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Joana Lima em entrevista PUB 11 de julho de 2013 N.º 431 ano 11 | 0,60 euros | Semanário Diretor Hermano Martins Atualidade pÆgs. 12 e 13 AutÆrquicas pÆg. 4 AutÆrquicas pÆg. 5 Unidos pela Trofa apresentou candidatos Cmara Bloco apresenta candidata a Alvarelhos e Guidıes JosØ SÆ faz balano de mandato Entrevista pÆg. 11 Enchente na ExpoTrofa Joana Lima em entrevista Atualidade pÆgs. 6 e 7

Edicao 431

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Edição de 11 de julho de 2013

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Page 1: Edicao 431

Joana Limaementrevista

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11 de julho de 2013N.º 431 ano 11 | 0,60 euros | Semanário

DiretorHermano Martins

Atualidade págs. 12 e 13

Autárquicas pág. 4

Autárquicas pág. 5

UnidospelaTrofaapresentoucandidatosàCâmara

Bloco apresenta candidataa Alvarelhos e Guidões

José Sá fazbalanço de mandato

Entrevista pág. 11

EnchentenaExpoTrofa

Joana Limaementrevista

Atualidade págs. 6 e 7

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 20132Atualidade

Fundadora: Magda AraújoDiretor:Hermano Martins (T.E.774)Sub-diretora: Cátia Veloso (9699)Editor:O Notícias da Trofa Publicações PeriódicasLda.Publicidade: Maria dos Anjos AzevedoRedação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699)Setor desportivo: Diana Azevedo, Marco Monteiro(C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741)Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga,José Moreira da Silva (C.O. 864), Tiago

Vasconcelos, Valdemar Silva, Gualter CostaFotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira (C.O.865)Composição: Magda Araújo, Cátia VelosoImpressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda,Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extraeuropa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros;Assinatura em formato digital PDF: 15 eurosNIB: 0007 0605 0039952000684Avulso: 0,60 EurosE-mail: [email protected]

Os artigos publicados nesta edição do jornal“O Notícias da Trofa” são da inteira responsabilidadedos seus subscritores e não veiculam obrigatoria-mente a opinião da direção. O Notícias da Trofa res-peita a opinião dos seus leitores e não pretende demodo algum ferir suscetibilidades.

Todos os textos e anúncios publicados nestejornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Orto-gráfico. É totalmente proibida a cópia e reproduçãode fotografias, textos e demais conteúdos, sem au-torização escrita.

Nota de redaçãoFicha TécnicaSede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c -4785 - 699 TrofaTelf. e Fax: 252 414 714Propriedade: O Notícias da Trofa - PublicaçõesPeriódicas, Lda.NIF.: 506 529 002Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000Depósito legal: 324719/11Detentores de 50 % do capital ou mais: MagdaAraújo

Telefones úteisBombeiros Voluntários

da Trofa 252 400 700GNR da Trofa252 499 180

Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10

Jornal O Notícias da Trofa252 414 714

Agenda

Farmácias de Serviço

Dia 11ExpoTrofa: dia dedicado à fregue-sia de Guidões

Dia 12ExpoTrofa: dia dedicado à fregue-sia de S. Mamede do Coronado21.30 horas: Apresentação docandidato à União de Freguesi-as do Coronado pelo Bloco deEsquerda, no Largo da Estaçãode S. Romão do Coronado- Apresentação do candidato àUnião de Freguesias de Bouga-do pelo CDU, na Casa da Cultu-ra da Trofa

Dia 13ExpoTrofa: dia dedicado à fregue-sia do Muro11 horas: Início das 24 horas deSlotcar, no salão polivalente dosBombeiros Voluntários da Trofa16 horas: Início da visita deCatarina Martins, coordenadoraNacional do BE, pela estação doMuro, Parques Nossa Senhoradas Dores e Dr. Lima Carneiro eExpoTrofa

Dia 14ExpoTrofa: dia dedicado ao Mu-nicípio da Trofa

Dia 1521.30 horas: Eliminatória do con-curso Fado Amador, no Bar daComissão de Festas de NossaSenhora das Dores, na antigaEstação da CP

Dia 1721.30 horas: Eliminatória do con-curso Fado Amador, no Bar daComissão de Festas de NossaSenhora das Dores, na antigaEstação da CP

Dia 11Farmácia Moreira Padrão

Dia 12Farmácia de Ribeirão

Dia 13Farmácia Trofense

Dia 14Farmácia Barreto

Dia 15Farmácia Nova

Dia 16Farmácia Moreira Padrão

Dia 17Farmácia de Ribeirão

Dia 18Farmácia Trofense

“A Palavra de Deus é a Ver-dade”. Este é o tema de maisum Congresso de Distrito dasTestemunhas de Jeová que, esteano, realiza-se entre os dias 12e 14 de julho, no PavilhãoMultiusos de Guimarães.

Na sexta-feira, as Testemu-nhas de Jeová contam com umaassistência a “rondar as quatro

Dezanove de julho é a datalimite para as inscrições para oPasseio Anual Sénior que, esteano, se realiza no dia 7 de se-tembro. Amarante foi o destinoescolhido pela Câmara Munici-pal da Trofa para mais uma edi-ção deste tradicional passeio,que conta com um “programacom muita animação, música edivertimento para todos”, sendo“muitas e variadas” as atividadespensadas para os seniores, paraque todos possam usufruir des-ta iniciativa da melhor forma. Umavisita pela cidade e um piqueni-que também marcam este dia.

A Junta de Freguesia de S.Mamede do Coronado está a pre-parar mais um passeio anual deseniores, que, este ano, temcomo destino Santiago deCompostela, Espanha.

Na viagem, marcada para odia 9 de agosto, a concentraçãoserá pelas 8 horas nos lugaresde Casal, Mendões, Vila e FeiraNova, de onde as camionetaspartem. A chegada a S. Mamede

Congresso de Distritodas Testemunhasde Jeová

mil pessoas” e no domingo as“seis mil”.

Para saber mais informaçõesdo congresso, que tem entradalivre, bem como saber datas elocais de outros congressosdeve consultar o sítio http://www.jw.org/pt/, que está dispo-nível em “cerca de 500 idiomas”.

P.P.

Abertas inscriçõespara passeio anualdos seniores da Trofa

Quem estiver interessado emparticipar, deve fazer a inscriçãoaté 19 de julho, na Junta de Fre-guesia da área de residência ouno Centro Comunitário Municipalda Trofa, na Divisão de AçãoSocial e Saúde, no Centro Co-mercial da Vinha, Rua Conde S.Bento.

No ato da inscrição deve fa-zer-se acompanhar da fotocópiado bilhete de identidade ou car-tão de cidadão e fotocópia docartão de eleitor. O transporteserá gratuito e assegurado pelaCâmara Municipal da Trofa.

P.P.

Mamedenses compasseio a Santiagode Compostela

do Coronado está prevista paraas 20.30 horas.

O passeio está aberto a “pes-soas recenseadas e residentesem S. Mamede do Coronado ecom mais de 60 anos de idade”.As inscrições decorrem na Jun-ta de Freguesia, entre os dias 8e 19 de julho, onde devem apre-sentar o bilhete de identidade ouo cartão de cidadão.

P.P.

Catedral de Santiago é um dos locais a visitar

DR

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Patrícia PereiraHermano Martins

Um indivíduo tentou assaltar à luzdo dia a Farmácia Barreto, em Santi-ago de Bougado. A presença de ou-tro farmacêutico terá assustado o as-saltante.

A Farmácia Barreto, situada em San-tiago de Bougado, sofreu tentativa de as-salto, na tarde de sábado, 6 de julho.

Eram cerca das 13 horas, quando umhomem, com cerca de 30 anos, entrouna farmácia e, virado de costas para o

Uma colisão rodoviária, que ocorreu nodia 4 de julho na Estrada Nacional 14, naRua das Indústrias, em Santiago deBougado, provocou um ferido ligeiro quefoi transportado para a unidade de VilaNova de Famalicão do Centro HospitalarMédio Ave (CHMA). No local, esteve umaambulância de socorro, com dois elemen-tos, e um veículo para operações especi-ficas, com dois elementos da Equipa deIntervenção Permanente (EIP), para fazera lavagem de pavimento, dos BombeirosVoluntários da Trofa (BVT).

Já na segunda-feira, outra colisão ro-doviária ocorreu na Rua do Horizonte, noMuro. Um ferido grave foi transportado pelaambulância de socorro para a unidade deVila Nova de Famalicão do CHMA. Nolocal estiveram a VMER de Vila Nova de

Tentativa de assaltoà Farmácia Barreto

balcão, aguardava a saída de uma clienteque estava a ser atendida pela funcioná-ria da farmácia. Quando esta saiu, o as-saltante abordou a funcionária e amea-çou-a com uma navalha, que tirou do bol-so, obrigando-a a dar o que tinha de valor.

Perante a ameaça, a mulher ter-se-ávirado para uma zona de serviço e infor-mado outro colega do assalto. Ao aper-ceber-se que esta não estava sozinha, oassaltante colocou-se em fuga apeada,não concretizando o roubo.

A funcionária da farmácia não conse-guiu identificar o homem, que estava deboné e com óculos de sol.

Bombeiros da Trofa acorrerama quatro acidentes e um incêndio

Famalicão e o veículo ligeiro de combatea incêndios (VLCI), com dois bombeirosda EIP, para lavagem do pavimento.

Também na manhã de terça-feira, umacolisão rodoviária ocorreu na Rua AbadeInácio Pimentel, em S. Martinho deBougado. Um ferido ligeiro foi transporta-do para a unidade de Vila Nova deFamalicão do CHMA, por dois bombeirosnuma ambulância de socorro.

Já cerca das 15.20 horas de sábado,6 de julho, foi dado o alerta para um in-cêndio de detritos, que deflagrou o barra-cão de lenha, situada na antiga estaçãoda CP, em S. Martinho de Bougado. Parao local, foi deslocado um veículo urbanode combate a incêndios (VUCI), com seisbombeiros.

P.P.

Na Rua do Horizonte, em S. Romãodo Coronado, os militares da GNR daTrofa notificaram dois indivíduos, por con-duzirem com uma taxa de álcool superiorà permitida por lei. O primeiro caso ocor-reu pelas 18.30 horas do dia 4 de julho,quando intercetou um homem de 37 anos,morador em Covelas, a conduzir um veí-culo de ligeiro, com uma taxa de 1,79 gra-mas de álcool por litro de sangue. O indi-víduo foi notificado para comparecer emTribunal no dia 5 de julho, onde lhe apli-cada como medida de coação o pagamen-to de 770 euros e seis meses de inibiçãode condução. Também pelas 9.30 horasde sábado, um homem de 38 anos, mo-

Detidos por infringiremCódigo da Estrada

rador na Maia, foi intercetado a conduzircom uma taxa de 1.88 gramas de álcoolpor litro de sangue. Notificado para com-parecer em Tribunal na segunda-feira,onde lhe foi aplicada como medida decoação o pagamento 350 euros e trêsmeses de inibição. Já pelas 9.30 horasde terça-feira, um homem de 30 anos con-duzia na Rua Camilo Castelo Branco, emS. Martinho de Bougado, quando foi in-terpelado pela GNR que constatou que ocondutor não tinha habilitação para a con-dução. Notificado para comparecer emTribunal no mesmo dia, onde lhe foi apli-cada como medida de coação o pagamen-to de mil euros. P.P./H.M.

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Cátia VelosoHermano Martins

O combate à pobreza é aprioridade de Sónia Moreira,candidata pelo Bloco de Es-querda à União de Freguesi-as de Alvarelhos e Guidões.

Mesmo contra a reforma ad-ministrativa levada a cabo peloGoverno, o Bloco de Esquerdada Trofa vai apresentar candidatu-ras aos novos órgãos que unirãoS. Martinho e Santiago de Bou-gado, S. Romão e S. Mamededo Coronado e Alvarelhos e Gui-dões. Para a última União de Fre-guesias, o partido escolheu Só-nia Moreira para encabeçar ummanifesto que terá como “base”o “combate à pobreza”.

Na sessão de apresentaçãoda candidatura, que se realizouna noite de sexta-feira, no adroda Igreja de Guidões, a bloquistamostrou-se “totalmente empe-nhada” para que a reforma “nãoseja sentida” pelas populações.No périplo feito pelas duas fre-guesias, Sónia Moreira identifi-cou “inúmeras situações passí-veis de serem melhoradas”, refe-rindo-se a “acessos extrema-mente degradados”, “falta deágua e saneamento nalgumasáreas”, “reduzida oferta de trans-portes públicos”, “quase inexis-tente indústria e comércio resi-

Patrícia [email protected]

Câmara Municipal da Trofaassinou esta terça-feira, dia 9de julho, contratos-programacom coletividades do conce-lho.

Vinte e quatro mil euros é ovalor que a Câmara Municipal daTrofa vai transferir para as coletivi-dades trofenses, que se dedicam“ao fomento e promoção do des-porto e à promoção cultural e re-creativa, especialmente junto dasnovas gerações”.

Nesse sentido, Joana Lima,edil trofense, assinou os contra-tos-programa com o Centro Re-creativo de Bougado (mil euros),

Combate à pobreza sustentacandidatura do Bloco a Alvarelhos e Guidões

dual” e “reduzida oferta de servi-ços de proximidade”.

A sustentação do seu mani-festo passa pela “identificação detodos os focos de pobreza” para“a realização de planos locais deemergência local” para “respon-der às várias carências deteta-das”. Quanto a medidas, SóniaMoreira propõe a “oferta mensalde cabazes com produtos bási-cos e higiene”, “pagamento decontas a serviços básicos, comoágua ou luz às famílias compro-vadamente carenciadas” e “cria-ção de uma cantina social” e umazona para “banhos públicos”.

Para além de propostas paraestimular o emprego, como “ma-nutenção de gabinetes de inser-ção profissional”, “apoio às Pe-quenas e Médias Empresas” e“criação de incubadoras de em-presas”, Sónia Moreira sugereainda a “melhoria da rede viária”em Alvarelhos e Guidões, como“a pavimentação do Sanguinhale a sua ligação à Estrada Nacio-nal 104 e ao centro das freguesi-as”. Sónia Moreira também pre-tende “continuar a luta pela de-fesa do metro da Trofa e pelamanutenção da estação para aunião de freguesias”.

