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PUB SEXTA-FEIRA, 2 DEZEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1545 (II Série) | Preço: 0,90 Montado e cante alentejano não vão ser afetados pela crise Candidaturas a Património da Humanidade deverão ter dossiês prontos no final de 2012 Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.pt JOSÉ FERROLHO SUSA MONTEIRO PUB pág. 4 Beja regista diminuição de novos casos de VIH/sida pág. 5 Recolha de alimentos ajuda mais três instituições A recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja, que aconteceu em todo o distrito, permitiu ajudar mais três institui- ções que estavam em lista de espera. Ao todo são 34 as instituições que são apoiadas. Os alentejanos foram generosos. 40 toneladas de alimentos para combater a fome. pág. 8 Coreanos podem vir para a Base Aérea de Beja Apesar de a Força Aérea não confirmar, parece existir a possibilidade de, num prazo relativamente curto, o Ministério da Defesa Nacional e o governo da Coreia do Sul po- derem chegar a acordo para a instalação em Beja de uma escola de formação de pilotos de aviões de combate. pág. 7 Barrancos inaugurou centro de saúde O novo Centro de Saúde de Barrancos, “há muito reivindicado” pelo município e pela população, foi inaugurado numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Saúde. “É motivo de grande contentamento ver que finalmente temos um novo centro de saúde”, diz António Tereno. pág. 11 Ir ao campo e andar à pera Acaba de ser instalado num barracão do monte da Joeirinha, na estrada da Bemposta, perto de Serpa, o primeiro ginásio inteiramente dedicado ao treino do boxe. E é já amanhã que alguns dos melhores especialistas portugueses da modalidade ali vão ver como é que os nossos pretendentes a boxers se vão safando. É a primeira do Serpa Figthing Team. págs. 16/17

Ediçao n.º 1545

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Diario do Alentejo

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SEXTA-FEIRA, 2 DEZEMBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, N.º 1545 (II Série) | Preço: € 0,90

Montado e cante alentejano não vão ser afetados pela crise

Candidaturas a Património da Humanidade deverão ter dossiês prontos no fi nal de 2012

Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.ptJO

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Recolha de alimentos ajuda mais três instituiçõesA recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja, que aconteceu em todo o distrito, permitiu ajudar mais três institui-ções que estavam em lista de espera. Ao todo são 34 as instituições que são apoiadas. Os alentejanos foram generosos. 40 toneladas de alimentos para combater a fome. pág. 8

Coreanos podem vir para a Base Aérea de BejaApesar de a Força Aérea não confi rmar, parece existir a possibilidade de, num prazo relativamente curto, o Ministério da Defesa Nacional e o governo da Coreia do Sul po-derem chegar a acordo para a instalação em Beja de uma escola de formação de pilotos de aviões de combate. pág. 7

Barrancos inaugurou centro de saúdeO novo Centro de Saúde de Barrancos, “há muito reivindicado” pelo município e pela população, foi inaugurado numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Saúde. “É motivo de grande contentamento ver que fi nalmente temos um novo centro de saúde”, diz António Tereno. pág. 11

Ir ao campo e andar à pera

Acaba de ser instalado num barracão do monte da Joeirinha, na estrada da Bemposta, perto de Serpa, o primeiro ginásio inteiramente dedicado ao treino do boxe. E é já amanhã que alguns dos melhores especialistas portugueses da modalidade ali vão ver como é que os nossos pretendentes a boxers se vão safando. É a primeira do Serpa Figthing Team. págs. 16/17

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2011 Editorial

AmigosPaulo Barriga

Esta semana aconteceu uma coisa muito, muito, muito curiosa na praça

da República. Em Beja. Quase todos os presidentes de câ-mara do Baixo Alentejo estive-ram alinhados, lado a lado, mis-turados sem olhar à cor do seu partido, numa sessão de escla-recimento. Apenas faltou o edil de Almodôvar pela mais óbvia das razões. Foi eleito pelo par-tido que está no Governo. E a in-tenção dos seus restantes com-panheiros era, precisamente, malhar no dito governo e enu-merar as malfeitorias que se adivinham para o Poder Local, para os orçamentos camará-rios, para o desenvolvimento regional. Uma sessão, norma-líssima, por conseguinte. Não fosse o facto de, pela primeira vez na história, e por razões me-ramente políticas e reivindica-tivas, o Partido Socialista e o Partido Comunista Português estarem de mãos dadas na praça central de Beja. No pre-ciso local onde, desde o 25 de Abril, se travaram todas as lutas entre eles e onde se cavou a trin-cheira – essa sim ou também essa – que trouxe um irrepará-vel atraso de décadas à nossa re-gião. Em nenhum outro local do País, como no Alentejo, aconte-ceu a intolerância, a inflexibili-dade, o choque, o fanatismo, o facciosismo, a cegueira e até o ódio foi tão evidente e marcante entre estes dois partidos, como aqui o foi. Para prejuízo único das populações. Pelo que o co-mício conjunto, este desta se-mana, tem uma carga simbólica de tal forma gigantesca que, tal-vez, nem os próprios dela se te-nham apercebido. A necessi-dade aguça o engenho. E, quem sabe, talvez agora, espremidi-nhos como o Governo os traz, seja a hora de o PS e de o PCP se entenderem em nome das coi-sas que dizem respeito à região no seu todo e que realmente im-portam. E se deixem de pica-rias, de ciumeiras e de egocen-trismos ridículos. Igualmente interessante foi observar o pa-lanque. Dois palestrantes. Jorge Pulido Valente e João Rocha. Ou muito me engano ou este foi o primeiro embate público, ami-gável até ver, entre os dois ho-mens que irão disputar, no fu-

turo, a Câmara de Beja. Que por acaso até mora ali ao lado.

“Não estou interessado em tecer qualquer comentário em relação a esse assunto”,

Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja

e do conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal)

Maria José Sabino,

59 anos, reformada da função pública

Normalmente não conto o di-nheiro que gasto, conto o nú-mero de pessoas a quem quero dar prendas. Este ano não vou reduzir no número de pren-das mas sim no valor de cada uma. As pessoas têm que ser contempladas com qual-quer coisa, por mais peque-nina que seja. Estamos em crise mas mesmo assim vou ofere-cer algumas prendas, prin-cipalmente às crianças, por-que o Natal é para elas.

Sónia Coelho,

33 anos, desempregada

Neste Natal as prendas vão ser só para as minhas filhas por-que é uma fantasia para elas, não há condições para mais… Não posso oferecer prendas a toda a gente. Este ano é só mesmo para elas. Depois gasto mais algum dinheiro para co-mermos bem e para passar o Natal em família. Não dá para mais. Fazemos com que o Natal seja todos os dias e já é bom irmos conseguindo isso.

Nuno Trindade,

43 anos, empresário

Este ano vou gastar muito pouco, muito pouco mesmo. Vou reduzir no número de pre-sentes e no preço de cada um. O Natal vai ser só para as crian-ças, com pequenas lembran-ças para elas. Em relação ao ano passado vou reduzir muito, se calhar uns 50 por cento. Ainda não pensei muito bem nisso mas devo gastar muito pouco, 100 ou 200 euros, no máximo.

Célia Nisa,

41 anos, educadora de infância

Fazendo contas à família toda, no máximo uns 200 euros. Vou reduzir muito no número de prendas, vai ser mesmo só para a família mais chegada. Estou a pensar oferecer ape-nas pequenas lembranças só para não deixar passar o Natal em branco. Vai ser só para as crianças e para os mais ido-sos. Só mesmo para lembrar o Natal, até porque para mim o Natal não é comércio, é família.

Voz do povo Quanto pensa gastar este ano em prendas de Natal? Inquérito de Ângela Costa

Fotonotícia Ghetto É tempo da apanha da azeitona. Entre Ferreira do Alentejo e Moura há um corredor de olivais de mi-

lhares de hectares. E muita azeitona para varejar. À falta de mão de obra local, nos últimos tempos, têm chegado à região milhares de imi-

grantes de leste prontos para o fazer. Na sua grande maioria romenos. Que ficam instalados aos magotes, sem qualquer tipo de condições

de salubridade, em ghettos como este. E já há quem fale no regresso das praças de jorna. Sinais dos tempos. PB Foto de José Ferrolho

Vice-versa“É incompreensível que os mesmos autarcas que se queixam de dificuldades financeiras e criticam o Governo pelos cortes orçamentais, facultem meios de transporte e combustível, e dispensem os funcionários das suas tarefas para os concentrar [para uma reunião pública] em frente das câmaras de televisão”. Carlos Valente, vice-presidente da Comissão Política Distrital do PSD

turo, a CâmaraQue por amora ali a

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2011Rede social

Em que consiste o projeto Prove?

O projeto Prove consiste em promover e vender. É fruto de uma metodologia desenvolvida no âmbito de uma inicia-tiva comunitária, denominada Equal. A metodologia Prove, que deu origem aos tão conhecidos “cabazes” de pro-dutos hortofrutícolas frescos, pretende fomentar a promoção de novas formas de comercialização em circuitos cur-tos, numa clara aproximação entre os pequenos produtores e os consumido-res. Esta prática visa contribuir para o escoamento de produtos locais de alta qualidade, levando às mãos dos consu-midores o melhor que a terra nos dá. A ideia é através de um “cabaz” juntar de mãos dadas produtores e consumido-res, numa forma mais justa de produ-zir e comercializar.

Porquê a aposta neste projeto?

A aposta neste projeto insere-se na-quilo que é o trabalho da AlentejoXXI no seu território de intervenção. A metodologia Prove incorpora na per-feição esses desígnios e como tal es-tivemos, desde logo, empenhados em receber no nosso território esta iniciativa. Daremos o nosso contri-buto a tudo o que seja para fomen-tar e reforçar a capacidade empresa-rial dos nossos pequenos produtores. É da nossa atribuição estimular estes processos que possam traduzir uma maior aproximação entre quem pro-duz e quem consome, numa clara aposta na sustentabilidade local, con-tribuindo para a capacitação dos nos-sos produtores e dos nossos consu-midores. Esse é sem dúvida o nosso maior desafio.

Este é o contributo da Alentejo XXI para

promover a comercialização de proxi-

midade? Quais são as expetativas?

A Alentejo XXI foi convidada a inte-grar esta parceria do Prove, que existe a nível nacional, e respondemos ao apelo feito pela Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal, que é o chefe de fila deste projeto e que com grande sucesso tem vindo a disseminá-lo em todo o ter-ritório português, tornando o Prove num projeto de âmbito nacional, desde o Minho ao Algarve. E que agora che-gou a Beja, trazendo todo o processo de amadurecimento já alcançado ao longo de vários anos de sucesso, numa clara afirmação do relacionamento de proximidade entre produtores e con-sumidores, contribuindo decisiva-mente para o fortalecimento da nossa economia local e nacional. As expe-tativas são as melhores, porque que-remos que o projeto Prove assuma na nossa região e na nossa cidade um lu-gar de destaque. Bruna Soares

3 perguntasa José Nobre

Câmara de Castro homenageia Manuel da FonsecaMorada da Poesia: Poetas celebram Manuel da Fonseca, assim se chama a edição da Câmara de Castro, coordenada por Luís Filipe Maçarico, que homenageia o autor de Seara de Vento.

Técnico da Associação Alentejo XXI

Semana passada

SÁBADO, DIA 26

ALCÁCER DO SAL CÂMARA INVESTE 4,6 MILHÕES EM PROJETOS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

A Câmara de Alcácer do Sal vai investir cerca de 4,6 milhões de euros na requalificação do largo dos Açougues e da avenida marginal junto ao rio Sado, disse à Lusa o presidente da autarquia, Pedro Paredes. “A ideia é dar condições aos habitantes – em termos de qualidade da fibra ótica, dos telefones, da eletricidade, dos esgotos –, para se viver melhor nos centros históricos”, justificou o autarca, adiantando que se trata de um investimento comparticipado em 80 por cento pelo QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). A requalificação do largo dos Açougues, na zona alta junto ao castelo, que arrancou no início de novembro e que tem um custo global de 700.000 euros, é a primeira de duas grandes intervenções que a autarquia pretende levar a cabo neste mandato, no âmbito do Programa RUAS - Regeneração Urbana de Alcácer do Sal. A segunda intervenção, com início previsto para os primeiros meses de 2012, prevê a requalificação da zona urbana junto à marginal de Alcácer do Sal.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 28

ODEMIRA CONTRATO PARA CONSTRUÇÃO DO CENTRO ESCOLAR DE BOAVISTA DOS PINHEIROS

A Câmara Municipal de Odemira e a empresa Comporto, Sociedade Construções, assinaram o contrato para a construção do Centro Escolar de Boavista dos Pinheiros, que representa um investimento de 748 377,15 euros, financiado em 80 por cento pelo QREN. A obra terá a duração de 300 dias, devendo ter início ainda este ano. O Centro Escolar vai ser construído no terreno municipal junto à EM120, frente ao atual edifício da escola primária da Boavista dos Pinheiros, que será adaptado para sede da junta de freguesia, após conclusão do centro. O edifício será composto por dois módulos, um núcleo central (biblioteca, refeitório, cozinha, sala de convívio, sala de professores e gabinete médico) e o bloco de salas (quatro salas para 1.º ciclo e duas para pré-escolar). Será criado ainda um campo de jogos e um parque infantil dentro do recinto escolar.

VIDIGUEIRA DETIDO CASAL SUSPEITO DE DIVERSOS FURTOS

Uma operação conjunta da GNR (Beja, Setúbal e Lisboa) levou à detenção, em Vidigueira, de um casal suspeito de diversos furtos, um dos quais numa residência da vila, anunciou a Rádio Voz da Planície. O homem, de 44 anos, natural de Lisboa, e a mulher, de 36, natural de Vidigueira, estavam a ser investigados pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) “como os autores de um grande furto numa residência em Vidigueira ocorrido em meados de outubro”. Para além da recuperação de parte dos artigos furtados, a GNR apreendeu um grande alicate, destinado ao corte de ferro e cadeados, um pé-de-cabra e um par de luvas, estando a GNR a desenvolver outras investigações paralelas, tendentes à recuperação de outros artigos ou identificar eventuais recetadores dos bens furtados e que já não se encontravam na posse do casal.

QUARTA-FEIRA, DIA 30

GOVERNOS CIVIS TRANSFERÊNCIAS DE COMPETÊNCIAS EM “DIÁRIO DA REPÚBLICA”

A lei que transfere as competências dos governos civis e dos governadores civis para outras entidades da administração pública foi publicada na quarta-feira em “Diário da República”. O Governo pôs fim aos governos civis no conselho de ministros de 8 de setembro, quando aprovou legislação que transfere as suas competências para outras entidades públicas. Entre outras medidas, a proposta de lei transfere para os presidentes de câmara a responsabilidade de autorizar qualquer reunião, comício, manifestação ou desfile em local público e de, em tempo de eleições, organizar o sufrágio no seu município. Compete ao comandante operacional distrital declarar situações de alerta no seu território.O diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é a quem compete agora a concessão de passaportes, que podem agora ser pedidos nas conservatórias dos registos civis.

Geada de Sousa lança livro sobre estudo do sangue O colaborador do “Diário do Alentejo” e filatelista premiado acaba de lançar Ouro Vermelho e Filatelia, que pretende fazer “um muito breve resumo do estudo do sangue”.

Vinho novo em Ervidel e muito músicaAs adegas de Ervidel abriram portas para mais uma edição da Vini&Cultura, que completou 10 anos de existência. Vinho e azeite foram dois dos produtos em destaque.

“Viver Oitenta”, uma tertúlia de músicos em BejaCaracol Blues, Fernando Pardal, José Emídio, Paulo Colaço e o senhor UHF participaram no evento promovido pelo radialista Jorge Paulo. Jorge Serafim animou as hostes.

Ministro da Saúde em Barrancos e Beja Depois de ter assistido à inauguração do Centro de Saúde de Barrancos, o ministro da Saúde esteve em Beja onde participou num colóquio.

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Na capa

A Liga dos Combatentes inaugura em Beja, na próxima segunda-feira, 5, um

Centro de Apoio Médico, Psicológico e Social (Camps), que ficará situado

no bairro residencial da Força Aérea. A cerimónia está agendada para as

12 e 30 horas e conta com as presenças do presidente da direção da Liga dos

Combatentes e do comandante da Base Aérea n.º 11 (BA 11), entidades que

vão assinar na mesma ocasião um protocolo de cooperação. O Camps de Beja,

à semelhança dos outros que a Liga tem espalhados pelo território nacional,

é constituído por uma equipa multidisciplinar (médicos, psiquiatras,

psicólogos clínicos, assistentes sociais, técnicos de reabilitação e enfermeiros),

“centrada no combatente e sua família”.

Liga dos Combatentes

inaugura centro de apoio

O Centro Histórico de Évora – o único espaço classificado como Património da Humanidade no Alentejo – celebrava o 25.º ani-versário da sua classificação quando a Unesco anunciou que a candidatura do fado a Património Imaterial da Humanidade tinha sido aprovada. O fado que tão grandes intérpretes teve e tem em toda a região alentejana.

Texto Carlos Júlio

Foto José Serrano

Mas em marcha estão mais três projetos de classifica-ção diretamente relacio-

nados com o Alentejo: a integração de Portugal na dieta mediterrânica, classificada já no ano passado pela Unesco; e os projetos inovadores de levar o montado e o cante alentejano a Património da Humanidade.

O presidente da Turismo do Alentejo, ERT, Ceia da Silva, revela que estes dois projetos deverão ter os respetivos dossiês, “com conteúdo muito técnico, prontos no final de 2012”, seguindo-se a entrega da do-cumentação à Unesco, o que “no caso da candidatura do cante, e ainda que numa fase inicial, deverá acontecer ainda nesse ano”.

Quando Évora celebra 25 anos de Património da Humanidade

Montado e cante alentejano não vão ser afetados pela crise

“As empresas a quem foram ad-judicados os dois projetos já inicia-ram os trabalhos de criação dos dos-siês”, diz Ceia da Silva ao “Diário do Alentejo”, acrescentando que “estão a ser desenvolvidos por equipas que estiveram ligadas às candidaturas do Douro e da ilha do Pico (Açores) a Património Mundial da Unesco”.

“A candidatura do montado vai ser apresentada pela ERT, os pri-meiros trabalhos já estão a decorrer, neste momento está a ser identifi-cada a mancha geográfica e a ser feito o dossiê técnico e está um pouco mais atrasada do que a do cante, que é pro-movida pela Câmara de Serpa, ERT e Confraria do Cante Alentejano”, sa-lienta o responsável pelo Turismo do Alentejo.

Ceia da Silva refuta a ideia de que a atual crise financeira possa atrasar ou condicionar estes projetos. “São processos que foram candidatados e estão financiados, têm verbas prove-nientes dos programas operacionais, com dotações efetivas, por isso não vejo que possam existir problemas dessa natureza”.

A classificação como Património da Humanidade, para além de ser uma distinção que valoriza a especi-ficidade e a genuinidade de um deter-minado património (seja ele material

ou imaterial), dá-lhe também uma maior visibilidade e tornou-se num forte agente de promoção, nomeada-mente no setor turístico.

“As novas gerações quando pla-neiam uma visita procuram cada vez mais lugares com uma forte iden-tidade e caráter. A típica oferta das Caraíbas e do sol já não faz parte das principais opções dos mais novos”, sublinha Ceia da Silva.

E este foi precisamente um dos pontos em destaque por José Ernesto Oliveira durante a sessão solene dos 25 anos de Évora Património da Humanidade. O presidente da câ-mara, embora salientando que esse não é o caso de Évora, disse que o fluxo turístico descontrolado está a afetar muito do património classifi-cado e deu como exemplo algumas cidades italianas. O autarca disse que o equilíbrio no número de visi-tantes e, paradoxalmente, a perda de habitantes dos centros históricos, são os dois grandes desafios relati-vamente ao património edificado e para os quais é necessário encontrar soluções.

José Ernesto Oliveira disse que “a classificação de Évora pela Unesco e a abertura da Universidade” foram “os dois acontecimentos mais impor-tantes do século XX” para a cidade e

defendeu a criação de “medidas de discriminação positiva” para que as autarquias e os particulares pos-sam “cuidar melhor” do património classificado.

“Essa responsabilidade não nos pode ser apenas entregue a nós. É preciso que o Governo e o País parti-lhem uma responsabilidade que não pode ser apenas local. Devia haver por parte da administração central uma atenção particular para estas ci-dades, pelo que representam como fator da projeção externa da quali-dade e da imagem do nosso país, mas também porque representam pa-trimónios nos quais está espelhada muita da nossa história e da nossa identidade e que não se pode deixar apenas ao encargo dos habitantes e do município”, disse o presidente da Câmara de Évora.

José Ernesto Oliveira consi-derou ainda que Évora “ganhou muito” pelo facto de ser classifi-cada pela Unesco, dizendo que “Évora era uma cidade de provín-cia, muito mais pequena, muito menos dinâmica, muito menos projetada externa e internamente e hoje, felizmente, temos uma ci-dade conhecida a nível mundial”.

A medalha comemorativa des-tes 25 anos de Património Mundial

é da autoria do escultor João Cutileiro. Ao “Diário do Alentejo”, o artista considera que “a classifi-cação foi fabulosa, mas o balanço não o vejo tão bem como eu gos-taria. Dá a sensação que não nos preocupámos muito. Puseram-nos a medalha e pronto… Mas isto é como um casamento ou um di-vórcio: não se pode tratar mal o cônjuge senão ele pode ir-se em-bora. E da mesma maneira que se ganha um património mundial, também se o pode perder. Não há nada que o proíba e que amanhã a Unesco venha dizer: vocês não to-maram bem conta do troféu”.

Para comemorar estes 25 anos de Património da Humanidade – que se assinalaram a 25 de novem-bro – a Câmara Municipal de Évora concebeu um projeto que denomi-nou “Évora, Percursos e Memórias – 25 Anos de Património Mundial da Humanidade, 25 Monumentos, 25 Lendas, histórias e devoções”, que contempla a realização de vi-sitas guiadas, a decorrerem até ao mês de novembro de 2012, a 25 edifícios emblemáticos da cidade, em percursos que, evocando a me-mória e a identidade da cidade, transportam os participantes para outras épocas e outras vivências.

As novas gerações quando planeiam uma visita procuram

cada vez mais lugares com uma forte identidade e caráter.

