20
Edifícios em ruínas preocupam população Moradores reclamam saneamento em rua de S. Romão Semanário | 30 de outubro de 2015 | Nº 544 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 € PUB pub pub Restos de caixão encontrados na antiga linha de comboio //PÁG. 4 //PÁG. 3 //PÁG. 5 //PÁGs. 9-15 “Os mais novos perguntam-me como é que corro o jogo todo” Entrevista ao capitão do CD Trofense //PÁGs. 14 e 15

Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição de 30 de outubro de 2015

Citation preview

Page 1: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

Edifícios em ruínaspreocupam população

Moradores reclamam saneamento

em rua de S. Romão

Semanário | 30 de outubro de 2015 | Nº 544 Ano 13 | Diretor Hermano Martins | 0,60 €

PUB

pub

pub

Restos de caixão encontradosna antiga linha de comboio

//PÁG. 4

//PÁG. 3

//PÁG. 5

//PÁGs. 9-15

“Os mais novos perguntam-me como é que corro o jogo todo”

Entrevista ao capitão do CD Trofense //PÁGs. 14 e 15

Page 2: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

2 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Patrícia Pereira

Atualidade

Joaquim Carneiro estava “a passear com a esposa e o cão”

pelo Parque das Azenhas, quan-do, na zona conhecida por “Estreu”, em Finzes, reparou que “um indi-víduo estava a olhar para a água” e chamou a sua atenção para “um re-moinho”. Joaquim ainda pensou que

“pudesse ser um cano”, mas quan-do se aproximou viu “um corpo” a

“cerca de dois metros da margem”.Eram cerca das 17.15 horas de 23

de outubro, quando Joaquim, “sem querer alarmar” quem passava, li-gou para a Guarda Nacional Repu-blicana (GNR) da Trofa, que “aler-tou os Bombeiros” Voluntários da Trofa. “Mal a GNR chegou, o corpo começou a deslizar até onde o apa-nharam”, contou.

O corpo encontrado é o de Pau-lo Araújo, o homem de 42 anos que estava desaparecido desde a madru-gada de 19 de outubro.

A Polícia Judiciária também es-

Corpo encontrado no Rio AveFoi encontrado um corpo no Rio Ave, junto ao lugar do “Estreu”, em Finzes, em S. Martinho de Bougado. Trata-se do corpo de Paulo Araújo, de Vila Nova de Famali-cão, que estava desaparecido desde o dia 19 de outubro.

teve no local, tendo chegado depois das 19 horas.

Recorde-se que desde o dia 19 de outubro, decorreram buscas nas margens e no Rio Ave, depois de se ter encontrado a viatura, casaco e carteira de Paulo Araújo junto à ponte da EN14.

Até ao dia 20 de outubro, partici-param nas buscas os mergulhadores

dos Bombeiros Famalicenses e dos Bombeiros Voluntários de Valongo, com o apoio do barco e elementos dos Bombeiros Voluntários da Tro-fa. As buscas foram suspensas no rio, mas continuaram no terreno, a car-go da Guarda Nacional Republica-na (GNR) de Vila Nova de Famali-cão e pelo Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS).

No dia 6 de novembro, às 11.06 horas, está convidado para partici-par no exercício nacional “A Terra Treme”, promovido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

A ação pública visa a prepara-ção para o risco sísmico e à prática

Proteção Civil promoveexercício público nacional

dos três gestos básicos de proteção em caso de abalo. À hora marcada, qualquer cidadão, individualmente ou em grupo, onde estiver, deve bai-xar-se de joelhos, proteger a cabeça e o pescoço com os braços e mãos e procurar abrigar-se, preferencial-mente debaixo de uma mesa resis-tente. Depois, deve aguardar, até que a terra pare de tremer. O exer-cício de simulação tem a duração de um minuto.

Segundo a ANPC, “a iniciativa enquadra-se nos objetivos da Estra-tégia Internacional para a Redução de Catástrofes das Nações Unidas e nas ações que assinalam os 260 anos do sismo de 1755, pretendendo en-volver as diferentes comunidades na preparação para o risco sísmico”.

A promotora do exercício públi-co pretende ainda que este sirva de mote para a discussão e aprendiza-gem sobre como agir antes, durante e após um sismo, destacando a im-portância da escola para a constru-ção de uma cidadania ativa em ma-téria de proteção e segurança.

Mais informações e dados adicio-nais em www.aterratreme.pt. C.V.

“Várias explosões” na casa número 33 da Rua Comendador José Ferrei-ra Thedim, em S. Mamede do Coro-nado, alertaram Ricardo Santos, por volta das 14 horas de quarta-feira, 28 de outubro.

A trabalhar numa oficina mecâni-ca perto da habitação, Ricardo San-tos dirigiu-se à casa “com o extintor” e ao “detetar que estava em chamas” chamou os Bombeiros Voluntários da Trofa. “Já tinha chamas bastan-te grandes. Com o extintor conse-

Curto circuitoprovoca incêndio

gui apagá-las, se não, neste mo-mento, a casa estaria a arder quase toda”, declarou.

Os Bombeiros Voluntários da Tro-fa estiveram no local, com quatro homens apoiados num veículo, ten-do sido necessário ventilar a casa. A Guarda Nacional Republicana da Trofa registou a ocorrência.

O incêndio terá surgido no hall de entrada, onde “um homem estava a fazer alguns serviços no contador”, contou Ricardo. P.P.

Está a decorrer até 10 de novem-bro a consulta pública da avaliação de impacte ambiental da unidade in-dustrial da Mecanarte – Metalúrgi-ca de Lagoa, localizada em Santia-go de Bougado.

Segundo a Comissão de Coorde-nação e Desenvolvimento Regio-nal do Norte, que lançou a consulta pública, “o licenciamento em cau-

Avaliação de impacte ambientalda Mecanarte em consulta pública

sa prende-se com uma linha de tra-tamento de superfície, instalada em 2000, destinada ao revestimento de alguns dos produtos fabricados, de forma a conferir-lhes uma maior re-sistência à corrosão”. “Com uma ca-pacidade instalada de 43 metros cú-bicos, no que concerne ao volume das cubas utilizadas no tratamento, a unidade encontra-se agora sujeita

a licenciamento ambiental uma vez que é ultrapassado o limiar de 30 metros cúbicos definido na legisla-ção como o valor a partir do qual se aplica este regime legal”, explicou.

A Mecanarte emprega cerca de 120 pessoas e está no top 15 de pro-dutores europeus de rodas e rodízios. A exportação representa quarenta e cinco por cento da produção. C.V.

Corpo foi recolhido pelos Bombeiros Voluntários da Trofa

Page 3: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

3 2 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

Estava a passear com a esposa pela zona envolvente à antiga estação de comboios

da Trofa, para lhe contar a história daquele lo-cal, quando se deparou com “mármore, dois crucifixos, três tabuas de caixão e uma pega” .

Incrédulo com esta situação, que aconteceu por volta das 17.30 horas de terça-feira, 27 de outubro, Bruno Oliveira, nome fictício do ho-mem que prefere não ser identificado publica-mente, dirigiu-se à “Junta de Freguesia de Bou-gado para dar conhecimento” e esta “mandou um funcionário tapar aquilo”. “Hoje (manhã de quarta-feira), vim verificar se estava tudo em ordem e vi que estava tudo decomposto outra vez, estando à vista um saco preto, que não se

Crucifixos e tábuas de caixão abandonados junto à estaçãoTábuas de caixão, restos de sepultura e crucifixos foram descobertos na antiga linha de comboios da Trofa, junto à Ráfia.

sabe o que está lá dentro. Quando falei com a Junta, disseram-me que iam tomar providên-cias para remover aquilo”, contou.

No entanto, qual não foi o seu espanto quan-do encontrou de novo os resíduos do cemitério e decidiu alertar a comunicação social.

A Guarda Nacional Republicana da Trofa foi alertada por volta das 10.30 horas de quarta-fei-ra, para tomar conta da ocorrência.

O presidente da Junta de Freguesia de Bou-gado, Luís Paulo, e Amândio Couto, elemen-to do executivo, foram chamados, assim como o funcionário do cemitério de S. Martinho de Bougado, para tentar identificar a proveniência dos detritos. Segundo o presidente da Junta de

Freguesia, “os restos da sepultura encontrados não são dos cemitérios da freguesia de Bouga-do”. No entanto, os detritos foram recolhidos e

“depositados em local próprio” pelos funcioná-rio da Junta de Bougado.

“Bruno Oliveira” recordou que “na tarde dos dias 22 ou 23 de outubro”, viu “uma carrinha branca de caixa aberta” naquela zona.

A testemunha relatou que o condutor da car-rinha branca “era um homem, calvo e com

cerca de 40 anos, que numa carrinha de marca Mazda terá descarregado os restos da sepultu-ra”. Cabe agora à Guarda Nacional Republicana da Trofa identificar o infrator. “Bruno Oliveira” espera que “futuramente não venha” a encon-trar “resíduos num local como este frequenta-do diariamente por crianças”, e que está a ape-nas alguns metros da EB 2/3 Professor Napo-leão Sousa Marques.

Restos de uma campa e urna estavam depositados na antiga linha de comboio

Page 4: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

4 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Atualidade

“Indignados”. Este é o estado de espírito dos moradores da

Rua/Praceta Camilo Castelo Branco, em S. Romão do Coronado, devido à “não inclusão desta rua no projeto de saneamento que está a ser execu-tado”, na rua perpendicular, a Rua das Carvoeiras.

A 24 de agosto, os 17 moradores subscreveram um abaixo-assinado, que foi enviado ao presidente da Câmara Municipal da Trofa, Sérgio Humberto, a solicitar “informação/esclarecimento sobre a não abran-gência desta rua no projeto de sa-neamento”. “Estamos, como devem compreender, indignados com esta situação, porque achamos que todos nós pagamos os nossos impostos e por isso deveremos ter, além desta obrigação, os mesmos direitos que todos os outros cidadãos desta fre-guesia, como água e saneamento”, podia ler-se no documento, onde re-feriram que esta “não inclusão” se-ria “um lapso” e que “aguardam a devida retificação”.

Conceição Tedim, Isaura Gonçal-ves, Glória Reis e Manuela Silva são algumas das moradoras desconten-

Moradores reclamamsaneamento em ruade S. Romão

Os moradores da Rua Camilo Castelo Branco, em S. Romão do Coronado, estão re-voltados pelo facto de a sua rua - com oito casas e três terrenos – ficar de fora do pro-jeto de saneamento.

Patrícia Pereira

tes com esta situação, uma vez que “não sabem o porquê” de o sanea-mento não ser instalado na sua rua.

“Não sei o porquê de ficarmos ex-cluídos do saneamento. Temos vá-rias vivendas e estamos numa baixa, vemo-nos desesperadas no inverno com as fossas cheias. Acho que não faz sentido o projeto que fizeram”, referiu Conceição Tedim.

Já Manuela Silva declarou que a resposta da Câmara Municipal da Trofa foi que tinham “pegado no projeto que já estava do tempo de Santo Tirso e não confirmaram as casas e as ruas que haviam”. “Como é que passa um projeto de uma câ-mara para outra e não se confirma nada? Isso é uma irresponsabilidade. Já no tempo de Santo Tirso existia casas aqui”, referiu, acrescentando que o autarca “Sérgio (Humberto) disse que o projeto não tinha nada a ver com a Câmara da Trofa, porque já vinha da Câmara de Santo Tirso e a Águas do Norte pegaram assim”.

Manuela Silva asseverou ainda que “era a Câmara da Trofa que de-veria ter verificado e passado o pro-jeto em condições para a Águas do Norte”. “Não faz sentido eles anda-rem na rua ali em cima e não virem

a esta rua. Disseram que vão anali-sar e que, se calhar, vão fazê-lo em 2016. Então se estão a passar ago-ra e não fazem, que têm a oportuni-dade, acha que depois vão passar e vão pôr aqui? Claro que não. Isso é atirar areia para os olhos”, terminou.

Saneamento em 2016

O NT solicitou à autarquia, por escrito, um pedido de esclareci-mento sobre esta situação, mas, tal como tem acontecido, não obteve qualquer esclarecimento. Já na As-sembleia Municipal, a 24 de setem-bro, Sérgio Humberto, declarou que tentou “sensibilizar esta administra-ção da Águas do Norte, mostrando o abaixo-assinado, a preocupação e as plantas, para ser incluída, se pos-sível, ainda nesta empreitada”. O au-tarca declarou ainda que “a realiza-ção dessas obras necessárias para essa rua” ficará num “próximo pla-no de investimentos, o mais urgen-te possível”, tendo a Águas do Nor-te “garantido que seria já em 2016”.

O NT também soliciou um escla-recimento à Águas do Norte, mas até ao fecho de edição não recebeu qualquer resposta.

V ivemos tempos excepcio-nais. Os portugueses foram

às urnas e da sua decisão sobera-na resultou uma configuração par-lamentar que relegou a coligação PSD/CDS-PP para uma situação minoritária no seio de uma As-sembleia da República (AR) onde os partidos de esquerda, que apre-sentaram ao eleitorado programas políticos que rejeitam a orientação política seguida pelo governo que agora cessa funções, se encontram numa posição maioritária.