Para além do “apoio ao asso-ciativismo” e da “manutenção dosserviços públicos”, as infraestru-turas também foram uma áreaabordada pela candidatura blo-

quista. Sónia Moreira quer o “ar-ranjo urbanístico do Largo Cen-tral de Alvarelhos”, a “conclusãodo centro comunitário de Alvare-lhos”, a “expansão da rede deágua e saneamento” e a “melho-ria e criação de espaços verdes”,para aí “construir um parque in-fantil”.

Na cultura, a candidata defen-de a “criação de um centro deinterpretação do Castro de Alvare-lhos”, que deverá estar sediado“no solar na Rua das Cavadi-nhas”, depois de ser requalifica-do. “Criação de uma rota de ArteSacra”, assim como de uma“rede homologada de percursospedestres e ciclísticos” e de “umespaço cultural” em Guidões sãooutras das propostas.

Gualter Costaacusa coligação

O candidato à Câmara Muni-cipal, Gualter Costa, acusou oPS “de se encostar à direita” eacredita que o Bloco de Esquer-da “pode preencher o espaço po-lítico à esquerda”.

O bloquista aflorou a priorida-de do combate à pobreza, suge-rindo, entre outras medidas, acriação de “uma rede de trans-portes públicos”, de “empregossolidários nas instituições”, de“uma bolsa de empréstimo demanuais escolares” e outra de“mobiliário e eletrodomésticos

em bom estado” para doar a fa-mílias carenciadas.

Ao falar do metro à Trofa,Gualter Costa apontou armas àcoligação PSD/CDS-PP: “Nãopodemos dizer que a coligaçãonão tem nada a ver com a daAdministração Central, quandotodos sabemos que foi ela quemchumbou a proposta para a adju-dicação imediata do metro à Tro-fa apresentada pelo Bloco de Es-

Autarquia atribuiu24 mil euros a coletividades trofenses

com a Associação Recreativa Ju-ventude do Muro (mil euros), como Atlético Clube Bougadense (20mil euros), com a AssociaçãoRecreativa Musical Sons e Can-tares do Ave (mil euros), com aAssociação Amar ao Luar (500euros) e com o Orfeão Santhya-go (500 euros).

Estes contratos-programa,que “estipulam os critérios a res-peitar pelos vários movimentosassociativos abrangidos”, repre-sentam “mais um reconhecimen-to público da Câmara Municipalda Trofa, pelo papel que o asso-ciativismo assume como instru-mento estratégico para o desen-volvimento do concelho, possibili-tando a intervenção dos cidadãosem várias esferas da vida social,

constituindo desta forma, um im-portante meio de exercer a cida-dania”.

A presidente da Câmara sau-dou “o excelente trabalho efetua-do por todas as coletividades eassociações presentes” e refor-çou “a disponibilidade para con-tinuar a apoiar o associativismoconcelhio, quando sério e bemestruturado, dentro das possibili-dades e limitações financeiras daautarquia, dada a importânciaatribuída ao seu contributo cru-cial para a ocupação salutar dostempos livres da população, nofomento do desporto, nomeada-mente junto dos mais jovens,bem como na preservação da cul-tura, do património e principal-mente da identidade trofense”.

Sónia Moreira candidata-se à União de Freguesias

Associações culturais, desportivas e recreativas assinaram protocolo

querda”, em abril de 2012.O Bloco de Esquerda propõe

ainda no manifesto eleitoral umarede de identificação de idososcarenciados e de habitações apreços sociais controlados paraajudar as famílias desfavorecidas.

O Partido ainda vai apresen-tar os candidatos à União de Fre-guesias de S. Martinho e Santi-ago de Bougado e à de S. Romãoe S. Mamede do Coronado.

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Patrícia [email protected]

Na inauguração da sedede candidatura Unidos pelaTrofa, a coligação do PSD/CDS-PP apresentou na sexta-feira, 5 de julho, os candida-tos à Câmara Municipal daTrofa.

Foi na casa que é de “todosos trofenses”, que a coligaçãoUnidos pela Trofa apresentou alista dos candidatos à CâmaraMunicipal da Trofa nas próximaseleições autárquicas. AntónioAzevedo, residente em Santiagode Bougado, Lina Ramos, natu-ral e residente em S. Romão doCoronado, Renato Pinto Ribeiro,natural de S. Martinho de Bouga-do e residente em Santiago, Só-nia Maia, residente em Alvare-lhos, Daniela Campos, natural deS. Martinho de Bougado, e JoséFernando, natural de Alvarelhose residente no Muro, juntam-sea Sérgio Humberto na candidatu-

Coligação Unidos pela Trofaapresentou lista à Câmara Municipal da Trofa

ra à Câmara Municipal da Trofa.Na inauguração da sede de

candidatura, na Rua Camilo Cas-telo Branco, Sérgio Humberto re-feriu que este será um local para“conviver”, uma vez que o “localde trabalho será junto das pes-soas, pelas ruas, casas e asso-ciações”. Quanto à lista de candi-datura à Câmara Municipal ocandidato denotou que a sua ela-boração foi “muito bem pensadae ponderada”, sendo “represen-tativa das diferentes freguesiase áreas profissionais”, contandocom “homens e mulheres de tra-balho, com responsabilidade eacima de tudo com capacidademotivada e pronta a trabalhar emprol de todos os trofenses”.

“Conhecedores da realidade”do concelho da Trofa, quer no“plano social, empresarial e em-preendedor, da educação e dasacessibilidades”, Sérgio Hum-berto afirmou que “infelizmente”este “não está a enveredar pelomelhor caminho”. “Temos o con-celho onde se paga a água mais

cara do País. Uma família queconsome dez metros cúbicos deágua em Terras do Bouro paga1,50 euros, se vivesse no conce-lho da Trofa pagava pela mesmaquantidade 18,66 euros. Estecontrato da Indaqua, renegociadopelo atual executivo socialista hácerca de dois anos, foi ruinosopara todos os trofenses e o negó-cio da China para a Indaqua. Nósnão queremos isso, precisamosde um executivo que bata o pé,que baixe a água, porque está ahipotecar o nosso futuro e o futu-ro das nossas crianças”, criticou.

Sérgio Humberto também dei-xou críticas sobre a taxa do IMI(Imposto Municipal sobre o Imó-vel), uma vez que na Trofa esta épaga “no máximo”, quando nosconcelhos da Maia ou de Vila Novade Famalicão são “mais baixos”.

Relativamente ao “plano so-cial”, o candidato referiu que “nãopode permitir que as pessoasque necessitem tenham de an-dar a pedir e a pedinchar” parater acesso aos medicamentosque precisa, quando a CâmaraMunicipal e as juntas de fregue-sia podiam “realizar este tipo deapoio a quem realmente maisprecisa”. “Com esta equipa esseé um dos problemas que irá sercombatido, pois para quem real-mente precisa de medicamentoshá planos que se fazem. Há câ-maras municipais que ajudam,através de indústrias farmacêu-ticas com as farmácias existen-tes, na comparticipação de me-

dicamentos. A partir de setem-bro deste ano é uma realidadenão tenham qualquer tipo de dúvi-das, porque esses são os peque-nos apoios que podemos fazer”,reforçou.

Sérgio Humberto foi mais lon-ge e atacou o executivo camará-rio socialista, declarando que emvez de “gastar cem mil euros paratrazer a Volta a Portugal”, prefe-re “ajudar as pessoas que pas-sam dificuldades”. Nesse senti-do, elogiou o trabalho desenvol-vido pela Junta de Freguesia deSantiago de Bougado, lideradapor António Azevedo, em articu-lação com a Conferência de S.Vicente de Paulo, que todos osmeses lhes transfere “1500 eu-ros”, que “ajuda com os medica-mentos e bens alimentares” etem à disposição da população“camas articuladas e cadeiras derodas”. Um trabalho que não éfeito nas restantes freguesias eque Sérgio Humberto quer “com-bater”. “Precisamos para a Trofade políticos com coração, comsentimento, com motivação e demangas arregaçadas para traba-lhar em prol de todos os trofen-ses”, declarou.

Para o candidato se a Trofativer “um tecido empresarial for-te, essas empresas pagam cáos seus impostos, criam empre-go, criam dinâmicas para o nos-so comércio e para os nossosserviços”. Para isso, é precisoproporcionar-lhes “as melhoresacessibilidades”, acabando com

“os buracos nas estradas”, resol-vendo o “cruzamento da Carriça”e a construção das “variantes”que “resolvam o problema do nos-so concelho e não dos conce-lhos vizinhos”. A construção de“uma nova ponte sobre o Rio Ave,bem estruturada e pensada”, éoutra das soluções apresentadaspelo candidato para “resolver oproblema do trânsito na Trofa”.

Também Renato Pinto Ribei-ro, presidente da Comissão Polí-tica Concelhia (CPC) do CDS-PP,acusou o executivo socialista de“não só gastar muito, mas so-bretudo de gastar muito mal”,pois a Trofa “continua necessi-tada das carências que coloca-ram como bandeira e prioridadeno seu boletim de campanha”.Relativamente ao Metro, RenatoPinto Ribeiro informou que solici-tou aos seus “colegas do GrupoParlamentar do CDS-PP na As-sembleia da República, informa-ção respeitante à situação doprolongamento da linha do Me-tro do ISMAI até à estação novada Trofa”. O presidente da CPCdenotou que com o novo acordoentre a Câmara da Trofa e a Me-tro do Porto, a autarquia “acaboude sepultar a vinda do metro atéà Trofa”. “Mas eu continuo a di-zer que ainda sou daqueles queacredita. Acredito que ainda va-mos a tempo de inverter este ru-mo incerto e indeterminado, maspara isso temos que continuarem frente, unidos e convictosque vamos conseguir”, concluiu.

Lista à Câmara Municipal é “representativa das diferentes freguesias e áreas profissionais”

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 20136Entrevista

Cátia [email protected]

Foi eleita a 11 de outubrode 2009 e tomou posse ummês depois para um manda-to que termina depois daseleições de 29 de setembro.Numa entrevista realizada namargem do Rio Ave, onde vainascer o Parque das Azenhas,Joana Lima fez um balançode quase quatro anos comopresidente da Câmara Muni-cipal da Trofa e falou das difi-culdades, dos triunfos do exe-cutivo e anunciou que foi to-talmente ilibada no processodas buscas da PJ.

O Notícias da Trofa (NT): Porque é que escolheu este local,o futuro Parque das Azenhas,para esta entrevista?

Joana Lima (JL): Esta es-colha tem a ver com as potencia-lidades que o nosso concelhotem. Devemos virar-nos para orio e esta obra é fruto deste pen-samento. O Rio Ave está cadavez mais limpo, por isso deve-mos aproveitá-lo para podermospotenciar esta qualidade de vida,com o Parque das Azenhas debraço dado com o rio.

NT: Em que ponto de situ-ação está a obra?

JL: Está de meio para o fim.

Joana Lima em entrevista para balanço de mandato

Dívidas “impediram” Câmarade construir Paços do Concelho

A obra tem um prazo de execu-ção de cerca de quatro meses,tivemos que retardar o início daobra devido às cheias do Rio Ave,mas estou em crer que, com oprazo que temos estabelecido,em finais de agosto, princípiosde setembro, a obra estará emcondições para os trofenses po-derem usufruir dela.

NT: Alguns pescadores des-portivos revelaram algumaapreensão relativamente aoprojeto, alegando que não per-mitirá a pesca desportiva. Estaparte foi ou não acautelada?

JL: A Câmara Municipal daTrofa teve reuniões com as pes-soas ligadas à federação da pes-ca desportiva e às associaçõeslocais, no sentido de criarmosmais condições e podermos de-senvolver concursos de pesca aonível europeu e até mundial, sefor possível.

NT: Considera que estaobra vai devolver o rio aos tro-fenses e aproximá-los do con-celho onde vivem?

JL: A Trofa carecia de infraes-truturas como esta, ligadas à Na-tureza, para as pessoas pratica-rem desporto e eu penso que secriarmos essas condições, ostrofenses vão ficar a ganhar emais pessoas vão procurar maisa Trofa.

NT: A construção das esco-las esteve envolvida num pro-cesso agitado…

JL: Sim. As obras já estavamem curso quando tomamos pos-se, mas tivemos que as suspen-der nas escolas EB 1/JI das vá-rias freguesias. Tivemos algumasdificuldades ao nível do procedi-mento (candidatura), que não es-tava bem estruturado. Estesconstrangimentos acabaram porser importantes para daí poder-mos fazer com que os trofensespagassem o menos possível pe-las obras. Estava previsto que oQREN (Quadro de ReferênciaEstratégico Nacional) compartici-passe com cerca de dois milhõesde euros e a Câmara com cercade cinco milhões, mas com a pa-ragem dos procedimentos inver-temos a situação, ou seja, oQREN passou a pagar cerca decinco milhões de euros e a Câ-mara cerca de dois milhões.Logo que conseguimos reprogra-

mar, lançamos as obras e temosquase todas as escolas inaugu-radas, faltando apenas a deFinzes, mas estará para breve.

NT: Já sobre a Requalifica-ção dos Parques, em que pon-to de situação está a obra?

JL: Está a andar com algu-ma força para acabarmos dentrodos prazos previstos. É uma em-preitada que tem o prazo de exe-cução de sete meses, mais otempo de construção do canal daparte que une os Parques, que éda Metro do Porto.

A obra vai atrasar um pouco,devido às festas de Nossa Se-nhora das Dores, pois queremosdar-lhe toda a dignidade.

NT: De todas as obras queestão no terreno, qual é a quelhe dá mais satisfação desen-volver?

JL: Todas elas são diferentes.A obra do Parque das Azenhas

tem características diferentes dados parques da cidade, pois vaiser feita para as pessoas prati-carem desporto e conviver coma Natureza e o rio. Já os parqueslocalizam-se no centro da cida-de, onde vamos acolher os visi-tantes e os trofenses que vãousufruir de um espaço requalifi-cado, com uma concha acústicamaravilhosa e uns coretos que vãoorgulhar a população. Eu nasci emoro no centro da Trofa e tenhouma grande ligação aos parques,assim como todos os trofenses,mas não há nenhum que gostemais deles do que eu e a minhaequipa. Quando alguns achavamque não íamos conseguir fazer aobra, ninguém reclamava, masnós conseguimos. Aquela obra vaiser o ex-libris de todos os trofen-ses. Existem velhos do Restelo?Muito poucos, porque os trofensesestão muito satisfeitos com aobra.

NT: Quando chegou à Câ-mara Municipal como a en-controu em termos financeirose qual foi a obra que gostavade ter feito e não conseguiu?

