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Edicao 8 Junho 2011

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Page 1: Edicao 8 Junho 2011
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Jorge Talixa

Voz Ribatejana - Assumiu, no

início de Junho, funções de

responsável máximo pelo

Hospital Reynaldo dos Santos

de Vila Franca de Xira. Teve

oportunidade nas semanas

anteriores de preparar esta

transição e de conhecer a

unidade que dirige. Numa

primeira análise quais são, no

seu entender, os grandes

problemas do Reynaldo dos

Santos?

Vasco Luís de Mello –

Tivemos oportunidade, em

conjunto com o Dr. Mário

Bernardino (presidente ces-

sante) de visitar os diferentes

serviços. Eu diria que o princi-

pal problema que o hospital

tem hoje é um problema de

espaço, de limitação física e

isso é muito visível, tanto na

urgência, como no internamen-

to e mesmo a nível do bloco,

embora menos visível. Temos

poucas salas de bloco para

podermos ter uma actividade

cirúrgica mais importante.

A primeira limitação tem a ver

com espaço físico e isso, a nós,

preocupa-nos, porque traz pou-

cas possibilidades de poder-

mos, nestes 22 meses em que

vamos estar a gerir nestas

instalações, fazer grandes alter-

ações no hospital. Esse é um

primeiro desafio.

O segundo desafio tem a ver

com médicos. O que vimos nos

últimos anos é que, de facto, o

hospital tem vindo a perder

alguns médicos, ou porque se

têm reformado ou porque

foram convidados para outros

hospitais. Nós queremos recu-

perar e dotar o hospital de

capacidade clínica para poder

satisfazer todas as necessi-

dades ao abrigo do contrato

que temos. Há aqui um desafio

de ir buscar novos médicos.

Como sabe, nós temos a

intenção e a obrigação de intro-

duzir 4 novas valências neste

hospital e essas 4 novas valên-

cias vão-nos obrigar a intro-

duzir esses médicos e a ter

espaços físicos para estas 4

especialidades.

Um problema muito claro que

também vimos, mas que é mais

complexo, tem a ver com a

urgência. Tem bastantes difi-

culdades, não só pelo espaço

físico, mas também pelo nível

de afluência que tem. Uma das

razões deste nível de afluência

tem a ver com os centros de

saúde e com os cuidados

primários. Acredito que, se

tivéssemos mais médicos de

família, muito provavelmente

teríamos menos afluência na

urgência hospitalar. Hoje as

pessoas ocorrem à urgência de

uma maneira muito rápida, se

tivessem um médico de família

se calhar servia um bocadinho

de filtro antes de irem directa-

mente à urgência. Penso que a

urgência é um desafio que

vamos querer encarar de frente

logo desde início (ver caixa).

Vê vantagens nesta

assumpção de responsabili-

dades desde já no Reynaldo

dos Santos ou seria preferível

assumir a gestão do hospital

só com a abertura das novas

instalações?

Penso que, apesar de haver

estas limitações, temos várias

iniciativas de melhoria que

podemos introduzir já neste

hospital e isso facilitará,

depois, na altura da transição,

para que não seja uma tran-

sição tão drástica. Imagine que

íamos para um novo edifício

com sistemas informáticos

todos novos. Seria uma

mudança bastante mais radical,

com pessoas com quem nunca

tínhamos trabalhado. Por isso,

vejo uma vantagem muito clara

em que, neste período de tran-

sição, aprendamos a conhecer

as equipas, consigamos intro-

duzir os novos sistemas infor-

máticos e que a transição se

faça, mas introduzindo novos

circuitos e aproveitando o

espaço que lá está. E vejo outra

vantagem. Apesar do novo hos-

pital estar todo desenhado,

todo o programa funcional foi-

nos dado na altura do concurso,

acredito que, em conjunto com

os actuais profissionais, temos

ainda uma palavra, estes

profissionais vão ter uma

palavra no desenho desses cir-

cuitos e nas áreas que estão a

ser previstas para cada uma

destas especialidades. Temos

que aproveitar este momento

em que se está ainda a arrancar

a construção, se está a imple-

mentar todos os circuitos e a

dotá-lo de equipamentos para,

em conjunto com os actuais

profissionais, ter um hospital

que responda melhor à reali-

dade assistencial.

Em termos gerais qual é a

vossa orientação: uma políti-

ca de continuidade procuran-

do manter o que está a fun-

cionar ou julgam que há

condições, apesar da falta de

espaço, para introduzir já

alterações?

Acho que há condições e não

vamos ficar 22 meses à espera.

Temos já identificados três

tipos de iniciativas. Uma

primeira consiste em introduzir

as quatro novas valências. Há

uma melhoria na resposta que o

hospital vai ter. E também

entendemos que, a nível dos

meios de diagnóstico, devemos

fazer um investimento.

Nomeadamente vamos ter um

TAC, que acabou de ser monta-

do. Estamos em testes e a for-

mar as pessoas. O número que

nos deram é que o hospital

pede fora cerca de 5500 TAC’s

por ano. Estamos a falar de

5500 exames importantes que

eram feitos fora do hospital e

que hoje passam a ser feitos

dentro do hospital.

Um investimento que se justi-

fica também porque o hospi-

tal tem que comparticipar os

exames que manda fazer

fora?

É verdade e também se justifi-

ca porque nós, depois,

podemos pegar no equipamen-

to de TAC e pô-lo a funcionar

no novo hospital. Não é um

investimento que se perde.

Decidimos antecipá-lo e

achamos que este hospital, pelo

nível de actividade que tem,

merece ter um TAC.

Não foi certamente fácil

encontrar espaço para o colo-

car?

Há três salas de Raio X e o que

fizemos foi condenar uma

dessas salas e pôr aí o TAC. É

a sala 3 neste caso.

ABERTURA

02

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Agora com mais um novo

espaço de saúde e bem-estar

Novo presidente do Hospital Reynaldo dos Santos em entrevista ao Voz Ribatejana

O Hospital Reynaldo dos Santos mantém o seu carácter público mas, desde o passado dia 1, é gerido pela Escala Vila Franca

de Xira, empresa do consórcio vencedor da parceria público-privada para a construção e gestão do novo hospital vila-fran-

quense. Liderada pelo Grupo Mello, já com muitos anos de experiência na área da saúde, a nova administração promete intro-

duzir já várias melhorias no HRS, mesmo durante os 22 meses (até à inauguração do novo edifício) em que vai continuar nas

antigas instalações do centro da cidade. Quatro novas especialidades, a aquisição de aparelhos de TAC e de ecografia e a ampli-

ação do espaço da urgência, são algumas das novidades já asseguradas. Vasco Luís de Mello é o presidente da Escala Vila

Franca e da nova comissão executiva do HRS. Em entrevista ao Voz Ribatejana, a primeira desde que assumiu a direcção do

hospital vila-franquense, revela algumas das medidas previstas e garante que os utentes vão ter acesso ao hospital exactamente

nas mesmas condições que tinham até aqui, porque o HRS continua a ser um hospital público e a única diferença é que passou,

agora, a ter gestão privada

Quatro novas especialidades A nova gestão do Reynaldo dos Santos vai permitir introduzirjá nesta fase inicial um conjunto de quatro novas especiali-dades de que o hospital não dispunha. Não é fácil encontrarespaços para as pôr a funcionar, mas estão também previstasobras para as acolher e algumas delas começam já a trabal-har. Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pneumologia eNeurologia são, assim, as quatro novas valência de que oReynaldo dos Santos passa a dispor. Estão previstas no contra-to de gestão e a Escala Vila Franca decidiu implementá-las já.A quinta nova especialidade programada, psiquiatria, ficarápara daqui a dois anos, quando abrirem as novas instalações.“O hospital já teve Otorrino e existe no hospital uma sala deotorrino, que já foi utilizada em tempos e que vamos voltar autilizar. Se vai ser suficiente, tenho as minhas dúvidas. E,sobretudo, não vai ser suficiente para introduzir as outras trêsnovas especialidades. Vamos ter que criar gabinetes de consul-tas adicionais no hospital, para podermos ter estas quatronovas valências a funcionar em pleno”, admite Vasco Luís deMello, em declarações ao Voz Ribatejana, explicando que o“exercício” que a nova comissão executiva está, agora, a fazeré o de tentar aproveitar de forma diferente alguns espaços.Primeiro, a área de armazém deverá ser reduzida e albergartambém o arquivo que hoje se encontra na área da criança eda mãe. No espaço assim liberto serão criados pelo menos doisgabinetes para consultas. Depois, na actual área de consultasexternas existe um gabinete de maior dimensão que será divi-dido em dois. Nas traseiras da zona de consultas deverão sercriados, ainda, mais dois gabinetes.“Vamos ter dificuldades de espaço, não o escondemos, o hos-pital já tem feito muitos exercícios no passado para encontrarespaços e tem tido essas dificuldades. Mas achamos que o mel-hor modelo é ter estas quatro valências e as consultas dentrodo hospital”, sublinha o responsável hospitalar.

“É um hospital público e as pessoas

voz ribatejana #14

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8 de Junho de 2011

Os técnicos que já lá estavam

estão habilitados a trabalhar

com o TAC?

Vamos formar os técnicos que

lá estão e vamos ter que recor-

rer, provavelmente, a um ou

dois técnicos para virem ajudar

a formá-los. O outro equipa-

mento é um equipamento que

já está no hospital, mas que não

estava a funcionar correcta-

mente, que é o mamógrafo.

Vamos fazer um upgrade do

mamógrafo, de modo a digi-

talizar a imagem, pô-lo a fun-

cionar e podermos ter acesso à

imagem. Vamos também com-

prar um ecógrafo. Penso que

estes três equipamentos vão-

nos dar uma capacidade de

diagnóstico bastante superior à

que o hospital tinha até agora.

A nível de chefias e direcções

de serviços, qual foi a vossa

atitude, manter a estrutura

ou alterar tudo?

Vamos manter a quase totali-

dade das actuais chefias. A

nossa aposta é pelos actuais

profissionais deste hospital. É

verdade que temos um novo

director clínico, que é o Dr.

Carlos Rabaçal que, provavel-

mente, é também um dos mais

antigos deste hospital. O Dr.

Carlos Rabaçal trabalhou 20

anos no Hospital de Vila

Franca, esteve durante dois

anos no Amadora-Sintra e

fomos buscá-lo. Conhece per-

feitamente a casa e é um médi-

co reconhecido. Isto para nós

também é dar um sinal muito

positivo da aposta nos actuais

profissionais desta casa. Vamos

manter quase todos os direc-

tores de serviços. Fizemos uma

alteração que tem a ver com a

entrada do Dr. Carlos Rabaçal,

que assume a cardiologia e a

direcção clínica e temos uma

alteração nas área da patologia

clínica e de laboratório. Todos

os outros foram reconduzidos.

Uma das questões que é fre-

quentemente citada é a da

alegada falta de utilização do

bloco operatório?

A nossa terceira iniciativa é,

com os médicos do hospital,

fazermos um Plano de

Melhorias. Existe um compro-

misso nosso, e já foi anunciado

a todos os profissionais, de, no

prazo de 1 ou 2 meses, em con-

junto com todos, elaborarmos

um plano de melhorias, que vai

identificar melhorias em todas

as áreas e o bloco será uma

delas, o internamento outra, a

urgência. Vamos ter oportu-

nidade de pôr essa questão a

todo o hospital.

É um bocado prematuro dizer,

em relação ao bloco, se está a

ser suficientemente ocupado

ou se não está. Vamos fazer

essa análise e, em conjunto

com os responsáveis do bloco,

tirarmos conclusões.

Uma questão que por vezes é

colocada pela oposição par-

tidária local e por alguns

utentes tem a ver com as

condições de acesso dos

utentes neste novo formato

de gestão privada. Fá-lo-ão

exactamente nas mesmas

condições que faziam até

aqui ou muda alguma coisa?

Não muda nada. O Hospital de

Vila Franca é um hospital

público, um hospital que faz

parte do Sistema Nacional de

Saúde e todos os direitos que

existiam mantêm-se. A única

coisa que se altera é a gestão do

hospital.

Mas não há nenhuma taxa

acrescida para exames ou

algo do género em que as pes-

soas paguem mais do que

fariam no hospital anterior?

Nada, nada. Temos que

cumprir exactamente com o

que a Administração Regional

de Saúde nos disser em relação

a isso. Temos um contrato de

gestão e somos pagos pela

actividade que produzimos. No

resto somos um hospital igual a

qualquer outro.

Mas há quem diga que este

tipo de hospitais com gestão

privada para serem rentáveis

têm que desenvolver activi-

dades em paralelo, com

algum atendimento num sis-

tema particular pago pelo

utentes que lhes permite tirar

rendimento?

Não sei onde é que foi buscar

essa ideia. É verdade que, ao

abrigo do contrato, poderíamos

ter outro tipo de rendimentos,

mas não estamos a prever nen-

huma actividade privada. Não

acreditamos que seja um bom

modelo e não estamos a prever.

À luz do contrato é possível e

isso obrigar-nos-ia, depois, a

partilhar as receitas com o

Estado. Mas esquecendo isso

tudo do contrato, não estamos a

prever isso e não faz sentido nen-

hum. É um hospital público e as

pessoas vão ser atendidas exac-

tamente como estão a ser atendi-

das hoje, com as mesmas regras

do Sistema Nacional de Saúde.

Quer nas actuais instalações,

quer nas futuras?

Quer agora, quer depois. Sim.

Não há alterações.

Então como é que vão con-

seguir retirar rentabilidade?

Na altura do concurso é con-

struído um comparador públi-

co: se fosse o Estado a fazer

qual era o custo. Isso chama-se

na altura comparador público.

Nós fizemos uma proposta

cerca de 20% baixo do com-

parador público. Acreditamos

que conseguimos por duas vias:

uma via de produtividade, pen-

samos que conseguimos ter for-

mas de ganhar, de ter mais pro-

dução. E, por outro, acredita-

mos que, a nível de custos, em

termos de eficiência, con-

seguimos, com a experiência

que temos, ser mais eficientes.

São essas formas que temos

para podermos chegar ao final e

termos resultados equilibrados.

Vasco de Mello dirigiu hospitais CUF e abriu hospitais em Espanha

Parceiros da comunidade bem-vindos

vão ser atendidas como até aqui”

Mais médicos e mais 70 metros quadrados na urgênciaO banco de urgências é umadas áreas mais sensíveis dequalquer hospital e doReynaldo dos Santos. Aafluência média diária é supe-rior a 300 utentes e ali con-fluem não só habitantes doscinco concelhos servidos peloHospital de Vila Franca, mastambém muitos casos origina-dos nas vias rodoviárias prin-cipais que atravessam aregião. “Para nós existemduas formas de melhorar asurgências. A primeira passa, eestamos a pedir propostas e aestudar isso, pelo aproveita-mento de uma área que estápor cima das consultas exter-nas, que é uma varanda eonde se poderá instalar unsmódulos e ganhar cerca de 70metros quadrados.Pretendemos pôr nessesmódulos as consultas daurgência. E isto vai libertarespaço dentro da urgênciapara tentarmos ter menos pessoas nas macas no meio dos corredores”, explica Vasco Luís de Mello, referindo que, nesse contexto,serão reorganizados os circuitos dentro da urgência. “Acredito que com isto conseguimos facilitar um pouco todo o circuito deatendimento e, sobretudo, a exposição que os doentes têm hoje na urgência, que é um pouco preocupante”, sustenta o presidente dacomissão executiva do HRS, admitindo que, nas actuais condições da urgência, muitas vezes as pessoas, na sua maioria idosas,“estão no meio dos corredores em condições pouco humanas”.Outra questão que a nova administração do Reynaldo dos Santos quer encarar é a das equipas médicas da urgência. “Existem muitosmédicos que são prestadores de serviços, que são contratados a uma empresa de prestação de serviços clínicos e que têm pouca lig-ação ao hospital, que vêm cá fazer umas horas. E nós gostaríamos de apostar num modelo em que temos uma equipa fixa, não digoa totalidade, mas ter uma equipa maior própria do hospital. Penso que isso trazia bastantes benefícios, também termos de qualidade”,defende Vasco Luís de Mello, em declarações ao Voz Ribatejana, frisando que, nas actuais condições, alguns destes médicos presta-dores de serviços praticam uma medicina “mais defensiva” e “se calhar pedem mais exames e protegem-se mais”, porque “têmmenos ligação com o hospital, há toda uma articulação com o resto do hospital que é mais difícil”.Segundo os dados que recolheu, Vasco Luís de Mello sabe que, actualmente, cerca de 80% dos internamentos no HRS provêm daurgência. Uma percentagem que considera elevada e que faz com que haja pouca actividade que possa ser programada. Mas con-tratar mais médicos para o quadro, numa altura em que os profissionais de medicina escasseiam, não será fácil. “O problema dafalta de médicos é um problema geral do País, mas acredito que temos um projecto muito aliciante e que vamos ter formas de atrairnovos médicos que se queiram envolver na nova unidade. Vamos ter, se calhar, alguns trunfos ou uma atractividade que, se calhar,a antiga gestão não tinha”, refere.

Novo hospital abre em Abril de 2013O plano de trabalho estabelecido prevê que o Reynaldo dos Santos comece a trabalhar nas novasinstalações (a obra começou a 9 de Maio) em Abril de 2013. São 20 meses para a obra e dois mesespara equipamento e transferência, que Vasco Luís de Mello acha que serão suficientes. “Tem quese construir um plano de transferência. Já ocorreu em Braga, um hospital com uma dimensão bas-tante superior e correu de forma exemplar”.No caso de Vila Franca, a empresa Novo Hospital, formada pelas construtoras Somague e Edifer,assegura a obra e manutenção das instalações por um prazo de 30 anos. A Escala Vila Franca, lid-erada pelo Grupo Mello, assume a gestão durante um prazo de 10 anos, que poderá, depois, serrenovado. “Foi o prazo que foi definido e, depois, a seguir, em função dos resultados que foremobtidos, o Estado decidirá”, esclareceu.Certo é que, com as novas instalações, o número de camas do HRS sobe de 210 para 280, as áreasde urgência, consultas externas e neonatologia aumentam de forma significativa e será acrescen-tada uma quinta nova valência, a psiquiatria.

Vasco Luís de Mello nasceu na Suíça em 1964. Aos 46 anos temjá uma larga experiência de administração hospitalar. Começoupor se licenciar em engenharia mecânica na universidade belgade Louvaina e tirou também ali um mestrado em gestão deempresas. Desde 2004 que é administrador executivo da José deMello Saúde. Foi presidente das comissões executivas dos hos-pitais CUF Infante Santo e CUF Descobertas entre 2005 e 2006,já depois de ter liderado a preparação das candidaturas dogrupo aos hospitais de Cascais e de Loures. Entretanto, o Grupo

Mello investiu em Espanha, no Grupo Hospitalar Quiron, eVasco Luís de Mello esteve durante 5 anos na administraçãodeste grupo espanhol, que detém actualmente 7 hospitais eabriu, nos últimos anos, novas unidades em Madrid, Barcelona,Bilbau e Málaga. Regressou em Dezembro e foi-lhe propostoeste desafio de liderar o Hospital de Vila Franca. Uma das fac-etas que liga Vasco Luís de Mello ao Ribatejo é o facto do seupai ter sido forcado nos amadores de Santarém e ao que julgatambém no grupo de Vila Franca.

A nova administração do HRS quer manter e aprofun-dar o relacionamento com os diferentes parceiros dacomunidade e garante que são muito bem vindas estru-turas como a Liga dos Amigos do Hospital e o trabalhode apoio que desenvolve. Nos planos da Escala Vila

Franca está também a criação de um conselho repre-sentativo da comunidade. “É importante mantermosuma ligação forte com a comunidade. Darmos a con-hecer o que estamos a fazer e também ouvirmos o quefor necessário”, afirma Vasco Luís Mello.

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voz ribatejana #14

Grupo Mello assumiu gestão do hospital no dia 1

Jorge Talixa

O consórcio Escala Vila

Franca de Xira, liderado pelo

Grupo Mello, assumiu, no dia

1 de Junho, a gestão do

Hospital Reynaldo dos Santos

(HRS) que, 60 anos depois da

sua criação, passa ao estatuto

de hospital público com gestão

privada. Se tudo correr de

acordo com o planeado, dentro

de 22 meses, em Abril de

2013, entrarão em funciona-

mento as novas instalações do

HRS, num investimento supe-

rior a 100 milhões de euros,

desenvolvido no âmbito de

uma parceria público-privada.

A cerimónia de transmissão de

responsabilidades realizou-se,

na tarde de dia 31, na sala de

espera das consultas externas

do antigo HRS, apesar de tudo

a maior área disponível num

hospital que se debate há

muitos anos com o problema

da falta de espaços para servir

os 235 mil habitantes dos 5

concelhos da sua área de

influência.

