundível som. Representados noBrasil pela Metasonica, os velhosMoogs ainda causam suspiros dedesejo em tecladistas antenados eamantes do som vintage.

BOM E CARO

Montados no Brasil e com tecno-logia avançadíssima, os novos fo-nes da Earsound deixam de bocaaberta quem pensa que já ouviutudo em termos de retornos de pal-co tipo earphone. O produto é tãosofisticado que contém até ummicro crossover passivo para me-lhor dividir as frequências que sãodespejadas no seu ouvido e acusti-camente isoladas em até 26dB. OES703, o modelo top de linha,pode chegar a dois mil dólares.Bom, mas caro.

EXCLUSIVIDADEA ASK Suportes é uma das únicasempresas do mundo e a única noBrasil que fabrica os suportes mó-veis de palco para instrumentos decorda. Embora com procura, o pro-duto ainda é visto como raro e im-portado a preço de ouro, o que nãoé verdade. A empresa localizada nointerior do estado do Rio de Janei-ro produz alguns modelos que pro-porcionam ampla liberdade de pal-co para quem precisa usar dois ins-trumentos de corda em uma mes-ma música sem necessariamenteutilizar contorcionismos ou pro-vocar crise nervosa no roadie.

SEM SUPERLATIVOSSempre acompanhei os lançamen-tos voltados a peazeiros com um cer-to distanciamento e ceticismo emrelação aos dados técnicos forneci-dos pelos fabricantes e o real con-teúdo do equipamento disponibili-zado. Historicamente esse proble-ma é universal e faz parte do pacotede (des)informação que compreen-sivamente tenta justificar preços eemoldurar a qualidade dos produ-tos. Mas convidado pela Decomac,acompanhei atentamente o lança-mento da Série Aero 40A e confes-so que saí impressionado. O sistemacriado pela espanhola DAS é muitobom. Pequeno, prático, tecnolo-

gicamente avançadíssimo e compreço bem racional para o que ofe-rece, o novo sistema vai facilmenteganhar mercado por aqui.

HORÁRIOO nível de ruído na Expomusic2013 voltou a fugir do controle evai necessariamente passar por umprocesso de fiscalização mais rigo-rosa no próximo ano. Monitorarmúsicos e endorses que se apresen-tam durante o evento será impor-tante para que o bom senso volteaos corredores do Center Norte. Oque surpreendeu foi que a grandemaioria dos “barulhentos” erampequenos, já que os principais ex-positores tem suas salas de apre-sentações vedadas.

NOVO NOMENorton Vanalli assume o marketingda Sonotec e toda a sua linha deprodutos. Responsável pelas bateri-as Gretsch, o executivo recebeuagora a missão de administrar aavalanche de pedidos dos endorses

para toda a linha da importadora dePresidente Prudente. Haja ouvido...

FESTA NACIONAL DAMÚSICA 2013O evento voltou a acontecer nomês passado em Canela, no RioGrande do Sul, e particularmentenum clima ainda maior de festapor conta de mais uma conquista.Depois da volta do ensino às escolase do vale-cultura, agora foi a vez daaprovação e promulgação da PECda Música com a equiparação tribu-tária da obra de artistas brasileirosao livro, ou seja, sem tributos. Nomês que vem eu conto detalhes doque rolou na serra gaúcha...

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

O novo disco do percus-sionista, compositor,produtor, arranjador epesquisador musical, Rep-polho, traz uma lingua-gem musical de cool-a-fro-regional-pop paraMPB, inspirada no uni-verso pop universal. Ba-

tukantu traz ritmos como baião, zouk-lambada, ijexá,samba-funk, ciranda, rumba, salsa e cha-cha-chá, em-balados por seu canto rítmico e harmonioso. No CDconstam inéditas de sua autoria, algumas em parceriascom Ary Sobral, Jó Reis, Esdras Bedai. Um dos desta-ques é a faixa Tabajariando, em homenagem à Orques-tra Tabajara e ao maestro Severino Araújo. O CD ain-da possui as participações especiais de Beto Saroldi,Roberto Stepheson, Carlito Gepe, César Delano, en-tre outros, além dos cantores Charles Teony nos vo-cais em Rumbaião pernancubano e Mário Bróder no du-eto em Céu de Madureira, um samba-funk no qual mos-tra suas influências da música negra americana.

BATUKANTUReppolho

Surgida na cena catari-nense no ano 2000, a-tualmente, a banda deBlumenau divulga seuquarto registro oficial, oCD e DVD Perpetual

Dreams Live In River

Rock 2010, lançado emagosto de 2013. O traba-lho conta com versõesao vivo de músicas dostrês CDs da banda, decomposição próprias.

Som rápido e direto com influências de grupos comoIron Maiden, Deep Purple e Dio, entre outros, per-meiam as canções com mensagens de autoconhe-cimento e busca pela força interior. Formado por Eduar-do D’Ávila (vocal), Deny Bonfante (guitarra), JanFindeiss (teclado), Chris Link (baixo), Fábio Passold(bateria), o quinteto catarinense é também responsávelpelos arranjos e produção de áudio e vídeo.

PERPETUAL DREAMS IN RIVER ROCK 2010Perpetual Dreams

A Banda Mais Bonita daCidade nasceu da vonta-de de reinterpretar can-ções do repertório inde-pendente curitibano. Oprojeto se tornou um dosresponsáveis pela mas-siva difusão do financia-mento coletivo, desta-cando a banda pelo em-

preendedorismo em sua gestão. Agora, os músicos tra-balham no lançamento do segundo disco de estúdio,intitulado O Mais Feliz da Vida, que também dá nome àprimeira faixa do álbum, produzida por Chico Neves,que já trabalhou com Lenine, Os Paralamas do Suces-so, O Rappa e Los Hermanos. O novo repertório contatambém com releituras de canções de Pélico e NunoRamos. O disco também conta com a estreia davocalista Uyara Torrente como compositora, com acanção Um Cão Sem Asas.

O MAIS FELIZ DA VIDAA Banda Mais Bonita da Cidade

Mario Ulloa – Luar pro

João é o nome do discoque dá início às ativida-des do novo selo baianoTupynambá. No palcotambém a participaçãodo grupo GimBA – Gru-po de Intérpretes Musi-cais da Bahia. O selo Tu-pynambá foi idealizado

pelos parceiros Beto Santana e Vavá Furquim e criadopara lançar e divulgar a música de câmara ou sinfônica.Luar pro João foi gravado em homenagem a JoãoAmérico, celebrando os saraus que João promove emsua casa. No repertório, músicas apreciadas pelo ho-menageado e escolhidas pelo próprio Mario Ulloa, queassina a concepção do disco, direção musical, transcri-ção (músicas de domínio público) e todos os arranjos.A produção musical é de Vavá Furquim com produçãoexecutiva de Soraia Oliveira. O disco foi gravado,mixado e masterizado no estúdio do selo Tupynambápor Beto Santana e Vavá Furquim e editado por BetoSantana e Mario Ulloa. Fotografias de Fábio Abu emparceria com o Estúdio Visita, que assina o projeto grá-fico com Mai Silva.

MARIO ULLOA - LUAR PRO JOÃOMario Ulloa

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DANIELLI MARINHO | [email protected]

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tual responsável pelo PA de artis-tas como Luiz Melodia e Gabriel o

Pensador, o técnico Roney Pires define,como sua marca pessoal na forma detrabalhar, a busca por um timbre suavedo sistema, para que este não soe agres-sivo. O profissional conta que essa ca-racterística, algumas vezes, parece es-tranha para os engenheiros de sistemas,uma vez que ele decide atenuar a regiãodas frequências médias-altas. Mas, ga-rante ele, no momento da mixagem, oresultado soa agradável aos ouvidos e épossível lançar mão dos processamentosde efeitos sem medo.A adaptação desta sua maneira própriade trabalhar aos estilos dos diferentesartistas com quem trabalhou nunca foiproblema. Segundo Roney, como nãoexiste uma fórmula pré-determinada,sempre vale o bom senso na hora de seadequar a uma nova empreitada musi-cal. “Cada artista tem suas caracterís-ticas específicas, que variam de acordocom o estilo. Tento utilizar o bom gos-to para me adaptar às necessidades,não existe uma receita de bolo paraisso”, ensina.

Alexandre Coelho

[email protected]

Revisão Técnica:

José Anselmo “Paulista”

Fotos: Arquivo Pessoal /

Divulgação

A

PARTE 13

O somDE CADA PAO somDE CADA PA

Waldimyr Santana, por sua vez, já traba-lhou com grupos como Timbalada, Ban-da Mel, Cheiro de Amor e, atualmente,é responsável pelo monitor do Harmo-nia do Samba. Ele classifica como suabagagem mais importante a sonoridadeque memorizou ao longo dos anos, demúsicas que ele ouve, e que acabam defi-nindo sua marca pessoal. Outra caracte-rística de Waldimyr é o ecletismo, queele considera fundamental a um bomtécnico. “Em todos os estilos musicaisexistem bons trabalhos musicais e tra-balhos ruins. Para o técnico, não podeexistir estilo musical ruim”, acredita.Ele não vê problema em moldar a sua ma-neira pessoal de trabalhar às necessidadesde cada artista e de cada trabalho, sendopossível atender aos anseios do artistasem abrir mão de uma sonoridade que oagrade. “Eu uso minha característica pes-soal para minha mix, também prevalecen-do o gosto musical do artista. Considero aopinião do artista muito importante, poiso técnico tem que traduzir em áudio a so-noridade que está na mente do artista,mesclar técnica e artisticamente para obom resultado final”, aponta.

Em mais uma

reportagem da série

sobre como cada

engenheiro de

áudio busca uma

sonoridade própria

em seu trabalho, os

técnicos Roney

Pires e Waldimyr

Santana contam

como atuam na

profissão.

Page 35: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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Agindo desta forma, Waldimyr ga-rante que nunca aconteceu de al-gum artista pedir para ele abrirmão das características que mar-cam a sua atuação como técnico deáudio. Outro trunfo que ele carre-ga na manga para atingir a sonori-dade que considera ideal é o capri-cho na hora da passagem de som.“Tecnicamente, eu alcanço essa di-ferença com um soundcheck bemfeito, na medida do possível. Hojeem dia, cada vez os técnicos têmmenos tempo para o soundcheck, eisso é ruim”, condena.Roney Pires garante que tambémnunca teve que mudar sua formade atuar a pedido de algum artista,mas assegura que não será nenhumproblema se acontecer um dia.“Muito pelo contrário, significaque o artista me enxerga comomais um elemento no projeto, enão um levantador de faders. Poiso técnico é mais um elemento den-

tro da criação do artista. E, comotal, deve adaptar-se à sonoridadepretendida por ele a fim de somarao projeto”, sentencia.No que diz respeito a produtos,marcas e modelos, Roney acreditaque a função do engenheiro de som

é formatar o melhor equipamentopara o seu artista, levando em con-ta a sonoridade e as necessidades decada trabalho. Ele lembra que, hojeem dia, é muito grande a quan-

tidade de plataformas, e há muitasdiferenças entre elas, criando di-ficuldades como o fato de os mo-delos não se comunicarem entresi. Como exemplo, o técnico re-corda as mesas analógicas antigas,que variavam quanto aos prés e

quanto à parte eletrônica, masque tinham superfícies parecidas,o que não ocorre com as mesas di-gitais atuais. “Cada trabalho soa de maneira di-ferente em equipamentos dife-rentes. Não me preocupo muitoem ser antenado com os equipa-mentos X ou Y da moda, que a em-presa A ou Z comprou por umafortuna; preocupo-me, sim, ematender às necessidades do traba-lho. Já me deparei com situaçõesem que o locador tenta impor oseu equipamento, sobrepujandoas necessidades técnicas do tra-balho, o que acho muito errado.Costumo argumentar que estradanão é o momento de aprender, esim o momento de vender o queaprendi”, filosofa.Para Waldimyr Santana, um bomequipamento começa por um bomconsole. Assim como o colegaRoney Pires, ele também comemo-ra o advento das mesas digitais,que praticamente aposentaram osantigos mixers analógicos, especi-almente no segmento de grandesshows e turnês. “Hoje, as digitaisestão consolidadas no mercadocom recursos formidáveis. Eu não

Costumo argumentar que estradanão é o momento de aprender, e sim omomento de vender o que aprendi

(Roney Pires)

Roney Pires nunca precisou mudar sua forma de trabalho por causa de algum artista

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sinto falta das analógicas, com seusinserts sempre dando mau contato,mas tenho saudade de uma XL 200 oude uma PM 4000”, pondera.Na hora do alinhamento do PA,Roney Pires é pragmático. O técnicodiz que, quando o sistema é confiável,ele usa um analisador e algumas músi-

cas que tem como referência. Apenasquando a situação parece mais compli-cada do que o normal ele lança mão doSmaart. Entre as tais “músicas de refe-rência”, Roney cita uma em especial.

“Atualmente, utilizo a música Rolling in

the Deep, da cantora Adele. Tem umtimbre de voz que, para mim, soa mui-to bem, o que é essencial na minhaconcepção”, admite.Waldimyr Santana também tem assuas músicas favoritas, que toma co-mo referência, no momento de com-

parar o sistema antes e depois de ali-nhado. Ele cita, entre essas músicas,Lowdown (Incognito), Boa Noite (Dja-van) e Photograph (12 Stones), entreoutras. Já na passagem de som, o téc-

É importante a sonoridade própriado técnico, sempre somada à sonoridade doartista, para o engrandecimento do áudio

(Waldimyr Santana)

Waldimyr Santana já fez monitor e passou a respeitar mais as opiniões do artista

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nico assume que, quase sempre, faz damaneira mais comum e tradicional.“Meu soundcheck é quase semprecom os roadies. Às vezes é com a ban-da, que é o preferível, mas nunca tivea oportunidade de fazer virtualmen-te”, conta.