JL: O início do mandato foium pouco conturbado, porqueencaramos uma realidade quenão estávamos a contar. Sabía-mos que a Câmara estava comuma dívida bastante elevada, masnão sabíamos da dívida oculta,a chamada dívida de gaveta, quenos veio trazer muitas dificulda-des e constrangimentos para pôrem curso um conjunto de proje-tos, nomeadamente os Paços doConcelho. Deparamo-nos comesta dívida enorme, que nos veioatrasar um processo de obrasque estavam pensadas para umprograma eleitoral que foi

“A dívida trouxedificuldades em avançar

com projetos com osPaços do Concelho”

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sufragado pelos trofenses e acabamos pornão ter condições para avançar com elas.

NT: Que outras dificuldades surgi-ram ao longo do seu mandato?

JL: A lei dos compromissos entrou emvigor e a partir desse momento, compro-meteu qualquer deliberação que se fizes-se num executivo camarário e em todosos intervenientes num processo de adju-dicação, pois se não houver verba dispo-nível naquele momento, não se pode fa-zer despesa. Esta lei veio alterar, com-pletamente, a filosofia do poder local, mashoje, graças à boa gestão financeira e àseleção dos projetos que quisemos paraa Trofa, temos uma gestão saudável aogastarmos só aquilo que podemos.

NT: Outro dos grandes projetos paraa Trofa é a construção às variantes àsestradas nacionais. Como é que esteexecutivo lidou com este projeto?

JL: Este é um projeto do Governo eda Estradas de Portugal (EP), em que ti-vemos, durante o princípio do mandatouma boa abertura por parte do ministérioe da EP, em que parecia que iríamosalavancar a obra, que já estava muito pro-metida e falada. Mas, o que é certo é queo mundo mudou e, infelizmente, foi afetaro momento que marcava o avanço da va-riante à EN14. Ela é fundamental para odesenvolvimento do nosso concelho e dasnossas empresas. Temos noção da rea-

lidade em que vivemos, mas não vamosdeixar este projeto cair no esquecimento.

NT: Ainda nas acessibilidades, háuma questão que lança muita polémi-ca que passa pelos buracos nas estra-das. São as dificuldades deste execu-tivo camarário que fazem com que asestradas não sejam reparadas?

JL: As estradas estão em mau esta-do, mas é preciso que as pessoas pu-xem pelo seu concelho. Quando vemosuma campanha de uma força política apuxá-lo para baixo, isto demonstra bemo amor e carinho que têm pela Trofa. Tí-nhamos estradas da responsabilidade daEP, mas que de 2005 a 2008 foram reclas-sificadas como estradas municipais. Essapassagem foi feita sem reforço financeiropara se poder fazer face à requalificaçãodas vias. É preciso responsabilizar quemde direito para hoje estarmos nesta situ-ação, sem termos verba para podermosrequalificar as estradas, quando em to-dos os concelhos à nossa volta as estra-das continuam a ser nacionais. Temos tidovárias reuniões com a EP para podermosinverter, sobretudo na EN14, esta situa-

ção, ou seja, voltar a reclassificá-la comoestrada nacional.

NT: Outros dos momentos que mar-cam este mandato foi a aprovação doPrograma de Apoio à Economia Lo-cal (PAEL) e reequilíbrio financeiro.

JL: A dívida estancou, mas existe. Ovalor já foi muito falado, de cerca de 65milhões de euros, apesar dos resultadosmuito positivos que temos alcançado eque são já conhecidos por todos ostrofenses. A Câmara registava num au-mento de dívida de cerca de 50 por centode défice, anualmente, e nós invertemosessa tendência. Em 2011, tivemos umpequenosuperavit de quase 300 mil eurose no ano seguinte, foi de cerca de 2,5milhões de euros.

Recorremos ao Programa de Apoio àEconomia Local, que é muito restritivo eexigente e, neste momento, está no Tri-bunal de Contas para ser aprovado. O valortotal do PAEL e do reequilíbrio financeiroé de 31 milhões de euros. A partir domomento que o recebermos, ficamos comuma dívida mensal de quase 400 mileuros, em cerca de 20 anos e os nossosfornecedores recebem de imediato, alivi-ando assim um pouco o esforço que temvindo a fazer para ajudar a câmara nestemomento.

NT: Considera que é um mal ne-cessário?

JL: Tem que ser, senão não consegu-íamos, ao abrigo da Lei dos Compromis-sos, fazer uma despesa. Tivemos que fa-zer um plano muito rigoroso para poder-mos fazer face à divida existente e à des-pesa que se faz no município. Temos queser muito imaginativos e rigorosos na ges-tão, para podermos levar a cabo, duranteos próximos 20 anos, o desenvolvimentodo concelho. Não parar com o exercícionormal de uma gestão camarária, mastambém fazer face à dívida e implementaralguns projetos. Não vamos baixar os bra-ços e vamos cumprir o que nos compro-metemos fazer.

Mas é lamentável que estes proces-sos demorem tanto tempo. Há um ano emeio que andamos a tratar do PAEL, al-tura em que dissemos aos fornecedoresque, muito rapidamente, iríamos resolveros seus problemas. Estou esperançadaque rapidamente vamos conseguir pagaraos fornecedores.

NT: Relativamente às outras áreas,como ação social e cultura, como éque a autarquia as manteve ativas?

JL: Nós de tostões fizemos milhões.Esta expressão mostra bem, queatuamos com rigor. Por exemplo, na áreada cultura, desenvolvemos o projeto “Hojevou ao café… ouvir poesia”, que já foi pre-miado e está a ser visto por outros muni-cípios como inovador. Nós levamos a po-esia ao café, mas as pessoas tambémvão ter connosco e elas próprias são osatores do projeto. Isto demonstra que te-mos capacidade de gastar menos e fazermais. Na educação, o Orçamento Partici-pativo Jovem, um projeto que nos temreferenciado a nível nacional e internacio-

nal, tem pouca verba, mas uma grandeenvolvência da juventude, que vem deixaruma marca no nosso orçamento. Paraalém disso, oferecemos os manuais esco-lares a todas as crianças do 1º ciclo ecriamos o projeto Muito+, de reutilizaçãodos livros, as colónias balneares, o trans-porte gratuito para as crianças das esco-las, as refeições escolares, a escola atempo inteiro entre muitos outros apoios.

Na ação social, restruturamos algunsprojetos que existiam para dar mais ain-da às pessoas que têm dificuldades fi-nanceiras. Mantivemos o passeio para osidosos, as atividades no nosso centrocomunitário e as colónias balneares, quepermitem que durante 15 dias os senioresque podem paguem um pequeno valor epossam usufruir da ida à praia.

NT: Qual foi o momento mais com-plicado do mandato?

JL: Antes de mais, vou falar dos mo-mentos mais felizes, como a adjudica-ção das obras, que são momentos muitoimportantes e fundamentais para o bem-estar das populações. Mas, infelizmen-te, na política e na gestão da coisa públi-ca, há momentos tristes e que marcama nossa ação diária, tentando criar umapenumbra negativa sobre nós.

Houve um momento que me marcou,mas já passou, porque não teve conse-quências, graças a Deus, ao meu traba-lho e à honestidade deste executivo. To-dos viram na comunicação social a ques-tão da investigação da Polícia Judiciária.Hoje, estou em condições para dizer quenão fui arrolada em nenhum processo,nem tão pouco fui arguida, mas ainda hojealguns jornais falam desse assunto comose viesse trazer algo de bom aos trofen-ses. É um assunto do qual fiquei total-mente ilibada, mas que magoa os nos-sos familiares e amigos. Eu não sou imu-ne, mas estou vacinada, quando as pes-soas anónimas, debaixo de panfletos, cri-ticam e mentem descaradamente, levan-tando falsos testemunhos e afetando anossa família. Os meus filhos gostamcada vez menos de política.

Mas os trofenses sabem quem estáa falar a verdade e quem está a falar men-tira e no momento certo vão perceber edizer que chega de lançarem panfletosque tentam denegrir a imagem pessoal,quando deviam apresentar projetos polí-ticos, para que os trofenses possam ava-liar quem é que tem um projeto credível.

Investigação da PJ:“Fiquei totalmente ilibada”

“A partir do momento querecebermos o PAEL, ficamoscom uma dívida mensal de

quase 400 mil euros durante20 anos”

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 20138Atualidade

Patrícia [email protected]

O auditório da Junta deFreguesia de S. Martinho deBougado foi palco da últimareunião pública descentrali-zada do executivo camarárioda Trofa, que decorreu nasexta-feira, 5 de julho.

O executivo camarário da Tro-fa deslocou-se ao auditório daJunta de Freguesia de S. Marti-nho de Bougado, para realizar aúltima reunião pública descentra-lizada, onde foram discutidos as-suntos de interesse para a fre-guesia.

Durante a sessão, foi postaà aprovação a minuta do protoco-lo a celebrar com a Junta de Fre-guesia de S. Martinho de Bouga-do, relativo aos Parques NossaSenhora das Dores e Dr. LimaCarneiro. A presidente da Câma-ra Municipal da Trofa, Joana Li-ma, declarou que quando a Jun-ta de Freguesia “cedeu o terre-no” para se fazer as obras dosParques, ficou acertado a reali-zação de um protocolo para quefosse “ressarcida de alguma for-ma”. Nas “cláusulas”, a Câmarada Trofa “compromete-se a ce-der” à Junta “o direito de utilizargratuitamente uma sala nas ins-talações que venham a ser edi-ficadas” e “o direito de utilizar gra-tuitamente três lugares no par-que de estacionamento”. Ficaainda acordado que “na área deintervenção do programa da re-qualificação não haverá constru-ção no lado da Estrada Nacional(EN) 14” e que “25 por cento dasreceitas, da gestão e da explo-ração do parque de estaciona-mento subterrâneo cabem à Jun-ta de S.Martinho, sendo as res-tantes para a Câmara Municipal”.“Na altura, o projeto previa a cons-trução na frente da EN 14 e osenhor presidente da Junta, JoséSá, fez saber que se assim acon-tecesse que não haveria terreno.Esta cláusula já está um poucodesatualizada, uma vez que oprojeto já está aprovado e já estáno terreno, mas de qualquer dasformas para futuro fica sempresalvaguardada esta questão”,mencionou.

O vereador do PSD, AntónioPontes, salientou que “há qua-tro anos eram só dificuldades re-lativamente a este assunto eagora é só facilidades”. “Regis-

Protocolo dos Parquesaprovado em reunião de Câmara

tamos essa mudança de posiçãoe a respetiva oportunidade”,acrescentou. A edil trofense res-pondeu que esta facilidade tema ver com “o diálogo e entendi-mento” que houve, o que nãoaconteceu no passado, uma vezque, na altura, José Sá, presi-dente da Junta de Freguesia deS. Martinho de Bougado, sentiu-se “revoltado” por o “terem igno-rado”, querendo tomar “o terrenopor direito de usucapião”.

Já José Sá explicou aindaque, na altura, opôs-se “seria-mente”, porque foi “desconsidera-do” e houve a tentativa de “cons-truir uma aberração” (referindo-sea um edifício anteriormente exis-tente no projeto face à EN 14).“O senhor Engenheiro Pontesestava comigo na Rua Monte deAldeia, em Paradela, e viu a mi-nha insistência em telefonar aosenhor presidente da Câmara deentão e só com um telefonemaseu é que ele me atendeu e res-pondeu que não tinha tempo paratratar do assunto. Com esta Câ-mara, foi tudo facilidades median-te um novo projeto, que vai enal-tecer a nossa terra”, frisou.

Posto à votação, o protocolofoi aprovado por unanimidade. Osvereadores do PSD apresenta-ram uma declaração de voto, on-de referiram que votaram “favora-velmente o presente protocolo,não sem, no entanto, deixar deconstatar que o facto de há qua-tro anos a Junta de Freguesia deS. Martinho de Bougado só colo-cava entraves à utilização desteespaço para a requalificação dosParques”.

Foram ainda aprovados porunanimidade os contratos-pro-grama de desenvolvimento des-portivo a celebrar entre a Câma-ra Municipal da Trofa e a Socie-dade Columbófila Trofense (500euros), o Clube de Cicloturismoda Trofa (500 euros), o FutebolClube de S. Romão (quatro mileuros), e o Ginásio da Trofa (mileuros). Também foram aprovadospor unanimidade a atribuição desubsídio ao Grupo Paroquial Jo-vens Unidos de S. Mamede doCoronado (mil euros), o protoco-lo de colaboração entre a Câma-ra Municipal da Trofa e a Associ-ação Musical e Cultural da Trofa- Banda de Música da Trofa (20mil euros por um “conjunto deconcertos”), a atribuição de sub-sídio ao Corpo Nacional de Es-cutas – Agrupamento 94 de S.

Martinho de Bougado (500 euros)e a atribuição de apoio financeiroà Fábrica da Igreja de S. Martinhode Bougado (quatro mil euros).

José Sá evidencioupreocupações da Junta

de FreguesiaDurante o período de interven-

ção do público, José Sá demons-trou, perante o executivo camará-rio, quais eram as suas preocu-pações. Ao longo da sua interven-ção, pediu à autarquia um “subsí-dio” para “pintar todas as passa-deiras da freguesia” e um “projeto”e subsídio para fazer “a ligação doBairro da Capela ao Castêlo, pelaRua Padre Alberto Pedrosa”, umaobra que já é falada “há 20 anos”,mas que só agora há possibilida-de, uma vez que “surgiu a disponi-bilidade dos proprietários em fa-cultarem o terreno”.

É intenção da Junta de Fre-guesia fazer uma obra na “RuaAires Bandaria”, criando um “es-paço público condigno e abrindoo acesso” a essa via. Contudo,no “topo da rua”, existem “unscanteiros com uma área de 200metros e mais outro com 180 me-tros” que são propriedade da Co-missão Fabriqueira. O presiden-te abordou a Comissão com ointuito de “tomar posse dos can-teiros para criar um largo”. O pá-roco Luciano Lagoa concordouceder o espaço para via públicae denotou que “também mereci-am uma ajuda financeira” paraajudar nas obras da Igreja Nova.Como da parte da Junta de Fre-guesia essa ajuda “não é possí-vel”, José Sá pediu a colabora-

ção da autarquia. José Sá ape-lou ainda que fossem tomadas“medidas urgentes” relativamen-te ao pontilhão, situado perto daantiga estação da CP, e criada“uma artéria agradável e nobrepara toda a gente”.