A típica oferta das Caraíbas e do sol já não faz parte das

principais opções dos mais novos”, sublinha. Ceia da Silva❝

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Atual

A Consulta de Imunodeficiência da Unidade Local de Saúde do

Baixo Alentejo é formada por uma equipa multidisciplinar, em

que são prestadas, além da vertente médica, as da enfermagem,

psicologia clinica, serviço social, serviço farmacêutico e nutrição.

“Os utentes têm o número de telemóvel de pelo menos um

elemento da equipa, podendo usá-lo quando necessário para

esclarecimento ou encaminhamento futuro”, diz o responsável

pela consulta, Telo Faria. Beja dispõe ainda de um Centro de

Aconselhamento e Deteção Precoce da Infeção VIH, a funcionar

junto ao Centro de Saúde Beja 2 (rua Rainha D. Amélia).

A Consulta de Imunodeficiência da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) segue, atualmente, cerca de 190 pes-soas portadoras do VIH/sida. A grande maioria dos doentes ob-servados na consulta tem entre 30 e 49 anos (76,8 por cento) e é do sexo masculino. A princi-pal via de transmissão é a se-xual, seguida de muito perto da endovenosa, que tem vindo a registar uma diminuição nos últimos anos. Ontem, dia 1 de dezembro, assinalou-se mais uma Dia Mundial de Luta con-tra a Sida.

Texto Nélia Pedrosa

Ilustração Susa Monteiro

A Consulta de Imunode fi-ciência da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo

(Ulsba) tem vindo a registar, nos úl-timos anos, uma diminuição da in-cidência de novos casos de infe-ção por Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH), em conformidade com a tendência nacional. “Apesar de ainda deficiente”, diz o responsá-vel pela consulta e membro da direção nacional do Núcleo de Estudos VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, esta diminuição “deve-se a um esforço feito a nível da preven-ção primária através da Coordenação Nacional de Luta Contra a Sida e do esforço e sensibilização das equipas que seguem estes doentes a nível dos hospitais”.

Atualmente são seguidos, na referida consulta da Ulsba, cerca de 190 doentes porta-dores do VIH. Mas desde a sua criação, em janeiro de 2000, até dezembro do ano passado, foram observa-dos 324 utentes. Esta di-ferença justifica-se, se-gundo o médico Telo Faria, pelo facto de parte dos doentes ob-servados “ser transfe-rida para outros hospi-tais”, caso dos utentes das comunidades terapêuti-cas existentes no distrito que, findo o tratamento, regressam

Consulta de Imunodeficiência da Unidade de Saúde do Baixo Alentejo segue 190 doentes

Beja regista diminuição de novos casos de VIH/sida

Efetivamente o ‘elo mais fraco’ continua a ser a prevenção primária. Penso

que apesar de um esforço nos últimos anos, continua a haver um déficit de

sensibilização das autoridades para esta área, que é prioritária”.❝

Consulta de imunodeficiência

é formada por equipa multidisciplinar

com mais de 50 anos”, aumento esse que se deve ao “diagnóstico ser ainda tardio no nosso país” e ainda ao facto “de indivíduos que retornam a ter vida sexual ativa, pelo uso de fárma-cos usados para as disfunções sexu-ais, de venda livre, o fazerem com trabalhadoras do sexo, em contexto de comportamento de risco, isto é, sem uso de preservativo”.

A grande via de transmissão, com uma taxa de 52 por cento, é a se-xual, registando-se nos últimos anos uma redução de novos casos por via endovenosa (toxicodependência), “fruto da atuação do IDT (Instituto da Droga e da Toxicodependência) e dos CAT (centro de atendimento a toxicodependentes)”. Verifica-se igualmente, segundo o responsá-vel, “um aumento de novos casos por via sexual, nomeadamente nos hete-rossexuais” e “apesar de no último decénio a transmissão entre homos-sexuais masculinos estar estacioná-ria ou a diminuir, tem-se verificado recentemente um aumento ligeiro, consequente a alguma ‘despreocupa-ção’ tendo em conta a noção atual da infeção como ‘doença crónica’ com medicação potente, eficaz e com di-minutos efeitos secundários”, diz.

“Temos atualmente consultas de Infeciologia e Imunodeficiência com-petentes e eficazes, segundo os pa-drões das guidelines internacionais, e igualmente disponíveis todos os fár-macos existentes nesta área, sem qual-quer restrição. Efetivamente o ‘elo mais fraco’ continua a ser a prevenção primária”, refere ainda o responsável, adiantando que “apesar de um esforço nos últimos anos, continua a haver um déficit de sensibilização das auto-ridades para esta área, que é prioritá-ria”: “É necessário que se perceba que a incidência só poderá cair seriamente com recursos que envolvam equipas nesta área da prevenção, formadas por médicos, psicólogos clínicos, psicólo-gos sociais, sociólogos publicitários e homens de markting, atuando, não de um modo geral, mas por faixas etá-rias, sociológicas, profissionais e cul-turais. É de um modo diferenciado, de acordo com as suas características, que temos que sensibilizar estes gru-pos”, conclui.

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às suas localidades de origem. Há ainda quem abandone a consulta ou sucumba à doença. Estas duas últi-mas situações, refere o responsável, são, no entanto, “cada vez mais raras, fruto de uma responsabilização cres-cente dos doentes”.

“Os doentes estão cada vez mais conscientes que é a boa adesão às consultas e à terapêutica, isto é, o as-sumir com responsabilidade a sua infeção e a toma regular e sem falhas da medicação, que lhes proporciona uma vida perfeitamente normal em todos os parâmetros, longa e inserida socialmente. Hoje só morre quem efetivamente não tem esta adesão às

consultas e terapêutica. Repare-se que com as novas terapêuticas

controla-se a infeção com um número reduzido de fármacos, um, dois, no máximo três, em toma única diária, e pratica-mente sem efeitos se-cundários, ao contrá-rio do que acontecia antigamente”, diz o médico, lembrando, no entanto, que “por cada doente diagnos-ticado há três que são seropositivos para o VIH e não estão diagnosticados”.

Dados da Consulta de Imunodeficiência da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo revelam ainda que 49,6 por cento dos doentes são

provenientes do conce-lho de Beja, 13,1 por cento

residem em Odemira, 6,6 por cento em Aljustrel e 6,2

por cento em Moura. Perto de 65 por cento são do sexo

masculino. Em termos etários, o grande

grupo situa-se entre os 30 e os 49 anos – 39,2 por cento no grupo 30-

39 anos e 37,6 por cento no grupo 40-49 anos –; segue-se o grupo 20-

29, com 12 por cento; e o 50-59, com 5,6 por cento. Segundo Telo Faria, “tem-se verificado, nos últimos anos, um aumento significativo de no-vos casos diagnosticados em utentes

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JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHO, LDA. Rua D. Afonso III, Ed. Toyota, Apart 76 7800-050 Beja Tel. 351284311410/12 Fax 351 284 311 419 [email protected]

Apesar da Força Aérea não confirmar, pa-rece existir a possibilidade de, num prazo relativamente curto, o Ministério da Defesa Nacional e o governo da Coreia do Sul poderem chegar a acordo para a instalação em Beja de uma escola de for-mação de pilotos de aviões de combate.

Texto Carlos Júlio

Os militares da Coreia do Sul visita-ram já, pelo menos, duas vezes a BA 11 e o bairro residencial da Força

Aérea. A primeira visita, no início de julho, e uma segunda no mês de novembro, noti-ciadas em primeira mão pela Rádio Voz da Planície, foram confirmadas ao “Diário do Alentejo” pelo major Paulo Mineiro, porta --voz da Força Aérea.

Segundo a Voz da Planície, uma dele-gação sul-coreana terá regressado esta se-gunda-feira à Base Aérea de Beja para “efe-tuar testes com o monomotor que a FAP tem destinado à instrução e treino de pilota-gem básico”, uma informação que o “Diário do Alentejo” não conseguiu confirmar até à hora de fecho desta edição.

A possibilidade de instalação de uma es-cola de pilotagem sul coreana em Beja ga-nha ainda maior força depois do “Diário de Notícias” ter revelado, no final da semana pas-sada, um despacho assinado pelo ministro da Defesa, Aguiar Branco, onde se refere que em março de 2012 vai estar concluído o estudo que vai determinar se o aeroporto de Beja re-úne as condições para a execução do projeto.

A notícia do “Diário de Notícias” referia

que o acordo prevê a transferência para a Base de Beja de 25 caças T50 Golden Eagle, aviões supersónicos de última geração con-cebidos para treino de combate avançado. O acordo entre os dois países deverá assegu-rar que os equipamentos podem inclusive ser utilizados para treinar pilotos portugueses, sem quaisquer contrapartidas financeiras. Está prevista também a vinda de 60 pilotos sul-coreanos e famílias, para além de 20 mi-litares com funções de chefia e cerca de 150 técnicos de manutenção. No total, caso a ins-talação da esquadra se venha a verificar, po-derão ser necessários alojamentos para 300 famílias.

Ao “Diário do Alentejo” a Força Aérea confirma estes contactos que classifica de “embrionários” e “idênticos” aos que estão a ser feitos com outros países. “Nós mostramos

as capacidades que temos, para cenários fu-turos de cooperação, e fazêmo-lo com di-versos países, nomeadamente a Bélgica, Marrocos, Argélia e Estrados Unidos, para além da Coreia do Sul. Aliás, com todos esses países os contactos estão muito mais avança-dos do que com a Coreia”, diz o major Paulo Mineiro.

Para o porta-voz da Força Aérea “os con-tactos que temos com a Coreia do Sul são apenas exploratórios, a atividade bilateral está agora a começar e essa pode ser uma hi-pótese de trabalho, entre várias outras que estão a ser desenvolvidas”.

Paulo Mineiro remete outros esclareci-mentos para a Direção-geral de Política de Defesa Nacional “a quem compete definir a estratégia de cooperação”. Até ao fecho desta edição o “Diário do Alentejo” não conse-guiu, no entanto, quaisquer esclarecimentos adicionais.

De acordo com o major Paulo Mineiro, “seja qual for a decisão tomada nesta ma-téria”, a Força Aérea vai querer ser sempre “parte da solução e não ser o foco de qualquer problema”.

O interesse da Coreia do Sul em ter uma base na Europa não é de agora. Inicialmente teria sido escolhida a base espanhola de Talavera la Real, na província de Badajoz. O ministério da defesa espanhol confirmou em março deste ano a existência de uma decla-ração de intenções entre as duas partes, que não chegou porém a concretizar-se. O fra-casso do negócio terá ficado a dever-se às exi-gências monetárias do governo espanhol, que desagradaram aos sul-coreanos.

Força Aérea fala apenas em “contactos embrionários”

Coreanos podem vir para a Base Aérea de Beja

TAP poderá alugar espaços do aeroporto de Beja para estacionar aviõesA TAP poderá alugar espaços no

aeroporto de Beja para estacionar aviões

antes de serem alvo de intervenções

de manutenção ou preservação e

quando não existir espaço disponível

no complexo industrial da empresa

em Lisboa. O aluguer dos espaços pela

Unidade de Manutenção e Engenharia da

TAP está previsto num acordo já assinado

entre a transportadora aérea nacional e

a ANA – Aeroportos de Portugal, disse

fonte da TAP. Os espaços serão usados

quando a Unidade de Manutenção e

Engenharia da TAP encaminhar para o

aeroporto de Beja aviões cujo contrato

preveja um tempo de estacionamento

das aeronaves no período que antecede

as intervenções, que serão realizadas

nas instalações da empresa em Lisboa,

explicou. O estacionamento dos aviões

no aeroporto de Beja “acontecerá

sempre que não haja espaço disponível

no complexo industrial da TAP na sua

base operacional” em Lisboa. Os espaços

irão “funcionar como áreas de apoio

nas ações de manutenção de linha”, ou

seja, “similares às que são efetuadas em

escala, à chegada e antes da partida dos

voos”, e nos trabalhos de preservação,

“necessários sempre que uma aeronave

esteja sujeita a uma imobilização

prolongada”. O transporte de passageiros

e carga e a indústria aeronáutica são as

valências apontadas para o aeroporto de

Beja, que resulta do aproveitamento civil

da Base Aérea n.º 11.

“Toxicodependência – as tuas escolhas” em Vidigueira “Toxicodependência – as tuas

escolhas” é a temática das duas sessões

de esclarecimento e sensibilização

que terão lugar nos próximos dias 5

e 7 destinadas a todos os alunos da

Escola Profissional Fialho de Almeida

de Vidigueira. As sessões foram

planificadas no âmbito do Programa

de Respostas Integradas de Vidigueira,

que se encontra a decorrer graças a uma

parceria estabelecida entre a Câmara

Municipal de Vidigueira, o Instituto

da Droga e da Toxicodependência,

a Guarda Nacional Republicana,

através do Programa Escola Segura,

a Escola Profissional Fialho de

Almeida, a Escola Básica Integrada

Frei António das Chagas, o Centro de

Saúde de Vidigueira, a Associação de

Pais e Encarregados de Educação do

Agrupamento de Escolas de Vidigueira

e a Associação Juvenil, Cultural,

Ambiental e Desportiva São Cucufate.

No âmbito do protocolo de cooperação estabelecido entre a Câmara

de Almodôvar, a Fundação Professor Fernando de Pádua (FPFP) e a

Fundação Calouste Gulbenkian, Almodôvar recebe hoje, sexta-feira,

dia 2, a II Jornada Médico Socio Psicológica, subordinada ao tema

“Sexualidade”. O evento deverá contar com a presença de Fernando de

Pádua (médico cardiologista e fundador da FPFP) e Francisco Moita

Flores (escritor e investigador), entre outros. “Gravidez na adolescência”,

“Sexualidade no idoso”, “A violência no namoro” e “A pílula contracetiva

e a cidadania no feminino” são alguns dos temas que integram a jornada,

que decorrerá entre as 9 e as 17 e 30 horas, no Solar da Portela.

Almodôvar recebe II Jornada

Médico Sócio Psicológica

Os contactos que temos com a Coreia do Sul são apenas exploratórios,

a atividade bilateral está agora a começar e essa pode ser uma hipótese

de trabalho, entre várias outras que estão a ser desenvolvidas”.Paulo Mineiro❝

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A Associação Columbófila do Distrito de Beja promove no dia

10, no Pavilhão Multiusos de Serpa, uma jornada columbófila

que integra a exposição distrital 2011 e um colóquio

subordinado ao tema “A columbofilia do presente e do futuro”,

que contará com a participação dos columbófilos Paulo

Rodrigues, Paulo Campos, Rui Fortunato e César Timóteo.

Durante a sessão serão debatidos temas como “reprodução,

início de época, preparação física, jogo, alimentação e

doenças”. Pelas 13 horas terá lugar a gala de entrega de prémios

do distrito de Beja.

Associação Columbófila do Distrito de Beja

promove jornada

A greve geral do passado dia 24 de no-vembro teve uma adesão “ligeira-mente” acima da registada há um ano, mas ficou abaixo das expetativas das organizações sindicais. As áreas da saúde, educação e da administração local foram aquelas onde a jornada de luta se fez sentir com mais força.

Texto Aníbal Fernandes

Casimiro Santos, coordenador da União de Sindicatos de Beja, reco-nhece que a adesão no setor dos

transportes “foi menor do que em 2010” e fi-cou aquém do esperado. A explicação pode estar no facto de na véspera do dia de luta os trabalhadores terem sido “pressionados por telefone” e “ameaçados”, levando até mui-tos dos que tinham assi-nado a moção de apoio à greve a apresentarem-se ao serviço, com medo de represálias.

No entanto, o sindica-lista faz um balanço posi-tivo da jornada de luta con-vocada pela CGTP-IN e UGT e fala em novas ade-sões em setores como a banca ou as finanças, real-çando a presença de “gente nova” na concentração que se realizou na praça da República, em Beja.

Ta mbém Jac i nto Ana cleto, dirigente do Sindicato dos Mineiros, justifica a fraca partici-pação na greve – menos de 20 por cento – com o facto das administra-ções da Almina, Somincor e EPM “corta-rem na totalidade os prémios de produtivi-dade” a quem fizesse greve.

Este procedimento é ilegal, segundo o sin-dicalista, mas obriga a um processo judicial que demora tempo e “as pessoas precisam do dinheiro hoje”, conclui, explicando que ainda hoje se está a dirimir em tribunal a mesma questão relativa à greve geral de 2010.

Foi na educação que a greve se fez sentir com mais intensidade com o encerramento de cerca de seis dezenas de estabelecimen-tos de ensino em todo o distrito. Na cidade de Beja fecharam três escolas: Mário Beirão, D. Manuel I e Santa Maria.

Os números de adesão à greve nos profes-sores ainda não se encontram disponíveis, mas o facto de nestes equipamentos labora-rem também funcionários que fazem parte do Sindicato dos Funcionários da Função

Paralisação no distrito abaixo das espectativas dos sindicatos

Meia greve geralPública do Sul e Açores, contribuiu, decidi-damente, para o seu não funcionamento.

Nas autarquias a greve também se fez sen-tir com alguma expressão, levando mesmo ao encerramento de quatro municípios (Alvito, Castro Verde, Moura e Serpa).

Em Aljustrel, Alvito, Castro Verde, Beja e Serpa a adesão à greve, segundo núme-ros do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), ultrapassou os 90 por cento, com os concelhos de Mértola, Moura e Vidigueira também muito próxi-mos deste valor. Em Barrancos, apenas uma dezena de trabalhadores não se apresenta-ram ao serviço. Para os outros concelhos o STAL não tem números disponíveis.

Na Assembleia Municipal de Beja e nas juntas de freguesia da cidade nenhum traba-lhador se apresentou ao serviço. Na Região

de Turismo o número de grevistas foi de 88 por cento, na Regialentejo 71 por cento e na EMAS 67 por cento.

O Ministério da Saúde divulgou, em co-municado, os números da adesão à greve na to-talidade da Unidade Local de Saúde Do Baixo Alentejo (Ulsba). Segundo a tutela, dos 1 347 funcionários dos dois hospitais (Beja e Serpa) e das Unidades de Saúde Familiar, cerca de 420 aderiram à greve, o que corresponde a 31 por cento. No Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral, dos 201 trabalhadores 59 não fo-

ram trabalhar.Edgar Santos, do Sindicato dos

Enfermeiros, em declarações ao “Diário do Alentejo”, considera que “devido aos vários constrangimentos” a que os trabalhadores estão sujeitos, nomeadamente com “ameaças de despedimento e de transferência de servi-ços”, os números acabam por ser “positivos”, apesar de não serem “os que desejávamos”.

O sindicalista diz que a média de adesão à greve se saldou nos 54 por cento – sensivel-mente menos que em 2010 –, mas levou ao fe-cho de uma sala do bloco operatório e afetou as consultas externas no hospital de Beja. Os centros de saúde de Aljustrel e Alvito estive-ram encerrados.

O sindicalista não desanima com os resul-tados e diz até os “compreender”. “Vamos ter de ir para o terreno, mostrar aos colegas que o perigo está em não se lutar”, promete.

Edgar Santos, do Sindicato dos Enfermeiros, não desanima com os resultados e diz até os “compreender”. “Vamos ter de ir para o terreno, mostrar aos colegas que o perigo está em não se lutar”, promete.

Praça da República Concentração de trabalhadores em Beja

❝Foi na educação que a greve se fez sentir com mais intensidade

com o encerramento de cerca de seis dezenas de estabelecimentos

de ensino em todo o distrito. Na cidade de Beja fecharam

três escolas: Mário Beirão, D. Manuel I e Santa Maria.

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Campanha de novembro aconteceu em toda a região

Alentejanos solidários com o Banco Alimentar

O Banco Alimentar Contra a Fome de Beja recolheu mais de 40 toneladas de alimentos, na campanha de novembro, que decorreu no fim de semana passado, em toda a região. A iniciativa vai permi-tir ajudar mais três instituições que esta-vam em lista de espera, para além das 31 que o banco de Beja já apoiava.

O Banco Alimentar Contra a Fome de Beja recolheu, durante o fim de semana passado, cerca de 40 tone-

ladas de alimentos. A campanha decorreu junto a várias superfícies comerciais da re-gião e, de acordo com Madalena Palma, presidente da direção do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja, “a iniciativa excedeu

as expetativas a nível nacional e, no caso particular deste banco, o resultado vai per-mitir ajudar mais três instituições que esta-vam em lista de espera”.

O Banco Alimentar Contra a Fome de Beja já apoiava 31 instituições e esta campanha permi-tiu alargar esta ajuda. Madalena Palma, no en-tanto, deixa um apelo, nomeadamente aos pro-dutores e agricultores da região, “de modo a que possam lutar contra o desperdício e façam che-gar à instituição os excedentes das indústrias agroalimentares e produções agrícolas”.

Em Beja, de acordo com dados cedidos, fo-ram angariados “cerca de 15 toneladas” de gé-neros alimentares. Os serpenses contribuíram com “cerca de seis toneladas” e os mourenses com “cerca de quatro toneladas”. Em Ferreira do Alentejo foram recolhidos 1,978 toneladas, em Cuba 1,340 toneladas, em Aljustrel 1,972 toneladas, em Almodôvar 1,690 toneladas, em Vidigueira 1,812 toneladas, em Castro Verde 2,510 toneladas, em Ourique 1,671 toneladas, em Barrancos 420 quilos, em Alvito 800 quilos e em Mértola 327 quilos.

Madalena Palma realça o envolvimento de várias instituições regionais em torno desta causa e lembra: “Sem a participação de todos a recolha de alimentos efetuada não teria corrido tão satisfatoriamente”.

Tratou-se de um trabalho de coopera-ção e foram várias as ajudas cedidas, nome-adamente nas áreas de angariação, recolha, transporte, divisão, arrumação, entre ou-tras. Segundo Madalena Palma, “os volun-tários contribuíram decisivamente para o sucesso desta campanha”. BSBanco Alimentar Recolha contou com a participação de muitos voluntários (foto de arquivo)

Escoteiros de Beja distribuem abraços nas portas de Mértola Numa época “em que os números

requerem tanto da nossa atenção e com a

aproximação do Natal”, os caminheiros

e exploradores do Grupo 234 de Beja dos

Escoteiros de Portugal “irão distribuir

um pouco de humanidade e solidariedade

moral sob a forma de abraços gratuitos”.