Roney Pires faz coro com o colega, deque o ideal, sempre que possível, é fa-zer a passagem de som com a banda. Ajustificativa é quase óbvia: nem osroadies nem o soundcheck virtualsubstituem o “calor” dos músicos ori-ginais. “Faço a passagem de som comos roadies ou com a banda. Mas doupreferência à passagem de som com abanda. Pois, a meu ver, o soundcheckvirtual soa um pouco mecânico, e osroadies nunca terão a mesma pegadados músicos”, garante.O técnico de áudio de Luiz Melodia eGabriel o Pensador acredita que abusca por características próprias éinerente a qualquer profissional, nãoapenas no segmento de áudio. “Comocostumo dizer, todo profissional tema sua assinatura própria, o detalheque identifica a sua sonoridade, que éúnica, tal qual a impressão digital deuma pessoa, e jamais existirá outraigual”, compara.Waldimyr Santana, por sua vez, des-taca que já fez muito PA e trio elétri-co, e que, depois que passou a fazermonitor, passou a respeitar aindamais a sonoridade do artista e a ouviras suas opiniões, o que considera im-prescindível para uma boa execuçãodo trabalho. “É importante a sonori-

dade própria do técnico, sempre so-mada à sonoridade do artista, para oengrandecimento do áudio”, avalia.Ele recorda uma história que ilustrabem a necessidade de um técnico es-tar aberto e se adequar às mais inusi-tadas situações na estrada. “No início

da minha trajetória, em 1990, fuioperar um trio elétrico no interior daBahia, com poucos recursos. E, acre-ditem, para conseguir uma boa sono-ridade do bumbo, nós usamos um pe-dal com o martelo do bumbo de ma-deira, ao invés de feltro, e uma moedade um real colada com fita na pele. Foiuma maneira artesanal de se alcançarum timbre. Foi difícil, mas sobrevi-vemos”, diverte-se.Roney Pires também tira da gavetaum “causo” vivido por ele no TeatroJorge Eliécer Gaitán, em Bogotá, naColômbia, em um show com LuizMelodia. “O sistema foi alinhadopor um engenheiro colombiano comformação da Meyer. Ao falar no mi-crofone do artista, o timbre soavaperfeito. Contudo, a região de 1k esta-va acelerada. Ao comentar isso com oengenheiro responsável, pedindo paradiminuir a sensibilidade da mesma, eledisse que no estilo musical deles essaregião era a mais exigida, mas na mes-ma hora ele atenuou o que havia amais e o sistema soou perfeito, sem ne-cessidades de mais ajustes. Achei issofantástico. Ele não tentou impor o queachava certo, e sim percebeu a necessi-dade do projeto e adaptou o sistema aoque se pretendia”, elogia.

Meu soundcheck é quase semprecom os roadies. Às vezes é com a banda,que é o preferível, mas nunca tive aoportunidade de fazer virtualmente

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duardo, fale um pouco da sua for-

mação acadêmica.Completei os estudos até o colegial, eno ano que vem tenho o projeto de fa-zer engenharia.

Como foi o seu começo no áudio?

Meu início foi quando trabalhava emuma produtora onde comecei a apren-der detalhes sobre captação e gravaçãode áudio.

[email protected]

Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação

EEm mais uma reportagem desta série de

entrevistas, em que sairemos dos bastidores dos

shows para trilhar os bastidores de todas as

produções que tiverem profissionais do áudio ou

iluminação trabalhando em funções que jamais

imaginamos, conversamos com Eduardo

Pelizarop, que falou sobre sua profissão de

Sonoplasta em Programas de Televisão.

Profissões do

backstage’backstage‘E D U A R D O P E L I Z A R O P

S O N O P L A S T A

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Um dos pontos que nos ajuda a ganhartempo e qualidade é quando a banda traz seupróprio sistema de monitoração

Quais cursos ou treinamentos vocêjá fez?

Quando já estava trabalhando na Glo-bo, comecei a estudar no IAV (Insti-tuto de Áudio e Vídeo), em 2001.Também tive treinamentos, ofereci-dos pela emissora, com mesas digitais,de alinhamento de sistema de áudio,software de gerenciamento de sistema,de treinamento de projetos de siste-mas de áudio, alinhamento de sub-grave, entre outros.

Descreva a sua atual função e as

atribuições relativas a ela?Sou sonoplasta, especializado em mi-xagens para TV. Sou responsável portoda a mistura de vozes, ambiências emúsicas, fazendo assim a mistura(mixagem) de todos estes áudios. Ficoem vários pontos de um programa deTV ao mesmo tempo.

Fazer áudio para televisão parece

ser bem diferente dos shows. Vocêpoderia descrever as peculiaridades

do áudio para TV?Bom, quando estou ali diante de umpalco ouvindo e assistindo um show, écomo se estivesse dentro do clima, cur-tindo o musical. Na TV, tenho que criaro clima para que o telespectador sinta-

se dentro do show como se estivessejunto com as pessoas ao vivo. Na TV, omais importante é lembrar que sempretemos um vídeo vinculado a esse áudio.

Como é formada a equipe de áudiode um programa de TV? Descreva

os cargos e atribuições de cada mem-bro da equipe.

As atribuições são iguais ou parecidascom as de um show. Existem técnicosnas consoles de monitoração de mú-sicos, técnicos de PA (Power Ampli-fication) e responsáveis pela finali-zação dos programas (PGM).

Por que é tão diferente o mesmo

áudio gerado num mesmo evento?Um exemplo recente foi o Rock in

Rio. Por que soa diferente nos diver-sos canais da Globo?

A diferença é causada devido à forma detransmissão. Temos programas trans-mitidos por TV aberta, TV por assina-tura, antenas analógicas e digitais. Sen-do assim, quem está mixando não temcontrole sobre a transmissão do sinal.

Quais as novas tecnologias utiliza-

das na captação de áudio para TV?Estamos sempre usando tecnologia deponta, microfones de alta qualidade. AGlobo está sempre buscando tecnologiasnovas e os profissionais estão antenadosaos últimos lançamentos do mercado.

Gostaria de levantar uma polêmica:

quais as suas sugestões para que asbandas consigam a melhor qualida-

de na transmissão ao vivo quando

vão fazer programas de TV?Nós recebemos muitas bandas e per-cebo que a cada dia a qualidade estámelhorando. Um dos pontos que nosajuda a ganhar tempo e qualidade équando a banda traz seu próprio siste-

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ma de monitoração. Em um dia de tra-balho corremos contra o relógio e te-mos que economizar esse tempo parapoder gastá-lo com a mixagem para TV.E outro ponto que pode ajudar bastanteé a presença de um técnico da própriabanda. A presença deste profissionalpode ajudar nos detalhes da mixagem.

Quais as maiores dificuldades enfrenta-das pelos profissionais do áudio numa

mídia em que muito se fala que a ima-gem vale mais do que mil palavras?

Isso depende muito do trabalho queestamos realizando. Temos alguns bonsexemplos como Som Brasil, Esquenta,The Voice, Festival Promessas, Carnaval,entre outros. Em todos estes exemplos,o áudio vale mais que mil palavras.

Sempre nos espelhamos em outros

profissionais e outras pessoas que nosajudaram muito no início de nossa

carreira. Quem ou quais fizeram a di-ferença para você?

Tenho muitas pessoas que ajudarammuito na minha trajetória. No começo,tive dois grandes amigos, Luiz Rodriguese Wanderlei Nascimento, que me ensi-naram a andar nessa carreira de televisãoe, mais à frente, conheci pessoas comoDiniz, Leandro Narezzi, Walmir Zuvela eNascif, que me deram a oportunidade deseguir na carreira de áudio dentro daemissora de São Paulo. Hoje tenho ahonra de trabalhar com os melhoresprofissionais do áudio da Globo no Rio

de Janeiro como Carlos Ronconi, Ma-noel Tavares, entre outros. Não possodeixar de mencionar Fernando Araújo eRaymundo Barros que me receberam noEntretenimento da Globo, no Projac.

Fale de um ou alguns trabalhos que você

considera importantes em sua carreira.Fiz muitos trabalhos importantes, pro-gramas ligados à informação e entreteni-mento. Eu sempre encaro tudo o que eufaço com a maior importância e aprendi eaprendo muito com o que faço até hoje!

O que falta ainda ao Eduardo para que

ele se torne um profissional ainda melhor?Ainda tenho muito a evoluir. Estou sem-pre estudando sobre áudio. Sempre te-mos que nos atualizar, hoje em dia as coi-sas evoluem com muita velocidade e, separarmos no tempo, seremos engolidospor novos conceitos e novas tecnologias.

Quais são os seus planos para o futuro,onde pretende estar daqui a 10 anos,

no âmbito profissional e pessoal?Em dez anos muita coisa pode mudar,ainda mais no áudio. Espero estar for-mado em engenharia e seguir meu cami-nho junto com a evolução do áudio.

Este espaço é de responsabilidadeda Comunidade Gigplace. Enviecríticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visite osite: http://gigplace.com.br.

“Em um dia de

trabalho corremos

contra o relógio e

temos que

economizar esse

tempo para poder

gastá-lo com a

mixagem para TV.

E outro ponto que

pode ajudar

bastante é a

presença de um

técnico da própria

banda

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Luiz Urjais

Colaboração: Danielli Marinho

Revisão Técnica: José Anselmo “Paulista”

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Leonardo C. Costa / Divulgação

Foram sete dias de festival, dois palcos, onde se apresentaram

mais de 50 atrações nacionais e internacionais, além de uma tenda

eletrônica, uma rua temática, o palco Street Dance, e brinquedos

como roda-gigante e tirolesa. Essa é a cara do Rock in Rio, uma

marca mundial que hoje em dia quer dizer: diversão e

entretenimento, pura e simplesmente isso.

m dos maiores festivais de mú-sica do mundo, o Rock in Rio,

que aconteceu nos dias 13, 14, 15,19, 20, 21 e 22, na Cidade do Rock,no Rio de Janeiro, apresentou mu-

U danças desde 2011. Com públicototal estimado em 595 mil pessoas(foram vendidos uma média de 85mil ingressos por dia), o line updesta edição conseguiu abrigar tri-

Rock in RioRock in RioPalco Mundo

Fotos Abertura/ Rock in Rio / Palco Mundo:

Renato Aragão / Fernando Schlaepfer / Marcelo

Mattina / Estacio / Ariel Martini / Rodrigo Esper /

Ernani Matos / Divulgação

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bos dos mais di-versos estilos,tanto no PalcoMundo comono Sunset. O Ro-ck in Rio 2013também foi mar-cado por mudan-ças nos equipa-mentos do sistemade som dos palcosMundo e Sunset.Quem vai ao fes-tival pensando emsó ouvir rock androll, está fora doponto. É notórioque há muito tem-po o Rock in Riodeixou de ser umevento exclusivo dogênero. E nessa pro-fusão de sons e esti-los, é preciso tam-

bém ter um sistema alinhado a todos osgostos musicais.Segundo Peter Racy, engenheiro daGabisom responsável pelo Palco Mun-do, o desafio maior é sempre executar otrabalho com perfeição, sem deixar bre-cha alguma. Incluem-se neste rol, oatendimento aos riders na íntegra, acarga horária pesada, conciliar os en-saios e o trânsito de equipamentos entreos estúdios de ensaio e os palcos e oatendimento dos técnicos para queconsigam trabalhar tranquilos, pois emse tratando de um Rock in Rio, existeuma pressão psicológica adicional.Este ano a novidade ficou por conta datroca do modelo do PA. Nos anos ante-riores, foi usado o JBL Vertec, mas nessaedição, a opção foi pelo VTX V-25, tam-bém da JBL. “Esta mudança aproveitouas novas tecnologias incorporadas aeste sistema, como componentes dealta capacidade, novos presets, novaamplificação (Crown I-tech 12000HD) e amplo gerenciamento e moni-toramento, oferecido pelo softwarePerformance Manager da Hi-Q Net”,comenta Peter.”

“Oferecemos

diversas maneiras

de se utilizar o

sistema, de forma

que se alguém

tivesse dificuldade

em criar outra mix

independente para

voz, poderia optar

por um dos outros

esquemas

(Peter Racy)

Embora o modelo tenha sido outro, aconfiguração do sistema permaneceuigual às outras edições do festival, ondecada PA é formado por três colunas,uma denominada Banda, outra de Sub, euma terceira, chamada de Voz. Assim, ostécnicos podiam ainda trabalhar comuma das opções, como explica o enge-

Torre de delay com as caixasNorton LS-8

Peter Racy, engenheiro responsável pelo Palco Mundo

Vertec VTX V-25 foi o escolhido para edição 2013

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Lista de equipamentos

A Gabisom disponibilizou para o Palco

Mundo 2 Avid Profile e 1 Yamaha PM-

5D no PA, e no monitor, 1 Avid Profile e

2 Yamaha PM-5D. Entre os artistas que

trouxeram suas próprias consoles esta-

vam Metallica com a Midas XL-8; a

Beyonce e o Iron, que trouxeram Di-

gico SD-7. Já o 30 Sec to Mars, a

Florence & The Machine, Matchbox 20

e Nickelback alugaram da Gabisom 2

Midas Pro-6. O Slayer também locou

uma central da Gabisom com uma

Midas H-3000 analógica com seu arse-

nal de racks de efeitos e Gate/Comp.

nheiro da Gabisom. “Oferecemosdiversas maneiras de se utilizar o sis-tema, de forma que se alguém tivessedificuldade em criar outra mix inde-pendente para voz, poderia optar porum dos outros esquemas. A Opção 1,a recomendada, era utilizar uma co-luna para a base (Banda), e outra

coluna para Voz ou qualquer outracombinação de elementos a qualquisesse dar destaque. Os benefíciosda Opção 1 eram faixa dinâmicaotimizada em todo o percurso do si-nal, desde o barramento e amplifica-dores de soma da console, passandopelo processamento e amplificaçãoaté os componentes das caixas. Oresultado é alta definição, pois os di-versos elementos da mixagem nãoestão lutando pelo headroom do sis-tema”, explica Peter.Já a Opção 2 consistia em enviar oLR para ambas as colunas, de modo

que, tanto a coluna Banda como acoluna Voz, apresentassem o mesmosinal de entrada. “Não recomenda-mos este modo uma vez que haviaum pequeno Comb Filter devido àsduas fontes vizinhas estarem repro-duzindo o mesmo sinal. Contudo,na realidade, grande parte dos head-liners utilizaram desta forma comsucesso”, afirmou. Dentre os benefí-cios da Opção 2, Peter enumerou:maior volume geral, maior pressão;com a desvantagem de uma “dobra”mínima, mas que “chegava a ser atéagradável”, segundo ele.

