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www.acm.gov.br Nº 252 • Janeiro / Fevereiro - 2007 Página 3 I Fórum das Regionais Médicas da ACM CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL Nº 68001020/2001 DR/SC ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA 70 Anos da ACM: Em sete décadas de atividades, a ACM tornou-se porta-voz dos médicos catarinenses e comemora junto à classe as suas grandes conquistas em benefício da medicina e da saúde da população.

Edição 252-Jan/Fev 2007

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I Fórum das regionais Médicas da ACM

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º 252

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Página 3

I Fórum das Regionais Médicas da ACM

CORREIOSIMPRESSO ESPECIAL

Nº 68001020/2001

DR/SCASSOCIAÇÃO CATARINENSE

DE MEDICINA

70 Anos da ACM: Em sete décadas de atividades, a ACM tornou-se porta-voz dos médicos catarinenses e comemora junto à classe as suas grandes conquistas em benefício da medicina e da saúde da população.

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E x p E d i E n t E

Informativo da Associação Catarinense de Medicina – ACM

Rodovia SC 401, Km 4, Bairro Saco Grande - Florianópolis/SC

Fone/Fax (48) 3231-0300

D I R E T O R I A

Presidente Dr. Genoir Simoni

Vice-PresidenteDr. Aguinel José Bastian Júnior

Secretária GeralDra. Ana Luiza de Lima Curi Hallal

Diretor FinanceiroDr. Ilnei Pereira Filho

Diretor AdministrativoDr. Urubatan Collaço Alberton

Diretor CientíficoDr. Armando José d’Acampora

Diretora de Publicações CientíficasDra. Rosemeri Maurici da Silva

Diretor de PatrimônioDr. Dorival Antônio Vitorello

Diretor de Previdência e AssistênciaDr. Rafael Klee de Vasconcelos

Diretora de Defesa ProfissionalDra. Márcia Regina Ghellar

Diretor das RegionaisDr. Hudson Gonçalves Carpes

Diretora Sócio-CulturalDra. Rose Marie Müller Linhares

Diretor de EsportesDr. Marcelo Fernando do Nascimento

Diretor do Departamento de ConvêniosDr. Edson Carvalho de Souza

Diretora de ComunicaçãoDra. Raquel Helena Berretta Silveira

V I C E D I S T R I T A I S

Sul: Dra. Mirna Iris Felippe Zille

Planalto: Dr. Osmar Guzatti Filho

Norte: Dr. Marcos Alexandre Vieira

Vale do Itajaí: Dr. Sérgio Marcos Meira

Centro-Oeste: Dr. Nilson Fernando Dörl

Extremo-Oeste: Dr. Luiz Fernando Granzotto

D E L E G A D O J U N T O À A M B

Dr. Remaclo Fischer Júnior

Dr. Murillo Ronald Capella

Dr. Viriato João Leal da Cunha

Dr. Jorge Abi Saab Neto

Dr. Théo Fernando Bub

Dr. Luiz Carlos Espíndola

Dr. Élcio Luiz Bonamigo

Dr. Hudson Gonçalves Carpes

EdiçãoTexto Final – Assessoria de Comunicação

Jornalistas Lena Obst (Reg. 6048 MT/RS)

Denise Christians (Reg 5698 MT/RS)

Diagramação Sarah Castro

Impressão Gráfica Darwin

Tiragem 4.000 exemplares

É cada vez mais importante

que os médicos

participem das atividades

associativas,

não apenas na hora de

colher os resultados

obtidos por suas ações, mas

também nos debates

que pautam os objetivos

a serem alcançados,

no enfrentamento dos

desafios que permeiam

a nossa classe e a qualidade

da saúde oferecida

à população

F o r ç a M é d i c a

E d i t o r i a l

A Associação Catarinense de Medicina completa 70 anos de atividades em 2007

e quer comemorar o importante aniver-sário junto a todos os seus associados. A data será razão para promoções es-peciais, a começar pela realização do I Fórum Catarinense dos Presidentes das Regionais Médicas e Vice-Presidentes Distritais da ACM, que vai reunir, na ci-dade de Lages, as principais lideranças médicas das cidades pólo do estado, num debate que promete ser um marco na luta pela integração da classe e no fortalecimento do as-sociativismo médico.

O Fórum consti-tui-se na forma mais completa de come-morar as sete décadas de trabalho da nossa ACM, na medida em que visa congregar as forças médicas distri-buídas pelo território catarinense. Serão dois dias de discussão dos temas de maior interesse do setor, que devem pautar e incrementar as ações de nossa entidade associativa, a mais antiga representação médica no estado.

Desde a sua funda-ção, a meta da ACM é integrar aqueles que fizeram da medicina uma opção profissional e de vida, seja através da defesa da classe, nos movimentos em busca de melhorias nas condições de trabalho, seja pela união propiciada nos eventos em que os médicos se unem para o congraçamento social. É também através da Associação que os colegas obtêm o aprimoramento científico, que se dá pelos conhecimentos repassados e atualizados em jornadas, congressos e eventos realizados pelas Sociedades de Especialidades, unidas na ACM, que também é a responsável pelos Manuais

de Terapêutica e pela realização do Congresso Catarinense de Medicina, com sua próxima edição já marcada para abril de 2008.

Por tudo isso, a ACM é hoje uma das mais completas instituições da catego-ria, reunindo as mais diversas faces da medicina. Ainda pela mesma razão, tor-na-se cada vez mais importante que os médicos participem das atividades asso-ciativas, não apenas na hora de colher os resultados obtidos por suas ações, mas também nos debates que pautam os objetivos a serem alcançados, no

enfrentamento dos de-safios que permeiam a nossa classe e a quali-dade da saúde oferecida à população de Santa Catarina.