A ação terá lugar amanhã, sábado, nas

portas de Mértola, em Beja, entre as 10

e 30 e as 12 e 30 horas. Os caminheiros

são jovens com idades entre os 16 e os

20 anos que pertencem à divisão “Clã”

e têm por símbolo a “tronca”, uma

“vara cujo topo termina em bifurcação,

significando as opções de percurso que

terão com a sua entrada na vida adulta”.

Os exploradores, com idades entre os 13 e

os 16 anos, pertencem à divisão “Tribo de

Exploradores” e têm por tema de trabalho

“a aventura e a vida em comunhão e

entreajuda no pequeno grupo”.

Alunos de Castro Verde promovem campanha solidária A turma II do Programa Integrado de

Educação e Formação (PIEF) do 3.º ciclo

da Escola Secundária de Castro Verde

promove, mais uma vez, a campanha

solidária “direito a um sorriso”. A

iniciativa, que conta com o apoio do

Lar Jacinto Faleiro, pretende “angariar

donativos e recolher brinquedos,

roupas, livros e alimentos, entre outros”

que depois serão encaminhados para

instituições de solidariedade, “de forma

a proporcionar um Natal mais feliz às

crianças, jovens e idosos que se encontram

institucionalizados”. Os donativos poderão

ser entregues na Escola Secundária de

Castro Verde até ao próximo dia 11.

A delegação de Beja da Cruz Vermelha Portuguesa, em parceria com a loja de beja

Continente, leva a cabo até ao dia 24 três campanhas de angariação de bens alimentares e

de subsistência. As campanhas visam “minimizar as carências alimentares de famílias” da

cidade de Beja; recolher artigos de agasalho, para a feitura de kit de emergência; e “atender

às possíveis necessidades dos bebés nascidos no hospital de Beja”.

Cruz Vermelha de Beja angaria

bens alimentares e de subsistência

toneladas de alimentos foi o número

recolhido pelo Banco Alimentar contra

a Fome de Beja. A campanha tem lugar

em todos os concelhos de região.40

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O Estado investiu 25 856 mi-lhões de euros na Empresa de Desenvolvimento do

Aeroporto de Beja (EDAB) até ao final de 2009, mas a empresa re-gistou um volume de negócios nulo, segundo um relatório do Tribunal de Contas (TC).

De acordo com uma auditoria à sustentabilidade de empresas de ca-pitais públicos do TC, o total acumu-lado do esforço financeiro do Estado na EDAB até ao final de 2009 “per-fez o montante de “25 856 milhões de euros, sem que a infraestrutura [ae-roporto de Beja] se encontrasse inte-gralmente concluída e operacional até” 31 de dezembro de 2010.

Empresa com salários e indemnizações em atraso

Estado investiu e EDAB não faturouNo período analisado, entre 2006 e

2009, a “EDAB não registou nenhum negócio social”. Consequentemente, lê-se no documento, “o volume de ne-gócios durante o quadriénio foi nulo, apesar de ter sido constituída como sociedade anónima sob a forma co-mercial e de acordo com o Código das Sociedades Comerciais”.

A empresa, atualmente em liqui-dação, “teve de recorrer ao financia-mento bancário para honrar os seus compromissos de tesouraria, o que se refletiu nos custos de financia-mento suportados e cujo montante, no ano de 2008, ascendeu a cerca de 48 por cento dos custos totais”.

A EDAB é uma sociedade

anónima de capitais maioritaria-mente públicos (apenas 0,05 por cento do capital pertence aos priva-dos), que foi constituída tendo como objeto a construção da infraestrutura aeroportuária civil de Beja e sua pos-terior exploração.

A EDAB deverá ser liquidada até ao próximo dia 31 de dezembro, após a assembleia geral aprovar as contas e o plano de liquidação da empresa, que foi criada em 2000 para cons-truir o aeroporto de Beja.

Salários e indemnizações em atraso

Entretanto, três dos quatro funcioná-rios da EDAB já saíram voluntaria-mente, mas ainda não receberam o

último salário e as indeminizações, e o quarto não recebe deste outubro.

A EDAB, que já cumpriu a sua missão, a de construir o aeroporto de Beja, “nunca teve receitas” e “não tem recursos financeiros” para pagar os salários e as indemnizações em atraso, explicou hoje à agência Lusa o presidente da empresa, José Queiroz.

O responsável disse que, como membro da comissão liquidatá-ria da EDAB, já apresentou ao acio-nista maioritário da empresa, o Estado, uma proposta para “resol-ver o problema”, mas “ainda aguarda uma resposta” e os funcionários es-tão sem receber os salários e as indeminizações.

Segundo José Queiroz, três dos quatro funcionários da empresa sa-íram no passado mês de outubro, através de rescisões voluntárias dos contratos de trabalho.

No entanto, a EDAB, devido à falta de recursos financeiros, ainda não pagou aos três funcionários o úl-timo salário, relativo a outubro, e as indeminizações pelas rescisões vo-luntárias dos contratos.

Atualmente, só um funcioná-rio, que irá transitar para a ANA - Aeroportos de Portugal, que gere o aeroporto de Beja, continua a tra-balhar na EDAB, mas sem rece-ber salário desde outubro, disse José Queiroz.

“Os últimos tempos da monarquia portuguesa” é o título da

conferência, a cargo de Américo Fernandes Henriques, que vai

ter lugar amanhã, sábado, pelas 15 horas, na escola D. Manuel I. O

evento, da responsabilidade da Real Associação do Baixo Alentejo,

deverá contar com as presenças do duque de Bragança, Duarte Pio,

e do presidente da Causa Real, Luís Lavradio. Américo Fernandes

Henriques, oficial do Exército na reforma, é comendador da Ordem

de Santiago da Espada, investigador e estudioso de história militar,

professor de história militar e antigo adido militar em Washington e

Otava, nos Estados Unidos da América.

Monarquia portuguesa

em debate na Escola S. Manuel I

Banda desenhada de Paulo Monteiro na Biblioteca Municipal de Sines O Amor Infinito Que Te Tenho, a primeira obra de Paulo Monteiro, diretor do Festival de Banda Desenhada de Beja e detentor de um percurso longo no domínio da banda desenhada, está em destaque na Biblioteca

Municipal de Sines em dezembro. Até ao final do mês, os origi-nais deste livro estarão patentes na Biblioteca Municipal, junta-mente com alguns objetos alusivos às histórias que a obra en-cerra. Amanhã, sábado, às 16 e 30 horas, o autor e editor estarão à conversa com o público de Sines. O Amor Infinito Que Te Tenho esteve

representado em exposição no último Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora e tem sido objeto de várias nome-ações para prémios, nomeadamente “Melhor Álbum Português”, pelo 22.º Amadora BD, e “Melhor Publicação Independente” e “Melhor Autor”, pelos Troféus Central Comics.

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O Centro de Artes de Sines apresenta, a partir de sábado e até 28 de

janeiro de 2012, a exposição “Museu Bernardo. Coleção e Mais”.

O Museu Bernardo, com sede em Caldas da Rainha, dedica-se

ao apoio, defesa e divulgação da arte contemporânea, através de

exposições, ciclos, mostras e intercâmbios internacionais.

Museu Bernardo em exposição

no Centro de Artes de Sines

A partir de hoje, sexta-feira, 2, têm início as iniciativas da Beja Cidade Natal, que decorrerá até ao dia 8 de

janeiro. O comércio tradicional de Beja vai contar com o apoio artístico dos mais novos e, neste sentido, à semelhança do que acon-teceu no ano passado, a decoração das mon-tras da cidade será assegurada pelas esco-las do concelho. Os comerciantes recebem ainda postais de natal ilustrados e cartazes de incentivo às compras de Natal no comér-cio tradicional. Entre os dias 12 e 16 há lu-gar para a leitura de contos de Natal, acom-

panhados de momentos musicais em vários espaços da cidade.

A par destas iniciativas, acontece ainda uma Feira de Natal Solidária, e a Gala de Natal do Conservatório, no Pax Julia Teatro Municipal. A iniciativa encerra com a come-moração do Dia de Reis, que conta com a or-ganização da Escola Superior de Educação de Beja. De acordo com a Câmara Municipal de Beja, “apesar das medidas de restrição orçamental obrigarem a uma redução nas iluminações de natal, o município continua a promover o espírito natalício”.

Dinamização do comércio tradicional

Beja Cidade do Natal até janeiro

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O novo Centro de Saúde de Barrancos, um investi-mento de quase 750 mil

euros “há muito reivindicado” pelo município e pela popula-ção, foi inaugurado na segunda --feira, numa cerimónia que con-tou com a presença do ministro da Saúde Paulo Macedo. “É motivo de grande contentamento ver que finalmente temos um novo cen-tro de saúde”, disse à Lusa o pre-sidente da Câmara de Barrancos, António Tereno. Trata-se de “um equipamento da maior importân-cia e muito necessário para me-

lhorar a prestação de cuidados de saúde” em Barrancos, frisou.

“Agora, é urgente que o Ministério da Saúde dote o novo centro de saúde de recursos humanos”, nomeadamente médicos, “compatíveis com as neces-sidades de prestação de cuidados de saúde da população”, disse. Barrancos “precisa de mais médicos”, alertou, refe-rindo que o novo Centro de Saúde deve ser dotado “com, pelo menos, mais um médico”, para ter dois clínicos ao ser-viço nos dias úteis e não ficar limitado ao período das 8h30 às 17h30 horas.

O ministro, na resposta, referiu que os rácios de utentes versus médicos e

enfermeiros “estão na média nacio-nal”, mas reconheceu que para “col-matar períodos de férias, doenças e outras ausências, o ideal seria a exis-tência de dois médicos”, não se tendo, no entanto, comprometido com qual-quer solução para o problema.

Segundo o autarca, o atual Centro de Saúde de Barrancos tem “apenas dois médicos”, um contratado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo e que presta serviço nos dias úteis e outro contratado pelo município para os fins de semana.

A população é ainda servida por duas médicas de Moura, que prestam

apoio em consultas de vigilância, como saúde infantil e planeamento familiar.

O autarca reivindicou também o alargamento do horário do Centro de Saúde de Barrancos, que atualmente funciona nos dias úteis das 8 e 30 às 12 e 30 horas e das 14 às 17 e 30 horas e fe-cha aos fins de semana, quando as con-sultas são prestadas noutras instalações pelo médico contratado pelo município

Segundo António Tereno, o novo centro de saúde resultou de uma co-laboração entre o Ministério da Saúde, através da ARS do Alentejo, e a Câmara de Barrancos.

De acordo com a ARS do Alentejo,

o novo equipamento, que irá ser-vir 1674 utentes, foi construído a par-tir da adaptação e da remodelação do edifício de uma antiga escola bá-sica de Barrancos, que foi cedido pelo município.

A nova infraestrutura, cofinan-ciada em 70 por cento por fundos co-munitários, dispõe de cinco gabinetes, três de consulta, um de enfermagem e outro de Saúde Pública e Ambiental, uma sala de tratamentos e áreas de apoio e vai funcionar com valências de Medicina Geral e Familiar, Saúde Materna, Planeamento Familiar e Enfermagem.

Investimento de 705 mil euros

Barrancos inaugurou centro de saúde

“Pouco ou nada foi feito” pelas estradas pro-metidas As duas estradas nacionais que ligam Barrancos ao resto do País estão “degradadas”, e “pouco ou nada foi feito” das obras prometidas, protestou António Tereno, pre-sidente da Câmara de Barrancos, em declarações à Lusa. “Há

muito que exigimos que as duas estradas sejam reparadas e qualificadas de uma vez por todas”, disse o autarca para quem as EN 386 e 258 estão num “estado de degradação pre-ocupante e favorável à ocorrência de acidentes”, facto que o ministro da Saúde, deve ter tido oportunidade de confirmar.

Acresce que na EN 258 são “visíveis falhas” na estrutura da ponte sobre a ribeira do Murtigão, o que, segundo o autarca “pode levar a uma tragédia”. António Tereno exige que a Estradas de Portugal e o Governo se debrucem sobre a ques-tão e que resolvam o problema “de uma vez por todas”.

As promotoras de Centros Novas Oportunidades (CNO) – Esdime, Rota do Guadiana e Associação

In Loco – tornam públicas as suas preocupações, na terça-feira, 6, na Biblioteca Municipal

de Beja, pelas 17 horas. As associações estão preocupadas com o cenário de conclusão do

financiamento que suporta a intervenção dos CNO e queixam-se de indefinição e de insuficiência

de esclarecimentos ou informações oficiais por parte da tutela e do organismo financiador.

Posição sobre o futuro

dos Centros Novas Oportunidades

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Perfil

Ter-se visto desempregado, depois de 25 anos na indústria petroquímica, em Sines, deu-lhe o impulso para transfor-

mar o que era apenas um passatempo, ligado ao seu maior hobby, a caça, no que é hoje a sua atividade profissional. “Houve amigos que me aconselharam: ‘faz o que realmente sabes fa-zer; não faças o que não sabes’. E eu optei por isto, muito a medo. E ainda hoje tenho medo”, confessa.

José Lança, 55 anos, é um cuteleiro artesa-nal bejense que, desde o seu regresso à terra natal, há três anos, se vem dedicando por completo à arte de transformar vulgares lâ-minas de aço em peças únicas, personaliza-das, fazendo uso dos materiais mais nobres. Durante duas décadas e fazendo uso de um ta-lento natural para as artes plásticas que corre no sangue da família, foi absorvendo informa-ções sobre as técnicas de água-forte e aperfei-çoando o seu trabalho “por tentativa e erro”. “Fazia facas para mim, com motivos de caça, caça grossa, e as pessoas começaram a gostar das minhas peças”, lembra.

As chamadas facas de remate ou “facas de acabar” circulam no meio venatório, en-tre os monteiros, ou seja, os que se dedicam à caça grossa. Ditam as regras da montaria que, quando um javali atingido é “agarrado” pela matilha de cães, cabe ao caçador que es-tiver mais próximo dar-lhe fim, fazendo uso de uma faca robusta, a condizer com a pujança do animal. Essas são as armas que José Lança decora e personaliza, mas muitas delas não

Há três anos, José Lança decidiu regressar e estabelecer-se em Beja, com

um ofício algo raro: a produção e personalização de facas e navalhas usa-

das na caça grossa. Peças que têm, a um tempo, a robustez necessária

para pôr termo à vida de um javali em agonia e a beleza artística que se

exige a uma peça de coleção.

Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

José Lança, cuteleiro artesanal bejense

Facas de remate que podem ser joias de coleção

Preocupo-me em usar materiais nobres e não posso baixar esses padrões

de qualidade”, sublinha José Lança, adiantando, sem esmiuçar valores, que

“são peças caras” e que os seus compradores – “90 por cento caçadores”

– são justamente pessoas “com alguma capacidade económica”.❝

deverão passar dos salões dos caçadores/co-lecionadores. “Isto é um ato de coragem, nem toda a gente consegue, e acredito que poucos vão lá fazer esse trabalho”. Pelo sim, pelo não, enquanto se esmera na componente estética, José Lança não descura a robustez do objeto. “Não é só para ter na parede. Faço-as para que quem quiser, de facto, usá-las, não se arrisque a ficar com o cabo na mão”, brinca.

Na sua oficina no centro histórico de Beja não há muitos exemplares a atestar a quali-dade do seu mester. É o resultado de trabalhar, quase exclusivamente, por encomenda. Resta uma faca, ainda sem proprietário mas já cobi-çada, rematada no cabo por um javali em alto--relevo, animal que se repete na lâmina, como se lhe fosse devida homenagem pelo sacrifício. É um trabalho moroso, de “muitas horas” de-bruçado sobre a lente de ourives, a apurar mi-núcias. Outra, ainda inacabada, reproduz o clássico da cena do javali bloqueado entre dois cães.

No trabalho das lâminas, José Lança usa as técnicas da gravura a água-forte que se

ensinam aos alunos de Belas Artes. “Só que, na gravura, a matriz é a chapa, que depois dá para imprimir em papel; no meu caso, o produto fi-nal é a própria matriz, ou seja, o desenho é feito diretamente na lâmina e depois gravado”, descreve. Os motivos são retirados normal-mente das cenas de caça, da própria fauna ibé-rica e dos seus elementos em vias de extinção, mas podem, se o cliente assim o desejar, ser o simples registo de uma devoção fervorosa por este ou aquele clube de futebol. “Outras vezes os motivos transcendem a caça: um sportin-guista que pede um leão ou um benfiquista que pede uma águia”, lembra. Além da lâmina, José Lança encarrega-se também do cabo e do guarda-mão, no qual usa a técnica do bu-ril manual ou fresa. Nos cabos, faz questão de usar “madeiras boas”, como o ébano, o pau-santo e a “exótica e lindíssima snake wood”, ou ainda materiais mais inusitados como o dente de hipopótamo, vindo de Moçambique, ou as hastes de veado, que se obtêm dos desmogues anuais deste que é considerado o rei da caça grossa. Nas personalizações, José Lança pode

também aplicar ouro, prata, bronze ou alpaca (a chamada “prata alemã”), fornecendo inclu-sivamente as bolsas em couro, cosidas à mão, gravadas e cunhadas, onde se guardam es-tas joias de cutelaria. “Preocupo-me em usar materiais nobres e não posso baixar esses pa-drões de qualidade”, sublinha, adiantando, sem esmiuçar valores, que “são peças caras” e que os seus compradores – “90 por cento ca-çadores” – são justamente pessoas “com al-guma capacidade económica”. Por enquanto, apenas do território português, “do Norte ao Algarve”, o que lhe limita a amplitude da pro-cura e lhe tira margem de manobra nos pre-ços praticados. “Tem sido difícil em termos de procura. Se eu conseguisse outro tipo de mercados fora do País, provavelmente não te-ria mãos a medir. Por outro lado, aqui as pes-soas pensam que estes trabalhos são caros e eu tenho que me adaptar ao nosso mercado, ao nosso cliente. Sei, no entanto que, lá fora, há trabalhos destes que custam o dobro ou o tri-plo do que eu cobro”.

Entretanto, já houve duas peças suas que voaram para fora de portas. Uma para o Uruguai, levando na lâmina um tatu, numa alusão à fauna endógena; outra para para-gens geograficamente mais próximas ainda que bastante mais distantes no que à tempe-ratura do sangue diz respeito. “Fiz uma faca para um indivíduo suíço, que ficou muito ad-mirado por nós andarmos à luta com os javalis com facas na mão, porque na Suíça a caça não é assim”, remata.

A adesão da Biblioteca Municipal de Sines à Rede de Bibliotecas

Associadas da Unesco (UNAL – United Nations Associated Libraries)

foi efetivada no final da semana passada com a entrega do respetivo

certificado. Esta integração “numa rede que conta com apenas nove

bibliotecas associadas a nível nacional e 500 a nível mundial reconhece o

trabalho da Biblioteca Municipal de Sines nos domínios de intervenção

da Unesco, como a promoção dos direitos humanos e da paz, do diálogo

intercultural, da proteção do ambiente ou da luta contra a iliteracia”,

refere a câmara municipal local, adiantando que “abre portas a futuras

parcerias entre a Unesco e as restantes bibliotecas associadas”.

Biblioteca de Sines

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Opinião

Que bonito foi vê-los na praça da República, todos juntos, por uma boa causa: a causa do bem estar das populações do Baixo

Alentejo. É disto, desta união entre os AUTARCAS do PS e do PCP, que a região precisa para se desenvolver, com uma voz em comum, indiferentemente da cor do governo que esteja no mando na Nação. PB

“Estamos a chegar a uma altura em que para resgatar a Europa, ou para resgatar a nossa posição na Europa, se calhar temos de escolher entre a Europa e o euro. Quanto mais arrastarmos esta indefinição, mais o euro ameaçará a Europa”. Pedro Lomba, “Público”, 29 de novembro de 2011

A Zona de Conforto no Benfica x Sporting Bruno Ferreira Humorista

O meu Sporting perdeu por uma bola a zero no estádio da Luz. Digo isto com um evidente desconforto. Com esta vitó-ria o Benfica atinge uma dis-tância mais confortável face ao Sporting, e a posição do meu clube torna-se mais desconfor-tável na tabela classificativa. No entanto há uma coisa que me

conforta: o Sporting jogou de forma superior, mandou no jogo a espaços, teve um confortável tempo de posse de bola, conseguiu mais remates, provocando maior desconforto da defesa benfi-quista, e provou que tem excelentes opções sentadas no confor-tável banco de suplentes. E acima de tudo tem um treinador que, para além de envergar, jogo após jogo, uma confortável camisa branca, sabe o que está a fazer. Feita a minha análise ao jogo, e frisando o ótimo trabalho da minha equipa, sinto-me neste mo-mento bem mais confortável.

Mas já agora que falo em conforto reparo que o verdadeiro caso deste jogo não foi o penalty não assinalado ao Benfica, na sequência da falta de Jardel sobre Onyewu, nem a expul-são do Cardozo. O grande caso deste jogo foi a chamada Zona de Conforto, que provocou tanta falta dele entre as direções dos dois clubes, e que o Benfica resolveu estrear no dérbi dos dérbis. E o que é a Zona de Conforto? Nada mais do que uma rede gi-gante que isola um determinado setor das bancadas, onde as-siste a claque da equipa visitante, e que protege destes jogadores e assistência.

Eu sou dos que acha que a Zona de Conforto é uma palha-çada. Não, não é por ser adepto do Sporting, ou por ter dige-rido mal a derrota. É preciso ver que esta Zona de Conforto pre-vine que sejam arremessados objetos para o relvado por claques como a Juve Leo, que estão nos antípodas de um grupo de me-ninos de coro. Mas há sempre o reverso da medalha. Se as cla-ques ficam privadas de atirar os seus isqueiros para dentro das quatro linhas, acabam por ter de lhes dar uso dentro da Zona de Conforto. Foi o que fizeram, alegadamente, dois elementos dos Ultras de Figueiró dos Vinhos que tinham trazido uns frangos para churrasco. Mas apesar disto, a principal incongruência da Zona de Conforto reside no nome Zona de Conforto.

Vamos por partes: querem convencer-me de que é confortá-vel assistir a um jogo rodeado de rede por todos os lados e ter de chegar estrábico a casa? É que ver o jogo através dos buraquinhos da rede é mais ou menos como assistir à contenda em casa numa televisão com fantasma. E o espetador que é pescador e que paga cinco contos para assistir a um jogo num puro momento de frui-ção que lhe permita esquecer os problemas que atravessa o se-tor? E que tem de passar noventa minutos com uma rede à frente a lembrá-lo constantemente de que a última noite de faina só lhe rendeu um alguidar e meio de bogas?