Configuração permitiu pelo menos três maneiras de usar o sistema

PA teve uma coluna somento para voz

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Na Opção 3, a recomendação era utili-zar apenas uma das colunas mais o Sub,igual a um PA convencional. “A vanta-gem era não ter que alterar nada na cenada mesa e obter o resultado de sempre,sem nenhuma aventura”, comparou.Para os Subs, havia as opções do Sub noFly, normalmente atrelado à colunaBanda como quarta via.“Mas dávamos a opção deter seu envio mandado porum auxiliar se assim o pre-ferisse. Igualmente com oSub do chão, podendo seralimentado do LR Banda,ou de um Auxiliar”, enu-mera Racy.Cada uma das 10 torres deDelay utilizaram 6 NortonLS-8 e os monitores foram to-dos d&b M-2. Já os sidefillsforam d&b J8, 6 por lado. Deacordo com Peter, o nível mé-dio de pressão sonora que che-gava à house mix era entre 105a 110 dB SPL, lembrando que osistema tinha os ganhos dos se-tores mais próximos, progressi-vamente atenuados, de modo amanter a uniformidade da pres-são em toda a área de público. “AHouse encontrava-se num setorque estava atenuado em -3dB”,ressalta Racy.“A apresentação que eu pessoal-mente mais gostei, em termos damixagem e da dinâmica geral, foi a

do Skank. O Renato Munhoz optou pormanter um volume moderado e uma mixbem equilibrada, o que resultou, em mi-nha opinião, na melhor vibe do festival,pois podia-se ouvir a participação do pú-blico durante o show inteiro, cantandotodas as músicas, no maior as-

“Na Opção 3, a

recomendação era

utilizar apenas

uma das colunas

mais o Sub, igual a

um PA

convencional. “A

vantagem era não

ter que alterar nada

na cena da mesa e

obter o resultado de

sempre, sem

nenhuma

aventura”

(Peter Racy)

Side fills foram com os modelos d&b J8

Skank se apresentou na segunda semana

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tral. Em minha opinião, o que ganhamos em volume esteano, perdemos por acabar afogando a participação do públi-co, que pouco se ouvia acima do PA”, completa Peter Racy.Técnico de som do Frejat a cerca de 10 anos, Rodrigo Lopesconsiderou as altas frequências do VTX bem definidas e pre-sentes, por tratar-se de um sistema potente, especialmentepara shows de rock, que precisam de maior agressividade.Falando dos desafios de sonorização em um evento des-te porte, Rodrigo assinala como maior dificuldade otempo de passagem de som. “São muitos artistas e osheadlines sempre têm prioridade. Nós fomos os últimosa passar o som, e houve problemas na passagem doMatchbox 20. Isso atrasou bastante nosso trabalho”,diz. “O equipamento é de ponta, mas trabalhar comtempo reduzido, torna a responsabilidade ainda maior,pois é um tipo de show que todo mundo assiste. Amigosdo artista, a família, o pessoal da gravadora, público emgeral. A cobrança é grande, então a expectativa tam-bém”, opina Rodrigo.

BANDAS NACIONAIS

Ainda de acordo com Rodrigo, essa característica de faltade tempo e atenção propicia a imagem que, segundo ele,muitos técnicos estrangeiros têm ao chegar ao Brasil, di-minuindo as bandas locais. “Todo festival tem uma carac-terística diferente de um show habitual. Especialmente in-ternacional, cujos headlines sempre são artistas estrangei-ros. Agora, o desafio é não se colocar como uma simplesbanda de abertura. Os artistas nacionais são extremamen-te relevantes no mercado brasileiro. Muitos dos gringosque vieram não têm metade do público que o Frejat, JotaQuest ou o Skank têm. Acho que o desafio tanto dos técni-cos como de toda a equipe nacional é ‘brigar’ de igual paraigual. Precisamos e devemos respeitá-los, mas eles tambémdevem nos respeitar. É complicado, mas devemos mi-nimizar a desvantagem do tempo e fazer um show que em-polgue a todos”, avalia.

Venue Profile na house mix

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Fotos Abertura/ Rock in Rio / Palco Sunset: Diego Padilha / Rodrigo Esper / Ariel Martini / Ernani Matos / Divulgação

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Luiz Urjais

Colaboração: Danielli Marinho

Revisão Técnica: José Anselmo “Paulista”

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Leonardo C. Costa / Divulgação

A estrutura montada no palco principal foi de impressionar

e ofereceu uma experiência memorável ao fã que,

independentemente de sua localização no festival, pôde ter

acesso de imagem e som do que rolava no Palco Mundo.

Todavia, como já foi proposto por Roberto Medina,

organizador do evento, o Palco Sunset na próxima edição

terá uma nova localização.

alvez por ter sido a grande sur-presa da edição, com muitos es-

pectadores que se motivaram acomparecer ao evento apenas paraver shows que lá rolaram como os

T de Living Colour, George Benson,The Offspring, Sebastian Bach,Krisium, entre outros.Nessa edição o Palco Sunset rece-beu o PA Vertec JBL 4889. O PA

Rock in RioRock in RioPalco Sunset

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foi configura-do em L/R - LL/RR, ou seja, 4Vertecs 4889 noLL/RR e 12 noL/R. “Usamosdevido a prefe-rência da maio-ria dos técnicos.Houve apenasum pedido pelogrupo The Off-spring, que solici-tou para 6 arcs noside fill”, explicaEvandro RicardoVicente, o Kaco,responsável técni-co pelo Palco Sun-set, da Gabisom. Se-gundo ele, o dia maiscomplicado foi nosegundo sábado, noqual rolaram gruposbrasileiros, “pelo fatode desorganização dos

mesmos”, conta o engenheiro. Com osistema de som JBL da Vertec no PalcoSunset, Fabiano França Estevão, técni-co de som do show tributo aos NovosBaianos, que uniu Pepeu Gomes, Mo-raes Moreira e Roberta Sá, infere que oáudio estava bem montado e alinhadocom caixas versáteis o que, por já co-nhecer o equipamento, facilitou o tra-balho de sonorização.“Tudo parece alto demais, percebe-seque o som da banda é bastante solto. Fuie voltei com bastante coisa (na mesa),pois tem muita dinâmica que você temque fazer na mão, controlando o tempotodo. Estou acostumado a trabalhar nolimite da voz, deixando-a perceptível.Não dá para forçar muito os subs, commuito grave, tem que ter um senso co-mum, um bom senso”, diz Fabiano.Entre os desafios do show, além do poucotempo disponível para passar o som, Fa-biano cita o alinhamento do PA no volu-me da voz de Moraes, cuidando para nãoencher de graves a mixagem e ficar com amesa modulando em muito bumbo e bai-

Palco Sunset na edição de 2015 deverá ter nova localização

Sistema Vertec 4889 no Sunset:12 caixas por lado

Foto: Diego Padilha / Divulgação

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xo, sem conseguir empurrar o res-to das frequências em favor dosvocais. “Se eu colocar o PA maiorque o volume da voz dele não con-seguirei definir quase nada do queele estiver cantando. Trata-se deuma questão física. A voz dele éboa, mas não vem com aquelapressão. Tem que ser mais sutil egentil na mix”, explica. “Por tra-balhar em estúdio, eu tenho umaconcepção musical para mixagemde PA. Penso que faço a mix deuma música, ou seja, sonorizo oambiente. Muitas vezes, o que rolapor aí é o cara que quer colocarmais volume do que o lugar com-porta... Esse vai dançar!”.

Lista de equipamentos

PA Vertec 4889

Sub Vertec 4880A

Amplificadores Crown 4X3500

Amplificadores para sub Powersoft

4 PM5D YAMAHA

1 SD7 DIGICO

1 H3000 MIDAS

20 monitores CLAIR BROTHERS

Side Fill L’Acoustic

1GALILEU

De acordo com Vander Ca-selli, técnico de som dabanda Hibria, que dividiu oPalco Sunset com o Almah,as frequências de grave em-bolam mais que qualqueroutra e, portanto, o ideal étrabalhá-las o mais nive-lado possível. “O técnicodo Almah curte exploraros graves, tanto que emcomparação a eles a Hi-bria estava mais smooth.Em particular, não ti-vemos muita liberdade para tra-balhar o som de nossa forma, achoque essa é a grande dificuldade dosgrandes festivais hoje: o crono-

grama é apertado, tudo é corrido eo som tem que ser alinhado empouco tempo”.Wanderley Loureiro, técnico dePA de Ivan Lins, - que fez umaapresentação com George Benson,no terceiro dia do festival -, elo-giou também o sistema de som, osequipamentos e o atendimento,que, segundo ele, foi dentro das ex-pectativas da equipe. “Quando sur-

Diferente do Mundo, o Palco Sunset sofreu mudanças no visual George Benson foi um dos mais aguardados

Vanderlei Loureiro (esq.), técnico de PA Ivan Lins

Page 55: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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Tenda Eletrônica

Além dos dois palcos, a Rock Street foi uma

boa opção para quem quis dar um tempo da

‘muvuca’, com atrações homogêneas às prin-

cipais. E a Tenda Eletrônica, apesar da pouca

repercussão, surpreendeu com inovações na

disposição de palco e constituição sonora.

Com formato de palco central em 360 graus,

a Tenda Eletrônica desta edição foi uma nova

experiência da produção do festival que, se-

gundo Pedro Cluny, responsável pelo som do

local, obteve resultado positivo com cobertu-

ra homogênea em todo o espaço.

“A ideia inicial era ter uma imagem estéreo

em toda a área da tenda, sem esquecer o

foco no DJ. Desde a primeira edição do

Rock in Rio, trabalhamos para apresentar

uma experiência sonora única para todo tipo

de público”, afirma Pedro.

De acordo com Cluny, a exigência técnica des-

te tipo de evento tem aumentado de ano a ano

e, neste momento, tem sido mais complexo le-

vando em conta o número de artistas internaci-

onais recebidos e que, em alguns casos, se

apresentam com seu próprio técnico de som.

“A maior dificuldade que encontramos foi o

espaço para colocar os subs. A escolha do

sistema JBL VTX S28 foi substancial. Trabalha-

mos com uma frequência de corte de até

60Hz, para obter o máximo de rendimento

com poucas caixas”, relata. “Dentre as exigên-

cias especiais, tivemos Vitalic que veio com

uma versão de banda ao vivo e um rider técni-

co bastante complexo – mas nada fora do nor-

mal. O nosso kit base de sistema de som para

o palco eletrônico já prevê essas eventualida-

des de bandas. Tivemos apenas que seguir a

lista de vias e microfones pedidos”.

O sistema de som da tenda eletrônica era L-

Acoustics Kudo, JBL VTX S28, Norton. Foram

disponibilizados 30x Top L-acoustics Kudo em

6 pontos de 5 caixas no sistema principal, 10x

Top Norton LS4 em 5 pontos de duas caixas

como Front Fill, posicionado entre cada siste-

ma Kudo exceto na entrada de artistas, 16x

Sub JBL VTX S28 em toda a volta do palco

por baixo do mesmo, 2x Booth de DJ com-

posto por L-Acoustics, 3x DV-Dosc, 1x DV-

Sub, 10x Monitores Meyer Sound MJF-212.

Nos subs JBL VTX- 8x Crown I-Tech 12000

HD, Top Kudo - 24x Lab-gruppen FP 6400,

Front-Fill - 6x Lab-Gruppen FP 10000 e para

processamento do sistema 2x Lake LM-26. A

mesa era Digidesign SC-48, tanto na house

quanto no monitor.

Sistemas: L-Acoustics Kudo, JBL VTX S28, Norton

Formato aranha estreou no Rio

Palco em formato de 360 graus foi uma das novidades

“Usamos devido a

preferência da

maioria dos

técnicos. Houve

apenas um pedido

pelo grupo The

Offspring, que

solicitou para 6

arcs no side fill

(Kaco, da

Gabisom)

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Dave Hart, PA do Sebastian Bach

Rodrigo Valle fez o PA do Marky Ramone

giu a ideia do show parecia que ia sero Ivan com a banda dele, o Georgecom a banda dele e depois juntavame faziam uma mistura, mas mudou eacabou sendo só uma participação,então mandamos as músicas para odiretor musical. Por exemplo, emUm Novo Tempo, ele mudou o arran-jo, o Ivan canta no show hoje dife-rente do que ele fazia antes, quer di-zer, diferente da ideia que o Georgetinha. Então mandei as músicaspara ele em gravações de shows, elesensaiaram e não teve muito proble-ma”, comenta.Rodrigo Valle, que foi convidadode última hora para operar o PAdo Marky Ramones e MichaleGraves, no Palco Sunset, explicaque, embora a banda não tenhafeito nenhuma exigência, elestrocaram algumas informaçõesdurante o trajeto até a Cidade do

Rock. “O Marky falou algumascoisas na van e trocamos algumascoisas técnicas simples. Por exem-plo, ele não gosta muito de gate.Eu até perguntei isso se era no pal-

co, para ele ou lá na frente. E ele fa-lou que na frente também. Ele gostada batera mais solta, mais suja, epouco compressor, nada muitocomplicado de se fazer”, explicaRodrigo, acrescentando que, por seruma banda punk, houve muita gui-tarra e baixo. “Lá no palco eles cur-tiram também, a galera mandoubem, porque depois fui lá perguntarse estava tudo certo. Na van, oMarky pediu também para passaralgumas informações para a galerado palco, porque eles não trouxe-ram técnico de monitor, então foi opessoal da Gabisom que fez, e man-daram super bem”, completa.

O Marky pediu também parapassar algumas informações para a galerado palco, porque eles não trouxeramtécnico de monitor (Rodrigo Valle)

“Da esq. para dir.: Evandro (Kaco), Thiago Furlan (suporte técnico) e Paulo Baptista (coord. da Gabisom)

James Shaw, PA do Ben Harper

Vander Caselli, técnio de PA do Hibria

Fabiano França: Moraes, Pepeu e Roberta Sá

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úsico de três bandas (só durante oRock in Rio), produtor, marce-

neiro (por hobby), diretor e um jovementusiasta apaixonado por música. Esseé Bruce Henry Leitman, o nome por trásda Rock Street, uma das áreas mais visi-tadas durante esse festival, que esse anohomenageou a Grã-Bretanha e a Irlan-da. Criador do conceito da atração, eleconversou com a Backstage para contarcomo é se dividir entre as funções e ain-da se divertir com o trabalho.Esse nova-iorquino de 64 anos começouseus estudos musicais na Espanha, aindana adolescência. Em 1966, veio para oRio com a família, onde ficou até 1970.Nesse mesmo ano, foi chamado para to-car com Gilberto Gil em Londres. Lá

M

Pedro Rocha

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Divulgação

Diretor artístico da Rock

Street e instrumentista,

Bruce Henri fala sobre o

evento e sua carreira.

