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Edição 246 - Maio 2015

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Rivage PM10 - Conheça o console digital modular para som ao vivo da Yamaha capaz de unir qualidade de som, funcionalidade e capacidade de expansão! | Série Y - Potência e versatilidade fazem dessa série da D&B Audiotechnik a escolha perfeita para sonorização em geral | Iluminação Cênica: Lollapalooza - Saiba como foi a operação, produção e realização de um dos maiores eventos de música ao vivo | Avid S6L: veja o novo sistema compacto, amigável e intuitivo. Mais poder, processamento e capacidade | Pro Tools: fique por dentro de todas as funcionalidades do “first” | Logic Pro: explore as inovações

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16 VitrineA Taigar lança uma caixa

pequena para subgrave com2400 WRMS em 8 ohms e aYamaha apresenta uma mesacompacta indicada para strea-ming e webcasting.

20 Rápidas e Rasteiras

A JBL lança uma ferramenta que

dá a possibilidade de o usuárioconstruir as suas próprias caixase os técnicos do RJ contamagora com encontros semanaisnas terças-feiras.

30 Gustavo Victorino

Confira as notícias mais quentesdos bastidores do mercado.

34 Gigplace

Em entrevista, Fabiano Rezendefala sobre as atribuições dotécnico de manutenção e suaimportância no backstage.

NESTA EDIÇÃO

40 Console S6L

Composto de três módulos, uma

superfície de controle S6, ummecanismo de processamentoE6 e um módulo de Entradas eSaídas Stage 64, a S6L tem comoprincipal funcionalidade servirao som ao vivo.

42 Serie Y

Projetados com uma perspecti-va para oferecer soluçõesflexíveis e configuráveis, osgabinetes da série Y são indica-dos para teatro, transmissão,shows ao vivo e eventos

corporativos, entre outrasaplicações.

96 Vida de Artista

A paixão por estradas, carros,

poeira, asfalto e tudo o que diz

respeito a viagens por terra

levou Sá e cia. a diversos palcos

Brasil afora.

SumárioSumárioAno. 21 - maio / 2015 - Nº 246

Produzindo a música para a TVO crescimento dos reality shows e o avanço das tecnologias de informação

trouxeram à evidência a importância de um bom trabalho sonoro e do

produtor musical. Conversamos com três profissionais que estão à frente

dessas experiências na televisão sobre como é produzir para a telinha.

Passadas quase três décadas quea Yamaha lançou o seu primeiro

mixer para áudio digital(o DMP7), presenciamos

que muitas inovações tecnológicascriadas pela empresa debutaram

nos integrantes da suaconsagrada linha de consoles

PM. Para não fugir à regra, aYamaha apresenta o RIVAGE

PM10, o primeiro console digitalmodular integrante da

sua nova geração deequipamentos voltados para

sonorização “ao vivo”

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CADERNO ILUMINAÇÃO

Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroReportagem:Luiz de Urjaiis e Miguel SáColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuída pela DINAP Ltda.

Distribuidora Nacional de Publicações,Rua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678Cep. 06045-390 - São Paulo - SPTel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

CADERNO TECNOLOGIA

58 Logic ProAs novas funcionalidades daversão Pro X 10.1.1 trazem aindamais agilidade para o fluxo detrabalho do produtor.

62 AbletonContinuando a saga pelos plug-insdo Ableton Live, desta vez é horade apresentar o conceito deFrequency Modulation (FM) e suas

funcionalidades.

66 Pro Tools

Enquanto o Pro Tools, versão 12,não vem, conheça um pouco maisa fundo as opções e funções doPro Tools First, uma versãogratuita que entrega uma gama depossibilidades ao profissional.

78 VitrineA Star apresenta o DMX Host,uma talha elétrica gerenciada viaDMX e que proporciona mais

dinâmica e movimentos aoscenários e palcos. Conheçatambém o VL3500 Wash, daHotmachine, com tripla potênciae lâmpada de duas extremidades.

O refletor na Era do LEDUm dos refletores mais solicitados pelos iluminadores, o Source4, da ETC,

pode ganhar lâmpadas LED. Uma adaptação criada pela PRG, chamada

RH+A ReNEW LED, substitui as costas de um refletor Elipsoidal Sour-

ce4 da ETC onde a luz incandescente é colocada.

84 Rápidas e Rasteiras

A MALighting agora apresentauma nova variação de soluçõescompactas de controle deiluminação, o dots2.

90 Lollapalooza

Nesta edição, um panoramasobre os aspectos da iluminação,produção, operação e realizaçãode um dos maiores festivais damúsica alternativa.

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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

polêmica envolvendo empregados e empregadores em torno doProjeto de Lei 4.330/2004, aprovado pela Câmara dos Deputados

em primeira votação no dia 8 de abril, ganhou mais eco nas últimassemanas por conta dos diversos protestos que surgiram em todo o Bra-sil. Na pauta das discussões, quem ganha e quem perde com aflexibilização da terceirização da mão de obra. Empresários e sindica-tos e movimentos que se dizem em prol dos trabalhadores estão emlados opostos, por questões óbvias.No mercado de áudio e de iluminação, e na verdade de entretenimentoem geral, a luta pelo reconhecimento profissional de técnicos de certaforma é bem anterior à essa questão. Muitas vezes trabalhando no dia adia sem o reconhecimento dos próprios sindicatos ligados à categoria,como é o caso dos profissionais de áudio, que em alguns casos ficam sub-metidos ao SATED; esses trabalhadores ressaltam que nunca tiveram adevida atenção dos organismos que lutam a favor dos profissionais.Na tentativa de tentar regularizar a própria situação, há cerca de qua-tro anos, um grupo resolveu pôr a mão na massa e reivindicar junto aoSEBRAE o reconhecimento dos profissionais técnicos de áudio e deiluminação para que tivessem direito de se formalizarem como peque-nos empreendedores. O esforço valeu a pena para muitos que labuta-vam sem qualquer tipo de vínculo empregatício com as empresas, oupor opção ou por falta de oportunidade, e “perdiam” anos e anos dedireitos trabalhistas.A conta desse tempo perdido, que só chegava aos 65 anos, geralmente aidade de se aposentar, vinha de forma cruel para aqueles que tinham dei-xado toda uma vida de trabalho na estrada ou nos palcos. Agora, ao teremuma opção de se tornar seu próprio patrão, talvez as futuras gerações tri-lhem seus caminhos profissionais com mais consciência e cheguem ao fimda carreira profissional com mais dignidade.O que se espera, talvez, com a flexibilização da mão de obra é uma al-ternativa a mais, no caso dos profissionais de entretenimento, naformalização do seu trabalho. Terceirização de mão de obra técnica,nesse mercado, sempre existiu, mas sem a chancela do Estado. Os ór-gãos federais de fiscalização estão aí para inspecionar, seja a mão deobra contratada via CLT ou por contrato temporário de trabalho. Exi-mir a responsabilidade de empresas e desses órgãos em virtude da for-ma como a mão de obra foi contratada é o mesmo que tratar os iguaisde forma desigual.

Boa leitura.

Danielli Marinho

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Tratemosigual os desiguais

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6PR150www.amercobrasil.com.br

A Amerco lança o alto-falante de Neodímio 6", da Faital Pro. En-tre seus parâmetros técnicos, podemos destacar: impedância No-minal - 8 Ohm; impedância mínima de 6,6 Ohm; Potência Nomi-nal AES - 150W; Potência máxima de 300 W; Sensibilidade (1W /1m) de 97 dB; Faixa de Frequência 100-5000 Hz e Diâmetro dabobina - 52mm (2 in).

CAIXA S2 18 2400www.taigar.com.br

Caixa para sub grave pequena em tamanhomas imponente em sonoridade. O modelo S218 2400 tem 2400 W RMS em 8 ohms e écomposto por 2 transdutores de 18" de 1200W RMS, sensibilidade SPL 1W 1m 106dB etem dimensões de A995xL610xP660mm. Éperfeita para aplicação para grandes sistemasde sonorização.

676 TUBE MIC PRE CHANNEL STRIPwww.harman.com

O dbx 676 é um pré-amplificador de mics que oferece diver-sas opções de sonoridade entregando uma qualidade extraor-dinária de áudio, tanto em gravações quanto em som ao vivo.O equipamento emprega um alto ganho, seções de tubopreamp Classe A baseado em torno de um tubo de vácuo12AU7 que pode ser ajustado para soar claro e puro ou sujo echeio de harmônicos. O 676 incorpora um Compressor/Limiter com design do dbx 162SL e 3 bandas paramétricas deEQ, permitindo controle exato dos dinâmicos e balanço total.O produto oferece ainda entrada e saída XLR e uma entradafrontal para instrumento.

CABO MOGAMI 3103 STUDIO SPEAKERwww.mogami.com.br

O Cabo 3103 oferece um verdadeiro desempenho audiófilo, comnível de qualidade da música o mais próximo possível da gravaçãooriginal, para a transmissão de som preciso, com resposta clara etransparente. O produto ainda possui cabos superflexíveis robus-tos para as aplicações profissionais mais exigentes. Cada condutordisponibiliza multifilamento negflex livre de oxigênio com isola-mento em PVC no diâmetro de 4 mm² (# 12AWG).

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VERSÃO 3 DA CL E QLwww.yamaha.com.br

A Yamaha vai demonstrar durante a AES 2015 a Versão 3 da CL e QL, o RMio64D,conversor Madi/Dante, além dos produtos de instalação, as novas interfacesSteinberg e muito mais. Visite o estande e esclareça as suas dúvidas com os especia-listas da empresa.

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SUBWOOFER SW 800www.oversound.com.br

Recém-lançado no mercado, o SW 800 é o mais novoSubwoofer 18” da OVERSOUND. Desenvolvido paragrandes sistemas de PA’s e salas de cinema, sua mecânicapermite trabalhar com frequência inicial de 35Hz, propor-cionando um sub muito mais agradável. Possui bobina de4” com corpo em Kapton, enrolamento in side out sidecom fio de cobre, cone projetado para atender frequênciasmais baixas, fibras longas e resinas especiais, conjuntomóvel todo remodelado. O novo projeto de refrigeraçãona bobina garante maior fluxo de ar no sistema, que nãopoderia faltar num poderoso conjunto magnético. Todasessas características do novo SW 800 de 18” Oversound,irão fazer do seu grave a sensação mais agradável do seusom. Disponível nas versões 4 e 8 ohms.

NEO 210244www.taigar.com.br

Este novo modelo vem sendo aprovado por pro-fissionais renomados no segmento de áudio.Composto por 2 transdutores de 10" TGR e doisDrivers de Polyiamide B&C, potência total decada célula 1320W (AES), sensibilidade máxi-ma (Peak) 145dB, cobertura H1, o sistema érecomendado para quem deseja fidelidade sono-ra com grande cobertura, tanto em ambientesindoor quanto outdoor. Podem ainda seracopladas até 16 unidades para cada linha.

SAMSON AURO D1500www.equipo.com.br

O subwoofer ativo Auro D1500 da Samson fornecegraves poderosos que permitem o público não sóouvir, mas “sentir” o grave. O Auro D1500 ofere-ce inacreditáveis 1.000 watts de potência em umelegante gabinete que pesa pouco mais de 25 qui-los, tornando-o ideal para músicos de estrada, DJse outras aplicações de reforço de som em geral. OD1500 Auro Ativo Subwoofer vai onde o low-end éuma obrigação. Completam as características doequipamento um alto-falante de 15", bobina de2.5", entradas RCA não balanceadas, saídas XLRStereo com filtro Passa Alta, controle de DSP comtrês posições (Normal, Deep e Boost), entre outros.

SÉRIE AGwww.yamaha.com.br

O AG é uma mesa compacta desenvolvida paramelhorar a experiência criativa de áudio em dife-rentes aplicações, tais como: Streaming, Web-casting, Produção Musical, Gravação com dispo-sitivo móvel usando iPad, escuta e reprodução deáudio em alta qualidade, gamers, apresentações aovivo, ambiente educacional e muito mais. Apresen-ta interface de áudio com ligação USB preparadapara mixagem de som em alta resolução. A linhaAG chega ao Brasil nos modelos AG03 e AG06.

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TERÇAS TÉCNICASNO RIO DE JANEIROTodas as terças feiras de cada se-mana acontece no Rio de Janeiroum encontro dos profissionais deáudio para debater assuntos liga-dos à profissão. O evento, denomi-nado Terças Técnicas, é gratuito eocorre no Jacarepaguá Tênis Club,na capital fluminense. A Terça Téc-nica RJ foi criada no início deste anocom o objetivo de suceder a Ligados Profissionais do Backstage doRio de Janeiro, movimento que foiresponsável por incluir a profissãode técnico de áudio e de iluminaçãona relação de profissionais contem-plados pelo MEI (Micro Empreen-dedor Individual). O encontro temcomo púlico-alvo técnicos de ilumi-nação, produtores, roadies, técni-cos de som, sonoplastas, técnicosde vídeo (LED), auxiliares técnicosem geral. Mais informações peloemail: [email protected]

conta história de equipamentosNovo aplicativo

Em comemoração aos 40 anos deseus primeiros sintetizadores, aYamaha lançou o Synth Book, umaplicativo para a plataforma iOSque traz a história dos equipamen-tos, um sintetizador virtual e aindadá acesso a comunidades onlinepara troca de informações sobreos equipamentos. O aplicativo

permite disparar loops de bateria,criar timbres e fazer o controleanalógico de botões virtuais. Alémde ser gratuito, conta tambémcom um teclado virtual, que sim-plesmente dispensa o uso do ins-trumento “de verdade”.Para saber mais acesse:

http://br.yamaha.com

FRAUDE EM BOLETOSA Equipo esclarece que alguns e-mails que circulam em nome daEquipo/Waldman com boleto anexa-do são fraude. A empresa informaque os boletos válidos são enviadosjunto com as Notas Fiscais no ato daentrega dos produtos e, caso o cli-ente não os receba, deve entrar emcontato com o departamento finan-ceiro a fim de obter segunda via. Osboletos que seguem anexados aose-mails falsos indicam para paga-mento no banco Santander, com oqual a Equipo não possui vínculo.Qualquer dúvida, entrar em contatopelos telefones (11) 2199-2956 /2199-2935 / 2199-2903 / 2199-2913.

GRAMMY VIA FIBRA ÓTICA

Para entregar um áudio perfeito durante a cerimônia do Oscar 2015, aATK Audiotek usou o sistema Optocore para transporte de dados so-bre fibra ótica. O evento, transmitido ao vivo e que, este ano, contoucom a performance de artistas e bandas como AC/DC, Beyoncé,Madonna, Katy Perry, Tony Bennett e Lady Gaga, pôde contar comuma arquitetura redundante de 3 vias que permitiu ao engenheiro desom operar da house mix sem uso de cabos. Esta é a quinta edição quea ATK usa o sistema no Grammy.

NOVO VICE-PRESIDENTE MARTIN AUDIO

A Martin Audio nos Estados Unidos apontou um novo vice-pre-sidente para comandar a empresa no mercado norte-americano.Lee Stein possui 18 anos de experiência em gerenciamento naárea industrial, vendas e marketing, incluindo passagens pelaSennheiser e Avid Technology, trazendo um profundo conheci-mento e expertise para dirigir a Martin Audio nos EUA, especial-mente na área de som ao vivo.

da FramusPhil X é endorser

O guitarrista passa a fazer partedo time de endorser da Framus e,como resultado, a empresa resol-veu lançar dois modelos em ho-menagem ao artista: o FramusCustom Shop Artist SignaturePhil XG e o Framus German ProSeries Phil XG Artist Model.Em 2013, Phil X substituiu Ri-chie Sambora no Bon Jovi e par-ticipa do próximo álbum do can-tor, que será lançado em 2016.

Phil X também já participou dosálbuns de Tommy Lee, Methodsof Mayhem, Avril Lavigne, KellyClarkson, Orianthi, Rob Zom-bie, Chris Daughtry, Alice Co-oper e Thousand Foot Krutch.Além de Phil X, a Framus contacom guitarristas tops em seucast de endorser como DevinTownsend, Wolf Hoffmann, Ste-vie Salas, William Duvall e Lar-ry Coryell.

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no SESC BelenzinhoWorkshop de áudio

O SESC Belenzinho, em SãoPaulo, realizou em março o seu IWorkshop de Áudio, abordandotemas como Técnicas de Capta-ção, Microfonação e SistemaOperacional. O workshop teve afinalidade de promover a ca-pacitação e a atualização dasequipes de audiovisual do SESCpor meio de palestras com de-monstrações de novas técnicasde microfonação e uso de siste-mas operacionais de mesas digi-

tais para shows. Nesse primeiroencontro, o SESC Belenzinhorecebeu no teatro da unidade ospalestrantes Renato Carneiro,brasileiro e engenheiro de somespecialista em consoles digitaisda DIGICO, e do dinamarquêsBo Brinck, especialista em mi-crofones europeus da marca DPA.O evento contou com a partici-pação de 52 técnicos audiovi-suais de 12 unidades do SESC deSão Paulo.

INFOCOMM

CONSTRUA SUASPRÓPRIAS CAIXASACÚSTICASPermitir que o usuário construasuas próprias caixas acústicas deacordo com o objetivo de seus pro-jetos. Essa é a proposta do JBLTools, aplicativo lançado pela Har-man que reúne ferramentas para acriação de caixas, além de precisasopções de medição. Com o auxíliodo JBL Tools é possível a constru-ção de diferentes modelos de cai-xas, apenas escolhendo o formato,inserindo informações sobre medi-das (altura, largura e profundida-de) para o aplicativo fazer o cálculode projeto. O menu principal apre-senta ainda a opção Cálculos, comas classes Duto, Frequência deSintonia, Sensibilidade, Amplifica-dor e Comprimento de Onda, paraque seja realizada a calibragem doequipamento. Além disso, estão dis-poníveis medidores de SPL, de Po-laridade, Formato de Onda e Ana-lisador de Áudio - que avalia o re-sultado de todo o processo deconstrução. O aplicativo JBL Toolsestá disponível para Android eIOS, em português.

A TOA, juntamente com a distri-buidora Discabos, estará presentepelo segundo ano na Expo Info-comm Tecnomultimedia no Brasil,um dos eventos mais importantesda indústria audiovisual. A expo

ocorre nos dias 12-13-14 de maio-2015 e na ocasião, a empresa vai re-alizar palestra sobre Sonorização deAmbientes em Linha de Alta Im-pedância, como parte do ciclo depalestras oficiais do evento.

CURSO DE MIXAGEMNos dias 16 e 17 de maio aconteceo Curso de Mixagem Be Happy, noRio de Janeiro. Com carga horáriatotal de 12 horas (6 horas em cadadia), este curso já foi dado três ve-zes em parceria com a Vitória Áudioe Música de Vitória-ES. Serão dis-cutidas técnicas, conceitos, teoriase estratégias de mixagem, além demixagem de projetos com todos ospassos explicados aos alunos. Oestúdio Be Happy fica em Botafogoe o investimento é de R$ 250 paraos dois dias de curso.

NOVO ENDEREÇOA filial da Proshows em São Paulopassa a atender em um novo ende-reço e novo telefone: AvenidaFagundes Filho, 191 – Sala 152 -São Paulo – SP CEPP: 04305-010.Tel: (11) 4083-2720

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NELSON CARDOSO RECEBE O CONJUNTO DE MEDALHAS PEDRO ERNESTO

O publicitário, jornalista e diretorda Revista Backstage, NelsonCardoso, recebeu no dia 10 deabril, o Conjunto de MedalhasPedro Ernesto das mãos do verea-dor Célio Lupparelli, na CâmaraMunicipal do Rio de Janeiro. A ho-

menagem foi prestada em reconhe-cimento ao trabalho jornalístico de-sempenhado no Jornal Nosso Bair-ro Jacarepaguá desde 2008, periódi-co que circula em Jacarepaguá, nacapital fluminense. Na solenidadeestiveram presentes várias persona-

lidades do bairro, amigos e familia-res do homenageado, além daequipe e dos colaboradores do jor-nal e da Revista Backstage.A Medalha de Mérito Pedro Er-nesto foi criada através da Resoluçãonº 40, em 20 de outubro de 1980. Elaé a principal homenagem que o Riode Janeiro presta a quem mais se des-taca na sociedade brasileira ou in-ternacional. Recebeu esse nome emreconhecimento ao trabalho doprefeito Pedro Ernesto e, por isso,sua figura é estampada nas duas me-dalhas que fazem parte do Conjuntode Medalhas. Uma medalha é presaao colar e a outra é para ser colocadana lapela do lado direito do homena-geado. Ambas são presas em uma fitade cores azul, vermelha e branca, quesão as cores da bandeira da cidade.Acesse: http://goo.gl/NicdXq

Nelson Cardoso (à esquerda) recebe homenagem na Câmara Municipal do Rio de Janeiro

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WORKSHOP MTX AUDIO PRÓ

No dia 31 de março, a MTX pro-moveu um workshop para um pú-blico de cerca de 50 técnicos, du-rante a Terça Técnica, no Rio deJaneiro. Durante o evento, osparticipantes puderam assistir auma demonstração do sistema eesclarecer dúvidas com os enge-nheiros presentes. Para MarceloOliveira, técnico de áudio e con-sultor, que já conhecia o sub dosistema “da estrada”, foi a opor-tunidade de conhecer as caixas.

