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MERCADO & NEGÓCIOS Anatel autoriza reajuste de preço da concessionária Ampla Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ►16 a 22 de aBRIL de 2013 Ano 5 nº 154 www.jornalcapital.jor.br R$1 Atualidade Indicadores / Câmbio Compra Venda % Fechamento: 15 de abril de 2013 ►PÁGINA 2 Petrobras tem recorde de processamento ►PÁGINA 8 O convênio assinado no último dia 4 entre a Pre- feitura de Duque de Caxias e o governo do Es- tado para a implantação do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), e que começaria a vigorar nesta segunda-feira (15), está suspenso. A informação foi anunciada pelo vereador Serginho Samuquinha, depois de confirmada pelo líder do governo na Câmara, Josemar Padilha, na sessão da última quinta-feira (11). Serginho fez a denúncia da ilegalidade do convênio no Plenário do Legislativo por duas vezes, com base no Artigo 13, Inciso III da Lei Orgânica Municipal. “O convênio terá que ser submetido ao Legislativo e, caso seja aprovado, posteriormente será assinado entre o município e o Estado”, disse o vereador. A ação de fiscalização foi da Comissão de Transpor- tes da Câmara de Duque de Caxias, que promete atuar de forma permanente no município. Comissão da Câmara multa e apreende ônibus Caxias: Convênio com o Proeis está suspenso ►PÁGINA 7 Comissão da Transparência vai entregar relatório ao MP A Comissão Es- pecial de Trans- parência, que fez vistoria em todas as unidades de saúde de Duque de Ca- xias, já concluiu o relatório, que apon- ta inúmeras irregu- laridades em postos e hospitais. O docu- mento será encami- nhado nos próximos a várias autoridades e órgãos. ►PÁGINA 5 Marcelo Cunha Marcelo Cunha Alexandre Cardoso apresenta balanço dos 100 dias de governo AgeRio tem programa para inanciar inovação de empresas ►PÁGINA 6 ►PÁGINA 2 "Intolerância com a inflação" Baixada terá Metrô de Supericie Marcelo Camargo/ABr A afirmação é do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, feita no Rio de Janei- ro, onde participou da 25ª Reunião de Presidentes de Ban- cos Centrais da Amé- rica do Sul. Indagado sobre a possibilidade de elevação dos juros básicos em função de pressão inflacionária, ele respondeu que “o BC não fala sobre reuniões futuras”, re- ferindo-se à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). ►PÁGINA 3 O anúncio foi feito pelo se- cretário de Trans- portes do Estado, Julio Lopes, ao participar do Con- gresso Regional sobre Revitaliza- ção do Transporte Ferroviário na Bai- xada Fluminense, em Guapimirim. Segundo Lopes, a região já tem todo o trajeto de trilhos para receber o Ve- ículo Leve sobre Trilhos (VLT) . ►PÁGINA 4 Dolar Comercial 2,002 2,003 1,68 Dólar turismo 1,890 2,120 0,47 ibovespa 52.949,93 3,66

Edição nº 154

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Jornal Capital - Edição nº 154

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Page 1: Edição nº 154

MERCADO & NEGÓCIOS

Anatel autoriza reajuste de preço

da concessionária Ampla

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa ltDa ● ►16 a 22 de aBRIL de 2013

Ano 5 ● nº 154www.jornalcapital.jor.br

R$1

Atualidade Indicadores / Câmbio Compra Venda %

Fechamento: 15 de abril de 2013

►PÁGINA 2

Petrobras tem recorde de processamento►PÁGINA 8

O convênio assinado no último dia 4 entre a Pre-feitura de Duque de Caxias e o governo do Es-

tado para a implantação do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), e que começaria a vigorar nesta segunda-feira (15), está suspenso. A informação foi anunciada pelo vereador Serginho Samuquinha, depois de confirmada pelo líder do governo na Câmara, Josemar Padilha, na sessão da última quinta-feira (11). Serginho fez a denúncia da ilegalidade do convênio no Plenário do Legislativo por duas vezes, com base no Artigo 13, Inciso III da Lei Orgânica Municipal. “O convênio terá que ser submetido ao Legislativo e, caso seja aprovado, posteriormente será assinado entre o município e o Estado”, disse o vereador.

A ação de fiscalização foi da Comissão de Transpor-tes da Câmara de Duque de Caxias, que promete

atuar de forma permanente no município.

Comissão da Câmara

multa e apreende ônibus

Caxias: Convênio com

o Proeis está suspenso

►PÁGINA 7

Comissão da Transparência vai entregar relatório ao MP

A Comissão Es-pecial de Trans-

parência, que fez vistoria em todas as unidades de saúde de Duque de Ca-xias, já concluiu o relatório, que apon-ta inúmeras irregu-laridades em postos e hospitais. O docu-mento será encami-nhado nos próximos a várias autoridades e órgãos.

►PÁGINA 5

Marcelo Cunha

Marcelo Cunha

Alexandre Cardoso apresenta

balanço dos 100 dias de governo

AgeRio tem programa para

inanciar inovação de empresas

►PÁGINA 6

►PÁGINA 2

"Intolerância com a inflação"

Baixada terá

Metrô de

Supericie

Marcelo Camargo/ABr

A afirmação é do presidente do

Banco Central (BC), Alexandre Tombini, feita no Rio de Janei-ro, onde participou da 25ª Reunião de Presidentes de Ban-cos Centrais da Amé-rica do Sul. Indagado sobre a possibilidade de elevação dos juros básicos em função de pressão inflacionária, ele respondeu que “o BC não fala sobre reuniões futuras”, re-ferindo-se à próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). ►PÁGINA 3

O anúncio foi feito pelo se-

cretário de Trans-portes do Estado, Julio Lopes, ao participar do Con-gresso Regional sobre Revitaliza-ção do Transporte Ferroviário na Bai-xada Fluminense, em Guapimirim. Segundo Lopes, a região já tem todo o trajeto de trilhos para receber o Ve-ículo Leve sobre Trilhos (VLT) .

►PÁGINA 4

Dolar Comercial 2,002 2,003 1,68Dólar turismo 1,890 2,120 0,47ibovespa 52.949,93 3,66

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2 ►16 a 22 de Abril de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Cambio

Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação %

Dolar Comercial 2,002 2,003 1,68

Dólar turismo 1,890 2,120 0,47

Moeda Compra (U$) Venda (U$) Variação %

Coroa Dinamarca 5,711 5,713 0,44

Dólar austrália 1,033 1,033 1,67

Dólar Canadá 1,023 1,023 1,03

Euro 1,304 1,304 0,47

Franco Suíça 0,930 0,930 0,31

iene Japão 97,100 97,140 1,30

libra Esterlina inglaterra 1,529 1,529 0,29

peso Chile 472,000 473,500 0,77

peso Colômbia 1.833,130 1.833,930 0,38

peso livre argentina 5,120 5,160 0,10

peso México 12,266 12,274 1,56

peso Uruguai 18,700 19,000 0,68

Bolsa

Valor Variação %

ibovespa 52.949,93 3,66

IBX 20.515,69 3,09

Dow Jones 14.599,20 1,79

Nasdaq 3.216,49 0,00

Merval 3.403,12 1,74

Commodities

Unidade Compra US$ Venda US$ Variação %

Petróleo - Brent barril 100,470 100,490 0,00

Ouro onça troy 1.350,440 1.352,660 0,00

prata onça troy 22,730 22,770 0,04

platina onça troy 1.394,740 1.402,250 0,62

paládio onça troy 654,000 659,390 0,13

indicadores

poupança 16/04 0,500

tR 15/04 0,000

Juros Selic meta ao ano 7,25

Salário Mínimo (Federal) R$ 678,00

Ponto de Observação

alberto marques

Novo ICMS manterá a “guerra fiscal” entre estados

O relator do Proje-to de Resolução

1/2013, que uniica as alíquotas interestaduais do Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias e Serviços (ICMS), se-nador Delcídio Amaral (PT-MS), disse na úl-tima semana que, em busca de consenso, vê com simpatia a propos-ta para criação de uma alíquota interestadual diferenciada de 7% para os produtos que são in-dustrializados nas regi-ões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

De acordo com a pro-posta em negociação, os demais produtos seriam taxados com a alíquota de 4%, prevista inicial-mente para uniicar todas as operações interestadu-ais. As negociações es-tão dividindo os estados.