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LONDRESLONDRESe Irlanda in Rioconheceu o escocês Maurice Hu-ghes, técnico de som de Gil e Caeta-no Veloso, até então exilados.Quando os dois cantores baianospuderam retornar ao Brasil, Brucee Maurice, que se tornaram parcei-ros em um projeto de dois anos,voltaram também. Maurice dedi-cou-se à engenharia de som e hojeé diretor de palco do Rock in Rio.Bruce seguiu sua trajetória, passan-do por diversos grupos como Uakti,Jungle Tap, Miller All Star BluesBand e atuando como contrabai-

xista com diversos artistas, entreeles Gal Costa, Tom Jobim, NeyMatogrosso e Herbie Hancock,com destaque para sua capacidadede improvisar, em uma carreira quejá soma 50 anos. E em 2011, Brucechega ao Rock in Rio para fazer oque mais gosta: música. A ediçãode 2013 da Rock Street é a terceiraque ele dirige; uma em Portugal eduas no Rio.O instrumentista se apresentou noRock in Rio este ano em todos osdias com a Rock Street Big Band,

além de tocar com o grupo Joko(no dia 19/09) e com a FabulousTab (13/09), sob o comando deEvandro Mesquita. Apesar de teruma década de experiência sobre opalco, Bruce diz ainda sentir-senervoso. “Faço meu melhor e medivirto”, ele garante.

A RUA CARIOCA DO ROCK

COM ARES EUROPEUS

Quem foi à Rock Street pôde notarque a proposta da sua segunda edi-ção era levar o público para outrolugar, mais precisamente para osmercados de rua do bairro londri-no Camden Town e do boulevardirlandês Grafton Street. Localiza-do à esquerda de quem entra naCidade do Rock, o espaço temáticotem 150 metros de comprimento e20 lojas. As fachadas remetem aos

ambientes originais, com uma mis-tura de sons, cores e atrações simul-tâneas nacionais e internacionais.Os cenários foram criados pelo ar-quiteto João Uchoa e as 65 atra-ções foram escolhidas pela produ-ção com propósitos e simbolis-mos, para abranger todo o univer-so londrino e irlandês, mas comtoques tupiniquins. Show de má-gica, cartomantes, venda de vinis,malabaristas, produção de carica-turas, envio de cartas. Uma dasatrações mais requisitadas foi o

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guarda londrino, com quem os visitan-tes faziam fila para fotografar.Quanto à música, podia se encontrar dequase tudo: heavy metal, rock progres-sivo, pop, folk, punk rock, covers de LedZeppelin, Pink Floyd e Rolling Stones eprincipalmente Beatles, os maiores ho-menageados dessa edição. A OrquestraVoadora levou um pouco de samba dire-to do Carnaval e, para trazer um poucoda atmosfera dos celtas (com menções adruidas e duendes), perfomances dedança, jam sessions e grupos como oparanaense Terra Celta, que une ele-mentos da música celta e brasileira e abanda irlandesa Sensessional.A edição desse ano remete à última, de2011, que celebrou Nova Orleans, pe-los artistas de rua, os toques de jazz da-dos às músicas dos Beatles e o climaintimista que o ambiente oferecia. E aproposta, segundo o diretor artístico, éessa mesma: ligar sempre uma RockStreet à outra. O objetivo de criar umambiente de diversão usando caracte-rísticas de outras culturas pareceu quedeu certo. O público compareceu empeso à Rock Street, se emocionou egarantiu um belo espetáculo. Em en-trevista à Backstage, Bruce Henri, dire-

tor artístico da Rock Street, fala sobre aprodução musical desse Cantinho Es-pecial na cidade do Rock.

Como é produzir um evento desse porte?É um desafio, mas é divertido. Exigemuito do fator imaginação. É semprepreciso encontrar vias alternativas paraviabilizar o projeto e fazer algo que supe-re a edição anterior. Eu desenvolvo emconjunto as funções de diretor artísticoe produtor técnico em geral.

Há quanto tempo você está envolvido

com o projeto dessa edição?Comecei há um dois anos. Eu sempre faloque quando você está trabalhando em umevento, você já está atrasado para o próxi-mo. Às vezes, você pode encontrar pala-vras de sabedoria em lugares menos espe-rados. Tem um grupo de acrobatas e mala-baristas que trabalha no Rock in Rio. Cer-ta vez, tarde da noite, um deles disse umafrase que me marcou: “Não adianta terpressa, porque a van é uma só”. Usei esseexemplo porque, por mais que eu estivesseadiantado com minha produção do festi-val, eu dependo de um monte de outrossetores que não conseguem, por várias ra-zões – não por incompetência, mas por

“A Orquestra

Voadora levou um

pouco de samba

presença direto do

Carnaval e, para

trazer um pouco da

atmosfera dos

celtas (com

menções a druidas

e duendes),

perfomances de

dança, jam sessions

e grupos como o

paranaense

Terra Celta

Palco na Rock Street

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inviabilidade – trabalhar com essaantecedência toda que eu tenho.Então por mais que eu esteja anteci-pando tudo, eu tenho de esperar al-guém. É um trabalho constante quedura até o Rock in Rio acabar. Mas aparte boa mesmo é a que acontecepelo menos um ano antes, quandocomeça o trabalho de pesquisa a sé-rio. A ideia vem dois anos antes.Faltando uma semana para o festi-val, para mim não tem mais graça.

Como surgiu a ideia de homena-

gear a Grã-Bretanha e a Irlandana Rock Street?

Apareceu em um papo entre o Ro-berto (Medina) e eu, quando está-vamos fazendo o Rock in Rio 2011e já pensando na edição de Portu-gal (ocorrida em 2012). Sentamose começamos a planejar a RockStreet desse ano. Pensamos nosBalcãs (região do sudeste europeuque engloba Albânia, Bulgária,Grécia, Croácia, Áustria, entreoutros países), no Caribe. Eu fuipara a Irlanda e Londres fazer pes-quisa. Chegamos a conclusão dehomenagear esses dois locais porentender que a arquitetura de láse prestava, a música também ebatemos o martelo primeiramen-te para Grã- Bretanha. Mas oRoberto queria dança irlandesa eaí incluímos a Irlanda nessa his-tória. E juntamos pop britânicocom pubs de Londres e Dublin edança e música irlandesa.

As parcerias são fundamentaispara a execução desse projeto?

Por quê?Elas são feitas pela organização daRock World (pessoa jurídica doRock in Rio). Eu mando as minhasnecessidades e demandas para umapessoa designada e eles encami-nham para os fornecedores. Em re-lação aos equipamentos de som eluz, tenho parcerias de longa data,não só com o Rock in Rio, mas com

outros eventos que eu produzo. Naparte de áudio, tem a Gabisom, en-tre outros. Já na parte de luz, mudaum pouco, porque é uma empresaestrangeira quem faz, mas a quemnós já conhecemos.

Como foi a homenagem aos Beatles?Aconteceu com a Rock StreetBand. Eles são uma referência mu-sical muito forte e têm uma obramuito importante em termos decomposição. E a Rock Street Band éuma extensão desse trabalho. Monta-mos o som da banda com uma pegadajazzística e arranjos inéditos e tudo fi-cou com uma nova cara, mas com oestilo Beatles. Os Britos também par-ticipam. A banda All you need isLove vai relembrar o Rooftop Concert,último concerto ao vivo dos Beatles,em uma reprodução do telhado daApple Studios.

Na programação da Rock Street,

pode-se notar que no dia 20 de se-tembro havia um casamento marca-

do. Do que se trata?O casamento se tornou uma tradi-ção na Rock Street. Na primeiraedição, um casal (a professora dequímica Rachel Letris e o analistade sistemas Gabriel Gimmeli) que-ria assistir ao show do Red HotChili Peppers, mas não poderiam ir,pois o casamento deles estava mar-cado para o mesmo dia. Eles escre-

veram para a Roberta Medina, pe-dindo que a data do show fosse alte-rada. Como o pedido não pôde seratendido, o casal foi convidado arealizar o matrimônio na RockStreet. Eu disse que ficaria respon-sável pela organização. Quando anoiva jogou o buquê, uma moça opegou. Pois essa mesma moça quepegou o buquê se casou na edição2013 da Rock Street.

Você tocará com a Fabulous Tab e

a Rock Street Band. Como é se di-vidir entre a função de diretor ar-

tístico e instrumentista no festival?Embora tenha 50 anos de carreira,39 anos de produção e 12 anos dedireção, ainda me sinto nervoso.Ainda estou me acostumando.

Qual a sua expectativa para a re-cepção do público deste ano a esse

projeto?Eu achei que o público ficaria naRock Street e não ia querer ir aosoutros locais (risos). Ficaria todomundo grudado lá. É um lugarmuito divertido e concorrido. Ti-vemos as performances, fora amúsica irlandesa, que foi tocada narua. Esse ano nós tivemos o palco.Fizemos arranjos especiais em jazzdas músicas dos Beatles. Foi muitolegal mesmo. Muita coisa legalmesmo. Tudo preparado para aspessoas se divertirem muito!

Rock Street foi um dos locais mais concorridos em todos dos dias do Festival

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rimeiramente é preciso baixar a apli-cação no iTunes (https://itunes.ap-

ple.com/us/app/logic-remote/id638-394624?mt=8) e instalá-la no seu iPad.O segundo passo é acessar o Logic Re-mote. Tanto o iPad quanto o computa-dor deverão estar compartilhando amesma rede wi-fi.Agora abra o Logic Remote no seu iPad.Vai aparecer a tela inicial e logo em se-guida uma mensagem “Choose a Macrunning Logic...”. Escolha o Mac que

P está rodando o Logic. Em seguida apare-cerá a mensagem no iPad: “Please, opena Logic project to begin”. No seu com-putador, abra uma sessão no Logic Pro X(File > Open).Vamos esclarecer a opção para usar oLogic Pro X via Bluetooth. No computa-dor, escolha System Preferences no me-nu Apple (maçã). Clique no ícone deBluetooth na janela de System Prefe-rences e assinale os campos On e Disco-verable. No seu iPad, vá até Settings ouConfigurações, escolha Bluetooth e nacoluna Devices escolha o nome do com-putador para parear com o iPad.No computador, clique em Sim (Yes)quando aparecer uma mensagem de so-licitação para parear. Clique em Pair namensagem que aparecer no iPad. Depoisque o iPad e o computador estiverempareados, siga o mesmo procedimentodescrito anteriormente.Outra opção já testada é clicar sobre oícone de wi-fi e escolha Criar Rede(Create Network) (vide Figura 1). Nomenu que aparecer, clique em Criar(Create) e defina um nome para suarede. Agora na janela Configurações(Settings), vá para wi-fi e escolha o seu

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

XLOGIC PROLOGIC REMOTE PARA iPADLOGIC REMOTE PARA iPADO MELHOR CONTROLADOR PORTÁTIL PARA OO Logic Remote é

uma aplicação

gratuita para o

iPad que

possibilita o

controle de várias

funções e

atividades do Logic

de forma remota,

via wi-fi, Bluetooth

ou rede. Funciona

com um iPad

versão 2 ou mais

nova e com o iOS 6.

Sim, na maioria

dos locais temos

somente menção a

uma conexão

estável wi-fi, mas

vamos indicar

como usar

Bluetooth ou criar

sua rede.

Figura 1

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Page 64: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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computador em Devices (vide Fi-gura 2), clicando na rede com onome escolhido. Ao abrir o LogicRemote no iPad você verá a men-sagem para escolher a rede. Cliqueuma ou duas vezes sobre o nome darede e sua conexão iniciará.Resumidamente, temos os seguin-tes grupos ou funções na barra decontrole do Logic Remote (videFigura 3) da esquerda para direita:

1. View: através deste, acessamosos seguintes recursos:Smart Controls & Keyboard (Figu-ra 4): é possível escolher Automatic,Keyboard, Fretboard ou Pads.

Chord Strip (Figura 5): Possibilitatocar acordes inteiros na parte su-perior e baixos na parte inferior.

Mixer (Figura 6): Grande parte dasfunções do Mixer, podendo facilitarautomação, por exemplo. O mixerapresenta controle para 8 canais,gravação, mute, solo, pan e controlesdeslizantes para os volumes. Pararetornar um parâmetro para seu pa-drão, basta clicar duas vezes sobre omesmo, por exemplo, retornar umcontrole deslizante para o zero.

•Key Commands (Figura 7): Bo-tões com acesso às funções maisutilizadas, tais como criação denovas trilhas, undo, redo, tendoembaixo a Transport Bar. Possíveleditar e incluir novos botões, distri-buídos em várias páginas.•Smart Help (Figura 8): Menu deajuda rápida, facilitando a compre-

Figura 2

ensão e maior uso das funções. É pos-sível também configurar esta funçãopara visualizar seções importantesdo manual do Logic Pro X quandovocê passar sobre um determinadoitem no Logic Pro X na tela do com-putador. Segue como configurar:•Ative o Quick Help no Logic

Pro (Help > Quick Help)•Escolha Smart Help, tocando nobotão View•Passe o mouse sobre algum item doqual você precisa de alguma infor-mação no Logic Pro X. A página domanual aparecerá no Logic Remote.

•Library (Figura 9): uma formacriativa e interessante de utilizar abiblioteca, possibilitando visua-lização integral da tela. Isto facilitaa busca!

2. Transport Bar (Figura 10): Umatransport bar reduzida, enquantoestá tocando o botão da esquerdase transforma em Stop. De outraforma, temos o botão para voltarao início do projeto.3. Visor de Playhead (Figura 11):o visor do Playhead possibilita vi-sualizar o que está sendo tocadonaquele instante, permitindo na-vegar pelo projeto. Caso o projetoseja estruturado em Markers, os

Figura 3

Figura 4

Figura 5

Figura 6

Figura 7

Figura 8

Figura 9

Figura 10

Page 65: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

65

mesmos ficam disponíveis para que sepossa voltar a determinado início deum agrupamento.

4. Loop (Figura 12)5. Metronome (metrônomo - Figura 13)6. Settings (Configurações - Figura 14)7.Textos explicativos (Figura 15): uma visão geral dosparâmetros visualizados.

