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Livro Verde ameaça Poder Local No 35.º aniversário das primeiras eleições autárquicas, ex-eleitos alertam Margarida Silveira na administração da Ulsba José Manuel Mestre abandona a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo com muitas queixas. Numa altura em que se agitam os di- ferentes candidatos, Margarida Silveira parece ser a escolha mais forte. Mas também se fala no nome do advogado José Gaspar. pág. 9 Câmara de Beja aperta o cinto Orçamento autárquico conta com menos qua- tro milhões de euros e, segundo o executivo, será de “grande austeridade”. Ainda assim, a equipa de Pulido Valente promete reequilibrar as finanças do município em 2012. Vereadores da CDU contestam opções. pág. 8 Advogada de Mértola de novo em tribunal Cecília Palma, que já tinha sido condena- da a três anos de cadeia por falsificação de documentos, volta a sentar-se no banco dos réus, agora pela suposta falsificação de dois pa- receres do Ministério da Agricultura. A nova sentença é lida a 21 de dezembro. pág. 10 O cante sempre foi património da Humanidade págs. 6/7 O cante a vozes que se escuta no Alentejo está a ser proposto a Património Imaterial da Humanidade. Mas no Penedo Gordo, Beja, há quem nem ligue muito a isso. É o caso do grupo coral As Alentejanas. Mulheres que cantam por cantar e para espantar os males da velhice. É coisa que lhes vem da alma. Acabaram de gravar um CD: “As modas c’a gente canta”. pág. 12 PUB SEXTA-FEIRA, 16 DEZEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1547 (II Série) | Preço: 0,90 Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.pt DR O Alentejo é “A Montanha Mágica” de Rodrigo Leão Entrevista exclusiva págs. 4/5 PUB JOSÉ SERRANO

Edição n.º 1547

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Diario do Alentejo

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Livro Verde ameaça Poder LocalNo 35.º aniversário das primeiras eleições autárquicas, ex-eleitos alertam

Margarida Silveira na administração da UlsbaJosé Manuel Mestre abandona a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo com muitas queixas. Numa altura em que se agitam os di-ferentes candidatos, Margarida Silveira parece ser a escolha mais forte. Mas também se fala no nome do advogado José Gaspar. pág. 9

Câmara de Beja aperta o cintoOrçamento autárquico conta com menos qua-tro milhões de euros e, segundo o executivo, será de “grande austeridade”. Ainda assim, a equipa de Pulido Valente promete reequilibrar as fi nanças do município em 2012. Vereadores da CDU contestam opções. pág. 8

Advogada de Mértola de novo em tribunalCecília Palma, que já tinha sido condena-da a três anos de cadeia por falsifi cação de documentos, volta a sentar-se no banco dos réus, agora pela suposta falsifi cação de dois pa-receres do Ministério da Agricultura. A nova sentença é lida a 21 de dezembro. pág. 10

O cante sempre foi património da Humanidade

págs. 6/7

O cante a vozes que se escuta no Alentejo está a ser proposto a Património Imaterial da Humanidade. Mas no Penedo Gordo, Beja, há quem nem ligue muito a isso. É o caso do grupo coral As Alentejanas. Mulheres que cantam por cantar e para espantar os males da velhice. É coisa que lhes vem da alma. Acabaram de gravar um CD: “As modas c’a gente canta”. pág. 12

PUB

SEXTA-FEIRA, 16 DEZEMBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, N.º 1547 (II Série) | Preço: € 0,90

Consulte a agenda cultural diariamente em www.diariodoalentejo.ptD

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O Alentejo é “A Montanha Mágica”de Rodrigo Leão Entrevista exclusiva

págs. 4/5

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2011 Editorial

FloresPaulo Barriga

É claro que vai haver di-nheiro para acabar as obras que a subconces-

sionária Estradas da Planície já teve em marcha no Alentejo: a autoestrada entre o aeroporto de Beja e o porto de Sines. E o itinerário principal entre Castro Verde e Évora. Quanto ao dinheiro, o povo pode descansar, ele vai aparecer. Manchado de sangue, mas vai aparecer. E as estradas vão ser feitas. Perfeitas. E serão inau-guradas com muitos raminhos de f lores colocados ao longo das suas bermas. Assinalando os locais do crime. Ao som de uma qualquer marcha fúne-bre, o dinheiro aparecerá. Já se percebeu a irresponsabilidade a que chegou a dita “concessão do Baixo Alentejo”. Que não assume o abandono das obras por parte dos subempreiteiros e que deixa centenas de quiló-metros armadilhados, mortífe-ros, especialmente no IP2. Mas não nos preocupemos, o di-nheiro para acabar as estradas aparecerá. Rapidamente e em força. Quando começarem a morrer pessoas, quando se es-patifarem mortalmente alguns dos nossos jovens, quando se fizer na televisão o luto pelos defuntos. Em empreendimen-tos comparticipados quase na totalidade por fundos comu-nitários, que viriam, de facto, beneficiar o desenvolvimento do interior, a opção política foi o mero abandono. Com perdas financeiras, económicas e so-ciais para a região, em toda a linha. Perdas que o inverno se encarregará de agravar. Mas que ninguém, em tempo al-gum, irá assumir. Menos no dia em que chegar o dinheiro, é certo que o dinheiro chegará, para acabar as estradas. Mas talvez chegue a bordo das via-turas de emergência do INEM. Talvez. Entre as f lores.

“O fado é o fado e o cante é o cante, mas estamos claramente a falar de dois valores que revelam uma forte identidade de um

povo, que é o português, e as suas expressões culturais”,António Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo

Catarina Lourenço,

9 anos

Sim, existe. Pedi uma Wii, uma Nitendo e jogos para a PSP. Também gostava de ter a escola das Barriguitas e dos Nenucos. Eu portei-me bem este ano… se calhar vou ganhar tudo.

