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ANO LXXXVIII • N.º 1183 de 1 de Março de 2014 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. • DE00722014RCMS/RL) Os Desafios e Oportunidades do Carnaval de Sesimbra Finisterra 38 países marcam presença no festival Clube Naval foi o grande vencedor Campeonato Nacional de Canoagem Especial Carnaval 2014 Página 7 Página 13 Página 19 Páginas centrais

Edição Março sesimbrense

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Jornal Regional do Concelho de Sesimbra

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ANO LXXXVIII • N.º 1183 de 1 de Março de 2014 • 1,00 € • Taxa Paga • Sesimbra - Portugal (Autorizado a circular em invólucro de plástico Aut. • DE00722014RCMS/RL)

Os Desafios e Oportunidades do Carnaval de Sesimbra

Finisterra38 países marcampresença no festival

Clube Naval foi o grande vencedor

Campeonato Nacional de Canoagem Especial Carnaval 2014

Página 7

Página 13

Página 19Páginas centrais

2O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

Farmácias de Serviço

nBombeiros Voluntários de SesimbraPiquete de Sesimbra: 21 228 84 50Piquete da Quinta do Conde: 21 210 61 74nGNRSesimbra: 21 228 95 10Alfarim: 21 268 88 10Quinta do Conde: 21 210 07 18nPolícia Marítima 21 228 07 78nProtecção Civil (CMS)21 228 05 21nCentros de SaúdeSesimbra: 21 228 96 00Santana: 21 268 92 80Quinta do Conde: 21 211 09 40nHospital Garcia d’Orta - Almada21 294 02 94nComissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Sesimbra21 268 73 45nPiquete de Águas (CMS)21 223 23 21 / 93 998 06 24nEDP (avarias)800 50 65 06nSegurança Social (VIA)808 266 266

nServiço de Finanças de Sesimbra212 289 300nNúmero Europeu de Emergência112 (Grátis)nLinha Nacional de Emergência Social144 (Grátis)nSaúde 24 808 24 24 24nIntoxicações - INEM 808 250 143nAssembleia Municipal21 228 85 51nCâmara Municipal de Sesimbra21 228 85 00 (geral)800 22 88 50 (reclamações)nJunta de Freguesia do Castelo21 268 92 10nJunta de Freguesia de Santiago21 228 84 10nJunta de Freguesia da Quinta do Conde21 210 83 70nCTTSesimbra: 21 223 21 69Santana: 21 268 45 74

Contactos uteisnAnulação de cartões

SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços)808 201 251217 813 080Caixa Geral de Depósitos21 842 24 24707 24 24 24Santander Totta707 21 24 24 21 780 73 64Millennium BCP707 50 24 2491 827 24 24BPI21 720 77 0022 607 22 66Montepio Geral808 20 26 26Banif808 200 200BES707 24 73 65Crédito Agrícola808 20 60 60Banco Popular808 20 16 16Barclays707 30 30 30

Farmácia da Cotovia 212 681 685Avenida João Paulo II, 52-C, Cotovia

Farmácia de Santana 212 688 370Estrada Nacional 378, Santana

Farmácia Leão 212 288 078Avenida da Liberdade, 13, Sesimbra

Farmácia Lopes 212 233 028 Rua Cândido dos Reis, 21, Sesimbra

Com o apoio:

Edição publicada segundo o novo acordo ortográfico

Há muito que O Sesimbrense com 87 anos e a Liga dos Amigos de Se-simbra, sua proprietária, não esta-vam tão vivos. Estamos em sintonia com a energia contagiante que se sente por todo o concelho nas cen-tenas de sambistas. Temos 21 novos homens e mulheres, dos 25 aos 89 anos, voluntários do conselho edito-rial, direção e demais órgãos associa-tivos.

Com o apoio de muitos que se tem vindo e venham a juntar, quebrare-mos a perda constante de associados dos últimos anos (mesmo antes da crise). Esta queda ameaçava um Jor-nal património de Sesimbra, cuja Liga tem por obrigação estatutária defen-der. Por isso a tomada de posse da direção coincidiu com a nomeação de um conselho editorial diversifica-do em género, idade e etnia, liderado pelo prestigiado Dr. David Sequerra. Este conselho de imediato cumpriu a obrigação estatutária de oferecer sugestões à direção do Jornal. O em-penho de todos em dar vida aos esta-tutos deparou-se com a emergência da súbita demissão do diretor do jor-nal. Assim o recém eleito presidente da liga foi inesperadamente forçado a ser também arrais do jornal. Res-gatámos para porto seguro o barco com a ajuda de um filho de arrais de Sesimbra, Mário Chagas, e de toda a restante equipa da Liga, desde o pre-sidente da assembleia geral Pedro Fi-lipe à crucial Fátima Rodrigues, jorna-lista voluntária do conselho editorial que fez a agenda e muitas peças.

Os órgãos associativos da Liga querem um Sesimbrense aberto à co-munidade e suas sugestões. Auscul-támos as diversas preferências dos leitores do Castelo à Quinta do Con-de para sermos apelativos e inclusi-vos. Procurámos uma panóplia de colaboradores, alguns já nesta edição e outros “contratados” para as próxi-mas. Secções populares no passado, entretanto perdidas, serão também recuperadas brevemente por suges-tão dos leitores. Para encarnar esta abertura à comunidade acabámos de escolher uma excelente futura dire-tora com formação em comunicação social; fez estágio na Liga e vive no

Zambujal, descendente de família da vila. Será uma refrescante surpresa para os leitores já na próxima edi-ção. Sabe o que é o sucesso cons-truído com humildade e escutando sugestões. Foi nos recomendada após reunião com uma empresa lo-cal que conhece bem os ingredientes para o triunfo, na sequência do apelo que também fizemos a varias outras personalidades e entidades para nos sugerirem candidatos.

A Liga, respeitando os seus esta-tutos, caminhará sempre em simbio-se com O Sesimbrense e vice versa. Tivemos um intenso primeiro mês de mandato em que além de con-seguirmos levar a bom porto O Se-simbrense, iniciámos o programa para que fomos eleitos. Reunimo-nos com leitores e anunciantes, poderes locais e nacionais, empresários das pescas aos hotéis, bancos, autorida-de marítima, coletividades, terceiro sector, escolas, figuras nacionais e internacionais com ligação a Sesim-bra. Promovemos um dialogo fru-tífero e independente entre todos, impulsionado pela sociedade civil e com respeito pelos poderes eleitos, juntos navegando em prol do para-íso de Sesimbra. Produzimos já um debate profundo sobre os desafios e oportunidades do carnaval de Se-simbra com a presença tertuliana de especialistas, universidades, escolas de samba, população e órgãos au-tárquicos. Aqui vos apresentamos as conclusões desse tema bem como o vosso Sesimbrense de sempre, vi-rado para o futuro mas honrando o passado. Bons sambas, boas leituras e um apelo para que todos os amigos de Sesimbra continuem a participar nos debates da liga para assinalar o paraíso que é o nosso concelho. Sau-dações piscosas!

p.s. Regressei a Sesimbra depois de décadas a estudar e trabalhar nos Estados Unidos da América porque nunca me esqueci da felicidade má-xima de sentir o mar do paraíso em criança, no barco e apartamento da família na falésia (foto do meu primo João Brito quando éramos crianças).

Pedro Caetano, Presidente da Liga dos Amigos de Sesimbra

EDITORIALBoas Vindas ao Carnaval e às Sugestões dos Sesimbrenses!

O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 20143

ATU

ALID

ADE

A iniciativa que tinha como mote “o polvo”, divi-dia-se em dois momentos. O primeiro era a realização de duas aulas de culinária gratuitas e o segundo as degustações.

No dia 14 de fevereiro no Mercado Municipal de Sesimbra, esteve presente na acção, o presidente da Câmara de Sesimbra, Au-gusto Pólvora, bem como, um dos elementos da Ad-ministração da Docapesca, Isabel Guerra, e o diretor da Delegação Centro Sul, João Pólvora.

Na iniciativa e nos dois dias estiveram presentes o Chef José Serrano e alunos da Escola de Hotelaria e tu-rismo de Setúbal,

No dia 15 de fevereiro no mercado da Quinta do Conde, esteve presente no certame, o diretor da De-legação Centro Sul, bem como um representante da Câmara Municipal de Se-simbra, Ana Antunes.

A iniciativa contou no âmbito geral, com cerca de 60 participantes que apren-deram a confecionar duas receitas de polvo.

O Mercado Municipal de Sesimbra e o Mercado Municipal da Quin-ta do Conde acolheram nos dias 14 e 15 de fevereiro, respetiva-mente, ações de promoção do consumo do polvo, organizadas pela Docapesca, em colaboração com o Município de Sesimbra.

Esta iniciativa enquadra-se no âmbito do projeto CCL– Comprovativo de Compra em Lota, cuja eti-queta, com as cores da Bandeira Nacional, permite identificar, junto do consu-midor final, a lota onde o pescado foi transacionado e é garantia do cumprimen-to das normas de higiene e segurança alimentar, iden-tificando ainda a arte de pesca utilizada. É um selo de informação ao consu-midor, distinguindo um produto do mar e de con-fiança.

Docapesca promove aulas de culinária

“Polvo foi rei em Sesimbra”

No passado dia 22 de fevereiro, por volta das 08h00, uma residência na Almoinha, em Sesim-bra, ficou parcialmen-te destruída, devido a uma explosão, provoca-da por uma fuga de gás.

Deste incidente, segundo

Explosão provoca ferido ligeiro

fonte da GNR, resultou um ferido ligeiro, uma jovem de 26 anos, com queimaduras de primeiro grau, que terá sido encaminhada para o Hospital de São Bernardo, em Setúbal. Até ao encer-ramento da edição não ob-tivemos mais informações.

Idoso encontrado morto após

incêndio

Um incêndio destruiu uma habitação, no dia 24 de fevereiro, na Rua Elias Garcia, em Sesimbra.

O único morador, com cerca de 90 anos, conhecido pelos vizinhos por Sr. Gas-par, encontrava-se na resi-dência quando foi dado o alerta, por volta das 08h30.

Segundo fonte próxima da vítima, o fogo terá sido provocado por um aquece-

dor, que terá incendiado.Quando os bombeiros

chegaram ao local, o idoso estava inconsciente. “Foi efectuada manobra de rea-nimação, e de seguida trans-portámo-lo para o hospital São Bernardo, em Setúbal” acrescentou fonte dos BVS.

Até ao fecho da edi-ção, não obtivemos in-formações sobre a causa do falecimento do idoso.

No passado dia 1 de fe-vereiro o balcão do Banco Espirito Santo de Alfarim encerrou as suas portas. Clientes e população sen-tem que perderam um ser-viço que lhes era de extre-ma utilidade.

O balcão que servia a freguesia do Castelo e que segundo a população, faz

BES fecha balcão em Alfarim falta dada a sua localização junto da restauração e de-mais comércio, bem como restantes residentes.

Com a saída do balcão a população viu-se ainda pri-vada da utilização do mul-tibanco, o que leva a que agora tenha de se deslocar cerca de seis quilómetros até à Cotovia, para fazer as suas operações financeiras.

Segundo informações do gabinete de comunicação do BES o encerramento de-ve-se a uma estratégia de gestão de recursos e dada

a proximidade do balcão da Cotovia, os seus clien-tes poderiam deslocar-se com alguma facilidade ao balcão.

Segundo a mesma fon-te a caixa multibanco vai voltar para Alfarim, não para o mesmo local, mas para junto do restaurante Alfa, com o qual já foram formalizadas as questões formais do processo, pois, segundo o gabinete de co-municação do banco este é o serviço que a popula-ção mais necessita no local.

Alfarim vai ter caixa multibanco

4O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

A taxa de De-s e m p r e g o desceu pela 10ª vez con-secutiva, con-

corda com os valores apre-sentados?Segundo dados oficiais o desemprego em 2013 atin-giu 16,4%, sendo que no úl-timo trimestre de 2013 era de 15,3%. Contudo, estes números não reflectem o número real de desempre-gados no país.A taxa de desemprego cal-culada pelo INE resulta da proporção entre pessoas de-sempregadas inscritas nos centros de emprego e o to-tal da população activa. Não contempla os desemprega-dos com inscrição “inactiva”, aqueles que já desistiram de procurar emprego, os desempregados de longa duração que há muito dei-xaram de ter qualquer apoio pela situação de desempre-go ou ainda os desempre-gados com inscrição “ocu-pado” por estarem inseridos em programas de formação e contratos de emprego e inserção (que não são em-pregos e têm uma duração limitada). Consequentemente, a taxa de desemprego pode dimi-nuir por vários motivos: 1) emigração; 2) se mais pes-soas tiverem desistido de procurar activamente tra-balho ou 3) se houver mais pessoas em situação de subemprego, trabalhando horas reduzidas a baixos sa-lários ou inseridas em pro-gramas CEI/CEI+ e formação profissional.Nos últimos dois anos regis-tou-se a maior vaga de emi-gração desde a década de 60. Em 2012 atingiu-se um novo máximo histórico ao saírem do país 121.418 pes-soas (apenas em 1964 se tinha registado um número próximo: 120.239). Também as situações de emprego parcial, com 2 a 10 horas de trabalho sema-nal têm crescido retirando das estatísticas oficiais de desemprego milhares de trabalhadores com rendi-mentos miseráveis e que estariam disponíveis para

trabalhar mais horas.Se contarmos com toda esta gente, a taxa de desempre-go real dispara para perto de 23%. De referir ainda que mais de metade dos desempregados oficiais não recebem qualquer tipo de apoio para a situação de de-semprego. Esta é a retoma económica da Troika e do governo PSD-CDS.