Delcídio conirmou que pretende apresentar nesta terça-feira (16) o relatório inal da proposta na Co-missão de Assuntos Eco-nômicos (CAE) do Senado. “Vejo com simpatia esse sete [7%] Mas o valor deve ser carimbado para o setor industrial. Acho que é um avanço para a gente chegar a um acordo na votação do ICMS”, disse o relator, ao deixar o Ministério da Fa-zenda, após encontro com o secretário executivo da pasta, Nelson Barbosa.

A proposta inicial do governo federal era para reduzir, com prazos dife-renciados, o ICMS até ter uma alíquota uniicada com o objetivo de acabar com a guerra iscal, práti-ca em que as unidades da Federação usam a desone-ração do ICMS para atrair empresas e promover o de-senvolvimento econômi-co. No entanto, estados do Norte, Nordeste e Centro-

-Oeste dizem que seriam bastante prejudicados pela medida, por serem menos desenvolvidos do que os das regiões Sul e Sudeste.

Cobrado quando uma mercadoria é transportada de um estado para outro, o ICMS interestadual atu-almente é de 12% para os estados menos desenvolvi-dos e 7% para os estados de maior renda ( RJ, SP, MG0. A proposta do go-verno prevê a uniicação da alíquota em 4% no pra-zo de 12 anos. Na prática, é a diferença de alíquotas na venda interestadual que patrocina a fraude, como acaba de descobrir a Dele-gacia de Polícia Fazendá-ria do Estado do Rio, que participou da “Operação Robusta”, assim batizada por envolver a comercia-lização do café e Robusta é a classiicação de um de-terminado grão de café.

Segundo as autoridades envolvidas na Operação, o

esquema permitiu a so-negação de cerca de R$ 100 milhões nos últimos três anos. A sonegação de impostos através de fraudes como essa, pra-ticada por empresas do Rio, Espírito Santo e Minas Gerais, além de prejuízo aos cofres pú-blicos, elimina a con-corrência entre empre-sas, pois quem sonega tem custos menores e, parte dessa redução de custos, afeta o preço de mercado, em prejuízo das empresas que reco-lhem os tributos na for-ma da lei.

Esse tipo de fraude já foi constatado tam-bém no comércio in-terestadual de cereja e combustíveis. Nos dois casos, o ICMS não era pago nem na origem (fábrica ou reinaria), muito menos no estado de destino dos produtos comercializados.

(*) Fechamento: 15 de abril de 2013

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AgeRio vai inanciar inovação de

empresas do estado

A AgeRio, agência de fo-mento do Rio de Janei-

ro, assinou quinta-feira (11) o Termo de Credenciamen-to de Agente Financeiro da Finep, por meio do pro-grama Inovacred. A partir de agora, a agência atuará como agente repassador do programa, que tem como objetivo inanciar proje-tos de inovação de micro, pequenas e médias empre-sas. Os inanciamentos do Inovacred serão destinados a projetos de inovação em produtos, processos, mode-los de negócio e marketing. A AgeRio disponibilizará, inicialmente, R$ 30 mi-lhões, podendo chegar até R$ 80 milhões para o pro-grama. O termo foi assinado durante a Assembleia Geral da Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento-ABDE, realizada no BNDES.

A AgeRio icará en-carregada do recebimento das propostas, liberação e acompanhamento dos re-

cursos. Empresas interessa-das devem entrar em conta-to com a área de captação da agência, por meio do Fale Conosco do site www.agerio.com.br. Os valores de cada proposta poderão variar de R$ 150 mil a R$ 2 milhões para micro e pe-quenas empresas, e R$ 10 milhões para médias em-presas.

O Inovacred é uma ini-ciativa da Finep de descen-tralizar suas atividades de crédito através de agentes inanceiros (agências de fomento e bancos de desen-volvimento), que vão atuar em seus respectivos estados ou regiões. Podem obter i-nanciamento empresas com receita operacional anual de até R$ 90 milhões. O prazo de pagamento é de até oito anos, sendo até dois anos de carência, e o custo das operações para as empresas inanciadas será de TJLP (Taxa de Juros de Longo de Prazo), acrescido de remu-neração do agente.

Governo assina acordo para

desenvolver pesca e aquicultura

O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo

Crivella, e a presidente da Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho De-liberativo do Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural (Senar), Kátia Abreu, assinaram no último dia 10 acordo de cooperação para a realização de ações con-juntas. A parceria tem o objetivo de desenvolver a atividade de pesca e aqui-cultura do país. Para Cri-vella, esta união entre o Ministério da Pesca e o Se-nar é etapa importante para a atividade pesqueira no Brasil. “Hoje demos o pri-meiro passo para garantir assistência aos produtores e orientar os novos empre-endedores do ramo pes-queiro e aquícola no país”,

airmou à Agência Brasil.A parceria entre os ór-

gãos amplia o desenvol-vimento de programas e soluções técnicas na aqui-cultura e suas ações e pos-

sibilita a formulação de po-líticas de desenvolvimento sustentável para as ativida-des. “A pesca e aquicultura são prioridades máximas para o Brasil: precisamos

crescer com estas ativida-des, principalmente com a pesca que é extremamen-te rentável”, argumentou a presidente da CNA e do Senar, Kátia Abreu.

Ações relacionadas a políticas públicas, orga-nização econômica dos setores da aquicultura, desenvolvimento terri-torial, biocombustíveis, mercados institucionais e diferenciados terão prio-ridades no acordo. Tam-bém merecerão destaque os setores de aquicultura familiar, empreendedoris-mo para jovens aquiculto-res, cadeia produtiva dos organismos aquáticos or-namentais, associativismo e cooperação, assistência técnica e extensão rural, comunidades tradicionais e capacitação.

Marcello Casal Jr/ABr

Page 3: Edição nº 154

3►16 a 22 de Abril de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

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Balança tem superávit de US$ 627 milhões

Fluxo cambial negativo na primeira semana de abril

Conversa com a Presidentaencaminhe perguntas para a Presidenta

dilma roUSSeFF:

[email protected] ou

[email protected]

JANDIRA DE SOUZA DIAS, 59 anos, dona de casa em Feira de Santana (BA) - O que é o Programa Bolsa

Verde e para que serve?

Presidenta Dilma - Jandira, o Bolsa Verde é um

programa que busca valorizar o trabalho de famílias

beneiciárias do Plano Brasil sem Miséria em prol da conservação ambiental. Para isso, o programa paga

um benefício de R$ 300 a cada três meses, adicionais

ao Bolsa Família pelo período de 2 anos, podendo ser

renovado, para que estas famílias realizem atividades

de conservação em lorestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável federais; projetos de assentamentos lorestais e agroextrativistas; e territórios ocupados por ribeirinhos, quilombolas e

comunidades tradicionais, onde vivem. Hoje, 36.844

famílias recebem o Bolsa Verde, e os compromissos

de conservação ambiental assumidos por elas são

monitorados por satélite. O programa também

incentiva a participação dos beneiciários em ações de capacitação social, educacional, técnica e proissional, para que possam ter melhores condições de romper o ciclo da pobreza. Queremos, assim, cuidar de quem

cuida tão bem dos nossos ecossistemas e dos recursos

naturais brasileiros.

EGÍDIO POLLON, 46 anos, eletricitário de Quedas do Iguaçu (PR) - Temos vários apagões acontecendo e

as empresas de energia elétrica vêm descumprindo

as normas da ANEEL e do ONS. As empresas e seus

diretores icam impunes e a população paga com isto. Como o governo pretende solucionar este problema?

Poderiam estas empresas perderem as concessões?

Presidenta Dilma – Egídio, todas as concessionárias de energia elétrica têm obrigações relativas à qualidade de prestação dos serviços, e a continuidade

do fornecimento é uma delas. O cumprimento dessas

obrigações é acompanhado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e quando uma empresa supera os limites de interrupção do fornecimento,

seja na quantidade ou na duração das falhas, deve

ressarcir o consumidor com um desconto na conta de luz

subsequente. Em 2012, por exemplo, as distribuidoras

compensaram quase 100 milhões de contas, com valor total de R$ 441 milhões. A Agência também iscaliza periodicamente se os equipamentos estão recebendo manutenção, como estão sendo operados e

o atendimento aos clientes. Se for constatada falha de

planejamento, operação ou manutenção, as penalidades

vão de advertência à multa de até 2% do faturamento anual da empresa. No ano passado, foram aplicadas 343 multas, que somaram R$ 617 milhões. Em casos críticos, as empresas estão sujeitas à intervenção decretada administrativamente pela Agência – como ocorreu com oito distribuidoras em 2012. E em casos

extremos, Egídio, as penalidades podem sim, levar à perda da concessão. O governo está atento e sempre adotará as medidas necessárias para proteger, cada vez mais, os consumidores e os seus direitos.