Estar de fora desse contexto representa es-tar alijado do processo de desenvolvimento do médico catarinense. Ignorar a importância de se inserir no associa-tivismo é deixar de as-sumir suas responsabi-lidades com o presente e o futuro da categoria. Afinal, temos consciên-cia plena de que usufrui verdadeiramente das vi-tórias aquele que opta por participar de sua conquista.

Ser associado da ACM é estar junto na defesa da classe médica e ao mesmo tempo ter alguém que pos-sa defender seus direitos.

Parabéns, doutor !Parabéns ACM, pelo aniversário de 70

anos.

dr. GEnoir Simoni P r e s i d e n t e

dr. aGuinEl JoSé SEbaStian Júnior

V i c e - P r e s i d e n t e

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ACM realiza o I Fórum de Presidentes das Regionais Médicas e Vice-Distritrais

AAssociação Catarinense de Medicina realizará, nos pró-ximos dias 23 e 24 de março,

o I Fórum Catarinense dos Presidentes das Regionais Médicas e Vice-Presidentes das Distritais da ACM, que acontecerá no Hotel Fazenda Boqueirão, na cidade de Lages. O objetivo do Encontro é congregar os dirigentes médicos de todo estado, debatendo sobre o crescimento indis-pensável do Associativismo Médico em Santa Catarina e os temas de maior interesse da categoria: a valorização da jornada de trabalho, a consolidação da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), as melhorias do PCV (Plano de Carreira e Vencimentos) e a adequação dos TACs (Termos de Ajustamento de Conduta).

“Será um grande encontro dos di-rigentes das Regionais, parceiros da ACM nas lutas em defesa da classe, que tão bem representam os interes-ses dos médicos catarinenses e que vão debater sobre o presente e o fu-turo da profissão. Será uma oportu-nidade ímpar para falarmos sobre as nossas metas comuns e valorizarmos, ainda mais, as ações locais específi-cas, que tanto vêm contribuindo para os avanços obtidos na medicina”, afir-ma o Presidente da ACM, Dr. Genoir

Simoni, destacando a importância do evento e na expectativa de reunir todos os dirigentes regionais na pro-gramação que já está sendo especial-mente preparada pela entidade.

A Diretoria da ACM é composta por seis Vice-Presidentes Distritais, que são os representantes diretos da en-tidade associativa nas suas regiões. Além disso, o associativismo médico catarinense conta com 25 Regionais, distribuídas nas cidades-pólo e que são responsáveis pelas atividades lo-cais, com destaque na realização de jornadas de atualização e aperfeiço-amento científico, debates sobre as

Conheça os Presidentes das Regionais Médicas ACMAraranguá – Dr. Jorge Luís Beluco Balneário Camboriú – Dr. Valdir Célio Klein Blumenau – Dra. Elizabeth Ternes Pereira Brusque – Dr. Jonas SebastianyCaçador – Dra. Maria Lúcia Bertolini Canoinhas – Dr. Antônio Vasco Magalhães Telles Chapecó – Dr. Sandro Montemezzo Concórdia – Dr. Luiz Fernandes BernardiCriciúma – Dr. Ricardo Martins Curitibanos – Dr. Marlei Luiz Perdoncini Indaial – Dr. Jader de Jesus Cruz Itajaí – Dr. Cincinato Kikuchi Silva Jaraguá do Sul – Dr. Jean Beno Schreiner LuchtJoaçaba – Dr. Márcio Tomasi Joinville – Dr. Conrado Roberto Hoffmann Filho Lages – Dr. Christian Luiz Schenkel de Aquino Laguna – Dra. Sildja Correa Silvestre

Rio do Sul – Dr. Fábio Rech da Costa São Bento do Sul – Dr. Marcus Maluf São José – Dr. Ari Rocha São Lourenço d’Oeste – Dr. Júlio César Pereira DiasSão Miguel d’Oeste – Dr. José Maurício Budant Taió – Dr. Antônio Cláudio Schmidt Tubarão – Dr. Lawrence de Lucca Dias Videira – Dra. Tânia Maria de Oliveira Xanxerê – Dr. Cláudio Antônio Briese

Vice-Presidentes Distritais Centro Oeste – Dr. Nilson Fernando Dörl Extremo Oeste – Dr. Luiz Fernando GranzottoNorte – Dr. Marcos Alexandre Vieira Planalto – Dr. Osmar Guzatti Filho Sul – Dra. Mirna Ires Felippe Zilli Vale do Itajaí – Dr. Sérgio Marcos Meira

questões que envolvem a medicina e a representação política da classe junto aos gestores municipais.

“As Vice-Distritais e as Regionais são de extrema importância para as mobilizações médicas e possibilitam avanços nas lutas, na medida em que são as grandes promotoras da união, as principais disseminadoras das idéias e ações em prol da classe. Por isso, é fundamental integrar esta força, reconhecer suas lideranças e prestigiar suas conquistas”, destaca o Presidente da ACM, que através do Fórum quer unificar ainda mais o movimento médico.

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Assembléia de Delegados aprova contas do exercício de 2006

Delegados da Associação Catarinense de Medicina de todo estado participaram da

Assembléia Geral Ordinária realizada no dia 09 de dezembro passado, na sede da entidade, em Florianópolis. Durante a reunião foi apresentado o Relatório de Atividades 2005/2006 e os novos projetos em estudo para o forta-lecimento e o crescimento da ACM. Os Delegados também conheceram e apro-varam, por unanimidade, o Balanço Financeiro do exercício de 2006, no qual a ACM demonstrou a resposta do grande esforço da atual Diretoria em equilibrar as finanças da entidade, que pela primeira vez, após 15 anos, apre-sentou saldo de caixa positivo. Além disso, a Associação também conseguiu amortizar as dívidas em pelo menos 50%.