Apesar de não terem par t i-do para o combate eleitoral coli-gados (tal como aconteceu com PSD e CDS-PP em 2011), PS, BE e CDU empreenderam esforços para obter um entendimento que lhes permita criar uma alternati-va de governo, uma opção legíti-ma e legal que nada tem de extra-ordinário – é, aliás, prática comum em muitos estados europeus onde nem sempre a força mais votada governa – com a excepção de tal cenário representar um momen-to histórico na nossa democracia. Pela primeira vez, a possibilidade de convergência entre os partidos de esquerda é real. E essa reali-dade representa o fim de décadas de hostilidade, algo que, do ponto de vista da vitalidade do sistema democrático, só pode ser encara-do como uma boa notícia, princi-palmente para todos aqueles que, durante tantos anos, barafustaram com os comunistas por estes apa-rentemente apenas quererem ser oposição e protesto e nunca par-te da solução.

Naturalmente, nem todos es-tão satisfeitos com a actual situa-ção, o que se compreende. A de-mocracia não é, nunca foi e nunca será o sistema da unanimidade. O que não se compreende é processo acelerado de radicalização de par-te substancial da direita nacional, sempre preparada para apontar o dedo aos partidos à esquerda do PS pelo seu radicalismo, que nos vem brindado com episódios bi-zarros que em nada abonam a seu

João Mendes

A renovAção democráticA e A rAdicAlizAção dA direitA portuguesA

CRÓNICA

favor. Como se adopção de uma versão adulterada do liberalismo selvagem, que colocou definitiva-mente a social-democracia e a de-mocracia-cristã numa gaveta não fosse já suficiente, assistimos hoje a ascensão de um discurso assen-te numa lógica demagógica, que se vem cristalizando nas últimas semanas com acusações que ro-çam o fanatismo como a apologia do golpe de Estado ou da ditadu-ra de esquerda, e golpes baixos e mesquinhos como o ressuscitar do fantasma da pedofilia quando Fer-ro Rodrigues foi eleito presidente da AR. Nem o abuso de menores escapa à instrumentalização.

Nesta linha, é interessante veri-ficar que as mesmas pessoas que gritam em plenos pulmões que a coligação deve governar porque obteve mais votos, tenham negado com veemência a eleição de Ferro Rodrigues, escolhido como reza a lei com o voto da maioria dos de-putados eleitos. Quebrou-se uma tradição, ouviu-se por aí. Tradi-ção? Mas desde quando é que Por-tugal é governado pela tradição? Portugal é um estado de direito e os processos eleitorais estão plas-mados na lei. É no voto dos por-tugueses, não em tradições ou no interesse dos partidos, que reside a nossa soberania. Porém, a esco-lha do governo não é um proces-so tão linear. Os portugueses vo-tam em deputados, não em primei-ros-ministros, e diz a lei que com-pete ao Parlamento decidir quem governa. Independentemente de qualquer discurso sectário de um Presidente da República radical e da escolha, legítima, de indigitar Pedro Passos Coelho. Mas a pos-sibilidade de haver uma alternati-va ao liberalismo radical e à aus-teridade que tomaram o país de assalto está a assustar o regime e os seus apaniguados. E sem po-der e lugares para distribuir, a in-f luência desvanece e o radicalis-mo emerge. Não admira, portanto, que tenha chegado a isto.

Atualize a sua assinatura

Moradoras não sabem por é que a Rua Camilo Castelo Branco não foi contemplada nas obras de instalação da rede de saneamento

Page 5: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

5 4 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

“É melhor prevenir do que es-perar por uma desgraça”.

O alerta é do trofense Artur Araújo, que teme o desabamento de um edi-fício em ruínas na Rua D. Pedro V, em frente ao Centro Comercial da Vinha, entre uma loja e um prédio.

Outrora ocupado pelo conhecido “Moisés”, o edifício sofreu com os anos e a falta de manutenção. Sem grande parte do telhado, restam al-gumas telhas que estão na iminên-cia de cair para o passeio, utilizado diariamente por dezenas de pessoas.

Narciso Ortiga, morador no pré-dio contíguo à casa devoluta, atira:

“O edifício está completamente po-dre. Espero que nenhuma telha caia em cima de alguém. E a própria fa-chada está em risco de cair, porque não tem qualquer suporte. Num dia em que as condições climatéricas fo-rem adversas, a estrutura pode mes-mo cair”.

Paredes meias com esta “carcaça”, existe um outro edifício, utilizado em tempos pelo conhecido Carva-lho “garageiro”, que se tornou, se-gundo Artur e Narciso, “num WC

Edifícios em ruínas no centro da cidadepreocupam moradoresEdifícios em ruínas em plena cidade da Trofa estão a preocupar moradores, que alertam para a falta de segurança.

Cátia Veloso público”. “O cheiro é nauseabundo”, complementa o primeiro.

O lixo amontoa-se junto à entra-da e mistura-se com a densa vege-tação que tomou conta de um ar-mazém contíguo, onde atualmente está instalada uma loja de utilidades.

Tal cenário tem sido “habitat” ide-al para roedores e outros animais disseminadores de doenças. O pro-prietário do armazém contíguo aos edifícios devolutos, Joachim Pinhei-ro, lamenta “as desinfestações” que os seus inquilinos têm de fazer “re-gularmente” e até mesmo ele, que vive num prédio ao lado, tem de combater a praga de ratos que tei-ma a persistir. “No meu prédio, tam-bém já apareceram ratos no tercei-ro andar”, afiançou Narciso Ortiga.

Joachim Pinheiro, que se diz “pre-ocupado” com “a saúde e seguran-ça pública”, assegurou que “há dois anos” fez “uma reclamação à Câma-ra Municipal” e que “o proprietário do edifício em ruínas só fez limpe-za num dos lados do edifício”. “De-pois nunca mais veio. Fizemos mais duas participações na Câmara e dis-seram-me que iam tomar providên-cias, mas até à data de hoje não acon-

teceu nada”, contou.Artur Araújo afirmou ainda que

“há uns meses apareceram pessoas a fazer medições ao edifício, mas con-tinuou tudo na mesma”, lamentan-do que aquela situação “suje a ima-gem da avenida principal” da cidade.

Em setembro, depois de ser ques-tionado por um cidadão na Assem-bleia Municipal, o presidente da Câ-mara Municipal, Sérgio Humberto, afirmou que a autarquia “já mandou

‘enne’ de informações para proprie-tários de casas de todo o concelho e espaços verdes para que façam a limpeza, principalmente no verão, devido à bicharada e ao risco de in-

cêndio”. “Muitos deles fazem a lim-peza, mas outros não”, afirmou, dan-do como exemplo os edifícios degra-dados da Rua D. Pedro V.

O NT questionou a autarquia so-bre que medidas tomou junto do pro-prietário para resolver este problema, mas não obteve resposta.

Não é só este o edifício que está em ruínas na cidade. Ao lado da mo-dernidade dos requalificados par-ques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, atrofia um quartei-rão que outrora foi porta de entra-da para o desenvolvimento da Tro-fa. A zona envolvente à antiga esta-ção de comboios é quase um deser-to no meio da cidade, com os edifí-cios a definhar com o tempo. Bem perto, coabitam outras estruturas, tomadas pelo abandono e utilizadas pelos jovens para praticar atos de

Trofa candidata-se a fundos comunitários para reabilitarzona envolvente à antiga estação

vandalismo. A antiga fábrica Abí-lio Lima, edificada ao lado da igre-ja matriz de S. Martinho de Bouga-do, é um dos exemplos. Frequentada diariamente por jovens, que a intitu-laram de “fábrica do sexo”, é usada por grupos que se organizam para grafitar e cometer pequenos delitos.

No início do ano, um jovem sofreu ferimentos no interior daquele edifí-cio, devido a uma queda do telhado.

Questionada pelo NT sobre que estratégia tem para a reabilitação ur-bana da cidade, o executivo da Câ-

mara Municipal não respondeu. No entanto, o Jornal de Notícias publi-cou na segunda-feira que a autar-quia apresentou uma candidatura a fundos comunitários para um pro-jeto de 2,8 milhões de euros para a primeira fase de requalificação da zona envolvente à antiga estação de comboio.

O projeto, que segundo o JN está inserido no Plano Estratégico de De-senvolvimento Urbano (PEDU) do concelho, prevê a recuperação do antigo edifício da estação e de um armazém de madeira, assim como do quarteirão existente nas traseiras, na Rua Américo Moreira da Silva. A intervenção será feita numa ex-tensão de 2,4 quilómetros entre o Hospital Privado da Trofa e os par-ques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro.

Ainda segundo o JN, o projeto contempla uma ciclovia e circuito pedonal. Após a concretização da empreitada, a zona envolvente à an-tiga estação servirá para se realizar

a ExpoTrofa e as festas de Nossa Se-nhora das Dores, adiantou ao diário

Sérgio Humberto, presidente da au-tarquia da Trofa.

Densa vegetação é habitat ideal para disseminação de ratos

Edifícios estão em ruínas em plena Rua D. Pedro V

Autarquia apresentou candidatura a fundos comunitários para reabilitar antiga linha

Page 6: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

6 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Atualidade

Patrícia Pereira

cátia Veloso

Portugal, uma jovem democra-cia de 40 anos, nascida do 25

de abril de 1974, está com profun-das e rápidas alterações, desencade-adas em torno do “processo legislati-vo” de 4 de outubro. Um novo posicio-namento partidário, mais assente em acordos e interesses do que em bases ideológicas claras, estranhamente su-portados por argumentos tendenciosos, protagonizados por uma classe políti-ca medíocre, já desgastada, compro-metida com interesses que não são o dos cidadãos, impulsionam o romper de “velhos acordos” que fazem ruir o “arco da governação” – nada será como dantes...

A história eleitoral recente, legisla-tivas de 2011, marcou o fim de um ci-clo na política portuguesa, com PSD e PS ao centro, na disputa do tradicio-nal eleitorado indeciso, mas que lhes era fiel, o CDS à direita, com um dis-curso renovado de abandono do ceti-cismo pela moeda única enquanto, à esquerda, a jovem força do Bloco de Esquerda reforçava a sua presença la-deado pelo PCP em contraciclo com a tendência de decadência dos comu-nistas na Europa.

A formação de Governo (2011-2015) aproximou o PSD de Passos Coelho e CDS de Paulo Portas, motivados pela correlação de forças (número de depu-tados). Os tempos eram de austerida-de, imposta pela “troika”, que castiga-va os portugueses pelos excessos co-metidos, por vários governos. Os po-líticos passaram a ter uma nova forma de controlar as pessoas, o medo. Para tudo era o medo da “troika” que dis-farçava os constantes sinais de falta de carácter e dúbia conduta, ora os sub-marinos do “irrevogável” Portas, ora a falta de entrega de IRS e de descon-tos à Segurança Social de Passos Co-elho. No Parlamento, 4 anos de “dita-dura” da maioria em nome da auste-ridade, permanentemente silenciando a oposição, mesmo quando se falava de opções (dentro da própria austeri-dade). O clima foi claro “eu quero, eu posso e eu mando” em claro resgate da democracia.

O escândalo da prisão de José Só-crates fez manchetes nos jornais, e dava evidências de que alguma coisa nova se estava a apoderar dos corre-dores do poder... Chegaram as legis-lativas de 2015. Os estrategas partidá-rios estavam conscientes que os par-tidos do poder cometeram excessos e ultrapassaram o admissível, só uma estratégia arrojada poderia contrariar os dados das sondagens que teima-vam fixar o PS à frente do PSD. Havia

O julgamento do processo da alegada entrega de oito

obras a empreiteiros “sem acaute-lar a realização dos procedimentos pré-contratuais exigidos por lei”, já está em fase de audição das teste-munhas. O caso, que envolvia o ex-

-presidente da Câmara Municipal da Trofa (CMT), Bernardino Vasconce-los - constituído arguido por oito cri-mes de falsificação agravada e ou-tros tantos de abuso de poder - , que faleceu a 7 de setembro, tem como outros arguidos os antigos verea-dores do PSD, António Pontes, Jai-me Moreira e João Sá, nos manda-tos entre 2001 e 2009, e ainda qua-tro funcionários da Câmara Muni-cipal da Trofa e cinco empreiteiros.

A acusação resultou de um inqué-rito da Procuradoria-Geral da Re-pública através do Departamento Central de Investigação e Ação Pe-nal (DCIAP) que, diante de uma de-núncia anónima, investigou a natu-reza de empreitadas realizadas pelo executivo camarário, entre 2004 e 2006. A investigação concluiu que

“em todas as situações, as obras da CMT começaram (e por vezes aca-baram) antes de ter sido promovido o respetivo concurso” para “preju-ízo não só aos empresários preteri-dos no concurso como àqueles que nem sequer se puderam candidatar à empreitada como, particularmen-te, ao próprio Estado”.

O vereador António Pontes está acusado de oito crimes de falsifica-ção agravada e oito de abuso de po-der, assim como o vereador Jaime Moreira com três crimes de falsifi-cação agravada e três de abuso de poder e João Sá (vereador até 2005) com um crime de falsificação agra-vada e um de abuso de poder. No lote dos acusados estão ainda qua-tro funcionários da Câmara da Tro-fa e cinco empreiteiros. De acordo com o documento, havia mais dois suspeitos, mas os casos acabaram

Com o objetivo de animar a noite de sábado, 31 de outubro, a Associação Recreativa de Juventude do Muro (ARJ Muro) está a promover uma noite de mú-sica ao vivo. Daniel Monteiro, cantor solista que já

João pedro Costa

Portugal é dos Portugueses

CRÓNICAuma necessidade de esconder as siglas e os emblemas dos partidos e somar votos de forma meramente aritmética,

“PàF” o nome da coligação pré-eleito-ral que uniu CDS e PSD, que abando-nou a social-democracia e se conver-teu às políticas de direita. A distância entre uma “nova” direita que queria chegar à frente, somando mais depu-tados, para ganhar o direito da forma-ção de governo foi distanciando a pos-sibilidade de entendimento ao centro, da forma que os portugueses sempre foram habituados – a tal tradição, que se começou a romper.