“O sub eu já conhecia, mas as cai-xas me parecem que têm compo-nentes importados e foi pensada etestada para o componente que foicolocado nela”, avaliou.Na opinião de Flavio Sena Neto,operador de monitor do RoupaNova, que ainda não conhecia osistema MTX, o workshop trouxealgo mais pessoal e informal, ondeas informações fluem de técnicopara técnico. “Eu gostei bastantedo sistema e achei uma opção bas-

tante interessante para o nossomercado, mas eu gostaria de tes-tar e ouvir mais, em outros ambi-entes. Mas eu achei que, se tiverno rider, eu posso aprovar”, afir-mou. “Eu gostei muito do sub, fi-quei bastante surpreso com a qua-lidade dele e como ele soma com oPA. Achei bacana”, completou.Para Marcos Gil, mais conhecidocomo Baiano, técnico de som daPreta Gil, o workshop serviu paramostrar que o mercado tem maisum sistema nacional. “Gosteimuito da qualidade do equipamen-to apresentado. O que eu maisgostei foi o cancelamento na partede trás das caixas. A falta da voltados subs é muito importante, prin-cipalmente, para quem está fazen-do monitor e mixando o palco”.

Partcipantes do Terças Técnicas (no RJ) assistem a workshop e demonstração do sistema MTX

CDC SIX: SOM DIGITAL AO VIVO

A CADAC está lançando seu no-vo CDC six, console de produçãode som digital ao vivo, na Prolight

+ Sound 2015. Uma das princi-pais características é o produtoter uma interface de usuáriomais intuitiva e mais rápida,conferindo um maior desempe-nho de áudio em qualquer con-sole de mixagem de áudio dispo-nível. Com o Card integrado épossível usar o servidor Mul-tiRack SoundGrid como padrão.

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PALCO IPANEMA

Em abril, Ipanema, na Zona Sul ca-rioca, foi palco de um grande showem comemoração à Hora do Plane-ta. O evento, realizado pela PiafEventos, contou, para sonorizaçãodas apresentações, com equipamen-tos d&b audiotecnik, totalizando:

• 20 Caixas d&b V8• 4 Caixas d&b V12• 08 Caixas d&b Vsub• 08 Caixas d&b Jsub• 04 Monitores d&b M2• 4 amplificadores d&b D80• 4 Amplificadores d&b D12

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FRAUDEA Equipo vem alertando seus clientessobre possíveis fraudes em boletos envi-ados pela internet sem o seu conheci-mento e direcionando pagamentos abancos com que a empresa não temqualquer vínculo. O golpe é antigo eexige redobrado cuidado de todos nahora de verificar a autenticidade de umdocumento para pagamento. A empresaorienta que seja validado apenas o Bo-leto anexado à Nota Fiscal que acompa-nha a entrega do pedido. Caso esse do-cumento não se faça presente na en-trega dos produtos, entrar em contatoimediatamente com a Equipo pelo fone(11) 2199.2999 para a devida correção.

KIKOEnquanto todos vibram, inclusive eu,com a entrada do guitarrista brasileiroKiko Loureiro no Megadeth, uma dasmaiores bandas de metal do mundo, al-guns idiotas criticam a decisão ou ten-tam desmerecer a conquista da guitarrabrasileira por um dos seus músicos maisconhecidos no segmento. Enquantoisso, o vocalista e líder do Megadeth,Dave Mustaine, se rasga em elogios aoseu novo parceiro que, a partir de agora,tem a nossa torcida para trazer um olharmais atento para os instrumentistas donosso país. Parabéns Kiko, parabénsguitarristas do Brasil.

LOLLAPALOOZA 2015Sempre achei o festival Lollapalooza meiochinfrim e com cara muito mais de rave

do que festival de música, mas daí achamá-lo de decadente vai uma longa dis-tância. A proposta do evento é um grandeencontro de jovens apreciadores de músi-ca “muderninha”, invariavelmente garo-tada que ainda está secando as espinhasdo rosto. Algumas atrações fogem a essaproposta e tentam dar um ar de mais qua-lidade musical ao evento, mas nota-damente ficam deslocadas do perfil origi-nal da festa. Já ignorar a dimensão do es-petáculo ou tentar supervalorizá-lo comoalguns fizeram é coisa da nossa mídia pou-co especializada. Aliás, as transmissõespela TV, por exemplo, foram constrange-doras e me deixaram uma pergunta recor-rente... Será que para falar com os jovensas pessoas precisam se tornar bobocas?

BBB MUSICALJá imaginaram um BBB curto onde ficari-am reclusos por apenas duas semanas, en-tre outros, Caetano Veloso, Lobão, EdMotta, Nana Caymmi e o Tico SantaCruz? Seria o maior show de sinceridadesda música brasileira em todos os tempos.E gostando ou não das opiniões oriundasdessas personalidades, o conteúdo seriaimpagável e de estrondosa repercussão. Ecertamente seria a única forma de me fa-zer assistir aquela bobagem.

REVOLUCIONÁRIO?A ideia de sintetizar o som da guitarrasempre foi um desejo complexo e difícil deser realizado pelos laboratórios de pesqui-sa. A Roland e a Casio foram as pioneirasno desenvolvimento dessas tecnologias.Enquanto a primeira sempre investiu nosegmento, a segunda abandonou essemercado antes da virada do século. Aparafernália de cabos especiais, conexõesfrágeis e a inevitável utilização de capta-ção hexafônica sempre trouxeram umcerto desalento e má vontade por parte damaioria dos guitarristas. Agora isso podemudar. A Roland acaba de lançar o novoSY300, um pedal que promete sintetizarcom polifonia o som da guitarra sem quenenhum outro acessório seja necessário.Qualquer guitarra pode ser ligada no novoproduto que promete atropelar o passado

O mercado parecelentamente se

adaptar à novarealidade do câmbio

e encontrainteressantes

alternativas paraorganizar a

esculhambação queBrasília

reiteradamenteprovoca na nossaeconomia. O sutil

recuo do dólarassociado à pouca

flutuação evalorização do euro

tem feito com quealgumas operações

sejam realizadascom base na moeda

da comunidadeeuropeia. Chinêsgosta é de moeda

forte e não está nemaí para a sua origem.

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de monofonia e permitir o reconhe-cimento de acordes com um retardoabsolutamente desprezível, segundoos dados do fabricante. Se funcionarcomo prometem, será mais uma re-volução provocada pela Roland nomercado de tecnologia avançadapara instrumentos musicais. Tô es-fregando as mãos.

SEM GRANANoel e Liam Gallagher, os irmãosencrenqueiros, já sentem no bolsoo fim da banda que os conduziu aoestrelato. Diante do fracasso deseus projetos paralelos, eles pen-sam em reforçar o caixa que nota-damente anda em baixa. Com ofim do Oasis e sem que nenhumdos dois pudesse usar o nome dabanda, Noel e Liam tentaram pro-jetos novos, discos solos e o escam-bau, mas nada deu certo. Sem al-ternativas, os irmãos estão selandoa paz e anunciando a volta da ban-da para 2016. A turnê será apenaseuropeia e vendida a peso de ouro.Parece que as contas chegaram...

NAMES RIGHTSA exemplo do Oasis, muitas outrasbandas ao longo da história provo-caram ferrenhas disputas judiciaispor nomes e seus respectivos legados.Legião Urbana, Credence ClearwaterRevival, Kool and The Gang, e maisrecentemente Camisa de Vênus sãoapenas algumas das marcas musicaisque valem dinheiro e espaço, masque são motivo para brigas nos tri-bunais por parte de seus integrantesoriginais. A encrenca que dá início atudo isso está no registro, geralmen-te feito de forma amistosa entre ami-gos e que mais tarde brigam por di-nheiro. A legislação brasileira é cla-ra, mas as decisões dos tribunais nemsempre. Alguns magistrados levamem consideração a circunstância e aparticipação dos litigantes na con-solidação do trabalho artístico e suasvinculações econômicas.

WIRELESSPor justificada falta de espaço nãoconsigo responder aos muitos e-mails endereçados a essa coluna,mas alguns merecem destaque porseu conteúdo e repercussão geral. Oleitor Lúcio Soares (SP) levantauma interessante polêmica sobre ossistemas wireless para guitarras eafins. “A falta de qualidade que pro-voca uma mudança no som da gui-tarra é o principal motivo que inibeos músicos a usarem os sistemassem fio”. Liguei para alguns amigosguitarristas e ouvi de quase todos amesma justificativa. A alegação é deque a maioria dos pré-amplificado-res dos receptores deixam os instru-mentos com som de lata, ou seja, fi-cam radiofônicos e sem brilho. E oproblema parece não estar no preçoe sim na qualidade dos projetos.

VALORAÇÃOA discussão sobre a forma de valoraro arranjo original de uma música naarrecadação dos direitos autorais nãoencontra muito campo para discus-são na lei, afinal ela entende comoautor apenas aquele que fez a letra e amelodia. Produtores e arranjadores,no entanto, têm um entendimento deque os arranjos deveriam fazer partedesse contexto. Músicas comoFullgás (na voz da Marina), New York,New York (cantada por Frank Si-natra), Será (na versão original doLegião Urbana), Óculos (dos Pa-ralamas do Sucesso), Wonderful World(com Louis Armstrong), são apenasalgumas das canções que mesmo e-xaustivamente regravadas, jamais se-rão desvinculadas de seus arranjosoriginais exatamente porque são de-finitivos e inarredáveis do seu con-texto e resgate artístico. Mas a per-gunta que fica no ar é de difícil respos-ta. Como valorar isso?

LI E NÃO ACREDITEIUm dos maiores jornais do paíscom sede em SP publicou o artigo

de um crítico (?!?) que chamou aValeska Popozuda de Lady Gagabrasileira. Passada a irritação coma bobagem que li, fiquei imaginan-do o tipo de gente que recebe espa-ços nobres para escrever sobre mú-sica no Brasil. Será que o rapaz sabeque a Lady Gaga é pianista com for-mação erudita, formada em Berke-ley (uma das maiores, senão a mai-or escola de música do mundo), au-tora de mais de uma centena demúsicas (está no Hall da Fama dosCompositores), dentre as quais su-cessos que venderam mais de ummilhão de cópias nos EUA, tem for-mação vocal na UCLA University(Califórnia) e uma dúzia de discospremiados ao redor do mundo? Nãosou fã da gringa e nem das suas mú-sicas, mas acho que respeito é bome cabe em qualquer lugar.

ARROCHOOs cachês de quase todos os artis-tas brasileiros passam por uma re-visão em tempos de crise. Enquan-to o perdulário poder público in-siste em contratar por preços irre-ais, afinal a nebulosidade dessescontratos vem demonstrando quenem todo o dinheiro que sai docaixa vai para o bolso do artista, ospromotores de eventos e contra-tantes em geral vivem cada vez maisapertados em orçamentos reduzi-dos e logística dispendiosa. Umaconhecida dupla sertaneja que jácobrou 200 mil por show, recente-mente fez um tour por Minas Geraise Bahia recebendo 60 mil por cadauma das quatro apresentações.

VERDADE DURAVou ser direto. Não existe guitarrapopular de madeira natural. Parater um preço final competitivo elassão confeccionadas em compensa-dos de madeirite de baixo custo eprocessados a partir das sobras derecortes de madeiras naturais. Pa-rece madeira natural, mas não é...

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igplace - Fabiano, qual a sua for-mação acadêmica e como você pa-

rou no mercado de entretenimento?Fabiano - Minha formação acadêmicanão é muito extensa. Tenho apenas osegundo grau e um curso de eletrônicafeito à distância, uma vez que esta era aúnica opção de se aprender eletrônicana cidade em que eu morava na épocaem que realmente decidi continuarcom a profissão. Digo “continuar” pelo

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Fotos: Arquivo Pessoal / Divulgação

seguinte: meu real início foi aos 6 anos,quando meus pais se separaram e eu fuimorar com o meu pai em uma de suasoficinas; uma vez que ele também é téc-nico em eletrônica. Era curioso, porqueantes mesmo de aprender a ler e escre-ver, eu reconhecia todos os componen-tes no esquema elétrico, não era difícil,uma vez que estes são símbolos e eu erauma criança. Também costumava ajudá-lo na bancada desmontando sucatas e

GNesta série de entrevistas sobreos bastidores dos shows das

produções musicais falaremossobre a profissão de Técnico deManutenção e o entrevistado é

o Fabiano Rezende.

Profissões do

backstage’backstage‘

F A B I A N O R E Z E N D E

T É C N I C O D E M A N U T E N Ç Ã O

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trocando componentes, o que mefez adquirir uma boa prática comcircuitos eletrônicos e ferramen-tas, como ferro de solda etc. Nestamesma época, início da década de80, também tive oportunidades deassistir com meu pai a muitos cur-sos de especialização de marcascomo Philips, Mitsubishi, Toshiba.Aos 12 anos, já fazendo reparoscom o uso de esquema elétrico, de-cidi centralizar as energias apenasao pró áudio. Aos 15, eu ocupavaum cargo de gerente em uma ofici-na desta área já com meu primeiroregistro em carteira como técnicoem eletrônica. Aos 25 decidi dei-xar a bancada para ganhar um pou-co de experiência na “estrada” e fuicontratado por uma das maioreslocadoras de som do Brasil. Meuintuito era adquirir experiência deuso, logística e problemas de con-dições adversas que os equipamen-tos sofrem no dia a dia. Foram qua-se nove anos nesta incrível experi-ência. Em 2007 resolvi voltar paraa bancada, porém com minha pró-pria assistência técnica, e atravésdela tive a oportunidade de fazeralguns cursos de manutenção ele-trônica na Europa e EUA.

Gigplace - Pode parecer óbvio, maso que faz um técnico de manutençãoeletrônica, quais as suas atribuiçõese qual o perfil dos seus clientes?Fabiano - A principal função do téc-nico em eletrônica sem dúvida é fa-zer reparos corretivos em equipa-mentos eletrônicos. Em menorescasos, as manutenções preventivas;também existem situações em queele é solicitado apenas como umconsultor. Existem vários perfis, po-rém os principais são locadoras detodos os portes, bandas, estúdios degravação, instituições corporativasgovernamentais e “hobistas”.

Gigplace - Com os crescentesavanços tecnológicos , como as

bandas e empresas cuidam dosseus equipamentos? Elas fazemmanutenção preventiva progra-mada ou só recorrem aos serviçosquando algo quebra?Fabiano - Isso varia de acordo como tipo de cliente. Por exemplo, lo-cadoras de pequeno porte normal-mente enviam seus equipamentosapenas quando os mesmos apre-sentam um problema explícito. Asde médio porte normalmente sãoas que mais nos enviam aparelhospara manutenção preventiva, prin-cipalmente consoles e sistemaswireless em geral. Já as locadorasde grande porte, dificilmentenos enviam equipamentos paramanutenção preventiva. Elesnormalmente possuem um de-partamento técnico preparadopara estes trabalhos diários. Oque recebemos normalmentedeste tipo de cliente são equi-pamentos que costumamoschamar de “causas impossí-veis”, ou seja, aqueles já bas-tante mexidos e, pior que isso,eles normalmente precisampara o dia seguinte. Entretan-to, este tipo de trabalho nostraz muita gratificação emtermos profissionais. Os es-túdios dificilmente têm tem-po para manutenções pre-ventivas, normalmente sóenviam seus equipamentospara a oficina quando nãotem mais jeito. Ou pior, so-licitam uma visita técnicapara que a manutenção seja feita nolocal, pois o estúdio não pode parar.

Gigplace - Em linhas gerais, osequipamentos que chegam à suaoficina são por causas, digamosNATURAIS (desgaste, tempo deuso), ou por falha humana?Fabiano - Sem sombra de dúvidasas falhas humanas lideram esteranking. Chamo de falha humanacoisas do tipo: cases mal desenha-

dos, transporte inadequado, faltade preocupação em se anteciparcondições adversas como chuvanas “asas” do PA, na house e mo-nitor mix, problemas diversos re-lacionados à ddp’s existentes en-tre a house e o palco e em situa-ções em que é necessário enviarsinal de um console do sistemapara uma unidade móvel, umacâmera etc.

Gigplace - Na atua-lidade, os equipamentos na suagrande maioria são computado-res dedicados para executar de-terminadas funções. O usuáriomediano tem consciência doscuidados ao utilizar estes equi-pamentos ou ainda tratam comose fossem analógicos?Fabiano - Esta pergunta tambémestá relacionada ao perfil do clien-te. Para os clientes de estúdios esta

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diferenciação de tato com o tipo deequipamento é bem mais fácil pordiversos fatores. Eles normalmentesão mais detalhistas e também têmmais tempo para conhecer seus equi-pamentos de forma mais completa,também porque normalmente menospessoas os utilizam. Já os “PAzeiros”não conseguem ter o mesmo contro-le, uma vez que várias pessoas com di-ferentes níveis de conhecimento uti-lizam seus equipamentos. De ummodo geral, a mudança do analógicopara o digital teve seus lados positi-vos e negativos no ponto de vista dafragilidade e defeitos.

Gigplace - Ainda na linha da per-gunta anterior. As consoles digitaisvão muito para conserto? Quais osprincipais problemas e os mais es-quisitos que você já viu?Fabiano - Sim, recebemos mais con-soles digitais atualmente do que aanalógica no passado. Atribuo isso adois fatores principais: a logística dosdigitais é bem mais fácil do que aanalógica, isto faz com que o clientenão precise esperar a mesa ter dezenasde problemas para recorrer à assistên-cia, também porque os tipos de defei-tos são mais imprevisíveis e compro-metedores. Os defeitos mais comunsem consoles digitais que utilizam mixrack ainda são os causados por decor-rência de ddp nas entradas analógicasou nas digitais; entretanto, outros de-feitos variam de marca para marca,como por exemplo, desgaste precoceem potenciômetros, problemas relaci-onados a mau contato excessivo eminterconexões frágeis, dentre outros.Já vi muita coisa estranha, mas ummais recente foi quando eu recebi umaPM5DRH com o seguinte sintomaalegado pelo cliente: em alguns showsa mesa reiniciava sem nenhum moti-vo relacionado a variação de energiaelétrica. Depois de quase dois diasprocurando o problema sem que amesa apresentasse o sintoma, resolvifazer algumas medições em uma de

suas main boards, foi então que encon-trei pequeno ser que não se pareciacom nada que eu já tenha visto resi-dindo entre o cartão de memória in-terno e a placa de CPU. Não penseiduas vezes, dei-lhe ordem de despejo,lavei a placa e tudo voltou ao normal.

Gigplace - Quais dicas você dariapara prolongar a vida útil dos equi-pamentos utilizados na estrada, sejaem shows e ou eventos?Fabiano – Vamos a algumas dicaspor tipo de equipamento:Microfones e sistemas pessoais em ge-ral: adicionar sílica-gel ao local de ar-mazenagem diária. Em caso de artistasque transpiram muito é IMPRESCIN-DÍVEL a revisão periódica, isso poderáreduzir o risco de perda total do equi-pamento devido à corrosão de trilhas epontos metalizados.Mesas de som: redobrar os cuidadosem relação à chuva e líquidos próximosà mesa. SEMPRE utilizar isoladorquando for preciso enviar ou recebersinal de outro ponto, independente deser um dispositivo com bateria.Amplificadores de áudio: utilizar um sis-tema de ligação em que seja IMPOSSÍVELse conectar a saída de um canal na saída deoutro canal. Se possuírem processa-mento integrado, utilizar um isoladorpassivo na entrada de cada via. Redobraros cuidados em relação à chuva, mesmonão havendo previsão de chuva.

Gigplace - Uma dúvida, que é quaseum mito: é verdade que os sistemas deRF precisam ser calibrados de temposem tempos? E, se verdade, quais ossintomas que eles passam a apresentarquando estão descalibrados?Fabiano – Sim. Para os sistemas maisantigos e não para os mais novos. Oque acontece é o seguinte: devido àcultura que se adquiriu por precisarcalibrar os sistemas antigos, qualquersintoma anormal as pessoas imagi-nam que o sistema precisa ser calibra-do, ao passo em que na maioria dasvezes se trata de um ou mais defeitos

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eletrônicos. O problema é este, ossintomas de quando precisam ser ca-librados são os mesmos dos relacio-nados a falhas eletrônicas. Normal-mente são perda de sensibilidade derecepção, baixa potência de trans-missão, valores altos de THD e nosatuais até mesmo marcações erradasnos níveis de bateria, RF, áudio etc.