Ana Beatriz Duarte,

9 anos

Sim. Ainda não sei bem o que quero… Quero brin-quedos. Uma Winx Pet Shop. Eu sei que ele vai tra-zer-me prendas na noite de Natal, mesmo à meia-noite.

João Silva,

7 anos

Sim. Um jogo do Tim-Tim para a Playstation 3. Só pedi isso. E ele vai trazer por-que eu porto-me bem nas au-las, quase sempre bem.

João Maria,

12 anos

Existiu. Agora já não existe, morreu há muito tempo. Agora são os pais com o seu di-nheiro que trazem os presen-tes. O meu Pai Natal é a mi-nha mãe. Só pedi um joguinho.

Voz do povo Acreditas no Pai Natal? Que prendas pediste este ano? Inquérito de Ângela Costa

Fotonotícia Já foi o cruzamento de Albernoa. Agora é um dos mais perigosos troços do abandonado IP2. Com o degradar

da sinalização fixa e móvel, esta, como diferentes outras de arte rodoviária que estavam em curso entre Castro Verde e Évora, está transfor-

mada numa autêntica armadilha mortífera para os automobilistas. Os sucessivos desvios, sinuosos, inesperados, incompreensíveis, a jun-

tar à degradação do piso, dão-lhe o tal toque de requinte que faltava a uma verdadeira pista de morte. PB Foto de José Serrano

Vice-versaO cante alentejano devia e merecia ter um reconhecimento internacional maior (…) mas daí a ser reconhecido pela Unesco como é o fado? Sinceramente não me parece que seja… Não sei em que se baseia a candidatura, não sei como ela está a ser apresentada. A minha opinião pessoal é que não se justifica esta candidatura a património imaterial. António Zambujo, www.expresso.pt

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2011Rede social

Quantos imigrantes, em situação le-

gal e ilegal, tem o distrito de Beja?

Devido à crise económica, registou-se um acentuado decréscimo (mais de 50 por cento) do número de imigran-tes nos últimos dois anos. A nossa es-timativa aponta para três mil imigran-tes no distrito: Odemira – mil; Beja – 700; Serpa – 300; Moura, Vidigueira e Ferreira do Alentejo – 200 cada; Aljustrel, Castro Verde e Almodôvar – 100 cada; Mértola – 50; Ourique – 30; Alvito, Cuba e Barrancos, com poucas dezenas. Haverá mais de meio milhar em situação ilegal.

O fluxo migratório para o distrito tem

sofrido alterações? Qual a caracteri-

zação atual?

Apesar da diminuição do número global de imigrantes, visível nos seto-res mais atingidos pela crise, como a construção civil e a hotelaria, mais de 90 por cento da mão de obra agrícola continua a ser estrangeira e concen-tra-se nos perímetros de rega do Mira (estufas) e Alqueva, oscilando con-soante as campanhas sazonais: mo-rango, framboesa, melão, vindima, azeitona… A maior comunidade con-tinua a ser brasileira, com muitos ca-sos de regresso ao país de origem; os mais qualificados (Ucrânia e Europa de Leste) migraram para Lisboa ou Algarve e muitos, depois de se natu-ralizarem portugueses, vão para ou-tros países da UE. Entre os Palop, o mais representado é a Guiné-Bissau, seguida de Cabo Verde; há uma pre-sença magrebina na agricultura e chi-nesa na área do comércio. Nas cam-panhas agrícolas generalizou-se a contratação de cidadãos romenos ou búlgaros, cujo regime legal é o de qual-quer turista oriundo de um país da UE. Mas a livre circulação pode trans-formar-se em livre exploração: sem contrato de trabalho nem descontos para a Segurança Social, por vezes até sem salário, quando o engajador foge com o dinheiro…

Quais os principais problemas com

que se deparam os imigrantes resi-

dentes no distrito?

A obtenção de estatuto legal – Autorização de Residência – é o pri-meiro patamar de acesso a direitos cívicos e laborais, seguindo-se a apren-dizagem da língua portuguesa e a me-lhoria das qualificações profissionais. É nestas áreas que se concentra a ati-vidade da Solim em parceria com ins-tituições como o SEF, a ACT, o IEFP ou a Segurança Social e IPSS como a Caritas. O maior problema é mesmo o desemprego, responsável pela dimi-nuição dos fluxos migratórios.

Nélia Pedrosa

3 perguntasa Alberto

Matos

É mesmo verdade, foi no passado sábado, nos InfantesO mítico bar e discoteca de Beja tornou a reabrir a pista de dança com a presença de alguns dos DJ que marcaram as décadas de 80 e 90: Vítor Santa, irmãos Tagarroso, Rui Eugénio, Cocas e Zé Carlos.

Dirigente da Solim – Associação paraa Defesa dos Direitos dos Imigrantes

Semana passada

DOMINGO, 11SERPA INCENDIADA CARRINHADO FUTEBOL CLUBE DE SERPA

Uma carrinha do Futebol Clube de Serpa foi vandalizada durante a madrugada, acabando por ser incendiada, noticiou a Rádio Voz da Planície. Cerca da 1 da madrugada “desconhecidos tentaram furtar o veículo que se encontrava parado no parque de estacionamento junto ao Estádio 25 de Abril, em Serpa”. Como não a conseguiram levar, lançaram--lhe fogo, “tendo ficado totalmente destruída”. Segundo o presidente da direção do clube, trata-se “de um prejuízo de grande vulto, podendo levar a abdicar de alguns miúdos que jogam no clube”. João Cofones “não acredita que se venham a descobrir os autores”, uma vez que para extinguir o incêndio “a água utilizada lavou os vestígios deixados na viatura”. A Polícia Judiciária, responsável pela investigação, não se deslocou ao local para recolher indícios. Segundo fonte conhecedora da investigação, a PJ assumiu “esse procedimento atendendo ‘ao valor do objeto e à ausência de vestígios físicos’”.