Quanto às passadeiras, Joa-na Lima respondeu que teria deconfirmar se tinha “pessoal dis-ponível na Câmara para o fazer”,caso contrário e “dependendosempre do valor” avançaria parao protocolo. Relativamente à liga-ção entre o Bairro da Capela eCastêlo, sugeriu “fazer um proto-colo de parceria técnica”, em queos “serviços” da autarquia “fazi-am o projeto do alargamento eviam o valor do orçamento”, me-diante isso tomaria “decisões”.

Quanto ao ponto de situaçãodo pontilhão, Joana Lima referiuque este era propriedade da REFER e passou a palavra à verea-dora Teresa Fernandes, que ex-plicou que foi feito um “projeto deestabilidade para manter a pare-de (norte), garantir as medidasde segurança e para retirar o ta-lude não só daquela parte, masdo resto do pontilhão”. O projetojá foi remetido à REFER e agoraestão “à espera” da “aprovaçãodo conselho da administração”.

Programa Metropolitanode Emergência SocialA Junta Metropolitana do Por-

to apresentou o Programa Me-tropolitano de Emergência Soci-al, que consiste na disponibiliza-ção, até “31 de dezembro de2013”, de “dois milhões de euros”aos 16 municípios que a com-

põem, para “apoiar as famíliasque estão a passar precarieda-de económica”. O valor foi devi-do pelos 16, tendo em conta a“função da quota que cada muni-cípio paga, do número de desem-pregados pelo concelho e pelonúmero de famílias beneficiaresdo RSI (Rendimento Social deinserção)”. Segundo Isabel Vei-ga, calhou à Trofa “83.099 euros”.A Junta Metropolitana vai dar um“adiantamento de 20 por cento”e a restante verba “só será dis-ponibilizada à medida que cadamunicípio apresente um dossiêcompleto”, onde está referen-ciado “onde gastou o dinheiro” e“todos os recibos”.

As famílias para terem aces-so a este apoio têm que ter um“rendimento per capita igual aovalor da pensão social, que é de157,55 euros”, sendo que o “má-ximo que se pode apoiar numagregado familiar é mil euros porano”. As “despesas consideradaslegíveis são muitas”, desde a“renda de casa, se for em casode aluguer ou apoio na presta-ção de habitação própria, e tudoque esteja relacionado com a ca-sa, como a água, eletricidade egás”, “bens essenciais à qualida-de de vida”, que seja “bens ali-mentares ou de higiene pesso-al”, “aquisição de medicamentos,meios complementares de diag-nóstico ou outras despesas desaúde, sempre comprovadas comprescrição médica ou declaração,e apoio ao nível escolar, quer sejapropinas, livros, material escolare outros bens considerados es-senciais para a garantia daescolarização dos menores”.

A proposta da Ação Social éque em vez de as famílias recor-rerem à autarquia sempre quequeiram apoio, passem antespelo Atendimento Integrado. De-pois de ser avaliado “em termosde ação social”, o pedido é colo-cado pelo técnico à Câmara. Sea verba for disponibilizada, cabeao técnico “pagar a conta daágua ou da luz ou ir ao supermer-cado”, para terem a garantia quetêm “o recibo, que é passado àfamília”. Isabel Veiga explicouque esta é uma forma de apoiar“uma classe média empobre-cida, que não tem como fazerface às suas despesas, masque também de acordo com a Leinão tem como ser apoiada”. Co-locado à votação, o programa foiaprovado por unanimidade.

Executivo camarário reuniu-se em S. Martinho

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Patrícia [email protected]

José Magalhães Moreira,vice-presidente da CâmaraMunicipal da Trofa, deslocou-se a Lisboa, juntamente comoutros autarcas de sete conce-lhos, para assinar contrato deprojeto pioneiro com a Minis-tra Assunção Cristas. Subsídiode mais de quatro milhõesserá aplicado em 2014 e 2015.

“Onze estações elevatórias”,“um quilómetro de emissário”,“49,2 quilómetros de rede” e “re-modelação de rede em um quiló-metro”. Este é o investimentoque será realizado no municípioda Trofa e que consta na candi-datura apresentada pelas Águasdo Noroeste.

Segundo dados avançadospela autarquia trofense, o valordeste investimento para a Trofaem 2014 será de “3.535.038 eu-ros, incluindo a Bacia Oeste darede de saneamento (já realiza-do), a obra de saneamento deCovelas (já realizada) e vai permi-tir colocar no terreno a segundafase da Vila do Coronado (por re-alizar)”. Já para 2015 está “pre-visto um investimento de 826.591euros, para manutenção e remo-delação de rede”. Sendo que nototal, o “investimento será de4.361.629 euros”. “A taxa de co-bertura da Rede de Saneamentoserá, em 2015, de 91 por centoda população do concelho daTrofa, cumprindo assim o objetivodo PEAASR II, e será aquele dosoito concelhos que ficará com ataxa de cobertura mais elevada”,denotou Luís Rebelo, presidentedo conselho de administração daTrofáguas, referindo que “os sub-sídios a receber relativos à Ba-cia Oeste e Covelas serão para

Trofa Solidária é o nome do protocolo que o pelouro da AçãoSocial da autarquia trofense pretende estabelecer com as institui-ções sociais sediadas no concelho, sendo uma “nova forma de or-ganizar os serviços para completar o trabalho da Loja Social”. Esteprojeto consiste na criação de uma plataforma digital, onde estejareferenciado “todo o apoio que é dado” e a “gestão dos stocks dasinstituições aderentes”. “Em vez de termos um armazém, onde es-tejam todos os bens alimentares que existem no concelho da Trofa,sabemos onde existe cada bem e quando uma família nos procurasabemos onde temos as coisas para entregar à família, porque estátudo registado e cativamos logo o que é preciso online”, explicouIsabel Veiga, assistente social do município da Trofa.

As instituições têm uma “password própria” para acederem aesta plataforma, onde cada uma tem o seu perfil e acesso à “infor-mação seriada”. Assim, é possível terminar com a “duplicação deintervenções”, o que se tem verificado. Além disso, cada entidadeficará “responsável pela gestão de cada um dos recursos”. A própriacomunidade também tem acesso a esta plataforma, podendo as-sim “saber o número de bens em stock” e “dar às instituições quecompõem a Trofa Solidária mediante a falta que tiverem”. Caso haja“alguma situação de emergência”, vai permitir colocar na platafor-ma, “sem nunca colocar nomes”, o que é preciso e assim quemquiser pode colaborar.

Neste momento, além da Câmara Municipal, aderiram ao projetoa Santa Casa da Misericórdia, Muro de Abrigo, ASAS (Associaçãode Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso) e a delegação daTrofa da Cruz Vermelha Portuguesa. Outras entidades já mostra-ram essa disponibilidade, mas ainda “não o fizeram formalmente”.

Para António Pontes, o projeto do ponto de “vista concetual estácorretamente pensado” e mesmo a “implementação da plataformade software” lhe parece “bem concebida”. Tendo estado presente nareunião de apresentação do projeto e escutado as dúvidas que fo-ram apresentadas sobre como é que “vai ser implementado na prá-tica”, o vereador do PSD referiu que era “crucial ter uma regulamen-tação”, para que as incertezas “ficassem dissipadas”. “Por exem-plo, há uma determinada entidade que consegue angariar bens ali-mentares, quaisquer que sejam. É detetada na plataforma uma ne-cessidade desses bens alimentares e o receio que eles têm é queao ser detetada essa necessidade, que tenham que disponibilizarpara o funcionamento global do projeto esses bens que entretantoconseguiram fruto do seu trabalho”, asseverou.

Quanto a essa questão, Isabel Veiga explicou que vão “respeitar aentidade de cada um”, não impondo nada a ninguém. “Se a conferên-cia entender que não deve apoiar aquela família não somos nós quevamos obrigar. Agora eu, se fosse uma conferência e tivesse angaria-do muitos bens alimentares, gostava que alguém dissesse quemestá a precisar efetivamente. Acho que isto é uma mais-valia, atéporque, às vezes, as pessoas têm e não sabem a quem dar. E por-que existem prazos que estão a terminar e dá-se a qualquer pessoa,porque não sabe muito bem quem está a precisar”, reforçou.

Quanto à regulamentação, Isabel Veiga esclareceu que esta só“deve ser feita por quem compõe o projeto e está no terreno”, sendo“importante” nesta altura a assinatura do protocolo, para depois sercriado o “regulamento e o manual do funcionamento”.

Colocado à votação, o documento foi aprovado por unanimidade.

AprovadoprotocoloTrofa Solidária

Contrato de Parceria Pública relativa ao Sistema de Águas

Município da Trofarecebe mais de quatro milhões

abater à dívida da Trofáguas àsÁguas do Noroeste”.

A assinatura do Contrato deParceria Pública ao Sistema deÁguas da Região do Noroeste en-tre o Estado e as autarquias daTrofa, Santo Tirso, Amarante,Arouca, Baião, Celorico de Bas-to, Cinfães e Fafe, que decorreuno dia 5 de julho no salão Mar-quês do Ministério da Agricultu-ra, do Mar, do Ambiente e do Or-denamento do Território, contoucom a presença dos representan-tes dos municípios, bem comoda Ministra Assunção Cristas, doSecretário de Estado do Tesou-ro, Joaquim Pais Jorge, do presi-dente da Águas de Portugal,Afonso Lobato de Faria, e do pre-sidente da Águas do Noroeste,Martins Soares.

Através deste “projeto pionei-ro” é “criado o sistema de águasda região do Noroeste, cujo obje-tivo é promover a agregação terri-torial dos sistemas municipais deágua e saneamento dos oito mu-nicípios em causa, aproveitandoas economias de escala”. Noâmbito desta parceria, a Admi-nistração Central e os oito muni-cípios acordaram ainda “alargaras funções da Águas do Noro-este, atribuindo-lhe a exploraçãoe gestão dos sistemas em ‘bai-xa’, que será formalizado no pró-ximo dia 26 de julho”.

Esta é a primeira parceriacelebrada entre o Estado (Admi-nistração Central) e as autar-quias, que concretiza um proces-so de verticalização, reunindo nu-ma única entidade gestora osserviços em “alta” (prestados aosmunicípios) e os serviços em “bai-xa” (prestados aos utilizadoresfinais, os munícipes). Esta novaparceria “assegurará o abasteci-mento de água e o saneamentode águas residuais urbanas de

forma regular, contínua e eficien-te, garantindo a construção e/ourenovação das redes e a presta-ção do serviço, com elevada qua-lidade, a três por cento da popu-lação portuguesa, ou seja, 300mil pessoas”.

O processo será regulado pe-la ERSAR - Entidade Regulado-ra dos Serviços de Águas e Re-síduos, IP, pelo que estão asse-guradas “as condições para asustentabilidade do setor, atravésde uma estrutura empresarialcom escala, e promover o desen-volvimento, a solidariedade e acoesão nacional, através de umsistema tarifário socialmenteaceitável”.

O contrato de parceria incluium plano de investimentos de“cerca de 150 milhões de euros”,a executar pela Águas do Noro-este, que privilegiará a “extensãodo serviço, com a construção denovas redes municipais de distri-buição de água e de recolha deesgotos domésticos, e a manu-tenção adequada das infraestru-turas, contribuindo desta formapara a resolução dos problemasde infraestruturação, que terá for-tes impactos positivos na dinami-zação da economia e do tecidoempresarial regional”. Aquando asua intervenção, Assunção Cris-tas afirmou que esta alteração nosetor das águas e dos esgotos “éum movimento fundamental paratrazer organização, ganho de es-cala, eficiência, e melhor uso detodos os recursos, incluindo osfinanceiros, porque permitirá pou-par cerca de 175 milhões de eurosanuais quando implantada emtodo o País”. Para a Ministra énecessário “reestruturar todo osistema, para lhe dar solidez eequilíbrio financeiro”, sendo que“nesta matéria, estas oito autar-quias já vão à frente”.

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 201310Reportagem

Patrícia [email protected]

Há cerca de seis anos queJoão Gomes, bombeiro volun-tário, decidiu iniciar uma co-leção de miniaturas de viatu-ras de socorro, bem como ou-tros objetos ligados à presta-ção de socorro. O NT e TrofaTv foram conhecer a sua cole-ção e a história das viaturasmais marcantes.

Como qualquer outra criança,foi desde “pequenino” que o gos-to pelas miniaturas de carros foisurgindo. Mas havia um tipo quelhe chamava mais a atenção: asviaturas de socorro. Muito tam-bém por “culpa” do pai que, por“pertencer aos bombeiros”, o ia“incentivando”.

Apesar de ir “juntando e guar-dando” alguns, só “há cerca deseis anos” é que João Gomes,“bombeiro há 25 anos”, decidiualimentar esta paixão, começan-do a colecionar “mais a sério” ea “pô-los e a expô-los”, tendo“mais atenção” na hora de osadquirir. Hoje já tem “mais de milminiaturas de carros de todos ostamanhos, feitios, modelos e co-res” e “cerca de seis mil peças”relacionadas com a prestação desocorro. “Há pessoas que fazemcoleção dos que se referem à po-lícia ou assim, eu faço de tudo oque seja de socorro. Não é sóde bombeiros, mas também te-nho muitas peças da cruz ver-melha, que, embora não estejaincorporada nos bombeiros, estárelacionada com o socorro”, ex-plicou.

A primeira miniatura que tevefoi uma ambulância, que já tem“mais de 25 anos” nas mãos doJoão. A viatura já está “toda alte-

Há cerca de seis anos que João Gomes coleciona miniaturas de viaturas de socorro

Mais de mil miniaturas compõem coleçãorada”, tendo já sido pintada en-tre “quatro a cinco vezes”. “Quan-do éramos miúdos alterávamostudo, não ia saber que passados30 anos ia pegar no carro e pô-lonuma vitrina para fazer coleção”,declarou.

Já a primeira miniatura adqui-rida “especificamente para cole-ção” também foi uma ambulân-cia, que é “um dos carros maisantigos” que já teve. O veículomais caro que comprou custou“60 euros” e foi obtido pouco tem-po depois de ter iniciado a cole-ção. Quando olhou para ele “nemlhe dava cinco euros”, mas comoera “raro e antigo” foi “com gos-to” que o comprou.

Quando questionado qual se-ria o “menino dos seus olhos” quegostaria de obter, João respon-deu que não é “um, mas sim 86”,que corresponde ao número deveículos que lhe falta para com-pletar uma coleção. Há duassemanas, conseguiu “dois pelainternet”, há três “comprou um”e agora está “ansioso” para ir auma feira a Aveiro, onde esperaencontrar “um ou dois” dos quelhe falta.