Gigplace - E falando em manuten-ção preventiva, o que deve ser obser-vado e planejado para estender avida útil de equipamento de áudio,vídeo e iluminação?Fabiano - Nos equipamentos atuais,não existem muitas coisas a seremfeitas neste sentido sem que se abramos mesmos. Entretanto, eu daria algu-mas dicas simples. Limpar os poten-ciômetros “fader” dos consoles com arcomprimido, nunca aplicar nenhumtipo de produto (a menos que este sejaespecificado pelo fabricante), lubrifi-car os contatos dos suportes de pilhasdos transmissores, receptores e ou-tros equipamentos que o utilizem,guardar os microfones com e sem fioe “body packs” em local seco, de pre-ferência utilizar um desumidificador,e verificar periodicamente o funcio-namento das antenas e demais cabosde forma separada.A manutenção preventiva feita de for-ma correta, sem dúvida, é a forma maisbarata e eficaz; ela aumenta a vida útildo equipamento, proporciona uma se-gurança maior por parte do usuário, di-minuindo as chances de surpresasconstrangedoras que comprometam areputação da empresa, e também garan-te que o equipamento desempenhesuas funções da melhor forma possível.

Gigplace - Um dos problemas maisestranhos do Brasil é que algumasmarcas ficam “órfãs”. Ou seja, ficamperíodos sem representante e suporteno Brasil. Como você faz para aten-der esses clientes, já que muitas vezeseles não têm a mínima ideia de ondeconseguir peças de reposição?

Fabiano - Ótima pergunta. Porém, antesde respondê-la será necessário ressaltaralguns pontos. O formato que o técnicodeve utilizar para reparar os equipamen-tos atuais é bem diferente de como se fa-zia no passado. Onde você simplesmen-te analisava o sintoma, abria o aparelho ecomeçava uma busca usando um acú-mulo de experiência teórica, prática eum pouquinho de intuição.Hoje em dia, em uma simples cai-xinha amplificada você encontra CIsprogramáveis na fonte de alimenta-ção e em seus DSPs, componentescom códigos não comerciais etc. Demodo que, sem o respaldo do fabri-cante, às vezes se torna impossívelefetuar o reparo. Ou seja, além doconstante autodidatismo, que é pré-requisito na vida de um bom técnico,ele precisará contar muito com oapoio do importador e este, conse-quentemente, do fabricante.Geralmente no Brasil, quando o cli-ente inicia o processo de escolha doequipamento, ele se preocupa muitomais em saber qual está sendo usadopela empresa A, B ou C, esquecendode levar em consideração uma série deoutros fatores. O histórico da marcano sentido de pós-venda é algo muitosério e que na maioria das vezes édesconsiderado. A dimensão desteproblema é tão grande que chega aatingir não só o consumidor final,mas às vezes até o importador.Também não é uma boa ideia comprarum equipamento importado levan-do-se em consideração apenas a qua-lidade do produto. Afinal, o únicoequipamento que não dá defeito éaquele que não foi ainda inventado.O que muda é a quantidade de proble-mas e capacidade de solucioná-los. To-dos os equipamentos, sem exceção, pos-suem seus pontos fracos. Muitas vezes,visando fazer um bom negócio, algunsimportadores se encantam com a opor-tunidade de importar uma determinadamarca devido a esta ser boa, barata etc.Porém não dá a devida atenção aos aspec-tos técnicos desta. Aí é que começa o pro-

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blema, pois se ele erra nas contas, certa-mente não conseguirá sustentar a marcae, no final, o maior prejudicado será oconsumidor. Neste momento é que entrao trabalho da assistência técnica que de-verá criar meios alternativos para conse-guir peças e suporte de um modo geral.

Gigplace - Para descontrair um pouco.No seu dia a dia deve ser muito co-mum ouvir: “Tava bonzinho ontem...”,“ Começou a fazer um barulho estra-nho e PUFFF...”, “Eu nem mexi, e eleparou”. Quais as histórias mais hilá-rias você já viu, ou ouviu na sua ofici-na, resguardando é claro a identidadede seus autores?Fabiano - Sim (risos). Estas histórias sãotão frequentes que algumas respostassão até espontâneas. “Estava bonzinhoontem”. Costumo dizer que é assimmesmo, tem muita gente que viveu uns90 anos até ontem e hoje não está maisaqui. Tem uma frase que eu escuto desdea época das TVs preto e branco val-vuladas. “Parou e eu acho que é o fuzil”.Ta maluco? Sai com isso daqui! (risos).Um dia destes um cliente me trouxe umprocessador com o seguinte sintoma: àsvezes funciona e às vezes para. Abri oaparelho e notei que o mesmo estavasem transformador. O que dizer?Uma coisa que é bem comum: vocêconserta o canal 10 da mesa de som docara. Ele leva e usa a mesa por um anoe meio. Depois disso, ele te liga dizen-do: sabe aquela mesa que você conser-tou? Pois é, está com o mesmo defeito.Daí você recebe o equipamento e per-cebe que o problema é um ruído noauxiliar quatro. E, pior que isso, trata-se de outra mesa. A lista de defeitosescritos sobre os aparelhos normal-mente é bem variada, mas a gente en-tende bem esta linguagem: FU ouFUD***, bizzzz, “fazendo trunnnnn”,“mauco”, “bichado”,”pt”, “racha”,“jaz”, “explode”, “trocou o fusível e saiufumaça”, bum, “cerveja” e por aí vai.

Gigplace - Com as atuais mudançaseconômicas o que você acha que será

a tendência: investimento em novosequipamentos ou políticas de manu-tenção preventiva para manter funci-onal o material já adquirido, esten-dendo assim a sua vida útil?Fabiano - O investimento em novosequipamentos será necessário sempre,uma vez que lidamos com tecnologias;entretanto, tomando como referênciaa atual conjuntura, acredito que a ma-nutenção preventiva será o fator de-terminante para muitos empresáriosda indústria do áudio se manterem nomercado durante este período.

Gigplace - Você lida com tecnologiadiariamente, o que você acha queserá o futuro da tecnologia em áudioe iluminação num futuro próximo?Fabiano - Poderia citar aqui duas tecno-logias que não são novas, porém acredi-to que terão suas aplicações ampliadas.Os CIs FPGA e o protocolo DANTE.

Gigplace - O que falta ainda ao Fa-biano para que ele se torne um pro-fissional ainda melhor?Fabiano - Continuar criando métodospara diminuir o tempo gasto nas manuten-ções eletrônicas e conseguir tempo para fa-zer um curso de rede de computadores.

Gigplace - Quais os seus planos para o fu-turo, onde você pretende estar daqui a 10anos, nos planos profissional e pessoal?Fabiano - Continuar evoluindo emtermos de conhecimento em busca do“estado de arte” em nossos reparoseletrônicos. No aspecto pessoal? Seilá (risos), talvez tomando uma água decoco em alguma ilha na Austrália.

www.flyaudiosolutions.com.br

www.facebook.com/fabiano.rezende

Para saber online

Este espaço é de responsabilida-de da Comunidade Gigplace. En-vie críticas ou sugestões para [email protected] ou [email protected]. E visiteo site: http://gigplace.com.br.

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S6 é a superfície de mixagem commódulos tácteis e touchscreens, e o

E6 é o motor de processamento de áudiocom placas HDX e processamento 64bits. A Stage 64 tem pré de microfonePremium (THAT coorperation), e op-ções para diversos protocolos comoAVB, Fibra Ótica e MADI Split comSRC (Sample Rate Converter). Com umsistema “plug and play” extremamente

A intuitivo e amigável, o sistema tem op-ções avançadas, caso o usuário opte porexplorar tais opções. “Usamos pro-cessamento da Intel i7, com opções paraupgrade de processadores mais podero-sos quando estiverem disponíveis, e pla-cas HDX para processamento de plug-ins AAX DSP”, ressalta Ricardo Man-tini, especialista de soluções para somao vivo da Avid.

[email protected]

Fotos: Divulgação

S6LDEDICAÇÃO AO SOM AO VIVO

Composto de três módulos,uma superfície de controle S6,

um mecanismo deprocessamento E6 e um

módulo de Entradas e SaídasStage 64, a S6L tem comoprincipal funcionalidadeservir ao som ao vivo. No

entanto, o sistema pode serperfeitamente utilizado para

outras performances, tendo emvista que possui

funcionalidades embutidaspara broadcast e para gravação

de multipistas ao vivo. O queesperar? Mais poder, mais

processamento, maiscapacidades, novos fluxos de

trabalho, tudo isso em umsistema compacto, amigável

e intuitivo.

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Outra caracterís-tica é quanto aos

plug-ins, uma vez quequalquer plug-in AAX DSP po-

de ser instalado no sistema e utili-zado, incluindo o de terceiros. Osistema também vem com um pa-cote de plug-ins da Avid extensi-vo, como a nova série PRO. “Ouso de plug-ins ao vivo faz partedo legado herdado da Venue, quesempre deu ao técnico de mixa-gem a possibilidade de usar a mes-ma configuração em todo show”,completa Mantini.Além disso, também é possívelter compartilhamento das entra-das do Stage 64 com ganho inde-pendente para cada E6 e S6, o que

elimina a necessidade de multi-cabos grandes e caros, simplifi-cando a logística.

SISTEMA MODULAR

Criado para encarar com facili-dade as turnês e eventos maisexigentes, o sistema modular daS6L foi criado em cima da experi-ência de mais de 10 anos na fabri-cação de produtos para o merca-do Live, com feedback de profis-sionais do ramo. “Alguns estãona equipe que criou a S6L. Osistema dá ao engenheiro acessoa qualquer parâmetro que desejacom, no máximo, dois toques.Imagina como isso simplifica epotencializa o seu trabalho e

criatividade!”, avalia o especia-lista da Avid.São mais de 300 canais e um poderde processamento enorme, alémde extensa gama de ofertas de I/O eredes, permitindo que o técnico fa-cilmente configure o sistema eatenda às exigências de cada tra-balho. Isso prova que a Avid con-tinua evoluindo e reinventandosuas consoles digitais para som aovivo. De acordo com Mantini, aideia é atender a toda gama de cli-entes, e as necessidades das produ-ções modernas, inclusive as querequerem as configurações maisexigentes. “Uma parte do mercadoexige esse alto poder, e queremoscobrir com conforto as necessida-des de todo o mercado”, explica.O S6L se destaca em relação aosdemais sistemas por ser um siste-ma completamente novo que in-clui nova tecnologia, novos pro-cessadores de áudio com mais ca-pacidade, pré-amplificadores deáudio de nível “Premium”, tudoisso em um ambiente amigávelpara qualquer usuário. “O siste-mas Venue tem um legado nomercado do som ao vivo. Já é co-nhecido e provado por todos.Nesta nova geração, o objetivo élevar o usuário ao próximo nível.Nós estamos confiantes que a re-cepção do mercado será das me-lhores”, resume Mantini.

Paulo (Quanta), Karla (Quanta), Robert Scovill (Avid), Lazzaro (Técnico Monitor), Mauricio Pinto(Técnico PA), Kalunga (Técnico PA), Milton (Quanta)

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e um lado, a série Y oferece escalamédia adequada e soluções de point

sources distribuídas ou autônomas, en-quanto que, por outro lado, o amplo es-pectro do potencial de um line array demédio porte é herdado de suas irmãs, asséries V e J. As características de disper-

D são horizontal flexível e difusor giratóri-os com inovadoras guias de onda perso-nalizadas garantem diretividade cons-tante em uma largura de banda ampla.Outro destaque dos modelos dessesequipamentos são as disposições polaresdo driver, que fornecem controle de

[email protected]

Fotos: Divulgação

SÉRIE YPOTÊNCIA E VERSATILIDADE

Projetados comuma perspectiva

para oferecersoluções flexíveis e

configuráveis, osgabinetes da série Ysão indicados parateatro, transmissão,

shows ao vivo,eventos

corporativos ereligiosos, e demais

aplicações queexigem qualidades

rígidas nodesempenho.

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dispersão preciso, e um potente de-sempenho de grave, derivado doprojeto bass-reflex. Sistemas de trêspontos de suspensão, integradosnos gabinetes, permitem que sejammontados em arrays, até o subgravecardioide, e estes, juntamente comas opções de sobreposição no solo,apresentam uma gama de possibili-dades para instalação.Os gabinetes Yi, por exemplo, dife-rem apenas um pouco na constru-ção do gabinete e no hardware demontagem. Eles se destinam a es-paços de espetáculos com instala-ções fixas. O hardware de monta-gem e os gabinetes desse modelopodem ter as cores distintas paracombinar com o design interior etêm proteção contra intempéries.

GABINETE Y7P

Já os compactos gabinetes Y7P deduas vias passivas apresentamdois falantes de 8" em uma dispo-sição bipolar com um driver decompressão de 1,4" montado emum difusor CD giratório. A sofis-ticada geometria do difusor, com-binada com o projeto avançadobass-reflex, oferece recursos delargura de banda total com umasaída LF estendida. Esses gabine-tes de point source de alto desem-

penho oferecem diretividade ho-rizontal de 75°, controlada até500 Hz, combinada com uma dis-persão vertical de 40°. O difusor

pode ser girado em 90° para per-mitir orientação horizontal.

AMPLIFICADORES

O Y7P oferece uma ampla varieda-de de possibilidades de instalação,especialmente quando utilizada

em modo stand alone, ou combi-nado com outros elementos da sé-rie Y, em sobreposição no solo oususpensa. Além disso, dois outrossoquetes M10 aceitam o pino decarga de 8 milímetros para ampliaras opções de montagem. E aindapodem ser acionados pelos ampli-ficadores D6, D12 ou D80 d&bcom a configuração apropriada.

GABINETE Y10P

Os compactos gabinetes Y10P deduas vias passivas apresentam doisfalantes de 8" em uma disposiçãobipolar com um driver de compres-

são de 1,4" montado em um difusorCD giratório. A sofisticada geo-metria do difusor, combinado como avançado projeto bass-reflex,oferece recursos de largura de ban-da total com uma saída LF estendi-da. Esses gabinetes de point source

de alto desempenho oferecem dire-tividade horizontal de 110° con-trolada até 500 Hz, combinada comuma dispersão vertical de 40°. Odifusor pode ser girado em 90° parapermitir orientação horizontal.O Y10P também pode ser utilizadocomo um sistema stand-alone, oucombinado com outros elementosda série Y, em sobreposição no soloou suspensa. Da mesma forma queo Y7P, dois outros soquetes M10aceitam o pino de carga de 8 mili-metros para ampliar as opções demontagem e ainda podem ser acio-nados pelos amplificadores D6,D12 ou D80 d&b.

GABINETE Y8

O compacto gabinete de conjuntolinear Y8 foi projetado para uso emcolunas verticais. O sistema de 2vias passivo conta com dois falan-

A sofisticada geometria do difusor,

combinado com o avançado projeto bass-

reflex, oferece recursos de largura de banda

total com uma saída LF estendida

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Para saber online

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tes de 8" em uma disposição bipolarcom um driver de compressão de 1,4"instalado centralmente com um trans-formador de onda. A sofisticada geo-metria da corneta, combinada com oprojeto avançado de porta com refle-xão de baixos, oferece recursos de lar-gura de banda total com uma saída LFestendida. Esses módulos de conjuntolinear de alto desempenho oferecemdiretividade horizontal de 80° con-trolada até 500 Hz.O projeto mecânico e acústico permi-te conjuntos verticais de até vinte equatro gabinetes com ângulos comchanfrado vertical de 0° a 14° comuma resolução de 1°. Pode ser usadoem colunas apenas com gabinetes Y8ou combinado com gabinetes Y12 ouY-SUB. O gabinete é construído emcompensado naval e possui o mesmoacabamento do Y7 e do Y10, resisten-te a impactos e intempéries com pro-teção por PCP. Cada painel lateral in-corpora uma pega, e outras duas pegasembutidas são fornecidas na partetraseira. O hardware de suspensão detrês pontos é integrado ao comparti-mento do gabinete.

GABINETE Y12

O Y12 foi projetado para uso em colu-nas verticais. O sistema de 2 vias pas-sivo conta com dois drivers de 8" emuma disposição bipolar com um dri-ver de compressão de 1,4" instaladocentralmente com um transformadorde onda. Esses módulos de conjuntolinear de alto desempenho oferecemdiretividade horizontal de 120° con-trolada até 500 Hz. O projeto mecâni-co e acústico permite conjuntos ver-

ticais de até vinte e quatro gabinetescom ângulos com chanfrado verticalde 0° a 14° com uma resolução de 1°.Pode ser usado em colunas apenascom gabinetes Y12 ou combinadocom gabinetes Y8 ou Y-SUB.

Como características em comum nosmodelos Y7P, Y8, Y10P e Y12 é que to-dos eles são construídos em compen-sado naval e possuem acabamento re-sistente a impactos e intempéries comproteção por PCP (proteção de gabi-nete em poliureia). A parte frontal éprotegida por uma grade metálica rígi-da apoiada por uma espuma acustica-mente transparente.

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profissão de Produtor Musical emtelevisão, especificamente, é um

segmento que vive numa crescente de-manda em todo o mundo. Impulsionadapor plataformas como Youtube e Vimeo,entre outros modelos alternativos demercado – além dos já convencionais ca-nais de TV aberta e a cabo –, a área requeruma constante reformulação técnica, aopasso que a ‘polivalência’ no assuntotorna-se fator indispensável para a ob-tenção de um bom resultado final.

Luiz de Urjaiss

[email protected]

Fotos: Internet / Divulgação

A Com o crescimento dos reality shows e oavanço das tecnologias de informação,fica evidente a importância de um bomtrabalho sonoro. Para tanto, de acordocom o produtor musical Alexandre deFaria, profissional que exerce a função hácerca de 10 anos à frente de importantesproduções da TV Globo, o técnico deve eprecisa atualizar-se com o momento es-tético atual. “Somos os responsáveis emtraduzir as demandas de nossa área numcontexto contemporâneo e criativo. Esse

BOM SOM

PRODUÇÃO NA TV:

BOM SOM

ESTÉTICA ALIADA AOPRODUÇÃO NA TV:

A produçãomusical integratodo e qualquer

formato deconteúdo

multimídia. Dosgames aos realityshows, passandopelo jornalismo e

todo tipo dedramaturgia, a

música sempre teráo papel de enlevar

as emoções esublinhar as ações

contidas noconteúdo.

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‘mindset’ refletirá em todo o escopode atuação. Desde a assessoria e re-lação com o diretor até na formacomo serão criados os arranjos dasmúsicas”, comenta.Ainda de acordo com Alexandre,os softwares estão evoluindo mui-to rapidamente, fomentando li-vrarias de samplers cada vez maisinteressantes. Neste sentido, oprodutor precisa estar “antenado”constantemente com a tecnologiaenvolvida em todo o processo.“Seja usando instrumentos virtu-ais, acústicos ou um híbrido dosdois, o padrão de qualidade do re-sultado final está cada vez maior.Eu escuto muitas mixagens minhas(e de outros amigos) de anos atrás ea diferença é gritante. Acreditoque, em parte, isso tenha a ver coma mudança do conceito de mi-xagem atual. Estamos vivendo oque é conhecido como ‘the Loud-ness war’ (a guerra de Loudness).Concordando ou não, acabamosnos modificando também”, avalia.Segundo o produtor musical JoãoJacques, à frente de produções daTV Record desde 2007, quando setrabalha produzindo um artistapara um disco, o foco, na maioriadas vezes, é a música propriamentedita. No entanto, no audiovisual, otrabalho acaba se estendendo a ou-tros departamentos, exigindo doprofissional um olhar de 360 grausda produção em questão. “Essatroca é ótima, masexige muita atençãocom os outros seto-res. Não consigo co-locar uma ‘big band’em uma cena de no-vela se o cenógrafonão projetar um palcoque comporte todosos músicos, se o depar-tamento de arte não fi-zer o dressing do palco,se a produção executi-va não pagar os cachês,

e por aí vai. O produtor não ficamais em uma zona de confortocercada só por músicos, comona gravação de disco em estúdio.Temos que lidar com profissio-nais de diferentes backgrounds, eisso gera uma ótima troca. Coo-peração é o mais importante noaudiovisual”, observa.

