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GESTÃO , Empresas & Produtos Revista de Negócios da Acieg www.acieg.com.br Ano VII - Nº 33 - Julho de 2014 R$ 9,00 Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público DIRETORIA DA ACIEG PARTICIPA DE ARTICULAÇÃO DO PACTO PARA MELHORIA DO TRANSPORTE NA CAPITAL ENTREVISTA AFIF DOMINGOS IDOSOS NEGÓCIOS EM ALTA REGIÃO DA 44 ABRE SÉRIE SOBRE COMÉRCIO REGIONAL

Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

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Edição nº 33 da revista Gestão, Empresas e Produtos traz como matéria de capa o Pacto do Transporte elaborado pelo Fórum Empresarial, com apoio da Acieg. Veja também: - Idosos: negócios em alta - Região da 44 : desenvolvimento do comércio regional - Entrevista com Afif Domingos e muito mais. Confira!

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Page 1: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

GESTÃO,Empresas & Produtos

Revista de Negócios da Acieg

www.acieg.com.br Ano VII - Nº 33 - Julho de 2014 R$ 9,00

Empresários ajudam destravardebate sobre transporte público

DIRETORIA DA ACIEG PARTICIPA DE ARTICULAÇÃO DO PACTO PARA MELHORIA DO TRANSPORTE NA CAPITAL

ENTREVISTAAFIF DOMINGOS

IDOSOSNEGÓCIOS EM ALTA

REGIÃO DA 44 ABRE SÉRIESOBRE COMÉRCIO REGIONAL

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Rua 14, Nº 50, Edifício Santino Lyra Pedrosa,

Setor Oeste, Goiânia-GO – CEP: 74120-070

CNPJ: 01.615.301/0001-92

Revista GESTÃO, Empresas & Produtos

é uma publicação da Associação Comercial,

Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg)

MISSÃO DA ACIEG

Atuar na defesa incondicional do setor produtivo,

fomentando e desenvolvendo ações que viabilizem a

sua integração com a sociedade.

expediente

Editor

Leandro Resende (JP-1145)

Reportagem

Ana Helena Borges

Caio Barbosa

Infográficos

Ana Helena Borges

Estagiários

Ary Sousa

Iara Nunes

Fotografias

Renan Accyoli

Fernando Neves

Edição de fotos

Manoel de Sousa Silva

Diagramação e Projeto

Contemporânea

Gráfica

PUC

REDAÇÃO

(62) 3237-2616 ou 3237-2642

COMERCIAL (ANÚNCIOS)

(62) 3237-2613 (Marina Anderi)

Presidente

Helenir Queiroz

43ª Diretoria

GESTÃO,

Telefone geral: (62) 3237-2600

Fax: (62) 3237-2602

conversacom o leitor

CONTATOS REVISTA GESTÃO

GERAL - 3237-2600

PRESIDÊNCIA - 3237-2631

ADMINISTRATIVO - 3237-2622

JURÍDICO - 3237-2629

IMPRENSA - 3237-2616

EVENTOS-CURSOS - 3237-2624

ACIEG JOVEM - 3237-2609

1ª CORTE- 3237-2627

CONTATOS ACIEG

3 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

Ociclo histórico de evolução das empre-sas goianas ainda é recente. Há cerca demeio século as empresas deixaram deser apenas pequenos negócios sem fer-ramentas básicas de gestão, para avan-

çar na profissionalização. Há 77 anos, a Acieg acom-panha de perto e percebe claramente estas duasfases. A primeira, dos anos 30 à década de 60,quando a administração dos negócios ganhou novaspráticas.

A segunda, dos anos 60 até os dias atuais, quandomarketing, contabilidade, finanças, tecnologia de in-formação e recursos humanos passaram a ser essen-ciais nas empresas.

No entanto, precisamos na próxima década inau-gurar uma nova etapa. A inovação fará parte destanova fase, direcionará. Mas vai além, pois será neces-sário difundir e universalizar novos conceitos de ges-tão e tecnologia, de inovação e recursos humanos. Vaialém do discurso, será uma necessidade. A transiçãovai ocorrer desta para a próxima geração.

A Acieg está presente e a atual diretoria – emconjunto com a revista Gestão – vai participar ativa-mente desta mudança. Nesta edição, teremos umagrande reportagem sobre eleição, posse e primeirosatos da 43ª Diretoria da Acieg, que reelegeu a empre-sária Helenir Queiroz para conduzir, junto com deze-nas de empresários experientes, a entidade nopróximo triênio. Entre os temas em destaque, a novadiretoria elegeu - até a pedidos de empresários du-rante os debates pré-eleição na entidade - um pactode mudanças para o transporte público da GrandeGoiânia e, com muita transparência, conseguiu umacordo inédito.

Ainda nesta edição, a revista entrevistou o empre-sário e ministo Afif Domingos, um raio-x do comér-cio na Região da Rua 44, o mercado para a terceiraidade, um infográfico interessante sobre o Código doContribuinte, entre outras boas matérias.

Boa leitura a todos.

O 3º ciclo dagestão em Goiás

E-mail: [email protected]

ACIEG

www.acieg.com.br

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43ª diretOria

traNSPOrte aBre deSaFiOS

da GeStÃO

GESTÃO,Empresas & Produtos

20

Diante de um cenário iminente de greve e paralisações no transporte coletivo, como havia ocorrido nos anos

anteriores, a Acieg levantou a bandeira da necessidade do envolvimento do setor produtivo na discussão. A

decisão foi apoiada por toda diretoria e amparada por várias entidades empresariais, que também se envolveram

no amplo debate que se seguiu. Com o apoio formal do Fórum Empresarial e do Fórum da Habitação e da

Mobilidade, conseguiu-se, depois de meses de mediação, reduzir os impasses e um inédito pacto para melhoria

do transporte na Região Metropolitana de Goiânia. Para o setor produtivo, foi uma vitória, pois, em um ano de

economia estagnada, ter a cidade parada por vários dias em razão do transporte seria um desastre.

4 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

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Colunas

6 dE pRimEiRa

16 mUNdo EXECUTivo

18 paRada oBRiGaTÓRia

38 CENÁRio ECoNÔmiCo

52 aRmaZÉm

53 fim dE sEmaNa

56 aRTiGo

58 GalERia

8 GRipEEmpresas adotam política

de ataque à gripe.

28 CaRTõEsEntrevistamos empresário

goiano que criou o PagPop.

40 paTENTEOs cuidados na hora de

registrar uma marca.

14 TECNoloGiaConfira dicas de

aplicativos e programas.

45 pEsqUisaEmpresários goianos

mantém otimismo.

46 EvENTosAcieg oferece espaços

diferenciados para eventos.

REGião da 44Iniciando série de reportagens no

comércio, Gestão visita a região da 44

afif domiNGosMinistro elogia Código do

Contributinte e debate ações

para micro e pequenas empresas

48

Acompanhe a Acieg:

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flickr.com/acieg

GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014 | 5

3211

34

CÓdiGo do CoNTRiBUiNTEAdvogodo Thiago Miranda detalha

como funciona a nova legislação

idososAvançam negócios

e serviços

especializados

para a terceira

idade

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deprimeira

“Se você só contratar e promover pessoas amigáveis e fáceis de

gerenciar, sua empresa vai ser no máximo medíocre”

TOMAS CHAMORRO-PREMUZIC, professor de Harvard

A casa do empresário goiano recebeu a visita de membros da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), que vieram em busca deconhecer práticas de sucesso na gestão de uma entidade de representação de classe. O gestor comercial da ACDF, Gustavo Barreto, disse ter sesurpreendido com o funcionamento da Acieg. “Fiquei surpreso com o desempenho de cada departamento”, afirmou Gustavo. Segundo aequipe da Associação do Distrito Federal, eles tentarão implantar o que foi repassado pelos funcionários da entidade goiana na ACDF.

Visita da ACDF

6 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

A Acieg Jovem, em parceria com Djan Henneman, Scup, Red ManGroup e Cambury, promoveu mais uma edição do SeminárioMarketing Político. Durante o evento, que reuniu aproximadamente200 pessoas no auditório da Acieg, o publicitário e especialista notema Djan Hennemann, o presidente da Acieg Jovem, Leopoldo VeigaJardim, e o o especialista em mídias da Scup sociais, Bruno Vilarino,apresentaram estratégias de marketing que devem garantir o sucessode uma campanha política em 2014. Planejamento de marketingpolítico como estratégia eleitoral", "Como transformar amigos virtuaisem eleitores reais" e "Marketing Político em mídias sociais, domonitoramento à estratégia" estiveram entre os assuntos abordados.

Marketing Político

Comércio ExteriorA Acieg esteve, juntamente com comitiva goiana, em fevereiro, na

Embaixada da Alemanha no Brasil, em Brasília, para entregar o documento“Panorama atual de Goiás” para o embaixador da República Federal daAlemanha, Wilfried Grolig e o cônsul Honorário William Leyser O’Dwyer.Durante o encontro, setor empresarial e público apresentaram as persepctivaseconômicas do Estado para 2014 e também futuras. O encontro foi umaoportunidade de debater novas parcerias e possibilidades de estreitamento docomércio entre Alemanha e Goiás.

O Conselho Temático de Desenvolvimento Urbano daFieg (Condur), presidido pelo empresário Ilézio Ferreira,realizou o Seminário Novas Visões de PlanejamentoUrbano e Desenvolvimento Econômico: O Exemplo deCingapura. O evento marcou o início das atividades doConselho e trouxe como palestrante o consultorinternacional Raphael Chua Teck Lee, diretor da JurongConsultants, empresa de consultoria para planosestruturados e projetos de desenvolvimento, vinculadaao Ministério da Indústria e Comércio de Cingapura.Jurong Consultants é uma empresa de consultoriainternacional que realiza projetos de planejamentourbano com foco em desenvolvimento regional. No Brasil,a Jurong Consultants é representado pelo escritóriogoiano Hermano Advogados Associados. Na foto, AnnaBastos do Vale, Raphael Chua Teck Lee, Ilézio Ferreira eCamila Hermano.

Jurong Consultants

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8 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

CAMPANHA ◄► Saúde

Mesmo sendo uma enfermi-dade considerada simples,a gripe - além de poder pro-

gredir para casos mais graves, como apneumonia - é um dos maiores moti-vos pela procura de atendimento am-bulatórial e ausências no trabalho.

Segundo pesquisa realizada pelaempresa de gestão de saúde, Funcio-nal, os profissionais que não são imu-nizados contra o vírus faltam 2,5 vezesmais do que os vacinados. E a fre-quência de idas ao pronto socorrochega a ser 29% maior do que as dosprofissionais imunizados. Isso semcontar as quedas na produtividade: le-vantamento feito pela revista AppliedHealth Economicsand Health Policyaponta que, em média, um profissio-nal gripado perde 2,5 horas, para 4,8horas trabalhadas.

“A gripe causa indisposição, doresno corpo, de cabeça, tosse, congestio-namento das vias aéreas e febre. Équase impossível pensar que um pro-

fissional consiga atingir total rendi-mento com estes sintomas, em espe-cial, nos primeiros dias”, explica o mé-dico infectologista do LaboratórioAtalaia, Alberto Chedado.

Mas a maior preocupação das em-presas, segundo a gerente de imuniza-ção da Secretaria Estadual de Saúde(SES), CléciaVecci, não deve ser aqueda de produtividade. E sim a pos-sibilidade de um surto de gripe no lo-cal de trabalho. “O vírus da gripe é al-tamente transmissível, principal-mente os tipos mais agressivos comoo H1N1 (gripe aviária) e H3N2 (gripesuína). Por isto, as gripes se tornampandemias com facilidade”, informa.

Somente em 2013, quando já ha-via a realização de campanha de vaci-nação pela rede pública de saúde, fo-ram registrados mais de três mil casosno Brasil somente do vírus H1N1. “Asempresas são grandes aliadas paraque quadros como este não se repi-tam”, afirma Vecci.

A vacina foi gratuita nos postos desaúde para os grupos populacionaismais suscetíveis a evolução da doençapara formas mais graves, sendo elascrianças de até cinco anos, indígenas,idosos, mães com até 45 dias após oparto, profissionais de saúde, deten-tos e portadores de doenças crônicas.As pessoas que não são integrantesdestes grupos podem fazer a imuniza-ção na rede privada em qualquerépoca do ano. O preço varia entre R$80 e R$ 100.

Chedado diz que as empresas po-dem ajudar tanto no incentivo paraque os grupos beneficiados com aCampanha do sistema público procu-rem os postos de vacinação, como nabusca de parcerias para que os demaisprofissionais e até familiares possam ater acesso por valores menores. “Maisdo que garantir produtividade o anointeiro, a vacinação é uma forma deprevenir que a sociedade tenha efeitosgraves por causa da doença”, conclui.

Ataque à gripeEMPRESAS E GOVERNOS PROMOVEM VACINAÇÃO CONTRA GRIPE.

PROFISSIONAIS VACINADOS FALTAM 2,5 VEZES MENOS

Imunização pode ser feita durante todo ano na rede privada. Cada vez mais, empresas vacinam seus colaboradores

Agência Brasil

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entrevistaAFIF DOMINGOS

GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014 | 11

“O Código do Contribuinteaprimora o Simples”

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entrevista: AFIF DOMINGOS

Vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, presidiupor duas vezes a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Fe-deração das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FA-CESP), esteve na Acieg, em fevereiro, para o lançamento do Códigodo Contribuinte e conversou com a Revista Gestão sobre o marcoregulatório, tributação e simplificação para as micro e pequenas

empresas. Afif hoje ocupa o cargo de ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pe-quena Empresa da Presidência da República, que tem como objetivo criar e ge-rir programas de fomento ao segmento. Leia a entrevista:

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ANA hELENA bORGES

Recentemente, o senhor par-ticipou do lançamento do Có-digo do Contribuinte do Es-tado de Goiás. Qual a impor-tância e representatividadeque o texto normativo possuipara as micro e pequenas em-presas?

