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MERCADO & NEGÓCIOS Campanha nacional quer mudar lei de drogas no Brasil Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►10 A 16 DE JULHO DE 2012 Ano 4 nº 116 www.jornalcapital.jor.br Indicadores / Câmbio R$1 País Compra Venda % Fechamento: 09 de julho de 2012 ►PÁGINA 2 213.869 candidatos pedem registro eleitoral ►PÁGINA 2 R endida sob arma em um bairro de Duque de Ca- xias no último dia 2, quando teve seu carro rouba- do, a deputada estadual Claise Maria Zito (PSD), em entrevista ao Capital, cobrou do governo do estado a implantação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacifica- dora) no município, solicitação feita pela parlamentar em setembro do ano passado. Prefeitura de Caxias derruba ocupações ilegais no 2º Distrito ►PÁGINA 4 Balança comercial tem superávit de US$ 623 milhões Poupança da caixa supera marca de R$ 160 bi em saldo ►PÁGINA 4 ►PÁGINA 7 Mais um lançado ao mar Novas medidas contra a crise intenacional Idosos vão à Justiça contra reajustes abusivos de planos de saúde Deputada cobra instalação UPP em Duque de Caxias A Transpetro recebeu o navio de produtos Sérgio Buarque de Holanda, terceira embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) a iniciar as operações. Ele é o 200º construído pelo Estalei- ro Mauá, em Niterói, berço da indústria naval brasileira. ►PÁGINA 3 O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, disse que o governo “acendeu o sinal amarelo” com o atual cenário e prepara novas intervenções. ►PÁGINA 5 Agência Petrobras Valter Campanato/ABr Exportações brasileiras de carne suína voltam a cair D epois do bom desempenho registrado em maio, as exportações brasileiras de carnes suínas voltaram a cair, em junho, na comparação anual, com vendas 16,76% menores do que em igual mês de 2011. ►PÁGINA 7 ►PÁGINA 4 ►PÁGINA 4 Banco de Imagens Divulgação Petrobras põe reinarias à venda nos EUA e Japão Safra de grãos deve ser 0,1% menor que a anterior A Petrobras decidiu ace- lerar a seleção dos ati- vos no exterior que serão vendidos no programa de desmobilização do por- tfólio para obter US$ 14,8 bilhões e dar prioridade a investimentos no pré-sal da Bacia de Santos. No processo, que começou há mais de um ano, a estatal se prepara para vender suas reinarias em Okinawa, no Japão, e Pasadena, nos Es- tados Unidos. Além disso, vai se desfazer dos 48,5% da Edesur, distribuidora de energia elétrica da Argenti- na que tem dado prejuízo e está com caixa negativo. A estimativa consta do décimo levantamento de safra, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Conab. ►PÁGINA 8 Dolar Comercial 2,026 2,028 0,05 Dólar turismo 1,960 2,190 1,86 ibovespa 55.394,05 1,75

Edição Nº 116

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Jornal Capital - Edição nº 116

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Page 1: Edição Nº 116

MERCADO & NEGÓCIOS

Campanha nacional quer mudar

lei de drogas no Brasil

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►10 A 16 DE JULHO DE 2012

Ano 4 ● nº 116www.jornalcapital.jor.br

Indicadores / Câmbio

R$1

País Compra Venda %

Fechamento: 09 de julho de 2012

►PÁGINA 2

213.869 candidatos pedem registro eleitoral►PÁGINA 2

Rendida sob arma em um bairro de Duque de Ca-xias no último dia 2, quando teve seu carro rouba-

do, a deputada estadual Claise Maria Zito (PSD), em entrevista ao Capital, cobrou do governo do estado a implantação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacifica-dora) no município, solicitação feita pela parlamentar em setembro do ano passado.

Prefeitura de Caxias derruba

ocupações ilegais no 2º Distrito►PÁGINA 4

Balança comercial

tem superávit de

US$ 623 milhões

Poupança da caixa supera

marca de R$ 160 bi em saldo►PÁGINA 4

►PÁGINA 7

Mais um lançado ao mar

Novas medidas contra a crise intenacional

Idosos vão à Justiça

contra reajustes abusivos

de planos de saúde

Deputada cobra

instalação UPP em

Duque de Caxias

A Transpetro recebeu o navio de produtos Sérgio Buarque de Holanda, terceira embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) a iniciar as operações. Ele é o 200º construído pelo Estalei-

ro Mauá, em Niterói, berço da indústria naval brasileira. ►PÁGINA 3

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, disse que o governo “acendeu o sinal

amarelo” com o atual cenário e prepara novas intervenções. ►PÁGINA 5

Agência Petrobras

Valter Campanato/ABr

Exportações brasileiras de carne suína voltam a cair

Depois do bom desempenho registrado em maio, as exportações brasileiras de carnes suínas voltaram

a cair, em junho, na comparação anual, com vendas 16,76% menores do que em igual mês de 2011.

►PÁGINA 7

►PÁGINA 4

►PÁGINA 4

Banco de Imagens

DivulgaçãoPetrobras põe

reinarias à venda nos

EUA e Japão

Safra de grãos

deve ser 0,1%

menor que

a anterior

A Petrobras decidiu ace-lerar a seleção dos ati-

vos no exterior que serão vendidos no programa de desmobilização do por-tfólio para obter US$ 14,8 bilhões e dar prioridade a investimentos no pré-sal da Bacia de Santos. No processo, que começou há mais de um ano, a estatal se prepara para vender suas reinarias em Okinawa, no Japão, e Pasadena, nos Es-tados Unidos. Além disso, vai se desfazer dos 48,5% da Edesur, distribuidora de energia elétrica da Argenti-na que tem dado prejuízo e está com caixa negativo.

Aestimativa consta do décimo levantamento

de safra, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e pela Conab.

►PÁGINA 8

Dolar Comercial 2,026 2,028 0,05

Dólar turismo 1,960 2,190 1,86

ibovespa 55.394,05 1,75

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2 ►10 a 16 de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,026 2,028 0,05Dólar turismo 1,960 2,190 1,86

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 6,038 6,041 0,24Dólar austrália 1,020 1,021 0,08Dólar Canadá 1,018 1,019 0,00Euro 1,231 1,231 0,22Franco Suíça 0,974 0,975 0,24iene Japão 79,560 79,580 0,14libra Esterlina inglaterra 1,552 1,552 0,28peso Chile 494,100 495,000 0,84peso Colômbia 1.787,000 1.788,000 0,11peso livre argentina 4,505 4,555 0,11peso México 13,328 13,338 0,41Peso Uruguai 21,650 21,850 0,00

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 55.394,05 1,75iBX 20.188,05 1,33Dow Jones 12.736,29 0,28Nasdaq 2.931,77 0,19Merval 2.383,69 0,11

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

petróleo - Brent barril 100,390 100,410 1,57Ouro onça troy 1.588,390 1.589,600 0,10prata onça troy 27,390 27,430 0,15platina onça troy 1.438,330 1,448,330 0,01paládio onça troy 581,000 586,000 0,08

indicadores

poupança 10/07 0,507Poupança p/ 1 Mês 09/07 0,500tR 09/07 0,000Juros Selic meta ao ano 8,50Salário Mínimo (Federal) R$ 622,00

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Diretor Geral: Marcelo CunhaDiretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Carlos Erbs, Dilma Rousseff, Geiza Rocha,

Moreira Franco, Priscilla Ricarte,Roberto Daiub e Rodrigo de Castro.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

moreira Franco é ministro chefe da Secretaria de assuntos estratégicos da Presidência da república

Colunado Moreira

Qualiicar e manter

Pesquisa do Ibope, em junho, constatou que a expectativa de manutenção do emprego caiu 7,8% em relação ao mês

anterior. A informação deve servir de alerta, pois não se pode arriscar a perder uma das grandes conquistas recentes, que é o aumento da ascensão ao mercado de trabalho formal e a consequente redução da informalidade.