Por todos estes motivos, parece-me evidente que este mo-delo de segurança é, na realidade, uma Zona de Desconforto. Reparem que se fosse assim tão confortável, o certo seria o resto das bancadas a serem presenteadas com a rede, e não os malan-dros dos visitantes. Não estou a ver o Luís Filipe Vieira a dizer “o Sporting vem cá jogar, por isso no quadro da nossa relação diplomática quero uma zona de conforto para os nossos ilus-tres visitantes. Os nossos deixem-nos desconfortáveis”. Portanto não faz sentido ter apenas 5 000 adeptos visitantes, ainda para mais assaz maraus, a serem os privilegiados com uma Zona de Conforto só para eles. E deixar os restantes 55 000 adeptos da

casa abandonados numa fria Zona de Desconforto. Desta forma insto o SLB a tomar, desde já, medidas para

proporcionar uma Zona de Conforto aos seus adeptos. Que no próximo jogo a rede cubra todas as bancadas exceto a dos espe-tadores visitantes. Aposto que até o Luís Filipe Vieira ia querer assistir ao jogo na bancada, confortavelmente, debaixo da rede.

Bandeiras negras no MuseuRegional de Beja?José António Falcão Historiador da Arte e museólogo

O Museu Regional de Beja é, pelo monumento que o alberga, pe-las suas vastas e diversificadas coleções e pelo trabalho desen-volvido por diretores prestigia-dos, como Abel Viana e António Bélard da Fonseca, uma refe-rência da vida cultural do Baixo Alentejo. De facto, encerra boa parte da memória da região, cuja

identidade ajudou a construir. Além disso, cabe-lhe uma função turística e educativa de peso. Qualquer visitante de Beja acaba por ser atraído por ele, como um íman, fenómeno só igualado, na capacidade de cativar, pela torre de menagem do castelo e pela “loggia” da igreja da Misericórdia. Esta tríade ocupa um lu-gar muito próprio no coração dos bejenses, mais atentos às coi-sas que lhes são queridas do que às vezes se julga.

Circunstâncias de ordem política, em que pesou certa mio-pia local, levaram a que o Museu Regional permanecesse na tu-tela de um órgão anacrónico, a Assembleia Distrital, herdeira da Junta Distrital da época do Estado Novo, quando pratica-mente todos os outros museus de similar (ou mesmo inferior) envergadura transitaram para a tutela da Secretaria de Estado da Cultura. Esta hesitação viria a revelar-se perniciosa, já que o museu bejense, outrora um dos mais destacados e ativos do seu género, ficou perdido no tempo, entregue a si mesmo e, pior ainda, amarrado aos débeis orçamentos de uma entidade quase defunta. Com ela partilhou a agrura de ter de viver das transfe-rências, quantas vezes feitas a contragosto, dos 14 municípios do distrito.

Solução ingrata, que fez do Museu Regional um “filho en-jeitado” – e o privou da agilidade e dos meios necessários a uma modernização há muito necessária. É verdade que alguns res-ponsáveis pela Assembleia Distrital procuraram alternativas. Entre outras ideias válidas que foram atravessando a história do museu, podemos lembrar duas, coincidentes com esforços de relançamento. Luís Pita Ameixa interessou-se pela projeção de uma nova imagem da instituição, fundamentada num ma-rketing apto a captar novos públicos. Francisco Santos acolheu a arrojada ideia da ampliação do velho complexo monástico, sob traça do arquiteto Siza Vieira. Se um e outro projeto soçobra-ram, não foi por falta de entusiasmo de quem os defendeu.

O tempo, porém, seguiu a sua roda inexorável. Enclausurado num convento belo, mas excessivamente pequeno e com feridas graves, o Museu Regional estiolou, envelheceu e deixou de inte-ressar verdadeiramente municípios que, aproveitando os fun-dos comunitários (algo que o órgão distrital não conseguiu re-alizar), se apetrecharam com unidades museológicas de última geração. A eclosão da crise das finanças públicas veio tornar agora óbvio aquilo que há muito se adivinhava. Face aos atra-sos no pagamento dos quinhões de alguns municípios, a braços

com dificuldades de tesouraria, a Assembleia deixou de poder satisfazer os seus compromissos e, situação inédita na adminis-tração pública, viu-se forçada a atrasar, uma e outra vez, o paga-mento dos salários aos funcionários.

António Sebastião, hoje à frente do que resta do barco distri-tal, tem encarado o problema com espírito de missão, apelando ao bom senso dos seus pares, mas há o risco do incumprimento se tornar algo recorrente. O Museu Regional vive um momento difícil e precisa de ser ajudado a sair do impasse a que uma longa e adversa conjuntura o levou. Antes de mais, é necessária uma palavra de solidariedade para com o seu pessoal, sujeito a in-certezas que não devem deixar-nos indiferentes. Depois, há que pensar o que se pode fazer para garantir a continuidade da ins-tituição em moldes dignos. Basta pensar na renovação a que foi sujeito o vizinho Museu de Évora, prenhe de iniciativas (e de vi-sitantes), para se entender o que está em jogo.

No horizonte perfilam-se três caminhos para o nosso Museu Regional. Um, já testado no passado, é deixar tudo como está, o que nada resolve e, evidentemente, só tenderá a piorar as agru-ras existentes. Outro, consumar a transferência para o muni-cípio de Beja, que atravessa, à semelhança de outros, uma fase difícil, tendo feito saber que não se encontra capacitado para as-sumir, de um golpe, o pessoal da Assembleia. Outro ainda, a as-sumpção da tutela do museu por parte da administração central, coisa naturalmente mais do que improvável, agora que campeia o movimento inverso e a Secretaria de Estado da Cultura, como o Ministério que a antecedeu, está a alijar carga.

Como vemos, o transe não se afigura fácil. Só com inteli-gência se poderá sair dele sem que o museu caia na paralisia, o edifício e o acervo vejam o seu já periclitante estado de conser-vação agravado, os funcionários encarem receosos um novo ano e os visitantes – de que a cidade tanto precisa – partam de-siludidos. Perante a situação a que as coisas chegaram, é justo que a sociedade civil seja ouvida e, mais ainda, chamada a co-laborar no desenho do futuro da instituição. Beja e a sua re-gião têm o direito e o dever de dizer o que querem, ou não, para o seu museu. Ou poderão acordar um dia e ver o convento da Conceição de portas fechadas e os seus ângulos coroados de bandeiras negras.

Não podemos deixar que as coisas cheguem a tal extremo. Há que atuar pela positiva enquanto se dispõe de margem para isso. Eu, que tenho colegas e amigos entre os colaboradores do Museu Regional e me penitencio por vê-los, a eles e aos demais funcionários, numa situação desgastante, julgo ser necessário repensar-se o atual modelo. Sei que outras vozes não deixarão de acudir ao meu apelo. Além das três vias mencionadas, ne-nhuma delas realmente satisfatória de momento, importa con-siderar uma quarta, que parece reunir melhores condições para se tornar exequível: a constituição de uma associação ou mesmo de uma fundação, destinada a salvaguardar a importante mis-são do museu, sem mais sobressaltos, tendo como membros primordiais o município de Beja e o Estado (proprietário do imóvel), mas aberta aos restantes municípios do distrito e às en-tidades que se lhes queiram juntar.

Entretanto, como a escolha desta ou de outra solução repre-senta um processo de alguma complexidade, devido à natureza jurídica da Assembleia Distrital, urge dar, ao menos, um passo colateral: a entrada em atividade da Liga ou Grupo dos Amigos do Museu Regional de Beja. Os alentejanos, que foram sem-pre generosos com as causas nobres, e eis-nos perante uma de-las, não deixarão certamente, se para tal os convocarem, de aju-dar a salvar o que resta do cenóbio de soror Mariana Alcoforado – a casa que guarda, mais do que qualquer outra, a identidade da grei pacense, um tesouro digno da maior estima e que temos a obrigação indeclinável de transmitir aos vindouros, íntegro e valorizado.

Sem um museu ativo, interveniente, aberto à contempora-neidade, a voz de Beja dificilmente se fará ouvir. O amanhã bate-nos à porta. Saberemos acudir à sua chamada?

“Os 25 têm de fazer saber, se calhar por canais diplomáticos e depois em público, que a senhora Merkl e o senhor Sarkozy não têm mandato de ninguém, e muito menos do povo europeu, dos cidadãos europeus, para tomar decisões que nos obrigam a todos nós”. Freitas do Amaral, “Diário de Notícias”, 29 de novembro de 2011

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E foi precisamente ontem, ainda dia feriado nacional, que se assinalou o DIA MUNDIAL DO COMBATE À SIDA. E os números

que as instituições internacionais apresentam face ao avanço da doença são assustadores. Mesmo no mundo ocidental parece que houve um baixar da guarda, tipo: a coisa está controlada. Não, não está! PB

Ontem foi feriado, talvez o último 1.º DE DEZEMBRO na história próxima de Portugal. O Governo anda a palrar com

a Igreja para mandar abaixo mais dois ou três feriados religiosos. E anda a tirar da sua própria consciência ideias para abolir feriados civis. A memória por vezes fere. PB

EfemérideHá 50 anosDe Beja para Tomás e Franco em Madrid

No habitual “Varandim da Cidade” da coluna “Beja Dia-a-Dia” do “Diário do Alentejo”, o jorna-

lista Melo Garrido contava em finais de novembro de 1961 um “acontecimento banal ” mas de “ interesse bairrista”. Tratava-se de um episódio envolvendo porquinhos de Beja, o almirante Américo Tomás, presidente da República portu-guês, e o general Franco, caudilho espa-nhol, f iguras de proa dos dois regimes fascistas ibéricos.

Ora ouçam:“Os doces de ovos feitos em Beja têm

velha e grande fama, nacional e interna-cional, que serve bem a propaganda tu-rística da cidade. E melhor serviria se fosse ‘robustecida’ por uma publicidade mais ampla e melhor dirigida. Mas isso é outro caso. O facto a que hoje nos que-remos referir revela bem o alto apreço em que é tida essa especialidade da do-çaria bejense, que nasceu nos conventos e teve depois dedicados e competentes continuadores.

Trata-se do seguinte: na véspera do dia em que o Sr. Presidente da República [Américo Tomás, por esses dias em vi-sita a Espanha] ofereceu, em Madrid, um banquete ao generalíssimo Franco, foi recebido na pastelaria ‘Luiz da Rocha’ (passe o reclame) um telefonema urgente do Ministério dos Negócios Estrangeiros fazendo a encomenda de uma certa quan-tidade de doce de ovos, destinada á sobre-mesa desse solene ágape. Dada resposta afirmativa, tudo se preparou para que os doces seguissem para Madrid, por avião, na própria manhã do dia do banquete.

Não sabemos, claro, mais nada. Mas não nos custa acreditar que os convivas hajam prestado as devidas honras a esse produto da doçaria pax-juliana.

Um acontecimento banal, evidente-mente. Mas que nem por isso deixa de ter o seu interesse bairrista – usemos esta cómoda expressão.”

Meio século passado, já desapare-ceram, felizmente, dois dos protagonis-tas deste episódio, os fascistas Franco e Tomás (mais Salazar e Caetano), ainda que por aí persistam muitos dos seus herdeiros políticos, mesmo se disfarça-dos com novas roupagens e discursos. Ao contrário, o “Luiz da Rocha”, esse, sobre-viveu à passagem do tempo e, autêntica instituição regional, continua, especial-mente em quadras festivas como a que se avizinha, a produzir os porquinhos de Beja, doces de ovos de “velha e grande fama nacional e internacional”...

Carlos Lopes Pereira

“A dura realidade resume-se em três palavras: não há di-nheiro”. João Cândido Silva, “Jornal de Notícias”, 29 de no-vembro de 2011

Efeméride5 de dezembro de 1917

Revolução de Sidónio Pais

A 5 de dezembro de 1917 o povo de Lisboa está com Sidónio Pais e as forças conservadoras que o apoiam.

Afonso Costa, líder do Partido Democrático, e Bernardino Machado, Presidente da República, são presos. A 9 de dezembro, a Junta Revolucionária, formada por Sidónio Pais, Machado Santos e Feliciano Costa, faz a primeira proclamação ao País onde se pro-põe a criação de uma República Nova e se re-fere que Portugal continuará dentro do espí-rito do 5 de Outubro, atraiçoado, segundo a Junta Revolucionária, pela ação dos diferen-tes governos republicanos.

No Baixo Alentejo a revolução sidonista é apoiada entusiasticamente pela elite repu-blicana local, pertencente, em grande parte, ao Partido Unionista, liderado a nível na-cional por Brito Camacho e no distrito de Beja por António Aresta Branco e Francisco Manuel Pereira Coelho.

Não é, pois, de estranhar que, no seu pé-riplo pelo País, Sidónio Pais visite Beja a 17 e 18 de fevereiro de 1918. Aqui, acompanhado pelo seu secretário de Estado da Marinha (à maneira americana Sidónio não tinha minis-tros mas sim secretários de Estado), António Aresta Branco, e pelos grandes proprietá-rios agrícolas do distrito, como José Duarte Laranja Gomes Palma, na carruagem de quem se desloca da estação ferroviária até à Câmara Municipal, e Eduardo Fernandes de Oliveira, grande lavrador de Serpa, um dos financiadores da revolução sidonista e futuro secretário de Estado da Agricultura, Sidónio Pais discursa ao povo da cidade e do Baixo Alentejo, mobilizado para a capital do distrito pelo Partido Unionista, nesta data um dos apoios do novo regime.

É ainda em Beja que Sidónio Pais co-meça a definir melhor os contornos do seu projeto presidencial ao referir que o regime parlamentar está esgotado em Portugal. Menorização esta do Parlamento que con-duz ao afastamento do Partido Unionista de Sidónio Pais, o que implica a demissão de Aresta Branco de secretário de Estado e, em Beja, a saída de Pereira Coelho do cargo de Governador Civil.

Com a saída dos unionistas da cena política do Baixo Alentejo dá-se a afirmação das forças mais conservadoras e o consequente afasta-mento dos partidos da República Velha dos ór-gãos de decisão local. A nomeação do coronel João de Sousa Tavares, candidato monárquico em agosto de 1910, para governador civil, a es-colha do padre monárquico Jordão de Almeida para administrador do concelho de Moura e a proibição decretada pelo presidente da comis-são administrativa da Câmara de Alvito, Rafael Sobrinho, da bandeira republicana ser haste-ada no dia 5 de Outubro de 1918, são alguns exemplos do protagonismo que as forças con-servadoras passam a ter em Beja e no distrito durante o consulado de Sidónio Pais.(1)

Cf. Constantino Piçarra, Beja Republicana,

1910 / 1926, 100 Luz, Castro Verde, 2010.

Constantino Piçarra

Cartas ao diretorA vergonha dos nossos tribunais (Beja)Caetano Gomes Valente Coxilha, Beja

Enquanto emigrante na Suíça comprei casa no bairro da Esperança, em Beja. A cerca de 60 metros de mim habita um individuo com alguns an-tecedentes criminais, um ex-recluso que saiu em liberdade por bom com-portamento, indivíduo esse que me tem feito a vida negra. (…)

Este indivíduo chegou ao cúmulo de fazer-se acompanhar por ou-tro igual a ele, também com vários antecedentes criminais e ex-recluso (…). Enquanto este segundo me agarrava por trás, prendendo-me os bra-ços, o primeiro muniu-se de um bastão de basebol. Com a primeira bas-tonada abriu-me um golpe na cabeça. A segunda atingiu-me no cora-ção e com tal violência que o taco saltou-lhe da mão (…). Depois já sem o taco começaram os murros e pontapés. Eu agarrava-me a eles para evi-tar levar muitas. No cruzamento de pernas entre os três fomos ao chão. Abandonaram-me a sangrar e todo ferido (…) Fui rapidamente ao hos-pital, tendo sido suturado, desinfetado e submetido a raio-x. No dia se-guinte falei com alguns polícias que me disseram não poderem fazer nada. Disseram-me para meter o caso em tribunal. (…) Fui informado que o agressor também fez queixa de mim (…). Eu sabendo que não o ti-nha agredido – apenas caímos os três, o mais que poderia ter feito era al-gum arranhão nas pernas –, tentei informar-me (…) explicaram-me que quando um indivíduo agride outro, e se souber que o agredido vai ao hos-pital, faz uns arranhões a si próprio e dá umas palmadas no peito e no pescoço e apresenta também queixa para que no processo conste agres-sões mútuas, ou seja, o agredido é também constituído arguido.

Mas a negligência é tal que se o juiz olhasse para as provas, que são tão evidentes, veria que eu tenho 49 anos e que eles eram dois com metade da minha idade e com um bastão, por isso o meu sucesso era nulo (…) Além disso a agressão foi às 9 e tal e ele só foi ao hospital quase às 2 da ma-drugada (…). O julgamento foi no dia 14 de novembro. Uma semana de-pois foi a sentença. Como é que um doutor juiz, que deveria ser uma pes-soa neutra e habituada a este tipo de gente, numa semana não consegue ver provas tão evidentes, além de que este indivíduo mentiu sobre onde vive e como vive. (…) Foi-me nomeada uma advogada que a única coisa que disse quando o juiz lhe perguntou se tinha algo a acrescentar foi que não. (…) Temos aqui a corrupção dos hospitais, a negligência dos juízes e a falta de profissionalismo dos advogados.

As portas de Mértola já não são o que eram-Manuel Dias Horta, Beja

Os hábitos desaparecem consumidos pelo tempo. Os costumes somem-se pela voragem do que é novo. As tradições gastam-se pela insistência nas modernidades.

As portas de Mértola e a “meia laranja”, outrora ponto de encontro de residentes, mais os que vinham à cidade, local de negócios, passe-relle de novas toilettes da dama ou camisa de marca do cavalheiro, ad-quirida na loja da esquina. Itinerário de beldades que levavam com um piropo sem saberem donde vinha, mas que era correspondido com um sorriso (hoje, talvez, com um palavrão).

Neste espaço poligonal onde as pessoas se juntavam em pequenos círculos, como se fossem iniciar uma moda alentejana, urdiam-se in-trigas, fabricavam-se boatos e a maledicência tinha lugar reservado. Uma espécie de agência noticiosa onde a informação era filtrada.

Ora furtando-se ao braseiro do verão e procurando as sombras compactas das paredes, ou evitando o frio que encana, vindo do Jardim do Bacalhau, os habituais frequentadores ainda ocupam os lugares que o astro lhes reserva.

O frenesim, o buliço, a cor e a alegria próprios destes lugares parecem, aqui, terem sido substituídos pela placidez dos dias que correm vertigi-nosa ou vagarosamente, conforme o estado de alma do seu portador.

E o velhinho Luiz da Rocha e as suas escassas tertúlias assistem, hoje, pacientemente à agonia daquele espaço que já foi o coração da ci-dade e, dizem, vai ser reativado com o reforço de um pacemaker.

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Fotorreportagem

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Fotos José Ferrolho

Homero teve a brilhante ideia de colocar o seu herói Ulisses, incansável, a lutar boxe, ao longo

da sua Odisseia. E daí para cá foi um ver se te avias. Quer dizer, andar à pera já o Homem

anda desde que descobriu o sopapo como uma forma de tirar vantagens imediatas sobre o

vizinho do lado. Mas, como desporto, a prática remonta, de facto, à antiga Grécia. ❝

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Primeira galade boxe do Serpa

Fighting Clube

Homero teve a brilhante ideia de colocar o seu herói Ulisses, incansável, a lutar boxe, ao longo da sua Odisseia. E daí para cá foi um ver se te avias. Quer dizer, andar à pera já

o Homem anda desde que descobriu o sopapo como uma forma de tirar vantagens imediatas sobre o vizinho do lado. Mas, como des-porto, a prática remonta, de facto, à antiga Grécia. E organizado num ringue, tal como o conhecemos hoje, não deve ter começado antes do início do século XIX. Ao Alentejo é que demorou a chegar. Aliás, acaba de ser instalado num barracão do monte da Joeirinha, na es-trada da Bemposta, perto de Serpa, o primeiro ginásio inteiramente dedicado ao treino do boxe.

E é já amanhã, por volta das 10 da manhã, que alguns dos melho-res especialistas portugueses da modalidade ali vão ver como é que os nossos pretendentes a boxers se vão safando. Será a primeira gala oficial do recém-criado Serpa Figthing Team e onde estarão presen-tes personalidades tão marcantes para o pugilismo nacional como o treinador Paulo Seco, o atleta Pedro Matos, que se anda a preparar para os Jogos Olímpicos, ou a temível Ariana, que é apenas a campeã do mundo de kickboxing.

Para o fundador do clube “trata-se de uma grande honra rece-ber estas pessoas aqui na nossa casa”. Carlos Gaspar acha que “a gala, apesar das condições não serem as melhores, pode ser um grande impulso para avançar com a modalidade e para conseguirmos ar-ranjar um local mais condigno para a praticar”. Gaspar aprendeu a arte enquanto estava no Regimento de Paraquedistas. É a sua mais --valia no que toca às questões de defesa pessoal. Tanto mais que, sa-ído há coisa de um ano da Legião Estrangeira, por onde andou cinco, dedica-se à segurança privada de instituições e de gente famosa, como é o caso da pianista Maria João Pires.

Não é com a mesma facilidade que se escuta uma área de Chopin, que se chega ao barracão onde treinam os cerca de 15 atletas do Serpa Fighting Team. Os treinos são duas vezes por semana, quando há disponibilidade do treinador, sempre depois das seis da tarde. E, para lá chegar, é necessário zigzaguear por uma estrada que vem desde os antigos apeadeiros ferroviários do Guadiana até à Joeirinha. Noite feita, descobre-se o local não por qualquer indicação, mas pelo sonoro entusiasmo com que os atletas firmam socos nos sacos de pancada.

Carlos Gaspar está desconfiado que, apesar do aperto do espaço, dali vão sair campeões. O Armando tem um bom ataque. Mas hoje não apareceu. Está na apanha da azeitona. Mas o Alexandre Bule, não lhe fica atrás. Tem 17 anos, estuda na Secundária de Serpa, e diz que está ali apenas para praticar desporto: “Nunca andei à bulha”. E, por certo, este verdadeiro fã de Rocky Balboa não deverá ser muito solicitado para o efeito. A bem dos potenciais adversários.