Que medidas tomaria o seu partido de forma a mi-nimizar o desemprego no concelho?A recessão está intimamen-te relacionada com a que-bra de investimento e com a queda brutal do consumo - motivada pela redução de pensões e salários, pelo au-mento brutal de impostos e pela consequente diminui-ção do poder de compra. Esta recessão não poderá ser compensada pelo sector das exportações que conti-nua dependente das impor-tações e anula assim o seu efeito no PIB e no equilíbrio da balança comercial. A re-lação entre austeridade e desemprego é indiscutível e só revertendo estas políticas que nos têm governado será possível dinamizar a econo-mia e a criação de emprego. É por isso urgente garantir a recuperação da procura interna: investimento e con-sumo. O aumento do salário mí-nimo nacional, a reposição dos salários e pensões cor-tados e a redução da taxa de IVA (sobretudo na res-tauração e nos serviços de primeira necessidade como água e electricidade) são in-dispensáveis à dinamização da procura na economia. O Bloco de Esquerda apre-

sentou já diversas medidas que permitem a criação di-recta de emprego através do investimento na reabilitação urbana e nos serviços de apoio social. Estes seriam também investimentos ge-radores de emprego no con-celho de Sesimbra. Acresce ainda a revitalização da pes-ca e agricultura, do turismo sustentável e do comércio local.

Quais as medidas e in-centivos existentes no concelho para empresas e trabalhadores a nível do desemprego?Não São conhecidas medi-das explicitamente dirigidas à criação de emprego no concelho de Sesimbra à ex-cepção das medidas nacio-nais e dos GIP’s (Gabinetes de Inserção Profissional) e de alguns cursos de forma-ção profissional, em muitos casos desadequados à pro-cura do mercado e às com-petências dos desemprega-dos.

Sandra Cunha

POLÍ

TIC

A O desemprego é um tema de extrema im-portância para a população de Sesimbra e para o país. Atualmente são muito as famí-lias os jovens que abandonam Portugal à procura de alguma realização profissional e financeira. O Sesimbrense desafiou os partidos com assento na Assembleia Muni-cipal a falar sobre este problema.

Bloco de Esquerda

A taxa de Desemprego desceu pela 10ª vez con-secutiva, concorda com os valores apresentados?A taxa de desemprego re-cuou para 15,4% em Dezem-bro de 2013, o que repre-senta de facto a 10ª queda consecutiva do número de desempregados. Este é o valor mais baixo desde Maio de 2012 e representa os da-dos oficiais o que, em tem-pos normais seriam uma boa notícia. Lamentavel-mente, estes não são tem-pos normais e não podemos desassociar estes números, aqueles da emigração. Sa-bemos, também por fontes oficiais que no ano de 2012 emigraram mais de 120 mil portugueses e que no ano de 2013 emigraram men-salmente cerca de 10 mil concidadãos nossos, dados estes, com peso enorme na taxa de desemprego. As-sim, estes dados relativos à taxa de desemprego es-condem uma realidade bem

CDU

mais dramática e inaceitável que vêm contrariar a propa-ganda eleitoralista do gover-no PSD-CDS de que a taxa de desemprego não baixa pelo facto de a economia absor-ver estas pessoas, mas sim porque elas optam por pro-curar fora do país aquilo que o país lhes nega. Que medidas tomaria o seu partido de forma a mi-nimizar o desemprego no concelho?Convém ter presente que para haver emprego é pre-ciso haver “crescimento económico”. O crescimento económico pode aconte-cer através do impulso ao mercado interno (procura interna) e através das expor-tações. Temos assistido nes-tes últimos 3 anos á degra-dação do mercado interno provocado pelas gravosas medidas de austeridade im-plementadas pelo governo PSD-CDS refletidas no brutal aumento de impostos dire-tos e indiretos, cortes nos salários e subsídios entre muitas das medidas toma-das asfixiando os clientes das empresas, ou seja, to-dos nós. Por outro lado, as exportações têm vindo a crescer graças aos produtos petrolíferos refinados que saem diretamente da refi-naria de Sines. Mas, este im-pulso por si não é suficiente. A nível local temos vindo a assistir ao mesmo sufoco por parte dos empresários e das empresas. Porém, a CM Sesimbra tem ao longo destes dois man-datos e mesmo antes que a crise se instalasse, tentado dinamizar o concelho e de-senvolver a sua economia. Falo da CM Sesimbra pois tem sido a CDU a governar os destinos do município, como é bem sabido e logo, o trabalho realizado traduz um programa que tem por base os ideais do PCP e do partido ecologista os verdes (CDU). Assim, o esforço da autarquia tem sido no sen-tido de melhorar a qualida-de de vida dos munícipes e dessa forma também criar condições de maior atrati-vidade do concelho, através da construção de espaços verdes, infraestruturas des-portivas e recreativas, re-cuperação de património, melhoramento na rede de saneamento básico e rede rodoviária etc… também com o sentido de trazer mais gente para o nosso concelho e consequente-mente mais desenvolvimen-to social e económico.Mas a Cm Sesimbra tem atuado de forma mais dire-

ta com vista ao desenvolvi-mento económico do nosso concelho e assim disponi-biliza apoio ao empresário, através do gabinete de apoio ao empresário, tem criado o gabinete de apoio às pescas e ruralidade, gabinete de feiras e mercados, tem bai-xado taxas municipais de li-cenciamento de publicidade e taxa de ocupação do espa-ço público, relativamente a suportes publicitários, tem baixado os valores pagos pelos espaços de venda nos mercados municipais com vista também a valorizar o pequeno comercio e o esco-amento dos produtos locais, em parceria com as juntas de freguesias do concelho tem organizado e desenvol-vido várias atividades/even-tos no sentido de promover a sua terra e os seus produ-tos, como sendo a Quinzena Gastronómica das Sopas do Mar, Festival da Serra e do Mar, Zimbramel, Zimbr arte, Quinzena Gastronómica do Espadarte, Semana Gastro-nómica Sabores de Outono e Cond’Arte - Feira de Ar-tesanato entre outras, tem desenvolvido as hortas ur-banas. A CM Sesimbra tem organizado e apoiado inven-tos/feiras locais no sentido de promover produtos re-gionais, onde a Zimbramel tem tido maior expressão e participado em feiras nacio-nais e internacionais como é o caso da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Com vista a promover ainda mais o tu-rismo, foi criada a marca Se-simbra é peixe e foi também possível criar condições para chamar e manter o fes-tival de música Super Bock Super Rock que acontece no verão (Meco) e que também pretende impulsionar a eco-nomia local. A outro nível tem desenvolvido o dossiê Mata de Sesimbra – sul, que visa trazer para o concelho um investimento avultado e dessa forma promover sem margem para duvidas o em-prego. Estes são exemplos concretos e atividades pos-tas no terreno mas, quero aproveitar para convidar to-dos os leitores a navegar no site da Cm Sesimbra e veri-ficar mais iniciativas desen-volvidas e/ou a desenvolver por parte do município, logo dos eleitos da CDU.

Quais as medidas e in-centivos existentes no concelho para empresas e trabalhadores a nível do desemprego? A resposta a esta pergunta está contida na pergunta n.º 2.

Alain Monteiro

O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 20145

MSU

A taxa de Desemprego des-ceu pela 10ª vez consecuti-va, concorda com os valores apresentados?Segundo o gabinete oficial de estatísticas comunitário, a taxa de desemprego em Por-tugal baixou em Dezembro de 2013, pelo décimo mês conse-cutivo, para os 15,4%, a maior redução homóloga da União Europeia, a par da Irlanda e da Letónia. Todavia, ao contrário do que vem sendo veiculado pelo Governo, esta aparente descida do desemprego, não atesta a evolução da econo-mia portuguesa, nem a recu-peração das empresas no país, pois em Janeiro de 2014, o número de pessoas inscritas nos centros de emprego au-mentou, ascendendo a mais de 700.000, dado que demonstra que a economia nacional ainda está longe de reverter o ciclo negativo e a espiral descen-dente dos últimos anos. Num país com cerca de 2.750.000 pobres, as políticas de auste-ridade do Governo têm incre-mentado o desemprego, não surpreendendo que os recur-sos valiosos do país optem por procurar oportunidades de tra-balho em países onde as suas capacidades e competências sejam devidamente valoriza-das. Em suma, a pretensa des-cida da taxa de desemprego é puro engano, pois desconside-ra o crescente fluxo de emigra-ção, maioritariamente jovem, não sendo por acaso que o FMI continua a apontar o elevado desemprego em Portugal como motivo de preocupação.

Que medidas tomaria o seu partido/grupo de cidadãos de forma a minimizar o desem-prego no concelho?O aumento do desemprego no concelho é, a par de fatores como a ruína das actividades económicas da construção e do imobiliário, fruto da ausên-cia, nas das últimas décadas, de políticas centradas no de-senvolvimento económico do concelho. Os que teimam em analisar o flagelo do desem-prego a uma escala nacional, sem atender às especificida-des do concelho de Sesimbra, tal como o fizeram em relação à anormal taxa de abstenção que se verificou nas últimas eleições autárquicas, estão a desferir um profundo ataque à inteligência dos cidadãos e munícipes de Sesimbra. Para reverter esta situação de ma-rasmo económico, necessita-mos de uma política de melhor aproveitamento dos recursos

humanos, naturais e materiais do concelho que aposte no tu-rismo como sector impulsiona-dor da economia local, plane-ada de uma forma organizada e em conjunto com os comer-ciantes de Sesimbra, devendo-se deixar em segundo plano todas as obras não essenciais às populações.Uma das actividades que sempre foi e será um pólo de atracção turística é o Carna-val, devendo-se criar condi-ções para a auto-sustentação das várias colectividades en-volvidas, de modo a acabar com a “subsídio-dependência” em relação à autarquia, po-dendo-se inclusive pensar na criação de um Museu do Traje de Carnaval dotado de salas de espectáculos, e de exposição de trajes de carnaval e outros símbolos do carnaval de Sesim-bra, onde se conte a história do nosso Carnaval, com recei-tas a reverterem para as Esco-las de Samba Uma actividade que traz tantos turistas ao con-celho deverá ser explorada ao máximo, para que em torno da mesma se possa criar riqueza, mais projectos empresariais e, com eles, mais emprego para as populações.Outra actividade com grande projecção a nível concelhio diz respeito às festividades re-ligiosas, devendo a autarquia incentivar ao desenvolvimen-to do artesanato alusivo às festas religiosas do concelho, e promover o turismo religio-so de grande escala, com um itinerário de peregrinação com paragem no santuário do Cabo Espichel.E porque a prioridade deve ser o crescimento económico do concelho, é fundamental a criação de pacotes turísticos integrados que incluam esta-dia em hotel, refeições em restaurantes, prova de vinhos, visitas guiadas pelo património arquitectónico, viagem de bar-co e outras actividades relacio-nadas com o mar e natureza, lançando mão de mecanismos eficazes de publicitação de Sesimbra e de tudo o que tem para oferecer. Urge incentivar o empreendedorismo, apoian-do-se os negócios que invistam na área cultural, em especial na Quinta do Conde. Criando-se uma nova dinâmica, com envolvimento de todos os ci-dadãos, beneficiarão os pro-dutores locais, a pesca, e ou-tros sectores produtivos e, por maioria de razão, o emprego.

Quais as medidas e incentivos existentes no concelho para empresas e trabalhadores a nível do desemprego? Salientamos o trabalho de-senvolvido pelos Gabinetes de Inserção Profissional (GIP), em prol da empregabilidade e do estímulo à reinserção no mer-cado de trabalho dos ativos em situação de desemprego, mas é um trabalho que está condi-cionado pela contínua estag-nação da economia local. Do mesmo modo, os programas de estágios profissionais, apesar de contribuírem positivamente para a inserção profissional de

desempregados e de jovens à procura do primeiro emprego, acabam por não ter continui-dade, se não se garantir a cria-ção e manutenção de postos de trabalho ao nível das orga-nizações beneficiárias. Em ma-téria de incentivos a empresas para a contratação de traba-lhadores, além dos programas a nível nacional, cremos que a nível local continua a faltar apoios relevantes. São por isso necessárias políticas eficazes e ajustadas à realidade local.

Nuno Miguel Ribeiro

A taxa de Desemprego desceu pela 10ª vez con-secutiva, concorda com os valores apresentados?Há muito que se especula sobre esta matéria, em par-ticular sobre a veracidade da informação que vai passan-do nos media, se esta é real ou se eventualmente poderá estar a ser manipulada, ou não… No momento atual, esta questão não poderia ser di-ferente se considerarmos a maior taxa de desemprego conhecida das últimas déca-das, acompanhada da maior taxa de emigração de que há memória em Portugal, resultado das (a)políticas deste governo e da sua man-datária para as questões fi-nanceiras, a nossa conheci-da Troika, que resultou no maior flagelo de sempre em termos de desemprego no nosso país!Assim, considerando que quando se efetua um estu-do rigoroso com base na taxa de desemprego, deve-se anexar nesse estudo, duas rubricas fundamentais para que a informação seja o mais abrangente possível, desde logo, as pessoas con-sideradas inativas e disponí-veis, mas que não procuram trabalho e, as pessoas inati-vas que procuram trabalho, mas não estão disponíveis… Estas pessoas, sem trabalho e “riscadas” dos registos por “não estarem disponíveis” ou por terem “deixado” de procurar trabalho, ficam fora das “contas” de somar para a avaliação final da re-ferida taxa de desemprego no país!Estamos a falar de cerca de 290 mil pessoas que a so-mar à população desempre-gada e ativa sem trabalho, passaria de 923 mil pessoas sem trabalho para 1,2 mi-lhões de pessoas sem ativi-

dade profissional, passando a taxa conhecida e normal-mente divulgada de cerca de 16, 9% para uns reais 21% de taxa de desemprego em Por-tugal!