ALENTEJO TURISMO LANÇA CAMPANHAPARA O MERCADO INTERNO

A Turismo do Alentejo anunciou o lançamento, no início de 2012, de uma campanha denominada “O Alentejo dá-lhe tudo”, tendo como público-alvo os turistas portugueses que representam 75 por cento do mercado daquela região. “O que nós queremos dizer aos portugueses é que, apesar das dificuldades, nós não queremos que eles deixem de fazer férias nesta região”, disse o presidente da Turismo Alentejo. A campanha vai oferecer um “vasto conjunto de vantagens”, em articulação como os operadores turísticos, unidades de alojamento, de restauração e de animação turística aderentes a este projeto. “Um turista, em cada três noites de dormida, terá uma noite oferecida. Nos restaurantes aderentes, a oferta de refeições para crianças até aos oito anos, descontos nos programas de animação turística de vinte por cento e entradas gratuitas nos museus e outros locais de interesse histórico”, explicou Ceia da Silva.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 12 DE DEZEMBRO ODEMIRA INTERCIDADES PARA NO CONCELHO

A CP iniciou a alteração ao serviço Intercidades Lisboa--Faro-Lisboa que passa a contemplar uma paragem na estação de Santa Clara-Saboia, no concelho de Odemira, anunciou a Rádio Pax. A Câmara de Odemira “congratula-se pela decisão de ser criada, pela primeira vez, uma paragem do comboio intercidades no concelho, pois até à data apenas se realizavam paragens técnicas, sem serviço de toma de passageiros”. A paragem do comboio intercidades na estação de Santa Clara-Saboia é, segundo a câmara, “de extrema importância estratégica para Odemira, nomeadamente para o interior do concelho e muito em especial para a dinamização turística da barragem de Santa Clara”. O presidente da autarquia lamenta, no entanto, o fim do comboio regional.

SANTIAGO DO CACÉM POPULAÇÃO CONTESTA NOVOS HORÁRIOS DOS INTERCIDADES

Centenas de pessoas concentraram-se na estação ferroviária de Alvalade do Sado, em Santiago do Cacém, em protesto contra os novos horários dos comboios intercidades e a supressão do serviço regional na linha do sul. “Havia dois comboios regionais para Lisboa e dois para o Algarve, mas, a partir de 10 de novembro, um desses comboios foi suprimido. E a partir de hoje já não existe serviço de comboios regionais na linha do sul. Teremos apenas os comboios intercidades em algumas estações, em que as pessoas vão ter de se deslocar por outros meios de transporte, para apanharem esses comboios intercidades”, disse à Lusa o presidente da junta. Rui Madeira referiu ainda que os horários dos intercidades inviabilizam “a possibilidade de os utentes, muitos deles de parcos recursos económicos, se deslocarem às grandes cidades e de regressarem a casa no mesmo dia”.

Hollywood Sobre Rodas no gimnodesportivo de BejaO Clube de Patinagem de Beja organizou este sábado um animado festival de patinagem. Participaram patinadores de Beja, Cuba, Aljustrel, Castro e Almodôvar, estes últimos foram de Pinóquio.

Eles estão sentados, mas a ideia é mesmo cavarA Câmara de Beja acaba de lançar um programa de apoio à revitalização das hortas urbanas. A crise está a empurrar as cidades para o grande sonho do arquiteto Ribeiro Telles.

Os Alentejanos foram à Venezuela ver as danças “Dos Patrias”Uma delegação cultural de Serpa esteve a semana passada na Venezuela, certamente a preparar os próximos “Encontros de Cultura”. O grupo Os Alentejanos cantou e viu dançar.

Estão tão felizes como se vivessem na Idade do FerroNo Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar está patente a exposição “A vida e a morte da Idade do Ferro”. Que acabou de ganhar esta menção honrosa para melhor trabalho de museografia.

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O Alentejo dá-lhe a paz necessária para

compor. Rodrigo Leão chama-lhe a sua

“montanha mágica”. Um sítio onde sobe

para avistar, lá longe, o mar da sua infân-

cia, na Ericeira. À porta do monte tem

uma enorme e secular figueira. Mas

olhando em redor é o montado que se

impõe. No norte alentejano, onde passa

parte do ano, o cante não se faz ouvir,

mas o músico tem um “fascínio” por es-

sas vozes do sul. Não será de estranhar

que num próximo trabalho as suas me-

lodias se misturem com o som grave que

sai das gargantas dos cantadores da pla-

nície. Uma semana após o lançamento

do último CD e da sua apresentação no

Centro Cultural de Belém, o “Diário do

Alentejo” esteve à conversa com um dos

artistas mais aclamados das últimas dé-

cadas e responsável por vários proje-

tos que se impuseram pela diferença no

panorama musical português: Sétima

Legião e Madredeus.

Texto Aníbal Fernandes

O recentíssimo álbum do autor foi em grande parte composto no Alentejo, e o próximo poderá ter uma pitada de cante

O Alentejo é a “montanha mágica”de Rodrigo Leão

❝Sem me aperceber, o facto de estar aqui [no Alentejo]

influenciou grande parte do meu trabalho,

quer nos arranjos, quer nos acordes que procuro.”

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Como é que um conjunto de temas com-

postos, na sua grande maioria, no Alentejo

ganha o nome de “A Montanha Mágica”?

É uma montanha imaginária. Foi um título muito controverso, só eu e o Pedro Oliveira é que o defendemos até ao fim. Muitas das músicas têm a ver com o mar, com a praia do Norte, na Ericeira, o mar da minha in-fância, e esta montanha imaginária per-mite-me ver esse mar a partir daqui, do Alentejo. É uma montanha onde eu tenho o meu refúgio, me afasto da realidade, do dia-a--dia, e onde posso fazer músicas, sonhar…

Há mais de 10 anos que passa parte do

ano no Alentejo. Isso, de alguma forma, in-

fluenciou a sua música?