Mensagem da presidenta Dilma sobre o Pronatec

Há um ano e meio, nós lançamos o Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, com o objetivo de oferecer 8 milhões de vagas em cursos técnicos e de qualiicação proissional até 2014. Os resultados mostram que estamos no caminho

certo. Até março, o Pronatec matriculou 2,8 milhões de jovens e trabalhadores, oferecendo uma melhor

formação proissional e elevando suas chances de obter emprego, além de proporcionar maior produtividade

e competitividade para a indústria, para os serviços

e para a agricultura brasileiras. O Pronatec amplia

o acesso dos nossos jovens que fazem ensino médio

ao ensino técnico, por meio de cursos fornecidos em

escolas do Senai e Senac, e por escolas técnicas federais

e estaduais. O Pronatec amplia também o acesso à qualiicação proissional para trabalhadores que já estão no mercado de trabalho e precisam aprimorar

seus conhecimentos ou adquirir novas competências

proissionais. Do total de matrículas efetuadas, 384 mil foram feitas no âmbito do Pronatec Brasil Sem Miséria, que tem reservado um milhão de vagas para garantir

oportunidades de qualiicação para inscritos no Cadastro Único dos programas sociais. As informações sobre as vagas do Pronatec estão no site pronatec.mec.

gov.br e é importante a colaboração de todos para

levar aos potenciais candidatos o conhecimento sobre

as oportunidades de aperfeiçoamento proissional que existem em sua região. Queremos que o crescimento do

nosso país beneicie todos os brasileiros, inclusive os que sempre tiveram diiculdade de conseguir um emprego melhor por falta de uma formação adequada.

"Não haverá tolerância com a inlação", airma presidente do BC

Não haverá tole-rância com a inla-

ção”, assegurou o presiden-te do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, no Rio de Janeiro, onde participou, no último dia 12, da 25ª Reunião de Presidentes de Bancos Centrais da Améri-ca do Sul. Indagado sobre a possibilidade de elevação dos juros básicos em fun-ção de pressão inlacioná-ria, Tombini respondeu que “o BC não fala sobre reuni-ões futuras”, referindo-se à próxima do Comitê de Po-lítica Monetária (Copom), programada para esta terça (16) e quarta-feira (17).

O presidente do BC destacou à Agência Brasil que o banco está atento aos movimentos na economia. “Estamos, neste momento, monitorando atentamente todos os indicadores e, ob-viamente, no futuro, vamos tomar decisões sobre o me-lhor curso para a política monetária”. Ele explicou que o encontro de presi-dentes de BCs da Amé-rica do Sul era realizado no âmbito do Mercosul e,

este ano, foi ampliado. Da reunião participam nove titulares de BCs, incluindo o Brasil. "Essa é uma opor-tunidade para que sejam trocadas impressões sobre a economia internacional, a economia da região como um todo e a de cada país", concluiu.TAXA BÁSICA - A taxa básica de juros, a Se-lic, deve ser mantida em 7,25% ao ano, na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Co-pom) do Banco Central (BC). Essa é a expectativa de instituições inanceiras consultadas pelo BC, se-manalmente. A projeção de que a Selic será mantida no atual patamar, neste mês, é a mesma há 25 semanas. Entretanto, de acordo com a mediana das expectativas das instituições inancei-ras, em maio, a Selic deve subir para 7,75% ao ano, contra a estimativa anterior de 7,5%. Ao inal de 2013, a taxa básica deve chegar a 8,5% ao ano, a mesma expectativa para o im de 2014. A Selic é o principal

instrumento usado pelo BC para controlar a inlação, que está em alta no país.

O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem reiterado que a institui-ção não é tolerante com a inlação e que está aten-tamente monitorando os indicadores para tomar decisão. Na ata da última reunião do Copom, em março, o colegiado infor-

mou que a dinâmica des-favorável da inlação pode não ser um fenômeno tem-porário, mas uma eventual acomodação da inlação em patamar mais eleva-do. O comitê ponderou, entretanto, que incertezas remanescentes - de origem externa e interna - cercam o cenário prospectivo e re-comendam cautela na dei-nição da Selic.

Para ministro Mantega, combate à

inlação será "prioridade sempre"

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reite-

rou que o governo federal não permitirá o aumento da inlação no país, mesmo que medidas consideradas impopulares sejam neces-sárias. “Elevamos os juros em 2010, época de elei-ções”, lembrou o ministro em entrevista à Agência Brasil no último dia 12. “Combater a inlação sem-pre será uma prioridade”, acrescentou. Mantega dis-se que para conter a alta de preços poderão ser imple-

mentados vários tipos de medidas e que a elevação da taxa de juros seria ape-nas uma delas. “Mas isso só se o Copom [Comitê de Política Monetária], se o Banco Central [BC] con-siderar conveniente” de-clarou. Ele destacou que a tomada de decisão sobre juros cabe apenas ao BC. “Cada um faz a sua parte, mas eu não sei o que vai acontecer com os juros, nem quero saber.”

De acordo com o minis-tro, a preocupação com o

aumento da inlação ocor-re em função, principal-mente, da alta dos preços dos alimentos. Segundo ele, o choque de oferta provocado pela seca do ano passado nos Estados Unidos e no Brasil encare-ceu as commodities. Além disso, os alimentos como o tomate, a cebola e a fa-rinha de mandioca foram afetados pela a irregulari-dade de chuvas. “Estamos já terminando o regime de chuvas e entrando nas sa-fras, que vão despejar to-

neladas de alimentos [no mercado]”, ressaltou o mi-nistro.

Outro fator que faz Mantega acreditar que a inlação será menor em 2013 é que o país não deve enfrentar a desvaloriza-ção do câmbio brasileiro, como ocorreu no ano pas-sado. “Esses são dois fato-res que vão favorecer uma inlação menor em 2013”, reiterou o ministro, que participou de seminário em São Paulo promovido pela Revista Brasileiros.

Marcelo Camargo-ABr

IPCA mostra alta de preços de

alimentos, apesar de desoneração

A desoneração dos pro-dutos da cesta bá-

sica não foi suiciente para evitar o aumento de preços dos alimentos em março, segundo dados do Índice Nacional de Pre-ços ao Consumidor Am-plo (IPCA) divulgados no último dia 10 pelo Institu-to Brasileiro de Geograia e Estatística (IBGE). De acordo com o IPCA, os preços dos alimentos su-biram, em média, 1,14%

no mês passado. Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Euli-na Nunes dos Santos, ain-da não é possível avaliar, com clareza, o impacto da medida na taxa de inlação. “Ainda é cedo para fazer uma avaliação mais precisa da desoneração, dado que ela passou a ocorrer no dia 8 de março”, disse.

Mas ela acredita que, apesar de não ter impedido o aumento de preços, a de-

soneração pode ter contri-buído para a diminuição do ritmo de crescimento da in-lação, já que em fevereiro a alta de preços havia sido maior (1,45%). Outros fato-res também podem explicar o aumento de preços menos intenso em março, como a previsão de uma safra maior para este ano no país. Entre os alimentos que tive-ram maior aumento de pre-ço em março estão a cebola (21,43%), o açaí (18,31%) e

o feijão-carioca (9,08%).Produtos que vinham

apresentando altas de pre-ços elevadas nos últimos meses continuaram apre-sentando taxas de inlação, mas em menor intensidade. É o caso do tomate, que passou de uma inlação de 20,17% em fevereiro para uma taxa de 6,14% em março, e da farinha de mandioca, cuja taxa caiu de 16,15% para 5,11%. (Agência Brasil)

Page 4: Edição nº 154

4 ►16 a 22 de Abril de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Estado capacita motoristas

de ônibus, vans e táxisA Secretaria de Trabalho

e Renda do Estado as-sinou sexta-feira (12), um convênio de cooperação com o sistema Sest/Senat para capacitar e requaliicar motoristas de ônibus, vans e táxis. Ele foi formalizado pela manhã, na Caravana do Trabalho da Central do Brasil, com a presença da secretária Claise Maria. Os cursos, todos gratuitos, têm por objetivo aprimorar os proissionais de transportes para atender as exigências do mercado. Além de aulas sobre direção, mecânica e equipamentos de seguran-ça, os cursos vão abordar questões como cidadania, autocontrole e qualidade no atendimento ao passa-geiro. A parte psicológica tem peso fundamental no processo de capacitação. O acidente com o ônibus da linha 328, que despen-cou de um viaduto sobre a Avenida Brasil, reforça essa exigência. O motoris-

ta e um passageiro teriam brigado quando o veículo estava em movimento, pro-vocando a queda do ônibus, que matou sete pessoas.