MÚSICA PARA TVAo abordar os desafios e pe-culiaridades no trabalho commúsica para TV, Alexandrecita três pontos como funda-mentais: velocidade, flexibi-lidade e versatilidade. “Ve-locidade, pois tem que serrápido e produzir algo bom para odia seguinte (ou antes) com fre-quência; flexibilidade, já que é par-te de um processo delicado da pro-

dução e seguir por um caminho ar-tístico que já foi definido por ou-tro; e ver-

satilidade, já que eventualmenteo produtor se envolverá em traba-lhos que exigirão um conhecimen-

to abrangente de estilos musicais”.Alexandre explica que no trabalho

com música para TVexiste uma “camada amais” entre o produtofinal e o telespectador.Ou seja, o material foiescrito por alguém, eserá dirigido por ou-trem. Assim, a neces-sidade de saber tra-duzir a visão do dire-tor é o diferencial. “Odiretor é o ‘regente’da obra. Ao sentir suaintenção com o tra-balho, você incor-

Estamos vivendo o que é conhecido

como ‘the Loudness war’ (a guerra de

Loudness). Concordando ou não, acabamos

nos modificando também (Alexandre)

Alexandre de Faria

João Jacques à frente de produções na Record

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A TV em última instância

Com mais de 25anos atuando co-mo produtor mu-sical da TV Glo-bo, Paulo Hen-rique Castanhei-ra, ou PH Casta-nheira, respon-sável pelo qua-

dro Os Iluminados, do ‘Domingão do Faustão’,conta o desafio que é desenvolver este projeto atualmente. Oquadro é importado de um formato alemão que se chamaKeep your light shining. De acordo com Castanheira, normal-mente, esses formatos comprados vêm com instruções docaminho para a realização do jogo. Todavia, com o quadroem questão, a realidade foi diferente.“Eu só tinha os vídeos da temporada alemã e das Filipinaspara me basear. Não tive outro caminho senão criar o meumétodo de trabalho. Minha experiência de ter produzido to-das as edições do Fama me ajudou bastante. Primeiro anali-sei as regras do jogo, percebi o desafio da tonalidade. De-pois as divisões das músicas em partes iguais, que não sãodivisões em estrofes, mas, sim, em tempo. Percebi que tinhaque fazer um estudo do repertório, analisando as cançõesque se prestavam para serem divididas pela quantidade departicipantes, até a final com o grande dueto. Decidi estudartonalidades centrais para cada música que atendessem àmaioria dos cantores – mesmo sabendo que só isso não adian-taria, e que eles em vários momentos teriam que improvisar”.

Produtor do quadro Os Iluminados defende profissionalmultidisciplinar nas produções para televisão.

Para realizar o quadro, Castanheira formou uma equipe queconta com doze músicos, dois produtores assistentes, umarranjador de apoio, um técnico de gravação, um técnico demixagem, um técnico de monitor, três assistentes e trêspreparadores vocais.

Polivalente

Paulo Henrique Castanheira explana que o trabalho de pro-dução musical em TV se beneficia da experiência que o pro-fissional tem em produções fonográficas, com artistas emshows, teatro ou cinema. Segundo ele, o trabalho em TV tema capacidade de abranger a maior parte das especialidadesque o músico possa ter. Assim, além de tocar, precisa arran-jar e compor. Daí a necessidade de desenvolver a‘polivalência’ na área.“Os clientes dos produtores musicais são os diretores. É impor-tante ter a empatia, a admiração mútua e, principalmente, aconfiança do diretor com quem você está trabalhando, e pro-curar entender suas necessidades, sendo o mais colaborativoe direto possível na execução do trabalho”, diz. “Toda produ-ção sempre exige sua total atenção e cuidado, mas se tivesseque destacar algum tipo de atenção extra, seria em formatosnovos. No meu caso, já vivi muitas experiências variadas e issome concede um arsenal grande de know how para criar aminha logística de trabalho. Sem contar que, hoje em dia,temos acesso a ferramentas de pesquisa muito eficientes nainternet. Com um roteiro, sinopse ou às vezes somente um bompapo com o roteirista ou o diretor, pode-se estruturar o métodode trabalho para melhor atender ao produto”, sintetiza.

pora a versão dessa realidade artística e a imprime mu-sicalmente. Acredito que seja o maior desafio dessaárea da produção musical”, fala.

DESAFIOSPara citar alguns momentos marcantes da carreira,João Jacques comenta sobre o trabalho que desen-volveu na minissérie Plano Alto , de Marcíl ioMoraes, dirigida por Ivan Zettel. A obra tratava depolítica, com enfoque nos protestos ocorridos noBrasil, em 2013. “A música de protesto faz parte dahistória do nosso País. Por isso, não queríamos dei-xar as mais emblemáticas de fora, mas precisávamosdar uma cara atual à trilha”, ressalta. “Compor amúsica original da série foi muito desafiador, prin-

cipalmente paraas cenas dos Bla-ck blocks e ma-nifestações. Ne-las, mesclamos

takes gravados com imagens de arquivo dos protes-tos reais. Ficou tudo muito crível e o cuidado com amúsica original foi redobrado para que ela fosseapenas um complemento. Saber ‘tirar a mão’ é es-sencial. Nem sempre sua música é a estrela doshow”, completa.Com a maior parte dos trabalhos para TV realizadosem dramaturgia, Alexandre confessa que fazer novelade horário nobre é a coisa mais “desafiadora que exis-te”. “Apesar de ser gratificante ver o seu trabalho no ar,trata-se de uma grande demanda, responsabilidade etensão. Afinal, são 24 horas, 7 dias na semana, pormuitos meses de atenção voltados a isso”, pondera.“O caminho da especialização em ‘música para ima-gem’ é o grande ‘filão’ atual aos interessados na área deprodução musical para TV”, indica Alexandre, quelogo ratifica: “É necessário muito estudo. Sugiro muitaleitura, conhecimento de repertório erudito e populara fundo e estudo da teoria da música e afins, parareciclagem e aprofundamento”.

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ara não fugir à regra, a Yamaha apre-

senta o RIVAGE PM10, o primeiroconsole digital modular integrante da sua

nova geração de equipamentos voltadospara sonorização “ao vivo”, redefinindo

novamente em termos de qualidade desom, funcionalidade e capacidade de ex-pansão, tudo isso aliado à confiabilidade e

segurança que o pedigree da marca trans-mite aos profissionais da área.

Um sistema RIVAGE PM10 é compos-to por três componentes básicos: pela

superfície de controle CS-R10, pelacentral de processamento DSP-R10 e

pela unidade de conexões (digital snake)RPio622, todas equipadas com duas

fontes de alimentação redundantespara garantir um funcionamento contí-

Luciano Freitas

[email protected]

Fotos: Divulgação

nuo e seguro. Conforme a complexida-

de da demanda, o sistema poderá serconfigurado com duas unidades de pro-

cessamento e com até 8 unidades de co-nexões simultâneas. Cada unidade

RPio622 possui 6 aberturas (slots) paraa instalação de placas da linha RY (dis-poníveis nos modelos RY16-ML-Silk,

com 16 canais de entradas analógicaspara microfones ou sinais de linha;

RY16-DA, com 16 canais de saídasanalógicas; e RY16-AE, com 16 canais

de entradas e saídas digitais no formatoAES/EBU) e 2 aberturas para a instala-

ção de placas HY (disponíveis nos mo-delos HY144-D, proporcionando a co-

municação simultânea de 144 canais deentradas e saídas no protocolo Dante,

P

Passadas quase trêsdécadas que a

Yamaha lançou o seuprimeiro mixer para

áudio digital (oDMP7), iniciando

assim uma trajetóriaevolutiva que a

mantém até hoje comoreferência do mercado

nesta categoria deproduto, presenciamos

que muitas inovaçõestecnológicas criadas

pela empresadebutaram nos

integrantes da suaconsagrada linha de

consoles PM.

D A YA M A H A

O NOVO CONSOLE MODULARO NOVO CONSOLE MODULAR

RIVAGE PM10

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da empresa Audionate; e HY256-TL, com 256 canais de entradas e

saídas no novo formato proprie-tário TWINLANe, ambas operan-

do em amostragens de até 96kHz/32Bits), sendo estas que o interligam

com a central de processamento.Como ponto de partida, a Yamaha

desenvolveu a seção de entradasdo RIVAGE PM10 com um proje-

to híbrido, sendo a parte analógicaresponsável por capturar o sinal

com o máximo de integridade pos-sível e a digital responsável por co-

lori-lo artisticamente utilizando atecnologia Virtual Circuitry Mo-

deling – VMC (disponível em to-dos os canais de entradas do con-

sole). Segundo o fabricante, estatecnologia é capaz de recriar preci-

samente no ambiente digital as ca-racterísticas sônicas presentes nos

pré-amplificadores desen-volvidos pela lenda vi-

va Rupert Neve, pro-porcionando um som

extraordinariamentemusical, encorpado,

com aquela “saturaçãonatural” que marcou a

sonoridade das déca-das de 1970 e 1980. De

posse dos projetos origi-nais da Neve, os engenhei-

ros da Yamaha estudaram ocomportamento de cada um dos

seus componentes (resistores,capacitores, transformadores),

bem como da interação do circui-to em si, recriando o algoritmo

“SILK” presente nos atuais pré-amplificadores da Rupert Neve

Design - RND. Essa ferramenta,capaz de reduzir a realimentação

negativa sobre o transformador desaída, tornou possível modelar as

características dos famosos pré-amplificadores vintages 1073 (na va-

riação RED) e Air Montserrat (navariação BLUE), permitindo tam-

bém o ajuste progressivo da presençae da textura do conteúdo harmônico

de modo a adaptá-los às especifi-cidades de cada fonte sonora.

Além das referidas inovações pre-sentes na sua seção de entradas

(com 144 canais), o usuário en-

contrará em cada canal do RIVA-GE PM10 novos equalizadores

paramétricos (4 ban-

das nos canais de entrada e 8 nosde saída, somados aos filtros de pas-

sagem de altas e baixas frequências)com 4 diferentes algoritmos (Preci-

se, Aggresive, Smooth e Legacy), edois processadores de dinâmica, os

quais podem ser escolhidos a partirde uma vasta coleção de gates, com-

pressores, limitadores, de-esseres

entre outros, todos adaptados às ca-

racterísti-cas sonoras pro-

duzidas pelo estágio deentrada do equipamento.

Para completar as seções de e-qualização e dinâmicos, cada canal

ainda fornece dois pontos de in-serção de plug-ins (no formato pro-

prietário da Yamaha), podendochegar a incríveis 384 instâncias

atuando simultaneamente. Essesprocessadores virtuais foram de-

Como ponto de partida, a Yamaha

desenvolveu a seção de entradas do RIVAGE PM10

com um projeto híbrido sendo a parte analógica

responsável por capturar o sinal

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senvolvidos em parceria com outrosconsagrados fabricantes do mercado,

entre eles a Rupert Neve Design –RND (modelos Rupert EQ 773, Rupert

Comp 754, Rupert EQ 810, RupertComp 830, Portico 5033 e Portico

5043), a TC Electronics (VSS4HD eNonLin2) - que agrega sonoridade

com seus exuberantes reverberadoresdigitais -, e a Eventide (H3000-LI-

VE, cópia fiel do Ultra HarmonizerH3000), totalizando 45 diferentes

processadores meticulosamente recri-ados pela tecnologia VCM.

Passando para o quesito operaciona-lidade, a Yamaha não poupou esforços

para desenvolver no RIVAGE PM10uma interface amplamente intuitiva,

capaz de proporcionar aos engenheirosde áudio o acesso direto a todos os seus

parâmetros (conceito “Selected Chan-nel”), como nos bons consoles analó-

gicos, aliado aos benefícios e recursosque só a tecnologia digital pode ofere-

cer. Sua superfície de controle apresen-ta três grupos com doze controladores

deslizantes (faders) cada, além de doisdedicados para a monitoração, os quais

podem ser configurados conforme asnecessidades de cada projeto. Os dois

grupos mais à esquerda estendem suasfunções para dois monitores de cristal

líquido (com 15”, sensíveis ao toque)posicionados logo acima deles, ofere-

cendo uma visão privilegiada dos parâ-metros desses canais. O conceito ergo-

nômico também foi bem explorado,contemplado desde o contorno dos bo-

tões dos faders (tornando-os mais con-fortáveis) ao posicionamento (inclina-

ção) dos monitores de vídeo, que per-mitem ao operador ótimo contato vi-

sual com o palco e com o console aomesmo tempo.

“Passando para o

quesitooperacionalidade,

a Yamaha nãopoupou esforços

para desenvolverno RIVAGEPM10 uma

interfaceamplamente

intuitiva, capazde proporcionar

aos engenheiros deáudio o acesso

direto a todos osseus parâmetros

(conceito“Selected

Channel”), comonos bons consoles

analógicos.

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Para saber online

br.yamaha.com/pt/products/proaudio

Outra ferramenta atualmenteprimordial nos consoles digi-

tais são as memórias de cenas.No RIVAGE PM10 são 1.000

as alocações disponíveis, comdiferentes filtros que permi-

tem especificar os dados queserão recuperados. Além dos

tradicionais modos “FocusRecall” e “Recall Safe”, já fa-

miliares aos usuários dos con-soles da Yamaha, o equipa-

mento traz dois novos méto-dos de operação: “Isolate”, que

permite isolar e proteger módulosde processamento completos (se-

ção dos equalizadores, seção dosdinâmicos, entre outras), e “Over-

lay”, que estipula valores de com-pensação aos ajustes pré-progra-

mados e salvos nas memórias.A RIVAGE PM10 também é capaz de

gravar e reproduzir arquivos de áudio

estéreo (WAV e MP3) armazenados

em uma unidade flash externa (pen-drive). Seu conversor de taxa de

amostragem torna possível gravar ereproduzir arquivos em configura-

ções diferentes das ativas no console,permitindo um roteamento flexível

para qualquer canal de entrada. Jápara quem pretende trabalhar com a

gravação de áudio multicanal, o equi-

pamento possibilita capturar ereproduzir simultaneamente até

128 canais em alta resolução(necessária a placa HY144-D

instalada no RIVAGE PM10 e aplaca Dante Accelerator PCIe

instalada no computador querodará a DAW). Tal recurso

permite ao operador gerar ar-quivos para passagens de som

virtuais, muito úteis quando osmúsicos não se encontram dis-

poníveis para essa tarefa.O equipamento estará disponí-

vel no mercado brasileiro já noprimeiro semestre de 2015. Mais

informações sobre o produto po-dem ser conseguidas com seu im-

portador oficial no Brasil.

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no novo, trabalho novo. Zezé diCamargo e Luciano não deixa-

ram passar janeiro sem gravar umnovo DVD ao vivo. No dia 16 do pri-meiro mês do ano a dupla entrou nopalco do Credicard Hall, em São Pau-lo, acompanhados da banda com sete

Miguel Sá

[email protected]

Fotos: Divulgação

músicos, mais um coro com três can-tores e naipe de cordas com dois violi-nos, duas violas e dois violoncelos. Aprodução musical foi da dupla e do di-retor musical e baixista Helio Bernal,que chamaram Flávio Senna para gra-var o áudio do DVD.

A

FLÁVIO SENNA

ZEZÉ DI CAMARGO E LUCIANO

COM

A O VIVOAO VIVO

Na Era dos plug-ins, os outboards

ainda têm vez?Flávio Senna diz

como levou todo oclima do show ao

novo DVD aovivo da dupla

Zezé di Camargoe Luciano.

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PRÉ-PRODUÇÃOCom cerca de 40 anos de carreira,boa parte deles nos estúdios da an-tiga RCA – junto com a EMI, celei-ro dos técnicos de som que fizeramhistória com a MPB –, Flávio játrabalhou em vários discos de Zezée Luciano. “A primeira coisa quefalamos é o que vai acontecer. Tem,por exemplo, que ver o input list,para saber o tamanho do trabalhoa ser feito”, define o técnico. “Abriapenas 56 canais de gravação, ape-sar de ter bastante gente no palco.Bateria, dois violões, duas guitar-ras, três pessoas no coro, baixo, umsanfoneiro e um sax. Basicamentefoi isso. Uma banda extremamenteensaiada, todo mundo com equipa-mento bom, só músicos bons. A pas-sada de som dos caras é inacredi-tável”, elogia o técnico de som.

A microfonação é sempre algo aser discutido. Flávio costuma con-versar com os técnicos residentesdos artistas, para chegar a um setupque atenda às necessidades de umagravação com o melhor som possí-vel. Ainda que isto signifique asubstituição de microfones comcápsulas velhas, com os quais o ar-tista esteja acostumado, ou a trocade um transdutor da marca que pa-trocina um músico por outro maisadequado à gravação. Tirando obaixo e as guitarras, gravados em li-nha a partir dos amplificadores, todoo resto foi microfonado. “Coro, so-pros, cordas... Gravamos tudo junto.

Eles (os músicos das cordas) não po-diam nem sair de cena quando não ti-nham que tocar para não deixar bura-co no palco”, relembra o técnico.A responsabilidade por posicio-namento de microfone e pelascondições de gravação são de Flá-vio. Por isto, ele sempre tem umassistente que o ajuda a manter ascoisas em ordem. “Tem que come-

çar direito na captação, na posi-ção do microfone. O bateristapode puxar a caixa um pouquinhomais para perto, ou o guitarristavai lá acertar o volume do ampli-ficador”, comenta alguns aspectosque podem influenciar a captaçãode forma negativa e que deve sercorrigida imediatamente. Esse é opapel do assistente, que na grava-ção foi Marcos Possato.Durante o show, Flávio Senna fi-cou em um camarim com umaAmek Recal RN com os pré-am-plificadores 9098 mais alguns pré-amplificadores externos. Um dos56 canais que Flávio Senna usouera uma redundância de voz . “Ti-nha uma voz que entrava diretono pré da mesa e outra que passavapor um outro pré externo com umcompressorzinho, um limiter, por-que o artista às vezes grita um ‘boanoite’ e pode distorcer. Mas ali (naredundância com compressor elimiter) tem essa voz sem distor-cer”, explica Senna. A ideia éque, caso haja alguma distorção,se possa, na mixagem, trocar ape-

nas o trecho distorcido da vozprincipal pelo comprimido nahora da mixagem.Flávio Senna também se preocupouem saber se havia algo pré-gravadono show. A dupla usa uma percus-são acústica gravada em estúdio.Neste caso, ele pediu que o ProTools com a gravação do instru-mento a ser reproduzido e o que

Tem que começar direito na captação, na

posição do microfone. O baterista pode puxar a caixa

um pouquinho mais para perto, ou o guitarrista vai lá

acertar o volume do amplificador

Flávio Senna e Arthur Luna

Flavio Senna

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ele usa para registrar o show fossemsincados para não dar chance ao azar. Fa-lando em Pro Tools, o técnico trabalhoucom dois independentes. “Quando ti-nha aquela parada pra retocar a ma-quiagem, eu parava um deles para salvara seção enquanto o outro rodava. Faziaisso alternando os Pro Tools”, define.

AMBIENTE E GRAVAÇÃO AO VIVOO ambiente é uma das partes mais impor-tantes da gravação ao vivo. É ele quem vaidar a sensação de que aquele disco não foigravado em um estúdio. Durante a passa-gem de som, Flávio Senna sempre vai paraa plateia do teatro conferir as reflexões dolocal. “Vou lá para o meio da sala vazia. Voutambém ao final da sala. Tenho uma boamemória pra isso. Usamos cinco pares demicrofones de ambiente: os SennheiserShot Guns e também Neumman”, conta.Os critérios para a localização dos micro-fones de ambiente vão além da ideia óbviade colocá-los na fila do gargarejo. “Tem

música que aquele (microfone) lá da fren-te vai funcionar muito bem, porque aquelaturma sabe aquela música. Mas tem umaturminha do lado que sabe outra música,isso vai mudando. Aprendi muito bem emqual ambiente você tem que colocar amaior quantidade de microfones que esti-ver disponível para depois escolher o quevai usar. Para dar um exemplo, FlávioSenna contou sobre a microfonação deambiente do show de Ivete Sangalo noMaracanã. “Na frente só tinham os convi-dados VIP. O pessoal que cantou mesmoestava na arquibancada. Já pensou se sódeixo microfone na frente do palco?”.