Acho que sim. Sem me aperceber, o facto de estar aqui, no campo, inf luenciou grande parte do meu trabalho, quer nos arranjos, quer nos acordes que procuro. É evidente que não estou isolado. Muitas vezes estou com a família e amigos, mas é muito dife-rente de estar em Lisboa, no meio daquele stress. Alguns dos temas lembram-me aquelas noites quentes de verão, o céu es-trelado, as estrelas cadentes…

Neste disco, ao nível dos instrumen-

tos, aparece pela primeira vez a guitarra

portuguesa…

É uma guitarra de Coimbra, com a sua afi-nação característica, e da qual gosto muito mais do que da guitarra de Lisboa. De facto, foi a primeira vez que usei este ins-trumento, mas já era uma ideia que tinha de há uns anos para cá. Sou grande fã de Carlos Paredes – tive até a oportunidade de tocar com ele nos Madredeus, em dois ou três concertos e respetivos ensaios. Neste disco havia dois ou três temas em que eu achava que ia resultar, fizemos a experiên-cia com o Rui Vinagre, que é um músico de Coimbra, e resultou.

O que acaba por ser uma feliz coincidência,

já que o fado foi considerado património

imaterial da humanidade, pela Unesco…

Eu não sou grande apreciador de fado. Gosto muito da canção de Coimbra, gosto daquele fado mais triste e obviamente que gosto de alguns fados da Amália, mas não sou grande fã… No entanto, reconheço que o fado é um elemento fundamental da cultura portuguesa. Para mim, o impor-tante são as experiências de aproximação ao fado. Há projetos deste género que, mui-tas vezes, são mais interessantes do que o fado tradicional. Estou a lembrar-me da Naifa; do Miguel Filipe, que canta o último tema deste disco, e tem um projeto cha-mado Novembro; o próprio Madredeus ou os Deolinda.

Este trabalho, para além dos temas ins-

trumentais, tem três vozes masculinas, di-

ferentes entre si. Como é que é foi o pro-

cesso de escolha dos intérpretes?

Curiosamente era para ser exclusivamente

achámos que aquele tema devia ser can-tado. Ele estava em Viseu, escreveu a le-tra de um dia para outro, veio a correr e gravou. Neste concerto de apresentação do CD, no Centro Cultural de Belém, tive-mos a sorte de poder contar com ele e com o Tiago.

Vê-se, no futuro, a pegar na nossa tradi-

ção musical e fazer alguma coisa com base

nesse material?

Já pensei muitas vezes em pegar num coral alentejano e tentar fazer algumas brinca-deiras, compor e ver se sai alguma coisa… Mas nunca aconteceu. Isso seria uma das experiências em que eu sentiria algum fas-cínio em trabalhar. No ano passado tive-mos uma proposta para tocar em Alqueva, em conjunto com um grupo da região, mas depois não se concretizou.

Olhando para trás, quais são as diferenças

essenciais entre esta “Montanha Mágica” e

os outros trabalhos?

É um universo musical muito mais sim-ples, mais depurado. Tive até a necessidade de compor noutros instrumentos que não só o sintetizador e o computador. Toquei baixo, guitarra elétrica, metalofone, até bateria. Isto para ter ideias e bases diferen-tes, e, portanto, o disco resulta numa sim-plicidade maior do que os anteriores que tinham muitos convidados e a Orquestra Sinfonieta de Lisboa. Este som é uma es-pécie de regresso ao início, ao tempo da Sétima Legião.

O disco tem duas semanas no mercado.

Como é que tem sido recebido?

Entrou para o primeiro lugar. É uma sur-presa muito boa e ficamos contentes, por-que não é aquela música mainstream, que é o que normalmente entra para número um. Agora vamos fazer alguns concertos. Dantes lançavas um disco e sabias que ias ter muitos contratos e algumas produções próprias, mas hoje em dia as coisas estão muito diferentes… Temos alguns concer-tos agendados na Bélgica, onde o disco vai sair – também saiu em Espanha esta se-mana –, vamos a Istambul e a 24 de janeiro voltamos ao CCB, em Lisboa.

E para o Alentejo, há alguma data

marcada?

Por enquanto não. Mas sempre que aqui temos tocado somos muito bem acolhidos e temos tido as salas cheias.

E quanto ao futuro, o que se pode esperar

do próximo CD?

Eu gostava de trabalhar uma voz mascu-lina para fazer algumas canções. Esse é um dos objetivos: encontrar a voz masculina que eu tenho na cabeça, mas não sei qual é. Pode ser de alguém que está a começar, ou até de quem já cante, não sei… Mas não será, certamente, no ano que vem, deve ser para daqui a dois anos.

Já pensei muitas vezes em pegar num coral alentejano e tentar fazer algumas brincadeiras, compor e ver se sai alguma coisa… Mas nunca aconteceu. Isso seria uma das experiências em que eu sentiria algum fascínio em trabalhar.