As micro e pequenas empresassão a maioria dos contribuintesempresariais brasileiros e destina-tárias do tratamento diferenciado efavorecido previsto na Constitui-ção, logo o Código do Contribuintedo Estado de Goiás certamente épositivo para os pequenos negóciospor consolidar e prever direitos egarantias.

O crescimento e consolidaçãodas MPE’s passam pela legis-lação tributária? O que pre-cisa ser melhorado nacional-mente? O Código do Contri-buinte de Goiás pode ser umabase para o estabelecimentode uma norma nacional?

O Simples Nacional significouum grande avanço em termos dediminuição do ônus tributário eburocrático para a maioria dos pe-quenos negócios. Seus efeitos posi-tivos para a formalização e para oaumento do emprego no segmento

demonstram a importância da le-gislação tributária para incentivaro empreendedorismo brasileiro. Aexperiência de Goiás com o Códigode Defesa do Contribuinte é muitointeressante para o debateconstante e necessário de aprimo-ramento do Simples.

Foi anunciado neste mês olançamento do portal digitalpara agilizar a abertura deempresas. Além deste projeto,quais outros da secretaria vi-sam simplificar os trâmites

dos processos relacionados àsempresas?

A SMPE busca garantir am-biente de negócios favorável e fo-mento às MPEs, por meio dasações para desburocratizar e des-envolver. O Ministério tem doiseixos para enfrentar esses proble-mas. No âmbito da desburocratiza-ção, temos a Secretaria de Raciona-lização e Simplificação, voltadapara aumentar o grau de legaliza-ção das MPEs em função da inte-gração de processos e da desregu-lamentação. Todas as Juntas Co-merciais do País estão vinculadas aessa secretaria. Ela implantou edesenvolveu a REDESIM. Uma dasiniciativas importantes é implantaro que chamamos de Simples Tra-balhista, que é a simplificação dasobrigações administrativas para asMPEs.

Em relação ao desenvolvi-mento, temos a Secretaria de Com-petitividade e Gestão, para aumen-tar a taxa de sobrevivência dasMPEs por meio de iniciativas queampliem sua capacidade de produ-ção e gestão e reduzam custos. Nelaestão abrigadas ações para acesso àinovação, redução de juros e de bu-rocracia para acesso ao crédito,acesso ao mercado exterior e àscompras públicas e, também, au-mentar o grau de maturidade ge-

“O Simples Nacional significou umgrande avançoem termos dediminuição doônus tributárioe burocráticopara a maioriados pequenosnegócios.”

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rencial dos negócios. O Fórum Per-manente das MPEs está vinculadoà Secretaria de Competitividade eterá uma nova modelagem paraajudar a alcançarmos esses objeti-vos.

O simples internacional tam-bém é uma forma desburocra-tização, além de uma estraté-gia de garantia de competitivi-dade? O que falta para que eleseja real?

O Simples Internacional evitaráque a MPE tenha que acompanhara infinidade de atos legais que alte-ram diariamente aspectos fiscais,administrativos e cambiais dasoperações de exportação e importa-ção. Dificilmente empresas desseporte encontram condições paraacompanhar toda essa quantidadede normas.

Por meio do acesso a um portalúnico, a MPE reduzirá significati-vamente a burocracia e diminuiráos elevados custos logísticos quecaracterizam suas operações. Nocampo da promoção comercial,será disponibilizada no Simples In-ternacional praça de negócios viaweb que conectará a empresa comclientes em todo o mundo. As ven-das ao exterior de uma MPE devemser tão simples quanto uma vendano mercado doméstico. Assim, en-tre os princípios do Simples Inter-nacional podemos destacar: a redu-ção da burocracia; o acesso à pro-moção internacional; a otimizaçãologística e o acesso a instrumentosde redução tributária.

A carga tributária foi um deseus maiores pilares à frenteda Associação Comercial deSão Paulo. E ainda hoje conti-nua sendo um dos temas maisdebatidos pelas associações

de todo o País. As MPE’s são asque mais perdem com a faltade retorno dos recursos e altatributação. A mudança noSimples Nacional é umaaposta da Secretaria para mel-horar esta relação?

O Simples Nacional significouuma verdadeira reforma tributáriapara as MPEs. O que falta agora,principalmente, é ampliar o regimepara setores impedidos e resolver aquestão da substituição tributária.Isso ajudará ainda mais as MPEs.

A carga tributária continuasendo um de seus pilares deatuação na Secretaria de Mi-cro e Pequena Empresa?

A questão da tributação é um nóa ser desfeito em regime de urgên-cia. Um exemplo perfeito desseproblema é o caso do pequeno mer-cadinho versus o grande supermer-cado. O pequeno está no Simples e,por isso, tem uma taxa favorecida,principalmente no ICMS na ponta.Mas as burocracias estaduais de-ram um golpe no pequeno empre-sário. Criaram o contribuinte subs-tituto, que coloca a carga cheia noproduto quando da saída da indús-tria. Em virtude disso, o pequenoempresário teve anulado o poder decompetição, que lhe fora garantidopor legislação. Ao perderem asvantagens da substituição tributá-ria, a partir da aplicação de alíquo-tas do regime geral nas transaçõescom outros Estados, os micro e pe-quenos empreendedores (MPEs)pagam como os grandes, sem qual-quer outra saída, demitem e/ou fe-cham suas portas. A ConstituiçãoFederal de 1988, no artigo 150, §7,inseriu o tratamento diferenciadono campo administrativo, e nós te-mos o Simples, que precisa seraperfeiçoado e ampliado.

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TECNOLOGIA◄► Mobilidade

São tantos compromissos, tare-fas, ideias, pensamentos e ob-jetos que precisam estar emseu devido tempo e lugar quemuita gente acaba se per-

dendo. Desde aqueles que raramenteesquecem um evento até os que se per-

dem na própria rotina, todos precisamde alguma ajuda para manter a vida or-ganizada.

Alguns aplicativos, cada um com di-ferente funções, permitem organizar omundo real colocando as informaçõesno mundo virtual. Entre os softwares

que estão na lista, estão apps com ferra-mentas de criação e organização de no-tas, calendários, agendas, listas de tare-fas, otimizadores de tempo, organiza-dores de tarefas domésticas, entre ou-tras. Confira a lista a seguir e não deixe asua vida se desorganizar!

6 aplicativos para organizar sua vida

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mundoexecutivo

GRANT ThORNTONA Grant Thornton e a Directa

Auditores anunciaram a fusão desuas operações. A Directa, empresaera até então membro da PKF (10ªcolocada no ranking internacional),aporta 120 profissionais e umainteressante carteira de clientes,especialmente empresas de capitalaberto e middle market. A GrantThornton reforça a 5ª posição nomercado de auditoria do País.

"Você não fica rico com o que ganha;

fica rico com o que poupa"

YOSHIO TERESAWA, financista japonês

bURITI ShOPPINGCom parte de sua pista interditada desde o

início do mês, na altura do Buriti Shopping, aAvenida José Leandro da Cruz, em Aparecida deGoiânia, vai receber uma passarela climatizada,com estrutura em vidro e jardim suspenso, queligará o centro de compras ao seu estacionamentoexterno. A obra faz parte do projeto da quintaexpansão do shopping, que ganhará mais 61 lojas,num total de R$ 22 milhões em investimentos.

JORGE bISChOFFA loja Jorge Bischoff inaugurou

uma unidade no FlamboyantShopping Center. O portfólio trazbolsas, sapatos e acessórios queganharam o guarda-roupa decelebridades como a presidenteDilma Roussef, Paula Fernandes,Sharon Stone e Xuxa. Presente em40 países, incluindo uma franquiaem Montevidéu, a grife possui maisde 45 lojas e 800 pontos de vendasmultimarcas em território nacional.

GO INN ESTAÇÃOO Go Inn Estação Goiânia,

administrado pela AtlanticaHotels, comemora seu primeiroano na capital goiana. O hoteloferece espaços para a realizaçãode eventos sociais e corporativos,com cinco salas equipadas cominternet, telefone e fax, quecomportam de 48 a 150 pessoas.

AQUISIÇÃOCom um ano de atuação no

mercado goiano, o Entregaweb, siteespecializado em delivery on-line,acaba de adquirir a Ligons. Oanúncio foi realizado na primeirasemana de abril. Com aincorporação do portal de entregas,o Entregaweb dá início ao seu planode expansão, que tem como meta aliderança do segmento na RegiãoCentro-Oeste. O primeiro passo foi aexpansão dos serviços para Anápolis.

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RIO QUENTE RESORTS

O Rio Quente Resorts, eleito Melhor Resort do Brasil, completou 50 anos em março, quando foilançada a promoção Faz Aniversário de 50 anos em 2014, Viaja de Graça. Quem completar a mesmaidade do empreendimento neste ano viaja com cortesia de aéreo e hospedagem. Também estãoprevistos vários investimentos, dentre os quais o retrofit do Hotel Turismo, o primeiro empreendimentocinco estrelas de Goiás. Até 2020, o Grupo Rio Quente pretende investir cerca de R$ 640 milhões emsuas cinco frentes de negócios, entre elas, hospitalidade, representada pelo Rio Quente Resorts.

SIKAA Sika inaugurou nova fábrica, em

Aparecida de Goiânia, com o objetivode atender os clientes da RegiãoCentro-Oeste. A empresa é uma daslíderes em produtos químicos para aconstrução civil nas áreas de aditivospara concreto, impermeabilizantes,selantes e adesivos, entre outros.

ShOPPING CERRADOO Shopping Cerrado, empreendimento do

Grupo Odilon Santos e Cyrela CommercialProperties, já conta com um mix de lojas comoFujioka, O Boticário, Flávio’s, Rival Calçados, Subway,Divino Fogão e Vivenda do Camarão. O Shoppingterá 32,5 mil m2 de área construída em uma área de66 mil metros quadrados. Localizado entre asavenidas Anhanguera e 24 de outubro, a previsão deinauguração é o primeiro semestre de 2015.

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COTRILA Cotril Máquinas passa a contar com

uma nova sede em Goiás. Aparecida deGoiânia (GO) foi a cidade escolhida parareceber o espaço. A nova Cotril foiinstalada no Km 513 da BR-153.

TREVISO CÂMbIOA Treviso Câmbio acaba de inaugurar

uma unidade no Flamboyant ShoppingCenter, regulamentada pelo Banco Centrale habilitada a trabalhar com produtosvoltados para o mercado de câmbio desde1999. A corretora atua dentro dospadrões de prevenção de lavagem dedinheiro e é referência no comérciovarejista de mercado de moedasestrangeiras com diversoscorrespondentes.

FLÁVIO´SRede calçadista mira no interior para ampliar o mercado consumidor. Incremento

no faturamento total da empresa chega a 40%. Distante apenas 23 quilômetros deGoiânia, a cidade de Trindade foi escolhida para receber a décima filial da Flávio`sCalçados fora da capital. Com cerca de 130 mil habitantes e estrategicamenteposicionada próximo à matriz da rede.

GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014 | 17

CASA DO PICA-PAUA Casa do Pica-Pau está com novidades da marca John Deere. A principal delas é a Série S de

colheitadeiras, nos modelos S540, S550, S660, S670 e S680, apresentada semana passada naAgrishow 2014, em Ribeirão Preto (SP). Todos os modelos foram projetados para ampliar acolheita, ao mesmo tempo em que conseguem reduzir em até 17% o consumo de combustível.

A rede de restaurantes QGJeitinho Caseiro projeta abrir dezlojas franqueadas este ano, o querepresentará crescimento de 91%em relação a 2013. As novas lojasreforçam a presença do Centro-Oeste, com mais unidades nosEstados de Goiás e Tocantins, alémdo Distrito Federal. A rede tem aprevisão de fechar 2014 com 33lojas em operação.

CARTÓRIO MAIS Com mais de meio século de

experiência em assessoria cartorária,a rede de franquias Cartório Mais jáconta com mais de 120 unidadesfranqueadas e as inaugurações pelopaís não param, numa média decinco novas franquias por mês. Arede, que é de Goiânia, éadministrada pelos irmãos Soraya,Márcia e Marcus Aurélio Naves, emconjunto com o pai, Doracino Naves.

DUCATIJá está disponível para venda a

motocicleta 1199 Panigale S Senna, sérieespecialmente desenvolvida pela Ducatiem tributo aos 20 anos do legado dopiloto de Fórmula 1. O modelo exclusivo,que só terá 161 unidades fabricadas, éuma releitura da 916 Senna,desenvolvida com o toque pessoal deAyrton. A Ducati está localizada naAvenida 85, nº 140, Setor Bueno.

MULTIDATAHá 25 anos no

mercado, o grupooferece soluções eminfraestrutra de TI,softwares de apoio agestão corporativa eambiental e soluçõesGoogle Apps. Prêmiose certificações marcama trajetória da Multidata, que hoje é uma das principaisorganizações no mercado nacional de tecnologia.

