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Jorge Talixa
Voz Ribatejana - Assumiu, no
início de Junho, funções de
responsável máximo pelo
Hospital Reynaldo dos Santos
de Vila Franca de Xira. Teve
oportunidade nas semanas
anteriores de preparar esta
transição e de conhecer a
unidade que dirige. Numa
primeira análise quais são, no
seu entender, os grandes
problemas do Reynaldo dos
Santos?
Vasco Luís de Mello –
Tivemos oportunidade, em
conjunto com o Dr. Mário
Bernardino (presidente ces-
sante) de visitar os diferentes
serviços. Eu diria que o princi-
pal problema que o hospital
tem hoje é um problema de
espaço, de limitação física e
isso é muito visível, tanto na
urgência, como no internamen-
to e mesmo a nível do bloco,
embora menos visível. Temos
poucas salas de bloco para
podermos ter uma actividade
cirúrgica mais importante.
A primeira limitação tem a ver
com espaço físico e isso, a nós,
preocupa-nos, porque traz pou-
cas possibilidades de poder-
mos, nestes 22 meses em que
vamos estar a gerir nestas
instalações, fazer grandes alter-
ações no hospital. Esse é um
primeiro desafio.
O segundo desafio tem a ver
com médicos. O que vimos nos
últimos anos é que, de facto, o
hospital tem vindo a perder
alguns médicos, ou porque se
têm reformado ou porque
foram convidados para outros
hospitais. Nós queremos recu-
perar e dotar o hospital de
capacidade clínica para poder
satisfazer todas as necessi-
dades ao abrigo do contrato
que temos. Há aqui um desafio
de ir buscar novos médicos.
Como sabe, nós temos a
intenção e a obrigação de intro-
duzir 4 novas valências neste
hospital e essas 4 novas valên-
cias vão-nos obrigar a intro-
duzir esses médicos e a ter
espaços físicos para estas 4
especialidades.
Um problema muito claro que
também vimos, mas que é mais
complexo, tem a ver com a
urgência. Tem bastantes difi-
culdades, não só pelo espaço
físico, mas também pelo nível
de afluência que tem. Uma das
razões deste nível de afluência
tem a ver com os centros de
saúde e com os cuidados
primários. Acredito que, se
tivéssemos mais médicos de
família, muito provavelmente
teríamos menos afluência na
urgência hospitalar. Hoje as
pessoas ocorrem à urgência de
uma maneira muito rápida, se
tivessem um médico de família
se calhar servia um bocadinho
de filtro antes de irem directa-
mente à urgência. Penso que a
urgência é um desafio que
vamos querer encarar de frente
logo desde início (ver caixa).
Vê vantagens nesta
assumpção de responsabili-
dades desde já no Reynaldo
dos Santos ou seria preferível
assumir a gestão do hospital
só com a abertura das novas
instalações?
Penso que, apesar de haver
estas limitações, temos várias
iniciativas de melhoria que
podemos introduzir já neste
hospital e isso facilitará,
depois, na altura da transição,
para que não seja uma tran-
sição tão drástica. Imagine que
íamos para um novo edifício
com sistemas informáticos
todos novos. Seria uma
mudança bastante mais radical,
com pessoas com quem nunca
tínhamos trabalhado. Por isso,
vejo uma vantagem muito clara
em que, neste período de tran-
sição, aprendamos a conhecer
as equipas, consigamos intro-
duzir os novos sistemas infor-
máticos e que a transição se
faça, mas introduzindo novos
circuitos e aproveitando o
espaço que lá está. E vejo outra
vantagem. Apesar do novo hos-
pital estar todo desenhado,
todo o programa funcional foi-
nos dado na altura do concurso,
acredito que, em conjunto com
os actuais profissionais, temos
ainda uma palavra, estes
profissionais vão ter uma
palavra no desenho desses cir-
cuitos e nas áreas que estão a
ser previstas para cada uma
destas especialidades. Temos
que aproveitar este momento
em que se está ainda a arrancar
a construção, se está a imple-
mentar todos os circuitos e a
dotá-lo de equipamentos para,
em conjunto com os actuais
profissionais, ter um hospital
que responda melhor à reali-
dade assistencial.
Em termos gerais qual é a
vossa orientação: uma políti-
ca de continuidade procuran-
do manter o que está a fun-
cionar ou julgam que há
condições, apesar da falta de
espaço, para introduzir já
alterações?
Acho que há condições e não
vamos ficar 22 meses à espera.
Temos já identificados três
tipos de iniciativas. Uma
primeira consiste em introduzir
as quatro novas valências. Há
uma melhoria na resposta que o
hospital vai ter. E também
entendemos que, a nível dos
meios de diagnóstico, devemos
fazer um investimento.
Nomeadamente vamos ter um
TAC, que acabou de ser monta-
do. Estamos em testes e a for-
mar as pessoas. O número que
nos deram é que o hospital
pede fora cerca de 5500 TAC’s
por ano. Estamos a falar de
5500 exames importantes que
eram feitos fora do hospital e
que hoje passam a ser feitos
dentro do hospital.
Um investimento que se justi-
fica também porque o hospi-
tal tem que comparticipar os
exames que manda fazer
fora?
É verdade e também se justifi-
ca porque nós, depois,
podemos pegar no equipamen-
to de TAC e pô-lo a funcionar
no novo hospital. Não é um
investimento que se perde.
Decidimos antecipá-lo e
achamos que este hospital, pelo
nível de actividade que tem,
merece ter um TAC.
Não foi certamente fácil
encontrar espaço para o colo-
car?
Há três salas de Raio X e o que
fizemos foi condenar uma
dessas salas e pôr aí o TAC. É
a sala 3 neste caso.
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“
02
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Agora com mais um novo
espaço de saúde e bem-estar
Novo presidente do Hospital Reynaldo dos Santos em entrevista ao Voz Ribatejana
O Hospital Reynaldo dos Santos mantém o seu carácter público mas, desde o passado dia 1, é gerido pela Escala Vila Franca
de Xira, empresa do consórcio vencedor da parceria público-privada para a construção e gestão do novo hospital vila-fran-
quense. Liderada pelo Grupo Mello, já com muitos anos de experiência na área da saúde, a nova administração promete intro-
duzir já várias melhorias no HRS, mesmo durante os 22 meses (até à inauguração do novo edifício) em que vai continuar nas
antigas instalações do centro da cidade. Quatro novas especialidades, a aquisição de aparelhos de TAC e de ecografia e a ampli-
ação do espaço da urgência, são algumas das novidades já asseguradas. Vasco Luís de Mello é o presidente da Escala Vila
Franca e da nova comissão executiva do HRS. Em entrevista ao Voz Ribatejana, a primeira desde que assumiu a direcção do
hospital vila-franquense, revela algumas das medidas previstas e garante que os utentes vão ter acesso ao hospital exactamente
nas mesmas condições que tinham até aqui, porque o HRS continua a ser um hospital público e a única diferença é que passou,
agora, a ter gestão privada
Quatro novas especialidades A nova gestão do Reynaldo dos Santos vai permitir introduzirjá nesta fase inicial um conjunto de quatro novas especiali-dades de que o hospital não dispunha. Não é fácil encontrarespaços para as pôr a funcionar, mas estão também previstasobras para as acolher e algumas delas começam já a trabal-har. Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pneumologia eNeurologia são, assim, as quatro novas valência de que oReynaldo dos Santos passa a dispor. Estão previstas no contra-to de gestão e a Escala Vila Franca decidiu implementá-las já.A quinta nova especialidade programada, psiquiatria, ficarápara daqui a dois anos, quando abrirem as novas instalações.“O hospital já teve Otorrino e existe no hospital uma sala deotorrino, que já foi utilizada em tempos e que vamos voltar autilizar. Se vai ser suficiente, tenho as minhas dúvidas. E,sobretudo, não vai ser suficiente para introduzir as outras trêsnovas especialidades. Vamos ter que criar gabinetes de consul-tas adicionais no hospital, para podermos ter estas quatronovas valências a funcionar em pleno”, admite Vasco Luís deMello, em declarações ao Voz Ribatejana, explicando que o“exercício” que a nova comissão executiva está, agora, a fazeré o de tentar aproveitar de forma diferente alguns espaços.Primeiro, a área de armazém deverá ser reduzida e albergartambém o arquivo que hoje se encontra na área da criança eda mãe. No espaço assim liberto serão criados pelo menos doisgabinetes para consultas. Depois, na actual área de consultasexternas existe um gabinete de maior dimensão que será divi-dido em dois. Nas traseiras da zona de consultas deverão sercriados, ainda, mais dois gabinetes.“Vamos ter dificuldades de espaço, não o escondemos, o hos-pital já tem feito muitos exercícios no passado para encontrarespaços e tem tido essas dificuldades. Mas achamos que o mel-hor modelo é ter estas quatro valências e as consultas dentrodo hospital”, sublinha o responsável hospitalar.
“É um hospital público e as pessoas
voz ribatejana #14
03
8 de Junho de 2011
Os técnicos que já lá estavam
estão habilitados a trabalhar
com o TAC?
Vamos formar os técnicos que
lá estão e vamos ter que recor-
rer, provavelmente, a um ou
dois técnicos para virem ajudar
a formá-los. O outro equipa-
mento é um equipamento que
já está no hospital, mas que não
estava a funcionar correcta-
mente, que é o mamógrafo.
Vamos fazer um upgrade do
mamógrafo, de modo a digi-
talizar a imagem, pô-lo a fun-
cionar e podermos ter acesso à
imagem. Vamos também com-
prar um ecógrafo. Penso que
estes três equipamentos vão-
nos dar uma capacidade de
diagnóstico bastante superior à
que o hospital tinha até agora.
A nível de chefias e direcções
de serviços, qual foi a vossa
atitude, manter a estrutura
ou alterar tudo?
Vamos manter a quase totali-
dade das actuais chefias. A
nossa aposta é pelos actuais
profissionais deste hospital. É
verdade que temos um novo
director clínico, que é o Dr.
Carlos Rabaçal que, provavel-
mente, é também um dos mais
antigos deste hospital. O Dr.
Carlos Rabaçal trabalhou 20
anos no Hospital de Vila
Franca, esteve durante dois
anos no Amadora-Sintra e
fomos buscá-lo. Conhece per-
feitamente a casa e é um médi-
co reconhecido. Isto para nós
também é dar um sinal muito
positivo da aposta nos actuais
profissionais desta casa. Vamos
manter quase todos os direc-
tores de serviços. Fizemos uma
alteração que tem a ver com a
entrada do Dr. Carlos Rabaçal,
que assume a cardiologia e a
direcção clínica e temos uma
alteração nas área da patologia
clínica e de laboratório. Todos
os outros foram reconduzidos.
Uma das questões que é fre-
quentemente citada é a da
alegada falta de utilização do
bloco operatório?
A nossa terceira iniciativa é,
com os médicos do hospital,
fazermos um Plano de
Melhorias. Existe um compro-
misso nosso, e já foi anunciado
a todos os profissionais, de, no
prazo de 1 ou 2 meses, em con-
junto com todos, elaborarmos
um plano de melhorias, que vai
identificar melhorias em todas
as áreas e o bloco será uma
delas, o internamento outra, a
urgência. Vamos ter oportu-
nidade de pôr essa questão a
todo o hospital.
É um bocado prematuro dizer,
em relação ao bloco, se está a
ser suficientemente ocupado
ou se não está. Vamos fazer
essa análise e, em conjunto
com os responsáveis do bloco,
tirarmos conclusões.
Uma questão que por vezes é
colocada pela oposição par-
tidária local e por alguns
utentes tem a ver com as
condições de acesso dos
utentes neste novo formato
de gestão privada. Fá-lo-ão
exactamente nas mesmas
condições que faziam até
aqui ou muda alguma coisa?
Não muda nada. O Hospital de
Vila Franca é um hospital
público, um hospital que faz
parte do Sistema Nacional de
Saúde e todos os direitos que
existiam mantêm-se. A única
coisa que se altera é a gestão do
hospital.
Mas não há nenhuma taxa
acrescida para exames ou
algo do género em que as pes-
soas paguem mais do que
fariam no hospital anterior?
Nada, nada. Temos que
cumprir exactamente com o
que a Administração Regional
de Saúde nos disser em relação
a isso. Temos um contrato de
gestão e somos pagos pela
actividade que produzimos. No
resto somos um hospital igual a
qualquer outro.
Mas há quem diga que este
tipo de hospitais com gestão
privada para serem rentáveis
têm que desenvolver activi-
dades em paralelo, com
algum atendimento num sis-
tema particular pago pelo
utentes que lhes permite tirar
rendimento?
Não sei onde é que foi buscar
essa ideia. É verdade que, ao
abrigo do contrato, poderíamos
ter outro tipo de rendimentos,
mas não estamos a prever nen-
huma actividade privada. Não
acreditamos que seja um bom
modelo e não estamos a prever.
À luz do contrato é possível e
isso obrigar-nos-ia, depois, a
partilhar as receitas com o
Estado. Mas esquecendo isso
tudo do contrato, não estamos a
prever isso e não faz sentido nen-
hum. É um hospital público e as
pessoas vão ser atendidas exac-
tamente como estão a ser atendi-
das hoje, com as mesmas regras
do Sistema Nacional de Saúde.
Quer nas actuais instalações,
quer nas futuras?
Quer agora, quer depois. Sim.
Não há alterações.
Então como é que vão con-
seguir retirar rentabilidade?
Na altura do concurso é con-
struído um comparador públi-
co: se fosse o Estado a fazer
qual era o custo. Isso chama-se
na altura comparador público.
Nós fizemos uma proposta
cerca de 20% baixo do com-
parador público. Acreditamos
que conseguimos por duas vias:
uma via de produtividade, pen-
samos que conseguimos ter for-
mas de ganhar, de ter mais pro-
dução. E, por outro, acredita-
mos que, a nível de custos, em
termos de eficiência, con-
seguimos, com a experiência
que temos, ser mais eficientes.
São essas formas que temos
para podermos chegar ao final e
termos resultados equilibrados.
Vasco de Mello dirigiu hospitais CUF e abriu hospitais em Espanha
Parceiros da comunidade bem-vindos
vão ser atendidas como até aqui”
Mais médicos e mais 70 metros quadrados na urgênciaO banco de urgências é umadas áreas mais sensíveis dequalquer hospital e doReynaldo dos Santos. Aafluência média diária é supe-rior a 300 utentes e ali con-fluem não só habitantes doscinco concelhos servidos peloHospital de Vila Franca, mastambém muitos casos origina-dos nas vias rodoviárias prin-cipais que atravessam aregião. “Para nós existemduas formas de melhorar asurgências. A primeira passa, eestamos a pedir propostas e aestudar isso, pelo aproveita-mento de uma área que estápor cima das consultas exter-nas, que é uma varanda eonde se poderá instalar unsmódulos e ganhar cerca de 70metros quadrados.Pretendemos pôr nessesmódulos as consultas daurgência. E isto vai libertarespaço dentro da urgênciapara tentarmos ter menos pessoas nas macas no meio dos corredores”, explica Vasco Luís de Mello, referindo que, nesse contexto,serão reorganizados os circuitos dentro da urgência. “Acredito que com isto conseguimos facilitar um pouco todo o circuito deatendimento e, sobretudo, a exposição que os doentes têm hoje na urgência, que é um pouco preocupante”, sustenta o presidente dacomissão executiva do HRS, admitindo que, nas actuais condições da urgência, muitas vezes as pessoas, na sua maioria idosas,“estão no meio dos corredores em condições pouco humanas”.Outra questão que a nova administração do Reynaldo dos Santos quer encarar é a das equipas médicas da urgência. “Existem muitosmédicos que são prestadores de serviços, que são contratados a uma empresa de prestação de serviços clínicos e que têm pouca lig-ação ao hospital, que vêm cá fazer umas horas. E nós gostaríamos de apostar num modelo em que temos uma equipa fixa, não digoa totalidade, mas ter uma equipa maior própria do hospital. Penso que isso trazia bastantes benefícios, também termos de qualidade”,defende Vasco Luís de Mello, em declarações ao Voz Ribatejana, frisando que, nas actuais condições, alguns destes médicos presta-dores de serviços praticam uma medicina “mais defensiva” e “se calhar pedem mais exames e protegem-se mais”, porque “têmmenos ligação com o hospital, há toda uma articulação com o resto do hospital que é mais difícil”.Segundo os dados que recolheu, Vasco Luís de Mello sabe que, actualmente, cerca de 80% dos internamentos no HRS provêm daurgência. Uma percentagem que considera elevada e que faz com que haja pouca actividade que possa ser programada. Mas con-tratar mais médicos para o quadro, numa altura em que os profissionais de medicina escasseiam, não será fácil. “O problema dafalta de médicos é um problema geral do País, mas acredito que temos um projecto muito aliciante e que vamos ter formas de atrairnovos médicos que se queiram envolver na nova unidade. Vamos ter, se calhar, alguns trunfos ou uma atractividade que, se calhar,a antiga gestão não tinha”, refere.
Novo hospital abre em Abril de 2013O plano de trabalho estabelecido prevê que o Reynaldo dos Santos comece a trabalhar nas novasinstalações (a obra começou a 9 de Maio) em Abril de 2013. São 20 meses para a obra e dois mesespara equipamento e transferência, que Vasco Luís de Mello acha que serão suficientes. “Tem quese construir um plano de transferência. Já ocorreu em Braga, um hospital com uma dimensão bas-tante superior e correu de forma exemplar”.No caso de Vila Franca, a empresa Novo Hospital, formada pelas construtoras Somague e Edifer,assegura a obra e manutenção das instalações por um prazo de 30 anos. A Escala Vila Franca, lid-erada pelo Grupo Mello, assume a gestão durante um prazo de 10 anos, que poderá, depois, serrenovado. “Foi o prazo que foi definido e, depois, a seguir, em função dos resultados que foremobtidos, o Estado decidirá”, esclareceu.Certo é que, com as novas instalações, o número de camas do HRS sobe de 210 para 280, as áreasde urgência, consultas externas e neonatologia aumentam de forma significativa e será acrescen-tada uma quinta nova valência, a psiquiatria.
Vasco Luís de Mello nasceu na Suíça em 1964. Aos 46 anos temjá uma larga experiência de administração hospitalar. Começoupor se licenciar em engenharia mecânica na universidade belgade Louvaina e tirou também ali um mestrado em gestão deempresas. Desde 2004 que é administrador executivo da José deMello Saúde. Foi presidente das comissões executivas dos hos-pitais CUF Infante Santo e CUF Descobertas entre 2005 e 2006,já depois de ter liderado a preparação das candidaturas dogrupo aos hospitais de Cascais e de Loures. Entretanto, o Grupo
Mello investiu em Espanha, no Grupo Hospitalar Quiron, eVasco Luís de Mello esteve durante 5 anos na administraçãodeste grupo espanhol, que detém actualmente 7 hospitais eabriu, nos últimos anos, novas unidades em Madrid, Barcelona,Bilbau e Málaga. Regressou em Dezembro e foi-lhe propostoeste desafio de liderar o Hospital de Vila Franca. Uma das fac-etas que liga Vasco Luís de Mello ao Ribatejo é o facto do seupai ter sido forcado nos amadores de Santarém e ao que julgatambém no grupo de Vila Franca.
A nova administração do HRS quer manter e aprofun-dar o relacionamento com os diferentes parceiros dacomunidade e garante que são muito bem vindas estru-turas como a Liga dos Amigos do Hospital e o trabalhode apoio que desenvolve. Nos planos da Escala Vila
Franca está também a criação de um conselho repre-sentativo da comunidade. “É importante mantermosuma ligação forte com a comunidade. Darmos a con-hecer o que estamos a fazer e também ouvirmos o quefor necessário”, afirma Vasco Luís Mello.
04
voz ribatejana #14
Grupo Mello assumiu gestão do hospital no dia 1
Jorge Talixa
O consórcio Escala Vila
Franca de Xira, liderado pelo
Grupo Mello, assumiu, no dia
1 de Junho, a gestão do
Hospital Reynaldo dos Santos
(HRS) que, 60 anos depois da
sua criação, passa ao estatuto
de hospital público com gestão
privada. Se tudo correr de
acordo com o planeado, dentro
de 22 meses, em Abril de
2013, entrarão em funciona-
mento as novas instalações do
HRS, num investimento supe-
rior a 100 milhões de euros,
desenvolvido no âmbito de
uma parceria público-privada.
A cerimónia de transmissão de
responsabilidades realizou-se,
na tarde de dia 31, na sala de
espera das consultas externas
do antigo HRS, apesar de tudo
a maior área disponível num
hospital que se debate há
muitos anos com o problema
da falta de espaços para servir
os 235 mil habitantes dos 5
concelhos da sua área de
influência.