João é muito cuidadoso comas viaturas, tendo um registo dopreço, a quem o comprou, a mar-ca e o número do veículo”. Essemesmo número é colocado noviatura. Assim, caso no futuro te-nha “um azar”, quem ficar com acoleção “sabe que carros tem ecomo os identificar”. “Para mimé fácil identificá-los porque co-nheço-os um a um, mas outrapessoa não”, denotou.

Além de conhecer bem as suasminiaturas, o colecionador sabecomo as tem colocadas e reparasempre quando alguém mexe ne-las, nem que desvie apenas “meiomilímetro”. A própria esposa fica

admirada com a explicação que lheé dada, quando ele conta comosabe que lhe tocaram.

João tem ainda à sua dispo-sição uma divisão da casa quefunciona como o seu “ateliê”,onde guarda os carros que ain-da não tem vitrinas e arranja al-guns veículos que estão danifi-cados. É nesta sala que Joãoguarda os “outros artigos” decoleção, dos quais fazem parteos seus primeiros capacetes,agora restaurados, bem comooutros objetos oferecidos pelosfamiliares e amigos.

Na sua extensa coleção fa-zem parte duas viaturas de socor-ro insólitas: um trator e um veícu-lo de limpeza de via.

“Muitos quilómetrose horas perdidas”

Para alimentar a sua paixão,o colecionador “normalmentecompra na internet”, “diretamente

nos quiosques, grandes superfí-cies e supermercados” ou, ao que“corresponde ao maior lote deveículos, visitando feiras de anti-guidade e de automobilia”, ondeconsegue arranjar “muitos carrosantigos e estrangeiros”, vindos de“França, Espanha e Alemanha”.Além disso, conta ainda com aajuda de amigos e familiares quelhe arranjam “peças de váriascorporações ligadas à Cruz Ver-melha”, “revistas dos bombeirosromenos”, “capacetes dados pe-los bombeiros franceses”, “algunscartazes de outros países”, “se-los autocolantes, copos, cane-cas, garrafas de vinho, cinzeiros,pratos decorativos”, entre outros.

Para visitar as feiras, João faz“sempre muitos quilómetros eperde muitas horas”, pois “asmelhores” são “em Caminha, Va-lença, Guimarães, Aveiro, Lisboae Algarve”. Nas visitas pelas fei-ras, os vendedores ficam “admi-

rados” como é que João sabeidentificar as viaturas que tem ounão, bem como as pequenas dife-renças. “Até a minha mulher seadmira, mas quando chega a ca-sa confirma que é verdade. Porexemplo, tenho aqui duas viatu-ras que são idênticas, mas temalgumas diferenças de fabrico doano. O modelo mais antigo temumas jantes normais e unspneus mais lisos, já o mais mo-derno tem umas jantes embuti-das e uns pneus mais trabalha-dos”, exemplificou.

Outro exemplo que deu, eque “ninguém, à primeira, viu asdiferenças”, são quatro viaturasidênticas, que apenas divergemnas cores: “Uma coleção é emprateado e outra em dourado”.

Viaturas têmhistórias a contar

Todos os carros que tem nasua coleção têm uma história pa-ra contar. João abordou doisexemplos que lhe estão na me-mória. Uma das miniaturas é-lhe“especial”, pois apesar de a terperdido “por segundos” num lei-lão “cerca de cinco vezes”, aca-bou por consegui-la de uma for-ma “mais fácil”. “Dois meses de-pois” das perdas, João tentou asua sorte noutro leilão, para ob-ter um carro diferente, mas aomesmo vendedor. Quando o ga-nhou, o proprietário questionou-o se ainda estava interessado naprimeira viatura, pois tinha-a “emstock”. “Ficou na história” a suaconquista, depois de a ter perdi-do tantas vezes. Outro veículoespecial é um carro de bombei-ros da marca Rolls Royce, que“pertencia a um senhor quecolecionava” carros desta “marcaespecífica”. “É um carro interes-sante que deixou saudades à pes-soa que o tinha, porque chorouquando o vendeu. Era o únicocarro de bombeiros que tinha damarca e quando mo vendeu ficoua chorar. A partir daí sempre queo vejo lembro-me da cara do se-nhor e da situação que se pas-sou”, referiu.

João Gomes tem várias viaturas de diferentes modelos e tamanhos

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www.onoticiasdatrofa.pt11 de julho de 2013 Entrevista 11

Patrícia [email protected]

Prestes a terminar o seumandato à frente dos destinosda Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado, José Sáfez um balanço positivo em en-trevista ao NT, onde referiu queconta ainda realizar grandesobras para a freguesia.

O Notícias da Trofa (NT):Como avalia o mandato queestá prestes a terminar, assimcomo a sua passagem pelaJunta de Freguesia de S. Mar-tinho de Bougado?

José Sá (JS): O balanço quefaço ao fim destes quatro anos éclaramente positivo, porque foramquatro anos a trabalhar e sempredentro de um bom entendimentocom a Câmara Municipal. Traba-lhei muito por esta terra, fiz mui-to, obras inclusivamente de umaforma notável, mas como dissecom o melhor entendimento e har-monioso com a Câmara Munici-pal. Mantive-me sempre com de-dicação à população e creio quetenho dado a resposta necessá-ria e satisfatória.

NT: Quais foram os pontospositivos e negativos do man-dato?

JS: Ao longo deste mandatonão tive pontos negativos, apenasum que se acentuou um bocadoque foi a história da troika, quelançou e está quase a lançar opânico no nosso País e claramen-te, como é óbvio, S. Martinho deBougado também sofreu. Estasituação limita muito o trabalhoda Junta de Freguesia.

Em entrevista ao NT, José Sá fez o balanço do mandato

“Mantive-me semprecom dedicação à população”

Agora pontos positivos forammuitos. Trabalhei quatro anoscom força e muita dedicação pa-ra poder realizar obras e eventos.Referindo-me a obras, temos omelhoramento na rede viária, quefoi enorme e continua a ser. Tam-bém um dos grandes trabalhos degrande satisfação é o nosso gran-de apoio social aos nossos fre-gueses e um grande apoio naparte escolar, onde partilhamossempre as carências e as neces-sidades de manutenção ou dequalquer tipo de apoio nas esco-las de S. Martinho de Bougado.Apoio que considero de uma for-ma realista, em que nunca falha-mos com o que é mais necessá-rio.

Em todo o decorrer do man-dato sempre me senti bem emajudar e em contribuir para aquiloque era preciso e para quemmais precisava e merecia. Pro-curei estar atualizado e de res-posta imediata quanto ao apoiosocial, escolar e cultural.

Neste mandato o executivoque lidero fez obras no cemitériopara ter mais espaços, criandoum cemitério condigno. Nos últi-mos 20 anos, fui o último presi-dente de Junta que, por três ve-zes, ampliou o cemitério, aten-dendo às necessidades. Fiz oprimeiro alargamento em 1993, osegundo em 1997 e alarguei deuma forma mais ampla e de mai-or dimensão em 2010. Mantemoso cemitério com a capacidadepara a população de S. Martinhode Bougado, o que perdurará pormais alguns anos. Esta foi umaobra de destaque, que também amim me deixou com orgulho e quese não houvesse quem resolves-

se essa situação momentâneaseria dramática e catastrófica.

Neste momento, continuocom força, coragem e determina-ção para dar o apoio aos idosos,jovens e a toda população de S.Martinho de Bougado e muito pró-ximo a União das Freguesias dosBougados.

NT: Quando assumiu a Jun-ta de Freguesia que obras ti-nha planeado? Existe algumaobra que não vá conseguirconcretizar até ao final domandato?

JS: Todas as obras que tinhaplaneado só por grande vendavalé que não irei conseguir realizá-las até ao fim do mandato. Noinicio do mandato comecei e tra-balhar para a ampliação do cemi-tério, uma obra que envolveu 150mil euros. Recordo-me que al-guém andou por aí a dizer quevendi um terreno e delapidei pa-trimónio, mas não dou importân-cia a essas acusações pois a obrado cemitério está à vista. Parapoder realizar esta obra a Juntade Freguesia teve de vender umterreno que não servia para nadapelo valor de 25 mil euros, maspor outro lado, valorizei o patrimó-nio da Junta de Freguesia comum investimento de 150 mil euros.Portanto, disparates como esteque alguém quis tornar público, amim só me dão alegria de ter umaoportunidade de informar a popu-lação e aqueles que se sentiamindignados e que procuravammanchar a minha imagem.

NT: Das obras que foram fei-tas, quais foram aquelas queficarão marcadas na históriada freguesia?

JS: São obras como a RuaAires Bandaria, a requalificaçãoda Rua António A. FonsecaSampaio, como a Rua S. Sebas-tião, que é uma extensão enor-me para colocar tapete betumi-noso novo, conclusão e amplia-ção da terceira fase do cemité-rio, para além do apoio às asso-ciações em largas dezenas demilhares de euros, dividido de for-ma equitativa e o melhor que sa-bíamos. As estradas nacionais,talvez pelas condições climatéri-cas em determinadas alturas,estavam constantemente em de-gradação e a criar buracos. Acon-teceu numa fase do mandato emque se tapava hoje e no dia se-

guinte com o grande trânsito jáestava na mesma. Fazíamos otrabalho mais do que uma vez pararesolver o problema. Essa foi umasituação que em muito nos obri-gou a empenhar e foi uma situa-ção que nos deu muito trabalho.

Também poderei referir gran-des eventos, que também sãoobras-prima para a Trofa, como arealização da Feira Anual, que serealiza anualmente em março. Háainda eventos em que a capaci-dade da Junta tem que ser apro-veitada e que só com o apoio delase realiza, como é o caso da Fei-ra Medieval, que já se realizou emS. Martinho e este ano foi noSouto de Bairros em Santiago deBougado, patrocinada em 80 porcento pela Junta de Freguesia deS. Martinho de Bougado.

Eventos como esses tambémconsidero que são obras de em-penho, de valor a quem se dedi-ca e para a nossa terra.

NT: Antes de terminar omandato vai realizar algumaobra que ache essencial paraa freguesia?

JS: Neste momento andamoscom quatro grandes obras que medão muito orgulho em realizá-lasantes de terminar o mandato.Além de me dar muito orgulhosinto diariamente que é importan-tíssimo e necessário fazer estas

quatro obras, que são a repavi-mentação da Rua Aires Bandaria,no lugar de Esprela, da Rua S.Sebastião, no lugar de Paradela,da Rua António A. FonsecaSampaio, no lugar de S. Martinho,e, nestes últimos três meses definalizar o mandato, continuamoscom obras de pequeno orçamen-to, mas que em média concreti-zamos sempre uma por semana.Neste momento, tenho em proto-colos de financiamento para es-tas obras cerca de cem mil euros,subsidiados pela Câmara Muni-cipal.

NT: Qual é o estado finan-ceiro da Junta de Freguesia?

JS: O estado financeiro daJunta de Freguesia é estável, atéporque nós agora somos obriga-dos a cumprir a Lei dos Compro-missos, em que não se pode tra-balhar muito a crédito. Noutrostempos conseguia-se fazer aqui-lo que era necessário e mais al-guma coisa e se não houvessedinheiro, trabalhava-se com cré-ditos. Neste último mandato sur-giu, imposta pelo Governo, e mui-to bem a Lei dos Compromissos.Nós estamos a procurar cumprircom rigor essa lei, de forma a quea situação financeira da Junta deFreguesia de S. Martinho deBougado seja estável.

José Sá quer realizar “grandes obras” antes do fim do mandato

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 201312Atualidade

Patrícia [email protected]

A zona envolvente da es-tação da CP acolhe mais umaedição da ExpoTrofa. Certa-me potencia artesanato, in-dústria e comércio trofensesaté domingo, 14 de julho.

A zona envolvente à nova es-tação da CP volta a ser palco demais uma edição da ExpoTrofa.A abertura do certame decorreuna tarde de sábado, em que, aosom dos tambores da Fanfarra doCorpo Nacional de Escutas doAgrupamento de Escuteiros 94 deS. Martinho de Bougado, a Câ-mara Municipal da Trofa e ele-mentos da comissão de festas deNossa Senhora das Dores visita-ram todos os stands, agradecen-do-lhes a sua presença.

As novidades da edição 2013deste certame, que conta com apresença de “centenas de empre-sas, 15 artesãos, 28 associa-ções e 12 tasquinhas”, são o quar-tel aberto dos Bombeiros Voluntá-rios da Trofa, que terão um pique-te a responder às solicitações dapopulação a partir do recinto docertame, e o posto de primeiros

ExpoTrofa na zona da estação até domingo

socorros da Cruz Vermelha Por-tuguesa, através das delegaçõesda Trofa e Vila do Conde.

A presidente da autarquia tro-fense, Joana Lima, referiu que co-mo o ano passado o “sucessofoi alcançado”, quer em “númerode visitantes como nos exposito-res, que se sentiram muito bemneste espaço”, decidiu manter omesmo local, apostando “naqualidade de vida dos trofenses

e das empresas”, dando-lhes as“melhores condições” para conti-nuarem ligados a este projeto.Uma decisão que “agradou a to-dos os expositores” que, duran-te a visita, afirmaram que “aindabem” que a Câmara “continua aapostar neste local”. “Este localvai acolher a ExpoTrofa até queconsigamos um parque de expo-sições”, acrescentou.

“Atendendo ao calor”, a edil

trofense acredita que “muita gen-te” vai visitar o certame, que éuma “mostra muito importantepara o tecido empresarial”. JoanaLima apela “a todos os trofenses”para que “visitem e jantem” pelaExpoTrofa, de forma a conhece-rem o “que há de bom no conce-lho”, desde o artesanato, asso-ciações, lojas e empresas. A or-ganização aproveita este mo-mento para trazer “outras empre-

sas de fora do concelho”, paradar “cada vez mais expressão”ao certame.

Pelo segundo ano consecuti-vo, Joana Garrido, da EntidadeRegional do Turismo do Porto eNorte de Portugal, visitou aExpoTrofa, que para si é “dignade visita”, revelando que há “umaevolução” e que esta é uma feira“muito bem organizada”.

Dada a situação económico-financeira do País, Joana Garri-do considera “fundamental” a re-alização deste certame, quealém do “apoio que dá às asso-ciações, que têm com certezamuitas dificuldades”, dinamiza ocomércio local, que “precisa deum impulso para se promover econseguir captar a oferta”. “(Aspessoas) podem contactar comas empresas do comércio locale com as empresas da região,por isso é um meio muito impor-tante para promover, dar a conhe-cer e também para que as pes-soas possam comprar algumacoisa”, concluiu.