MIXAGEM COM OUTBOARDSQuando chega no estúdio de mixagem –que no caso foi a sala 2 da Cia dos Técni-cos, do qual Flávio Senna é sócio –, é ahora de ouvir o resultado final e come-çar a trabalhar timbres e equilíbrio. “Deuma forma geral, se a banda é boa, sevocê põe um equipamento bom no pal-

Vou lá para o meioda sala vazia. Vou

também ao final dasala. Tenho uma

boa memória praisso. Usamos cinco

pares de microfonesde ambiente: os

Sennheiser ShotGuns e também

Neumman

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co, numa sala legal, a gravação estáboa. Não pode ser de outra forma.Até porque as gravações ao vivovocê equaliza pouco. Então a chan-ce de errar é muito menor, o somtem outro tamanho, você não mexenas fases, a matéria-prima é boa”.Arthur Luna foi o assistente de Flá-vio Senna no estúdio.Os anos de trabalho permitem queFlávio Senna já tenha um ponto departida bem consistente para amixagem. Na primeira música le-vantada, ele já começa pelos ambi-entes, sem muito processamento.Apenas filtrando alguns excessosde graves e poucos harmônicos quepossam estar se sobressaindo de-mais. Depois abre a Lexicon 480para voz, a 300 para bateria, a 224para as cordas, Eventide H3000para reverbs graves curtos, como obumbo e o baixo, e a TC Elec-tronics M5000 com a máquina A

para acordeom e a B para violões.“Isso é um kit que você vai mon-tando durante a vida. Hoje estouusando na voz do Zezé o mesmoreverb que eu usei no primeiro dis-co deles que eu fiz. Mudaram al-guns parâmetros, mudaram algu-mas coisas, mas a densidade do re-verb é a mesma. Gosto muito da 480para a voz. Realmente eu aprendique o H3000, para ambientes curtose graves, eu não consegui nenhumaté hoje – não estou dizendo quenão exista - mas eu não conseguinada que seja tão real”, reforça.Ainda que goste de trabalhar comos outboards, Flávio Senna gosta enão dispensa os plug-ins. Ele usa,por exemplo, os da FabFilter, oQ10, da Waves, ou o TransientDesign, da SPL. “O que o plug-indá é a automação, que é rápida. Usopara um som que muda um poucono meio e volta, coisas bem especí-

ficas. Não preciso de plug-in parareverb. Mas tem uns compressorese uns limiters bem bacanas para coi-sas específicas. Mas eu vivo bemsem eles”, se diverte o técnico.Os analógicos também têm vez namixagem de Flávio Senna. Alémdos equalizadores da mesa ana-lógica com controles digitais Eu-phonix CS3000, ele usa os com-pressores e limitadores Neve 2254para vozes, o Neve 32264 para obaixo e o LA3A para violão solo. Asúnicas gravações adicionais feitas emestúdios foram as dobras das cordas.A gravação durou cerca de três ho-ras. Os fãs e convidados puderamacompanhar mais de trinta músi-cas. Entre elas sucessos como Dou

a vida por um beijo e Faz mais uma vez

comigo. A dupla entrou no palcosob a direção de Joana Mazzuchelli.Em abril o público já deve podercomprar o DVD nas lojas.

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AGILIDADE NA SUA PRODUÇÃO

erenciador de Plug-ins

(Plug-in Manager)

Esta é uma atualização muito esperada,principalmente para aqueles que usamPro Tools paralelamente, já que trazmuita agilidade e maior organização. OPlug-in Manager possibilita organizaros plug-ins por categorias de acordocom sua necessidade em vez de ter quepercorrer a lista de um fabricante paraachar um determinado plug-in. Vocêpode colocar os principais plug-ins uti-lizados em seus trabalhos em pastas defácil acesso.

Abra o menu Logic Pro X > Preferences> Plug-in Manager (Figura 1). Você teráacesso a uma tela semelhante à Figura 1.Verifique que, do lado esquerdo da jane-la, existe uma lista com o cabeçalhoCategory. Ao lado direito de Categorytem um sinal de + (Figura 2). Clique

G

neste sinal e você poderá criar uma pas-ta com o nome da categoria desejada.No meu caso, criei Reverb VM. No finalda lista das pastas inclusas em Categoryé possível visualizar os plug-ins classifi-cados pelo fabricante (Manufacturer).Para meu exemplo, escolhi um plug-inde Reverb do Ozone 5, arrastei esteplug-in para a pasta Reverb VM que ti-nha criado anteriormente e cliquei emDone (Figura 3). Em seguida, abri umatrilha de áudio e entrei no menu Audio

XLOGIC PRO

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

Vamos explorarmais inovações do

update do LogicPro X 10.1.1. As

novasfuncionalidades

trazem maisagilidade para ofluxo de trabalho

do produtor. Osnovos recursos

não se aplicamsomente à

produção demúsica eletrônica,

mas ao processode produção em

geral. Então,mãos a obra!

Figura 1

Figura 2

Figura 3

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FX (Figura 4). Lá está minha pastaReverb VM com o plug-in escolhi-do dentro dela. Simples assim!Como disse anteriormente, criepastas que façam sentido para seusprojetos. Eu preferi não utilizar aspastas já existentes, deixando estascom os plug-ins nativos do LogicPro X. Mas fica ao gosto do freguês.

Melhorias na edição Piano Roll(Piano Roll editor) 1 - Brush ToolAs outras DAWs (Digital AudioWorkstation) do mercado já passa-ram por algumas atualizações naforma do tratamento MIDI. Agorachegou a vez do Logic Pro X. Te-mos uma versão mais amigável doeditor Piano Roll, sendo possívelvisualizar mais notas em um espa-ço vertical menor e identificar osnomes das peças de bateria.Vamos fazer algo prático. Insirauma nova trilha de instrumentovirtual (Track > New Software

Instrument Track). Escolha emInstruments o ES2, e na categoriaSynth Keyboards, Classic HouseOrgan. Abra o editor Piano Rollatravés do ícone na barra de ferra-mentas superior ou View > ShowEditor. Na janela do Piano Roll es-colha a ferramenta Brush Tool (Fi-gura 5). Em Scale Quantize, escolhauma escala (C Major - Dó Maior).Agora com seu pincel Brush, passepela área do editor, como se estives-se pintando nela. Pronto, uma série

de notas com o Time Quantize quevocê definiu será desenhada no edi-tor, considerando já a escala defini-

Figura 4

Figura 5

Figura 6

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da (Figura 6). Esse recurso permite quevocê adicione alguma melodia ou notasem partes de uma música. Pode ajudarnaqueles momentos de falta de cria-tividade! Divirta-se.

Melhorias na edição Piano Roll (Pia-no Roll editor) 2 - Time HandlesAinda temos mais novidades no PianoRoll. Uma nova função chamada TimeHandles permite expandir ou compri-mir partes de um pattern MIDI de bate-ria ou de um instrumento de forma bas-tante rápida, criando um efeito de ace-leração ou desaceleração.Vamos lá! Crie uma nova trilha em Track> New Software Instrument Track e, emInstruments, escolha o Ultrabeat. Em se-guida selecione Drum Kits > Classic UKHip Hop. Abra a janela do Ultrabeat e nocanto inferior esquerdo clique sobre oquadradinho ao lado da palavra Pattern.Ali você consegue arrastar o pattern parasua área de arranjo. Com um pattern noeditor, vá no menu Functions > TimeHandles. Ao arrastar o mouse sobre a áreaque contém as notas no editor, você verádois marcadores de início e fim (Figura 7).Marque a parte que você pretende expan-dir ou comprimir, considerando todas asnotas que deverão ser inclusas. Vamoscomprimir esta parte para a metade do

tempo (Figura 8). Essa função utilizadacriativamente pode criar dinâmica no seuprojeto de forma muito rápida.

Melhorias na edição Piano Roll (Pia-no Roll editor) 3 - Drum NamesConforme citei acima, é possível tam-bém identificar os nomes das peças debateria nesta versão. Faça um teste: crieuma trilha de Software Instrument,abra o instrumento virtual Ultrabeat,escolha um kit, crie um loop e no menudo editor Piano Roll, escolha View >Drum Names. Todos os nomes das peçasde bateria aparecem ao lado da nota nopiano (Figura 9). Isto, sem dúvida, faci-lita muito na hora de criar patterns debateria utilizando um controlador.

Melhorias na edição Piano Roll (Pia-no Roll editor) 4 - Collapse ModeO Collapse Mode permite que você sóveja as notas no editor que tem dadosgravados. Vamos supor que você crie umbeat baseado em algum kit do Logic Pro Xcom bumbo, caixa e chimbal. Se vocêclicar sobre a opção Collapse Mode (Figu-ra 10), só será visualizado no editor as pe-ças que têm algo registrado. Assim, não

Figura 7

Figura 8

Figura 9

Ainda temosmais novidadesno Piano Roll.

Uma novafunção chamada

Time Handlespermite expandir

ou comprimirpartes de um

pattern MIDI debateria ou de um

instrumento deforma bastante

rápida, criandoum efeito de

aceleração oudesaceleração

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Para saber online

[email protected]

www.veramedina.com.br

será necessário ficar andando decima para baixo e vice-versa na ja-nela do editor para procurar onde hánotas gravadas. Muito útil paraquem utiliza muitas trilhas de MIDI.

Automação mais flexível, escolhaTrack ou RegionEsta pode não ser uma função tão uti-lizada pela maioria dos produtores,mas para aqueles que utilizam efeitosintensamente pode evitar aquele tra-balho repetitivo e tedioso que muitasvezes é necessário. Agora é possívelescrever automação diretamente emuma região em vez de ter que tratar aautomação em termos da trilha comoum todo. Isso traz mais facilidade paramover regiões e sua automação semter que copiar todas as vezes a au-tomação relacionada. Também pro-move o uso mais criativo dos efeitos.Clique no símbolo Show/Hide Au-tomation. Observe que aparece umcampo em marrom, da mesma cor dosímbolo, possibilitando três opções:Ativar ou Desativar a automaçãoatravés de um botão liga/desliga,escolher Track ou Region. Na Fi-gura 11, segue um exemplo ondehá duas regiões gravadas em MIDI.Escolhi a primeira região e em se-guida escolhi Region para auto-

mação. Como o parâmetro Volumeestava escolhido para automação,surgiu uma linha somente na re-gião selecionada. Simples, não?

Drummer Track mais versátilSim, a figura 12 é verdadeira! Agoravocê pode utilizar mais de uma trilhaDrummer Track num mesmo proje-to. E utilizar kits variados paralela-mente. Dê asas à sua imaginação.

VCA FaderPrimeiramente, é importante dife-renciar o VCA Fader do Bus. OVCA Fader permite que você agru-pe uma série de trilhas para contro-lar o volume de forma conjunta.Você não terá a parte de efeitos paraescolha; é só um agrupamento parafacilitar o manejo de grandes mixes,onde há ainda possibilidade de seagrupar os grupos bus no final, per-mitindo uma automação final devolume. Ao meu ver, na práticavale a pena escolher só o grupoMaster para ajustes finais da mix eaí os VCA Faders aparecem nesteagrupamento e isso pode realmen-te facilitar a conclusão do trabalho(Figuras 13 e 14).

Track StacksO Track Stacks já era um recursomuito útil, mas agora o grupo ge-rado aparece automaticamenteno mixer. Veja que o agrupamento

das duas trilhas gerou o TrackStack intitulado Sub 3. Vamosabordar este assunto em maior ní-vel de detalhamento em matéria

específica, pois vale a pena con-ceituar o Track Stacks e relembrartodas as formas de seu uso. Maspara quem já conhece bem a fun-ção, fica esta dica.Acredito que tenhamos abordadogrande parte das modificações e, apartir desta matéria, vamos nosdedicar ao detalhamento e com-plementação de todos os itens, econtinuaremos a falar sobre dicasadvindas desta atualização. Sãoinclusões que fizeram do LogicPro X uma DAW mais “custo-mizável” aos vários estilos de pro-dução e musicais.

Figura 10

Figura 11

Figura 12

Figura 13

Figura 14

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INSTRUMENTS

PERATOR

Operator é um instrumento pode-roso que traz um eclético espectro depossibilidades sonoras e inspiração mu-sical para o usuário Ableton Live.Abra seu programa como de costu-me: Browser (triângulo cinza em

O

ABLETON LIVEABLETON LIVEPLUG-INS NATIVOS III

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

cima, à esquerda se por acaso estiverfechado – círculo vermelho) /Instruments / Operator > arraste(seta verde) para cima de um trackMIDI (ou duplo clique) e o plug-in serevela como mostra a imagem abaixo(selecionado em azul).

INSTRUMENTSContinuando nossasaga pelos plug-insnativos do Ableton

Live, desta vezmostrarei um plug-

in baseado noconceito de“Frequency

Modulation” (FM).Essa tecnologia foi

usadaprimeiramente

pela Yamaha nosanos 80 nos

lendáriossintetizadores da

linha DX/TX(Dx7,Dx5.Dx100,

Tx816... etc).

01 - Operator

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A interface do Operator é compostade duas partes: o visor central rodea-do em ambos os lados pelos parâ-metros. Nessa tela esse visor ofereceos parâmetros mais importantes emuma única exibição e está dividido emoito seções.

No lado esquerdo (em vermelho),você vai encontrar quatro seções deosciladores (A,B,C,D). Cada oscila-dor, quando selecionado, tem seusparâmetros mostrados individual-mente nesse visor, que permitemfacimente serem editados.

Se você alterar um dos parâmetrosnos botões ou comandos, o visor nocentro mostrará automaticamente osdetalhes da respectiva seção. Ao criarseus próprios sons, por exemplo, vocêpode facilmente acessar o nível e afrequência de todos os osciladores deuma só vez, através do shell de parâ-metros (marca verde) e, em seguida,ajustar cada envelope (círculo amare-lo) do oscilador individualmente, e aforma de onda e outros parâmetros nodisplay (visor).

No lado direito de cima para baixo, oLFO (vibratos), a seção de filtro, a se-ção de campo e os parâmetros globais.Dando um zoom na interface dá paraentender a correlação dos parâmetros

com o Visor central e percebe-se fa-cilmente como funciona a “coisa”: acapacidade de programabilidade doplug-in de forma rápida.Quem é do tempo do Yamaha DX7(como eu sou, ainda tenho o meu) vaise sentir em casa.

Muito configurável, o Operator podeser controlado por praticamentequalquer controlador MIDI (mesmoos mais antigos - Octapads) e é umaverdadeira usina sonora com umavasta biblioteca de muitas anos detecnologia FM e é tão óbvio e lógicocomo usual que a ABLETON ofereçano pacote “toneladas” de presets.

Outro Plug-in...

TENSION

Dando segmento, eis mais um plug-in desenvolvido pela AAS (a reno-mada empresa canadense AppliedAcoustics Systems), derivado doStrings Studio e adaptado para oABLETON LIVE .Abra seu plug-in como mencionadono início da matéria. Aí está: Tensioné um plug-in dedicado a Strings (ins-

02 - Osciladores

03 - OsciladoresCV

04 - Filters

05 - FiltersCV

06 - Global e MIDIX

07 - Abrir Tension

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trumentos de cordas), guitarra, violão, vi-olino, cravo, clavinet, piano e afins.Está dividido em duas janelas principais(siga seta vermelha) String e Filter/GlobalNa janela String, nós cuidamos das pro-priedades físicas do instrumento que es-taremos “modelando” (Physical Mo-deling). Essa tecnologia não usa Sam-ples ou Formas de Onda (Wavetable)para produzir o som. Em vez disso, elaproduz som através da resolução deequações matemáticas que modelamos diferentes componentes dos ins-

trumentos de corda e como eles in-teragem. Este mecanismo de sínteseelaborada responde dinamicamentecom os sinais de controle que recebeenquanto você toca (“brinca”) repro-duzindo a riqueza e a capacidade deresposta dos instrumentos de cordasreais. Tem uma resposta muito to-cável (playable).O EXCITATOR usa difentes algori-timos que permitem modelar os intru-

mentos com suas características e técni-cas aplicáveis. Vocâ aciona o Excitator eseleciona (marca verde) as opções dispo-níveis: Arco, Martelo, Matelo (com re-pique) e Palheta.O botão Protrusion ajusta a quanti-dade de área de superfície da palhetaatuando sobre a corda (string). Os va-lores mais baixos resultam em um“som menos incorpado”, já que hámenos massa atingindo a corda. A ri-gidez (Stiffness), velocidade (Ve-locity) e botões de amortecimento

(Damping) se comportam de formasemelhante ao modo Martelo (Ham-mer). Protrusão (Protrusion), rigidez(Stiffness), Velocidade (Velocity) ePosição (Position) e podem ser modu-lados por Velocity ou MIDI Note ePitch via Velocity ou Slider.Termination – modela a interação en-tre o traste, dedos e cordas.Pickup – é o seletor de Pickup eletro-magnético (modelo físico). Um únicocontrole de deslizamento para posi-cionamento do Pickup.Body – tem o papel do corpo, ou placade ressonância de som de um instru-mento de cordas que é para irradiar aenergia da vibração das cordas. O cor-po também filtra essas vibrações, combase no seu tamanho e forma. Em al-guns instrumentos, como guitarras, ocorpo também inclui uma cavidade dear que aumenta as baixas frequências.

09 - Tension String - Descr

08 - Tension String

10 - Tension Res Box

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Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

11 - Tension Filter - global

12 - Tension Filter Desc

13 - Tension LFO

Aqui você pode escolher o tipo e otamanhodo “corpo” com que vai mo-delar as frequências.

FILTER/GLOBAL

A seção Filtro (Filter) possui um fil-tro multi-modo altamente configu-rável que fica entre as seções de cor-das (Strings) e do corpo (Body).Além disso, o filtro pode ser modu-lado por um gerador de envelope eum oscilador dedicado de baixafrequência (LFO).Aqui você pode selecionar váriostipo de filtros necessários para com-por e manipular a sonoridade dese-jada. Do mesmo modo, você pode es-colher várias das formas de ondapara modular seus sons.

Global e Keyboard Parâmetros –esta última seção contém todos osparâmetros de ajuste do Keyboard(Teclado) e MIDI, assim como con-troles de parâmetros de desempe-nho, tais como ajuste de porta-

mento e volume geral. Finalizamosaqui essa explanação dos Instru-ments Plug-ins vindos no pacote defábrica com o “Ableton Live Suite9”. Sim, claro, não estava esquecen-do. Na verdade quase, mas deixei os

plug-ins Sampler e Simpler (que sãoos sampler players da ABLETON)para serem detalhados e explanadosem matéria dedicada a eles, haja vis-to a complexidades do assunto: Sam-plear e Samples.Espero ter ajudado em seu entendi-mento sobre o Ableton Live!

Boa sorte a todos!

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QUE ESPERAR?Diferente de outras versões reduzidas

lançadas anteriormente como o Pro ToolsFree, Pro Tools Express e outros, desta veza Avid soube dosar melhor o que tirar e oque deixar. O que quero dizer com isso éque nesta versão optaram por manter asfuncionalidades, limitando apenas aquantidade. Um exemplo: no Pro Toolspodemos ter até 10 inserts por canal, masno Pro Tools|First, no máximo, 4 o que,sinceramente, é bem razoável. Com isso,o usuário fica menos frustrado e pode de

O fato usufruir de todos os recursos que aferramenta dispõe.Esta versão gratuita do Pro Tools tem asprincipais funções do Pro Tools 12, in-cluindo as opções mais avançadas comoo Elastic Audio, plug-ins como o Chan-nel Strip, instrumentos virtuais como oXpand|2 que possui diversos sons (figu-ra 1) e o novo sistema Cloud Collabo-ration que vai permitir que usuários sal-vem, compartilhem e trabalhem emprojetos de forma interativa via inter-net com outros profissionais.

O PRO TOOLS 12ENQUANTO

CONHECENDO O PRO TOOLS | FIRST MAIS A FUNDO

PARTE 2

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos na ProClass-RJ

NÃO VEM

Um dos destaquesdo lançamento do

Pro Tools 12,curiosamente, não éo Pro Tools 12 e sim

o Pro Tools|First,que é uma versão

gratuita daferramenta e vaiabrir uma nova

gama depossibilidades para

produtores, sejameles iniciantes ou

profissionais. Maisque isso, vai levar

gratuitamente aferramenta para

outros profissionaiscomo músicos,compositores,arranjadores,

professores equalquer pessoa

interessada emgravar e produziráudio utilizando

algo de renome.Neste artigo, vamos

ver tudo quepodemos esperar do

Pro Tools|First, eem que momento

ele seráinsuficiente.

Fig.1 - Opções do Xpand 2

Page 67: Edição 246 - Maio 2015

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No total, o usuário pode desfrutarde 16 canais de cada tipo de track:áudio, MIDI, Auxiliar e InstrumentTrack. É suficiente para dezenas detrabalhos e estilos musicais.

QUEM PODESE BENEFICIARO público alvo é o mercado musi-cal e o motivo é claro. No merca-do de Broadcast, o Pro Tools jáestá mais do que estabilizado; po-

rém, no mercado de música, ape-sar de ser líder, ele ainda tem con-correntes como o Logic Pro X,Ableton Live, Cubase, Sonar -que dividem a preferência dosusuários deste segmento.A maioria dos estúdios e produto-res profissionais já utilizam ProTools, mas os músicos, na minhaopinião, são os principais a se be-neficiar. São pessoas que muitasvezes precisam de uma ferramenta

de multipista para fazer grava-ções, mas não necessariamentetêm intenção de se tornar produ-tores fonográficos.O principal uso que vejo é o estu-do. É ótimo para o músico carregarmúsicas e tocar por cima, gravandoo resultado para ouvir sua perfor-mance de forma crítica.Ficar improvisando 20 minutospor dia em cima de 2 acordes e gra-vando takes todos os dias durante

Fig. 4 - Microfonação de Bateria

Fig. 2 - Setup simples para gravar guitarra Fig. 3 - Microfonação de violão

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PRO

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uma se-mana é muito

útil para ouvir a e-volução da semana.