E lá estão, nas paredes do improvisado ginásio, as bandeiras dos Estados Unidos da América e de Portugal. A primeira a lembrar as verdadeiras legendas do boxe mundial. A segunda a querer indicar que esta é a primeira agremiação dedicada ao pugilismo em todo o Alentejo, embora a Federação Portuguesa de Boxe exista desde 1914 e que a notícia do primeiro combate em solo nacional date de alguns anos antes da instauração da República.

Talvez do tempo do rei D. Carlos, que era assim para o anafa-dinho, tal como o é o mais jovem dos boxers de Serpa, Francisco Carrasco. Tem apenas oito anos, frequenta o terceiro ano, e gosta mesmo é de “dar murros no saco”. Para aliviar o stress? “Não: vim para cá só mesmo para emagrecer”.

Com efeito, a maior parte destes praticantes optou pelo boxe não tanto por razões de defesa pessoal ou com a ambição de um dia che-gar aos ringues, mas antes para manter a linha. É o caso de Francisco Mira. Um desenhador de 50 anos que ajudou a criar as secções de andebol, de voleibol e de patinagem artística, em Serpa, e que agora também anda às peras com uma bola daquelas de esmurrar muito repetidamente. “Estamos a dar os primeiros passos, os estatutos da associação estão ultimados, a Câmara de Serpa parece que nos vai apoiar, e cá estou em mais uma aventura desportiva”. Que amanhã mesmo será validada por alguns dos mais sonantes nomes do boxe português.

Paulo Barriga

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Desporto

Campeonato Nacional de Juniores (12.ª jornada): Internacional-Farense, 5-1; Lusitano-Despertar, 4-1; U.Montemor-Imortal, 0-2; Atlético-Oeiras, 3-2; Estoril --Olhanense, 2-1; BM Almada-Desp.Portugal, 4-2. Líder. Internacional de Almancil, 28 pon-tos. 10.º Despertar, 11. Próxima jornada (4/12): Despertar-Internacional de Almancil.

Campeonato Nacional de Juvenis (14.ª jornada): Odemirense-U.Montemor, 1-1; Olhanense-Casa Pia, 1-2; O Elvas-Estoril, 1-2; Barreirense-Amora, 5-2; V.Setúbal-Oeiras, 2-0; Imortal-Cova da Piedade, 2-1. Líder: Casa Pia, 34 pontos. 6.º Odemirense, 19. Próxima jornada (4/12): Olhanense-Odemirense.

Campeonato Nacional de Iniciados (14.ª jornada): Olhanense-Despertar, 1-2; Lagos - -Louletano, 1-5; Barreirense-Lusitano, 2-1; V.Setúbal-Odeáxere, 1-0; Imortal-Castrense, 3-0; Juventude-Lusitano VRSA, 0-0. Líder: Vitória de Setúbal, 32 pontos. 9.º Despertar, 15. 11.º Castrense, 10. Próxima jornada (4/12): Despertar-Lagos; Castrense-Juventude.

Campeonato Distrital de Juniores (4.ª jor-nada): Amarelejense-Desportivo Beja, 2-4; Aljustrelense-São Domingos, 2-2. Vasco da Gama-Moura, 1-1; Odemirense-Piense, 3-1; Almodôvar-Castrense, 2-3. Líder: Desportivo de Beja, 12 pontos. Próxima Jornada (3/12): Piense-Amarelejense; Desportivo Beja --Aljustrelense; São Domingos-Vasco da Gama; Castrense-Odemirense; Moura-Almodôvar.

Taça Armando Nascimento – Juvenis (4.ª jornada): Desportivo Beja-Moura, 0-2; Aljustrelense-Despertar, 1-5; Boavista --Sporting Cuba, 0-0; Castrense-Aldenovense, 5-0. Líder: Moura, 12 pontos. Próxima jornada (4/12): Aldenovense-Desportivo Beja; Moura - -Aljustrelense; Despertar-Boavista; Sporting Cuba-Castrense.

Campeonato Distrital de Iniciados (7.ª jor-nada): Desportivo Beja-Odemirense, 4-2; Despertar-Amarelejense, 2-1; Almodôvar - -Serpa, 1-3; Milfontes-Ourique, 1-0; Negrilhos - -Bairro da Conceição, 0-1; Guadiana --Ferreirense, 8-0. Líder: Desportivo de Beja, 18 pontos. Próxima Jornada (4/12): Amarelejense - -Desportivo Beja; Serpa-Despertar; Ourique --Almodôvar; Bairro da Conceição-Milfontes; Ferreirense-Negrilhos; Moura-Guadiana.

Campeonato Distrital de Infantis – Série A (10.ª jornada): N.S.Beja-Sporting Cuba, 5-3; Vasco da Gama-Operário, 24-0; Ferreirense - -Alvito, 1-8. Líder: Despertar A, 21 pon-tos. Próxima jornada (3/12): Beringelense --N.S.Beja; Sporting Cuba-Despertar A; Bairro da Conceição-Ferreirense. Série B (6.ª jor-nada): São Domingos-Santo Aleixo, 3-10; Guadiana-Barrancos, 2-3; Serpa-Despertar B, 4-2; Moura-Piense, 9-1. Líder: Moura, 16 pontos. Próxima jornada (3/12): Piense-São Domingos; Santa Aleixo-Guadiana; Barrancos-Serpa; Despertar B-Aldenovense. Série C (6.ª jornada): Almodôvar-Castrense, 3-0; Aljus-trelense-Renascente, 7-0; Milfontes-Boavista, 7-0; Ourique-Odemirense, 2-8. Líder: Operário Rio Moinhos, 15 pontos. Próxima jornada (3/12): Odemirense-Almodôvar; Castrense --Aljustrelense; Renascente-Milfontes; Boavista--Operário.

Campeonato Distrital de Benjamins (6.ª jornada) – Série A: Sporting Cuba-Benfica de Beja, 4-1; Vasco da Gama-Alvito, 3-4; Figueirense-Despertar A, 0-15; Ferreirense-Beringelense, 9-1. Líder: Sporting de Cuba, 16 pontos. Próxima jornada (3/12): Beringelense-Sporting Cuba; Benfica de Beja-Vasco da Gama; Alvito-Figueirense; Despertar A-N.S.Beja. Série B: Bairro da Conceição-Amarelejense, 12-1; Serpa-Moura, 2-1; Desportivo Beja --Guadiana, 3-6; Despertar B-Aldenovense, 9-0. Líder: Despertar B, 18 pontos. Próxima jor-nada (3/12); Aldenovense-Bairro da Conceição; Amarelejense-Serpa; Moura-Desportivo Beja; Guadiana-Piense. Série C: Odemirense-Re-nas cente, 2-5; Almodôvar-Aljustrelense, 2-6; Castrense-Ourique, 7-0; Milfontes-Panoias, 11 - -0. Líder: Renascente, 15 pontos. Próxima jor-nada (3/12): Panoias-Odemirense; Renascente - -Al modôvar; Aljustrelense-Castrense; Ou ri que-Rosairense.

Campeonato Distrital de Futebol Feminino (5.ª jornada): Odemirense Benfica Castro Verde; Serpa-Benfica Almodôvar; Ourique --Aljustrelense. Classificação: 1.º Aljustrelense e Benfica Castro Verde, 13 pontos. 3.º Serpa, 9. 4.º Odemirense, 6. 5.º Ourique, 3. 6.º Benfica Almodôvar, 0. Próxima jornada (10/12): Benfica Castro Verde-Benfica Almodôvar; Serpa --Aljustrelense; Odemirense-Ourique.

Futebol Juvenil

Nacional 2.ª Divisão

10.ª jornada:

Fátima-Moura ..................................................................... 2-0 Louletano-Pinhalnovense ............................................... 1-0 At. Reguengos-Juventude Évora .....................................2-1 Monsanto-Mafra ................................................................ 0-0 Carregado-Caldas ...............................................................3-1 Sertanense-Estrela Vendas Novas ................................. 1-0 Torreense-1.º Dezembro ....................................................1-1 Tourizense-Oriental ........................................................... 0-4

J V E D G P

Torreense 10 6 3 1 20-8 21Vendas Novas 10 6 1 3 18-8 19Pinhalnovense 10 6 1 3 16-10 19Fátima 10 6 1 3 14-9 19Oriental 10 5 3 2 16-7 18Carregado 10 4 4 2 14-10 16 Sertanense 10 4 2 4 10-10 14 Louletano 10 4 2 4 7-9 14Mafra 10 2 6 2 8-7 121.º Dezembro 10 3 3 4 6-8 12Moura 10 3 3 4 11-18 12Juventude Évora 10 3 1 6 9-14 10Tourizense 10 2 4 4 10-15 10Monsanto 10 1 6 3 7-12 9At. Reguengos 10 2 2 6 6-18 8Caldas 10 1 2 7 6-15 5

Próxima jornada (4/12/2011): Fátima-Louletano, Pinhalno-

vense-At. Reguengos, Juventude Évora-Monsanto, Mafra-Car-

regado, Caldas-Sertanense, 1.º Dezembro-Tourizense, Moura -

-Oriental, Estrela Vendas Novas-Torreense.

Nacional 3.ª Divisão

10.ª Jornada

Farense-U.Montemor ........................................................ 1-0Fabril–Sesimbra .................................................................. 1-0Redondense-Quarteirense ...............................................2-1Messinense-Pescadores ....................................................3-2Aljustrelense-Despertar ................................................... 2-0Lagoa-Esp.Lagos ................................................................ 1-0 J V E D G P

Farense 10 7 3 0 22-8 24Esp.Lagos 10 6 1 3 21-9 19Fabril 10 6 0 4 17-13 18Pescadores 10 5 2 3 14-10 17Quarteirense 10 5 1 4 13-12 16Messinense 10 5 1 4 12-12 16U.Montemor 10 5 0 5 10-9 15Sesimbra 10 3 4 3 12-12 13Lagoa 10 3 3 4 5-9 12Redondense 10 3 1 6 12-16 10Aljustrelense 10 3 1 6 10-14 10Despertar 10 0 1 9 4-28 1

Próxima jornada (11/12/2011): U.Montemor-Fabril, Pescado-

res-Farense, Despertar-Lagoa, Esp.Lagos-Redondense, Quar-

teirense-Messinense, Sesimbra-Aljustrelense.

Distrital 1.ª Divisão

9.ª jornada

Rosairense-Ferreirense ......................................................1-1Milfontes-Almodôvar ........................................................ 1-0Castrense-Desp.Beja ..........................................................2-1Sp.Cuba-Odemirense .........................................................0-1Vasco da Gama-FCSerpa .................................................. 0-0Guadiana-S.Marcos.............................................................2-2Panoias-Aldenovense ....................................................... 1-0 J V E D G P

Castrense 10 9 1 0 28-4 28Milfontes 10 7 1 2 25-11 22Panoias 10 6 2 2 16-13 20Ferreirense 10 5 2 3 16-14 17Odemirense 10 5 1 4 15-11 16Vasco da Gama 10 5 1 4 21-13 16Aldenovense 10 5 0 5 11-10 15Rosairense 10 4 3 3 12-11 15FC Serpa 10 3 4 3 8-11 13Desp.Beja 10 2 3 5 11-15 9Almodôvar 10 2 2 6 16-20 8Guadiana 10 2 1 7 13-34 7Sp.Cuba 10 2 1 7 12-20 7S.Marcos 10 1 2 7 8-25 5

Próxima jornada de (4/12/2011): Odemirense-Rosairense,

Ferreirense-Castrense, Desp.Beja-Panoias, FC Serpa-Milfon-

tes, S.Marcos-Vasco da Gama, Aldenovense-Guadiana, Almo-

dôvar-Sp.Cuba.

Os motivos que levam à interrupção da 3.ª Divisão (Taça de Portugal) não obrigam a interromper o Nacional da 2.ª Divisão,

apesar deste escalão ainda ter quatro equipas em prova e não estar nenhuma na terceira divisão. Porquê? As mentes iluminadas do futebol portu-guês que respondam se souberem…

Assim, no domingo, há jogo grande no Estádio do Moura Atlético Clube, com a pre-sença do Oriental, treinado por Filipe Moreira. A equipa de Marvila está na quinta posição, a três pontos do Torreense (que ainda está em prova na Taça de Portugal e cujo jogo com o Vendas Novas

será adiado para 8/12), portanto, uma equipa que não facilitará em nada a tarefa aos comandados de Carlos Ventura. Após a derrota em Fátima por duas bolas a zero, permitida nos últimos 10 mi-nutos de jogo, a formação mourense caiu para o 11.º lugar da tabela, um furo acima da zona de despromoção, posição pouco confortável para quem persegue a manutenção no campeonato.

Houve derby em Reguengos, com o Juventude de Évora a sair de lá com uma derrota tangencial, e o Vendas Novas perdeu na Sertã e deixou o Torreense isolado no primeiro lugar do campeonato, ainda que a escassos dois pontos. Firmino Paixão

Mais uma paragem na 3.ª Divisão

Folga para acertar estratégiasA quinta eliminatória da Taça de Portugal obriga a mais uma paragem do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, re-atando-se a prova apenas no próximo dia 11, data em que se realizará a 11.ª jornada, uma ronda que levará o Aljustrelense ao terreno do Sesimbra, enquanto o Despertar jogará em casa com o Lagoa, e que a seu tempo será projetada.

Texto e foto Firmino Paixão

Oportuno será, por isso, fazer o balanço da jornada em que o Aljustrelense recebeu e venceu o

Despertar por duas bolas a zero, cumprindo aquilo que consideramos “os serviços míni-mos” da equipa mineira, perante uma for-mação bejense que mostrou mais qualidade e capacidade para manter a igualdade sem golos até meados do período complementar. Não foi uma boa partida de futebol, era um derby e esse pormenor, às vezes, tem efei-tos diretos nos níveis de ansiedade com que os jogadores encaram o jogo e no respetivo rendimento.

A necessidade que as duas equipas têm de pontuar também é fator que condiciona a tranquilidade, neste caso os três pontos ficaram no reduto do clube que está me-lhor posicionado na tabela e que ainda tem à vista uma ténue possibilidade de alcan-çar a primeira metade da classificação, ou seja a zona que garante manutenção au-tomática. O Despertar tem um ponto, ou seja, um pecúlio muito curto para aspirar a muito pouco ou nada que não seja manter a dignidade.

Moura caiu na tabela

Oriental não é pera doce

Aljustrelense-Despertar Só no segundo tempo os mineiros entraram no reduto defensivo bejense

Agenda da 6.ª jornada – Série A – 3/12 –

Malavado-Soneguense; Campo Redondo -

-Cavaleiro; Bemposta-Cercalense;

Folga o Longueira. As restantes Séries

jogam apenas no dia 11 de dezembro.

Taça Fundação

Inatel Série A

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2011Luís Manuel

dos Reis

Palma Ameixa

Ameixa foi um dos me-lhores pontas de lança da sua época. Possante

e geralmente bem posicionado dentro da área, era senhor de um remate potente e bem colo-cado. Nascido há 58 anos, em Aljustrel, foi precisamente pelo seu Mineiro que começou a car-reira desportiva, nos escalões de juvenil e júnior e mais tarde em sénior. Veio para Beja nos tem-pos áureos do Desportivo (com Formoso, Jones, Pinheiro, ai que saudades…), clube que repre-sentou durante quatro épocas e de onde saiu para o Vasco da Gama de Sines. Na parte final da carreira foi jogador do Alvorada, encetando a carreira de treina-dor, primeiro em Ervidel, de-pois em Messejana e, durante seis temporadas, na formação do Aljustrelense. Atualmente não tem atividade no futebol que não seja a de apoiar incon-dicionalmente o Mineiro.

(1) ALMODÔVAR/SPORTING DE CUBAA jogar no seu terreno o Almodôvar é uma equipa muito difícil de ba-ter. E o Cuba não está a fazer uma época muito regular.

(2) SERPA/MILFONTESO 2.º lugar que o Milfontes ocupa na tabela traz a equipa motivada. É um conjunto bem recheado de valores e capaz de surpreender o Serpa.

(2) SÃO MARCOS/VASCO DA GAMAO São Marcos não está bem, como se depreende da sua posição na ta-bela, e o rendimento do Vasco da Gama está no sentido ascendente.

(1) ALDENOVENSE/GUADIANAO conjunto de Vila Nova de São Bento é francamente favori to nesta partida em que recebe um Guadiana que só tem pontuado no seu terreno.

(X) DESPORTIVO DE BEJA/PANOIASÀ medida que se acentua a crise, o rendimento dos bejenses começa a ser condicionado por essa insta-bilidade. E o Panoias está a ser a equipa sensação do campeonato.

(X) FERREIRENSE/CASTRENSEÉ o jogo da jornada. Os visita-dos darão tudo para vencer o lí-der. O Castrense revela alguma in-tranquilidade e o empate é o meu prognóstico.

(1) ODEMIRENSE/ROSAIRENSEA equipa de Odemira é forte e tem ambições. Joga perante o seu pú-blico e não terá grande dificul-dade para ganhar ao conjunto do Rosário.

Hoje palpito eu...

O Estádio Municipal de Ferreira do Alentejo será, no próximo domingo, o alvo preferencial de todos os desportis-tas que acompanham com alguma regu-laridade as emoções do Distritalão.

Texto Firmino Paixão

Será nesse palco que o Sporting Ferreirense e o líder da prova, o Castrense, discutirão os três pontos da jornada. Este é, apenas,

o jogo mais importante da décima ronda, numa altura em que as duas equipas estão separadas por 11 pontos. Os leões de Ferreira do Alentejo

O Piense Sporting Clube poderá assu-mir amanhã, sábado, a liderança do Distrital da 2.ª Divisão, destronado a

formação do Cabeça Gorda. Para que esse de-sígnio seja alcançado, bastará aos alvinegros da Margem Esquerda do Guadiana vencerem em Amareleja, o que, refira-se, não será fácil.

O “Ferrobico” cumpre a etapa de folga e não pontuará. Em caso de triunfo o Piense as-sume o comando e, se assim for, o campeo-nato ganhará um novo fôlego. Até aqui a lide-rança tem sido praticamente assumida pelo Cabeça Gorda, a quem não vimos grande sus-tentabilidade no jogo com o Messejanense. Amarelejense e Bairro da Conceição, este a per-der espaço na decisão da prova, são os adversá-rios mais diretos na luta pelos lugares de pro-moção. O Negrinhos continua sem pontuar.

Resultados da 8.ª jornada: Barrancos-Vale de Vargo, 0-1; Cabeça Gorda-Messejanense, 2-0; Saboia-Alvorada, 2-0; Negrilhos-Amarelejense, 1-3; Piense-Bairro da Conceição, 2-0; Renas-cente-Ourique, 1-1. Folgou o Sanluizense.

Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 20 pontos. 2.º Piense, 18. 3.º Amarelejense, 16. 4.º Bairro da Conceição, 15. 5.º Renascente, 13. 6.º Ourique, 11. 7.º Saboia e Messejanense, 10. 9.º Alvorada, 8. 10.º Vale de Vargo, 7. 11.º Sanluizense e Barrancos, 4. 13.º Negrilhos, 0.

Próxima jornada (3/12): Sanluizense --Barrancos; Vale de Vargo-Cabeça Gorda; Messejanense-Saboia; Alvorada-Negrilhos; Amarelejense-Piense; Bairro da Conceição --Renascente. Folga o Cabeça Gorda.

Firmino Paixão

Ferreirense recebe o Castrense

Um líder “no centro do que é importante…”

Piense joga na Amareleja

A liderança pode mudar

estavam, na antecâmara deste campeonato, en-tre as equipas que mais dificuldades poderiam criar à anunciada (e conformada) superioridade da turma de Castro Verde, mas, ainda que man-tenham o quarto posto na tabela, parece-nos que já perderam demasiados pontos para o seu anta-gonista de domingo.

Outro jogo não menos empolgante será o prélio de Serpa entre os locais e a formação do Milfontes, atual segundo classificado, a es-cassos três pontos do conjunto de Francisco Fernandes. São estes os dois palcos de excelên-cia para mais uma jornada do campeonato.

No rescaldo da última ronda, acentua-se que

o Odemirense foi a única equipa a ganhar fora de casa, empates em Mértola e na Vidigueira e esse triunfo tangencial do Castrense, conseguido perto do final da partida com o Desportivo de Beja. O Panoias é a grande revelação do cam-peonato, venceu o Aldenovense e trepou para o terceiro degrau da tabela, confirmando em ab-soluto as projeções que o técnico Careca apon-tara, inicialmente, como sendo o objetivo da equipa. Descendo o olhar pela tabela dos pon-tos, deparamos com o São Marcos na cauda, um pouco acima o Guadiana e o Sporting de Cuba e ainda mais acima, mas também em dificulda-des, o Almodôvar e o Desportivo de Beja.

Distrital 2.ª Divisão Fase do jogo entre o líder Cabeça Gorda e o Messejanense

Futsal Distrital (4.ª jornada): I.P.Beja-V.N.São Bento, 3-2; N.S.Moura-Alfundão, 3-3; Almodovarense --Vila Ruiva, 10-2; Alcoforado-A.Surdos Beja, 23-2. Líder: V.N.São Bento, 9 pontos. Taça Distrito de Beja Futsal – 2.ª jornada (3/12): Série A – Alcoforado-N.S.Moura; I.P.Beja-Alfundão; Série B: A.Surdos Beja-V.N.São Bento; Almodovarense-Vila Ruiva. 3.ª Divisão Nacional de Futsal – 3.ª Divisão – 7.ª jornada: Independentes de Sines-Évora Futsal, 13-0; Sporting Viana-Baronia, 3-1. Líder: Portela, 21 pontos. 3.º Independentes de Sines, 16. 8.º Sporting de Viana, 10. 11.º Baronia, 5. 14.º Évora Futsal, 0.

Realiza-se no próximo dia 8, em Aljustrel, a partir das 9 horas, o 2.º

Grande Prémio de Atletismo Santa Bárbara, cuja prova principal tem

um percurso de oito quilómetros, entre os bairros mineiros de Vale da

Oca e São João do Deserto. A prova é organizada pela junta de freguesia

local e pelo Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana.