A ExpoTrofa decorre até do-mingo, 14 de julho, dia em que aanimação está a cargo do Muni-cípio da Trofa.

Entidades oficiais e comissão de festas visitaram stands

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www.onoticiasdatrofa.pt11 de julho de 2013 Atualidade13

No dia dedicado à freguesiade Alvarelhos, coube à Fanfarrade Santa Maria de Alvarelhos ashonras de abertura da animaçãoda noite de segunda-feira, 8 dejulho. Aliando ritmos de instru-mentos de percussão e coreo-grafias, o grupo percorreu o re-cinto da ExpoTrofa.

Alvadance foi o grupo que seseguiu, apresentando as novasvertentes de dança, que estão aser desenvolvidas no novo espa-ço Alva Center, bem como oshabituais passos de hip hop quejá nos habituou. O Rancho Fol-clórico de Alvarelhos encerrou o

O Grupo Danças e Cantaresdo Vale do Coronado estreou-sena ExpoTrofa, com uma atuaçãono segundo dia do certame, de-dicado à freguesia de Covelas.Este grupo folclórico, que nas-ceu a 11 de novembro de 2012,apresentou músicas compostaspor chulas, viras e malhões.

Este dia foi ainda animado poruma demonstração de BoomFitness e por um concerto dosSons e Cantares do Ave. Devido

Os grupos Super Crowd,Step Dance e Golden Teen, o úl-timo pertencente à AssociaçãoGota d’Água, foram os protago-nistas da animação da ExpoTro-fa, na terça-feira, dia dedicado àfreguesia de S. Romão do Co-ronado.

O Super Crowd nasceu em ju-lho de 2006, por iniciativa de al-gumas pessoas que viram na As-sociação Recreativa e Desportivado Coronado, uma forma de cri-ar este grupo. Até 2012, era de-signado por LOL Dance, mas es-te ano adotou o nome de SuperCrowd, ocupando os tempos li-vres de 36 jovens dos cinco aos15 anos.

Já o Step Dance, que contacom 14 elementos, foi criado em

A animação do primeiro diada ExpoTrofa esteve a cargo deS. Martinho de Bougado. AsMarchas da Urbanização Novativeram honras de abertura doespetáculo, que se prolongoupela noite dentro e contou commuito público presente. Seguiu-se a Escola Passos de Dançada Junta de Freguesia, que apre-sentou várias coreografias nas

Segunda-feirafoi dedicada a Alvarelhos

dia dedicado à sua freguesia,com as suas danças e cantarese o habitual vira geral, que convi-dou os presentes a dar um pezi-nho de dança.

Presente na Feira dos Povosestá o Lions Clube de Bissau,que se encontra com uma cam-panha de recolha de bens para aEscola Primária de Quiuta/Bijimita. Quem tiver material es-colar, desde cadernos, lápis,marcadores a livros escolares, emobiliário escolar, como cadei-ras, mesas e quadros, podeentregá-los no stand ou então aoLions Clube da Trofa. P.P.

Dia dedicado a S. Martinho de Bougado

Grupos de S. Romãoanimam dia dedicado à freguesia

julho de 2005, como uma turmade aulas de aeróbica. Com a evo-lução do projeto, surgiu a vonta-de de mostrar as diferentes co-reografias preparadas.

Já a Associação Gota d’Águaarregaçou as mangas e ajudouum grupo de jovens, dos 12 aos

15 anos, que pretendiam sermais participativos no concelho,nas áreas da música, teatro edança. Na ExpoTrofa, mostraramos seus dotes na interpretaçãomusical e atrás de instrumentoscomo bateria, guitarras, teclas,violinos, clarinete e flauta. C.V.

Covelas com animação variada

Sons e Cantares do Ave foram os últimos a atuar no domingo

Super Crowd impressionou com passos de dança

às elevadas temperaturas que sesentiram durante a tarde, o pú-

blico encheu o recinto já o solse tinha posto. C.V.

vertentes de ballet clássico ejazz. A noite terminou com umdesfile de moda para promover ocomércio local. O show dehairstyling foi protagonizado porCarlos Manuel Cabeleireiros emaquilhagem foi da responsabi-lidade de Liliana Silva.

Para José Sá, presidente doexecutivo de S. Martinho deBougado, a ExpoTrofa é “um êxi-

to há vários anos” e “um suces-so já alcançado a um nível deescalão superior”. Por essa ra-zão, a Junta de Freguesia pro-cura “fazer sempre o melhor”,considerando ainda que estecertame é “um dos dois eventosde maior projeção e êxito”, o queé “motivo de satisfação para todaa população e principalmentepara quem organiza”. P.P.

Desfile contou com show de hairstyling

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 201314Atualidade

Funcionários da Savinor co-memoraram 70 anos da Sojade Portugal, grupo detentor daempresa sediada em Covelas.

A administração da Soja dePortugal, detentora da Savinor, nãose esqueceu dos colaboradoresno momento de comemorar 70anos do grupo empresarial.

Durante o dia de segunda-fei-ra, 8 de julho, o bolo de aniver-sário foi servido aos mais de 170funcionários da empresa, comoforma de reconhecimento. “Nomomento que o país atravessa,conjunturalmente, momentosbastantes quentes, há que real-çar todo o empenho e dedicaçãoe toda a linha estratégica quepermitiu ao grupo chegar aqui”,afirmou António Isidoro, adminis-trador do grupo.

A Savinor é a empresa commenos tempo de integração nogrupo Soja de Portugal – foi ad-quirida em 2006 -, mas é aquelaonde o grupo mais investiu nosúltimos anos, “quer na melhoriadas condições de trabalho quer

O Clube de Caçadores daTrofa informa os caçadores in-teressados sobre o funciona-mento da caça dentro da Zonade Caça Municipal da Trofa naépoca 2013/2014. Todos os ca-çadores interessados devempreencher e entregar, na sededo Clube, a candidatura.

As candidaturas têm iníciona terça-feira, 16 de julho, ter-minando a primeira fase a 2 deagosto e, a segunda, a 13 desetembro.

O Clube de Caçadores daTrofa está disponível para cola-borar no seu preenchimento.Para mais informações, os ca-çadores devem consultar todaa documentação oficial expos-ta na sede do clube, situada naRua D. Maria II, em S. Martinhode Bougado.

P.P.

Soja de Portugal comemora 70 anosSavinor é a empresa onde Grupo mais investiu

no setor produtivo, nomeadamen-te no abate e comercialização deaves e transformação de subpro-dutos”. A empresa “tem demons-

trado dinamismo, muito por for-ça de uma estratégia que a ad-ministração delineou e com issoconseguimos crescer, criar pos-

tos de trabalho, exportar, criarvalor acrescentado dos produtose na oferta que fazemos aos nos-sos clientes, porque sem elestambém não era possível termosestes resultados”, evidenciou oresponsável. Para além da uni-dade de transformação de sub-produtos, em Covelas, a Soja dePortugal também adquiriu a SPA(Sociedade de Produtos Avíco-las), localizada no Monte Cabri-to. Esta unidade de engorda ani-mal, tem 15 pavilhões avícolase, em média, um efetivo de 300mil frangos, o que correspondea 1 milhão e 200 mil por ano.

Soja de Portugal é um grupoque “sempre esteve virado parao setor agroalimentar”, mas con-tou com alguma “diversificação”.Nos últimos anos, o conselho deadministração “recentrou” aatividade do grupo, ocupandoneste momento “uma posiçãomuito importante no abate ecomercialização de carne deaves, na produção de alimentoscompostos, vulgo rações, e natransformação de subprodutos”.

Administração e funcionários juntos na comemoração

Inscriçõespara a Zonade CaçaMunicipal

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www.onoticiasdatrofa.pt11 de julho de 2013 Publireportagem15

Cior aposta num projetoeducativo ousado, dinâmico einovador, alicerçado por vá-rias parcerias e estágios na-cionais e internacionais.

Criados pelo decreto-lei 26,de janeiro de 1989, os cursosprofissionais, desenvolvidos emPortugal de forma precursora pe-las escolas profissionais, sãouma oferta formativa de dupla cer-tificação destinada a jovens, cujointuito principal é a inserção nomercado de trabalho. Além deconferirem um nível secundárioescolar, as aprendizagens reali-zadas nestes cursos valorizamo desenvolvimento de competên-cias pessoais e técnicas neces-sárias ao exercício de uma pro-fissão, agora de nível 4, permitin-do ainda a prossecução de estu-dos no ensino superior.

Identificámos, ao longo des-tes 20 anos, as necessidades dotecido socioeconómico e empre-sarial da região e, corresponden-do às suas solicitações, alicer-çados em parcerias ativas, e nor-teados por um projeto educativo

Cior: 20 anos com umprojeto educativo dinâmico

ousado, dinâmico e inovador,contribuímos para a sua moder-nização, desenvolvimento ecompetitividade.

O nosso projeto educativo,formativo e sociocultural rompeucom um sistema de ensino fe-chado: abrimo-nos às comunida-des locais e ao mundo. Estabe-lecemos parcerias com institui-ções, empresas, organismos;promovemos estágios nacionaise internacionais, certos de quea aplicação do saber, no terre-no, no mundo real do trabalho, éo património técnico e pessoal,arroio dos nossos jovens, quebuscará o futuro por achar. O seufuturo! A imagem de credibilidadee de referência, que muitos veemno nosso projeto e com a qualnos identificam e obsequeiam,resulta da educação e da forma-ção que ministrámos a milharesde jovens, do aproveitamento eda rendibilização dos nossos re-cursos técnicos e humanos noprocesso educativo, e sobretudodos valores da ética, da solidarie-dade, da igualdade e da cidada-nia que nos guiam.

Responderemos, sem vacila-ções, aos novos desafios, aosnossos desafios: à competitivida-de saudável do ensino público,ao abandono escolar precoce dealguns jovens, às dificuldadesdas famílias, às crises sociais,às questões financeiras, econó-micas e pessoais que nos mir-ram cada dia que passa. O nos-so projeto educativo reforçará al-guns fatores inefáveis, algunsprincípios. Desde logo, o da per-tença a esta comunidade refle-xiva cujas práticas de responsa-bilização e de cooperação apor-tarão a um ensino de qualidade,fazendo das suas fraquezas for-ças: o Bojador ao alcance da dor,do trabalho, do empenho. Osprincípios da democratização, dacidadania atuante, em que todos– docentes, discentes, funcioná-rios, encarregados de educa-ção… – serão a voz da liberda-de, da solidariedade, do respei-to à diferença, da valorização dadiversidade, numa polifonia deafetos que contribuirá para o de-senvolvimento harmonioso decada um dos agentes; para uma

educação plena, moderna, intera-tiva que permita aos cidadãos doamanhã uma inserção social eprofissional absoluta, um melhor

entendimento do mundo e ummundo melhor onde todos sejamfelizes e responsáveis.

Cior valoriza o desenvolvimento das competências pessoais e técnicas

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 201316Atualidade

Cátia VelosoPatrícia Pereira

A Casa da Cultura foi pal-co da apresentação do livrode Luís Moura Serra, que fazum contexto histórico e fami-liar da Companhia de Orde-nanças de Santiago de Bou-gado aquando as invasõesfrancesas.

O livro “A Companhia de Or-denanças de Santiago deBougado e a Defesa do Rio Avena Barca da Trofa – Contexto His-tórico e Familiar” foi apresenta-do na Trofa, na noite de sexta-feira, na Casa da Cultura daTrofa. O autor, Luís Moura Ser-ra, “descendente” de Luís Carnei-ro, comandante da Companhia,complementou através da obra oestudo fez quando trabalhou naautarquia da Trofa, aquando dacelebração dos 200 anos da pas-sagem do exército francês peloterritório trofense.

Perante a plateia cheia, Luís

Luís Moura Serra apresenta livrosobre invasões francesas em Bougado

Moura Serra esteve ao lado do ve-reador da Cultura da Câmara Mu-nicipal, Assis Serra Neves, e Aloí-sio Maia Nogueira, presidente daJunta de Freguesia de Vermoim,que apresentou o conteúdo da

obra. Para editar o livro, LuísMoura Serra apelou ao apoio dapopulação da Trofa, mas “nãohouve grande reação” à divulga-ção deste trabalho. No entanto,esclarece, “o que interessa é que

o livro foi lançado e será tambémapresentado na Maia, Viana doCastelo, Vila Nova de Famalicãoe Vila do Conde”. “É importantedisseminar este episódio da nos-sa História”, sublinhou.

O livro pretende “repor algu-mas verdades históricas” sobrea resistência do povo da Trofa aoavanço do exército francês atra-vés da travessia do Rio Ave, a 23de março de 1809, quando o ter-ritório pertencia à Maia.

A obra incide na história daCompanhia de Ordenanças deSantiago de Bougado, cuja “mai-or parte dos seus elementos serelacionavam todos familiarmente”.

Os militares invasores che-garam à zona da Trofa a 23 demarço e, segundo as memóriasdo general Soult, saíram quatrodias depois, existindo registosde que, a 28 de março, estavamnos arredores do Porto. O exér-cito de França foi obrigado a su-bir o Ave até à Ponte da Lagonci-nha, em Lousado, onde conse-guiram atravessar o rio. Os inte-ressados em adquirir para teracesso ao livro, podem contactarLuís Moura Serra através da redesocial Facebook. O jornal O No-tícias da Trofa é um dos apoiosinstitucionais da obra.

Luís Moura Serra (à esq.) repõe “verdades históricas” sobre a resistência trofense

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www.onoticiasdatrofa.pt11 de julho de 2013 Reportagem17

Cátia [email protected]

O Dia Internacional da LutaContra o Abuso e Tráfico deDroga assinala-se a 26 de ju-nho. O NT foi saber como estáo único projeto concelhio quetrabalha para reintegrar, soci-almente, ex-dependentes.

O concelho da Trofa foi iden-tificado como sendo um conce-lho lacunar ao nível da interven-ção com doentes alcoólicos etoxicodependentes. Para acolmatar, a Associação de Soli-dariedade e Acção Social deSanto Tirso decidiu avançar como projeto (Re)Inserir na Trofa, quepermitiu criar “resposta socialmultidisciplinar” que, para alémde uma “intervenção integrada”no público-alvo, serviu tambémpara “sensibilizar a populaçãopara a problemática das depen-dências”. Este “conceito inova-dor” visava a aplicação de umconjunto de respostas variadase integradas em parcerias intra-concelhias e teve a participaçãode “47 pessoas”. SegundoNatércia Rodrigues, coordenado-ra técnica do Centro Comunitá-rio da Trofa da ASAS, “25” dosutilizadores conseguiram “a abs-tinência total”.