Vila Franca de Xira é o mais

atrasado do último pacote de

quatro parcerias público-pri-

vadas hospitalares e o concur-

so lançado em 2005 só agora

ficou resolvido. Por isso, a

administração pública cessante

debateu-se com enormes difi-

culdades para segurar quadros,

porque não podia assumir con-

tratos para o futuro. Mário

Bernardino, presidente do con-

selho de administração ces-

sante, historiou todo o proces-

so que levou à construção do

novo hospital e apresentou

vários dados que atestam o

bom desempenho obtido nos

últimos anos. Começou por

realçar o esforço da equipa

directiva, numa analogia com

o futebol, onde destacou a

melhor defesa coordenada

pelo enfermeiro Luís Maruta,

o meio-campo distribuidor de

jogo liderado pela directora

clínica Ana Alcazar e o ataque

assegurado pelo ponta-de-

lança Lourenço Braga.

Depois, Mário Bernardino

sublinhou que esta cerimónia

representa também “o início

da concretização de um sonho

de milhares de utentes e de

centenas de profissionais” de

terem novas instalações hospi-

talares em Vila Franca e desta-

cou o sentimento de “dever

cumprido” dos responsáveis

que saem que conseguiram

assegurar a prestação de cuida-

dos “em condições de trabalho

deficientes e manifestamente

insuficientes”. O presidente

cessante referiu, ainda, que

este momento é igualmente

“motivo de esperança em mais

e melhores cuidados de

saúde”.

Mário Bernardino realçou,

ainda, os bons resultados obti-

dos pelo HRS nos últimos

anos. Em 2005, o Hospital de

Vila Franca ocupou o primeiro

ligar na tabela de eficiência da

Direcção-Geral de Saúde e,

nos últimos anos, tem con-

seguido reduzir custos. “Nos

indicadores de qualidade e de

eficiência encontra-se entre os

mais eficazes do País”, salien-

tou, lembrando que o HRS tem

um rácio de recursos humanos

subdimensionado e elogiando

o trabalho dos funcionários da

casa ao longo dos anos.

Vasco Luís de Mello, novo

responsável máximo pelo HRS

(ver entrevista nas páginas 2 e

3) começou por destacar três

palavras: “satisfação” pelo iní-

cio de um novo projecto em

Vila Franca, “compromisso”

de contribuir para a melhoria

efectiva dos cuidados de saúde

e “agradecimento” pelo profis-

sionalismo demonstrado pela

administração e pela equipa de

direcção do HRS nesta fase de

transição.

Citando um antigo presidente

do Hospital vila-franquense,

Vasco Luís de Mello consider-

ou que o Reynaldo dos Santos

“é um pequeno hospital com

uma alma muito grande”.

“Sabemos que temos um

desafio e um compromisso

perante vós todos, que só será

possível concretizar com uma

gestão de rigor e responsabili-

dade, e sobretudo com o vosso

empenho e entusiasmo.

Atrevo-me a dizer: “Num

futuro breve, o Hospital será

um grande Hospital com uma

alma ainda maior”, rematou.

Em representação dos cinco

municípios servidos pelo HRS,

Maria da Luz Rosinha admitiu

que “foi um percurso longo de

16 anos” até chegar ao início

da construção do novo hospi-

tal. “Chegámos agora a um

ponto que é também um ponto

de partida e, em 2013, estare-

mos noutro ponto, em que a

obra nasce e vai passar a estar

disponível. O mais difícil é

sempre aquilo que é preciso

fazer antes da obra começar a

surgir”, vincou.

Depois, a autarca de Vila

Franca observou que estes

cinco municípios acreditam

que “tudo correrá bem e que,

em Abril de 2013, iremos inau-

gurar um novo HRS.

Acreditamos, em nome das

populações que servimos, que

será um hospital com melhores

condições para servir essa

mesma população”, concluiu.

Mais de 500 anos de históriaMário Bernardino apresentou um resumo das principaisdatas da história hospitalar de Vila Franca.

1563 – Por alvará régio, a Igreja do Espírito Santo e o hos-pital contíguo são entregues à Confraria das Misericórdiasde Vila Franca de Xira

1951 – Inauguradas as instalações do actual hospital pelaSanta Casa da Misericórdia de Vila Franca

1977 – Reconhecida a insuficiência das instalações e envia-do Programa do Novo Hospital, que foi aprovado pelaDirecção-Geral de Saúde

1995 – O Ministério da Saúde determina a elaboração doPrograma de um Novo Hospital a construir em Vialonga

2003 – O Novo Hospital de Vila Franca passa a integrar umgrupo de 10 hospitais a construir em regime de parceriaspúblico-privadas

2005 – Lançamento do concurso para a parceria público-privada do Novo hospital

2010 – Homologação do Acordo para o Novo Hospital como consórcio Escala Vila Franca e celebração do contrato degestão e transmissão do estabelecimento hospitalar

9 de Maio de 2011 – Arranque da obra do Novo Hospitalpelo Agrupamento Complementar de Empresas NovoHospital de Vila Franca de Xira

1 Junho de 2011 – Início da gestão do HRS pelo consórcioEscala Vila Franca

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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA

Cerimónia de transmissão de responsabilidades realizou-se na véspera

O Hospital Reynaldo dos Santos (HRS) está, desde a semana passada, sob gestão do consórcio

Escala Vila Franca, liderado pelo Grupo Mello. Na sessão de transmissão de responsabilidades

foi realçado o bom desempenho dos anteriores responsáveis e do quadro de profissionais do

HRS e o secretário de Estado da Saúde afiançou que a construção do novo hospital é um

processo “absolutamente irreversível”

Secretário de Estado garanteque novo hospital é irreversível A obra de construção das novas instalações do HospitalReynaldo dos Santos começou a 9 de Maio, poucos dias depoisdo visto do Tribunal de Contas. “Este processo é absolutamenteirreversível”, garantiu, na cerimónia de dia 31, o secretário deEstado da Saúde Óscar Gaspar, transmitindo uma “palavra detranquilidade” aos funcionários, porque, depois da análise quefez do Sistema Nacional de Saúde, a “troika” do FMI, ComissãoEuropeia e BCE, reconheceu a qualidade do SNS. “O que nos éexigido é que continuemos a ganhar eficiência no SNS, dotandoo País de uma rede de referenciação muito clara, que passa pelaconcentração de alguns hospitais”, prosseguiu o governante,assegurando que, em Vila Franca, não se estava a “entregar umhospital público a privados”, mas a “entregar a gestão deste hos-pital do Sistema Nacional de Saúde a um grupo privado”.

Funcionários do hospital

atentos à mudança

O acto simbólico de transmissão de responsabilidades

entre Mário Bernardino e Vasco Luís de Mello

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8 de Junho de 2011

Jorge Talixa

A presidente da Câmara de

Vila Franca de Xira admite

levar o Município de Arruda

dos Vinhos a tribunal se este

mantiver a sua posição de

não pagar a parte que lhe

deveria caber no custo dos

acessos ao novo hospital. A

autarquia arrudense alega

que não pagará os perto de

200 mil euros em causa

enquanto o Ministério da

Saúde não lhe pagar mais de

100 mil euros respeitantes a

um muro do novo Centro de

Saúde de Arruda e acrescen-

ta que também têm que ser

pesadas a possibilidade de

duas da suas freguesias pas-

sarem para a área do

Hospital de Loures. A edili-

dade de Vila Franca não se

conforma, diz que são

questões distintas e acusa

autarcas de Arruda de

faltarem à palavra dada.

Certo é que a polémica

promete arrastar-se. Arruda

aguarda que os tribunais se

pronunciem sobre a acção

em que reclama mais de 100

mil euros da Administração

Regional de Saúde de Lisboa

e Vale do Tejo (ARSLVT) e

Vila Franca decidiu avançar

com a obra dos acessos

mesmo sem a compartici-

pação de Arruda, mas garan-

tindo que vai exigir a verba

que competiria ao vizinho

Município arrudense.

Maria da Luz Rosinha, pres-

idente da Câmara de Vila

Franca de Xira, lamenta a

atitude dos autarcas de

Arruda e especialmente do

presidente da Câmara arru-

dense, frisando que “há um

compromisso assumido por

todos os municípios” que só

Arruda não estará a cumprir.

“A questão poder-se-á

resolver em tribunal. Não há

problema”, disse a autarca

socialista ao Voz Ribatejana,

dizendo que é tudo uma

opção do presidente da edil-

idade de Arruda.

“Vila Franca pode levar o

assunto a tribunal. Quem

não honra a palavra está

sujeito a estas coisas”, sus-

tenta Maria da Luz Rosinha,

frisando que não está em

causa a existência de docu-

mentos escritos que compro-

metam Arruda mas a palavra

dos 5 presidentes de Câmara

envolvidos. “Os represen-

tantes dos municípios são

absolutamente testemunhas

da posição de Arruda, que

era favorável e trouxe para a

questão um problema que

tem com a ARSLVT e que

nada tem a ver com este

assunto”, salienta.

Já Carlos Lourenço, presi-

dente da Câmara de Arruda,

tem uma leitura completa-

mente diferente. O autarca

do PSD admite que defendeu

que todos os 5 municípios

servidos pelo hospital deve-

riam comparticipar estes

acessos, apesar de essa ser

uma competência da admin-

istração central. Mas sublin-

ha que foi ele próprio a

defender que essas compar-

ticipações não podiam ser

iguais e deviam ser propor-

cionais à população de cada

um dos concelhos. Só que,

diz Carlos Lourenço, Vila

Franca apresentou uma esti-

mativa inicial do custo dos

acessos, mas esse valor

acabou por aumentar de

forma significativa, fazendo

com que a parte de Arruda

(equivalente a cerca de 10%)

passasse a corresponder a

mais de 200 mil euros.

“Há aqui circunstâncias no

meio que alteraram a situ-

ação. Tendo em conta que

estamos em litígio em tribu-

nal, sempre disse que não

estou para contribuir para

uma situação que é da

responsabilidade da admin-

istração central quando o

Estado me deve e não com-

participa uma responsabili-

dade que é sua. Essa questão

tem que ser resolvida”, sus-

tenta Carlos Lourenço,

frisando que, por uma

questão de princípio e

porque lhe cabe acautelar e

defender os interesses dos

arrudenses, enquanto o

pagamento do muro do cen-

tro de saúde não estiver

resolvido não vai entregar a

verba para os acessos ao

hospital.

“Não é nada contra ninguém,

não desrespeitamos

ninguém, nem voltamos com

a palavra atrás, o que quere-

mos é que verdade seja

reposta. Não podemos estar

a dar, sendo prejudicados

por outro lado, quando a

entidade é a mesma”, disse o

edil ao Voz Ribatejana,

salientando que, ao contrário

do que chegou a ser dito,

esta posição de Arruda não

põe, de modo nenhum, em

causa o avanço do processo

do novo hospital.

Mas, as questões colocadas

pelo Município de Arruda

não se ficam por aqui.

Carlos Lourenço alega que,

no início das conversações

entre os 5 municípios, se

falou na construção de uma

variante a Vila Franca e

mesmo de uma possível lig-

ação à A 10 que deixaria os

munícipes de Arruda mais

perto do novo hospital. Só

que, agora, o autarca do PSD

acha que nem uma estrada

nem a outra vão avançar nas

próximas décadas e que,

assim, os utentes de Arruda

serão os mais prejudicados,

porque vão ficar mais longe

do hospital.

“Na acessibilidade seremos

prejudicados e isso tem que

ser tido em conta. Partiu-se

de um pressuposto de que

teríamos um acesso directo

com a variante ou com a lig-

ação à A 10, mas não vão ser

feitas nas próximas décadas.

Arruda é o único concelho

que será prejudicado em ter-

mos de acessibilidade. Isso

tem que se ter em conta, não

é dizer eu mando, eu posso,

eu quero. Isso existiu aqui

há uns anos, mas hoje não

há”, reage o presidente da

Câmara de Arruda, con-

siderando que também há

que esclarecer por que é que

estimativas finais dos aces-

sos ao hospital são bastante

diferentes das iniciais.

Os centros de saúde de

Alverca e de Arruda dos

Vinhos vão ter, já a partir deste

mês de Junho, dois médicos de

família de origem colombiana,

segundo apurou o Voz

Ribatejana junto de respon-

sáveis regionais da área da

saúde. Estes quatro profission-

ais integram-se num grupo de

70 colombianos e porto-

riquenhos que vão passar a tra-

balhar em Portugal, com con-

tratos de 3 anos. Cerca de 40

serão colocados em unidades

de saúde da Região de Lisboa

e Vale do Tejo.

O Voz Ribatejana sabe que o

Agrupamento de Centros de

Saúde do concelho de Vila

Franca de Xira decidiu colo-

car os dois médicos

estrangeiros que lhe foram

atribuídos na unidade de

saúde de Alverca porque é a

mais carenciada da área do

concelho. Em Arruda dos

Vinhos, segundo apurámos,

vai começar a trabalhar um

casal de médicos colom-

bianos.

“Estamos com uma carência

muito acentuada, desde Julho

de 2009 até agora perdemos

imensos médicos, por aposen-

tação antecipada”, observou

Luís Afonso, vice-presidente

da Administração Regional de

Saúde de Lisboa e Vale do

Tejo, frisando que estes 40

profissionais vão “ajudar a

equilibrar um pouco, mas

ainda estamos longe do ideal”.

Segundo referiu, só dentro de

três anos, com a saída dos

novos internatos (médicos

recém-formados) é que

“vamos ficar bem” e o proble-

ma ficará mais próximo da

resolução. “Até lá vamos

viver com algum equilíbrio”,

sublinhou, em declarações ao

Voz Ribatejana. De acordo

com Luís Afonso, os

primeiros médicos atribuídos

à ARSLVT foram colocados

em alguns dos agrupamentos

mais carenciados e já está

definido que os 40 agora indi-

cados vão desempenhar

funções nos agrupamentos de

centros de saúde do Oeste

Norte (5), Oeste Sul (5),

Lezíria (5), Zêzere (5), Serra

d’ Aire (5), Ribatejo (1) e Vila

Franca de Xira (2), entre out-

ros.

J. T.

Polémica intrincada

Alverca e Arruda recebem dois médicos estrangeiros

A verba que caberá a Arruda no pagamento dos acessos ao

novo Hospital de Vila Franca está a gerar acesa controvérsia

entre os dois municípios vizinhos

PRÓXIMA EDIÇÃO DO

VOZ RIBATEJANA

A 22 DE JUNHO NÃO PERCA!

Arranhó e Santiago devem continuar ligadasa Vila FrancaOutra dúvida que se coloca em relação a toda esta polémica diz respeito à situação das fregue-sias arrudenses de Arranhó e S. Tiago dos Velhos, geograficamente mais próximas de Loures,onde vai abrir um novo hospital no início de 2012. Têm surgido alguns defensores da possi-bilidade destas duas freguesias deixarem de estar ligadas ao Hospital de Vila Franca e pas-sarem para o de Loures. As restantes duas, Arruda e Cardosas, continuariam com o HospitalReynaldo dos Santos (HRS). Mas Vasco Luís de Mello, presidente da nova comissão executi-va do HRS, disse, ao Voz Ribatejana, que o contrato de gestão prevê que todas as quatrofreguesias de Arruda se mantenham ligadas ao Hospital de Vila Franca.Carlos Lourenço acha que se essa possibilidade de mudança se colocar, as populações deArranhó e de S. Tiago deverão ser auscultadas num inquérito para perceber qual é opinião damaioria. “Temos a nossa opinião, mas não queremos influenciar. Se fizermos uma auscul-tação à população de Arranhó e de S. Tiago, se calhar a maioria vai preferir Loures, por umaquestão de proximidade”, admite, frisando que a Câmara tem procurado esclarecer o assuntojunto da tutela da saúde, mas que nunca conseguiu uma resposta precisa, com uns a acharemque a mudança deverá avançar e outros a dizerem que não.O autarca de Arruda sublinha, contudo, que esta é outra situação que tem que ser pesada eesclarecida porque, se duas freguesias e quase metade da população do concelho passarem aser servidas pelo Hospital de Loures, não pode ser exigida a Arruda a verba actualmente pre-vista para os acessos ao novo Reynaldo dos Santos.

Vila Franca ameaça Arruda com

tribunal por causa dos acessos ao hospital

Page 6: Edicao 8 Junho 2011

TODOS COM VOZ

06

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração – Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral – 263 281329 Correio Electrónico – [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] Proprietário e editor – JorgeHumberto Perdigoto Talixa - Director – Jorge Talixa (carteira prof. 2126) Redacção – Miguel António Rodrigues (carteira prof. 3351), Carla Ferreira (carteira prof. 2127) e Vasco Antão (carteira decolaborador 895) - Colaboradores - Adriano Pires e Paulo Beja - Paginação - António Dias Concessionário de Publicidade – PFM – Radiodifusão Lda. Área Administrativa e Comercial – Júlio Pereira(93 88 50 664) e Afonso Braz (936645773)Registo de Imprensa na ERC: 125978 Depósito Legal nº: 320246/10 Impressão CIC – Centro de Impressão Coraze Tiragem – 5000 exemplares

O MELHOR E O PIOR DA QUINZENA

Editorial

A imagem do

serviço públicoA política portuguesa tem sido marcada, nos

últimos anos, por um intenso debate entre os

defensores do papel do Estado enquanto promo-

tor e garante de muitos dos serviços básicos da

nossa sociedade e os que afirmam que o Estado

português já é demasiado pesado e burocrático

e deve entregar ao sector privado algumas

dessas tarefas. São discussões que se fazem no

domínio da saúde, dos transportes, da energia,

do ensino e em muitas outras áreas da nossa

vida colectiva.

Somos dos que ainda pensam que, com toda a

sua estrutura e todos os meios supostamente ao

seu dispor, o Estado deve existir para servir mel-

hor os cidadãos e tem toda a obrigação de os

servir bem, porque é (deveria ser) por eles e para

eles que existe como tal. O Estado português

vive, todavia, de há alguns anos a esta parte um

dilema complicado que faz com que cada vez

nos identifiquemos menos com ele.

Explicando melhor: a nossa democracia, com

imensas virtudes e até prova em contrário o

melhor sistema político possível, tem levado a

que cada vez mais as estruturas partidárias

invadam e “explorem” para seu benefício

muitos dos organismos públicos que deveriam

existir para servir os portugueses e não para “ali-

mentar” essas clientelas e arranjar lugares para

os membros dos respectivos aparelhos.

Significa isto que a prioridade deixou de estar na

procura de medidas para melhor servir os

cidadãos e muitos andam perfeitamente “dis-

traídos” com outros objectivos. Será que os que

se “aproveitam” do Estado têm depois argu-

mentos para o defender.

Depois, são por vezes os próprios funcionários

do Estado a não zelarem pela defesa da própria

imagem de quem lhes paga. São frequentes as

situações de algum “desprezo” pelos respec-

tivos utentes, a falta de vontade para ultrapassar

determinados problemas ou algum deixa andar

quando as coisas não correm bem. São os com-

putadores da Justiça que não funcionam, são os

sistemas informáticos das Finanças frequente-

mente em baixo, é o absentismo elevado, são os

dossiers parados nas gavetas, é a falta de exigên-

cia nalguns serviços, é ainda a falta de respeito

pelos utentes de determinados serviços.

Vou citar o exemplo das sucessivas greves que,

nos últimos meses, têm abalado a CP. Não con-

sigo apurar de que lado estão as maiores culpas,

mas é inconcebível que uma empresa altamente

deficitária viva num clima de guerrilha como

este, em que as vítimas são unicamente os pas-

sageiros. Como é que a CPpode ganhar credibil-

idade e conquistar passageiros quando, depois,

pára muitas horas por semana. Se admin-

istradores e funcionários não estivessem debaixo

do Estado que tudo permite agiriam desta

maneira? E na TAP, onde se fala em 10 dias de

greve durante o mês o Junho, não se pode colo-

car a mesma questão? A defesa dos direitos não

deve passar também pelo respeito dos utentes,

que tudo pagam e suportam? Não caberá em

primeira instância aos próprios responsáveis e

funcionários das administrações central e local a

defesa da boa imagem da casa onde trabalham?

Depois não se admirem se for ganhando terreno

na opinião pública a ideia de que gestão privada

é mais eficiente e funciona melhor.

Jorge Talixa

INQUÉRITO HOSPITAL

Albino Romão, 47 anos

Maria da Glória Romão, 45 anos

residentes em Penafirme da Ventosa (Alenquer)

A entrada do consórcio Escala Vila Franca na gestão do HospitalReynaldo dos Santos trouxe boas novidades. Quatro novas especial-idades aos serviço dos utentes da região, a ampliação da área dasurgências para minimizar as situações de doentes em macas espal-hados pelos corredores e a aquisição de aparelhos de TAC eEcografia são boas notícias para os 235 mil habitantes dos concel-hos servidos pelos hospital vila-franquense.

Antónia Caldeira, 44

anos, gestora comercial,

residente no Porto Alto

Já sabia da mudança e penso que

seja positivo, para termos melhores

condições para os utentes. Acho

que podem surgir melhores

condições, porque o Estado era um

bocado relaxado nestas situações.

Os privados costumam ter uma

gestão mais eficiente. Não receio

que advenha algum custo acrescido,

acho que todos nós temos que par-

ticipar um bocado. Se tiver algum

custo maior, espero que não seja

muito. Por todos os aspectos, acho

que esta alteração é positiva.