À esquerda, os sinais de aproxima-ção já se tinham feito sentir, o aban-dono por parte do PS de António Cos-ta dos investimentos públicos megaló-manos, em que assentavam as políti-cas de José Sócrates. O PCP a alterar o seu discurso de “saída do euro para estudar-se uma necessidade de saída do euro” (o que é completamente di-ferente) e o Bloco de Esquerda, com uma maturidade assinalável, de um partido unido sob a voz clara de uma emergente Catarina Martins. O clima ameno dos debates televisivos entre as forças de esquerda era o prenúncio de convergência. Em nenhum momento ficou fechada a possibilidade de um entendimento pós eleitoral, facto que nunca antes tinha acontecido. O deno-minador comum era claro “contrariar a austeridade e as políticas preconi-zadas pela direita”. António Costa foi até mais longe, predestinou o chumbo a um orçamento de estado para 2016, apresentado pela direita, mesmo sem o conhecer! O entendimento para uma solução governativa entre a Coligação

“PàF” e o PS, estava definitivamente posta de lado pelo rumo dos aconte-cimentos! O excessivo protagonismo, assumido por uma pequena força po-lítica, o CDS, que vale pouco mais de 5% do eleitorado português, e que ga-nhou direito a apresentar-se lado a lado com o PSD para negociar com o PS, tornou impossível um entendimento

“ao centro”. Para aumentar as profun-das divisões que todo este processo im-pôs ao povo português, extremando os conceitos de direita e esquerda, acres-centou o Presidente da República Por-tuguesa, Aníbal Cavaco Silva, na sua pronúncia ao país para a formação do governo, ao intempestivamente assumir o papel de “velho do restelo”, diaboli-zando Bloco de Esquerda e PCP, mos-trando-se incapaz de fazer uma leitura da expressão de votos de um milhão de portugueses, que disseram sim ao aces-so de outras forças partidárias a solu-ções governativas! A democracia está mais participativa com os portugueses mais interventivos - Portugal mudou!

Antigos vereadores da Câmara da Trofa em julgamentoAntigos vereadores do PSD da Câmara Municipal da Trofa, entre os mandatos 2001 e 2009, estão a ser julgados por crimes de falsificação agravada e abuso de poder.

arquivados devido ao seu falecimen-to, como aconteceu com Bernardi-no Vasconcelos.

O DCIAP afirma que todos os documentos dos processos concur-sais camarários que “eram elabora-dos para conformar juridicamente a justificação das operações finan-ceiras necessárias para o pagamen-to das obras” são “falsos”. No docu-mento pode ler-se ainda que “todos os arguidos atuaram de modo livre, voluntário e consciente, conhecen-do a reprovabilidade dos seus com-portamentos” e “tinham perfeito co-nhecimento de que, com a sua con-duta, causavam evidentes prejuízos ao Estado Português” e que “aba-lavam a verdade intrínseca que os documentos devem merecer para a generalidade das pessoas públicas e privadas”.

Obras concluídassem procedimento aberto

Uma das empreitadas investiga-das foi o arranjo exterior do pavi-lhão desportivo municipal de S. Ro-mão do Coronado. O DCIAP con-cluiu que a autarquia “concebeu um processo de concurso limitado sem publicação de anúncio para a reali-zação da empreitada” num dia “an-terior a 23 de julho de 2004”, data em que o procedimento terá sido aberto. A obra acabou por ser adju-dicada e “a fim de evitar fazer um concurso público, em 8 de novem-bro de 2004, foi celebrado o res-petivo contrato formal no valor de 124.786,27 euros e em 28 de julho de 2005 foi celebrado um contra-

to adicional relativo a ‘trabalhos a mais’ no valor de 30.237,42 euros”. Para além de concluir que as obras

“decorreram, na sua totalidade, an-tes de aberto o procedimento”, a in-vestigação aponta para outra ilegali-dade já que o valor do primeiro con-trato, por ultrapassar os 124.699,47 euros, obriga à realização do con-curso público ou limitado com pu-blicação de anúncio.

“Conhecendo-se, à partida, o va-lor total da adjudicação uma vez que as obras se encontravam reali-zadas, verifica-se que se optou deli-beradamente por organizar à poste-riori um tipo de concurso não con-forme com o mais solene exigível, simulando-se, por isso a realização de trabalhos a mais, de forma a po-der organizar um concurso limita-do, sem publicação de anúncio, limi-tando a participação à empresa con-vidada”, pode ler-se no documento do DCIAP.

Entre as empreitadas investigadas está ainda a ampliação e requalifi-cação da escola de Fonteleite, em S. Romão do Coronado, a pavimenta-ção do cemitério de Guidões, a re-tificação e pavimentação da rua da Venda Velha, na freguesia do Muro, realização das obras de requalifica-ção da Rua das Pateiras e Avenida das Pateiras, em Santiago de Bou-gado, as obras de repavimentação dos arruamentos da Urbanização da Barca, em S. Martinho de Bougado, e o arranjo urbanístico do Largo dos Correios em S. Romão do Coronado.

Noite de música ao vivo no Muroatuou na FNAC, será o convidado especial para animar todos os presentes com “grandes temas”. O concerto

“intimista” vai ser realizado na sede da ARJ Muro, jun-to ao edifício da Junta, e é de entrada livre.

Processo incide sobre empreitadas realizadas entre 2004 e 2006, pelo executivo PSD

Page 7: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

7 6 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Atualidade

“Vivi com ele (padre Joaquim Ribeiro) 37 anos e acompa-

nhei todo o seu trabalho com muitas alegrias, muitas tristezas e, às vezes, com muitas lagrimas”. Foi num mis-to de “alegria com saudade” que El-vira Ribeiro, irmã de Joaquim Ribei-ro – padre da Paróquia de S. Marti-nho de Bougado -, assistiu à home-nagem e reconhecimento do antigo pároco, com a atribuição da toponí-mica Rua Padre Joaquim Ribeiro à via que liga a Rotunda dos Escutei-ros – junto à estação de comboios da Trofa – à Rotunda dos Ex-Comba-tentes do Ultramar. Também o irmão António Ribeiro estava emocionado com esta homenagem, que, na sua opinião, se tratou de um “reconhe-cimento do padre e do homem que se entregou à fé em Cristo e à Trofa”.

A cerimónia do descerramento da placa toponímica foi antecedida por uma Eucaristia Evocativa do 10.º aniversário da morte do Padre Joa-quim Ribeiro, na Igreja Nova, que faleceu a 20 de outubro de 2005.

“Dois meses” é o tempo que devem durar os cabazes alimentares prove-nientes do Fundo Europeu de Apoio aos Carenciados (FEAC), que foram distribuídos, esta semana, pela de-legação da Trofa da Cruz Verme-lha. Ao longo dos anos, este era um apoio “primordial” para as famílias, mas tornou-se num “complemento” à atuação da delegação face à “di-minuição de bens” e “descaracte-rização” das necessidades, alertou a presidente Daniela Esteves. “Por exemplo, recebemos um agregado

Cruz Vermelha distribuiu apoio alimentar a 163 famíliasO Fundo Europeu de Apoio aos Carenciados é cada vez “mais desequilibrado”. Quem o diz é Daniela Esteves, presidente da delegação da Tro-fa da Cruz Vermelha Portuguesa, que alerta para as quantidades “desajustadas” dos bens alimentares.

Cátia Veloso familiar com cinco pessoas, que le-vou seis pacotes de arroz e 39 latas de salsichas. Continuamos a assistir a uma forma desajustada da entrega dos bens alimentares, quando estes devem servir para um ano”, expli-cou em declarações ao NT.

Este ano, 163 agregados familia-res – 463 pessoas – foram contem-plados com o FEAC, menos 28 (106 pessoas) que em 2014. Esta redução, alertou Daniela Esteves, “não quer dizer que há menos necessidade”, mas explica-se pelo “curto período” que as famílias tiveram para cons-tituir o processo. “Os agregados só

tiveram um mês para entregarem as candidaturas e muitos não se con-seguiram organizar para cumprir o prazo, acabando por não serem con-templados. Consideramos que estão em lista de espera, mas não temos uma confirmação sobre o que irá suceder”, afiançou Daniela Esteves.

A presidente da delegação da Cruz Vermelha afirmou que, face à dimi-nuição da quantidade de bens dispo-nibilizados à família, o FEAC “pas-sou de um apoio de primeira linha para um secundário ou terciário”, sendo suplantado pelos apoios ali-mentares de emergência e pela can-tina social. “Uma vez que o pedido para o FEAC é feito em março e os bens só são entregues em finais de outubro, verificamos que as famí-lias passam a dirigir-se à delegação com mais regularidade a pedir aju-da. Os apoios de emergência torna-ram-se regulares e a cantina social tem aumentado, substancialmen-te, o número de refeições”, explicou.

Face a este cenário, a Cruz Ver-melha “tem conseguido responder à

Homenagem póstuma ao padre Joaquim RibeiroDe forma a assinalar o 10.º aniversário da morte do padre Joaquim Ribeiro, decorreu uma eucaristia evocativa na Igreja Nova, na manhã de 25 de outubro, seguida do descerramento da placa toponímica da Rua Padre Joaquim Ribeiro.

PatríCia Pereira

Para Luciano Lagoa, pároco de S. Martinho de Bougado, esta home-nagem é da “mais elementar justiça ao padre Ribeiro”, que esteve na pa-róquia “durante 30 anos” e do qual

“nasceram obras de vulto”, como “a Igreja Nova” e o “Lar de Idosos Pa-dre Joaquim Ribeiro”. “Agradeço a todas as entidades públicas que ago-ra também perpetuaram a memória do padre Ribeiro com esta rua, que tem tudo a ver com a sua vida. O terreno que passa defronte (da rua) foi ele que comprou, assim como a

Igreja e o Lar foram obras do padre Ribeiro”, declarou.

O pároco referiu que “não podem deixar de reconhecer todos aqueles que foram os servidores da paró-quia”, sendo que o “padre Ribeiro marcou profundamente a vida dos paroquianos”. “Quando vim para cá pude notar uma marca muito grande no dinamismo da catequese, grupo de jovens e dos vários movimentos litúrgicos que fazem parte da vida da igreja. A comunidade faz-se tam-bém das vidas que vão passando por

elas e neste caso o padre Ribeiro, de uma maneira muito especial, foi uma pessoa marcante na vida desta comunidade”, acrescentou.

Vida e obra do padre

Durante a cerimónia do descer-ramento da placa toponímica, cou-be a Cândido Pinheiro, elemento do Conselho Económico Fábrica da Igreja, enumerar a vida e obra do padre Joaquim Ribeiro, um desa-fio que aceitou por ter sido “um dos

que acompanhou, desde a primeira hora, o projeto da Igreja Nova e lar de apoio à terceira idade”. No seu discurso, Cândido Pinheiro refe-riu que Joaquim Ribeiro dedicou a sua “vida de alma e coração a esta paróquia e seus paroquianos”, ten-do “sempre procurado o bem-estar e felicidade do seu rebanho” e “aju-dado e acompanhado o crescimen-to de vários movimentos, em parti-cular, na área da família”. “Duran-te a sua vida desempenhou um pa-pel muito importante na vida pasto-ral, como a sua dedicação à cateque-se, promovendo e ajudando vários grupos, fermentando o crescimen-to das famílias, no acompanhamen-to dos jovens casais, dos grupos de Centro de Preparação para o Matri-mónio, das equipas de Nossa Senho-ra, Pastoral Familiar e outros movi-mentos. No setor litúrgico, ajudou e acompanhou na formação de leito-res, acólitos, ministros extraordiná-rios da comunhão e cantores, facili-tando e acompanhando nas desloca-ções para as várias formações, como estadias em Fátima”, terminou.

crescente necessidade das famílias”. “Até à data, não há nenhum pedido que, sendo elegível, não tenha sido atendido”, afirmou Daniela Esteves.

Para fazer a distribuição deste apoio, a Cruz Vermelha contou com o apoio da sociedade civil. Daniela Esteves agradeceu “a todos os vo-luntários que organizaram os caba-zes, à empresa Transmaia que fez o transporte dos alimentos e à dona Isabel que concedeu o espaço” para fazer a entrega.

O que é o FEAC?

O Fundo Europeu Apoio aos Carenciados (FEAC) é uma ação anualmente promovida pela Comissão Europeia, que adota um plano de atribuição de recursos aos Estados-Mem-bros. A delegação da Trofa da Cruz Vermelha participa ape-nas como “distribuidora” dos cabazes alimentares.

Bens alimentares foram distribuídos pela Cruz Vermelha

Irmãos estavam emocionados com reconhecimento

Page 8: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

8 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Atualidade

Negro, azul-marinho, cinzen-to e cru. Estas são as cores,

que, por transpirarem minimalis-mo, foram escolhidas para a cole-ção que Júlio Torcato apresentou na 20.ª edição do Portugal Fashion. O desfile do designer trofense, rea-lizou-se no Coliseu do Porto, “casa natal” do evento.

Júlio Torcato apresentou a sua co-leção Primavera/Verão 2016, intitu-lada “Tríptico”, rodeado de amigos, alguns dos quais desfilaram mes-

A catequese para os jovens de San-tiago de Bougado teve moldes dife-rentes do habitual, no dia 24 de outu-bro. Os instrumentos musicais fize-ram parte das sessões, graças a uma ação de divulgação da Escola de Mú-sica e Artes da Trofa (EMAT).