O aumento da autoestima eda autoconfiança, importantespara a reintegração do contextosocial, foi um dos resultadosapurados no último relatórioefetuado pelos responsáveis doprojeto. “Note-se ainda o papelfundamental que o projeto temvindo a reforçar junto destesutilizadores no que concerne aosfatores de proteção que lhes per-mite criar e solidificar um con-junto de competências, aumen-

Dia Internacional da Luta Contra o Abuso e Tráfico de Droga

ASAS desenvolve projetode reintegração social de ex-dependentes

tando a capacidade de resiliênciaface à recaída, diminuindo para-lelamente os fatores de risco”,evidenciou.

De acordo com o relatório, osutilizadores tiveram várias con-quistas, entre elas, a “melhoriada qualidade dos laços familia-res, que se encontravamfragilizados ou em situação depré-rutura”, o “fomento de mo-mentos de interação positiva eenvolvimento intrafamiliar” e a al-teração “da postura sobre a suaforma de estar na vida, nomea-damente na procura de respos-tas para o seu bem-estar físico”.

O projeto permitiu ainda que“os utilizadores construíssemredes de relações com figuras dacomunidade diferentes das domundo da dependência”, afastan-do-os dos ambientes de risco econtribuindo para a adoção devalores como “o respeito, a leal-dade e entreajuda”.

As redes de amizade tam-bém saíram fortalecidas, “propor-cionando que colegas que iriampassar as festas de Natal e AnoNovo sozinhos, o passassem emconjunto”, destacou NatérciaRodrigues.

“Ao longo do desenvolvimen-to do projeto, foi possível verifi-car uma evolução positiva faceaos consumidores em processode reinserção, principalmente aonível da motivação para a manu-tenção da abstinência ou redu-ção dos consumos. Estas mu-danças verificam-se sobretudonum conjunto de atitudes e com-portamentos diferentes que osutilizadores têm vindo a adotar erefletem-se numa escolha maisseletiva das amizades, privilegi-ando indivíduos que não conso-mem, ou que pelo menos se en-contrem na mesma situação dos

próprios relativamente aos con-sumos”, explicou.

Entre outros resultados, o

“A manutenção de trabalho com este público-alvo é fundamental manter, pois trata-se de umaproblemática que se encontra constantemente naiminência de recaída, e a existência de uma equi-pa, paralela às consultas e com quem cada umpode contar, é fundamental quer para a prevençãoda recaída, quer para a motivação e envolvimentopara o tratamento e recuperação”, sublinhou a co-ordenadora. Por isso, o projeto, cujo período devigência terminava em janeiro de 2013, continuoua ser desenvolvido, sem apoios estatais, mas como empenho dos utilizadores e a colaboração deentidades externas, como a Academia MunicipalAquaplace, que permite a utilização da piscina, umavez por semana.

“Os próprios utilizadores mobilizaram-se en-tre si para que todas as ações fossem possíveisde executar, nomeadamente os almoços, ondecada um contribui com um valor simbólico que,no seu conjunto, permite que se continuem a rea-lizar os almoços-convívio preparados e organiza-dos por eles”, asseverou.

Atualmente, a ASAS conta com a participa-ção regular de “22 utilizadores”, com idades com-

Projetocontinuoumesmosemapoioestatal

preendidas entre os 24 e os 58 anos, em ativida-des como o grupo de autoajuda, os almoços e asaulas de piscina. Também “participam e apoiamativamente na dinâmica diária do Centro Comuni-tário, quer em festas e em convívios, quer mesmono tratamento do jardim, por exemplo”. “O serviçode balneário e lavandaria social é outra respostaainda solicitada por alguns dos elementos do gru-po”, acrescentou. Apesar de não abrangerutilizadores à “escala industrial”, esta respostasocial torna-se importante para a construção deuma sociedade melhor. “Não se pode considerar arecuperação do álcool ou da toxicodependênciaseja um ciclo, mas sim um processo contínuo notempo e que dura para a vida toda. Contudo, da-queles que conseguem ter e manter este proces-so, o feedback que temos tido não passa muitopela integração profissional, pelas razões conhe-cidas por todos, mas mais pelas relações familia-res restabelecidas e pelas amizades que perce-bem neste momento como sendo válidas e verda-deiras. Todos estes progressos são conseguidospelo aumento da autoestima que foi a ‘alavanca’para o sucesso pessoal de cada um”, concluiu.

(Re)Inserir Trofa ficou marcadopelo “envolvimento das entidadesparceiras na procura do projeto

como uma resposta efetiva e dereferência para a problemáticadas dependências”.

Projeto conseguiu que 25 pessoas conseguissem a “abstinência total”

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 201318 Desporto

O Ginásio da Trofa esteve re-presentado nos CampeonatosNacionais de Juniores, que serealizou nos dias 6 e 7 de julho,em Fátima. Na prova de 1500metros, Andreia Rodrigues con-quistou o 2º lugar. Já nos 800metros, Elsa Maia ficou na 7ªposição e João Ferreira na 20ª.

Também no domingo, atletasda coletividade marcaram presen-ça no Grande Prémio de S.Pedro, na Póvoa de Varzim. Emjuvenis, Tiago Silva e Ana Ribeiroconquistaram a medalha de ouro.

Ginásio da Trofa participa no Campeonato Nacional

A trofense Andreia Rodriguesé uma das oito atletas que repre-senta a Seleção Nacional noCampeonato do Mundo, que de-corre entre os dias 10 e 14 de ju-lho na cidade de Donetsk,Ucrânia. A fase de apuramento éna sexta-feira, 12 de julho, pelas11.30 horas. Se for apurada, aatleta vai disputar a final no dia14 de julho. A trofense viajou paraa Ucrânia diretamente de Fátima,no final dos campeonatos nacio-nais. Andreia Rodrigues prometeudar o seu “melhor” para dignificar

a associação que representa e oconcelho da Trofa.

Vigorosa presente noscampeonatos regionais

A Associação Cultural e Re-creativa Vigorosa esteve presen-te no Campeonato Regional deJuvenis do Porto, no fim de se-mana de 29 e 30 de junho, e con-seguiu em João Gomes a melhorclassificação na prova. O atletaobteve o 4º lugar nos cem me-tros, enquanto Sara Faria foi 7ªclassificada e Maria Maia 9ª.

Nos cem metros barreiras,Alexandre Sá obteve o 5º posto eSara Armada o 11º, enquanto nos22 metros a atleta foi 18ª classifi-cada e Sara Faria 13ª. Nos 300metros Rui Rocha e Tiago Sá con-quistaram o 11º e 15º lugares,respetivamente, e nos 800 metrosos mesmos atletas obtiveram a7ª e 14ª posições.

Em lançamento do peso,Cátia Gomes e João Gomes aca-baram na mesma posição, 6º lu-gar, e no salto e comprimento, osegundo foi 8º classificado. AnaSilva (9ª classificada) e Alexan-dre Sá (11º) participaram no sal-to em altura e no lançamento do

disco, Alexandre obteve a 9ª po-sição e Cátia Gomes a 5ª.

Coletivamente, a Vigorosa con-quistou o 11º lugar, com vários atle-tas com idades de iniciados.

Já no fim de semana de 6 e 7de julho, no campeonato regionalde iniciados, Alexandre Sá e Ali-ce Oliveira conseguiram o 7º lu-gar no lançamento do peso, en-quanto no lançamento do discoconseguiram o 4º e o 6º, respetiva-mente. O atleta participou aindanos 1500 metros obstáculos, noqual foi 6º classificado.

Nos 1500 livres participaramRui Rocha (6º) e Ana Silva (7º), asegunda conseguiu o 4º lugar no

salto em altura.A Vigorosa esteve represen-

tada nos 80 metros por Sara Fa-ria (5ª), Ana Lopes (16ª) e JulianaTeixeira (33ª). Nos 250 metros,Sara Faria foi 5ª classificada eJuliana Teixeira 7ª.

Jéssica Faria obteve a 4ª po-sição no salto em comprimento.Esta também foi a posição daequipa que participou nasestafetas de 4x80 metros, com-posta por Jéssica Faria, AliceOliveira, Ana Lopes e Sara Faria.

No campeonato regional debenjamins, Joana Martins foi 10ªclassificada em salto e compri-mento. C.V.Andreia Rodrigues (2ª à esq) representa país na Ucrânia

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 201320 Desporto

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1ª Jornada (11-08-13)22ª jornada (22-12-13)

Trofense-Benfica B

2ª jornada (18-08-13)23ª jornada (28-12-13)FC Porto B-Trofense

3ª jornada (21-08-13)24ª jornada (12-01-14)

Trofense-Atlético

4ª jornada (25-08-13)25ª jornada (19-01-14)Sporting B-Trofense

5ª jornada (01-09-13)26ª jornada (22-01-14)

Trofense-Beira-Mar

6ª jornada (15-09-13)27ª jornada (29-01-14)

Trofense-Penafiel

7ª jornada (18-09-13)28ª jornada (02-02-14)

Leixões-Trofense

8ª jornada (29-09-13)29ª jornada (09-02-14)

Trofense-Portimonense

9ª jornada (02-10-13)30ª jornada (16-02-14)Desp. Aves-Trofense

10ª jornada (06-10-13)31ª jornada (22-02-14)

Trofense-Braga B

11ª jornada (23-10-13)32ª jornada (02-03-14)Marítimo B-Trofense

12ª jornada (27-10-13)33ª jornada (09-03-14)Trofense-SantaClara

13ª jornada (03-11-13)34ª jornada (16-03-14)Moreinense-Trofense

14ª jornada(06-11-13)35ª jornada (23-03-14)

Trofense-Tondela

15ª jornada (10-11-13)36ª jornada (30-03-14)

Covilhã-Trofense

16ª jornada (24-11-13)37ª jornada (06-04-14)

Trofense- Académicode Viseu

17ª jornada (27-11-13)38ª jornada (13-04-14)

União-Trofense

18ª jornada (01-12-13)39ª jornada (19-04-14)

Trofense-Feirense

19ª jornada (08-12-13)40ª jornada (27-04-14)Oliveirense-Trofense

20ª jornada(11-12-13)41ª jornada (04-05-14)

Trofense-Farense

21ª jornada (15-12-13)42ª jornada(11-05-14)

Chaves-Trofense

A Piscina Municipal da Póvoade Varzim acolhe mais um está-gio da Seleção Nacional de Sub-19 masculinos de polo aquático,que se realiza nos dias 27 e 28de julho. Lajos Lorincz, selecio-nador nacional, e Paulo Marques,treinador nacional, já escolheramos 18 jogadores, entre os quaisestá o trofense Nuno Alexandre,atleta sub-15 do Clube EstrelasAquáticas da Trofa (CEAT).

Já este fim de semana, na

Atleta trofense convocadopara a Seleção Nacional

Piscina Municipal de Famalicão,decorreram os Campeonatos Re-gionais de Juvenis e Absolutos daAssociação de Natação no Nortede Portugal, onde participaram321 atletas (185 masculinos e 136femininos) em representação de21 clubes. O CEAT esteve repre-sentado por Artur Lima, que parti-cipou no escalão “17 anos e maisvelhos”, onde nadou os 50, ceme 200 metros livres, tendo-se apu-rado em 35º, 32º e 20º lugares,

respetivamente.Nos dias 29 e 30 de junho,

Eduarda Carvalho esteve presen-te no Campeonato Regional deInfantis, piscina longa (50 me-tros), que se disputaram na Pis-cina Municipal de Campanhã,onde participou nas provas decem e 200 metros livres. A atletado CEAT alcançou a 29ª posiçãonos cem metros livres e o 26ºlugar nos 200 metros livres.

P.P.

A secção de pedestrianismodo Clube de Campismo da Trofaestá a organizar para este sába-do, 13 de julho, mais uma edi-ção da Rota das Estrelas, cominício na ExpoTrofa. A marcha,“em circuito”, tem uma distânciade “9,5 quilómetros”, com a du-ração de “cerca de três horas”.

No sábado, o stand da Co-missão Social de Freguesia dará

Marcha Rota das Estrelascom partida da ExpoTrofa

lugar ao secretariado destaatividade, com abertura para as21.30 horas. Meia hora depois,tem início a marcha, que temhora prevista de término pela umahora.

Para uma “boa marcha”, asecção de pedestrianismo acon-selha a usar “calçado cómodo ejá habituado ao pé, de preferên-cia botas de marcha”, “meias

macias e sem costuras”, “roupaclara de forma a ser visível”, umalanterna e “impermeável ou aga-salho, conforme o tempo”.

Para saber mais informaçõesou inscrever-se pode contactarSerafim Teixeira (914 163 951),António Sá (917 531 913) ou peloe-mail [email protected]. P.P.

Clube Desportivo Trofense - Calendário da 2ª Liga

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www.onoticiasdatrofa.pt11 de julho de 2013 Desporto 21

Cátia VelosoPatrícia Pereira

Clube Slotcar da Trofa pro-moveu uma atividade que jun-tou amantes de slotcar, dosvideojogos e das Magic Cards.Próxima prova é a de 24 Ho-ras de Slotcar.

Nem as elevadas temperatu-ras que se fizeram sentir no fimde semana afastaram os aman-tes dos videojogos e das MagicCards, que se reuniram no pavi-lhão dos Bombeiros Voluntáriosda Trofa para uma atividade queserviu de prelúdio para a realiza-ção da 6ª edição das 24 horasde Slotcar da Trofa.

A iniciativa juntou mais deuma centena de participantes,uns dedicados a League OfLegends ou Counter Strike, nocomputador, outros no slotcar eno Fifa 2013 ou então Magic, umjogo de cartas colecionáveis. Aorganização ficou satisfeita coma adesão, como confirmou o pre-sidente do Clube Slotcar daTrofa, João Pedro Costa, que evi-denciou a capacidade da coletivi-dade de “concentrar pessoascom diferentes tipos de interes-ses”. “É importante chegar a estetipo de eventos, porque é ondepodemos dar uma amostra mui-

Videojogos e Magic Cardsjuntam mais de 100 pessoas

to maior do dinamismo e forçaque o clube vai apresentando aolongo do ano. Permite-nos pegarem duas das quatro modalidadesque temos e mostrar que os diri-gentes conseguem chegar a es-tes momentos e ter as pessoascom eles”, sublinhou.