Complementando o balanço financei-ro, apresentado pelo Diretor Financeiro, Dr. Ilnei Pereira Filho, foi repassado aos Delegados ainda o Balanço Patrimonial, para o qual a Diretoria fará o levanta-

Depois de 15 anos, a ACM apresentou saldo de caixa positivo

Delegados de todo estado participaram da Assembléia Geral Ordinária

mento dos custos de uma avaliação atualizada dos bens da entidade, como forma de reconhe-cer, de fato, o patri-mônio real da ACM. Todos os dados nu-méricos receberam parecer favorável do Conselho Fiscal, lido pela Dra. Adriana Zimermann, e da Auditoria Externa.

Ao discorrer sobre as ações projetadas para o ano de 2007, o Presidente da ACM, Dr. Genoir Simoni, destacou a proposta para revigorar o Centro de Eventos da entidade, através de uma ampla reforma da área, que passará a oferecer aos promotores de eventos na capital catarinense toda a infra-estrutura necessária para receber, com qualidade, congressistas e convi-dados. “O Centro de Eventos consti-

tui-se num patrimônio importante da ACM, e instrumento para a geração de renda, mas que da forma como se en-contra vem trazendo resultados aquém das suas possibilidades. Nesse sentido, estamos atuando com uma nova visão administrativa para nosso complexo de salas, que deverá ser ampliado e melhorado”.

Durante a Assembléia Geral Ordinária, a Diretoria da ACM apresentou aos

Delegados as ações desenvolvidas pela entidade no exercício de 2006, destacando-se:

• A luta pela implantação da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos pelos planos de saúde em Santa Catarina, que tem à frente a Comissão Estadual para a Defesa e a Consolidação da CBHPM, coorde-nada pelo Presidente da ACM, Dr. Genoir Simoni.

• A busca de melhorias no PCV – Plano de Carreira e Vencimentos da Saúde, que resultou no atendimento de todas as reivindicações da classe pelo Governo do Estado, através dos

gestores das Secretarias de Estado da Saúde, Administração e Articulação Política.

• A adequação dos TACs – Termos de Ajuste de Conduta, definidos pelo Ministério Público em cada municí-pio catarinense, com a devida valori-zação às peculiaridades da atividade médica.

• O fortalecimento do movimen-to nacional pela Regulamentação da Profissão Médica, em tramitação no Congresso Nacional.

• A atuação junto aos Conselhos Estadual e Municipais de Saúde, au-xiliando na tomada de decisões políti-cas que regem o setor no estado.

• O fortalecimento do COSEMESC – Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina, que nas-ceu no solo da ACM e nos últimos

anos vem obtendo importantes con-quistas para a categoria, possibilita-das pela união de ideais e de luta.

• A negociação constante com os gestores da saúde, governantes, deputados estaduais e federais na busca das melhorias necessárias à medicina e para a assistência de qua-lidade da população catarinense.

• A representação da classe, como anteparo à expansão da medicina de grupo no estado.

• A regularização da perio-dicidade da Revista Arquivos Catarinenses de Medicina, agora em versão on-line.

• A edição atualizada dos Manuais de Terapêutica ACM, nas especiali-dades de Clínica Médica, Pediatria, Clínica Cirúrgica, Ginecologia/Obstetrícia e Saúde da Família.

RelatóRio de atividades destac a ações em pRol da c ategoRia

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Conquistas já aprovadas e garantidas por lei

C b H p m

A ACM, Coordenadora do COSEMESC – Conselho Superior das Entidades

Médicas de Santa Catarina informa aos médicos servidores públicos es-taduais que quatro itens de negocia-ção junto ao PCV – Plano de Carreira e Vencimentos que foram concretiza-dos com o Governo de Santa Catarina em 2006, já obtiveram aprovação pela Assembléia Legislativa e já foram pu-blicados no Diário Oficial, edição nº 18033, em 28/12/2006. Ou seja: já estão garantidos por lei. As conquis-tas deverão constar no próximo con-tracheque dos médicos que atuam na rede estadual. Os itens já aprovados e vigentes são os seguintes:

• Gratificação correspondente a 50% do nível 13, referência A (anexo III) da Lei Complementar nº 323/2006, aos médicos que atuam nas Unidades de Emergência (Pronto Socorro) e Unidades de Terapia Intensiva (UTI)

e que cumpram integralmente a carga horária no respectivo setor.

• Os médicos que têm título de es-pecialista reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina e com o docu-mento de Registro de Qualificação de Especialista (RQE) junto ao Conselho Regional de Medicina receberão o adi-cional de pós-graduação corresponden-te ao Inciso III do referido Artigo, de 19% sobre o valor do vencimento fixa-do para a referência A, do nível 13, da estrutura de carreira.

• Supressão do § 2° do artigo 22, da Lei nº 323/06, com a redução da jor-nada de trabalho de 40 para 30 horas semanais aos servidores médicos.

• Alteração do Art. 96, em seu pará-grafo único, concedendo a licença es-pecial de que trata o caput do artigo, o qual obedecerá aos seguintes crité-rios quanto à carga horária: I - de 501 a 1000 servidores filiados - 60 horas semanais.

Entidades pedem agilidade na votação da Gratificação

da Produtividade

Lideranças do COSEMESC reu-niram-se com o Secretário de Estado da Saúde, Dado Cherem,

e o Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC), Deputado Júlio Garcia, no dia 29 de janeiro, para solicitar agilidade na vo-tação do Projeto de Lei (PL) que ins-titui a Gratificação de Desempenho e Produtividade Médica – GDPM aos médicos servidores públicos estaduais. Diante da importância do pleito da ca-tegoria e reconhecendo o consenso na elaboração do PL, o Secretário da Saúde e o Presidente da ALESC se compro-meteram em conversar com o líder do Governo no Legislativo, Deputado João Henrique Blasi, no sentido de solicitar que a proposta seja colocada em regime de urgência para votação, com aprova-ção até o final do mês de março.