A notícia da passagem do Hospital Reynaldo dos Santos para gestão de uma empresa privada ainda é desconhecida para

a maioria dos utentes. Alguns deles, inquiridos pelo Voz Ribatejana, no final da semana passada, junto à entrada do

serviço de urgência, mostram-se favoráveis à mudança, desde que resulte numa melhoria das condições de atendimento. Há até mesmo quem diga

que os privados costumam ter uma gestão mais eficiente.

Jorge Talixa

voz ribatejana #14

Nas últimas décadas, Vila Franca de Xira e muitos outros municípiosdas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto apostaram, e muito, naexpansão urbana e na construção de milhares e milhares de fogos. Ointerior desertificou-se, a população acumulou-se no litoral mas, agora,como ninguém soube (ou quis) colocar um travão a tempo nesta políti-ca, multiplicam-se as urbanizações inacabadas, os lotes por construir,as casas por vender e as construtoras a braços com falta de financia-mentos. Quem é que vai pagar a resolução de tudo isto? Que destino éque vão ter estes aglomerados?

“Se o atendimento for melhor, é positivo”

Não sabíamos denada damudança degestão. Desdeque atendambem, para nóstanto faz queseja privado, queseja para privar.Desde que aten-dam bem e queseja para melhor.Assim já nãopertence aoEstado? Se agestão for boa ese para melhorestamos de acor-do.

Page 7: Edicao 8 Junho 2011

07

Jorge Talixa

Os 129 anos da Associação

Humanitária de Bombeiros

Voluntários de Vila Franca de

Xira (AHBVVFX) foram assi-

nalados com um conjunto

alargado de actividades que

decorreram desde o passado

dia 1 de Maio e culminaram,

no sábado, com uma manhã

infantil. O ponto alto das

comemorações teve lugar no

dia 28, com a inauguração de

uma viatura, a quem foi dado o

nome do benemérito Oliveira

Soares, e da ampliação do

quartel. A sessão solene serviu,

também, para agraciar

bombeiros e associados com

mais tempo de dedicação à

instituição.

Carlos Fernandes, presidente

da AHBVVFX, começou por

explicar que o projecto do

novo quartel (inaugurado em

2003) vinha já dos anos 80 e

revelou-se exíguo para as

necessidades da corporação.

“Era um projecto já desactual-

izado, embora muito bonito, e

a verdade é que cá dentro, na

prática, não tínhamos insta-

lações suficientes. Problema

que mais se acentuou quando

ao antigo barracão passou para

uma igreja. O equipamento

náutico ocupava os balneários

dos nossos bombeiros e

começámos a pensar que era

urgente ampliar o quartel”,

explicou o responsável da

associação, admitindo que “foi

uma grande luta” criar

condições para esta ampliação

e que a presidente da Câmara

teve um papel decisivo no

encontrar de apoio no âmbito

do quadro comunitário de

apoio.

Carlos Fernandes sublinhou

que aquele era um dia grande

neste percurso de 129 anos dos

Bombeiros de Vila Franca e

realçou a dedicação do seu

comando, do corpo activo e da

comissão de cultura, desporto e

recreio que, no ano passado,

conseguiu recolher 17 mil

euros para ajudar à actividade

da corporação.

Depois, o presidente da

AHBVVFX dirigiu-se aos

políticos presentes na cerimó-

nia. “Sabemos que vivemos um

momento muito difícil no

nosso País, sabemos que

muitas dificuldades aí vêm,

mas nós já vivemos com tantas

dificuldades. Vejam se fazem

alguma coisa para que os

bombeiros não sejam mais alvo

de cortes, porque não aguen-

tam”, alertou.

Desencarceramento

Carlos Fernandes lembrou,

ainda, que a corporação de Vila

Franca está numa zona “ful-

cral” do País em termos de

tráfego rodoviário e fer-

roviário, atravessada pela

Auto-estrada do Norte, pelas

nacionais 1 e 10 e pela Linha

do Norte. “Todos os dias o

nosso carro de material de des-

encarceramento sai para socor-

rer acidentes. Vai ser

necessário novo equipamento,

porque já começa a ser muito

difícil desencarcerar com o

material que temos. É

necessário que o apoio que é

dado aos bombeiros não passe

por mais cortes”, vincou.

Também António Pedro Lopes,

comandante dos Bombeiros de

Vila Franca, realçou a necessi-

dade de equipar devidamente

as viaturas de primeira inter-

venção de que a corporação

dispõe. O responsável opera-

cional salientou a forma como

alguns dos presentes têm

apoiado o trabalho da corpo-

ração, realçando os casos do

governador civil António

Galamba e da presidente da

Câmara Maria da Luz Rosinha.

“O governador civil tudo tem

feito para que os corpos de

bombeiros do distrito estejam

equipados com melhor equipa-

mento de protecção individual.

Com o modelo anterior muitas

corporações do distrito recebi-

am as verbas e esqueciam-se

de comprar o equipamento”,

observou.

Depois, António Pedro Lopes

destacou o apoio de Maria da

Luz Rosinha no desenvolvi-

mento dos processos de con-

strução do novo quartel da sua

ampliação. E terminou com

uma palavra de reconhecimen-

to pelo trabalho dos dirigentes

da AHBVVFX. “Os bombeiros

de hoje e os do futuro sabem

reconhecer o grande trabalho

feitos por estas pessoas”, sus-

tentou.

Apoio autárquico

O presidente da Junta de Vila

Franca apelou à união dos vila-

franquenses no trabalho por

um futuro melhor. Maria da

Luz Rosinha lembrou a reali-

dade dos bombeiros quando

tomou posse na Câmara, no

início de 1998, e as obras

entretanto desenvolvidas com

os novos quartéis da Póvoa, de

Vila Franca e da Castanheira e

a conclusão do de Alhandra.

Restam duas situações para

resolver, o novo quartel de

Vialonga e a ampliação do de

Alverca. A primeira aguarda a

abertura de candidaturas a fun-

dos comunitários e a segunda a

possibilidade de intervir no

espaço do antigo cemitério.

“Acredito que vamos ter um

novo quartel em Vialonga e

que iremos resolver o proble-

ma dos Bombeiros de

Alverca”, afirmou a edil, con-

siderando que há imensas for-

mas de apoio do Município ao

trabalho dos bombeiros, como

o pagamento de 30 efectivos

que estão nas 6 corporações e

as comparticipações nas obras.

“Fazemos tudo isso con-

scientes de que é a nossa obri-

gação”, rematou.

Já António Galamba realçou a

competência e a eficácia das

corporações (56) existentes no

distrito de Lisboa e defendeu

que, no futuro, o desempenho

de muitas destas associações

não deve ser olhado de forma

igual a outras de outras regiões

do país, onde as realidades são

diferentes. Segundo referiu, o

Governo Civil de Lisboa tem

um orçamento anual da ordem

dos 5 milhões de euros, dos

quais cerca de 375 mil vêm do

Orçamento de Estado. “Nos

últimos 5 anos, o Governo

Civil distribuiu 6 milhões de

euros pelas 56 corporações.

Temos feito o possível, dentro

das nossas possibilidades,

porque temos duas prioridades

os bombeiros e as forças de

segurança”, concluiu.

Dirigentes preocupadosRui Ferreira, dirigente dos Bombeiros de Alverca e vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito deLisboa, lembrou que a corporação de Vila Franca é a ter-ceira mais antiga entre as 56 do distrito. Destacou a formacomo os bombeiros melhoraram, nas últimas décadas, oserviço que prestam, mas avisou que “no distrito de Lisboa,as receitas dos serviços prestados no transporte debombeiros é média cobre metade do custo que as associaçõestêm para os efectuar”. E alertou para novos cortes que sevão anunciando e para os previsíveis aumentos de impostos,dos combustíveis e da electricidade.Já Rui Silva, dirigente da Associação de Arruda e vice-pres-idente da comissão executiva da Liga dos BombeirosPortugueses, realçou o papel que as autarquias cada vezmais assumem no apoio às suas corporações, porque nãoexiste proximidade entre os bombeiros e os serviços daadministração central.

Corporação de Vila Franca celebra 129 anos

A Associação de Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira festejou, no dia 28, o seu 129º. aniversário, com a inauguração de uma nova viatura e da ampliação do quartel. Apesar destes

passos importantes, as dificuldades continuam a ser muitas para a corporação vila-franquense, que carece de materiais de desencarceramento que lhe permitam responder aos acidentes graves

quase diários

Bombeiros precisam de material de desencarceramento

8 de Junho de 2011

Eduardo Abreu, José Torres e Elviro Passarinho foram agraciados com

a medalha de ouro da Liga por 35 anos de dedicação aos bombeiros

Page 8: Edicao 8 Junho 2011

Um grupo de defensores dos animais

lançou, na semana passada, uma petição

que solicita que a Câmara de Vila Franca

de Xira “abandone imediatamente a pos-

tura inaceitável” que levou a que a autar-

quia distribuísse pelos munícipes um fol-

heto onde sublinha que é proibido ali-

mentar animais errantes em espaços

públicos e que tal comportamento é

punível com coimas. O documento já tem

520 subscritores e será entregue aos pres-

identes da Câmara e da Assembleia

Municipal e aos vereadores vila-fran-

quenses.

A polémica estalou no final de Maio,

quando a edilidade decidiu enviar esta

comunicação aos munícipes juntamente

com a factura da água, alegando que o

regulamento municipal prevê penaliza-

ções para quem deixe alimentos para ani-

mais na via pública. Na reunião

camarária de 18 de Maio, cerca de uma

dezena de pessoas contestou a medida,

defendendo que, em alternativa, a

Câmara deveria apostar em acções de

cadastramento, vacinação e esterilização

dos animais errantes. A presidente da

autarquia alegou que o Município não

tem meios para tal, mas admitiu estudar

alguma parceria com os defensores dos

animais que permita avançar por essa via.

Certo é que a petição entretanto colocada

na Internet regista uma adesão muito sig-

nificativa e alguns dos subscritores criti-

cam a “crueldade” da postura da autar-

quia e interrogam-se por que é que as

coimas não são aplicadas a quem aban-

dona e maltrata animais.

A petição defende que a Câmara de Vila

Franca de Xira deve lançar “desde já” as

bases de “uma política de controlo popu-

lacional através da esterilização massiva

de animais de companhia e nomeada-

mente de recolha, esterilização e

devolução para controlo de colónias de

gatos errantes, de forma independente ou

em parceria com associações animalistas

locais”. O documento considera “cruel” a

postura adoptada pelo Município de

deixar os animais à fome e sustenta que

será “ineficaz como forma de controlo

populacional”, podendo levar os animais

a aproximarem-se mais das habitações

humanas em busca de comida e a ficarem

mais vulneráveis a doenças e parasitas.

Classifica, ainda, a atitude da Câmara

vila-franquense de “injusta” e “retrógra-

da”, porque “o que se verifica em todos

os países desenvolvidos e em muitas

cidades portuguesas” é o desenvolvimen-

to de métodos de controlo populacional

de animais e de esterilização.

Jorge Talixa

Vila Franca de Xira

Petição exige recuo da Câmara de Vila Franca

na proibição de alimentar animais errantes

Fogo em vazadouro ameaçacasas em AlvercaUm incêndio, de origens ainda desconhecidas, ameaçou, nanoite do passado dia 1, duas habitações da Rua Projectada àFonte do Choupal, em Alverca. As chamas foram detectadascerca das 21h00 e controladas pelo Bombeiros de Alverca.Deflagraram numa zona utilizada como vazadouro poralguns moradores. A rápida intervenção de alguns habi-tantes que tentaram deitar água sobre as chamas e a prontaresposta dos bombeiros evitaram danos mais graves, masuma das casas sofreu ainda alguns estragos.

SOCIEDADE

08

voz ribatejana #14

Um indivíduo de 37 anos, residente na

zona de Alverca, foi, no dia 27, condenado

a seis anos de prisão efectiva pela prática

de 5 crimes de falsificação de documentos.

Em causa estava um esquema de falsifi-

cação de guias de condução que eram,

depois, vendidas a imigrantes brasileiros e

que lhes permitiriam conduzir em

Portugal. Alguns dos compradores nem

nunca tinham tido habilitação para con-

duzir no Brasil e, com esta guia de substi-

tuição, podiam até requerer licenças de

condução internacional ao Automóvel

Clube de Portugal.

No processo da Comarca de Alenquer jul-

gado no Depósito do Ministério da Justiça

nos arredores de Vila Franca de Xira

estavam acusados 20 indivíduos, quase

todos de nacionalidade brasileira, mas três

não compareceram às primeiras audiências

realizadas em Março e os respectivos

processos foram separados. Agora, Pedro

S., acusado de ter sido o mentor deste

esquema de falsificação detectado pela PJ

em 2004, altura em que residia na

Castanheira do Ribatejo, foi condenado a 2

anos de cadeia por cada um dos 5 crimes

de falsificação. Raquel Costa, juíza que

presidiu ao colectivo responsável pelo jul-

gamento, acrescentou que, aplicadas as

regras do cúmulo jurídico, Pedro S. é con-

denado a uma pena única de 6 anos de

cadeia. O arguido não compareceu nas

primeiras sessões e preferiu não prestar

declarações quando foi conduzido a tribu-

nal pelas autoridades policiais.

Segundo o acórdão, em Janeiro de 2004 a

GNR detectou, numa operação de trânsito

efectuada na rotunda de Povos, uma guia

de substituição e uma carta de condução

brasileira que se vieram a revelar falsas.

Documentos do mesmo género foram, pos-

teriormente, encontrados na posse de

alguns dos arguidos nos concelhos de Vila

Franca e de Alenquer. O colectivo de

juízes deu, agora, como provado que Pedro

S. “falsificou documentos com o objectivo

de os vender pelo melhor preço que con-

seguisse” e que, para tal, comprou uma

guia provisória na Direcção-Geral de

Viação (DGV), recortou a parte superior

do duplicado onde constavam os carimbos.

Fez com isso uma fotomontagem e que

reproduziu em vários exemplares num

centro de cópias a cores da região.

“Sempre que alguém queria uma guia,

Pedro preenchia os dados à mão”, refere o

acórdão, frisando que este arguido já foi,

entretanto, condenado por outros 4 crimes

de falsificação, um crime de detenção de

arma proibida e 3 de emissão de cheques

sem provisão e que as necessidades de pre-

venção especial levam também a que seja

condenado a uma pena de prisão efectiva.

O colectivo presidido por Raquel Costa

condenou mais quatro arguidos por crimes

de falsificação e uso de documento falso,

um deles a uma pena de prisão com exe-

cução declarada suspensa e os restantes 3 a

multas. As juízas decidiram, ainda,

absolver os restantes 13 arguidos, também

acusados de uso de documento falso e de

condução sem habilitação legal.

Falsificação de guias de condução

para vender a brasileiros dá pena de prisão

Castanheira / Alenquer

Guias falsas vendidas a 300 euros “O Laboratório de Polícia Científica da PJ concluiu que havia uma guia original,com a qual, depois, terá sido feita uma fotomontagem”, explicou o inspector JoãoCosta em tribunal, frisando que a guia original tinha sido carimbada no Posto doCidadão de Vila Franca de Xira e foi usada para várias cópias, apresentando sem-pre o mesmo código de barras e o mesmo carimbo. “A maior parte dos arguidos queadquiriu estas guias também se dirigiu ao ACP para adquirir licenças de conduçãointernacional”, vincou João Costa, adiantando que, se o esquema não fossedescoberto, os titulares poderiam conduzir no espaço da União Europeia. Um dosarguidos, imigrante brasileiro, adiantou, em tribunal, que lhe pediram 300 eurospor uma guia com estas características.

Vários municípes protestaram na reunião camarária

Page 9: Edicao 8 Junho 2011

09

8 de Junho de 2011

Fado na Euterpe Alhandrense“Nas margens do rio Fado” é o título do espectáculo que vai ser apresentado, na noite do próximo

dia 17, nas instalações da Sociedade Euterpe Alhandrense. Uma proposta da fadista Elsa Casanova,

que conta ainda com participações de Flávio Gil e de João Casanova.

Tribunal absolve ex-dirigentes

e União Vilafranquense

SMAS cobram água a dadores de sangue com 6 anos de atraso

Sentença lida na segunda-feira

Vialonga

Todos os acusados no processo relacionado com a entrega de verbas de IVA ligadas à actividade do Vilafranquense foram absolvidos porque o tribunal considerou que não ficou provado que o

dinheiro depositado nas contas do clube sem justificativos estivesse sujeito a IVA

Jorge Talixa

Os cinco antigos dirigentes da

União Desportiva

Vilafranquense (UDV) e a

própria colectividade foram,

na tarde de segunda-feira,

absolvidos da prática de

crimes de abuso de confiança

fiscal de que estavam acusa-

dos. O colectivo, presidido

por Manuela Pereira, con-

siderou que não ficou provado

que o clube tenha recebido

verbas de IVA que não tenham

sido entregues ao Estado e

contestou a forma como uma

inspecção das Finanças con-

siderou passíveis de estarem

sujeitas a IVA todas as verbas

depositadas durante cerca de

5 anos nas contas do clube

que não tinham justificativos.

Frisando que uma associação

desportiva como esta é difer-

ente de uma sociedade comer-

cial, o acórdão sublinha que a

UDV não visa o lucro e “é

perfeitamente normal que

receba subsídios, quotas,

mensalidades ou doações que

não estejam sujeitos a tribu-

tação em sede de IVA ou este-

jam sujeitos a taxas inferi-

ores”. Por isso, as juízas do

Círculo Judicial de Vila

Franca que apreciaram este

caso acham que não há dados

suficientes que demonstrem

que os valores em causa

estavam sujeitos a IVA, nem

se pode concluir que “a omis-

são da sua entrega integra a

prática de um crime de abuso

de confiança fiscal”.

Entende o colectivo que não

resulta provado do julgamen-

to que os arguidos (dois anti-

gos presidentes, três outros

dirigentes e o próprio clube)

tenham “conjecturado a

hipótese de não pagarem IVA

cobrado”. É que, segundo

referiram em audiência, entre

1999 e 2003, os dirigentes

estavam convencidos que o

clube até teria valores de

reembolso de IVA a receber

por diversas obras que reali-

zou. Já em 2003, uma

inspecção das Finanças detec-

tou bastantes verbas sem jus-

tificativos e, como não foram

indicadas razões suficientes

para a sua entrada nas contas

do clube, foram dadas orien-

tações para a entrega, já em

2004, de declarações de sub-

stituição que deixaram o

clube com uma dívida superi-

or a 120 mil euros de IVA. O

caso chegou agora a julga-

mento e a UDV já estabele-

ceu, entretanto, um acordo

extra-judicial de conciliação

para pagar nos próximos 10

anos as dívidas que tem ao

fisco.

Os advogados dos arguidos

defenderam que, perante esta

novo acordo de pagamento, o

processo judicial devia ser

extinto. O colectivo não teve

o mesmo entendimento, mas

resolveu dar como prescritas

as situações relacionadas com

a declaração de IVA de um

dos trimestres de 1999, sobre

a qual já passaram mais de 10

anos.

Nas restantes situações,

respeitantes a 2001 e 2002, o

tribunal considera que não se

provou que a UDV tenha liq-

uidado IVA nas operações que

levaram àqueles depósitos

sem documentos justificativos

e que não estão, assim,

preenchidos os pressupostos

de ilicitude previsto na Lei

relativamente à prática do

crime de abuso de confiança

fiscal.

Eurico Cid, António Machado

Lourenço, José Fernando

Casquinha, Ana Câncio,

Manuel Augusto e a União

Desportiva Vilafranquense

foram, assim, absolvidos,

numa decisão que ainda

poderá levar o clube a requer-

er a redução do montante de

dívida ao fisco que lhe tem

sido atribuído.

Os Serviços Municipalizados

de Águas e Saneamento

(SMAS) de Vila Franca de

Xira apresentaram ao Grupo

de Dadores de Sangue de

Vialonga (GDSV) uma fac-

tura de consumo de água de

759 euros. A direcção do

GDSV ainda reclamou, mas

recebeu, em Maio, a confir-

mação de que vai mesmo ter

que pagar aquela quantia e a

explicação que se deve a val-

ores acumulados ao longo dos

últimos seis anos. Os respon-

sáveis do Grupo de Dadores

de Sangue garantem que vão

pagar, mas consideram que a

atitude dos SMAS é “injusta”

e eventualmente até ilegal. O

presidente dos SMAS

esclarece que o problema se

deve à dificuldade de acesso

ao contador, que levou à acu-

mulação de valores em dívida,

e afiança que os juristas

municipais garantem que é

legal cobrar a água com estes

anos de atraso.

Francisco Bordalo, presidente

do GDSV, não se conforma,

lembrando que o edifício onde

funciona a sede social do

grupo até foi cedido pelo

próprio Município e que, na

altura, foi solicitada aos

SMAS a instalação de um

ramal de água e pago o valor

exigido. O contador está, por

isso, no local indicado pela

autarquia e, ao longo de seis

anos, a associação nunca foi

contactada para apresentar

leituras do contador. Pagava,

normalmente, cerca de 4

euros por mês, com base na

estimativa de consumo feita

pelos SMAS. E foi com sur-

presa que, recentemente, a

direcção do GDSV se viu con-

frontada com uma factura de

acerto de 759 euros.

“Contestámos e foi-nos dito

que iriam analisar o caso.