Grande Prémio

de Atletismo Santa Bárbara

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Vinte anos depois de Sousa Cintra ter inaugurado o en-tão designado Núcleo Sportinguista do Baixo Alentejo, hoje já restrito apenas ao concelho de Beja, a cidade recebe

amanhã, sábado, Godinho Lopes, atual presidente do Sporting Clube de Portugal. Durante as duas décadas delimitadas por es-tes dois marcos históricos cumpridos por Sousa Cintra e Godinho Lopes apenas o presidente José Roquete se dignou ir uma vez à ca-pital do Baixo Alentejo conviver com os sportinguistas locais.

O núcleo foi fundado em 23 de novembro de 1991, assinalou

Leões de Beja assinalam aniversário

20 anos de “esforço, dedicação e glória”Os leões de Beja reúnem- -se amanhã para comemorar o 20.º aniversário do núcleo sportinguista e esperam a presença de Luís Godinho Lopes, presidente do Spor-ting Clube de Portugal.

Texto e foto Firmino Paixão

Nacional da 3.ª Divisão de Hóquei em Patins Nacional da 3.ª Divisão (9.ª jornada): H.Santiago-Seixal, 7-1; H.Grândola-Azeitonense, 9-0; Estremoz-Aljustrelense, 6-4; Lobinhos-Castrense, 4-2; Salesiana-Boliqueime, 6-5. Próxima jornada (3/12): Lisbonense-H.Santiago; Seixal-H.Grândola; Aljustrelense-Salesiana; folga o Castrense.

O Moura Volei Clube recebe amanhã, sábado, a equipa do Atlético Clube

de Albufeira, em jogo da 3.ª Jornada do Nacional da 3.ª Divisão Masculino.

No último fim de semana os mourenses foram derrotados em casa pelo

Marinhense por 3/1 (parciais 20/25 14/25 25/15 e 10/25). A equipa ocupa o

segundo lugar, com quatro pontos, menos quatro que o líder Marinhense.

Voleibol: Moura

recebe AC de Albufeira

Basquetebol – O Beja Basket Clube de Beja recebe no próximo domingo, no Pavilhão Municipal de Beja, a equipa dos Tubarões de Quarteira, em jogo relativo à quarta jornada no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol. Na última jornada a equipa bejense jogou em Ferragudo.

há oito dias o seu 20.º aniversário, mas por motivo de agenda do presidente leonino só amanhã se realiza o tradicional almoço convívio que reunirá no Beja Parque Hotel a família leonina lo-cal com a embaixada vinda de Lisboa e cuja composição ainda não é conhecida.

José António Henriques, ainda incrédulo com a presença efetiva do mais alto representante do emblema leonino, diz: “Estamos na expectativa da visita de Godinho Lopes, será a ter-ceira visita de um presidente”. E justifica este largo período em que os dirigentes do Sporting não deram grande importância a este núcleo: “Temos feito o possível para levar o nome do Sporting Clube de Portugal mais além, mas fico com a sensação que o facto de eu não ter um dr. atrás do nome impede que as pessoas lá em cima olhem mais para nós. Lembro-me que quando os doutores estavam a tomar conta disto era um mar de rosas e aparecia cá toda a gente, mas eu não sou doutor, no entanto tenho feito todos os possíveis para levar esta nau a bom porto”.

Há 15 anos na presidência desta estrutura de representação leonina, José Henriques recorda todo esse esforço: “Vim para cá como tesoureiro, nas direções dos doutores José Gaspar e Melo Silva, eu é que punha e dispunha, porque os presidentes tinham pouca disponibilidade para isto”. Mas tem boas recordações de toda esta dedicação: “Têm sido uns bons 20 anos, mas com mo-mentos muito complicados, porque os apoios que temos são pou-cos. Em passado recente os resultados do clube também não eram grande coisa e os sócios deixaram de frequentar a mossa sede”. Este ano, sublinha, “as coisas modificaram-se, o clube está bem, anda nos lugares da frente e os associados andam motiva-dos e estão a voltar”.

O núcleo tem equipas na área da formação a competir em pro-vas oficiais, um trabalho de devoção que o presidente aqui revela: “Já temos cerca de 80 crianças nas nossas escolas, repartidos pelos escalões de petizes, traquinas, benjamins e infantis, os resultados têm sido positivos porque os nossos técnicos têm trabalhado bem, e vamos levando a água ao moinho, com mais ou menos glória”.

O núcleo tem cerca de 500 sócios e é quase a segunda casa do dirigente: “A minha mulher até me diz para trazer para aqui a cama. Saio de casa e venho direito ao núcleo para tratar do expe-diente, levo os dias aqui metido, nesta altura temos sempre mais trabalho por causa da organização e planeamento dos campeo-natos em que estamos a participar, são muitas crianças, é como se fossem os meus segundos filhos”. Um trabalho que no seu en-tender “tem valido a pena”: “As crianças representam o núcleo com muito entusiasmo e na época passada até ganhámos a Taça Dr. Covas Lima, este ano começámos menos bem mas estamos a recuperar, os adversários olham para nós com algum respeito”.

Mas quando se fala em apoios diz: “Isso é o pior, a quotização vai dando para pagar a renda da casa, água e luz, temos o apoio dos pais dos miúdos que estão nas escolinhas, e algumas receitas de publicidade e excursões. A câmara diz que não pode satisfazer todos os nossos pedidos, este ano só recebemos uma tranche do apoio que atribuem à nossa atividade e a segunda nem sabemos quando virá, e estamos com muita dificuldade”.

Na hora de lembrar os grandes sportinguistas locais, José Henriques evocou com emoção a memória de João Covas Lima: “Era um homem dedicado ao associativismo com alma e cora-ção. Foi presidente da assembleia geral do núcleo, recordo-o sem-pre com saudade, e hoje é o seu sobrinho Manuel Covas Lima que preside à nossa assembleia geral, com a mesma dedicação e spor-tinguismo que o tio, que faremos questão de recordar durante o nossa confraternização de amanhã, porque era um sportinguista enorme que interiorizava em pleno o nosso lema de ‘Esforço, de-dicação, devoção e glória’”.

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Não vou, por razões evidentes, incidir esta minha opinião sobre as maravilhosas praias de um Alentejo que teima em cruzar os seus horizontes entre a imensidão da planície e um oceano que não dá tréguas ao mais destemido marinheiro. A costa alentejana tem, paulatinamente, conquistado um espaço próprio onde a canícula de verão se mistura com excelentes zonas de laser que gentilmente acolhem forasteiros sempre carentes de um merecido descanso. Este pêndulo humano, constatado a espaços, deixa também antever que o fenómeno desportivo que se agiganta ante a evolução da própria sociedade se assume, agora, como um dado adquirido. Hoje trago à estampa o Clube Desportivo da Praia de Milfontes, uma agremiação que ganha consistência época após época e se afirma decidido no palco do futebol regional. O Milfontes milita na I Divisão distrital da AF Beja, sendo que a sua fundação se reporta a 15 de junho de 1977 e a sua filiação a 13 de setembro de 1977. No campo do dirigismo destaco, justamente, o trabalho feito por Fernando Cabecinha, que assume a presidência do clube alentejano desde 1992. É obra! As infraestruturas existentes remetem-nos, também, para a certeza que o campo sintético inaugurado há três épocas, trouxe, de facto, mais-valias ao futebol de Vila Nova de Milfontes. O grupo de trabalho é constituído na base de jogadores da região e o seu empenho em campo é realmente louvável. Olhando para a sua atual classificação, segundo na tabela com sete vitórias, um empate e duas derrotas (22 pontos) em 10 jogos, deixa desde já conjeturar que o conjunto liderado pelo mítico Fernando Candeias constitui um 11 aguerrido que luta em campo de igual para igual com o mais afoito adversário. Neste contexto, importa ressalvar, com a devida vénia, que o Milfontes surpreende!

Milfontes surpreende!José Saúde

A Zona Azu l tem a sua equipa princi-pal entre os líderes do

Campeonato Nacional da 3.ª Divisão e a subida ao segundo escalão nacional pode ser uma realidade. Quem conhece a his-tória e a tradição do clube be-jense não ficará surpreendido com esta época tão meritória que a equipa está a rubricar, sob orientação do treinador Carlos Guerreiro, um homem que co-nhece e vive intensamente a mística do clube. Subir de di-visão? Sim ou não? Eis a ques-tão que se coloca. Quem ga-nha anda nos lugares de cima e quem está no topo arrisca-se a subir de divisão. Mas será o mo-mento propício para que isso aconteça? Carlos Guerreiro res-ponde com realismo, sem pôr de lado a sua própria ambição e a do grupo que lidera.

A expectativa inicial apontava

para que a equipa andasse no

topo da tabela?

Nós assumimos isso com o grupo de trabalho desde o pri-meiro dia, aliás, na linha da-quilo que temos vindo a fazer nas últimas épocas, que é dis-putar cada jogo sempre com o sentido de ganhar, sabendo que ganhando ficamos perto dos primeiros lugares, e, como eu digo aos jogadores, sem que isso se torne numa obsessão, sem que seja nenhum objetivo con-creto ou uma aposta séria do clube, até porque estamos neste momento a passar por grandes dificuldades.

Uma equipa jovem, mas com

muita qualidade e ambição?

Nas últimas duas épocas temos vindo a consolidar resultados, somos cada vez mais consis-tentes, sempre com o objetivo de andarmos perto dos primei-ros lugares. No ano passado fi-cámos muito perto da segunda fase, nas últimas duas épo-cas fizemos grandes jogos, no-meadamente com o Vitória de

Setúbal, fomos a única equipa que ganhou nos Açores, elimi-námos o Camões, mas quer eu, como treinador, quer o grupo de trabalho, tínhamos que con-tinuar nesta linha de sermos ambiciosos.

A subida de divisão está no

vosso horizonte?

É obvio que ninguém joga para perder e nós também nunca o faremos. No ano passado já ti-vemos essa experiencia e eu pus a situação ao próprio clube, questionando e se tivéssemos ido à fase final, e se tivéssemos em situação de subir. Vamos jo-gar o campeonato de olhos pos-tos nos dois primeiros lugares, se conseguirmos ir à segunda fase será ótimo, depois joga-remos com o mesmo objetivo que temos tido até aqui porque os atletas estão imbuídos num espírito de conquista, são am-biciosos e estão confiantes da-quilo que podem fazer. Mas se me pergunta se a Zona Azul, neste momento, tem condições para uma 2.ª Divisão, digo-lhe que será muito difícil.

As condições de trabalho estão

de acordo com as exigências da

prova?

O grupo de trabalho é curto, e em relação às condições, em vez de terem sido melhoradas em algumas situações, temos vindo a perder algumas que tínha-mos. Só para dar um exemplo, esta época estamos a trabalhar sem um massagista, algo que não acontecia há muitos anos, ou seja, uma equipa que traba-lha quatro vezes por semana e que joga todos os fins de se-mana neste momento não tem ninguém que a acompanhe e que lhe dê algum aconchego do ponto de vista do acompanha-mento dos atletas.

A base do plantel vem da forma-

ção da Zona Azul?

Sem dúvida, a maior parte destes jogadores passou pela formação da Zona Azul, mas temos outros bons valores do nosso distrito. Temos dois atletas de Vidigueira, dois de Serpa e um de Moura, te-mos aqui uma seleção daquilo que são os melhores jogadores do distrito, mas a base é sem dúvida muito jovem, o nosso jogador mais velho tem 30 anos e estamos a jogar com seis juniores.

Quais os principais argumen-

tos da equipa?

A amizade é a nossa mola real, é ela que nos dá força para su-perarmos os quilómetros que alguns têm que fazer para vi-rem treinar, o esforço que ou-tros, que estão na univer-sidade, fazem para virem à quinta ou à sexta-feira junta-rem-se ao grupo. Sem dúvida que sem essa vontade de es-tarmos juntos seria mais com-plicado. Depois temos a quali-dade de cada um deles, todos excelentes atletas.

O andebol do distrito tem vindo

a perder alguma pujança?

Tem e isso preocupa-me um pouco. Desde que estou com os seniores acompanho menos os escalões de formação, mas sinto que o nível tem vindo a perder qualidade, e isso também a nós, enquanto treinadores de senio-res de um clube que vive essen-cialmente da formação, vai tra-zer problemas, mais cedo ou mais tarde, porque os jogado-res chegam-nos cada vez me-nos preparados e nós é que te-mos que fazer a formação nos seniores.

Zona Azul no topo da 3.ª Divisão

Uma equipa com espírito de conquista

Andebol Equipa de seniores da Zona Azul

Os seniores da Zona Azul deslocam-se amanhã, sábado, à Torre da

Marinha para jogarem com o Torrense, equipa com a qual repartem o

comando da Zona Sul em igualdade de pontos também como Boa Hora.

No último sábado os bejenses vencerem o Costa Doiro, de Lagos, por

26/15. O Andebol Clube de Sines desloca-se a Lagoa e perdeu por 64/58.

Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados em Andebol O Centro de Cultura Popular de Serpa e o Quinta Nova jogam amanhã (16 horas) no Pavilhão Carlos Pinhão, na cidade de Serpa, mais uma ronda do Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados. A equipa alentejana perdeu em Lagos (42/13) na última jornada e ocupa o último lugar da tabela.

Andebol: Zona Azul vai a Torre

da Marinha

Page 22: Ediçao n.º 1545

22

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Page 23: Ediçao n.º 1545

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saúde 23Diário do Alentejo

2 dezembro 2011

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Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria

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Page 24: Ediçao n.º 1545

24Diário do Alentejo2 dezembro 2011

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Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 2.ª Publicação

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ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0299.2011.38 - A fracção autónoma designada pela letra A, constituído em propriedade horizontal, do prédio urbano sito na Avenida do Carmo, nº 53 e 53 A, Freguesia de São João Batista, deste Concelho, inscrito sob o artigo 3429, descrito na Conservatória do registo Predial sob o nº 1195/19961114-A, destinada a habitação.

Fernando Manuel Fernandes Durão, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças MOURA-0299, sito em RUA DA CARNEIRA, 20, MOURA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) MANUEL RUI ANDRADE GAFENHO, residente em MOURA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-10-20 e as 23:59 horas do dia 2012-01-10.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 113.624,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso

ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-26, pelas 23:59 horas, e termina no dia 2012-01-10 às 23:59. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de en-trega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0299200901009060 (e apen-

sos)NIF/NIPC: 186054610Nome: MANUEL RUI ANDRADE GAFENHOMorada: R DAS CARMELITAS N 34 R/C - MOURA - MOURA2011-11-17

O Chefe de Finanças:Fernando Manuel Fernandes Durão

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Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 Única Publicação

COOPERATIVA AGRÍCOLA

DO GUADIANA DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIANos termos do art. XXI, n.º 2 dos estatutos, con-

voco a Assembleia Geral da Cooperativa Agrícola do

Guadiana de Mértola, para uma reunião ordinária a ter

lugar no dia 20 de Dezembro de 2011 pelas 14.00 horas

na sala de reuniões da Cooperativa em Mértola, com a

seguinte ordem de trabalhos:

Ponto 1 – Apreciação e votação do orçamento para

o ano de 2012;

Ponto 2 – Outros assuntos de interesse para a

classe;

Nota: Considerando que a Assembleia Geral só

pode funcionar regularmente com a presença de mais

de metade dos seus sócios e no pressuposto de que a

maioria não venha a verifi car-se, convoco desde já para

que a mesma se efectue uma hora mais tarde daquela

que se indicou, ou seja, às 14:30 horas, no mesmo

local, e com o mesmo número de sócios.

Mértola, 15 de Novembro de 2011.

O Presidente da Assembleia Geral

Manuel Pereira Cortes Cavaco

Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 Única Publicação

ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES

PECUÁRIOS PARA A DEFESA SANITÁRIA

DOS RUMINANTES DE SERP A

CONVOCATÓRIA

Convoco a Assembleia Geral Ordinária ao abrigo do n.º

2 do artigo 9 dos Estatutos da OPP, na Rua da Cadeia Velha

N.º 15, às 16:00 horas do dia 16 de Dezembro de 2011, com

a seguinte ordem de trabalhos:

1. Eleição de novos Órgãos Sociais para o triénio

2012/2014.

2. Aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para

o ano de 2012.

3. Outros assuntos de interesse.

Se à hora marcada para a reunião não estiver presente

mais de metade dos associados, esta realizar-se-á uma hora

depois com qualquer número de associados.

Serpa, 2011-11-25.

O Presidente da Assembleia Geral

Jaime Pascoal Braga

Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS

VOLUNTARIOS DE BEJA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

EDITALPara cumprimento do estabelecido nas alíneas a) e b)

do n.º 2, do art.º 41.° dos Estatutos, convoco a reunião da

Assembleia Ordinária, para o dia 14 de Dezembro de 2011,

Quarta-Feira, pelas vinte horas e trinta minutos, na sede da

nossa Associação, na Av. Fialho de Almeida, n.º 30, nesta

cidade com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS:

1. Discussão e votação do Plano de Actividades e Or-

çamento da Associação para o ano 2012.

2. Eleição dos Corpos Sociais para o triénio 2012-

2014.

Não comparecendo número legal de sócios à hora

marcada, a Assembleia funcionará com qualquer número

de sócios, MEIA HORA DEPOIS como determina o n.º 1

do art.º 43.º dos mesmos estatutos.

Beja, 21 de Novembro de 2011.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

José António Jacinto Parrinha

Page 25: Ediçao n.º 1545

institucional diversos 25Diário do Alentejo

2 dezembro 2011

Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIOVENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0337.2011.19 - Um prédio urbano sito em Rua de Santa Clara nº 27 e Rua do Castelo s/n -Vidigueira, inscrito na matriz predial da freguesia e concelho de Vidigueira sob o artigo nº 3089 sob o tipo “prédio em propriedade total com andares ou divisões susceptiveis de utilização independente”, com a área total do terreno de 298 m2, área de implantação do edifi cio de 222 m2, área bruta privativa total de 152 m2 e área de terreno integrante das fracções de 76 m2, com a seguinte discriminação:

Fracção A - Destinada a habitação, com entrada pela Rua de Santa Clara nº 27, Vidigueira, de tipologia 3, de um piso, com a área de terreno integrante de 76 m2, área bruta privativa de113 m2, área bruta dependente de 20 m2 e o valor patrimonial de € 51.150,00;

Fracção B - destinada a serviços, com entrada pela Rua do castelo, s/n, Vidigueira, de tipologia 2, de um piso, com a área bruta privativa de 39 m2 e o valor patrimonial de € 18.630,00.

José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finan-ças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) NORIETE DOS ANJOS CARVALHO RENDEIRO, residente em VIDIGUEIRA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 15:48 horas do dia 2011-11-25 e as 16:00 horas do dia 2012-02-14.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 48.846,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso

ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2012-01-31, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-02-15 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de en-trega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337201101001531NIF/NIPC: 208182365Nome: NORIETE DOS ANJOS CARVALHO RENDEIROMorada: R SANTA CLARA 27 - VIDIGUEIRA - VIDIGUEIRA2011-11-28

O Chefe de Finanças:José Maria Pereira Aniceto

Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

EDITAL N.º 92/2011

CONCURSO PÚBLICO PARA ADJUDICAÇÃO

DO ARRENDAMENTO (FINS NÃO HABITACIONAIS)

DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL “QUIOSQUE”

SITONA PRAÇA ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA,

EM CASTRO VERDE

Francisco José Caldeira Duarte, Presidente da Câmara

Municipal de Castro Verde:

No uso da competência que lhe confere a alínea h) do n.º

2 do art. 68.º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as

alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro,

torna público que se encontra aberto concurso público para

adjudicação do arrendamento do estabelecimento comercial

“Quiosque” sito no Jardim da praça Adriano Correia de Oliveira,

em Castro Verde.

1. Local e data limite para apresentação das propostas: As

propostas deverão ser entregues até às 16 horas do dia 16

de Dezembro de 2011, na Secção Financeira e Património ou

remetidas pelo correio sob registo e com aviso de recepção,

sob pena de não serem admitidas.

2. Processo de concurso: O Programa de Concurso e Ca-

derno de Encargos podem ser consultados na secção Finan-

ceira e Património, durante as horas normais de expediente:

das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30 h ou na página

da Internet do município: www.cm-castroverde.pt

3. Documentos que devem acompanhar a proposta: Os

que vêm referidos no art. 6.º do Programa de Concurso.

4. Base de Licitação: A base de licitação é de 125,00 €

(Euros) de renda mínima mensal;

5. Adjudicação: O critério para a Adjudicação será feito

segundo o valor mais alto/mês dentro das propostas apre-

sentadas.

6. Prazo pelo qual é celebrado o contrato de arrendamento:

um ano a contar da data de celebração do concurso.

7. Outras condições: As demais condições de adjudicação

do arrendamento da exploração do estabelecimento comercial

constam no caderno de encargos do concurso.

Município de Castro Verde, 28 de Novembro de 2011

O Presidente,

Francisco José Caldeira Duarte, Arq.

Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA

EDITALFrancisco António Orelha, Presidente da Câmara Mu-

nicipal de Cuba, nos termos e para os efeitos do disposto

no artigo 91º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com

as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de

Setembro, torna público que, se encontra aberto Concurso

Público para Arrendamento Comercial do Estabelecimento

de Bebidas sito no Centro Cultural de Cuba.

1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO:

O concurso tem por objecto o arrendamento comercial

do estabelecimento de bebidas do Centro Cultural de Cuba

sito no Largo Fialho de Almeida, em Cuba, cujas obrigações

específi cas constam do caderno de encargos.

2. VALOR BASE:

O valor base de licitação deste arrendamento comercial

é de € 250,00/mês.

Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor.

3. TIPO DE ACTIVIDADE A EXERCER:

O estabelecimento objecto do presente concurso

destina-se a cafetaria.

4. PRAZO DO ARRENDAMENTO:

O arrendamento comercial objecto do presente concur-

so é feito pelo prazo de 3 anos, sendo automaticamente

renovado no seu termo por períodos sucessivos de 1 ano

até ao máximo de 10 anos, salvo oposição à renovação por

qualquer das partes.

5. ADMISSÃO DE CONCORRENTES:

Podem ser concorrentes pessoas singulares ou colec-

tivas de reconhecida competência, solvibilidade e idonei-

dade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de

exclusão:

a) Não serem devedores de impostos ao Estado por-

tuguês;

b) Não serem devedores de contribuições para a Segu-

rança Social, devidamente comprovada por certidão emitida

pelo Instituto da Segurança Social, I.P.;

c) Não serem devedores ao Município de Cuba.

6. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS:

O prazo para apresentação das propostas é até às 17

horas do 8º dia (dias contínuos) contado da data de publi-

cação deste Edital, sob pena de exclusão.

7. ACTO PÚBLICO:

O acto público de abertura de propostas tem lugar no

dia útil imediatamente subsequente ao termo do prazo fi xado

para a sua apresentação, perante o Júri designado para o

efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho,

sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 10h30.

Ao acto público pode assistir qualquer interessado,

mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os

seus representantes, estes últimos desde que devidamente

credenciados.

8. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO

O critério de adjudicação é o da proposta economica-

mente mais vantajosa, atendendo aos seguintes factores,

por ordem decrescente de importância:

a) Valor mensal proposto (60%);

b) Mérito da proposta (40%).

A forma de ponderação destes factores encontra-se

fi xada no programa de concurso.

9. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO

DE CONCURSO:

As peças que integram o procedimento - o programa

do procedimento e caderno de encargos - encontram-se

disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral

da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84,

7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às

17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao

termo do prazo fi xado para a apresentação das propostas.

O programa do procedimento e o caderno de encargos

encontram-se ainda patentes na página de Internet da Câ-

mara Municipal de Cuba – www.cm-cuba.pt, onde podem

ser consultados e copiados gratuitamente.

Em alternativa, os interessados podem adquirir no servi-

ço indicado no 1º parágrafo deste número, cópia das peças

do procedimento, mediante o pagamento do respectivo custo,

que é de € 1,80 + IVA.

10. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS:

Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas

pelo prazo de 66 dias. Em caso de desistência antes do

decurso deste prazo, fi ca o concorrente obrigado a pagar

50% do valor da sua proposta e fi ca impedido de poder

concorrer a outros procedimentos abertos pelo Município

durante o período de 2 anos.

Paços do Município, aos 2 de Dezembro de 2011.

O Presidente da Câmara,

Francisco António Orelha

Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 Única Publicação

COOPERATIVA AGRÍCOLA

DE VIDIGUEIRA, CRL.

CONVOCATÓRIA

Nos termos do artigo 23º parágrafo 2º dos Estatutos,

convoco a Assembleia Geral desta Cooperativa, para reunir

em sessão ordinária, na sede desta Cooperativa, sita no

Bairro Industrial para o dia 28 de Dezembro de 2011, pelas

17,30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Apreciar, discutir e votar o Plano de Actividades e

Orçamento para o exercício de 2012;

2. Apresentação, discussão e votação da candidatura

do Projecto “Implementação de Centro Interpretativo da

Azeitona e do Azeite – Clube Galega” à acção 3.2.1 –

Conservação e Valorização do Património Rural (Aviso

n° 01/ Acção 3.2.1/2011 do ProDeR).

3. Outros assuntos de interesse para a Cooperativa.

Vidigueira, 29 de Novembro de 2011

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

José António Batuca Pereira

NOTA: Art. 26.°, n.° 2 – Se à hora marcada para a reu-

nião, não estiverem presentes a maioria dos cooperadores,

ai assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora

depois da indicada.

Diário do Alentejo nº 1545 de 02/12/2011 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA

DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

DE ALMODÔVAR

Assembleia Geral Eleitoral

CONVOCATÓRIA

JOÃO DE DEUS LOPES PEREIRA, Presidente da

Mesa da Assembleia Geral da Associação Humanitária

de Bombeiros Voluntários de Almodôvar, CONVOCO, nos

termos do n° 2 do Art.° 63° dos Estatutos desta Associação,

todos os associados no pleno gozo dos seus direitos, para

a ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL a realizar no próximo

dia 12 de Dezembro de 2011, pelas 18H00, na sede desta

Associação, para a ELEIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA

ASSOCIAÇÃO PARA O TRIÉNIO 2012/2014.

Nos termos do n° 4 do art.° 68° dos Estatutos, a Mesa

de voto funcionará das 18H00 às 22H00, do dia 12 de

Dezembro de 2011, na sede da Associação.

Para constar se passou a presente convocatória e

outras de igual teor que vão ser afi xadas nos lugares de

costume.

Almodôvar, 02 de Dezembro de 2011

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,

João de Deus Lopes Pereira

Page 26: Ediçao n.º 1545

AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA.A Agência mais antiga de Beja

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26Diário do Alentejo2 dezembro 2011

institucional diversosVila de Frades

PARTICIPAÇÃO

Alvina Gertrudes

Cid Nasceu 09.02.1919 Faleceu 27.11.2011

Faleceu o Exma. Sra. Alvina Gertrudes Cid, natural de Vila de Frades, Viúva.O funeral a cargo desta Agência realizou-se no pas-sado dia 28, da casa mortu-ária de Vila de Frades para o cemitério local.

Selmes

PARTICIPAÇÃO

Armando José

PereiraNasceu 22.03.1935 Faleceu 24.11.2011

Faleceu o Exmo. Sr. Armando José Pereira, natural de Baleizão, casado com a Exma. Sra. Custódia Do Carmo Santos Dias Pereira.O funeral a cargo desta Agência realizou-se no pas-sado dia 25, da casa mortu-ária de Selmes para o cemi-tério local.

Funerária Central de Serpa, Lda.Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Vila Real

Justes

É com enorme pesar e soli-dários na dor da família que participamos o falecimento da Sra. Luiza Monteiro Dias de 82 anos, viúva.O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no pas-sado dia 24 de Novembro da Capela de Justes para o cemi-tério local.Á família enlutada expres-samos os nossos sentidos pêsames.

Vale Vargo

É com enorme pesar e solidários na dor da família que participa-mos o falecimento da Sra. Inês Batista Almeida de 87 anos.O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 26 de Novembro da Casa Mortuária de Vale de Vargo para o cemi-tério local.Á família enlutada expressamos os nossos sentidos pêsames.

Vale Vargo

É com enorme pesar e solidá-rios na dor da família que par-ticipamos o falecimento da Sra. Maria Torres de 88 anos.O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 26 de Novembro da Casa Mortuária de Vale de Vargo para o cemi-tério local.Á família enlutada expressamos os nossos sentidos pêsames.

Serpa

É com enorme pesar e soli-dários na dor da família que participamos o falecimento do Sr.António Maria Lérias Júnior de 84 anos, viúvo.O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no pas-sado dia 29 de Novembro da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local.Á família enlutada expres-samos os nossos sentidos pêsames.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108

BERINGEL

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DO CARMO RAMOS, de 87 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

PENEDO GORDO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CUSTÓDIA DAS DORES, de 82 anos, natural de Santiago Maior - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.

SANTA VITÓRIA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ GIL DIAS DOS SANTOS, de 77 anos, natural de Santa Vitória - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Julieta Ganhão Camões dos Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ROMÃO JOAQUIM VALENTE, de 76 anos, natural de Sé - èvora, casado com a Exma. Sra. D. Laura Luísa do Rosário Valente. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 26, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ETELVINA DA CONCEIÇÃO CARVALHO ESTEVES, de 78 anos, natural de Bonfim - Porto, casada com o Exmo. Sr. Claudino José Figueira Esteves. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

FRANÇA / TRIGACHES

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL ANTÓNIO AMADOR GALAIO, de 73 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Joaquina Rosa Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

FRANÇA / CABEÇA GORDA

†. Faleceu o Exmo. Sr. ARMINDO ÁLVARO REBOLO DIAS, de 50 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Patrocínia Soeiro Gaspar Dias. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

SANTA CLARA DE LOUREDO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. FRANCISCA HENRIQUETA DAS DORES, de 87 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

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MISSA

Maria Teresa

Mestre do Nascimento

Guerreiro1º Ano de Eterna Saudade

Marido, fi lho e restante família vêm por este meio comunicar que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 03/12/2011, sá-bado, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, e agrade-cem antecipadamente a todas as pessoas que compareçam a este acto religioso.

Nossa Senhora

das Neves

MISSA

Manuel Romão

Rodrigues Costa1º Ano de Eterna Saudade

Esposa, fi lhos, noras, genro e netos participam a todas as pessoas de suas relações e amizade, que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 04/12/2011, domingo, pelas 11.30 horas na Igreja de Nossa Senhora das Neves, agrade-cendo antecipadamente a to-dos os que nela participem.

AGRADECIMENTO

E MISSA

DE 30.º DIA

Faleceu em 12/11/2011

Filhos e restante família de MARGARIDA DE FÁTIMA

BELARD DA FONSECA

BRAVO, agradecem muito reconhecidamente a todas as pessoas que de várias formas lhes manifestaram o seu pesar. Será celebrada missa no dia 12/12/2011, segunda-feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja.

MISSA 1.º MÊS

Maria Lisete Modesto

CíriacoParticipa-se que será celebra-da missa em sua intenção no dia 07/12/2011, na Igreja da Sé em Beja, pelas 18.30 horas.

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A Escola Secundária de Alcácer do Sal vai realizar um concurso subordinado ao tema “Um presépio diferente”, elaborado a partir de materiais diversos. Os trabalhos podem ser bi ou tridimensionais. Quanto à escala, podemos usar aqui a expressão “o céu é o limite”. Tens de entregar o teu trabalho até dia 7. Consulta o programa na página do município. (http://www.cm-alcacerdosal.pt/pt/Paginas/default.aspx)

Alcácer do Sal

promove concurso de

presépios

Dica da semanaA dica desta semana volta a insistir em projectos com materiais reciclados, uma prova de que com imaginação e quase zero de custos podes divertir-te e criares jogos e brinquedos apelativos.Só precisas de estar atento às compras que os teus pais fazem. Depois basta juntares cola, tesoura

e muita criatividade.

A páginas tantas ...A página do Vitória escolhe hoje um livro que fala nos dias logo a seguir ao Natal, talvez porque tudo passe tão depressa…“Depois do Natal... Depois do Natal, tudo é um pouco estranho… Depois do Natal é um momento suspenso no tempo em que a agitação dá lugar à calma, o frenesim à lentidão e à solidão. Pode ser um momento perturbador, angustiante mesmo, como todos os ‘depois’, um momento estranho.”Depois de um caos feliz à espera de uma noite, daquela noite, volta tudo aos seus lugares. O inverno recupera o peso do frio, dos dias pequenos. Editado pela Bags of Books, um livro com a mestria da ilustradora Beatrice Alemagna repleto de cor e pormenor e com tanta serenidade, contada pelos olhos da pequena personagem.Para conheceres mais da obra desta ilustradora usa este link http://www.beatricealemagna.com/

m divertir-te

te os teus soura

Dica da semanaA dica desta semana volta a insistir em promateriais reciclados uma prova de que co

ojectos com m

Chegou o mês mais desejado

da pequenada e em jeito de brincadeira

vamos ajudar-te a fazer passá-lo mais

depressa. Recorta ou cria o teu Pai Natal

e, passo a passo, tesourada

em tesourada, os dias

desaparecem num instante...

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Boa vida

A Fofinha tem perto de um ano. Quando chegou ao Cantinho estava bastante

assustada, hoje já está bem mais sociável e brincalhona. É muito dócil e ficará

de porte pequeno. Será entregue vacinada, desparasitada e esterilizada.

Contactem o Cantinho dos Animais de Beja e venham conhecer a Fofinha.

Contactos: 962432844; [email protected]

Comer Cozido de grão-de-bico com coelho e hortelã

Ingredientes

500 g. de grão de bico; 1 coelho manso; 2 cebolas médias; 4 dentes de alho; 1 dl de azeite; 2 cenouras; 1 linguiça; 4 tomates maduros;1 dl de vinho branco; 1 molho de salsa pequeno; 1 molho de hortelã; Q.b. de sal;Q.b. de pimenta;1 folha de louro; Q.b. de piripiri.

Confeção:

Pôr o grão de molho de um dia para o ou-tro. Cozer o grão em água com um fio de azeite (reservar o grão e o caldo da coze-dura). Parta o coelho em pedaços, lave-os em água corrente. Faça um refogado com azeite, cebola às meias-luas, alhos pica-dos e uma folha de louro. Corte as cenou-ras e a linguiça às rodelas e junte ao refo-gado. Deixe cozinhar em lume brando e adicione o tomate limpo de peles e grai-nhas todo picado. Passados uns minu-tos, junte o coelho e tempere com sal, pi-menta, salsa picada e refresque com o vinho. Junte água até cobrir o coelho e deixe cozer em lume brando. Adicione o grão e o caldo, envolva e deixe apurar. No final retifique os temperos, junte uns ramos de hortelã e piripiri a seu gosto. Bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

“Morada da poesia: poetascelebram Manuel da Fonseca”

Para assina lar o iní-cio da comemoração do centenário do nasci-

mento do escritor alentejano Manuel da Fonseca (1911-1993), a Câmara de Castro Verde edi-tou Morada da poesia: poetas celebram Manuel da Fonseca, com coordenação de Luís Filipe Maçarico.

A evocação do Alentejo e da obra do escritor neorrealista, que escrevia “do povo” e im-pregnou a escrita da sua auto-biografia, é feita através de poe-sias de Belmira Besuga, Cristina Pombi n ho, Isabel Mendes Ferreira , Maria Conceição Baleizão, Maria José Lascas, Miguel Rego, Paula Cristina Lucas da Silva, Manuela Rosa, Rosa Dias, Miguel Rego e Luís Filipe Maçarico.

Maçarico publicou o texto que explica “Manuel da Fonseca: escritor da consciência social, pintor do real, repórter do fu-turo”. Nele se faz uma panorâ-mica sobre a obra de Manuel da Fonseca e o modo como o Alentejo e a história dos seus camponeses está entranhado nela, em “[...] poemas de revolta com tinta de sol na noite de an-gústia que pesa no mundo”.

Destaque para as belíssi-mas aguarelas com que Manuel Passinha – pintor de Beja cujo trabalho tem sido exposto so-bretudo no Alentejo – ilustrou o mundo rural que foi mote para as “searas de vento” descritas na obra de Manuel da Fonseca e pretexto para o encontro de po-etas e sobretudo de poetisas – muitas, com estilos muito dife-rentes mas todas reveladoras de grande sensibilidade para escre-ver o Alentejo e explicar como Manuel da Fonseca faz parte da sua essência.

“Os alentejanos caiam a terra da casa de branco

imaculada como a mãefarejam-na como cãesorégão poejo cardo para con-

duto do pãono touro Sol e papoilas der-

ramam sangue vermelhocalam palavras e sonhos, lá-

grimas seca-as o ventosó grilos cigarras e corvos

quebram tanto silêncio! [...]”M a r i a J o s é L a s c a s ,

“Alentejanos”

Maria do Carmo Piçarra

Letras

Aqui quase há cinquenta anos o meu irmão Zé Maria entrou no Instituto Superior de Agronomia. Já então, a rapaziada todos os anos dava almoços co-memorativos: pouco interessava a que propósito desde que envolvesse pân-

dega com fartura. Tentavam que a coisa não ficasse cara e para isso, o ideal, era haver umas ofertas, as quais, atendendo ao futuro estatuto dos formandos, engenheiros agrónomos, parecia não ser difícil.

A fama de caçador emérito do meu irmão já o tinha precedido e quando a Tapada de Mafra fez oferta dum gamo para o evento, lembraram-se logo dele. Porque a dire-ção do parque dava o gamo mas vivo. Era preciso ir lá matá-lo e transportá-lo para Lisboa.

O meu irmão nunca tinha morto um gamo – e também não sentia por isso grande atração – mas tinha alguma curiosidade pela caçada em si. Equipado com as roupas, armas e munições que pensou serem adequadas marchou-se direito a Mafra. Não sa-bia que tipo de caçada era, tencionava seguir as indicações dos funcionários.

Foi ter à casa dos couteiros, já na tapada, disse quem era e ao que vinha. O senhor que o atendeu, possivelmente o chefe, já tinha sido posto a par do assunto: – “Sim se-nhor. Pode-me acompanhar?” Saíram à estrada e o homem, com grande espanto do meu irmão, jogou dois dedos à boca fazendo soar um assobio quadrado. Desceram ao caminho três fêmeas e um gamo macho que de rabo alçado, todo contente, veio lamber as mãos do tratador. – “É este, faça favor.”

Claro está que o gamo ficou vivo, o tratador aliviado – alguma estima lhe teria – e a malta comeu ao jantar carne de vaca, dessa que cresce nos talhos.

Os gamos agora já se matam bravos e a carne é boa, ainda que um pouco doce. São animais muito elegantes: a mim, nem de longe nem de perto me punham a matar um. Vivem em zonas arborizadas e à noite vem pastar às clareiras, devagar, silencio-sos como os antigos avejões das matas reais.

Vamos comê-lo. Temos uma perna, desmancha-se, desossa-se e tiram os nervos e tendões. Não é serviço fácil nem rápido, devendo ficar bem feito. Aguarda a dita perna, seis dias tapada de cerveja e rodelas de cebola, muitas. Finalmente, a perna vai a cozer em cerveja nova, azeite, salsa e a cebola da marinada, repete-se, muita. Eu opto, neste caso, pela panela de pressão. Se for também esta a sua escolha conte com vinte minutos, depois de começar a ferver e fechar a panela. A panela tem de ser grande. Depois de cozida, ou melhor, meio cozida que é como ela deve ficar, a carne arrefece e é esfregada com sal, pimenta, um tudo-nada de colorau e banha de porco.

Vai ao forno, acompanhada com a cebola com que cozeu, umas tiras de toucinho e salsa nova. A primeira vez que se espreita vertem-se uns goles de cerveja preta. À segunda vez tira-se a perna e volta-se, deve assar por inteiro. Trincha-se quente, à mesa.

Acompanha com puré de batata assada, desfeita rudemente com o garfo, bas-tante manteiga e noz-moscada. Os vegetais a condizerem com esta peça são couves de Bruxelas, ligeiramente cozidas e mais tarde refogadas com cebola e azeite. Para quem goste, fatias de ananás, ácido como convêm. Bendito gamo!

António Almodôvar

PetiscosO fantasma das clareiras

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A mudança de Hergé

Com “Tintin no Tibete”, da série Tintin reeditada pela Asa, há uma curiosa revira-

volta na criação do autor em rela-ção a esta série. Há menos humor e as alvuras das neves do Nepal e do Tibete, marcando grandes espaços livres, tomam conta da maioria do álbum. Mas o enredo é ainda mais espantoso, talvez consequência de uma crise psicológica (por causas particulares) que afetara Hergé, donde mesmo a dificuldade que teve em concluir esta narrativa. Ainda assim, o autor vai buscar temas de força: a coragem e a amizade, o sig-nificado provável dos sonhos, as premonições, as levitações...

Com um prévio rigor de docu-mentação, o álbum, de um modo direto e sóbrio, é quase um ato de purificação, sendo por muitos con-siderado o melhor álbum da série. Aqui se admite também, a existên-cia do “yeti” ou “migu”, o famoso e lendário “abominável homem das neves” que, afinal, parece não ser tão abominável como isso.

“Silence, on copie!”Com edição Lombard, “Silence, on Copie!” é o décimo sétimo tomo da divertida série L’Élève Ducobu, sob criação da parceria Godi e Zidrou.

Cheio de humor, como habitu-almente, regista as astúcias falha-das do incrível cábula Ducobu e o mundo escolar e familiar que o en-volve. Esta série foi recentemente adaptada ao cinema, havendo já em DVD... em França, Bélgica, etc. Mas não em Portugal...

Luiz Beira

JazzDenis Fournier 4tet

“La Conférence des Oiseaux”Filatelia O apelo à dádiva de sangue em mais uma exposição

A Associação de Dadores de Sangue de Beja inaugura na próxima segunda--feira, dia 5, mais uma mostra de fila-

telia. Esta é exclusivamente do tema “sangue”. O carimbo dos correios que assinala o evento, com a legenda “A sua dádiva de sangue é ur-gente”, completa o conjunto temático.

Uma vez mais participam na exposição dois filatelistas estrangeiros: um francês com a coleção “Don de Sang – Don de Vie” (já exposta numa outra ocasião em Beja) e um italiano (que expõe em Portugal pela primeira vez) e que nos mostra uma cole-ção sobre a AVSI – Associazione Volontari Italiani Sangue, que é a associação de da-dores de sangue mais antiga do mundo.As restantes coleções são: “Transfusão de sangue – um pouco de história” (classe aberta), “O sangue – marcas postais di-versas” e “Eventos filatélicos – tema san-gue” (cartofilia). Ao contrário do que é habitual, o posto de correio não funciona na sede do CCD do Hospital, mas sim na estação dos correios (largo dos Correios), local onde podem ser obliteradas, no dia 5, todas as peças filatélicas ali apresenta-das durante todo o dia.

O certame encerra no dia 7 e pode ser visitado das 20 às 22 e 30 horas.

“Póvoa do Mar” é inaugurada no dia 7 A Exposição Nacional de Filatelia vai de-correr em Póvoa do Varzim até ao dia 11 (domingo). Para o evento os correios emi-tiram cinco carimbos especiais. Na pró-xima semana daremos notícias mais deta-lhadas sobre a exposição, que é o certame filatélico mais importante do ano.

Geada de Sousa

Denis Fournier 4tet+ – “La

Conférence des Oiseaux”

Denis Fournier (bateria, percussões),

Jean-Luc Cappozzo (trompete),

Lionel Garcin (saxofones), Bernard

Santacruz (contrabaixo) e Guillaume

Séguron (contrabaixo).

Editora: Rude Awakening

Ano: 2011

Buscando inspiração nos textos do poeta místico persa Farid-Ud-Din Attar (1140-1230), concretamente no seu livro de título original Mantiqu ‘t-Tayr (1177) – poema de grande espiritualidade, que relata

a viagem coletiva de 30 pássaros em busca do seu rei, Simorgh, na monta-nha Qâf – Denis Fournier, com o seu quarteto, construiu “La Conférence des Oiseaux”. Reuniu para o efeito um conjunto de músicos que bem conhece – o trompetista Jean-Luc Cappozzo, o saxofonista Lionel Garcin e os contrabai-xistas Bernard Santacruz e Guillaume Séguron.

Mais percussionista (no sentido lato) do que baterista, Fournier – admi-rador de Mingus e de outros que privilegiam a articulação da improvisação com formas orquestrais refinadas – assume-se como aglutinador de ideias, numa abordagem coletiva e improvisada de alto nível, trazendo mesmo, aqui e ali, à memória, as célebres experiências espirituais levadas a cabo pelo Art Ensemble of Chicago.