Criar fórmulas que contribuam para a permanência dos trabalhadores no emprego tem sido preocupação não só dos responsáveis pelas políticas públicas como também do setor empresarial, independente das previsões de crescimento econômico menos otimistas para 2012.

É preciso mudar a lógica que tem presidido a política de qualiicação no Brasil, sempre voltada para o desempregado. Se queremos melhorar a produtividade, temos que qualiicar o trabalhador empregado e assim atacar a grande rotatividade, que limita o crescimento da produtividade, tolhe a ascensão social e diiculta o aumento da remuneração.

O poder público pode oferecer um programa de qualiicação aos trabalhadores do setor formal. Mas essa qualiicação deve ser decidida em comum acordo com a empresa contratante, porque esta precisa estar motivada a entender a importância de aumentar a parceria com seu empregado, como forma de desestimular a rotatividade de mão de obra em sua empresa.

Embora tenham conseguido ingressar no segmento formal, os trabalhadores que recebem até R$ 1.244,00 são os que mais convivem com a instabilidade. E é impressionante a participação desses empregados nas demissões a pedido. Se por um lado isso parece bom, porque muitos deles certamente saem com a expectativa de encontrar uma vaga pelo menos no mesmo nível da que ocupavam, por outro, esse fenômeno torna as relações de trabalho mais instáveis, além de reduzir os incentivos para investimento das empresas na qualiicação dos empregados.

É claro que a mobilidade entre setores e empresas, até certo ponto, é salutar, desde que não prejudique a produtividade, pois esta depende do aprendizado, da experiência e do investimento no trabalhador.

Ponto de Observação

alberto marques

Manual do CNJ vai facilitar venda de bens apreendidos

Juízes de todo o país começam a receber

nas próximas semanas o Manual de Bens Apreen-didos. Criada pela Corre-gedoria Nacional de Jus-tiça, a publicação trará todas as informações de que os magistrados pre-cisam para alienar anteci-padamente aviões, joias, computadores, armas, barcos e outros objetos apreendidos que se acu-mulam em pátios e depó-sitos pelo Brasil à espera de uma decisão judicial.

A proposta do CNJ tem dois pontos a desta-car: a venda imediata dos bens apreendidos, o que preservará o seu valor de mercado, resultando em benefício direto para os credores, geralmen-te ex empregados, como no caso das aéreas Va-rig e Vasp, ou no ressar-cimento do Tesouro no caso de tráico de drogas e corrupção, ou de enri-quecimento ilícito, como no emblemático caso da

prisão de um ex diretor no DNIT, em Goiás, suspeito de corrupção passiva en-quanto o ocupava aquele cargo.

Segundo o juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça Marlos Melek, levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que apenas 0,23% dos bens apreendidos no país foi alienado antecipa-damente. A publicação vai compartilhar informações para ajudar magistrados a decidir sobre o destino de bens apreendidos. “Após um estudo dos juízes auxi-liares da Corregedoria, reu-nimos em um só livro toda a jurisprudência sobre o tema, assim como modelos de despachos e decisões”, airma.

Melek acredita que, com o manual, seus co-legas terão condições de avaliar melhor as restrições que imobilizam os bens apreendidos. “É um ver-dadeiro manancial de in-formações que vão auxiliar qualquer juiz com boa von-tade para desfazer as amar-

ras que mantém os bens apreendidos nos pátios de delegacias, por exemplo”, explica.

No caso de aviões exe-cutivos apreendidos com traicantes ou quadrilhas envolvidas em fraudes contra o Erário, ao invés de apodrecerem em terra à espera do inal do processo judicial, eles poderão ser de imediatos utilizados em apoio à Defesa Civil nos casos de desastres naturais, como seca e inundações, ou pela própria Polícia Fede-ral para acelerar as investi-gações que, tanto nos casos de corrupção, como tráico de drogas e armas, envol-vem bandidos em diversos estados da federação, o que exige frequentes desloca-mentos tanto de policiais, como de representantes dos Ministérios Públicos estaduais e federais.

O o juiz auxiliar Mar-los Melek vai liderar um grupo de trabalho que vai trabalhar pela alienação antecipada de cerca de 12 mil automóveis parados nos depósitos da Receita

Federal e do Departamen-to de Trânsito do Paraná (DETRAN/PR). A ideia é realizar naquele esta-do um projeto-piloto que deverá ser disseminado, em seguida, para o resto do país. “Nossa meta é realizar o primeiro leilão até setembro. Até o im do ano esperamos alienar dois mil carros apreendi-dos”, diz.

Serão 20 mil exem-plares da cartilha que se-rão enviados a Tribunais Estaduais de Justiça e Tribunais Regionais do Trabalho, além da Justiça Federal. Os patrocinado-res da publicação foram a Associação dos Oicias de Justiça do Estado do Paraná (ASSOJEPAR) e a Infraero. A empresa administradora dos aero-portos é parceira do CNJ no Programa Espaço Li-vre, que tem por objetivo remover dos aeroportos brasileiros as aeronaves que estão sob custódia da Justiça ou que foram apreendidas em processos criminais.

(*) Fechamento: 09 de julho de 2012

TSE contabiliza mais de 213 mil

pedidos de registro de candidaturas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já

contabiliza 213.869 pedi-dos de registro de candi-daturas a prefeito, vice-prefeito e vereador para as eleições municipais deste ano. Os números são do DivulgaCand 2012, siste-ma do TSE, atualizados nesta segunda-feira (9), às 12h40. Dos 313.869 regis-tros, 199.372 eram pedidos de candidatos a vereador, 7.268 a prefeito e 7.229 a vice-prefeito. O estado que mais registrava pedidos de candidatura até a última atualização era São Paulo, com 59.770 registros. Ala-goas era o estado com me-nos pedidos, 792.

Segundo o Divulga-

Cand 2012, por volta das 15h desta segunda-feira (9), ainda não estavam dis-poníveis os nomes dos can-didatos “aptos” em Duque de Caxias. O quantitativo de pedidos de registros de candidatura efetuados no Estado do Rio de Janeiro foi de 236 prefeitos, 234 vices e 11.237 vereadores.

A propaganda eleitoral gratuita em emissoras de rádio e televisão começa-rá a ser exibida no dia 21 de agosto, 47 dias antes do primeiro turno da vota-ção. Além das estatísticas, o DivulgaCand 2012 tam-bém permite o acesso a in-formações prestadas pelos candidatos à Justiça Elei-toral, como declaração de

bens, certidões criminais e previsão de gastos de cam-panha. Qualquer cidadão pode consultar o sistema por meio da página do TSE na internet, no link http://divulgacand2012.tse.jus.br/divulgacand2012/Prin-cipal.action.

Segundo a Resolu-ção nº 23.341, esta terça-feira (10 de julho), é o últi-mo dia para os candidatos, escolhidos em convenção, requererem seus registros perante o Juízo Eleitoral competente, até as 19 ho-ras, caso os partidos políti-cos ou as coligações não os tenham requerido. Sexta-feira (13) será o último dia para a Justiça Eleitoral en-caminhar à Receita Federal

os dados dos candidatos cujos pedidos de registro tenham sido requeridos pelos próprios candida-tos para efeito de emissão do número de inscrição no CNPJ. Será o dia limi-te também para a Justiça Eleitoral publicar lista/edi-tal dos pedidos de registro individual de candidatos, escolhidos em convenção, cujos partidos políticos ou coligações não os tenham requerido. Será, ainda, o último dia para qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público Eleitoral impug-nar os pedidos de registro de candidatos apresentados pelos partidos políticos ou coligações.

Page 3: Edição Nº 116

3►10 a 16 de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta dilma rouSSeFF: [email protected] [email protected]

JAIRO PEREIRA PASSOS JÚNIOR, 27 anos, bancário em Goiânia (GO) - Fiquei sabendo sobre as

bolsas de estudo no exterior através do rádio. Onde

eu posso me inscrever?