Que medidas tomaria o seu partido de forma a mi-nimizar o desemprego no concelho? Antes de se tomarem quais-quer medidas, é urgente fazer uma avaliação/estudo da população ativa desem-pregada no concelho para que se possa responder de forma eficaz às necessida-des mais prementes, tendo em conta algumas caracte-rísticas da maioria da popu-lação desempregada, que em grande parte, trabalhava no setor terciário, maiorita-riamente na construção civil e obras públicas ou comér-cio e outros serviços. Um número ainda assim bastan-te significativo de pessoas com níveis de escolaridade relativamente baixos e ex-periência de trabalho não certificada, tornando-se ati-vos com dificuldades acres-cidas para fazerem face à competitividade no mercado de trabalho, nomeadamente em outros sectores profis-sionais da sociedade onde sejam exigidas maiores qua-lificações…A solução teria que passar pelo incentivo à economia local, nomeadamente no aumento do investimento privado e público, ainda que com dificuldades, mas com uma solicitação à criativida-de!Nomeadamente, o apoio ao empreendedorismo por parte da Banca; criação de mecanismos de atrativida-de à revitalização, quer das atuais e mais necessitadas empresas, quer dos novos projetos geradores de em-prego.A reabilitação e a reconstru-ção de edifícios degradados é uma das possíveis saídas da crise neste setor de ativi-dade. Da mesma forma, a ascen-são do turismo em Sesim-bra é também uma meta obrigatoriamente a consi-derar como uma atividade de suporte à empregabili-dade neste concelho, mas não pode ser apenas vista como uma atividade sazo-nal, a aposta terá que ser bem mais ambiciosa neste setor, a exemplo de Lisboa, que acaba de bater um novo record de 10 milhões de tu-ristas (dormidas) na cidade!Aproximação aos empresá-rios locais - levantamento das suas principais preocu-pações e dificuldades e qual o papel que a CMS poderá ter para tentar minimizar as mesmas.Com o apoio/mediação/incentivo da Câmara Muni-cipal, tentar atrair o inves-timento para Sesimbra, a exemplo de muitas outras autarquias no passado re-cente na zona da grande

Lisboa, seja por via da redu-ção de taxas, seja por via de incentivos à fixação no local.Apresentação de todas as medidas de empregabilida-de que existem atualmente e quais os benefícios que terão em contratar desem-pregados inscritos no Cen-tro de emprego. Esta ação contribuiria para a redução da necessidade do recurso à chamada “economia para-lela”, ou seja, a contratação de trabalhadores de forma ilegal, sem contrato, seguro de trabalho, entre outros.

Quais as medidas e in-centivos existentes no concelho para empresas e trabalhadores a nível do desemprego? As medidas e incentivos existentes no concelho são as mesmas que existem a nível nacional ao abrigo das medidas de apoio à contra-tação promovidos pelo IEFP, nomeadamente os contratos de emprego e inserção (CEI), os apoios à contratação, a formação profissional, entre outros, que de alguma for-ma conjuntamente com os GIP´s, muitas vezes, consti-tuem a 1ª base de apoio e mediação entre entidade pa-tronal e candidatos a empre-go, ou seja, entre a procura e a oferta.

Pedro Mesquita

PS

PSD

A taxa de Desemprego des-ceu pela 10ª vez consecuti-va, concorda com os valo-res apresentados? Obviamente que concorda-mos com os dados oficiais sobre a taxa de desemprego em Portugal neste momen-to, 15.3%, como concorda-mos no passado, as nossas instituições, (INE e IEFP) dis-põem de técnicos dos mais qualificados, pelo que nos sentimos confortáveis com as suas previsões e com as suas estatísticas. Outra coisa é dizer que nos sintamos satisfeitos, claro que não, ninguém se pode sentir confortável sabendo que centenas de milhares de trabalhadores não podem dar o seu contributo para a recuperação deste pais, de-pois de termos sido atirados para o abismo por políticas desastradas e políticos sem visão, para lá do seu umbi-go. Ainda temos um longo ca-minho a percorrer contra

6O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

Decorreu no passado dia 14 de Fevereiro no Audi-tório Conde de Ferreira, em Sesimbra, uma sessão ordinária da Assembleia Municipal, aquela que se-ria uma noite tradicional-mente ligada a namoros, serviu para a apresentação de uma moção oriunda da bancada do PS e uma outra da bancada da CDU.

O PSD, por seu turno, apresentaria uma reco-mendação à Assembleia. O momento serviu para um extenso debate entre as várias bancadas, onde nem sempre se gera consenso, mas se cria o ambiente propicio à apresentação e defesa da linha de pensa-mento proveniente de cada força política ou movimen-to com representação nes-te fórum político.

Porém, no período de an-tes da ordem do dia (PAOD) foi aprovado um voto de pesar pelo falecimento do ex-autarca Joaquim Ma-nuel Martelo Ferreira, bem como, a aprovação de uma saudação à ArtesanalPesca pela inauguração da sua Unidade Congeladora.

CDU – Na sequência da apresentação dos docu-mentos originários das diversas bancadas, a CDU vê aprovada a sua Moção “contra a privatização dos serviços públicos” dirigin-do-se em concreto contra a privatização da EGF, en-

tidade que detém 51% do capital da Amarsul, a par da maioria dos municípios da Península de Setúbal que detêm 49% do capital, que assim viriam entregue os destinos da empresa a um grupo privado.

PS – O Partido Socialista, em clara discordância com a linha de reajustamento dos serviços da justiça planeado pelo governo PSD, em con-creto para o que se preten-de para Sesimbra, nomeada-mente a deslocalização de uma das valências do Tribu-nal de Sesimbra para Alcá-cer do Sal, assume-se contra esta posição governativa e apresenta uma Moção relati-va ao “Mapa Judiciário - Uma solução inaceitável para Se-simbra”.

No entanto, após a apre-sentação do documento e face à reação dos restantes Grupos, os quais não se con-sideravam suficientemente esclarecidos, foi sugerido que o documento baixasse à Comissão de Líderes para melhor avaliação e análise do seu conteúdo, sugestão aceite pelo PS, tendo em conta a importância de se aprofundar o diálogo com todas as forças políticas e com os agentes da Justiça.

PSD – Na sua Recomen-dação – “Cemitério para animais”, o PSD sugere à Câmara Municipal de Sesim-bra que pondere a constru-ção de um cemitério para

animais, numa das Fre-guesias, até final do ano de 2014, classificando-o como uma ação da comu-nidade, que se quer civili-zada e respeitosa para com os animais e o ambiente, evitando deste modo, a possível contaminação dos solos, bem como, a prolife-ração de doenças.

Augusto Pólvora, en-quanto responsável pelo município e, já no período da ordem do dia (POD), fez uma pequena apresen-tação do que tinha sido a atividade municipal des-de a última sessão desta Assembleia em que este ponto esteve na ordem de trabalhos. Dos quatro pon-tos seguintes da ordem de trabalhos, nomeadamente o empréstimo de curto pra-zo – cláusulas contratuais; o Conselho municipal da Educação – Constituição; o Projeto de Lei nº 472/XII/3.ª – Limites territo-riais entre os concelhos de Sesimbra e do Seixal e o Programa dos 40 anos do 25 de Abril, todos com votação favorável por una-nimidade, embora com declaração de voto do PS, quanto ao Programa dos 40 anos do 25 de Abril pela forma como estará a ser organizado e desenvolvido este programa, que vinca a passagem de 40 anos após a conquista da democracia em Portugal.

Assembleia Municipala este maleficio social que é o desemprego, e a que o governo do PSD está a dar resposta, não só com me-didas ativas de emprego e formação, mas também no apoio às empresas, elas sim criadoras de emprego, aliás dados que são referidos in-ternacionalmente como re-levantes da recuperação da nossa economia.

Que medidas tomaria o seu partido de forma a mi-nimizar o desemprego no concelho? O desemprego no concelho de Sesimbra, segundo os dados do IEFP, desceu nos últimos seis meses de 2857 desempregados para 2496 ou seja menos 361, o que é significativo porque não tem haver com a sazonalidade mas reflete uma recupera-ção sustentável, mas muito caminho temos ainda de percorrer O desemprego não pode ser visto com medidas avulsas e aplicadas concelho a conce-lho ou empresa a empresa, o combate ao desemprego faz-se, dinamizando a eco-nomia, dando incentivos fiscais e outros às empresas e Sesimbra como destino turístico de eleição deve ter uma politica estratégica que atraia empresas e eventos de forma a dinamizar toda uma economia local mui-to focada no turismo e nas suas atividades. Será uma prioridade quer para a autarquia quer para

a Região de Turismo de Lis-boa, o promover as ativida-des e eventos ao longo do ano, que tragam para Sesim-bra empresas e consumido-res.

Quais as medidas e in-centivos existentes no concelho para empresas e trabalhadores a nível do desemprego?Em Sesimbra, existem exa-tamente as mesmas medi-das que existem no restante território, não somos uma ilha e aplicam-se às empre-sas e aos trabalhadores os mesmos programas que aos restantes trabalhadores Portugueses, e enunciando alguns, podemos referir a Operação Desempregados desenvolvida pelo IEFP atra-vés do centro protocolar da UGT o CEFOSAP e o pro-grama Vida Ativa do IEFP, o programa Impulso Jovem e o programa Garantia Jovem, vão ser fundamentais para a descida do desemprego jovem. Aliás gostaríamos de dizer que em local próprio já pro-curamos saber das razões da saída dos técnicos do IEFP em Sesimbra, tendo agora os nossos Munícipes com necessidades de for-mação de se deslocar ao Sei-xal, esperamos que a situa-ção se possa reverter, bem como ajudar a que se faça formação profissional pós-laboral e em horário laboral em Sesimbra, evitando as-sim incómodos e despesas com transportes aos nossos Munícipes.

Joaquim Mendes Dias

(Continuação)

O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 20147

Parece lógico poder di-zer-se, em sonante excla-mação: até que enfim!

Referimo-nos à recu-peração integral da casa popularizada como a do “Chico da Cooperativa”, vizinha especial da Igre-ja Matriz, histórico ponto de encontro de “pêxitos” e “banhistas”, em plena época estival de há bem mais de meio século.

Pode dizer-se, convic-tamente, que o Senhor denominado, amigavel-mente, como o “Chico da Cooperativa”, Coelho de seu apelido, constitui-se como figura emblemática da 1ª metade do séc. XX, quando Sesimbra come-çou a ser “invadida” por turistas de diversas pro-cedências, finlandeses e franceses, em predomí-nio.

O estabelecimento co-mercial que todos co-nheciam, correntemente, como o “Chico da Coope-rativa”, beneficiava da sua proximidade do “Largo das Camionetas”, ponto final das “carreiras” dos Covas e do “Caretas” que tinham sempre quem os esperasse após uma lon-ga hora de viagem, de Cacilhas até à “Piscosa”. Para “matar” o tempo de espera, uma boa solução apontava para o “Chico da Cooperativa” para um

Um adeus ao “Chico da

Cooperativa”

De I

gu

al

Mo

do refresco, um típico mala-

cueco, um meloso “Eduar-dinho” ou uma partida de “Négus”, aquela espécie de mini-snoocker hoje de-saparecido. E havia a ca-vaqueira agradável sobre a “bola”, com a fusão e o Belenenses como temas fulcrais dos “bate-papos” assistidos pelo Senhor Chico e, frequentemente, pelo seu muito comunica-tivo filho Amílcar.

À porta do acolhedor es-tabelecimento havia, ain-da, uma muito importante “personagem” – o papa-gaio, de coloridas cores, que sabia dizer bom dia.

Um brevíssimo parênte-sis para evocar que esse vistoso papagaio durou mais de 80 anos, tendo fa-lecido muito recentemen-te, para intenso desgosto do seu principal protector – o Amílcar Coelho.

Voltando, porém, às lembranças do “Chico da Cooperativa” enquanto es-tabelecimento comercial, é de referir que se manteve por largas décadas até cair num triste abandono que tem agora o seu fim. Mal parecia que às portas da “Piscosa” aquele recanto de esquina apresentasse tão mau aspecto.

Entre a saudade dos bons velhos tempos de uma jogatana do “Négus” ou dos divertidos diálogos com o papagaio, queda-mo-nos na expectativa de apurar o que vai sair da obra em curso onde não ficaria mal, queremos crer, uma pequena lápide indi-cativa do que ali existiu por tantos anos – o local de encontro popularizado como o “Chico da Coope-rativa”.

À atenção do dono da obra com a boa intenção de um velho e saudoso cliente.

David Sequerra

A actual direcção da Liga dos Amigos de Sesimbra eleita para biénio 2014/15 criou uma nova estrutura que mereceu a designa-ção: Observatório Local para o Desenvolvimento Sustentável. Um dos ob-jectivos deste observató-rio consiste em fomentar o debate com toda comu-nidade local, incentivando a partilha de experiências, com vista ao Desenvolvi-mento Sustentável no con-

Os Desafios e Oportunidades do Carnaval de Sesimbra

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Dr. Jose Ramalho, Coordenar do OLDS

celho de Sesimbra.No âmbito do Observató-

rio Local para o Desenvol-vimento Sustentável vai assegurar-se a publicação mensalmente de um artigo no jornal o Sesimbrenses que reflectirá as afirma-ções recolhidas em cada debate mensal.

As opiniões e informa-ções recolhidas em cada debate são referenciadas através de uma Análise SWOT (forças, fraquezas,

oportunidades e amea-ças). Trata-se de uma me-todologia para fazer aná-lise de cenário, utilizada como suporte para gestão e planeamento estratégi-co.

O 1.º debate abordou “ Os Desafios e Oportunida-des do Carnaval de Sesim-bra” no passado dia 22 de Fevereiro pelas 16h00 nas instalações do grémio de Sesimbra, do qual resultou a seguinte Análise SWOT:

Pontes Fortes Pontes Fracos

OportunidadesAmeaças

• Tradição• Organização (realização) • Escolas e Associações• Baia• Sol

• Organização (Comissão)• Espaço • Envolvimento dos agentes económicos• Envolvimento da população

• Financiamento• Espaço• Legislação (criação de taxas turísticas)• Condições climáticas (ex. chuva)

• Abertura ao mundo• Maior envolvimento da população• Mais Sesimbra no carnaval• Inovação (criação de novos produtos)• Mais iniciativas ao longo do ano

8O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

PESC

A

Pesca. Porque não?

Este será o primeiro tex-to que tentará dar respos-ta ao repto que me foi lan-çado pela direcção da Liga dos Amigos de Sesimbra, de escrever sobre pesca nas páginas do seu jornal. Como pexito orgulhoso que sou, vou usar uma típica expressão pexita para nomear esta minha rubrica, que tudo farei por manter com regularidade.

Escrever n’O Sesimbren-se assume para mim redo-brada importância, pois foi o primeiro jornal que publicou textos meus. Já passaram alguns anos desde que aqui escrevi pela primeira vez umas crónicas de cariz satírico, que a direcção do jornal da época teve a amabili-dade de publicar.