Sétima Legião volta a atacar

Em 1982, Rodrigo Leão foi um dos fundadores da Sétima Legião. Três anos depois, em conjunto com Pedro Ayres Magalhães, ajuda ao parto de Madredeus, grupo onde permanece até 1994. Antes, em 1993, lançou a

solo “Ave Mundi Luminar”, com Vox Ensemble, a que se seguiram mais dois tra-balhos: “Mysterium” (1995) e “Theatrum” (1996). Em 1999, a Sétima Legião edita o seu último disco: “Sexto Sentido”.Mas em 2000, com o lançamento de “Alma Mater”, a crítica e o público acla-mam, definitivamente, a sua obra a solo, e, daí para cá, já editou mais seis CDs: “Pássion” (2001), “Cinema” (2004), “O Mundo” (2006), “Portugal, um retrato so-cial” (2006), “A Mãe” (2007) e, este ano, “A Montanha Mágica”. No entanto, nota-se em Rodrigo Leão uma certa nostalgia sempre que fala do seu primeiro grupo. Tem continuado a trabalhar com alguns dos músicos que inte-gravam a banda e, no ano em que se comemora os 30 anos do nascimento dos Sétima Legião, vai haver novidades.“Estamos entusiasmados com a ideia de voltar a reunir a Sétima Legião”, diz Rodrigo Leão. “De há 10 anos para cá apenas tocámos duas ou três vezes no Frágil. Vamos fazer entre oito e 10 espetáculos, reeditar um best off e juntar um DVD com um concerto gravado pela RTP2, no Pavilhão Carlos Lopes, em 1991 ou 92, quando a banda estava no auge. Lá para abril devemos entrar em estúdio”.

instrumental. Só na parte final, em que já estava a trabalhar com o Pedro Oliveira e o Tiago Lopes, que me ajudam a produzir os discos, é que começamos a sentir que ha-via dois ou três temas que deviam ser can-tados. O processo de escolha é muito intui-tivo. Acabo por escolher pessoas de quem conheço bem o trabalho – é o caso do aus-traliano Scott Matthew, de quem o meu ir-mão Tomás me tinha oferecido um disco, há uns três anos, e do qual eu tinha gos-tado imenso. E aquela música pedia uma voz que só podia ser a dele. Acabou por não poder vir a Lisboa e gravou em Berlim. Entretanto pedi-lhe para filmar enquanto gravava, e, agora, nos concertos, temos feito a projeção dele a cantar e nós a tocar--mos, uma experiência que resultou muito bem. O Tiago Petit foi uma escolha óbvia. O tema tem inf luência da música brasi-leira, e eu tinha gostado muito do seu pri-meiro trabalho. Por último o Miguel Filipe. Quatro dias antes de acabar as gravações

“A Montanha Mágica” tem 12 temas e incluiu um DVD gravado ao vivo no Casino Estoril em 2011. Todos os temas foram compostos

por Rodrigo Leão, e os três cantados têm palavras escritas por Ana Carolina (“O Fio da Vida”), Scott Matthew (“Terrible Dawn”) e

Miguel Filipe (“O Hibernauta”). Para além do autor, participam neste CD Celina da Piedade (acordeão), Viviena Tupikova (violino e

piano), Bruno Silva (viola), Carlos Tony Gomes (violoncelo), Pedro Wallenstein (contrabaixo), Tó Trips (guitarra elétrica), Rui Vinagre

(guitarra portuguesa), João Eleutério (guitarra elétrica), Pedro Oliveira (guitarra elétrica) e Tiago Lopes (guitarra elétrica e percussão).

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Na capa

A 12 de dezembro de 1976 milhares de candidatos participaram nas pri-

meiras eleições para as autarquias locais em todo o País. Foi um ato gi-

gantesco de envolvimento político e de empenhamento na vida coletiva.

E os homens e mulheres, então eleitos, foram os grandes impulsionado-

res e fundadores daquilo que é hoje o Poder Local democrático.

Texto Carlos Júlio Ilustração Paulo Monteiro

Antigos autarcas recordam as primeiras eleições locais há 35 anos

“Fomos as pedras em que o alicerce do Poder Local assentou”

Depois de conquistada a liberdade democrática a 25 de Abril de 1974 os portugueses já tinham votado

três vezes – a 25 de Abril de 1975 para a as-sembleia constituinte, um ano depois para as eleições legislativas e a 27 de junho de 1976 para a Presidência da República. Mas as eleições para o Poder Local, quer pelo nú-mero de candidatos que mobilizou, quer pela proximidade às populações e a sua ca-pacidade para resolver os problemas mais imediatos das pessoas – água, luz, estradas e saneamento –, ganharam uma importân-cia acrescida.

Trinta e cinco anos depois, o “Diário do Alentejo” foi procurar alguns dos prota-gonistas deste início da “arqui-tetura” do Poder Local no Baixo Alentejo. Todos referem

a “alegria”, o ”empenhamento”, a “disponi-bilidade” que então existiam.

O padre Manuel Reis, ainda hoje a exer-cer a sua função pastoral, tinha 34 anos. Foi eleito pelo PS presidente da Câmara

Municipal de Vidigueira. Diz hoje ao “Diário do Alentejo” que “foram tempos muito gratificantes”: “Começámos tudo do zero. Sobre o Poder Local existia ape-nas o que dizia a constituição. Tudo o resto, a própria legislação, apareceu depois”.

Manuel Reis esteve apenas um man-dato (de três anos) à frente da câmara,

mas recorda “com muito gosto” este perí-odo “em que todos nos empenhámos, inde-pendentemente dos partidos a que perten-cíamos, nos caboucos desta construção que

foi o Poder Local e de que, muitas ve-zes, fomos as pedras em que o

alicerce assentou”.“Havia muito empenho.

O espírito de todos era ser-vir e melhorar as

condições de vida das populações. Faltava tudo: água, esgotos, caminhos. Havia mui-tas povoações no Alentejo, não no concelho, ainda sem eletricidade. Os meios de que dispunhamos eram quase nulos, mas todos fazíamos os impossíveis para resolver essas carências e sentíamos que estávamos a tra-balhar para o bem da comunidade”, diz.

O mesmo sentimento é partilhado por Fernando Caeiros, eleito pela FEPU (Frente Eleitoral Povo Unido, liderada pelo PCP) em Castro Verde. “As primeiras eleições autár-quicas marcaram a institucionalização de um novo modelo de relacionamento com os cidadãos através do voto e de um compro-misso político dos candidatos com os elei-tores, que às vezes não passava de uma folha em formato A4, mas que foi importante no assumir de uma nova postura e de uma nova forma de encarar o poder local”, refere.