Presidenta Dilma - Jairo, criamos o programa Ciência sem Fronteiras para levar 101 mil estudantes brasileiros ao exterior, num investimento de R$ 5 bilhões até 2015. A iniciativa privada contribuirá com 26 mil dessas bolsas. Já foram aprovadas 19,7 mil bolsas de estudos e está prevista a abertura de novas inscrições para graduação e pós-graduação ainda neste mês. Você pode se informar e se inscrever no site do programa (http://www.cienciasemfronteiras.gov.br) ou telefonar para a Capes (0800-616161) ou para o CNPq (0800-619697). O candidato precisa estar regularmente matriculado em curso de instituição de ensino superior no Brasil, em áreas prioritárias do programa, especialmente em ciências exatas, médicas e tecnológicas (veja lista no site). Deve ainda ter obtido nota mínima de 600 pontos no Enem e ter concluído entre 20% e 90% do currículo da graduação. Candidatos premiados em olimpíadas cientíicas, ou com bolsa de iniciação cientíica ou tecnológica, têm preferência. Já temos parcerias irmadas com vários países, que oferecem vagas em suas escolas, e com empresas, que oferecem estágios a bolsistas. Há, também, instituições que auxiliarão no ensino de línguas. Com o Ciência sem Fronteiras estamos investindo na formação e na qualiicação de jovens para o nosso país avançar cada vez mais.

HENRIQUE ARAÚJO NERI, 47 anos, funcionário público em Itamari (BA) - Por que não são destinados

recursos diretamente às instituições para a

recuperação de estradas vicinais?

Presidenta Dilma - Henrique, embora a construção, a manutenção e a recuperação de estradas vicinais sejam atribuições dos municípios, o governo federal tem procurado apoiá-los, pela importância que essas estradas têm para o escoamento da produção e deslocamento de pessoas no interior de nosso país. Por isso, nós incluímos R$ 1,8 bilhão no PAC 2 para adquirir retroescavadeiras e motoniveladoras, que serão repassadas aos municípios para a manutenção dessas estradas. De dezembro de 2011 a julho de 2012, foram distribuídas 1.275 retroescavadeiras para 1.299 municípios. E neste segundo semestre, o PAC Equipamentos, lançado em junho, prevê mais 3.580 retroescavadeiras e 1.330 motoniveladoras. Em alguns municípios menores, a mesma máquina será usada em consórcio, por mais de uma prefeitura, ampliando ainda mais o efeito dessa ação. Além das estradas vicinais, estamos investindo em toda nossa malha rodoviária. Neste momento, há obras de construção, pavimentação, duplicação e adequação em 7.227 km, e de conservação e restauração em 53.465 km, em todo o Brasil. Somente na Bahia, os investimentos do PAC nas rodovias federais chegarão a R$ 4,9 bilhões até 2014, além de outros R$ 2,1 bilhões de investimentos de caráter regional que também beneiciarão o seu estado.

LAUDEMIR LOUREIRO, 50 anos, empresário da construção civil de Vitória (ES) - Como o governo

vai reeducar os presidiários e colocá-los para

trabalhar? Presidenta Dilma – Laudemir, dos 514 mil presos

atuais, 109,4 mil já trabalham, sendo que 89,1 mil presos realizam trabalhos dentro dos presídios e 20,3 mil atuam externamente. A educação dos presos é um grande desaio, pois 216 mil não têm sequer o ensino fundamental completo, e 26 mil são analfabetos. Mas sabemos que educação e qualiicação proissional são essenciais para ressocializar os presos. Por isso, lançamos, neste ano, o Projeto de Capacitação Proissional e Implantação de Oicinas Permanentes (Procap), com abrangência nacional. Haverá oicinas permanentes em penitenciárias, inicialmente com cursos em três áreas: construção civil; paniicação e confeitaria; e corte e costura industrial. Cada período de três dias de trabalho, ou 12 horas de estudo, reduz um dia de pena. Para os analfabetos, implementamos o Programa Brasil Alfabetizado no âmbito prisional. Aos alfabetizados, temos o Projeto de Remição pela Leitura, pelo qual incentivamos, nos presídios federais, a leitura de obras clássicas, cientíicas ou ilosóicas. Além disso, os presos e os jovens sob medida socioeducativa podem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para acesso ao ensino superior ou certiicação do ensino médio. São medidas, Laudemir, que ajudam a ressocializar os presos, para o benefício deles, de suas famílias, e de toda a sociedade.

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Selic deve sofrer novo corte de 0,5 ponto percentual

Empresas afetadas pela crise tem juros menores

(*)arthur SalomÃo É eSPecialiSta em direito emPreSarial e recuPeraÇÃo judicial.

Direito Empresarial

Rio concede remissão e anistia de débitos tributários

O município do Rio de Janeiro irá conceder

o perdão de débitos tribu-tários relativos ao Impos-to Sobre Serviços (ISS), Imposto sobre a proprie-dade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e das ta-xas fundiárias para as as-sociações recreativas ou desportivas, inclusive a multa e juros.

A Lei municipal nº 5.476, que trata do assun-to, foi publicada no Diário Oicial do último dia 5.

O benefício alcan-ça os débitos tributários constituídos até 31 de dezembro de 2010, ins-critos ou não em dívida ativa. Só obterão a isen-ção ou remissão da dívi-

da, os créditos de até R$ 1 milhão. Esse limite deve ser aplicado para cada tri-buto, não para o total da dívida. Além disso, se o contribuinte tiver dívida superior a R$ 1 milhão, 40% do excedente também será abatido.

Os contribuintes terão 120 dias, a contar da re-gulamentação da lei, para reconhecer expressamente os débitos, desistir dos re-cursos administrativos ou judiciais em relação a eles, e quitar o valor total ou a primeira parcela. O par-celamento do ISS poderá ser feito em até 48 meses. Quanto ao IPTU e taxas fundiárias, o pagamento pode ser feito em até dez vezes, se a cobrança esti-ver no âmbito da Secreta-ria Municipal de Fazenda,

ou em até 48 parcelas, se a cobrança estiver no âmbito da Procuradoria da Dívi-da Ativa. A lei deixa claro que a remissão e a anistia de dívida tributária nela previstas não geram direi-to à restituição de qualquer quantia já paga. Além dis-so, na hipótese de desistên-cia em ação judicial, o con-tribuinte deverá arcar com o recolhimento das custas e encargos.

Para que as associações recreativas ou desportivas tenham direito aos bene-fícios estipulados por esta Lei, deverão disponibilizar suas dependências, pesso-al, infraestrutura e equipa-mentos para as escolas da rede pública municipal de ensino e para programas desenvolvidos pela Secre-taria Municipal de Edu-

arthur Salomão*cação até a cerimônia de encerramento dos jogos olímpicos e paraolímpi-cos de 2016; ou desen-volver com seus prois-sionais e equipamentos a iniciação esportiva na rede municipal de ensino.

Segundo a secretaria, para conceder a remis-são e anistia, o município considerou a importância das associações desporti-vas e recreativas do Rio de Janeiro para o cario-ca, as dívidas tributárias dessas associações com o município, além da con-trapartida ao benefício que vai possibilitar até 40 horas mensais de ativida-des esportivas aos alunos da rede pública municipal de ensino. A estimativa é que cerca 555 escolas se-jam beneiciadas.

Estaleiro entrega o navio Sérgio

Buarque de Holanda à Transpetro

A Transpetro recebeu se-gunda-feira (9), o na-

vio de produtos Sérgio Bu-arque de Holanda, terceira embarcação do Programa de Modernização e Expan-são da Frota (Promef) a ini-ciar as operações. Com 183 metros de comprimento e capacidade para transpor-tar 56 milhões de litros de combustíveis, o navio Sér-gio Buarque de Holanda é o 200º navio construído pelo Estaleiro Mauá, em Niterói, berço da indústria naval brasileira. A Transpe-tro lançou um hotsite sobre o navio Sérgio Buarque de Holanda (www.promef-transpetro.com.br), onde é possível fazer um tour vir-tual pela embarcação.