Este é um momento par-ticularmente difícil para as pescas sesimbrenses e nacionais, em virtude das difíceis condições de mar que se têm verificado desde o final do ano pas-sado. Parece-me, também por isso, importante dei-xar um sinal positivo e de esperança neste meu pri-meiro texto.

Eu e muitos da minha geração cresceram a ou-

vir expressões dos mais velhos, sobretudo daque-les que nos eram próximos e que nos queriam bem, como “o mar é um poço!”; “Não queira ir para o mar!”, “Filho meu não vai para o mar!”. Sem querer desva-lorizar as boas intenções dessas afirmações, nem fazer juízos de valor sobre quem as proferiu, a verda-de é que hoje temos um re-flexo mais ou menos visível deste tipo de tomadas de posição. A escassa entrada de jovens no sector.

Por ter crescido nesse meio, mentiria se dissesse que não compreendia es-sas atitudes, no contexto em que foram proferidas.

Na geração dos meus pais e das que os antecede-ram, ser pescador não era uma opção. Ou melhor, ser pescador era a única op-ção. Não sei se se poderá dizer que os jovens eram forçados a “ir para o mar”, mas na grande maioria dos casos essa era a saída na-tural. Tenho dito e reafir-mado em vários fóruns, e faço-o obviamente por essa ser uma convicção, que ser pescador não é uma profis-são, é uma forma de vida. Nesses anos idos, os jovens

cresciam entre os anzóis e as redes, saíam da escola e iam para as “lojas de com-panha” ajudar a preparar as artes. Esse processo de ini-ciação introduzia os jovens no sector. Aos poucos iam aprendendo da arte, iam-se enturmando com os “cama-radas” do barco. Ao fim e ao cabo iam tornando-se pescadores quase sem dar por isso.

A dureza da vida de pes-cador, somada com o re-púdio inconsciente de não terem tido opção, fez com que os pais desincentivas-sem os seus filhos a se-guirem essa vida. Isso não é forçosamente mau, nem como disse atrás deve ser criticado, era reflexo da experiência de vida e de um determinado contexto. No entanto, terá ajudado a estigmatizar a profissão. Algo que nem os que tudo faziam para afastar os fi-lhos do mar pretendiam, pois não conheço nenhum pescador que não se orgu-lhe de o ser. Foi uma espé-cie de reflexo indesejado.

Não só pelas razões que relatei, é certo, mas tam-bém e em boa parte por elas, a realidade actual é que existem poucos jovens no mar. Há, efectivamente, poucos jovens com carteira

profissional a exercer a ac-tividade, leia-se, pescado-res com cédula marítima. Existem ainda menos com habilitações superiores. Ou seja, para além da falta de pescadores, ainda se sente mais a falta de arrais, mes-tres, contramestres, mecâ-nicos, etc.

E era aqui que queria che-gar para falar do sinal posi-tivo e da mensagem de es-perança que queria deixar com este texto.

Na vida tenho a máxima de que se formos compe-tentes naquilo que faze-mos, seremos bem sucedi-dos. É assim nas empresas, na escola, no desporto, nas artes, etc. Na pesca tam-bém é assim. A falta de ac-tivos pode e deve ser vista por muitos jovens desem-pregados ou em início de carreira como uma opor-tunidade. Nomeadamente, com a possibilidade de, com trabalho e dedicação, existir a necessidade de sangue novo para ocupar as hierarquias superiores das embarcações. Obvia-mente que não existe uma linha de ascensão directa, é preciso fazer o caminho e percorrer todos os trilhos necessários até ao topo. Mas existe um espaço por ocupar, com uma aliciante

particularmente deter-minante nas sociedades modernas. Aqueles que forem competentes e re-velarem capacidade para assumir os destinos duma embarcação, são remu-nerados em consonância com as responsabilidade e a dureza do trabalho, podendo auferir remu-nerações muito acima da média nacional. Feliz-mente não digo isto como mero exercício teórico, pois existem, infelizmen-te poucos, jovens nestas condições em embarca-ções da pesca artesanal de Sesimbra.

As condições das em-barcações são hoje mui-to melhores, os níveis de mecanização do trabalho é muito maior, o nível de equipamento de navega-ção e segurança é incom-paravelmente melhor.

Desengane-se quem achar que existem per-cursos simples, ou “el do-rados”, mas gostaria que cada vez mais os nossos jovens se perguntassem:

Pesca. Porque não?

Carlos Alexandre Macedovaramessaiola.blogspot.com

“Vara-me essa Aiola”

A nossa habitual menção às pescas mensais relata nesta edição, um comentá-rio extraordinário, devido a um feito de uma traineira local de cerco ter sido dis-tinguida na elevada captura de peixe na nossa costa, após uma pequena folga dos vendavais. Trata-se de “A Sesimbrense” sob a di-recção do Mestre José Car-los Martelo. Ao fazer-se ao mar em dois dias, entre 17 e 18 do mêsde fevereiro, próximo de Arcanzil a Su-doeste do Cabo Espichel deparou-se com um grande

cardume de sardinhas, cara-pau, sargos, crutas, que ca-íram nas suas redes, numa profusão que deixou os próprios pescadores estu-pefactos, contentes e satis-feitos. Sobretudo por já há alguns dias terem jejuado de pescar devido às mare-sias que lhes têm “atrasado a vida”… Os rendimentos na Lota foram muito bons mas, dada a muita abundância do pescado, exportaram, por terra, para outras Lotas no Norte. Caros leitores, nós os sesimbrenses aqui nas-cidos, conhecemos bem os

altos e baixos desta dura profissão e traz-nos à lem-brança o motivo porque Camões a cognominou de “Piscosa Sesimbra”; D. Car-los I, rei de Portugal, aqui fez grandes estudos desta rica e produtora costa, onde 113 espécies de peixes do mundo aqui se procriam; Raúl Brandão referiu-se aos pescadores como elemen-tos de muito mérito e gran-de capacidade de pescar; mais tarde Luis Saldanha grande biólogo nacional aqui aprofundou seus co-nhecimentoso, os quais lhe valeram uma homenagem com o seu nome neste mal-fadado Parque Marinho que nos caiu em cima! Um Par-que Marítimo de Sesimbra que em 1920 a 1924 por influência de um estudioso francês, Pierre Closterman que, com o beneplácito dos pescadores locais, afirmou ser uma Costa de Ouro que teria de ser preservada, encontrando aqui grande apoio, sobretudo da parte dos maiores entusiastas: Os

saudosos António Anacleto; Rafael Monteiro; Dr. José Braz Roquete e tantos ou-tros que viam neste projecto uma salvação para esta zona costeira, privilegiada pela sua invejável posição, entre os estuários do rio Tejo e rio Sado, onde as espécies se vêm espraiar nesta acalmia

de mar e caírem nas redes e anzóis dos nossos “arteiros” e competentes pescadores sesimbrenses. Com o 25 de Abril as convulsões próprias da revolução terminaram com este grande projecto que não saiu das gavetas do poder dominante.

Pedro Filipe

Pescaria Sensacional

Apesar de ser Inverno, Janeiro não teve a habitual intempérie da época e por isso não houve grande alte-ração nas capturas e totais gerais, que se registaram até ao final do mês de janei-ro. Já no mês de fevereiro, não se pode dizer o mesmo. A invernia que se tem feito sentir tem impedido a pesca artesanal do peixe-espada

preto, e assim, por tabela, a nossa excelente Artesanal Pesca tem sentido os seus efeitos, tendo dificuldade em cumprir os compromis-sos habituais de produção. Recorde-se que esta é de momento, a nossa melhor indústria, empregando cer-ca de sete dezenas de fun-cionários.

Pedro Filipe

Pescas - Janeiro

Arrasto

Artesanal

Cerco

Totais

63.359,8

613.945,5

945.824,5

1.623.129,8

129.887,96

1.612.744,10

439.001,67

2.181.633,73

ARTES QUANTIDADES (kg) VALORES (€)

Traineira Sesimbrense de Pereira Simões & Cardoso

O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 20149

Associação Tripa

“Axé, O ritmo que balança”

A Associação Tripa salienta-se pela sua irreve-rencia e vida nos desfiles. Criada em 1996 apenas com elementos masculinos, actualmente sai à rua com dois grupos uma forma de ter carnaval no fe-minino. A direcção conta-nos como vai ser 2014.Sa

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Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Estão a correr bem e conforme planeado, esperamos ter tudo terminado uma semana antes do desfile.Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a viver a época?

A Tripa Cagueira vai sair para a rua com cerca 80 elemen-tos e Tripa Mijona 45 elementos. O nosso mote de carnaval é: Axé, O ritmo que balança. Uma fantasia repleta de alegria. E a Tripa com o mote “Com um toque de magia”. Que tipo de iniciativas vão realizar?

Vamos fazer as habituais iniciativas, o desfile na Avenida

da Liberdade no fim de semana e na terça feira de carnaval. Que dificuldades sentiram?

Temos tido algum esforço financeiro para conseguirmos trabalhar no Carnaval 2014 visto que a verba da autarquia mesmo sabendo ser certa, não chega com a antecedência devida.Qual o convite que deixam à população do concelho?

Que venham assistir aos desfiles não só domingo e terça mas também sábado, pois temos um grande carnaval não precisamos de gente famosa, sendo gratuita a assistência to-dos deviam aproveitar. Por nós pelo menos a animação e ale-gria está garantida, não se vão arrepender, vai valer a pena!

Tripa AssociaçãoA tripa Associação foi fundada a 22 de Novembro de 1996 pelo pequeno grupo de amigos que gostavam de brincar

ao Carnaval, mas queriam fazer de forma diferente de todas as outras Associações já existentes. Assim, foi decidido que este Grupo ia ser constituído por elementos do sexo masculino. Surgindo de surpresa na Avenida com alguns instrumen-tos improvisados, pintados de preto e com uma T-Shirts às riscas vermelhas e brancas, com um ritmo contagiante. Foi um sucesso e a adesão ao grupo no ano seguinte foi elevada, conseguindo criar uma bateria com cerca de 40 elementos e compor uma música jamais esquecida pelo povo “Aí Sesimbra”. Os anos seguintes sempre virados para a crítica social, fizeram deste pequeno Grupo o único e o maior Grupo “Afro-Axé” de Portugal, conseguindo ter uma bateria de 180 elementos. Com o nome de guerra “Tripa Cagueira”. Hoje são cerca de 100 elementos na bateria, contudo a associação criou outras vertentes tais como: O Grupo de Palco “Olodum Maré” que faz qualquer tipo de espectáculos; um Grupo formado só por elementos femininos à imagem da “Tripa Cagueira”, a “Tripa Mijona” que desfila no sábado de Carnaval com temos bem alegres e divertidos. ES

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Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Os trabalhos de prepa-ração, construção do carro alegórico, e fantasias têm ocupado os fins de semana todos desde outubro bem como os finais de dia e mui-tas vezes até bem tarde to-dos os dias da semana desde o início de Janeiro.

Há que ressalvar o trabalho das costureiras, de cada ele-mento da escola com a apli-cação de penas e pedras em cada uma das suas fantasias, os nossos soldadores que este ano fizeram tantas ar-mações de cabeças quantos os desfilantes, pois em todas as alas, inclusive os mirins e

Os saltaricos do castelo prometem revolucionar a ave-nida da Liberdade com os seus elementos da natureza. Segundo a direcção o intuito é surpreender o visitante a animar um fim de semana que promete ser de alegria.

a bateria levam armações de cabeças, sem contar com as armações de braços e cintura que algumas alas levam, bem como o pessoal que está a elaborar o carro alegórico, têm tido um empenho e de-dicação como não há igual.

Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a viver a época?

A Escola de Samba Saltari-cos do Castelo vai ter a des-filar na avenida cerca de 150 desfilantes, entre passistas e bateria.

Que tipo de iniciativas vão realizar?

Para além dos desfiles, a nossa escola já gravou na Sic o programa "Especial de Carnaval" do programa "Gos-

to Disto", gravou ainda o um spot publicitário da Sic "Espe-cial Carnaval", que está a pas-sar desde domingo passado e, no dia 28 de Fevereiro vamos ao programa "Queri-das Manhãs" também da SIC. Para a época de carnaval não temos de momento mais ini-ciativas, temos já algumas marcações mas mais para o verão.

Que dificuldades senti-ram?

As nossas principais difi-culdades são a nível finan-ceiro, apesar do apoio que temos da autarquia, que normalmente vem já muito próximo ao carnaval e como devem calcular as aquisições têm necessariamente de ser feitas com alguma antecipa-ção, para que se consigam produzir as fantasias atem-padamente. Temos também o apoio de alguns patrocínios do comércio local, o qual agradecemos e esperamos retribuir com um excelente espetáculo na avenida, no entanto o número de patro-cinadores é um pouco redu-zido.

Era bom que o comércio e serviços locais de uma forma generalizada e sobretudo o comércio e serviço da vila de Sesimbra fosse sensível e apoiasse um pouco mais este espetáculo que é o desfile de carnaval de Sesimbra. Pois o

desfile traz muito população e turismo nesta época que, faz movimentar o comércio da vila.

Sabemos que desde o iní-cio dos tempos da existência de desfiles carnavalescos em Sesimbra e essencialmente a existência de Escolas de Sam-ba no concelho, o paradigma do carnaval tem vindo a mu-dar.

Se no início eram os gru-pos que saíam à noite e por estarem muito engraçados, começaram a sair durante o dia, hoje o desfile de carna-val é um "Espetáculo" pensa-do, preparado, organizado e levado a cabo na essência do espetáculo em si e como tal poderia ou deveria ser apoia-do como qualquer compa-nhia de dança ou teatro por exemplo.

Qual o convite que dei-xam à população do conce-lho?

Quanto ao convite que dei-xamos à população em geral e essencialmente à popula-ção do concelho é que venha participar quer enquanto es-petador mas acima de tudo, que venha também experi-mentar a época connosco, venham desfilar, venham aprender a tocar um instru-mento de percursão, tragam a família a ver os nossos en-saios e apoiem "O Samba e o Carnaval de Sesimbra"

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Grupo Recreativo Escola de Samba Saltaricos do Castelo

“Os Quatro elementos da Natureza”

O carnaval de Sesimbra assume-se como uma das maiores festas do concelho trazendo à avenida junto ao mar milhares de visitan-tes e desfilantes que prometem um fim de semana animado.