- O curso oferece a oportunidade de aprimorar a relação interpessoal com os passageiros. Essa orien-tação é fundamental para evitar fatalidades como

a que testemunhamos na semana passada. A quali-icação inclui o equilíbrio emocional dos motoristas, além de orientá-los no res-peito aos passageiros e no cumprimento das normas de segurança e das leis de trânsito. Assim, é possível reduzir os riscos de aciden-tes”, explica a secretária.

Divulgação O programa de requa-liicação oferece 200 horas de aulas, sendo que meta-de do curso programáti-co aborda a formação em cidadania e 40 horas são dedicadas a relações inter-pessoais. Inicialmente, se-rão 500 vagas para condu-tores de coletivos e outras 1.400 através do Programa Nacional de Acesso ao En-sino Técnico e Emprego (PRONATEC) em áreas diversas, tais como: moto-rista de transporte escolar, motorista de transporte de cargas perigosas, pintor de automóveis e mecânico de motores, entre outras.

As inscrições podem ser feitas entre 9h e 18h nas unidades do Sest/Senat na Estrada do Camboatá nº 135, em Deodoro. Os inte-ressados devem trazer có-pias da carteira de habilita-ção (categoria “D”), CPF, identidade e comprovante de residência mediante apresentação dos originais.

Governo do Estado

vai implantar Metrô de

Superfície na Baixada

O secretário Julio Lopes participou, no im de

semana, do Congresso Re-gional sobre Revitalização do Transporte Ferroviário na Baixada Fluminense, em Guapimirim. Represen-tantes do setor se reuniram para apresentar às deman-das da população que uti-liza os trens da SuperVia. No encontro, o Julio Lopes airmou que vai implemen-tar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região, que já tem todo o trajeto de trilhos prontos para receber este tipo de veículo. A li-citação para a compra dos trens será feita ainda este ano e o prazo para a entrega dos carros pode levar mais 24 meses. A uniicação dos cartões de vale transporte pelo Bilhete Único, garan-tindo que os usuários uti-lizem qualquer transporte modal (trens, vans lega-lizadas, barcas, ônibus e metrô) com a mesma tarja eletrônica, também será concluída em 2013.

Durante o congresso, o secretário disse que o Go-verno do Estado tem inves-tido no setor e vai promo-ver mais melhorias para a população. “Temos claro que a única forma de esses municípios se integrarem, de fato, à Região Metro-politana do Rio de Janeiro é pela via férrea. Já temos R$ 40 milhões sendo in-vestidos, em parceria com o Banco Mundial, para re-equipar e melhorar os dois ramais ferroviários aqui de Guapimirim”, disse Lopes.

Segundo Julio Lopes, o Estado do Rio está fazendo a maior recuperação ferro-viária do Brasil. O pacote inclui a construção de uma ferrovia que liga o porto do Rio de Janeiro ao de Vitó-ria, no Espírito Santo, e ou-tra que irá do Porto do Açu, em São João da Barra, a Uruaçu, em Minas Gerais, permitindo o transporte de passageiros da capital até Campos dos Goytacazes, passando por Itaboraí. As obras estão incluídas no pacote de inanciamento do governo federal e custarão, juntas, R$ 20 bilhões.

As melhorias na SuperVia também foram lembradas: em 2007, ape-nas 10 trens circulavam com ar condicionado. Hoje são 83 e, até 2016, serão 210 composições climati-zadas em operação. Além da troca de dormentes, aparelhos de mudança de via, trilhos, equipamentos de sinalização e do sistema de acesso às estações, nas estações, que somam mais de 60 anos de uso.

O diretor de relações institucionais da SuperVia, Gustavo Bragança, adian-tou ainda que a reforma da estação da Vila Inhomirim será inaugurada antes do im do mês. “Até 2017, te-mos um valor substancial para investir na recupe-ração da via permanente, em paradas e estações e transportes de máquinas. Acreditamos que o futuro do transporte é a ferrovia”, explicou Bragança.

Salário mínimo pode chegar

a R$ 719 no próximo ano

O salário mínimo deverá passar para R$ 719,48

no próximo ano. O valor consta no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, enviado nes-ta segunda-feira (15) pelo Executivo ao Congresso Na-cional. Pela proposta, o míni-mo terá reajuste de 6,12% no ano que vem.

O projeto também pre-vê crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB)

em 2014 e inlação oicial também de 4,5% pelo Ín-dice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Apesar da perspectiva de que o Banco Central volte a rea-justar os juros básicos da eco-nomia na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o documento indi-ca manutenção da taxa Selic em 7,25% ao ano pelos pró-ximos três anos, até o im de 2016. (Agência Brasil)

Maioria dos contribuintes não entregou declaração do IR

A 15 dias do im do pra-zo de entrega, mais

de 60% dos contribuintes ainda não entregaram a Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física. Até as 16h desta segunda--feira (15), a Receita Fede-ral recebeu informações de 10.082.606 pessoas físicas, o que equivale a 38,8% dos 26 milhões de declarações esperadas para este ano. Somente nas últimas 72 ho-ras, 769,5 mil contribuintes acertaram as contas com o Fisco. No levantamen-to anterior, divulgado na sexta-feira (12), 9.313.045 pessoas físicas haviam en-tregado o formulário. O prazo de entrega começou em 1º de março e vai até as 23h 59min 59s de 30 de abril. Este ano, o Fisco es-pera receber mais de 26 mi-lhões de declarações, ante 25.244.122 do ano passado. O programa gerador está

disponível na página da Re-ceita Federal desde 25 de fevereiro. Para transmitir a declaração, é preciso ins-talar também o Receitanet, que pode ser baixado no mesmo endereço.

A Receita publicou um passo a passo na internet com os procedimentos para a entrega da declara-ção. Está disponível ainda um manual com perguntas e respostas sobre o preen-chimento do documento. O contribuinte também tem uma animação sobre a ins-talação do programa. Além da internet, a declaração poderá ser entregue em dis-quetes de computador nas agências da Caixa Econô-mica Federal e do Banco do Brasil, durante o horário de funcionamento das agên-cias. Quem entregar depois do prazo pagará multa de R$ 165,74 ou de 20% sobre o imposto devido, prevale-

cendo o maior valor.As regras para a entrega

da declaração estão na Ins-trução Normativa 1.333, pu-blicada no Diário Oicial da União em 19 de fevereiro. Estão obrigados a declarar os contribuintes que rece-beram em 2012 rendimen-tos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 24.556,65, além dos que tiveram rendi-mentos isentos, não tributá-veis ou tributados exclusi-vamente na fonte, com total acima de R$ 40 mil.

A apresentação da de-claração é obrigatória para quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direi-tos, sujeito à incidência do imposto, fez operações em bolsas de valores, de mer-cadorias, de futuros e asse-melhadas ou obteve receita bruta com a atividade rural superior a R$ 122.783,25. Quem tinha, até 31 de de-

zembro de 2012, posse de bens ou propriedades, inclu-sive terra nua, com valor su-perior a R$ 300 mil, também está obrigado a declarar.

O valor limite para de-dução com gastos com ins-trução é R$ 3.091,35, infor-mou o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joa-quim Adir. Por dependente, o contribuinte pode abater R$ 1.974,72. No caso das deduções permitidas com a contribuição previdenciária dos empregados domésti-cos, o valor do abatimento pode chegar a R$ 985,96. Não há limites para os gas-tos com despesas médicas.

O contribuinte poderá optar pelo desconto simpli-icado, que é calculado apli-cando-se 20% sobre os ren-dimentos tributáveis. Nesse caso, não é necessária com-provação e o desconto está limitado a R$ 14.542,60. (Agência Brasil)

Page 5: Edição nº 154

5►16 a 22 de Abril de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

ConexãoBrasília

Conselho Federal deve preservar a vida

e não incentivar a prática do aborto

Como Vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da

Vida - Contra a Legalização do Aborto, li, estarrecido, sobre

a posição anunciada pelo Conselho Federal de Medicina-CRF de-

fendendo a liberação da prática do aborto até o terceiro mês de

gravidez. A legislação atual no artigo 128, inciso I e II do Código

Penal Brasileiro já prevê permissão para a interrupção da gravidez

em caso de estupro, risco de morte para a mãe e conforme decisão

do Supremo Tribunal Federal-STF, em casos de anencefalia.