Para saber online

[email protected] | www.veramedina.com.br

Figura 11

Figura 12

Figura 13

Figura 14

Figura 15

Page 66: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

ABLE

TON

LIVE

| w

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acks

tage

.com

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omo default, ao abrir sua tela inicial,Session View (Arrangement View

também), veremos duas MIDI Tracks (ca-nais), duas Audio Tracks e duas ReturnTracks (retornos), que são nossos Busses oucanais auxiliares para efeitos, grupos deinstrumentos etc.Muito bem. Digite Ctrl+Alt+T (noPC) ou Opt+Comm+T (no Mac) paracriar Return Tracks adicionais. Você

C

ABLETON

Nesta edição,

vamos procurar

entender como

adicionar mais

canais auxiliares e/

ou de efeitos no

Ableton Live

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

L I V EL I V ECANAIS AUXILIARES E DE EFEITOS - BUSSES

pode ainda executar o mesmo procedi-mento clicando com o mouse na áreacentral da janela (Drop file and Deviseshere) ou ainda na barra de tarefas Crea-te/Incert ReturnTrack.Até o presente momento, o AbletonLive permite a criação de 12 ReturnTracks (A ~ L) ou Busses auxiliares.Pode parecer pouco à princípio, maslembre-se que em cada track você podecriar Chain ou grupos de efeitos emcada Return Track e ainda redirecionaresses Busses para outros canais de áudio.Explanaremos mais sobre esse assuntoem matéria futura.Repare que à medida que você adicionaReturn Tracks, um novo botão Sends apare-ce no Audio Track e também no ReturnTrack (em cinza, não habilitado aqui). NoMaster track você pode habilitar Post/PréFader conforme a sua necessidade (clicandono botão fica amarelo ou laranja).Agora vamos adicionar algum efeitopropriamente dito. O Ableton Livetraz em seu pacote básico um verdadei-ro arsenal de efeitos. Basta que vocêarraste esses efeitos para o seu track eshazan!, está pronto para usar. Claroque o programa também permite o usode plug-ins VST!Tecle Ctrl+Alt +B (no PC), ou Opt+-Comm+B (no Mac), para acessar o Browser,Adicionando return Track

Page 67: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

67

ou simplesmente, com o mouse, cli-que no canto superior esquerdo emum triângulo cinza (bem ao lado do 1MIDI track). Esse triângulo é o seletorpara abrir/fechar o Browser.

Vamos ao Browser com o mouse emCategories, Audio Effects/Reverbs/Large Hall.adv (o último na ima-gem). Selecione com o botão direito(mantenha o botão apertado, técni-

ca básica de arrastar documento) earraste em cima de um Track (aReturn, no nosso caso). Você podeusar esse procedimento para arrastarqualquer coisa do Browser list.

Basta arrastar o FX Escolhendo reverb FX

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ABLE

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LIVE

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68

Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

Experimente por conta própria edesbrave o Ableton Live. Aos pou-cos estaremos explanando os mean-

dros desse versátil software e certa-mente suas dúvidas serão sanadas.Acima, eu já arrastei o Reverber –Large Hall.adv para o canal AReturn (penúltimo da direita na

No Ableton, você arrasta o efeitopara um local específico da janela (veja assetas em vermelho) ou seleciona um localou Track e dá duplo click no efeito

““

imagem) e enderecei o Botão A noSends do Canal 1 Audio (que apare-ce aqui com o primeiro à esquerda).

Repare que o botão “A” está metadelaranja (50%) e o canal de Return (àdireita) já acusa o endereçamento.Posteriormente, arrastei outrosefeitos (Chorus, Compressor) e um

Large Hall

clip (loop em 1 Audio) como nossafonte de áudio. No Ableton, vocêarrasta o efeito para um local espe-cífico da janela (veja as setas emvermelho) ou seleciona um local ouTrack e dá duplo click no efeito se-lecionado na lista do Browser. En-tão esse já aparece no Track.Para Clips, Loops e MIDI, ao usar a téc-nica de duplo click, o Ableton Livecria um novo Track correspondente.Basta selecionar qualquer área su-perior do Track (nos clips ou nome -1 Audio, por exemplo), que o efeitoou device do track aparece noDetail View em uma área retangular(janela), na parte de baixo do Ses-sion ou Arrangement View.Tecle Ctrl+Alt+L (no PC), ou Opt-+Comm+L (no Mac), ou no triângu-lo cinza no canto inferior direito paraabrir ou fechar o Detail View.É isso amigos, agora é só uma ques-tão de musicalidade e criatividade.Configurem suas mandadas e Fxs edivirtam-se com o Ableton Live.Revejam as matérias anteriores paraacompanhar melhor esse tema.

Repare Boton Send Send no Audio Channel tambem

Selete O Track para editar FX

Page 69: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

osso balcão Steinberg este ano fi-cou inserido no stand da Yamaha e

o formato de palestras abertas dos anosanteriores foi substituído pelo atendi-mento específico a cada visitante. Nafoto principal vemos a divisão em 2 se-ções: 1) Home Studio com o setup (àminha direita) que descreverei a seguire que foi o maior foco das visitas; 2)Sistema NUAGE (à minha esquerda),que já descrevi na edição passada naBroadcast & Cable.A diversidade de demandas de tecnolo-gia e de configurações trouxe para a feiraum grande leque de usuários à procura desoluções tecnológicas. O crescimentodos estúdios de edição e finalização deáudio em rádios, web rádios, emissoras de

N

CUBASECUBASE77

Olá amigos,

Conforme citei na edição passada, iríamos dar sequência

aos temas da Broadcast & Cable falando sobre a nova

norma de regulamentação EBU R-128 para níveis

sonoros e sua implementação no Cubase 7 e no Nuendo 6.

Mas nesse meio tempo a temporada de feiras nos trouxe a

Expomusic e decidi adiar para a próxima edição nossa

exposição sobre a norma para fazer um relato do que foi a

Expomusic pra nós este ano. Assistam também minha

entrevista ao portal Guitarshred http://

www.guitarshred.com.br/entrevistas/109-entrevista-com-

marcelo-dalla-home-studio para complementar o que

vamos ver aqui neste artigo e adicionem o facebook

cubasebrasil para estarem sempre em contato.

EXPOMUSICEXPOMUSIC2013Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

Page 70: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

TECN

OLOG

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com

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70

Figura 5 - CM

C C

H C

ontrole de canal

Figura 4 - CM

C A

I Advanced Integration

Figura 3 - CM

C TP Transport C

ontroller

TV, web TV, produtoras de vídeo e também dos estúdiospessoais de músicos e produtores criou uma demandaque estamos atendendo com softwares e equipamentosde uma maneira compacta, eficiente e de excelente cus-to-benefício. Simulamos na bancada um estúdio abran-gendo todas as situações possíveis para as necessidadesdeste público. Preparamos sessões de trabalho paraexemplificar e apresentar não só as possibilidades doCubase 7, como também a integração com hardware econtroladores. Vamos aos detalhes.

Já falamos aqui em nossos tutoriais sobre os inúmerosrecursos do mixer do Cubase 7 (Figura 1). Este mixertrouxe todas as possibilidades de um console físicopara dentro do software. No ambiente de estações derádio e TV ou produtoras, a presença da mesa de somera uma constante e a verba destinada a ela era a mai-or porção do montante do estúdio. Este conceitomudou. A implementação do mixer do Cubase 7 ali-ada aos controladores CMC da Yamaha Steinbergtrouxe um novo formato para inúmeras configura-ções e necessidades.O mixer virtual integrado ao software e controladopelos CMCs permite total liberdade no roteamento.Entradas e saídas de áudio, auxiliares, efeitos, moni-toração, enfim... tudo é configurável de acordo comas características de cada estúdio. O mixer integradoaos processos de gerenciamento de arquivos e de edi-ção permite extrema velocidade de produção efinalização em ambientes de rádio e TV. A automaçãonão só de faders, mas de todos os parâmetros dentrodo software permite agilidade e qualidade final namixagem. A criação de sessões de trabalho padroni-zadas com os plug-ins nativos de compressão, equali-zação e reverb já inseridos define o conceito decustomização aplicada a cada situação específica doambiente de trabalho. O conceito agora é de solução

integrada. Neste conceito, os controladores e ainterface de áudio assumem papel importantíssimo,pois são a interface física do usuário com o softwaresubstituindo a presença da mesa de som.

CONTROLADORES

Os controladores da linha CMC são modulares e per-mitem que os comandos do estúdio sejam custo-mizados de acordo com suas características.Vamos ver cada um deles:CMC FD - Controle de Faders.Figura 2. Controla os faders domixer virtual do Cubase 7. Até4 placas podem ser conectadas si-multaneamente controlando 16faders. Deslocam-se os faders disponí-veis ao longo do mixer do Cubase emgrupos ou de um em um com muita prati-cidade. Sensibilidade ajustável. Muito con-forto no trabalho de mixagem com a mesmasensação de pilotar o console.CMC TP – Controle de Transporte.Figura 3. Controla todas asfunções de execução e grava-ção de sessão de trabalho(play, stop, rec), marcação depontos de referência e desloca-mento na timeline. O Slider nocentro da placa permite ajuste rápidode zoom e posicionamento de cursor.Permite também a customização de 4 bo-tões de comando a qualquer função dosoftware (menus, submenus, troca de ferra-mentas de edição etc.).CMC AI – Advanced Integration.Controle genérico avançado. Fi-gura 4. Basta que você aponte omouse (sem clicar) a qualquerparâmetro do software (pan,controle dos plug-ins, controlesde instrumentos virtuais) que oknob da placa passa a atuar sobre o queestá sob o mouse. Praticidade total emedição e mixagem. Para os DJs que usamsoftware é controle na performance de filtrose parâmetros. Além disso, a placa funcionacomo controle de volume de monitoraçãono estúdio e de deslocamento decursor na timeline. Permitetambém a customização de 4botões de comando a qual-quer função do software (me-nus, submenus, troca de ferra-mentas de edição etc.)CMC CH – Channel Controller.Controle de canal. Figura 5. Todos oscomandos de canal estão disponíveis fisi-

Figura 01 - Mixer visão geral

Figura 2 - CM

C FD

fader Controller

Page 71: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

Figura 6 - CM

C Q

C Q

uick Controller para plugins e instrum

entos virtuais

camente. Per-mite também acustomização de 8botões de comandoa qualquer função dosoftware (menus, sub-menus, troca de ferramen-tas de edição etc.)CMC QC – Quick Controller.Figura 6. Usa os quick controlscustomizáveis para parâmetros deplug-ins (compressores, equalizadoresetc.) ou instrumentos virtuais tornando-os físicos atra-vés dos 8 knobs. Exemplos: Threshold, ratio de compres-sores, filtros e ressonância em sintetizadores virtuais etc.Permite também a customização de 8 botões de comandoa qualquer função do software(menus, submenus, troca de fer-ramentas de edição etc.)CMC PD – Pad Controller.Figura 7. A princípio projeta-da para performance de per-

cussões virtuais noestilo MPC com

curvas de veloci-dade ajustáveis, a

CMC PD tambémpode ser usada cus-tomizada como atalhoa 16 funções diferentesdo software (menus, sub-

menus, troca de ferramentas de edição etc.)

INTERFACES

Como interface de áudio multicanais, demonstrei naExpo a UR-824 da Steinberg (Figura 8). Possui 8 canaisde entrada e saída de áudio com os excelentes prés daYamaha D-PRE. Podemos ter até 3 unidades traba-lhando juntas totalizando 24 canais físicos de I/O. Des-

Figura 7 - CM

C PD

Pad Controller

Figura 8 - Interface UR-824

Page 72: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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ta forma, o número de ca-nais físicos pode ser ade-quado às necessidades do es-túdio sem o desperdício quemuitas vezes acontece na a-quisição de mesas de som.Exemplo: se numa web rádiovocê tem dois microfones paralocução e entrevistas, dois ca-nais de link externo, microfo-nes de estúdio ou linha e seissaídas de áudio sendo duas paramonitoração, duas para pro-gramação final e quatro auxili-ares; somente uma UR-824 já resolve o problema.Se o sistema crescer em necessidade de mais canais soma-se outra UR-824, e assim por diante até três unidades. En-tão, pra que investir numa mesa de 24 canais que custatrês vezes mais, que possui um modo de operação não in-tegrado, diferente do software e que ainda demandaaprendizagem adicional para o técnico? A UR-824 per-mite integração completa com o Cubase com latênciazero na gravação. Possui processadores de efeito internoscomo reverb e compressores. A monitoração pode estarcom estes efeitos sem utilizar o processamento do com-putador. Ela aparece na foto principal da nossa bancadana Expo logo abaixo do laptop.

A interface UR-28M (Figura 9) também esteve naEXPO 2013. Tem a mesma implementação de prés eefeitos da UR-824, porém com 4 canais de entrada (2Mic/Linha e 2 Linha) e 6 canais de saída. Excelenteopção para home studios e web rádios que não necessi-tem de mais do que 4 canais de gravação.

MONITORES

Não existe o conceito de estúdio sem monitoraçãoadequada. Foi uma grande procura na Expo por solu-

ções de monitoração. Lançamos na feira a nova sérieHS da Yamaha (Figura 10). Na sequência histórica dalendária NS 10 M de referência, as HS 5, 7 e 8 polega-das trouxeram novidades nos projetos das predeces-soras HS 50 e 80. Novo circuito divisor e upgrade deprojeto resultaram em mais linearidade de resposta. AHS 7 é a grande novidade, pois não possuía versão ante-rior. É perfeita para estúdios em pequenos ambientes,pois não é tão grande quanto a HS 8 e tem uma excelen-te resposta de graves. É o modelo que aparece na fotoprincipal da nossa bancada compondo nosso home naExpo 2013. Durante a feira fizemos algumas audiçõespossíveis dentro daquele ambiente sonoro da Expo

que vocês devem ter notícia. Mesmo assim as HS 7 fa-laram bonito com pressão e definição. Na categoria de5 polegadas, a HS 5 vem equipando um grande númerode estúdios já na largada. Combinando tamanho com-pacto e resposta, é a preferida de home studios e DJs.

TECLADO CONTROLADOR

Também lançado na Expo 2013, o MX 49 (Figura 11)combina tudo o que um controlador compacto de es-tação de trabalho com 49 ou 61 teclas deve ter:

Figura 9 - Interface UR-28M

Figura 10 - HS 8, 7, 5 e sub 8s Yamaha

Page 73: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

Para saber online

integração total com o Cubase emcontroles essenciais para produçãomusical, timbres próprios deriva-dos do Motif e ainda uma placa in-terna de som para executar o áudiogravado no Cubase e os instrumen-tos virtuais. Muito leve e de excelen-te ergonomia, o MX 49 reúne o to-que confortável da antiga linha KXcom timbres do Motif e controlesintegrados do Cubase. Também apa-rece no nosso home Expo 2013 nafoto principal.E assim, com este setup, pudemosconversar bastante com nossos vi-sitantes. Muitos deles levaram des-

[email protected]

www.ateliedosom.com.brFacebook: ateliedosom | Twitter:@ateliedosom

tas conversas soluções para seusestúdios. A Expomusic tem estafunção: informação, valiosa in-formação. Depois de muitosanos na feira, percebo queesta necessidade de informa-ção aumenta a cada edição.