Fernando Caeiros, agora vogal da autori-dade de gestão do INAlentejo, quando foi eleito em 1976 era o mais jovem presidente de câ-mara do País. Tinha 22 anos e considera que a sua candidatura “não foi um ato nem refletido, nem irrefletido”: “Aconteceu. Nessa altura já o antigo espaço republicano e oposicionista se ti-nha dividido, com as principais personalida-des a definirem-se pela social-democracia. Em

Castro Verde, o MDP/CDE tinha algum peso, mas pou-cas figuras. Talvez por isso

tenha sido escolhido para en-cabeçar a lista”.

Foram tempos muito gratificantes. Começámos tudo do zero. Sobre o

poder local existia apenas o que dizia a constituição. Tudo o resto, a própria

legislação, apareceu depois”. Padre Manuel Reis, primeiro presidente de Vidigueira❝ “Foram tempos de grande alegria. Ainda vínhamos embalados com

os sonhos do 25 de Abril, da revolução, de querermos fazer tudo.

Para nós o importante era resolver os problemas das populações,

fossem ou não competência dos municípios”. Francisco do Ó Pacheco

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Recorda que “as eleições foram muito e vivamente participadas, com uma con-corrência forte entre as diversas candi-daturas, mas as questões em debate não eram muito partidárias, porque os parti-dos nessa altura ainda não estavam muito consolidados”.

Fernando Caeiros, após ser eleito, ela-borou umas pequenas fichas de inquérito que distribuiu pelas localidades do conce-lho onde perguntava quais eram as neces-sidades mais sentidas pelas populações. “Era tudo feito na base do voluntarismo, as câmaras não tinham técnicos e mesmo o quadro de pessoal era muito escasso. Mas as populações também, nessa altura, não pediam muito: um fontanário, um cami-nho, etc. Os grandes projetos só vieram depois”.

Para o ex-autarca, “estas primeiras elei-ções foram apenas um ponto de partida, o princípio de um percurso em que ensaiá-mos o que depois foi conseguido, nome-adamente a lei que consagrou a autono-mia financeira das autarquias locais, em 1979”.

Mas nem sempre tudo corre pelo me-lhor. “Há momentos na vida autárquica de uma solidão atroz. Quando as coisas cor-rem bem, os sucessos são partilhados por todos. Quando correm mal, como às vezes acontece, o principal responsável é sempre o presidente da câmara que vive esses mo-mentos duma forma solitária e muito difí-cil”, desabafa Fernando Caeiros.

Por esta altura, em Beja, Manuel Masseno, depois de presidir à Comissão Administrativa da Freguesia de Santa Maria, foi candidato à assembleia municipal.

Para este militante do PS, “foram tem-pos memoráveis”. Masseno recorda “so-bretudo o entusiasmo das pessoas nessas primeiras eleições” de que resultou, na sua freguesia, uma votação “que ultrapassou os 90 por cento”.

“As coisas eram muito diferentes da-quilo que hoje acontece. Tudo era novo e toda a gente tinha uma grande espe-rança. Havia uma grande disponibilidade para todos participarem e tudo era feito à borla”, diz.

Nessas primeiras eleições, das 14 câ-maras do distrito, a FEPU elegeu nove presidentes (Aljustrel, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Odemira e Serpa), o PS quatro (Almodôvar, Alvito, Moura e Vidigueira) e o PSD apenas em Ourique.

FEPU ganha no litoral No litoral alentejano, as quatro câmaras do distrito de Setúbal (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines) foram ganhas pela FEPU.

Em Sines, Francisco do Ó Pacheco ti-nha 28 anos quando foi eleito presidente da câmara. Era prospetor bancário e foi es-colhido para liderar a lista em plena obra de construção do complexo industrial.

“Como se não bastasse ser tudo novo, ainda havia a desvantagem das obras, o que fazia com que Sines tivesse o dobro da popula-ção e muitos problemas, para além daque-les que eram habituais noutros concelhos”, refere ao “Diário do Alentejo”.

“Mas foram tempos de grande alegria. Ainda vínhamos embalados com os sonhos do 25 de Abril, da revolução, de querermos fazer tudo. Para nós o importante era re-solver os problemas das populações, fos-sem ou não competência dos municípios.

Tínhamos um lema que era o seguinte: tudo o que acontecesse num município, fosse de que natureza fosse, tinha a ver com a câmara”, acrescenta.

Francisco Pacheco, que ainda se mantém como autarca, agora como vereador na oposi-ção, ainda na Câmara de Sines, diz que “havia uma disponibilidade e uma vivência coletiva muito diferente da que existe hoje”: “A Câmara não tinha dinheiro, mas dávamos as máquinas, os materiais apareciam e a mão de obra era ofe-recida. E as coisas apareciam feitas: as estradas,

os caminhos, etc. Hoje há um envolvimento muito pequeno das populações em qualquer decisão e criou-se um sistema de subsidiode-pendência em que se perdeu, por exemplo, a própria base comunitária de muitas asso-ciações, que deixaram de ter assembleias ge-rais participadas e em que arranjar uma lista para a direção é muito difícil”.

E acrescenta que, na sua opinião, “as au-tarquias caminharam e caminham para uma tecnocracia exageradíssima, cada vez mais distante da realidade das comunida-des em que se integram. E se a Reforma da Administração Local for para a frente será a estocada final no Poder Local”.

Manuel Masseno partilha a mesma opi-nião e diz estar “muito desanimado com o curso que a política, em geral, está a seguir”: “Há um grande desinteresse por parte de to-dos”, diz.

Sobre o Poder Local, que diz ser “de to-dos os poderes o que mais brilhou e mais trabalhou em todos os anos que levamos de democracia”, considera que está ameaçado. “O que este governo está a pretender fazer com a Reforma da Administração Local é sinal de que não percebe nada disto. Acabar com uma junta de freguesia no Alentejo é uma coisa muito diferente de acabar numa grande cidade. Se tiram a junta de fregue-sia, depois de já terem tirado tudo, até a GNR, onde é que as pessoas se podem diri-gir, a quem se podem queixar?”, pergunta. E deixa o desabafo: “Estes governantes an-dam na lua e o ministro da Administração Interna não sabe absolutamente nada do que anda a fazer”.

Fernando Caeiros, por seu turno, aponta também a diferença que há em preten-der extinguir freguesias nos grandes cen-tros urbanos, ou no interior, já de si deser-tificado, e teme que “as alterações de que se fala podem ser complicadas porque visam trazer para o Poder Local alguma das carac-terísticas de outros níveis de poder, o que é mau”.

“O que é preciso é não desistir do Poder Local. A proximidade que existe e o conhe-cimento que os cidadãos têm acerca das decisões e dos intervenientes no espaço público tornam os governos locais mais efi-cazes do que outros níveis da administra-ção. E na democracia isso é o que mais vale a pena”, conclui.

O padre Manuel Reis entende não se pro-nunciar sobre os desafios atuais do Poder Local. Diz apenas que “hoje as coisas são diferentes, há mais assessores e mais téc-nicos, mas falta o envolvimento “que exis-tia nessa altura”. Um envolvimento “que passava mesmo pelos diversos presidentes de câmara de todo o distrito, independen-temente da área política a que pertenciam. Reuníamo-nos todos os meses, sempre num concelho diferente e era um momento de trabalho, mas também de partilha e de con-vívio. Criámos laços de amizade uns com os outros, que também facilitava muito as coi-sas”, acrescenta o pároco de Vidigueira.

Programa eleitoral A primeira carta de intenções da FEPU para o concelho de Beja

PCP assinala aniversáriodo Poder Local

com críticas ao “Livro Verde”

O PCP juntou no sábado, em Arraiolos, cerca de centena e meia de antigos e atuais autarcas de todo o Alentejo num encontro comemorativo dos 35 anos das primeiras eleições autárquicas.

Jerónimo de Sousa disse que é uma data “de inegável significado no processo de institucionalização do Poder Local democrático” e “digam o que disserem os detratores do Poder Local, digam o que disserem aqueles que o tentam menori-zar para melhor o poderem atacar e destruir, aí estão à vista do País e do povo as profundas transformações operadas pelo Poder Local na melhoria das condi-ções de vida da população”.O secretário-geral do PCP aproveitou a ocasião para expressar fortes críticas ao “Livro Verde para a Reforma Administrativa”, dizendo que consubstancia uma “declarada intenção de destruição do Poder Local democrático”.“As propostas agora anunciadas visam liquidar a autonomia das autarquias e reconstituir um modelo de dependência e subordinação existente até ao 24 de abril, num novo salto qualitativo na ofensiva contra o Poder Local democrá-tico”, disse Jerónimo de Sousa.O líder do PCP salientou que esta é “uma ofensiva” que nega às populações “já o direito à saúde e à educação, retira-lhes os transportes e os serviços de correios e quer agora roubar-lhes a junta de freguesia, o único elemento de proximidade e representação dos interesses populares que ainda resiste em centenas de loca-lidades”, concluindo que “é caso para se dizer que depois de levarem a escola, o centro de saúde, a carreira e os correios, levando a junta de freguesia resta o ce-mitério, e mesmo esse só por lá fica porque não o podem retirar, privatizado se possível e a dar lucro”. CJ

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Orçamento para 2012 de 38,5 milhões de euros é “o mais limitativo dos últimos anos”, diz presidente da Câmara de Beja. Proposta vai ser discutida e votada na próxima terça-feira, dia 20, na Assembleia Municipal de Beja, onde a CDU tem maio-ria absoluta.

De “grande austeridade” e “o mais li-mitativo dos últimos anos”. É assim o orçamento para 2012 de 38,5 mi-

lhões de euros aprovado na segunda-feira pela Câmara Municipal de Beja, um orça-mento que pretende reequilibrar as finanças do município. O orçamento, que apresenta uma redução de 4,1 milhões de euros em re-lação ao deste ano, foi aprovado em reunião extraordinária de câmara pelos quatro elei-tos do executivo PS e os votos contra dos três vereadores da oposição CDU.

De acordo com o presidente da câmara, o “peso das faturas e dos compromissos de 2008 e 2009”, quando a autarquia era gerida pelo anterior executivo CDU, “recabimentação elevada, cortes nas transferências do Estado, quebra de receitas, novas regras impostas pelo Estado e encargos fixos demasiado elevados” condicionaram o orçamento do município para 2012.

Entre os “desafios urgentes” do orçamento, o autarca destacou a necessidade de “reequili-brar a situação financeira da câmara, raciona-lizando e reduzindo a despesa e recuperando, tanto quanto possível, o passivo”.

A “aceleração económica” do concelho de

Beja, “através da captação e fixação de investi-mentos”, “reforçar a coesão social”, realização de eventos para promover Beja e com “ganhos económicos” e uma “política cultural assente num quadro de alta contenção” são outros dos “desafios urgentes”.

Entre os projetos incluídos no orçamento, o autarca destacou a requalificação da ciclo-via, a construção do edifício sustentável para albergar os serviços técnicos do município e as obras de regeneração urbana, como as da baixa de Beja e do bairro da Mouraria, intervenções já no terreno, e o projeto Hortas Urbanas e a in-tervenção no mercado municipal.