A mudança na legislação vigente vai contra a essência de nossa

Carta Magna, qual seja: o fundamento da dignidade humana, uma

das maiores conquistas de nossa Constituição Cidadã. A proposta

do CRF é ainda pior do que a apresentada por um grupo de juristas

que elaboraram um anteprojeto para a reforma do Código Penal e

que tramita no Senado Federal. No anteprojeto, a proposta permite

que as mulheres façam o aborto até o terceiro mês, desde que com

um laudo médico. No caso da posição do Conselho, isto não seria

necessário.

Se a interrupção de uma gravidez é questão de saúde pública,

devemos promover condições para que, salvado os artigos já men-

cionados de nosso Código Penal, o Estado promova ações para

assegurar pré-natal a todas as brasileiras. Assegurar vagas nas ma-

ternidades. Cabe ao Congresso Nacional não deixar prosperar leis

contra a vida, mas legislar e fi scalizar para que o Executivo tenha

condições de cumprir metas de saúde para as mulheres, uma ges-

tação acompanhada, um parto seguro e digno. Porém, não façamos

leis punindo vítimas indefesas.

A vida que se forma desde a concepção dentro do útero de uma

mãe é vida que só a Deus pertence. O corpo sim é da mulher, mas a

vida que se forma não lhe pertence. Não arrancamos um nariz, um

olho, um braço porque não nos agrada carregar.

Ora, entendo que os médicos fazem um juramento para defen-

der e preservar a vida acima de tudo. A intervenção do Conselho é

inoportuna. Este deveria sim, exigir melhores condições de traba-

lho. Deveriam sim protestar contra médicos que, apesar de ganha-

rem para atender nos Hospitais Públicos, faltam ao trabalho para

atender em consultórios e clínicas particulares. Por que o Conselho

não faz uma campanha em favor da adoção?

O que não podemos é não dar a chance para uma vida que ainda

não tem voz e está para deixar de ter vez para se defender.

AUREO, Deputado Federal (PRTB/RJ),

é vice-presidente da Frente Parlamentar

em Defesa da Vida, Contra a Legalização

do Aborto e integra várias Comissões.

Casa da Mulher de Caxias temcursos para geração de renda

A Casa da Mulher de

Duque de Caxias, que

leva o nome da ex-primeira

dama Ruth Cardoso, ofere-

ce ofi cinas de artesanato e

cursos para mulheres que

buscam uma fonte de ren-

da. Além das capacitações,

o local funciona como um

espaço de convivência reu-

nindo mais de 150 alunas

semanalmente. Segundo

a secretária Municipal de

Assistência Social e Di-

reitos Humanos, Cláudia

Peixoto, o objetivo da atual

gestão é ampliar o número

de atividades oferecidas,

que já somam mais de dez.

O local foi criado há

10 anos e desde então tem

recebido mulheres de dife-

rentes bairros e de outros

municípios que possuem

em comum, o desejo de

ocupar o tempo com ativi-

dades saudáveis e de que-

bra, fazer uma renda ex-

tra. “Recebemos mulheres

bem diferentes. Algumas

já criaram os fi lhos e estão

ociosas, a Casa é um mo-

tivo para saírem do estado

de depressão. Nossa inten-

ção é ampliar o número de

cursos e ofi cinas para aten-

der ainda mais mulheres“,

disse a secretária.

A instituição também

oferece ginástica e assis-

tência nutricional, cujas

atividades são gratuitas. A

Casa da Mulher Caxiense

Ruth Cardoso funciona de

segunda a sexta-feira, das

9h às 17h, na Alameda Rui

Barbosa, Quadra 17, Lote

8, no bairro Jardim Prima-

vera, telefone 2773-1896.

Divulgação

Justiça condena pouco em crimes

de colarinho branco, diz o CNJ

O Conselho Nacional

de Justiça (CNJ) di-

vulgou nesta segunda-feira

(15) pesquisa com dados

de processos judiciais en-

volvendo corrupção, lava-

gem de dinheiro e improbi-

dade administrativa. Ainda

incompleto, o levantamen-

to revela que, em 2012, ha-

via 25.799 processos sobre

esses temas em tramitação

na Justiça brasileira, mas

apenas 205 réus foram

condenados defi nitiva-

mente. Segundo a pesqui-

sa, os tribunais brasileiros

aceitaram, em 2012, 1.763

denúncias criminais envol-

vendo corrupção e lava-

gem de dinheiro e abriram

3.743 processos civis por

improbidade administrati-

va. Foram registrados 594

julgamentos defi nitivos e

96 prescrições. As prescri-

ções são o arquivamento

de processos por demora

no julgamento.

O levantamento foi fei-

to em fevereiro deste ano

e englobou dados do Su-

perior Tribunal de Justiça

(STJ), dos cinco tribunais

regionais federais e dos

tribunais das 27 unidades

da Federação. Várias cor-

tes não responderam, ainda

que parcialmente, deixan-

do o levantamento incom-

pleto. As faltas variam de

acordo com a questão apre-

sentada na pesquisa.

COBRANÇA - Segun-

do a assessoria do CNJ,

os tribunais que não se

manifestaram estão sendo

cobrados. Esse é o primei-

ro levantamento nacional

para controlar a tramitação

de processos envolvendo

os chamados crimes do

colarinho branco. Mesmo

sendo responsável por co-

lher os dados, o CNJ disse

que não pode garantir a ve-

racidade das informações,

pois cada tribunal atua de

forma autônoma. (Agência

Brasil

Um brasileiro entre os cinco

candidatos à direção da OMC

O candidato brasilei-

ro a diretor-geral da

Organização Mundial do

Comércio (OMC), o em-

baixador Roberto Car-

valho de Azevêdo, de 55

anos, está entre os cinco

que se mantêm na disputa

pelo cargo. Também con-

correm ao posto Herminio

Blanco (México), Taeho

Bark (Coreia do Sul), Mari

Elka Pangestu (Indonésia)

e Tim Groser (Nova Ze-

lândia). Ainda restam mais

duas etapas. A decisão fi -

nal é esperada para o dia

29 de maio. O nome que

obtiver mais apoio entre os

integrantes da OMC será

o escolhido para ocupar o

cargo de diretor-geral. O

processo de escolha é con-

duzido de tal maneira que

se obtenha um nome de

consenso, não há voto. A

escolha será em três etapas.

Cada um dos 159 países

que integram o órgão vota

em quatro nomes.

Nesta primeira fase, fo-

ram eliminados John Kwa-

dwo Kyerematen (Gana),

Anabel González (Costa

Rica), Amina C. Mohamed

(Quênia) e Ahmad Thou-

gan Hindawi (Jordânia).

Na próxima etapa da se-

leção, nos dias 16 a 25 de

abril, mais três serão elimi-

nados do processo de esco-

lha. Para a fase fi nal, fi ca-

rão apenas dois candidatos.

(Agência Brasil)

Comissão da Transparência em

Caxias conclui relatório para o MPMarcelo Cunha

Os vereadores Thiago Barreto, Moa, Serginho Samuquinha e Osvaldo Lima

A Comissão Especial de Transparência, integrada

por nove vereadores, já con-cluiu o relatório sobre as visto-rias feitas em todas as unidades de saúde de Duque de Caxias. A informação foi fornecida em primeira mão ao Capital por vereadores que a integram. Segundo o vereador Serginho

-nal, que será feita por todos os parlamentares que participaram das vistorias, o documento, que também possui fotos, será enca-minhado ao Procurador Geral de Justiça do Estado, Marfan Martins Vieira, bem como ao Ministério Público e ao Poder Executivo Municipal. Também membro da Comissão, Osval-do Lima salientou que “apesar do prefeito considerar o grupo como oposição, temos a certeza que estamos colaborando com o governo quando vamos para as ruas ajudar a administração municipal e a população”.

Os nove vereadores que integram a Comissão Especial promoveram visitas às unida-

des de saúde para levantar a situação dos postos e hospi-tais, a partir de “uma série de denúncias apresentadas pela população sobre a precarieda-de e o descaso no atendimen-to das unidades municipais de saúde”, salientou a vereadora Fatinha, o que, segundo ela, le-vou à criação da Comissão da Câmara, que começou seus tra-balhos com uma visita surpresa

na noite do dia 26 de março, no Hospital Municipal Moacyr do Carmo, que concentra o maior número de queixas.