Elementos da EMAT deram a oportunidade às crianças de contac-tarem com alguns instrumentos mu-sicais e deram a conhecer a atividade da Escola, que está a iniciar o ano le-tivo. Segundo Cândida Oliveira, dire-tora pedagógica da EMAT, as crian-ças do 1.º, 2.º, 3.º e 4.º ano foram os que se mostraram mais entusiasma-das com alguns instrumentos. “Toda a gente conhece um piano e uma gui-tarra, mas um fagote, para alguns, é uma novidade”, contou, em declara-ções ao NT.

Júlio Torcato apresenta“Tríptico” no Portugal Fashion

mo as “peças-chave”. Miguel Viana, cabeleireiro, Vera Deus, ex- mane-quim, e Nélson Vieira, stylist, acei-taram o desafio do designer e deram a cara pela “coleção”. “A Tríptico é composta por três estilos dentro de um conceito que é a marca Júlio Tor-cato. Cada um era personificado por uma individualidade ligada à moda, os quais considerei ideais para in-terpretar o estilo mais alternativo e fashion da marca”, afiançou o tro-fense, em declarações ao NT. Entre

os muitos coordenados minimalis-tas compostos por “tecidos de fibras naturais, algodão, linho e alguns te-cidos técnicos”, Júlio Torcato mar-cou, também, o Portugal Fashion Celebration com a apresentação de uma linha de mulher.

“As peças chave, em mulher, são todas. De todos os coordenados em homem, penso que são precisamen-te as dos convidados, do Miguel Viana e do Nelson Viera”, explicou.

Escola de Músicaapresenta-se aos jovens

No final da missa que se seguiu à catequese, houve um pequeno mo-mento musical com a colaboração de todos os professores da Escola de Música. Esta ação de promoção da EMAT prolongou-se no domin-go, com um “Open Day” (dia aber-to) nas instalações da escola, onde as crianças interessadas puderam expe-rimentar os instrumentos e ficar mais familiarizadas com a música.

“Este ano, decidimos fazer o Open Day em outubro, para dar a oportu-nidade às pessoas que ainda não co-nhecem a escola de apanharem o iní-cio do ano letivo. Com estas inicia-tivas queremos chegar a mais pesso-as, uma vez que continuamos a achar que ainda há muita gente na Trofa que não conhece a Escola”, salien-tou Cândida Oliveira.

pub

Page 9: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

9 8 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

São dezoito os pais que se uni-ram com um objetivo bem definido: angariar verbas que permitam aju-dar a financiar a participação dos bailarinos em provas nacionais e internacionais. A primeira iniciati-va, a 23 de outubro, consistiu num convívio entre crianças e adoles-centes “com a realização de ativi-dades na escola, que terminaram com um jantar”. A atividade jun-tou “mais de 80 crianças”, propor-cionando-lhes momentos de “ale-gria e boa disposição”. No domin-go, teve lugar na Praceta Monge Pedro uma “mega” aula de Zumba com a professora Sara Mota, da Es-cola Passos de Dança. A aula con-

O restaurante “Os Braguinhas” vai ser palco de uma Noite de Fados So-lidária, a 6 de novembro. A iniciativa, promovida pela Associação Um Ani-mal Um Amigo (AUAUA), tem como objetivo angariar fundos para a asso-ciação e proporcionar uma boa noite de fados a todos os presentes. Paula Canossa é a fadista trofense que pro-mete “cantar e encantar” e garante que a iniciativa “é uma oportunidade” para as pessoas passarem uma noite

“diferente e contribuir para uma boa causa”. “Espero que corra bem. Ape-lo às pessoas para saírem de casa, ou-virem boa música e jantarem num dos muitos bons restaurantes que temos na Trofa”, enalteceu a fadista.

Paula Canossa será acompanhada por Francisco Vieira à guitarra por-tuguesa e João Martins na viola. A fadista trofense afiançou que “não existem muitas iniciativas destas” no concelho, aproveitando para destacar

Um grupo vindo da Trofa e ou-tro de Matosinhos encontraram-

-se na eira da casa de Vilar, junto à Capela do Divino Espírito Santo, em S. Mamede do Coronado, para juntos desfolharem o milho. E para alegrar o trabalho numa noite, que ameaçava de chuva, os trabalhado-res entoavam alegres cantares e os mais novos aproveitavam para meter conversa com as raparigas novas. A descoberta do milho rei (espiga ver-melha) por uma criança foi um mo-mento de grande alegria, com a me-nina a percorrer a roda e a ser cum-primentada por todos. E para termi-nar um trabalho na eira, nada me-lhor do que os cantares e dançares, seguido de um lanche.

Foi em ambiente de festa que de-correu a 3.ª edição da desfolhada

“Tradição do Povo”, que o Rancho Folclórico do Divino Espírito San-

Desfolhada revive tradições de outroraO Rancho Folclórico Divino Espírito Santo promoveu a 3.ª edição da desfolhada “Tradição do Povo”, que decorreu na noite de 24 de outubro.

Patrícia Pereira to promoveu na eira da Casa de Vi-lar e contou com a participação do Rancho Folclórico S. Tiago, de Cus-tóias, em Matosinhos. O evento con-tou ainda com uma atuação dos dois grupos, que desafiaram o público presente a dar um passinho de dança.

O presidente do Rancho Folclóri-co do Divino Espírito Santo, Carlos Ferreira, lamentou que as condições meteorológicas não tivessem per-mitido apresentar um quadro etno-gráfico que tinham preparado, que passava por “chamar da eira pelos vizinhos para virem ajudar na des-folhada” e os “labradores de outras casas” apareciam. “Mas devido ao tempo não foi possível, porque os campos estavam muito enlamea-dos e as pessoas estragavam os tra-jes”, acrescentou.

Apesar de a desfolhada já ir na 3.ª edição, este foi “o primeiro ano” em que “respeitaram as tradições de S. Mamede” e organizaram o evento

no “sítio correto”, agradecendo “aos proprietários” que cederam o espa-ço. “Era assim que se vivia em S. Mamede. O povo vinha do campo para a eira desfolhar o milho e onde se divertia, dançava e no final tinha um lanche. A cultura é isto mesmo. O folclore é a alegria, diversão e o tentar fazer o dia a dia”, referiu.

Até ao final do ano, o Rancho Fol-clórico tem “três atuações agenda-das” e a 2 de janeiro de 2016 pro-move o Encontro Cantares ao Me-nino, que vai contar com a participa-ção de cinco grupos/ranchos folcló-ricos. Já em julho de 2016, vai par-ticipar no Festival Internacional de Folclore, em Santa Marta de Aguião.

Espírito Santo quer federar-se Este cuidado na organização da

desfolhada está relacionado com a intenção da direção do Rancho Fol-clórico de aderir à Federação do Fol-clore Português. “São exigências

que nos põem e acho muito bem, porque demonstram como eram os nossos antepassados e temos que fa-zer uma coisa que era vivida e não ‘aldrabar’”, explicou.

“Em breve”, o Rancho Folclórico do Divino Espírito Santo vai rece-ber na sua sede, situada na antiga

escola de Mendões, “os conselhei-ros técnicos” da Federação, que vão avaliar as “várias recolhas” efetua-das, como “cânticos, danças, histó-rias, brincadeiras e várias situações”, de forma a “demonstrar que aquilo que fazem era aquilo que realmen-te era em S. Mamede”.

Pais angariam fundospara alunos da Passos de Dança

Atualidade

tou com a participação de cerca de 60 pessoas. Pedro Silva, represen-tante do grupo de pais, garantiu que as duas iniciativas promovidas

“foram um sucesso”, acrescentando que as pessoas entenderam “os ob-jetivos”. “Sabemos o caminho que temos de percorrer para atingir os nossos objetivos e iremos continu-ar a trabalhar com afinco para isso se concretizar”, afiançou o repre-sentante.

O grupo de pais já tem “em cima da mesa” outras iniciativas com o mesmo propósito, como uma “Fei-ra da Sopas/Magusto, o cantar das janeiras, o sorteio de um cabaz de natal, a realização de caminhadas”,

entre muitas outras. “Engrandece--nos o facto de nós, pais, poder-mos estar a trabalhar em prol dos sonhos dos nossos filhos e, desta forma, poder contribuir para que os mesmos se possam sentir mais re-alizados e felizes”, explicou Pedro Silva. O representante, em conver-sa com NT, aproveitou para agra-decer e felicitar o trabalho desen-volvido por todos os pais e alu-nos “que cativaram irmãos, primos, amigos ou familiares para estarem com eles nas atividades que decor-reram na escola” e à Escola Passos de Dança e respetivas professoras pelo trabalho que desempenham.

Fadista Paula Canossa dá voz pelos “patudos”

que a AUAUA necessita de “fundos” para ajudar aqueles que “em perío-do de crise” estão menos “protegi-dos”, como é o caso dos animais. “Es-tas iniciativas são de louvar e apoiar, pois faltam apoios e a situação finan-ceira das famílias não são neste mo-mento as melhores. Ainda bem que existem exceções e que há sempre al-guém pronto a ajudar”, apontou a fa-dista que já não atuava na Trofa des-de o lançamento do seu trabalho dis-cográfico, em 2013. A trofense mos-tra assim a sua veia solidária, dando a sua voz ao evento. “Nada mais na-tural do que ajudar esta instituição que tanto tem feito em prol dos nos-sos patudos”, referiu.

A Noite de Fados Solidária tem um custo de 15 euros por pessoa com jan-tar de carne ou peixe incluído, vinho, água ou refrigerante e ainda café e sobremesa. Para efetuar a sua reser-va contacte, 911 010 447.

Desfolhada decorreu na eira da casa de Vilar, junto à Capela do Divino Espírito Santo

Paula Canossa associou-se à causa da AUAUA

Page 10: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

10 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Atualidade

Com mais de nove mil habitantes, a Vila do Coronado é a segunda maior freguesia do concelho da Trofa com cerca de 9,77 quilómetros quadrados de área. É considerada Vila desde 1997 e foi constituída freguesia “no âmbi-to de uma reforma administrativa na-cional, pela agregação das antigas fre-guesias de S. Romão do Coronado e S. Mamede do Coronado”. A Junta de

Nos dias 30 e 31 de outubro, a Vila do Coronado recebe al-

guns dos mais emblemáticos automó-veis do panorama nacional e interna-cional para a 1.ª edição do RallySpi-rit – Altronix.

Nomes como Lancia Delta Integra-le 16v, Toyota Celica Turbo 4 WD ou Ford Escort RS1800 suscitam-lhe al-guma memória? Estes são apenas três dos cinquenta carros lendários que vão estar presentes na primeira edi-ção do RallySpirit – Altronix, que de-corre já este fim de semana na Vila do Coronado.

Com o objetivo de trazer adrena-lina e milhares de espectadores à freguesia, a competição, - organiza-da pela Xikane, com a colaboração do Clube Automóvel de Santo Tirso (CAST) e da Junta de Freguesia do Coronado, - une o passado e o pre-sente com a realização de dois ralis diferentes, o RallySpirit Históricos e

O RallySpirit – Altronix conta com duas classificativas, a primeira de-nominada, “S. Romão do Coronado” com 8,02 quilómetros e a segunda denominada “Serra” com 6,65 quilómetros. O percurso da classificati-va de 8,02 quilómetros começa junto ao Centro de Saúde de S. Romão do Coronado, passando, seguidamente, em frente à Junta de Freguesia de Covelas e, mais adiante, os pilotos vão passar pela Capela de S. Gon-çalo. Depois de “subir” pela Serra até ao Lar do Emigrante, o percurso termina próximo ao aterro de Santa Cristina do Couto.

O percurso de 6,65 quilómetros começa próximo das antigas instala-ções da Fábrica Abel Alves de Figueiredo e termina no Aeródromo Vi-lar da Luz. Ambas as classificativas são repetidas por três vezes, “que perfazem perto de 45 quilómetros disputados ao cronómetro, a que cor-respondem cerca de 87,16 quilómetros de percurso total”.

Conhece a Vila do Coronado?Freguesia do Coronado é conhecida e reconhecida pela Arte Sacra, pelas ro-marias, pelas vassouras e pelas varia-das atividades que ali se desenrolam, como o Coronado ConVida, evento de índole cultural e associativo, e outras li-gadas ao desporto como a Rota da Arte Sacra em BTT e agora o RallySpirit – Altronix. O setor associativo está for-temente vincado na Vila do Coronado,

que conta com associações como o Fu-tebol Clube de S. Romão, a Associação Recreativa e Desportiva do Coronado, o Rancho do Divino Espírito Santo, Rancho Folclórico de S. Romão, Gru-po de Danças e Cantares do Vale do Coronado, o grupo de BTT “Us Pre-guissas”, a União de Ciclismo do Co-ronado, a Associação de Solidariedade social Gota D’Água, Agrupamento de Escuteiros de S. Romão, a Associação de Solidariedade Social do Coronado (ASCOR) e a Sociedade Columbófila de S. Romão do Coronado.

Coronado pronto para “acelerar” no RallySpirit

o RallySpirit Contemporâneos.O RallySpirit - Altronix, que se

inicia esta sexta-feira, pelas 22 ho-ras, com uma cerimónia de partida simbólica em S. Romão do Coronado, tem um esquema de prova “extrema-mente compacto”. Já no dia seguinte, sábado, a competição inicia-se pelas 11 horas e conta com “seis provas es-peciais”, com duas classificativas: S. Romão do Coronado (8,02 quilóme-tros) e Serra (6,65 quilómetros) “re-petidas três vezes”.