FRANQUIAS QG

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paradaobrigatória

"O dia de amanhã ninguém usou. Pode ser seu"

PAGANO SOBRINHO,

ator e apresentador da década de 1950

Rede de Negócios Vinte empresas de diferentes segmentos tiveram a oportunidade de apresentar a marca para o mercado, durante a Rede de

Negócios. Realizado na sede da Acieg, o evento é uma atividade muito comum na região Sudeste do País e oferece ao empresário apossibilidade de se consolidar no competitivo mercado do Estado em que concentra suas atividades. Participantes da rede aconsideraram uma experiência proveitosa e de grande alcance nos aspectos de valorização e crescimento da marca. Após a rodada, oespecialista em design, acessibilidade e usabilidade, Horácio Pastor Soares ministrou a palestra “Experiência como VantagemCompetitiva”.

Caçador de mimFoi gravada no Teatro Goiânia, no

início do ano, a peça teatral “Caçadorde Mim: Autoconhecimento para a vidaprofissional e pessoal”. O projeto usa amúsica e as experiências do idealizadore especialista em marketing, HaroldoMenezes, para orientar quem está àprocura de respostas. A Acieg Jovem foiparceira do evento que reuniuempreendedores e profissionais detodos os segmentos em busca demétodos para aumentar aprodutividade.

18 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

Passo a passoEm março, a Acieg lançou uma

edição especial da revista digital Link.Com o tema “Código do Contribuinte:regras claras para o jogo”, a publicaçãotrouxe um pequeno manual para que osempresários possam compreendermelhor a norma. O passo a passo foielaborado pelo advogado tributaristaThiago Miranda a pedido da produçãoda revista. Para ler a edição basta acessaro site www.acieg.com.br/revista-link.

Page 19: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público
Page 20: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

43ª Diretoria

Acieg se unepor um projeto

Page 21: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

Empresários escrevem a

história da AciegEm 77 anos, 43 diretorias. São

dois números que dão orgulho à As-sociação Comercial, Industrial e deServiços do Estado de Goiás (Acieg).Representa uma ativa participação,uma alternação de lideranças e umaoxigenação de ideias e projetos.

Este espírito democrático é prin-cípio ideológico da entidade. A his-tória da Acieg é escrita por milharesde mãos, de diretores, filiados, par-ceiros e colaboradores. A 43ª dire-toria já se posiciona claramente porpropor e defender incondicional-mente o empresariado, minimi-zando custos, reduzindo burocracia,carga tributária, defendendo a ino-vação e promovendo a integraçãodo setor com a sociedade.

A nova Diretoria da Acieg promo-verá em sua gestão uma ação diretacom o associado com ações voltadaspara o presente e futuro do Estado.Convidamos os empresários a parti-ciparem e a escrever esta históriaconosco.

Page 22: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

Atenta a uma das principaisdemandas da população edo empresariado dagrande Goiânia, a Aciegparticipou da mediação de

acordo entre concessionárias do trans-porte coletivo e setor público que abriucaminho para solucionar os impassesque impediam a melhoria do transportena capital.

Ao lado do Fórum Empresarial deGoiás, da Câmara dos Dirigentes Lojis-tas (CDL), do Fórum da Habitação e doFórum da Mobilidade, a entidade tra-balhou para formalização do Pacto pelaMelhoria do Transporte. Assinado nodia 10 de abril pelo governo estadual,pelas prefeituras da Região Metropoli-tana e entidades empresariais, o docu-mento estabelece que o poder públicosubsidie as gratuidades em troca de in-vestimentos das empresas de ônibus nosistema de transporte coletivo.

Corrige, assim, uma injustiça histó-rica que é transferir o custo da passagem

gratuita para idosos, deficientes, poli-ciais e carteiros para o poder públicopois esse custo era pago há anos pelosdemais usuários, principalmente o valetransporte.

Com esta iniciativa, a solução dotransporte público foi discutida pelo se-tor empresarial, que banca grande partedos custos do transporte e, assim comoos usuários do serviço, sofrem com atra-sos e falhas.

O governador Marconi Perillo abra-çou o pleito o Forum Empresarial econcordou que governo estadual ban-casse a partir de maio com 50% das pas-sagens gratuitas concedidas. Essa posi-ção do Executivo estadual foi decisivapara a existência do pacto, pois destra-vou as negociações e evitou uma novasérie de greves e paralisações, além doaumento da passagem previsto para R$3,10. O repasse dos 50% restantes de-verá ser feito pelas prefeituras da RegiãoMetropolitana a partir de janeiro de2015. Em contrapartida as empresas

concessionárias do transporte coletivoapresentaram uma agenda de investi-mentos e melhorias no serviço, in-cluindo aumento da frota. Tambémestá previsto que as empresas assumama responsabilidade pela instalação e ma-nutenção de pontos de ônibus. Apro-vada a carta, empresas começaram a co-locar o acordo em prática no mês pas-sado.

No início de julho, foi realizado naAcieg, o 1º balanço do Pacto do Trans-porte para a imprensa. Foram apresen-tadas algumas medidas em andamentoque já refletem na melhoria gradativa doserviço, inicialmente na parte organiza-cional e estrutural, mas também direta-mente no serviço final. Foi lançado oaplicativo de Olho no Ônibus, que per-mite ao usuário consultar a operação dotransporte coletivo em tempo real, mos-trando o tempo de chegada dos ônibusaté o ponto de parada, quantidade e lo-calização instantânea dos veículos. Elepode ser baixado gratuitamente.

Papel decisivo

"A história da Acieg lhe dá o direito de se manifestar por

interesses empresarias, que envolvem toda e qualquer ação

para melhoria do ambiente de negócios. Esse direito não foi

conquistado ontem, mas há quase oito dédadas. A 43ª

Diretoria está muito preparada par exercer esse direito. Boa

sorte em mais este mandato.”

Pedro Bittar, presidente do MGC e ex-presidente da Acieg

"O maior desafio vai ser a efetivação do Código de

Defesa do Contribuinte, voltado para orientar

empresários sobre seus direitos e deveres em relação ao

pagamento de impostos e para a fiscalização do

Estado.”

Katsume Fujioka,

vice-presidente da Acieg

22 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

PACTO PELO TRANSPORTE FOI 1º DESAFIO DA 43ª DIRETORIA DA ACIEG

CAPA◄► 43ª Diretoria

Page 23: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014 | 23

Para a presidente da Acieg,Helenir Queiroz, reeleita para otriênio 2014-2017, o Fórum Em-presarial e da Habitação tiveramgrande mérito na busca de solu-ção dos problemas do transportecoletivo e a expectativa é que nofinal do ano os serviços estejamsubstancialmente melhores.

Outra ajuda importante veiodo Ministério Público. A promo-tora Leila Maria de Oliveira, in-

tegrante do Centro de ApoioOperacional (CAO) de Defesa doPatrimônio Público, elogiou aspropostas do Pacto e apontou aimportância de criação de umaagência reguladora do setor emGoiás com vistas a facilitar oacesso a informações e tambémo controle de qualidade.

Helenir Queiroz também jus-tifica que o envolvimento dasentidades na discussão dos pro-

blemas do transporte coletivovem de uma demanda do setorprodutivo. “É a economia local amais beneficiada quando o tra-balhador chega no horário,quando ele não chega cansadono trabalho. Não somos acostu-mados a debater este assunto,mas estamos dispostos ajudar asolucionar”, explica.

Somente nas nove maioresregiões metropolitanas do Bra-

Caminho aberto

“Estamos entusiasmados e cheios de disposição para

servir a sociedade, clientes e empresários que

procuram a Acieg.”

José Carlos Garrote de Sousa, vice-presidente da Acieg

“A prioridade sempre é o setor produtivo.

Precisamos trabalhar para fortalecer as micro e

pequenas empresas, especialmente para facilitar a

inserção delas no mundo digital.”

Thiago Peixoto, vice-presidente da Acieg

“A missão da Acieg é defender os interesses do

empresariado e integrar as agendas da sociedade civil,

com a participação de outras entidades. A Acieg hoje se

preocupa com segurança, transporte e educação.”

Cristiano Câmara, vice-presidente da Acieg

Page 24: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

CAPA◄► 43ª Diretoria

24 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

sil, aproximadamente 16 milhões de tra-balhadores utilizam o serviço, segundo oinstituto Akatu. O levantamento da orga-nização, aponta ainda que o Brasil perdeaté R$ 90 bilhões por ano devido aosproblemas com a mobilidade, este valorrepresenta 2,5% do PIB brasileiro.“Deixamos de crescer 2,5% ao ano porineficiência no debate sobre o transporte.Esses dados do instituto demonstramque mobilidade é sim assunto do setorprodutivo”, reitera.

NOVAS METAS

Definida de forma consensual, a 43ªDiretoria tomou posse no dia 7 de abrilcom o compromisso de seguir lutandopelas demandas do setor produtivo.

Entre as principais frentes de atuaçãoestão a luta incansável pela redução deimpostos e taxas, redução da burocraciapública, a inclusão digital das micro e pe-quenas empresas, a redução dos custospara a contratação de menores apren-dizes e a defesa do varejo.

Acordada a partir da análise de que oBrasil se tornou – nas palavras da presi-dente da Acieg durante o discurso de suaposse para o novo mandato – “um Paísainda mais caro para produzir” sem quehouvesse aumento de qualidade na pres-tação de serviços públicos, estas frentesreforçarão posturas que já vinham sendoadotadas pela entidade.

Para Helenir, este contexto reflete emuma redução do entusiasmo com a eco-nomia brasileira e o aumento da insatis-fação da população, exigindo uma mu-dança de postura.

“Cada vez mais consciente do impostoque paga, o cidadão quer mais por seusuado dinheirinho. Nós, as entidades declasse, também devemos refletir sobre onosso papel e o que essa nova sociedadeespera de nós. É nas horas difíceis que fa-zemos a diferença para a sociedade sesoubermos dar voz aos anseios daquelesque representamos”, afirmou a presi-dente durante sua fala na cerimônia quemarcou o início da nova gestão da Acieg.

“Hoje, o maior desafio é entender o mercado. Por isso,

pretendo ajudar a nova gestão com uma boa análise para

Acieg adotar decisões adequadas para ajudar a sociedade e os

empresários.”

Mario Rodrigues Pires Filho, diretor da Acieg

"A 42ª Diretoria mudou a cara da Acieg. Ela tornou a

casa do empresário mais moderna e implantou normas,

sempre agregando valores. Nosso desafio é firmar a nova

ideologia de ajudar as micro, pequenas e médias empresas.”

Euclides Barbo, vice-presidente da Acieg

“A eleição consensual mostra que o trabalho se consolidou

com a entrega de resultados importantes como o Vapt Vupt

Empresarial e o Código do Contribuinte. Agora, a Acieg e Acieg

Jovem trabalharão em conjunto, consolidando a Escola de

Formação de Novos Líderes.”

Leopoldo Veiga Jardim, presidente da Acieg Jovem

"Estamos em ano de copa e eleições, essa é uma grande

oportunidade para criação de novos projetos de tributação e

infraestrutura que beneficiem toda a sociedade.”

Rafael Lousa, diretor da Acieg e ex-secretário de Indústria e

Comércio

"Com o dinamismo implementado pela 42ª Diretoria foi

dado início a uma nova época para a Acieg e também de uma

nova visão para os diretores. A continuidade desse processo é

muito importante. As visões do novo e do empreender precisam

permanecer.”

Mario Passos de Sá, diretor da Acieg

"A nova gestão da Helenir será vitoriosa, até porque as ações

dos últimos anos foram muito positivas. Ela não só cresceu como

líder empresarial e conquistou espaços como construiu muita

coisa.”

Sandra Méndez, diretora da Acieg

“O trabalho da diretoria anterior foi muito bom e deve

continuar. O Estado, a União e o município estão cheios de

problemas e a Acieg precisa participar dessas discussões.”

Celso Secundino Queiroz, 2° tesoureiro da Acieg

“Precisamos lutar para melhorar o planejamento urbano da

cidade, transformar Goiânia em um local atrativo para negócios

com investimentos em infraestrutura e mobilidade.”

Cláudio Evaristo, diretor-secretário da Acieg

Page 25: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014 | 25

MENOR APRENDIZ

Aliando a necessidade que pequenas empresas têm pormão de obra à ampliação do papel social dos empresários,uma das prioridades para a 43ª Diretoria da Acieg será abusca de parcerias para reduzir o custo de contratação doMenor Aprendiz. Por retirar os jovens das ruas e do ócio, amedida pode “ter reflexos positivos até na segurança pú-blica”, avalia Helenir.

Levando esta parceria para além da atuação já demons-trada na luta pelas melhorias no transporte coletivo da Re-gião Metropolitana, a união do Fórum Empresarial com osfóruns da Habitação e da Mobilidade para a construção depropostas que serão sugeridas aos planos de governo doscandidatos a governador do Estado nas eleições de outubro.

POR QUE NÃO?

A Acieg estabeleceu como duas de suas principais metaspara os próximos três anos a ampliação de grandes conquis-tas da 42ª Diretoria: o Código de Defesa do Contribuinte e oVapt Vupt Empresarial. Considerado peça fundamentalpara o equilíbrio na relação do poder público e de seu apa-rato de fiscalização com o empresariado, o Código doContribuinte continuará sendo uma das prioridades danova gestão. Além de um grande trabalho de divulgação quetem o objetivo de garantir que os pequenos empresáriosconheçam seus direitos e deveres, a Acieg trabalhará paraque uma legislação semelhante seja implantada no Municí-pio de Goiânia.