Para além dos tradicionais desfiles o carnaval conta ainda com outros momentos altos, como as Cegadas que são uma das muitas formas de manifestação de crítica social, que revelam o sentido satírico e humorístico do nosso povo, num cenário de celebrações cíclicas. Também as cavalhadas em Alfarim uma tra-dição da época medieval que remonta a uma das tradições mais antigas do país. Estas são duas tradições que se festejam há mais de 100 anos. Este ano, a Cegada de Alfarim tem como tema Namoro de Conveniência e a Cegada do Zambujal apresenta Caldeirada de Hortaliça. O Largo das Forças Armadas, em Alfarim, recebe as tradicionais Cavalhadas, atividade que recria tradições medievais que testavam a perícia dos cavaleiros. O programa de Carnaval de Sesimbra encerra na quarta-feira de cinzas com o Enterro do Bacalhau, realiza-se a seguir à Quaresma, e o que se fazia após o Carnaval era o Enterro do Entrudo. Para outros não houve distinção dos enterros e ambos não deixam de ser o mesmo, realizando-se na quarta-feira de Cinzas.

Folia & Sesimbra

10O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

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Associação Grupo Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Zimbra

“130 anos do jardim Zoológico em fantasia”

O GRES, Unidos de Vila Zimbra é uma escola de Samba que visa o convívio entre pessoas, bem como manter e respeitar a história e tradição do samba, nas suas raízes. Actualmente para além dos tradicionais desfiles, a Escola já conta com um excelente grupo de palco, quer ao nível musical quer artístico, que muito bem tem levado o samba fora de portas. O Sesimbren-se quis saber as novidades para 2014. Frederico Ca-rapinha, explicou como estão a decorrer os trabalhos.

SAN

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Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Os trabalhos para o Car-naval estão a decorrer den-tro da normalidade, este ano faremos uma homena-gem ao Jardim Zoológico

de Lisboa por completarem 130 anos, estando os tra-balhos direccionados para a recreação do Zoo e a sua história.

Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a vi-ver a época?

Este ano a Vila Zimbra apresentará aproximada-mente 120 figurantes que irão desfilar na avenida, fan-tasiados a rigor. Um desfile que tem como mote os 130 anos do jardim.

Que tipo de iniciativas vão realizar?

Para além de colaborar-mos com as diversas ins-tituições e organizações, iremos participar com o carro de som no Desfile dos Palhaços e iremos realizar pela primeira vez o “Enterro

Unidos de Vila ZimbraA 24 de Abril do ano de 2005, nasce a Associação Grupo Recreativo Escola de Samba

Unidos de Vila Zimbra, numa perspectiva de trazer algo de novo ao já tradicional e medi-ático Carnaval de Sesimbra. Vindos de outras escolas de samba do Concelho, alguns dos membros fundadores da escola, esforçam-se por manter acesa a chama do Carnaval, as-sim surgem os Unidos. Quanto à escolha de nome, após várias opiniões decidimos fazer uma homenagem à nossa Vila, tendo como base a mais antiga lenda “Se Zimbra Quiser”. Actualmente para além dos tradicionais desfiles, a Escola já conta com um excelente grupo de palco, quer ao nível musical quer artístico, que muito bem tem levado o samba fora de portas.

Grupo Recreativo Escola de Samba Bota no Rego

“India, um paraíso oriental”A Escola de Samba mais antiga de Portugal nasceu em Sesimbra em 1976, chama-

se Escola de Samba Bota no Rego e para 2014 promete muita folia e animação. O Sesimbrense acompanhou de perto os seus trabalhos e quis saber junto da direc-ção, de que forma vão animar este ano o carnaval e a população.

Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Estamos a tentar cumprir os prazos a que impomos a nós próprios nos últimos anos, tentando acabar todos os trabalhos com um mínimo de 4 dias antes do desfile, o que tem vindo a acontecer.

Quantos elementos vão ter na rua a dan-çar e a viver a época?

Este ano contamos com 150 desfilantes, numero mínimo que temos levado para a avenida. Este ano o nosso desfile tem como mote, India, um paraíso oriental.

Que tipo de iniciativas vão realizar?Para alem dos ensaios individuais de cada

ala, aos fins de semana efetuamos ensaios gerais, e 2 ensaios técnico onde englobamos toca a escola, para afinar distancias entre alas, andamento da escola, o canto do sam-ba pelos desfilantes e os tempos de desfile.

Que dificuldades sentiram?A maior dificuldade prendesse pelo sim-

ples fato de que o subsídio de apoio entregue pela au-tarquia não chegar antes do carnaval, estamos a 19 de fevereiro e ainda não foi disponibilizado sequer uma parte. Trata-se de associa-ções sem muitos recursos financeiros, tendo por isso havido da nossa parte al-gum atrazo na aquisição de materiais e adereços para o carnaval, dai os atrasos, alienada á realidade social existente no nosso país em termos financeiros, refle-tindo-se diretamente não na planificação mas sim na execução tardia, sem neces-sidade, de um projeto ini-ciado em agosto/setembro, o que nos entristece, pois envia uma imagem deturpa-da do carnaval de Sesimbra e que não corresponde pelo menos da nossa parte, á re-alidade.

Qual o convite que deixam à população do concelho?

O carnaval é uma época do ano em que tentamos deixar os problemas para trás e tentamo-nos divertir ao máximo, e divertir todos aqueles que nos visitam nestes dias.

Gostaria que levassem em consideração que os maiores promotores deste tipo de evento, são normal-mente associações feitas e nascidas do trabalho árduo de crianças, jovens e adul-tos voluntários, valorizan-do uma causa nobre que é o associativismo voluntário

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do Bacalhau”, a celebração de encerramento do carna-val. Uma forma de manter a tradição viva.

Que dificuldades senti-ram?

Relativamente às dificul-dades são as mesmas de outros anos, as verbas que escasseiam, os apoios que são cada vez menos, apesar de todos os materiais terem duplicado e triplicado o va-lor, e a grande dificuldades dos espaços para se poder trabalhar e construir as fan-

tasias e carros alegóricos.

Qual o convite que deixam à população do concelho?

Grande parte da Popula-ção do Concelho já conhece o potencial do Carnaval de Sesimbra, e apreciam e va-lorizam este trabalho, sen-do que dever-se-iam unir esforços para trazer mais gente de fora do Concelho a visitar a Vila, não só pelo facto de valorizar a festa, mas também porque é mais um contributo para a valori-zação da Vila.

O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 201411

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LBota No RegoO Grupo Recreativo Escola de Samba Bota no Rego é

uma escola de samba da vila de Sesimbra, fundada em 5 de Março de 1976, sendo assim a Escola de Samba mais antiga de Portugal.

O grupo Bota no Rego foi fundado por um grupo de fo-liões que se destinavam apenas a se divertir no Carnaval nocturno em Sesimbra. A pedido dos habitantes da Vila de Sesimbra, que acharam as fantasias muito bonitas, começaram a desfilar na terça-feira de Carnaval durante o dia.

O Grupo Recreativo Escola de Samba Bota no Rego inaugurou no dia 19 de Janeiro, a sede oficial das suas novas instalações sociais.

cada vez mais raro no quo-tidiano nacional. Eles me-recem tanto palmas como criticas, mas levando em consideração que o fazem apenas e só para um bem comum sem nada lugar com isso, divertir e fazer divertir, não pisando ninguém, res-peitando tudo e todas e sem descriminar quem quer que seja. Viva o carnaval, viva a música, viva a alegria de vi-ver.

Grupo Recreativo Escola de Samba Trepa no Coqueiro

“Era uma vez... o amor”A escola de samba Trepa no Coqueiro é considera-

da pelos seus membros o “Universo Imaginário”, um hino histórico desta associação que leva o carnaval no sangue dos desfilantes. A direcção da escola explicou ao Sesimbrense de que forma decorreram os traba-lhos este ano.

Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Os trabalhos para o Carna-val de 2014 estão a decorrer na normalidade, sendo que neste ano grande parte das fantasias se encontram con-cluídas, feito que em muitos anos não nos foi possível concretizar devido a tercei-ros, estando fora do nosso

alcance esse feito.

Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a vi-ver a época?

Quanto ao número de ele-mentos a desfilar pela nossa Escola, seremos um total de cerca de 120 elementos. O nosso mote para as fan-tasias é: Era uma vez…. o amor, um projecto repleto de magia e muita animação

e cor.

Que tipo de iniciativas vão realizar?

Vamos realizar os tradi-cionais desfiles e participa-ra ativamente em todas as iniciativas do programa.

Que dificuldades senti-ram?

As dificuldades sentidas são as mesmas que se vêm arrastando de à uns anos para cá, que é a falta de apoio monetário por parte da Autarquia com relação a esta época festiva. Uma vez que as Escolas de Sam-ba ficam sempre para trás e caso não houvesse a força e o empenho de todos os só-cios e simpatizantes era im-possível de todo conseguir tudo aquilo que consegui-mos realizar sem o devido apoio.

Qual o con-vite que dei-xam à po-pulação do concelho?

O convite que gostarí-amos de dei-xar é que por favor não dei-xem morrer o Carnaval de Sesimbra, o Carnaval da nossa terra.

Trepa no CoqueiroO grupo foi fundado a 2 de Maio de 1978 por António Paixão, o princi-

pal elemento dos Fundadores: Isabel Luz, Rosa Andrade, Fernanda Picão, Fernanda do Carmo, Manuela, Angelina Aguiar, Helena Homem, Eduardo Cunha, Jacinto Jorge, José Carlos Freitas, Victor Leonel, Fernando Sabino.

Com fantasias confeccionadas gratuitamente por algumas Mães de des-filantes, assim como alguns dos instrumentos de percussão construídos por elementos da escola, António Paixão funcionário do Hotel do Mar, conta então com o apoio do seu Director-Geral Óscar da Silva, que dispo-nibiliza as instalações do Hotel para as primeiras reuniões e ensaios. Este local foi o ponto de partida para o primeiro Desfile de Carnaval da Escola em 1979, com a participação de 30 elementos.

No ano de 1985 o Trepa no Coqueiro inova ao tocar e cantar ao vivo no desfile do Carnaval de Sesimbra, o primeiro samba-de-enredo original “Universo Imaginário”, que se torna um verdadeiro hino da Escola. A pri-meira sede situava-se no armazém de pesca “Armação da Varanda”. Ou-tras sedes de escolas de samba estavam espalhadas pela vila de Sesimbra, mas em 1987 foi cedida pela Câmara Municipal de Sesimbra a actual sede no Largo 2 de Abril em Sesimbra.

Em 1988 desfila com o novo Estandarte, conservando o mesmo símbolo até hoje, cria as suas duas cores oficiais: o verde e o amarelo e adopta as iniciais GRES. Em 1990, os 250 elementos defenderam o enredo “Ora Toma”. A Escola de Samba saltou para as primeiras páginas de todos os meios de comunicação nacionais.

Em 2003, cada vez mais “Juntos e Unidos” os cerca de 200 elementos. A partir desta data o lema da escola começa a fazer cada vez mais a fazer sentido…”Juntos e Unidos Somos A Força Do Trepa No Coqueiro”.

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Grupo Recreativo Escola de Samba Bigodes de Rato

“O Bloco vai dizer o que?”

A “Bigodes de Rato “ foi criada em 17 de Maio de 1999 por um grupo de simpatizan-tes do Carnaval do Brasil. Este ano sai à rua com o tema que reflecte os 15 anos da sua existência. O Sesimbrense esteve à conversa com a direcção que nos contou de que forma vai decorrer o carnaval 2014.

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Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Os trabalhos estão a de-correr dentro da normalida-de, tendo este a ano a épo-ca começado mais cedo do que em anos anteriores. O nosso tema deste Carnaval é uma homenagem a quem fez, faz e fará parte desta associação, comemoramos os 15 anos com, O Bloco vai dizer que??... Havendo uma grande preocupação com a dedicatória a todos nós Bi-

gode anos presentes e au-sentes.

Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a vi-ver a época?

A nível de elementos con-tamos com 60 elementos de bateria, 10 de Staff e temos preparados 350 Kits para quem quiser fazer a festa connosco.

Que tipo de iniciativas vão realizar?

Iremos participar no Baile Trapalhão, desfile das crianças(continua na página seguinte)

fazer boa figura na avenida.Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a vi-ver a época?Vamos sair para o desfile com cerca de 80 desfilantes cujas fantasias terão como mote é o Marquês do Sapu-cai. Vamos dar o nosso me-lhor e alegrar os visitantes

Que tipo de inicia-tivas vão realizar? Várias, ao longo do ano, pois, o nosso intuito visa promo-ver as atividades entre as pessoas e valorizar os laços de amizade e do asso-

Bigodes de RatoA Associação Recreativa “ Bigodes de Rato “

foi criada em 17 de Maio de 1999 por um grupo de simpatizantes do Carnaval do Brasil. Actual-mente conta com cerca de 500 associados, dos quais 150 elementos tocam vários instrumentos de percussão e Samba.

Das várias iniciativas que desenvolvemos ao longo do ano, quer a nível desportivo, recreativo e cultural, estão essencialmente vocacionados para actividades carnavalescas, nomeadamente a participação nos desfiles de Carnaval, onde criam letras, músicas, fatos, e levamos a popu-lação, bem como todos os que nos visitam nos dias de Carnaval a integrar o chamado “Bloco dos Bigodes de Rato”.

Para além destas actividades, a associação participa em vários eventos, nomeadamente, no Assalto ao Castelo, Assalto à Fortaleza, na orna-mentação da Rua da Galé pelos Santos Popula-res, o “Bigodes Eléctrico” no Verão, entre outras actividades propostas pela Câmara Municipal de Sesimbra.

12O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

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Grupo Recreativo Escola de Samba Dá que Falar

“História do brinquedo”A Escola de Samba Dá que Falar promete, muita ani-

mação para este carnaval de 2014. Uma escola que como todas as outras, nasceu pelo amor à folia e de um grupo de familiares e amigos. O Sesimbrense visi-tou a escola e falou com a direção de forma a enten-der quais os seus projetos e dificuldades.