Agora, em Maio, recebemos

uma nova carta a dizer que a

responsabilidade do pagamen-

to se mantinha e que não se

tinham verificado anomalias

na instalação”, relata o diri-

gente associativo, frisando

que as explicações dos SMAS

aludem à “dificuldade” de

acesso ao contador para

leituras, mas salientando que

o contador já estava no

mesmo local quando a

Câmara cedeu as instalações

ao GDSV. Estranhando as

razões que levaram a que os

cobradores do SMAS não ten-

ham feito leituras actualizadas

durante 6 anos, Francisco

Bordalo acha uma “injustiça”

virem, agora, cobrar 759

euros ao grupo. “Não quere-

mos entrar em contencioso e

preferimos pagar ficando com

a razão. Mas é uma injustiça

que nos fazem que não é de

maneira nenhuma um incenti-

vo para quem anda no movi-

mento associativo”, acrescen-

ta o dirigente do GDSV, con-

siderando que, à luz da Lei

12/2008, até não será legal os

SMAS estarem a cobrar água

seis anos depois. “Não está

em questão o valor, está o

incumprimento da Lei”, afir-

ma.

Francisco Vale Antunes, pres-

idente dos SMAS vila-fran-

quenses, admite o desagrado

do presidente do GDSV, mas

sublinha que “não há aqui

nenhuma injustiça”, porque

“o consumo foi, efectiva-

mente, feito”. O autarca do PS

reconhece que “pode ter havi-

do, eventualmente, algum

funcionamento menos correc-

to”, mas sustenta que a infor-

mação que tem dos serviços

jurídicos dos SMAS é que a

Lei que limita o prazo para

cobrança de determinados

serviços não se aplicará num

caso como este em que o

problema foi, de facto, a difi-

culdade de acesso ao contador

para fazer a contagem regular

dos consumos.

Vale Antunes diz mesmo que

houve um caso semelhante na

freguesia de Vialonga e que,

em diálogo também com a

Junta, se conseguiu uma

solução de pagamento a con-

tento de todos. “A questão que

se coloca é que os serviços

deram prioridade aos con-

sumos normais domésticos,

aos comerciais e industriais.

No caso do movimento asso-

ciativo havia alguns casos em

que não se conseguia fazer a

leitura e, no final de 2010, iní-

cio de 2011, foi feito um

esforço para contactar e tentar

ajustar os consumos. Essa foi

a medida que tomámos”,

prosseguiu o presidente dos

SMAS de Vila Franca,

apelando a que haja também a

preocupação no movimento

associativo de facultar mais

rapidamente o acesso à leitura

dos contadores para evitar

estas situações de acumu-

lação.

Jorge Talixa

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Francisco Bordalo protestou na última reunião

camarária realizada na Granja

Page 10: Edicao 8 Junho 2011

Legislativas

Jorge Talixa

O PSD obteve dos seus mel-

hores resultados de sempre na

região acompanhada pelo Voz

Ribatejana, rivalizando com o

PS na disputa pela vitória nos 9

concelhos em análise. Se em

Vila Franca, Alenquer e

Azambuja, os socialistas ainda

conseguiram ganhar, muito

significativo é o facto do PSD

ter ganho em municípios como

Benavente e Sobral de Monte

Agraço, tradicionalmente situ-

ados mais à esquerda. A

evolução eleitoral traduziu-se

também numa subida significa-

tiva do CDS-PP que em Vila

Franca conseguiu 11, 36% dos

votos.

Por concelhos, o PS teve o seu

melhor resultado em Alenquer,

com 31, 47% dos votos. No

município alenquerense

seguiram-se o PSD com 29,

18% e a CDU com 12, 6. O

CDS-PP foi quarto com 10, 6 e

o Bloco de Esquerda conseguiu

5, 9%. Já o PSD, sem surpre-

sas, esteve melhor em Arruda,

onde conseguiu 35, 4%, quase

8% a mais que o PS. No

Município arrudense, o CDS-

PP veio a seguir com 12% dos

votos, seguido pela CDU com

9, 7 e pelo BE com 5%.

Já por Vila Franca de Xira, o

PS liderou com 30, 35%, um

pouco acima da média

nacional, seguido pelo PSD

com 24, 7% e pela CDU com

16, 8 % (o melhor resultado da

coligação liderada pelo PCP no

distrito de Lisboa). O CDS-PP

vem a seguir com 11, 36% e o

BE alcançou 6, 76% no concel-

ho de Vila Franca, o segundo

melhor resultado nos 18

municípios do distrito.

Em Azambuja, o PS também se

destacou com 31, 32%, segui-

do pelo PSD com 25, 86 e pela

CDU com 15, 16. O CDS-PP

foi quarto com 9, 8%, seguido

pelo BE com 7, 31 – o melhor

resultado dos bloquistas no dis-

trito de Lisboa.

Em Sobral de Monte Agraço, o

PSD ganhou com 29% dos

votos, seguido pelo PS com 27,

8%. A CDU ficou-se pelos 15,

6, seguida pelo CDS-PP com

11, 4 e pelo BE com 5, 2.

No total do distrito, o PSD con-

seguiu 18 deputados, o PS

elege 14, o CDS-PP 7, a CDU

5 e o BE 3.

PS perde 3500 votos no dis-

trito de Santarém

No distrito de Santarém, o PS

perdeu cerca de 3500 votos e 1

deputado. Os sociais-democ-

ratas elegeram 5 represen-

tantes, o PS 3 e a CDU 1. Na

região mais próxima destaque

para o desempenho do PSD no

Município de Benavente, onde

conseguiu 30, 6% dos votos

expressos, seguido pelo PS

com 24, 4 e pela CDU com 16,

08. O CDS-PP alcançou aqui

12, 84% (acima da média

nacional) e o BE registou 6,

08%.

Já em Salvaterra, o PS ganhou

com 31%, seguido pelo PSD

com 26, 4 e pela CDU com 11,

9. Num concelho onde o Bloco

tem muito peso autárquico, os

resultados nas legislativas não

foram famosos para o BE que,

ainda assim, conseguiu 8, 45%

Em Coruche, o PS voltou a

ganhar com 30, 7%, seguido

pelo PSD com 26, 5 e pela

CDU com 20, 9 %. Já em

Santarém, o PSD destacou-se

claramente com 38%, seguido

pelo PS com 25, 9 e pelo CDS-

PP com 7, 9.

10

voz ribatejana #14

A vitória nacional do PSD também se reflectiu na região habitualmente acompanhada pelo Voz

Ribatejana, mas os socialistas mantiveram aqui alguma preponderância ganhando em 5 dos 9 municípios

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CONDIÇÕES DE ENVIO - PORTUGAL Odete Silva eleita deputadaOdete Silva, eleita da Assembleia Municipal de Vila Francade Xira e presidente da direcção do Corpo Voluntário deSalvação Pública da Póvoa de Santa Iria, foi eleita deputa-da nas legislativas de domingo. Colocada na 15ª. posição dalista do PSD pelo círculo eleitoral de Lisboa, onde os soci-ais-democratas elegeram 18 deputados, Odete Silva vai embreve assumir funções na Assembleia da República de certaforma também como única representante do concelho deVila Franca de Xira no Parlamento. Odete Silva é casadacom o vereador social-democrata Rui Rei e já concorreu àpresidência da Junta da Póvoa de Santa Iria.

Passos Coelho promete diálogo para compensar o Oeste pela perda do aeroporto

PSD sobe bastante, mas o PS

manteve-se à frente na região

Arruda dos Vinhos

Pedro Passos Coelho disse, no final deMaio, em Arruda dos Vinhos, que o PSDno governo estará disponível para “comos autarcas encontrar alternativas quepossam compensar” a região Oeste pelasmedidas restritivas e pela perda do pro-jecto de construção do novo aeroporto naOta. Em declarações ao Voz Ribatejana, olíder do PSD admitiu que o País, hoje,não tem dinheiro para cumprir o pacotede compensações (2, 08 mil milhões deeuros) assumido pelo primeiro Governode José Sócrates, em Setembro de 2008. “Não fomos nós que assumimos essaresponsabilidade. Mas nunca deixaremos

de ter o sentido de responsabilidade dehonrar compromissos que são de justiçarelativamente às populações”, dissePassos Coelho, ao lado do autarca localCarlos Lourenço que, na qualidade depresidente da Associação de Municípiosdo Oeste, liderou as negociações efectu-adas com o então ministro Mário Lino.Em Abril, Carlos Lourenço afirmou que,passados quase 3 anos, nem 5% dos com-promissos foram cumpridos.“Não há nenhuma dúvida que pre-cisamos de encontrar com os autarcas umprocesso de compensação destas popu-lações que ficaram prejudicadas. Não

quero fazer promessas que, depois, nãopossa cumprir, mas quero afirmar aminha disponibilidade para, em conjuntocom os autarcas do Oeste, encontrar umaforma de poder recuperar e reparar osatrasos de investimento que esta regiãosofreu, por culpa do Estado”, disse, aoVoz Ribatejana.O então candidato a primeiro-ministroreconheceu que, hoje, “o País não dispõedesse dinheiro” e que “não vale a penailudir” as coisas, mas afiançou que, no gov-erno, vai procurar encontrar alternativas decompensação com os autarcas da região.

Jorge Talixa

Passos Coelho em visita em Arruda dos Vinhos

Page 11: Edicao 8 Junho 2011

11

8 de Junho de 2011

O Ministério da Defesa decidiu

aprofundar os estudos para a

possibilidade de transferência,

da Portela para Alverca, do

aeródromo militar ali instalado

há décadas, conhecido por

“Figo Maduro”. A área ocupa-

do por este aeródromo militar

principal às portas de Lisboa

poderá ser importante para a

ampliação do aeroporto da

Portela, uma vez que não se

perspectiva a construção até

2017 do novo aeroporto nos

terrenos do Campo de tiro de

Alcochete.

Por isso, a Empordef, holding

das indústrias de defesa que

detém os 35% que o Estado

ainda mantém no capital da

OGMA-Indústria Aeronáutica

de Portugal propôs à tutela da

Defesa, em Dezembro passado,

a transferência deste aeródro-

mo militar da Portela para

Alverca.

Agora, segundo o Diário de

Notícias, o Ministério da

Defesa, liderado por Augusto

Santos Silva que, em 2010,

reconheceu a importância do

desenvolvimento de um cluster

aeronáutico em Alverca, con-

siderou que a criação deste

pólo “tem potencialidades que

merecem ser estudadas” e

determinou o aprofundamento

dos estudos.

Também o Diário Económico

refere que “a utilização para

fins civis do aeródromo militar

de Figo Maduro, que funciona

em terrenos anexos ao aeropor-

to da Portela, é uma hipótese

que voltou a estar em cima da

mesa”.

É que a ANA e a TAP acham

impraticável esperar até 2017

para encontrar uma solução

que responda ao crescente

movimento na Portela. O pres-

idente da TAP já sugeriu um

maior aproveitamento da pista

de Beja e o início da con-

strução do novo aeroporto na

zona do campo de tiro. Há, no

entanto, quem defenda que a

venda dos terrenos de Figo

Maduro para a ampliação da

Portela geraria meios sufi-

cientes para implantar um pólo

aeronáutico em Alverca,

rentabilizando mais a pista e as

infra-estruturas existentes no

concelho de Vila Franca de

Xira. Em equação pode estar

também o aproveitamento de

uma parte do actual espaço do

Depósito-Geral de Material da

Força Aérea para a construção

de um terminal de apoio ao

aeródromo militar que seria,

assim, criado em Alverca.

O Pólo Aeronáutico de Alverca

poderá, ainda, ser dotado de

um Instituto Tecnológico e de

um Centro de Investigação e

Desenvolvimento.

J.T.

Aeródromo militar de saída da Portela

“Figo Maduro” pode mudar-se para Alverca

Cientistas de todo o mundo debateram naturopatia

Arraial da Quintinha na Póvoa O Agrupamento de Escuteiros 773 da Póvoa de Santa Iria promove, de 17 a 19 deJunho, o tradicional Arraial da Quintinha. Uma iniciativa em que participam, entreoutros, as artesãs da Póvoa, o Grupo de Cantares Alentejanos Unidos do BaixoAlentejo, o grupo “Os Baionenses”, o Rancho Folclórico Bragadense e o grupo corale o grupo de cavaquinhos da Universidade Sénior do Concelho de Vila Franca.

Congresso europeu em Vila Franca

Perto de meia centena de cientistas debateram,no Ateneu Artístico Vilafranquense, durantedois dias, a naturopatia e todos os ramos daciência a ela ligados – acupunctura, quiro-prática, osteopatia, homeopatia e fototerapia.O congresso, promovido pela CâmaraNacional dos Naturologistas – Especialistasdas Terapêuticas Não Convencionais(CNNET), deu particular atenção às questõesligadas às crianças e aos idosos.

António Novaes, presidente da CNNET, sub-linhou que, “em vez de se dizer que se combatea velhice, deixamos, antes, que seja a velhiceque se combata a si mesma”. Isto para dizerque “os idosos são sempre jovens, criadores e

activos, porque têm a ciência do conhecimen-to”, acrescentou. A CNNET agraciou os seus colaboradoresmais antigos e aqueles com 20 anos de fideli-dade, bem como um conjunto de entidadesque, de forma diversa, têm apoiado a institu-ição e os seus fins e objectivos. José Fidalgo,presidente da Junta de Freguesia vila-fran-quense, fez um historial deste ramo das ciên-cias naturais e lançou um repto para a consti-tuição, urgente, de uma comissão científica,para a rápida instalação de uma universidadeligada ao sector – e aos mares - em VilaFranca de Xira.

Adriano Pires

Associação de Africanos festeja 14 anosVila Franca de Xira

A Associação dos Africanos do Concelho deVila Franca de Xira (AACVFX) festejou o seudécimo-quarto aniversário. Luís Fernandes,presidente da AACVFX disse, ao VozRibatejana, que o maior objectivo da associ-ação é contribuir para uma maior coesãoentre os povos africanos de expressão por-tuguesa e uma maior facilidade em resolver osproblemas que uma comunidade tem para asua integração.As comemorações deste 14º. aniversário jun-taram mais de 1000 pessoas. Após a cerimóniade entrega dos diplomas às entidades oficiais e

das taças aos grupos desportivos, serviu-se oalmoço com as tradicionais ementas de Caboverde, Guiné, Angola, Moçambique e S. Tomée Príncipe. Cada pessoa levava um pouco dascinco especialidades de comida com direito arepetir. Seguiram-se danças e cantares com osconjuntos de cavaquinhos dos Idosos e pen-sionistas do Forte da Casa, Folha Verde deVialonga e as danças e cantares africanas daAssociação Africana de Vila Franca de Xira,Unidos dos Batuques.

Adriano Pires

Vista aérea da pista de Alverca

Luís Fernandes é o presidente da

Associação dos Africanos

Page 12: Edicao 8 Junho 2011

REGIONAL

12

voz ribatejana #14

Mesmo com menos um dia de

festa, a Feira da Ascensão de

2011 foi um sucesso. O cer-

tame, que foi encurtado devido

às eleições legislativas deste

domingo, contou com muita

adesão ao longo dos quatro

dias, tanto de expositores,

como de forasteiros. A prova

disso são os inúmeros exposi-

tores do concelho e de fora que

não quiseram faltar ao certame

anual da vila de Alenquer.

A Feira da Ascensão contou

com muita música, com os

mais variados géneros musi-

cais e claro, com as habituais

vacadas e a corrida de toiros

que juntou centenas de pessoas

numa praça de toiros desmon-

tável, já que, por enquanto, não

está nos planos da autarquia

uma praça em alvenaria.

O certame, que este ano se

realizou debaixo de uma crise

financeira, decorreu na sua

maior parte nas ruas do centro

da vila de Alenquer.

A feira começou com a fanfar-

ra dos bombeiros de Alenquer

a que se seguiram outras inicia-

tivas não só, culturais, como

também de carácter lúdico,

como a caminhada “Viva

Melhor” em parceria com o

Centro de Saúde local, e na

qual participaram centenas de

pessoas.

O certame custou este ano

cerca de 80 mil euros, segundo

o presidente da Câmara Jorge

Riso. Ainda assim, o autarca,

em declarações à Rádio

Ribatejo, explicou que foi bas-

tante abrangente, tendo em

conta os vários estilos musicais

e os vários tipos de dança que

marcaram presença na edição

de 2011, que ficou igualmente

marcada pelo bom tempo e

pela afluência de público.

M. A. R.

Feira da Ascensão muito concorrida

apesar do corte do domingo

Miguel António Rodrigues

A Feira de Maio de Azambuja terminou no dia

30 com um balanço claramente positivo.

Daniel Claro, porta-voz da ACISMA

(Associação de Comércio e Indústria de

Azambuja) e o presidente da Câmara Joaquim

Ramos alinham pela mesma ideia. Mesmo com

um orçamento mais reduzido, o certame voltou

a ser um sucesso, tanto ao nível dos visitantes

das várias iniciativas, como no que diz

respeito ao pavilhão da responsabilidade da

ACISMA.

Ainda sem números, no penúltimo dia da festa,

Joaquim Ramos registava que a edição de 2011

poderia bater recordes. A noite da sardinha

assada (sexta-feira) foi um sucesso, assim

como todos os outros dias que se seguiram,

levando o autarca, no discurso de encerramen-

to, a agradecer a todas as entidades envolvidas,

desde os funcionários da câmara, às tertúlias

que se organizaram de forma a receber os vis-

itantes, a todos os parceiros da autarquia, bem

como, claro, aos milhares de forasteiros.

Sob o signo da crise económica, a Feira de

Maio de Azambuja teve este ano em risco a

continuidade dos pavilhões de artes e ofícios e

actividades económicas. Com menos 250 mil

euros para gastar, a Câmara teve de fazer

opções e cedeu um dos pavilhões à empresa

que em geral os cede, de modo a reduzir os

custos. Por isso, um dos pavilhões ficou desti-

nado a comércio de vários produtos, cujos

empresários pagariam ao proprietário o seu

local de venda, ao contrário dos expositores do

pavilhão das actividades económicas e arte-

sanato, que tiveram direito a stand grátis,

como habitualmente acontece.

Assim, este ano, o mesmo pavilhão foi partil-

hado pelas actividades económicas e pelo arte-

sanato, o que, de resto resultou, num casamen-

to “quase” perfeito, não fosse o facto de à últi-

ma da hora, terem ficado de fora alguns expos-

itores. Ainda assim, e pese embora o facto do

“São Pedro” não ter sido aficionado este ano e

ter enviado chuva e vento durante alguns dias

da feira, o que levou a que parte das lonas dos

pavilhões fossem arrancadas, o certame é, para

o responsável da ACISMA, bastante positivo.

Daniel Claro refere que o facto de este ano não

se ter realizado a habitual corrida de toiros não

prejudicou as visitas ao pavilhão gerido pela

ACISMA.

A feira terminou com um balanço de 20 feri-

dos, entre eles sete feridos em estado grave,

em resultado das cinco esperas de toiros.

Feira mais barata tem

balanço muito positivoA edição 2011 da Feira de Maio de Azambuja esteve muito concorrida. As cinco esperas de

toiros originaram 20 feridos, sete dos quais em estado grave

Alenquer Azambuja

Page 13: Edicao 8 Junho 2011

13

8 de Junho de 2011

Cerca de 26 mil pessoas vis-

itaram a 48ª. Feira Nacional

da Agricultura no seu

primeiro fim-de-semana de

funcionamento. O certame

decorre até ao próximo

domingo em Santarém e

conta este ano com perto de

600 expositores

Miguel Rodrigues

Sónia Sanfona, governadora

Civil de Santarém, e

Francisco Moita Flores,

presidente da Câmara escal-

abitana, inauguraram, no

passado sábado, mais uma

edição da Feira Nacional da

Agricultura (FNA). Uma

inauguração marcada pela

polémica que levou a que

António Serrano, ministro da

agricultura e cabeça-de-lista

do PS pelo círculo eleitoral

de Santarém desmarcasse a

sua presença, já que a inau-

guração decorreu no passado

dia 4, que era exactamente o

dia de reflexão para as

eleições legislativas.

A cerimónia inaugural decor-

reu como habitualmente com

uma recepção levada a cabo

por um rancho folclórico rib-

atejano, a que se seguiu a

visita ao certame, que este

ano também sofreu uma

redução do orçamento em

cerca de 15 %, devido à crise

económica que o país atrav-

essa.

Ainda assim e durante o

primeiro fim-de-semana, a

FNA já atraiu mais de 26 mil

pessoas para assistir às mais

variadas actividades e para

visitar os perto de 600 expos-

itores que estão presentes até

ao próximo domingo.

Todavia, a Feira Nacional de

Agricultura também continua

a apostar na divulgação dos

produtos nacionais.

É prova disso, o salão

“Prazer de Provar” (ver

caixa) que é dedicado ao

vinho, alimentação.

Destaque ainda para o

Espaço do Ribatejo da

responsabilidade dos municí-

pios da região, a cargo da

CIMLT (Comunidade

Intermunicipal da Lezíria do

Tejo) e ainda o espaço da

Fersant - Feira das

Actividades Económicas da

Região de Santarém, da

responsabilidade do NER-

SANT (Associação

Empresarial da Região de

Santarém).