O início das operações do Sérgio Buarque de Ho-landa é uma prova da vi-talidade do Promef, que entrou em ritmo acelerado de entregas, revertendo uma crise de décadas da indústria naval brasileira. Em um prazo de oito me-

ses, três navios foram en-tregues à Transpetro por estaleiros brasileiros. Uma quarta embarcação, o navio de produtos Rômulo Al-meida, começará a operar ainda este ano.

Em novembro último, a Transpetro recebeu do Estaleiro Mauá o navio de produtos Celso Furtado, primeira embarcação bra-sileira entregue ao Sistema Petrobras desde 1997. Em maio, começou a operar o João Cândido, primeiro petroleiro construído na

Região Nordeste. O João Cândido é hoje o maior e mais moderno navio bra-sileiro em operação. “De-pois de 14 anos sem cons-truir nenhum petroleiro, a indústria naval brasileira começa a atingir um novo ritmo. Em um prazo de um ano, teremos quatro navios entregues. Vamos agora focar na busca de maior produtividade, para que o setor alcance competitivi-dade internacional”, diz o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

Com investimento de R$ 10,8 bilhões na enco-menda de 49 embarcações, o Promef garantiu as bases para o ressurgimento da indústria naval brasileira, permitindo a abertura de novos estaleiros e a mo-dernização dos estaleiros existentes. O Brasil já tem a quarta maior carteira de encomendas de navios do mundo. O setor, que che-gou a ter menos de dois mil trabalhadores na virada do século, emprega hoje mais de 60 mil pessoas.

Agência Petrobras

Redução do Imposto de Importação para novos produtos

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câ-

mara de Comércio Exterior (Camex) aprovou a redução temporária da alíquota do Imposto de Importação para bens de capital e produtos de informática e telecomunica-ção, mecanismo chamado de ex-tarifário. Os itens be-neiciados terão o imposto reduzido para 2% até 31 de

dezembro de 2013. As duas resoluções da Camex foram publicadas no Diário Oicial da União do dia 6. A con-cessão de ex-tarifário visa aumentar a competitividade das empresas e a execução de projetos para abastecer o mercado interno e aumentar as exportações brasileiras.

Ao todo, as medidas listam 569 ex-tarifários.

Na Resolução nº 48 da Ca-mex, são 551 ex-tarifários para bens de capital, sendo 376 renovações e 175 no-vas concessões. Outros 18 ex-tarifários para bens de informática e telecomunica-ção constam na Resolução nº 47 da Camex, sendo sete renovações e 11 novas con-cessões.

Do total de bens impor-

tados com ex-tarifário, o governo federal estima que a maioria vem da Alemanha (25,4%), dos Estados Uni-dos (24,1%), da Itália (9,3%) e da Índia (7,3%). Os inves-timentos globais e relativos às importações desses tipos de equipamentos vinculados aos 569 ex-tarifários são de US$ 5,8 bilhões e US$ 1,4 bilhão respectivamente.

Page 4: Edição Nº 116

4 ►10 a 16 de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Deputada critica insegurança

em Caxias e cobra UPP

Rendida sob arma em um bairro de Duque

de Caxias no último dia 2, quando teve seu carro rou-bado, a deputada estadual Claise Maria Zito (PSD), em entrevista ao Capital, cobrou do governo do es-tado a implantação de uma UPP (Unidade de Polícia Paciicadora) no municí-pio. A parlamentar, que es-tava acompanhada apenas de seu motorista pessoal no momento do assalto, é au-tora da indicação número 5423, feita em 22 de setem-bro do ano passado, que solicita a implantação da unidade na comunidade da Mangueirinha. Claise Zito disse que ainda esta sema-na manterá um encontro com os membros da Co-missão de Segurança Pú-blica e Assuntos de Polícia da Assembléia Legislativa.

- A violência está in-suportável e infelizmente muita gente está saindo da cidade - assinalou a deputada, lembrando que este foi o terceiro assalto que sofreu no município, ela que recentemente teve também um GPS furtado de seu veículo oicial no centro, depois do mesmo

ter sido arrombado. A de-putada disse estar bastante preocupada com a questão da segurança, que alcan-çou nível tão preocupante. “Estamos vulneráveis, seja ocupando um veículo, via-jando em ônibus ou a pé. Desta vez aconteceu comi-go. Nós, cidadãos da Bai-xada, estamos com medo.

Por que icamos sempre para depois?”, indagou a parlamentar.

Claise Zito lembrou que a Prefeitura fez, no início do ano, a doação de terreno ao governo do Estado, na Rua João Ribeiro, próximo à Mangueirinha. A iniciati-va se deu durante reunião do Conselho Comunitário de Segurança AISP 15, no campus da Universidade Estácio de Sá, bairro 25 de Agosto, em 26 de janeiro. “É importante essa união de forças para resolvermos os problemas”, assinalou a deputada. Ela fez questão de enfatizar que a UPP não é apenas um “assunto de polícia”. “Pelo contrário, ela trás consigo projetos sociais, programas do go-verno do Estado e outros benefícios. A UPP é tam-bém cidadania”, defendeu.

Divulgação

Prefeitura de Caxias

derruba ocupações

ilegais no 2º Distrito

A Prefeitura de Duque de Caxias demoliu na de

sexta-feira (6), no loteamen-to Jardim Paraíso, no bairro Jardim Primavera, constru-ções irregulares em uma área pública e demarcada por moradores da região. A operação comandada pelo secretário de Integração, Segurança Pública e Defesa Civil, Francisco Alves da Fonseca, contou com apoio de equipes das Secretarias de Obras e Urbanismo e de Transportes e Serviços Pú-blicos.

A área, de 2.400 me-tros quadrados, destinada a lazer, ica entre a Aveni-da das Palmeiras e a Rua Sucre, antiga Rua E, junto à APA (Área de Proteção Ambiental) do Morro da Caixa D’água. O terreno

já estava dividido em lotes cercados com arame farpa-do e alguns com obras de alvenaria em andamento. Uma das famílias, que mo-ram no local, foi cadastra-da no programa “Minha Casa, Minha Vida”. A ação contou também com a pre-sença do Diretor de Fiscali-zação de Obras, Omar Kir-chme de Lima, que já havia notiicado os ocupantes.

Em outra operação, na Estrada Velha do Pilar, no bairro Pilar, a equipe der-rubou construções irregu-lares de comércio sobre a calçada. A medida atendeu à determinação do promo-tor de Justiça, Guilherme Macabu Semeghini, do Ministério Público estadu-al, acolhendo denúncia de moradores.

George Fant/PMDC

Idosos na Justiça contra reajustes

abusivos em planos de saúde

A solução adotada por muitas pessoas a im

de garantir atendimento médico de qualidade a um custo acessível, os plano de saúde podem se trans-formar em pesadelo na fase da vida em que são mais necessários. É comum as operadoras que oferecem esse tipo de serviço apli-carem pesados reajustes para o segurado a partir dos 60 anos de idade, sob a alegação de que clientes nesta faixa etária usam a rede conveniada com mais frequência e dão mais des-

pesas. A boa notícia é que a legislação brasileira e a jurisprudência recente coí-bem aumentos abusivos.

Com base na Lei n°11.765/2008, que insti-tuiu o Estatuto do Idoso, a Justiça tem proferido sen-tenças favoráveis a usuá-rios de planos de saúde às voltas com reajustes exces-sivos. O estatuto estabele-ce que o aumento no preço de um serviço ou produto não pode ter como único motivo a idade do cliente, pois isto conigura discri-minação. Em decisão de

2008 contra elevações apli-cadas pela Unimed Natal em 2004, a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tri-bunal de Justiça (STJ), abriu precedente favorável à retroatividade dessa le-gislação: alegou que o con-sumidor está sempre

A Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS), responsável por regular e iscalizar as ati-vidades das operadoras de saúde, procurada pela re-portagem, manifestou-se por meio da assessoria de comunicação, informando

que os usuários que con-siderarem abusivos os re-ajustes aplicados devem buscar orientação no tele-fone 0800-701 9656. No caso de planos posteriores a 1999, se o valor estiver acima do permitido pela Lei n° 9.656/98, a ANS no-tiicará a empresa. Caso se trate de um plano anterior à legislação, a autarquia ana-lisará se a reclamação pro-cede. Neste último caso, a agência só pode intervir se a regra para o reajuste não estiver claramente expressa no contrato.