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Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Os trabalhos estão a de-correr bem com normalida-de, apenas com muito tra-balho. Este ano escolhemos uma história para as nossas fantasias e prometemos cor e vida nos nossos fatos. Os ensaios estão a decorrer como previsto e com mui-to empenho por parte das pessoas participantes, ape-sar de todo o esforço que fazem para estar presentes em todas as solicitações. Todos eles são voluntários e amantes do carnaval.Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a vi-ver a época?

Vamos ter a desfilar na avenida cerca de 70 elemen-tos todos fantasiados. Com um carro alegórico, uma festa que promete animar e alegrar com o mote “A histó-ria do brinquedo”.Que tipo de iniciativas vão realizar?

Este ano apenas vamos participar como habitual nos desfiles de rua, e tentar alegrar os nossos visitantes. O tempo promete ajudar e a festa promete ser animada. Que dificuldades sentiram?

A economia está muito má, a maior parte dos des-filantes são de fora o que

acarreta mais despesa. Os materiais também estão mais caros o que leva a um aumento circunstancial das despesas. Os apoios são os habituais, o da autarquia e dos vários patrocinadores que se juntaram a nós nesta iniciativa.Qual o convite que deixam à população do concelho?

Venham para a rua ver e apoiar o carnaval de Sesim-bra um dos mais antigos do país e que se divirtam. Que apoiem não apenas a nossa escola mas toas, pois, todos trabalharam e merecem o reconhecimento por parte dos visitantes.

Dá que FalarA escola surge com o nome Pérolas do Samba em

1984. Uma escola familiar, pequena e com algumas di-ficuldades. Assim foi até 1997, quando mudou a pre-sidência da Escola para uma profissional de música, a professora Teresa Cláudio. Uma das poucas directoras de bateria do mundo, de nacionalidade portuguesa. A Escola de Samba deu uma reviravolta, com a entrada de novos elementos, e passou a ser lembrada pela sua bateria nota 10. A garra, o swing, a marcação de surdo e contra-surdo fizeram a diferença... Foram dois anos es-pectaculares: 1998 e 1999. Em 2000, mudam a sua de-signação para Gres Dá que Falar. Em 2001, surge uma alteração na presidência, tentaram colmatar os proble-mas financeiros. A partir daí, passaram por várias fa-ses, como qualquer Escola de Samba, mas sempre com muita garra e entrega. O número de elementos durante o Carnaval varia entre 100 e 150 desfilantes, tendo em alguns anos chegado a 200 pessoas.

Grupo Recreativo Escola de Samba Batuque do Conde

“O mar e o carnaval”A escola Batuque do Conde foi fundada em

11 de Julho de 2008, o Grupo Recreativo Es-cola de Samba Batuque do Conde, é uma as-sociação sem fins lucrativos. Que se apresen-ta em espectáculos todo ano em todo o país, levando Sesimbra no coração. O Sesimbrense quis ouvir a direcção do grupo e perceber quais as motivações e dificuldades.

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EComo estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?

Os nossos trabalhos es-tão a decorrer a bom ritmo, principalmente os carros alegóricos. Estamos moti-vados e felizes por mais um ano de Carnaval e tradição no conelho. Até agora fize-mos cerca de Fizemos 10 ensaios, tanto de bateria como de passistas.Quantos elementos vão ter na rua a dançar e a vi-ver a época?

Este ano O Gres Batuque do Conde pensa ter entre 90 a 100 desfilantes, distribuídos entre alas, bateria e sta-ff, mais dois carros alegóricos. As nos-sas fantasias de carnaval são uma

alusão à fauna e flora maríti-ma, inspiradas na pesquisa feita pelo Rei D. Carlos 1º.Que tipo de iniciativas vão realizar?

Para além dos desfiles de carnaval, que será três, ain-da vamos ter entre dia 28 fe-vereiro e dia 3 março, varias atuações em associações e bares., onde cotamos levar muita animação e alegria.

Que dificuldades sentiram?Para não variar muitas, a

maior dificuldade que sen-

timos é a financeira. É uma pena é não haver um reco-nhecimento merecido por parte das entidades priva-das que tanto beneficiam com este espetáculo, e de todo este trabalho levado a cabo pelas escolas de sam-ba do concelho.

Qual o convite que deixam à população do concelho?

O melhor convite que po-demos deixar à população de Sesimbra, e não só, é que apareçam na Quinta do con-de no Sabado 1 de março e em Sesimbra no domingo dia 2 de março, porque vai valer a pena. Nós Batuque do Conde estamos a traba-lhar imenso e estamos mui-to motivados para fazer bri-lhar o carnaval de Sesimbra.

Batuque do CondeEscola de samba criada em 2008, é uma associação de cariz popular, que se caracteriza

pelo canto e dança do samba. A aparição das escolas de samba está ligada à própria história do carnaval carioca em si, bem como da criação do samba moderno. Em Sesim-bra só a partir de 1974 foram dados os primeiros passos. Sendo um tipo de associação originário da cidade do Rio de Janeiro, as escolas de samba apresentam-se em espectácu-los públicos, em forma de cortejo, onde representam um enredo, ao som de um samba – enredo e acompanhado por uma bateria.

Hoje em dia, uma escola de samba, deverá desenvolver outras actividades que visem a participação na dinâmica associativa, abertas à diversidade de ideias, actividades e projectos.

Corvo de Prata

“Marquês do Sapucai”

Como estão a decorrer os trabalhos para o Carnaval 2014?Os trabalhos estão a decor-rer com muita normalidade e a correr de forma bastan-te positiva. Estamos a pre-pararmos para sair à rua e

ciativismo. Desta forma são inúmeras as actividades que pretendemos organizar no decorrer do ano para que de alguma forma a nossa associação cresça e seja re-conhecido no concelho.Que dificuldades senti-ram?As dificuldades sentidas são as mesmas de sempre, a cri-se provoca a falta de apoios e com isto dificuldade para a sobrevivência das associa-ções locais.Qual o convite que deixam à população do concelho?Venham ver o primeiro des-file do Gres Corvo de Prata, que este ano se quis juntar a maior festa de folia de Se-simbra e alegrar as pessoas que nos visitam e que con-nosco querem divertir-se dançar e a proveitar a boni-ta paisagem.

O Corvo de Prata sai este ano pela primeira vez para a rua desafiando-se numa aventura carnavalesca. A direcção da associação promete folia, alegria e muita música no programa de actividades.

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O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 201413

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Um Festival que pretende motivar o turismo e a cultura

Finisterra Chega à AntártidaAté ao momento estão inscritos na 3ª edição do Finis-

terra cerca de 38 países, completando 161 inscrições. Estes números são considerados pelo responsável da organização, Carlos Sargedas, um sucesso para a inicia-tiva, para o Turismo e Sesimbra.

Que balanço faz desta mostra que conta este ano com a sua 3ª edição?Ao longo destes três anos, foi conseguido aquilo que outros festivais com

muitos anos ainda não o conseguiram, o reconhecimento Internacional da qualidade de organização, qualidade dos autores e filmes representados e a excelência de recepção que foi conseguida.

Na 1º edição do Finisterra, recebemos como visitante um dos membros da direcção da EUFCN, Associação Internacional das Film Commissions Euro-peias, que após presenciar o êxito e o bem receber, convidou-me para estar presente em Cannes na edição seguinte que se realizaria em Maio de 2013, dias depois após a 2ª edição do Finisterra.

Quase um ano depois fui apresentar o festival, e oficializar a então recém formada Arrábida Film Commision, criada para dar “estrutura” a este festival.

Em Cannes foi com surpresa e orgulho que ouvi as maiores referências e elogios ao festival e à forma como recebemos os convidados, organização e programa apresentados, assim como ao programa de promoção turística que durante cinco dias mostrou aos presentes, (premiados, jornalistas de ci-nema e turismo, presidentes de regiões de turismo, representantes de várias embaixadas e membros do Governo do Dubai, produtores e realizadores convidados) as grandes potencialidades turísticas, gastronómicas e cinema-tográficas desta região.

Na 1º edição contamos com a presença de 18 países com 94 filmes quan-do éramos desconhecidos e, na 2º edição com 19 países e 96 filmes com a presença de distintas personalidades de embaixadas e governos interna-cionais, Vejo agora este trabalho ser reconhecido com a participação até ao momento de 38 países. Tivemos contactos de lugares tão distantes como a Antárctica.

Sente que existem algumas condicionantes para a realização da mos-tra, ou tem sentido apoio por parte dos parceiros?

As condicionantes existem desde sempre. Tenho a “infeliz” mania de avan-çar nos projectos quando acredito neles. Quando desde a primeira hora não há dinheiro é muito mais difícil fazer seja o que for. Ao longo da minha vida tenho mostrado que isso não é um impedimento, apenas uma condicionan-te. Desde o inicio fiz ver e mostrar aos nossos parceiros, que se todos cola-borarmos um pouco que seja, conseguimos fazer! Existem coisas que tive que pagar directamente, mas desde sempre sabia que seria assim.

Apenas pedi que quem quisesse participar teria que “dar o melhor que tem” pelo menos custo possível e todos em conjunto conseguimos o verda-deiro sucesso que tornou este festival famoso internacionalmente. Chegar a Cannes e virem-me perguntar sobre uma fantástica caldeirada de Sesimbra servido pelo restaurante Ribamar, é de ficar muito orgulhoso. Porém são muitos os que nem respondem aos pedidos de parceria e apoio.

Na sua grande maioria querem “vir à boleia” de todo um trabalho e por isso acabam por nunca aderir. Mas felizmente, desde a primeira hora todos os hotéis de Sesimbra, os melhores restaurantes e algumas das melhores empresas de turismo de Sesimbra e de Setúbal.

Curiosamente logo após o término da 1ª edição, recebo um contacto do então Dr. Rosa do Céu que me quis felicitar pelo festival e reconhecendo o sucesso inesperado, acabando a TLVT por me reconhecer como “personali-dade do ano” devido ao meu trabalho de divulgação da Arrábida. Tendo tam-bém, sem qualquer solicitação dado uma pequena colaboração monetária.

O mesmo assumiu um apoio na 2ª edição que muito ajudou o festival a crescer e a chegar mais longe. Mesmo assim custou-me muitos milhares do meu bolso e da minha empresa, patrocinadora deste festival.

Agora e para meu espanto, após a remodelação da Região de Turismo e a extinção da TLVT, surgindo a ERTL (Entidade regional do Turismo de Lis-boa) retiraram o apoio (de 5000,00 €) apesar de reconhecerem o trabalho, o sucesso e o festival, não lhe reconhecem “promoção turística” mas sim “cultural”. Neste momento estou com o mesmo como comecei.

Depois tenho o apoio Institucional das 3 autarquias envolvidas e a oferta

de um almoço ou jantar ao pequeno grupo de convidados (premiados e jor-nalistas internacionais) por parte de duas delas. O restante para o qual não consigo apoio, pago do meu bolso. Tenho ainda o apoio do IPA/ISEC que com a Colorize me dá ajuda na organização da conferência Internacional.

Como surgiu a ideia de realizar esta iniciativa?Surgiu quando participei com quatro filmes meus em vários festivais in-

ternacionais em diversos países, ganhei uma serie de prémios, nestes filmes apresentei, Sesimbra, Alqueva, Sintra e Lisboa.

Filmes como “A Casa dos Espíritos” trouxeram ao Cabo Espichel actores como Jeremy Irons, Meryl Streep ou Glenn Close. “O Circulo Invisível” trouxe-nos Cameron Diaz e Chistopher Eccleston numa cena dramática do filme. “Hornblower”, um filme realizado na costa de Sesimbra, Arrábida e Cabo Espichel; “As Viagens de Gulliver”, “007 Ao Serviço de Sua Majestade”, entre outros, vieram aumentar a lista de nomes que aqui filmaram.

Existem dados e estudos que comprovam o grande impacto e aumento do fluxo turístico a locais que serviram de cenário em produções cinemato-gráficas.

O festival pretente promover estes locais para grandes produções cinema-tográficas, mostrando ao mundo o “nosso” potencial turístico, fortalecendo a imagem internacional da Arrábida, Sesimbra e do Cabo Espichel.

No cerne deste festival encontra-se a conferência “Turismo e Cinema” uma oportunidade de desenvolvimento e promoção da investigação sobre a ligação entre o cinema e o turismo, a qual trará até nós pessoas que se encontram de alguma forma ligados aos dois sectores. Para o efeito, estabe-leceu-se uma parceria com o IPA – Instituto Superior Autónomo de Estudos Politécnicos que, no âmbito dos seus ciclos de estudos, em particular na pós-graduação em Cinema Documental, tem vindo a desenvolver vários estudos, produzindo conhecimentos e promovendo experiências nas várias áreas de produção de cinema, pós produção, realização, sonorização, imagem e web design, design gráfico e muitos outros. Após o festival comecei a ser con-vidado para os mostrar também em faculdades e Institutos politécnicos o nosso trabalho. Esta foi também, uma oportunidade de promover a Arrábida e a sua candidatura, pois, tinha sido convidado para pertencer à comissão de honra da candidatura à UNESCO.

O que inicialmente se iria chamar de Espichel (devido à minha “luta” pela preservação deste património abandonado por quem devia tratar dele) cha-mei-lhe Finisterra, porque o Cabo é um finisterra e, juntei-lhe o nome Arrábi-da, por isso, ficou Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival. Este não é só uma mostra de filmes mas também uma mostra de varias formas de arte e cultura como o caso das mostras gastronómicas, exposições de fotografia temática, folclore, etc.

Já tivemos danças de Grécia, mostra gastronómica de Macau, Musica da China, Fotografias da China, Índia, Macau, Grécia, Marrocos.

A este projecto ainda se junta uma Conferência internacional onde o tema é sempre “O Cinema e o Turismo” onde já tivemos alguns dos mais interes-santes e variantes temas de relação entre o turismo e o cinema.

Como se processa a participação?Inicialmente abríamos as inscrições apenas entre Janeiro a Março, mas

após a ida a Cannes senti-me na necessidade de abrir as inscrições em Novembro uma vez que percebi que iríamos “dar um salto” e foi o que acon-teceu.