A GDPM, que deverá ser implantada em substituição ao Pró-Labore, é fruto da luta das entidades médicas catari-nenses em parceria com o Governo de

Santa Catarina, através das Secretarias de Estado da Saúde, da Administração e da Articulação Política, definindo me-lhorias salariais no Plano de Carreira e Vencimentos (PCV) a quase totalidade dos médicos que atuam nas unidades estaduais de saúde. Como o Projeto de Lei só chegou à Assembléia no último dia 22 de dezembro, não foi levado à vo-tação na legislatura que se encerrou em 2006, causando o seu arquivamento. O pedido de desarquivamento do PL para sua votação pelos Deputados Estaduais só pode ser feito pelo líder do Governo na ALESC ou pelo Governador.

Participaram da reunião de nego-ciação o Coordenador do COSEMESC e Presidente da ACM (Associação Catarinense de Medicina), Dr. Genoir Simoni, o Vice-Presidente do SIMESC (Sindicato dos Médicos), Dr. Vânio Lisboa, e os Superintendentes da Secretaria de Estado da Saúde, Dr. Roberto Hess de Souza (Planejamento) e Lester Pereira (Hospitalar).

A Comissão para Defesa e Consolidação da CBHPM em Santa Catarina, co-

ordenada pela ACM, comunica que apesar do constante esfor-ço de negociação, os dirigentes da UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) ainda não responderam à reivindicação de reajuste dos valores da CBHPM, encaminhada ao grupo no mês de outubro de 2006. Além da ausência de res-posta à solicitação da classe mé-dica catarinense, algumas empre-sas filiadas à UNIDAS iniciaram o ano de 2007 com grande retroces-so. Contratos completamente fora dos padrões acertados ao longo das negociações dos últimos 3 anos foram enviados aos médi-cos, numa condição que remonta à realidade contratual de 2003. Os quatro itens básicos dos contratos com as empresas que integram a UNIDAS estavam ausentes das minutas enviadas, simplesmente ignorando todo o avanço con-quistado até o momento.

Em resposta a essa atitude inaceitável por parte de algu-mas empresas de autogestão, o COSEMESC alerta os médicos de todo o Estado para que leiam atentamente o conteúdo de cada um dos contratos recebidos e NÃO ASSINEM DOCUMENTOS QUE NÃO CONTEMPLEM AS CONDIÇÕES MÍNIMAS para a prestação de serviços médicos.

atenção aos contratos da UNidas

Itens contratuais imprescindíveis

1 – CBHPM como referencial de honorários médicos.

2 – Recontratualização anual no mês de outubro.

3 – Foro de discussões jurídicas em Florianópolis.

4 – Presença de profissional mé-dico no cargo de Diretor Clínico do Plano de Saúde em questão.

p l a n o d E C a r r E i r a E V E n C i m E n t o S

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COSEMESC negocia melhorias em Caçador

Lideranças do COSEMESC (Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa

Catarina) reuniram-se com médicos de Caçador e autoridades do muni-cípio, no dia 26 de janeiro, na busca de um acordo sobre os honorários e carga horária de trabalho dos profis-sionais do setor. Do encontro resultou o fim da paralisação dos médicos, de quase dois meses, e a defini-ção de um prazo de 60 dias para a resolução dos impasses. “A presença das lideranças do COSEMESC em Caçador repre-sentou um importante apoio à nossa luta e a esperança do êxito nas negociações. A reu-nião teve uma boa repercus-são na sociedade e imprensa locais, o que fortalece nosso movimento”, salientou a Dra. Maria Lúcia Macedo Bertolini, Presidente da Regional Médica de Caçador.

Estiveram em Caçador o Coordenador do COSEMESC e Presidente da ACM, Dr. Genoir Simoni, o Vice-Presidente da ACM, Dr. Aguinel José Bastian Junior, o Presidente do CREMESC, Dr. Wilmar de Athayde Gerent, e o Presidente do SIMESC, Dr. João Pedro Carreirão Neto, que juntos aos representantes das enti-

dades médicas lo-cais reuniram-se com autoridades do município. O primeiro en-contro foi com o promotor Benhur Poti Betiolo e, na seqüência, com os vereadores

da Câmara Municipal. No mesmo dia, os representantes do COSEMESC con-versaram com o Vice-Prefeito, Lucir Telmo Christ, o Secretário de Gabinete da Prefeitura, Munir Bittar, o Assessor Jurídico Rubiano Schmitz e com o Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Valmor de Paula.

Catarinense toma posse na Diretoria da SBA

ADiretoria da Associação Catarinense de Medicina pa-rabeniza o médico Jurandir

Turazzi, de Joinville, por sua posse na Vice-Presidência da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), em reconheci-mento a seu importante trabalho pela especialidade nos últimos anos. O médico já foi Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de Santa Catarina (1996 a 1999), membro da Comissão de Ensino e Treinamento da SBA (2000 a 2002) e seu Presidente no ano de 2002, além de ter atuado como Diretor do Departamento de Defesa Profissional da entidade (2004 a 2006) e como membro da Comissão Nacional de Honorários Médicos da Associação Médica Brasileira (AMB).

“É um orgulho poder representar os anestesiologistas brasileiros e catari-nenses, em particular, na SBA. A nossa Sociedade completa 59 anos de existên-

cia em 2007, contando com aproxima-damente 8 mil sócios em todo o Brasil e sou muito grato pela confiança de meus pares, principalmente por contar-mos, em Santa Catarina, com diversos nomes de expressão na anestesiologia”, destaca o médico, lembrando ainda os desafios do novo cargo: “vamos traba-lhar para manter um padrão de ensi-no e educação continuada, levando o anestesiologista a ter um alto nível de conhecimento técnico-científico, bem como desenvolver atividades visando oferecer boas condições de trabalho aliadas à remuneração justa”.

Com a posse do Dr. Jurandir Turazzi na Diretoria da SBA, Santa Catarina mais uma vez reafirma a relevância da especialidade no estado, que já teve três Presidentes na Sociedade Brasileira de Anestesiologia: os Drs. Danilo Freire Duarte, José Warmuth e Renato Almeida Couto de Castro.