Poupança da caixa supera

marca de R$ 160 bi em saldo

A Poupança da Caixa Econômica Federal

registrou, no último mês, R$ 1,67 bilhão de captação líquida, o melhor resultado para o mês de junho dos últimos 10 anos. O valor é também 74% superior ao captado no mesmo perío-do de 2011. No semestre, a Poupança da Caixa já acu-mula R$ 6,71 bilhões de captação líquida, o equi-valente a um crescimento de 189% em comparação ao primeiro semestre do ano passado. O desempe-nho apresentado nos pri-meiros seis meses do ano

contribuiu para que a Cai-xa superasse a expressiva marca de R$ 160 bilhões de saldo, o equivalente a 36% do total de depósitos em poupança no mercado.

Para o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza, a excelente

captação liquida da Pou-pança veriicada nos últi-mos meses pode ser atri-buída à boa rentabilidade oferecida pelo produto. “Os brasileiros percebe-ram, rapidamente, que a mudança na regra de remu-neração da poupança ga-

rantiu a boa rentabilidade do produto, que continua isento de Imposto de Ren-da e sem taxas de adminis-tração”, explica Lenza. “A atual rentabilidade de 70% da Selic mantém a atrati-vidade do investimento, que continua ganhando em rendimento, por exem-plo, dos fundos de renda ixa DI com taxa de admi-nistração acima de 1,0%, para prazo de até 12 me-ses; e dos CDBs de varejo, que pagam abaixo de 91% do CDI para aplicação de até seis meses”, completa o vice-presidente.

Banco de Imagens

Agricultura familiar

terá estímulo com

crédito de R$ 18 bilhões

A presidenta Dilma Rousseff disse nes-

ta segunda-feira (9) que a agricultura familiar terá crédito de R$ 18 bilhões com juros abaixo da in-lação para inanciar o in-vestimento e a produção em mais de 4 milhões de pequenas propriedades em todo o país. No pro-grama semanal Café com a Presidenta, ela explicou que, dentro do Plano Sa-fra da Agricultura Fami-liar (2012/2013), todas as linhas de crédito terão juros de, no máximo, 2% ao ano para o investimen-to e 4% ao ano para cus-teio. “Tenho certeza de que esse Plano Safra é um forte estímulo para a nos-sa Agricultura Familiar”, ressaltou. “Com esse di-nheiro, o agricultor vai poder comprar máquinas e equipamentos e vai poder também gastar em custeio, isto é, em sementes, em

adubo ou até contratar um ajudante na época da co-lheita”, explicou.

De acordo com a pre-sidenta, cerca de 30% dos alimentos servidos na me-renda de escolas públi-cas são provenientes da agricultura familiar, que também mantém os esto-ques da Companhia Na-cional de Abastecimento (Conab). Em 2012, cada agricultor poderá vender até R$ 20 mil diretamente para o governo. Outra no-vidade, segundo Dilma, é que a agricultura familiar também poderá ser des-tinada a abastecer hospi-tais públicos, restaurantes universitários, presídios e quartéis de governos esta-duais e municipais. “Isso é importante para o produtor, mas é bom também para os órgãos públicos, que vão comprar produtos de qua-lidade, frescos, saudáveis e sem intermediários.”

Wilson Dias/ABr

Page 5: Edição Nº 116

5►10 a 16 de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

COMUNICADO

A AG-R SERVIÇOS CEMITERIAIS, Concessionária de Serviços Cemiteriais e Administração de Cemitérios de Duque de Caxias-RJ, vem comunicar à população duqueca-xiense que as informações divulgadas pela mídia, no dia 5 de julho último, são equivocadas e absurdas, visto que foram feitas de maneira incompleta, sensacionalista e amparadas em dados errôneos, conforme demonstramos abaixo:

1. A AG-R assumiu a administração dos cemitérios em 1º de janeiro de 2012 e, em apenas seis meses de administração, promoveu sensíveis melhorias nos campos santos, instalações dos cemitérios e obteve importantes avanços no atendimento e à segurança dos seus usuários, fatos estes constatados pela população, que tem respondido às nossas constantes pesqui-sas de satisfação;

2. As denúncias inverídicas que motivaram a malfadada operação promovida pelas autoridades policiais e de iscaliza-ção de meio ambiente, foram pautadas unicamente em dados anteriores ao início de nossa administração, portanto, equivo-cadas em sua essência;

3. Lamenta profundamente que as autoridades promotoras da operação denominada “dignidade”, tenham sido movidas exclusivamente por uma política de denuncismo apócrifo e irresponsável, sem qualquer lastro comprobatório que, aliado ao sensacionalismo da mídia, chocam e engessam quaisquer atitudes empresariais na busca da melhoria dos processos de produção de bens e serviços.

4. A AG-R é a única empresa de serviços cemiteriais no Estado do Rio de Janeiro que, em cumprimento à Resolução CONAMA 335/2003, realiza a INCINERAÇÃO DE TODOS OS RESÍDUOS CEMITERIAIS em empresa legalmente ha-bilitada pelo INEA (Instituto Estadual do Meio Ambiente), dando o devido destino inal em favor do meio ambiente. Es-clarece que, desde o início de nossa administração em Janeiro de 2012 até Maio de 2012, efetuamos a incineração do equi-valente a 05 (CINCO) Toneladas de resíduos cemiteriais.

5. Esclarece, ainda, ao público em geral, autoridades, fornecedores e colaboradores, que todo o passivo ambiental alardeado pela mídia foi gerado durante os últimos 40 anos, exclusivamente, pela administração passada e que por esse motivo teve sua concessão cassada pela Prefeitura Municipal através de processo judicial;

6. A população é sabedora que a reparação dos danos am-bientais e sociais de quase meio século, não serão resolvidas da noite para o dia, mas a direção da nova concessionária, seus funcionários e colaboradores estão fortemente empenha-dos em descobrir as melhores soluções para as melhorias ne-cessárias aos cemitérios municipais;

7. Esta empresa é legalizada perante a Prefeitura, Estado e órgãos federais, possuindo toda documentação necessária ao seu regular e legal funcionamento, valendo esclarecer que e as licenças ambientais de operação, recuperação e alvarás foram requeridas, respectivamente, à Secretaria de Meio Am-biente e à Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, estando em fase de processamento para análise e liberação;

8. Que todos os esclarecimentos solicitados pelas autori-dades policiais e INEA – Instituto Estadual do Ambiente fo-ram atendidos;

9. Quanto aos nossos funcionários, os mesmos foram conduzidos às delegacias apenas para esclarecimentos sobre o funcionamento dos cemitérios, retornando às suas ativida-des imediatamente, visto que nossa empresa é composta de dirigentes e funcionários idôneos;

10. Sobre as taxas citadas como abusivas, necessárias para a manutenção e imprescindíveis para a recuperação dos ce-mitérios, estão, seguramente, entre as mais baixas do estado;

11. Esta empresa possui material fotográico e vídeos comprovando o estado deplorável e de total abandono que os cemitérios foram entregues à atual administração, e que o mesmo já se encontrava desde janeiro de 2012 em poder da Prefeitura de Duque de Caxias, bem como agora entregues aos demais órgãos competentes,

Por im, reairma que a aprovação dos usuários que vi-ram o estado dos campos santos até o inal do ano passado, e constataram as melhorias já alcançadas em tão pouco tempo, apenas motiva esta empresa a continuar o trabalho iniciado em 1º de janeiro. Reverter os passivos ambiental e social sub-metidos aos cemitérios municipais por quase meio século de exploração pelas administrações anteriores não é rápido, mas nossos colaboradores e funcionários tem a certeza que nos próximos anos alcançará resultados de excelência, pois traba-lha com seriedade e respeito a toda a população.