Para Pedro Ortigão, responsável pela Xikane, a “ideia” de colocar os

“carros míticos em competição” já existia, apenas ainda não tinha sido aplicada em Portugal. O responsável garante que o apoio da Junta de Fre-guesia do Coronado foi “fundamen-tal” para a concretização da prova.

“Tudo se proporcionou com a Vila do Coronado, que nos apoiou incon-dicionalmente neste projeto”, expli-cou Pedro Ortigão.

Percurso “cheio” de adrenalina

Page 11: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

11 10 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

pub

Page 12: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

12 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Desporto

José Ferreira, presidente da Jun-ta de Freguesia do Coronado, real-çou que a prova se destaca no pano-rama nacional automobilístico, por ser “original e diferente”.“Estou convencido que esta prova

vai ser um sucesso, porque no fun-do aquilo que nos move enquanto Junta de Freguesia é atrair e criar referências na nossa freguesia”, afirmou. O presidente explicou que a Junta de Freguesia decidiu aceitar o desafio de colaborar com a em-presa Xikane e com o Clube Auto-móvel de Santo Tirso (CAST) na realização de uma prova com esta dimensão com o objetivo de “criar referências” no Coronado. “Não foi uma tarefa fácil, também se fosse fácil qualquer um faria, mas estou

Apesar de serem atrativos e carismáticos, os carros que

vão participar na primeira edição do RallySpirit – Altronix não andam sozinhos. A prova vai reunir uma coletânea de campeões que se mos-tram preparados para colocar “o pé no pedal” e acelerar a fundo pelas ruas do Coronado.

Falamos com quatro dos pilotos que vão participar na primeira edi-ção do RallySpirit- Altronix e todos apontam que esta vai ser uma gran-de prova. Nos dias 30 e 31 de outu-bro, alguns dos melhores pilotos do panorama automobilístico nacional vão estar presentes neste rally e pro-metem dar um “grande espetáculo” a todo o público.

A primeira edição do RallySpirit conta com a presença de um piloto trofense, Paulo Azevedo, ex-cam-peão Nacional de Clássicos Ralis, que vai conduzir o seu mítico Ford Escort RS1600. Paulo explicou ao NT que é “sempre agradável” vol-tar a fazer aquilo que “durante mui-tos anos” fez. “Vou ver pessoas que já não vejo há muito tempo e acho que vai ser muito interessante voltar

Presidente da Junta convicto que Rally vai ser “um sucesso”

perante grandes profissionais, gen-te muito competente que contribuiu para que esta iniciativa se concre-

tizasse”, enalteceu José Ferreira. O presidente aproveitou o evento da apresentação da iniciativa para

elogiar, louvar e agradecer a todas as entidades e pessoas que fizeram parte da organização do RallySpi-rit – Altronix e que contribuiu para que ganhasse “confiança” e vonta-de de realizar a segunda edição, já no próximo ano. “Estou satisfeito com esta prova pelo patamar e o ní-vel que já atingiu e sobretudo satis-feito com as pessoas que estão liga-das à iniciativa. São excelentes pro-fissionais, gente muito responsável e sobretudo gente que sabe aquilo que faz e isso deu-nos imensa con-fiança”, afiançou.

Sobre a prova, o presidente con-sidera que o simples facto de reunir automóveis “campeões nacionais e mundiais”, assim como alguns dos melhores pilotos do panorama au-

tomobilístico português “é um in-grediente aliciante” que pode tra-zer milhares de pessoas ao Coro-nado, se S. Pedro cooperar. “Está aqui um motivo para que gente de fora nos visite e acompanhe o que vai acontecendo aqui na freguesia”, apontou José Ferreira.

A primeira edição do RallyS-pirit vai contar com uma presen-ça de destaque, Emídio Guerreiro, secretário de Estado do Desporto e da Juventude, que vai fazer par-te da iniciativa que invade o Co-ronado como co-piloto do presi-dente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, Manuel Mello Breyner, ex-piloto oficial da Renault nos ralis.

Esta é uma prova de “campeões”a recordar e voltar a correr”, afian-çou o também professor universitá-rio. Paulo Azevedo confessou que os seus objetivos passam por se di-vertir e conviver com os outros pilo-tos e garantiu que vai ser um “gran-de espetáculo”. “É uma oportuni-dade de ver máquinas e pilotos de outros tempos, portanto, são car-ros que não se vêem todos os dias em corridas e trazem muita emoção ao público pela forma de condução”, apontou. Bernardo Sousa, natural do Funchal, foi campeão nacional de Ralis em 2009 e vai ser o pilo-to oficial do RallySpirit. O piloto, que vive em Lisboa desde 2002, vai competir com o seu Mitsubishi Lan-cer Evolution 9 no Rally Contempo-râneos e acredita que a prova “vai ser um sucesso”. “Espero contribuir para o sucesso da prova e que daqui a alguns anos, esta possa ser uma prova reconhecida internacional-mente”, enalteceu Bernardo Sousa. Também natural do Funchal é Ale-xandre Camacho, atual campeão de Ralis da Madeira, que vai competir ao volante de um Porsche 997 GT3. Para o piloto madeirense é uma “sa-

tisfação” participar num rally onde vão estar alguns dos “carros mais marcantes da história”. Alexandre confessou que lamenta apenas che-gar esta sexta-feira à tarde, porque não terá “tanto tempo para trei-nar”. “Espera-se que seja um rally muito competitivo e um espetácu-lo para o público que vai assistir”, afiançou. Joaquim Bernardes é ou-tro dos pilotos do lote de “campe-ões” que invadem este fim de sema-na o Coronado e garante que ficou

“muito contente” por ser convidado a participar na competição. O pilo-to apontou que o seu objetivo prin-cipal é “começar e terminar” a pro-va e “dar o melhor espetáculo possí-vel”. “Este rally serve precisamente para juntar os melhores pilotos na-cionais e é uma prova que envolve muito entusiasmo. O espetáculo é garantido, porque o público sente esse entusiasmo”, enalteceu o atu-al campeão nacional de Clássicos Ralis. Joaquim Azevedo vai com-petir com um VW Golf GTI e vai ceder um VW Golf GTI, equivalen-te ao seu, para uma das duplas de

“maiores sucessos dos anos 80, 90 e primeira década de 2000 e ex-du-pla da equipa oficial Renault Portu-gal – Pedro Azeredo e Carlos Ma-galhães”. Todos os atletas destaca-ram a grande dimensão do RallyS-pirit – Altronix e apontaram o possí-vel “crescimento” que a prova pode ter ao longo dos anos. “É um rally que no próximo ano tem potencial para contar com pilotos estrangei-ros e grandes carros e grandes má-quinas que participaram em rallys do passado”, referiu Joaquim Ber-nardes. Os quatro “campeões” es-peram que S. Pedro contribua para

o “sucesso” desta primeira edição permitindo que as pessoas saiam à

rua para assistir ao tão prometido espetáculo.

José Ferreira considera que iniciativa pode “criar referências” no Coronado

Alexandre Camacho

Bernardo Sousa

Paulo Azevedo

Joaquim Bernardes

Page 13: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

13 12 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Desporto

pub

Um golo de Ferrinho, aos 25 minutos, bastou para o Fafe

sair da Trofa com três pontos, que o colocaram na liderança, com 17 pontos. Por sua vez, a formação da Trofa fez o pior jogo em casa des-de o início do campeonato, produ-zindo pouco para merecer mais do que o desaire.

O Fafe entrou mais perigoso, com o avançado Alan Júnior a protago-nizar a maior parte das investidas ofensivas. No entanto, Jorge Bap-tista venceu sempre o duelo com este jogador, não conseguindo fa-zer o mesmo ao remate espontâneo de Ferrinho, aos 25 minutos.

E nem mesmo a expulsão de Zé Diogo, na primeira parte e que dei-xou o Fafe com dez elementos, con-tribuiu para que o Trofense fosse mais esclarecido no ataque. Antes, Onyeka e Bruno Simões tinham re-matado ao lado. Na etapa comple-mentar, apesar de mais presente no último reduto do adversário, a for-mação da Trofa mostrou muita pre-

A Académica de Coimbra é o próximo adversário do Trofense na Taça de Portugal. É o primeiro ad-versário da 1.ª Liga, que a formação da Trofa encontra na competição.

O jogo da 4.ª eliminatória reali-za-se na Trofa e está marcado para 22 de novembro, mas poderá sofrer alteração.

Para chegar a esta fase da Taça, o Trofense venceu Sobrado, Atlético e Santa Clara.

Académica de Coimbra é o próximo adversário na Taça

Fafe derrota Trofense O Clube Desportivo Trofense perdeu com a Associação Desportiva de Fafe, por 0-1, na 7.ª jornada da série B do Campeonato Nacional de Seniores.

Cátia Veloso

cipitação e pouca clarividência. A melhor oportunidade para o empa-te surgiu depois de um cabeceamen-to de Hélder Sousa que obrigou José Williams a um corte perigoso que quase dava autogolo.

Vítor Oliveira, treinador do Tro-fense, considerou o resultado “jus-to”, uma vez que “mesmo a jogar contra dez”, a equipa “não se con-seguiu impor” e “criou poucas situ-ações de golo”.

Por sua vez, Agostinho Bento, técnico do Fafe, considerou que a equipa “foi nitidamente superior ao Trofense”. “Disse aos meus jogado-

res antes de começar o jogo que o tempo jogaria sempre a nosso fa-vor, porque o Trofense é que preci-sava de ganhar a todo o custo, mas a nossa equipa, fruto da ambição e sobretudo da determinação, procu-rou sempre fazer o golo mais cedo que o adversário e conseguiu e mes-mo com o 0-1 conseguiu controlar completamente o jogo até à expul-são. Sabíamos que o Trofense não é uma equipa que procure jogar mui-to direto e procura circular a bola, mas também sabíamos que possi-velmente poderiam ter alguma fal-ta de profundidade e foi o que acon-

teceu”, frisou.Ao fim de sete jogos, o Trofense

ocupa o 7.º lugar, com sete pontos, os mesmos que o Torcatense. Com seis está o Mondinense e o último lugar é ocupado pelo Varzim B, que tem um ponto.

A Oliveirense e o Arões são os ad-versários acima da tabela mais pró-ximos do Trofense, com dez pontos, seguidos de S. Martinho (12 pon-tos), Vizela (14), Felgueiras (16) e Fafe (17).

No domingo, o Trofense desloca--se ao reduto do Mondinense.

pub

Onyeka não concretizou em golo nenhuma oportunidade que dispôs

Page 14: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

14 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Trofenses Fantásticos

Tiago César Moreira Pereira nasceu a 4 de julho de 1975 e

conta mais de metade da vida como jogador de futebol profissional. As-sim como começa a história de todos os astros do futebol, o primeiro con-tacto de Tiago com a modalidade foi feito em criança. Na Rua Raúl Bran-dão, no lugar do Castêlo, em S. Mar-tinho de Bougado, juntava-se com os amigos e jogava horas.

Depois, surgiu a oportunidade de vestir a camisola do Trofense. Os treinos, nas camadas jovens, faziam-

-se não só no estádio – ainda pelado – mas também noutros campos, em Santiago de Bougado ou S. Mame-de do Coronado e até “na rua, em frente à Preh”.

“Andávamos sempre com a casa às costas, mas nem pensávamos nisso. Só queríamos era jogar e divertir-mo-nos”, conta numa entrevista re-alizada numa divisão de sua casa que serve de museu pessoal e onde estão expostas fotografias em todos os clubes por onde passou e os tro-féus que colecionou ao longo de 22 anos de profissão.

A personalidade que construiu como jogador cedo começou a dar nas vistas. Ainda júnior, com 17 anos, foi chamado pelo treinador Edmun-do Duarte a integrar o plantel sénior, que militava na 2.ª Divisão B. “Co-mecei logo a jogar e fiz um bom cam-peonato. Não me posso esquecer da colaboração dos mais velhos, como o Ferreira, atual responsável dos equi-pamentos da equipa, do Renato Pon-tes, do Amorim e do Pedro”, recorda.

“Os mais novos perguntam-me como é que, aos 40 anos, consigo correr o jogo todo”

Entrevista ao capitão do Clube Desportivo Trofense

Para os adversários, Tiago é o “ranhoso em campo”. A expressão em nada tem que ver com problemas relacionados com secreções nasais, mas é uma metáfora por ser “extremamente chato” com os adversários. A personalidade dentro das quatro linhas valeu-lhe essa fama, mas também contribuiu para os êxitos que conquistou e a carreira que construiu. Depois de ter passado por vários clubes em Portugal e Espanha, o atleta de 40 anos está a cumprir a sétima época consecutiva no Trofense, onde quer “pendurar chuteiras”. Sente-se comodamente e prepare-se para ler uma história com mais de 20 anos de futebol. Cátia Veloso

A boa prestação ao serviço da equipa principal do Trofense não tardou a ser notada por outros clu-bes. Futebol Clube Famalicão e Vitó-ria de Guimarães, ambos da 1.ª Liga, disputaram o médio, que acabou por optar por aquele que lhe dava “garan-tias” de “permanecer no plantel”. As-sinou com a formação famalicense e foi por ela que se estreou no principal escalão de futebol português, no Es-tádio das Antas, num empate a zero com o Futebol Clube do Porto. Tinha 18 anos. “Estava a concretizar o meu sonho”, conta.