A disponibilidade de equipamen-tos de inúmeras marcas para estú-dios é enorme. Basta ver pelamonstruosidade da feira. A verda-deira e grande carência é de infor-mações para comprar certo, con-ciliando necessidades, destinaçãodo estúdio e custos.Ao longo de muitos anos comoconsultor e engenheiro, estou cer-to de que este é o exercício maisdoloroso para quem está montan-do ou configurando um estúdio:decidir qual e por que comprarcada equipamento e estudar exaus-tivamente como funcionarão jun-tos para que não se perca um cen-

tavo. Fica aqui uma valiosa dicapara todos vocês que inevitavel-mente vivenciam (diariamente)este exercício doloroso das esco-lhas: caro é o que se compra errado.Obrigado a todos que nos visitaramno stand Yamaha Steinberg na Ex-pomusic 2013. Mantenham conta-to. Estou à disposição para continu-armos nossos papos técnicos e ar-tísticos. Grande abraço!

Figura 11 - MX 49 Teclado Controlador

Page 74: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

REPO

RTAG

EM|

www

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ge.c

om.b

r74

ntre os dias 18 e 21 de setembro,

aconteceu a 30ª edição da Expo-music, no Expo Center Norte, em São

Paulo, e a Backstage participou pela 18ªvez na feira da música fazendo do seu

estande um dos principais pontos de en-contro entre os profissionais de áudio

e iluminação, lojistas, músicos, aficio-nados em música e público em geral.

Nesta edição, o estande da Backstagetambém foi o local do lançamento do

livro de Robertinho Silva, Se a minha

bateria falasse, editora H.Sheldon. O

percussionista, em parceria com o jor-nalista Miguel Sá, lançou sua autobio-grafia na sexta-feira, dia 20, recebendo

[email protected]

Fotos:Ernani Matos / Divulgação

E

BACKSTAGENA EXPOMUSIC

amigos e fãs no estande da Backstage

durante uma tarde de autógrafos.Uma das maiores feiras de instrumentos

musicais e produtos de áudio e ilumina-ção, a feira da música vem contando com a

parceria de diversas publicações espe-cializadas e voltadas para esses setores ao

longo de duas décadas. A Backstage estevepresente em quase todas as edições e é co-

nhecida por reunir em seu estande pro-fissionais de diversas áreas que compõem

o show business, como músicos, produto-res, técnicos e engenheiros de áudio e luz,

além de empresas e lojistas.Confira ao lado alguns momentos doque aconteceu no estande.

Backstage marca

presença na 30ª

edição da

Expomusic

2013

Page 75: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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Page 76: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

CADERNO ILUMINAÇÃOVI

TRIN

E IL

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76 ROBIN MINIMEwww.robe.cz

Recente ganhador de um Prêmio PLASA à Inovação, o

MiniMe é um aparelho de iluminação de efeitos com a adi-ção de completa saída de vídeo, ideal para bares, clubes, res-

taurantes e revendas de iluminação. Este pequeno e rápidomoving light possui uma fonte de LED com vida média útil

de 20.000 horas. Cores, gobos e formas de facho são total-mente criados, digitalmente, através do micro media server

interno. Desenhos personalizados, fotografias e vídeostambém podem ser simplesmente transferidos para proje-

ção, enquanto que vídeos ao vivo podem ser transmitidosatravés da entrada HDMI.

XLED 1037www.proshows.com.br

Elegante, portátil, leve e prático o XLED 1037 possui 37

LEDs de 10W (RGBW) CREE americanos. As vantagensadicionais se destacam com o CTO de 3200k a 10000K e o

controle wireless DMX com 24 canais que permite acessofácil e rápido para todos os equipamentos PR. O XLED

1037 conta com sistema de zoom com ângulo variável de13° a 52° e é um moving head que proporciona um show de

luminosidade, com mais brilho e durabilidade. A vida útildo LED pode chegar a 50 mil horas. O produto ainda vem

com velocidade ajustável, com mecanismo de bloqueio,velocidade dos coolers ajustadas automaticamente e mo-

vimento Pan Pan 540° - Tilt 270° com correção de posi-ção automática.

PLS - SCAN 320 3Dwww.proshows.com.br

A Linha de Laser PLS está totalmente renovada e comefeitos incríveis, inclusive em 3D. O destaque fica por

conta do Laser SCAN 320 3D. Uma revolução em efei-tos especiais para seu evento. Este projetor combina uma

saída de laser de 320mW, criando incríveis efeitos que si-mulam gráficos tridimensionais em combinações de co-

res. Funciona tanto no modo automático, ativação so-nora, Master/Slave ou ainda por DMX. O aparelho, além

de ser super leve (pesa apenas 1,87kg), tem ainda fontede alimentação bivolt, efeitos sincronizados com a mú-

sica, laser vermelho (150mW), laser verde (50mW) elaser azul (120mW).

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77

Page 78: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

CADERNO ILUMINAÇÃOIL

UMIN

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78

esse contexto, a sensibilidade do

Lighting Designer no desenvolvi-mento de um projeto de iluminação -

elaborado de maneira tal que consigatransmitir as emoções sugeridas pelas

N canções ou por um roteiro, sendo elas(as emoções) sintonizadas com o tema/

conceito, ou mesmo diferentes disso,para sugerir outras sensações, estimu-

lantes ou relaxantes -, envolverá mui-

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

RAZÃO E SENSIBILIDADECezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

Na conversa

anterior, a

iluminação cênica

era analisada por

meio de percepções

múltiplas,

relacionadas a

interações e

intervenções da luz

na dinâmica de

palco, direcionadas

aos elementos da

cena – músicos,

cenários,

equipamentos e

também ao público

– resultando em

diversas sensações,

próprias das

reações e emoções

transmitidas pela

luz e recebidas

pelos diversos tipos

de públicos.

Figura 1: Show da banda canadense Rush - Clockwork Angels’ World Tour (2012)

Fonte

: P

rod

uctio

n D

esi

gn

In

tern

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na

l In

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lga

çã

o

Page 79: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

79

tos critérios e referências que formam o repertório profis-sional desse designer. O repertório será naturalmente evo-

luído com as experiências anteriores, observação, curiosi-dade e mesmo afinidades e interesses pessoais.

Essa sensibilidade se desenvolve também a partir das possi-bilidades e da liberdade que o profissional responsável pelo

projeto tem na elaboração e criação, assim como também nabusca de alternativas e soluções, percebidas e implantadas, e

também na interação com todos os envolvidos na produçãode um show, um espetáculo ou um festival. Nessas trocas –

muitas vezes ocorridas com conversas informais e até mes-mo sugestões despretensiosas -, aprendizados, conhecimen-

tos e experiências se somam e até se multiplicam e os resul-tados se tornam ainda mais fascinantes, diversificados e re-

pletos de nuances e significados.Nota-se assim que a sensibilidade requer tempo, matu-

ração e experiências. Além desses elementos que são com-plementares, adicionam-se determinados conhecimen-

tos, gerais e específicos, que configuram a base de referên-

cias, influências e simbolismos que conduzem um projetis-ta a pesquisar, desenvolver e aprimorar o seu repertório.

Estudos relacionados às manifestações artísticas – sejamelas vinculadas à arquitetura, pintura, escultura, além da-

quelas diretamente atreladas aos espetáculos, como a mú-sica, teatro e dança -, conferem ao profissional projetista

um conjunto praticamente ilimitado de possibilidades epercepções. A essas formas de Arte não se pode omitir a

fotografia e o cinema, que traduzem expressões significati-vas da interação entre iluminação, conceito e resultado.

Se a sensibilidade evidencia cada profissional Lighting

Designer de forma única, pela sua história de vida, diferen-

ciada pelo desenvolvimento de repertórios e experiênciasincomparáveis, é justamente na formação técnica, metódi-

ca e racional que se destacam as qualificações dos profissi-onais que apresentam vantagens competitivas distintas,

por terem percepções e concepções artísticas singulares,aliados aos métodos e técnicas utilizados de forma a trans-

formar conceitos e ideias em figuras, formas e sensaçõesvisuais ímpares.

(..) é justamente naformação técnica, metódicae racional que se destacamas qualificações dosprofissionais ...

““

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Assim como destacado na con-versa anterior (“Iluminação Cê-

nica: percepções... à luz dos

olhos!!!”, publicada na edição

de outubro de 2013), o estudodos formatos, dimensões, textu-

ras e principalmente cores já re-presenta uma das qualificações

necessárias à compreensão dassensações e emoções proporcio-

nadas pela iluminação cênica.Mas esse estudo não basta; há

necessidade de outros conheci-mentos, específicos, para a pro-

dução dos melhores resultados.Assim, além dos conhecimentos

necessários à melhor reproduçãode cores pelos instrumentos de

iluminação cênica, caberá aoLighting Designer a compreensão

de outros, que envolvem teoriase aplicações da Física, análises e

técnicas fotográficas, compreen-são e aprimoramento de conhe-

Figura 2: Show da banda americana The Black Keys – Lollapalooza 2013 - Jockey Club de São Paulo

Fonte: Cezar Galhart / Divulgação

Page 81: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

81

cimentos sobre a cenografia, e comisso, o desenvolvimento de condi-

ções ao melhor controle das pro-priedades da iluminação cênica.

Aos conhecimentos mais técni-cos, algumas teorias podem ser fa-

cilmente experimentadas e perce-bidas na prática do dia a dia de um

projetista, na implementação deum projeto com os recursos mais

elementares: uma mesa contro-ladora, o uso de dimmers e a insta-

lação de alguns instrumentos deiluminação – tais como refletores

para lâmpadas do tipo PAR 64.Nesta configuração, cabe aos dim-

mers a variação da intensidade debrilho das lâmpadas utilizadas nos

refletores (halógenas com 1000Wde potência), de forma a regular,

com percentuais diferentes, e geraro total de intensidade luminosa –

que poderá provocar efeitos visu-ais diversos, com destaque, con-

traste e até cansaço visual. Cabe aoprojetista, desta maneira, a aplica-

ção correta desses recursos, paraassim proporcionar predominan-

temente um maior conforto visualpara os públicos participantes/

expectadores, em contraposiçãoaos momentos nos quais, intenci-

onalmente, há mais intensa expo-sição da luz na cena, mas em con-

textos (e momentos) específicos(para destaque, ou mesmo em al-

guns trechos ou partes nos quais odesenvolvimento do espetáculo

requer algo surpreendente ou ca-tegórico – o auge de uma canção,

por exemplo).Outro recurso técnico muito ex-

plorado – e diversas vezes mencio-nado nas conversas sobre a Ilumi-

nação Cênica, publicadas na Re-vista Backstage – está relacionado

ao direcionamento ou valorizaçãodos objetos ou elementos de uma

cena. Muitas vezes atribuídos aostipos ou técnicas de iluminação

(comumente identificados destamaneira pelos estudos de Design

de Interiores e Arquitetura), sãoamplamente utilizados de forma a

configurar uma estrutura de ilu-minação, posicionando os instru-

mentos com o intuito de produzirefeitos, acentuar formas e dimen-

sões, adicionar sombras, provocarsensações e uniformizar a luz em

determinados elementos e super-fícies (tais como cenários).

Nisso, o direcionamento da luzprovocará sensações e percepções

sempre intencionais, pois há, evi-dentemente, uma valorização de

elementos, formas e objetos. Sur-gem então sistemas de direcio-

namento de luz a partir de diversasfontes luminosas, como o Down-

lighting (direcionada de cima parabaixo – com o enaltecimento de

Page 82: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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Para saber mais

[email protected]

“Aos conhecimentos

mais técnicos,

algumas teorias

podem ser

facilmente

experimentadas e

percebidas na

prática do dia a

dia de um

projetista, na

implementação de

um projeto com os

recursos mais

elementares: uma

mesa controladora,

o uso de dimmers e

a instalação de

alguns

instrumentos de

iluminação

formas e superfícies, tais como mesas ouinstrumentos e equipamentos musicais

estáticos), Uplighting (direcionada de bai-xo para cima – causa um efeito dramático,

pelo destaque de expressões faciais, for-mas e elementos ao contrário de outros,

omitidos pelas sombras), Frontlighting(iluminação frontal – fundamental para a

visibilidade necessária aos artistas e prin-cipalmente ao público, para melhor

percebê-los), Sidelighting (iluminação pro-veniente das laterais – também valoriza

contornos e igualmente proporciona va-lorização das expressões e drama aos ele-

mentos da cena) e Backlighting (contra-luzes – delimitam o espaço do palco/cena

de forma a também proporcionar tridi-mensionalidade às formas).

Finalmente, as dinâmicas do movimen-

to, identificadas pela interação entre os

recursos anteriores (cor, intensidade etécnica – pelo direcionamento da luz), de

maneira sincronizada e mapeada no tem-po e espaço, ou realizada intuitivamente.

As relações entre tempo e ritmo seunem às mudanças de direção, cores e

elementos de uma cena, transformandoos espaços físicos do palco, pelas cons-

tantes alternâncias de claridade e escu-ridão, além da mobilidade visual, seja

ela provocada pelos artistas e músicosque se deslocam e interagem com a es-

trutura da cena, seja pelas alteraçõespropiciadas pela iluminação, com a uti-

lização de instrumentos e cores diferen-tes, e pela velocidade de comutação

(acionamento/desligamento) das fon-tes luminosas.

Cada um desses assuntos será novamen-te explorado, oportunamente, sendo vi-

tais na elaboração de conceitos, pois sãorequisitos fundamentais para todo pro-

jeto de iluminação cênica, de tal maneiraque um espetáculo seja concebido a par-

tir de diversas referências, sugeridas ousolicitadas pelos artistas e suas equipes

de produção, ou mesmo inspiradoras aodesenvolvimento de propostas diferen-

ciadas e surpreendentes.Muitos desses aspectos não são sequer

identificados pelo público, que presenci-am os shows e espetáculos com uma

pluralidade de percepções e interesses,de maneira inimaginável. Mas, muitos

desses recursos são sentidos, experimen-tados com sutileza, revelados ao público

quase inconscientemente; seletivamen-te, destacam emoções, mensagens e mo-

tivos, dos quais muitas são as razões quetransformam apresentações em realiza-

ções espetaculares, shows em aconteci-mentos memoráveis, imagens em regis-

tros definitivos que só a sensibilidade dailuminação cênica poderia proporcionar.

Abraços e até a próxima conversa!