Agradece a compreensão de todos.

Duque de Caxias - RJ, 10 de Julho de 2012

Brasil prepara novas medidas

para combater crise internacional

A persistência da crise in-ternacional econômica

tem exigido esforços extras da equipe econômica do governo federal. Para tentar “tirar o peso atual” da ins-tabilidade inanceira global sobre o país e tentar recupe-rar o mercado, novas medi-das estão sendo estudadas. O secretário executivo do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, disse que o governo “acendeu o sinal amarelo” com o atual cenário e prepara novas in-tervenções.

- Um problema hoje não é tanto resolver problema do crescimento, mas pre-parar a indústria para o ano que vem, para estar mais forte e poder ganhar mer-cado. Estamos trabalhan-do com 19 conselhos de competitividade setoriais. Neste momento estamos estruturando agendas para transformar em políticas, estamos discutindo toda

a cadeia produtiva, desde área de aumento de inves-timento, questão tributária, competitividade, programa de fortalecimento e facilita-ção de acesso de exportado-res ao mercado”, detalhou Teixeira em entrevista ex-clusiva à Agência Brasil.

O secretário reconhece que o atual momento eco-nômico está pior do que em 2008 e, por isso, as indús-trias nacionais ainda preci-sam de ajuda. “Não vamos

tentar reverter o quadro atual, porque é muito difícil reverter uma crise interna-cional, mas queremos tirar o peso atual da crise e ten-tar recuperar o mercado”, disse. Uma das propostas analisadas pelo governo é uma política de endoma-rketing que visa fortalecer o consumo do produto local. Os detalhes ainda estão in-deinidos, mas a estratégia objetiva “conscientizar” a população a dar preferência

aos produtos nacionais.- Uma das coisas que

temos trabalhado, e vamos propor, é uma política de endomarketing que visa for-talecer o consumo do pro-duto local, nacional. Ainda não sei como faremos isso, mas hoje as pessoas vão nas lojas e não sabem se o produto foi produzido aqui ou em outro país e quando compram importado não geram emprego aqui. É pre-ciso conscientizá-las a dar preferência ao produto bra-sileiro, criar forte consumo local. Isso aquece a econo-mia - disse.

Mesmo sem propostas concretas, o secretário exe-cutivo acredita que desone-rações não entrem no novo pacote. “Já tivemos várias políticas de desoneração este ano. O Brasil tem que criar outras situações para criar competitividade”, dis-se. Teixeira defende medi-das estruturais para garantir a competitividade industrial a longo prazo.

Valter Campanato/ABr

Brasil produzirá combustívela partir de algas marinhas

O estado de Pernambu-co, no Nordeste, deve

receber no inal de 2013 a primeira planta industrial de biocombustível produ-zido com algas marinhas, que promete contribuir na redução do envio de CO2 à atmosfera. O projeto, uma parceria entre o grupo brasileiro JB, produtor de etanol no Nordeste, e a em-presa See Algae Technolo-gy (SAT), da Áustria, con-tará com investimento de 8 milhões de euros (R$ 19,8 milhões) para montar em Vitória de Santo Antão - a 53 km de Recife - uma fa-zenda vertical de algas ge-neticamente modiicadas e que vão crescer com a aju-da do sol e de emissões de dióxido de carbono (CO2).

Segunda a empresa, é a primeira vez no mundo que este tipo de combustível será fabricado e comercia-lizado. Atualmente, a tec-nologia só é desenvolvida para ins cientíicos. Labo-

ratórios dos Estados Uni-dos e até mesmo do Brasil já pesquisam a respeito. No caso da usina pernam-bucana, o biocombustível será produzido com a ajuda do carbono proveniente da produção de etanol, evitan-do que o gás poluente seja liberado na atmosfera e re-duzindo os efeitos da mu-dança climática.

De acordo com Rafael

Bianchini, diretor da SAT no Brasil, a unidade terá capacidade de produzir 1,2 milhão de litros de biodie-sel ou 2,2, milhões de litros de etanol ao ano a partir de um hectare de algas plantadas. O produto re-sultante poderá substituir, por exemplo, o biodiesel de soja, dendê, palma ou outros itens que podem ser utilizados na indústria ali-

mentícia aplicado no diesel -- atualmente 5% do com-bustível é biodiesel.

- É uma reciclagem [do CO2 emitido] e transfor-mação em combustível. Um hectare de algas con-some 5 mil toneladas de dióxido de carbono ao ano. O CO2, que é o vilão do clima, passa a ser matéria-prima valorizada - explica Bianchini.

Banco de Imagens

Page 6: Edição Nº 116

6 ►10 a 16 de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

País

Internacional Negociador brasileiro acredita em

recuperação de vendas para a Argentina

O governo brasileiro considera ter acer-

tado o tom de negocia-ção com o governo ar-gentino. A avaliação é do secretário executivo do Ministério do De-senvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, que agora ne-gocia com o secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, e deine a rela-ção atual como “objeti-va”. O negociador acre-dita em crescimento das vendas a partir de agora, com a liberação da Ar-gentina para importação de produtos brasileiros do agronegócio e indus-

triais. “Devemos ter re-sultado positivo para este mês [de julho], com a re-tomada desses produtos. O responsável é a situação econômica internacional, que afeta a Argentina e está nos afetando tam-bém”, inalizou.

As barreiras impostas pela Argentina para com-pras do exterior reletiram nas exportações brasileiras, que tiveram queda de 16 % no primeiro semestre deste ano. No entanto, nessa pri-meira semana de julho, o comércio bilateral teve um avanço na entrada de carne suína no país. As exporta-ções do produto para a Ar-gentina, nos três primeiros dias do mês, somaram US$

498 mil, equivalendo a 143 toneladas. Pela média diária, houve aumento de 226,1%, em valor,em rela-ção ao mês de junho.

No setor de máquinas agrícolas, foram liberadas 229 licenças não automá-ticas de tratores, colhei-tadeiras e plataformas. “Acho que agora [a rela-ção] está bem, a gente teve resultados importantes da liberação de vários produ-tos que estão entrando na Argentina”, disse. Teixeira ressaltou ainda que, mes-mo com o destravamento de alguns produtos, o mo-nitoramento do governo brasileiro tem sido diá-rio. “A gente tem conse-guido. Quanto tempo vai

durar esse processo e se eles vão endurecer mais daqui para frente eu não sei dizer, mas, independente do que acontecer, o nosso tra-balho é constante”.

No acumulado de janeiro a junho do ano passado, os embar-ques externos para o país vizinho somaram US$ 10,43 bilhões. O valor é US$ 1,6 bilhão maior que o registrado no mesmo período de 2012. Apesar da que-da nas vendas inter-nacionais, o secretário executivo destaca a interferência da crise internacional nas rela-ções comerciais.

Relatório da OEA sobre

Paraguai sai nesta terça-feira

O relatório sobre a visita ao Paraguai

do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel In-sulza, deverá ser apre-sentado nesta terça-fei-ra (10) aos integrantes da instituição. Insulza esteve em visita ao Pa-raguai para veriicar a situação do país depois do impeachment do ex-presidente Fernando Lugo. Durante a visita, Insulza teve reunião com o novo presidente Federico Franco, com

ministros de Estado, re-presentantes do Congres-so Nacional, ministros de cortes de Justiça e com Lugo.

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União de Nações Sul-America-nas (Unasul) suspende-ram o Paraguai até que seja realizada eleição para presidente, marcada para o próximo ano. Os dois blocos suspenderam o país das atividades po-líticas com o argumento de que houve ruptura da ordem democrática com a deposição de Lugo.