Na mesma ocasião, as lideranças do COSEMESC também protocola-ram ação na justiça, contra a con-tratação da Cooperativa de Médicos de Passo Fundo (Coperpassos) pela Secretaria de Saúde de Caçador,

por considerar a mesma ilegal. A Cooperativa não tem registro em Santa Catarina, assim como os médicos que estão atuando no município. Os profis-sionais contratados pela empresa tam-bém devem responder sindicância in-terna por estarem atendendo de forma irregular.

Dr. Jurandir Turazzi é o novo Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Lideranças do COSEMESC reuniram-se com os médicos de Caçador, na busca de solução ao impasse junto à Prefeitura Municipal

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ACM completa 70 anos ao lado dos médicos catarinenses

AAssociação Catarinense de Medicina completa 70 anos em 2007 e comemora junto

aos médicos de todo estado as conquis-tas obtidas em defesa da categoria e da saúde da população. O maior “pre-sente” para brindar a data é a própria trajetória de lutas e vitórias traçada pela entidade, que teve à frente as mais destacadas personagens da história da medicina em Santa Catarina.

Com sete décadas de intensas ativida-des, a ACM protagonizou as principais lutas médicas das últimas gerações, e ainda hoje é a porta-voz das diversas e crescentes reivindicações da classe,

fórum de debates e de disseminação de idéias.

Em seu universo crescente de realiza-ções destacam-se, entre outras:

• A defesa das dignas condições para o exercício da medicina, em todas as suas faces.

• A busca pelo aprimoramento cientí-fico da classe, através das Sociedades e Departamentos de Especialidades, con-gregados à entidade associativa.

• A união dos profissionais, em par-ceria com as Regionais Médicas distribuí-das nas cidades pólos de Santa Catarina.

• A promoção de debates para o enca-minhamento de soluções aos inúmeros

Há setenta anos, um grupo de médicos se reuniu em Florianópolis para lançar

a semente da ACM. Liderados pelo Dr. Sizenando Teixeira, eles tinham o objetivo de “fundar uma socie-dade que zelasse pelos interesses morais e materiais da classe e fos-se um laço de união entre todos os colegas que mourejam na clínica dentro do estado de Santa Catarina”. Assim, em 28 de abril de 1937 foi fundada a Sociedade Catarinense de Medicina, tendo à frente o Dr. Djalma Moellmann, que escreveu as primeiras páginas da história de su-cesso nas ações de integração e de defesa da medicina catarinense.

Já a mudança para o nome

ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA deu-se em Assembléia Geral de Médicos presidida pelo Dr. Arthur Pereira e Oliveira, que fez declarar a en-tidade como de utilidade pública, pela Lei Estadual nº 1551 e Lei Municipal de Florianópolis nº 862, além de filiar a ACM junto à Associação Médica Brasileira.

De lá para cá, já presidiram a ACM os seguintes e destacados médicos:

1935 – Carlos Corrêa 1937 – Djalma Moellmann 1942 – Arthur Pereira e Oliveira1943 – Polydoro Ernani de São Thiago1944 – Paulo Tavares da Cunha Mello 1945 – Arthur Pereira e Oliveira

1954 – Miguel Salles Cavalcantti 1955 – Antônio Moniz do Aragão 1959 – Zulmar de Lins Neves

problemas vividos no setor da saúde.• A defesa da ética e da saúde pública.• A luta pela qualidade do ensino da

medicina.• A representação política da classe

nas suas causas, para obtenção de leis que defendam a saúde e a profissão no estado e no país.

• A representação da classe nas nego-ciações junto aos governantes e gesto-res da saúde.

• O repasse contínuo do conhecimen-to e da informação, com a publicação da Revista Arquivos Catarinenses de Medicina e do Jornal da ACM, além de site próprio.

• A congregação dos profissionais em eventos sociais, culturais e esportivos.

1961 – Armando Valério de Assis 1963 – Isaac Lobato Filho 1965 – Henrique Prisco Paraíso

1967 – Luiz Carlos da Costa Gayoto1969 – Murillo Ronald Capella 1971 – Júlio da Silva Cordeiro 1979 – Luiz Carlos Espíndola 1981 – José Caldeira F. Bastos 1983 – Luiz Carlos Espíndola 1983 – Norberto dos Anjos Ferreira1985 – Cláudio B. Pereira e Oliveira1987 – Euclides Reis Quaresma 1989 – João Nilson Zunino1991 – Jorge Abi Saab Neto1993 – Théo Fernando Bub1995 – Almir Gentil1997 – Remaclo Fischer Junior1999 – Carlos Gilberto Crippa2002 – Viriato João Leal da Cunha

Trajetória histórica

A ACM sempre foi o palco das assembléias de médicos que deliberaram os destinos da medicina em Santa Catarina

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Associativismo em defesa do médico

Criada para ser a CASA do mé-dico catarinense, há muito a ACM vem ultrapassando as

suas metas associativas e vem partici-pando do cotidiano da prática médica, nas lutas pela justa remuneração, por melhores condições de trabalho, res-peito às conquistas já obtidas, valori-zação da imagem do médico e repre-sentatividade política da classe.

A ACM é também a fonte do apri-moramento e da atualização cientí-fica dos médicos catarinenses. É a Associação que reúne as 46 Sociedades e Departamentos de Especialidades, responsáveis pela realização de con-gressos, cursos, jornadas e eventos diversos para a disseminação do co-nhecimento. Também a cada três anos a entidade associativa promo-ve o CONGRESSO CATARINENSE DE MEDICINA, que contempla temas de destaque das especialidades básicas da atividade médica, atraindo cole-

gas de todas as regiões catarinenses, num verdadeiro fórum de informação e formação.