Neste certame ainda há lugar

para as habituais exposições

e concursos de pecuária,

exposição de maquinaria e de

equipamentos agrícolas, bem

como outras áreas de produ-

tos e serviços para a agricul-

tura e não só.

Festa do Folclore junta maisde 60 ranchos

Foram milhares as pessoas que não quiseram faltar a maisuma edição da “Grande Festa do Folclore e da Amizade”,organizada pelo programa “Povo a Cantar” da Rádio Iris,que este ano se realizou no Cartaxo. Ao todo foram mais de60 ranchos folclóricos oriundos de vários pontos do país que,no dia 22 de Maio, encheram o terreno junto ao parque deexposições do Cartaxo de muita música, cor e animação.Uma maratona que começou pelas 10 da manhã e só termi-nou quase à hora de jantar. Para o ano, promete Arlindo dosSantos, o realizador do evento, “há mais”.

O prazer de Provar em portuguêsA Feira Nacional de Agricultura apresenta este ano o salão “Prazer de Provar”. Trata-se deum espaço onde estão presentes os melhores produtos nacionais, com incidência sobre os vin-hos, azeites e queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, produtos hortícolas, entre outros. Na Nave A, o visitante pode, para além de participar várias iniciativas, desde a degustação deprodutos, provas enogastronómicas, de vinhos e de azeites,acções de cozinha ao vivo, cursos de análise sensorial eainda várias conferências e palestras. Durante a realizaçãoda Feira Nacional da Agricultura e do integrado SalãoPrazer de Provar, há ainda a destacar o Concurso Nacionalde Azeite Virgem Extra e Packaging, Concurso Nacional deMel e Concurso Nacional de Vinhos.

Seminários eanimaçãoO programa de semináriosda FNA integra amanhã,dia 9, uma iniciativa sobreas medidas florestais noâmbito da política dedesenvolvimento ruraleuropeia. No feriado de 10de Junho vai estar em focoo futuro da PolíticaAgrícola Comum após2013, numa sessão em queestarão presentes várioseurodeputados portugue-ses.No capitulo da animaçãodestaca-se amanhã, quin-ta-feira, o concerto dosDeolinda, no dia 10 actuaPedro Abrunhosa e no dia11 será a vez dos Xutos ePontapés.

Feira da Agricultura ultrapassa

os 25 mil visitantes em dois dias

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Certame decorre até domingo em Santarém

Leitores defendem aposta na agricultura Todos os leitores do blog do Voz Ribatejana que participaram no inquérito que promovemos nesta

quinzena acham que os portugueses devem apostar mais na agricultura. Os 21 votantes consideram

também que o Governo deve apoiar mais o envolvimento dos jovens na agricultura

Page 14: Edicao 8 Junho 2011

14

voz ribatejana #14

Estamos em todo lado… Como as Pragas !!!

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Primeira empresa no Controlo de Pragas, com implementação do sistema HACCPEm fase de implementação do Sistema de Gestão de Qualidade de acordo com as normas ISO 9001:2008 e NP 4397:2008.

Um jovem agricultor de 34 anos fale-

ceu, sábado à tarde, em Alcoentre viti-

ma do capotamento do tractor que con-

duzia. Segundo sabe o Estado Velho,

terá sido o único filho da vitima que

chamou as autoridades, contudo algu-

ma desorientação da criança, levou a

que as autoridades tenham encontrado

o local exacto do acidente logo à

primeira, Contudo as autoridades

pouco poderia fazer, já que segundo

apurámos, o homem terá tido morte

quase imediata.

Para o local foram deslocados meios

dos bombeiros de Alcoentre, do INEM

da GNR: estiveram também meios da

Protecção Civil Municipal e a delegada

de saúde. O INEM também disponibi-

lizou apoio psicológico à família, mas

sobretudo à criança que terá encontra-

do o pai sem vida. O acidente ter-se-á

dado pouco antes das 5 da tarde na

quinta da família perto da Ameixoeira.

Já na segunda-feira ocorreu outro aci-

dente com um tractor, numa pro-

priedade junto ao palácio da Vala Real,

tendo o condutor ficado ferido, tam-

bém na sequência de um capotamento

do veículo agrícola com que trabalha-

va.

A vitima, um homem de meia idade,

terá sido resgatado por amigos que

encontravam no local e transportado

numa carrinha ainda antes da chegada

dos bombeiros de Azambuja, acciona-

dos pelo CODU (Centro de Orientação

de Doentes Urgentes).

Os voluntários de Azambuja encon-

traram-se então a meio caminho com o

grupo de amigos que traziam o ferido e

transportaram-no depois de ambulân-

cia para o hospital Reynaldo dos

Santos em Vila Franca de Xira.

M.A.R.

Colete Encarnado 2011Suplemento Voz Ribatejana

- Tudo sobre o Colete

Encarnado 2011

- Entrevista com Nuno

Casquinha novo matador de

toiros Vilafranquense

Não perca na edição de 22 de Junho

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Acidentes com tractores

fazem duas vítimas

Azambuja

Assaltantes detidos depois de perseguição policial na EN 10Quatro jovens, com idades compreendidas entre os 18 e os21 anos, foram, quinta-feira à tarde, detidos pela PSP deVila Franca de Xira, depois de uma perseguição policial naEstrada Nacional 10 entre Alverca e Santa Iria d’ Azóia. Deacordo com a Divisão Policial de Vila Franca de Xira, osdetidos terão usado “violência física” para roubarem um fiode ouro avaliado em 650 euros e uma carteira (continha 300euros em dinheiro) a um homem de 61 anos, que se encon-trava na estação ferroviária de Alverca.Dado o alarme, elementos da Esquadra de InvestigaçãoCriminal da PSP vila-franquense conseguiram detectar edeter a viatura onde seguiam os quatro suspeitos emdirecção a Lisboa, já nas proximidades do Intermarché deSanta Iria d´Azóia. Com eles seguia também um menor de15 anos, que foi identificado. Os detidos foram presentes aoTribunal de Vila Franca para primeiro interrogatório.

Apanhados com cobre roubadoA GNR de Coruche recuperou, na semana passada, cerca de200 metros de cabos de cobre roubados de pivôs de rega e depostes de electricidade da região e deteve dois jovens já comantecedentes criminais neste tipo de crime. Com os dois deti-dos, residentes nos concelhos do Montijo e de Vendas Novase com 21 e 26 anos, respectivamente, os militares da GNR deCoruche encontraram também uma menor de 15 anos, denacionalidade espanhola, que foi identificada.Na localidade de Volta do Vale, próximo de Coruche, os ele-mentos da GNR detectaram os dois indivíduos na possedaquela quantidade de cabos de cobre, avaliada em cerca de5000 euros. Apreenderam, ainda, 10 torneiras em cobre ealumínio, habitualmente utilizadas nos mecanismos de rega. Segundo o comando distrital da GNR de Santarém, osjovens agora detidos “já tinham sido constituídos arguidospor furtos de cobre noutros crimes praticados no concelhode Montemor-o-Novo”.

Vialonga tem opereta“Vamos construir uma cidade” é o título da opereta que vai ser apresen-tada, ao princípio da noite de amanhã, dia 9 de Junho, no parque da feirade Vialonga. Uma iniciativa do agrupamento escolar, que abre às 19h00com uma actuação da Orquestra de Vialonga.

Assaltaram idoso em Alverca

Coruche

Page 15: Edicao 8 Junho 2011

15

8 de Junho de 2011

Joaquim Luís Faria

Celebrar a Química em 2011 é cele-

brar as virtudes da transformação,

da mudança, da própria vida. A vida

tal como a definimos é o resultado

de uma complexa sequência de

transformações, quase todas elas de

base química. A vida que levamos

depende da química, desde da água

que bebemos, à roupa que vestimos,

aos materiais que nos que nos aju-

dam, nos protegem e dão qualidade

a essa mesma vida. Todos os sec-

tores produtivos dependem da

química e ela está em todo o lado à

nossa volta. De tão banal, na maior-

ia dos casos já nem reparamos nela,

mas basta um olhar atento em torno

de nós e das nossas actividades, para

percebermos que ela está presente

em quase tudo. Se tiráramos a

química ao nosso quotidiano

ficamos literalmente nus. Apesar de

tudo, não raras vezes somos sobretu-

do alertados para o lado mais som-

brio dos efeitos da química: a

poluição, a contaminação deliberada

e o excesso de desperdício. Mas

para sermos justos também é a

química que nos salva com os seus

medicamentos, que nos proporciona

as mais variadas fontes de energia,

que nos permite acesso a bens essen-

ciais. Este é o ano para se exaltar as

contribuições positivas da química e

deixar ao juízo de cada um decidir

se elas compensam, ou não, as suas

prestações mais negativas.

Celebrar a Química em 2011 é cele-

brar um passado de descobridores e

descobertas. É realçar a busca per-

manente por repostas a perguntas

cada vez mais exigentes; é mostrar

que a química tem soluções e está

longe de estar esgotada: há um

mundo de novos materiais para

desenvolver, novas moléculas com

capacidades terapêuticas para sinte-

tizar, novas energias para explorar.

É transmitir aos jovens a ideia de um

futuro criativo e de esperança. Ao

mesmo tempo, celebrar a Química

em 2011 é recordar que faz 100 anos

que o Nobel da Química foi

entregue a uma mulher, Maria Curie,

e que estamos a enaltecer as con-

tribuições fascinantes das mulheres

para química em particular e para a

ciência em geral. É acima de tudo a

altura de mostrar como a química

contribui de forma significativa para

o bem-estar da humanidade agora, e

no futuro.

* Professor da Faculdade de

Engenharia da Universidade do

Porto

Secretário-geral da Sociedade

Portuguesa de Química

2011 é o Ano Internacional da Química

ANO DA QUÍMICA

A Solvay Portugal está a desenvolver um conjunto de actividades comemorativas

do Ano Internacional da química nas suas instalações da Póvoa de Sta Iria

Page 16: Edicao 8 Junho 2011

ECONOMIA

16

voz ribatejana #14

Jorge Talixa

Durante seis dias, a Feira

Internacional da Cortiça

(Ficor) dinamizou a vila ribate-

jana de Coruche, que assume o

estatuto de “Capital Mundial

da Cortiça”. As potencialidades

do montado de sobro e a cres-

cente diversificação das uti-

lizações da cortiça, que

alcançou este ano um impor-

tante acréscimo de 11% nas

exportações, estiveram em

foco num certame onde não

faltaram desfiles de moda,

seminários, visitas às indústrias

transformadoras locais, músi-

ca, desporto e gastronomia.

Dionísio Mendes salientou que

a Ficor é uma aposta ganha e

tem contribuído, desde a sua

criação em 2009, para a recu-

peração do sector corticeiro.

“Este ano temos como lema a

sustentabilidade e a inovação.

Sustentabilidade porque a bio-

diversidade associada ao mon-

tado de sobro é uma garantia de

sustentabilidade para o futuro.

E inovação porque cada vez

mais a cortiça se afirma como

produto capaz de gerar ino-

vação, trazendo novos usos e

descobrindo novos mercados”,

sublinhou o autarca

coruchense, na manhã espe-

cialmente quente de 27 de

Maio, que levou também a que

a cerimónia inaugural fosse

acelerada. O edil destacou o

bom desempenho dos produ-

tores florestais e o impacto da

campanha internacional de

promoção da cortiça, que “é

hoje um produto de excelência

que puxa pela nossa economia

e pelas nossas exportações”.

António Serrano sustentou, por

seu lado, que o Governo por-

tuguês tem procurado sensibi-

lizar a Comissão Europeia para

a necessidade de “dar mais

força” ao sector da cortiça na

próxima revisão da Política

Agrícola Comum (PAC). O

ministro da Agricultura do

governo cessante realçou que o

montado de sobro “é uma área

distintiva dentro da União

Europeia” e assegurou que

Portugal tem o apoio da

Espanha nesta reivindicação de

mais ajudas para a preservação

do sobreiro e para a dinamiza-

ção do comércio da cortiça.

De acordo com o titular da

pasta da Agricultura, a fileira

da cortiça alcançou, em 2010,

os 800 milhões de euros de

exportação. “Tem tido um

crescimento continuado nos

últimos anos e só o sector das

rolhas exporta mais de 500

milhões de euros”, vincou

António Serrano, salientando

que, depois de alguma estag-

nação e mesmo retrocesso, a

utilização da rolha de cortiça

como vedante “tem vindo a

afirmar-se e a recuperar a sua

imagem no contexto interna-

cional” e que cerca de 75 mil

hectares (10% do total) de

montado de sobro já têm certi-

ficação de qualidade.

Na feira que o Município rib-

atejano de Coruche promoveu

pelo terceiro ano consecutivo

estiveram representados os

principais agentes do sector da

cortiça e a Associação de

Produtores Florestais de

Coruche (APFC) fez um bal-

anço do primeiro ano de fun-

cionamento da Plataforma de

Transacção de Cortiça (PTC),

lançada na Ficor de 2010 com

o objectivo de criar uma espé-

cie de “bolsa” que permita reg-

ular e equilibrar mais a relação

entre os produtores e a indús-

tria. O balanço, segundo o

presidente da APFC, é muito

positivo e, já em 2012, a PTC

deverá movimentar 1 milhão

de arrobas de cortiça, o que

“constitui uma percentagem

muito significativa da pro-

dução nacional”, disse perante

eurodeputados da Comissão de

Agricultura e

Desenvolvimento Rural.

Cortiça volta a crescer e diversifica utilizaçõesO ministro da Agricultura garante que o Governo tem defendido o reforço dos apoios da União Europeia ao sector da cortiça

Coruche promove feira internacional

Números dacortiçaÁrea de Montado deSobro em Portugal – 720mil hectaresExportações em 2010 –800 milhões de eurosPercentagem do PIB – 0,8%Percentagem de produtoexportado – 90%Países importadores –mais de 100Exportação de rolhas em2010 – 500 milhões deeuros

Coruche produz 16% da cortiça mundial O concelho de Coruche é o maior produtor mundial de cor-tiça, estimando-se que no seu território sejam extraídos 16%de toda a cortiça mundial. Cerca de 46% dos 1114 quilómet-ros quadrados do Município estão ocupados com montadode sobro, que dá também emprego a algumas centenas depessoas. Nas indústrias ali instaladas produzem-se 5 mil-hões de rolhas de cortiça por dia.

Page 17: Edicao 8 Junho 2011

17

8 de Junho de 2011

A CDU acusou, no dia 27, o

executivo camarário de Vila

Franca de Xira de gastar mais

de 4, 5 milhões de euros para

os acessos à Plataforma

Logística da Castanheira. Os

vereadores comunistas acham

que a autarquia não deveria

contribuir desta forma para um

projecto privado. A presidente

da Câmara Maria da Luz

Rosinha tem um entendimento

completamente diferente,

acusa a CDU de esquecer que

as obras em curso vão criar

condições para que a popu-

lação da Castanheira também

tenha acesso directo à auto-

estrada e garante que vai pagar

pouco mais de 1 milhão dde

euros pelos terrenos

necessários e não os 2, 062

milhões referidos pela CDU.

Certo é que comunistas e

socialistas não se entendem

sobre o apoio à plataforma

logística. A CDU diz que a

Câmara vai ter que despender

2, 497 milhões de euros para

construir as ligações da

plataforma à Nacional 1 e para

reabilitar o acesso A.

Acrescenta que a edilidade vai,

ainda, pagar 2, 06 milhões de

euros pela aquisição e expro-

priação dos terrenos para os

acessos, “porque não ficaram

reservados no Plano Director

Municipal”. Lamentam, por

isso, que a Câmara alegue não

ter condições financeiras para

reduzir as taxas de IMI e,

depois, gaste este dinheiro com

a plataforma logística.

Maria da Luz Rosinha sublinha

que os terrenos não poderiam

ter ficado reservados porque,

na altura, não estavam

definidos os traçados. “Só a

partir do momento em que

ficaram definidos os traçados é

que poderíamos negociar com

os proprietários. Se reservásse-

mos e condicionássemos o uso

de determinado terreno no

âmbito da revisão do PDM, se

se concluísse depois que não

era por ali que passavam os

acessos, teríamos que pagar

indemnizações aos propri-

etários”, sustenta, vincando

que esta comparticipação do

Município está totalmente

clara no protocolo celebrado há

dois anos entre a Câmara, a

Brisa, o Inir e a Abertis. “Acho

que se justifica, até porque o

concelho ganha também, com

isto, um novo acesso à A 1. A

Castanheira do Ribatejo fica

largamente beneficiada, sendo

uma freguesia de maioria

CDU, é curiosa a posição da

CDU nesta matéria”, disse, ao

Voz Ribatejana.

O gabinete de imprensa da

edilidade de Vila Franca acres-

centa que o envolvimento do

Município neste projecto visa

“permitir que o concelho e a

freguesia da Castanheira ven-

ham a ter um papel preponder-

ante no País na área logística,

beneficiando também o desen-

volvimento económico e

social, desde logo através da

melhoria das acessibilidades”.

Segundo a autarquia, “a

aquisição dos terrenos deu-se

numa altura em que já decorria

o processo para a entrada em

vigor do novo PDM, em que os

terrenos estavam propostos

passar a ter classificação de

multiusos. Assim, a reserva de

terrenos com a classificação de

RAN ou REN não seria possív-

el”.

A Câmara vila-franquense afir-

ma, ainda, que as vias afec-

tadas pela construção da

plataforma “serão requalifi-

cadas pela Abertis, conforme o

acordo celebrado nesse senti-

do” e, no âmbito da sua inter-

venção normal de reabilitação,

a edilidade “procederá também

à reparação das vias que são da

sua competência na freguesia”.

Jorge Talixa

Acessos à plataforma logística geram

troca de acusações entre CDU e PS

Castanheira do Ribatejo

Especiais Voz Ribatejana

Cidade de Alrverca

Festa da Amizade de Benavente

Festas de Alhandra

Festas da Castanheira

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CONDIÇÕES PARA O RESTO DA EUROPA

A Câmara afiança que as estradas da região vão ser reabilitadas

Congresso avieiro em SantarémO 2º. Congresso da Cultura Avieira realiza-se, nos próximos dias 17 e 18,nas instalações da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnicode Santarém.

Page 18: Edicao 8 Junho 2011

OLHO VIVO

18

voz ribatejana #14

Assim se faz o futuro dos

bombeiros

28 de Maio foi dia de festa para os Bombeiros de

Vila Franca, com a inauguração de uma viatura e da

ampliação do quartel. Na cerimónia participaram

muitas crianças bem integradas na família dos

bombeiros. “O meu pai é bombeiro e a minha mãe

é bombeira”, sublinhou uma das meninas que não

hesitou em sentar-se no meio da assistência da

sessão solene à conversa com uma amiga quase

da mesma idade. Um orgulho e uma evidência,

que talvez funcione de forma decisiva para que

muitos jovens continuem a procurar os

bombeiros para, de forma voluntária, darem

um pouco de si aos outros.

Tradição está para

ficar

Já em Coruche, uma das escolas

locais encontrou uma forma muito

original de vincar a ligação do con-

celho à cortiça. Um grupo de meni-

nos passeou pela Feira Internacional

da Cortiça com um traje e um

chapéu integralmente feitos em cor-

tiça que fizeram também a delícia

dos mais velhos.

Jornalismo com

futuro

A comunicação social já viveu mel-

hores dias no concelho de Vila Franca

de Xira e as actividades aqui desen-

volvidas já foram acompanhadas por

bastantes mais rádios e jornais.

Mantêm-se os possíveis, mas foi

animador ver a forma como uma

dezena de jovens alunos de escolas

locais abraçou com entusiasmo a

possibilidade de se sentar na banca-

da dos jornalistas da recente

Assembleia Municipal Jovem. Sinal de que a

comunicação continua a despertar interesses e vocações e que tem

o futuro assegurado.

Vândalos deixam

idosos à chuva

e ao sol

Em Arruda, o exemplo é bem mais

negativo. Já não bastavam os rasgões

a que o toldo instalado junto ao

Centro de Convívio Sénior foi

sofrendo e ainda houve alguém que,

ao que tudo indica, propositada-

mente resolveu deitar o fogo àquela

estrutura. As chamas foram domi-

nadas rapidamente, sem mais prejuí-

zos, mas o caso foi entregue à Polícia

Judiciária e as autarquias locais foram obrigadas a retirar o toldo par-

cialmente queimado, reduzindo e muito os espaços protegidos onde os idosos arrudenses podem con-

viver.

Mudança

difícil

A recente mudança do

Centro de Saúde de Vila

Franca para o seu novo

edifício veio demonstrar

ainda mais a inadequação

das suas antigas insta-

lações. Distribuídas por

cinco edifícios distintos

e, no caso da sede, por 5

pisos, o CSVFX não

respondia claramente às

necessidades. Até a forma

como foi necessário recorrer a

meios perfeitamente invulgares para retirar os

equipamentos das velhas instalações veio reforçar essa constatação.

Só com escadas e elevadores exteriores é que, finalmente, foi possível concretizar a

mudança.

Obras de Santa Engrácia em Benavente

As obras de reabilitação

da ponte da Vala Nova,

em Benavente, arras-

tam-se há meses. È ver-

dade que os trabalhos

envolvem bastantes

meios e maquinaria

pesada, mas a demora

causa estranheza.