O relatório, segundo os ve--

talhes tudo que foi visto pelos vereadores, que entrevistaram

-ador Marcelo do Seu Dino, que também faz parte da comissão, lembrou durante a visita à Ma-

ternidade Municipal de Xerém que ela não realiza partos des-de outubro último, quando foi interditada pela Vigilância Sa-nitária Estadual. “É uma coisa surreal, uma maternidade que não faz partos”, disparou o ve-reador. Fazem parte ainda da Comissão os vereadores Cláu-dio Thomaz, Marcos Tavares, Dr. Maurício, Moa, Osvaldo Lima e Thiago Barreto.

Page 6: Edição nº 154

6 ►16 a 22 de Abril de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

Atualidade

TSE aprova novo número de

deputados federais por estado

Em sessão adminis-trativa, na noite

da última terça-feira (9), o Tribunal Supe-rior Eleitoral acolheu petição da Assembleia Legislativa do Ama-zonas que - com base na Lei Complementar 78/1993 - pretende a redeinição do número de deputados federais por unidade da Fede-ração e, consequente-mente, a adequação da composição das assembleias legislati-vas.

A decisão, tomada por 5 votos a 2, am-

plia, já com vistas às eleições de outubro de 2014, as bancadas na Câmara do Pará (mais quatro deputados), Cea-rá e Minas Gerais (mais dois cada), Amazonas e Santa Catarina (mais um). A futura resolução do TSE sobre o assunto diminuirá as bancadas da Paraíba e do Piauí (menos dois deputados), mais as dos seguintes estados (menos um de-putado federal cada): Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Espírito Santo e Alagoas.

Ampla reajusta preço de energia elétrica em 11,93%

A Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel) homologou um reajuste médio de 12,23% nas tarifas da Ampla, dis-tribuidora de energia que atende a 66 municípios do Estado do Rio de Janeiro, entre eles Itaboraí, Magé, Niterói, São Gonçalo e parte de Duque de Caxias. O aumento, homologado por resolução publicada no

“Diário Oicial da União” desta segunda-feira (15), entrou em vigor na mesma data. No texto publicado, a Aneel informa que o per-centual é composto por um reajuste tarifário anual eco-nômico de 12,62% menos 0,39% relativo a “compo-nentes inanceiros pertinen-tes”.

São 2,4 milhões de uni-dades consumidoras aten-

didas pela concessionária, em baixa tensão (11,93%). No caso das tarifas de ilu-minação pública e rurais, o aumento será de 12,02%. Já para o segmento de alta ten-são, que atende indústrias e shoppings centers, por exemplo, a correção será de 12,43%. Os reajustes anuais das distribuidoras reletem a variação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-

-M), previsto no con-trato de concessão para medir a inlação no pe-ríodo, além do aumento do custo dos Encargos de Serviços do Sistema (ESS) e os gastos que as distribuidoras tiveram com compra de energia, em especial a elevação do custo variável em função do aumento da geração térmica.

Belford Roxo cria a Superintendência da Juventude

Preocupada em dar uma atenção espe-

cial aos mais de 120 mil jovens do município da cidade, a prefeitura de Belford Roxo sentiu a ne-cessidade de criar a Supe-rintendência da Juventu-de. O lançamento da nova pasta aconteceu na Câ-mara Municipal e contou

com a presença do prefeito Dennis Dauttmam de vá-rios secretários municipais e vereadores. Anteriormen-te vinculada à Secretaria de Trabalho, quando então se chamava Coordenado-ria da Juventude, a pasta agora na gestão do prefei-to Dennis Dauttmam icará vinculada à Secretaria de

Governo, o que segundo Brayan Lima, superinten-dente de Juventude, amplia as ações do setor: “Isso nos dá uma transversalidade de atuação, favorece o contato com as outras secretarias e reforça nossa autonomia e emancipação para tratar dos assuntos de interesse da nossa juventude.”

- Não podemos perder nossa juventude para as drogas e para a marginalidade. Temos que brigar e trabalhar constantemente pela valorização de nossos jovens para que eles possam trilhar um fu-turo de sucesso - assi-nalou o prefeito.

Alexandre Cardoso apresenta

balanço dos 100 dias de governoO prefeito de Duque de

Caxias, Alexandre Cardoso, fez na tarde des-ta segunda-feira (15) um balanço dos 100 dias de administração do municí-pio. Na ocasião lançou o novo site oicial que entra em funcionamento a partir desta terça-feira e exibiu um vídeo com as princi-pais ações do governo, em um evento no Teatro Municipal Raul Cortez, no centro, onde esteve pre-sente o vice-prefeito Laury Villar, todo o secretariado, o presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Mo-reira, os deputados estadu-ais Dica e Geraldo Morei-ra e federal Áureo, vários vereadores, entre outros convidados.

O prefeito destacou como assumiu a prefei-tura, tendo que pagar em poucos dias cerca de R$ 111 milhões. “Em três me-ses pagamos quatro folhas e meia de salários e cré-ditos consignados. Acho que é fato inédito no país. Hoje, o funcionalismo

está com seu salário em dia e temos um calendá-rio de pagamento”, disse. Lembrou a tragédia que atingiu o quarto distrito e destruiu centenas de casas, deixando cerca de duas mil pessoas desalojadas. “Felizmente não tivemos um surto de gastroenteri-te. Vacinamos mais de sete mil pessoas e não tivemos nenhum tipo de repercus-são de qualquer doença.

Construímos uma ponte de emergência em oito dias e ontem (domingo, 14/4) levamos as cem primeiras pessoas, que aceitaram a nossa proposta de mudar para conhecer as casas que já estão prontas no bairro Nossa Senhora do Car-mo”, disse Cardoso.MUDANÇAS - O prefei-to reconheceu que ainda há muito o que fazer, mas deixou claro que não exis-

te mágica para solucionar todos os problemas exis-tentes, como a recupera-ção de toda rede escolar municipal, funcionamen-to das unidades de saúde, coleta do lixo, segurança e melhoria das vias. Para realizar estas transforma-ções estão sendo fechados acordos com as universi-dades Unigranrio, PUC e UERJ que terão como tarefa repensar a cidade e

PMDC/Rafael Barreto

oferecer projetos nas áreas da mobilidade, saúde, edu-cação, esportes. A Coppe está preparando um pro-jeto de construção de um viaduto para o Gramacho. Também está sendo feita uma parceria com Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), que irá desenvolver um programa para melhorar a matemática ensinada nas escolas administradas pela prefeitura.

Os governos estadual e federal também têm dado apoio contínuo à prefeitura de Duque de Caxias, parti-cipando de vários projetos como o asfaltamento de ruas e avenidas do municí-pio. Na área federal, o pre-feito informa que acertou com o Ministério da Saú-de a implantação de uma Unidade de Pronto Aten-dimento (UPA) pediátrica. “Caxias será a primeira cidade do país a contar com este serviço. Estamos recuperando trabalhando para recuperar as unidades de saúde básica. É um tra-

balho que leva tempo, mas aos poucos estamos resga-tando a autoestima do mo-rador de Duque de Caxias. Queremos que a popula-ção tenha orgulho de sua cidade”, airmou.

Finalizando, Alexandre Cardoso ressaltou que a ci-dade vem recuperando sua credibilidade junto ao em-presariado. Como exemplo citou a instalação de uma unidade da Coca-Cola, no bairro da Taquara, que irá gerar cerca de três mil empregos diretos e outros três mil indiretos. “O em-presário voltou a coniar na administração da cidade. Temos recebido propostas de grupos que desejam se ixar em Caxias. Com isso, estaremos gerando mais empregos e novas oportu-nidades para o morador da cidade. Estamos governan-do com amor. Queremos que a população volte a ter amor por seu município. Queremos que ela tenha or-gulho de morar na mais im-portante cidade da região”, inalizou.

País Pais devem evitar presentear ilhos com armas de brinquedo

Espada, estilingue e revólver de plástico.

A utilização dessas e de outras armas de brinque-do não é fator determi-nante, isoladamente, para a formação de um caráter violento nas crianças. A avaliação é da coordena-dora do Núcleo de Cultu-ra e Pesquisas do Brincar da Pontifícia Universida-de Católica de São Paulo (PUC-SP), Maria Ângela

Barbato Carneiro. Segundo ela, que é pedagoga, o pro-blema é o incentivo ao uso desses objetos em um con-texto social já caracterizado por estímulos às mais varia-das formas de violência.