Outra grande responsabilidade da ACM na área científica é a publicação da Revista ARQUIVOS CATARINENSES DE MEDICINA, agora em versão on-line, com indexação na base de dados LILACS única na região Sul do Brasil, totalmente modernizada e com sua pe-riodicidade em dia. Veículo da produ-ção científica dos médicos do estado, a Revista vem ampliando cada vez mais seu público alvo, antes mais restrito às bibliotecas das Universidades do país e algumas Sul Americanas. Com a publicação on-line, a Revista ganhou o mundo e passou a receber a “visita” de médicos de várias cidades brasileiras, bem como de pro-

fissionais catarinenses que trabalham ou estudam nos Estados Unidos e na Europa.

A Biblioteca da ACM também me-rece destaque no aprimoramento dos médicos, dispondo das principais obras e assinaturas de periódicos, das mais diversas especialidades, à dis-posição dos associados. Além disso, é a ACM que edita os MANUAIS DE TERAPÊUTICA, oferece os serviços da ACM-Stúdio, para a elaboração de data-show e apresentações diversas, e ainda abriga o projeto do Museu Catarinense de Medicina.

O JORNAL DA ACM é o mais antigo veículo de comunicação das entidades médicas estaduais. Através das páginas do periódico pode ser contada a história da medicina catarinense e acompanhados os posicionamentos, os projetos e as lutas da classe nas últimas gerações.

Neste ano em que a entidade comemora seus 70 anos, o jornal presenteia seus leitores com seu um novo padrão visual, traduzindo a modernização impressa pela atual Diretoria da Associação Catarinense de Medicina.

A Casa do Médico Catarinense é local de debates e de aprimoramento científico da classe, congregando profissionais da medicina de todo estado em seu Centro de Eventos e Biblioteca Médica

Os médicos catarinenses acompanham as notícias da medicina através das páginas do Jornal ACM

O mais antigo canal de comunicação com a classe

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União e Congraçamento

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Amissão associativa merece também atenção especial pela ACM, através da promoção de eventos socais e esportivos que congregam

médicos de todo estado, em datas importantes para a classe. Com uma sede moderna e ampla, anualmente a ACM recebe os colegas para diversos eventos, destacan-do-se a comemoração do Dia do Médico, o Aniversário da Associação Catarinense de Medicina e o Carnaval Infantil. Enquanto o auditório central da sede é palco de homenagens históricas, o amplo espaço livre das instalações abriga promoções especiais e as quadras de esportes recebem atletas de várias modalidades.

As principais comemorações médicas em Santa Catarina acontecem no salão da ACM

A sede social da entidade é palco de encontro e descontração entre colegas e amigos

O esporte tem lugar reservado, congregando atletas de diversas modalidades

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Sete décadas de liderança e pioneirismo

A história da ACM é permeada de lideranças e de verdadeiros desbravadores que deixaram sua marca de pioneirismo na me-dicina e na sociedade catarinense. Muitos desses médicos, ainda hoje, depois de mais de 50 anos de exercício da medicina, continuam contribuindo com suas idéias e trabalho.

Como forma de homenagear a todos os que ajudaram a construir a Associação Catarinense de Medicina nas suas sete décadas de vida, o Jornal ACM entrevistou quatro dos primeiros associados da entidade, que contaram um pouco sobre os desafios venci-dos e as muitas vitórias alcançadas, numa época em que a prática médica não contava com tantos aliados tecnológicos, mas tinha como maior bem a humanização da relação médico-paciente.

Dr. Isaac Lobato Filho

Natural do Maranhão, o jovem Isaac Lobato Filho (CRM 23), aos 18 anos entrou para a Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de

Janeiro. Aos 24 anos já havia concluído o curso. “Naquela época, o treinamento de estudante era muito precoce e no 5º ano eu já exercia o cargo de interino na cadeira de Clínica Cirúrgica do professor Ugo Pinheiro Guimarães, e como con-cursado fui plantonista do Hospital Getúlio Vargas, por dois anos”. Depois de fazer um curso de tisio-pneumologia, o mé-dico foi convidado para dirigir o Sanatório de Maracanaú, no Ceará, e mais tarde aceitou o desafio de ativar o Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, em 1950, quando a peque-na cidade não tinha infra-estrutura: “de dia faltava água e à noite faltava luz”. Ele lembra também que nesta época foi inaugurado o primeiro banco de sangue, no Hospital Nereu Ramos, que tinha uma geladeira a querosene, fabricada em Joinville.

Dr. Lobato inscreveu-se na ACM no dia 02 de janeiro de 1957, mesmo ano em que foi criada a Faculdade de Medicina de Santa Catarina, pela ACM, estando ele entre os membros da Comissão Organizadora do primeiro curso. Em 1963, o jo-vem empreendedor já havia deixado sua marca na medicina de Santa Catarina, sendo o 11º médico a assumir a Presidência da Associação Catarinense de Medicina. Ainda em 63, com o seu empenho e com o apoio do Governador Celso Ramos foram instalados na capital três unidades importantes: de Cardiologia, o Centro Hemoterápico e o Serviço de Diagnóstico do Câncer Ginecológico. Em 1965 o Dr. Lobato assumiu a Superintendência da recém-criada Fundação Catarinense de Saúde, que engloba-va os três serviços.

Aos 82 anos de idade e dono de um extenso currículo, o médico deixa dois conselhos para as novas gerações de pro-fissionais da medicina: “Estudem muito, nem que para isso precisem viajar, e participem de suas entidades de classe, que são os pilares para todas as metas de atualização e de defesa das nossas atividades. Tenho orgulho de ter ajudado na consolidação de nossa ACM, que agora completa seus 70 anos de idade”.

Dr. Júlio Paupitz Filho

O anestesiolo-gista aposen-tado, Dr. Júlio

Paupitz Filho (CRM 27), inscreveu-se na ACM no dia 20 de dezembro de 1952 e acompanhou de perto o desenvol-vimento da entidade. Estudou na Faculdade Nacional de Medicina, de Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, e na Universidade Federal do Paraná, onde cur-sou os últimos anos. Em Florianópolis, montou consultório e prestou concurso para a Previdência Social, onde começou a traba-lhar como clínico. Como na época só havia um anestesista na capital catarinense, voltou para o Rio de Janeiro e fez a especialização em Anestesiologia, passando a atender as maternidades e aos hospitais da região.