O medo de aterrar na Madeirae o salto para a Luz

A primeira época em Famalicão fi-cou marcada pela descida à 2.ª Liga. A ligação com o clube prolongou-se por mais uma temporada até o treina-dor Raúl Águas, acabado de chegar ao Marítimo, querer que o médio vo-asse também para a Madeira. “Como o Famalicão fazia treinos em conjun-to com o Paços de Ferreira, treinado na altura pelo Raúl, ele conhecia-me, daí ter apostado em mim”, explicou.

Apesar de “nunca ter pensado em desistir”, a adaptação à ilha “não foi fácil”, devido à distância “para a fa-mília e para a terra”. A ajuda de jo-gadores mais experientes acabou por ser essencial para cumprir duas tem-poradas ao melhor nível, em que as-sumiu o estatuto de “titular indiscu-tível” e ganhou o carinho da massa associativa.

A ligação com o clube madeirense

teve um fim inesperado. Com salá-rios em atraso, Tiago optou pela res-cisão por justa causa, alegando tam-bém “o receio de aterrar na Madei-ra”. “Eu costumo dizer que, na altura, a pista do aeroporto ainda era muito curta”, atirou, em risos, afirmando que “ainda hoje”, em campos de ad-versários, várias pessoas tentam de-sestabilizá-lo, gritando que o médio tem medo de andar de avião.

Terminado o vínculo com o Marí-timo, Tiago não esteve mais de dois meses parado. “Sugiram algumas possibilidades e uma delas foi o Ben-fica, através do Manuel José, com quem já tinha trabalhado na Madeira. Não olhei para trás. Apesar de na al-tura estar numa fase instável, o Ben-fica é um clube com história e gran-deza”, contou.

A estreia de Tiago pelas “águias” foi logo na vitória por 1-0 no dér-bi com o Sporting, corria o ano de 1997. “Curioso que, ainda há dias, vi esse jogo na RTP Memória. Sim, eu já apareço na RTP Memória”, disse, entre gargalhadas.

Conseguiu ganhar um lugar na equipa até chegar o técnico esco-cês Graeme Souness. “Nunca mais me vou esquecer. Acabei a época (1997/98) em grande. Um mês an-tes, tínhamos vencido 4-1 em Alva-lade e eu fiz um grande jogo e nessa semana, um jornalista questionou o Souness sobre a minha prestação e ele disse que eu era útil em qualquer

equipa. Para meu espanto, no início da temporada seguinte, quando fazí-amos estágio na Áustria, vieram-me dizer que eu era jovem, que precisa-va de rodar e que, por isso, ia ser em-prestado. Foi um momento marcan-te para mim e ainda mais se tornou quando soube que sócios importan-

tes do Benfica fizeram um abaixo--assinado para eu não sair”, referiu.

Tiago considera que foi vítima de lobby, uma vez que, na mesma altura, em que o clube era gerido por Vale e Azevedo, chegaram à Luz vários jo-gadores britânicos.

Tiago foi emprestado ao Rayo Vallecano que lutou pela subida à 1.ª Di-visão espanhola. Diz o médio que, na altura, o segundo escalão naque-le país se assemelhava à 1.ª Liga portuguesa, pois teve como adversários Atlético de Madrid, Sevilha e Bétis.

A equipa conseguiu o play-off de subida e diante do Extremadura ven-ceu, nas duas mãos, por 2-0. “No segundo jogo, tínhamos 75 mil pesso-as no estádio e eu marquei um grande golo. São momentos inesquecí-veis”, recordou.

A estadia por Espanha estendeu-se por mais uma época, desta vez no Tenerife, onde não conseguiu repetir o feito de subir de divisão.

Regressou a Portugal, graças a Manuel José que, mais uma vez, depo-sitou confiança no médio. Assinou pela União de Leiria e lá passou “dois anos fantásticos”, o segundo dos quais já sob a orientação de José Mouri-nho que, no ano seguinte o levou para o Futebol Clube do Porto.

Foi a envergar a camisola dos “dragões” que Tiago conquistou os tro-féus mais importantes da carreira: Taça Uefa, dois Campeonatos Nacio-nais, uma Taça de Portugal e Supertaça.

Mas no Porto, o médio nunca agarrou lugar e por isso não colocou “en-traves” quando, a meio da época, o Leiria mostrou disponibilidade em ceder Maciel para Mourinho, desde que Tiago viesse em troca. Ficou até ao fim da temporada 2003/2004, para depois regressar ao Porto, não para envergar a camisola do “dragão”, mas para representar a “pantera”, às or-dens de Jaime Pacheco. Ainda hoje, admite, “nutre uma simpatia especial” pelo Boavista, onde esteve até 2006/2007.

A ida para a Espanha e o início da relação com a U. Leiria

Até agora, Tiago fez mais de 650 jogos oficiais

Tiago tem “carinho especial” pelo Boavista

Page 15: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

15 14 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Trofenses Fantásticos

669 jogos oficiais

234 jogos oficiais com a camisola do Trofense

16 golos

TroféusDois campeonatos

nacionais 2002/2003 e 2003/2004 (FC Porto)

Taça Uefa 2002/2003 (FC Porto)

Taç a de Por t u g a l 2002/2003 (FC Porto)

Supertaça 2003 (FC Porto)

Apesar do mau feitio dentro de campo, Tiago fez “grandes amigos” no futebol. E até aquele contra quem mais gozo lhe dava jogar se tornou num companheiro. “Eu e o Pauli-nho Santos estávamos sempre pe-gados e o ambiente entre nós era de cortar à faca. Depois, fui encontrá-

-lo como colega no FC Porto e fica-mos amigos”, recordou. Já o treina-dor por quem tem um “carinho es-pecial” é Manuel José.

A rudeza em jogo valeu-lhe uma falsa fama junto dos adversários, conta. “Quando assinava por outro clube, os jogadores ficavam de pé atrás pelo tipo de pessoa que eu era a jogar. Só depois de me conhece-rem é que me vinham dizer que nun-ca pensavam que eu, fora de campo, era completamente diferente”.

Na sala onde guarda todas as re-cordações – tem quatro capas onde estão organizados todos os recortes de jornais sobre a carreira – Tiago admite que a medalha e camisola

As duas épocas seguintes foram passadas em Leiria, antes do regres-so ao Trofense. Na segunda, Tiago já se tinha “oferecido” ao clube da Trofa, com o objetivo de cumprir o desejo de acabar a carreira no clu-be onde nasceu para o futebol. “Na altura, o Trofense conseguiu subir à 1.ª Liga e eu sentia que podia dar o meu contributo, mas não se pro-porcionou”, contou.

Sem ressentimentos, Tiago viria a regressar ao emblema da Trofa na temporada seguinte, já na 2.ª Liga. Já “trintão”, o jogador tinha o obje-tivo “de jogar mais três épocas”, mas a verdade é que já se passaram sete.

“Não é muito vulgar competir com a minha idade e da forma como eu me entrego ao jogo. Às vezes, os jovens da equipa perguntam-me como con-sigo correr o jogo todo, mas a ver-

O regresso à Trofa dade é que ainda me sinto motiva-

do, faço o que gosto no clube da mi-nha terra e ainda me sinto com con-dições físicas e psicológicas”.

Sem falsas modéstias, Tiago sen-te que “ainda tinha capacidade de competir a outro nível”, mas está de corpo e alma no Trofense, num campeonato “completamente dife-rente do que estava habituado”. “Se fosse noutro clube, não me sujeita-va a tanta coisa que estou a passar esta época”, atira.

O médio confirmou que abdicou de salário esta temporada e só não colocou um ponto final na carreira na época que passou, porque sen-tiu que “não merecia” e que tinha o dever de ajudar o clube, acaba-do de cair no Campeonato Nacio-nal de Seniores.

Perante a atual situação do Tro-fense, que não está a ter uma boa prestação no Campeonato Nacional de Seniores (CNS), Tiago manifes-tou-se “triste” com alguns comentá-rios que surgem “nas redes sociais”.

“Há jogadores que só ganhampara pagar a gasolina”

“Custa-me ver pessoas a acusar jo-gadores de só quererem dinheiro e não têm a noção, ou não querem ter, que há lá jovens que viram no CNS uma oportunidade para aparecer e só ganham para pagar a gasolina. As

pessoas têm de perceber que, hoje, o Trofense vive numa realidade com-pletamente diferente de há alguns anos e por isso faço um apelo para que sejam compreensivas”, frisou.

Uma carreira ondesó faltou a Seleção A

que usou na Taça Uefa tem um gran-de significado. No entanto, mais es-peciais são os quadros com fotogra-fias por onde passou, oferecidos pelo avô, já falecido.

E numa carreira recheada de êxi-tos, onde estão incluídas algumas internacionalizações na Seleção sub-21, só faltou mesmo a Seleção A. “Na altura, o leque de jogadores era enorme e era muito difícil che-gar lá. Hoje, sem desmerecer os atle-tas, é muito mais fácil chegar à sele-ção”, defendeu.

Quando “pendurar as chuteiras”, Tiago quer continuar “ligado ao fu-tebol”.

Tiago está no Trofense pela sétima temporada consecutiva

Page 16: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

16 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Desporto

Atlético Clube Bougadense

Juniores 2.ª Divisão Distrital – série 4Bougadense 3-0 Esc. Fut. 115

(1.º lugar, 9 pontos)Próxima jornada31/10 às 15 horas

Nogueirense-Bougadense

Juvenis A2.ª Divisão Distrital – série 9Bougadense 4-3 FC Lagares

(4º. lugar, 6 pontos)Próxima jornada01/11 às 10 horas

Barrosas-Bougadense

Juvenis B2.ª Divisão Distrital – série 6

Bougadense 0-6 Senhora da Hora(9.º lugar, 3 pontos)Próxima jornada01/11 às 9 horas

AMCH Ringe-Bougadense

Iniciados2.ª Divisão Distrital – série 8

Sobrado 0-1 Bougadense(3.º lugar, 6 pontos)Próxima jornada01/11 às 10 horas

Bougadense-Tirsense

Infantis 2.ª Divisão Distrital – série 3

Varzim B 4-0 Bougadense(11.º lugar, 0 pontos)

Próxima jornada31/10 às 15 horas

Bougadense-Moc. Sangemil

Benjamins – Fut.7Camp. Distrital – série 3Bougadense 0-9 Trofense

(13.º lugar, o pontos)Próxima jornada31/10 às 9 horas

S. Martinho-Bougadense

Clube Desportivo Trofense

Juniores1.ª Divisão Distrital – série 2

Amarante 2-3 Trofense(3.º lugar, 12 pontos)

Próxima jornada31/10 às 15 horas

Trofense-Gondomar

Juvenis A1.ª Divisão Distrital – série 2

Penafiel 1-2 Trofense(9.º lugar, 7 pontos)Próxima jornada01/11 às 9 horas

Trofense-Paços de Ferreira

Juvenis B2.ª Divisão Distrital – série 6

Trofense 4-0 Salgueiros 08(1.º lugar, 9 pontos)

Próxima jornada01/11 às 10 horasVarzim-Trofense

Iniciados ACamp. Nacional – série B

Trofense 1-1 Varzim(9.º lugar, 4 pontos)Próxima jornada01/11 às 11 horas

FC Porto-Trofense

Iniciados BCamp. Distrital – série 2

Col. Ermesinde 1-0 Trofense(4.º lugar, 6 pontos)Próxima jornada01/11 às 11 horas

Trofense-Salgueiros

Infantis1.ª Divisão Distrital – série 1Col. Ermesinde 1-0 Trofense

(11.º lugar, 6 pontos)Próxima jornada

31/10 às 13.15 horasTrofense-Coimbrões

Benjamins – Fut.7Camp. Distrital – série 3Bougadense 0-9 Trofense

(1.º lugar, 3 pontos)Próxima jornada

07/11Trofense-S. Martinho

Fut. 7 Sub11Camp. Distrital – série 6Desp. Aves 1-2 Trofense

(3.º lugar, 3 pontos)Próxima jornada

31/10Trofense-Freamunde

Fut. 7 Sub12Camp. Distrital – série 4

Trofense 3-0 Col. Ermesinde(4.º lugar, 3 pontos)Próxima jornada31/10 às 15 horas

Rio Tinto-Trofense

Fut.7 Sub10Camp. Distrital – série 4Pedrouços 3-4 Trofense

(4.º lugar, 6 pontos)Próxima jornada

31/10Castêlo da Maia-Trofense

Futebol Clube S. Romão

Juniores2.ª Divisão Distrital – série 4Gondim-Maia 7-0 S. Romão

(11.º lugar, 0 pontos)Próxima jornada07/11 às 15 horas

S. Romão-AMCh Ringe

Um golo de Miguel permitiu ao líder Águias de Eiriz so-

mar os três pontos e cimentar-se no 1.º lugar da série 2 da 1.ª divisão dis-trital. Mas foi o Atlético Clube Bou-gadense que jogou mais e melhor, fa-lhando na finalização.

O técnico do Bougadense, Agos-tinho Lima, confirmou que “só o resultado foi negativo”, porque em

“termos de prestação, atitude e orga-nização” a formação de Santiago foi

“fantástica e os jogadores verdadei-ros campeões”. “Quando assim é, é de lamentar o resultado, porque não há nada a apontar aos jogadores que fizeram tudo. Só pecamos na finali-zação, mas também por culpa do ad-versário, que se meteu lá atrás e não cedeu espaço”, completou

O golo surgiu aos 22 minutos, através da marcação de um canto, com a equipa forasteira a aprovei-tar “a desatenção de um jogador” do Bougadense para fazer golo. Mas, a

Carlos (14 minutos), Nélson (33 minutos) e Pacheco (67 minutos) fo-ram os sentenciadores da derrota do Futebol Clube S. Romão, que saiu derrotado do reduto do Ferreira, em encontro da 4.ª jornada da série 2 da 2.ª Divisão Distrital.