Décima primeira edição do Prêmio Baixada

vai ser realizada no município de Guapimirim

Com o slogan “Gua-pimirim - Apontan-

do para a Cultura na Bai-xada”, foi dada a partida para o Prêmio Baixada 2012, que reconhecerá em grande evento, a ser realizado no dia 23 de agosto, às 15 horas, no Grêmio Recreativo Mu-sical Guapiense, a im-portância e a relevância de cidadãos que atuam nesta próspera região. São quatorze categorias: Artesanato; Artes Cêni-cas (circo, dança, teatro); Artes Plásticas (pintura, escultura); Artes Popula-res; Cidadania; Ciência; Comunicação (escrita, falada, televisada, Inter-net); Educação; História; Imagem (cinema, vídeo, fotograia); Literatura;

Meio Ambiente; Música; e Produ-ção Cultural. As inscrições foram encerradas no úl-timo dia 4.

O Prêmio Bai-xada Fluminen-se, homenagem idealizada pelo Fórum Cultural da Baixada Flu-minense, acon-tece anualmente desde 2002, passando pe-los municípios da região. O primeiro foi em Duque de Caxias (2002), seguindo em 2003 para São João de Meriti, 2004 em Nilopólis, 2005 em Queimados, 2006 em Nova Iguaçu, 2007 em Belford Roxo, 2008 em Magé, 2009 em Seropédi-ca, 2010 em Paracambi e

2011 em Itaguaí (foto). Sua realização é em parceria com as Prefeituras, através de suas respectivas Secre-taria de Cultura, Educação ou Turismo.

- São onze anos re-conhecendo valores da nossa região – assinala o presidente do Fóurm, Car-

los Cahé. “Este é um evento de encontros, com pessoas de várias vertentes e de dife-rentes municípios, um bom momento para trocar idéias”, com-plementa a produtora cultural Claudina Oli-veira.

Banco de Imagens

Segundo lote de restituições do Imposto de Renda

deve ser liberado para consulta nesta terça-feira

A Receita Federal deve liberar na

terça-feira (10) a con-sulta ao segundo lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Físi-ca 2012. Inicialmente, a própria Receita tinha in-formado que a liberação da consulta seria nesta segunda-feira (9). O su-pervisor do Programa do Imposto de Renda, Joaquim Adir, no entan-

to, disse à Agência Brasil, que a nota com o número de restituições e de contri-buintes no lote será divul-gada na segunda-feira e a consulta estará disponível, provavelmente, na internet nesta terça-feira (10).

O dinheiro será depo-sitado no banco no dia 16 de julho. O calendário de pagamento dos lotes regu-lares prevê sete liberações. A primeira ocorreu no dia

15 de junho e a última no dia 17 de dezembro. A consulta poderá ser feita na inter-net no endereço w w w. r e c e i t a .fazenda.gov.br. Será possível também obter informações por

meio do Receitafone, no telefone 146. Joaquim Adir informou ainda que serão liberadas da malha ina restituições de declarações dos anos de 2011, 2010, 2009 e 2008.

Caso o valor não seja creditado no dia 16, o con-tribuinte poderá ir a qual-quer agência do Banco do Brasil para requerer a res-tituição ou ligar para a cen-tral de atendimento do ban-co – 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (deicientes auditi-vos) – a im de agendar o crédito nominal em conta-corrente ou poupança em qualquer banco.

Por comodidade, os contribuintes com direito à restituição do Imposto de

Renda Pessoa Física (IRPF) poderão rece-ber o aviso da libera-ção do dinheiro por mensagem de texto en-viada para o telefone celular, previamente cadastrado.

De acordo com a Receita, a mensagem será remetida sempre que a restituição for disponibilizada para resgate. O contribuinte poderá cancelar ou al-terar o número do ce-lular para o recebimen-to da mensagem SMS. Para fazer o cadastro, o contribuinte deve-rá acessar o endereço http://www.receita.fazenda.gov.br/Pesso-aFisica/SMSRestitui-cao/Default.asp.

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Campanha quer mudar

lei de drogas no Brasil

A Comissão Brasi-leira sobre Drogas

e Democracia (CBDD) e a organização não governamental (ONG) Viva Rio lançaram na tarde de segunda-feira (9), na sede da Asso-ciação dos Defensores Públicos do Estado do Rio de Janeiro, no cen-tro da capital, a cam-panha nacional "Lei de Drogas: É Preciso Mudar". A iniciativa pretende recolher 1 mi-lhão de assinaturas em apoio ao projeto de lei que será apresentado

ao Congresso Nacional com o objetivo de tornar a legislação sobre drogas mais justa e eicaz.

Após o lançamen-to, houve entrevista dos participantes da mesa de apresentação da campa-nha, entre eles o ex-pre-sidente do Banco Nacio-nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-DES) Edmar Bacha, o presidente da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, e o diretor do Movimento Viva Rio, Rubem César Fernandes.

Cresce adesão à greve

de servidores federais

Médicos e funcio-nários do Insti-

tuto de Traumatologia e Ortopedia (Into), do Instituto Nacional de Cardiologia de Laran-jeiras e do Hospital Geral de Bonsucesso aderiram nesta segun-da-feira (9) à greve dos servidores que desde o mês passado vem redu-zindo o funcionamento nos hospitais federais. Com a adesão, sobe para seis o número de unidades de saúde no Rio de Janeiro que suspenderam o aten-dimento, inclusive de

especialidades importan-tes, como cardiologia, or-topedia e ginecologia, por tempo indeterminado.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públi-cos Federais em Saúde e Previdência Social (Sin-dsprev), as consultas e ci-rurgias eletivas estão sus-pensas nas três unidades e só os casos considerados de urgência são atendidos. A categoria reivindica, entre outros itens, reajus-te de 22,08%, jornada de 30 horas de trabalho sem redução salarial, incorpo-ração das gratiicações e correção dos benefícios.

Page 7: Edição Nº 116

7►10 a 16 de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

Exportações brasileiras de

carne suína voltam a cairDepois do bom desem-

penho registrado em maio, as exportações bra-sileiras de carnes suínas voltaram a cair, em ju-nho, na comparação anu-al, com vendas 16,76% menores do que em igual mês de 2011. Foram em-barcadas 43.913 toneladas ante 52.752 em junho de 2011 e 53.404 em maio. No semestre, no entanto, o volume exportado teve leve aumento, 0,72%, com a venda de 268.783 tone-ladas. O faturamento do setor que, em maio havia crescido 9,27%, apresen-tou queda de 28,75% em junho em relação ao mes-mo mês do ano passado. No semestre, houve um recuo de 6,52% somando US$ 687,3 milhões.

Além da maior concor-rência no mercado mun-dial decorrente da crise econômica que afeta, prin-cipalmente, países euro-peus, o resultado relete os embargos ao produto bra-sileiro por parte da Rússia, África do Sul, Albânia e Argentina. No caso desse

último, a recente retoma-da dos negócios deverá inluir nos próximos resul-tados, mas “só vai melho-rar um pouco”, a situação dos exportadores, acredita o presidente da Associa-ção Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto.

Ele defendeu que, para estimular as atividades do setor, devem ser abertos mais mercados, como o Japão, a Coreia do Sul e a

Banco de Imagens

União Europeia. O execu-tivo também manifestou a expectativa de um avanço nas negociações do go-verno brasileiro a im de destravar as vendas para a Rússia. Desde 15 de junho do ano passado, o governo russo mantém vetadas as compras das carnes produ-zidas nos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Mato Grosso.

Mesmo com uma re-dução de 52,87% no vo-lume vendido à Rússia,

esse mercado ocupa a se-gunda posição na lista de importadores, com um to-tal, em junho, de 11.623 toneladas. Os maiores embarques seguiram para a Ucrânia, 11.938 tonela-das. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o gover-no brasileiro enviou a do-cumentação exigida pela Rússia e aguarda a vinda de uma missão do país, as-sim como a deinição dos locais a serem visitados.