Tanto mais que obriga

muitas vezes à circu-

lação alternada do

trânsito e acaba por

gerar filas significa-

tivas numa via

importante e muito

movimentada de lig-

ação entre Benavente

e Salvaterra de Magos. Voz Ribatejana

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Page 19: Edicao 8 Junho 2011

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voz ribatejana #14

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Tribunal de Trabalho de Vila Franca de Xira

Processo: 639/04.5TBVFX-A

Execução Comum – Pagamento de quantia certa

Exequente: Sara Orlanda de Albuquerque Martins Moita Nunes

Executado: Policlínica Lezíria Clínica Médica, Lda

ANÚNCIOFAZ-SE SABER que nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 16

de Junho de 2011 pelas 09:30 horas, no Tribunal de Trabalho de Vila Franca de

Xira, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na

secretaria do tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bens:

VERBA ÚNICA

- Estabelecimento comercial, sito na Rua Alexandre Herculano, Lote 1 B em Samora

Correia, composto por:

1- Três marquesas de consultório.

2- Dois aparelhos de medição de tensão arterial, marca Riester Ligben Round

3- Um aparelho de ginecologia com inscrições Arret/ March e Varre et Quatz com pé

elevatório.

4- Três cadeiras de executivo com rodas em napa preta.

5- Um aparelho de cardiologia com inscrição Pró Getti com cabos.

6- Três secretárias em MDF com duas gavetas cada.

7- Um balcão tipo V com dois tampos em MDF com 2,45 m de cumprimento.

8- Quinze cadeiras com pés em metal e tecido azul.

9- Dois bancos com assento rotativo em metal e tampo em napa azul e um banco não

rotativo em napa azul.

10- Uma cadeira de secretária com pés em inox com rodas e tecido azul.

11- Direito ao arrendamento e trespasse do estabelecimento comercial, sendo o

senhorio o Sr. Mário Costa Reis, residente na Estrada da Samorena, nº 69 em

Samora Correia.

Os bens encontram-se disponíveis para visita (a combinar) na Rua Alexandre

Herculano, Lote 1 B em Samora Correia.

Valor base: 7.200,00€ (sete mil e duzentos euros).

Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 5.040,00 € (cinco mil e

quarenta euros), correspondente a 70% do valor base.

É fiel depositário, que o deve mostrar, a pedido, a executada Policlínica Lezíria

Clínica Médica, Lda.

Arruda dos Vinhos, 27 de Maio de 2011

A Agente de Execução,

(Ana Rucha)

Ana Maria Silva Rucha

Agente de Execução

Cédula 2769

Anúncio

Agente de Execução Ana Maria da Silva Rucha, Cédula n.º 2769, com

escritório no Largo José Vaz Monteiro, n.º 1 r/c Esq. 2630-248 Arruda dos

Vinhos, Telefone 263 978 086 – Fax: 263 978 642.

FAZ-SE SABER que no processo de Execução para Pagamento de

Quantia Certa com o n.º 1815/08.7TBVFX a correr termos no 3º Juízo

Cível do Tribunal de Família e Menores da Comarca de Vila Franca de

Xira, se aceitam propostas para a venda por negociação particular, no

prazo de 15 dias após a presente publicação, do seguinte:

IMÓVEL

- Fracção autónoma designada pela letra “V” correspondente ao SEXTO

ANDAR FRENTE para habitação, do prédio em regime de propriedade

horizontal sito na Avenida D. Vicente Afonso Valente, nº 8 na freguesia de

Póvoa de Santa Iria e concelho de Vila Franca de Xira, inscrito na

respectiva matriz sob o artigo 1.304 daquela freguesia e descrito na

Segunda Conservatória do Registo Predial de Vila Franca de Xira sob o

número 00083/ Póvoa de Santa Iria. ______________________

Arruda dos Vinhos, 06 de Junho de 2011

A Agente de Execução,

(Ana Rucha)

ANUNCIE

NO

VOZ

RIBATEJANA

comercial.vozribatejana

@gmail.com

ou ligue

938 850 664936 645 773

Vila F Xira

António

Joaquim Caria

AGRADECIMENTO

Sua esposa, filhos, noras,

netos, bem como restante

família na impossibilidade

de o fazerem pessoalmente

vêm por este meio,

agradecer muito reconhe-

cidamente, a todas as pes-

soas que os apoiaram

neste momento de grande

dôr, ou que de qualquer

forma manifestaram o seu

pesar.

Obrigado

Tratou: Agência Funerária

Machado, Lda

Vila F. Xira Tel.: 263 272 302

Alhandra Tel.: 219 501 408

Vila F Xira

Agripina

Rodrigues

Soares Celorico

AGRADECIMENTO

Seus filhos, genro, netos e

restante família vêm por

este meio agradecer a

todas as pessoas que

acompanharam a sua ente

querida à sua última mora-

da, bom como assim a

todos aqueles que lhes

manifestaram o seu pesar.

Tratou: Agência Funerária

Machado, Lda

Vila F. Xira Tel.: 263 272 302

Alhandra Tel.: 219 501 408

Vila F Xira

Emília Maria

Ribeirinho

Bárcia

AGRADECIMENTO

Seu marido, filho, irmã,

cunhado, sobrinhos,

sogra e restante família,

na impossibilidade de o

fazerem a todos e pessoal-

mente, vêm por este meio

agradecer, muito recon-

hecidamente, a todas as

pessoas que os apoiaram

neste momento de grande

dor e que acompanharam

o seu ente querido à sua

última morada.

Tratou: Agência Funerária

Vilafranquense

Tel e fax: 263 272 083

Vila Franca de Xira

Alhandra

Manuel

Barreiros Nunes

Faleceu 24 Maio 2011

AGRADECIMENTO

Esposa, filhos, genro,

nora, netos e restante

família na impossibilidade

de o fazerem directamente

e pessoalmente, vêm por

este meio agradecer muito

reconhecidamente a todas

as pessoas que acompan-

haram o seu ente querido

à sua última morada,

assim como a todos os

que, de algum modo lhes

manifestaram o seu pesar.

Tratou: Agência F. Sousa

Martins

Telefs.: 219 511 699 - 965 123 875

Alhandra

PENICHE (centro) p/ férias

ALUGA-SE T3 todo mobilado

à semana - quinzena - mensal

meses Julho/Agosto/Setembro

Tel.: 918 915 365

Page 20: Edicao 8 Junho 2011

19

Hipólito Cabaço

Sado

No fim dos anos 70, princípio

dos anos 80, tive o privilégio de

assistir ao nascimento, desen-

volvimento e comercialização

do Sado, pois, nessa altura,

exercia a minha profissão no

Entreposto Comercial. O Sado

foi um projecto nacional bem

sucedido. O seu objectivo era

ser funcional e ter baixos custos

de produção e manutenção, ali-

ados à fiabilidade, bem como a

um consumo reduzido.

Ele não deixa de ser um percur-

sor de uma geração de citadinos

como Smart. Desenhado pelo

arquitecto Carlos Galamba, o

mesmo autor do famoso jipe

UMM, era propulsionado por

um motor Daihatsu de:

28 cv

2 cilindros

547 cc

4 velocidades

480 quilos

4 a 4, 9 litros/100 Kms

110 Km/h

O Sado 550 custava, em 1982,

cerca de 262 contos, ou seja,

menos de 1500 euros na moeda

actual. Na minha modesta

opinião, pois fiz umas largas

centenas de quilómetros num

destes automóveis, os objec-

tivos foram mais que cumpri-

dos, graças ao excelente motor

Daihatsu e ao chassis tubular

em aço com carroçaria em

poliéster e fibra de vidro.

Os 12automóveis

mais antigos

Delaugére etClayette – 1925Morris – 1930

Wohseley Four Fifty– 1934

Citroen Arrastadeira– 1940

Jaguar MKV DropHead – 1950

MG Midget SérieTD – 1952

Fiat Jardineira –1956

Peugeot 403 – 1955Citroen 2 CV – 1957

Volkswagen 1200 –1960

Ford Mustang –1965

MG B - 1967

Ainda a concentração de 8 de MaioNa minha modesta opinião houve alguns pontos altos nesta con-centração que devem ser referidos. A possibilidade que o nossoamigo Ricardo Levesinho apadrinhou de, por momentos, poder-mos mostrar aos milhares de aficionados que enchiam a PalhaBlanco algumas destas obras de arte, enquadradas pela banda doAteneu, veio engrandecer o espectáculo.Outro dos momentos foi, sem dúvida, possibilitado pelo tenente-coronel Paulo Jorge Gonçalves, que nos permitiu a visita a umdos ex-libris do concelho de Vila Franca, o Museu do Ar sedeadoem Alverca. Depois fomos recebidos pelo sargento-mor ManuelPacheco que, além da sua simpatia, se mostrou um profundo con-hecedor do espólio do Museu, mostrando-nos aviões, hélices,modelos em escala, selos, documentos, uniformes e a colecção demotores, uma das melhores da Europa. Pelo vasto patrimóniocultural existente, aconselho vivamente a visita a este Museu.Durante o almoço no Lezíria Parque Hotel, além de podermosdesfrutar da presença das danças de salão e das sevilhanas doAteneu, foi distribuído o prémio do automóvel mais antigo, umDelaugére et Clayette de 1925, pertença de Eduardo e o de mel-hor restauro ao Peugeot 403 de 1955, pertença de Nuno Geraldes.Agradeço também a Vítor Matos, Jorge Alexandre, JorgeTheodoro Santos, à Sociedade Central de Cervejas e, por fim, àJunta e à Câmara Municipal de Vila Franca, na pessoa da suapresidente e do vereador João de Carvalho e sua equipa. E, porfim, a todos os participantes que nos brindaram com a sua pre-sença em automóveis, motos e scooter’s, pois sem eles a concen-tração não seria possível.

O Voz Ribatejana concede-me o privilégio de escrever mensalmente sobre a história automóv-

el. E quem tem vindo a ler os meus artigos já percebeu que tem sido minha preocupação dar a

conhecer o que de melhor se tem feito a nível nacional, mas nesta edição vou centrar a minha

atenção no Sado 500, no Enfield 8000 e aproveitar para referir alguns pormenores da concen-

tração de 8 de Maio.

Marcas Portuguesas (3)

AUTOMÓVEIS & HISTÓRIA

Page 21: Edicao 8 Junho 2011

21

8 de Junho de 2011

300 fotografias contam história da GlóriaA Associação do Rancho Folclórico da Casa do Povo da Glória do Ribatejo apresenta, sexta-feira àtarde, a publicação “Glória – Cem anos a preto e branco”, uma recolha de 300 fotografias que relatama história das gentes da Glória.

Page 22: Edicao 8 Junho 2011

DESPORTO

22

voz ribatejana #14

Jorge Talixa

Unir ainda mais a “família” do

clube e as suas diferentes

secções é o principal objectivo

da 1ª. Gala Desportiva da

União Vilafranquense, iniciati-

va agendada para a noite de

amanhã, dia 9, que pretende

também dar a conhecer as

múltiplas facetas da actividade

de uma colectividade que

movimenta quase 500 prati-

cantes, em 9 modalidades dis-

tintas. A sessão vai ficar, tam-

bém, marcada pela entrega de

galardões de mérito desportivo

aos atletas e às equipas quer

mais se destacaram na época

que agora termina e por uma

evocação de Alves Redol,

escritor de que se comemora

este ano o centenário de nasci-

mento e que desenvolveu várias

actividades culturais na UDV.

Esta 1ª. Gala Desportiva da

UDV realiza-se no Pavilhão

José Mário Cerejo, a partir das

20h30 e contará, também, com

algumas demonstrações de

modalidades como patinagem,

muay thai e Aikido. A ideia já

tem cinco ou seis anos, segun-

do explicou, ao Voz Ribatejana,

o presidente da União

Desportiva Vilafranquense.

“Tentámos, mas nunca houve

condições para se concretizar.

Só foi possível este ano, tam-

bém por termos aqui o José

António Russo. É o concretizar

de um objectivo importante da

vida do clube, no final de cada

época termos um dia em que

juntamos a família do clube”,

observou Joaquim Pedrosa,

frisando que esta gala pretende

também “fazer uma demon-

stração da vitalidade desportiva

do clube”.

Paralelamente, a gala será um

momento de reconhecimento

dos valores e dos que mais se

destacam na prática desportiva

do clube. Para isso, foi definido

um regulamento que prevê a

atribuição de galardões de

mérito desportivo aos que

alcançam títulos nacionais. “É

uma fasquia um pouco alta,

mas o clube tem alguns

campeões nacionais. Depois,

vamos privilegiar as equipas,

distinguindo as que foram

campeãs de série ou subiram de

escalão”, acrescentou Joaquim

Pedrosa, salientando que

haverá, ainda, galardões para

um dos treinadores e para uma

das pessoas que mais se

destaque na vida associativa

(ver caixa).

A gala de quinta-feira à noite

(véspera de feriado) vai estar

dividida em três partes. Segundo

Sandra Salvador, directora do

clube, a primeira parte vai

realçar a mística da UDV, a

segunda será uma parte mais

cultural com uma evocação de

Alves Redol a cargo do profes-

sor José Costa e a terceira a

parte dedicada ao reconheci-

mento do mérito desportivo.

José António Russo realça,

contudo, que a UDV é, sobretu-

do, um clube de escolas e de

formação e que, por isso, quer

também destacar toda a

mística e o espírito de

camaradagem que se cria

ao longo dos anos entre

atletas, treinadores, diri-

gentes e simpatizantes.

“Na primeira parte

vamos apresentar a todos

os atletas que temos. O

objectivo é fazer uma

festa de toda a família

unionista e proporcionar

a possibilidade de con-

hecer os atletas e aqueles

que se destacaram a nível

competitivo”, vincou

José Russo, salientando

que, para diversificar a

iniciativa, serão também

intercalados momentos

como a actuação do Coro

Notas Soltas, dança, fado

e demonstrações de

diversas modalidades.

“Também não podemos

deixar de assinalar o cen-

tenário de Alves Redol”,

prossegue João

Machado, responsável

pelo site do clube e outro

dos dirigente4s envolvi-

dos na organização desta gala.

“Alves Redol passou por aqui.

Faz parte do nosso património

cultural. O professor José Costa

fará a transição entre a primeira

e segunda parte da gala, com

uma pequena evocação de

Alves Redol”, explicou.

O acesso a esta gala terá um

custo simbólico, que será, tam-

bém, uma forma de recolher

mais alguns meios para a

actividade do clube. Joaquim

Pedrosa acha que as obras que

já estão a decorrer na zona

ribeirinha, de remodelação do

Jardim Municipal Constantino

Palha e de construção das

novas instalações da Secção

Náutica da UDV vão dar out-

ras condições a toda esta área e

incentivar ainda mais o acesso

de pessoas ao pavilhão e às

actividades do clube. “O pavil-

hão vai ter melhores acessos e

também vai ter melhor ilumi-

nação. Também vai haver mais

estacionamento e uma rotunda

para facilitar o acesso”, referiu.

João Machado sublinha que

esta gala será feita essencial-

mente com os recursos da

UDV que “são escassos” e

Sandra Salvador admite que

não é fácil angariar apoios para

este evento para além da ajuda

da Câmara e da Junta de

Freguesia. “Nos últimos

dois/três anos tem-se visto

uma dinâmica maior das

secções, as modalidades

começaram a ser mais dinâmi-

cas e a gala acaba por ser o

unir, o aproveitar dessa

dinâmica para as unir a todas.

É uma festa para unir ainda

mais as pessoas e levar toda

esta dinâmica aos sócios”, sus-

tenta Sandra Salvador.

Gala reúne família do VilafranquenseA União Desportiva Vilafranquense organiza, pela primeira vez, uma gala anual para juntar a família do clube e premiar os atletas que mais se destacaram na última época

Processo das novas instalações do Cevadeiro está atrasado

Inês Gigante recebeprémio de alto méritodesportivoVárias vezes campeã nacional de patinagem e comprestações de grande relevo em provas internacionais,Inês Gigante vai receber, amanhã, os galardões deAlto Mérito Desportivo pela sucessão de bons resulta-dos e de Mérito Desportivo pelo seu desempenho naépoca que agora termina. Também três atletas domuay thai, que ganharam títulos nacionais, vão rece-ber os prémios de mérito desportivo da UDV.

Amanhã à noite, no pavilhão José Mário Cerejo

A UDV esperava que as obras de remode-lação do complexo desportivo doCevadeiro arrancassem já em Junho, paraque fosse possível iniciar a nova época defutebol com o relvado ligeiramente deslo-cado para sul e o novo campo relvado sin-tético pronto a utilizar. O projecto, desen-volvido pela Câmara, conheceu, todavia,algum atraso, devido a algumas correcçõesque foi necessário introduzir e só neste iní-cio de Junho é que deverá ser lançado oconcurso para adjudicação das obras (esti-

madas em cerca de 700 mil euros), cujatramitação deverá demorar ainda dois atrês meses.“Há algum atraso relativamente ao inícioda obra. Estava previsto para Setembrotermos o sintético, mas isso ultrapassa-nos, não está nas nossas mãos”, reconheceJoaquim Pedrosa, que acredita, contudo,que a deslocação do relvado cerca de 15metros para sul é fácil e concretiza-se semdificuldades durante o Verão e que, depois,será possível realizar as obras de

demolição das antigas cabines, de con-strução do novo edifício e de instalação dosintético sem atrapalhar a utilização dorelvado. Se se confirmarem as previsõesagora transmitidas pela Câmara, o novoedifício e o sintético poderão estar prontosem Novembro, já depois da inauguraçãodo novo pavilhão multiusos do Cevadeiro.“A questão das bombas de gasolina tam-bém atrasou um bocado, mas foi precisofazer algumas correcções técnicas no pro-jecto”, conclui.

Page 23: Edicao 8 Junho 2011

23

8 de Junho de 2011

Com a subida à Divisão de Honra já asse-

gurada, o Futebol Clube de Alverca entrou

muito bem na final da 1ª. Divisão Distrital

e marcou logo no primeiro minuto frente à

Associação Desportiva de Encarnação e

Olivais, por intermédio de Tójó. Mas os

homens de Alverca adormeceram um

pouco e o ADEO foi ganhando o domínio

do jogo. Ao intervalo o FCA ainda se man-

tinha na frente, mas a equipa lisboeta

acabou por alcançar o empate aos 59 min-

utos.

O jogo manteve-se dividido e o ADEO

ainda falhou uma grande penalidade aos

70 minutos. Mas já nos desconto, com 93

minutos decorridos e quando tudo aponta-

va para o prolongamento, a equipa da

Encarnação e Olivais conseguiu chegar à

vitória, num golo do defesa João Filipe, já

depois da bola ter embatido na trave da

baliza do Alverca.

Um balde de água fria, mas o objectivo

principal da época já estava alcançado

coma subida à Divisão de Honra e, por

acréscimo, o FCA conseguiu ainda ganhar

a Taça Centenário da Associação de fute-

bol de Lisboa.

Na última edição do Voz Ribatejana, a

classificação final da Série 1 da 1ª. Divisão

de Lisboa não estava devidamente actual-

izada, pelo que reproduzimos agora a

tabela final correcta.

Suspenso desde o final de Maio devido à

existência de processos disciplinares ainda em

apreciação que podem ter influência na

classificação final, o Campeonato da Divisão de

Honra da Associação de Futebol de Lisboa dev-

erá ser retomado no próximo dia 19, segundo

comunicado divulgado na sexta-feira pela AFL.

Faltam apenas duas jornadas, mas como os

casos em análise (dois jogos que não chegaram

ao fim) envolvem clubes envolvidos na luta pela

subida, a AFL decidiu parar o campeonato até

que essas situações fiquem definitivamente

esclarecidas.

A direcção da AFL acha que, assim, ficam sal-

vaguardados os direitos de defesa dos clubes

envolvidos e diz ter a convicção de que será

possível realizar as duas jornadas que faltam

nos dias 19 e 23 de Junho (feriado nacional).

Recorde-se que o Vilafranquense é quarto na

tabela, a 6 pontos dos líderes Pêro Pinheiro e

Futebol Benfica, pelo que a subida será já muito

difícil. O onze da UDV recebe, na próxima jor-

nada, o Alta de Lisboa. Já o Vialonga segue a

meio da tabela, com menos 5 pontos que o

Vilafranquense, e visita o líder Pêro Pinheiro na

próxima jornada.

Divisão Honra AF Lisboa

1ª. Divisão Distrital de

Lisboa – Série 1

J V E D Golos P

J V E D Golos P

Tigres de Almeirim na 1ª. de HóqueiO Hóquei Clube “Tigres” de Almeirim assegurou, no passado fim-de-semana, a subida à 1ª. DivisãoNacional, ao vencer o Nafarros por 16-1, resultado que lhe permitiu ganhar a Zona Sul da II Divisão.O cinco ribatejano alcança, assim, pela primeira vez o escalão máximo do hóquei nacional e vai dis-putar a final da II Divisão, nos próximos dias 11 e 18, frente ao Infante de Sagres.

Voz Ribatejana

apoio:

Alverca perde final

da 1ª. de Lisboa nos descontos

AFL quer acabar campeonato

da Honra ainda em Junho

O Alverca ganhou esta época a Taça Centenário da A.F.L.