O técnico romanense, Arménio Sousa, afirmou que este foi “um jogo atípico” e que “não tiveram a capacidade para corrigir o que esta-va mal e melhorar na segunda parte o resultado”, uma vez que “a equipa já estava animicamente mais abai-xo”. “Por vezes não conseguimos controlar alguma ansiedade que os jogadores têm e acabamos por so-frer golos que numa ou outra situa-ção não aconteceriam”, completou.

O S. Romão, que está em 11.º lu-gar com três pontos, recebe pelas 15 horas deste domingo, 1 de novem-bro, o Estrelas de Fânzeres, “um ad-

FC S. Romão sai derrotado de FerreiraO Futebol Clube S. Romão perdeu, na tarde de sábado, 24 de outubro, em casa do Ferreira, por 3-0.

Patrícia Pereira

Patrícia Pereira

versário que já conhecem” da Taça Brali. O treinador referiu que esta é “uma equipa muito bem montada para campos pequenos”, estando “a preparar, e com o máximo de cui-dado”, a equipa para que “não seja

“surpreendida como foi no jogo da

Taça Brali”. “A equipa sabe o que tem que corrigir e quais os pontos fracos do adversário. Estamos a tra-balhar para que, além de não sermos surpreendidos, podermos ter um re-sultado positivo”, terminou.

Líder da sériederrota BougadenseO líder Águias de Eiriz venceu o Atlético Clube Bougado, por 1-0, em jogo a contar para a 5.ª jornada da série 2 da 1.ª Divisão distrital, no dia 25 de outubro.

partir daí, foi a equipa da casa quem “tomou conta do jogo”, que “foi su-periormente dominado” pelo Bouga-dense, que acabou “a jogar com qua-tro avançados e três defesas”. “Foi o único senão da nossa equipa. De res-to estivemos muito bem e ao nível de outros tempos. Os jogadores me-reciam outro resultado”, mencionou.

A formação de Santiago, que está em 13.º lugar com quatro anos, des-

loca-se ao reduto do Melres, pelas 15 horas deste domingo, 1 de novem-bro. Agostinho Lima declarou que

“vai ser um jogo de pontapé para a frente, num campo pelado e caracte-rístico”. Devido às condições meteo-rológicas, o treinador assegura que

“não vai ser fácil jogar”, mas aque a equipa vai “tentar dar o máximo e trazer a vitória”.

Resultados Camadas jovens

Equipa do Bougadense não evitou desaire

Romanenses foram derrotados por 3-0

foto

: Dio

go S

ousa

Page 17: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

17 16 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

Desporto

Com o triunfo por 3-0 diante do Figueiredo, equipa da Associação de Futebol de Braga, a formação sénior feminina do Futebol Clube S. Romão garantiu a passagem à pró-xima eliminatória da Taça de Por-tugal. Por militar na 1.ª Divisão dis-trital, a equipa romanense fez par-te do lote de participantes na 1.ª eli-minatória da Taça. Em balanço ao jogo, a treinadora Sandra Dias afir-mou que “a equipa estava um pou-co apreensiva, pois não sabia muito acerca do adversário”, mas “entrou bem no jogo, pressionante e a circu-lar rápido a bola, chegando ao golo com naturalidade”, pelos pés de Rita.

Ainda antes do intervalo, o S. Ro-mão ampliou a vantagem, por inter-médio de Té, e já na etapa comple-mentar fechou a contagem numa boa jogada coletiva finalizada por Sofia.

Enquanto o sorteio da 2.ª elimi-natória não sai, a equipa romanense

A equipa masculina sub-16 da Associação Cultural e Re-creativa Vigorosa venceu na 3.ª jornada da 1.ª fase do Gru-po B2 do campeonato distrital. A formação da Trofa bateu o CLIP por 44-55 e soma agora quatro pontos.

Já em jornada dupla a contar para a 1.ª Fase do Grupo C do campeonato distrital, a equi-pa masculina de sub-14 da Vi-gorosa não conseguiu triunfar. No confronto com o Académi-co A, a formação da Trofa per-deu por 16-118 e com o Dragon Force A averbou um desaire por 92-24. Com quatro jogos realizados, a equipa da Vigo-rosa ainda não conquistou ne-nhum triunfo. C.V.

Basquetebol

Equipa Sub-16 da Vigorosa vence CLIP

Futsal federado

Equipa feminina do S. Romão vencee segue em frente na Taça de Portugal

ocupa-se do campeonato da 1.ª Di-visão da Associação de Futebol do Porto, que lidera e para o qual cum-pre a próxima jornada no domingo, diante da Juventus Triana.

Relativamente aos campeonatos distritais, os juniores da Associação Recreativa Juventude do Muro con-seguiu uma vitória folgada frente ao Gondomar Futsal por 5-0, em jogo a contar para a 3.ª ronda da série 2 da 2.ª Divisão distrital. Com nove pon-tos, a formação murense lidera e na próxima partida tem encontro mar-cado com a Ordem.

Em seniores masculinos, o Grupo Desportivo Covelas venceu, em casa, o Carvalheiras por 3-1, na 3.ª jorna-da da série 2 da 1.ª Divisão distrital, assumindo o 3.º lugar, com sete pon-tos. A Casa do FC Porto de Rio Tin-to é o próximo adversário. No mes-mo campeonato, a Associação Re-creativa Juventude do Muro perdeu

diante do ARC Moinhos por 3-1 e ainda não somou pontos esta época. Na jornada que se segue, a equipa recebe o Núcleo CR Valongo, pelas 22 horas de sexta-feira, 30 de outu-bro, no pavilhão desportivo da Esco-la Básica e Secundária do Coronado e Castro, em S. Romão do Coronado.

Quem também ainda pontuou foi a equipa júnior feminina do S. Ro-mão que, na 3.ª jornada, sofreu uma pesada derrota por 0-10 frente à Ju-ventus Triana, na 3.ª jornada do campeonato interdistrital. No pró-ximo jogo, defronta os Restaurado-res Avintenses, que lideram a tabela classificativa.

No escalão de juvenis masculinos, o Centro Recreativo Bougado ven-ceu o Penafiel por 5-2 e com dez pon-tos ocupa o 6.º posto da série 3 da 2.ª Divisão distrital, ao fim de cinco jornadas. O líder, ARC Moinhos, é o adversário que se segue.

Na mesma coletividade, a equipa de iniciados, a militar na série 2 da 2.ª Divisão distrital, perdeu com as Estrelas Susanenses por 1-3, man-tendo o último posto, sem pontos, quando estão cumpridas três jorna-das. No próximo fim de semana, a formação bougadense viaja ao redu-to do Rebordosafut.

Na 3.ª jornada da série 1 da 2.ª Di-visão distrital, os iniciados do S. Ro-mão perderam com o Póvoa Futsal por 10-0, ocupam o 8.º lugar, com quatro pontos, e no próximo jogo de-fronta os Restauradores Brás Oleiro.

Por sua vez, os benjamins do mes-mo clube foram derrotados pelo Re-bordosafut por 10-2, na 3.ª ronda da série 3 do campeonato distrital. No domingo, pelas 11 horas, no pavi-lhão desportivo da Escola Básica e Secundária do Coronado e Castro, a formação romanense defronta as Es-colas Modelos. C.V.

pub

Page 18: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

18 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

Desporto

“Pelo menos três mil partici-pantes”. É para este número

que, segundo a Associação Empre-sarial do Baixo Ave (AEBA), a or-ganização está a “trabalhar conjun-tamente” para “garantir entre atle-tas e todos quantos promovam há-bitos de vida saudável, pratiquem este desporto e tenham preocupa-ções solidárias”. O Grupo PROEF, a empresa ODLO e a AEBA estão a organizar a 1.ª Corrida e Cami-nhada Solidária do Ave, que se rea-liza pelas 10 horas de 15 novembro de 2015, com partida e chegada dos Parques Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro.

Vai ser a correr ou a caminhar que os inscritos podem participar e aju-dar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Trofa, a Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso e as Conferên-

Deolinda Oliveira venceu a pro-va de 15 quilómetros do 3.º Trail de Santa Catarina, em Vila Nova de Famalicão, no sábado, 24 de outubro.

A atleta veterana da Escola de Atletismo da Trofa (EAT) cumpriu a prova com o tempo de uma hora e 48 segundos.

No dia 18 de outubro, na 4.ª Cor-rida Popular de Pousada de Sara-magos, também em Famalicão, a EAT conquistou o 1.º lugar coleti-vo em benjamins femininos, com Mariana Costa (2.ª classificada), Tatiana Soares (3.ª), Inês Martins (4.ª) e Carla Alves (5.ª), e em po-pulares femininos, com Deolin-da Oliveira (3.ª), Catarina Ribei-ro (4.ª) e Goreti Sá (8.ª).

Participaram ainda Isabel Mar-tins (5.ª), em benjamins A, Rúben Pinto (5.º) e Luís Oliveira (9.º), em benjamins B, Sofia Santos (5.ª), Joana Martins (6.ª), Beatriz Maia (7.ª) e Ana Mota (8.ª), em infantis, João Abreu (6.º), em iniciados, e Daniela Pontes (3.ª), em juvenis.

Marisa Barros e Catarina Ribeiro na Corrida e Caminhada SolidáriaAté 10 de novembro pode inscrever-se na 1.ª edição da Corrida e Caminhada Solidá-ria do Ave e correr/caminhar ao lado de atletas de renome, como Marisa Barros e Ca-tarina Ribeiro.

cias de S. Vicente de Paulo, através da “angariação de fundos”.

As atletas Marisa Barros e Cata-rina Ribeiro “já confirmaram a sua presença” nesta iniciativa, havendo

“mais nomes de destaque que anun-ciaram que vão fazer a sua inscri-ção”. Marisa Barros é especialista em maratonas, com presenças nos Jogos Olímpicos de Beijing (2008) e de Londres (2012), e campeã das maratonas do Porto (2007) e de Se-vilha (2009). Já Catarina Ribeiro é campeã nacional de Juniores de Pis-ta Ar Livre (3000mts), de Sub23 de Corta Mato Curto, de Pista Cober-ta (3000m), de Corta-Mato Curto e de por duas vezes de Sub23 de Pis-ta Ar Livre.

Se também quiser fazer parte des-ta iniciativa, que é constituída por uma corrida com a distância de dez quilómetros e uma caminhada de

cinco quilómetros, pode fazer a sua inscrição online até 10 de novembro em www.desportave.pt/1a-corrida-

-e-caminhada-do-ave-trofa/, ou até 14 de novembro nos locais das en-tidades organizadoras. Pode ainda efetuar a sua inscrição presencial-mente no dia da prova, até às 9 ho-ras. A inscrição na caminhada tem um custo de “três euros” e o na cor-rida de “cinco euros”.

O levantamento de dorsais reali-za-se entre as 15 e as 20 horas de 13 de novembro e entre as 10 e as 18 ho-ras de 14 de novembro, nos Bombei-ros Voluntários da Trofa, ou no dia da prova, entre as 8.30 e as 9.30 ho-ras, junto à partida. Para fazer o le-vantamento do dorsal ou t-shirt terá que apresentar “o comprovativo de inscrição e documento de identifi-cação pessoal”.

Deolinda Oliveira vence prova em Famalicão

Já no Grande Prémio de Atletis-mo de Mozinho, em Penafiel, De-olinda Oliveira venceu no escalão de veteranos femininos, Alice Oli-veira foi 2.ª classificada, em ini-ciados, e Catarina Ribeiro e Jés-sica Pinto terminaram em 2.º e 3.º lugares, respetivamente, em ju-niores.

A EAT vai marcar presença no 3.º Corta Mato Roda dos Ventos, que se realiza em Oliveira Santa Maria, concelho de Famalicão, no sábado, 31 de outubro.

António Neto participou na 2.ª Corrida de Vila do Conde

O atleta da Trifitrofa, António Neto, participou a 25 de outubro na 2.ª edição da Corrida de Vila do Conde de 10 quilómetros.

Entre 1049 atletas António Neto conquistou um honroso 14.º lugar na categoria de Vete-ranos M55.

C.V.

Page 19: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

19 18 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT 30 OUTUBRO 2015 O NOTÍCIAS DA TROFA

AtualidadeAgenda

Telefones úteis

Farmácias

Bombeiros Voluntários Trofa252 400 700

GNR da Trofa 252 499 180

Polícia Municipal da Trofa252 428 109/10

Jornal O Notícias da Trofa252 414 714

Centro de Saúde da Trofa252 416 763

Centro de Saúde S. Romão229 825 429

Diretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: Cátia Veloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa Publicações Periódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos Azevedo Redação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699), Magda Machado de Araú-jo (TE1022) | Setor desportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O. 864), João Pedro Costa, João Mendes | Fotografia: A.Costa, Miguel Trofa Perei-ra (C.O. 865) Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Lda. | Assinatura anual: Continente: 22,50 euros; Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; | Assinatura em formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 0605 0039952000684 | Avulso: 0,60 Euros | E-mail: [email protected] | Sede e Redação: Rua das Aldeias de Cima, 280 r/c 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252 414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - Publicações Periódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105 | Nº Exemplares: 5000 | Depósito legal: 324719/11 | ISSN 2183-4598 | Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda Araújo | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do jornal “O Notícias da Trofa” são da inteira res-ponsabilidade dos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente a opinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião dos seus leitores e não pretende de modo algum ferir suscetibilidades. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal es-tão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita.