“Lembro que na década de 50 era comum fazermos a anes-tesia chamada semi-aberta. Era um grande desafio, porque o paciente inspirava uma mistura de oxigênio com éter e um ou-tro gás. E, quando o doente expirava, voltava no nosso rosto um pouco daquela mistura, que nos deixava meio grogues. Às vezes, chegava em casa com um cheiro tão forte de éter que as minhas filhas reclamavam de tontura. Acho que por causa da demanda de trabalho, e pelos riscos, os colegas da época não queriam ser anestesistas”.

Aos 80 anos de idade, 40 dos quais dedicados intensamente à medicina, o Dr. Paupitz define a ACM como uma entidade muito bem representada, que desde cedo empenhou-se em resolver os problemas dos médicos em relação ao exercício e à ética da profissão. “Eu não tinha tempo para fazer parte da Diretoria, porque trabalhava direto. Cansei de dormir na maternidade e de cancelar compromissos pessoais para aten-der urgências e emergências. No entanto, eu sempre encon-trei tempo para freqüentar as reuniões que eram promovidas pela Associação”.

No currículo do médico, muitos outros registros mere-cem destaque, como o trabalho nos institutos de previdên-cia IAPETEC, SAMDU, IADC e também no Departamento de Saúde Pública do Estado de Santa Catarina. Depois da aposentadoria, o anestesiologista passou a dedicar-se à lite-ratura, escrevendo alguns livros, entre eles: “O Alcoólico – Análise, dependência, recuperação” (Editora Relisul – 1987); “O Despertar do Eu Verdadeiro” (1991) e “Podres Poderes – Um povo tão pobre num país tão rico” (Editora Paralelo 27 – 1994).

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Dr. Júlio Doin Vieira

Dr. Júlio Doin Vieira (CRM 49), otorri-

nolaringologista, for-mou-se em fevereiro de 1951, mas como na época não era obrigatório registrar-se no CRM, fez sua inscrição somente no final daquele ano, no mesmo dia em que se associou à ACM, em 22 de dezembro. O médico cursou me-dicina por três anos na Faculdade Federal do Paraná e outros três anos no Rio

de Janeiro. Depois de formado, foi morar em Joinville. “Em outubro de 1952 eu tirei o 1º lugar no concurso do IAPC (instituto de previdência) e vim de mudança para Florianópolis”. Ele recorda que desde o início a ACM pro-movia palestras e cursos para associados, mas de maneira diferente do que é realizado hoje em dia. “Um médico apresentava um caso difícil e explicava como agir naquela circunstância. Eram outros tempos”.

Ao Dr. Júlio Vieira, a ACM foi muito importante para o crescimento da medicina catarinense. “Ela fez a congre-gação dos colegas, despertou a idéia de classe. As atua-ções dos Presidentes Isaac Lobato e Júlio Cordeiro foram fundamentais, para a construção das primeiras sedes pró-prias da entidade”. O médico diz que sente muito orgu-lho dos seus 50 anos de profissão, pelas longas jornadas de trabalho e os 30 anos como professor da Faculdade de Medicina. “De vez em quando encontro na rua algum ex-aluno que vem me abraçar. É gratificante. Espero que os jovens médi-cos se inscrevam na ACM tão logo recebam seus diplomas. Além disso, devem fazer uma clínica médica bem feita e, só depois, partirem para uma especialização”.

Com a aposentadoria veio a tranqüilidade para o médico se dedicar aos livros. Gosta tanto de ler como de escrever. Já tem sete obras publicadas e outras cinco para serem lançadas. Os temas variam, indo da medicina à maçonaria, do espiritismo à literatura. Isso sem contar os inúmeros artigos publica-dos em revistas. O primeiro livro foi editado pela UFSC “Anomalias laríngeas congênitas”, único no Brasil sobre o assunto. Também tem um dicionário de termos árabes na língua portuguesa, também único no Brasil, e o “Dicionário de termos indígenas na língua portuguesa”, em fase de re-visão, e o mais recente: “A Cruz – Formas e Símbolos”, da editora Madras/SP, aguardando lançamento.

Dr. Cid Gomes

O pneumologista Cid Gomes (CRM 80) se for-mou em medicina pela Universidade Federal do Paraná em 1954, e se diz testemunha ocular

do crescimento da Associação Catarinense de Medicina, não só como associado (desde 02/01/1955), mas também como membro do Conselho Deliberativo da Associação, por quatro gestões. Na década de 70, quando Presidiu a Federação Brasileira das Sociedades de Tuberculose e Doenças Respiratórias (1976-78), trouxe para Santa Catarina aquele que foi o primeiro grande evento da área médica no estado: o Congresso Brasileiro de Tuberculose e Doenças Respiratórias, que reuniu duas mil pessoas em Balneário Camboriú, e contou com total apoio e partici-pação da ACM.

“Sou do tempo em que médico e piloto de avião eram as profissões mais românticas, davam muito status. Hoje mudou muito, médico é como qualquer operário e pilo-to é motorista de avião”, relata sorrindo. “Sobre a ACM, lembro que sua sede era o ponto de encontro dos mé-dicos, que se reuniam para desenvolver ações de defesa profissional. Depois foi se estruturando aos poucos, com o apoio dos sócios, que construíram o Edifício ACM, de seis andares, na Rua Jerônimo Coelho, onde instalaram seus consultórios e clínicas, doando o sexto andar para a Associação”. Ele também destaca o trabalho da ACM na promoção e criação de eventos como jornadas, con-gressos e cursos de aperfeiçoamento profissional. “Sem esquecer de mencionar a valiosa colaboração da entidade no lançamento de livros, na edição dos jornais e revistas, entre outras importantes iniciativas que beneficiam os médicos associados”.