Seguindo a receita de sucesso do Vapt Vupt Empresarial,inaugurado na sede da Acieg em agosto de 2012 e quecontabiliza mais 5.500 atendimentos mensais, a Aciegaposta no fortalecimento do Vapt Vupt Ambiental. A uni-dade, recentemente instalada no Setor Universitário, reúneserviços Secretaria Estadual de Meio Ambiente e RecursosHídricos (Semarh) e espera-se a adesão da Agência Munici-pal de Meio Ambiente (Amma) ao modelo. Para o setor em-presarial, a burocracia existente nos processos de regulari-zação ambiental é um dos principais entraves para investi-mentos na capital e no interior.

Durante a cerimônia de posse, que contou com as pre-senças do governador Marconi Perillo e do vice-prefeitoAgenor Mariano, Helenir Queiroz afirmou que o setor pro-dutivo “sonha” com um Vapt Vupt Ambiental eficiente, quereúna as instâncias estadual e municipal.

“O Estado de Goiás e a cidade de Goiânia podem dar umexemplo para o País, ao mostrar que juntos, setor produtivoe poder público, podem e devem agir para racionalizar oscustos e desonerar a produção. Todos saem ganhando coma redução de custos e agilidade nos processos. Por quenão?”, questionou a presidente da Acieg.

Page 26: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

26 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

Se conexões diminuem distâncias, sua empresa está mais perto dos resultados.

Há 25 anos, a Multidata se orgulha em conectar negócios aos seus objetivos através de

soluções em tecnologia da informação e softwares de gestão. Para nós, quanto mais conexões,

Multidata, essencial é ter o essencial.

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3A W

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ACIEG JOVEM ◄► Nova Diretoria

Acieg Jovem: Capacitaçãode novos

líderes

Leopoldo Veiga Jardim assume a presidência da entidade ecria escola voltada para a capacitação de empreendedores

CAIO SALGADO

Com o foco na capacita-ção de novos líderes, oempresário LeopoldoVeiga Jardim assumiuem fevereiro, em ceri-

mônia realizada no Espaço Empre-sarial Santa Cruz, a presidência daAcieg Jovem para o triênio 2014-2017. Especialista em marketingpolítico pela Universidade de SãoPaulo (USP), Leopoldo era mem-bro da 42ª Diretoria da Acieg e as-sume o lugar de Diego Siqueira,que ficou à frente do braço jovemda entidade nos últimos três anos.

Durante a cerimônia de posse,Leopoldo anunciou como prioridadepara o seu mandato a criação da Escolade Formação de Novos Líderes - colo-cado em prática já no segundo mês dagestão. A unidade conta com cursospresenciais, cursos on-line, seminá-rios, palestras e uma série de eventosde treinamento, disponíveis não só aos

membros da Acieg Jovem como tam-bém a todo empresariado goiano.

O presidente da Acieg Jovemafirma que a escola surgiu da necessi-dade de dar destaque à capacitação,um dos lemas da entidade ao lado darepresentatividade e relacionamento.Segundo ele, trata-se de uma grandedemanda do mercado atualmente.

“É muito difícil empreender, fazera diferença nos dias de hoje. São mui-tas as dificuldades, a exemplo da cargatributária elevada, do peso dos encar-gos trabalhistas. Isso assusta muitosjovens , que cada vez menos se dis-põem a empreender, a inovar”, afirmaLeopoldo.

Seguindo o mesmo caminho eatravés do trabalho conjunto com oFórum de Jovens Lideranças Empre-sariais de Goiás, a Acieg Jovem tam-bém atuará na defesa da desburocrati-zação da administração pública, as-sunto já tratado na Semana Municipaldo Empreendedorismo, entre os dias10 e 15 de março.

Leopoldo adianta que o braço jo-vem da Acieg continuará realizando osalmoços mensais, que já se consolida-ram como espaços para debater e com-partilhar conhecimentos e experiên-cias de sucesso empresarial. A enti-dade continuará com as visitas técni-cas a grandes empresas e indústrias,com o rally anual e o Feirão do Im-posto.

Os cursos de formação foram lan-çados na edição de maio do AlmoçoEmpresarial – encontro promovidomensalmente pela Acieg Jovem quereúne jovens empreendedores em umdia descontraído de networking e trocade conhecimento. Aproximadamente200 empresários participaram doevento.

Para o segundo semestre está pre-visto o lançamento dos cursos presen-ciais e, em parceria, com instituiçõesde ensino superior e de pós-graduação,uma extensa programação de pales-tras e workshops com grandes nomesdo empreendedorismo nacional.

Novo presidente: Leopoldo Veiga

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Se conexões diminuem distâncias, sua empresa está mais perto dos resultados.

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28 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

ARy SOUSA E ANA hELENA bORGES

Goiano, o empreendedor Márcio Campos é funda-dor e presidente de uma das maiores startups doPaís, a PagPop. Há oito anos, quando começou onegócio para solucionar um gargalo do mercadode pagamentos, ele não imaginava que seu sis-

tema (m-payment) se tornaria uma das maiores tendências demercado. Hoje, a empresa do cirurgião dentista possui mais de100 mil clientes espalhados por todo o Brasil e crescimento de350% desde seu lançamento. Ele esteve em Goiânia em março,para uma visita à sua cidade natal, e conversou com a RevistaGestão sobre o surgimento de seu negócio, planos para o futuroe também mercado de startups.

INOVAÇÃO ◄► Startup

Como surgiu a Pagpop?Eu sou cirurgião dentista e como

dentista eu tinha uma grande dificuldade:meu paciente só podia pagar em cheque ouem dinheiro. Pagando em cheque eu tinhaum alto nível de inadimplência e quandopagava em dinheiro não havia apossibilidade de parcelamento, o quedificultava para ele e para mim. Fui morarem São Paulo e fiz MBA. Nele aprendi queo problema da minha primeira empresaestava na falta de conhecimento. Entãopensei no seguinte: existem 200 mildentistas que possuem o mesmoproblema. Daí montei uma empresa paraaceitar cartão de crédito à distância. Essenegócio era só para dentista, depois deaproximadamente cinco anos percebi quepoderia ser muito maior. Fui para umaaceleradora de startups no Rio de Janeiro.Mudei a empresa de nome (antes ela sechamava VitalCredi, porque era só paradentista) surgindo a PagPop, que permiteque qualquer pessoa física ou jurídicaaceite cartão de crédito com mobilidadeem qualquer hora e qualquer lugar. Comessa modelagem nós criamos aplicativospara Iphone e Android.

Como ocorreu o crescimento daempresa?

Eu tinha 3,5 mil clientes em 2012. Em2012, eu concluí o processo de aceleradora,hoje nós estamos batendo mais de 100 milclientes.

Há um crescimento bem evidente destartups no Brasil. Esse tipo denegócio é o melhor mecanismo paraos empreendedores começaremsuas empresas quando sãorelacionados à inovação?

A startup nada mais é do que umnegócio que tem alto nível de crescimento.O segredo não está na palavra startup, queestá na moda. O segredo está noempreendedor, no que acredita no que faz,que conhece profundamente o que faz eque executa. A palavra startup tem havercom aquela pessoa que sonha, imagina efaz. Que quer o melhor da tecnologia,mesmo que seja reinventar a roda. É essemodelo de pensamento que temfuncionalidade. Eu comecei a PagPopcomigo, meu pai e meu cunhado. Hoje,tenho mais de 50 funcionários.

Quando você pensou na PagPop,você pensou em realmente

transformar o novo? Em fazer aroda girar de uma forma diferente?

Na verdade eu pensei em comoquebrar um paradigma, o mundo docartão de crédito é um mundoextremamente monopolizado, havia sóduas companhias. Essas duas companhiasmandavam no mercado que hojemovimenta R$ 800 bilhões. Como que sóduas companhias podem fazer isso? Comoé que duas empresas só podem colocarduas máquinas em qualquerestabelecimento do País e só elas podemganhar dinheiro com isso? E só elaspoderiam cobrar o que elas gostariam?Foram esses paradigmas que tentamosquebrar. Não inventei nenhuma roda, eu areinventei, usando a tecnologia para fazerfuncionar à distância. Quando fiz isso, eutrouxe a palavra mobilidade, não precisavamais de máquinas. O negócio é o mesmo,o que nós mudamos foram a forma deentregar e o valor. Com isto, a PagPopacabou atingindo um segmento que, atéentão, não era atingido por essas empresaslíderes de mercado, como feirantes,dogueiros, vendedores ambulantes,cabelereiro etc. Até porque não é meuintuito disputar com uma gigante, masatender os mais de 20 milhões demicroempreendedores do País, que aindasó aceitam cheque ou dinheiro.

E a PagPop já recebeu prêmios poristo...

Pagamento fácil

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GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014 | 29

Nós fomos, no final do ano de 2013,reconhecidos pelo ProgramaDesenvolvimento das Nações Unidascomo uma empresa integrante doBusiness Call to Action (BCtA), umainiciativa que apoia empresas quedesenvolvem modelos de negócios

inclusivos. Apenas, 80 empresas nomundo fazem parte. No Brasil, são 6.Outro bom reconhecimento foi sersituado como os dez principaisinvestimentos da Intel no mundo.

Quais foram os investimentos

recebidos pela PagPop ao longode sua história?

O primeiro investimento foifamiliar, do meu pai e do meu cunhado.Depois, recebi investimento da IntelCapital que é um braço de investimentoda Intel, hoje sócia do nosso negócio.Recebemos investimento também daCetus Invest, Cisneiros, e umFandfamily de um fundo familiar deRibeirão Preto, cidade da PagPop, porúltimo da Mauro de Biaggi.

A entrada de grandes empresas eoperadoras de cartões no mundodo pagamento móvel, mostra quea aposta foi realmente acertada?

A cada dia que passa há umademonstração de que o nosso mercadode pagamentos móveis estáextremamente aquecido, as vezes mesurpreende, na verdade ele não foicriado projetando um mercado. Ele foicriado pra resolver um problema real.

Quais são os planos para aPagPop daqui pra frente?

Temos um projeto de atingir, até2016, 300 mil usuários. Esse projeto jáestá travado há um ano.

A partir daí, é possível que aPagPop passe por um processo defusão ou venda ou o plano érealmente continuar à frente daempresa?

Quero ficar a frente da PagPop eliderar o processo. O que vai acontecernenhum empreendedor sabe. Eu seique estou construindo um negóciosólido, de base sólida, de filosofia clara.Os números não são inflados, osnúmeros são reais, as projeções sãoreais, os nossos investidoresacompanham, temos governançacorporativa, tudo isso para o mercadotem um valor enorme. O que vaiacontecer no futuro, o tempo dirá. Dequalquer forma, com toda certeza, osegredo estará nos atuais resultados dacompanhia.

Márcio Campos: presidente da PagPop

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ESPECIAL ◄► Comércio Goiano

ARyCLENNyS SOUSA E IARA NUNES

Adolfo Lima, de 36 anos, proprietário de uma loja nacapital do Acre, Rio Branco, há três anos, percorre a cadatrês meses 2,9 mil Km de sua cidade até Goiânia. São quase40 horas de ônibus, mais de 30 horas de carro ou 5 horasde avião. Tudo isso para comprar roupas, calçados e aces-sórios para o estoque de sua loja. Dentre tantas opções epolos confeccionistas no País, ele tem a capital goiana comopreferência. “A produção de Goiás sai na frente em quali-dade; não encontramos roupas com a qualidade da Rua 44em nenhum outro lugar”, ressalta.

Segundo levantamento feito pela equipe da RevistaGestão, Adolfo possui cerca de 20 opções de galerias de lo-jas na principal rua da região, a 44, no Setor Norte Ferro-viário. Nelas são encontradas roupas masculinas, femini-nas e infantis, além de calçados e assessórios. A região ébastante agitada, devido ao constante movimento de pes-soas, motos, ônibus e carros. O trânsito durante a semana écomo no restante da cidade, tumultuado nos horários depico, com momentos mais calmos no decorrer do dia.

A situação muda, contrariando as demais regiões da ca-pital, nos fins de semana. O trânsito se torna caótico. O mo-vimento de pedestres, ambulantes e consumidores sãoconstantes. Os carros circulam em meio à movimentação

com dificuldade e a passagem de pedestres é intensa. Como passar do tempo o trânsito fica ainda mais complicado,com congestionamentos.

Mas toda essa agitação não desanima as pessoas de vi-rem de outros estados para comprar na capital, para eles, olucro adquirido na venda do produto compensa o desgasteda viagem. “O preço aqui é muito bom, me atrai sempre,mas também faço compras em São Paulo. No entanto vá-rias mercadorias são encontradas apenas em Goiânia de-vido ao baixo custo”, destaca Débora Marques, compra-dora, 42 anos, de São José do Rio Preto, São Paulo.

Raio-xAcieg:

região daRua 44

ACIEG INICIA SÉRIE DEREPORTAGENS SOBRE

COMÉRCIO DA CAPITAL

30| GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

Page 31: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014 | 31

PREÇO

A diversidade de produtos e fornecedores da regiãoda Rua 44 fez com que o local conseguisse tirar a aten-ção da Feira Hippie e das lojas da Avenida BernardoSayão, no Setor Fama, tornando-se polo de compra naCapital, atraindo consumidores de todo o País.

A marca de roupas femininas Maria Dondoca,vende cerca de mil peças por semana. A empresa, queexiste desde 2010 foi criada por Emelin Estephan, 30, évoltada para ramo atacadista. A loja possui três uni-dades: uma loja no shopping Mega Moda na Rua 69,

uma no Shopping 44, no setor Norte Ferroviário e umaterceira na Avenida Contorno. A lojista compra os teci-dos em São Paulo e afirma que em cada coleção há es-tampas diferentes, de acordo com a tendência do mo-mento, mas sempre em tecidos de malha e sarja. Comoa loja Maria Dondoca atente o mercado atacadista, opreço é fixo para cada tipo de produto, os vestidos, cal-ças e blazers custam R$45,00, as blusas R$20,00 e osshorts e saias R$35,00.

Atraídos pelo bom preço e pela variedade deprodutos da região, os sacoleiros que vêm de fora,

A região daRua 44 e doSetor NorteFerroviário é o

8º polo

em moda doPaís. Antes dainvasão doscamelôs, era o

1º do

ranking nacional

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32 | GESTÃO, Empresas & Produtos | Julho de 2014

segundo os lojistas, chegam a gastarR$ 15 mil em dinheiro, outros R$ 10mil em compras no cartão de crédito emais cerca de R$ 30 mil em chequepré-datado. Este fato é comprovadopelo intenso movimento durante todasemana no Setor Norte Ferroviário,mas é aos sábados que o vai e vem decompradores aumenta e a Rua 44 pa-rece mais um formigueiro de pessoas.

Adolfo também foi atraído a Goiâniapara compor o estoque de sua loja noAcre, na qual é proprietário há mais de 10anos. “Descobri que a cidade de Goiâniapossuía um bom preço em mercadoriaspor meio do boca a boca, principalmentedevido às excursões que existe na minhacidade”.

A indústria de confecções começou ase desenvolver em Goiás na década de70, devido à dificuldade para comprar ar-tigos de vestuário de outros estados doPaís. Os negócios começaram com pe-quenas empresas familiares e passarama crescer motivados pela posição estraté-gica do Estado. Hoje, existem galeriasque possuem centenas de lojas com uma

grande variedade de produtos. Outrofato que contribui para a grande concen-tração de compradores é a pouca distân-cia entre as lojas. A compradora Déborapontua que “essa região é vantajosa pelofato das lojas serem muito próximas, en-tão há maior dinamismo com trânsito oumobilidade pela cidade” e completa“aqui encontro tudo que preciso”.

A indústria da moda goiana cresceem ritmo acelerado, são mais de 26 mil-hões de peças produzidas mensal-mente, por mais de 9,5 mil confeccio-nistas e segundo estimativa da Associa-ção Comercial e Industrial das Confec-ções de Goiás (Aciceg) a região abrigacerca 8,3 mil lojistas, sem contar os am-bulantes, que somam aproximada-mente 2,5 mil. Não existe um númeroexato porque parte dos estabelecimen-tos funciona informalmente, sem regis-tro na Prefeitura de Goiânia ou na Se-cretaria Estadual da Fazenda (Sefaz).

O comércio da “44” não tem des-canso, aos finais de semana as vendasacontecem praticamente 24 horas pordia. As lojas funcionam durante a se-

mana até às 18 horas, a partir de quinta-feira estendem o horário até às 21 horas.Os comerciantes são atraídos pela movi-mentação de consumidores na área.“Aqui os lojistas pagam uma taxa de ma-nutenção que inclui aluguel, água, lim-peza e segurança, mas apesar desses gas-tos, o lojista tem seu espaço físico conso-lidado”, ressalta Disney de Castro donoda galeria Esquinão da Moda, situada naRua 44.

A empresária da loja Maria Dondocaconta que não é viável ter sua própriaequipe de costura, a loja conta com umaconfecção de corte e modelagem terceiri-zada. “O custo de uma fabricação pró-pria elevaria os preços das minhas rou-pas, o que afastaria muitos clientes doramo atacadista”, enfatiza.

As clientes são, em sua maioria, re-vendedoras de outros estados, como Mi-nas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,Amazonas e Paraná. Os clientes usamferramentas como o Whats’app e o Face-book para escolherem os produtos paraentão fazerem seus pedidos que são en-tregues pelo correio.

ESPECIAL ◄► Comércio Goiano

Comércio na Região da Rua 44 cresceu na última década e ruas pequenas ficam lotadas de carros e consumidores

Page 33: Edição 33: Empresários ajudam destravar debate sobre transporte público

Apesar do sucesso de vendas prin-cipalmente aos fins de semana, háuma preocupação que assombra oslojistas devidamente regularizados.Eles reclamam da concorrência des-leal com os vendedores ambulantes,que não são registrados, fazem a suaprópria carga horária, além de vende-rem produtos de baixa qualidade queacaba influenciando na diminuiçãodo preço.

Uma das principais queixas é queos vendedores ambulantes tiram mui-tos consumidores das lojas físicas,principalmente porque eles não pa-gam os impostos, e acabam ofere-cendo preços mais baixos.

“Essas pessoas das ruas sabemexatamente o que estão fazendo, noentanto querem continuar isentos deimpostos, taxas e horários, porque sa-bem que o poder público não irá inter-vir na situação”, ressalta Disney revol-tado com o comércio ilegal.

As autoridades públicas já fizeramvárias tentativas para resolução do co-mércio ambulante na região da Rua44 e nenhuma delas resolveu o caso.Nem mesmo com a fiscalização daPrefeitura de Goiânia e dos guardasmunicipais chegaram a alguma mu-dança.

Em dezembro do ano passado, aprefeitura em busca de combater o co-mércio ambulante, chegou a intensifi-car a fiscalização, mas não obteve su-cesso. Na época, dezenas de comer-ciantes informais que montaram suasbarracas nas calçadas e até nas ruas,foram impedidos e tiveram seus pro-dutos apreendidos, mas mesmo assima medida não surtiu efeito. Os ambu-

lantes continuam até hoje no local.Quanto à presença de ambulantes,

Emelin diz que eles de fato incomo-dam, tiram boa parte de sua clientela.“Eles nos atrapalham muito, vendemno atacado como a gente, mas comonão pagam impostos como nós, nãoemitem nota fiscal e os seus preçossão mais baixos, o que atrai muitoscompradores.” Outra questão que tirao sono dos comerciantes locais équanto ao horário de funcionamento,a empresária conta que as galeriasfuncionam de terça a sábado entre as8h e 18h, enquanto os vendedores das

ruas têm horário livre e têm o cos-tume de chegarem mais cedo.

Durante a semana em que aequipe da Revista Gestão esteve na re-gião, a presença policial era constantee amistosa entre os ambulantes queocupavam a praça do trabalhador, asruas e calçadas da região. “Eu acreditoque a questão da legalidade é algo po-lítico, nós (lojistas) não podemos ficarnos envolvendo com o problemaporque também corremos riscos, en-tão a solução deve vir de fora. É res-ponsabilidade do poder público e nãonossa”, desabafa Disney.

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Conflito naRua 44 e comércio ilegal

Construção de hotéis, galerias e formalização: região se fortalece

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EMPREENDEDORISMO ◄► Evento

Um dos eventos demaior sucesso promo-vido pelo Sistema Se-brae em todo o País, a10ª edição da Feira do

Empreendedor será realizada emGoiânia (GO), de 31 de julho a 3 deagosto deste ano. A Feira ofereceráoportunidades para o surgimento denovos negócios e capacitação aos em-preendedores da micro e pequenaempresa e potenciais empresários,tanto do campo quanto da cidade.

"A Feira do Empreendedor é umaação de mercado, estratégica, voltadapara o sucesso e pleno atendimentodo empreendedor, onde ele poderáalinhar seu empreendimento comsoluções inovadoras e sustentáveis eparticipar de encontros de negócios",explica Marcelo Baiocchi Carneiro,presidente do Conselho Deliberativodo Sebrae Goiás.

O Centro de Convenções de Goiâ-nia, na região central da capital, devereceber ao menos 10 mil visitantesnos quatro dias de evento. Serãocinco rodadas de negócios, 40 mis-sões, mais de 200 capacitações e qua-tro mil orientações técnicas para po-

tenciais empresários e empreende-dores, microempreendedores indivi-duais (MEI), produtores rurais e em-presários da microempresa e em-presa de pequeno porte. Tudo de ma-neira gratuita.

"O empreendedor terá contato di-reto com seu mercado consumidor,fabricantes, franqueadores, empresasde TI, contatos comerciais, entendi-mento de lojas conceito, e resultadoda “Pesquisa de Tendências e Opor-

tunidades de Negócios em Goiás”,dentre outros", afirma Manoel Xa-vier, diretor superintendente do Se-brae Goiás.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

Durante a Feira do Empreende-dor, o Sebrae Goiás apresentará o Es-tudo Tendências e OportunidadesPara Pequenos Negócios para Goiás,elaborado pela Unidade Gestão Es-tratégica (UGE) da instituição. O es-

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Bons ventospara o seu

negócioFeira do Empreendedor 2014 vai mostrar tendências

de oportunidades de mercado em Goiás

MANOEL XAVIER, diretor-superitendente do Sebrae-GO

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tudo fez diagnóstico sobre a reali-dade socioeconômica do Estado eapontou 18 macrotendências de ne-gócios. De cada macrotendência,cinco negócios em potencial serãoextraídos e colocados em cartilhaspara distribuição gratuita durante aFeira, com informações bem especí-ficas sobre o tema.

Com base nesse estudo, 67 em-presas, de Goiás e outros Estados,vão ofertar produtos e soluções ino-vadoras ao empreendedor. Serão 20franquias, 13 empresas de tecnologiada informação (TI) e 34 oportuni-dades diversas. Além desses exposi-tores, haverá soluções especiaiscomo o Centro Sebrae de Sustentabi-

lidade, Mercado Livre, Facebook,Market up, lojas conceito, espaçopara startups e economia criativa,além de soluções do Sistema S.

O Sebrae Goiás também realizaráexposições dos seus principais servi-ços e produtos, incluindo programasdos setores de quatro grandes plata-formas: indústria, comércio, presta-ção de serviço e agronegócios. Den-tro da Feira terá ainda espaço vol-tado à Educação Empreendedora,voltado a crianças, adolescentes e jo-vens estudantes. “Vamos demons-trar as soluções para as escolas etambém para instituições de ensinosuperior e técnico", explica MarcosFernando Passos, gestor do Sebrae

Goiás e coordenador da Feira.Além desses expositores, ha-

verá soluções especiais como oCentro Sebrae de Sustentabili-dade, Mercado Livre, Facebook,Market up, lojas conceito, espaçopara startups e economia criativa,além de soluções do Sistema S.

GAME LOJA

A expectativa dos organiza-dores é que o Game Loja, ambienteplanejado para ser uma lojaconceito, seja uma das grandesatrações. “O Game Loja será es-paço no qual o empresário poderávivenciar a montagem e desmon-

tagem de uma loja e toda a adminis-tração do dia a dia”, explica Fer-nando. Dentro da loja, cada empre-sário terá uma atribuição, comoclientes, colaboradores da loja e ad-ministrador. “Em 2012, foi apresen-tado o projeto piloto dentro da pró-pria Feira do Empreendedor, que foiaprimorado para 2014, tendo asações ampliadas”, revela MarcosFernando.

O lançamento oficial da FE foirealizada no final de maio, durantealmoço na sede do Sebrae Goiás,na capital. Na mesma data, a insti-tuição promoveu a entrega do Prê-mio Sebrae de Jornalismo (etapaestadual).

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Saiba maisFeira do Empreendedor 2014Período: 31 de julho a 3 de agosto de 2014Horários: 31/07 – das 13h às 22h1º/08 – das 13h às 22h02/08 – das 10h às 22h03/08 – das 10h às 17hLocal: Centro de Convenções de GoiâniaCentral de Relacionamento Sebrae:

0800 570 0800

Lançamento da Feira do Empreendedor no Sebrae, em Goiânia

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cenárioeconômico

TEUTO - No dia 8 de maio, faleceu o presidente do

Conselho de Administração do Laboratório Teuto/Pfizer,Walterci de Melo. Nascido em Anápolis (GO), Waltercide Melo começou profissionalmente na década de 1970,como representante do Laboratório Teuto nas regiõesque atualmente abrangem os Estados de Goiás,Tocantins, Pará e Maranhão. Empreendedor, em 1983 jáera proprietário de uma rede de farmácias emAraguatins (TO) e Gurupi (TO) e da Distribuidora Melo,em Anápolis (GO). Walterci de Melo também foi oresponsável pela construção do maior complexofarmacêutico da América Latina, após sua aquisição, em1986, ao lado de seu irmão, Lucimar de Melo. Em 1993,o Laboratório Teuto foi transferido para a cidade deAnápolis (GO). O empresário deixa um legado para aindústria farmacêutica nacional à frente da companhiaque, há 67 anos no mercado, é modelo para o segmentode fármacos e é destaque internacional.

CORTE DE CONCILIAÇÃO - Em maio, a 1ª

Corte de Conciliação e Arbitragem da Acieg recebeuvisita dos alunos da Faculdade Sul Americana (FASAM)que vieram conhecer o Instituto Arbitral. Na foto acima,o arbitro-conciliador José Costa Neto fala aos estudantes.

DECORAÇÃO - Apostando na temática 15

personalidades por 15 profissionais de decoração, atradicional Mostra Artefacto foi aberta ao público nodia 15 de maio. Entre as homenageadas está apresidente da Associação Comercial, Industrial e deServiços do Estado de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz.Apreciadora de uma boa leitura, a empresáriaganhou uma varanda integrada à biblioteca. Oambiente projetado por Sonia Prado tem comodestaque a interessante utilização do acesso àsescadas numa composição confortável, clara earejada para os momentos de leitura. O eventoestará aberto para visitação por um ano.

“A economia é extremamente útil como

forma de emprego para os economistas.”

JOHN GALBRAITH

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All ParkO setor da indústria em Goiás é responsável por gerar mais de 336 mil

empregos diretos por ano em Goiás, segundo o Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE). O Estado já ocupa o 3° lugar no rankingnacional com o maior crescimento industrial. Em 2013, segundo o IBGE, havia21.097 indústrias em todo território goiano. Enquanto, a produção industrialno Brasil cresce em média 1% ao ano, Goiás mantém um índice anual decrescimento de 2% a 3%.

O crescimento econômico do Estado motivou a Innovar Urbanismo alançar um condomínio fechado empresarial e logístico voltado a indústrias eempresas, o All Park Polo Empresarial, primeiro empreendimento privadodesta natureza em Goiás. “Desenvolvemos o projeto após os resultados deuma pesquisa com os empresários, em que eles nos apontaram os gargalosestruturais para a expansão de seus negócios”, explica Romeu Neiva Júnior,diretor da empresa. O condomínio ficará na região da Estrada da Mata, emárea vizinha ao futuro campus da Universidade Federal de Goiás, emAparecida de Goiânia.

INVESTIMENTO

EmpreendedorismoEstiveram reunidos no mês de março na sede da Acieg os

representantes do Fórum Jovem para discutir a Semana doEmpreendedorismo que aconteceu entre os dias 10 e 15 do mesmo mês. ASemana teve como objetivo debater temas do interesse do empresáriogoiano e encontrar formas para que as prefeituras de Goiânia e da regiãometropolitana facilitem os processos para quem esteja interessado em abriruma empresa. A Semana de Empreendedorismo foi instituída a partir da Lein.8719/2008, proposta pelo vereador Virmondes Cruvinel Filho, que estevepresente nas reuniões e ressaltou a importância de iniciar mais um ano comessa discussão. “Queremos saber se há gastos com o que realmenteimporta, ainda mais em um ano tão importante quanto este, que haverá aCopa do Mundo.”

SEMANA

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O SONHO DE SER PATRÃOA maioria dos brasileiros prefere ter um negócio próprio a fazer carreira em uma empresa. Virar

patrão só perde na lista de anseios para uma viagem pelo Brasil e a compra da casa própria. É o quemostra a pesquisa “GEM – Global Entrepreneurship Monitor: Empreendedorismo no Brasil 2012″.

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Comércio O movimento dos consumidores nas lojas de todo o País

cresceu 1,6% em abril, comparado com o mês de março, jádescontados os fatores sazonais. Na comparação anual, a alta foide 5,4%, de acordo com o Indicador Serasa Experian. Com esteresultado, o movimento no comércio acumulou, de janeiro a abrilde 2014, alta de 3,8% em relação ao mesmo período do anopassado. Todos os segmentos varejistas ampliaram suasatividades em abril com destaque para a alta de 13,5% nas lojasde material de construção, após terem recuado 11% no mêsanterior. O segmento de supermercados, hipermercados,alimentos e bebidas apresentaram elevação de 3,4%,influenciados positivamente pelo feriado da Páscoa.

MGCA primeira edição do Prêmio de

Excelência em Gestão de Goiás(PEGG), promovido pelo MovimentoGoiás Competitivo (MGC), premioutrês empresas que se destacarampelos projetos de gestão, peladisseminação de boas práticas e pelocompromisso com a sociedade emtransformar o cenário empresarialcada vez mais competitivo. Acategoria bronze foi conquistada pelaBelcar Veículos e a prata ficoudividida entre duas companhias:Ultragaz e AngloGold AshantiBrasil.“Os números desta edição

surpreendem a classe empresarial goiana e mostram uma consolidação dosmétodos de gestão, disseminado pelo MGC”, disse o presidente da entidade,Pedro Bittar (foto). As empresas que participam do PEGG são avaliadas combase no Modelo de Excelência da Gestão (MEG), e de acordo com uma escalade pontuação que vai de 250 a 500, divididas em faixas ouro, prata e bronze.O PEGG tem como objetivo promover o reconhecimento das organizações detodos os portes e segmentos públicas ou privadas, que se destacam em suaspráticas de gestão. Esse reconhecimento e feito com base nos critérios daFundação Nacional da Qualidade (FNQ).

GESTÃO PREMIADA

Agenda CompetitivaEm abril, o Sebrae e Secovi reuniram empresas do setor imobiliário para

debater os desafios do setor, fazer o levantamento de necessidades eapresentar propostas de soluções e produtos, por meio dos quais osempresários poderão melhorar a gestão das suas empresas, planejar e proporuma agenda competitiva para o setor imobiliário da Região Metropolitana deGoiânia. Os trabalhos do encontro foram conduzidos pelo consultor MarcosBorela, que atende o convite dos realizadores. Passo seguinte, será de lançaro Projeto Imobiliárias Competitivas. O empenho dos parceiros é unir esforços,articular apoios, empreender ações e oferecer instrumentos norteadores àtomada de decisões, para que o empresário possa avaliar os resultados dasatividades e, ainda mais, que tenha ganhos efetivos para o crescimento e alucratividade do seu empreendimento. O trabalho é extensivo a todos osempreendedores que queiram compartilhar o momento, “o qual acreditamosque será de grande relevância para a competitividade das imobiliáriasgoianas”, defende o Diretor superintendente do Sebrae Goiás, Manoel XavierFerreira Filho. “Esta parceria entre empresários, Secovi e Sebrae deverá trazerresultados bem positivos ainda neste ano.”

SETOR IMObILIÁRIO

DADOS DA ECONOMIA

Cerca de 52% dos brasileiros assumiram que já fez pelomenos uma compra por impulso nos últimos três meses,segundo a pesquisa do SPC Brasil. Itens como roupas (29%)e calçados (19%) lideram a lista das compras supérfluas,seguidos por eletrônicos/celulares (18%) eperfumes/cosméticos (12%). Por impulso, as mulherescompraram mais roupas (33%) e calçados (19%), enquantoos homens compraram mais eletrônicos e celulares (26%) eroupas (24%). A principal justificativa dada pelosconsumidores são os descontos e as promoções. Foramouvidas 694 pessoas sobre a relação dos consumidoresbrasileiros com o uso do crédito e as compras por impulso.

Compra por impulso

Em abril, foram registrados 130 pedidos de falência emtodo o País, segundo a Serasa Experian. Na comparaçãocom abril do ano passado, a queda foi de 15,6%, explicadabasicamente pela menor quantidade de dias úteis no mêsem 2014. Desse total de 130 requerimentos, 58 partiramde micro e pequenas empresas, 36 de médias e 36 degrandes. Quanto às recuperações judiciais requeridas,houve alta de 66% em abril de 2014 diante de março.Foram 88 solicitações realizadas no quarto mês de 2014,contra 53 no mês imediatamente anterior. A maioria dospedidos partiu de micro e pequenas empresas (55),seguidos pelas médias (19) e pelas grandes (14).

Falências

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CARREIRA ◄► Patentes

Os cuidados nahora de registrar

uma marcaCAIO SALGADO

Frequentemente ignorado por em-presários, o processo de registro demarcas é um dos mais importantesquando se pretende iniciar um novonegócio. Por se tratar da definição decomo os produtos e serviços serãoapresentados no mercado, um bomplanejamento pode ser determinantepara o sucesso de um novo negócio,além de evitar muita dor de cabeça eaté mesmo prejuízos financeiros.

Um dos problemas mais comunsrelacionados com o registro de marcasfoi vivido por José Alves Urzedo, pro-prietário da Cis Sistemas. Depois decinco anos utilizando o nome C&S Sis-temas, ele foi procurado por uma em-presa de Mato Grosso, que atuava hámais tempo com nome semelhante.

Após acordo com o empresáriomato-grossense, Urzedo passou umano sem marca e atualmente utiliza, deforma provisória, a mesma de um an-tigo negócio. Por conta do imbróglio,ele também deixou de divulgar sua em-presa. “Eu estava fazendo campanhapublicitária, atingindo certa visibili-dade. Quando você interrompe esteprocesso, você perde, é claro”, afirma.

Agora, ele diz que agirá de forma di-ferente. “Assim que definir uma novamarca, vou registrar”, completa.

Proprietário do Centep, empresaespecializada em marcas, patentes eproteção de nome empresarial, o advo-gado Aureolino Pinto das Neves, quefoi membro da 42° diretoria da Acieg,afirma que é necessário ter uma sériede cuidados com o processo de registro(veja quadro com dicas).

Além da busca por uma marcaque não exista no mercado, segundoele é necessário pensar no futuro dosnegócios, de acordo com a estratégiade atuação no mercado. Um bomexemplo, diz, é o de uma empresa deconfecção.

“Se você vai atuar neste mercado, ébom se prevenir garantindo também oregistro em classes de produtos corre-latos, a exemplo de óculos e perfumesda mesma marca. Isso garante segu-rança para uma expansão futura”, ex-plica Aureolino.

Outro ponto importante é a vigilân-cia constante no mercado, para verifi-car se existem empresas utilizando amesma marca ou semelhante. Essaconstatação pode ser através do Goo-gle, dos distribuidores, de publicaçõesespecializadas, de fornecedores. Nocaso de uma empresa utilizar a marcapor mais de 10 anos ocorre a prescri-ção, ou seja, a perda do direito de açãopara proibir o uso por terceiros não au-torizados.

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Dicas 1 – É fundamental consultar o portal do INPI

(www.inpi.gov.br) para saber se já existem marcasiguais ou semelhantes à sua. Nessa hora, é precisoobservar também se outra empresa registrou amesma marca utilizando, por exemplo, consoantesou vogais dobradas. Além da grafia, a fonética édeterminante para o indeferimento de um pedidode registro.

2 – Na busca é interessante verificar asvariações de uma palavra e proceder a busca por“radical” (no site do INPI) porque no resultadoaparece algumas variações. Também éaconselhável fazer “busca avançada” na qual opróprio INPI indica o percentual de aproximaçãoentre palavras afins.

3 - Evite lançar marcas com nomescompostos, porque uma vez concedido o registronessa forma é praxe do INPI não conceder naforma isolada para uma das palavras; e com isto,possibilita o surgimento de marcas semelhantes.Um exemplo famoso é o da Coca-Cola. Após osucesso da marca, uma infinidade de outrasmarcas de refrigerante surgiram com a variável“cola”, como American Cola, Big Cola, entre outros.

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EMPREGO ◄► Jovem Aprendiz

Parceria forma para oprimeiro emprego

Contrato entre empresas e jovens é intermediado pelo Senai

Muitos jovens encontramdificuldades para in-gressar no mercado detrabalho. Por não teremexperiência ou por se-

rem menores de 18 anos, as empresasnão os contratam. O Programa JovemAprendiz do Serviço Nacional deAprendizagem Industrial (SENAI),criado em 2000, tem como objetivoauxiliar no processo de contratação demenores sem experiência que preten-dem iniciar a carreira profissional comqualificação.

O Jovem Aprendiz é amparadopela Lei do Aprendiz (número10.097/2000). De acordo com a legisla-ção, as empresas de médio e grandeporte devem empregar e matricular emcursos de aprendizagem um número de-terminado de jovens sem experiênciaprofissional anterior, equivalente a 5%,no mínimo, e 15%, no máximo, númerode trabalhadores efetivos na empresa.

O programa de aprendizagem é dedi-cado aos jovens com idade entre 14 e 24anos que estejam cursando o ensino fun-damental, médio ou que já tenhaconcluído a educação básica. O pro-grama é voltado para quem nunca tenhatrabalhado com carteira assinada. Oaluno do 3º ano do ensino médio, Halli-son Bonifácio de Oliveira, de 16 anos,morava na fazenda com os pais quandosoube do curso. “Não pensei duas vezes,fiz a seleção e fui aprovado. Essa era umaoportunidade de formação que não po-deria perder”, diz.

CARGA HORáRIA

A jornada de trabalho de um jovemaprendiz depende do nível de escolari-dade que ele se encontra. Pode ser deseis horas diárias e extensivas até oitohoras diárias para aqueles aprendizesque já tenham concluído o ensino fun-damental, se dentro delas já estiveremcomputadas as horas destinadas àaprendizagem teórica.

Parte das vagas é reservada aos can-didatos portadores de necessidade espe-ciais. Neste caso, não há limite de idade.Os cursos são oferecidos de acordo comcada público e os professores são qualifi-cados especialmente para ministrar aulaa este público especial.

EXPERIêNCIA PROFISSIONAL

A indústria detentora da marca Pira-canjuba, a Laticínios Bela Vista, da ci-dade de Bela Vista de Goiás, na RegiãoMetropolitana de Goiânia, implantou,em janeiro, sua primeira turma exclu-siva do programa Jovem Aprendiz. Ainiciativa visa qualificar novos profissio-nais com perfil adequado à demanda daempresa. Ao todo, 43 alunos participamdo curso de auxiliar administrativo paraindústria de alimentos. Com duração de400 horas, a programação é desenvol-vida em ambientes da indústria.

Thayllane de Oliveira, de 16 anos,observa que o programa irá proporcio-nar uma experiência profissional aos jo-vens da região. “A cidade é pequena,com poucas oportunidades para pes-soas que buscam o primeiro emprego.Trabalhar é sempre bom e começar acarreira em uma grande empresa é mel-hor ainda”, comemora.

O gerente de Gestão de Pessoas daLaticínios Bela Vista, Edilson Vieira des-taca que o programa está alinhado com apolítica de responsabilidade social da in-dústria ao contribuir com o desenvolvi-mento da mão de obra local. “Buscamosoferecer formação profissional de quali-dade para os jovens do município, dar aeles a oportunidade do primeiro em-prego e de conhecer um processo indus-trial, além de alavancar o desenvolvi-mento socioeconômico da região. Nossoobjetivo é efetivar todos os aprendizespara que eles possam construir uma car-reira bem-sucedida.” (IARA NUNES)

Thayllane de Oliveira

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Empresário goianomantém otimismo

Uma pesquisa realizadaem Goiás apontou queo pequeno empresário

daqui está otimista em rela-ção aos negócios: 60% delesacreditam no crescimento daeconomia goiana em 2014.

Para chegar a esse resultado,o Sebrae realizou uma pes-quisa em 69 cidades do Es-tado. Foram entrevistadosempresários de todos os seg-mentos e portes. A pesquisabuscou conhecer o nível de

expectativas do empresariadogoiano quanto ao cenário eco-nômico, cenário socioam-biental, cenário político, ges-tão, investimento, mercado ecapacitação. O resultado foisurpreendente. (IARA NUNES)

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NÚMEROS ◄► Pesquisa

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CANAL DE VENDAS ◄► Eventos

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ARy SOUSA

No mundo competitivodos negócios é funda-mental que as empresassurpreendam seusclientes e fornecedores.

Às vezes, estimular o encontro cara acara pode gerar ações que ajudem o

crescimento de sua empresa. Umevento ou reunião é uma ferramentaeficiente para as organizações quedesejam gerar boas relações de ne-gócios e comunicação.

Organizar um evento, social oucorporativo, é uma tarefa que requerplanejamento e só quem já prepa-rou entende e sabe o trabalhão que

dá. Pensando nisso, a Acieg refor-mou os espaços de reuniões e even-tos para oferecer conforto e bem-estar aos associados e clientes. “Agente procura oferecer uma estru-tura moderna e confortável para queo empresário tenha um ambienteagradável com tecnologia de pontaao menor custo possível”, destaca

O espaço de reuniões e eventos foi reformado paraatender a necessidade de associados e clientes

Acieg oferececomodidade aoempreendedor

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Christiane Pock, gestora executiva. Além disso, o empresário de todo

Brasil procura Goiânia para sediareventos nacionais e internacionais,elegendo a capital como polo turísticode negócio, graças ao crescimento daindústria e do agronegócio, movimen-tando o setor hoteleiro da cidade.

É que demonstra o relatório doCenso Hoteleiro publicado em 2012,grande parte dos hóspedes vem de ou-

tros Estados (87%), permanece na ci-dade por até três dias (73%), por mo-tivo de negócios (93%), evidenciandoa aptidão de Goiânia para o turismo denegócios.

“Por lidar com o empresário, aAcieg sentiu a necessidade de estardentro do segmento que atualmenteestá aquecido. A melhor forma decontribuir, foi melhorando a infraes-trutura com o que existe de mais mo-

derno no Estado”, explica Marina An-deri, gestora comercial.

Todos os ambientes da casa do em-presário são amplos, climatizados, cominternet, sistema audiovisual, cadeirasconfortáveis e possui uma equipe quepresta assistência até o final do evento.Além da estrutura, a entidade é locali-zada em um dos pontos mais acessíveisde Goiânia – no Setor Oeste – e possuiestacionamento próprio.

SALA DE REUNIÃOUma das novidades do espaço de locação é a sala de

reuniões que foi inaugurada com a reforma. A sala éperfeita para se reunir com clientes, causar boa impressãoe mostrar o seu potencial. O ambiente é climatizado,internet, sistema audiovisual e possui a capacidade parareceber até 25 pessoas.

SALA DE EVENTOSAo todo são três salas, duas com capacidade para 65

pessoas e uma para 100 pessoas. As salas possuem umamoderna estrutura de climatização, iluminação, sistemaaudiovisual e internet. Antes da reforma, a Acieg contavacom apenas duas salas de eventos e cursos comcapacidade de apenas 30 pessoas.Cerca de 100 cadeiras, edemais móveis que poderiam ser reutilizados, foramreformados. Gerando, assim, redução de custos e impactoao meio ambiente.

SALÃO DE FESTASO salão de festas possui uma infraestrutura sofisticada

com o Hall de entrada amplo para receber eventos sociais,empresariais, coquetéis, casamentos, festas de 15 anos,aniversários, premiações, jantares, coffee breaks,workshops, feiras e lançamentos de produtos. O ambienteé climatizado, possui internet, sistema audiovisual ecapacidade para até 250 pessoas.

AUDITÓRIOPerfeito para palestras, solenidades, cursos e peças

culturais, o auditório tem o formato estilo arena comexcelente acústica. O ambiente é climatizado, comcadeiras confortáveis, internet, sistema audiovisual ecapacidade de 200 pessoas.

CONFIRA OS ESPAÇOS DA ACIEG

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MERCADO ◄► Terceira idade

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Idososquenão

paramANA hELENA bORGES

“Sempre fui uma em-preendedora, não iaser diferente sóporque tinha chegadoaos 50. Estou viva e

vou trabalhar enquanto estiver”, relataMaria Vitória de Alencar, de 62 anos, queadquiriu uma franquia da Água de Cheirohá quatro anos, após se mudar para Goiâ-nia. Ela é uma das representantes de umgrupo da terceira idade que tem desper-tado atenção de estudiosos e do setor pro-dutivo: os baby boomers, indivíduos nas-cidos entre 1943 e 1964 que estão empen-hados a não se ocuparem de crochê ou ca-deira de balanço, mas a assumir uma ju-ventude espiritual na qual a ordem éaproveitar a vida com o que ela tem demelhor para oferecer.

Para isso eles movimentam até R$400 bilhões por ano, segundo dadoscompilados pelo instituto Data Folha. Ovalor é maior do que o Produto InternoBruto (PIB) de países da América do Sul,como o Peru ou o Paraguai, e deve conti-nuar a crescer em um ritmo aceleradonos próximos anos.

E não é da aposentadoria que elesquerem viver, os baby boomers são

apontados, pelo Sebrae, como um dosgrandes responsáveis pelo crescimentono número de empreendimentos noPaís, que registrou aumento de 421%,entre 2007 e 2013.

“Meu filho me ajudou a pesquisar otipo de negócio. Hoje somos sócios. Elecolabora, mas sou eu quem administra. Aloja é muito mais do que o complementoda minha renda, por causa dela eu es-

Maria Vitória:“Amo trabalhar, ter uma vida agitada. Recomendo a todo mundo”

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queço até a minha idade”, conta MariaVitória que hoje mantém três funcioná-rios “todos registrados” e retira R$ 3 milpor mês do empreendimento. “A lojaestá no começo temos que retornar o va-lor de investimento e também guardarparte do lucro para reinvestir. É o que atornará grande daqui um tempo”, ensinasobre administração.

A vida de empresária é associada aencontros em um grupo de vida ativa queinclui atividades físicas periódicas, parti-cipação em projetos voltados para a co-munidade e treinamentos ligados a suaárea de atuação, com as obrigações deuma matriarca dedicada, viagens e mo-mentos de lazer. E de onde vem tanto fô-lego? Maria Vitória diz que faz “tudo quegosta”. “Amo trabalhar, ter uma vida agi-tada. Recomendo a todo mundo adotaruma rotina assim, independente daidade”, brinca a empreendedora.

PROFISSIONAIS DEDICADOS

Continuar a trabalhar também é umaopção dos baby boomers. Na maioria dasvezes, eles permanecem no mesmo localem que atuavam ou são recrutados poroutras organizações para funções de as-sessoria, treinamento e consultoria. O di-ferencial deste grupo de profissionais quejá passaram dos 50 é a experiência ad-quirida, em especial, para lidar com si-tuações adversas.

A coordenadora da AssociaçãoGoiana de Atualização e Realização doCidadão (Agarc), Carmelúcia Rodriguesde Oliveira, de 69 anos, acredita que sejaseu “jogo de cintura” um dos maioresmotivos para ela ser uma referência emsua área de atuação. Viúva, ela prosse-guiu trabalhando após se aposentarporque não considerava “necessário”. “Enem penso em fazer isso (parar de trabal-har) tão cedo. Ainda tenho muita força detrabalho e me manter ativa me faz sentirmelhor, me faz sentir cada dia mais jo-vem”, conta.

As atividades executadas pela coor-denadora exigem disposição. São muitas

viagens e muitos futuros em jogo. “Tenhoque atender famílias de todo o Estadopara ajudá-las a se qualificarem para omercado de trabalho. Chego a visitarmais de duas cidades em uma mesma se-mana. Minhas filhas ficam bravas co-migo porque eu sumo e elas não ficam

sabendo. Quando elas acham que eu es-tou em um lugar eu já fui para outro.”

Além do atendimento social, são deresponsabilidade de Carmelúcia o acom-panhamento de obras de construção civile negociação com órgãos e gestores pú-blicos. “Faço aquilo que for necessário. E

Academias investem em espaços específicos para público da 3ª idade

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cansaço é algo que eu até sei o que é, masnão conheço profundamente.”

CONSUMIDORES áVIDOS

Em meio a sua função social – formacomo Carmelúcia define o trabalho reali-zado por ela -, a coordenadora reservaespaço para dois hobbies: viajar e consu-mir. Somente com o segundo, chega agastar mais de R$ 3 mil por mês. “Istodepende da boutique que eu entro”,brinca. Os cuidados para permanecersaudável e jovem incluem visitas periódi-cas a médicos e uma coleção de cosméti-cos. “E comprar tudo que gosto”, enfatiza.Consumidora contumaz, os gastos comviagens também estão inclusos em seuorçamento mensal. “Raramente fico emGoiás durante folgas e feriados. Amo irpara o exterior com minha família, tantopara fazer comprinhas como para me di-vertir muito.” A última feita foi para Can-cún, em dezembro, tendo como compan-hia as netas, que a acompanharam nodesfrute de tudo o que a ilha paradisíacaoferece. EMPRESAS PARA ELES

O Brasil possui atualmente 23,5 mil-

hões de habitantes acima dos 60 anos e,destes, 80% estão aposentados. Com umpotencial de consumo de R$ 7,5 bilhões,o dobro da média nacional, a nova gera-ção de idosos é responsável por uma pe-quena revolução nos hábitos de comprade produtos e serviços. Principalmenteporque o segmento ainda não consegueatingir todo o potencial destes consumi-dores, culminando, assim, no surgi-mento de empresas especializadas ematender a terceira idade.

É o caso, por exemplo, da academiagoiana Melhor Idade que foi projetadapara atender exclusivamente esse pú-blico. “As pesquisas já vinham mos-trando que a população está envelhe-cendo com maior poder aquisitivo e maisconsciência da necessidade de uma vidaativa, com mais qualidade”, explica o di-retor do empreendimento Pedro Go-mide sobre a ideia do negócio.

Segundo ele, a terceira idade exigemelhor atendimento, canais específicosde divulgação e mais atenção. Outra dis-tinção é a necessidade de estar maispróximo fisicamente. “Normalmenteeles preferem as empresas que ficam nas

proximidades do local onde moramporque facilita a mobilidade. Dentro daacademia é necessário pensar em loco-moção também, por isso os aparelhossão mais afastados do que em uma aca-demia normal. Tipo de música ativi-dades desenvolvidas, tudo é adaptado.”A academia Melhor Idade tem hoje 400alunos ativos e o valor médio de umamensalidade é de R$ 200.

O setor de turismo é um dos maisprocurados pelo público e quem se espe-cializa nesta área ganha também mo-mentos de muita distração, relata JaneteBernardes, diretora da empresa de tu-rismo Ativa Idade que se intitula umaapaixonada pelo perfil de seus clientes.“Quem mais se diverte em viagens é aterceira idade, eles são animados comtudo. Não há o famoso ‘mico’ e tudo émotivo de muita alegria. Eles buscam sesentir jovens e extrair o máximo de cadaviagem por isso não desperdiçam nen-hum minuto”, afirma.

Para ela, a única forma de conquistaros jovens de espírito como consumidor éa confiança, uma vez que eles são maisexperientes e costumam estabelecer la-

Mercado enxerga em público fortes consumidores de viagens e compras. Na foto, Carmelúcia com familiares em férias

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ços estreitos com a empresa. E a reali-zação do sonho vale todo o esforço ne-cessário, tanto físico quanto financeiro:uma viagem média para a Europa custaem torno de US$ 1,9 mil.

Nada de presentinhos para os netos– ainda que eles sempre busquem umalembrancinha para os entes -, o fatura-mento mensal é empregado para saciara vontade de vida. “Conheci mais de 43países acompanhando grupos da ter-ceira idade, todos os pacotes com nú-mero de clientes esgotados e algunscom fila de espera para os próximos”,conta Janete que começou o negócio le-vando grupos de idosos conhecidospara shows e teatros.

PERSPECTIVAS

A mudança na forma de levar a vidaé vista como algo positivo pelo publici-tário Dennis Giacometti, um dosmaiores nomes do marketing no Brasile autor do complexo estudo sobre lon-gevidade “A vida até os 120 anos: umuniverso de oportunidades”. Istoporque com o aumento da expectativade vida – que deve chegar em 120 anosem menos de uma década – crescetambém as incertezas quanto a manu-tenção econômica desses idosos e a in-segurança relacionada a uma perguntabem simples: “o que você vai fazer apósa chegada dos 60?”.