Page 24: Edicao 8 Junho 2011

CULTURA

24

voz ribatejana #14

Vila Franca de Xira

Exposição de Cerâmica, de Sofia Bessa, até 11

de Junho, na Galeria Municipal do Palácio da

Quinta da Piedade, Póvoa de Santa Iria;

Exposição de Pintura “A Arte entre o Real e o

Imaginário”, de Gertrudes Maria Aldeia, até 20

Junho, Centro Cultural do Bom Sucesso

Exposição de Gravura, de Manuela Cristóvão, até

26 de Junho, na Galeria de Exposições Augusto

Bértholo, Casa Museu Dr. Sousa Martins –

Alhandra

Festival Preparação de Masters, dias 10 e 23 de

Junho, das 10h às 18h00, na Piscina de Vila

Franca;

Feira de Artesanato e Antiguidades de

Alhandra, dia 11 de Junho, na Praça 7 de Março

Semana Académica da Universidade Sénior, até

17 de Junho, no Palácio da Quinta da Piedade.

16ª Passerelle D’Ouro, dia 17 de Junho, às

21h30, na Praça Palha Blanco.

Comemorações do Centenário de Alves Redol:

Mês de Junho: Dia 17, às 21h00, Concerto pela

Banda do Ateneu e alusão à Conferência de

Alves Redol sobre o tema “Arte” (17-06-1936),

no Ateneu. Dia 18, às 21h30, Estreia da peça de

Teatro “O Jogo dos mitos cansados” pelo Grupo

de Teatro do Zero, do Ateneu. Dia 19, “Percursos

do Redol”, viagem ao Freixial, Bucelas e Tapada

ou Convento de Mafra.

Festival de Encerramento das Actividades –

Aquáticas e Fitness, dias 18 e 19 de Junho, das

10h às 18h00, na Piscina de Vila Franca

“Histórias de Vida” com Adelinho Cunha,

Investigador, Historiador e Jornalista, autor da

Biografia “Álvaro Cunhal: Retrato Pessoal e

Íntimo”, dia 22 de Junho, às 21h30, na

Biblioteca de Vila Franca.

Alenquer

Exposição “Rotas de Baco e Neptuno” de

Carlos Almeida (óleos, acrílicos e aguarelas), até

30 de Junho, no Museu do Vinho

Exposição de Artes Decorativas. Exposição dos

trabalhos realizados pelos alunos da Universidade

da Terceira Idade - pólos de Carregado e Ota - na

disciplina de Artes Decorativas, até 30 de Junho,

na Biblioteca de Alenquer;

Exposição de Artes Decorativas. Exposição dos

trabalhos realizados pelos alunos da Universidade

da Terceira Idade - pólo de Alenquer - até 30 de

Junho, no Museu João Mário

Encontro de Comunidades Imigrantes, dia 19

de Junho, das 10h00 às 20h00, no Parque Vaz

Monteiro

Arruda dos Vinhos

Mostra de Artesanato, trabalhos de Magda da

Cruz, até 30 de Junho, no Posto de Turismo.

Exposição de Pintura e Escultura de Andrés

Mérida e Rogério Abreu, até 15 de Junho, na

Galeria Municipal.

Aniversário da Associação dos Bombeiros

Voluntários de Arruda dos Vinhos, dia 10 de

Junho.

Festejos Anuais em Honra de S. António, dias

10 e 11 de Junho, em Arruda.

Festejos em Honra de S. Geraldo, dias 11 e 12

de Junho, em A-do-Baço.

Filmes no Auditório: dia 19 de Junho, às 16h00,

“Boog & Elliot 3”; dia 26, às 16h00 “As Viagens

de Gulliver”.

Azambuja

Prova de Pesca da Ass. Desportiva e Cultural

dos Casais da Lagoa, dia 12 de Junho.

Org: Ass. Desportiva dos Casais da Lagoa.

Festejos Anuais em Honra de Santo António,

de 10 a 12 Junho, na Associação de Quebradas.

XXVI Festival Nacional de Folclore, dia 18

Junho, no Páteo Valverde. Org.: Rancho

Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja.

5ª Edição de Pesca Desportiva “TroféuVila de

Azambuja” do GDA, dia 19 de Junho.

Org: Secção de Pesca do GDA.

I Feira do Livro Infantil, dias 16, 17 e 18 Junho,

na Biblioteca Centro Cultural Grandella.

VII Feira do Livro Usado, dias 24 e 25 Junho,

na Biblioteca de Azambuja;

Benavente

Exposição de Pintura “Nas Minhas Mãos” de

Hermínia Mesquita, até 11 de Junho, no Palácio

do Infantado, em Samora.

Exposição Comemorativa do nascimento de

Alves Redol “Alves Redol – Vida e Obra” de 16

a 30 de Junho, na Biblioteca de Benavente.

Exposição Fotográfica sobre desporto “No Red

Line” fotografia e miniaturas de Pedro Frade, até

2 de Julho, no Centro Cultural de Samora.

Comemoração do Dia da Cidade de Samora

Correia, de 10 a 12 de Junho.

Serões na Biblioteca “Os Poetas do Fado”, dia

15 de Junho, às 21h00, na Biblioteca de

Benavente.

Festa Anual de São João, de 17 a 19 de Junho

em Coutada Velha.

IX Gala dos Pequenos Grandes Artistas, dia 18

de Junho, às 16h00 e 21h30, no Cine-Teatro de

Benavente.

Desfile de Marchas Populares, dia 18 de Junho,

às 18h00 em Benavente, dia 24, às 18h00, em

Samora. Org: Universidade Sénior do Concelho.

Gala da Universidade – Espectáculo de

Variedades, dia 22 de Junho, às 21h30, no Cine

Teatro de Benavente. Org: Universidade Sénior do

Concelho.

43.ª Festa da Amizade – Sardinha Asada de

Benavente, de 23 a 26 de Junho.

Cinema:

Filmes em Junho; dia 11, às15h30 e 21h30

“Rango”, dia 15, às 10h30 “Alvin e os Esquilos

2”, às 21h15 “Half Nelson – Encurralados” no

Cine-Teatro de Benavente;

Filmes em Junho; dia 18, às15h30 e 21h30

“Gnomeu e Julieta”, dia 22, às 15h00 “A

Vizinha do Lado”, às 21h15 “Half Nelson –

Encurralados” no Centro Cultural - Samora

Correia.

Salvaterra de Magos

Exposição Fotográfica “Centenário do

Nascimento de Alves Redol”, até 14 de Junho,

na Biblioteca de Salvaterra. Uma exposição, em

parceria com o Museu do Neo-Realismo;

Feira do Livro 2011: até 11 de Junho, no

Pavilhão da Comissão de Festas de Foros de

Salvaterra;

Sobral de Monte Agraço

Exposição “Expressão no Impressionismo” de

Edmundo Cruz, até 11 de Junho, na Galeria

Municipal

Música ao Vivo “Noites na Praça”. Dia 10

Junho “Weird Machine”, dia 24 “Cool5”, na

Praça Dr. Eugénio Dias.

Teatro Amador, dia 12 de Junho, às 21h30, no

Cine-Teatro do Sobral.

Feira das Frutas Novas e Festa da Freguesia,

dia 19 de Junho, em Santo Quintino (Junto à

Igreja).

Santarém

Exposição “Pequenos Ilustradores”, até 13 de

Junho, na Sala de Leitura Bernardo Santareno.

Exposição de Fotografias de Rita Carmo, até ao

final de Junho, na Sala de Leitura Bernardo

Santareno.

Exposição “Como Falam os Documentos de

outras Eras - Mostra de Descrição Documental”

até 30 de Junho, na Biblioteca Braamcamp Freire.

Exposição bibliográfica “Vamos Ler”… José

Saramago (1922-2010) – 1º Aniversário da

Morte”, de 18 a 30 de Junho, na Sala de Leitura

Bernardo Santareno.

Passeios com História “Muralhas da Cidade – à

Descoberta de Portas e Postigos”, dia 12 de

Junho, das 10h às 13h00. Org. Centro Cultural

Regional de Santarém.

2º Congresso Nacional da Cultura Avieira, dias

17 e 18 de Junho, no Instituto Politécnico.

Agenda Cultural

Jorge Talixa

“Manuel da Fonseca, por todas as estradas do

Mundo” é o título de uma grande exposição de

homenagem ao escritor alentejano, que foi inaugu-

rada, no passado dia 28, no Museu do Neo-

Realismo (MNR) de Vila Franca de Xira. Uma ini-

ciativa que assinala os 100 anos de um dos mais

conhecidos escritores neo-realistas portugueses e

que resulta de uma parceria entre os municípios de

Vila Franca (sede do MNR) e de Santiago do

Cacém (terra natal do escritor). Na cerimónia inau-

gural estiveram presentes a viúva e um irmão de

Manuel da Fonseca, autor falecido há 18 anos.

Manuel da Fonseca foi, em 1991, o primeiro

escritor a doar o seu espólio literário à Comissão

Instaladora do Museu do Neo-Realismo então cri-

ada em Vila Franca. Com essa atitude demonstrou

a sua confiança no projecto e deu-lhe um impor-

tante impulso. Desde então foram quase 30 figuras

do neo-realismo português a seguir-lhe o exemplo

e a doar os seus espólios ao MNR.

David Santos, director do MNR e um dos respon-

sáveis pela organização da exposição, realçou isso

mesmo. “A coragem de Manuel da Fonseca ao

doar o seu espólio literário a um museu que estava

a dar os primeiros passos foi determinante para que

outros escritores e outras famílias acreditassem

neste projecto, que ganhou fôlego e credibilidade”,

sublinhou David Santos, destacando também a

importância da obra de Manuel da Fonseca no neo-

realismo português. “Estamos aqui porque Manuel

da Fonseca foi um grande escritor, que continua a

ser querido por muita gente. O Museu do Neo-

Realismo muito deve a Manuel da Fonseca.

Estamos aqui para lhe prestar esta homenagem

muito merecida”, acrescentou o director do MNR,

destacando também a colaboração “inestimável”

da Câmara de Santiago do Cacém e da família de

Manuel da Fonseca na preparação desta exposição.

Viúva lamenta esquecimento

Já Hermínia da Fonseca, viúva do escritor, admite

que, na altura, não concordou com a doação do

espólio, porque considerava que isso só deveria

suceder depois da morte do marido. Mostrando-se

satisfeita com a homenagem que o MNR lhe está a

prestar, Hermínia da Fonseca lamenta, contudo, o

esquecimento a que muitas entidades votaram a

obra do seu marido nos últimos 18 anos. Em

declarações ao Voz Ribatejana salientou que Vila

Franca de Xira tem uma razão muito importante

para organizar esta exposição, porque recebeu o

espólio do escritor. “Acho que o Manel não tem

sido reconhecido como merecia. Morreu há 18

anos e agora, porque passam 100 anos do nasci-

mento, é que toda a gente se lembrou outra vez”,

observou, lamentando o esquecimento a que o

autor esteve votado nestes 18 anos, mesmo na sua

terra natal, Santiago do Cacém. “Só gostam do que

é estrangeiro, por que é que não havemos de val-

orizar o que é nosso. E por que é que o Manel, que

foi uma pessoa tão importante na nossa literatura,

está esquecido”, critica.

Percurso exemplarManuel da Fonseca iniciou o seu percurso literário no final dos anos 30, com a pub-licação de trabalhos em diversos periódicos ligados à oposição ao regime salazarista.Em 1940, aos 29 anos, publicou o seu primeiro livro, “Rosa dos Ventos”, considera-do pela crítica “um exemplo de renovação poética no panorama das letras portugue-sas”. Seguiram-se os livros de contos “Aldeia Nova” e “O Fogo e as Cinzas” e osromances “Cerromaior” e “Seara de Vento”, entre outros. “A longa vida literária de Manuel da Fonseca espelhou o seu carácter e os valores deuma atitude participativa, inconformada e corajosa em termos cívicos e políticos”,referem os curadores da exposição de homenagem, David Santos e Luísa DuarteSantos. Esta mostra estará patente em Vila Franca até 9 de Outubro e segue, depois,para Santiago do Cacém, onde estará exposta, no Museu Municipal, de 15 deOutubro de 2011 a 26 de Maio de 2012.Já em Setembro, no MNR, serão exibidos os filmes “O Trigo e o Joio” (dia 23), deManuel Guimarães, onde Manuel da Fonseca participou como actor, e “Cerromaior”(30), de Luís Filipe Rocha. No dia 24 de Setembro é apresentado no MNR um livrode Manuel G. Simões sobre Manuel da Fonseca. De 7 a 9 de Outubro realiza-se,entretanto, o congresso internacional “No centenário do nascimento de Manuel daFonseca”, com a presença de conferencistas como Eduardo Lourenço, FernandoGuimarães, Luís Filipe Rocha e Manuel Gusmão. Nos dias 7 e 8, o congresso terálugar na Faculdade de Letras de Lisboa e, no dia 9, em Santiago do Cacém.

Museu do Neo-Realismo

homenageia Manuel da Fonseca No final deste ano completam-se 100 anos sobre o nascimento do escritor alentejano Manuel

da Fonseca. Considerado uma das grandes figuras do neo-realismo português, Manuel da

Fonseca deu também um impulso decisivo para a consolidação do projecto do Museu do Neo-

Realismo em Vila Franca ao ser o primeiro a doar o seu espólio literário à comissão instalado-

ra do museu, em 1991

Vila Franca da Xira

Page 25: Edicao 8 Junho 2011

25

8 de Junho de 2011

Diogo Silva e Francisco

Martins, alunos do 4º. ano da

Escola do 1º. Ciclo do

Carregado, sagraram-se

campeões nacionais de

matemática e ciência, na final

do PMate, organizada, no dia

21 de Maio, na Universidade

de Aveiro. Nesta competição

nacional de ciência, que contou

inicialmente com a partici-

pação, via Internet, de cerca de

135 mil jovens alunos, foram

seleccionados os finalistas para

a final nacional de Aveiro.

Diogo Silva (9 anos), que já

vencera em 2010, fez equipa

desta vez com Francisco

Martins (10 anos), ambos

alunos da professora Ana

Mafalda Marques.

Responderam a 20 perguntas

de biologia, 20 de matemática

e 20 de português, sem nen-

hum erro, em 2 minutos e 20

segundos.

As tradicionais Festas do Foral, dos

Toiros e do Fandango têm este ano a

particularidade de estar definido que os

lucros recolhidos serão entregues aos

Bombeiros Voluntários de Salvaterra de

Magos para compra de materiais. Tendo

em conta as dificuldades da corporação,

a comissão de festas decidiu, por unan-

imidade, apoiá-la desta forma.

O programa arrancou já no passado fim-

de-semana, com realce para as largadas

de toiros e para a animação musical.

Prossegue hoje à noite com uma actu-

ação de Bruna e Nino pela 21h00 e a

banda Tributo aos Queen, a partir das

23h00. Amanhã, dia 9, haverá nova

entrada e largada de toiros a partir das

19h00 e às 22h00 actua a Banda Lusa.

Depois, no dia 10, feriado nacional, o

programa abre às 9h00 com a

Caminhada do Foral, seguida de vacada

(11h00) e de provas de karting (13h00).

Às 17h00 actuam os atletas do Clube de

Trampolins de Salvaterra e às 19h00

haverá nova largad de toiros. A partir

das 21h00 há fados, sevilhanas e a actu-

ação dos Tributo aos Xutos.

Já no sábado, o dia começa com desfile

de campinos (10h00), seguido de missa

campal em que serão homenageados a

cavaleira tauromáquica Ana Batista, o

forcado António Lapa e o Clube de

Trampolins de Salvaterra. Para as 12h30

está prevista a chegada da regata do

Tejo. À tarde (16h00) há festa campera,

seguida de torneio de voleibol, entrada e

largada de toiros e folclore (21h30).

No domingo, dia 12, haverá largada de

vacas (11h00). A partir das 16h00 real-

iza-se uma demonstração de pegas pelo

Grupo de Forcados de Salvaterra, segui-

da de largada de toiros. Marchas popu-

lares (21h00) e espectáculo com as

Tayti marcam o encerramento das fes-

tas.

Alunos do Carregado

ganham prémio nacional

Festas de Salvaterra apoiam bombeiros

Centro escolar abre em SetembroVai abrir em Setembro o novo Centro Escolar de Azambuja – BoavidaCanada. O complexo que tem capacidade para cerca de 400 alunos,prepara-se para receber crianças das freguesias de Aveiras de Baixoe de Azambuja, onde encerram as escolas de Casais de Britos e Casaisde Baixo este ano lectivoTodavia, e embora a câmara já tenha conhecimento que as escolasdos “Casais” vão encerrar, ainda não chegou qualquer informaçãoformal sobre o assunto. O novo complexo Boavida Canada está pron-to a receber os alunos, já no próximo ano lectivo. O Centro Escolarcustou perto de 2,5 milhões de euros e foi comparticipado pela UniãoEuropeia em cerca de 85 por cento.Durante uma visita na semana passada com professores ao edifício,Joaquim Ramos presidente da câmara de Azambuja elogiou a obraque foi da responsabilidade da EMIA (Empresa Municipal deAzambuja) destacando a qualidade de construção e os benefícios quevai trazer aos alunos, nomeadamente em termos de qualidadepedagógica.Joaquim Ramos destacou todas as valências deste complexo, “desdea biblioteca ao centro de recursos, ao espaço exterior, ginásiorefeitório, todo um conjunto de recursos necessários para a sua edu-cação”.Para o presidente da câmara, com mais este novo Centro Escolar ajuntar ao de Manique do Intendente e Alcoentre “todas as criançasvão ter um horário completo, durante esta fase do ensino básico”sendo que isso não acontece na maioria dos concelhos á volta e comesta inauguração, refere Joaquim Ramos, a juntar á escola da Quintados Gatos “vamos passar a ter ocupação plena das crianças em idadeescolar”, garantindo a continuidade “da Escola da Quinta dos Gatosem horário completo”.Mas este Centro Escolar não deveria acolher as crianças da fregue-sia de Aveiras de Baixo. Esteve ponderada a construção de umaunidade em Casais da Lagoa. Todavia quando a população de Casaisda Lagoa soube da possibilidade da câmara construir o CentroEscolar em Aveiras de Baixo e não em Casais, protestou e reivindicouaquilo que considerava uma promessa eleitoral de Joaquim Ramos:A construção do Centro Escolar em Casais da Lagoa e não na sededa freguesia que na opinião dos populares tem perspectivas de cresci-mento inferiores a Casais da Lagoa.Passado quase um ano desses protestos, Joaquim Ramos lamentaaquilo que diz ser “excesso de bairrismo” e destaca “nós não podemoster tudo em todas as localidades”.O presidente da câmara diz que “esse impasse acabou por atrasar oprocesso, e entretanto saiu legislação que inviabiliza a construção deum centro escolar na freguesia de Aveiras de Baixo e portanto vemtodos para Azambuja”.Joaquim Ramos refere que o novo Centro Escolar “é do mais moder-no que existe” proporcionando aos alunos as melhores condições deaprendizagem. Por outro lado e embora os alunos de Aveiras de Baixofiquem bem servidos, o autarca lamenta a situação “tenho pena quena freguesia de Aveiras de Baixo não exista uma infra-estrutura destetipo, que poderia ter havido, se de facto as pessoas se tivessem enten-dido relativamente a essa matéria”.Para o edil, a transição dos alunos de Aveiras de Baixo, ou dos Casaisde Azambuja para o novo Centro Escolar é pacífica.Para a memória ficam os momentos tensos dos encarregados de edu-cação de Casais de Além, na freguesia de Vila Nova de São Pedro, quecontestaram o encerramento da escola da localidade e a passagem dosalunos para Manique do Intendente.Joaquim Ramos refere que os alunos estão bem instalados emManique do Intendente, já que o Centro Escolar tem todas ascondições pedagógicas para os alunos.O autarca lembra que o Centro Escolar de Manique é o único que cobrea vertente de creche. O edil salienta que o Centro Escolar do AltoConcelho “tem excelentes infra-estruturas e toda a gente está satisfeita”.

Miguel António Rodrigues

Azambuja

Até Domingo

O XXIII Encontro de Bandas do Concelho de Vila Franca realizou-se no dia 29 com as bandas do Ateneu, da Euterpe, de Tavira e da Abrunheira

Foto

Ana S

err

a

Page 26: Edicao 8 Junho 2011

A tradicional Semana da Cultura Tauromáquica

(SCT) de Vila Franca de Xira decorre, este ano,

de 24 a 30 de Junho. Já na sua vigésima-segunda

edição, a iniciativa apresenta um programa

diversificado, com realce para os colóquios

sobre a corrida à portuguesa e a Mulher na Festa

e para as novilhadas da Federação Internacional

de Escolas de Toureio.