Depois aproveitei os contactos que fiz nos vários festivais e agora os novos em Cannes para enviar um convite formal anexando boletim de inscrição e regulamento.

Também o fenómeno chamado Facebook que nos liga ao mundo à distân-cia de um clik, tem sido muito importante nos contactos. Depois há ainda a recepção dos filmes, cataloga-los, carrega-los para o canal Vimeo do Festival e depois de fazer as grelhas, enviar para os membros do Júri internacional que estão nos seus países.

De realçar que os membros do Júri não se contactam entre si e nenhum sabe quais são filmes premiados. Apenas na cerimónia de entrega de pré-mios os concorrentes e os membros do Júri sabem os resultados. Apenas o presidente do Júri, eu e algumas pessoas da equipa que fazem a pré-selec-ção dos filmes, tem conhecimentos mais formais.

(continua na página seguinte)

14O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

(continuação) Sendo vence-dores de algum prémio, avi-samos o concorrente que o seu filme é premiado, sem que seja informado que pré-mio venceu. Desta forma terá de vir a Sesimbra rece-ber o prémio.

Como realizador, produ-tor, traz normalmente algu-ma cobertura jornalística e quando não acontece, fará divulgação para dar relevo ao prémio e com isso dá re-levo ao festival e local onde este se realiza.

Que mensagem preten-de passar com o Finister-ra?

O Finisterra pretende mostrar as potencialidades cinematográficas deste lo-cais, ao trazer realizadores e produtores até nós, para receber um prémio, durante os dias em que estão cá a custo zero para eles porque ofereço a estadia de hotel e refeições. Fazemos vários tours turísticos pela região da Arrábida, mostramos também alguns locais que já foram e poderão vir a ser utilizados em filmes de grande produção cinemato-gráfica.

Em Cannes apresentei Se-simbra, Arrábida e o Cabo Espichel à FOX. Também já fomos contactados por pro-dutores Indianos, France-ses, Brasileiros. Agora criei a Arrábida Film Commission que está a desenvolver ain-da os primeiros passos para criar condições mais favorá-veis, como parcerias e ins-tituições para incentivar as grandes produções.

Quando os nossos au-tarcas e governantes per-ceberem o impacto que o cinema tem directamente no crescimento do turismo, irão apoiar estas iniciativas de forma mais directa e in-teressada.

Não é à toa, que ainda este ano a Nova Zelândia que aumentou exponencial-mente o fluxo de turistas após o “Senhor dos Anéis”, veio agora apoiar em 25 Mi-lhões cada um dos três fil-mes que o James Cameron está a fazer de “Avatar”. Ou seja investe 75 Milhões sa-bendo que o retorno turís-tico e financeiro é de milha-res de milhões.

Claro que para nós “APE-NAS” teríamos que conven-cer e dar condições para que um “qualquer “James Cameron olhasse para a Arrábida Sesimbra ou Cabo Espichel.

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Entre os dias 3 e 7 de março, a Escola Secundária de Sampaio (ESS) irá receber uma delegação de alunos e professores oriundos de Espanha, Alemanha e Turquia, no âmbito da sua participação no pro-grama Comenius. Assim, um total de sete professores e dez alunos irá permanecer em Sesimbra para, em conjunto com oito professores e dez alunos da ESS, desenvolve-rem um conjunto de atividades que integram: uma exposição so-bre a vida nos anos 60, que estará patente na Casa do Bispo, entre os

dias 5 e 15 de março; uma peça de teatro protagonizada por um con-junto de alunos da ESS, levada à cena no auditório do Cine-Teatro João Mota, na tarde do dia 5 de março; e uma visita ao Mosteiro da Arrábida e ao Museu Oceanográfi-co Professor Luís Saldanha.

Esta parceria multilateral tem como principais eixos de desen-volvimento a comunicação entre diferentes gerações, em contexto familiar; a cultura dos anos 60, re-tratada a partir das próprias dimen-sões que fazem parte da vida dos

alunos e o consequente contraste com a situação vivida nos países parceiros durante essa década. Neste âmbito, será dado especial relevo aos aspetos relacionados com a economia, cultura popular, vida familiar, estereótipos culturais e geracionais, bem como à comu-nicação entre diferentes géneros e gerações.

A finalidade principal desta ini-ciativa é promover a comunicação e a compreensão mútua entre as diferentes gerações e os diferentes países parceiros.

Professores do projecto, num encontro preparatório, a conhecer Sesimbra

Comenius

Promove a comunicação e a compreensão

André Antunes, Rodrigo Pinhal, Ricardo Oliveira, João Fortunato, Diogo Veríssimo, Miguel Paren-te (equipa de Juvenis Masculinos do AE Sampaio), Cátia Pereira (AE Sampaio) e Alexandre Parada (AE NR Soromenho), são os nomes dos alunos, que representarão o conce-lho de Sesimbra, no Campeonato Nacional de Corta-mato Escolar, já no próximo dia 15 de Março, em Portalegre.

Depois de participarem, cerca de 550 jovens, na 30ª edição conce-lhia, na Lagoa de Albufeira, e no dis-trital, no Parque da Paz, em Almada, os alunos ficaram apurados para o nacional, em equipa de Juvenis Mas-culinos do Agrupamento de Escolas de Sampaio, Infantis B Femininos (3ª lugar) e Infantis B Masculinos (2º lugar), consecutivamente.

Embora o escalão de Infantis A não esteja incluído na grelha de par-ticipação do campeonato nacional, destaque também para o 3º lugar de Tomás Gomes (AE de Sampaio), no distrital.

Corta-mato Escolar

Apuramento para o nacional

16O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

CU

LTU

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Filipe FerreiraDisco de Ouro para um fotógrafo

Filipe Ferreira, fotógrafo e realizador, a residir em Sesimbra desde os 10 anos, primeiro na Faúlha da Cotovia e atualmente na Corre-doura, foi premiado pela editora discográfica Universal Music com um “Disco de Ouro” pelo seu trabalho de fotografia e vídeo, no ál-bum, “Fado é Amor”, no qual Carlos do Carmo canta em dueto com grandes nomes da nova geração do fado.

Filipe Ferreira é filho da Chef Mimi Silva, nasceu na Suiça, e não sabia uma pa-lavra de Português quando veio para Sesimbra. Fez o seu percurso escolar com a professora Maria Angélica, e depois o percurso normal das escolas C+S e Secundá-ria de Sampaio. Foi depois estudar electrónica de com-putadores no politécnico de Setúbal, embora não muito convencido sobre se seria esse a profissão que deseja-va: “Estava a meio do curso, com aquela sensação: o que é que eu estou aqui a fazer? Será que é isto? Será que não é?...”

O percurso que o levou ao vídeo e depois, também à fo-tografia, resultou de alguns acasos, embora não tenha sido bem o acaso a causa principal, já que Filipe Fer-reira esteve sempre atento às oportunidades, de acor-do com um princípio que o guia, e que lhe foi transmiti-do pela mãe: a ideia de que nada está sempre garantido:

”Se já sei que vou ter um “não”, porque não hei-de perguntar se posso? Ou se devo? E então sempre fui um bocado atrevido nas coisas”.

VIDEO E FOTOGRAFIAFoi assim que um dia, ao

ver o making off de um fil-me onde se falava da técnica edição de vídeo, aquilo pren-deu-lhe a atenção e um dia, ao descobrir um workshop sobre montagem de vídeo na escola ETIC, inscreveu-se. Foi um curso de curta dura-ção, mas havia de dar frutos

Um dia foi assistir a um Programa da Manhã, na Rádio Comercial, onde co-nheceu o Nuno Markl: “De-mo-nos bem, e ele um dia apresentou-me outra pes-soa, o Rui Pedro Tendinha; crítico de cinema, que me falou na possibilidade de um part-time nos canais de Telecine. Pedi-lhe para ir as-sistir um dia, e então conhe-ci a Arizona Filmes, que foi a minha primeira empresa

onde trabalhei na edição de vídeo.”

Nessa altura, saiu do cur-so que estava a tirar, e ati-rou-se “de cabeça”: “Tinha descoberto aquilo de que gostava. Depois saí de lá, tornei-me free-lancer, entrei para outra produtora, fui fa-zendo vários videos, vários programas…”

Filipe Ferreira recorda-se do momento exacto em que a fotografia entrou na sua vida, já que não pertence àqueles grupo dos que di-zem que “desde pequenino tinha uma câmara”.

Aconteceu que um dia ga-nhou uma entrada para um concerto do David Fonseca, que ia fazer a apresentação dum álbum novo, num es-paço mais privado: “Levei a minha máquina e tirei umas fotos. Quando cheguei a casa, olhei para aquilo, e pensei: “Até tem piada. Foi nesse momento que pensei: isto da fotografia é capaz de ser engraçado!”

Comprou então uma má-

quina de alguma qualida-de, e pôs-se a pensar onde poderia praticar, nomeada-mente a fotografia de espec-táculos: “Aqui em Sesimbra, no cine-teatro, às vezes há concertos, se calhar vou ali perguntar se eles não se importam que eu vá lá ti-rar umas fotos, de vez em quando, aos concertos. Dis-seram que sim, desde que arranjasse as autorizações dos artistas, por nós não há problema.”

E foi assim que foi adqui-rindo experiência, quer de fotografia, que do meio pró-prio dos artistas e respecti-vos managers. A reacção foi em geral positiva: “Dos ar-tistas nacionais, nunca tive uma “nega”.

Fez ainda um curso da As-sociação portuguesa de Arte Fotográfica: “Ensinaram-me uma ou outra técnica, mas foi mais uma aprendizagem da história da fotografia, que eu acho que é muito im-portante.”

TIMIDEZFazia também parte do

curso o mandarem-no fazer alguns trabalhos práticos: “Isso também foi interessan-te, porque como fotógrafo e como free-lancer temos de ser um bocado atrevidos, te-mos de chegar aos sítios e perguntar. Eu sou um boca-do tímido nessa parte, mas lá fui, aprendi também um bocadinho disso.”

Todo este trabalho “vo-luntário” acabou por dar os seus frutos: acabou por fo-tografar, já como trabalho profissional, no 1º concerto que Rita Red Shoes fez solo: “Fotografei os ensaios, o concerto, e no dia a seguir o outro concerto, começou-se a criar uma relação. Depois fotografei também alguns concertos do David Fonseca, cujo manager era o mesmo da Rita Red Shoes”. Outro trabalho que recorda é o do mais recente álbum de Sér-gio Godinho

Da fotografia passou tam-bém a filmar em vídeo e a fazer os denominados “te-aser”: pequenos filmes que servem de apresentação a um trabalho discográfico ou

cinematográfico, por exem-plo. Começou por fazer “te-asers” para o músico David Fonseca: primeiro apenas na montagem, e depois tam-bém a filmagem.

O seu trabalho nestes “te-asers” acabou por chamar a atenção da editora dis-cográfica Universal Music, que finalmente o convidou a filmar o trabalho de gra-vação do disco de Carlos do Carmo, 10 duetos com os melhores jovens fadis-tas do presente: “Foi um orgulho pensarem em mim, uma pessoa que ainda não tem uma grande carreira. Era uma grande responsa-bilidade: Carlos do Carmo é o maior fadista, com uma carreira de 50 anos, e com os maiores fadistas da actu-alidade: Ana Moura, Mariza, Camané, Ricardo Ribeiro, Carminho, etc. Era um gran-de desafio. Foi daqueles mo-mentos…” confessa Filipe Ferreira.

O trabalho era exclusiva-mente de vídeo. Mas Filipe não podia deixar de fotogra-far também: : “Tirei umas fotos, eles gostaram e pedi-ram-me que fizesse também as fotos”.

Filipe Ferreira destaca uma das características do seu trabalho: a de “despa-recer”, ou seja, de fotogra-far e filmar discretamente, de moque que “ao fim de 5 minutos estavam completa-mente à vontade, já não ha-via aquela presença, aquela “ele está a gravar”.

“O meu orgulho é ter apa-nhado momentos que são naturais, são genuínos, vê-se que eles estão a rir de vontade, não há ali um “fre-te”. Há momentos que são genuínos, o próprio Carlos do Carmo me disse isso

E foi assim que, tendo o disco atingido o patamar de Disco de Ouro, a editora considerou que a criativida-de de Filipe Ferreira tinha também contribuído para esse sucesso de vendas, e estendeu ao seu trabalho o Disco de Ouro, “um trabalho de que muito me orgulho”, remata Filipe Ferreira.

João Agusto Aldeia

O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 201417

Por detrás de um grande ho-mem de Estado como Sebastião José de Carvalho e Melo não está uma grande mulher, mas sim várias. Umas unidas por laços de sangue, como a sua mãe Ma-ria Teresa Luiza de Mendonça e Melo, outras por laços afetivos como as suas duas esposas. A primeira, dez anos mais velha que o jovem Sebastião, foi a vi-úva Teresa de Mendonça e Alma-da. O namoro não foi bem aceite, mas Sebastião José não hesitou, raptou a noiva e casou em se-gredo, escandalizando tudo e todos. Amor ou ambição por um casamento com uma mulher de uma classe superior à sua? O ca-samento foi curto, a mulher mor-reu de doença enquanto o jovem ascendia na carreira diplomática. Primeiro Londres, depois Viena. Foi aqui que conheceu a sua se-gunda mulher, companheira de uma vida e mãe dos seus qua-tro filhos, Maria Leonor Ernesti-na Daun. Mas Sebastião José era um homem inteligente, frio, mais dado às suas ambições políticas que às artes do coração. Há uma mulher que fica na história como a grande protetora e responsável pela sua ascensão ao poder: a rainha Maria Ana de Áustria que o colocou ao lado de D. João V e depois do filho D. José I. Mas também foram as mulheres as responsáveis pela sua queda. O seu confronto com a Marquesa de Távora, D. Leonor, o proces-so sangrento daquela família e o desafeto de D. Maria I por este homem levaram-no à desgraça. A autora bestseller María Pilar Que-ralt del Hierro traz-nos a história destas mulheres que, de uma forma ou de outra, estiveram presentes na vida do Marquês de Pombal, o estadista ilustrado que soube fazer com que Lisboa renascesse das cinzas em 1755. Viajamos pela sua escrita através do século XVIII, pelos palácios re-ais, pelas intrigas da corte, pelos salões onde se reuniam escrito-res, artistas, políticos unidos pe-los ventos do Iluminismo, é aqui neste ambiente que conhecemos Teresa Margarida da Silva ou Leo-nor de Almeida Lorena, Marquesa de Alorna.