Em 52 anos de dedicação à medicina, e ainda no exercício da profissão, aos 77 anos de idade, o Dr. Cid Gomes, que é consultor do setor de AIDS, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, acompanhou o surgi-mento de novas tecnologias que facilitaram o diagnóstico e o tratamento de doenças, além de novos medicamentos para combater os maiores males de cada época, desde hanseníase e tuberculose até a AIDS, as doenças cardí-acas, entre outras, sem esquecer das grandes cirurgias e transplantes. “No entanto, o que mais fez diferença, mais gerou benefícios para a saúde brasileira foi o lançamento do SUS – Sistema Único de Saúde, que apesar de não ser bem utilizado, está em constante evolução e veio para democratizar a assistência médica. Creio que as mudan-ças provocadas pelo SUS causaram um grande e favorável impacto na área da saúde”.

De vez em quando encontro na

rua algum ex-aluno que vem

me abraçar ou me beijar. É

gratificante. Espero que os jovens

médicos se inscrevam na ACM

tão logo recebam seus diplomas.

Dr. Júlio Doin Vieira “

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Homenagem das representações médicas em Santa Catarina

A ACM é uma entidade que há 70 anos simboliza a luta contínua pelo aprimoramento, união e remuneração justa da classe médica, permanecendo fiel aos valores intocáveis do médico como ética, transparência, qualidade e amor pela vida. Parabéns médicos de Santa Catarina. Parabéns ACM.

Dr. Marcos Alexandre VieiraVice-Presidente ACM Distrito Norte

Resgatar pessoas em vida (médicos) e homenageá-los, para reconhecer seu trabalho prestado à sociedade é um ato elegante e humano. Compartilhar e fes-tejar em nossa casa, nos une, estimu-lando nossa caminhada pelo coletivo. Aos nossos 70 anos, um caloroso para-béns. Parabéns também à Diretoria da ACM.

Dr. Osmar Guzatti FilhoVice-Presidente ACM Distrito Planalto

Os 70 anos da ACM fazem parte da vida de todos os médicos catarinenses. Todos os nossos passos profissionais são a história desta entidade. Múltipla em suas ações, eclética em sua com-posição, democrática em suas atitudes, favoráveis ou contrários em seus diver-sos momentos, devemos estar sempre juntos neste time.

Dr. Ari Rocha Presidente da Regional Médica de São José

A ACM, nos seus 70 anos de história tem sido referência para todos os mé-dicos catarinenses. Atualmente, o posi-cionamento ético e científico que nor-teia a Diretoria tem sido um alento e um estímulo para toda a categoria, de-monstrando seu absoluto comprometi-mento com a classe médica catarinense que representa. Parabéns à Diretoria da ACM, cumprimentando assim todos os médicos de nosso estado.”

Dra. Elizabeth Ternes Pereira Presidente da Associação Médica de

Blumenau

Cada ano que passa consolida a Associação Catarinense de Medicina. Neste segundo milênio de mudanças, de paradigma, também a ACM se trans-forma e agrega-se ao CREMESC e ao SIMESC, para estar à frente e junto com todos nós, os médicos da Santa e Bela Catarina.

Dra. Tânia Maria de Oliveira Presidente da Regional Médica de Videira

Os 70 anos da ACM representam sete décadas de história de uma classe que vem contribuindo de forma mui-to intensa para o avanço da sociedade catarinense. Ou seja, de médicos que buscam no dia a dia do exercício da pro-fissão uma melhor qualidade de vida e mais saúde para a população. A ACM representa a classe médica de forma le-gítima e autêntica. A SJM (Sociedade Joinvilense de Medicina), como maior afiliada, sente-se plenamente orgulho-sa por fazer parte desta história.

Dr. Conrado Roberto Hoffmann FilhoPresidente da Sociedade Joinvilense

de Medicina

Ao comemorar 70 anos de atividades, a Associação Catarinense de Medicina recebe todo o reconhecimento dos médicos de nosso Estado, que valorizam as lutas travadas pela entidade e as vitórias obtidas pelo bem da classe, da medicina e sobretudo da sociedade. Como parceiro e aliado nas inúmeras jornadas que envolvem a prática médica na atualidade, o Conselho Regional de Medicina deseja que a ACM se perpetue através dos anos, cumprindo sua missão de congregar e defender seus associados, auxiliando na atualização profissional dos médicos e na qualidade da saúde da população. Parabéns pelo aniversário e pelo importante trabalho realizado nestas sete décadas!

Dr. Anastácio Kotzias NetoPresidente do CREMESC - Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina

A Classe médica catarinense deve bastante à Associação Catarinense de Medicina, na medida em que sempre foi uma entidade aglutinadora dos in-teresses dos médicos, da medicina e da sociedade de Santa Catarina. Ao longo

dos seus 70 anos tem trabalhado para manter a união da classe. É uma enti-dade catalisadora dos anseios comuns a todos os seus associados.

Dr. Jorge Luís Beluco Presidente da Regional Médica de Araranguá

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A longevidade da Associação Catarinense de Medicina por si só demonstra a importância no cenário estadual para os médicos catarinenses e a sociedade, sem contar a influência e a par-ticipação nacional nas questões relacionadas à categoria médica e à saúde ao longo desses 70 anos. Independente dos fortes vínculos históricos, a ACM e o Sindicato dos Médicos efetivaram, através do COSEMESC, a parceria nas lutas em prol da categoria médica nos últimos 10 anos, junto com o CREMESC. É uma experiência bem sucedida de grande importância estadual que emerge como exemplo nacional. À nossa entidade irmã, as congratulações pelo aniversário e os agradecimentos pela convivência e pelo inestimável apoio. São os sinceros votos de toda a Diretoria do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina.

Dr. João Pedro Carreirão Neto Presidente do SIMESC Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina