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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 42 Domingo, 18.10.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele Provérbios 22.6 Ser educador é ter o dom de transformar vidas!

Edição 42 Domingo, 18.10.2015 R$ 3,20 Educa a … · 23.36-37 Abraão, na sua velhice, creu em Deus e ainda viu Sara ter um filho, como cita ... Ele declara em Salmo: “Fui moço

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1o jornal batista – domingo, 18/10/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 42 Domingo, 18.10.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Educa a criança no caminho em que deve andar;

e até quando envelhecer não se desviará dele

Provérbios 22.6

Ser educador é ter o dom de transformar vidas!

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2 o jornal batista – domingo, 18/10/15 reflexão

E D I T O R I A L

Ao mestre com carinho

Não sei se você já assistiu ao filme que tem este tí-tulo (foi lançado

em 1967), mas, com certe-za, esta frase você já ouviu. O filme retrata as questões sociais e raciais em uma escola londrina através do relacionamento do profes-sor com seus alunos.

Este dia dos professores me fez relembrar este filme, pois mostra um homem com ideais maiores do que pas-sar um conteúdo educacio-nal, pois ele se envolve com a vida de cada jovem de sua sala. Mais do que um pro-fessor, ele é um educador.

Sabemos que a educa-ção brasileira passa por diversos problemas, mesmo no ano em que o lema do

governo é “Pátria Educado-ra”. Fica difícil pedir aos homens e mulheres que se dedicam ao ensino nas es-colas públicas ou privadas que, além de professores, sejam também educadores. Falta tudo: remuneração adequada, respeito por par-te dos alunos e pais que agridem e ameaçam, se-gurança para trabalhar nas escolas em áreas de risco, investimento no preparo, principalmente no uso das novas tecnologias. Falta a valorização de alguém que se dispõe a investir o seu tempo na formação de outras pessoas.

Fico pensando também na nossa educação Batista. Seja a realizada em nossas esco-las, seminários, faculdades

Batistas ou a realizada na Igreja.

Como temos tratado aque-les que ensinam, que se dispõem a usar o dom dado por Deus para ministrar na Igreja a crianças, adoles-centes, jovens, adultos e terceira idade?

O aprendizado das verda-des bíblicas deve acontecer, em primeiro lugar, no espa-ço da família, mas a reali-dade mostra que este papel tem sido realizado pelas Igrejas através dos professo-res de EBD. Lembro-me que por meus pais não serem crentes, tudo o que aprendi e vivenciei na minha vida cristã (me converti aos nove anos e me batizei aos 13) foi através das minhas pro-fessoras na Igreja, e até hoje

continuo neste processo de aprendizagem, que não pode parar. A maioria dos membros da Igreja, mesmo os de famílias cristãs, viven-ciam a mesma experiência.

Vocês, professores de nos-sas Igrejas, são educadores porque nos preparam para viver a Palavra de Deus no cotidiano, para sermos ver-dadeiros discípulos de Jesus.

Por isso, em comemora-ção ao Dia do Professor, dê um abraço e uma palavra de gratidão e motivação ao seu mestre na Igreja, com muito carinho.

Sandra Regina Bellonce do Carmo,

coordenadora do Departamento de

Educação Religiosa da CBB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Testemunho

Em 1960, ainda muito jovem, no Maraca-nã, no Rio de Janeiro, converti-me a Cristo

durante a pregação do pastor Billy Graham. Assim pude compreender àqueles que resolvem seguir os passos do Mestre, que disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33). Por isso dou testemunho que após essa decisão senti em

mim os momentos de aflição que os crentes estão sujeitos, e quero lembrar a todos os nossos irmãos um trecho do hino 312 do Cantor Cristão: “Os malvados me detestam, e me querem destruir, mas os anjos me rodeiam, não me deixam sucumbir / Que nos ajuda a caminhar ao lado do Bom Redentor”. Deus aben-çoe a todos!

Eber Soares de Souza, membro da Primeira

Igreja Batista de Niterói - RJ

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

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3o jornal batista – domingo, 18/10/15reflexão

Joílton Oliveira, membro da Igreja Batista do Méier - RJ, teólogo, especialista em geriatria e gerontologia

Nós, como Igreja, cantamos: “Jesus ama as crianci-nhas...” (Jesus de

fato ama), mas precisamos lembrar que Jesus também ama as pessoas idosas, Ele não faz acepção de pessoas, ama e abençoa a todos de modo que ninguém é velho demais para não necessitar desse amor.

Estamos preparados para um cenário futuro fortemente longevo? Pelos estudos e pes-quisas que vem circulando parece que não. O pior é que ignoramos que tal fenôme-no afetará a todos nós, mais cedo ou mais tarde. Uma realidade bem mais séria do que parece.

A maioria das pessoas não sabe envelhecer porque nin-guém ensina isso. Não é fácil lidar com as limitações im-postas pelo envelhecimento, mas ele é real para todos. Te-mos a mídia que bombardeia com estereotípicos negativos sobre idoso, como por exem-

Priscila Mariano Mota, educadora Religiosa, presidente da AERCBC, membro da Primeira Igreja Batista em Jardim Palmares - RJ

E, se: “Todos fossem no mundo iguais a você?”. Que país se-ria esse? Se essa rua

fosse minha que valores la-drilhariam seus caminhos para quem amamos passar? Se pensássemos na educa-ção cristã como fundamento para tais perguntas, talvez nos preocupássemos mais com a qualidade do ensino cristão dado ao nosso povo. Preocuparíamo-nos em estru-turar nossas escolas bíblicas, em preparar mais didatica-

plo, que o velho se retira da participação ativa do mundo, adota hobbies inóculos, viaja e recorda o passado.

Quando somos crianças queremos ser maiores de idade, dirigir automóveis, tra-balhar e nos casar. Na nossa sociedade estas coisas são vistas como acontecimentos importantes. E na realidade são naturais e bons. Por que, então, encaramos o enve-lhecer (parte do processo natural da vida) como algo não desejável?

Por que não queremos en-velhecer? A sociedade em que vivemos aprecia a ju-ventude e a beleza exagera-damente. Temos a impressão de que o envelhecer reduz o nosso valor como pessoa. É certo isso? Claro que não!

Infância, adolescência, ju-ventude, maturidade, o tem-po passa depressa. As tran-sições da vida são normais e inevitáveis. E a Bíblia nos dá alguns exemplos de pes-soas que chegaram a terceira idade e nesta fase viveram felizes e realizados.

O salmista declara: “Na velhice ainda darão frutos” (Sl 92.14). Vejamos então

mente nossas mensagens, e até, aproveitaríamos melhor as oportunidades de ensinar enquanto nos relacionamos com as tão grandes nuvens de testemunhas que nos cer-cam.

O desafio de sempre, desde a mais remota época mosai-ca, é manter o compromisso com o ensino fiel da vontade de Deus, é fazer com que o povo aprenda de tal forma os preceitos divinos que não se desviem deles, mesmo quan-do sendo confrontados com qualquer outra doutrina dos tempos chamados modernos.

Em Deuteronômio 6, o Se-nhor se preocupa em orientar seu povo quanto a necessi-dade de ensinar seus des-cendentes em todo tempo e

exemplos de homens e mu-lheres da Bíblia na terceira idade e seus frutos:

Calebe, aos 85 anos, falou do seu vigor, como relata Josué 14.6-15; 15.4;

Ana, com 84 anos, não deixava o templo, mas ado-rava a Deus, como diz Lucas 23.36-37

Abraão, na sua velhice, creu em Deus e ainda viu Sara ter um filho, como cita Gênesis 18.9-15; 21.1-7);

Josué, na terceira idade, ainda conquistou muitas ter-ras; Barzilai semeou genero-sidade e colheu gratidão na terceira idade, como descre-ve o texto de II Samuel 19.32.

“E era Barzilai muito velho, da idade de oitenta anos; e ele tinha sustentado o rei, quan-do tinha a sua morada em Maanaim, porque era grande homem” (II Sm 19.32).

Davi experimentou a fide-lidade de Deus na terceira idade. Ele declara em Salmo: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém, jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25)

Quando devemos parar de buscar crescimento? Nunca.

em todas as oportunidades, tomando todo o cuidado para não ser modificado nenhum detalhe daquilo que deve-riam cumprir.

Nossa responsabilidade, como líderes e servos desse Senhor, ainda hoje, continua a mesma: “Ensinando-os a guardar tudo o que vos tenho ensinado” (Mt 28.20a). É uma responsabilidade, mais do que transmitir conteúdos, é ensiná-los a guardar todo esse conteúdo de forma con-sistente para que seja um ins-trumento útil na sua prática e defesa da fé.

Como educadores cons-cientes de nossa vocação temos uma responsabilidade ainda maior: precisamos en-sinar os crentes em Cristo,

O Senhor afirma que o justo, não importa sua idade, deve buscar crescer sempre. O limite está estabelecido em Efésios: “Até que todos che-guemos a unidade da fé, e do pleno conhecimento do Filho de Deus, a ser homem perfei-to, a medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13).

Certa vez, a Revista “The New Yorker” publicou que “Aprender uma nova habili-dade traz inúmeros benefícios ao cérebro, incluindo melho-ria da memória, inteligência verbal e o aumento das com-petências linguísticas.”.

Toda vez que aprendemos algo novo nosso cérebro muda de forma significati-vamente, por sua vez, isso faz com que outras partes de sua vida melhorem, pois os benefícios do aprendizado contribuem para que novas aprendizagens se tornem mais fáceis. Quanto mais conexões entre os neurônios são formadas mais apren-demos, e mais informações retemos.

Existem algumas recomen-dações para aqueles que es-tão na terceira idade, como por exemplo: Exercite sua

líderes e servos, à prática de um ensino continuo que leve a novos frutos de com-prometidos com a prática da Palavra. Somos responsáveis por ensinar os fiéis a serem testemunhas vivas de uma vida segundo à vontade divi-na. Temos ao nosso alcance ferramentas teóricas e didáti-cas para realizar bem nossa missão, além de termos a nosso favor o Espírito Santo, que guia e conduz o povo de Deus no caminho em que deve andar. Quando permi-timos que essa combinação seja usada por Deus em sua plenitude, caminhamos rumo ao ensino e aprendizado ne-cessários para uma vida se-gundo a vontade do nosso Salvador.

comunhão com o Senhor todos os dias e dê um lugar especial ao Espírito e experi-mente renovação.

Tenho visto algumas pes-soas que aceitam a terceira idade como uma fase difícil. Outros aceitam como uma etapa da vida para se viver bem, com alegria e felicida-de. Tudo depende de como se encara a realidade. Como cristãos, temos motivos para agradecer ao Senhor por nos ter concedido uma longa vida. Mesmo que ela não nos tenha proporcionado a realização de todos os nossos sonhos, a vida é um dom de Deus, um presente dado pelo Senhor. Por isso, tenham fé e sejam gratos, pois como diz Paulo aos Filipenses: “Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).

Precisamos compreender que cada etapa da vida tem seus encantos e desafios, porque a vida é um presente de Deus. Aqueles que conse-guem chegar à chamada ter-ceira idade são privilegiados, pois conseguiram sobreviver às lutas e tempestades de toda uma existência.

Que nesta data possamos comemorar uma realidade de preocupação sincera com o ensino empregado em nos-sas Igrejas. Que possamos despertar-nos para a necessi-dade constante de investir na-queles que são chamados por Deus para assumir a vocação do ensino em nossas institui-ções. E que, principalmente, sejamos gratos ao Senhor pelo seu Espírito Santo que nos guia por seu caminho em uma vida próspera de amor e obediência às Sagradas Escrituras.

Parabéns aos Educadores. Que o Senhor os renove em força, ânimo e dedicação todos os dias de exercício de seu ministério na Casa de Deus.

Cada etapa da vida tem seus

encantos e desafios

Parabéns, educador!

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

4 o jornal batista – domingo, 18/10/15

Faze-nos deuses

reflexão

“Dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque a esse Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu” (At 7.40).

Estêvão, diácono da Igreja em Jerusalém, causava incômodo às autoridades religio-

sas porque era um “homem cheio de fé e do Espírito San-to”. Tendo sido preso foi levado perante o sumo sa-cerdote, diante de quem afir-mou, citando as Escrituras, que Jesus era o Messias. Um dos trechos do seu discurso vale a pena citar, porque nos oferece uma pista para enten-der nossa própria idolatria: “Dizendo a Arão: faze-nos deuses que vão adiante do nós; porque a esse Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que aconteceu” (At 7.40).

Deus nos criou limitados. Nenhuma criatura jamais ostentou o privilégio de ser idêntica ao Criador. O máxi-mo que o Senhor nos outor-gou foi ser à imagem e seme-lhança dEle. Só que ser seme-

lhante implica ser diferente. Dito tudo isso, perguntamos: Como é ser Deus? Ninguém, na verdade, sabe a resposta. Mesmo assim, algo muito estranho tem caracterizado os humanos. Desde os começos, os seres humanos ou tentam se afirmar como deuses, ou tentam fabricar objetos que dizem ser “deuses”.

A exigência dos hebreus, em pleno deserto, ainda ecoa nos dias de hoje. Por mais absurda que seja a ideia, con-tinuamos acreditando que os poderes do Senhor podem ser conferidos às nossas próprias criações. A lista é enorme: o deus dinheiro, o deus poder, o deus inteligência, o deus igreja. O que quer que co-loquemos no altar que, por direito, pertence ao Senhor, nada mais é do que um ídolo de mau gosto, frágil, feio, ao qual decidimos adorar. O princípio bíblico é simples e direto: “Não terás outros deuses diante de Mim” (Ex 20.3). O preço de adorar ído-los é muito alto – no fim, tornamo-nos como eles: espi-ritualmente inúteis, segundo Sl 115.8.

Smith aparece na his-tória como figura de proa nos tumultuados inícios da perseguição

religiosa no Reino Unido da Grã Bretanha, tido como “separatista” pela Igreja ofi-cial. Smith nasceu, prova-velmente, no ano de 1500. Ingressou na Universidade de Cambridge para ser educado segundo os cânones da Igreja Inglesa. Formou-se em me-dicina, e em 1600 foi nome-ado lente em Lincoln, dois anos depois, demitido por “criticismos indiscretos” pe-las ideias não conformistas. Voltando a sua cidade natal (Gainsborough), juntou-se aos separatistas e foi eleito seu pastor.

Em 1606-07, o grupo de Gainsborough, em face per-seguição oficial, fugiu para a Holanda (Amsterdã), sob a liderança de Smith e He-lwys, e se organizou em uma “Igreja separatista”, que, mais tarde, se dissolveu (1609), tendo Smith “se batizado“ e, logo em seguida, batizado Helwys e mais 40 da Con-gregação, tornando-se em uma Igreja Batista, reconhe-cida como sendo a Primeira

Igreja Batista Inglesa em solo estrangeiro.

Na Holanda, Smith exerceu a medicina para manter-se economicamente. A Sua obra teológica é imensa e sólida. No seu tratado “Um Modelo de Verdadeira Oração”, escri-to quando ainda na Inglaterra (1605), defendeu o papel da magistratura como portadora da espada para a manutenção da verdadeira religião. Em “Princípios e Inferências Con-cernentes à Igreja Visível”, embora fale sobre a liberdade da congregação individual, Smith ainda admite o papel da autoridade civil nos assun-tos atinentes à religião. Em “Paralelos, Censuras, Obser-vações”, publicado em 1609, é ainda clara a sua defesa quanto ao poder da magis-tratura em interferir na vida espiritual para imiscuir-se na vida interna da congregação individual. Só mais tarde em “O Caráter da Besta”, é que surge o “Smith, o Batista”, defendendo o princípio do “batismo de crentes”.

A consciência amadure-cida de Smith sobre a li-berdade religiosa só vai ser alcançada em sua Confissão

de 1612: “Que o magistra-do, por virtude de seu ofí-cio, não deve se intrometer com religião ou assuntos de consciência, nem compelir homens a esta ou aquela for-ma de religião ou doutrina, mas permitir a religião Cristã conforme a livre consciência de cada um, e ter ingerência apenas em assuntos políti-cos (Romanos 13.3 e 4), a saber, injustiça e males de alguém contra outrem, tais como assassinato, adultério, furto e semelhantes; “Por-que somente Cristo é o Rei e Legislador da igreja e da consciência” (Tg 4.12).

Em seu “Último Livro”, ele demonstra de forma clara possuir uma mente aberta e espírito de tolerância com as posições diferentes de seus pontos de vista, confessando não recusar a fraternidade de qualquer pessoa penitente e fiel cristão, seja qual for. Assim, Smith passou de seu ponto de vista anglicano sobre a magistratura, para a posição Batista de liber-dade religiosa, tornando--se, portanto, o pioneiro do princípio da liberdade de consciência.

Francisco Mancebo Reis, colaborador de OJB

Com reconhecido motivo, exegetas evangélicos colo-cam ênfase na Her-

menêutica (ciência da inter-pretação) ao lidarem com a Bíblica. Tal disciplina desa-conselha fundamentar dou-trinas em textos de escassa clareza. O que dizer de Atos 19.1-5? O destaque é aos (supostamente) discípulos de João Batista. Convém atentar para alguns pormenores sig-nificativos.

Primeiro: O tempo ocorri-do entre o ensino de João e o de Paulo pode ser em torno

de 20 anos. Por que aqueles discípulos não estavam ainda seguindo o Messias anun-ciado e apresentado por seu precursor, consoante João 1.29-33; 3.28-30?

Segundo: Eram mesmos dis-cípulos de João, ou apenas bati-zados “no batismo de João”? O texto não afirma que seguiam os ensinos de João. Confes-saram que nem sabiam que existia Espírito Santo: “Nem sequer ouvimos que haja Espí-rito Santo”, foi a resposta à per-gunta de Paulo: “Recebestes o Espírito Santo quando crestes?” (At 19.2). João ministrou o ensi-no, cujo relato encontra-se em João 1.32-33. Estavam ausen-tes? Não prestaram atenção? O

tampo conseguiu apagar essa solene verdade na memória deles?

Terceiro: A pergunta do apóstolo: “Recebestes o Es-pírito Santo quando cres-tes?” não subentende fé em Jesus. A resposta dada omite qualquer experiência cristã vivenciada por eles. Os que recusam o rebatismo hoje transparecem esse lamentá-vel déficit? Desconhecem a existência o Espírito Santo? Não creem em Jesus como Salvador?

Cabe perguntar: Por que Apolo não foi rebatizado, bastando-lhe uma reciclagem aos pés de Priscila e Áquila? Relaxamento da liderança?

Liberalismo teológico? Se-gundo consta em Atos 18.24-25, esse eloquente orador era “poderoso nas Escrituras” (do Antigo Testamento, certa-mente), e ensinava acerca de Jesus, mas conhecia “somen-te o batismo de João” – razão para receber as instruções do referido casal, de acordo com At 18.26, não outro batismo. Por que Paulo submeteu ao batismo os discípulos referi-dos em Atos 19? Dois pesos e duas medidas?

Como concluir? O que se sabe dos discípulos de João Batista em Mateus 9.4 é que praticavam o jejum. Até questionaram Jesus. Sua afinidade era com os fariseus:

“Nós e os fariseus...”. Não se libertaram das amarras judai-zantes. Careciam, portanto, de orientações de Jesus e de Paulo, segundo Mateus 9.15-17 e Atos 19.4.

Respeitando quem discor-de do que acabo de expor, entendo que Paulo batizou um grupo de novos crentes, e os batizou após ouvirem a respeito de Jesus: “Quando ouviram isto, foram bati-zados em nome do Senhor Jesus” (At 19.5). Não foi pro-priamente uma reciclagem. Paulo os evangelizou e eles creram. Na minha análise, essa prática em Éfeso não serve de parâmetro para o rebatismo.

PR. CERQUEIRA BASTOS (in Memoriam)

Os Batistas na História

Sobre o rebatismo

John Smith e o “batismo de crentes”

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5o jornal batista – domingo, 18/10/15reflexão

Jeferson Cristianini, colaborador de OJB

No dia 01 de outu-bro celebramos o Dia Internacional do Idoso. Segun-

do os dados do IBGE (do Censo de 2000) da popula-ção brasileira, de 130 mi-lhões de pessoas, cerca de 14,5 milhões são pessoas com mais de 60 anos, o que representa cerca de 8,6% dos habitantes. A população ido-sa está crescendo em nosso país por conta dos tratamen-tos de doenças crônicas. Os idosos em nossa socieda-de não são honrados como deveriam, por isso, Deus registrou esse ensinamento em Sua Palavra: “Diante dos cabelos grisalhos te levanta-rás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32).

Davi disse: “Fui moço e já, agora sou velho, porém

Amo o Brasil e quero seruma bênção para minha Nação

Texto: Isaías 62.1

Jorge Perciano de Oliveira, pastor da Igreja Batista Praia da Costa - ES

1Eu nunca me calarei,Nem tão pouco aquietarei,Por amor à minha Nação.Por esta terra sofrida,Por ela darei a vida,Dar-lhe-ei meu coração.

2Que resplandeça a justiça,Expulsando a cobiça,E a salvação como tocha.Em todo seu resplendor,Que jesus seja o Senhor:Nosso Rei, nossa Rocha.

3Como diz o profetaNa mensagem de alerta:Isaias sessenta e dois.Você não deve se calar,Nem mesmo se aquietar,O resultado vem depois.

4O que diz apóstolo PauloQue também já foi SauloQue chama sua atenção:Se o crente se calar,Quando deveria falar,Até as pedras clamarão.

5O que mais me interessaE até tenho pressaVer o Brasil todo salvo.Eu não me calarei,Não me aquietarei,Eis aqui o meu alvo.

6Estes que alvoroçaram o mundo,Num movimento profundo,Chegaram até nós.Que isto seja dito,Por estardes pregando a Cristo,Que digam isto de vós.

7Não posso deixar de falar,Nunca, nunca me calarDo que tenho ouvido e visto.O que me impulsionaE também me apaixona,É falar de Jesus Cristo.

8Quem está envolvido na obra,Que paixão tem de sobra,Nunca olha para trás.Recebe através da visão,Que lhe fala ao coração:“Fale e não cales jamais”.

9Deixe o mesmismo,Viva o cristianismoCom coragem e ousadia.Desperte você que dorme,Veja este Brasil enormeClamando noite e dia.

10Se a fé vem pelo ouvir,Não pode se omitir,Não pode se aquietar;E como eles ouvirão?E daí, como crerãoSe você não for pregar?

jamais vi o justo desampara-do” (Sl 37.25). Davi afirma que durante a vida toda ele viu que Deus é fiel. Os ido-sos podem contar suas lindas experiências com Deus. Eles têm muito a nos ensinar. Só precisamos amá-los e honrá-los como o Senhor nos orienta. O sábio Salo-mão disse que “A glória dos jovens é a sua força; e a bele-za dos velhos são os cabelos brancos” (Pv 20.29)

A Bíblia diz que os idosos que andam na presença do Senhor darão frutos: “Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto” (Sl 92.14). Os idosos devem dar frutos independentes da idade, e o alvo deles deve ser a procla-mação da justiça e retidão do Senhor. Com muitos anos de vida, os idosos cristãos po-dem e devem falar do Reino de Deus que é justo. Paulo,

o apóstolo, escrevendo ao jo-vem pastor Timóteo, orienta--o a cuidar bem dos idosos. A respeitá-los e “Admoesta-los como a um pai”, ensiná-los a serem “temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância” (I Tm 5.1 e Tt 2.2).

Que os nossos idosos sejam referenciais de sabedoria, perseverança e de fé cristã, e que os mais novos possam honrar os idosos como o Senhor recomenda, pois isso agrada a Deus. Que os idosos possam produzir uma vida de oração frutífera orando por nossa Nação e nós, como Igreja, possamos servir os idosos de nossa Igreja local e da sociedade. Amar o Brasil é também amar os idosos. Eles precisam de cuidado e amor, elementos esses que o cristão sabe e deve oferecer. Plante afeto e amor pelos idosos, pois se você não é um, em breve será!

Amo o Brasil, por isso amo os idosos

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6 o jornal batista – domingo, 18/10/15 reflexão

é o Reino de Deus” (Mt 19.14).

Jesus valorizava as crian-ças e ele quer que façamos o mesmo. Como é que valo-rizamos as crianças?

Valorizamos as crianças quando damos a elas a edu-cação necessária. Como pais, não podemos deixar de educá-las. Valorizamos quando não damos a elas tudo que elas desejam. O fato de fazer a vontade da criança é prejudicial. Quan-

do os pais fazem tudo o que a criança quer, não estão va-lorizando, pelo contrário, os pais estão criando crianças mimadas.

Pais cristãos devem en-sinar todo o conselho de Deus aos seus filhos, não devem deixar de orar com eles, não devem deixar de ler as Escrituras, não devem deixar de ir à Igreja com eles.

A criança precisa enten-der que é valorizada como

um ser completo, a criança precisa saber que é amada por seus pais, que é que-rida. Não podemos ficar indiferentes com as crianças abandonadas, é necessário fazer alguma coisa de forma prática.

Encaminhá-las para os ór-gãos competentes, lares, abrigos. A criança precisa de proteção, educação e cuidado. Neste Mês das Crianças não deixe de va-lorizá-las.

Valorizemos as crianças

Não podemos ser indi-ferentes à nossa realida-de, precisamos fazer algo para ajudar as crianças do nosso país. Quando olha-mos para a Bíblia apren-demos l ições preciosas com Cristo. Jesus Cristo nunca deixou as crianças em segundo plano. Certa feita os seus discípulos não queriam deixar as crianças aproximarem de Jesus, Ele disse: “Deixai vir a mim os pequeninos pois dos tais

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

No dia 12 de outu-bro foi comemo-rado o Dia das Crianças. E, in-

felizmente, muitas crianças não são valorizadas como deveriam. Muitas crianças foram abandonadas pelos seus pais e hoje vivem nas ruas, outras entraram para o mundo do crime e vivem à margem da sociedade.

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7o jornal batista – domingo, 18/10/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Os missionários Da-rio e Pâmela Fon-seca têm atuado na área de cape-

lania prisional em Mossoró - RN. Além do Presídio Federal de Mossoró, eles têm alcan-çado vidas com o Evangelho no Presídio Estadual Doutor Mario Negócio de Mossoró, na Cadeia Pública Municipal em Mossoró, no Centro de Apoio Psicológico (CAPS), que abrange dependentes de álcool e drogas no Centro Educacional da Criança e do Adolescente e Privação de Li-berdade e também no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Acusado de Ato Infracional.

Redação de Missões Nacionais

Os missionários Eu-gênio e Laédina Maia foram envia-dos para Icapuí -

CE, com o objetivo de procla-mar a Palavra de Deus para a população daquele município. Vidas têm sido impactadas e alcançadas e o trabalho mis-sionário já foi estendido a ou-tras localidades como Tibau e Gado Bravo, ambas no estado do Rio Grande do Norte.

“Estamos impactando vidas por meio de Pequenos Grupos Multiplicadores, Kids Games (atividades para evangelizar crianças) e cultos nos lares. Es-tamos trabalhando muito nes-sas cidades e, aos poucos, as

“Estamos testemunhando o amor de Deus aos encarce-rados com os demais missio-nários que atuam nessa área em Missões Nacionais. Nossa missão é edificar uma Igre-ja Batista em cada unidade prisional do nosso país. Para isso, semanalmente pres-tamos assistência religiosa em seis unidades do muni-cípio de Mossoró”, afirmam os missionários. Junto aos encarcerados, eles têm com-partilhado a mensagem do Evangelho de Cristo e vidas têm seguido a Cristo.

Pastor Dario e Pâmela pe-dem oração para que os encar-cerados já alcançados tenham forças para prosseguir conhe-cendo a Deus, obedecendo aos mandamentos e demons-trando ser novas criaturas.

pessoas abrem as portas de suas residências, escutam a Palavra de Deus e visitam as frentes missionárias”, contam os missio-nários. Eles também têm realiza-do estudos bíblicos, distribuído cestas básicas e kits escolares para crianças da região.

“Temos visto o agir de Deus”, afirmam os obreiros,

“Ore também para que as por-tas das cadeias estejam sempre abertas para que possamos entrar sem impedimentos”, diz ainda o pastor Dario.

Em agosto, os missionários puderam novamente iniciar o trabalho de evangelismo no Presídio Provisório em Caraú-

em função do aumento de vidas rendidas a Cristo e se-dentas por conhecer a Pala-vra. Os desafios nesta região são muitos, porém, Eugênio e Laédina são motivados pela vontade de servir a Cristo, pela fé, e pelo fato de testemunha-rem a salvação de vidas que se entregam a Cristo com lágri-

bas - RN. Eles contam que, anteriormente, o trabalho tinha sido paralisado por falta de voluntários. Entretanto, após o apoio do pastor e dos membros da Igreja Batista em Caraúbas, os missionários puderam treinar uma equipe e iniciar o trabalho que logo

mas de esperança nos olhos. “Ver pessoas chorando ao se converter é o nosso maior prêmio”, afirmam.

Eles também têm alcançado vidas por meio do trabalho es-portivo. Em Icapuí, 45 crianças e adolescentes participam das atividades que unem evange-lismo e esporte. Deste grupo, 13 já aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Em Praia de Redonda, no Ceará, 20 crianças parti-cipam do Projeto e 10 delas aceitaram a Cristo. Em Tibau, 35 crianças estão no Projeto e 13 já receberam a Cristo. E em Gado Bravo, todas as 22 crianças alcançadas pela iniciativa receberam a Cristo como Salvador de suas vidas e prosseguem firmes na fé.

no primeiro dia resultou na salvação de três vidas.

“Somos gratos a Deus pelas igrejas que têm se juntado a nós na missão de levarmos o Evangelho de Cristo Jesus aos encarcerados. Deus tem cui-dado de nós com seu amor incondicional”, declaram os missionários.

Nesta área de capelania prisional, além do projeto no Rio Grande do Norte, Missões Nacionais conta com o trabalho realizado pelo missionário Luis Carlos Ma-galhães em unidades prisio-nais do estado do Paraná, e também com o projeto da missionária Mônica Peixoto, em Minas Gerais. Interceda pelos obreiros que têm pro-clamado a Palavra junto aos encarcerados.

Em todos estes lugares, os missionários têm o desafio, e também a oportunidade de cuidar das crianças e de seus pais.

“Continuaremos impactan-do vidas”, afirmam Eugênio e Laédina. Para que o Evangelho continue avançando, eles con-tam com o apoio dos parceiros de oração e também com o sustento por meio do PAM Brasil. Entre os desafios, eles estão em oração para que fu-turamente possam adquirir um terreno e realizar a construção de um templo para a Igreja em Icapuí. “Contamos com o apoio dos parceiros para con-tagiar outros e alcançar os lares e corações das pessoas com o amor de Deus”, declaram os missionários.

Projeto de capelania leva esperança para presidiários do Rio Grande do Norte

Vidas são impactadas por meio da obra missionária no interior do Nordeste

Missionários puderam novamente iniciar o trabalho de evangelismo no Presídio Provisório em Caraúbas - RN

Crianças, adolescentes e adultos têm se rendido a Cristo por meio da expansão do trabalho missionário

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9o jornal batista – domingo, 18/10/15notícias do brasil batista

Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá respostaProvérbios 21.13

““

Dias 29 e 30/10/2015 - Simpósio CBPIDia 31/10/2105 - Encontro dos Coordenadores do DAS da CBB

1ª IGREJA BATISTA EM TERESINA

REALIZAÇÃO:

Valor da Inscrição: R$ 25,00Informações na CBPI (86) 3222-3647

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10 o jornal batista – domingo, 18/10/15 notícias do brasil batista

“O coração alegre é bom remédio, mas o espírito aba-tido faz secar os ossos” (Pv 17.22).

Que alegria é po-der saber que o nosso Deus está conosco sempre,

em todos os momentos da nossa vida e estará por toda a eternidade. Ele é a nossa alegria!

Queremos agradecer de todo o nosso coração a to-dos os nossos artistas, que

em tempo e fora de tempo, vem alegrando o nosso povo brasileiro, e fazem de tudo e mais um pouco para que todos possam ter momentos de muita alegria. Em espe-cial quero agradecer a todos os líderes de departamento infantil, por servir milhares de crianças pelo nosso Brasil afora.

Sempre que ministro em congressos para crianças fico admirado logo na che-gada com a produção que todos colocam para garantir

um ambiente alegre e des-contraído para elas. Que Deus os abençoe grande-mente. Sabemos que mes-mo que muitos não recebam os “parabéns” merecidos, nos conforta saber que não é isso que vai nos fazer pa-rar, pois sabemos que o que fazemos é para o Senhor, e Ele tudo vê e a todos re-compensa segundo às suas obras.

Com alegria vivamos to-dos os dias comprometidos em servir ao nosso próxi-

mo, chorando com os que choram e se alegrando com os que se alegram. E um motivo de alegria para nós é saber que o artista, educa-dor infantil e muitos outros promotores da alegria não produzem atividades para promover o puro entreteni-mento, mas fazem bom uso dele para ganhar muitos para Jesus.

Depois de promover Jesus - a alegria que salva -, mais de 25 pessoas, entre crianças e adultos aceitaram a Jesus em

Rechim - RS. Em um estado onde milhares de pessoas cometem suicídio todos os anos, Jesus se manifesta na alegria e a todos trouxe sal-vação.

Para compartilhar as ale-grias que você tem vivido através do ministério artísti-co, favor enviar a sua matéria para [email protected].

Roberto Maranhao,Arte e Cultura - CBB

Sorria, Jesus te ama!

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11o jornal batista – domingo, 18/10/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Foi há pouco mais de 25 anos que o casal Elbio e Adilene Már-quez seguiu para o

campo. Os missionários, que inicialmente se apre-sentaram como candidatos a ir para a Espanha, foram no dia 20 de setembro de 1990 para a Argentina, e desde então têm levado es-perança à América Latina.

Até hoje, o casal nunca foi à Espanha, para onde seguiria, mas o preparo, inclusive com o aprimora-mento do idioma espanhol, foi essencial para a atuação em campos como Pana-má, Venezuela e Paraguai. Essas nações foram palco do agir de Deus através das vidas e ministérios de Elbio e Adilene, que desde março estão à frente de um novo desafio, o Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança – PARE.

Chamado

Missões sempre esteve presente na vida de Elbio e Adilene. Ela participava desde os nove anos de ida-de das Mensageiras do Rei na Primeira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Anos depois, en-trou no antigo Instituto Ba-tista de Educação Religiosa (IBER, atual Centro Integra-do de Educação e Missões, o CIEM) e participou de mutirões missionários.

Elbio nasceu no Uruguai e é naturalizado brasileiro. Foi criado no Amazonas, onde cresceu na Primeira Igreja Batista de Manaus, que sempre enfat izou a importância de missões. Em 1983, quando estava no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, participou de uma viagem organizada pela JMM ao Paraguai. Na mesma época esteve no Uruguai por algum tempo

e pôde apoiar brevemente o casal Geraldo e Elvira Rangel, que atuou no país vizinho de 1975 a 2004.

Com o tempo, Deus ia confirmando em seu co-ração o chamado missio-nário. Elbio e Adilene se casaram, e o chamado dos dois se uniu. Elbio pasto-reou a Igreja Batista do Cas-telinho, em Volta Redonda - RJ, e quando Adilene se formou no IBER, o casal se apresentou à JMM.

Quando tudo indicava que eles seguiriam para a Espanha, o que seria o primeiro campo do casal, foram enviados para a Ar-gentina. Ali, a missão era estruturar uma Igreja e pas-sá-la para a liderança de um obreiro local.

“Já exist ia um templo, e nós ficamos ali por cin-co anos”, conta Adilene. “Foi um trabalho muito bom com os jovens, o que sempre foi o nosso forte”, ressalta.

Panamá, pioneirismo da JMM

O campo do Panamá re-cebeu pela primeira vez um casal missionário brasileiro em 1995. Elbio e Adile-ne formavam esse casal, pioneiro da JMM no país

centro-americano. O pastor Elbio conta que a atuação nesse campo foi através da abertura de portas por Deus, pois pouco antes da ida para o Panamá, o presidente da Convenção Batista daquele país esta-va no Brasil e tinha visto como os brasileiros eram apaixonados pela obra e falado que era necessário levar missionários daqui para ajudar os crentes pa-namenhos a também amar missões.

“Tivemos experiências muito bacanas no Panamá, principalmente por causa da possibilidade de mo-bilizar Igrejas para apoiar pequenas obras. Foi organi-zado um trabalho chamado ‘Um povoado para Cristo’, no qual as Igrejas do país se mobilizavam anualmen-te para ir a uma cidade e evangelizar durante todo o dia”, conta o pastor Elbio.

Depois do Panamá, Elbio e Adilene foram para a Ve-nezuela em 2000. Atuaram em Machiques, próximo à fronteira com a Colômbia. Ali foi erguido um templo para 150 pessoas, porém, a instabilidade política na Venezuela impediu a per-manência dos missionários.

“E em Machiques atua-mos diretamente em seis

indígenas. Foi uma expe-riência muito gratificante. Em um ano, tivemos a ale-gria de batizar 48 pessoas”, lembra o pastor Elbio.

Na sede da JMM

Com o retorno anteci-pado para o Brasil, Elbio atuou na sede da JMM, no Rio de Janeiro, onde apoiou a comunicação institucio-nal com o acompanhamen-to e dinamização do site da agência missionária, e tam-bém por um tempo à frente do Setor de Voluntários.

Em 2005, o casal foi en-viado para o Paraguai, de onde esteve à f rente da versão latino-americana do Programa Radical, que na época só tinha a África como campo missionário.

“Ali pudemos coordenar e desafiar os jovens de ou-tros países da América La-tina a se somar aos brasilei-ros para motivar outros que sentissem na sua realidade o chamado missionário”, conta Elbio.

Colômbia é o mais novo desafio

Desde março de 2015 vivendo na cidade colom-biana de Medellín, o ca-sal Elbio e Adilene está à frente do PARE. Na coor-denação deste Projeto de Missões Mundiais, nossos missionários têm contri-buído para a recuperação de dependentes químicos, moradores de rua e a té travestis, que desejam se dedicar a Cristo.

Formada em Psicologia, Adilene destaca viver um novo desafio no PARE, mas que o Senhor tem se man-tido fiel e a ajudado a de-senvolver seu ministério de ajuda ao próximo.

“Tenho trabalhado bas-tante nessa área, ajudando os internos a se superarem, a se amarem, a aumentarem sua autoestima. Queremos mostrar que eles têm valor.

A única coisa que peço a Deus é que me dê sabedo-ria em cada entrevista para poder realmente ser usada por Ele nesse momento”, diz a missionária.

No PARE, todas as noites cerca de 60 pessoas vão até a sede do Projeto, ins-talada propositalmente em um local conhecido como “Rua do Pecado”, e alguns chegam alcoolizados, sob efeito de drogas, mas se sentam e ouvem a Palavra de Deus.

“Vemos que Deus tem realmente operado, e Igre-jas têm se movido para nos apoiar, dando sua colabo-ração”, diz o pastor Elbio.

Mensagem

“Se formos olhar, 25 anos é uma vida. Podemos dizer que tivemos momentos tris-tes, de alegria, de ver vidas serem transformadas e eu digo que é uma obediência a Deus”, afirma Adilene.

“Olhar aquilo que Deus tem nos permitido viver durante 25 anos nos faz pensar que gostaríamos de ter feito mais, de ter ajuda-do mais pessoas”, ressalta Elbio.

“Como Jesus disse: ‘Os campos estão brancos, mas os obreiros são poucos’. Se queremos fazer a diferença, teremos que trabalhar para consolidar os resultados com alguns para que esses também possam se multi-plicar. Esse tem sido o nos-so pensamento”, conclui.

Os resultados alcança-dos pela dedicação des-ses missionários só foram possíveis porque pessoas comprometidas em servir a Cristo os sustentaram com suas ofertas e orações. Outros missionários preci-sam seguir e/ou continuar no campo, segundo a von-tade de Deus. Viabilize este chamado. Participe do Programa de Adoção Missionária – PAM.

Missionários completam 25 anos no campo latino-americano

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12 o jornal batista – domingo, 18/10/15 notícias do brasil batista

Doriscélio de Souza Pinheiro, pastor, relator; Manoel Neves da Silva e Antônio Gregório de Souza, diáconos, vogais

Tudo começou por vol-ta de outubro de 1923 quando foi criada a As-sociação Batista Parai-

bana, a mais antiga do Campo Fluminense. Antes de existir a Convenção Batista Fluminense existia a Associação das Igrejas Batistas do estado do Rio de Janeiro. Em 1907, surgiu a Convenção Batista Fluminen-se. Em 1945 ainda éramos uma região a ser desbravada, no que concerne a Obra Ba-tista. Existiam poucas Igrejas e, geralmente, de um número pequeno de membros. A área territorial era imensa. Assim, surgiu a ideia de ser organiza-da mais uma Associação, des-membrada da Paraibana. Esta Associação foi organizada, oficialmente, nos dias 02, 03 e 04 de agosto de 1946, no tem-plo da Igreja Batista de Barra do Piraí, no pastorado de Os-valdo Ronnis, com a presença de oito Igrejas que a fundaram, e que pela ordem cronológica de suas organizações foram as seguintes: Valença (1908); Barra do Piraí (1917); Mendes (1935); Resende (1941); PIB Volta Redonda (1942); Piraí (1944); Barra Mansa (1945) e SIB Volta Redonda, Atual Central (1946). O orador ofi-cial foi o missionário Walter B. McNelly.

Naquela década o trabalho pioneiro do pastor Elias Portes Filho era um grande destaque: homem de Deus que usava os mais primitivos e cansativos meios de transporte para al-cançar as Igrejas que ia orga-nizando. Era ainda um período de pioneirismo. Para Barra do Piraí estava chegando um jovem pastor de origem leta, casado com uma descendente do famoso historiador Rocha Pombo: Osvaldo Ronis e Evan-gelina. Este jovem tornou-se o primeiro presidente da novel

Associação, que se organizou no Templo Antigo de Paulo de Frontin em Barra do Piraí.

Neste nosso histórico que-remos destacar alguns dados estatísticos e eventos que mar-caram a nossa Associação: • O primeiro presidente

dirigiu as Assembleias e reu-niões de nossa Associação por três vezes: depois veio a administração do pastor Be-nedito Peçanha, que na época pastoreava a Primeira Igreja Batista em Resende.• De todos os presidentes

o que mais tempo dirigiu a nossa Associação foi o irmão Ageu Celestino, o mesmo que fundou a Juventude Batista Sul--Fluminense. Ageu presidiu a, hoje chamada JUBASULF, por quatro anos em duas ocasiões distintas, totalizando oito anos de presidência. Ele presidiu a JUBASULF, Associação e União de Homens Batistas do Sul Fluminense. Posterior-mente, o filho do irmão Ageu, o jovem Ageu Marcos Vieira Celestino, veio também a pre-sidir a JUBASULF.• Destaca-se também a

vida do pastor Nilson Dimár-zio, que durante muitos anos foi o redator de “O Jornal Ba-tista”.• Dos oradores que nos

trouxeram inspiração em As-sembleias Associacionais dois foram oradores oficiais em mais de uma ocasião: pastor Israel José Pinheiro, que foi presidente por duas vezes, foi orador em três ocasiões diferentes e pastor Paulino Ferreira Campos, que presidiu uma Assembleia e foi orador oficial em quatro Assembleias diferentes.• Diante dos desafios cres-

centes de abrir novas frentes de trabalho e dar ajuda a Igre-jas e Congregações em oca-siões de dificuldade, surgiu a figura do secretário-executivo.• O primeiro deles foi o

eficiente, lutador, denoda-do irmão José Lemos de Al-buquerque, o único “leigo”

a exercer a função nos seus primórdios. Depois vieram os pastores: Malvino Corrêa; pastor Doriscélio de Souza Pinheiro; pastor Nelmo de Souza Batista; pastor Geraldo Teixeira da Silva Filho; pastor Fernando Evangelista dos An-jos; irmão Daltro de La Puente Machado; pastor André Silva Rosa e pastor Fabrício Escano.• É destaque ainda o úni-

co missionário Norte-Ame-ricano que residiu em nossa região por um longo período de tempo, pastor Walter B. Mcneally, que com uma enor-me visão estratégica, comprou diversas propriedades, hoje importantes áreas usadas por Igrejas nascidas daquela visão do Missionário. Dele também foi a ideia de organizar um Colégio Batista na importante cidade de Volta Redonda, onde surgia altaneira a primei-ra indústria pesada de todo o Brasil: a CSN.• Destacamos entre os ór-

gãos cooperantes, o trabalho, o empenho, a dedicação e o envolvimento da União Fe-minina Missionária Batista Sul Fluminense, que tem sido um verdadeiro celeiro de lideran-ça sob a submissão e direção do Senhor da Ceara. Dentre as várias líderes, destacamos: Noemia Machado; Nair de Araújo Portes; Dorcas Souza Pinheiro; Marlene Baltazar da Nóbrega Gomes; Ângela Ma-ria da Conceição Reis; Zenilda da Silva Pinto; Gersonita Me-neses da Silva; Maria da Silva Santos; Leopoldina Rosa da Silva; Orly de Souza Oliveira; Cenira Maria Gomes Bezerra; Marilda Kaizer Soares Romero e Enilda de Souza.• Os Homens Batistas,

em 24 de agosto de 1968 se organizaram como órgão co-operante. O primeiro presi-dente foi o irmão Laudelino Lucas da Silva. Seguiram-se diversos irmãos como líderes presidentes dos quais pode-mos destacar o irmão José Lemos de Albuquerque, que

presidiu 9 dos 28 Congressos da União de Homens Batis-tas Sul-Fluminenses; Manoel Neves da Silva, que também presidiu nove Congressos e outros irmãos denodados que se esforçaram por manter viva a chama do trabalho dos ho-mens, tão difícil de ser execu-tado. O primeiro Congresso da UMMBSF foi realizado em 1974 e foi presidido pelo irmão Wilson Cordeiro de Andrade. Seis irmãos ainda se destacaram como Executivos: Joaquim Gonçalves Fontes; Paulo Pinheiro; Wilson Rosa Cordeiro; José Lemos de Albu-querque; Daltro de La Puente Machado e Mardocheu Lopes de Sousa.

Em 1975, Surge nova divi-são, foi criada a Associação Batista Costa Verde. Saindo neste caso, Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba, Fican-do 16 Igrejas, chegando a 56 em 2001. Em 2001, na 56ª Assembléia da Associação Batista Sul Fluminense, reali-zada em Valença, houve uma nova divisão, sendo criadas a Associação das Igrejas Batistas da Região das Agulhas Negras (AIBRAN) e a Associação Ba-tista Centro Sul Fluminense (ABCSF). Em 2005, no ano de jubileu de diamantes, a Asso-ciação Batista Sul Fluminense era constituída de 35 Igrejas entre Barra Mansa, Rio Claro, Volta Redonda, Piraí, Pinheiral e Barra do Piraí.

Nos últimos 10 anos, pode-mos destacar os seguintes fatos importantes:• A luta que tivemos para

acertar as contas da Associa-ção junto à União;• O crescimento e de-

senvolvimento do Seminário Batista Sul Fluminense, que alcançou a marca de 120 alu-nos formados em Teologia, além dos cursos de música e liderança. E hoje em nossa Associação 1/3 das Igrejas têm como pastor titular ex-alunos de nosso Seminário, sem con-tar os ministros auxiliares;

• Realizamos Congressos relevantes, como o de “Avi-vamento” com doutor Russel Shedd, “Pequenos Grupos” com o pastor Ricardo Aurino e “Celebrando a Recuperação” com a doutora Janaína Eller;• Tivemos o prazer e pri-

vilégio de receber na cidade de Volta Redonda em 2008 a 100ª Assembleia da Conven-ção Batista Fluminense;• Recebemos também a

Festa da Primavera realizada pela Juberj em Volta Redonda no ano de 2012, com todo o trabalho de apoio e realização da JUBASULF;• Vendemos o apartamen-

to que foi adquirido há anos na liderança dos pastores Malvino e Edson Péterle, e em conse-quência a busca incessante por uma sede própria que foi adquirida em 2013 sob a lide-rança dos pastores Davidson E. Breves da Silva, Robson Carlos Francisco e Gerson januário, que, finalmente, foi quitada em agosto de 2015, e então oficialmente podemos dizer: “Temos uma sede própria”.

Escrever atas, coletar dados, preocupar-se com a história e a informação são características de alguns abnegados que pos-suem esta visão histórica. Neste item queremos destacar o irmão Othon Ávila do Amaral, natural de Valença, que escreveu um histórico de nossa região no que se refere a Obra Batista, e o irmão Manoel Neves da Silva, que possui um arquivo histórico de muitas atividades, congressos e eventos de nossa Associação.

Parabéns a você que faz parte da nossa Associação, hoje composta, oficialmente, por 39 Igrejas entre Volta Re-donda, Barra Mansa, Barra do Piraí, Piraí, Pinheiral, Vargem Alegre e Rio Claro. Você faz parte desta história. Come-moramos a 70ª Assembleia, e junto dela a compra e quitação da nossa sede própria. Que Deus nos abençoe e que a cada geração cresçamos mais para a Glória de Deus.

Histórico da Associação Batista Sul-Fluminense

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 18/10/15notícias do brasil batista

Homenagem da família

Intimados a se despedirem, agradecerem e celebrarem a vida nesta hora de morte física e terrena, Erodias An-

gela de Oliveira de Souza, da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, e Eraldo Ângelo de Oliveira, da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF, irmãos do pastor Eliequim Ângelo de Oliveira, falecido em 28 de novembro de 2003 (publicado nos Jornais: “O Jornal Batis-ta” de 14/12/03 e “O Jornal Batista Carioca”, de Novem-bro/Dezembro de 2003) e da professora e servidora federal Edná Ângela de Oliveira Go-mes, falecida em 30 de agosto de 2015, sentindo ainda a dor da separação física, mas con-victos e certos de que Deus é Senhor de todas as coisas e que, portanto, tem o direito de criação e de redenção, O lou-vamos aceitando resignados Seus desígnios.

Edná Ângela de Oliveira Gomes, filha de Argentina Simplício de Oliveira e Eucli-des Ângelo de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, em 02 de maio de 1947, foi batizada na Igreja Batista Betel Mirim, hoje, Primeira Igreja Batis-ta de Piabetá - RJ, em 1957, pelo pastor Zózimo Durval.

Foi membro da Igreja Batista da Penha, sendo transferida em 28 de outubro de 1973 para Primeira igreja Batista do Rio de janeiro e, finalmente, transferiu-se para Primeira Igre-ja Batista do Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, sendo mem-bro fundadora e diaconisa. Casada em de abril de 1979 com Jarbas Gonçalves Gomes, membro fundador da PIB do Alto da Boa vista - RJ, onde exerce o cargo acumulado de presidente da Sociedade Mas-culina Missionária de Homens Batistas - Soma Centro e de

presidente do corpo diaconal. Edná não deixou filhos. Seus

sobrinhos: Júlio Francisco de Souza Neto e Luter Ângelo de Oliveira, Lethycia Mara llde-fonso de Oliveira e Keylia Lima de Oliveira nutriam por ela profundo respeito, admiração, exata noção de limite e referên-cia moral e cristã. Seus primos, pastor Josias Pereira da Silva e pastor Paulo Célio de Oliveira, da Primeira Igreja Batista Nova Cidade, em Campo Grande - RJ, díáconos Joabio Pereira da Silva e Jairo Pereira da Silva, Lígia de Magalhães Pereira,

Janete da Silva, Janecy da Silva, Eunice Gonçalves de Souza, Roberta Gonçalves de Souza, Edem Simplício e Marcos Au-rélio de Oliveira, presentes no culto de despedida, sentem ainda a dor da separação mo-mentânea e rendem a Deus um preito de gratidão por sua existência física entre nós.

Na PIB do Alto da Boa Vista, onde congregou até sua parti-da para a glória, eia participava regularmente dos cultos da Igreja fazendo solos, cantando no coral, atuando na lideran-ça do MCA - Ministério de Mulheres Cristã em Ação - e de outras atividades. Com sua vida pautada na Palavra de Deus e nos ensinos do Salmo 16-8-9-11 e Hebreus 2-13, no lar e fora dele, certamente aquele drama da enfermidade física, que se estendeu por meses e provavelmente, por um ano foi amenizado. Mes-mo sofrendo as dores trazidas pela enfermidade e as conse-quentes limitações no direito de locomoção nossa querida e saudosa irmã Edná não deixou de buscar ao Senhor. Quando já não havia mais resistências física, orava diariamente e ou-via pelo rádio colocado junto à sua cama as programações das Igrejas evangélicas fazendo do Senhor a sua companhia cons-

tante. Essa sua confiança ina-balável em Deus ajudou-lhe atravessar o vaie da sombra da morte - de acordo com Salmo 23 -, de forma bem serena.

No culto de sua despedi-da e gratidão a Deus por sua existência entre nós, o pastor Romano R. Borghi, da PIB do Alto da Boa Vista, fundamen-tou sua reflexão em II Coríntios 4.16-18 trazendo conforto aos presentes, no evento. Agora, resta dizer aos irmãos, vizi-nhos e amigos não nominados aqui e que conosco viven-ciaram o drama da enfermi-dade de nossa saudosa irmã, muito obrigado. Tudo está de acordo com as Palavras do Senhor e do hino escrito por Walt Harrah, que assim diz no estribilho: “Não mais dor, só o bem, só a paz, não mais noites também, louvo a Deus por seu amor, viveremos na luz de Jesus Senhor”. Sempre firmes no Senhor. Com eternas saudades de quem está com Deus. Até nos encontrarmos outra vez - “Juntos na glória”.

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do Tempo presente não são para comparar com a glória por Vir a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação Dos filhos de Deus” (Rm 8.18-19).

Juntos na glória

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14 o jornal batista – domingo, 18/10/15 notícias do brasil batista

Elias Gomes de Oliveira – pastor, Caroline Rocha de Oliveira

A PIB Missões, como é conhecida, teve a oportunidade de comemorar mais

um ano de existência, na comunidade carente do bair-ro Trevo das Missões, em Duque de Caxias -RJ.

O culto de gratidão a Deus deu-se nos finais de semana dos dias 12 e 13 de setem-bro onde foram convidados várias Igrejas locais e minis-térios longínquos como o Ministério Eterna Adoração, de São Paulo.

Percebemos muitas evidên-cias de como Deus tem dire-cionado Sua Igreja nestes lon-gos 16 anos. O local possui suas peculiaridades, muitas necessidades humanas e falta de recursos visíveis. Logo, ser luz em um lugar despre-zado pela maior parcela das

José Carlos, missionário mobilizador, voluntário da JMN

A Igreja Batista Me-morial de Macaé - RJ, que tem como pastor presidente

o doutor Aunir Pereira Car-neiro, voluntariou no dia 26 de setembro de 2015 alguns irmãos para aplicar o amor de Cristo através da compai-xão e graça na Cristolândia Central do Brasil - RJ. O

pessoas devido à sua preca-riedade social e intelectual é um grande desafio.

Testemunho que não foi fácil e não tem sido nada fácil pregar o Evangelho no foco onde o diabo trabalha com afinco para poder apri-sionar pessoas para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho.

Mas estamos felizes por que sabemos que Ele têm cuidado de sua noiva es-piritual. Ficamos surpresos e alegres pela providência e recursos que Deus nos enviou.

tema da Campanha de Mis-sões Nacionais deste ano, “Eu amo o Brasil e quero ser bênção para Minha Nação”, nos dá uma noção básica de como demostrar o amor à nossa Nação.

Devido ao tema, a Igre-ja pode abençoar pessoas através do amor de Cristo, como por exemplo, depen-dentes químicos e pessoas em situação de rua, onde foram realizados trabalhos sociais como: corte de ca-

Como Deus tem abenço-ado nossa Igreja e tem nos ajudado de uma forma inex-plicável! Ele têm abençoado os irmãos e familiares de maneira especial. Tem dado crescimento ao seu corpo devido à fidelidade dos ir-mãos. Acredito a cada dia naquela Palavra que Jesus ensinou, em que as portas do inferno não prevalece-rão contra a Igreja de Jesus Cristo.

Conseguimos melhorar um pouco a parte estrutural da Igreja e adquirir alguns projetos que tem motivados

belo, banhos e distribuição de alimentos. A novida-de quando foi aplicada a Palavra de Deus, um jo-vem fazia sinais de libras para deficientes auditivos. Na ação houve quebran-tamento de coração, e al-mas foram convertidas ao Senhor Jesus. Segue a lista dos voluntários: Fernando dos Santos Xavier (IBNH), Gabriella Luparele do Mon-te, Gábrio Pinheiro Magno (PIBMACABU), Jean Muniz

todos a continuarem a fazer a vontade de Deus.

Parabéns para a família Missões por ser uma Igreja

Melo (IBNH), José Carlos da Silva Freitas, José Carlos Ferreira (PIBMACABU), Lí-via Maria Corrêa Labre, Lu-cas Ferreira Ramos (IBNH), Marcelo Alves Rodrigues,

segundo o coração de Deus. Nosso desejo é que todos honrem a Deus pelas mara-vilhas que tem feito.

Patrícia Fernandes Moura e pastor João Marcos de Oli-veira Correa. Agradecemos a todos voluntários pelo carinho e amor pelas almas perdidas.

PIB Missionária em Parque das Missões, em Caxias – RJ, comemora

16 anos de existência

“Amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação”

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15o jornal batista – domingo, 18/10/15notícias do brasil batista

Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

Uma história mara-vilhosa, com um final feliz, apesar dos estragos feitos

por vários anos sob o poder das drogas. Tiago Canaes é de família Batista, membro da Igreja Batista Nova Jerusalém, em Santos - SP. Foi morador de rua e consumiu drogas por nove anos. Internou-se na Cristolândia, entidade manti-da pela Junta de Missões, na cracolândia, e passou pelos vários estágios, chegando agora ao estágio que é o alvo maior da JMN: vida indepen-dente, trocando para a depen-dência de Cristo.

O irmão Josias, membro da Igreja Batista Nações Unidas, cujo pastor é Luiz Sayão, ins-talou aparelhos modernos em todas as entidades da JMN, e preparou o irmão Tiago para trabalhar na cozinha. Tiago demonstrou tanta vo-cação como cozinheiro, que irmão Josias o matriculou no SENAC de Campos de Jor-dão - SP. Tiago foi o melhor aluno, e conquistou emprego como cozinheiro no Hotel da Colônia de Férias do BB em Campos de Jordão.

A Igreja Batista de Cam-pos do Jordão, pastoreada pelo pastor Dário de Olivei-

Silas Ramos, pastor da Igreja Batista em Mangabeira - Casa Amarela - Recife - PE

“À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9).

Todos nós conhece-mos não só essa pas-sagem, como o seu contexto. Todavia,

eu gostaria de usar o referi-do texto, tirando-o do seu contexto e levando-o para outro, convidando-o também a fazer o mesmo.

No texto bíblico, em so-nho, o apóstolo Paulo teve uma visão na qual um varão macedônio clamava por aju-da, e ao ouvir o seu clamor, o apóstolo passou à Macedônia e não mediu esforços para ajudar aquele povo.

Quando lhe convido a ti-rar o texto do seu contexto e aplicá-lo em outro, faço-o convidando-o a pensar comi-go nas seguintes perguntas: “Qual a Macedônia que você e eu precisamos atravessar?”. E “Que ajuda podemos levar?

No ano de 2014 lancei

ra Matos, deu pleno apoio ao irmão Tiago Canaes. No dia 29 de outubro o pastor Wilson Roberto Ávilla, da IB Nova Jerusalém, e o pastor Dário, da Igreja local, e o au-tor destas linhas, presidiram a celebração das núpcias do ir-mão Tiago com a irmã Silene, sua conhecida de infância, que residia em Recife, es-

um desafio à Igreja da qual sou pastor de realizarmos uma viagem missionária. O desafio foi aceito, e escolhe-mos uma cidade do interior. Estabelecemos contato com o pastor da Segunda Igreja Ba-tista Centenário Tamanduá, no município de Passira, no Agreste de Pernambuco.

No dia 17 de maio de 2014 lá estávamos nós. Ao chegar-mos, logo nos dividimos em três equipes. A maior delas saiu para fazer evangelismo porta a porta, e convidar os moradores para o culto noturno. As outras duas, uma se dedicou a cuidar da beleza das mulheres da lo-calidade, e a outra em trabalhar com as crianças.

pecializada em panificação, membro da Igreja Batista de Imirim, em Pernambuco.

O mais incrível é que rece-bemos pleno apoio do Con-vento de Freiras, próximo ao templo da IB de Campos do Jordão, hospedando os irmãos vindos de várias Igrejas, pois a irmã Ariete Antunes, irmã do pastor Arídio Barreto, aluga

Quando a noite chegou, muitas pessoas foram cele-brar o culto a Deus conosco, e logo a casa ficou cheia. Daí percebemos dois grandes problemas: a Igreja não pos-suía bancos suficientes para acomodar todos os convida-dos, e os poucos bancos que tinha não ofereciam conforto, nem segurança, pois na hora que as pessoas tinham que ficar em pé, todas precisavam fazê-lo ao mesmo tempo, e o mesmo procedimento na hora de tomarem seus assen-tos, caso contrário, os bancos tombariam para a direita ou para a esquerda.

Foi nesse momento, que assentado à plataforma com

um dos chalés do Convento. Foi uma celebração onde o preconceito esteve totalmen-te ausente, pois as freiras do Convento também compare-ceram na Celebração, e fize-ram comentários elogiosos a respeito da mensagem e de tudo que presenciaram. Pas-tor Humberto e irmã Soraia, líderes da Cristolândia, tive-

o pastor Wanderley, pastor daquela Igreja, que o Espírito de Deus incomodou meu coração a fazer alguma coisa. Já havíamos atravessado a Macedônia, todavia, precisá-vamos ajudá-los, foi quando em um ato de fé, quando me foi dada a oportunidade de dirigir a palavra à Igreja, falei do que Deus nos havia tocado ao coração. Disse aos irmãos que estava angustiado com o que havia visto naque-la noite, e que iríamos traba-lhar para trocarmos aqueles bancos. Naquele momento lançamos a campanha com os 17 irmãos da Igreja que estavam comigo, e ao vol-tarmos para o nosso templo

ram compromissos que lhes impediram de estar presentes.

Sem dúvida alguma vive-mos novos dias na religio-sidade brasileira, e foi com muita emoção que viven-ciamos essa abençoada ex-periência. Que nossa JMN continue a ser abençoada em sua nobilíssima missão no Reino de Deus.

lançamos oficialmente a cam-panha.

Contamos com a valiosa ajuda de um membro da nos-sa Igreja que trabalha na área de comunicação, e o mesmo desenvolveu toda a logística da campanha.

Pela graça de Deus outras Igrejas também abraçaram o desafio, e no dia 09 de maio de 2015 fizemos nossa segun-da viagem missionária para aquela mesma Igreja, desta vez, para celebrarmos com aqueles irmãos um culto de gratidão a Deus pela linda e confortável bancada que aque-la amada Igreja pôde adquirir. Que Macedônia você atraves-sará, e que ajuda você levará?

Casamento na Cristolândia SP

“Passa a Macedônia e ajuda-nos”

Antiga bancada Nova bancada

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