Figura 3: Sidelighting – Show do cantor e músico Bruce Springsteen – Rock in Rio 2013

Fonte

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oram três dias de muita movimenta-ção nos estandes e no auditório que

abrigou uma série de palestras com pro-fissionais no setor. A feira recebeu cerca

de 4 mil profissionais e apresentou asnovidades e soluções de 40 marcas em

lâmpadas especiais, iluminação resi-dencial, comercial, arquitetônica e de es-

F

A quarta edição da Lighting Week Brasil, que reuniu

as principais marcas de iluminação profissional e de

espetáculos, movimentou cerca de R$ 50 milhões em

negócios imediatos e futuros, de acordo com Estéban

Risso, presidente da ABRIP (Associação Brasileira de

Iluminação Profissional). O valor é equivalente a 40%

do faturamento anual do setor, estimado em

R$ 140 milhões para 2013.

LightingWeek BrasilLightingWeek Brasil

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Divulgação

Karmann Ghia ficou exposto emcima do praticável comprovando

capacidade de suporte de peso

2013

Page 85: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

85

petáculos, decoração e automação,projeções, painéis e fitas em LED,

mesas de controle de luz, refleto-res, balizadores, ecolâmpadas e ca-

nhões de luz.Um dos destaques da feira foi o pal-

co de cristal trazido pela Gobos doBrasil. O praticável de palco Genial

sustentou uma réplica de um Kar-mann Ghia 1968 branco para com-

provar a capacidade de suporte depeso do sistema. “Utilizamos como

tampo cristais temperados com 120x 60 cm com 1,2 cm de espessura, o

que permitiu colocarmos um veícu-lo pesando cerca de uma tonelada

sobre eles”, explica Esteban Risso,diretor comercial da empresa.

Outra empresa que levou novidadefoi a Hot Machine, que apresentou

o primeiro moving head impermeá-vel do mundo: o G-Spot, da SGM.

O produto atende a uma demandarecorrente no mercado para aliar

precisão, intensidade e resistência.Características como potência de

850W RGB LED, maior controle defoco de alta velocidade, íris rápida e

precisa, built-in com efeitos dinâ-micos e funções de aceleração são os

destaques do equipamento.A Red Lighting também esteve

presente na LWBR e levou o con-ceito italiano à feira. As novida-

des deste ano ficaram por conta doPixel Flood, um painel com 16

LEDs de 30W, o Canhão EYE, de400W e que é capaz de emitir uma

luz seguidora a uma distância de 50metros, e o painel LED RGBW

IP65, que possui 54 LEDs de 3W e éresistente à água.

PALESTRAS

Tradicional atração da LightingWeek Brasil, o ciclo de palestras

reuniu mais uma vez os principaisexpoentes do mercado de ilumi-

nação profissional e de espetácu-los do Brasil e do exterior. No to-

tal, foram 12 horas de apresenta-ções concentradas nos dois pri-

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meiros dias do evento. Nesta edição, osvisitantes puderam acompanhar pa-

lestras gratuitas de especialistas comoAlê Rocha, Carmine D’Amore, David

Bosboon, Guilherme Bonfanti, JamileTormann, Naldo Bueno, Nezito Reis,

Osvaldo Perrenoud e Valmir Peres, en-tre outros.

A abertura do ciclo de palestras daLighting Week Brasil 2013 ficou com

Pedro Dultra - iluminador graduadoem Artes Cênicas com ênfase em dire-

ção teatral -, que fez o lançamento deseu livro sobre a profissão, denomina-

do Em Cena, O Iluminador. A obraaborda o caminho trilhado por Dultra

até ganhar o edital Seminaluz para apublicação, passando pelos primeiros

momentos de concepção do tema domestrado, a experiência como assis-

tente e ainda como seus trabalhos assi-nados durante o processo ajudaram a

determinar os assuntos abordados.Com a palestra “Automação de Som,

Luz e Imagem”, os profissionais JoséLeme Walther Neto e o iluminador

Sérgio Korsakoff fizeram sua apresen-tação no primeiro dia do Ciclo de Pa-

lestras e Debates da Lighting WeekBrasil 2013. A ideia dos palestrantes

foi expor as facilidades de um sistemade automação, que permite criar shows

padrões envolvendo diversos elemen-tos – como luz, som, água, fogos, entre

outros –, e eliminando a necessidadeda interferência humana. Ideal para

espetáculos com diversas apresenta-ções, onde a precisão é essencial, esta

tecnologia possibilita eliminar qual-quer erro que possa acontecer pelo

fato de que o humano trabalha com anoção rítmica. Outro atrativo é a alta

personalização não pelas opções deprogramação, mas também na forma

de trabalho. Korsakoff alertou que énecessário saber quando usar a auto-

mação. Como exemplo utilizou os gru-pos de pagode, onde a improvisação de

falas é constante e o profissional se tor-na indispensável não só para criar, mas

também para acionar a programação.A quarta apresentação do Ciclo de Pa-

lestras da Lighting Week foi proferidapor Guilherme Bonfanti, que trouxe o

tema “O design de Luz no Teatro daVertigem; 20 anos entre o low e o high

tech”. Resgatando o trabalho feito emuma época onde não havia muitas

tecnologias, Bonfanti demonstrouque é possível fazer boas produções

com poucos recursos.A abertura do segundo dia do ciclo de

Palestras e Debates da Lighting WeekBrasil 2013 ficou sob responsabilidade

de Rob Steel – técnico de iluminaçãoprofissional conhecido no cenário in-

ternacional –, que falou a sobre “Tec-nologia de Programação e controle em

consoles LSC”.Steel falou sobre as últimas tecnologias

apresentadas pela empresa australianaLSC, que atua no mercado de iluminação

com produtos que atingem estabeleci-mentos como hotéis, espetáculos, clubes,

igreja e TV desde os anos 1980.O Ciclo de Palestras e Debates da Ligh-

ting Week 2013 abriu para debates como tema Um proposta de criação em projetos

de iluminação, incluindo os profissionaisdo setor Valmir Peres, Osvaldo Perre-

noud, Naldo Bueno e Jamile Tormann.O primeiro a falar sobre projetos foi Os-

valdo Perrenoud, que apresentou o tra-balho feito na Arena Grêmio. Para a

concepção de suas ideias, Perrenoudreuniu elementos do escudo do time,

como as cores utilizadas: ciano, preto,branco, amarelo e dourado.

Equipe da Robe

“A abertura

do ciclo de

palestras da

Lighting Week

Brasil 2013 ficou

com Pedro Dultra -

iluminador

graduado em Artes

Cênicas com

ênfase em direção

teatral -, que fez o

lançamento de seu

livro sobre a

profissão

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O iluminador Naldo Bueno ex-

plorou o processo de criação, de-senvolvimento e execução de um

de seus projetos: a Jornada Mun-dial da Juventude. Segundo o

palestrante, uma das peças-cha-ve para o sucesso de uma produ-

ção de grande porte é ter equipeformada por profissionais. Naldo

escolheu trabalhar com cores,algo que difere do trabalho feito

em Madri, onde os tons pastel ti-veram força. Com um palco ver-

melho e branco, a produção ga-nhou destaques em diversos mei-

os de comunicação. Para o desen-volvimento da iluminação de ou-

tros pontos da cidade, foi neces-sário muito trabalho, incluindo

projetos em 3D que eram envia-dos ao Vaticano para aprovação.

O iluminador Valmir Perez abor-dou o projeto de iluminação feito

para o espetáculo Corpus do De-partamento de Artes Corporais

do Instituto de Artes da Uni-camp, com direção de Teresa Ra-

nieri. O objetivo de sua palestrafoi discutir alguns assuntos que

possam levar à reflexão. SegundoPerez, apesar da produção ser pe-

quena, ela serve como uma formade reconhecer coisas positivas e

negativas. Com a linguagem vi-sual –luz , cenografia, adereços –,

Perez buscou criar um mundoharmônico para o resultado fi-

nal. No processo de desenvolvi-mento do projeto, a partir dessas

informações adquiridas, algunssoftwares que facilitam a visua-

lização do trabalho, como o 3DMax, foram utilizados.

A lighting designer Jamile Tor-mann participou do Ciclo de Pa-

lestras e Debates da LightingWeek Brasil 2013 narrando como

foi desenvolvido o projeto docentenário do Boi Caprichoso no

Festival de Parintins. Com oconceito do resgate da tradição

do Boi Caprichoso, e também de

seu rival – o Boi Garantido –,

muito desafios foram enfrenta-dos no espetáculo. Um deles foi

a limitação na paleta de corescom o azul, branco e preto, já

que o outro animal se identifica-va pelo vermelho.

Alê Rocha, técnico em ilumina-ção e proprietário da Luminaire

Assessoria e Serviços de Ilumina-ção Profissional, fez a quinta

apresentação do Ciclo de Pales-tras e Debates da Lighting Week

Brasil 2013, discorrendo sobreLuz, Festa, Ação, Projetos e Tec-

nologia. Rocha contou sobre suaexperiência na concepção de pro-

jetos para grandes shows e festi-vais, e o papel da tecnologia na

criação de novos projetos. Paraele, é importante criar uma nova

percepção que estimule os senti-dos do público, o que tornará o

momento especial e diferente.Outro assunto importante foi a

relação entre os pixels e o LED.Com a percepção da utilidade da

nova tecnologia, abrem-se novaspossibilidades para a criação de

novos sistemas e shows. “O LEDnão é mais um iluminador, agora

ele está se transformando em umelemento iluminado”, explica.

Para finalizar, o profissional deupequena amostra do trabalho de

iluminação feito com os soft-

wares de criação de shows. O

americano David Bosboom falousobre as mais novas tecnologias

que atualmente fazem a diferençatanto em espetáculos como na

arquitetura de cidades em todo omundo. Bosboom narrou um dos

fatos mais importantes para elecomo profissional. “A tecnologia

e os brinquedos que usamos quan-do trabalhamos estão sempre mu-

dando, ou seja, iluminadores têmque estudar sempre, para explicar

aos diretores como eles podemajudar seus espetáculos”, conclui.

Nezito Reis encerrou o Ciclo dePalestras e Debates da Lighting

Week Brasil 2013, trazendo Vida e

Luz, Eu Também Venci. Na apre-

sentação, Reis relembrou as pes-soas que contribuíram de alguma

forma para sua vida profissional.Durante a palestra, Reis exibiu o

vídeo da peça “A Conquista”, deMin Tanaka, apresentada no Tea-

tro Sérgio Cardoso, da qual fez otrabalho de iluminação.

Ele comentou sobre algumas dastécnicas utilizadas na produção,

os tipos de iluminação e a razãode tê-las escolhido. Para finali-

zar, foi apresentada uma máquinautilizada no início do século pas-

sado. Na experiência, Nezitomostrou como o sal pode afetar a

intensidade da luz.

Esteban Risso, João Alonso e Amanda Albuquerque

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em sempre um palco apresenta to-das as proporções que o iluminador

gostaria para projetar suas ideias. Umadas saídas é adaptar. Foi o que aconteceu

com o projeto de iluminação para a gra-vação do DVD Liberta-me, de Fernanda

Brum, no Credicard Hall, em Recife.Adaptar também significa, em determi-

nados casos, sacrificar algumas ideias.No entanto, neste projeto, Heitor

Wyatt e Julio Sunderhus, proprietáriosda Mundo da Luz e criadores do projeto

da cantora, contaram com algumas so-luções, como o uso do sistema Titan, da

Avolites, para dar vida ao conceito queambos queriam alcançar, sem precisar

abrir mão de algumas ideias.

N

[email protected]

Fotos: Divulgação

FERNANDA BRUMGravação DVD

FERNANDA BRUMO projeto de

iluminação para a

gravação do novo

DVD de Fernanda

Brum, no Credicard

Hall, em Recife, no

dia 31 de agosto,

contou com o

sistema Titan, da

Avolites, sala de

programação e

programa de

simulação em 3D.

“A princípio, queríamos sair do concei-to de um enorme painel de LED atrás do

artista como principal elemento no palco,pois na turnê da Fernanda Brum esse for-

mato já vem sendo usado. Então, estuda-mos as possibilidades e resolvemos usar 11tiras de LED, pois não queríamos que

elas conflitassem com a luz e sim traba-lhassem em harmonia”, explica Heitor.

Depois da ideia conceitual, o próximopasso era saber se o espaço físico do pal-

co acomodava todo o equipamento.“Feito isto, começamos a desenhar o

projeto e optamos por usar no teto aslinhas no sentido vertical a fim de com-

por com as torres do fundo”, completa.Os movings lights foram escolhidos a

Page 91: Edição 228 - Revista Backstage - Especial Rock in Rio

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partir de uma conversa

com o fornecedor, a Luminário, deRecife. Ficou decidido pelo uso dos

Beams do tipo 5R nas torres e no chãoe Spots 1200 e Beams 300 no teto. “A

participação da Fernanda foi funda-mental no projeto, pois ela acompa-

nhou tudo desde a concepção até aexecução e obtivemos a aprovação

total dela. Como já participamos daturnê há 3 anos, este processo foi na-

tural, pois a confiança no nosso tra-

balho já existia”, avalia Julio. A ideia

era dar uma dimensão de Arena aoambiente, dar um efeito de preenchi-

mento ao local e ter um efeito pareci-do com pixel mapping. Por isso, sur-

giu a ideia de montar um “paredão” dePAR 64 e movings. “Como o local ti-

nha uma excelente boca de cena, aideia era montar um paredão de luz

com LED e movings, porém sem usar

Da esq. para dir.: Rico Moura, Thomas Lyra, Heitor Wyatt, Julio Sunderhus, Gabriel Felix e Elson de Lucas

Beams tipo 5R nas torres, Spots 1200 no chão e Beams 300 no teto

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os movings para atacar o tempo todo, já

que o objetivo era que houvesse umacomposição”, afirma Heitor. “Assim, ti-

vemos a ideia de usarmos as 40 lâmpadasPAR foco 1 nas torres. Quanto às adap-

tações, foram feitas apenas nas torres dasextremidades por conta das coxias. No

teto, somente foram feitos ajustes de al-tura das linhas”, completa.