Vila Franca de Xira é o mais
atrasado do último pacote de
quatro parcerias público-pri-
vadas hospitalares e o concur-
so lançado em 2005 só agora
ficou resolvido. Por isso, a
administração pública cessante
debateu-se com enormes difi-
culdades para segurar quadros,
porque não podia assumir con-
tratos para o futuro. Mário
Bernardino, presidente do con-
selho de administração ces-
sante, historiou todo o proces-
so que levou à construção do
novo hospital e apresentou
vários dados que atestam o
bom desempenho obtido nos
últimos anos. Começou por
realçar o esforço da equipa
directiva, numa analogia com
o futebol, onde destacou a
melhor defesa coordenada
pelo enfermeiro Luís Maruta,
o meio-campo distribuidor de
jogo liderado pela directora
clínica Ana Alcazar e o ataque
assegurado pelo ponta-de-
lança Lourenço Braga.
Depois, Mário Bernardino
sublinhou que esta cerimónia
representa também “o início
da concretização de um sonho
de milhares de utentes e de
centenas de profissionais” de
terem novas instalações hospi-
talares em Vila Franca e desta-
cou o sentimento de “dever
cumprido” dos responsáveis
que saem que conseguiram
assegurar a prestação de cuida-
dos “em condições de trabalho
deficientes e manifestamente
insuficientes”. O presidente
cessante referiu, ainda, que
este momento é igualmente
“motivo de esperança em mais
e melhores cuidados de
saúde”.
Mário Bernardino realçou,
ainda, os bons resultados obti-
dos pelo HRS nos últimos
anos. Em 2005, o Hospital de
Vila Franca ocupou o primeiro
ligar na tabela de eficiência da
Direcção-Geral de Saúde e,
nos últimos anos, tem con-
seguido reduzir custos. “Nos
indicadores de qualidade e de
eficiência encontra-se entre os
mais eficazes do País”, salien-
tou, lembrando que o HRS tem
um rácio de recursos humanos
subdimensionado e elogiando
o trabalho dos funcionários da
casa ao longo dos anos.
Vasco Luís de Mello, novo
responsável máximo pelo HRS
(ver entrevista nas páginas 2 e
3) começou por destacar três
palavras: “satisfação” pelo iní-
cio de um novo projecto em
Vila Franca, “compromisso”
de contribuir para a melhoria
efectiva dos cuidados de saúde
e “agradecimento” pelo profis-
sionalismo demonstrado pela
administração e pela equipa de
direcção do HRS nesta fase de
transição.
Citando um antigo presidente
do Hospital vila-franquense,
Vasco Luís de Mello consider-
ou que o Reynaldo dos Santos
“é um pequeno hospital com
uma alma muito grande”.
“Sabemos que temos um
desafio e um compromisso
perante vós todos, que só será
possível concretizar com uma
gestão de rigor e responsabili-
dade, e sobretudo com o vosso
empenho e entusiasmo.
Atrevo-me a dizer: “Num
futuro breve, o Hospital será
um grande Hospital com uma
alma ainda maior”, rematou.
Em representação dos cinco
municípios servidos pelo HRS,
Maria da Luz Rosinha admitiu
que “foi um percurso longo de
16 anos” até chegar ao início
da construção do novo hospi-
tal. “Chegámos agora a um
ponto que é também um ponto
de partida e, em 2013, estare-
mos noutro ponto, em que a
obra nasce e vai passar a estar
disponível. O mais difícil é
sempre aquilo que é preciso
fazer antes da obra começar a
surgir”, vincou.
Depois, a autarca de Vila
Franca observou que estes
cinco municípios acreditam
que “tudo correrá bem e que,
em Abril de 2013, iremos inau-
gurar um novo HRS.
Acreditamos, em nome das
populações que servimos, que
será um hospital com melhores
condições para servir essa
mesma população”, concluiu.
Mais de 500 anos de históriaMário Bernardino apresentou um resumo das principaisdatas da história hospitalar de Vila Franca.
1563 – Por alvará régio, a Igreja do Espírito Santo e o hos-pital contíguo são entregues à Confraria das Misericórdiasde Vila Franca de Xira
1951 – Inauguradas as instalações do actual hospital pelaSanta Casa da Misericórdia de Vila Franca
1977 – Reconhecida a insuficiência das instalações e envia-do Programa do Novo Hospital, que foi aprovado pelaDirecção-Geral de Saúde
1995 – O Ministério da Saúde determina a elaboração doPrograma de um Novo Hospital a construir em Vialonga
2003 – O Novo Hospital de Vila Franca passa a integrar umgrupo de 10 hospitais a construir em regime de parceriaspúblico-privadas
2005 – Lançamento do concurso para a parceria público-privada do Novo hospital
2010 – Homologação do Acordo para o Novo Hospital como consórcio Escala Vila Franca e celebração do contrato degestão e transmissão do estabelecimento hospitalar
9 de Maio de 2011 – Arranque da obra do Novo Hospitalpelo Agrupamento Complementar de Empresas NovoHospital de Vila Franca de Xira
1 Junho de 2011 – Início da gestão do HRS pelo consórcioEscala Vila Franca
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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA
Cerimónia de transmissão de responsabilidades realizou-se na véspera
O Hospital Reynaldo dos Santos (HRS) está, desde a semana passada, sob gestão do consórcio
Escala Vila Franca, liderado pelo Grupo Mello. Na sessão de transmissão de responsabilidades
foi realçado o bom desempenho dos anteriores responsáveis e do quadro de profissionais do
HRS e o secretário de Estado da Saúde afiançou que a construção do novo hospital é um
processo “absolutamente irreversível”
Secretário de Estado garanteque novo hospital é irreversível A obra de construção das novas instalações do HospitalReynaldo dos Santos começou a 9 de Maio, poucos dias depoisdo visto do Tribunal de Contas. “Este processo é absolutamenteirreversível”, garantiu, na cerimónia de dia 31, o secretário deEstado da Saúde Óscar Gaspar, transmitindo uma “palavra detranquilidade” aos funcionários, porque, depois da análise quefez do Sistema Nacional de Saúde, a “troika” do FMI, ComissãoEuropeia e BCE, reconheceu a qualidade do SNS. “O que nos éexigido é que continuemos a ganhar eficiência no SNS, dotandoo País de uma rede de referenciação muito clara, que passa pelaconcentração de alguns hospitais”, prosseguiu o governante,assegurando que, em Vila Franca, não se estava a “entregar umhospital público a privados”, mas a “entregar a gestão deste hos-pital do Sistema Nacional de Saúde a um grupo privado”.
Funcionários do hospital
atentos à mudança
O acto simbólico de transmissão de responsabilidades
entre Mário Bernardino e Vasco Luís de Mello
05
8 de Junho de 2011
Jorge Talixa
A presidente da Câmara de
Vila Franca de Xira admite
levar o Município de Arruda
dos Vinhos a tribunal se este
mantiver a sua posição de
não pagar a parte que lhe
deveria caber no custo dos
acessos ao novo hospital. A
autarquia arrudense alega
que não pagará os perto de
200 mil euros em causa
enquanto o Ministério da
Saúde não lhe pagar mais de
100 mil euros respeitantes a
um muro do novo Centro de
Saúde de Arruda e acrescen-
ta que também têm que ser
pesadas a possibilidade de
duas da suas freguesias pas-
sarem para a área do
Hospital de Loures. A edili-
dade de Vila Franca não se
conforma, diz que são
questões distintas e acusa
autarcas de Arruda de
faltarem à palavra dada.
Certo é que a polémica
promete arrastar-se. Arruda
aguarda que os tribunais se
pronunciem sobre a acção
em que reclama mais de 100
mil euros da Administração
Regional de Saúde de Lisboa
e Vale do Tejo (ARSLVT) e
Vila Franca decidiu avançar
com a obra dos acessos
mesmo sem a compartici-
pação de Arruda, mas garan-
tindo que vai exigir a verba
que competiria ao vizinho
Município arrudense.
Maria da Luz Rosinha, pres-
idente da Câmara de Vila
Franca de Xira, lamenta a
atitude dos autarcas de
Arruda e especialmente do
presidente da Câmara arru-
dense, frisando que “há um
compromisso assumido por
todos os municípios” que só
Arruda não estará a cumprir.
“A questão poder-se-á
resolver em tribunal. Não há
problema”, disse a autarca
socialista ao Voz Ribatejana,
dizendo que é tudo uma
opção do presidente da edil-
idade de Arruda.
“Vila Franca pode levar o
assunto a tribunal. Quem
não honra a palavra está
sujeito a estas coisas”, sus-
tenta Maria da Luz Rosinha,
frisando que não está em
causa a existência de docu-
mentos escritos que compro-
metam Arruda mas a palavra
dos 5 presidentes de Câmara
envolvidos. “Os represen-
tantes dos municípios são
absolutamente testemunhas
da posição de Arruda, que
era favorável e trouxe para a
questão um problema que
tem com a ARSLVT e que
nada tem a ver com este
assunto”, salienta.
Já Carlos Lourenço, presi-
dente da Câmara de Arruda,
tem uma leitura completa-
mente diferente. O autarca
do PSD admite que defendeu
que todos os 5 municípios
servidos pelo hospital deve-
riam comparticipar estes
acessos, apesar de essa ser
uma competência da admin-
istração central. Mas sublin-
ha que foi ele próprio a
defender que essas compar-
ticipações não podiam ser
iguais e deviam ser propor-
cionais à população de cada
um dos concelhos. Só que,
diz Carlos Lourenço, Vila
Franca apresentou uma esti-
mativa inicial do custo dos
acessos, mas esse valor
acabou por aumentar de
forma significativa, fazendo
com que a parte de Arruda
(equivalente a cerca de 10%)
passasse a corresponder a
mais de 200 mil euros.
“Há aqui circunstâncias no
meio que alteraram a situ-
ação. Tendo em conta que
estamos em litígio em tribu-
nal, sempre disse que não
estou para contribuir para
uma situação que é da
responsabilidade da admin-
istração central quando o
Estado me deve e não com-
participa uma responsabili-
dade que é sua. Essa questão
tem que ser resolvida”, sus-
tenta Carlos Lourenço,
frisando que, por uma
questão de princípio e
porque lhe cabe acautelar e
defender os interesses dos
arrudenses, enquanto o
pagamento do muro do cen-
tro de saúde não estiver
resolvido não vai entregar a
verba para os acessos ao
hospital.
“Não é nada contra ninguém,
não desrespeitamos
ninguém, nem voltamos com
a palavra atrás, o que quere-
mos é que verdade seja
reposta. Não podemos estar
a dar, sendo prejudicados
por outro lado, quando a
entidade é a mesma”, disse o
edil ao Voz Ribatejana,
salientando que, ao contrário
do que chegou a ser dito,
esta posição de Arruda não
põe, de modo nenhum, em
causa o avanço do processo
do novo hospital.
Mas, as questões colocadas
pelo Município de Arruda
não se ficam por aqui.
Carlos Lourenço alega que,
no início das conversações
entre os 5 municípios, se
falou na construção de uma
variante a Vila Franca e
mesmo de uma possível lig-
ação à A 10 que deixaria os
munícipes de Arruda mais
perto do novo hospital. Só
que, agora, o autarca do PSD
acha que nem uma estrada
nem a outra vão avançar nas
próximas décadas e que,
assim, os utentes de Arruda
serão os mais prejudicados,
porque vão ficar mais longe
do hospital.
“Na acessibilidade seremos
prejudicados e isso tem que
ser tido em conta. Partiu-se
de um pressuposto de que
teríamos um acesso directo
com a variante ou com a lig-
ação à A 10, mas não vão ser
feitas nas próximas décadas.
Arruda é o único concelho
que será prejudicado em ter-
mos de acessibilidade. Isso
tem que se ter em conta, não
é dizer eu mando, eu posso,
eu quero. Isso existiu aqui
há uns anos, mas hoje não
há”, reage o presidente da
Câmara de Arruda, con-
siderando que também há
que esclarecer por que é que
estimativas finais dos aces-
sos ao hospital são bastante
diferentes das iniciais.
Os centros de saúde de
Alverca e de Arruda dos
Vinhos vão ter, já a partir deste
mês de Junho, dois médicos de
família de origem colombiana,
segundo apurou o Voz
Ribatejana junto de respon-
sáveis regionais da área da
saúde. Estes quatro profission-
ais integram-se num grupo de
70 colombianos e porto-
riquenhos que vão passar a tra-
balhar em Portugal, com con-
tratos de 3 anos. Cerca de 40
serão colocados em unidades
de saúde da Região de Lisboa
e Vale do Tejo.
O Voz Ribatejana sabe que o
Agrupamento de Centros de
Saúde do concelho de Vila
Franca de Xira decidiu colo-
car os dois médicos
estrangeiros que lhe foram
atribuídos na unidade de
saúde de Alverca porque é a
mais carenciada da área do
concelho. Em Arruda dos
Vinhos, segundo apurámos,
vai começar a trabalhar um
casal de médicos colom-
bianos.
“Estamos com uma carência
muito acentuada, desde Julho
de 2009 até agora perdemos
imensos médicos, por aposen-
tação antecipada”, observou
Luís Afonso, vice-presidente
da Administração Regional de
Saúde de Lisboa e Vale do
Tejo, frisando que estes 40
profissionais vão “ajudar a
equilibrar um pouco, mas
ainda estamos longe do ideal”.
Segundo referiu, só dentro de
três anos, com a saída dos
novos internatos (médicos
recém-formados) é que
“vamos ficar bem” e o proble-
ma ficará mais próximo da
resolução. “Até lá vamos
viver com algum equilíbrio”,
sublinhou, em declarações ao
Voz Ribatejana. De acordo
com Luís Afonso, os
primeiros médicos atribuídos
à ARSLVT foram colocados
em alguns dos agrupamentos
mais carenciados e já está
definido que os 40 agora indi-
cados vão desempenhar
funções nos agrupamentos de
centros de saúde do Oeste
Norte (5), Oeste Sul (5),
Lezíria (5), Zêzere (5), Serra
d’ Aire (5), Ribatejo (1) e Vila
Franca de Xira (2), entre out-
ros.
J. T.
Polémica intrincada
Alverca e Arruda recebem dois médicos estrangeiros
A verba que caberá a Arruda no pagamento dos acessos ao
novo Hospital de Vila Franca está a gerar acesa controvérsia
entre os dois municípios vizinhos
PRÓXIMA EDIÇÃO DO
VOZ RIBATEJANA
A 22 DE JUNHO NÃO PERCA!
Arranhó e Santiago devem continuar ligadasa Vila FrancaOutra dúvida que se coloca em relação a toda esta polémica diz respeito à situação das fregue-sias arrudenses de Arranhó e S. Tiago dos Velhos, geograficamente mais próximas de Loures,onde vai abrir um novo hospital no início de 2012. Têm surgido alguns defensores da possi-bilidade destas duas freguesias deixarem de estar ligadas ao Hospital de Vila Franca e pas-sarem para o de Loures. As restantes duas, Arruda e Cardosas, continuariam com o HospitalReynaldo dos Santos (HRS). Mas Vasco Luís de Mello, presidente da nova comissão executi-va do HRS, disse, ao Voz Ribatejana, que o contrato de gestão prevê que todas as quatrofreguesias de Arruda se mantenham ligadas ao Hospital de Vila Franca.Carlos Lourenço acha que se essa possibilidade de mudança se colocar, as populações deArranhó e de S. Tiago deverão ser auscultadas num inquérito para perceber qual é opinião damaioria. “Temos a nossa opinião, mas não queremos influenciar. Se fizermos uma auscul-tação à população de Arranhó e de S. Tiago, se calhar a maioria vai preferir Loures, por umaquestão de proximidade”, admite, frisando que a Câmara tem procurado esclarecer o assuntojunto da tutela da saúde, mas que nunca conseguiu uma resposta precisa, com uns a acharemque a mudança deverá avançar e outros a dizerem que não.O autarca de Arruda sublinha, contudo, que esta é outra situação que tem que ser pesada eesclarecida porque, se duas freguesias e quase metade da população do concelho passarem aser servidas pelo Hospital de Loures, não pode ser exigida a Arruda a verba actualmente pre-vista para os acessos ao novo Reynaldo dos Santos.
Vila Franca ameaça Arruda com
tribunal por causa dos acessos ao hospital
TODOS COM VOZ
“
06
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O MELHOR E O PIOR DA QUINZENA
Editorial
A imagem do
serviço públicoA política portuguesa tem sido marcada, nos
últimos anos, por um intenso debate entre os
defensores do papel do Estado enquanto promo-
tor e garante de muitos dos serviços básicos da
nossa sociedade e os que afirmam que o Estado
português já é demasiado pesado e burocrático
e deve entregar ao sector privado algumas
dessas tarefas. São discussões que se fazem no
domínio da saúde, dos transportes, da energia,
do ensino e em muitas outras áreas da nossa
vida colectiva.
Somos dos que ainda pensam que, com toda a
sua estrutura e todos os meios supostamente ao
seu dispor, o Estado deve existir para servir mel-
hor os cidadãos e tem toda a obrigação de os
servir bem, porque é (deveria ser) por eles e para
eles que existe como tal. O Estado português
vive, todavia, de há alguns anos a esta parte um
dilema complicado que faz com que cada vez
nos identifiquemos menos com ele.
Explicando melhor: a nossa democracia, com
imensas virtudes e até prova em contrário o
melhor sistema político possível, tem levado a
que cada vez mais as estruturas partidárias
invadam e “explorem” para seu benefício
muitos dos organismos públicos que deveriam
existir para servir os portugueses e não para “ali-
mentar” essas clientelas e arranjar lugares para
os membros dos respectivos aparelhos.
Significa isto que a prioridade deixou de estar na
procura de medidas para melhor servir os
cidadãos e muitos andam perfeitamente “dis-
traídos” com outros objectivos. Será que os que
se “aproveitam” do Estado têm depois argu-
mentos para o defender.
Depois, são por vezes os próprios funcionários
do Estado a não zelarem pela defesa da própria
imagem de quem lhes paga. São frequentes as
situações de algum “desprezo” pelos respec-
tivos utentes, a falta de vontade para ultrapassar
determinados problemas ou algum deixa andar
quando as coisas não correm bem. São os com-
putadores da Justiça que não funcionam, são os
sistemas informáticos das Finanças frequente-
mente em baixo, é o absentismo elevado, são os
dossiers parados nas gavetas, é a falta de exigên-
cia nalguns serviços, é ainda a falta de respeito
pelos utentes de determinados serviços.
Vou citar o exemplo das sucessivas greves que,
nos últimos meses, têm abalado a CP. Não con-
sigo apurar de que lado estão as maiores culpas,
mas é inconcebível que uma empresa altamente
deficitária viva num clima de guerrilha como
este, em que as vítimas são unicamente os pas-
sageiros. Como é que a CPpode ganhar credibil-
idade e conquistar passageiros quando, depois,
pára muitas horas por semana. Se admin-
istradores e funcionários não estivessem debaixo
do Estado que tudo permite agiriam desta
maneira? E na TAP, onde se fala em 10 dias de
greve durante o mês o Junho, não se pode colo-
car a mesma questão? A defesa dos direitos não
deve passar também pelo respeito dos utentes,
que tudo pagam e suportam? Não caberá em
primeira instância aos próprios responsáveis e
funcionários das administrações central e local a
defesa da boa imagem da casa onde trabalham?
Depois não se admirem se for ganhando terreno
na opinião pública a ideia de que gestão privada
é mais eficiente e funciona melhor.
Jorge Talixa
INQUÉRITO HOSPITAL
Albino Romão, 47 anos
Maria da Glória Romão, 45 anos
residentes em Penafirme da Ventosa (Alenquer)
A entrada do consórcio Escala Vila Franca na gestão do HospitalReynaldo dos Santos trouxe boas novidades. Quatro novas especial-idades aos serviço dos utentes da região, a ampliação da área dasurgências para minimizar as situações de doentes em macas espal-hados pelos corredores e a aquisição de aparelhos de TAC eEcografia são boas notícias para os 235 mil habitantes dos concel-hos servidos pelos hospital vila-franquense.
Antónia Caldeira, 44
anos, gestora comercial,
residente no Porto Alto
Já sabia da mudança e penso que
seja positivo, para termos melhores
condições para os utentes. Acho
que podem surgir melhores
condições, porque o Estado era um
bocado relaxado nestas situações.
Os privados costumam ter uma
gestão mais eficiente. Não receio
que advenha algum custo acrescido,
acho que todos nós temos que par-
ticipar um bocado. Se tiver algum
custo maior, espero que não seja
muito. Por todos os aspectos, acho
que esta alteração é positiva.
A notícia da passagem do Hospital Reynaldo dos Santos para gestão de uma empresa privada ainda é desconhecida para
a maioria dos utentes. Alguns deles, inquiridos pelo Voz Ribatejana, no final da semana passada, junto à entrada do
serviço de urgência, mostram-se favoráveis à mudança, desde que resulte numa melhoria das condições de atendimento. Há até mesmo quem diga
que os privados costumam ter uma gestão mais eficiente.
Jorge Talixa
voz ribatejana #14
Nas últimas décadas, Vila Franca de Xira e muitos outros municípiosdas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto apostaram, e muito, naexpansão urbana e na construção de milhares e milhares de fogos. Ointerior desertificou-se, a população acumulou-se no litoral mas, agora,como ninguém soube (ou quis) colocar um travão a tempo nesta políti-ca, multiplicam-se as urbanizações inacabadas, os lotes por construir,as casas por vender e as construtoras a braços com falta de financia-mentos. Quem é que vai pagar a resolução de tudo isto? Que destino éque vão ter estes aglomerados?
“Se o atendimento for melhor, é positivo”
Não sabíamos denada damudança degestão. Desdeque atendambem, para nóstanto faz queseja privado, queseja para privar.Desde que aten-dam bem e queseja para melhor.Assim já nãopertence aoEstado? Se agestão for boa ese para melhorestamos de acor-do.
07
Jorge Talixa
Os 129 anos da Associação
Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Vila Franca de
Xira (AHBVVFX) foram assi-
nalados com um conjunto
alargado de actividades que
decorreram desde o passado
dia 1 de Maio e culminaram,
no sábado, com uma manhã
infantil. O ponto alto das
comemorações teve lugar no
dia 28, com a inauguração de
uma viatura, a quem foi dado o
nome do benemérito Oliveira
Soares, e da ampliação do
quartel. A sessão solene serviu,
também, para agraciar
bombeiros e associados com
mais tempo de dedicação à
instituição.
Carlos Fernandes, presidente
da AHBVVFX, começou por
explicar que o projecto do
novo quartel (inaugurado em
2003) vinha já dos anos 80 e
revelou-se exíguo para as
necessidades da corporação.
“Era um projecto já desactual-
izado, embora muito bonito, e
a verdade é que cá dentro, na
prática, não tínhamos insta-
lações suficientes. Problema
que mais se acentuou quando
ao antigo barracão passou para
uma igreja. O equipamento
náutico ocupava os balneários
dos nossos bombeiros e
começámos a pensar que era
urgente ampliar o quartel”,
explicou o responsável da
associação, admitindo que “foi
uma grande luta” criar
condições para esta ampliação
e que a presidente da Câmara
teve um papel decisivo no
encontrar de apoio no âmbito
do quadro comunitário de
apoio.
Carlos Fernandes sublinhou
que aquele era um dia grande
neste percurso de 129 anos dos
Bombeiros de Vila Franca e
realçou a dedicação do seu
comando, do corpo activo e da
comissão de cultura, desporto e
recreio que, no ano passado,
conseguiu recolher 17 mil
euros para ajudar à actividade
da corporação.
Depois, o presidente da
AHBVVFX dirigiu-se aos
políticos presentes na cerimó-
nia. “Sabemos que vivemos um
momento muito difícil no
nosso País, sabemos que
muitas dificuldades aí vêm,
mas nós já vivemos com tantas
dificuldades. Vejam se fazem
alguma coisa para que os
bombeiros não sejam mais alvo
de cortes, porque não aguen-
tam”, alertou.
Desencarceramento
Carlos Fernandes lembrou,
ainda, que a corporação de Vila
Franca está numa zona “ful-
cral” do País em termos de
tráfego rodoviário e fer-
roviário, atravessada pela
Auto-estrada do Norte, pelas
nacionais 1 e 10 e pela Linha
do Norte. “Todos os dias o
nosso carro de material de des-
encarceramento sai para socor-
rer acidentes. Vai ser
necessário novo equipamento,
porque já começa a ser muito
difícil desencarcerar com o
material que temos. É
necessário que o apoio que é
dado aos bombeiros não passe
por mais cortes”, vincou.
Também António Pedro Lopes,
comandante dos Bombeiros de
Vila Franca, realçou a necessi-
dade de equipar devidamente
as viaturas de primeira inter-
venção de que a corporação
dispõe. O responsável opera-
cional salientou a forma como
alguns dos presentes têm
apoiado o trabalho da corpo-
ração, realçando os casos do
governador civil António
Galamba e da presidente da
Câmara Maria da Luz Rosinha.
“O governador civil tudo tem
feito para que os corpos de
bombeiros do distrito estejam
equipados com melhor equipa-
mento de protecção individual.
Com o modelo anterior muitas
corporações do distrito recebi-
am as verbas e esqueciam-se
de comprar o equipamento”,
observou.
Depois, António Pedro Lopes
destacou o apoio de Maria da
Luz Rosinha no desenvolvi-
mento dos processos de con-
strução do novo quartel da sua
ampliação. E terminou com
uma palavra de reconhecimen-
to pelo trabalho dos dirigentes
da AHBVVFX. “Os bombeiros
de hoje e os do futuro sabem
reconhecer o grande trabalho
feitos por estas pessoas”, sus-
tentou.
Apoio autárquico
O presidente da Junta de Vila
Franca apelou à união dos vila-
franquenses no trabalho por
um futuro melhor. Maria da
Luz Rosinha lembrou a reali-
dade dos bombeiros quando
tomou posse na Câmara, no
início de 1998, e as obras
entretanto desenvolvidas com
os novos quartéis da Póvoa, de
Vila Franca e da Castanheira e
a conclusão do de Alhandra.
Restam duas situações para
resolver, o novo quartel de
Vialonga e a ampliação do de
Alverca. A primeira aguarda a
abertura de candidaturas a fun-
dos comunitários e a segunda a
possibilidade de intervir no
espaço do antigo cemitério.
“Acredito que vamos ter um
novo quartel em Vialonga e
que iremos resolver o proble-
ma dos Bombeiros de
Alverca”, afirmou a edil, con-
siderando que há imensas for-
mas de apoio do Município ao
trabalho dos bombeiros, como
o pagamento de 30 efectivos
que estão nas 6 corporações e
as comparticipações nas obras.
“Fazemos tudo isso con-
scientes de que é a nossa obri-
gação”, rematou.
Já António Galamba realçou a
competência e a eficácia das
corporações (56) existentes no
distrito de Lisboa e defendeu
que, no futuro, o desempenho
de muitas destas associações
não deve ser olhado de forma
igual a outras de outras regiões
do país, onde as realidades são
diferentes. Segundo referiu, o
Governo Civil de Lisboa tem
um orçamento anual da ordem
dos 5 milhões de euros, dos
quais cerca de 375 mil vêm do
Orçamento de Estado. “Nos
últimos 5 anos, o Governo
Civil distribuiu 6 milhões de
euros pelas 56 corporações.
Temos feito o possível, dentro
das nossas possibilidades,
porque temos duas prioridades
os bombeiros e as forças de
segurança”, concluiu.
Dirigentes preocupadosRui Ferreira, dirigente dos Bombeiros de Alverca e vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito deLisboa, lembrou que a corporação de Vila Franca é a ter-ceira mais antiga entre as 56 do distrito. Destacou a formacomo os bombeiros melhoraram, nas últimas décadas, oserviço que prestam, mas avisou que “no distrito de Lisboa,as receitas dos serviços prestados no transporte debombeiros é média cobre metade do custo que as associaçõestêm para os efectuar”. E alertou para novos cortes que sevão anunciando e para os previsíveis aumentos de impostos,dos combustíveis e da electricidade.Já Rui Silva, dirigente da Associação de Arruda e vice-pres-idente da comissão executiva da Liga dos BombeirosPortugueses, realçou o papel que as autarquias cada vezmais assumem no apoio às suas corporações, porque nãoexiste proximidade entre os bombeiros e os serviços daadministração central.
Corporação de Vila Franca celebra 129 anos
A Associação de Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira festejou, no dia 28, o seu 129º. aniversário, com a inauguração de uma nova viatura e da ampliação do quartel. Apesar destes
passos importantes, as dificuldades continuam a ser muitas para a corporação vila-franquense, que carece de materiais de desencarceramento que lhe permitam responder aos acidentes graves
quase diários
Bombeiros precisam de material de desencarceramento
8 de Junho de 2011
Eduardo Abreu, José Torres e Elviro Passarinho foram agraciados com
a medalha de ouro da Liga por 35 anos de dedicação aos bombeiros
Um grupo de defensores dos animais
lançou, na semana passada, uma petição
que solicita que a Câmara de Vila Franca
de Xira “abandone imediatamente a pos-
tura inaceitável” que levou a que a autar-
quia distribuísse pelos munícipes um fol-
heto onde sublinha que é proibido ali-
mentar animais errantes em espaços
públicos e que tal comportamento é
punível com coimas. O documento já tem
520 subscritores e será entregue aos pres-
identes da Câmara e da Assembleia
Municipal e aos vereadores vila-fran-
quenses.
A polémica estalou no final de Maio,
quando a edilidade decidiu enviar esta
comunicação aos munícipes juntamente
com a factura da água, alegando que o
regulamento municipal prevê penaliza-
ções para quem deixe alimentos para ani-
mais na via pública. Na reunião
camarária de 18 de Maio, cerca de uma
dezena de pessoas contestou a medida,
defendendo que, em alternativa, a
Câmara deveria apostar em acções de
cadastramento, vacinação e esterilização
dos animais errantes. A presidente da
autarquia alegou que o Município não
tem meios para tal, mas admitiu estudar
alguma parceria com os defensores dos
animais que permita avançar por essa via.
Certo é que a petição entretanto colocada
na Internet regista uma adesão muito sig-
nificativa e alguns dos subscritores criti-
cam a “crueldade” da postura da autar-
quia e interrogam-se por que é que as
coimas não são aplicadas a quem aban-
dona e maltrata animais.
A petição defende que a Câmara de Vila
Franca de Xira deve lançar “desde já” as
bases de “uma política de controlo popu-
lacional através da esterilização massiva
de animais de companhia e nomeada-
mente de recolha, esterilização e
devolução para controlo de colónias de
gatos errantes, de forma independente ou
em parceria com associações animalistas
locais”. O documento considera “cruel” a
postura adoptada pelo Município de
deixar os animais à fome e sustenta que
será “ineficaz como forma de controlo
populacional”, podendo levar os animais
a aproximarem-se mais das habitações
humanas em busca de comida e a ficarem
mais vulneráveis a doenças e parasitas.
Classifica, ainda, a atitude da Câmara
vila-franquense de “injusta” e “retrógra-
da”, porque “o que se verifica em todos
os países desenvolvidos e em muitas
cidades portuguesas” é o desenvolvimen-
to de métodos de controlo populacional
de animais e de esterilização.
Jorge Talixa
Vila Franca de Xira
Petição exige recuo da Câmara de Vila Franca
na proibição de alimentar animais errantes
Fogo em vazadouro ameaçacasas em AlvercaUm incêndio, de origens ainda desconhecidas, ameaçou, nanoite do passado dia 1, duas habitações da Rua Projectada àFonte do Choupal, em Alverca. As chamas foram detectadascerca das 21h00 e controladas pelo Bombeiros de Alverca.Deflagraram numa zona utilizada como vazadouro poralguns moradores. A rápida intervenção de alguns habi-tantes que tentaram deitar água sobre as chamas e a prontaresposta dos bombeiros evitaram danos mais graves, masuma das casas sofreu ainda alguns estragos.
SOCIEDADE
“
08
voz ribatejana #14
Um indivíduo de 37 anos, residente na
zona de Alverca, foi, no dia 27, condenado
a seis anos de prisão efectiva pela prática
de 5 crimes de falsificação de documentos.
Em causa estava um esquema de falsifi-
cação de guias de condução que eram,
depois, vendidas a imigrantes brasileiros e
que lhes permitiriam conduzir em
Portugal. Alguns dos compradores nem
nunca tinham tido habilitação para con-
duzir no Brasil e, com esta guia de substi-
tuição, podiam até requerer licenças de
condução internacional ao Automóvel
Clube de Portugal.
No processo da Comarca de Alenquer jul-
gado no Depósito do Ministério da Justiça
nos arredores de Vila Franca de Xira
estavam acusados 20 indivíduos, quase
todos de nacionalidade brasileira, mas três
não compareceram às primeiras audiências
realizadas em Março e os respectivos
processos foram separados. Agora, Pedro
S., acusado de ter sido o mentor deste
esquema de falsificação detectado pela PJ
em 2004, altura em que residia na
Castanheira do Ribatejo, foi condenado a 2
anos de cadeia por cada um dos 5 crimes
de falsificação. Raquel Costa, juíza que
presidiu ao colectivo responsável pelo jul-
gamento, acrescentou que, aplicadas as
regras do cúmulo jurídico, Pedro S. é con-
denado a uma pena única de 6 anos de
cadeia. O arguido não compareceu nas
primeiras sessões e preferiu não prestar
declarações quando foi conduzido a tribu-
nal pelas autoridades policiais.
Segundo o acórdão, em Janeiro de 2004 a
GNR detectou, numa operação de trânsito
efectuada na rotunda de Povos, uma guia
de substituição e uma carta de condução
brasileira que se vieram a revelar falsas.
Documentos do mesmo género foram, pos-
teriormente, encontrados na posse de
alguns dos arguidos nos concelhos de Vila
Franca e de Alenquer. O colectivo de
juízes deu, agora, como provado que Pedro
S. “falsificou documentos com o objectivo
de os vender pelo melhor preço que con-
seguisse” e que, para tal, comprou uma
guia provisória na Direcção-Geral de
Viação (DGV), recortou a parte superior
do duplicado onde constavam os carimbos.
Fez com isso uma fotomontagem e que
reproduziu em vários exemplares num
centro de cópias a cores da região.
“Sempre que alguém queria uma guia,
Pedro preenchia os dados à mão”, refere o
acórdão, frisando que este arguido já foi,
entretanto, condenado por outros 4 crimes
de falsificação, um crime de detenção de
arma proibida e 3 de emissão de cheques
sem provisão e que as necessidades de pre-
venção especial levam também a que seja
condenado a uma pena de prisão efectiva.
O colectivo presidido por Raquel Costa
condenou mais quatro arguidos por crimes
de falsificação e uso de documento falso,
um deles a uma pena de prisão com exe-
cução declarada suspensa e os restantes 3 a
multas. As juízas decidiram, ainda,
absolver os restantes 13 arguidos, também
acusados de uso de documento falso e de
condução sem habilitação legal.
Falsificação de guias de condução
para vender a brasileiros dá pena de prisão
Castanheira / Alenquer
Guias falsas vendidas a 300 euros “O Laboratório de Polícia Científica da PJ concluiu que havia uma guia original,com a qual, depois, terá sido feita uma fotomontagem”, explicou o inspector JoãoCosta em tribunal, frisando que a guia original tinha sido carimbada no Posto doCidadão de Vila Franca de Xira e foi usada para várias cópias, apresentando sem-pre o mesmo código de barras e o mesmo carimbo. “A maior parte dos arguidos queadquiriu estas guias também se dirigiu ao ACP para adquirir licenças de conduçãointernacional”, vincou João Costa, adiantando que, se o esquema não fossedescoberto, os titulares poderiam conduzir no espaço da União Europeia. Um dosarguidos, imigrante brasileiro, adiantou, em tribunal, que lhe pediram 300 eurospor uma guia com estas características.
Vários municípes protestaram na reunião camarária
09
8 de Junho de 2011
Fado na Euterpe Alhandrense“Nas margens do rio Fado” é o título do espectáculo que vai ser apresentado, na noite do próximo
dia 17, nas instalações da Sociedade Euterpe Alhandrense. Uma proposta da fadista Elsa Casanova,
que conta ainda com participações de Flávio Gil e de João Casanova.
Tribunal absolve ex-dirigentes
e União Vilafranquense
SMAS cobram água a dadores de sangue com 6 anos de atraso
Sentença lida na segunda-feira
Vialonga
Todos os acusados no processo relacionado com a entrega de verbas de IVA ligadas à actividade do Vilafranquense foram absolvidos porque o tribunal considerou que não ficou provado que o
dinheiro depositado nas contas do clube sem justificativos estivesse sujeito a IVA
Jorge Talixa
Os cinco antigos dirigentes da
União Desportiva
Vilafranquense (UDV) e a
própria colectividade foram,
na tarde de segunda-feira,
absolvidos da prática de
crimes de abuso de confiança
fiscal de que estavam acusa-
dos. O colectivo, presidido
por Manuela Pereira, con-
siderou que não ficou provado
que o clube tenha recebido
verbas de IVA que não tenham
sido entregues ao Estado e
contestou a forma como uma
inspecção das Finanças con-
siderou passíveis de estarem
sujeitas a IVA todas as verbas
depositadas durante cerca de
5 anos nas contas do clube
que não tinham justificativos.
Frisando que uma associação
desportiva como esta é difer-
ente de uma sociedade comer-
cial, o acórdão sublinha que a
UDV não visa o lucro e “é
perfeitamente normal que
receba subsídios, quotas,
mensalidades ou doações que
não estejam sujeitos a tribu-
tação em sede de IVA ou este-
jam sujeitos a taxas inferi-
ores”. Por isso, as juízas do
Círculo Judicial de Vila
Franca que apreciaram este
caso acham que não há dados
suficientes que demonstrem
que os valores em causa
estavam sujeitos a IVA, nem
se pode concluir que “a omis-
são da sua entrega integra a
prática de um crime de abuso
de confiança fiscal”.
Entende o colectivo que não
resulta provado do julgamen-
to que os arguidos (dois anti-
gos presidentes, três outros
dirigentes e o próprio clube)
tenham “conjecturado a
hipótese de não pagarem IVA
cobrado”. É que, segundo
referiram em audiência, entre
1999 e 2003, os dirigentes
estavam convencidos que o
clube até teria valores de
reembolso de IVA a receber
por diversas obras que reali-
zou. Já em 2003, uma
inspecção das Finanças detec-
tou bastantes verbas sem jus-
tificativos e, como não foram
indicadas razões suficientes
para a sua entrada nas contas
do clube, foram dadas orien-
tações para a entrega, já em
2004, de declarações de sub-
stituição que deixaram o
clube com uma dívida superi-
or a 120 mil euros de IVA. O
caso chegou agora a julga-
mento e a UDV já estabele-
ceu, entretanto, um acordo
extra-judicial de conciliação
para pagar nos próximos 10
anos as dívidas que tem ao
fisco.
Os advogados dos arguidos
defenderam que, perante esta
novo acordo de pagamento, o
processo judicial devia ser
extinto. O colectivo não teve
o mesmo entendimento, mas
resolveu dar como prescritas
as situações relacionadas com
a declaração de IVA de um
dos trimestres de 1999, sobre
a qual já passaram mais de 10
anos.
Nas restantes situações,
respeitantes a 2001 e 2002, o
tribunal considera que não se
provou que a UDV tenha liq-
uidado IVA nas operações que
levaram àqueles depósitos
sem documentos justificativos
e que não estão, assim,
preenchidos os pressupostos
de ilicitude previsto na Lei
relativamente à prática do
crime de abuso de confiança
fiscal.
Eurico Cid, António Machado
Lourenço, José Fernando
Casquinha, Ana Câncio,
Manuel Augusto e a União
Desportiva Vilafranquense
foram, assim, absolvidos,
numa decisão que ainda
poderá levar o clube a requer-
er a redução do montante de
dívida ao fisco que lhe tem
sido atribuído.
Os Serviços Municipalizados
de Águas e Saneamento
(SMAS) de Vila Franca de
Xira apresentaram ao Grupo
de Dadores de Sangue de
Vialonga (GDSV) uma fac-
tura de consumo de água de
759 euros. A direcção do
GDSV ainda reclamou, mas
recebeu, em Maio, a confir-
mação de que vai mesmo ter
que pagar aquela quantia e a
explicação que se deve a val-
ores acumulados ao longo dos
últimos seis anos. Os respon-
sáveis do Grupo de Dadores
de Sangue garantem que vão
pagar, mas consideram que a
atitude dos SMAS é “injusta”
e eventualmente até ilegal. O
presidente dos SMAS
esclarece que o problema se
deve à dificuldade de acesso
ao contador, que levou à acu-
mulação de valores em dívida,
e afiança que os juristas
municipais garantem que é
legal cobrar a água com estes
anos de atraso.
Francisco Bordalo, presidente
do GDSV, não se conforma,
lembrando que o edifício onde
funciona a sede social do
grupo até foi cedido pelo
próprio Município e que, na
altura, foi solicitada aos
SMAS a instalação de um
ramal de água e pago o valor
exigido. O contador está, por
isso, no local indicado pela
autarquia e, ao longo de seis
anos, a associação nunca foi
contactada para apresentar
leituras do contador. Pagava,
normalmente, cerca de 4
euros por mês, com base na
estimativa de consumo feita
pelos SMAS. E foi com sur-
presa que, recentemente, a
direcção do GDSV se viu con-
frontada com uma factura de
acerto de 759 euros.
“Contestámos e foi-nos dito
que iriam analisar o caso.
Agora, em Maio, recebemos
uma nova carta a dizer que a
responsabilidade do pagamen-
to se mantinha e que não se
tinham verificado anomalias
na instalação”, relata o diri-
gente associativo, frisando
que as explicações dos SMAS
aludem à “dificuldade” de
acesso ao contador para
leituras, mas salientando que
o contador já estava no
mesmo local quando a
Câmara cedeu as instalações
ao GDSV. Estranhando as
razões que levaram a que os
cobradores do SMAS não ten-
ham feito leituras actualizadas
durante 6 anos, Francisco
Bordalo acha uma “injustiça”
virem, agora, cobrar 759
euros ao grupo. “Não quere-
mos entrar em contencioso e
preferimos pagar ficando com
a razão. Mas é uma injustiça
que nos fazem que não é de
maneira nenhuma um incenti-
vo para quem anda no movi-
mento associativo”, acrescen-
ta o dirigente do GDSV, con-
siderando que, à luz da Lei
12/2008, até não será legal os
SMAS estarem a cobrar água
seis anos depois. “Não está
em questão o valor, está o
incumprimento da Lei”, afir-
ma.
Francisco Vale Antunes, pres-
idente dos SMAS vila-fran-
quenses, admite o desagrado
do presidente do GDSV, mas
sublinha que “não há aqui
nenhuma injustiça”, porque
“o consumo foi, efectiva-
mente, feito”. O autarca do PS
reconhece que “pode ter havi-
do, eventualmente, algum
funcionamento menos correc-
to”, mas sustenta que a infor-
mação que tem dos serviços
jurídicos dos SMAS é que a
Lei que limita o prazo para
cobrança de determinados
serviços não se aplicará num
caso como este em que o
problema foi, de facto, a difi-
culdade de acesso ao contador
para fazer a contagem regular
dos consumos.
Vale Antunes diz mesmo que
houve um caso semelhante na
freguesia de Vialonga e que,
em diálogo também com a
Junta, se conseguiu uma
solução de pagamento a con-
tento de todos. “A questão que
se coloca é que os serviços
deram prioridade aos con-
sumos normais domésticos,
aos comerciais e industriais.
No caso do movimento asso-
ciativo havia alguns casos em
que não se conseguia fazer a
leitura e, no final de 2010, iní-
cio de 2011, foi feito um
esforço para contactar e tentar
ajustar os consumos. Essa foi
a medida que tomámos”,
prosseguiu o presidente dos
SMAS de Vila Franca,
apelando a que haja também a
preocupação no movimento
associativo de facultar mais
rapidamente o acesso à leitura
dos contadores para evitar
estas situações de acumu-
lação.
Jorge Talixa
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Francisco Bordalo protestou na última reunião
camarária realizada na Granja
Legislativas
Jorge Talixa
O PSD obteve dos seus mel-
hores resultados de sempre na
região acompanhada pelo Voz
Ribatejana, rivalizando com o
PS na disputa pela vitória nos 9
concelhos em análise. Se em
Vila Franca, Alenquer e
Azambuja, os socialistas ainda
conseguiram ganhar, muito
significativo é o facto do PSD
ter ganho em municípios como
Benavente e Sobral de Monte
Agraço, tradicionalmente situ-
ados mais à esquerda. A
evolução eleitoral traduziu-se
também numa subida significa-
tiva do CDS-PP que em Vila
Franca conseguiu 11, 36% dos
votos.
Por concelhos, o PS teve o seu
melhor resultado em Alenquer,
com 31, 47% dos votos. No
município alenquerense
seguiram-se o PSD com 29,
18% e a CDU com 12, 6. O
CDS-PP foi quarto com 10, 6 e
o Bloco de Esquerda conseguiu
5, 9%. Já o PSD, sem surpre-
sas, esteve melhor em Arruda,
onde conseguiu 35, 4%, quase
8% a mais que o PS. No
Município arrudense, o CDS-
PP veio a seguir com 12% dos
votos, seguido pela CDU com
9, 7 e pelo BE com 5%.
Já por Vila Franca de Xira, o
PS liderou com 30, 35%, um
pouco acima da média
nacional, seguido pelo PSD
com 24, 7% e pela CDU com
16, 8 % (o melhor resultado da
coligação liderada pelo PCP no
distrito de Lisboa). O CDS-PP
vem a seguir com 11, 36% e o
BE alcançou 6, 76% no concel-
ho de Vila Franca, o segundo
melhor resultado nos 18
municípios do distrito.
Em Azambuja, o PS também se
destacou com 31, 32%, segui-
do pelo PSD com 25, 86 e pela
CDU com 15, 16. O CDS-PP
foi quarto com 9, 8%, seguido
pelo BE com 7, 31 – o melhor
resultado dos bloquistas no dis-
trito de Lisboa.
Em Sobral de Monte Agraço, o
PSD ganhou com 29% dos
votos, seguido pelo PS com 27,
8%. A CDU ficou-se pelos 15,
6, seguida pelo CDS-PP com
11, 4 e pelo BE com 5, 2.
No total do distrito, o PSD con-
seguiu 18 deputados, o PS
elege 14, o CDS-PP 7, a CDU
5 e o BE 3.
PS perde 3500 votos no dis-
trito de Santarém
No distrito de Santarém, o PS
perdeu cerca de 3500 votos e 1
deputado. Os sociais-democ-
ratas elegeram 5 represen-
tantes, o PS 3 e a CDU 1. Na
região mais próxima destaque
para o desempenho do PSD no
Município de Benavente, onde
conseguiu 30, 6% dos votos
expressos, seguido pelo PS
com 24, 4 e pela CDU com 16,
08. O CDS-PP alcançou aqui
12, 84% (acima da média
nacional) e o BE registou 6,
08%.
Já em Salvaterra, o PS ganhou
com 31%, seguido pelo PSD
com 26, 4 e pela CDU com 11,
9. Num concelho onde o Bloco
tem muito peso autárquico, os
resultados nas legislativas não
foram famosos para o BE que,
ainda assim, conseguiu 8, 45%
Em Coruche, o PS voltou a
ganhar com 30, 7%, seguido
pelo PSD com 26, 5 e pela
CDU com 20, 9 %. Já em
Santarém, o PSD destacou-se
claramente com 38%, seguido
pelo PS com 25, 9 e pelo CDS-
PP com 7, 9.
10
voz ribatejana #14
A vitória nacional do PSD também se reflectiu na região habitualmente acompanhada pelo Voz
Ribatejana, mas os socialistas mantiveram aqui alguma preponderância ganhando em 5 dos 9 municípios
ASSINE O VOZ RIBATEJANA
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CONDIÇÕES DE ENVIO - PORTUGAL Odete Silva eleita deputadaOdete Silva, eleita da Assembleia Municipal de Vila Francade Xira e presidente da direcção do Corpo Voluntário deSalvação Pública da Póvoa de Santa Iria, foi eleita deputa-da nas legislativas de domingo. Colocada na 15ª. posição dalista do PSD pelo círculo eleitoral de Lisboa, onde os soci-ais-democratas elegeram 18 deputados, Odete Silva vai embreve assumir funções na Assembleia da República de certaforma também como única representante do concelho deVila Franca de Xira no Parlamento. Odete Silva é casadacom o vereador social-democrata Rui Rei e já concorreu àpresidência da Junta da Póvoa de Santa Iria.
Passos Coelho promete diálogo para compensar o Oeste pela perda do aeroporto
PSD sobe bastante, mas o PS
manteve-se à frente na região
Arruda dos Vinhos
Pedro Passos Coelho disse, no final deMaio, em Arruda dos Vinhos, que o PSDno governo estará disponível para “comos autarcas encontrar alternativas quepossam compensar” a região Oeste pelasmedidas restritivas e pela perda do pro-jecto de construção do novo aeroporto naOta. Em declarações ao Voz Ribatejana, olíder do PSD admitiu que o País, hoje,não tem dinheiro para cumprir o pacotede compensações (2, 08 mil milhões deeuros) assumido pelo primeiro Governode José Sócrates, em Setembro de 2008. “Não fomos nós que assumimos essaresponsabilidade. Mas nunca deixaremos
de ter o sentido de responsabilidade dehonrar compromissos que são de justiçarelativamente às populações”, dissePassos Coelho, ao lado do autarca localCarlos Lourenço que, na qualidade depresidente da Associação de Municípiosdo Oeste, liderou as negociações efectu-adas com o então ministro Mário Lino.Em Abril, Carlos Lourenço afirmou que,passados quase 3 anos, nem 5% dos com-promissos foram cumpridos.“Não há nenhuma dúvida que pre-cisamos de encontrar com os autarcas umprocesso de compensação destas popu-lações que ficaram prejudicadas. Não
quero fazer promessas que, depois, nãopossa cumprir, mas quero afirmar aminha disponibilidade para, em conjuntocom os autarcas do Oeste, encontrar umaforma de poder recuperar e reparar osatrasos de investimento que esta regiãosofreu, por culpa do Estado”, disse, aoVoz Ribatejana.O então candidato a primeiro-ministroreconheceu que, hoje, “o País não dispõedesse dinheiro” e que “não vale a penailudir” as coisas, mas afiançou que, no gov-erno, vai procurar encontrar alternativas decompensação com os autarcas da região.
Jorge Talixa
Passos Coelho em visita em Arruda dos Vinhos
11
8 de Junho de 2011
O Ministério da Defesa decidiu
aprofundar os estudos para a
possibilidade de transferência,
da Portela para Alverca, do
aeródromo militar ali instalado
há décadas, conhecido por
“Figo Maduro”. A área ocupa-
do por este aeródromo militar
principal às portas de Lisboa
poderá ser importante para a
ampliação do aeroporto da
Portela, uma vez que não se
perspectiva a construção até
2017 do novo aeroporto nos
terrenos do Campo de tiro de
Alcochete.
Por isso, a Empordef, holding
das indústrias de defesa que
detém os 35% que o Estado
ainda mantém no capital da
OGMA-Indústria Aeronáutica
de Portugal propôs à tutela da
Defesa, em Dezembro passado,
a transferência deste aeródro-
mo militar da Portela para
Alverca.
Agora, segundo o Diário de
Notícias, o Ministério da
Defesa, liderado por Augusto
Santos Silva que, em 2010,
reconheceu a importância do
desenvolvimento de um cluster
aeronáutico em Alverca, con-
siderou que a criação deste
pólo “tem potencialidades que
merecem ser estudadas” e
determinou o aprofundamento
dos estudos.
Também o Diário Económico
refere que “a utilização para
fins civis do aeródromo militar
de Figo Maduro, que funciona
em terrenos anexos ao aeropor-
to da Portela, é uma hipótese
que voltou a estar em cima da
mesa”.
É que a ANA e a TAP acham
impraticável esperar até 2017
para encontrar uma solução
que responda ao crescente
movimento na Portela. O pres-
idente da TAP já sugeriu um
maior aproveitamento da pista
de Beja e o início da con-
strução do novo aeroporto na
zona do campo de tiro. Há, no
entanto, quem defenda que a
venda dos terrenos de Figo
Maduro para a ampliação da
Portela geraria meios sufi-
cientes para implantar um pólo
aeronáutico em Alverca,
rentabilizando mais a pista e as
infra-estruturas existentes no
concelho de Vila Franca de
Xira. Em equação pode estar
também o aproveitamento de
uma parte do actual espaço do
Depósito-Geral de Material da
Força Aérea para a construção
de um terminal de apoio ao
aeródromo militar que seria,
assim, criado em Alverca.
O Pólo Aeronáutico de Alverca
poderá, ainda, ser dotado de
um Instituto Tecnológico e de
um Centro de Investigação e
Desenvolvimento.
J.T.
Aeródromo militar de saída da Portela
“Figo Maduro” pode mudar-se para Alverca
Cientistas de todo o mundo debateram naturopatia
Arraial da Quintinha na Póvoa O Agrupamento de Escuteiros 773 da Póvoa de Santa Iria promove, de 17 a 19 deJunho, o tradicional Arraial da Quintinha. Uma iniciativa em que participam, entreoutros, as artesãs da Póvoa, o Grupo de Cantares Alentejanos Unidos do BaixoAlentejo, o grupo “Os Baionenses”, o Rancho Folclórico Bragadense e o grupo corale o grupo de cavaquinhos da Universidade Sénior do Concelho de Vila Franca.
Congresso europeu em Vila Franca
Perto de meia centena de cientistas debateram,no Ateneu Artístico Vilafranquense, durantedois dias, a naturopatia e todos os ramos daciência a ela ligados – acupunctura, quiro-prática, osteopatia, homeopatia e fototerapia.O congresso, promovido pela CâmaraNacional dos Naturologistas – Especialistasdas Terapêuticas Não Convencionais(CNNET), deu particular atenção às questõesligadas às crianças e aos idosos.
António Novaes, presidente da CNNET, sub-linhou que, “em vez de se dizer que se combatea velhice, deixamos, antes, que seja a velhiceque se combata a si mesma”. Isto para dizerque “os idosos são sempre jovens, criadores e
activos, porque têm a ciência do conhecimen-to”, acrescentou. A CNNET agraciou os seus colaboradoresmais antigos e aqueles com 20 anos de fideli-dade, bem como um conjunto de entidadesque, de forma diversa, têm apoiado a institu-ição e os seus fins e objectivos. José Fidalgo,presidente da Junta de Freguesia vila-fran-quense, fez um historial deste ramo das ciên-cias naturais e lançou um repto para a consti-tuição, urgente, de uma comissão científica,para a rápida instalação de uma universidadeligada ao sector – e aos mares - em VilaFranca de Xira.
Adriano Pires
Associação de Africanos festeja 14 anosVila Franca de Xira
A Associação dos Africanos do Concelho deVila Franca de Xira (AACVFX) festejou o seudécimo-quarto aniversário. Luís Fernandes,presidente da AACVFX disse, ao VozRibatejana, que o maior objectivo da associ-ação é contribuir para uma maior coesãoentre os povos africanos de expressão por-tuguesa e uma maior facilidade em resolver osproblemas que uma comunidade tem para asua integração.As comemorações deste 14º. aniversário jun-taram mais de 1000 pessoas. Após a cerimóniade entrega dos diplomas às entidades oficiais e
das taças aos grupos desportivos, serviu-se oalmoço com as tradicionais ementas de Caboverde, Guiné, Angola, Moçambique e S. Tomée Príncipe. Cada pessoa levava um pouco dascinco especialidades de comida com direito arepetir. Seguiram-se danças e cantares com osconjuntos de cavaquinhos dos Idosos e pen-sionistas do Forte da Casa, Folha Verde deVialonga e as danças e cantares africanas daAssociação Africana de Vila Franca de Xira,Unidos dos Batuques.
Adriano Pires
Vista aérea da pista de Alverca
Luís Fernandes é o presidente da
Associação dos Africanos
REGIONAL
“
12
voz ribatejana #14
Mesmo com menos um dia de
festa, a Feira da Ascensão de
2011 foi um sucesso. O cer-
tame, que foi encurtado devido
às eleições legislativas deste
domingo, contou com muita
adesão ao longo dos quatro
dias, tanto de expositores,
como de forasteiros. A prova
disso são os inúmeros exposi-
tores do concelho e de fora que
não quiseram faltar ao certame
anual da vila de Alenquer.
A Feira da Ascensão contou
com muita música, com os
mais variados géneros musi-
cais e claro, com as habituais
vacadas e a corrida de toiros
que juntou centenas de pessoas
numa praça de toiros desmon-
tável, já que, por enquanto, não
está nos planos da autarquia
uma praça em alvenaria.
O certame, que este ano se
realizou debaixo de uma crise
financeira, decorreu na sua
maior parte nas ruas do centro
da vila de Alenquer.
A feira começou com a fanfar-
ra dos bombeiros de Alenquer
a que se seguiram outras inicia-
tivas não só, culturais, como
também de carácter lúdico,
como a caminhada “Viva
Melhor” em parceria com o
Centro de Saúde local, e na
qual participaram centenas de
pessoas.
O certame custou este ano
cerca de 80 mil euros, segundo
o presidente da Câmara Jorge
Riso. Ainda assim, o autarca,
em declarações à Rádio
Ribatejo, explicou que foi bas-
tante abrangente, tendo em
conta os vários estilos musicais
e os vários tipos de dança que
marcaram presença na edição
de 2011, que ficou igualmente
marcada pelo bom tempo e
pela afluência de público.
M. A. R.
Feira da Ascensão muito concorrida
apesar do corte do domingo
Miguel António Rodrigues
A Feira de Maio de Azambuja terminou no dia
30 com um balanço claramente positivo.
Daniel Claro, porta-voz da ACISMA
(Associação de Comércio e Indústria de
Azambuja) e o presidente da Câmara Joaquim
Ramos alinham pela mesma ideia. Mesmo com
um orçamento mais reduzido, o certame voltou
a ser um sucesso, tanto ao nível dos visitantes
das várias iniciativas, como no que diz
respeito ao pavilhão da responsabilidade da
ACISMA.
Ainda sem números, no penúltimo dia da festa,
Joaquim Ramos registava que a edição de 2011
poderia bater recordes. A noite da sardinha
assada (sexta-feira) foi um sucesso, assim
como todos os outros dias que se seguiram,
levando o autarca, no discurso de encerramen-
to, a agradecer a todas as entidades envolvidas,
desde os funcionários da câmara, às tertúlias
que se organizaram de forma a receber os vis-
itantes, a todos os parceiros da autarquia, bem
como, claro, aos milhares de forasteiros.
Sob o signo da crise económica, a Feira de
Maio de Azambuja teve este ano em risco a
continuidade dos pavilhões de artes e ofícios e
actividades económicas. Com menos 250 mil
euros para gastar, a Câmara teve de fazer
opções e cedeu um dos pavilhões à empresa
que em geral os cede, de modo a reduzir os
custos. Por isso, um dos pavilhões ficou desti-
nado a comércio de vários produtos, cujos
empresários pagariam ao proprietário o seu
local de venda, ao contrário dos expositores do
pavilhão das actividades económicas e arte-
sanato, que tiveram direito a stand grátis,
como habitualmente acontece.
Assim, este ano, o mesmo pavilhão foi partil-
hado pelas actividades económicas e pelo arte-
sanato, o que, de resto resultou, num casamen-
to “quase” perfeito, não fosse o facto de à últi-
ma da hora, terem ficado de fora alguns expos-
itores. Ainda assim, e pese embora o facto do
“São Pedro” não ter sido aficionado este ano e
ter enviado chuva e vento durante alguns dias
da feira, o que levou a que parte das lonas dos
pavilhões fossem arrancadas, o certame é, para
o responsável da ACISMA, bastante positivo.
Daniel Claro refere que o facto de este ano não
se ter realizado a habitual corrida de toiros não
prejudicou as visitas ao pavilhão gerido pela
ACISMA.
A feira terminou com um balanço de 20 feri-
dos, entre eles sete feridos em estado grave,
em resultado das cinco esperas de toiros.
Feira mais barata tem
balanço muito positivoA edição 2011 da Feira de Maio de Azambuja esteve muito concorrida. As cinco esperas de
toiros originaram 20 feridos, sete dos quais em estado grave
Alenquer Azambuja
13
8 de Junho de 2011
Cerca de 26 mil pessoas vis-
itaram a 48ª. Feira Nacional
da Agricultura no seu
primeiro fim-de-semana de
funcionamento. O certame
decorre até ao próximo
domingo em Santarém e
conta este ano com perto de
600 expositores
Miguel Rodrigues
Sónia Sanfona, governadora
Civil de Santarém, e
Francisco Moita Flores,
presidente da Câmara escal-
abitana, inauguraram, no
passado sábado, mais uma
edição da Feira Nacional da
Agricultura (FNA). Uma
inauguração marcada pela
polémica que levou a que
António Serrano, ministro da
agricultura e cabeça-de-lista
do PS pelo círculo eleitoral
de Santarém desmarcasse a
sua presença, já que a inau-
guração decorreu no passado
dia 4, que era exactamente o
dia de reflexão para as
eleições legislativas.
A cerimónia inaugural decor-
reu como habitualmente com
uma recepção levada a cabo
por um rancho folclórico rib-
atejano, a que se seguiu a
visita ao certame, que este
ano também sofreu uma
redução do orçamento em
cerca de 15 %, devido à crise
económica que o país atrav-
essa.
Ainda assim e durante o
primeiro fim-de-semana, a
FNA já atraiu mais de 26 mil
pessoas para assistir às mais
variadas actividades e para
visitar os perto de 600 expos-
itores que estão presentes até
ao próximo domingo.
Todavia, a Feira Nacional de
Agricultura também continua
a apostar na divulgação dos
produtos nacionais.
É prova disso, o salão
“Prazer de Provar” (ver
caixa) que é dedicado ao
vinho, alimentação.
Destaque ainda para o
Espaço do Ribatejo da
responsabilidade dos municí-
pios da região, a cargo da
CIMLT (Comunidade
Intermunicipal da Lezíria do
Tejo) e ainda o espaço da
Fersant - Feira das
Actividades Económicas da
Região de Santarém, da
responsabilidade do NER-
SANT (Associação
Empresarial da Região de
Santarém).
Neste certame ainda há lugar
para as habituais exposições
e concursos de pecuária,
exposição de maquinaria e de
equipamentos agrícolas, bem
como outras áreas de produ-
tos e serviços para a agricul-
tura e não só.
Festa do Folclore junta maisde 60 ranchos
Foram milhares as pessoas que não quiseram faltar a maisuma edição da “Grande Festa do Folclore e da Amizade”,organizada pelo programa “Povo a Cantar” da Rádio Iris,que este ano se realizou no Cartaxo. Ao todo foram mais de60 ranchos folclóricos oriundos de vários pontos do país que,no dia 22 de Maio, encheram o terreno junto ao parque deexposições do Cartaxo de muita música, cor e animação.Uma maratona que começou pelas 10 da manhã e só termi-nou quase à hora de jantar. Para o ano, promete Arlindo dosSantos, o realizador do evento, “há mais”.
O prazer de Provar em portuguêsA Feira Nacional de Agricultura apresenta este ano o salão “Prazer de Provar”. Trata-se deum espaço onde estão presentes os melhores produtos nacionais, com incidência sobre os vin-hos, azeites e queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, produtos hortícolas, entre outros. Na Nave A, o visitante pode, para além de participar várias iniciativas, desde a degustação deprodutos, provas enogastronómicas, de vinhos e de azeites,acções de cozinha ao vivo, cursos de análise sensorial eainda várias conferências e palestras. Durante a realizaçãoda Feira Nacional da Agricultura e do integrado SalãoPrazer de Provar, há ainda a destacar o Concurso Nacionalde Azeite Virgem Extra e Packaging, Concurso Nacional deMel e Concurso Nacional de Vinhos.
Seminários eanimaçãoO programa de semináriosda FNA integra amanhã,dia 9, uma iniciativa sobreas medidas florestais noâmbito da política dedesenvolvimento ruraleuropeia. No feriado de 10de Junho vai estar em focoo futuro da PolíticaAgrícola Comum após2013, numa sessão em queestarão presentes várioseurodeputados portugue-ses.No capitulo da animaçãodestaca-se amanhã, quin-ta-feira, o concerto dosDeolinda, no dia 10 actuaPedro Abrunhosa e no dia11 será a vez dos Xutos ePontapés.
Feira da Agricultura ultrapassa
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Certame decorre até domingo em Santarém
Leitores defendem aposta na agricultura Todos os leitores do blog do Voz Ribatejana que participaram no inquérito que promovemos nesta
quinzena acham que os portugueses devem apostar mais na agricultura. Os 21 votantes consideram
também que o Governo deve apoiar mais o envolvimento dos jovens na agricultura
14
voz ribatejana #14
Estamos em todo lado… Como as Pragas !!!
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Primeira empresa no Controlo de Pragas, com implementação do sistema HACCPEm fase de implementação do Sistema de Gestão de Qualidade de acordo com as normas ISO 9001:2008 e NP 4397:2008.
Um jovem agricultor de 34 anos fale-
ceu, sábado à tarde, em Alcoentre viti-
ma do capotamento do tractor que con-
duzia. Segundo sabe o Estado Velho,
terá sido o único filho da vitima que
chamou as autoridades, contudo algu-
ma desorientação da criança, levou a
que as autoridades tenham encontrado
o local exacto do acidente logo à
primeira, Contudo as autoridades
pouco poderia fazer, já que segundo
apurámos, o homem terá tido morte
quase imediata.
Para o local foram deslocados meios
dos bombeiros de Alcoentre, do INEM
da GNR: estiveram também meios da
Protecção Civil Municipal e a delegada
de saúde. O INEM também disponibi-
lizou apoio psicológico à família, mas
sobretudo à criança que terá encontra-
do o pai sem vida. O acidente ter-se-á
dado pouco antes das 5 da tarde na
quinta da família perto da Ameixoeira.
Já na segunda-feira ocorreu outro aci-
dente com um tractor, numa pro-
priedade junto ao palácio da Vala Real,
tendo o condutor ficado ferido, tam-
bém na sequência de um capotamento
do veículo agrícola com que trabalha-
va.
A vitima, um homem de meia idade,
terá sido resgatado por amigos que
encontravam no local e transportado
numa carrinha ainda antes da chegada
dos bombeiros de Azambuja, acciona-
dos pelo CODU (Centro de Orientação
de Doentes Urgentes).
Os voluntários de Azambuja encon-
traram-se então a meio caminho com o
grupo de amigos que traziam o ferido e
transportaram-no depois de ambulân-
cia para o hospital Reynaldo dos
Santos em Vila Franca de Xira.
M.A.R.
Colete Encarnado 2011Suplemento Voz Ribatejana
- Tudo sobre o Colete
Encarnado 2011
- Entrevista com Nuno
Casquinha novo matador de
toiros Vilafranquense
Não perca na edição de 22 de Junho
Acidentes com tractores
fazem duas vítimas
Azambuja
Assaltantes detidos depois de perseguição policial na EN 10Quatro jovens, com idades compreendidas entre os 18 e os21 anos, foram, quinta-feira à tarde, detidos pela PSP deVila Franca de Xira, depois de uma perseguição policial naEstrada Nacional 10 entre Alverca e Santa Iria d’ Azóia. Deacordo com a Divisão Policial de Vila Franca de Xira, osdetidos terão usado “violência física” para roubarem um fiode ouro avaliado em 650 euros e uma carteira (continha 300euros em dinheiro) a um homem de 61 anos, que se encon-trava na estação ferroviária de Alverca.Dado o alarme, elementos da Esquadra de InvestigaçãoCriminal da PSP vila-franquense conseguiram detectar edeter a viatura onde seguiam os quatro suspeitos emdirecção a Lisboa, já nas proximidades do Intermarché deSanta Iria d´Azóia. Com eles seguia também um menor de15 anos, que foi identificado. Os detidos foram presentes aoTribunal de Vila Franca para primeiro interrogatório.
Apanhados com cobre roubadoA GNR de Coruche recuperou, na semana passada, cerca de200 metros de cabos de cobre roubados de pivôs de rega e depostes de electricidade da região e deteve dois jovens já comantecedentes criminais neste tipo de crime. Com os dois deti-dos, residentes nos concelhos do Montijo e de Vendas Novase com 21 e 26 anos, respectivamente, os militares da GNR deCoruche encontraram também uma menor de 15 anos, denacionalidade espanhola, que foi identificada.Na localidade de Volta do Vale, próximo de Coruche, os ele-mentos da GNR detectaram os dois indivíduos na possedaquela quantidade de cabos de cobre, avaliada em cerca de5000 euros. Apreenderam, ainda, 10 torneiras em cobre ealumínio, habitualmente utilizadas nos mecanismos de rega. Segundo o comando distrital da GNR de Santarém, osjovens agora detidos “já tinham sido constituídos arguidospor furtos de cobre noutros crimes praticados no concelhode Montemor-o-Novo”.
Vialonga tem opereta“Vamos construir uma cidade” é o título da opereta que vai ser apresen-tada, ao princípio da noite de amanhã, dia 9 de Junho, no parque da feirade Vialonga. Uma iniciativa do agrupamento escolar, que abre às 19h00com uma actuação da Orquestra de Vialonga.
Assaltaram idoso em Alverca
Coruche
15
8 de Junho de 2011
Joaquim Luís Faria
Celebrar a Química em 2011 é cele-
brar as virtudes da transformação,
da mudança, da própria vida. A vida
tal como a definimos é o resultado
de uma complexa sequência de
transformações, quase todas elas de
base química. A vida que levamos
depende da química, desde da água
que bebemos, à roupa que vestimos,
aos materiais que nos que nos aju-
dam, nos protegem e dão qualidade
a essa mesma vida. Todos os sec-
tores produtivos dependem da
química e ela está em todo o lado à
nossa volta. De tão banal, na maior-
ia dos casos já nem reparamos nela,
mas basta um olhar atento em torno
de nós e das nossas actividades, para
percebermos que ela está presente
em quase tudo. Se tiráramos a
química ao nosso quotidiano
ficamos literalmente nus. Apesar de
tudo, não raras vezes somos sobretu-
do alertados para o lado mais som-
brio dos efeitos da química: a
poluição, a contaminação deliberada
e o excesso de desperdício. Mas
para sermos justos também é a
química que nos salva com os seus
medicamentos, que nos proporciona
as mais variadas fontes de energia,
que nos permite acesso a bens essen-
ciais. Este é o ano para se exaltar as
contribuições positivas da química e
deixar ao juízo de cada um decidir
se elas compensam, ou não, as suas
prestações mais negativas.
Celebrar a Química em 2011 é cele-
brar um passado de descobridores e
descobertas. É realçar a busca per-
manente por repostas a perguntas
cada vez mais exigentes; é mostrar
que a química tem soluções e está
longe de estar esgotada: há um
mundo de novos materiais para
desenvolver, novas moléculas com
capacidades terapêuticas para sinte-
tizar, novas energias para explorar.
É transmitir aos jovens a ideia de um
futuro criativo e de esperança. Ao
mesmo tempo, celebrar a Química
em 2011 é recordar que faz 100 anos
que o Nobel da Química foi
entregue a uma mulher, Maria Curie,
e que estamos a enaltecer as con-
tribuições fascinantes das mulheres
para química em particular e para a
ciência em geral. É acima de tudo a
altura de mostrar como a química
contribui de forma significativa para
o bem-estar da humanidade agora, e
no futuro.
* Professor da Faculdade de
Engenharia da Universidade do
Porto
Secretário-geral da Sociedade
Portuguesa de Química
2011 é o Ano Internacional da Química
ANO DA QUÍMICA
“
A Solvay Portugal está a desenvolver um conjunto de actividades comemorativas
do Ano Internacional da química nas suas instalações da Póvoa de Sta Iria
ECONOMIA
“
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voz ribatejana #14
Jorge Talixa
Durante seis dias, a Feira
Internacional da Cortiça
(Ficor) dinamizou a vila ribate-
jana de Coruche, que assume o
estatuto de “Capital Mundial
da Cortiça”. As potencialidades
do montado de sobro e a cres-
cente diversificação das uti-
lizações da cortiça, que
alcançou este ano um impor-
tante acréscimo de 11% nas
exportações, estiveram em
foco num certame onde não
faltaram desfiles de moda,
seminários, visitas às indústrias
transformadoras locais, músi-
ca, desporto e gastronomia.
Dionísio Mendes salientou que
a Ficor é uma aposta ganha e
tem contribuído, desde a sua
criação em 2009, para a recu-
peração do sector corticeiro.
“Este ano temos como lema a
sustentabilidade e a inovação.
Sustentabilidade porque a bio-
diversidade associada ao mon-
tado de sobro é uma garantia de
sustentabilidade para o futuro.
E inovação porque cada vez
mais a cortiça se afirma como
produto capaz de gerar ino-
vação, trazendo novos usos e
descobrindo novos mercados”,
sublinhou o autarca
coruchense, na manhã espe-
cialmente quente de 27 de
Maio, que levou também a que
a cerimónia inaugural fosse
acelerada. O edil destacou o
bom desempenho dos produ-
tores florestais e o impacto da
campanha internacional de
promoção da cortiça, que “é
hoje um produto de excelência
que puxa pela nossa economia
e pelas nossas exportações”.
António Serrano sustentou, por
seu lado, que o Governo por-
tuguês tem procurado sensibi-
lizar a Comissão Europeia para
a necessidade de “dar mais
força” ao sector da cortiça na
próxima revisão da Política
Agrícola Comum (PAC). O
ministro da Agricultura do
governo cessante realçou que o
montado de sobro “é uma área
distintiva dentro da União
Europeia” e assegurou que
Portugal tem o apoio da
Espanha nesta reivindicação de
mais ajudas para a preservação
do sobreiro e para a dinamiza-
ção do comércio da cortiça.
De acordo com o titular da
pasta da Agricultura, a fileira
da cortiça alcançou, em 2010,
os 800 milhões de euros de
exportação. “Tem tido um
crescimento continuado nos
últimos anos e só o sector das
rolhas exporta mais de 500
milhões de euros”, vincou
António Serrano, salientando
que, depois de alguma estag-
nação e mesmo retrocesso, a
utilização da rolha de cortiça
como vedante “tem vindo a
afirmar-se e a recuperar a sua
imagem no contexto interna-
cional” e que cerca de 75 mil
hectares (10% do total) de
montado de sobro já têm certi-
ficação de qualidade.
Na feira que o Município rib-
atejano de Coruche promoveu
pelo terceiro ano consecutivo
estiveram representados os
principais agentes do sector da
cortiça e a Associação de
Produtores Florestais de
Coruche (APFC) fez um bal-
anço do primeiro ano de fun-
cionamento da Plataforma de
Transacção de Cortiça (PTC),
lançada na Ficor de 2010 com
o objectivo de criar uma espé-
cie de “bolsa” que permita reg-
ular e equilibrar mais a relação
entre os produtores e a indús-
tria. O balanço, segundo o
presidente da APFC, é muito
positivo e, já em 2012, a PTC
deverá movimentar 1 milhão
de arrobas de cortiça, o que
“constitui uma percentagem
muito significativa da pro-
dução nacional”, disse perante
eurodeputados da Comissão de
Agricultura e
Desenvolvimento Rural.
Cortiça volta a crescer e diversifica utilizaçõesO ministro da Agricultura garante que o Governo tem defendido o reforço dos apoios da União Europeia ao sector da cortiça
Coruche promove feira internacional
Números dacortiçaÁrea de Montado deSobro em Portugal – 720mil hectaresExportações em 2010 –800 milhões de eurosPercentagem do PIB – 0,8%Percentagem de produtoexportado – 90%Países importadores –mais de 100Exportação de rolhas em2010 – 500 milhões deeuros
Coruche produz 16% da cortiça mundial O concelho de Coruche é o maior produtor mundial de cor-tiça, estimando-se que no seu território sejam extraídos 16%de toda a cortiça mundial. Cerca de 46% dos 1114 quilómet-ros quadrados do Município estão ocupados com montadode sobro, que dá também emprego a algumas centenas depessoas. Nas indústrias ali instaladas produzem-se 5 mil-hões de rolhas de cortiça por dia.
17
8 de Junho de 2011
A CDU acusou, no dia 27, o
executivo camarário de Vila
Franca de Xira de gastar mais
de 4, 5 milhões de euros para
os acessos à Plataforma
Logística da Castanheira. Os
vereadores comunistas acham
que a autarquia não deveria
contribuir desta forma para um
projecto privado. A presidente
da Câmara Maria da Luz
Rosinha tem um entendimento
completamente diferente,
acusa a CDU de esquecer que
as obras em curso vão criar
condições para que a popu-
lação da Castanheira também
tenha acesso directo à auto-
estrada e garante que vai pagar
pouco mais de 1 milhão dde
euros pelos terrenos
necessários e não os 2, 062
milhões referidos pela CDU.
Certo é que comunistas e
socialistas não se entendem
sobre o apoio à plataforma
logística. A CDU diz que a
Câmara vai ter que despender
2, 497 milhões de euros para
construir as ligações da
plataforma à Nacional 1 e para
reabilitar o acesso A.
Acrescenta que a edilidade vai,
ainda, pagar 2, 06 milhões de
euros pela aquisição e expro-
priação dos terrenos para os
acessos, “porque não ficaram
reservados no Plano Director
Municipal”. Lamentam, por
isso, que a Câmara alegue não
ter condições financeiras para
reduzir as taxas de IMI e,
depois, gaste este dinheiro com
a plataforma logística.
Maria da Luz Rosinha sublinha
que os terrenos não poderiam
ter ficado reservados porque,
na altura, não estavam
definidos os traçados. “Só a
partir do momento em que
ficaram definidos os traçados é
que poderíamos negociar com
os proprietários. Se reservásse-
mos e condicionássemos o uso
de determinado terreno no
âmbito da revisão do PDM, se
se concluísse depois que não
era por ali que passavam os
acessos, teríamos que pagar
indemnizações aos propri-
etários”, sustenta, vincando
que esta comparticipação do
Município está totalmente
clara no protocolo celebrado há
dois anos entre a Câmara, a
Brisa, o Inir e a Abertis. “Acho
que se justifica, até porque o
concelho ganha também, com
isto, um novo acesso à A 1. A
Castanheira do Ribatejo fica
largamente beneficiada, sendo
uma freguesia de maioria
CDU, é curiosa a posição da
CDU nesta matéria”, disse, ao
Voz Ribatejana.
O gabinete de imprensa da
edilidade de Vila Franca acres-
centa que o envolvimento do
Município neste projecto visa
“permitir que o concelho e a
freguesia da Castanheira ven-
ham a ter um papel preponder-
ante no País na área logística,
beneficiando também o desen-
volvimento económico e
social, desde logo através da
melhoria das acessibilidades”.
Segundo a autarquia, “a
aquisição dos terrenos deu-se
numa altura em que já decorria
o processo para a entrada em
vigor do novo PDM, em que os
terrenos estavam propostos
passar a ter classificação de
multiusos. Assim, a reserva de
terrenos com a classificação de
RAN ou REN não seria possív-
el”.
A Câmara vila-franquense afir-
ma, ainda, que as vias afec-
tadas pela construção da
plataforma “serão requalifi-
cadas pela Abertis, conforme o
acordo celebrado nesse senti-
do” e, no âmbito da sua inter-
venção normal de reabilitação,
a edilidade “procederá também
à reparação das vias que são da
sua competência na freguesia”.
Jorge Talixa
Acessos à plataforma logística geram
troca de acusações entre CDU e PS
Castanheira do Ribatejo
Especiais Voz Ribatejana
Cidade de Alrverca
Festa da Amizade de Benavente
Festas de Alhandra
Festas da Castanheira
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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA
A Câmara afiança que as estradas da região vão ser reabilitadas
Congresso avieiro em SantarémO 2º. Congresso da Cultura Avieira realiza-se, nos próximos dias 17 e 18,nas instalações da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnicode Santarém.
OLHO VIVO
“
18
voz ribatejana #14
Assim se faz o futuro dos
bombeiros
28 de Maio foi dia de festa para os Bombeiros de
Vila Franca, com a inauguração de uma viatura e da
ampliação do quartel. Na cerimónia participaram
muitas crianças bem integradas na família dos
bombeiros. “O meu pai é bombeiro e a minha mãe
é bombeira”, sublinhou uma das meninas que não
hesitou em sentar-se no meio da assistência da
sessão solene à conversa com uma amiga quase
da mesma idade. Um orgulho e uma evidência,
que talvez funcione de forma decisiva para que
muitos jovens continuem a procurar os
bombeiros para, de forma voluntária, darem
um pouco de si aos outros.
Tradição está para
ficar
Já em Coruche, uma das escolas
locais encontrou uma forma muito
original de vincar a ligação do con-
celho à cortiça. Um grupo de meni-
nos passeou pela Feira Internacional
da Cortiça com um traje e um
chapéu integralmente feitos em cor-
tiça que fizeram também a delícia
dos mais velhos.
Jornalismo com
futuro
A comunicação social já viveu mel-
hores dias no concelho de Vila Franca
de Xira e as actividades aqui desen-
volvidas já foram acompanhadas por
bastantes mais rádios e jornais.
Mantêm-se os possíveis, mas foi
animador ver a forma como uma
dezena de jovens alunos de escolas
locais abraçou com entusiasmo a
possibilidade de se sentar na banca-
da dos jornalistas da recente
Assembleia Municipal Jovem. Sinal de que a
comunicação continua a despertar interesses e vocações e que tem
o futuro assegurado.
Vândalos deixam
idosos à chuva
e ao sol
Em Arruda, o exemplo é bem mais
negativo. Já não bastavam os rasgões
a que o toldo instalado junto ao
Centro de Convívio Sénior foi
sofrendo e ainda houve alguém que,
ao que tudo indica, propositada-
mente resolveu deitar o fogo àquela
estrutura. As chamas foram domi-
nadas rapidamente, sem mais prejuí-
zos, mas o caso foi entregue à Polícia
Judiciária e as autarquias locais foram obrigadas a retirar o toldo par-
cialmente queimado, reduzindo e muito os espaços protegidos onde os idosos arrudenses podem con-
viver.
Mudança
difícil
A recente mudança do
Centro de Saúde de Vila
Franca para o seu novo
edifício veio demonstrar
ainda mais a inadequação
das suas antigas insta-
lações. Distribuídas por
cinco edifícios distintos
e, no caso da sede, por 5
pisos, o CSVFX não
respondia claramente às
necessidades. Até a forma
como foi necessário recorrer a
meios perfeitamente invulgares para retirar os
equipamentos das velhas instalações veio reforçar essa constatação.
Só com escadas e elevadores exteriores é que, finalmente, foi possível concretizar a
mudança.
Obras de Santa Engrácia em Benavente
As obras de reabilitação
da ponte da Vala Nova,
em Benavente, arras-
tam-se há meses. È ver-
dade que os trabalhos
envolvem bastantes
meios e maquinaria
pesada, mas a demora
causa estranheza.
Tanto mais que obriga
muitas vezes à circu-
lação alternada do
trânsito e acaba por
gerar filas significa-
tivas numa via
importante e muito
movimentada de lig-
ação entre Benavente
e Salvaterra de Magos. Voz Ribatejana
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voz ribatejana #14
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Tribunal de Trabalho de Vila Franca de Xira
Processo: 639/04.5TBVFX-A
Execução Comum – Pagamento de quantia certa
Exequente: Sara Orlanda de Albuquerque Martins Moita Nunes
Executado: Policlínica Lezíria Clínica Médica, Lda
ANÚNCIOFAZ-SE SABER que nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 16
de Junho de 2011 pelas 09:30 horas, no Tribunal de Trabalho de Vila Franca de
Xira, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na
secretaria do tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bens:
VERBA ÚNICA
- Estabelecimento comercial, sito na Rua Alexandre Herculano, Lote 1 B em Samora
Correia, composto por:
1- Três marquesas de consultório.
2- Dois aparelhos de medição de tensão arterial, marca Riester Ligben Round
3- Um aparelho de ginecologia com inscrições Arret/ March e Varre et Quatz com pé
elevatório.
4- Três cadeiras de executivo com rodas em napa preta.
5- Um aparelho de cardiologia com inscrição Pró Getti com cabos.
6- Três secretárias em MDF com duas gavetas cada.
7- Um balcão tipo V com dois tampos em MDF com 2,45 m de cumprimento.
8- Quinze cadeiras com pés em metal e tecido azul.
9- Dois bancos com assento rotativo em metal e tampo em napa azul e um banco não
rotativo em napa azul.
10- Uma cadeira de secretária com pés em inox com rodas e tecido azul.
11- Direito ao arrendamento e trespasse do estabelecimento comercial, sendo o
senhorio o Sr. Mário Costa Reis, residente na Estrada da Samorena, nº 69 em
Samora Correia.
Os bens encontram-se disponíveis para visita (a combinar) na Rua Alexandre
Herculano, Lote 1 B em Samora Correia.
Valor base: 7.200,00€ (sete mil e duzentos euros).
Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 5.040,00 € (cinco mil e
quarenta euros), correspondente a 70% do valor base.
É fiel depositário, que o deve mostrar, a pedido, a executada Policlínica Lezíria
Clínica Médica, Lda.
Arruda dos Vinhos, 27 de Maio de 2011
A Agente de Execução,
(Ana Rucha)
Ana Maria Silva Rucha
Agente de Execução
Cédula 2769
Anúncio
Agente de Execução Ana Maria da Silva Rucha, Cédula n.º 2769, com
escritório no Largo José Vaz Monteiro, n.º 1 r/c Esq. 2630-248 Arruda dos
Vinhos, Telefone 263 978 086 – Fax: 263 978 642.
FAZ-SE SABER que no processo de Execução para Pagamento de
Quantia Certa com o n.º 1815/08.7TBVFX a correr termos no 3º Juízo
Cível do Tribunal de Família e Menores da Comarca de Vila Franca de
Xira, se aceitam propostas para a venda por negociação particular, no
prazo de 15 dias após a presente publicação, do seguinte:
IMÓVEL
- Fracção autónoma designada pela letra “V” correspondente ao SEXTO
ANDAR FRENTE para habitação, do prédio em regime de propriedade
horizontal sito na Avenida D. Vicente Afonso Valente, nº 8 na freguesia de
Póvoa de Santa Iria e concelho de Vila Franca de Xira, inscrito na
respectiva matriz sob o artigo 1.304 daquela freguesia e descrito na
Segunda Conservatória do Registo Predial de Vila Franca de Xira sob o
número 00083/ Póvoa de Santa Iria. ______________________
Arruda dos Vinhos, 06 de Junho de 2011
A Agente de Execução,
(Ana Rucha)
ANUNCIE
NO
VOZ
RIBATEJANA
comercial.vozribatejana
@gmail.com
ou ligue
938 850 664936 645 773
Vila F Xira
António
Joaquim Caria
AGRADECIMENTO
Sua esposa, filhos, noras,
netos, bem como restante
família na impossibilidade
de o fazerem pessoalmente
vêm por este meio,
agradecer muito reconhe-
cidamente, a todas as pes-
soas que os apoiaram
neste momento de grande
dôr, ou que de qualquer
forma manifestaram o seu
pesar.
Obrigado
Tratou: Agência Funerária
Machado, Lda
Vila F. Xira Tel.: 263 272 302
Alhandra Tel.: 219 501 408
Vila F Xira
Agripina
Rodrigues
Soares Celorico
AGRADECIMENTO
Seus filhos, genro, netos e
restante família vêm por
este meio agradecer a
todas as pessoas que
acompanharam a sua ente
querida à sua última mora-
da, bom como assim a
todos aqueles que lhes
manifestaram o seu pesar.
Tratou: Agência Funerária
Machado, Lda
Vila F. Xira Tel.: 263 272 302
Alhandra Tel.: 219 501 408
Vila F Xira
Emília Maria
Ribeirinho
Bárcia
AGRADECIMENTO
Seu marido, filho, irmã,
cunhado, sobrinhos,
sogra e restante família,
na impossibilidade de o
fazerem a todos e pessoal-
mente, vêm por este meio
agradecer, muito recon-
hecidamente, a todas as
pessoas que os apoiaram
neste momento de grande
dor e que acompanharam
o seu ente querido à sua
última morada.
Tratou: Agência Funerária
Vilafranquense
Tel e fax: 263 272 083
Vila Franca de Xira
Alhandra
Manuel
Barreiros Nunes
Faleceu 24 Maio 2011
AGRADECIMENTO
Esposa, filhos, genro,
nora, netos e restante
família na impossibilidade
de o fazerem directamente
e pessoalmente, vêm por
este meio agradecer muito
reconhecidamente a todas
as pessoas que acompan-
haram o seu ente querido
à sua última morada,
assim como a todos os
que, de algum modo lhes
manifestaram o seu pesar.
Tratou: Agência F. Sousa
Martins
Telefs.: 219 511 699 - 965 123 875
Alhandra
PENICHE (centro) p/ férias
ALUGA-SE T3 todo mobilado
à semana - quinzena - mensal
meses Julho/Agosto/Setembro
Tel.: 918 915 365
19
Hipólito Cabaço
Sado
No fim dos anos 70, princípio
dos anos 80, tive o privilégio de
assistir ao nascimento, desen-
volvimento e comercialização
do Sado, pois, nessa altura,
exercia a minha profissão no
Entreposto Comercial. O Sado
foi um projecto nacional bem
sucedido. O seu objectivo era
ser funcional e ter baixos custos
de produção e manutenção, ali-
ados à fiabilidade, bem como a
um consumo reduzido.
Ele não deixa de ser um percur-
sor de uma geração de citadinos
como Smart. Desenhado pelo
arquitecto Carlos Galamba, o
mesmo autor do famoso jipe
UMM, era propulsionado por
um motor Daihatsu de:
28 cv
2 cilindros
547 cc
4 velocidades
480 quilos
4 a 4, 9 litros/100 Kms
110 Km/h
O Sado 550 custava, em 1982,
cerca de 262 contos, ou seja,
menos de 1500 euros na moeda
actual. Na minha modesta
opinião, pois fiz umas largas
centenas de quilómetros num
destes automóveis, os objec-
tivos foram mais que cumpri-
dos, graças ao excelente motor
Daihatsu e ao chassis tubular
em aço com carroçaria em
poliéster e fibra de vidro.
Os 12automóveis
mais antigos
Delaugére etClayette – 1925Morris – 1930
Wohseley Four Fifty– 1934
Citroen Arrastadeira– 1940
Jaguar MKV DropHead – 1950
MG Midget SérieTD – 1952
Fiat Jardineira –1956
Peugeot 403 – 1955Citroen 2 CV – 1957
Volkswagen 1200 –1960
Ford Mustang –1965
MG B - 1967
Ainda a concentração de 8 de MaioNa minha modesta opinião houve alguns pontos altos nesta con-centração que devem ser referidos. A possibilidade que o nossoamigo Ricardo Levesinho apadrinhou de, por momentos, poder-mos mostrar aos milhares de aficionados que enchiam a PalhaBlanco algumas destas obras de arte, enquadradas pela banda doAteneu, veio engrandecer o espectáculo.Outro dos momentos foi, sem dúvida, possibilitado pelo tenente-coronel Paulo Jorge Gonçalves, que nos permitiu a visita a umdos ex-libris do concelho de Vila Franca, o Museu do Ar sedeadoem Alverca. Depois fomos recebidos pelo sargento-mor ManuelPacheco que, além da sua simpatia, se mostrou um profundo con-hecedor do espólio do Museu, mostrando-nos aviões, hélices,modelos em escala, selos, documentos, uniformes e a colecção demotores, uma das melhores da Europa. Pelo vasto patrimóniocultural existente, aconselho vivamente a visita a este Museu.Durante o almoço no Lezíria Parque Hotel, além de podermosdesfrutar da presença das danças de salão e das sevilhanas doAteneu, foi distribuído o prémio do automóvel mais antigo, umDelaugére et Clayette de 1925, pertença de Eduardo e o de mel-hor restauro ao Peugeot 403 de 1955, pertença de Nuno Geraldes.Agradeço também a Vítor Matos, Jorge Alexandre, JorgeTheodoro Santos, à Sociedade Central de Cervejas e, por fim, àJunta e à Câmara Municipal de Vila Franca, na pessoa da suapresidente e do vereador João de Carvalho e sua equipa. E, porfim, a todos os participantes que nos brindaram com a sua pre-sença em automóveis, motos e scooter’s, pois sem eles a concen-tração não seria possível.
O Voz Ribatejana concede-me o privilégio de escrever mensalmente sobre a história automóv-
el. E quem tem vindo a ler os meus artigos já percebeu que tem sido minha preocupação dar a
conhecer o que de melhor se tem feito a nível nacional, mas nesta edição vou centrar a minha
atenção no Sado 500, no Enfield 8000 e aproveitar para referir alguns pormenores da concen-
tração de 8 de Maio.
Marcas Portuguesas (3)
AUTOMÓVEIS & HISTÓRIA
“
21
8 de Junho de 2011
300 fotografias contam história da GlóriaA Associação do Rancho Folclórico da Casa do Povo da Glória do Ribatejo apresenta, sexta-feira àtarde, a publicação “Glória – Cem anos a preto e branco”, uma recolha de 300 fotografias que relatama história das gentes da Glória.
DESPORTO
“
22
voz ribatejana #14
Jorge Talixa
Unir ainda mais a “família” do
clube e as suas diferentes
secções é o principal objectivo
da 1ª. Gala Desportiva da
União Vilafranquense, iniciati-
va agendada para a noite de
amanhã, dia 9, que pretende
também dar a conhecer as
múltiplas facetas da actividade
de uma colectividade que
movimenta quase 500 prati-
cantes, em 9 modalidades dis-
tintas. A sessão vai ficar, tam-
bém, marcada pela entrega de
galardões de mérito desportivo
aos atletas e às equipas quer
mais se destacaram na época
que agora termina e por uma
evocação de Alves Redol,
escritor de que se comemora
este ano o centenário de nasci-
mento e que desenvolveu várias
actividades culturais na UDV.
Esta 1ª. Gala Desportiva da
UDV realiza-se no Pavilhão
José Mário Cerejo, a partir das
20h30 e contará, também, com
algumas demonstrações de
modalidades como patinagem,
muay thai e Aikido. A ideia já
tem cinco ou seis anos, segun-
do explicou, ao Voz Ribatejana,
o presidente da União
Desportiva Vilafranquense.
“Tentámos, mas nunca houve
condições para se concretizar.
Só foi possível este ano, tam-
bém por termos aqui o José
António Russo. É o concretizar
de um objectivo importante da
vida do clube, no final de cada
época termos um dia em que
juntamos a família do clube”,
observou Joaquim Pedrosa,
frisando que esta gala pretende
também “fazer uma demon-
stração da vitalidade desportiva
do clube”.
Paralelamente, a gala será um
momento de reconhecimento
dos valores e dos que mais se
destacam na prática desportiva
do clube. Para isso, foi definido
um regulamento que prevê a
atribuição de galardões de
mérito desportivo aos que
alcançam títulos nacionais. “É
uma fasquia um pouco alta,
mas o clube tem alguns
campeões nacionais. Depois,
vamos privilegiar as equipas,
distinguindo as que foram
campeãs de série ou subiram de
escalão”, acrescentou Joaquim
Pedrosa, salientando que
haverá, ainda, galardões para
um dos treinadores e para uma
das pessoas que mais se
destaque na vida associativa
(ver caixa).
A gala de quinta-feira à noite
(véspera de feriado) vai estar
dividida em três partes. Segundo
Sandra Salvador, directora do
clube, a primeira parte vai
realçar a mística da UDV, a
segunda será uma parte mais
cultural com uma evocação de
Alves Redol a cargo do profes-
sor José Costa e a terceira a
parte dedicada ao reconheci-
mento do mérito desportivo.
José António Russo realça,
contudo, que a UDV é, sobretu-
do, um clube de escolas e de
formação e que, por isso, quer
também destacar toda a
mística e o espírito de
camaradagem que se cria
ao longo dos anos entre
atletas, treinadores, diri-
gentes e simpatizantes.
“Na primeira parte
vamos apresentar a todos
os atletas que temos. O
objectivo é fazer uma
festa de toda a família
unionista e proporcionar
a possibilidade de con-
hecer os atletas e aqueles
que se destacaram a nível
competitivo”, vincou
José Russo, salientando
que, para diversificar a
iniciativa, serão também
intercalados momentos
como a actuação do Coro
Notas Soltas, dança, fado
e demonstrações de
diversas modalidades.
“Também não podemos
deixar de assinalar o cen-
tenário de Alves Redol”,
prossegue João
Machado, responsável
pelo site do clube e outro
dos dirigente4s envolvi-
dos na organização desta gala.
“Alves Redol passou por aqui.
Faz parte do nosso património
cultural. O professor José Costa
fará a transição entre a primeira
e segunda parte da gala, com
uma pequena evocação de
Alves Redol”, explicou.
O acesso a esta gala terá um
custo simbólico, que será, tam-
bém, uma forma de recolher
mais alguns meios para a
actividade do clube. Joaquim
Pedrosa acha que as obras que
já estão a decorrer na zona
ribeirinha, de remodelação do
Jardim Municipal Constantino
Palha e de construção das
novas instalações da Secção
Náutica da UDV vão dar out-
ras condições a toda esta área e
incentivar ainda mais o acesso
de pessoas ao pavilhão e às
actividades do clube. “O pavil-
hão vai ter melhores acessos e
também vai ter melhor ilumi-
nação. Também vai haver mais
estacionamento e uma rotunda
para facilitar o acesso”, referiu.
João Machado sublinha que
esta gala será feita essencial-
mente com os recursos da
UDV que “são escassos” e
Sandra Salvador admite que
não é fácil angariar apoios para
este evento para além da ajuda
da Câmara e da Junta de
Freguesia. “Nos últimos
dois/três anos tem-se visto
uma dinâmica maior das
secções, as modalidades
começaram a ser mais dinâmi-
cas e a gala acaba por ser o
unir, o aproveitar dessa
dinâmica para as unir a todas.
É uma festa para unir ainda
mais as pessoas e levar toda
esta dinâmica aos sócios”, sus-
tenta Sandra Salvador.
Gala reúne família do VilafranquenseA União Desportiva Vilafranquense organiza, pela primeira vez, uma gala anual para juntar a família do clube e premiar os atletas que mais se destacaram na última época
Processo das novas instalações do Cevadeiro está atrasado
Inês Gigante recebeprémio de alto méritodesportivoVárias vezes campeã nacional de patinagem e comprestações de grande relevo em provas internacionais,Inês Gigante vai receber, amanhã, os galardões deAlto Mérito Desportivo pela sucessão de bons resulta-dos e de Mérito Desportivo pelo seu desempenho naépoca que agora termina. Também três atletas domuay thai, que ganharam títulos nacionais, vão rece-ber os prémios de mérito desportivo da UDV.
Amanhã à noite, no pavilhão José Mário Cerejo
A UDV esperava que as obras de remode-lação do complexo desportivo doCevadeiro arrancassem já em Junho, paraque fosse possível iniciar a nova época defutebol com o relvado ligeiramente deslo-cado para sul e o novo campo relvado sin-tético pronto a utilizar. O projecto, desen-volvido pela Câmara, conheceu, todavia,algum atraso, devido a algumas correcçõesque foi necessário introduzir e só neste iní-cio de Junho é que deverá ser lançado oconcurso para adjudicação das obras (esti-
madas em cerca de 700 mil euros), cujatramitação deverá demorar ainda dois atrês meses.“Há algum atraso relativamente ao inícioda obra. Estava previsto para Setembrotermos o sintético, mas isso ultrapassa-nos, não está nas nossas mãos”, reconheceJoaquim Pedrosa, que acredita, contudo,que a deslocação do relvado cerca de 15metros para sul é fácil e concretiza-se semdificuldades durante o Verão e que, depois,será possível realizar as obras de
demolição das antigas cabines, de con-strução do novo edifício e de instalação dosintético sem atrapalhar a utilização dorelvado. Se se confirmarem as previsõesagora transmitidas pela Câmara, o novoedifício e o sintético poderão estar prontosem Novembro, já depois da inauguraçãodo novo pavilhão multiusos do Cevadeiro.“A questão das bombas de gasolina tam-bém atrasou um bocado, mas foi precisofazer algumas correcções técnicas no pro-jecto”, conclui.
23
8 de Junho de 2011
Com a subida à Divisão de Honra já asse-
gurada, o Futebol Clube de Alverca entrou
muito bem na final da 1ª. Divisão Distrital
e marcou logo no primeiro minuto frente à
Associação Desportiva de Encarnação e
Olivais, por intermédio de Tójó. Mas os
homens de Alverca adormeceram um
pouco e o ADEO foi ganhando o domínio
do jogo. Ao intervalo o FCA ainda se man-
tinha na frente, mas a equipa lisboeta
acabou por alcançar o empate aos 59 min-
utos.
O jogo manteve-se dividido e o ADEO
ainda falhou uma grande penalidade aos
70 minutos. Mas já nos desconto, com 93
minutos decorridos e quando tudo aponta-
va para o prolongamento, a equipa da
Encarnação e Olivais conseguiu chegar à
vitória, num golo do defesa João Filipe, já
depois da bola ter embatido na trave da
baliza do Alverca.
Um balde de água fria, mas o objectivo
principal da época já estava alcançado
coma subida à Divisão de Honra e, por
acréscimo, o FCA conseguiu ainda ganhar
a Taça Centenário da Associação de fute-
bol de Lisboa.
Na última edição do Voz Ribatejana, a
classificação final da Série 1 da 1ª. Divisão
de Lisboa não estava devidamente actual-
izada, pelo que reproduzimos agora a
tabela final correcta.
Suspenso desde o final de Maio devido à
existência de processos disciplinares ainda em
apreciação que podem ter influência na
classificação final, o Campeonato da Divisão de
Honra da Associação de Futebol de Lisboa dev-
erá ser retomado no próximo dia 19, segundo
comunicado divulgado na sexta-feira pela AFL.
Faltam apenas duas jornadas, mas como os
casos em análise (dois jogos que não chegaram
ao fim) envolvem clubes envolvidos na luta pela
subida, a AFL decidiu parar o campeonato até
que essas situações fiquem definitivamente
esclarecidas.
A direcção da AFL acha que, assim, ficam sal-
vaguardados os direitos de defesa dos clubes
envolvidos e diz ter a convicção de que será
possível realizar as duas jornadas que faltam
nos dias 19 e 23 de Junho (feriado nacional).
Recorde-se que o Vilafranquense é quarto na
tabela, a 6 pontos dos líderes Pêro Pinheiro e
Futebol Benfica, pelo que a subida será já muito
difícil. O onze da UDV recebe, na próxima jor-
nada, o Alta de Lisboa. Já o Vialonga segue a
meio da tabela, com menos 5 pontos que o
Vilafranquense, e visita o líder Pêro Pinheiro na
próxima jornada.
Divisão Honra AF Lisboa
1ª. Divisão Distrital de
Lisboa – Série 1
J V E D Golos P
J V E D Golos P
Tigres de Almeirim na 1ª. de HóqueiO Hóquei Clube “Tigres” de Almeirim assegurou, no passado fim-de-semana, a subida à 1ª. DivisãoNacional, ao vencer o Nafarros por 16-1, resultado que lhe permitiu ganhar a Zona Sul da II Divisão.O cinco ribatejano alcança, assim, pela primeira vez o escalão máximo do hóquei nacional e vai dis-putar a final da II Divisão, nos próximos dias 11 e 18, frente ao Infante de Sagres.
Voz Ribatejana
“
“
apoio:
Alverca perde final
da 1ª. de Lisboa nos descontos
AFL quer acabar campeonato
da Honra ainda em Junho
O Alverca ganhou esta época a Taça Centenário da A.F.L.
CULTURA
“
24
voz ribatejana #14
Vila Franca de Xira
Exposição de Cerâmica, de Sofia Bessa, até 11
de Junho, na Galeria Municipal do Palácio da
Quinta da Piedade, Póvoa de Santa Iria;
Exposição de Pintura “A Arte entre o Real e o
Imaginário”, de Gertrudes Maria Aldeia, até 20
Junho, Centro Cultural do Bom Sucesso
Exposição de Gravura, de Manuela Cristóvão, até
26 de Junho, na Galeria de Exposições Augusto
Bértholo, Casa Museu Dr. Sousa Martins –
Alhandra
Festival Preparação de Masters, dias 10 e 23 de
Junho, das 10h às 18h00, na Piscina de Vila
Franca;
Feira de Artesanato e Antiguidades de
Alhandra, dia 11 de Junho, na Praça 7 de Março
Semana Académica da Universidade Sénior, até
17 de Junho, no Palácio da Quinta da Piedade.
16ª Passerelle D’Ouro, dia 17 de Junho, às
21h30, na Praça Palha Blanco.
Comemorações do Centenário de Alves Redol:
Mês de Junho: Dia 17, às 21h00, Concerto pela
Banda do Ateneu e alusão à Conferência de
Alves Redol sobre o tema “Arte” (17-06-1936),
no Ateneu. Dia 18, às 21h30, Estreia da peça de
Teatro “O Jogo dos mitos cansados” pelo Grupo
de Teatro do Zero, do Ateneu. Dia 19, “Percursos
do Redol”, viagem ao Freixial, Bucelas e Tapada
ou Convento de Mafra.
Festival de Encerramento das Actividades –
Aquáticas e Fitness, dias 18 e 19 de Junho, das
10h às 18h00, na Piscina de Vila Franca
“Histórias de Vida” com Adelinho Cunha,
Investigador, Historiador e Jornalista, autor da
Biografia “Álvaro Cunhal: Retrato Pessoal e
Íntimo”, dia 22 de Junho, às 21h30, na
Biblioteca de Vila Franca.
Alenquer
Exposição “Rotas de Baco e Neptuno” de
Carlos Almeida (óleos, acrílicos e aguarelas), até
30 de Junho, no Museu do Vinho
Exposição de Artes Decorativas. Exposição dos
trabalhos realizados pelos alunos da Universidade
da Terceira Idade - pólos de Carregado e Ota - na
disciplina de Artes Decorativas, até 30 de Junho,
na Biblioteca de Alenquer;
Exposição de Artes Decorativas. Exposição dos
trabalhos realizados pelos alunos da Universidade
da Terceira Idade - pólo de Alenquer - até 30 de
Junho, no Museu João Mário
Encontro de Comunidades Imigrantes, dia 19
de Junho, das 10h00 às 20h00, no Parque Vaz
Monteiro
Arruda dos Vinhos
Mostra de Artesanato, trabalhos de Magda da
Cruz, até 30 de Junho, no Posto de Turismo.
Exposição de Pintura e Escultura de Andrés
Mérida e Rogério Abreu, até 15 de Junho, na
Galeria Municipal.
Aniversário da Associação dos Bombeiros
Voluntários de Arruda dos Vinhos, dia 10 de
Junho.
Festejos Anuais em Honra de S. António, dias
10 e 11 de Junho, em Arruda.
Festejos em Honra de S. Geraldo, dias 11 e 12
de Junho, em A-do-Baço.
Filmes no Auditório: dia 19 de Junho, às 16h00,
“Boog & Elliot 3”; dia 26, às 16h00 “As Viagens
de Gulliver”.
Azambuja
Prova de Pesca da Ass. Desportiva e Cultural
dos Casais da Lagoa, dia 12 de Junho.
Org: Ass. Desportiva dos Casais da Lagoa.
Festejos Anuais em Honra de Santo António,
de 10 a 12 Junho, na Associação de Quebradas.
XXVI Festival Nacional de Folclore, dia 18
Junho, no Páteo Valverde. Org.: Rancho
Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja.
5ª Edição de Pesca Desportiva “TroféuVila de
Azambuja” do GDA, dia 19 de Junho.
Org: Secção de Pesca do GDA.
I Feira do Livro Infantil, dias 16, 17 e 18 Junho,
na Biblioteca Centro Cultural Grandella.
VII Feira do Livro Usado, dias 24 e 25 Junho,
na Biblioteca de Azambuja;
Benavente
Exposição de Pintura “Nas Minhas Mãos” de
Hermínia Mesquita, até 11 de Junho, no Palácio
do Infantado, em Samora.
Exposição Comemorativa do nascimento de
Alves Redol “Alves Redol – Vida e Obra” de 16
a 30 de Junho, na Biblioteca de Benavente.
Exposição Fotográfica sobre desporto “No Red
Line” fotografia e miniaturas de Pedro Frade, até
2 de Julho, no Centro Cultural de Samora.
Comemoração do Dia da Cidade de Samora
Correia, de 10 a 12 de Junho.
Serões na Biblioteca “Os Poetas do Fado”, dia
15 de Junho, às 21h00, na Biblioteca de
Benavente.
Festa Anual de São João, de 17 a 19 de Junho
em Coutada Velha.
IX Gala dos Pequenos Grandes Artistas, dia 18
de Junho, às 16h00 e 21h30, no Cine-Teatro de
Benavente.
Desfile de Marchas Populares, dia 18 de Junho,
às 18h00 em Benavente, dia 24, às 18h00, em
Samora. Org: Universidade Sénior do Concelho.
Gala da Universidade – Espectáculo de
Variedades, dia 22 de Junho, às 21h30, no Cine
Teatro de Benavente. Org: Universidade Sénior do
Concelho.
43.ª Festa da Amizade – Sardinha Asada de
Benavente, de 23 a 26 de Junho.
Cinema:
Filmes em Junho; dia 11, às15h30 e 21h30
“Rango”, dia 15, às 10h30 “Alvin e os Esquilos
2”, às 21h15 “Half Nelson – Encurralados” no
Cine-Teatro de Benavente;
Filmes em Junho; dia 18, às15h30 e 21h30
“Gnomeu e Julieta”, dia 22, às 15h00 “A
Vizinha do Lado”, às 21h15 “Half Nelson –
Encurralados” no Centro Cultural - Samora
Correia.
Salvaterra de Magos
Exposição Fotográfica “Centenário do
Nascimento de Alves Redol”, até 14 de Junho,
na Biblioteca de Salvaterra. Uma exposição, em
parceria com o Museu do Neo-Realismo;
Feira do Livro 2011: até 11 de Junho, no
Pavilhão da Comissão de Festas de Foros de
Salvaterra;
Sobral de Monte Agraço
Exposição “Expressão no Impressionismo” de
Edmundo Cruz, até 11 de Junho, na Galeria
Municipal
Música ao Vivo “Noites na Praça”. Dia 10
Junho “Weird Machine”, dia 24 “Cool5”, na
Praça Dr. Eugénio Dias.
Teatro Amador, dia 12 de Junho, às 21h30, no
Cine-Teatro do Sobral.
Feira das Frutas Novas e Festa da Freguesia,
dia 19 de Junho, em Santo Quintino (Junto à
Igreja).
Santarém
Exposição “Pequenos Ilustradores”, até 13 de
Junho, na Sala de Leitura Bernardo Santareno.
Exposição de Fotografias de Rita Carmo, até ao
final de Junho, na Sala de Leitura Bernardo
Santareno.
Exposição “Como Falam os Documentos de
outras Eras - Mostra de Descrição Documental”
até 30 de Junho, na Biblioteca Braamcamp Freire.
Exposição bibliográfica “Vamos Ler”… José
Saramago (1922-2010) – 1º Aniversário da
Morte”, de 18 a 30 de Junho, na Sala de Leitura
Bernardo Santareno.
Passeios com História “Muralhas da Cidade – à
Descoberta de Portas e Postigos”, dia 12 de
Junho, das 10h às 13h00. Org. Centro Cultural
Regional de Santarém.
2º Congresso Nacional da Cultura Avieira, dias
17 e 18 de Junho, no Instituto Politécnico.
Agenda Cultural
Jorge Talixa
“Manuel da Fonseca, por todas as estradas do
Mundo” é o título de uma grande exposição de
homenagem ao escritor alentejano, que foi inaugu-
rada, no passado dia 28, no Museu do Neo-
Realismo (MNR) de Vila Franca de Xira. Uma ini-
ciativa que assinala os 100 anos de um dos mais
conhecidos escritores neo-realistas portugueses e
que resulta de uma parceria entre os municípios de
Vila Franca (sede do MNR) e de Santiago do
Cacém (terra natal do escritor). Na cerimónia inau-
gural estiveram presentes a viúva e um irmão de
Manuel da Fonseca, autor falecido há 18 anos.
Manuel da Fonseca foi, em 1991, o primeiro
escritor a doar o seu espólio literário à Comissão
Instaladora do Museu do Neo-Realismo então cri-
ada em Vila Franca. Com essa atitude demonstrou
a sua confiança no projecto e deu-lhe um impor-
tante impulso. Desde então foram quase 30 figuras
do neo-realismo português a seguir-lhe o exemplo
e a doar os seus espólios ao MNR.
David Santos, director do MNR e um dos respon-
sáveis pela organização da exposição, realçou isso
mesmo. “A coragem de Manuel da Fonseca ao
doar o seu espólio literário a um museu que estava
a dar os primeiros passos foi determinante para que
outros escritores e outras famílias acreditassem
neste projecto, que ganhou fôlego e credibilidade”,
sublinhou David Santos, destacando também a
importância da obra de Manuel da Fonseca no neo-
realismo português. “Estamos aqui porque Manuel
da Fonseca foi um grande escritor, que continua a
ser querido por muita gente. O Museu do Neo-
Realismo muito deve a Manuel da Fonseca.
Estamos aqui para lhe prestar esta homenagem
muito merecida”, acrescentou o director do MNR,
destacando também a colaboração “inestimável”
da Câmara de Santiago do Cacém e da família de
Manuel da Fonseca na preparação desta exposição.
Viúva lamenta esquecimento
Já Hermínia da Fonseca, viúva do escritor, admite
que, na altura, não concordou com a doação do
espólio, porque considerava que isso só deveria
suceder depois da morte do marido. Mostrando-se
satisfeita com a homenagem que o MNR lhe está a
prestar, Hermínia da Fonseca lamenta, contudo, o
esquecimento a que muitas entidades votaram a
obra do seu marido nos últimos 18 anos. Em
declarações ao Voz Ribatejana salientou que Vila
Franca de Xira tem uma razão muito importante
para organizar esta exposição, porque recebeu o
espólio do escritor. “Acho que o Manel não tem
sido reconhecido como merecia. Morreu há 18
anos e agora, porque passam 100 anos do nasci-
mento, é que toda a gente se lembrou outra vez”,
observou, lamentando o esquecimento a que o
autor esteve votado nestes 18 anos, mesmo na sua
terra natal, Santiago do Cacém. “Só gostam do que
é estrangeiro, por que é que não havemos de val-
orizar o que é nosso. E por que é que o Manel, que
foi uma pessoa tão importante na nossa literatura,
está esquecido”, critica.
Percurso exemplarManuel da Fonseca iniciou o seu percurso literário no final dos anos 30, com a pub-licação de trabalhos em diversos periódicos ligados à oposição ao regime salazarista.Em 1940, aos 29 anos, publicou o seu primeiro livro, “Rosa dos Ventos”, considera-do pela crítica “um exemplo de renovação poética no panorama das letras portugue-sas”. Seguiram-se os livros de contos “Aldeia Nova” e “O Fogo e as Cinzas” e osromances “Cerromaior” e “Seara de Vento”, entre outros. “A longa vida literária de Manuel da Fonseca espelhou o seu carácter e os valores deuma atitude participativa, inconformada e corajosa em termos cívicos e políticos”,referem os curadores da exposição de homenagem, David Santos e Luísa DuarteSantos. Esta mostra estará patente em Vila Franca até 9 de Outubro e segue, depois,para Santiago do Cacém, onde estará exposta, no Museu Municipal, de 15 deOutubro de 2011 a 26 de Maio de 2012.Já em Setembro, no MNR, serão exibidos os filmes “O Trigo e o Joio” (dia 23), deManuel Guimarães, onde Manuel da Fonseca participou como actor, e “Cerromaior”(30), de Luís Filipe Rocha. No dia 24 de Setembro é apresentado no MNR um livrode Manuel G. Simões sobre Manuel da Fonseca. De 7 a 9 de Outubro realiza-se,entretanto, o congresso internacional “No centenário do nascimento de Manuel daFonseca”, com a presença de conferencistas como Eduardo Lourenço, FernandoGuimarães, Luís Filipe Rocha e Manuel Gusmão. Nos dias 7 e 8, o congresso terálugar na Faculdade de Letras de Lisboa e, no dia 9, em Santiago do Cacém.
Museu do Neo-Realismo
homenageia Manuel da Fonseca No final deste ano completam-se 100 anos sobre o nascimento do escritor alentejano Manuel
da Fonseca. Considerado uma das grandes figuras do neo-realismo português, Manuel da
Fonseca deu também um impulso decisivo para a consolidação do projecto do Museu do Neo-
Realismo em Vila Franca ao ser o primeiro a doar o seu espólio literário à comissão instalado-
ra do museu, em 1991
Vila Franca da Xira
25
8 de Junho de 2011
Diogo Silva e Francisco
Martins, alunos do 4º. ano da
Escola do 1º. Ciclo do
Carregado, sagraram-se
campeões nacionais de
matemática e ciência, na final
do PMate, organizada, no dia
21 de Maio, na Universidade
de Aveiro. Nesta competição
nacional de ciência, que contou
inicialmente com a partici-
pação, via Internet, de cerca de
135 mil jovens alunos, foram
seleccionados os finalistas para
a final nacional de Aveiro.
Diogo Silva (9 anos), que já
vencera em 2010, fez equipa
desta vez com Francisco
Martins (10 anos), ambos
alunos da professora Ana
Mafalda Marques.
Responderam a 20 perguntas
de biologia, 20 de matemática
e 20 de português, sem nen-
hum erro, em 2 minutos e 20
segundos.
As tradicionais Festas do Foral, dos
Toiros e do Fandango têm este ano a
particularidade de estar definido que os
lucros recolhidos serão entregues aos
Bombeiros Voluntários de Salvaterra de
Magos para compra de materiais. Tendo
em conta as dificuldades da corporação,
a comissão de festas decidiu, por unan-
imidade, apoiá-la desta forma.
O programa arrancou já no passado fim-
de-semana, com realce para as largadas
de toiros e para a animação musical.
Prossegue hoje à noite com uma actu-
ação de Bruna e Nino pela 21h00 e a
banda Tributo aos Queen, a partir das
23h00. Amanhã, dia 9, haverá nova
entrada e largada de toiros a partir das
19h00 e às 22h00 actua a Banda Lusa.
Depois, no dia 10, feriado nacional, o
programa abre às 9h00 com a
Caminhada do Foral, seguida de vacada
(11h00) e de provas de karting (13h00).
Às 17h00 actuam os atletas do Clube de
Trampolins de Salvaterra e às 19h00
haverá nova largad de toiros. A partir
das 21h00 há fados, sevilhanas e a actu-
ação dos Tributo aos Xutos.
Já no sábado, o dia começa com desfile
de campinos (10h00), seguido de missa
campal em que serão homenageados a
cavaleira tauromáquica Ana Batista, o
forcado António Lapa e o Clube de
Trampolins de Salvaterra. Para as 12h30
está prevista a chegada da regata do
Tejo. À tarde (16h00) há festa campera,
seguida de torneio de voleibol, entrada e
largada de toiros e folclore (21h30).
No domingo, dia 12, haverá largada de
vacas (11h00). A partir das 16h00 real-
iza-se uma demonstração de pegas pelo
Grupo de Forcados de Salvaterra, segui-
da de largada de toiros. Marchas popu-
lares (21h00) e espectáculo com as
Tayti marcam o encerramento das fes-
tas.
Alunos do Carregado
ganham prémio nacional
Festas de Salvaterra apoiam bombeiros
Centro escolar abre em SetembroVai abrir em Setembro o novo Centro Escolar de Azambuja – BoavidaCanada. O complexo que tem capacidade para cerca de 400 alunos,prepara-se para receber crianças das freguesias de Aveiras de Baixoe de Azambuja, onde encerram as escolas de Casais de Britos e Casaisde Baixo este ano lectivoTodavia, e embora a câmara já tenha conhecimento que as escolasdos “Casais” vão encerrar, ainda não chegou qualquer informaçãoformal sobre o assunto. O novo complexo Boavida Canada está pron-to a receber os alunos, já no próximo ano lectivo. O Centro Escolarcustou perto de 2,5 milhões de euros e foi comparticipado pela UniãoEuropeia em cerca de 85 por cento.Durante uma visita na semana passada com professores ao edifício,Joaquim Ramos presidente da câmara de Azambuja elogiou a obraque foi da responsabilidade da EMIA (Empresa Municipal deAzambuja) destacando a qualidade de construção e os benefícios quevai trazer aos alunos, nomeadamente em termos de qualidadepedagógica.Joaquim Ramos destacou todas as valências deste complexo, “desdea biblioteca ao centro de recursos, ao espaço exterior, ginásiorefeitório, todo um conjunto de recursos necessários para a sua edu-cação”.Para o presidente da câmara, com mais este novo Centro Escolar ajuntar ao de Manique do Intendente e Alcoentre “todas as criançasvão ter um horário completo, durante esta fase do ensino básico”sendo que isso não acontece na maioria dos concelhos á volta e comesta inauguração, refere Joaquim Ramos, a juntar á escola da Quintados Gatos “vamos passar a ter ocupação plena das crianças em idadeescolar”, garantindo a continuidade “da Escola da Quinta dos Gatosem horário completo”.Mas este Centro Escolar não deveria acolher as crianças da fregue-sia de Aveiras de Baixo. Esteve ponderada a construção de umaunidade em Casais da Lagoa. Todavia quando a população de Casaisda Lagoa soube da possibilidade da câmara construir o CentroEscolar em Aveiras de Baixo e não em Casais, protestou e reivindicouaquilo que considerava uma promessa eleitoral de Joaquim Ramos:A construção do Centro Escolar em Casais da Lagoa e não na sededa freguesia que na opinião dos populares tem perspectivas de cresci-mento inferiores a Casais da Lagoa.Passado quase um ano desses protestos, Joaquim Ramos lamentaaquilo que diz ser “excesso de bairrismo” e destaca “nós não podemoster tudo em todas as localidades”.O presidente da câmara diz que “esse impasse acabou por atrasar oprocesso, e entretanto saiu legislação que inviabiliza a construção deum centro escolar na freguesia de Aveiras de Baixo e portanto vemtodos para Azambuja”.Joaquim Ramos refere que o novo Centro Escolar “é do mais moder-no que existe” proporcionando aos alunos as melhores condições deaprendizagem. Por outro lado e embora os alunos de Aveiras de Baixofiquem bem servidos, o autarca lamenta a situação “tenho pena quena freguesia de Aveiras de Baixo não exista uma infra-estrutura destetipo, que poderia ter havido, se de facto as pessoas se tivessem enten-dido relativamente a essa matéria”.Para o edil, a transição dos alunos de Aveiras de Baixo, ou dos Casaisde Azambuja para o novo Centro Escolar é pacífica.Para a memória ficam os momentos tensos dos encarregados de edu-cação de Casais de Além, na freguesia de Vila Nova de São Pedro, quecontestaram o encerramento da escola da localidade e a passagem dosalunos para Manique do Intendente.Joaquim Ramos refere que os alunos estão bem instalados emManique do Intendente, já que o Centro Escolar tem todas ascondições pedagógicas para os alunos.O autarca lembra que o Centro Escolar de Manique é o único que cobrea vertente de creche. O edil salienta que o Centro Escolar do AltoConcelho “tem excelentes infra-estruturas e toda a gente está satisfeita”.
Miguel António Rodrigues
Azambuja
Até Domingo
O XXIII Encontro de Bandas do Concelho de Vila Franca realizou-se no dia 29 com as bandas do Ateneu, da Euterpe, de Tavira e da Abrunheira
Foto
Ana S
err
a
A tradicional Semana da Cultura Tauromáquica
(SCT) de Vila Franca de Xira decorre, este ano,
de 24 a 30 de Junho. Já na sua vigésima-segunda
edição, a iniciativa apresenta um programa
diversificado, com realce para os colóquios
sobre a corrida à portuguesa e a Mulher na Festa
e para as novilhadas da Federação Internacional
de Escolas de Toureio.
O programa, que desenvolveremos na edição de
22 de Junho do Voz Ribatejana, arranca no dia 24
com um peddy-paper taurino (21h00), organiza-
do pelo Clube de Campismo “As Sentinelas”. A
inauguração oficial dá-se na tarde de dia 25
(15h00) e inclui a inauguração, no salão nobre da
Câmara, de uma exposição de pintura de Ana
Maria Malta. Seguem-se inaugurações de
exposições de pintura de temática taurina de
Júlio Pomar (Museu do Neo-Realismo), de
fotografia taurina de Pedro Batalha e João Silva
(Museu Municipal), de capotes de passeio na
Igreja do Mártir Santo, de pintura no Clube
Vilafranquense e de pintura e cabeças de toiro na
Casa Museu Mário Coelho. A tarde culmina com
a novilhada da Federação Internacional de
Escolas de Toureio na Palha Blanco (17h30) e
haverá ainda um jantar ribatejano nas arcadas da
praça.
Até 30 de Junho destacam-se, igualmente, o
descerramento de uma placa de homenagem à
história do toureio em Vila Franca (dia 26 no
Largo Telmo Perdigão), o colóquio “Corrida à
Portuguesa” (dia 27 no auditório da Junta), o
colóquio “A Mulher e a Festa” (dia 28 no salão
nobre da Câmara) e a apresentação do documen-
tário “O Toiro”, seguida de colóquio (dia 29, no
salão nobre da Câmara). Recorde-se que, devido
a questões ligadas à cedência do espaço da
Patriarcal, o Clube Taurino Vilafranquense decid-
iu, este ano , não integrar a organização da SCT.
Colete Encarnado já tem cartéis definidos
O Colete Encarnado fica marcado, este ano, pela
realização de duas corridas de toiros, nos dias 1
e 3 de Julho, a primeira das quais uma nocturna
que será transmitida pela RTP. O programa já
delineado pela empresa Tauroleve integra, ainda,
a tradicional garraiada da Sardinha Assada, na
madrugada de 2 para 3 de Julho.
Na noite de sexta-feira do Colete Encarnado, a I
Grande Corrida das Tertúlias assinalará o regres-
so da Ganadaria do Vale do Sorraia à Palha
Blanco. Seis toiros que serão lidados pelos cav-
aleiros António Telles, Rui Fernandes e Pedro
Salvador. As pegas estarão a cargo dos forcados
amadores de Vila Franca e de Coruche e a empre-
sa promete bilhetes acessíveis para todas as
tertúlias e associações do sector.
Já no dia 3 realiza-se a tradicional corrida de
toiros mista, a partir das 18h00. Os toiros são de
Oliveira Irmãos o espectáculo assinala também o
décimo aniversário do site taurino Naturales.
Actuam os cavaleiros João Salgueiro e Salgueiro
da Costa e os matadores de toiros José Ignacio
Uceda Leal e o Nuno Casquinha, que se apresen-
ta na sua terra como matador de toiros. As pegas
estarão a cargo dos amadores de Vila Franca.
Na Garraiada da Sardinha Assada actuam os cav-
aleiros José Carlos Portugal, Rubén Inácio,
David Oliveira e Jacobo Botero e o bezerrista
Tiago Santos, bem como os forcados amadores
de Vila Franca, que enfrentam novilhos de
Manuel Dias.
J.T.
Paulo Beja (texto)
Pedro Batalha (fotos)
Na Festa Brava existe uma máxi-
ma: Toiro de cinco, Toureiro de
vinte e cinco!
No passado domingo, dia 29 de
Maio, bebi estas palavras aquan-
do da alternativa sonhada de
Nuno Miguel Casquinha.
Toureiro adulto, compenetrado,
com o passado de já muitos anos
de vontade em ser matador de
toiros. Uma carreira vivida sem
pressas, passando pelas escolas
nacionais de Vila Franca e Moita
e pela escola de Madrid, ganhan-
do esse calo tão fundamental para
não estranhar a passagem do
novilho ao toiro.
Villa Nueva del Fresno, terra viz-
inha fronteiriça de Mourão e Luz,
foi o local escolhido após convite
da empresa Mar Toros, a querer
um nome lusitano no cartel, tal
como no passado ano, ao convi-
dar o maestro Vítor Mendes para
a reinauguração desta bonita
praça de toiros. Os extremenhos
Javier Solis e Júlio Parejo foram
padrinho e testemunha do acto
que tornou profissional o quarto
matador de toiros nascido no
berço toureiro que é esta cidade
de Vila Franca de Xira. Os toiros
de herdeiros de Bernardino Piriz,
sem serem grandes, média de 450
quilos, não defraudaram, acusan-
do no entanto pouca força após as
varas.
Excelente a participação da afi-
ción portuguesa a cruzarem a
fronteira nessa tarde. Uns em
excursão como nós o fizemos
através do Clube Taurino
Vilafranquense, outros em grupos
organizados de viaturas,
preenchendo-se um terço da
lotação em tarde de sol e vento
algo forte a espaços.
Seis e meia da tarde, hora do
“paseillo” e eis que sai o primeiro
de Piriz com quatro anos e meio,
número 32 e de nome “Atarfero”.
Miguel Casquinha, de verde e
oiro trajado recebe-o bem de
capote por verónicas e meia de
remate com o toiro a empregar-se.
No entanto levou apenas uma
vara onde carregou bem mas
perdeu as mãos após o tércio de
bandarilhas, estas ricamente dec-
oradas em tarde especial pela
equipa também vila-franquense
do seu amigo de sempre Bruno
Guerra.
Quinze minutos depois, o
momento mágico das mãos de
Javier Solis. O 37º matador de
toiros português recebia a muleta
e o estoque e num brinde emotivo
honrou as mulheres da sua vida, a
mãe e a noiva!
Um toiro de investida suave nos
derechazzos mas a ficar-se curto
cedo, obrigando o matador a
cruzar-se, templando com alma,
valor e toreria. Base na mão dire-
ita, mostrando-se sereno e bus-
cando o momento final com um
molinete e três derechazzos a
compasso que puseram o público
na mão. Pinchazzo e meia estoca-
da em bom sítio fizeram este toiro
“rodar sin puntilla” para a
primeira orelha da tarde!
O sexto da ordem saiu ao som da
música da banda local e, talvez
inspirado pelo paso-doble, foi um
óptimo parceiro de lide. Faena
brindada à presidente da edilidade
de Vila Franca, Maria da Luz
Rosinha, acompanhada pelos
autarcas Vale Antunes e António
José Inácio que, em conjunto com
a empresa Tauroleve, já acor-
daram a presença deste novel
matador na corrida de domingo
de Colete Encarnado.
Lide de bom gosto, ligando os
derechazzos largos e templados,
mão posta e muñeca perfeita nos
naturais de sentimento a colocar
os olés unânimes nas bocas de
espanhóis e portugueses. A faena
ligada e saborosa que faltava
nesta tarde sonhada. Uma estoca-
da inteira não chegou para matar
o oponente, utilizando o desca-
bello para pôr fim a este bom cas-
tanho de Piriz. Uma orelha e porta
grande para Nuno Miguel Vicente
Casquinha, o 37º matador de
toiros na história de Portugal.
Javier Solis foi um óptimo
padrinho a mostrar estar prepara-
do para a temporada 2011. Lide
de sabor e saber no primeiro, um
toiro que investia com som na
muleta, repetindo de cabeça baixa
nos derechazzos. Não esteve acer-
tado com o estoque mas conced-
eram-lhe uma orelha. No quinto,
instrumentou uma faena
inteligente, inventando a ligação
no um a um por naturais, mandan-
do com raça e montando-se com
determinação na estocada da
tarde. Duas orelhas merecidas
pela classe, toreria e entrega. Um
nome a ver já dia 23 em Badajoz.
Júlio Parejo cuidou o fraco col-
orau e com calma e serenidade
chegou ao público com expres-
sivos naturais. Estocada inteira e
uma orelha. No quinto voltou a
estar a gosto mas não chegando
ao público mais conhecedor.
Quatro pinchazzos e estocada fiz-
eram-no receber apenas ovação.
Semana da Cultura
Tauromáquica
arranca a 24
A tarde sonhada de
Vila Franca de Xira Jovem matador vila-franquense tirou alternativa no dia 29
TAUROMAQUIA
26
Voz Ribatejana #14
Esta semana destacamos Forte da Casa, dia 10 de Junho, às 17h00 –Corrida da Festa Anual em Honra doSagrado Coração de Jesus e a favor doInstituto de Apoio à Comunidade.Cavaleiros – Sónia Matias e Marcelo MendesMatador – António João FerreiraForcados Amadores de Vila Franca de Xira eAzambujaGanadaria – Nuno Casquinha
Santarém, dia 10 de Junho às 17h00 –Alternativa de Tomás Pinto das mãos de seutio Emídio PintoCavaleiros – João Moura, Diego Ventura eTomás PintoForcados Amadores de Santarém e AlcocheteGanadaria – Cortes de Moura
Arruda dos Vinhos, dia 11 de Junho às 22h00
horas – Primeiro Grande Concurso deRecortadores com os melhores artistas deEspanha e Portugal frente a quatro toiros empontas da ganadaria Manuel Dias.
Santarém, dia 12 de Junho às 17h00Cavaleiros – Joaquim Bastinhas, AntónioTeles, Vítor Ribeiro, Filipe Gonçalves,Marcos Bastinhas e Francisco PalhaForcados amadores de SantarémGanadaria – António Silva
Reguengos de Monsaraz, dia 12 de Junho às17,30 horas – Homenagem a José MestreBatista na praça com o seu nome.Cavaleiros – João Moura, Rui Salvador eJoão SalgueiroForcados amadores de Alcochete e MonsarazGanadaria – Murteira Grave
Lisboa, dia 16 de Junho às 22h00 –Oportunidade aos novosCavaleiros – Mateus Prieto e João MariaBrancoNovilheiros – Jimeñez Forte, Manuel DiasGomes, Diego Silvetti e Tiago SantosForcados amadores de CoimbraGanadaria – Murteira Grave
Cartaxo, dia 19 de Junho às 17h00 –Alternativa de Filipe Vinhais pelas festas dacidadeCavaleiros – Manuel Jorge de Oliveira,António Telles e Filipe VinhaisForcados amadores de Lisboa e AzambujaGanadarias – Eng.º Jorge de Carvalho e CasaAgrícola Avó
8 de Junho de 2011
27
No final, saída em ombros
para Javier Solis e Nuno
Miguel Casquinha, não faltan-
do uma pequena multidão a
rodear o matador vila-fran-
quens para os autógrafos e
fotografias de praxe.
Aguardemos pois a sua apre-
sentação como matador em
Portugal: Dia 3 de Julho em
Vila Franca de Xira, domingo
de Colete Encarnado, estará ao
lado de um dos triunfadores de
Madrid 2011, Uceda Leal, com
toiros de Oliveira Irmãos. No
toureio a cavalo estarão pai e
filho, João Salgueiro e João
Salgueiro da Costa, este que,
na passada quinta-feira, deu
um festival de toreria no
Campo Pequeno integrado
num cartel de Dinastias
Toureiras e mereceu por méri-
to próprio ser incluído numa
das corridas fortes de Julho,
em Lisboa, nas denominadas
fabulosas nocturnas de Verão.
Em Agosto também Nuno
Casquinha será um dos mata-
dores em Lisboa na corrida de
homenagem dos 37 anos da
morte de José Falcão.
De destacar ainda que, no pas-
sado sábado, o Clube taurino
Vilafranquense convidou o
matador para um almoço con-
vívio na sua sede onde foi pas-
sado após o mesmo, o dvd da
corrida, transmitida dia 29 em
direto pela Extremadura TV.
Oportunidade para recordar
estes momentos vividos com
intensidade em Villa Nueva
del Fresno e comentados ao
vivo pelo protagonista e um
dos seus mestres, o matador
Armando Soares.
Pela objectiva de Pedro
Batalha
Enquanto nós estávamos na
barreira de sol da praça de
toiros de Villa Nueva del
Fresno, mesmo por baixo, no
burladero de fotógrafos o
nosso companheiro de equipa
Pedro Batalha guardava na sua
câmara os momentos para
mais tarde recordar desta alter-
nativa de Nuno Casquinha.
Aqui ficam alguns desses
instantes tão especiais na
história da nossa tauromaquia..
Petição em defesa da FestaBrava já tem mais de 96 milassinaturasA petição em defesa da Festa Brava lançada, em Agosto de 2010,pelo presidente da Câmara de Santarém, já ultrapassou as 96mil assinaturas. Francisco Moita Flores disse, ao PÚBLICO,que muito em breve, “ainda este mês” e antes do prazo estabele-cido que apontava para Julho de 2011, atingir-se-á o objectivodas 100 mil assinaturas. O documento, que será entregue aosprincipais responsáveis políticos do País, surgiu em resposta auma petição de movimentos de defesa dos direitos dos animaisque pretendia que a Assembleia da República deliberasse nosentido da proibição de corridas de toiros e outros espectáculostaurinos em Portugal.No preâmbulo da petição, Moita Flores, natural de um montealentejano do concelho de Moura, assume a defesa dos valoresda ruralidade e acusa “as culturas urbanas radicais” dedesprezarem o campo, “os seus costumes, gostos e atitudespsico-afectivas”. Diz o autarca de Santarém que, como referiu apoetisa Sophia de Mello Breyner, muitos destes “defensores dosanimais” são “pessoas sensíveis que detestam ver matar galin-has, mas adoram canja de galinha”.Moita Flores acha que não é a luta contra o sofrimentos dosanimais que move estes movimentos “pois se o fosse estariamaos gritos em todos os locais em que se ‘fabricam’ com hor-monas frangos, vacas e ovelhas para alimentar a cidade” e“estariam às portas dos grandes matadouros, nas barricadascontra as guerras e na linha da frente da luta pelo renascimen-to do campo e das culturas rurais”. No seu entender, serão “ape-nas contra a pretensa violência contra os touros bravos”. Porisso, Moita Flores acha que vale a pena demonstrar por esta viaque a população portuguesa se identifica com a tradição tau-romáquica e defender os valores da Terra, os próprios touros, oscavalos, os pastores, os campinos e toda a economia agrícola eanimal associada Festa Brava “em nome de um progresso commemória e de um desenvolvimento sem perder o sentido dahistória”.A petição em defesa da Festa Brava já recolheu 17 216 assinat-uras on-line e as restantes em papel. Alguns dos seus sub-scritores argumentam que a Festa Brava é uma tradição que fazparte da cultura e da identidade nacionais, outros lamentam queseja necessário fazer uma petição para defender um patrimóniocultural “do qual todos nos devíamos orgulhar” e outros aindaapontam a perda de milhares de postos de trabalho se porventu-ra acabassem os espectáculos taurinos. Jorge Talixa
Nuno Casquinha
Mestre Baptista homenageado em ReguengosO cavaleiro José Mestre Baptista vai ser homenageado, no próximo Domingo, com a atribuição do seunome à Praça de Toiros da cidade alentejana de Reguengos de Monsaraz
Jorge Talixa
A tradicional romaria do
Senhor da Boa Morte, organi-
zada pela Santa Casa da
Misericórdia de Vila Franca de
Xira no monte sobranceiro a
Povos com o mesmo nome, vai
resistindo à evolução dos tem-
pos e voltou a juntar várias cen-
tenas de pessoas na Quinta-
Feira da Ascensão. O ambiente
de são convívio mantêm-se,
mas alguns lamentam que os
jovens já adiram pouco à festa.
O grupo dos “Almoçaristas do
Senhor da Boa Morte” dá tam-
bém um impulso forte para que
a festa se mantenha (ver caixa).
A missa solene, a procissão e a
bênção dos campos e da cidade
de Vila Franca desde o Cruzeiro
da Independência são os pontos
altos da romaria que tem,
depois, durante a tarde, uma
componente mais profana com
folclore e música coral e, sobre-
tudo, muita confraternização no
espaço natural do monte com
uma vista inigualável sobre o
Tejo e a Lezíria.
Beatriz Padinha tem 65 anos e
praticamente desde os seus 10
anos que vai sempre à Romaria
do Senhor da Boa Morte. Uma
tradição que os pais lhe trans-
mitiram e que soube incutir
também aos seus descendentes.
Originária de uma família de
pescadores da Vala do
Carregado explica que não falta
porque sempre gostou muito
desta festa. “É uma tradição
antiga, gosto por tudo, pela
tradição, pela procissão, pelo
ambiente, pela festa toda em si,
pelo almoço neste ambiente ao
ar livre”, disse ao Voz
Ribatejana, enquanto organiza-
va a mesa para o almoço, à
sombra de uma das velhas
árvores do monte. “Há 50 anos
era muito diferente. Ainda
agora eu estava a observar o
facto do Santo vir com os
bombeiros, já não é tradição
assim. A tradição é vir real-
mente aos ombros, não no carro
dos bombeiros”, frisou, con-
siderando que “há muita juven-
tude que ainda podia trazer o
santo” na procissão.
Beatriz Padinha admite que, há
50 anos, “vinham mais pes-
soas” à romaria. “Isto aqui era
uma festa pegada. Mas o espíri-
to mantém-se e este ano está
bastante concorrida. Os jovens
também já não vão muito nes-
tas festas, isto é mais a tradição
das pessoas antigas”, reconhece
a pescadora da Vala do
Carregado, admitindo também
que, hoje em dia, “as pessoas
têm que aproveitar todos os
bocadinhos para trabalhar,
porque a vida está difícil. É
feriado em Vila Franca, mas
não é noutros lados.
Antigamente era diferente”,
sublinha, lembrando que
durante muitos anos foi ao
Senhor da Boa Morte a pé,
atravessando caminhos e as ser-
ras que separam a Vala do
Carregado do Monte do Senhor
da Boa Morte com o seu pai.
Ao seu lado, a filha, Luísa
Tavares, e o marido, António
Tavares, são também fiéis
adeptos da Romaria do Senhor
da Boa Morte e ainda se recor-
dam de fazer o mesmo percurso
a pé a partir da Vala. A vida
mudou, agora todos vêm de
carro, mas os seus filhos já evi-
tam e ultimamente já não
querem ir à festa. “Ainda se
vêm pessoas mais jovens, mas
menos”, salienta António
Tavares, considerando que a
romaria estava este ano bem
organizada e que o espaço do
monte estava bem cuidado. “A
capela é que foi pintada só pela
metade, para a outra não tinta”,
observa, por seu lado, Luísa
Tavares, que acha que a festa
tem perdido afluência também
porque as pessoas têm mais
dificuldade em terem o dia
livre. “Trabalhasse hoje em
muito lado. Tive que tirar um
dia de férias para poder estar
aqui. Mesmo no concelho de
Vila Franca, a maior parte dos
armazéns está a trabalhar e o
meu filho, que trabalha em
Lisboa, não teve feriado”, con-
stata.
António Tavares acha que Vila
Franca perdeu muitas das
tradições que tinha, “até o
Colete Encarnado e a feira
estão a perder tradição. E a
própria cidade”, lamenta. A
mesma opinião tem Luísa
Tavares, que critica algumas
atitudes da presidente da
Câmara Maria da Luz Rosinha.
“A presidente não ajuda, tirou a
beleza que Vila Franca tinha.
Acabou com muita coisa, a
Feira do Melão então foi o
caos. Não foram os pescadores
que não quiseram, não foi o
rancho que não quis dançar na
Feira do Melão. Havia melão e
podiam ter mantido a feira.
Sempre houve disponibilidade
dos avieiros para acarretar
melão e manter a feira”, con-
clui.
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A Romaria do Senhor da Boa Morte continua a atrair algumas centenas de pessoas
Romaria centenária atrai centenas de pessoas
Há uma dúzia de anos, dois amigos resolveramcriar um grupo e promover a confraternizaçãoe a solidariedade no alto do Senhor da BoaMorte. Problemas de saúde das respectivasesposas levaram João Silva e Ernesto Mateus aprestarem uma homenagem ao Senhor da BoaMorte e, a partir daí, nasceram os“Almoçaristas do Senhor da Boa Morte”.“Fomos juntando mais amigos e é tudo dado degraça”, explica João Silva, salientando que,este ano, o grupo reuniu refeições para ofere-cer suficientes para quase 200 pessoas.Feijoada, pão e vinho estiveram ao dispor detodos no espaço dos Almoçaristas, que recol-hem os bens em várias estabelecimentos dacidade e junta da própria Câmara. Ao mesmotempo organizam uma série de convites, tudocom o objectivo de promover a confraterniza-ção e de “ajudar a preservar a romaria”.João Silva admite que as pessoas envelhecem,
os campinos envelhecem, mas sublinha que osAlmoçaristas têm conseguido envolver cada vezmais pessoas. Este ano resolveram, também,prestar homenagem a quatro figuras da região:o Vítor de Povos, o Eduardo “Minhoca”, a AnaVarina e o Vitorino da Casa Zacarias.Paulo Santos é outro dos membros dosAlmoçaristas. Reside na zona desde quenasceu, há quase 44 anos, e gostava de ver maisjuventude no Senhor da Boa Morte. “Acho quedevia haver mais jovens a participar. Tem quese mostrar mais a festa à juventude. As pessoasvão envelhecendo e os jovens não aderem”,sustenta, mostrando alguma satisfação por vera romaria bastante concorrida. “Já não é o queera há 50 anos, mas acho mal que isto acabe,espero que continue. É pena não trazerem oSanto às costas na procissão. Os jovens é quedeviam trazer o Santo, como era antigamente”,defende Paulo Santos.
Senhor da Boa Morte resiste
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