O programa, que desenvolveremos na edição de

22 de Junho do Voz Ribatejana, arranca no dia 24

com um peddy-paper taurino (21h00), organiza-

do pelo Clube de Campismo “As Sentinelas”. A

inauguração oficial dá-se na tarde de dia 25

(15h00) e inclui a inauguração, no salão nobre da

Câmara, de uma exposição de pintura de Ana

Maria Malta. Seguem-se inaugurações de

exposições de pintura de temática taurina de

Júlio Pomar (Museu do Neo-Realismo), de

fotografia taurina de Pedro Batalha e João Silva

(Museu Municipal), de capotes de passeio na

Igreja do Mártir Santo, de pintura no Clube

Vilafranquense e de pintura e cabeças de toiro na

Casa Museu Mário Coelho. A tarde culmina com

a novilhada da Federação Internacional de

Escolas de Toureio na Palha Blanco (17h30) e

haverá ainda um jantar ribatejano nas arcadas da

praça.

Até 30 de Junho destacam-se, igualmente, o

descerramento de uma placa de homenagem à

história do toureio em Vila Franca (dia 26 no

Largo Telmo Perdigão), o colóquio “Corrida à

Portuguesa” (dia 27 no auditório da Junta), o

colóquio “A Mulher e a Festa” (dia 28 no salão

nobre da Câmara) e a apresentação do documen-

tário “O Toiro”, seguida de colóquio (dia 29, no

salão nobre da Câmara). Recorde-se que, devido

a questões ligadas à cedência do espaço da

Patriarcal, o Clube Taurino Vilafranquense decid-

iu, este ano , não integrar a organização da SCT.

Colete Encarnado já tem cartéis definidos

O Colete Encarnado fica marcado, este ano, pela

realização de duas corridas de toiros, nos dias 1

e 3 de Julho, a primeira das quais uma nocturna

que será transmitida pela RTP. O programa já

delineado pela empresa Tauroleve integra, ainda,

a tradicional garraiada da Sardinha Assada, na

madrugada de 2 para 3 de Julho.

Na noite de sexta-feira do Colete Encarnado, a I

Grande Corrida das Tertúlias assinalará o regres-

so da Ganadaria do Vale do Sorraia à Palha

Blanco. Seis toiros que serão lidados pelos cav-

aleiros António Telles, Rui Fernandes e Pedro

Salvador. As pegas estarão a cargo dos forcados

amadores de Vila Franca e de Coruche e a empre-

sa promete bilhetes acessíveis para todas as

tertúlias e associações do sector.

Já no dia 3 realiza-se a tradicional corrida de

toiros mista, a partir das 18h00. Os toiros são de

Oliveira Irmãos o espectáculo assinala também o

décimo aniversário do site taurino Naturales.

Actuam os cavaleiros João Salgueiro e Salgueiro

da Costa e os matadores de toiros José Ignacio

Uceda Leal e o Nuno Casquinha, que se apresen-

ta na sua terra como matador de toiros. As pegas

estarão a cargo dos amadores de Vila Franca.

Na Garraiada da Sardinha Assada actuam os cav-

aleiros José Carlos Portugal, Rubén Inácio,

David Oliveira e Jacobo Botero e o bezerrista

Tiago Santos, bem como os forcados amadores

de Vila Franca, que enfrentam novilhos de

Manuel Dias.

J.T.

Paulo Beja (texto)

Pedro Batalha (fotos)

Na Festa Brava existe uma máxi-

ma: Toiro de cinco, Toureiro de

vinte e cinco!

No passado domingo, dia 29 de

Maio, bebi estas palavras aquan-

do da alternativa sonhada de

Nuno Miguel Casquinha.

Toureiro adulto, compenetrado,

com o passado de já muitos anos

de vontade em ser matador de

toiros. Uma carreira vivida sem

pressas, passando pelas escolas

nacionais de Vila Franca e Moita

e pela escola de Madrid, ganhan-

do esse calo tão fundamental para

não estranhar a passagem do

novilho ao toiro.

Villa Nueva del Fresno, terra viz-

inha fronteiriça de Mourão e Luz,

foi o local escolhido após convite

da empresa Mar Toros, a querer

um nome lusitano no cartel, tal

como no passado ano, ao convi-

dar o maestro Vítor Mendes para

a reinauguração desta bonita

praça de toiros. Os extremenhos

Javier Solis e Júlio Parejo foram

padrinho e testemunha do acto

que tornou profissional o quarto

matador de toiros nascido no

berço toureiro que é esta cidade

de Vila Franca de Xira. Os toiros

de herdeiros de Bernardino Piriz,

sem serem grandes, média de 450

quilos, não defraudaram, acusan-

do no entanto pouca força após as

varas.

Excelente a participação da afi-

ción portuguesa a cruzarem a

fronteira nessa tarde. Uns em

excursão como nós o fizemos

através do Clube Taurino

Vilafranquense, outros em grupos

organizados de viaturas,

preenchendo-se um terço da

lotação em tarde de sol e vento

algo forte a espaços.

Seis e meia da tarde, hora do

“paseillo” e eis que sai o primeiro

de Piriz com quatro anos e meio,

número 32 e de nome “Atarfero”.

Miguel Casquinha, de verde e

oiro trajado recebe-o bem de

capote por verónicas e meia de

remate com o toiro a empregar-se.

No entanto levou apenas uma

vara onde carregou bem mas

perdeu as mãos após o tércio de

bandarilhas, estas ricamente dec-

oradas em tarde especial pela

equipa também vila-franquense

do seu amigo de sempre Bruno

Guerra.

Quinze minutos depois, o

momento mágico das mãos de

Javier Solis. O 37º matador de

toiros português recebia a muleta

e o estoque e num brinde emotivo

honrou as mulheres da sua vida, a

mãe e a noiva!

Um toiro de investida suave nos

derechazzos mas a ficar-se curto

cedo, obrigando o matador a

cruzar-se, templando com alma,

valor e toreria. Base na mão dire-

ita, mostrando-se sereno e bus-

cando o momento final com um

molinete e três derechazzos a

compasso que puseram o público

na mão. Pinchazzo e meia estoca-

da em bom sítio fizeram este toiro

“rodar sin puntilla” para a

primeira orelha da tarde!

O sexto da ordem saiu ao som da

música da banda local e, talvez

inspirado pelo paso-doble, foi um

óptimo parceiro de lide. Faena

brindada à presidente da edilidade

de Vila Franca, Maria da Luz

Rosinha, acompanhada pelos

autarcas Vale Antunes e António

José Inácio que, em conjunto com

a empresa Tauroleve, já acor-

daram a presença deste novel

matador na corrida de domingo

de Colete Encarnado.

Lide de bom gosto, ligando os

derechazzos largos e templados,

mão posta e muñeca perfeita nos

naturais de sentimento a colocar

os olés unânimes nas bocas de

espanhóis e portugueses. A faena

ligada e saborosa que faltava

nesta tarde sonhada. Uma estoca-

da inteira não chegou para matar

o oponente, utilizando o desca-

bello para pôr fim a este bom cas-

tanho de Piriz. Uma orelha e porta

grande para Nuno Miguel Vicente

Casquinha, o 37º matador de

toiros na história de Portugal.

Javier Solis foi um óptimo

padrinho a mostrar estar prepara-

do para a temporada 2011. Lide

de sabor e saber no primeiro, um

toiro que investia com som na

muleta, repetindo de cabeça baixa

nos derechazzos. Não esteve acer-

tado com o estoque mas conced-

eram-lhe uma orelha. No quinto,

instrumentou uma faena

inteligente, inventando a ligação

no um a um por naturais, mandan-

do com raça e montando-se com

determinação na estocada da

tarde. Duas orelhas merecidas

pela classe, toreria e entrega. Um

nome a ver já dia 23 em Badajoz.

Júlio Parejo cuidou o fraco col-

orau e com calma e serenidade

chegou ao público com expres-

sivos naturais. Estocada inteira e

uma orelha. No quinto voltou a

estar a gosto mas não chegando

ao público mais conhecedor.

Quatro pinchazzos e estocada fiz-

eram-no receber apenas ovação.

Semana da Cultura

Tauromáquica

arranca a 24

A tarde sonhada de

Vila Franca de Xira Jovem matador vila-franquense tirou alternativa no dia 29

TAUROMAQUIA

26

Voz Ribatejana #14

Esta semana destacamos Forte da Casa, dia 10 de Junho, às 17h00 –Corrida da Festa Anual em Honra doSagrado Coração de Jesus e a favor doInstituto de Apoio à Comunidade.Cavaleiros – Sónia Matias e Marcelo MendesMatador – António João FerreiraForcados Amadores de Vila Franca de Xira eAzambujaGanadaria – Nuno Casquinha

Santarém, dia 10 de Junho às 17h00 –Alternativa de Tomás Pinto das mãos de seutio Emídio PintoCavaleiros – João Moura, Diego Ventura eTomás PintoForcados Amadores de Santarém e AlcocheteGanadaria – Cortes de Moura

Arruda dos Vinhos, dia 11 de Junho às 22h00

horas – Primeiro Grande Concurso deRecortadores com os melhores artistas deEspanha e Portugal frente a quatro toiros empontas da ganadaria Manuel Dias.

Santarém, dia 12 de Junho às 17h00Cavaleiros – Joaquim Bastinhas, AntónioTeles, Vítor Ribeiro, Filipe Gonçalves,Marcos Bastinhas e Francisco PalhaForcados amadores de SantarémGanadaria – António Silva

Reguengos de Monsaraz, dia 12 de Junho às17,30 horas – Homenagem a José MestreBatista na praça com o seu nome.Cavaleiros – João Moura, Rui Salvador eJoão SalgueiroForcados amadores de Alcochete e MonsarazGanadaria – Murteira Grave

Lisboa, dia 16 de Junho às 22h00 –Oportunidade aos novosCavaleiros – Mateus Prieto e João MariaBrancoNovilheiros – Jimeñez Forte, Manuel DiasGomes, Diego Silvetti e Tiago SantosForcados amadores de CoimbraGanadaria – Murteira Grave

Cartaxo, dia 19 de Junho às 17h00 –Alternativa de Filipe Vinhais pelas festas dacidadeCavaleiros – Manuel Jorge de Oliveira,António Telles e Filipe VinhaisForcados amadores de Lisboa e AzambujaGanadarias – Eng.º Jorge de Carvalho e CasaAgrícola Avó

Page 27: Edicao 8 Junho 2011

8 de Junho de 2011

27

No final, saída em ombros

para Javier Solis e Nuno

Miguel Casquinha, não faltan-

do uma pequena multidão a

rodear o matador vila-fran-

quens para os autógrafos e

fotografias de praxe.

Aguardemos pois a sua apre-

sentação como matador em

Portugal: Dia 3 de Julho em

Vila Franca de Xira, domingo

de Colete Encarnado, estará ao

lado de um dos triunfadores de

Madrid 2011, Uceda Leal, com

toiros de Oliveira Irmãos. No

toureio a cavalo estarão pai e

filho, João Salgueiro e João

Salgueiro da Costa, este que,

na passada quinta-feira, deu

um festival de toreria no

Campo Pequeno integrado

num cartel de Dinastias

Toureiras e mereceu por méri-

to próprio ser incluído numa

das corridas fortes de Julho,

em Lisboa, nas denominadas

fabulosas nocturnas de Verão.

Em Agosto também Nuno

Casquinha será um dos mata-

dores em Lisboa na corrida de

homenagem dos 37 anos da

morte de José Falcão.

De destacar ainda que, no pas-

sado sábado, o Clube taurino

Vilafranquense convidou o

matador para um almoço con-

vívio na sua sede onde foi pas-

sado após o mesmo, o dvd da

corrida, transmitida dia 29 em

direto pela Extremadura TV.

Oportunidade para recordar

estes momentos vividos com

intensidade em Villa Nueva

del Fresno e comentados ao

vivo pelo protagonista e um

dos seus mestres, o matador

Armando Soares.

Pela objectiva de Pedro

Batalha

Enquanto nós estávamos na

barreira de sol da praça de

toiros de Villa Nueva del

Fresno, mesmo por baixo, no

burladero de fotógrafos o

nosso companheiro de equipa

Pedro Batalha guardava na sua

câmara os momentos para

mais tarde recordar desta alter-

nativa de Nuno Casquinha.

Aqui ficam alguns desses

instantes tão especiais na

história da nossa tauromaquia..

Petição em defesa da FestaBrava já tem mais de 96 milassinaturasA petição em defesa da Festa Brava lançada, em Agosto de 2010,pelo presidente da Câmara de Santarém, já ultrapassou as 96mil assinaturas. Francisco Moita Flores disse, ao PÚBLICO,que muito em breve, “ainda este mês” e antes do prazo estabele-cido que apontava para Julho de 2011, atingir-se-á o objectivodas 100 mil assinaturas. O documento, que será entregue aosprincipais responsáveis políticos do País, surgiu em resposta auma petição de movimentos de defesa dos direitos dos animaisque pretendia que a Assembleia da República deliberasse nosentido da proibição de corridas de toiros e outros espectáculostaurinos em Portugal.No preâmbulo da petição, Moita Flores, natural de um montealentejano do concelho de Moura, assume a defesa dos valoresda ruralidade e acusa “as culturas urbanas radicais” dedesprezarem o campo, “os seus costumes, gostos e atitudespsico-afectivas”. Diz o autarca de Santarém que, como referiu apoetisa Sophia de Mello Breyner, muitos destes “defensores dosanimais” são “pessoas sensíveis que detestam ver matar galin-has, mas adoram canja de galinha”.Moita Flores acha que não é a luta contra o sofrimentos dosanimais que move estes movimentos “pois se o fosse estariamaos gritos em todos os locais em que se ‘fabricam’ com hor-monas frangos, vacas e ovelhas para alimentar a cidade” e“estariam às portas dos grandes matadouros, nas barricadascontra as guerras e na linha da frente da luta pelo renascimen-to do campo e das culturas rurais”. No seu entender, serão “ape-nas contra a pretensa violência contra os touros bravos”. Porisso, Moita Flores acha que vale a pena demonstrar por esta viaque a população portuguesa se identifica com a tradição tau-romáquica e defender os valores da Terra, os próprios touros, oscavalos, os pastores, os campinos e toda a economia agrícola eanimal associada Festa Brava “em nome de um progresso commemória e de um desenvolvimento sem perder o sentido dahistória”.A petição em defesa da Festa Brava já recolheu 17 216 assinat-uras on-line e as restantes em papel. Alguns dos seus sub-scritores argumentam que a Festa Brava é uma tradição que fazparte da cultura e da identidade nacionais, outros lamentam queseja necessário fazer uma petição para defender um patrimóniocultural “do qual todos nos devíamos orgulhar” e outros aindaapontam a perda de milhares de postos de trabalho se porventu-ra acabassem os espectáculos taurinos. Jorge Talixa

Nuno Casquinha

Mestre Baptista homenageado em ReguengosO cavaleiro José Mestre Baptista vai ser homenageado, no próximo Domingo, com a atribuição do seunome à Praça de Toiros da cidade alentejana de Reguengos de Monsaraz

Page 28: Edicao 8 Junho 2011

Jorge Talixa

A tradicional romaria do

Senhor da Boa Morte, organi-

zada pela Santa Casa da

Misericórdia de Vila Franca de

Xira no monte sobranceiro a

Povos com o mesmo nome, vai

resistindo à evolução dos tem-

pos e voltou a juntar várias cen-

tenas de pessoas na Quinta-

Feira da Ascensão. O ambiente

de são convívio mantêm-se,

mas alguns lamentam que os

jovens já adiram pouco à festa.

O grupo dos “Almoçaristas do

Senhor da Boa Morte” dá tam-

bém um impulso forte para que

a festa se mantenha (ver caixa).

A missa solene, a procissão e a

bênção dos campos e da cidade

de Vila Franca desde o Cruzeiro

da Independência são os pontos

altos da romaria que tem,

depois, durante a tarde, uma

componente mais profana com

folclore e música coral e, sobre-

tudo, muita confraternização no

espaço natural do monte com

uma vista inigualável sobre o

Tejo e a Lezíria.

Beatriz Padinha tem 65 anos e

praticamente desde os seus 10

anos que vai sempre à Romaria

do Senhor da Boa Morte. Uma

tradição que os pais lhe trans-

mitiram e que soube incutir

também aos seus descendentes.

Originária de uma família de

pescadores da Vala do

Carregado explica que não falta

porque sempre gostou muito

desta festa. “É uma tradição

antiga, gosto por tudo, pela

tradição, pela procissão, pelo

ambiente, pela festa toda em si,

pelo almoço neste ambiente ao

ar livre”, disse ao Voz

Ribatejana, enquanto organiza-

va a mesa para o almoço, à

sombra de uma das velhas

árvores do monte. “Há 50 anos

era muito diferente. Ainda

agora eu estava a observar o

facto do Santo vir com os

bombeiros, já não é tradição

assim. A tradição é vir real-

mente aos ombros, não no carro

dos bombeiros”, frisou, con-

siderando que “há muita juven-

tude que ainda podia trazer o

santo” na procissão.

Beatriz Padinha admite que, há

50 anos, “vinham mais pes-

soas” à romaria. “Isto aqui era

uma festa pegada. Mas o espíri-

to mantém-se e este ano está

bastante concorrida. Os jovens

também já não vão muito nes-

tas festas, isto é mais a tradição

das pessoas antigas”, reconhece

a pescadora da Vala do

Carregado, admitindo também

que, hoje em dia, “as pessoas

têm que aproveitar todos os

bocadinhos para trabalhar,

porque a vida está difícil. É

feriado em Vila Franca, mas

não é noutros lados.

Antigamente era diferente”,

sublinha, lembrando que

durante muitos anos foi ao

Senhor da Boa Morte a pé,

atravessando caminhos e as ser-

ras que separam a Vala do

Carregado do Monte do Senhor

da Boa Morte com o seu pai.

Ao seu lado, a filha, Luísa

Tavares, e o marido, António

Tavares, são também fiéis

adeptos da Romaria do Senhor

da Boa Morte e ainda se recor-

dam de fazer o mesmo percurso

a pé a partir da Vala. A vida

mudou, agora todos vêm de

carro, mas os seus filhos já evi-

tam e ultimamente já não

querem ir à festa. “Ainda se

vêm pessoas mais jovens, mas

menos”, salienta António

Tavares, considerando que a

romaria estava este ano bem

organizada e que o espaço do

monte estava bem cuidado. “A

capela é que foi pintada só pela

metade, para a outra não tinta”,

observa, por seu lado, Luísa

Tavares, que acha que a festa

tem perdido afluência também

porque as pessoas têm mais

dificuldade em terem o dia

livre. “Trabalhasse hoje em

muito lado. Tive que tirar um

dia de férias para poder estar

aqui. Mesmo no concelho de

Vila Franca, a maior parte dos

armazéns está a trabalhar e o

meu filho, que trabalha em

Lisboa, não teve feriado”, con-

stata.

António Tavares acha que Vila

Franca perdeu muitas das

tradições que tinha, “até o

Colete Encarnado e a feira

estão a perder tradição. E a

própria cidade”, lamenta. A

mesma opinião tem Luísa

Tavares, que critica algumas

atitudes da presidente da

Câmara Maria da Luz Rosinha.

“A presidente não ajuda, tirou a

beleza que Vila Franca tinha.

Acabou com muita coisa, a

Feira do Melão então foi o

caos. Não foram os pescadores

que não quiseram, não foi o

rancho que não quis dançar na

Feira do Melão. Havia melão e

podiam ter mantido a feira.

Sempre houve disponibilidade

dos avieiros para acarretar

melão e manter a feira”, con-

clui.

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A Romaria do Senhor da Boa Morte continua a atrair algumas centenas de pessoas

Romaria centenária atrai centenas de pessoas

Há uma dúzia de anos, dois amigos resolveramcriar um grupo e promover a confraternizaçãoe a solidariedade no alto do Senhor da BoaMorte. Problemas de saúde das respectivasesposas levaram João Silva e Ernesto Mateus aprestarem uma homenagem ao Senhor da BoaMorte e, a partir daí, nasceram os“Almoçaristas do Senhor da Boa Morte”.“Fomos juntando mais amigos e é tudo dado degraça”, explica João Silva, salientando que,este ano, o grupo reuniu refeições para ofere-cer suficientes para quase 200 pessoas.Feijoada, pão e vinho estiveram ao dispor detodos no espaço dos Almoçaristas, que recol-hem os bens em várias estabelecimentos dacidade e junta da própria Câmara. Ao mesmotempo organizam uma série de convites, tudocom o objectivo de promover a confraterniza-ção e de “ajudar a preservar a romaria”.João Silva admite que as pessoas envelhecem,

os campinos envelhecem, mas sublinha que osAlmoçaristas têm conseguido envolver cada vezmais pessoas. Este ano resolveram, também,prestar homenagem a quatro figuras da região:o Vítor de Povos, o Eduardo “Minhoca”, a AnaVarina e o Vitorino da Casa Zacarias.Paulo Santos é outro dos membros dosAlmoçaristas. Reside na zona desde quenasceu, há quase 44 anos, e gostava de ver maisjuventude no Senhor da Boa Morte. “Acho quedevia haver mais jovens a participar. Tem quese mostrar mais a festa à juventude. As pessoasvão envelhecendo e os jovens não aderem”,sustenta, mostrando alguma satisfação por vera romaria bastante concorrida. “Já não é o queera há 50 anos, mas acho mal que isto acabe,espero que continue. É pena não trazerem oSanto às costas na procissão. Os jovens é quedeviam trazer o Santo, como era antigamente”,defende Paulo Santos.

Senhor da Boa Morte resiste

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