Segundo o levantamento de Giaco-metti, os jovens não estão completa-mente conscientes da necessidade deplanejar um longínquo futuro. E o maispreocupante é que o governo aparente-mente também não. Por isto, foramidentificadas quatro áreas de ameaças,mas que se trabalhadas podem se tornaroportunidades, conforme o publicitário.

A primeira está relacionada ao nívelpsicossocial da faixa pesquisada que vaide 25 a 45 anos. “A maioria quase abso-luta dos mil jovens que participaram dapesquisa não encontrou um significadoda vida. Arrependeram das escolhas e aaflição se torna ainda maior com a pos-sibilidade de vida até os 120”, relata

Giacometti. O segundo diz respeito a educação e

a exclusão dos idosos. Já a terceira é re-flexo da atual vida econômica dos ido-sos brasileiros: 54% das pessoas acimade 50 anos não têm renda própria. E aprobabilidade de ser sustentado pelosfilhos não é algo bem visto pela futuraterceira idade.

“O quarto representa como precisa-mos pensar na atual configuração dasnossas cidades e como sustentabilidadee saudabilidade são essenciais parauma boa vida”, explica Giacometti.

De acordo com a pesquisa, ainda háuma enorme resistência a uma vidasaudável, mas os entrevistados de-

monstraram preocupação quanto aonível de poluição, impacto dos danosambientais e uma tendência a seremmais conscientes com a própria saúde.

“Se vermos esses resultados comoum alerta para modificar as políticasvoltadas aos idosos e para a prepara-ção dos futuros teremos grandes pos-sibilidades de uma sociedade maisprodutiva e eficiente no futuro. Oprincipal medo é sempre ficar decré-pito e de certa forma estamos bus-cando pelos nossos próprios meiosque isso não aconteça quando vemosque a terceira idade têm se tornadocada vez mais ativa até mesmo eco-nomicamente”, conclui.

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“A terceira idadetêm se tornadocada vez mais

ativa até mesmoeconomicamente”

Dennis Giacometti,publicitário

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O BOTICáRIO A coleção Intense Brasil em Festa, de O Boticário, convida todas asbrasileiras a espalharem sua beleza e alegria pelo País com o temabrasilidade, que já está por toda parte. A novidade traz cores di-vertidas em produtos que estimulam os sentidos.

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COCO bAMbU

PC SISTEMASPara garantir um ciclo

de melhorias contínuas nosprocessos organizacionaisdas empresas, a PCSistemas, companhiaespecializada há 28 anosem sistemas de gestãopara toda a cadeia deabastecimento, lançou, naAPAS 2014, em São Paulo,o myAudit, solução de auditoria eletrônica capaz de diagnosticar gargalos oudesvios nas rotinas operacionais. Além disso, a ferramenta está apta parareagir com velocidade aos diagnósticos apurados, propondo planos acessíveise eficientes para contornar as situações encontradas.

ELMOA Elmo Incorporações

lançou, o Lux HomeDesign, seu novoempreendimentoresidencial que privilegia oconceito de “apartamentoscompactos de alto padrãocom serviços emlocalização estratégica”.Com vista para a AlamedaRicardo Paranhos, o Luxestará localizado na T-36,no encontro dos setoresBueno e Marista, e contarácom apartamentos de 1 e2 quartos, com metragensque vão de 38,12 m2 a73,76 m2.

novoarmazém

PIRACANJUbAQuem resiste ao sabor e à cremosidade do iogurte Grego?

Sensação em todo Brasil, o produto conquistou até o paladardos consumidores mais exigentes. Atenta a isso, a Piracanjuba,uma das maiores marcas do segmento lácteo brasileiro, inovamais uma vez e apresenta ao mercado a Bebida à base deIogurte Grego, oferecendo ao consumidor praticidade. “Ésaudável, saboroso, de fácil manuseio e indicado paraqualquer ocasião de consumo”, afirma Lisiane Guimarães,gerente de marketing da Piracanjuba.

Reconhecido no cenário nacional por oferecer pratos refinados ebem preparados, o Restaurante Coco Bambu traz novidades para o seucardápio de bebidas. Como destaque, a gourmet Daniela Barreira, sóciafundadora da rede, criou nove aperitivos, que são resultado decombinações de frutas nobres, vodcas importadas e toques gourmet,concebidos através da mistura de sabores inusitados.

ACERA taiuanesa Acer detalhou a sua investida já anunciada

em computação em nuvem, uma vez que a debilitadafabricante de computadores responde a um mercado dePCs em retração entrando na arena de nuvem contra aslíderes Amazon e Google.

SINHAA Caramuru preparou a campanha Futebol é Lugar

de Pipoqueiro, que acontece entre maio e julho, paramovimentar a categoria durante a Copa do Mundo. Aação conta com uma fanpage exclusiva junto aoFacebook com um game para os consumidoresganharem prêmios variados. O game possui um campoque o consumidor, comprando a pipoca micro-ondasSinhá, pegue na sua embalagem o código promocionalpara vidas extras e chances a mais no jogo.

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fim desemana

A dupla de maior sucesso do cinema nacional, formada pelo diretor JoséPadilha e o ator Wagner Moura, voltará as telas com a nova série da NetFlix.Intitulada Narcos, a série mostrará o ator como o carismático traficante epolítico Pablo Escobar, com uma nova perspectiva sobre a incrível história doCartel de Medellín, que já foi uma das organizações de tráfico maisambiciosas e violentas do mundo. O lançamento está previsto para 2015.

PAbLO ESCObAR

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A superprodução da Disney, Malévola, traz nova versão doconto da Bela Adormecida. Desta vez, tendo como foco a vilã dahistória que é interpretada por Angelina Jolie. A atriz ganhoudestaque na divulgação do filme e também na imprensa por suacaracterização: maquiagem forte e sombria retiraram ascaracterísticas sensuais do rosto de Angelina e deram lugar a umaimagem sombria, própria da personagem.

MALEVÓLA

Inspirado no fenômeno literário de John Green, o filmeA Culpa é das Estrelas chega aos cinemas brasileiros no dia13 de junho. A história gira em torno Hazel e Gus, doisadolescentes que se conhecem em um grupo de apoio apacientes com câncer, e compartilham, além do humorácido e do desdém por tudo o que é convencional.

A CULPA É DAS ESTRELAS

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Goiânia, julho de 2014 - Ano VI - n° 19 - www.acieg.com.br

Conversa com o

Associado

CRIATIVIDADE,INOVAÇÃO EQUALIDADE SÃOAS RECEITAS DOCARDUME DEPEIXES

ARy SOUSA

Os investimentos em publicidade têmse mostrado um negócio promissor anoapós ano no Brasil. Em 2013, os investi-mentos publicitários cresceram 39% so-bre 2012, quando atingiram 7%, segundonúmeros do Ibope Media. O reflexo ésentido em todas as capitais, tornando omercado cada vez mais competitivo. Coma Copa do Mundo e as Olimpíadas acon-tecendo no Brasil, o investimento na áreatende a aumentar.

Com o mercado aquecido, ser dife-rente ainda é a chave do sucesso. Quemconhece bem essa história são os sóciosda PeixeGrande Propaganda, RobertaMendonça e Marcos Bessa. Desde 2010no mercado, a Peixe Grande Propagandasabe como ninguém da importância deter um diferencial. A empresa aposta naimaginação e na criatividade nos negó-cios para se tornar referência no seg-mento. Isso é comprovada imediata-

mente pelo nome da agência que é inspi-rado no filme do diretor Tim Burton,Peixe Grande e suas histórias maravilho-sas, indicado ao Oscar na categoria deMelhor Trilha Sonora em 2004.

“Somos uma agência de comunica-ção atenta ao mercado, ao consumidor eàs mudanças, esse olhar nos possibilitadesenvolver projetos cada vez mais com-plexos e inovadores”, ressalta Roberta.

O principal diferencial da Peixe-Grande Propaganda é a criação de planosde comunicação com o estudo e análisede negócios do cliente, além de assesso-rar o anunciante em sua publicidade.“Desenvolvemos estratégias criativaspara que empresas fiquem em evidênciae tenham a sua marca fortalecida e

clientes satisfeitos”, acrescenta Marcos.Aproximadamente 80% dos projetos

da empresa são voltados ao consumidorclasse A, boa parte são clientes institucio-nais e varejo com a necessidade de umacomunicação diferenciada e linguagemespecífica. “As empresas que procuram aagência são extremamente exigentes, porisso o acesso a eles é personalizado ecomplexo”, explica Roberta.

A agência atua em todas as áreas deuma empresa atendendo as necessidadesdo mercado goiano e também nacional,com muita inovação, criatividade e quali-dade. “A PeixeGrande Propaganda cria,planeja e desenvolve soluções inovadorascom atuação nas plataformas digitais etradicionais”, resume Marcos.

Roberta Mendonça e Marcos Bessa: sócios na PeixeGrande Propaganda

A hora da PeixeGrande

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ARTIGO

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Aregião da Rua 44, emnossa Capital, é umamina de ouro por umarazão muito simples:o local se consolidou

como um excelente centro regio-nal de moda de baixo custo. Le-giões de clientes ali desembarcamdiariamente para comprar merca-dorias e revender em suas cidades.Cada quarto dos pequenos hotéisda região se transforma em umapequena loja, formigando declientes e vendedoras. Centros co-merciais com pequenas lojas, fei-rantes e ambulantes complemen-tam o cenário.

Esse ambiente é positivo para ge-rar negócios para a cidade e pode servisto como uma oportunidade paratodas as partes. O essencial a ser vistoé que estamos atraindo clientes, ouseja, há mercado - e dos bons, paramoda de baixo custo.

Onde há mercado há empreende-dores dispostos a investir, desde quehaja condições de retorno do investi-mento. Vamos raciocinar um pou-quinho e pensar nessa potencial minade ouro como um pólo de moda regio-nal de baixo custo, com horário dife-renciado, impostos menores, isençãode taxas, com espaço para lojistas for-mais; e onde os cerca de 500 ambu-lantes possam ter seu espaço garan-tido e legalizado também. Assim, serápossível evitar a entrada ilegal de pro-dutos de origem duvidosa.

Dessa forma, de uma vez por todasas ruas voltam a ser lugar onde os car-

ros transitam e as calçadas onde ospedestres caminham, como dita o Có-digo de Posturas do Município, esse li-vrinho tão desrespeitado em Campi-nas e principalmente na Rua 44.

Há três anos estamos propondoesse modelo, sem interlocutor interes-sado na esfera municipal. E aí vemmais uma solução de curto prazo paraa nossa cidade, tão maltratada por de-cisões apaga incêndio, que trazem debrinde os problemas previsíveis desempre...

Com o modelo que foi definido oque será feito para evitar que a regiãoda 44 se torne uma nova versão da“Robauto”, na madrugada? Quem iráfiscalizar se o feirante é o titular do ca-dastro, quem regulará a venda dabancas a terceiros, quem fiscalizará avenda de mercadoria de origem duvi-dosa? E a proliferação de bancas?Pode escrever leitor: se não houveruma disciplina do uso do espaço, emcinco meses as 500 bancas serão maisde 1500. E logo, logo, o ágio da bancaserá valioso.

Não é uma previsão difícil de fazer.Sempre foi assim. Basta andar emCampinas, no Centro da cidade. Emoutras capitais, o problema não é dife-rente e a motivação é a mesma: o lu-cro é muito alto para quem não pagaimpostos, leis trabalhistas, taxas, li-cenças e nem arca com o chamado“custo Brasil”.

Os interesses envolvidos são tãograndes que em São Paulo a Justiçadeterminou quebra de sigilo bancáriode investigados por receber propina

na Feira da Madrugada, a Prefeiturasuspendeu a feira diversas vezes e estápensando em terceirizar a gestão, de-pois de muita dor-de-cabeça com osmais de 4.000 credenciados e outros1.700 “invasores”. Lá, o problemacom os imigrantes chineses ilegais éagudo. Aqui ainda está apenas come-çando...e pode ser evitado!

O poder público, que se beneficiado custo elevado dos produtos, temdiante de si o desafio de atender àspressões dos vereadores que advogamem favor dos ambulantes, e, de outrolado, ordenar a cidade que está se tor-nando um camelódromo a céu aberto.

Os lojistas tradicionais são pressio-nados por leis trabalhistas que fazemcada real pago ao trabalhador se tor-narem 2 reais para o empregador. Li-dam com impostos que dobram o va-lor da mercadoria, com taxa cobradapela Amma até para colocar um ade-sivo no vidro da loja. Assim começama levar em conta o velho ditado: "senão pode vencê-los, junte-se a eles".Já temos alguns exemplos em BeloHorizonte e Fortaleza de lojas comanúncios do tipo – “Estamos na Feirada Madrugada com descontos de até70%”.

Resta a nós goianienses escolher oque queremos como cidade para nos-sos filhos. Espero sinceramente quenossa escolha seja a de respeitar deverdade o Código de Posturas doMunicípio.

helenir Queiroz é

empresária e presidente da Acieg

a MiNa deOUrO da 44

hELENIR QUEIROz

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galeria

Nesta edição,GALERIA traztrabalho de RENANACCIOLy, novofotógrafo da Acieg.Fez a maioria dasimagens que ilustraessa publicação.

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