Da mesma forma, professorespodem usar o mesmo recurso para

dar aula. Mostrar ao aluno os pontos for-tes e fracos de um solo, sugerir alterações.Ou seja, fazer pequenas edições para darum exemplo é extremamente didático.E com este simples exemplo temos outrasvariantes: é incrivelmente fácil aumentarou diminuir a velocidade do áudio, tantoquanto fazer uma transposição, o que aju-da a estudar uma parte complexa, mesmopara tirar uma música de ouvido.Outro caso comum é o músico ser convi-dado para participar de uma faixa numtrabalho de alguém. Com um computa-dor, uma interface de áudio simples e oPro Tools|First, tecladistas, guitarristas,baixistas e até cantores poderão gravarcom qualidade em sua casa (fig. 2).Saindo um pouco da música, temos ummercado de locutores, dubladores, narra-dores que poderão gravar de casa.Também temos um enorme grupo de pes-soas que precisam simplesmente editaráudio. Videomakers, DJs ou mesmo umdentista que vai num congresso, grava umapalestra e quer editar os melhores momen-tos para guardar. O Pro Tools|First servemuito bem para estes casos.Por último, uma atenção especial às esco-las e universidades. Como professor uni-versitário, vivo a frustração diária de terque explicar aos meus alunos por que nãoestudamos usando o Pro Tools, já que é olíder no mercado. A resposta é sempreruim, pois envolve falar de preço, burocra-cia e tudo mais. Com o Pro Tools|First,tudo vai melhorar para os alunos e profes-sores. Vamos poder não apenas usar asmesmas ferramentas, mas alunos poderão

fazer trabalhos em casa e toda a di-nâmica e metodologia poderá sermais elaborada.

QUAIS SITUAÇÕES SERÃOlimitadas no Pro Tools|First?Temos três principais limites impostosnesta versão. O primeiro é a quantidadede canais de entrada e saída simultâne-as, que é limitada a 4, mesmo que ainterface tenha mais à disposição.Esta limitação atrapalha àqueles que têmintenção de fazer gravações de grupos aovivo, ou mesmo em estúdio. Mesmo parauma formação de trio pode vir a ser umproblema, pois se for violão, voz e pan-deiro já limita, pois muitas pessoas gos-tam de microfonar o violão em mais deum lugar (fig. 3), outros ainda queremcapturar um terceiro canal com o sinalda linha para o pandeiro, também é co-mum usar um microfone por cima e ou-tro por baixo do instrumento.Outro cenário inviável é uma gravaçãode bateria acústica com peças individu-ais (fig. 4). Certamente vamos precisarde mais de 10 entradas para isso.A segunda grande limitação é o supor-te para vídeo e suas funções. Como ditoanteriormente, esta versão foi clara-mente direcionada para o mercado mu-sical e funções essenciais para se traba-lhar com vídeo não foram incluídas.O Pro Tools|First não permite importarvídeos, não tem uma régua de timecode,não trabalha com AAF/OMF/MXF emuito menos permite a criação de pistase mixagem em Surround.A terceira e talvez mais curiosa de todas: oPro Tools|First salva todos os seus projetosna nuvem, e temos um limite para arma-zenamento de três projetos por usuário.Ou seja, se você pretende gravar um CDcom 9 faixas, vai ter que criar, produzir efinalizar as três primeiras. Depois,deletar o projeto para “abrir espaço”para produzir as próximas três.Pelo menos há alguma flexibilidadenisso. Pelo sistema Avid MarketPlace(algo similar ao iTunes Store ou GooglePlay) usuários poderão “comprar o di-reito” de armazenar mais projetos na

Fig. 5iLok - Chave necessária

mesmo para testar o ProTools completo

Temos trêsprincipais limites

impostos nestaversão. O primeiroé a quantidade de

canais de entrada esaída simultâneas,que é limitada a 4,

mesmo que ainterface tenha

mais à disposição.Esta limitação

atrapalha àquelesque têm intenção de

fazer gravações degrupos ao vivo, oumesmo em estúdio.

Page 69: Edição 246 - Maio 2015

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nuvem. Não se sabe dos preços ain-da, mas provavelmente ainda deveser bem mais barato do que fazer umupgrade para o Pro Tools 12.

UFA, SEM ILOK!Se vamos falar de frustração, um dosprimeiros itens da minha lista é ofato de que para simplesmente testaro Pro Tools, a pessoa tem que ter umiLok (que custa cerca de R$250 noBrasil). Lecionando os cursos ofici-

Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

ais de Pro Tools por todo o Brasil,sempre foi muito frustrante explicarpara os alunos que não tinham o ProTools, mas queriam praticar em casa,que eles teriam que comprar umiLok (figura 5) para usar a versão detestes. Não preciso nem dizer quenão conheço nenhum aluno que defato comprou o iLok, certo?Infelizmente, sem iLok muitos seviram obrigados a procurar versõespiratas que não valem a pena até

Na maioria dos estúdios e

produtores profissionais já utilizam Pro

Tools, mas os músicos, na minha opinião,

são os principais a se beneficiar.

conseguirem comprar uma licençaoficialmente. Então finalizando,vejo o Pro Tools|First com essamissão. De oferecer uma maneiradigna de os alunos estudarem.Se quiserem ver mais claramente as di-ferenças entre as versões, acesse http://www.avid.com/BR/products/pro-tools-software-comparison-tableAbraços e até a próxima!

Page 70: Edição 246 - Maio 2015

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om as novas características dbx 60Vde alta voltagem, mic preamps ultra

silenciosos em todos os 8 canais, o I-O|82 é muito mais do que um produtoequipado para proporcionar gravaçõesprofissionais mantendo a máxima quali-dade musical. Os preamps rodam emalta-voltagem a fim de garantir estabi-lidade e proporcionar uma gravaçãopor meio de um amplo range dinâmico.Os drivers conversores A/D - D/A ga-rantem um som original de 24bit/96kHz para capturar cada detalhe dequalquer performance.

C

[email protected]

Fotos:Divulgação

O I-O|82 pode gravar até oito trilhas deuma vez e inclui 8 saídas combo-jackmic/line mais fonte de +48V, 2 saídas delinha balanceadas, 2 saídas para instru-mentos hi-Z, duas saídas para fones 1/4", S/PDIF e MIDI I/O. Knobs dedicadose conexões métricas proporcionam fácilacesso para níveis de saída e entrada, e omecanismo de travamento no combi-jack garante que a conexão não seja per-dida no meio de uma performance.O usuário ainda conta com todas as fer-ramentas para transformar o computa-dor em um estúdio de gravação profissio-

ONIX 82

LEXICON - IONIX 82

Nenhum artista gostaque digam o que ele tem

que fazer, quaisferramentas usar e

quais não usar. E foipensando nisso que a

Lexicon projetou o I·ODesktop Recording

Series, compatível comqualquer DAW,

incluindo o Pro Tools 9.A partir de agora, esse

hardware de designinovador encontra aalta capacidade do

software para dar asasa qualquer criação

apaixonada.

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71

nal 24-bit/96kHz. Com o softwareCubase LE Mult-track Recording,por exemplo, é possível gravar, edi-tar e mixar sua obra-prima. Já com oLexixon Pantheon II VST/AU Re-verb Plug-In, é fácil completar suamix e fazer sua música soar melhor emais rica. Esse plug-in permite quevocê adicione ao seu trabalho o len-dário som Lexicon, suporta tantoVST quanto o formato Audio Unit eopera acima de 96kHz.Outras duas ferramentas são oToontrack EZdrummer Lite Mul-ti-Mic Virtual Instrument Soft-ware, que é uma versão dos multi-microfones drum-sampler EZdru-mmer, e o XILS 3 SE Software Mo-dular Synthesizer. O EZdrummerfoi projetado para músicos e pro-dutores que necessitam de umplug-in compacto, acessível e fácilde usar, sem comprometer a quali-dade sonora ou de controle. As ba-

terias visualizadas na interfacecombinam audição de sons e cons-trução de drumkit. A extensa midi-library “arrasta e solta” permite aosusuários criarem trilhas em menosde cinco cliques. Para um manuseiomais avançado, é possível controlaros vazamentos do microfone e ní-veis entre as baterias usando omixer interno.Com o XILS 3, um instrumento vir-tual baseado na arquitetura EMS

VCS3 matrix-based modular synthe-sizer, é possível trazer modularidade edesenho sonoro para uma nova di-mensão. Mais de 450 conexões (si-nal de áudio, controle de sinal, sinalde trig) estão disponíveis nessa fer-ramenta, muito mais do que emqualquer outro tipo de sintetizadormodular. Fácil de conectar, fácil demodificar e de visualizar, a matriz é ocaminho mais fácil para conectarmódulos uns aos outros.

Características do produto

•USB 2.0 Desktop Recording Studio•44.1kHz a 96kHz sample rates, 24-bit de resolução•Pantheon™ II VST/AU reverb plug-in com 6 lendários Lexicon reverbs•dbx® alta-voltagem, microfone preamps ultra silenciosos•8 combi-jacks análogos para mic/line inputs•Monitoração com zero de latência•Controle de fonte de ganho separada por canal

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A Phonic anuncia olançamento do seu mais

novo mixer digitalAcapela 16 para as

lojas, depois de algunsmeses sendo enviado por

encomenda a diversaspartes do mundo, e dealguns sortudos terem

testado o equipamentona Namm e na

ProLight+Sound 2014.

m uma breve definição, o Acapela16 poderia ser descrito como um

novo padrão em mixagem digital. O pro-duto combina as características dos de-mais mixers da Phonic com um novo ní-vel de controle sem fio nunca visto antes

em consoles desta marca. Por meio detablets, os usuários podem mixar, e-qualizar e trabalhar o áudio, da mesma

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Fotos:Divulgação

forma que,ao acessar a inter-face gráfica, podem ter a-cesso a outros controles.O Acapela 16 é um console de 16 ca-nais mic/line, com 4 buses digitais e éideal para todo tipo de aplicação de somao vivo. Ele oferece um processador di-gital interno em cada entrada e saída,incluindo as 4 bandas paramétricasEQs, além de processadores dinâmicoscom expansores, gates, limitadores e

Especificações técnicas

•Saídas analógicas: 12 x XLR Balanced (Ch 1-12)•4 x Combo (XLR/TRS) Balanced (Ch 13-16)•Saída principal: 2 x XLR Balanced•Saída Control Room: 2 x TRS Balanced•Saídas Multi: 4 x TRS Balanced•Fones: 1 x Stereo Phone Jack (TRS Unbalanced)•Frequência de amostragem: 44.1 kHz, 48 kHz (40-Bit Floating Point Mixing)•Sinal de Delay (CH INPUT to STEREO OUT): Fs=48 kHz <1.2ms•Distorção (THD + N):•THD+N less than 0.007%, +4 dBu, 20-20 kHz, unity gain, 20 kHz BW•Resposta de frequência (CH INPUT to STEREO OUT): Fs=48kHz, 0/-1.5dBu, 20 Hz - 20 kHz@ +4dBu into 600Ω•Saída monitor VGA: D-Sub 15 pin: 1024x768p@60Hz (XGA)•Ethernet 10/100: RJ45•USB 2.0 (Mouse/Flash Drives): Type A•USB 2.0 (Audio): Type B (2 x 2 Interface, selecionável do CH1-16, CTRL RM, MAIN)•Power Supply Unit: 100V - 240V, 50/60Hz, 90W•Dimensões (H x W x D): 82 x 324 x 393 mm (3.2" x 12.8" x 15.5")•Peso: 2.8 kg

ACAPELA 16PHONICACAPELA 16

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compressores, sem contar com os di-versos delays de controle de tempo edistância. Esses podem ser ajustadosonboard ou por meio da rede sem fiousando um iPad.O equipamento oferece também doismodos de controle: onboard e remo-

Para saber online

www.phonic.com

to. E a saída VGA e a conexão USBpermitem que o mixer seja usadocomo um console completo de mi-xagem apenas conectando um mo-nitor e um mouse. Baixando o apli-cativo Acapela16 Remote também épossível controlar tudo pelo iPad,desde níveis até os efeitos digitais eprocessamento dinâmico.De acordo com a Phonic, o mixercombina a tecnologia lançada nos jáconhecidos mixers da marca, como oIS16, e a fabricante aproveita essaplataforma já desenvolvida para apli-cá-la em um corpo mais portátil.

O Acapela16 é um

console de 16canais mic/line,

com 4 buses digitaise é ideal para todo

tipo de aplicação desom ao vivo

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elhor qualidade de vida, melhorremuneração, possibilidade de

crescimento na profissão. Esses são al-guns dos motivos que levam algunsprofissionais do mercado a buscaremoutras formas de relações de trabalhono setor de áudio e iluminação. O cha-mado freelancer, por definição, é aqueleespecialista que presta serviços semvínculo empregatício, o que possibilitamuitas vezes realizar trabalhos para di-versas empresas. Para Deiverson Oli-veira, que trabalha como técnico de PA,diretor de palco e produção, a vantagemde ser freelancer é ter um leque maior depossibilidades de trabalho. “Não preci-sa ficar ‘preso’ a determinado artistaou empresa. Normalmente há possibi-lidade de ter ganhos maiores do que es-tando em alguma empresa ou com al-gum artista”, avalia.Para o também técnico de PA Marceloda Silva, além de não estar vinculado auma empresa ou artista, o profissionalpode comandar a sua agenda de traba-lhos e o valor dos cachês. No entanto,ele alerta que existem altos e baixos.“Você realmente está por si próprio, se

[email protected]

Fotos: Divulgação

furar agenda etc., não tem para onde re-correr. Ainda mais se for em cima da hora,como acontece muitas vezes”, ressalta.Além de ter que contar com os imprevis-tos, quem decide não ter patrão deve es-tar consciente de que a partir de agora éresponsável por seu próprio encargo tra-balhista, como o pagamento do INSS,para ter direito à aposentadoria. Além domais, as principais “vantagens” tambémdeixam de existir. “Algumas das desvan-tagens é não ter carteira assinada e de-mais vantagens que isso gera, como 13ºsalário, férias, assistência médica e INSS.Outra desvantagem é ter que estar sem-pre fazendo contatos com clientes e secolocando à disposição, mesmo quandojá se tem clientes que conhecem teu tra-balho e te chamam”, enumera Deiverson.Um alternativa que vem sendo adotadapor quem é freelancer é a inscrição noprograma de Microempreendedor Indi-vidual, do Governo Federal e do Sebrae.O MEI é a pessoa que trabalha por contaprópria e que se legaliza como pequenoempresário desde que não tenha umarenda superior a 60 mil reais anuais. “Ofreelancer que tem MEI se torna um

M

Você está prontopara ser seu patrão?

TÉCNICOFREELANCER

Não é de hoje que asformas de

relacionamentotrabalhista vêm

mudando. O antigoformato “trabalho e

carteira assinada” vemdando lugar a

profissionais liberaisespecializados que

trabalham comofreelancers e muitas vezes

até mesmo como pessoajurídica, desde a

implantação do sistemaMicroempreendedor

Individual (MEI). Noentanto, até que pontoesse novo passo exige

cuidado e quais asvantagens e

desvantagens? Com oprojeto de lei PL 4330/

2004, que dispõe sobre ocontrato de prestação de

serviço a terceiros e asrelações de trabalho dele

decorrentes, abriu-se umapolêmica sobre os

benefícios e malefícios detrabalhar sem vínculo

empregatício.Conversamos com dois

profissionais que optarampor “abandonar” oformato tradicionalempregado-patrão e

mostramos os prós e oscontras dessa escolha.

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Deiverson optou por ser freelancer buscando melhor remuneraçãoprofissional compoder de emissão de nota fiscal, oque em muitos casos é solicitado.Quem tem MEI pode se aposentar peloINSS, pois pagamos mensalmente umvalor para termos um amparo previ-denciário”, completa Deiverson. ParaMarcelo, outra vantagem de ser umMEI é a facilidade para conseguir fi-nanciamentos, tendo em vista que oprofissional passa a ter um CNPJ. “OMEI apareceu há pouco tempo e para ofreelancer ele deu uma boa ajuda, masvai depender dos ganhos da pessoa seela se enquadra ou não no MEI”, avalia.

O CACHÊ COMPENSA?Mas o que leva alguns profissionais ater uma vida financeira mais “instá-vel”, enquanto a maioria dos traba-lhadores valoriza um emprego for-mal, com carteira assinada? Entre asrespostas, qualidade de vida, liberda-de para controlar a agenda de traba-lho e, em alguns casos, falta de valori-zação do profissional pelas empresas.“Estava há cinco anos trabalhando namesma empresa e aos poucos fui vendoque, além de o meu salário estar aquémdo que eu achava justo, a minha quali-dade de vida estava muito ruim. Tinhaum filho pequeno na época e meushorários na empresa tomavam todo o

meu tempo. Fui medesmotivando ateque me desliguei daempresa e, ao sair, co-mecei a trabalhar paraum bar em Porto Ale-gre fazendo ProduçãoExecutiva dos showsinternacionais que elestraziam ao bar. Paralela-mente comecei a aten-der um artista/produtorana função de ProdutorTécnico e a uma empresade Chapecó também fa-zendo Produção Executivade shows de artistas serta-nejos como Michel Teló, LuanSantana, Paula Fernandes e di-versos outros, como Zeca Pa-godinho, Sorriso Maroto, Char-

lie Brown Jr. Com esses trabalhos recebiaaté 3 vezes mais do que ganhava no anti-go trabalho. Nesses novos trabalhos eutinha tempo e dias livres para ficar com aminha família, o que raramente eu tinhana outra empresa”, justifica Deiverson.Já Marcelo Silva conta que não foi a insa-tisfação com a empresa para a qual traba-lhava que o levou a ser freelancer, mas apossibilidade de ter mais liberdade econtrole do seu trabalho, além de poderganhar mais. “Passei anos com locadorase grandes bandas e artistas do Sul querodam o Brasil. Entre eles Ultramen,Chimarruts e por último Tchê Garotos.Chegou um dia que resolvi optar empoder trabalhar com todos e poder abriro leque de clientes, além de tambémmixar vários estilos diferentes. Ou seja,ser livre”, comenta. “Quando você ficamuito tempo preso a uma empresa oubanda você perde muita coisa que rolaao seu redor. Marcello Caminha, umgrande instrumentista aqui do Sul, medisse uma vez: ‘...mesmo que às vezes seja

difícil ser freelancer continue assim, pois

você é livre...’”, completa.

EXPERIÊNCIA OU NETWORK?A liberdade, no entanto, tem preço enome: comprometimento e experi-

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Para saber online

http://www.camara.gov.br

sobre a PL 4330/2004, acesse:

Marcelo destaca uma das vantagens: constrolar a própria agenda

ência. Sem entender doriscado, os dois técnicosconcordam que fica difícilcomeçar e render bons tra-balhos. “A meu ver, quantomais experiência você ti-ver e melhor executar seutrabalho na área que vocêatua, vai se tornando maisfácil preencher sua agenda”,comenta Marcelo. De acor-do com Deiverson, normal-mente os convites para tra-balhos acontecem por indi-cação ou algum contato feitoem algum trabalho anterior.“Conheço muita gente queconsegue os trabalhos mais porcausa dos contatos do que propria-mente pelo bom trabalho prestado”,observa Deiverson.Embora o mercado tenha melhoradona tecnologia, na mão de obra e terganho grandes empresas, tanto paraquem é profissional contratado oufreelancer ainda falta regular salári-

os e condições de trabalho. “O quefalta ainda no Brasil é ter uma tabelafixa para cada área profissional. Poisassim teremos condições de conse-guir investir mais em conhecimentoe também melhorar as ferramentasprofissionais. Em cada estado, tem oSATED, mas ele não abrange classesalarial ou cachês”, comenta Marcelo.Deiverson concorda que ainda faltamuito para o mercado melhorar.“Acredito que faltam muitas coisas,o cliente compreender que somos

profissionais qualificadospara desempenhar a função, falta ocliente pagar um preço justo pelonosso trabalho, falta a união da nos-sa classe, faltam cursos específicospara a qualificação em ProduçãoTécnica, Direção de Palco, Produ-ção Executiva, falta uma faculdadeque, juntamente com o trabalho de

campo, forme profissionais, faltauma lei que obrigue o cliente (queestá investindo num evento), acontratar um profissional com DRTe não uma pessoa que simplesmentediz que sabe fazer o trabalho. O cli-ente pode e deve pedir o currículodo profissional para saber o que elejá fez”, determina.

O que falta ainda no Brasil é ter

uma tabela fixa para cada área profissional.

Pois assim teremos condições de conseguir

investir mais em conhecimento

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NEXT NXT-1www.chauvetlighting.com

Esse novo aparelho moving head que a Chauvet apresenta ao mer-cado, possui um pixel-mapping com 25 Quad-Color RGBW LEDs ecombina movimentos de pan/tilt com um ângulo beam de 6°, crian-do um efeito brilhante perfeito para impactar o público nos shows eeventos de todos os tipos. Com seu movimento ultra rápido de 540°pan e 270° tilt, o Next NXT-1 não tem problemas para trabalharcom outros equipamentos no rig. Outro ponto positivo é sua leveza,que acaba ajudando na rapidez dos movimentos. O painel ainda éequipado com uma roda de gobo virtual, o que permite aos designersa criação de textos e efeitos eye-popping. O equipamento possuiuma lâmpada LED de alta performance 4 in 1 Osram configurada emcinco fileiras de cinco, o que produz cerca de 15.500 lux a uma dis-tância de cinco metros.

VERSA HINGEwww.trusst.com

Independente do tipo de estrutura de truss que você esti-ver usando, o Versa Hinge, da Trusst, será capaz de fazer otrabalho. Isso porque um único Versa Hinge pode ser co-locado como um conector de canto tanto para ambientesno formato quadrado ou triangular, bem como os padrõesde 12", fazendo deste equipamento um dos mais versáteisdo mercado. Essa flexibilidade dá aos técnicos de instala-ção de iluminação ou palco uma rapidez nunca vista an-tes, além da conveniência na montagem. O equipamentotambém oferece facilidade para conectar seções de trussesem uma diversidade incrível de ângulos - de 0° a 180°.Feito de alumínio de 10mm 6061 T-6, possui certificadoSLV, o que garante anos de uso na estrada. Ao mesmo tem-po, o Versa Hinge é leve, fazendo com que o transporte emontagem sejam fáceis. Suas medidas são 290 x 290 mm eo produto é compatível com outras marcas de truss deconectores cônicos.

VL3500 WASH FX LUMINAIREwww.hotmachine.ind.br

Esse equipamento possui fonte com tripla po-tência, lâmpada de duas extremidades, sendoque a lâmpada é capaz de operar em 900W,1200W ou 1650W – modo selecionável do dis-positivo elétrico ou console. A temperatura decor vai de 6000K para 1650 Watts e 6300K para900 Watts e 1200 Watts. Com potência lumino-sa >70,000 lúmens no modo 1650 Watts, o pa-drão de distribuição de energia é AC de 200 –264 VAC, 50/60 HZ. A unidade precisa de 7 a12A, dependendo da tensão de alimentaçãoAC. Opera na temperatura de -20° a 104°F (-29°a 40°C), por sistema de refrigeração de ar força-do. O Controle VL3500 é completamente com-patível com uma ampla variedade de consolesDMX512, além de ter 22 canais DMX, Pan de540° e Tilt de 270°.

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ÉPIX TILE 2.0www.chauvet.com

A Chauvet expandiu a família ÉPIX com aintrodução do modelo Tile 2.0. Desenha-do para trabalhar de acordo com outrosmembros da popular série ÉPIX 2.0, essenovo produto é um painel em formatoquadrado medindo 300 x 300 mm quecontém 160 LEDs SMD Tri-Color (red,green, blue). São 25mm de pixels, permitindo umasaída de 3.290 nits, excelente renderização de cores e um ângu-lo de 120°, fazendo do ÉPIX Tile o equipamento ideal para criardisplays gráficos. Ele pode ser facilmente conectado com equipamentos lineares da série ÉPIX 2.0(ÉPIX Strip 2.0 e ÉPIX Bar 2.0) para garantir um display de pixel mapping com tamanhos e con-figurações variáveis. O equipamento é operado via um controle dedicado, o ÉPIX Drive 642 – queé vendido separadamente – e utiliza o padrão de protocolo Art-Net™ ou Arkaos Kling-Net.Além disso, para dar mais versatilidade ao painel, duas lentes diferentes de cobertura estão inclu-ídas. Uma é a lente frost que produz um efeito bem suave na transição entre os pixels e a outra éuma lente clara para alto contraste, causando grande impacto visual.

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SNIPERwww.elationlighting.com

O Sniper é um beam híbrido, scanner e simulador delaser em um único aparelho, o que dá ao LightingDesigner uma gama de alternativas para criar seusprojetos de iluminação dos shows. Emitindo um po-deroso beam de 3°, o sistema super rápido de espe-lhos permite ao Sniper espalhar o scanner e o efeitode laser em uma velocidade excepcional e sem a ne-cessidade de religar o alcance do laser. Equipado comuma poderosa Philips MSD Platinum de 132W alémde 14 cores dicróicas e 17 gobos estáticos, é perfeitapara ambientes pequenos como nightclubs ou parafigurar no palco de turnês.

DMX HOISTwww.star.ind.br

A Star Lighting Divi-sion apresenta a novaDMX Hoist, uma talhaelétrica gerenciada viaDMX. O equipamentofoi desenvolvido para gerar mais dinâmica e movimen-tos nos cenários dos palcos e eventos. A DMX Hoistopera em 7 Canais DMX, 1 canal específico como “cha-ve de segurança”, controle de velocidade e posição eajuste fino de posição. Conta com a capacidade de cargade até 500 quilos e uma corrente de 16 metros. Todosesses recursos inovadores com total qualidade e segu-rança, desenvolvidos especialmente pela Star LightingDivision para o mercado de Iluminação do Brasil.

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USA LIQUIDS – LINHA PROFISSIONALwww.usaprofissional.com

Fiel ao seu nome, os fluidos da linha Profissional USALIQUIDS tornam qualquer produção mais próxima do êxta-se visual. É a solução que vai fazer sua produção se destacar.Projetados para todos os tipos e configurações de máquinas,os fluídos são capazes de projetar os mais incríveis e dinâmi-cos efeitos, proporcionando o mais alto impacto visual naprodução dos feixes de luz e com o mais alto e brilhante con-traste de cores. São indicados para uso em iluminação profis-sional, shows, eventos de grande porte, instalações perma-nentes em teatros, hotéis, cruzeiros, clubes, boates, dancete-rias, produções artísticas de cinema e TV. O produto é impor-tado e distribuído por USA PROFISSIONAL DO BRASIL -Tecnologias para Shows.

CHAUVET TRI SHOT LEDwww.equipo.com.br

O TriShot™ LED é um modificador de corde três cores em LED. Este compacto spot deluz se encaixa em praticamente qualquer lu-gar e possui sete cores pré-programadas, sen-do capaz também de mistura completa deRGB. Seu ajuste de foco manual cria facilmen-te extremidades precisas ou uma suave varre-dura rápida. O TriShot™ LED opera silencio-samente e oferece programasautomatizados para chasesde cor cativantes e sete ca-nais de controle DMX.Dentre as características,destacam-se o tri- colorstatic spot light, múltiplo,cores acessíveis via DMX,ativação sonora automáti-ca ou modos de operação,botões de foco manual quecriam um hard ou soft edgepara se adaptar a qualqueraplicação, programas dedisparo automatizados viamaster/slave ou DMX, e 7canais DMX.

RUSH CLUB SMOKE DUAL™www.martin.com

A HARMAN’s Martin Professional anuncia seumais novo produto integrante da linha de efeitosRush, lançado durante a Messe Frankfurt, na Ale-manha. Essa moderna máquina híbrida de névoa eneblina tem como características seis cabeças emtrês zonas, via DMX, ou um display digital on-board. Este sistema de cabeças múltiplas versáteispermite ao usuário conseguir névoa, neblina ouuma combinação de ambas, graças a um fluidoespecialmente formulado para o equipamento. Abase separada do aparelho pode ser instalada emum local remoto que seja mais conveniente e temcapacidade para até 10 litros de fluído para garan-tir o uso ininterrupto durante horas. Com base nosistema de fumaça Magnum Club, instalados emlocais de prestígio em todo o mundo, a Rush ClubSmoke Dual™ é uma nova companheira, fiel paraa iluminação de designers e ideal em clubes detodo o tamanho.

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PAINEIS DA FÉOs novos painéis Cuepix da Elation

e as luzes de multiefeitos Sniper 2R

foram as escolhidas para a apre-

sentação da banda Family Force 5

em um dos maiores eventos móveis

de música cristã dos Estados Uni-

dos, o Winter Jam. A empresa 44

Designs trabalhou junto da Family

Force 5, providenciando todos os

detalhes do show da banda duran-

te o festival. O Winter Jam ex-

cursiona pelas cidades do sul e do

meio-oeste americano com apre-

sentações de bandas cristãs de

rock, rap e música contemporânea

durante todo o mês de março.

MAC QUANTUM NO DVDDE BANDA INGLESAA banda britânica de rock progres-

sivo Lifesigns ganhou iluminação de

12 equipamentos da Martin MAC

Quantum Wash Light e o controlador

M6 para a gravação de seu DVD ao

vivo, que teve projeto do Lighting

Designer Chris Curran. A banda se

apresentou em duas noites no

Under The Bridge, em janeiro. Con-

siderado da old school de ilumina-

ção, o LD prefere focar na banda

em vez do público, motivo pelo qual

escolheu os equipamentos.

MA LIGHTINGMAIS COMPACTAConhecida e com grande reputa-

ção entre os designers por seu óti-

mo controle de iluminação, a MA

Lighting agora apresenta uma

nova variação de soluções com-

pactas de controle de iluminação -

o dots2. Essa novidade consiste

em três consoles de iluminação

dot2 core, dot2 XL-F, dot2 XL-B,

duas expansões Playback Wing

Solutions, uma rede de saída

Node4(1k), além dos softwares

dot2PC e os dot2 3D. Projetado

para locais de pequeno ou de mé-

dio porte, o dot2 oferece funciona-

lidades avançadas com parâ-

metros fáceis de usar. Mais deta-

lhes pelo site www.ma-dot2.com

HOMENAGEM AOS TÉCNICOS DE ILUMINAÇÃO

Um grupo de cinco campeões regio-nais se reuniu no clube Oceana, emSouthampton, Reino Unido, paradisputar o título de melhor ilumi-nador no grand finale de uma com-petição que foi organizada pela Lu-minar. Os cinco talentosos vence-dores participaram de uma série deeliminatórias regionais realizadasem mais de 62 casas noturnas depropriedade da Luminar. As finaisforam divididas em duas seções. Naprimeira seção, os finalistas tiveramde programar e operar um equipa-

mento de iluminação para umasequência musical de três minutosde duração pré-gravado. Em seguida,eles foram chamados a operar omesmo equipamento na sala princi-pal da casa noturna durante um in-tervalo de 15 minutos em uma noitemovimentada de sábado. A plata-forma de concurso, especialmenteprojetada, foi construída a partir detreliça por Trusst, incorporou umacombinação de dispositivos elétri-cos de série de moving heads Inti-midator da CHAUVET DJ.

XL VIDEO NO X FACTOR LIVE 2015

Mais uma vez, a XL Video contribuiu para a turnê X Factor 2015, per-correndo uma série de locais no Reino Unido para mostrar talentos quecompetiram durante a série de programas na TV em 2014. A XL forne-ceu as telas híbridas de LED ROE MC-7T e MC-18T para customizar ocenário das turnês. O show ao vivo foi produzido por Beth Honan paraa Syco Entertainment sob a direção técnica da Production North.

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CHRISTIE ABREESCRITÓRIO NOMÉXICOA Christie, companhia mundial dedi-

cada a tecnologias visuais, anuncia a

abertura de seu novo escritório no

México. O novo local, que também

atende a América Central, representa

um passo para que a empresa seja

líder no mercado mexicano. A ideia é

oferecer serviços e suportes a clientes

e parceiros em um nível de excelência

de atendimento. Com mais de 302 m2,

o escritório abriga ainda uma grande

área para concentrar vendas, servi-

ços e treinamento. O local tem ainda

diversos espaços dedicados, incluin-

do showroom, salas para seminários,

cursos de capacitação, reuniões co-

merciais e demonstrações. Entre os

produtos expostos no escritório en-

contram-se o Christie® MicroTiles®,

Christie Brio™, Christie Solaria® One,

Christie CP2220 e distintos paineis

LCD da Série FHD.

SGM CONQUISTA O PIPA

Jornalistas de mais de 10 revistas especializadas de todo o mundo ele-geram o Q-7 como o melhor equipamento de iluminação. Apremiação foi durante a Prolight+Sound, em Frankfurt, na Alema-nha. O Pipa, ou Prolight+Sound International Press Award, é como umGrammy na indústria do áudio e iluminação e é concedido todos osanos durante a Messefrankfurt.

Johansen Herweg

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CADERNO ILUMINAÇÃOAR

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alo por experiência própria quandodigo que todo designer de ilumina-

ção quer a maior eficiência possível deum instrumento de luz, pois afeta o re-sultado num projeto de iluminação. E,muitas vezes, estamos interessados emexperimentar tecnologias emergentese econômicas como os LEDs. Porém,uma das reclamações mais comuns so-bre LEDs é que simplesmente não sãoainda brilhantes o bastante quantoseus equivalentes, as lâmpadas in-candescentes. E, em muitos casos, a sa-ída da luz de LEDs são abruptas, nadasuaves. Estas reclamações estão prestes

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David H. Bosboom

[email protected]

Fotos: Divulgação

CADERNO ILUMINAÇÃO

PARA OS REFLETORESNOVA ERA

O refletor que éestatisticamente

mais solicitado pordesigners de

iluminação é oelipsoidal Source4

da ETC,instrumento padrão

e de referênciainternacional há 20

anos na indústriado entretenimento.

Isso faz com queos principais

fabricantes derefletores

elipsoidais nomundo comparem

suas “últimas”versões ao

Source4. O fato éque, os maisbaratos nãoconseguem

equiparar aqualidade das

lentes e processo defabricação ETC.

a desaparecer com a introdução doRH+A ReNEW LED que substitui ascostas de um refletor Elipsoidal Sour-ce4 da ETC onde a luz incandescente écolocada. Essa adaptação foi criada poruma empresa chamada Production Re-sources Group (PRG). Para quem nãoestá familiarizado com a PRG, esta éuma empresa internacional de grandeporte que é conhecida por criar inova-ções em controles de iluminação cêni-cas e de projeção no mercado. Mas suafinalidade primeira é de alugar equipa-mentos de iluminação para grandesproduções em todo o mundo.

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O que isso significa para a indústria? Em geral, isso querdizer que, se você possui uma empresa de aluguel de ilumi-nação e tem um grande número de Source4 em seu esto-que, você não terá mais que trocar essa tecnologia porLED. Todas as caixas de lentes e tubos de luz podem ser uti-lizadas com o ReNEW LED retrofit. Se você é um eletri-

cista, terá uma nova tecnologia para aprender. E se você éum designer que deseja incluir a tecnologia LED em seuprojeto, você agora pode fazê-lo sem a perda de intensida-de que você está acostumado a ter a partir de um refletorelipsoidal Source4.

Como funciona a tecnologia?O ReNEW Retrofit LED é um motor de luz LED projeta-do para funcionar com o tubo de lente e facas do refletorelipsoidal Source4 da ETC. Você pode facilmente trocar aluz de tungstênio pela de LED, reduzindo o consumo deenergia e também os custos de ar-condicionado de seu es-paço, enquanto a saída de luz se equipara com uma lâmpa-da HPL de 575W. O motor ReNEW usa apenas 190 wattscom a intensidade máxima e 3,1 watts em posição de standby. O refletor elipsoidal Source4 com uma lâmpada de575W tungstênio produz 1.962 BTU. Usando o retrofitReNEW a 190W isso produz 648 BTU, uma redução de67% de calor ambiente. Isso significa 67% menos refrige-ração que você precisaria gastar para refrescar um ambien-te de teatro ou estúdio.Além de reduzir os custos de eletricidade e ar-condiciona-do, o ReNEW acaba com a necessidade de substituição delâmpadas queimadas, ampliando os benefícios de reduçãode custos, cortando despesas de materiais e manutenção.

Dados importantes para um designer.•A lâmpada de tungstênio de longa duração HPL de575W da ETC Source4 produz 7489 Lumens na cor bran-ca a 3,050K.•O retrofit ReNEW LED produz 6.069 lumens na corbranca a 3,000K, com tubo padrão de lente.

“Usando o retrofit

ReNEW a 190W isso produz 648

BTU, uma redução de 67% de

calor ambiente.“

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•O retrofit ReNEW LED produz 8.255lúmens na cor branca a 3,000K comtubo de lentes de alta definição.

Características importantes para aempresa de iluminação.

• O ReNEW LED foi projetado parasubstituir as costas e bocal da lâmpa-da do refletor elipsoidal Source4 de

ETC, que utiliza lâmpada de tungstêniotanto de 575-watt ou 750-watt comuma classificação de vida de 300 ou2.000 horas.• O ReNEW LED é montado de formasimples com uma pequena torção nas cos-tas do refletor Source4 com uma simpleschave de fenda Phillips e a alça de pendu-rar o instrumento pode ser recolocadaapenas torcendo uma borboleta originaldo fabricante sem o uso de ferramentas.• Uma vez unidas as costas com a frentedo refletor Source4, a nova lâmpadaLED pode ser instalada operando com aeficiência energética de 190 watts.

O ReNEW LEDfoi projetado para

substituir as costase bocal da

lâmpada dorefletor elipsoidal

Source4 de ETC,que utiliza

lâmpada detungstênio tanto

de 575-watt ou750-watt com uma

classificação devida de 300 ou

2.000 horas

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• Vem disponível no instrumentouma bateria de 9VDC para a progra-mação do endereço DMX no painelde controle da luz sem a necessidadede se ligar na eletricidade.• O ReNEW LED tem uma classifi-cação de duração de 50.000 horas

Características importantes paraum iluminador• O ReNEW LED vem padronizadocom uma lâmpada de LED (emitter)bastante brilhante na temperaturabranca de 3000K. O controle respondecom ou sem DMX 512-A. Para o uso deDMX existe uma tomada de entrada esaída de 5 pinos embutida. O DMX temuma conexão “optically isolated”.• O ReNEW LED tem um sistemade multi-voltagem de 90-240 VAC50/60HZ.•A força chega ao equipamento pelaunidade de conexão 2Xneutrik Po-werCON.

Do interesse de todos• A fonte de luz utiliza uma tec-nologia única LED Chip-on-Board,fazendo com que fique mais durável.• A Dimerização é de 0-100% usandoo controle de 8-bit ou 16-bit

• Utiliza 1, 2 ou 3 canais DMX (5 pi-nos DMX-in e DMX-Thru)• O ReNEW LED pode ser alimenta-do por 90-240VAC 50/60Hz• O Peso total do ReNEW LED paramontagem é de 5,66 kg• A Temperatura da cor é 3.000K ou5.700K

Considerações FinaisO ReNEW LED é uma tecnologia deponta, recém-lançada no mercado inter-nacional na Feira Lighting DimensionsInternational, e não é ainda de uso co-mum na indústria do entretenimento.Mas, certamente, grandes produções deteatro e shows ao redor do mundo, in-clusive no Brasil, vão querer usá-lo pelaqualidade da luz, economia em energia epela adaptação simples de retrofit. Aoritmo de tantas mudanças inovadoras emelhorias tecnológicas, só podemosimaginar como será a aplicação da ilu-minação nos próximos cinco anos.Uma coisa é certa. Os eletricistas vãocontinuar verificando cabos e se osplugues estão bem conectados aosdimmers. Porém, aquela época de umeletricista trocar uma lâmpada quei-mada pouco antes de um show estáchegando ao fim.

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estivais são tipos de eventos comfrequência de realização variável, e

compreendem um conjunto de ativida-des, espetáculos, apresentações e outrasformas de manifestações artísticas e cul-turais, previamente selecionadas, com oobjetivo de competição, divulgação oupromoção comercial. No que tange à mú-sica (e também ao teatro), esses eventoscontemplam simultaneidade e sequência,a partir de uma programação amplamentedivulgada (por meio de diversas mídias,digitais e/ou impressas) e que captam pú-blicos diversos, alinhados aos interesses epropostas inerentes à temática principal.

F Mais complexo do que buscar uma defi-nição sucinta de um festival é dimen-sionar as necessidades e requisitos deartistas e bandas tão variados (em esti-los musicais) e diferentes (em propostasde iluminação). Nesse contexto, noLollapalooza, todos esses elementos de-vem ainda ser multiplicados pelo nú-mero de palcos (cinco, considerados to-dos os locais dimensionados na progra-mação do evento).Mais especificamente para a edição de2015, o Lollapalooza Brasil concentrouas principais atrações (aqui entendidascomo as bandas e artistas mais ampla-

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

LOLLAPALOOZABRASIL 2015:ILUMINAÇÃO CÊNICA COM ALTERNATIVAS E INDEPENDÊNCIA

Pelo terceiro anoconsecutivo, São

Paulo sediou maisuma edição do

mais importantefestival de música

“independente” domundo – o

Lollapalooza. Naprogramação do

evento, 52 atraçõesnacionais e

internacionais serevezaram emcinco palcos –

todos elescuidadosamente

iluminados poruma das mais

importantesempresas do

Brasil: aAurolights. Nesta

conversa, aspectosda produção,

operação erealização doevento serão

analisados, apartir dasmúltiplas

alternativas que osprojetos de cada

artista exigiam, ecom uma

considerávelindependência na

operação daestrutura de

cada palco.

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mente conhecidos) em três pal-cos: Axe, Ônix e Skol. Esses doisúltimos ficaram sob total respon-sabilidade da competente empresabrasileira Aurolights, responsáveltambém pelos projetos de ilumi-nação cênica e pelo rigging de palcodo evento (todas as estruturas debox truss, para todos os palcos,além da iluminação das apresenta-ções da companhia teatral argen-tina Fuerza Bruta) e da comunica-ção visual do evento. Para descre-ver as contribuições dessa empre-sa, Auro Soderi Filho, o Aurinho,gerente do departamento comer-cial, e também responsável pelaanálise de projetos, orçamentos eimplementação técnica de even-tos indoor e outdoor, gentilmentee atenciosamente respondeu algu-mas perguntas, e esclareceu algu-mas dúvidas sobre os procedimen-tos operacionais do festival.Em um festival de tamanha magni-tude, evidencia-se o dimensio-namento de recursos estruturaispara a viabilidade, a comodidade e asegurança. A primeira pergunta es-teve justamente relacionada à estru-tura geral dos palcos. Houve algum

diferencial? “A singularidade dospalcos do Lollapalooza 2015, emcomparação a outros produtos exis-tentes no mercado nacional, é a ca-pacidade de carga: enquanto algunsmodelos no Brasil feitos de alumínioe/ou tubular têm uma resistência to-tal aproximada de 15 toneladas,

aqueles que montamos para o festi-val com a configuração atual supor-tam desde 45 toneladas chegandoaté 80 toneladas (dependendo daconfiguração das peças), permitindouma maior segurança para o públi-co, para o artista e para o promotordo evento”, disse Aurinho.Cuidados com o cálculo estrutural ede carga dos palcos também foram

estendidos aos outros espaços – astendas LollaLounge, Tenda Perry,Tenda KidZ, cada qual com suasparticularidades. Com mais de cin-quenta atrações nacionais e inter-nacionais, o Lollapalooza também éuma combinação de esforços – to-dos direcionados ao atendimento

das necessidades e requisitos dospúblicos participantes, das bandas eartistas – e de todos os profissionaisenvolvidos. Naturalmente, tam-bém aos recursos contemplados nosprojetos dos Lighting Designers. E,obrigatoriamente, algumas adapta-ções se fizeram necessárias.“A solução que tivemos foi anali-sar rider por rider e então elaboraruma planta geral por palco, seguin-do como base a ideia do Frente/Meio/Contra/Chão/Sides, porémtrabalhando com isso de outra for-ma, como posicionamento das es-truturas no palco de montagem”,afirmou ele.Todas as estruturas de palco foramfornecidas pela empresa brasileiraTrusst/Penn Elcom Brasil, além dodesenvolvimento realizado com aempresa americana ESG – Entertain-ment Structures Group (responsávelpelo Lollapalooza Chicago). Ainda,motores Chain Hoists da ColumbusMcKinnon Corporation.Particularmente para a produção doevento, a diversificação de instru-mentos de iluminação e equipamen-tos utilizados na configuração dosprojetos demonstra a complexidadeFigura 1: Aspectos da estrutura e montagem do Palco Ônix.

Fonte

: A

uro

lights

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ivulg

ação

A singularidade dos palcos do

Lollapalooza 2015, em comparação a outros

produtos existentes no mercado nacional, é a

capacidade de carga... (Aurinho)

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de um evento tão singular como o Lolla-palooza. Para os moving lights, equipamen-tos Vari*Lite da indústria estadunidensePhilips Vari-Lite; instrumentos da divi-são dinamarquesa Martin Pro-fessional (da Harman); produtosda indústria tcheca Robe Ligh-ting; além desses, outros da indús-tria chinesa Fine Art - Guang-zhou ChaiYi Light Co.,Ltd.Mas essa amplitude de recursosnão se restringiu apenas aos equi-pamentos citados no parágrafoanterior. Para os instrumentoscom iluminação LED, produtosda empresa dinamarquesa SGMA/S e da empresa chinesa Long-man Electronics Co., Ltd. Tam-bém para os canhões seguidores(Follow Spots), instrumentos ‘Su-pertrouper’ e ‘Gladiator’ da empre-sa americana Ballantyne Strong,Inc. Para as máquinas de neblina(fog/haze), equipamentos da sérieAtmosphereAPS da empresa canadenseMDG Fog Generators Ltd. e também daempresa taiuanesa Antari Fog Machine.Aos consoles, sistemas GrandMA2 (daempresa alemã MA Lighting) e mesascontroladoras da empresa inglesa Avo-

lites Ltd. Toda essa gama de opções sópoderia realmente proporcionar múlti-plas alternativas, direcionadas ao aten-dimento dos projetos de iluminação,

percebidos pelo público pelos resulta-dos diversificados e diferenciados.E nesse contexto, nada se compara auma análise presencial de um show – equando se trata de um festival, os ele-mentos a serem percebidos se multipli-

Figua 2: Aspectos da montagem do Lollapalooza 2015.

Fonte

: C

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Figura 3: Apresentação da banda inglesa Kasabian no Palco Ônix (28/04/2015).

Fonte

: C

eza

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ação

O Lollapaloozadefinitivamente se

configura comoum festival para

ser apreciado eaproveitado “ao

vivo”, no qualtodas as interações

só podem serpercebidas “in

loco”. Comoexemplo disso,

mesmo nasprimeiras bandas

programadas parao Palco Axe

(particularmenteZimbra e

Boogarins)

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cam. O Lollapalooza definitiva-mente se configura como um festi-val para ser apreciado e aproveita-do “ao vivo”, no qual todas asinterações só podem ser percebi-das “in loco”. Como exemplo dis-so, mesmo nas primeiras bandasprogramadas para o Palco Axe(particularmente Zimbra e Booga-rins) a partir do meio dia de sábado(28 de março), os instrumentos deiluminação cênica se revelavam,como elementos de surpresa, nacomposição das cenas, e sutilmenteenalteciam detalhes e elementoscênicos – além de criar atmosferas eambientações interessantes.Mais especificamente nas apre-sentações daquele dia, especiaisdestaques para os shows da bandainglesa Kasabian (projeto do Ligh-

ting Designer Nick Gray da Re-negade Design) e do cantor in-glês Robert Plant (projeto de ilu-minação conduzido pelo Lighting

Designer Carl Burnett): geraçõesde músicos e linguagens dife-rentes – acompanhadas de pro-postas e transições compatíveiscom os repertórios e com cadamomento de cada apresentação.Para a banda Kasabian, em showrealizado no Palco Ônix, houve rá-pidas e intensas comutações dascenas, que valorizavam elementossimétricos e variações de intensi-dade, com os padrões de coresanálogas e complementares aomagenta – predominante, emcontextualização ao último dis-co, “48:13”, cuja capa minimalis-ta apresenta uma coluna com otempo de duração de cada cançãocom um fundo nessa cor. Mesmocom a apresentação tendo se ini-ciado no horário de 17h00min(com iluminação natural frontal),os efeitos foram preservados, e na-turalmente se intensificaram coma sequência das canções, e peloshorários e intervenções da luz so-lar minimizados.

Para a apresentação de RobertPlant - and The Sensational SpaceShifters (no Palco Skol) -, técnicasdaquela que é conhecida como“old school”: elementos cênicos serevelavam com intensidades varia-das e em composições geométricas –originadas de estruturas superiorestransversais -, resultando em dinâ-

micas suaves, mas estimulantes. Ascores primárias se projetavam naslaterais e no meio, enquanto ofrontlighting procurava valorizar asexpressões e as interações de umdos mais importantes vocalistas detodos os tempos.Mas em um festival que exige tan-tas alternativas para a operaçãodos projetos de iluminação, comoproporcionar a independênciaque rege o conceito principal doevento? Segundo Auro Filho, “asexigências envolvem questões ar-tísticas dos Lighting Designers, des-de a concepção do projeto, equi-pamentos específicos para efeitosem certos momentos do espetácu-lo até questões contratuais, mastudo que é feito e elaborado tem a

finalidade de agradar à crítica eespecialmente ao público quetodo ano quer presenciar uma no-vidade em relação ao festival an-terior. O público quer o diferen-te”, avalia, finalmente.E o público teve o que quis, comêxito. Diferente e diversificado, oLollapalooza Brasil 2015 trouxe

novidades, atrações surpreenden-tes e diversidade de estilos, pro-postas, múltiplas alternativas –para todas as expectativas e afini-dades. E para um festival focado namúsica ‘independente’, muita in-dependência para que os artistasda música e da iluminação de-monstrassem seus talentos.OBS.: Aproveito o espaço paraagradecer ao Aurinho pela especi-al atenção dedicada ao atendi-mento e respostas às perguntas edúvidas e parabenizar toda a equi-pe da Aurolights pelo excelentetrabalho realizado.Abraços e até a próxima conversa!

Para saber mais

[email protected]

Fonte

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Fig.4: Apresentação de Robert Plant and The Sensational Space Shifters no Palco Skol (28/04/2015).

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LUIZ

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MáquinasMáquinasinha paixão por estradas, carros, poeira, asfalto etudo o que diz respeito a viagens por terra foi cer-

tamente herdada do meu pai. Mal saído das fraldas eu jáestava sentado ao seu lado naqueles imensos bancos dasbanheironas americanas da década de 50, encarando alamaceira inviável que reinava nas estradas interio-ranas de Rio, Minas e São Paulo. Íamos os três na frente,eu, ele e minha mãe, ela fazendo o papel do entãoinexistente cinto de se-

M

gurança, enquanto a cavalaria dos oito cilindrosbeberrões se esforçava para ultrapassar o mar de barroque em geral nos esperava nessas aventuras. Nada nosdesanimava ou nos fazia desistir. Atolou? Chama o car-ro de boi da fazenda mais próxima. Ferveu? Ele calçavaas botas, tirava o velho garrafão vazio da mala, arregaça-va as calças e ia buscar água onde quer que houvesse, emgeral de um ribeirão sempre próximo. Não havia o me-nor perigo em deixar-nos os dois, eu e minha mãe, sozi-nhos: a roça era ingênua, não escondia ladrões nemmaldades. O nosso destino variava, mas quando não era

e músicaso sítio dos meus tios em Palmares, costumava ser algumhotel fazenda onde roletas e carteados clandestinos fa-ziam a alegria daquela turma de Vila Isabel que costuma-va se encontrar ou na Fazenda da Grama, ou noQuitandinha, ou em Salvaterra, ou onde quer que oscassinos clandestinos sobreviventes ao puritanismo doMarechal Dutra se escondessem. Os

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[email protected] | LUIZCARLOSSA.BLOGSPOT.COM

homens jogavam – não raro as mulheres mais ainda – enós pequenos ficávamos em grupo aos cuidados das quenão gostavam do pano verde, andando de charrete, pas-seando pelas cercanias, bebendo leite da vaca ou o quequer que nos distraísse pelos curtos fins de semana queduravam essas incursões.Por isso não estranhei a mínima quando minha carrei-ra musical começou a exigir-me uma disponibilidadepermanente para viajar. Pelo contrário, agora que eu jádirigia e tinha meu próprio carro, juntei a fome com avontade de comer. Numa época em que conseguirtransporte aéreo para bandas e equipamento era nomais das vezes financeiramente inviável, eu enchiaminha valente Belina de músicose instrumentos e saía por aí pra to-car. Fora isso, eu e Guarabyra aindapartíamos por ousadas excursõespelos cafundós do Brasil, à beira doSão Francisco, rasgando nossoscaminhos por Minas e Bahia, che-gando até onde nenhum cabeludochegara antes, surpreendendo opovo de veredas, cerrados, gerais etabuleiros com nosso visual hippiee nossos instrumentos. Perdi a con-ta de quantas músicas fizemos nes-sas viagens. Mas no cassete das Belinas, dos jipinhosGurgel, dos Corcel, das Parati que nos levavam por essasquebradas em façanhas que os mecânicos que encontrá-vamos pelo caminho mal acreditavam, rolavam fitas doPink Floyd, de Crosby, Stills & Nash, dos Beatles e dosStones, dos reisados e marujadas que Guarabyra – filhodo São Francisco – gravara tempos antes, numa misturalouca que aliada às paisagens que pareciam a mim, cario-ca perdido e achado por ali, saídas de outro planeta, fa-ziam com que nossa música se misturasse definitiva-mente à máquina que nos conduzia, porque dela de-pendíamos para chegar a nossos insólitos destinos:Carinhanha, Correntina, Bom Jesus da Lapa, Oliveirados Brejinhos, Santa Maria da Vitória, Espinosa,Caetité, Brumado, Porteirinha, Mato Verde, CaioMartins -, passamos por todas essas e muitas mais, er-rantes e livres, indo onde o bonito da paisagem ou apureza do rio nos chamassem.Logo no início das viagens, naquelas ainda mais próxi-mas ao Rio, fizemos a cabeça do nosso então muito jo-vem guitarrista Celsinho Blues Boy, que desacostuma-do a aventuras rodoviárias, tremia com a minha ten-dência a – digamos assim – pilotar... Com o tempo elecomeçou a curtir também a estrada e acabamos por fa-zer uma música juntos, ele “pilotando” um rock’n’rollsimples mas muito vibrante, como era de seu jeito à

época, e eu entrando com uma letra semi-adolescente,mas muito pertinente ao caso...Não me pergunte nunca o que é que vem pela frente

Quem anda com a gente não tem medo de chão

A máquina quente é corpo e coração

No asfalto ou na poeira, não me faz diferença

E pouco me incomoda se é inverno ou verão

A máquina quente está na minha mão

Não me lembro o que deixei pra trás

Não sei o que é que vem por aí

Você me diz que chega mas eu quero mais

Essa é a vida que eu escolhi...

(“Máquina Quente” - Celso Blues Boy - Luiz Carlos Sá)

Adolescente ou não – visto que então eu já rondava ostrinta – essa música é a cara do que eu sentia sobre a re-lação entre carros e música. E hoje, vendo a preocupaçãodos fabricantes artesanais tipo Lamborghini, McLaren,Bugatti etc em “afinar” o ronco de seus motores demaneira que eles soem, digamos assim, musicais, sei queaquelas minhas primeiras intuições sobre o que aconte-cia entre meus ouvidos e o som do motor dos meus car-ros, por básicos que eles, carros, fossem, estavam certas.Aqueles cassetes, auxiliados pelos amplificadores dis-poníveis no mercado que eu sempre adaptava ao siste-ma, soavam nota a nota com o derrapar das rodas noareião do tabuleiro, com o canto dos pneus numa curvamais fechada, junto ao vento que entrava com força pe-las janelas abertas e às toadas das lavadeiras quandoatravessávamos lentamente os riachos do caminho.Hoje, meu carro moderno passa por cima desses obstá-culos, a tração integral superando com facilidade qual-quer lama ocasional. As janelas fechadas e o ar condi-cionado ligado deixam que eu ouça os menores deta-lhes das músicas que chegam do meu pen driveconectado ao impecável sistema de som, os graves,médios e agudos devidamente equalizados permitindoque, mesmo a baixo volume, eu consiga perceber todasas nuances da gravação. Isso é muito bom.Mas aquilo lá de antes tinha também seu encanto...

Fora isso, eu e Guarabyra ainda partíamos

por ousadas excursões pelos cafundós do Brasil, à

beira do São Francisco, rasgando nossos caminhos

por Minas e Bahia...

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Empresa ......................... Telefone ............... Home Page/e-mail .................................................... Pág

AES Brasil ............................................................................... www.aesbrasilexpo.com.br ........................................................................ 04

AH Lights ...................................... (21) 2242-0456 .............. www.ahlights.com.br ................................................................................. 95

Amerco Brasil ................................ (41) 3337-1331 .............. www.amercobrasil.com.br .......................................................... 63, 65 e 73

Arena Áudio Eventos ..................... (71) 3346 -1717 ............ www.arenaaudio.com.br ............................................................................ 44

Audiosystems ................................ (11) 3228-8623 .............. www.audiosystems.com.br ............................................................... 15 e 36

Augusto Menezes .......................... (71) 3371-7368 .............. [email protected] .................................................................. 38

Avid ............................................... (19) 3741- 4644 ............ www.avid.com/br/ ..................................................................................... 19

Bass Player .................................... (11) 3721-9554 .............. www.bassplayerbrasil.com.br .................................................................... 89

B&C Speakers Brasil ...................... (51) 3348-1632 .............. www.bcspeakers.com ................................................................................ 37

Cosmos Estúdios .......................... (21) 3179-0183 .............. www.cosmos-estudio.com ......................................................................... 25

CSR ............................................... (11) 2711-3244 .............. www.csr.com.br .................................................................... 06, 07, 08 e 09

Decomac ...................................... (11) 3333-3174 .............. www.decomac.com.br ................................................ 2ª capa, 4ª capa e 3

Dream Sound ................................ (00244) 912311228 ...... [email protected] ........................................................................ 28

Estúdio Be Happy ......................... (21) 2542-3176 .............. [email protected] .................................................. 59

Gigplace ................................................................................. www.gigplace.com.br ................................................................................ 44

Gobos do Brasil ............................. (11) 4368-8291 .............. www.gobos.com.br .............................................. 3ª capa, 57, 71, 81 e 87

Guitar Player ................................. (11) 3721-9554 .............. www.guitarplayer.com.br ........................................................................... 75

Harman .................................................................................. www.harmandobrasil.com.br .................................................................... 22

Hot Machine ................................. (11) 2909-7844 .............. www.hotmachine.ind.br ............................................................................ 93

HP Sonorização ............................. (21) 3474-1709 .............. [email protected] ...................................................................... 14

João Américo Sonorização ............ (71) 3394-1510 .............. www.joao-americo.com.br ........................................................................ 64

Imaginasom ................................... (12) 7813-5478 .............. [email protected] ................................................................... 53

Libor ............................................. (11) 3104-8339 .............. [email protected] ................................................................................... 32

Modern Drummer ......................... (11) 3721-9554 .............. www.moderndrummer.com.br .................................................................. 76

Mogami Brasil ................................ (11) 3095-9699 .............. www.mogami.com.br ................................................................................ 69

Ninja Som ..................................... (11) 3550-9999 .............. www.ninjasom.com.br ...................................................................... 10 e 11

Novalite ........................................ (21) 2201-4804 .............. www.novalite.com.br ................................................................................. 85

Oversound ............................................................................. www.oversound.com.br ............................................................................ 33

Penn-Elcom ................................... (11) 5678-2000 .............. www.penn-elcom.com.br .......................................................................... 05

Powerclick ..................................... (21) 2722-7908 .............. www.powerclick.com.br ............................................................................ 56

Prisma ........................................... (51) 3711-2408 .............. www.prismaaudio.com.br .......................................................................... 77

Pro Shows ..................................... (51) 3589 -1303 ............ www.proshows.com.br ............................................................................. 49

Santo Angelo ................................ (11) 2423-2400 .............. www.santoangelo.com.br ............................................................................ 23

Sonex / OWA ................................ (11) 4072-8200 .............. www.owa.com.br ...................................................................................... 17

Star Lighting .................................. (19) 3864-1007 .............. www.star.ind.br .......................................................................................... 83

SPL Alto-Falantes ......................... (47) 3562-0209 .............. www.splaltofalantes.com.br ....................................................................... 29

Taigar ............................................ (49) 3536-0209 .............. www.taigar.com.br .................................................................................... 80

TSI ......................................................................................... www.tsi.ind.br ............................................................................................ 21

USA Liquids .................................. (11) 4012-4597 .............. www.usaprofissional.com ............................................................................ 79

Veritas / Impacto Vento Norte ..... (11) 3595-8600 .............. www.veritas.com.br .................................................................................. 39

Yamaha ......................................... (11) 3704-1377 .............. www.yamahamusical.com.br ........................................................... 27 e 45

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