LIVR

O D

O M

ÊS

Vendaval

Adoro o cheiro ardente,Da maresia…Quando sopra fortemente,A ventania…Bem junto do mar, revoltado,Em vendaval…Gaivotas dançam com encantoa sinfonia…E a noite, o doce canto,Da invernia…É como o hino, entoadoPor coral.

Álvaro Bizarro

A artista plástica residiu na África do Sul, tendo trabalhado como as-sistente Social para a Comunidade Portuguesa. Porém o seu amor pelas artes nunca deixou abandonar a pintura e os trabalhos artesanais e criar nova arte.

A pintora aceitou o convite do Observatório da Liga de Amigos de Se-simbra para expor os seus trabalhos naquela que é umas das casas mais antigas a nível cultural, o Grémio.

Natural de Moçambique a pintora já expôs em vários países e regi-ões, Johannesburg, Algarve, Lisboa. Sesimbra, Alentejo. Expos ainda na

Biblioteca da Amoreira, Biblioteca da Moita, Biblioteca Alhos Vedros.

A mostra que vai estar patente até ao final de março é uma das muitas iniciativas que a liga de amigos de Sesimbra, com uma nova direcção pretende fazer ao longo do ano.

A entrada da mostra é gratuita e o interior do clube, um local agradável para tomar um chá e apreciar a cultura e arte que ali está patente.

Grémio e Liga de Amigos de Sesimbra juntos pela arte

Cores africanas em exposição Pintora moçambicana, Odete Gabriel expõe as suas obras

de arte no clube de Sesimbra, conhecido por Grémio até ao final de março.

Foi no passado dia 21 de feve-reiro, no salão da Constituição do Capitólio Nacional, no Congresso

Quintacondense homenageada por Sociedade Colombiana de Comunicação

da República da Colômbia, que a quintacondense Martha Esperan-za Ramos de Echandia, recebeu a

Martha Esperanza recebe “Gran Cruz al Merito Antonio Narino”

“Gran Cruz Orden al Mérito de la Comunicación Social Iberoamerica-na Antonio Narino”.

Este reconhecimento, surge no resultado da determinação e apoio à democracia, implícitas nos traba-lhos de tradução, de quatro obras da literatura e do direito Portu-guês, e, é partilhado com a famí-lia Machado que, segundo Martha, foi muito preponderante no apoio à tradução da Obra, “Cuentos para mis nietos”.

Martha Esperanza vive em Por-tugal há cerca de 10 anos, tendo obtido nacionalidade portuguesa. É advogada de profissão e é consi-derada na sociedade por ser muito interventiva.

Em 2013 teve duas páginas numa revistas “cor-de-rosa” portu-guesa e sempre que se desloca à Colômbia, tenta promover a cultu-ra portuguesa.

Poesia

18O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

DES

POR

TOCanoagem no

Clube Naval de Sesimbra

A secção de canoagem do Clube Naval de Sesim-bra conta com 14 anos de existência com grande di-nâmica e atividade. A equi-pa tem vindo a crescer em número e em qualidade de atletas, que para além de acumularem excelentes resultados, também re-forçam laços de amizade e companheirismo, sendo essa a máxima defendida pelos treinadores desta secção.

A prática desta moda-lidade implica muita in-sistência e determinação, visto que a adaptação não é fácil e a competitividade tem um nível elevado. Mas os amantes desta modali-dade, faça chuva ao faça sol, pegam no Kayak e rumam para o mar, pre-enchendo com cor e mo-vimento a paisagem mag-nífica da baía de Sesimbra, uma verdadeira pérola da costa azul.

Em época de crise as condições não são as mais favoráveis, sendo necessá-ria uma grande gestão por parte da direção do Clube Naval de Sesimbra, para equilibrar os gastos com as deslocações para pro-vas e outras despesas com os atletas. Fazem falta os apoios externos, para po-derem ser feitos investi-mentos, como a comprar de novas embarcações que mantenham a equipa atualizada e capaz de con-tinuar a conquistar títulos, bem como, para continuar a formar os novos atletas.

Atualmente, o Clube Naval de Sesimbra apre-senta ótimas condições para a prática desta moda-lidade. Com uma sede de excelência a escassos me-tros da água, um hangar espaçoso para arrumar o material, uma sala de treino para compensar as necessidades físicas dos atletas e uma equipa de treinadores experientes e dedicados, a secção de canoagem continua com as portas abertas para re-ceber novos atletas para a prática da modalidade tan-to na vertente competitiva como na recreativa.

Ângela Batista(Diretora do CNS responsável pela canoagem)

A ideia já tinha surgido há algum tempo, através do próprio José Augusto e Mi-

Dois sesimbrenses aventuraram-se de forma inédita e pioneira a percorrer o Caminho de Santiago, em bicicleta, a partir de Sesimbra. Uma viagem em que muitas peripécias fizeram deste momento algo a repetir e recordar. José Augusto Carvalho e Paulo Pulquério foram os aventureiros.

Em julho, “vou fazer um Iron Man em franckfurt, é uma prova de triatlo mais difícil do mundo. São qua-tro quilómetros a nadar, 180quilómetros de bicicleta e 42 quilómetros a correr”, confidenciou, Paulo Pulqué-rio.

O próximo passo será re-petir esta experiencia com mais gente, “vamos conti-nuar a fazer maratonas, que foi o que sempre fizemos. Gostavam, de fazer o ca-minho para santiago, mas o francês, “é mais difícil”. Pelo que a aventura continua e está tudo em aberto nos so-nhos por concretizar destes aventureiros que em duas rodas promovem o despor-to a amizade e o compa-nheirismo.

Próxima aventura

Dois aventureiros em SantiagoJosé Augusto Carvalho e Paulo Pulquério

Leia o Sesimbrense

Seja um novo amigo desta

LigaFaça-se sócio

guel da Pia. “O Miguel teve um problema de maior, não pode ir. Como o Delta (como

é conhecido José Augusto) ia sozinho, desafiou-me e acei-tei”, reforçou Paulo Pulqué-rio. A viagem teve início no dia 6 de janeiro, saíram da freguesia de Santiago e per-correram 685 km até Santia-go de Compostela.

À nossa questão do por-quê daquela cidade espa-nhola, José Augusto respon-de prontamente “porque há uns tempos deram-me uns mapas, com uns caminhos de Santiago. Sabia que os caminhos estavam assinala-dos, aliás nunca pensei que estivessem tão bem assina-lados. Decidimos naquela altura que iriamos só porque sim. Seria com certeza um objectivo a atingir”

Durante os sete dias de viagem, os dois amigos per-correram cerca de 100 qui-lómetros por dia. O percur-so foi fora de estrada, mais montanha. Os caminhos que

fazem os peregrinos. Ficavam em hotéis, al-

bergues, pousadas da ju-ventude etc. “Levamos uma mochila às costas, com um porta bagagens pequeno, na bicicleta, os albergues para os peregrinos só fornecem água quente e cama, tínha-mos que ter saco cama e nós não tínhamos, afirmou José Augusto, salienetando: “Fo-mos com o espirito de aven-tura e levávamos connosco a intensão de atingirmos o nosso objectivo que era che-gar a santiago de Compos-tela”.

O momento mais difícil foi de ponte de lima para ro-bians, foi uma passagem por uma serra, “fizemos o cami-nho real português central.

O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 201419

A dupla do CN Milfontes, Nuno Silva e Sérgio Jesus, foram os vencedores ab-solutos com 59:46,73, se-guidos de André Santos do CF Vila condense (1º SS1 sénior) com 1:00:51,81 e a fechar o pódio ficou a dupla do Alhandra SC,Rui Câncio e Henrique Cocheno (1º SS2 Vet-A) com 1:01:38,22.

Participaram nesta prova nacional 13 clubes, tendo ainda participado um clu-be espanhol, que não conta para os resultados. A alte-ração de percurso permitiu encontrar boas condições de vento e ondas para os atletas que, após seis qui-lómetros contra o vento, regressaram para a che-

Campeonato Nacional de Canoagem

Clube Naval foi o grande vencedor

gada com vento e ondas a favor, permitindo usufruir das excelentes condições que Sesimbra tem para re-ceber provas de canoagem de mar. O percurso tinha no total cerca de 14 quilóme-tros.

Segundo Guilherme Ca-bral um dos participantes na organização “a prova foi um sucesso. As desistên-cias foram quase nulas, não tendo havido qualquer pro-blema. Para segurança da prova tínhamos seis embar-cações na água para garan-tir a segurança dos atletas”

O percurso teve partida de terra na praia do ouro, junto ao Hotel do Mar e apenas tinha uma bóia de

viragem cerca de 1km antes da praia da baleeira. Segun-do o atleta sesimbrense: “O percurso consistia em ir e regressar ao mesmo ponto rondando a bóia”.

O clube vencedor foi o Clube Naval de Sesimbra. Os atletas que conseguiram o 1º lugar na prova de Se-simbra foram a Sofia Coe-lho na categoria de Seniores Femininos, a Ana Duarte na categoria Veteranos A Femi-ninos e o Mário Duarte na categoria Kayak-Mar.

A próxima etapa do Cam-peonato Nacional de Mar é no dia 15 de Março em Lagoa, Algarve na 2ª edi-ção do Praias de Lagoa Do-wnwind.

Sesimbra recebeu no dia 15 de fevereiro a 1ª prova do Campe-onato Nacional de Canoagem de Mar. A organização da prova foi da responsabilidade do Clube Naval de Sesimbra, que se sagrou o grande vencedor por equipas.

Campeonato Nacional Canoagem de Mar I

123456789

101112

Clube

278 CNSesimbra293 CMCostaSol44 CCSetúbal307 CCAmora321 KCCArade89 CNFão145 CNMilfontes12 CFVilacondense52 AlhandraSC206 ANAmorense351 SLBenfica215 DarqueKC338 Viking

SS1 Sen2272509950813643879752

1671595

1110

0

SS1 Jun11101027

1200950

0

SS1 Sen F2310

1027

SS1 Jun F879950

K1 Abs1200

1110

0

SS2 Sen

8791110

10270

1200

950

0

SS2 Jun

87911101027

950

1200

SS2 Mis

OC1 Total

77715271317029502870277919521671154512001110

0

Horóscopo

Inaugurado no dia 9 de Outubro, o Skate Park, loca-lizado na Quinta do Conde, é diariamente frequentado por jovens, que partilham o gosto pelo Skate, BMX Fre-estyle e In Line Agressive.

Skate Park da Quinta do Conde

Esta infra-estrutura des-portiva, com área total de 1200 metros quadrados, foi projectada pelo arquitecto Francisco Lopez, também praticante de skate.

O Parque, foi integrado

na área de requalificação da zona nascente da freguesia da Quinta do Conde, sen-do hoje, a par do parque da vila, um dos principais locais de convívio da comu-nidade juvenil quintacon-dense.

Os trabalhos, executados sob um projeto concebido pelo arquiteto Francisco Lopez, que para além de arquitecto é também prati-cante de skate.

16O SESIMBRENSE | 1 DE MARÇO DE 2014

Tomei conhecimento que a Liga dos Amigos de Sesimbra vai promo-ver no próximo dia 29-03-2014 um debate subordinado ao tema: “A im-portância das pessoas na dinâmica do território”. Por inerência de ofício, tenho estado sempre ligado às ques-tões do ordenamento do território. É evidente, que é a ação humana que transforma o território, mas também é verdade que a transformação se faz em função de interesses econó-micos poderosos, que esses inte-resses são silenciosos para a opinião pública e conduzem frequentemente a resultados pouco recomendáveis.

O antídoto para este estado de coi-sas é o ordenamento do território, que tem como objetivo salvaguar-dar, valorizar e desenvolver aquilo que é de todos nós: o património na-tural, construído e cultural. O orde-namento do território tende (ou de-via tender) a fazer prevalecer aquilo

que é de todos nós, fazer prevalecer o público sobre o privado.

No entanto o ordenamento do ter-ritório está confinado à esfera muito restrita dos técnicos, dos regula-mentos e do poder político, muito distante da opinião pública em ge-ral. Mesmo quando é debatido num âmbito mais alargado, raramente ultrapassa a esfera do debate polí-tica e partidária. Este alheamento da opinião pública fragiliza a defesa da-quilo que é público. O exemplo ex-tremo de alheamento relativamente ao espaço público é o vandalismo. Quem destrói sinais de trânsito e grafita paredes, não sente aqueles objetos como seus. Não há senti-mento de pertença relativamente ao espaço público.

Esta iniciativa da Liga dos Amigos de Sesimbra tem o mérito de trazer este debate para o público em geral.

José Carlos Trindade

“A importância das pessoasna dinâmica do território”

Um projecto da Liga dos Amigos de SesimbraFoto Fantasia

Gonçalo MarteloJI da Adeia do Meco

Miguel ApolinárioJI de Sesimbra

Ana MartaJI de Alfarim

Santiago CarrilhoJI do Pinhal do General

Catarina CruzJI da Aiana

Afonso PereiraJI da Azóia

A tradição mantem-se a LAS voltou, no dia 27 de fevereiro a fotografar as fantasias das crianças das escolas do concelho. Como é Carnaval, O sesimbrense não podia deixar de destacar algumas das mais felizes e simpáticas máscaras que fotografamos.

Foram 135 as crianças, de seis Jardins de infância e ATL do concelho ( Alfarim, Aiana, Azoia, Meco, Quinta do Conde e Sesimbra), que este ano quiseram participar no projecto que promove a ligação entre a liga e a comunidade educativa. A fotofantasia é um projecto que visa a pro-ximidade entre as famílias e os colaboradores da Liga dos Amigos de Sesimbra.

E como é Carnaval aqui fica o registo de que a tradição, “ainda é o que era”…