A modalidade de videojogostem conquistado cada vez maisfãs na Trofa, por isso, a inicativateve que ser repartida em trêsfases, explicou Fábio Pontes,elemento da secção de videojo-gos do clube. “(A adesão) temsido progressiva, porque nãoexiste nada semelhante ao Clu-be Slotcar que proporciona asmelhores condições”, frisou.

Na vertente Magic, os adep-tos também têm aumentado naTrofa e nos concelhos vizinhos.Segundo Filipe Guimarães, estejogo, que nasceu em 1993 poriniciativa de um professor dematemática, “chama muita gen-te e, no mundo, há milhões dejogadores”. “É um jogo de estra-tégia, muitas vezes comparadoao xadrez, mas também temosa componente do secretismo,uma vez que não sabemos o queo adversário tem na mão e quaisos truques que vai utilizar. Nestemomento, existem mais de dezmil cartas diferentes e os joga-dores reúnem-se, normalmente,

em clubes ou lojas.

24 Horas de SlotcarO Clube Slotcar da Trofa pre-

para-se agora para a 6ª ediçãodas 24 Horas de Slotcar, que játem pergaminhos a nível interna-cional, considera João PedroCosta. “Esta será a edição comas maiores pistas. Esperamoster seis equipas vindas de Espa-nha, pelo que será uma das mai-ores provas disputadas a níveleuropeu, num momento em queo Slotcar, este ano, está em de-cadência. Competições ondenormalmente participavam 30 a40 equipas, têm sofrido um de-créscimo, provavelmente fruto daconjuntura que se está a viver,mas esperamos que isso nãoaconteça na Trofa. Como não hámuita oferta, tentamos igualar anossa prova às duas mais impor-tantes da Europa, que são a deBarcelona e Milão”, asseverou.

Os dias que antecedem a pro-va são dedicados à montagemdas pistas e da logística. Sãoesperadas “mais de vinte equi-

pas”.

Bilhar: Clube Slotcarencontra Sporting

na Taça de PortugalO Clube Slotcar da Trofa vai

defrontar o Sporting Clube dePortugal na 1ª eliminatória daTaça de Portugal de bilhar dePool, que se disputa no sábado,13 de julho, em Santa Maria daAzoia, concelho de Loures. Paraa fase estão apuradas 32 equi-pas. Caso vença a eliminatória,

o Clube Slotcar da Trofa já sabequal o próximo oponente: SportLisboa e Benfica. A representa-ção trofense está entregue a Fi-lipe Cruz (Briguel), Rogério Oli-veira e Pedro Forte. No passadofim de semana, em Lisboa, Pe-dro Forte defendeu na mesma va-riante de Pool individual, as co-res do Clube Slotcar da Trofa ten-do, entre 32 atletas, garantido umdos oito lugares que permitiramna próxima época disputar a 1ªDivisão da competição.

Mais de cem pessoas participaram na atividade realizada no pavilhão dos Bombeiros Voluntários

Pedro Forte conseguiu o 8º lugar no bilhar de pool24 Horas de Slotcar é já este fim de semana

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www.onoticiasdatrofa.pt 11 de julho de 201322Atualidade

Estão plantados em diversos locais estratégicos, ao longo da principal via decirculação do nosso concelho uns curiosos cartazes com o símbolo da j.s.d. alu-dindo à existência de buracos. Nalguns está desenhado um boneco ferrando umavalente soneca. Quem é este felizardo? Um malandro dum cantoneiro? Um políticono bem-bom? Ou algum dos meninos imaginando-se já de férias em mais verdesprados? Estou sinceramente intrigado com o boneco mas também com algo maispreocupante: sabem porque falei em via e não em E.N.14? Eu explico.

Quando os vossos papás estiveram na câmara (durante cerca de onze anos, ébom lembrar) fartaram-se de fazer negociatas. Uma delas foi precisamente essa:receber uns pobres milhares de euros em troca da assunção de responsabilidadespelas estradas nacionais, o que até aí era função duma empresa do estado.

Dito doutro modo- agora temos a Rua da Indústria, a Rua José de Moura Coutinhoe a Rua D. Pedro V, mas não temos a EN14. E lá está, temos buracos onde osmeninos estragam os pópós.

Os papás esqueceram-se de lhes explicarem este pormenorzito? E de cami-nho os informarem de que o maior e mais preocupante buraco da Trofa é o quedeixaram na autarquia de mais de sessenta milhões de euros? Ai os malandros,não se faz! Não passa pela cabeça do comum dos mortais, que soubessem vomecêsestas minudências, esbanjariam o vosso talento em tão pobres trabalhos.

Claro que o contracto assinado com a Estradas de Portugal foi um golpe degénio. Quem andou a dormir e não se apercebeu disso foram as câmaras da Maia,de Famalicão e Braga, que continuam coitadas, a não terem direito a buracos.

E valerá a pena tentar tapá-los? Para, como no Muro, vir logo um maduroqualquer(qual cuco preguiçoso, pois a estrutura utilizada é da Junta) estender umlençol acusando os responsáveis de fins eleitorais? Não lhes importa saber que aresponsabilidade é do empreiteiro e que ele tem que executar esses trabalhospara receber a caução retida? Santa ignorância.

P.S.- Continuo convencido das vantagens em marcar a estrada junto à ponte nodesvio para o Carqueijoso. Qualquer trabalho semelhante ao que está feito nodesvio para Sam.

Não resolve é claro o problema do trânsito na Trofa- isso só se verificará quandose construir a variante há tanto tempo sonhada- mas estou ciente de que ajudarámuito a sua fluidez. E custa pouco dinheiro, o que é importante.

Esse trabalho deveria ser acompanhado dum dístico bem visível onde instruís-se os condutores a respeitarem com o máximo rigor as marcações no pavimento.Só assim, havendo a possibilidade de ultrapassagem pela direita faz sentido estaintervenção.

S. Cristóvão do Muro, Junho de 2013M. de S. Pereira

Correio do leitorO estado do sítio

os buracos

S. Martinho de Bougado

Vasco Manuel Sampaio de Silva

Faleceu no dia 6 de julho, com 46 anos.Casado com Gabriela Maria Gonçalves Pinheiro.

S. Martinho de Bougado – AlvarelhosCassilda de Sousa e Silva

Faleceu no dia 8 de julho, com 64 anos.Viúva de Joaquim de Oliveira Campos.

Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda.Gerência de João Silva

Necrologia

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www.onoticiasdatrofa.pt11 de julho de 2013 Opinião23

A perceção de que os tempos mudam” e que com eles se mudam as vontades “,marcou mais uma atividade do jardim de infância. A saída planificada para visitarmoso(s) fontanário(s) que circunda(m) o nosso estabelecimento de ensino, tendo comoguia interlocutor aqueloutro a quem o tempo aprimorou as vivências pelo percursoextenso já percorrido, revelou-se acertada. Assim, ouvir o senhor Alberto falar, narrarum dos capítulos da sua história, lembra o poeta Camões, “Do mal ficam as mágo-as na lembrança, / E do bem (se algum houve) as saudades”.

— Foi a comissão de moradores, eleita nesta escola, numa assembleia realiza-da num sábado à noite. Juntávamo-nos “ alguns desses amigos já faleceram “ parafalarmos dos problemas do lugar. Fixou-se construir fontanários, porque era o queas pessoas mais precisavam. Havia falta de água, as pessoas andavam com oscântaros a carregá-la lá de baixo. Falei então com o senhor engenheiro da Comis-são Administrativa, filho da terra, casado na Trofa, também eleito pelo povo. Tinhaos poderes. Falei com ele para ver se fazia um bocado de jeito para meter fontanários.Disse que não tinha dinheiro, mas que autorizava desde que “Vocês o façam com ovosso dinheiro”, adiantou. Falei, pois, falei com os restantes membros da comissãode moradores e combinou-se começar o trabalho ao domingo, no sítio onde estavao lavadouro e a serração, antes de construírem o prédio por cima. Olhe, havia por aíágua, daqui e dali, escorria para um fundão. Havia muitas silvas e cada um arrogou-se de sachos e sacholas para, primeiro, limpar o terreno. Cavaram depois no interiorda mina de água, enquanto outros, com as tábuas da serração, faziam taipais quesustentavam as paredes, para não caírem, senão ficávamos sem ar. Oh, depois deum grande marretão numa pedra, a água invadiu a mina. Tínhamos descoberto oveio de água! Tínhamos descido aí uns onze metros dentro do túnel.

A memória não se cansa de lembrar o que o animou no caminho. O longo percur-so traz o cansaço à companhia, mas não desânimo à narração que prossegue.

— No outro fim de semana, parte deles já não vieram, fui eu e os meus filhosmenores e uns poucos que iniciamos a construção dos fontanários. As pessoasdos lugares contribuíram com dinheiros e materiais “ e algumas com trabalho. Aconstrução dos fontanários aconteceu entre abril de 1975 e o dia 1 de maio de 1976.Nesse dia, abri a água para todos os fontanários. Havia um passador para controlara distribuição. Entretanto, depois construíram outros, até que a água da companhiafoi chegando. É obrigatório ter a baixada, mas continua a utilizar-se a água dofontanário.

O senhor Alberto caminha e para! Tira o lenço do bolso, limpa a testa, respirafundo, mais uma vez, procura as palavras e retoma…

— Um dia, a diretora da escola chamou-me para ver se eu ligava a água para lá.Eu disse-lhe que também tinha um pedido. Se ela fazia o favor de ceder o terreno daescola para alargar o caminho. A estrada andava um metro e noventa para dentro.Ficou assim combinada a troca de graças. Eram uns esteios e um arame a fazer devedação. Passou-se um cano do fontanário rente ao muro até aquele casinhoto “ainda deve lá estar a tampa.

Entramos, procurou-se a tampa. Descobrimos que a nossa escola continua ain-da agora, neste século XXI, em marcha, a ter água para rega proveniente de umfontanário construído em tempos revolucionários, em que movimentos comunitáriosde cidadãos empreenderam a seu favor.

Sente-se, por favor, fazemos gosto que entre para ver como estamos aqui insta-lados. Agradecemos a sua partilha, o tempo de dedicação, com uma canção:

“Quando eu era pequenina / Do tamanho do tostão / Ia ao poço tirar água / E aofontanário de cântaro na mão / É que a água naquele tempo / Não chegava a casapelo cano / Nem torneira em casa havia / Era mesmo muito estranho”. Esta é acanção da Tila, ela foi uma das crianças do tempo dos fontanários! Obrigado poreste tempo; o momento lembra que “E, afora este mudar-se cada dia, Outra mudan-ça faz de mor espanto, Que não se muda já como soía”.

* tertúlia com o senhor Alberto, no Jardim de Infância da Feira Nova, sobre o

fontanário da Rua da Escola, em S. Mamede do Coronado, Trofa

Matilde Neto

APVC – Associação para a Protecção do Vale do Coronado.

http://facebook.com/valedocoronado

http://valedocoronado.blogspot.com

CrónicaVerdeA água. O devir. Os vizinhos. *

Nestes últimos dias vimos e ouvimos tantas opiniões de comentadores e politólogos

sobre o Governo, que mais não fizeram do que um exercício de tiro ao alvo a ver se

acertavam. O propósito era comentar e analisar os pedidos de demissão e não foi

nada fácil, pois não era a demissão de um ministro qualquer, mas tão só do Ministro

das Finanças (da confiança dos nossos credores internacionais) e do Ministro de

Estado e dos Negócios Estrangeiros. Foi um chorrilho de asneiras, que deu dó ouvir

e assistir.

A matéria substantiva para os comentários pouco assertivos e análises pouco

convincentes foi a demissão de Vítor Gaspar (e a sua carta amaldiçoada), a nomea-

ção de Maria Luís Albuquerque (uma ministra polémica) e o pedido de demissão

“irrevogável” de Paulo Portas (o político mais bem preparado da atualidade), que origi-

naram uma quantidade apreciável de reuniões (com pouca ou nenhuma informação

para o exterior) e uma série de briefings interrompidos, para além dos muitos dispara-

tes dos comentadores e politólogos de serviço, que se viam e ouviam na comunica-

ção social a comentarem o nada.

Tudo se tornava plausível e ocorreram situações muito caricatas e bizarras. Para

a imprensa, na sua avidez de audiência a qualquer preço, o Governo tinha caído (até

se fizeram festas no Marquês), a coligação PSD/CDS-PP tinha colapsado e Portas

tinha “morrido” politicamente, mais uma vez. Aliás, Portas tornou-se a presa fácil para

os comentadores e analistas, muitos deles da área governativa, que andam há dois

anos a dizer mal do Governo. Estranha realidade de tão estranha aliança “anti-Por-

tas”; os “comentaristas” a discutirem o acessório, para não terem de comentar o

essencial, que ficou por dizer.

No vazio do nada tentaram fazer a opinião pública. A comunicação social, os

comentadores, os analistas, as “fontes” e até a oposição andaram permanentemente

aos “papéis”, sem entenderam mesmo nada do que se estava a passar, mas sempre

a “dar palpites”.

A fragilidade do jogo político e jornalístico mostrou estar assente numa base erra-

da. Agrade ou não a muitos, aqui Paulo Portas deu uma lição, pois mostrou conhecer

muito bem o sistema em causa e superou tudo e todos.

O entendimento necessário entre os partidos do governo, PSD e CDS-PP, estava

para além do que se viu e ouviu.

O principal da crise era a necessidade de arranjar uma solução que reforçasse os

níveis de confiança, de coesão e de estabilidade governativa; era necessário uma

resposta séria para a estabilidade que assegurasse o cumprimento do memorando

de entendimento com a “troika” e, em simultâneo, se desse início a uma fase de

crescimento e de emprego. Isso sim era o importante; era o que os portugueses

precisavam de saber e não o carácter de um ministro, como passaram muito tempo

de antena a ouvir e ver discutir.

A linha que separa a informação da contrainformação é muito ténue e por isso é

preciso ter cada vez mais cuidado com a forma como construirmos a nossa opinião;

facilmente se cai na opinião fácil e nada consistente. É preciso conhecer bem o jogo

político e jornalístico, para saber filtrar seletivamente aquilo que se vê e se ouve na

comunicação social e assim se formar uma opinião fundada em bases sólidas. Para

o bem do nosso intelecto!

José Maria Moreira da Silva

[email protected]

www.moreiradasilva.pt

No vazio do nadatentaram fazera opinião pública

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