O título do disco remete, inevitavelmente, para “Conference of the Birds”, importante marco pós-free gravado em 1972 por Dave Holland, Anthony Braxton, Sam Rivers e Barry Altschul. Os pontos de contacto serão, contudo, mais de ordem estética a larga escala do que estritamente do ponto de vista do resultado musical produzido. “La Conférence des Oiseaux” consiste num conjunto de peças improvisadas, na sua generalidade tranquilas e de grande sobriedade formal, que valem sobretudo pelas interações e dinâmicas coletivas. Ainda assim, no plano das intervenções individuais, salientam-se as desse genial trompetista que é Jean-Luc Cappozzo e ainda do saxofonista Lionel Garcin, notáveis, por exemplo, em “Sentier Désert”. De atmosfera imbuída de particular misticismo, “Esprit Céleste”, é introdu-zida solenemente pelos dois contrabaixos, a que se juntam um trompete milesiano e percussões delicadas.

De contornos mais abstratos é “Éclat de Rocher”. Nota especial também para essa orgia de sopros que é “L Au Dela de la Porte Appartient au Secret”. “Il Était une Fois une Fille de Roi Belle Comme la Lune” é uma miniatura cheia de graça. Uma viagem musical repleta de momentos de interesse e para a qual o ouvinte, decerto, se deixará transportar.

António Branco

BD

PUB

Feira do Livro de Alcácer começa hoje Arranca hoje, sexta-feira, mais uma Feira do Livro de Alcácer do Sal, que cumpre a sua 15.ª edição até ao próximo dia 17, na biblioteca municipal da localidade. Bertrand, Civilização, Dinalivro, Leya, Kalandraca, Porto Editora e Presença são algumas das editoras que participam no certame, que co-loca em destaque na sua programação uma palestra sobre os golfinhos do Sado, pre-texto para a apresentação de um livro sobre o tema (dia 16, pelas 16 horas), da autoria de Maria João Fonseca e Pedro Narra.

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Fim de semanaVerão 86 lançado na Biblioteca de Beja Luís Miguel Ricardo, autor do

best seller “Heróis à Moda do

Alentejo”, apresenta amanhã,

sábado, na Biblioteca Municipal

de Beja, o seu novo romance,

“Verão 86”. A obra, cujo

lançamento está agendado

para as 16 horas, é editada pela

Lugar da Palavra, situando o

seu enredo em Cova da Zorra,

“em pleno coração de um

Alentejo profundamente rural”,

no verão em que se disputava,

no México, o campeonato do

mundo de futebol. Na sessão

de apresentação será exibido

um vídeo alusivo à época e

ao conteúdo do romance, e

haverá histórias contadas, com

Joaninha Duarte, e música, com

Valdemar Delicias. O romance

contém um suplemento a que

se decidiu chamar “Cardeneta”

e que constitui uma coleção

de ícones da década de 80,

com especial significado

para o Alentejo de então.

III Festival de Cinema Digital de Odemira 25 filmes, um deles vindo do

Brasil, foram selecionados

de um universo de mais de

80 candidaturas e vão estar

em competição até amanhã,

sábado, no III Festival de

Cinema Digital de Odemira,

que decorre desde ontem,

quinta-feira, no Cineteatro

Camacho Costa. As obras

concorrem em quatro

categorias – documentário,

ficção, animação e videoclip – e

estão a ser avaliadas por um júri

constituído por Graça Costa

Pereira, jornalista, Fernando

Alvim, humorista, Jorge

Pelicano e Vicente Alves do Ó,

ambos realizadores, Helder

Guerreiro, vice-presidente da

Câmara Municipal de Odemira,

e Francisco Areosa, ator. A

atriz Anabela Teixeira é a

“embaixadora” do festival, onde

serão paralelamente exibidos os

filmes “Longe de Mim” (Nuno

Matos), “Pare, escute e olhe”

(Jorge Pelicano) e “As aventuras

de Tintin” (Steven Spielberg).

Cantos de improviso do Mediterrâneo discutidos em Portel Os cantos de improviso no

espaço pan-mediterrânico

vão estar em discussão ao

mais alto nível entre hoje e

domingo, 4, no Auditório

Municipal de Portel, através

da reunião internacional

“Pan-Mediterranean Poetic

Competitions and their Music:

Historical Perspectives and

Contemporary Practice”. A

cerimónia de abertura decorre

pelas 10 e 30 horas, contando

com as contribuições de

Norberto Patinho, presidente

da câmara municipal local,

que promove a iniciativa, e

dos estudiosos Salwa Castelo -

-Branco e Marcello Sorce Keller.

Em cima da mesa vão estar as

tradições poéticas da Sardenha,

Córsega e Itália central, do

Nordeste brasileiro, de Malta,

da Albânia e de Portugal,

representado pelo repentismo

alentejano do cante ao baldão.

Poetas populares encontram-se em Sines É com um espetáculo musical

e multimédia, contando com

a presença de protagonistas

ainda ativos, que a Associação

Pro Artes, apoiada pela Câmara

Municipal de Sines, assinala o

Encontro de Poetas Populares

que terá lugar amanhã, sábado,

pelas 19 horas, no Centro

de Artes. Numa “fusão de

momentos musicais criados

a partir dos poemas e de

depoimentos filmados dos seus

autores”, pretende-se com este

evento “estabelecer uma ponte

entre o passado e o presente”,

homenageando o legado poético

de nomes como Antónia Romão,

Aleixo dos Santos, Maria Teresa

Palmeira, Biana e Domingos

Casa Branca. Participam

também no encontro, que

surge no âmbito do Programa

de Regeneração Urbana,

um grupo de professores de

música da Escola das Artes

de Sines e a cantora popular

Maria Alice, entre outros.

Rita Red Shoes atua amanhã, sábado, em Cuba

Centro Cultural Fialho de Almeida

reabre com músicaR

eaberto ontem, quinta-feira, depois de um período de obras de remodelação, o Centro Cultural Fialho de Almeida, que

data de 1992, oferece aos cubenses e visitantes um fim de semana recheado de atividades cultu-rais, entre música e livros. Amanhã, sábado, sobe ao palco do renovado espaço a jovem mas já acla-mada cantautora Rita Red Shoes, neste momento em fase de apresentação do seu segundo álbum de originais, “Lights & Darks”. O disco é composto por 14 temas, revelando “uma artista mais ma-dura, desprendida e direta nas suas canções”. Em Cuba, espera-se que soem faixas como “Captain of my soul”, “Bad Lila” ou “You should go”, entre ou-tros que já giram no circuito das rádios.

No domingo, lembra-se o patrono do centro cultural, Fialho de Almeida, cujo centenário da morte tem vindo a ser assinalado ao longo do ano

por várias instituições. Desta feita, é a Universidade de Évora que, através do seu Centro de Estudos em Letras e Departamento de Linguística e Literaturas, dá à estampa a obra “Fialho de Almeida. Cem anos

depois”. Um volume que será apresentado no domingo, 4, pelas 16 horas, e que é o resultado da “jornada de estudos fialhinos” levada a cabo por aquele estabelecimento de ensino em março último, reunindo vários académicos. “Procurámos porém alargar o espaço e diversificar as colaborações de modo a criar um livro que surgisse como uma síntese daquilo que a data comportou”, explica António Cândido Franco na nota introdutória da obra, que reúne as atas do referido colóquio, documentos vários que atestam as impressões de escritores como Manuel da Fonseca, Raul Brandão, Guerra Junqueiro ou o próprio Eça de Queiroz sobre o autor de “Os Gatos”, bem como artigos publicados recentemente na imprensa.

O Festival de Bandas de Beja assinala este ano, entre hoje e amanhã, sábado,

uma “edição especial”. Não só pela organização que junta, pela primeira

vez, a associação juvenil Arruaça e a Zarcos – Associação de Músicos de

Beja, mas também, e sobretudo, pelo propósito de homenagear Emídio

Zarcos, carismático músico bejense entretanto já falecido. Nesse sentido,

convidam-se para atuar na Casa da Cultura, ao longo de dois dias, músicos e

projetos que vão da década de 60 até à atualidade, num total de 11 atuações.

O festival encerra, em ambas as noites, com os convidados Bailarico

Sofisticado (DJ set) e MD Gimba, também disponível, durante a tarde de

amanhã, para conduzir um workshop de escrita de letras para canções.

Emídio Zarcos homenageado no Festival de

Bandas de Beja

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clube desportivo de beja

imita benfica e lanÇa

linha de preservativos

com sabor a derrota

O clube da rua do Sembrano, que se debate com dificuldades financeiras, procura obter receitas extra ao imitar o clube lisboeta. Ao que apurámos, o Desportivo está a lançar uma moderna linha de preservativos ao gosto dos adeptos e que reflete o atual momento da equipa de futebol. Já estão disponíveis nas gasolineiras e lojas dos chineses da cidade os sabores a derrota, frustração e tristeza. As embalagens têm frases sugestivas como: “Temos dívidas ao fisco, mas tu é que levas os juros”, “Esta noite vais subir de divisão” ou “Faz de mim o teu Chalaça!”

Necrópole Islâmica de Beja: esqueletos descobertos na rua Capitão João Francisco de Sousa deixaram duas empadas por pagar no Luiz da Rocha

As escavações a decorrer na rua Capitão João

Francisco de Sousa estão a revelar novos achados ar-

queológicos, mostrando novos pontos de uma necró-

pole islâmica que pode atingir seis hectares, já que

vai das Portas de Mértola até ao Liceu. Agora já sabe-

mos de quem é que os alentejanos ganharam o gosto

pelo latifúndio. Contudo, a localização do cemitério

naquele local só surpreende os mais distraídos, pois,

como descobrimos, alguns dos atuais “residentes” da

necrópole deixaram contas por pagar: “Lembro-me

bem desses senhores passarem por aí. Houve um que

ficou a dever duas empadas. Passava a vida a refilar,

a dizer que aquilo das 70 virgens era um embuste”.

– relatou-nos um funcionário do emblemático esta-

belecimento bejense. Apurámos igualmente que o

Hospital de Beja já mandou uma carta para o local a

solicitar o pagamento de umas análises à urina e de

um raio-x aos joanetes. O tamanho da necrópole é re-

almente impressionante, se bem que há quem de-

fenda que se os alentejanos tivessem de enterrar aí

as desilusões que têm sofrido nos últimos anos, esta

poderia chegar até Porto Peles.

Empresa espanhola que vem buscar laranjas a Portugal promete produzir um sumo que não saiba a diluente

O grupo espanhol J. Garcia Carrión pretende comprar

laranjas a produtores alentejanos. A empresa, que

produz sumos da marca Don Simon, quer aproveitar a

zona abrangida pelo Alqueva. Segundo apurámos, os

espanhóis já se comprometeram a produzir um sumo

que, por uma vez, não saiba a diluente e que, para

não variar, custe metade de um sumo português. Do

mesmo modo, admitem passar a comprar café nacio-

nal, já que também acham que o café espanhol sabe

a verniz para as unhas e é capaz de matar alguns dos

predadores mais perigosos do mundo.

Inquérito Esteve presente no I Festival Internacional de Licores e Aguardentes Tradicionais em S. Barnabé?

ALFREDO SÁ DA BANDEIRA, 51 ANOS

Pessoa que diz ter feito comissões em todas as províncias

ultramarinas durante a Guerra Colonial, incluindo Punta Cana

Estive sim senhor, mas contrariado. Pinga do

melhor… Contudo, esteve lá um chefe de cozi-

nha a fazer uns rabiscos no prato e a dizer que

aquilo era comida, mas parecia que um hamster

tinha escorregado num monte de maionese. Foi

um bocadinho gay e eu não sou dessas coisas:

homem que é homem fica sentado a transpirar

e a falar de seios e de mudanças de óleo.

AMBRÓSIO TRUTA MARINADA, 44 ANOS

Pessoa que acha que na Necrópole Islâmica de

Beja há uma ala de bombistas suicidas

Fui? Não me lembro bem... Recordo-me que

entrei numa garagem com um alambique,

depois vi uma névoa e acordei dois dias de-

pois, no meio de umas estevas, nu da cintura

para baixo, a dormir com um animal de porte

médio. Ainda por cima nem teve a decência

de me convidar para jantar.

LUCRÉCIA RASTAFARI BORBÓN Y BORBÓN, 75 ANOS

Pessoa que está inscrita nas Finanças como “descendente de espa-

nhóis” e que utiliza maquilhagem como um trolha aplica reboco

Fui e gostei bué! Só é pena não haver aque-

las bebidas como as águas gaseificadas com

sabores. Adoraria provar um licor com sabor

a kiwi e rúcula ou uma aguardente de me-

dronho com sabor a Ferrero Rocher. Estas be-

bidas novas ajudam-me a limpar a alma e a

tonificar o fígado. Uma vez bebi um copo de

grappa com sabor a Tang de melancia e foi

maravilhoso: fiquei com os chacras mais alinhados do que a direção

de uma carrinha de caixa aberta! Yaaaaaaaaaaaa……..

Quer escrever uma ca r ta ao Pa i Natal e não tem tempo? Anda muito ocupado a fazer as compras de Natal e está a lutar pela sua sobrevivência nessa selva que são os hipermercados? A partir de agora deixa de ter esse problema, já que a “Não confirmo, nem desminto” apresenta a primeira carta ao Pai Natal Multiusos (versão Beja). O objetivo é oferecer ao bejense a possibilidade de enviar uma carta ao Pai Natal sem ter que a escrever. Basta copiar a mesma e selecionar as opções que nós lhe disponibilizamos – procurámos satisfazer as exigências de todos os leitores do jornal ao nível das crenças religiosas, políticas e outras.

Querido Pai Natal:

Desculpa nunca mais ter dito nada, mas tenho andado ocupado/a porque A) estou com muito trabalho, B) ando a fingir que tenho um “projeto” quando na realidade estou desempregado/a, C) ainda não passei aquele nível no World of Warcraft. Espero que esteja tudo bem contigo. Eu ainda acredito em ti! Para mim tu és A) um ser muito especial , B) a Benvinda, C) uma intrujice fabricada pelo FBI e a Coca--Cola. Olha, escrevo-te porque vivo em

Beja e ando preocupado/a com a minha cidade. Eu não quero prendas para mim, mas a minha região precisa de ti. Podes oferecer a conclusão das obras da barragem do Alqueva? Arranjas o resto do dinheiro A) em Luanda, já que aqui não há graveto..., B) debaixo do colchão do Mário Simões, C) num saco que está enterrado no descampado por trás da Ovibeja! Não te esqueças dos comerciantes da região, anda tudo sem dinheiro. Tenta acabar as obras nas Portas de Mértola A) até ao final do ano B) até ao final da década C) até as placas tectónicas chocarem pela última vez umas com as outras. Já agora, peço-te que ajudes o Museu Regional de Beja. Até a rainha D. Leonor está de braços abertos, à porta, como quem diz: “Como é que é, pá? Façam lá como o Liedson e resolvam...”. Os funcionários já não recebem desde o tempo em que A) o Viriato arreava nos romanos B) a Tonicha ganhava Festivais da Canção C) o Malato era magro. E se oferecesses

ao mu seu algo para aumentar o número de visitas? Como A) uma coleção do Museu Hermitage B) uma exposição só com cavalos e mulheres nuas C) o Tony Carreira.

Eu i a - te pe dir qu e aju d a s se s o Pulido Valente e o Castro e Brito a entenderem-se, mas lembrei-me que tu não fazes milagres.

Um grande abraço desde Beja e espero que não te esqueças de nós como fizeste com A) Barrancos B) a participação do Despertar no campeonato nacional da III Divisão deste ano C) a carreira do Trio Odemira.

PS: Vê se pagas o imposto único de circulação das tuas renas, senão A) pagas multa B) penhoram-te as renas e ainda tens de pagar as custas judiciais C) penduram-te no pelourinho mais próximo e aplicam-te vergastadas no teu lombo e no dos teus duendes.

Carta ao Pai Natal Multiusos

Versão Beja

Apesar de também andar de calças na mão,

o Pai Natal compromete-se a satisfazer os desejos

dos alentejanos.

Apesar de também andar de calças na mão, o Pai Natal compromete-se a satisfazer os desejos dos alentejanos.

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Nº 1545 (II Série) | 2 dezembro 2011

RIbanho POR LUCA

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Hoje, sexta-feira, podem cair alguns aguaceiros na região. A temperatura vai oscilar entre os nove e os 13 graus centígrados. Amanhã, sábado, o céu deverá apresentar algumas nuvens e no domingo espera-se sol.

“Dívida” impede Lendias d’Encantar de estrear nova peça O espetáculo “Gota a Gota”, nova produção

para a infância da companhia Lendias

d’Encantar (LdE), cuja estreia estava prevista para

o último dia 26 de novembro, continua sem data

para subir ao palco. O coletivo teatral, através de

comunicado à imprensa enviado no último dia

25 de novembro, justificou o adiamento com a

“dívida” que a Câmara Municipal de Beja mantém

para com a estrutura, e que

neste momento “ascende a 15 mil euros”.

“A LdE ultrapassou em muito as suas obrigações

contratualizadas com a câmara, tendo para

isso recebido apenas uma tranche das cinco que

deveriam ter sido pagas”, anunciou a direção da

companhia, explicando que “não abdica”

da qualidade dos seus espetáculos e que,

“por respeito” a quem a eles assiste decidiu-se

pelo adiamento da estreia desta produção

de teatro de sombras, “até que uma solução seja

encontrada”. Entretanto, a companhia propôs

à autarquia, “com algum esforço nosso mas

tendo em atenção os interesses da comunidade

escolar”, uma outra data para a estreia de

“Gota a Gota”, concretamente no próximo dia 6,

terça-feira, “com duas sessões por dia para os

alunos”. Mas “ainda não tivemos resposta,

nem em relação a isso, nem em relação

aos pagamentos em dívida”, informou

Ana Ademar, da direção.

Coro de Câmara de Beja atua em Praga O Coro de Câmara de Beja participa hoje, sexta -

-feira, e amanhã, sábado, no “Festival do Advento”,

que está a decorrer em Praga, na República Checa.

Hoje, o Coro de Câmara de Beja atuará em pleno

mercado de Natal, na praça da Cidade Velha;

amanhã, sábado, na igreja de São Salvador.

O Coro de Câmara bejense esclarece que

a deslocação a Praga surge no âmbito da

comemoração do seu 30.º aniversário e que o

referido festival “é um certame de referência”

que reúne anualmente, naquela cidade, vários

coros provenientes de diversos países. PUB

Professora de Biologia, Maria Ana Ameixa acaba de lançar um livro de aventuras que usa como matéria -

-prima pessoas – os seus alunos – e factos re-ais passados na Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja. Uma viagem “espiritual” despoletada por um “estranho” achado arque-ológico que vai levar este grupo de jovens, atra-vés da Bíblia, até Israel e Itália. Do profano ao sagrado. Parte um: A aventura da desco-berta é, segundo a autora, de fé católica, um li-vro condimentado com “muito perigo, misté-rio e emoção”, cuja sequela já está concluída.

Esta é a sua primeira incursão pela escrita fic-

cional, incentivada pelos seus próprios alu-

nos. Recorde-me como isso aconteceu?

Com regularidade falo com os alunos sobre li-vros, personagens e mensagens apreendidas. Certo dia, numa dessas conversas informais, uma aluna disse-me: “Professora, por que é que não escreve as coisas que fala connosco? A professora tinha jeito…”. Assumi aquelas pa-lavras como um desafio e inesperadamente comecei a escrever. Antes de tentar a edição, dei o manuscrito a ler a alguns alunos e cole-gas que me incentivaram a contactar editoras.

O ponto de partida deste “livro de aventu-

ras” é a própria Escola Secundária Diogo de

Gouveia. Pode desvendar-nos um pouco do

enredo?

Trata-se de um grupo de alunos (figuras reais) e professores (figuras fictícias) que, ao visita-rem umas escavações arqueológicas a decor-rer na escola, descobrem um estranho arte-facto. A procura de respostas conduzi-los-á, através da Bíblia, de Portugal a Israel e a Itália,

Maria Ana Ameixa, 43 anos, natural de Ferreira do Alentejo Formou-se em Biologia, em Coimbra, e leciona há duas décadas na escola onde estudou, a Secundária Diogo de Gouveia, e neste momento também coordena a área de Saúde. Foi igualmente dirigente de movimentos católicos juvenis na Diocese de Beja e atualmente é membro ativo da sua paróquia. Incentivada pelos próprios alunos, estreia-se na escrita ficcional com um livro de aventuras através do qual, assume, tenta passar aos mais jovens “valores que conduzam a uma forma de vida mais sã”.

para terminar onde tudo começou, na Escola Secundária Diogo de Gouveia. O caminho efetuado é decorado pela amizade entre alu-nos e professores, aquecido pela vida emocio-nal dos professores e, simultaneamente, per-corrido por polícias, bandidos e professores estranhos, o que confere muito perigo, misté-rio e emoção à aventura.

Sendo docente de Biologia, à partida seria

pouco provável que enveredasse pelo ter-

reno do “sagrado”. Como chegou aí?

O meu caminho pelo sagrado teve início en-quanto fazia o secundário. Licenciar-me em Biologia, contrariamente ao que se poderá pensar, reforçou-me a fé que, na época, ainda era vacilante. Posteriormente, estive ligada a movimentos de jovens católicos na Diocese de Beja, o que fez nascer uma sensibilidade mais cuidada quanto aos problemas e anseios dos jovens. Num tempo em que se vive com uma enorme falta de valores, tentar que a vida dos discentes com quem trabalho possa ser pau-tada por valores que conduzam a uma forma de vida mais sã é uma prioridade.

O título sugere uma sequela. O que pode-

mos saber sobre ela?

A segunda e última parte está concluída, mas é preciso deixar o primeiro livro respirar para depois dar início à edição do próximo. Trata-se do culminar do caminho espiritual dos alu-nos, iniciado no primeiro livro, bem como o fecho do romance entre os adultos, que muita curiosidade tem suscitado em todos os leitores. Também envolve uma escavação arqueológica, um regresso ao passado, mas desta vez o palco da ação é Ferreira do Alentejo. Carla Ferreira

Professora de Biologia escreve livro de aventuras

Do Liceu de Beja à descoberta do “sagrado”

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