Ficha Técnica

Dia 3022 horas: Partida simbólica do Rally Spirit, da estação de comboios de S. Romão do Co-ronado

Dia 3111 horas: Início do Rally Spi-rit, da estação de comboios de S. Romão14 horas: Visita ao percurso pelo território de Santo Tirso/Trofa, desde a Fábrica de San-to Thyrso22 horas: Noite de música ao vivo, na sede da Associa-ção Recreativa Juventude do Muro

Dia 115 horas: Melres-Bougadense15 horas: S. Romão-Estrelas Fânzeres15 horas: Mondinense-Tro-fense

“Não me chames doméstica”. Esta foi uma das “exigên-

cias” feitas por Evangelina, quan-do a desafiei a uma entrevista so-bre a opção de vida de ser dona de casa. Esta abordagem fez-me per-ceber que o dogma sobre este modo de vida ainda está bem patente na sociedade. Estava dado o ponto de partida para o objetivo de perceber que motivações, desafios e vanta-gens existem por viver para a famí-lia, prescindindo de uma atividade profissional.

Evangelina aceitou sem reservas, assim como Susana e Marília. A entrevista decorreu num café, em formato conversa e num ambiente descontraído. Quando chego, já Su-sana, Evangelina e Marília tinham tomado café e iniciado o tema.

Percebo que falam da falta de re-conhecimento do Estado para esta-belecer o estatuto de dona de casa. Susana lança uma “acha para a fo-gueira”: “Na Noruega e na Dina-marca, está em cima da mesa a criação de estatuto de dona de casa, com ordenado e respetivos descon-tos. Por que é que aqui não fazem o mesmo? Nós não temos nenhu-ma garantia de futuro a esse nível”.

Com o objetivo de ajudar os es-tudantes da Universidade do Por-to a integrarem-se no mercado de trabalho, a instituição de ensino promove, com 15 autarquias da re-gião norte, o já apelidado de “Pla-no de Emprego para os Estudan-tes”. A parceria com as várias au-tarquias promove a integração de jovens qualificados no mercado de trabalho “ao articular com as em-presas dos concelhos a realização de estágios profissionais”, promo-vendo também a empregabilida-de e satisfazendo as necessidades

Dia 30Farmácia Ribeirão

Dia 31Farmácia Trofense

Dia 1Farmácia Barreto

Dia 2Farmácia Nova

Dia 3Farmácia Moreira Padrão

Dia 4Farmácia Ribeirão

Dia 5Farmácia Trofense

Dia 6Farmácia Barreto

Trofa e UP na promoção da empregabilidadedas empresas que procuram jovens com formação superior. Com este protocolo, as autarquias mostram-

-se também disponíveis para reali-zar, “dentro das suas necessidades e possibilidades, estágios profissio-nais para os recém-licenciados” da Universidade do Porto. Num futu-ro próximo, o objetivo da Univer-sidade é expandir a parceria tam-bém a empresas que queiram aco-lher estudantes universitários. Os municípios da Trofa, Famalicão, Felgueiras, Gondomar, Marco de Canaveses, Matosinhos, Ponte da

Barca, Porto, São João da Madeira, Santo Tirso, Sever do Vouga, Via-na do Castelo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia e Vila Verde foram os primeiros parceiros deste pro-

jeto de apoio à empregabilidade que foi rubricado, a 19 de outubro, no salão nobre da Reitoria da Uni-versidade do Porto e contou com a presença do reitor da instituição e

Crónica

3 de novembro é Dia da Dona de Casa

Donas de casa desesperadas? Não, bem resolvidasDe chinelos, avental e a cheirar a comida. Este é um dos estereótipos associados às donas de casa. Mas a realidade está longe de ser tão redutora e o NT comprovou-o com a entrevista a três mulheres que optaram por viver para a família e não ter atividade profissional.

Cátia Veloso Mas a marginalização começa na sociedade e na instituição do Dia da Dona de Casa. Evangelina defende que “quando esse dia dei-xar de existir, as donas de casa co-meçam a ser valorizadas”. E o mes-mo defende para o Dia da Mulher.

“Esses dias só servem para perpe-tuar a discriminação e a diferen-ça”, argumenta.

Há um episódio que Evangelina recorda e que envolveu a filha mais nova: “Um dia, ela chegou a casa da escola e perguntou-me por que é que todas as mães tinham um tra-balho e eu não e que tinha vergo-nha de dizer que eu estava em casa. Eu fi-la ver que não devia ter ver-gonha, mas sim orgulho”. Marília concorda e complementa: “Exata-mente, é que os nossos filhos tive-ram-nos mais disponíveis e a acom-panhá-los a todo o momento”.

Já Susana aborda o tema com os estereótipos. Causa-lhe “alergia” as frases feitas de que as donas de casa “não fazem nada” e por isso

“férias” não é expressão que lhes as-sista. “Eu levanto-me às 6.45 horas e deito-me muitas vezes depois da meia-noite”, frisa. Já no que toca ao aspeto visual, também contesta:

“Não, as donas de casa não andam todas de chinelo e avental. Está a

ver-me agora? É assim que eu ando em casa. E lá em casa também há a regra de que os pijamas tiram-se mal se sai da cama”.

Marília é a que a menos preo-cupada se mostra com a ideia que ainda prevalece na sociedade so-bre as donas de casa. “A nível so-cial não me sinto marginalizada, porque não valorizo. Na vida, ten-to reger-me por determinados va-lores que tenho e pela minha cons-ciência e perante a sociedade onde estou inserida, considero-me uma pessoa válida”.

Mas não cabe às donas de casa contribuir para a desmistificação deste modo de vida? “Para mim, contribuir é não valorizar o mito que está instalado. Na minha con-dição, considero que estou a con-tribuir de forma construtiva para uma sociedade melhor, porque a família é um dos pilares da socie-dade e eu vivo para a minha”, res-pondeu Marília.

As três mulheres apelidam-se “bombeiras” da família, que as con-voca sempre que um imprevisto acontece. Disponibilidade é ponto assente nestas mulheres que, aler-tam, também precisam da atenção de quem gostam. “Às vezes, o meu marido e os meus filhos chegam

a casa sem disposição quando eu até precisava de falar e desabafar”, conta Evangelina.

Desengane-se quem pensa que a televisão é a melhor amiga des-tas mulheres. Além dos noticiá-rios, Susana, Marília e Evangeli-na rejeitam acompanhar novelas e preferem ter outras atividades pa-ralelas. Susana pratica tai-chi, faz ginástica através de aulas em ví-deo que encontra no Youtube e, re-centemente, inscreveu-se num cur-so de alemão, uma vez que a filha mais velha foi estudar para o país germânico.

Já Evangelina adora ler e par-ticipar num concurso de enigmas dinamizado pelo jornal Público.

“Ganhei tempo para ler e tornar--me numa pessoa mais culta”, afir-ma depois de 20 anos sem ocupa-ção profissional, opção que tomou com o nascimento da segunda filha.

Os filhos foram aliás o moti-vo que levaram as três mulheres a abandonar as profissões e a dedi-carem-se à família. Para a tomada de decisão, reconhecem que é es-sencial o apoio dos maridos e a es-tabilidade financeira, por isso, sen-tem-se “privilegiadas”.

www.trofa.

tv

Page 20: Edição 544 do jornal O Notícias da Trofa

20 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT www.ONOTICIASDATROFA.pT

20 O NOTÍCIAS DA TROFA 30 OUTUBRO 2015 www.ONOTICIASDATROFA.pT

Com uma equipa “especiali-zada e multidisciplinar”, a

AMD Saúde dedica-se às áreas da Psicologia, Neuropsicologia, Ge-rontopsicologia, Psicopedagogia, Terapia da Fala, Nutrição e Terapia Ocupacional.

A sócia-gerente Maria Dias afir-mou que a AMD Saúde pretende

“prestar serviços na zona da Tro-fa, não exclusivamente na sua sede, mas em vários locais públicos, des-de que estejam disponíveis para os acolher”. Nesse sentido, Maria Dias contou que vão ser feitas “vá-rias parcerias com outras entidades”, levando assim “a terapia até junto daqueles que mais precisam, mini-mizando até custos para quem está mais longe”.

A equipa médica da AMD Saúde é constituída por Ângela Leite (dire-tora clínica e psicóloga), Pedro Sou-sa (médico), Teresa Souto (psicólo-ga), Maria Dias (psicóloga), Patrícia Carvalho (Terapeuta da Fala). Mar-

AtualidadeClínica AMD Saúde quer “melhorar qualidade de vida” dos trofenses

A clínica AMD Saúde abriu portas no edifício O Navegador, na Rua Infante D. Henrique, em S. Martinho de Bougado, a 24 de outubro.

garida Mesquita (nutrição) e Isido-ra Martins (Intervenção Educativa).

“(Os serviços) são para todas as ida-des e para qualquer pessoa, princi-palmente para quem tenha dificul-dades. Não pretendemos ter apenas crianças e adolescentes, mas tam-bém acolher idosos e desenvolver competências cognitivas”, adiantou.

Além destas vertentes, a AMD Saúde aposta no “apoio educativo especializado”, que vai ser traba-lhado “em parceria com a parte clí-nica”. Segundo Arminda Martins, também sócia-gerente, “os diag-nósticos das necessidades dos estu-dantes” vão ser feitos em colabora-ção com psicólogos e terapeutas da fala, sendo que depois há “a parte do apoio educativo especializado”.

“Vamos trabalhar necessidades es-peciais dos utentes e trabalhar nes-ta multidisciplinaridade e nesta li-gação com a parte clinica, para em conjunto levarmos o projeto a bom porto e termos os melhores resul-

tados possíveis”, referiu.A psicóloga Teresa Souto frisou

que a ideia deste projeto passa por “trabalharem para melhorar a qua-lidade de vida das pessoas”. “A in-trodução da psicologia ligada aos seniores e da neuropsicologia tem muito a ver com isso, ou seja, com a possibilidade de fazer despistes

precoces e alterações que começam a atingir as pessoas nas faixas dos 40 anos e onde sabemos que uma avaliação muito bem-feita e rigoro-sa e um plano de intervenção ade-quado vai dar maior tempo e com a maior qualidade de vida”, explicou.

Teresa Souto mencionou que este projeto “entra em áreas que são no-

vas também no mundo da saúde”, sendo que “a ideia” passa por “abrir um bocadinho também esta perspe-tiva à população de que não é pre-ciso ter noção de que alguma coisa corre muito mal connosco para pen-sar falar com alguém da psicologia, psiquiatria ou neurologia”.

Na reunião de Câmara desta quinta-feira, 29 de outubro, o plano de atividades e orça-mento para o próximo ano, a rondar os 34,7 milhões de euros, foram aprovados com vo-tos favoráveis do executivo PSD/CDS-PP, e com a abstenção dos vereadores do PS.

Enquanto os eleitos da coligação defendem que a Câmara “está a ajustar o orçamento à realidade” e a “reduzir a despesa e a dívida”, os socialistas consideram que o plano de ati-vidades “é errático”, porque “vai depender em grande parte” da aprovação de candida-turas a fundos comunitários. Magalhães Mo-reira (PS) lamenta que “tudo esteja em fase embrionária”, duvidando que projetos como a reabilitação urbana da zona envolvente à antiga estação de comboios “sejam facilmen-te concretizáveis a curto prazo”. “Neste mo-mento os grandes projetos que existiam (re-qualificação dos parques Nossa Senhora das Dores/Dr. Lima Carneiro e Azenhas) ficam em princípio prontos no final do ano e não há à vista nada para o ano que vem”, salientou.

O PS defende que uma das prioridades do concelho deve ser a ação social, através da ativação da plataforma Trofa Solidária, que

“apesar de já ter sido apresentado duas vezes ainda não está no terreno”, por faltar “articu-lação entre a câmara e as instituições”.

Magalhães Moreira defendeu ainda o refor-ço no apoio ao arrendamento junto de agre-

Orçamento de 34,7 milhõesaprovado em reunião de Câmara

gados familiares carenciados.No orçamento, a despesa corrente cifra-se

nos 18,9 milhões de euros, enquanto a de ca-pital é de cerca de 15 milhões.

Na rubrica “funções sociais”, que inclui educação, habitação e serviços, estão ins-critos oito milhões de euros, enquanto na de

“funções económicas”, que inclui eficiência energética e rede viária, o valor a investir será de 3,7 milhões.

Antes da reunião, a comissão política con-celhia do Partido Socialista da Trofa criti-cou o documento apresentado pelo executi-vo, relativo “às linhas gerais do orçamento de 2016”. Em comunicado, a concelhia so-cialista afirmava que “ou o executivo muni-cipal não quis partilhar com a oposição as suas linhas gerais ou, em alternativa, não apresenta qualquer visão estratégica para o concelho”, afirmaram os socialistas, em co-municado, no qual também referem que “a reunião obrigatória por lei” para o executi-vo ouvir “os partidos da oposição relativa-mente ao orçamento” só foi marcada “após” estes “em sede de Comissão Permanente da Assembleia Municipal, terem alertado para a necessidade da realização da mesma”.

Questionado pelo NT sobre a marcação da data da reunião, o executivo municipal não respondeu.

C.V.