No entanto, para executar esse projetoseria necessário mais tempo do que o dis-

ponível, ou seja, iria além dos quatro diasde programação e dois de montagem. Foi a

partir daí que surgiu a opção de usar o sis-tema Titan Avolites. “Quando o Heitor

comentou sobre o projeto e o tempo dis-ponível para programar, me veio à mente

usar um sistema mais intuitivo e comple-

to”, ressalta Elson de Lucas Oliveira,

lighting designer especialista da Avolitesque ficou responsável pela programação e

suporte durante a gravação do DVD.“Na maioria dos DVDs que gravamos

usamos as mesas Avolites e Grand MA,porém nunca havia gravado com o Siste-

ma Titan, senti que esse era o momento,e o suporte que o Lucas nos deu, me dei-

xou mais seguro ainda”, comenta Heitor.“Quem ficou responsável por adapta-

ções na montagem foi o Julio. Ele fezalgumas mudanças e, no final, o resul-

tado foi fantástico”, acrescenta Elson.Em relação ao tempo, a opção foi criar

uma sala de programação no hotel onde ostrês estavam hospedados, o que adiantou

na criação das cenas de músicas mais com-

Lista de Equipamentos

•3 CONSOLES AVOLITES: 2 TIGER TOUCHE 1 TITAN MOBILE (USADA COMO BACKUP).•12 FRESNEL 2K DTS - COMPLETO•14 ELIPSOIDAIS ETC 36° COMPLETO•40 REFLETORES PAR 64 FOCO 1(NA GARRA)•12 REFLETORES PAR 64 FOCO 2 ( LATERAL)•16 MINI BRUTTS 6 LÂMPADAS

•24 MOVING LIGHT SPOT 1200 CMY VM•20 MOVING LIGHT BEAM 700 CMY AZ•13 MOVING LIGHT WASH 700 RS•40 MOVING LIGHT 7R VD•10 STROBOS ATOMIC 3000•60 REFLETORES PAR LED 3W RGBW(HOT MACHINE) (28 PALCO 32 PLATEIA)•12 RIBALTAS LED SGM

Da equerda para a direita: Heitor Wyatt, Elson de Lucas e Julio Sunderhus

“Assim, tivemos a

ideia de usarmos as

40 lâmpadas PAR

foco 1 nas torres.

Quanto às

adaptações, foram

feitas apenas nas

torres das

extremidades por

conta das coxias.

No teto, somente

foram feitos ajustes

de altura das linhas

(Heitor Wyatt)

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REPO

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plexas, como Liberta-me, Seja bem-vindo

e Nada pode me separar, pois estas músi-

cas tinham um tempo diferente de cue.“Por exemplo, quando a Fernanda can-

tava Liberta-me, os movings precisavamsubir com um delay de 8 segundos e des-

cer com um delay de 10 segundos e comum tempo de frost de 15 segundos. Es-

sas e outras músicas foram programadasem cue lists, criando uma sequência

disparada pelo Heitor, que estava usan-do in-ear com click e comunicação di-

reta com o diretor musical do DVD”,explica Elson. “Como na maioria dos

grandes festivais e shows em turnê pelomundo, utilizamos um simulador de

iluminação em 3D, que é usual no tra-balho do Heitor e do Julio. Neste proje-

to foi usado o Wysiwig R31, fornecidopela Luminário”, completa.

Heitor também sincronizou todo oconteúdo do LED com a banda atra-

vés de uma interface OSC por ele cri-ada. O baterista ficou com um iPad

com todas as músicas à vista, quandoele clicava na música, automatica-

mente disparava via wi-fi o computa-dor com o video e click “syncados”.

Outra preocupação seria a de manter amesma coerência dos shows que vão

para a estrada com o conceito do DVD.Então, era preciso pensar também no

layout de um em que há muitas mudan-ças na quantidade de material e tiras de

LED, por conta da inevitável variaçãoda estrutura oferecida por cada contra-

tante. Segundo Elson, com o sistemaTitan isso se torna mais real e simples

no dia a dia da estrada, pois é possívelmanter todos os efeitos com diferentes

equipamentos caso em um show sejamfornecidos movings Giotto 400 e em

outro DTS XR9.O sistema da Avolites, neste caso pro-

cessado em 8 linhas DMX, tambémpermitiu que tudo ficasse pronto em

um tempo bem menor do que se fosserealizado em outros consoles. Com

isso, foi possível obter diversos efeitosmais complexos, por ser este console

mais confiável, rápido e intuitivo,como o coração com os 5R e um efeito

de dimmer em forma de seta. “Decidi-mos usar todo o sistema Avolites Titan

por questão de quantidades de linhasDMX e também para podermos contar

com um console como backup”, com-pleta Heitor.

Onze tiras de paineis de LED trabalharam em harmonia com a luz

Músicas foram programadas em cue lists

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LUIZ

CAR

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Os discos da minha vida

o “Nunca”Os discos da minha vida

o “Nunca”Terra foi o segundo e último LP da primeira fase deSá, Rodrix & Guarabyra. Após seu lançamento

em 73, as costuras musicais e pessoais que nos uniamsofreram um rápido desgaste. Nossa mudança para São

Paulo não melhorou em nada a situação: o trabalho deprodução de jingles no estúdio Pauta, comandado por

Rogério Duprat, só tinha de compensador a convivên-cia com o maestro. Os cachês resolviam nossa situação

O financeira, mas não a profissional. Já um tanto afasta-

dos do Zé, que pulara fora da Pauta, e alçados aonirvana da publicidade com o sucesso da campanha

“Só Tem Amor Quem Tem Amor Pra Dar” - comjingles que colocaram a Pepsi de volta no mercado bra-

sileiro e revolucionaram o papel da música na propa-ganda -, eu e Guarabyra trabalhávamos a mil o tempo

todo, mas em compensação ficávamos em situação de-licada diante de um público mais al-

ternativo que condenou explicita-mente nossa “imersão capitalista”.

Em suma, ganhamos alguma grana eperdemos muito prestígio. O já es-

perado finale concretizou-se com ZéRodrix anunciando sua saída do trio.

Coroando a sucessão de contratem-pos, meu filho Miguel - ainda em seus

quatro ou cinco meses de vida - tevesucessivos problemas de saúde, já que

morávamos no Brooklyn, à beira da

Enfim, a sorte estava lançada: retomeiminha carreira solo de antes do trio e parti paragravar aquele tradicional single que costumavasair antes do LP

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

Marginal Pinheiros, respirando omórbido futum do rio que chegava

com uma névoa compacta nas fri-gidérrimas noites de inverno da-

quela São Paulo dos 70. Foi a conta:peguei a família e me mandei com

armas e bagagens de volta pro Rio,mais precisamente pra Ipanema,

mais precisamente ainda para a es-quina de Farme de Amoedo com

Alberto de Campos, de onde euachava então que nunca deveria ter

saído, deixando para trás a Pauta, Guarabyra e nossabanda de apoio, músicos cariocas que carregáramos

conosco para a Paulicéia Desvairada para trabalharemtambém nas bases publicitárias: Sérgio Magrão (baixo),

Sérgio Hinds (guitarra), Luís Moreno (bateria), Cezarde Mercês (violão, percussão e apoio vocal) e o novo

tecladista que Milton Nascimento nos indicara, o mi-neiro Flávio Venturini.

Enfim, a sorte estava lançada: retomei minha carreirasolo de antes do trio e parti para gravar aquele tradici-

onal single que costumava sair antes do LP, de voltaaos estúdios da Odeon, ainda minha gravadora por

contrato, no edifício São Borja, Cinelândia, na gemado Rio. Mal ficara o single pronto, com Homem deNeanderthal de um lado e – vejam só! – minha primeiraparceria com Rodrix do outro, O Povo do Ar (parênte-

ses de curiosidade: anos mais tarde, e em épocas dife-rentes, essas duas músicas seriam gravadas por Ney

Matogrosso) e eu já esbarrava nos corredores daOdeon com a figura sempre sorridente de Guarabyra,

que como eu, começara a gravar seu disco solo. Não sepassou uma semana de chopes no Paisano, restaurante

que ficava no térreo do prédio da Odeon, para que de-cidíssemos continuar em dupla, sempre devidamente

acompanhados pelos estímulos de Mariozinho Rocha.Nesse entretempo, ressentido com Rodrix pelo que eu

considerava uma ego trip em detrimento do trabalhode anos em dupla e trio, rompi de vez com ele, dando

algumas entrevistas malcriadas. Guarabyra idem.Abandonados nossos singles, partimos com ânimo

renovado para o trabalho em dupla. Não me lembrobem, mas acho que Guarabyra continuava em São

Paulo. De qualquer jeito convocamos todo nossouniverso de volta: Waltercio Caldas e Miguel Rio

Branco na capa, a banda que leváramos para Sampa,os maestros Rogério Duprat e Eduardinho Souto

Neto – um menino-arranjador cheio de novasideias - e caímos no estúdio. Por conta do tempo que

ficáramos separados não tínhamos quase nada emparceria, mas juntamos nossas forças e resolvemos

assinar em dupla, tipo Lennon-McCartney, as com-posições de um e outro.

Nunca foi especial por muitos motivos: a força da deci-são de permanecermos unidos parece ter contaminado

todos aqueles que trabalharam conosco nesse disco.Waltercio apareceu com a sugestão da queda de braço na

capa, uma ilusão de desarmonia que se desfaz com o títu-lo Nunca bem embaixo da foto que Miguel recoloriu

propositadamente, armando aquele clima meio eso-térico. Fica óbvio que a ideia é de união, o que depois de

quase quarenta anos parece profético, uma vez que con-tinuamos juntos... Nossa banda de apoio partiu para um

voo particular e transformou-se na segunda – e melhorsucedida – formação d’O Terço, frutificando depois no

14Bis e nas carreiras-solo de Cezar de Mercês, SérgioHinds e Flávio Venturini. Rogério Duprat já era consa-

grado, mas Eduardinho Souto Neto partiu dali, com seuarranjo visceral para São Nicolau, rumo a novos horizon-

tes, acabando por ser até hoje um dos arranjadores maissolicitados do nosso meio musical.

O disco acabou por ter uma carreira acidentada, frutoda nossa hesitação entre continuar a saga do rock rural

ou abandoná-la por completo. Naquela época – comoaté hoje, mesmo depois do advento dos downloads de

faixa a faixa - um dado essencial da carreira de um dis-co era a chamada “música de trabalho” e essa “esqui-

zofrenia” do Nunca refletiu-se na dúvida. Não era umdisco que primava pela hegemonia, mas sim um disco

de transição, que partia de faixas como Segunda Cançãoda Estrada e Nuvens d’Água tipicamente “rocks rurais”

para ambientações mais ousadas como Apreciando aCidade e São Nicolau. Em consequência, apesar da exe-

cução maciça de algumas faixas, as vendas não ajuda-ram na afirmação da dupla.

Essa provisória irresolução da parceria Sá-Guarabyra,que refletia um período de adaptação do trabalho de

um com o outro acabaria por levar a uma nova separa-ção antes do disco de 75, o Cadernos de Viagem.

Mas essa é outra longa história que eu vou contar no mêsque vem, recordando esses discos da minha vida...

Nunca foi especial por muitos motivos: aforça da decisão de permanecermos unidos pareceter contaminado todos aqueles que trabalharamconosco nesse disco

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Empresa .......................... Telefone ................Home Page/e-mail .................................................... Pág

Amerco Brasil ................................ (41) 3337-1331 ............... www.amercobrasil.com.br .......................................................................... 15

Augusto Menezes ........................... (71) 3371-7368 ............... [email protected] ................................................................... 91

Arena Áudio Eventos ..................... (71) 3346 -1717 ............. www.arenaaudio.com.br ............................................................................. 37

Bass Player ..................................... (11) 3721-9554 ............... www.bassplayerbrasil.com.br ...................................................................... 94

CSR ................................................ (11) 2711-3244 ............... www.csr.com.br .................................................................................. 27 e 41

Decomac ....................................... (11) 3333-3174 ............... www.decomac.com.br ................................................................ 11, 19 e 89

Ecad ............................................... (21) 2544-3400 ............... www.ecad.org.br ................................................................................. 2ª capa

Eros Alto-Falantes ......................... (18) 3902-5455 ............... www.eros.com.br ........................................................................................ 53

Equipo ............................................ (11) 2199-9999 ............... www.equipo.com.br .................................................................................... 57

Gigplace .................................................................................... www.gigplace.com.br .................................................................................. 36

Gobos do Brasil ............................. (11) 4368-8291 ............... www.gobos.com.br ............................................................. 3ª capa, 73 e 79

Guitar Player .................................. (11) 3721-9554 ............... www.guitarplayer.com.br ............................................................................ 18

Habro ............................................ (11) 2787-0300 ............... www.habro.com.br ..................................................................................... 63

Harman ..................................................................................... www.harman.com .............................................................................. 45 e 47

Hot Machine .................................. (11) 2909-7844 ............... www.hotmachine.ind.br .............................................................................. 93

Imaginasom ................................... (12) 7813-5478 ............... [email protected] .................................................................... 67

João Américo Sonorização ............ (71) 3394-1510 ............... www.joao-americo.com.br .......................................................................... 36

Lade Som ...................................... (65) 3644-7227 ............... www.ladesom.com.br ................................................................................. 33

Leac's ............................................. (11) 4891-1000 ............... www.leacs.com.br ....................................................................................... 80

Lyco ............................................... (11) 3675-2335 ............... www.lyco.com.br ................................................................................ 06 e 07

Metal Fecho .................................. (11) 2967-0699 ............... www.metalfecho.com.br ............................................................................. 65

MilSons ........................................... (51) 3286-1111 ............... www.milsons.com.br .......................................................................... 04 e 05

Mr. Mix ..................................................................................... www.mistermix.com.br ............................................................................... 71

Penn-Elcom ................................... (11) 5678-2000 ............... www.penn-elcom.com.br ............................................................................ 12

Prisma ............................................ (51) 3711-2408 ............... www.prismaaudio.com.br ........................................................................... 29

Projet Gobos ................................. (11) 3675-9447 ............... www.projetgobos.com.br ........................................................................... 39

Pro Shows ..................................... (51) 3589 -1303 ............. www.proshows.com.br ............................................................................... 13

Quanta ........................................... (19) 3741- 4644 ............. www.quanta.com.br ................................................................................... 25

Robe ......................................................................................... www.robe.cz ................................................................................................ 87

Sonex / OWA................................. (11) 4072-8200 ............... www.owa.com.br ........................................................................................ 81

Star ................................................ (19) 3864-1007 ............... www.star.ind.br ................................................................................... 77 e 83

SPL Alto-Falantes .......................... (47) 3562-0209 ............... www.splaltofalantes.com.br ........................................................................ 17

Sonotec ......................................... (18) 3941-2022 ............... www.sonotec.com.br .................................................................................. 21

Tupynambá .................................... (71) 9139-7004 ............... www.tupynamba.com.br ............................................................................. 37

Visom Digital ................................. (21) 3323-3300 ............... www.visomdigital.com.br ............................................................................ 03

Yamaha .......................................... (11) 3704-1377 ............... www.yamahamusical.com.br .............................................................. 4ª capa

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