Venda de automóveis em junho

é a maior da história do setor

A venda de automóveis em junho foi a maior

para o mês da história do setor no país, segundo da-dos divulgados dia 5 pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis fa-voreceu os negócios. Nes-te ano, as vendas de veícu-los novos, entre nacionais e importados, somaram 353,2 mil unidades, um crescimento de 22,9% em junho na comparação com maio. Segundo o presiden-te da associação, Cledor-vino Belini, “a redução do IPI foi uma medida acer-tada por parte do governo,

as montadoras reduziram os seus estoques e, agora, há aumento de produção e emprego”.

A medida termina no dia 31 de agosto e, de acor-do com Belini, não terá

nova prorrogação por par-te do governo. Até lá, para ele, ainda há espaço para mais crescimento do mer-cado de consumo, “a elas-ticidade é muito grande”. Acompanhando a alta na

comercialização, a gera-ção de empregos no setor também subiu de 145 mil trabalhadores contratados em maio para 147 mil em junho.

Com o ritmo de vendas acelerado, os estoques nas fábricas e concessionárias caíram de 409,7 mil uni-dades em maio para 342 mil em junho. A produção de veículos, no entanto, apresentou queda de 2,6% em junho ante maio. A ex-pectativa, na opinião de Belini, é de crescimento na produção para suprir essa baixa dos estoques, “o nível de estoques está confortável e isso, agora, vai fazer acelerar a produ-ção”.

Banco de Imagens

Valor de passagens aéreas teve

queda de 6,8% em 2011, diz Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

informou nesta segunda-feira (9) que a Tarifa Aérea Média Doméstica do ano passado caiu 6,8% em rela-ção a 2010. Entre janeiro e dezembro de 2011, o valor médio da tarifa icou em R$ 276,25, de acordo com o Relatório de Tarifas Aéreas, publicado hoje pela Anac. A Tarifa Aérea Média Domés-

tica representa o valor médio pago pelo passageiro por uma viagem aérea em terri-tório brasileiro. Em dezem-bro de 2011, o valor icou em R$ 316,28, 0,15% inferior ao de dezembro de 2010. Na comparação com novembro de 2011, houve uma redução de 2,35%. Segundo a Anac, o valor apurado em dezem-bro de 2011 representou menos da metade do que o

passageiro desembolsava há nove anos.

O Yield Tarifa Aérea Do-méstica, que é o valor mé-dio que o passageiro paga para voar 1 quilômetro em território nacional, foi R$ 0,3811 em dezembro de 2011, 0,33% menor do que o de dezembro de 2010 e 5,97% inferior em relação a novembro de 2011. Os valo-res são calculados com base nos dados das tarifas aéreas domésticas comercializa-das pelas empresas aéreas, mensalmente registradas na Anac, e são atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Banco de Imagens

Balança tem superávit

de US$ 623 milhões na

primeira semana de julho

A balança comercial bra-sileira, formada por

exportações e importações, registrou superávit de US$ 623 milhões entre os dias 2 e 6 de julho, segundo dados divulgados segunda-feira (9) pelo Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O saldo positivo é resultado de US$ 5,360 bilhões em exporta-ções contra US$ 4,737 bi-lhões em importações no período. O superávit abre o segundo semestre da ba-lança comercial no azul. No primeiro semestre deste ano, a balança registrou o pior resultado para o perí-odo nos últimos dez anos.

Nos embarques exter-nos, a média diária regis-trada foi US$ 1,072 bilhão, equivalente a um cresci-mento de 1,2% frente ao mesmo período do ano passado. Houve aumento nas vendas de produtos se-mimanufaturados (+14,8%) e básicos (+1,9%). Em con-

trapartida, caíram as vendas de manufaturados (-3,4%), principalmente de óxidos e hidróxidos de alumínio, açúcar reinado, polímeros plásticos, tratores, calçados, partes de motores para veí-culos e autopeças.

As compras internacio-nais somaram US$ 947,4 milhões na média diária, alta de 4,1% em compa-ração a julho de 2011. De acordo com o ministério, cresceram os gastos com combustíveis e lubriican-tes (+51,3%), automó-veis e partes dos veículos (+16,1%), farmacêuticos (+14,8%) e cobre e suas obras (+8,7%).

No acumulado do ano, as exportações somam US$ 122,574 bilhões e as im-portações US$ 114,881 bi-lhões, com saldo positivo de US$ 7,693 bilhões. O valor é 42,4% menor em relação ao mesmo mês do ano pas-sado, quando foi registrado saldo de US$ 13,35 bilhões.

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8 ►10 a 16 de Julho de 2012MERCADO & NEGÓCIOS

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Safra de grãos deve ser 0,1% menor

que a anterior, estima a Conab

O Brasil deverá colher 162,6 milhões de to-

neladas de grãos na safra 2011/2012. A estimativa consta do décimo levan-tamento de safra, divulga-do dia 5 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número representa que-da de 0,1% na comparação com o volume de 162,8 milhões de toneladas co-lhido na safra 2010/2011. Mesmo assim, o diretor da Conab Sílvio Porto consi-dera o resultado positivo, uma vez que a safra ante-rior foi recorde. Apesar da queda na produção geral de grãos, o estudo apon-tou crescimento de 60,9% na produção do milho se-gunda safra, que atingiu 34,57 milhões de tonela-das. A diferença chega a 13,08 milhões de toneladas na comparação com a sa-

fra anterior, quando foram colhidos 21,48 milhões de toneladas.

De acordo com o le-vantamento, o aumento na produção de milho foi motivado pelas condições favoráveis da cultura nas áreas de maior produção. A estimativa para as safras consolidadas, que agregam primeira e segunda safras, registrou crescimento de

21% (ou de 12,07 milhões de toneladas), e chega a 69,48 milhões de toneladas.

As produções de soja e arroz tiveram queda de 8,9 milhões e 2,05 milhões de toneladas, respectivamen-te. Segundo o levantamen-to, a redução decorre de “condições climáticas não favoráveis, principalmente nas fases de desenvolvi-mento das culturas, quando

foram mais prejudicadas as lavouras de milho e de soja, nos estados da Região Sul, em parte do Sudeste e no sudoeste de Mato Gros-so do Sul”.

A estiagem na Região Nordeste prejudicou prati-camente todas as culturas, em especial no Semiárido. Houve queda de 21,9% na comparação com a safra anterior. Isso corresponde a uma redução de 3,5 mi-lhões de toneladas, e os produtos mais afetados fo-ram o milho e o feijão. O Instituto Brasileiro de Geo-graia e Estatística (IBGE) também divulgou hoje, no Rio de Janeiro, um levan-tamento sobre a safra. Se-gundo a projeção, ao inal deste ano, a safra de cere-ais, leguminosas e oleagi-nosas deve totalizar 160,7 milhões de toneladas, 0,4% acima do registrado no ano passado (160,1 milhões de toneladas).

Wilson Dias/ABr

▼BB vai destinar R$ 55 bilhões em crédito para a safra 2012/2013

O Banco do Brasil infor-mou que vai aplicar

R$ 55 bilhões em crédito rural na safra 2012/2013. Esse volume é 14 % su-perior ao da safra anterior (R$ 48,2 bilhões). Desse total, serão R$ 10,5 bilhões para a agricultores familia-

res e R$ 44,5 bilhões para agricultores empresarias e cooperativas rurais. Na safra 2011/2012, o BB de-sembolsou 23,5% a mais do que no ciclo anterior (2010/2011). O BB também anunciou que vai atuar no Progra-

ma Nacional de Habitação Rural (PNHR), integrante do “Minha Casa, Minha Vida”. O programa oferece condições para a constru-ção e reforma de moradia de agricultores familiares e trabalhadores rurais. A ex-pectativa do BB é contratar

crédito para 100 mil unida-des habitacionais até 2014, por meio do PNHR.

Para ter acesso ao crédi-to até R$ 25 mil para cons-trução e R$ 15 mil para reforma, a renda familiar anual deve ser até R$ 15 mil.