- As armas de brinquedo são utilizadas para reprodu-zir a imagem do bem e do mal, do herói e do ladrão. Faz parte do desenvolvi-mento, da representação própria da fase. A questão

torna-se complexa quando o estímulo à arma de brinque-do ocorre em um contexto como o que vivemos atu-almente, em que ela repre-senta um estímulo a mais à violência - disse. No Dia do Desarmamento Infantil, foi lançada a campanha "Arma não é brinquedo: dê livros", no Distrito Federal. O obje-tivo é incentivar as crianças a trocar armas de brinquedo por livros.

Maria Ângela Car-neiro defende que os pais e responsáveis evi-tem presentear as crian-ças com armas de brin-quedo ou as induzam a colecioná-los, por exemplo, mas argumen-ta que “caso apareçam” o ideal é que o compor-tamento seja observado, para veriicar se há uma conotação mais violen-ta.

Ministério investigará

denúncias de fraudes

O Ministério das Ci-dades vai abrir sin-

dicância e acionar a Con-troladoria-Geral da União para investigar denúncias envolvendo a empresa paulista RCA Assessoria

em Controle de Obras e Ser-viços, por possíveis fraudes no Programa Minha Casa, Minha Vida. As denúncia fo-ram publicadas no im de se-mana por um grande veículo carioca.(Agência Brasil)

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►16 a 22 de Abril de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

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Felizmente, apenas um grande susto

Um forte barulho cha-mou a atenção dos

pedestres que passavam por volta das 13h10 na altura do prédio onde fun-cionavam os estúdios da antiga CBS Discos, na Avenida Visconde de Rio Branco, no centro do Rio, na última sexta-feira (12). A motocicleta BMW mo-delo F800 GS foi parar

embaixo do microônibus da Auto Viação Alpha, um acidente que deixou todos apreensivos com o estado de saúde do condutor que, apesar da violenta batida, saiu ileso.

Preferindo manter-se no anonimato, ele disse que para evitar que fosse imprensado contra o mi-croônibus por um outro

Josué Cardoso

coletivo que o vinha ultra-passando pela esquerda, acabou tendo que desviar, projetando-se contra a traseira do microônibus. “Ainda bem que Deus não quis que eu fosse dessa vez”, disse a vítima ao Ca-pital, ainda atordoada com o acontecido e cercada por policiais militares, guar-das municipais e popula-

res, que o ajudaram a re-tirar a motocicleta debaixo do coletivo.

Ainda segundo seu dono, a motocicleta, ano 2012, está avaliada em cer-ca de 40 mil e vai precisar de alguns reparos. “Minha vida, porém não tem pre-ço”, disse ao despedir-se e agradecer os pedestres e policiais pela ajuda.

Movimento “Por

uma Duque de

Caxias sem drogas”

A Câmara de Vereadores de Duque de Caxias

foi palco de uma ação do Movimento “Por uma Du-que de Caxias sem Dro-gas”, realizada no último dia 8. O evento foi pro-movido pelo vereador Pe-tista, Moacir Anselmo dos Santos, o Moa, e por seu idealizador, Mestre Bruce Lucio e Paz. O Movimento tem como objetivo realizar palestras nas áreas de edu-cação, cultura, esporte e lazer na prevenção ao uso das drogas. “É um projeto de articulação social que envolve todos os órgãos municipais, pois o uso das drogas, deixou de ser um problema de pequenos seg-mentos sociais e passou a ser um problema de saúde pública”, assinala Bruce.

O Vereador Moacir An-selmo dos Santos, o MOA, destacou a importância do evento. “Não adianta tra-tarmos somente o usuário das drogas, pois geralmen-te o problema vai além dis-so. Quando faz a pesquisa social, podemos perceber que existe um problema fa-miliar por trás, o tratamen-to tem que ser completo, envolvendo assistência so-cial, educação, habitação, emprego e saúde, ou seja, toda a família do depen-dente”.

‘Mestre Bruce Lucio, por sua vez, ressaltou que há mais de 30 anos vem de-senvolvendo o projeto nas escolas e nas comunidades, deixando claro que a pre-

venção é o melhor cami-nho. O efeito do crack no organismo é devastador e causa rápida dependência, sendo de difícil tratamen-to, portanto, o melhor ca-minho é a prevenção”. O deputado federal Áureo fez palestra sobre a importân-cia do evento e lembrou que vem articulando com a Presidenta Dilma a libera-ção de recursos para o Mu-nicípio de Duque de Caxias para combate e prevenção do crack e outras drogas.

O evento contou com outros palestrantes e pre-senças, como a advogada Marta Dantas, presidenta do Movimento Respei-ta Mulheres, a professora Miriam de França que re-presentou a Secretária de Educação Marluce, Gomes da Silva, o Técnico de Re-abilitação em Dependência Química, João Antonio dos Santos Silva, o Jornalista José Célio Alcântara, da Agência Uniples Interna-cional, o Capitão Felipe Pires dos Santos, do 15º Batalhão, o representante da Casa da Juventude, Vi-nicius Veiga, e o Subsecre-tário de Esporte e Lazer, Juarez Santos.

Participaram também o Grupo Teatral Casa Brasil, representado pelo profes-sor Leandro o mestre de Karatê, Genival, Pelê do Futebol, e o mestre de Ca-poeira Arlindo, todos mos-traram a importância da cultura, esporte e educação na prevenção às drogas.

Fiscalização multa e apreende

ônibus irregulares em CaxiasA Comissão de Trans-

portes da Câmara de Duque de Caxias, junta-mente com a Comissão de Obras e Serviços Pú-blicos, realizou iscaliza-ção na última quinta-feira (11) em Duque de Caxias, para apurar irregularida-des no transporte público. Os membros da Comissão, que estavam acompanha-dos de técnicos e equipes da Polícia Militar, consta-taram inúmeras ilegalida-des, como má conservação, documentação vencida, falta de cinto de segurança para motoristas e passagei-ros, elevadores para porta-dores de deiciência física quebrados, tacógrafos com defeito, atraso de horá-rios e pneus carecas, entre muitas outras. A blitz teve início no Terminal Rodovi-ário da Avenida Dr. Plínio Casado e estendeu-se ao bairro Dr. Laureano, ponto inal da linha 21 de Abril. A operação, segundo ba-lanço entregue ao Capital, resultou na aplicação de 13 multas e apreensão de cin-co coletivos, das empresas

Trel, União e Vera Cruz. - É um total desrespei-

to com a população, em especial aos portadores de deiciência física e ges-tante - disse ao Capital o vereador Maurício Guima-rães Nascimento, durante a inspeção feita no Terminal Rodoviário da Avenida Dr. Plínio Casado, no centro do município. O parlamentar, que preside a Comissão, ressaltou a importância da iniciativa. “Estamos, aci-ma de tudo, promovendo o resgate da autonomia do Legislativo. A cidade está vivendo novos tempos, isso é real, como vocês podem constatar - salien-tou Maurício, ao lado do vice-presidente da Comis-são, Marcos Tavares, e do presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, Claudio Thomaz. Segundo os vereadores, as iscaliza-ções, a partir de agora, serão freqüentes. Usuários que de-sejarem fazer reclamações podem ligar para o telefone 2784-6900 ramal 6921, de segunda a sexta-feira, em horário comercial.

DESRESPEITO - No Ter-minal da Avenida Dr. Pli-nio Casado, os vereadores icaram surpresos com a falta de condições do lo-cal. Segundo passageiros que o utilizam diariamente, a situação é insuportável, com acúmulo de lixo e fer-rugem que comprometem as estruturas da rodoviária, além do uso de bancos e

outros espaços como local de repouso para morado-res de rua. “Quando chove, temos que usar guarda--chuvas aqui dentro, pois tem muitas goteiras”, disse Mônica Rocha, que recla-mou também da sujeira, da falta de conservação e atra-so nos horários dos coleti-vos, bem como da conduta de alguns motoristas, que

“tratam os passageiros com grosseria”.

Os vereadores consta-taram também que no ba-nheiro público do local, utilizado por passageiros e motoristas, é cobrado R$ 1 para sua utilização. Embora prédio seja um es-paço público, sob respon-sabilidade do município, a exploração do banheiro

é feita pelo Sindicato dos Rodoviários de Duque de Caxias e seus funcionários não são devidamente regu-larizados, descumprindo as leis trabalhistas. Usuários do local disseram aos jor-nalistas que o responsável pelo banheiro é conhecido como José Carlos, que não se encontrava no local no momento da blitz dos vere-adores. Ainda segundo eles, o mesmo é responsável também pelo Terminal Pre-feito José Carlos Lacerda. Nos dois locais, os iscais constataram alto índice de insalubridade, mau cheiro e falta de manutenção. “É um absurdo termos que pa-gar para usarmos isso aqui nessas condições”, recla-mou o aposentado Pedro Constantino, de 67 anos, morador do Lote XV.

Ao término da operação, o presidente da Comissão de Transportes fez questão de ressaltar à reportagem do Capital que apenas duas empresas passaram ilesas pelo “pente ino” da força tarefa: a Santo Antonio e a Fábios.

Marcelo Cunha

Page 8: Edição nº 154

8 ►16 a 22 de Abril de 2013MERCADO & NEGÓCIOS

ANP já habilitou 44 empresas

para exploração de petróleo

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) ha-

bilitou 44 empresas para a 11ª Rodada de Licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural nas bacias se-dimentares do pós-sal da costa brasileira. As licita-ções serão nos dias 14 e 15 de maio, no Rio de Janeiro. Seis empresas foram ha-bilitadas no último dia 12. Segundo a ANP, 19 em-presas são do Brasil, oito dos Estados Unidos, seis do Reino Unido, cinco do Canadá. Austrália, Ilhas Cayman e Colômbia par-ticipam com três empresas cada. A China tem duas empresas habilitadas, mes-mo número de cinco paí-ses: Bermudas, Espanha, França, Noruega e Panamá.

A 11ª rodada vai licitar

289 blocos em 23 setores, totalizando 155,8 mil qui-lômetros quadrados (km²), distribuídos em 11 bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz

do Amazonas, Pará-Mara-nhão, Parnaíba, Pernambu-co-Paraíba, Potiguar, Re-côncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul. As empresas habilitadas hoje foram So-

nangol, Guananbi Explora-ção e Produção de Petróleo, Ress Corporation, Sinoco International, Trayectoria Oil & Gas, Tetra Energia e UTC Óleo e Gas.

Banco de Imagens

Petrobras atinge

novo recorde de

processamento

A Petrobras atingiu novo recorde diário de pro-

cessamento de petróleo em suas reinarias no Brasil. A carga reinada em 7 de abril foi de 2,149 milhões de barris. No dia 30 de março, a empresa havia atingido a marca de 2,137 milhões de barris de petróleo proces-sados. O resultado atingido reairma a busca contínua da Petrobras pelo aumento da eiciência operacional das reinarias. A marca foi alcançada respeitando os princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde. PLATAFORMAS - A pro-dução de petróleo no pré--sal da Bacia de Santos, nos campos de Franco e Franco do Sul, ganhará

duas plataformas que agre-garão, quando estiverem em plena operação, mais 300 mil barris de petróleo e 14 milhões de metros cúbi-cos gás natural, diariamen-te, à produção nacional. Os contratos para a constru-ção das plataformas foram assinados no último dia 11 pela Petrobras em cerimô-nias ocorridas no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A construção e a integração dos módulos da P-74 e da P-76 irão gerar cerca de 4.500 empregos diretos e indiretos nas re-giões de São José do Norte (RS) e Pontal do Paraná (PR), onde estão os esta-leiros que executarão os serviços.

Agencia Petrobras

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Governo não quer continuar cobrindo

rombo de estados e municípios

A equipe econômica pretende acabar com

a obrigação de a União fa-zer esforço iscal extra para compensar o rombo de esta-dos e municípios. A mudan-ça consta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentá-rias (LDO) de 2014, envia-do nesta segunda-feira (15) pelo Executivo ao Congres-so Nacional. O governo também quer que a exigên-cia deixe de valer este ano e também está enviando um projeto para alterar a LDO de 2013. Segundo o secre-tário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, a mudança tem como objetivo permitir que as prefeituras e os go-vernos estaduais ampliem os gastos em anos de baixo crescimento da economia. “Achamos importante ter essa margem para introduzir um mecanismo anticíclico para estados e municípios.

Até agora, a União tinha de fazer um movimento con-trário que anulava o efeito desses estímulos”, expli-cou.

No ano passado, as pre-feituras e os governos esta-duais izeram superávit pri-mário (economia para pagar os juros da dívida pública) de R$ 21,511 bilhões, en-quanto a meta inicialmente estipulada correspondia a R$ 42,8 bilhões. Para com-pensar esse rombo, o Tesou-ro Nacional teve de fazer uma série de manobras nos últimos dias de 2012 para aumentar o superávit do go-verno federal. As operações iscais envolveram o uso de R$ 12,4 bilhões do Fundo Soberano e de cerca de R$ 7 bilhões de dividendos de estatais – parte dos lucros que as empresas são obri-gadas a repassar aos acio-nistas, dos quais o maior é

o Tesouro Nacional. Segun-do Augustin, essa diferença equivale à quantia que os estados foram autorizados a investir com recursos do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto da LDO deine meta de superávit primário de R$ 167,4 bilhões (3,1% do Produto Interno Bruto) para 2014. Desse total, R$ 116,1 bilhões (2,15% do PIB) correspondem ao Go-verno Central (Tesouro Na-cional, Previdência Social e Banco Central); e R$ 51,2 bilhões (0,95% do PIB), aos estados e municípios. A pro-posta, no entanto, permite que o governo possa abater da meta até R$ 67 bilhões de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de desonerações de tributos.

De acordo com Augus-

tin, o valor que pode ser descontado da meta é prati-camente igual aos R$ 62,5 bilhões autorizados pelo Orçamento Geral da União deste ano – R$ 42,5 bilhões do PAC e R$ 20 bilhões de desonerações. O secre-tário, no entanto, ressaltou que o abatimento é apenas uma possibilidade e que, se a economia e a arrecada-ção voltarem a crescer em 2013, o governo cumprirá a meta cheia e nem precisará recorrer a esse mecanismo. “Acho mais transparente abater desonerações e gas-tos do PAC em vez de sim-plesmente reduzir a meta em anos de crise porque esse mecanismo evita que o governo diminua o superá-vit primário porque os gas-tos de custeio [manutenção da máquina pública] estão aumentando”, justiicou Augustin. (Agência Brasil)

Alíquota do ICMS pode ser

lexibilizada, admite o governoO secretário executivo

do Ministério da Fa-zenda, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira (15) que o governo con-cordou em lexibilizar a diminuição da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS), de 12% para 7%, para os produtos in-dustrializados das regiões Norte, Nordeste e Centro--Oeste, além do Espírito Santo. Nos demais estados a alíquota passará de 12% para 4% em oito anos. Ini-cialmente, a proposta do governo para acabar com a chamada guerra iscal, em que as unidades da Federa-ção usam a desoneração do ICMS para atrair empresas e promover o desenvolvi-

mento econômico, era a uniicação da alíquota. No entanto, estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste argumentam que seriam bastante prejudicados pela medida, por serem menos desenvolvidos do que os das regiões Sul e Sudeste.

- O senador Delcídio [Amaral (PT-MS)] deverá apresentar uma proposta em que a alíquota cai de 12% para 4%, em oito anos, mantendo a alíquota dife-renciada de 7% apenas para os produtos industrializados no Norte, Nordeste e Cen-tro-Oeste, além do Espírito Santo. Essa é a linha geral do acordo que foi constru-ído no Confaz [Conselho Nacional de Política Fazen-dária] - disse Barbosa após

reunião com o presidente da Comissão de Assuntos Eco-nômicos (CAE) do Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ).

O presidente da CAE avaliou que o acordo foi po-sitivo e deve possibilitar a aprovação do relatório que será apresentado amanhã (16) pelo relator da matéria. “Foi um bom acordo. [A alí-quota] é 7%, mas não é de forma generalizada, apenas para os produtos industriali-zados. Em mais de 90% dos casos, estaremos uniicando a alíquota em 4%, que era o grande objetivo do gover-no. Amanhã, o senador Del-cidio Amaral vai apresentar o relatório”, disse.

Segundo Lindbergh, a votação só deve ocorrer em 15 dias porque amanhã

vários senadores deverão pedir vista do relatório. A intenção, acrescentou o pe-tista, é promover a votação também da proposta do go-verno que muda o indexa-dor das dívidas dos estados e municípios renegociadas com a União. Para ele, a tramitação conjunta vai fa-cilitar a aprovação das ma-térias. “Isso, sem sombra de dúvidas, cria um clima que facilita a aprovação da reforma do ICMS. Os go-vernadores querem colocar a discussão das dívidas dos estados. Vamos pautar pri-meiro a reforma do ICMS e, segundo, a dívida dos estados. Acho que facilita a votação em conjunto dos temas”, declarou. (Agência Brasil)