Segundo o autarca, o orçamento para 2012 contempla “opções difíceis, mas necessárias”, como “reduzir ao máximo” intervenções, fei-ras, certames e atividades sem financiamento

comunitário e adiar obras não urgentes, mas com financiamento comunitário assegurado.

Em “contrapartida”, a autarquia vai “asse-gurar liquidez para as intervenções urgentes e financiadas, reduzir os compromissos e pra-zos de pagamentos, reforçar os apoios sociais e manter os apoios às associações e aos clubes desportivos, disse.

O orçamento, que contempla uma verba de quase 1,4 milhões de euros para as juntas de freguesia, vai ser discutido e votado no pró-ximo dia 20 na Assembleia Municipal de Beja, onde a CDU tem maioria absoluta.

“Se a oposição tiver sentido de responsa-bilidade” vai deixar “passar” o orçamento na Assembleia Municipal de Beja, porque, “se não o fizer põe em causa alguns projetos que são essenciais”, disse.

Câmara perde mais de quatro milhões de euros

Beja com orçamento “de grande austeridade”

Menos quatro milhões

Dificuldadesem Ourique

Orçamento de Beja

CDU estácontra

O executivo do município de Ourique propõe um orçamento e opções do plano para 2012 de 18,8 milhões

de euros, menos quatro milhões do que este ano, o equivalente a uma redução de 18 por cento. A proposta vai ser apresentada hoje, sexta-feira, pelo executivo municipal socia-lista para votação na reunião da Assembleia Municipal, depois de ter sido apresentada em reunião de câmara.

Após um período de “preparação de me-didas de contenção da despesa da autarquia”, o executivo decidiu lançar um “corte drástico nas opções financeiras” para adaptar os seus recursos à “redução em mais de um milhão de euros de receitas provenientes do Orçamento do Estado entre 2011 e 2012, a diminuição sig-nificativa das receitas com impostos munici-pais e o agravamento da carga fiscal e dos cus-tos com a banca”. Os cortes vão afetar todos os setores do município, com maior incidência ao nível dos projetos e infraestruturas, ativida-des culturais e desportivas, bem como a redu-ção de custos com pessoal.

Os vereadores da CDU consideram que o orçamento do município de Beja para 2012 “é mau para o con-

celho, coloca em causa a viabilidade de algu-mas instituições, prejudica as freguesias, va-loriza a realização de eventos e não aposta nas pessoas”.

Os autarcas, que votaram contra o orça-mento na reunião de câmara realizada na se-gunda-feira, contestam ainda o facto de terem recebido “a proposta de orçamento do muni-cípio para 2012 apenas na passada sexta-feira”, criticando o facto de a maioria PS na autarquia “ter dado pouca margem de manobra para es-tudar a mesma e apresentar alternativas”.

Aquando da apresentação do orçamento em reunião de câmara, a oposição fez algu-mas sugestões, nomeadamente em relação às transferências para as freguesias, sendo que a sua proposta “foi para um aumento de 50 mil euros das verbas a transferir”. “Se os valores [propostos pela maioria PS] se man-tiverem algumas freguesias podem ver os seus orçamentos reduzidos até 20 por cento”, consideram. Os autarcas frisam ainda que se o orçamento “for aprovado tal como está”, o Conservatório Regional e a Assembleia Distrital “podem ver o seu funcionamento colocado em causa”.

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Actualmilhões de euros é o valor

do orçamento da Câmara Municipal

de Beja para 2012.38,5

O peso das faturas e dos compromissos de 2008 e 2009, recabimentação elevada, cortes nas

transferências do Estado, quebra de receitas, novas regras impostas pelo Estado e encargos fixos

demasiado elevados” condicionaram o orçamento do município para 2012. Jorge Pulido Valente❝

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José Mestre está de saída da Ulsba

Margarida Silveiraassume presidência

Mais falsificações em Mértola

Advogadavolta a tribunal

Uma advogada de Mértola, já condenada a três anos de prisão por cinco crimes de falsificação de documento, começou a ser julgada esta semana por outros dois

crimes semelhantes, desta vez por ter falsificado dois parece-res do Ministério da Agricultura.

Na primeira sessão do julgamento, que decorreu na terça--feira no Tribunal de Mértola, foi lida a acusação pública, a cargo do Ministério Público, e a arguida, Cecília Palma, de 45 anos, acusada de dois crimes de falsificação de documento, fez a “confissão integral e sem reservas” dos factos de que é acu-sada. Por isso, não foram ouvidas as testemunhas, a acusação e a defesa fizeram as alegações finais e a juíza marcou a leitura da sentença para o próximo dia 21, às 13 e 30 horas.

A acusação, considerando “graves” os crimes praticados por Cecília Palma na qualidade de advogada, pediu a condena-ção da arguida, mas não indicou uma pena concreta.

A defesa pediu à juíza para considerar a confissão da ar-guida como atenuante e defendeu a condenação com uma pena de prisão suspensa ou pena de multa.

Segundo a acusação, Cecília Palma, na qualidade de ad-vogada e em dois casos, foi mandatada pelo presidente da Câmara de Mértola, Jorge Rosa, para reunir os documentos e desenvolver os procedimentos necessários à realização de duas escrituras públicas.

A primeira escritura, que se realizou a 10 de março de 2006 num cartório em Cascais, visava fracionar o prédio misto “Corte Pequena”, situado em Alcaria Ruiva (Mértola) e pro-priedade de oito pessoas, desanexando uma área de 75 mil me-tros quadrados para ser vendida a Jorge Rosa.

A segunda escritura, que se realizou a 31 de julho de 2007 num cartório em Serpa, visava facionar o prédio que Jorge Rosa havia adquirido através da primeira escritura, desane-xando uma área de 37 500 metros quadrados para ser vendida a outra pessoa.

Os negócios exigiam pareceres favoráveis da Direção Regional de Agricultura do Alentejo (DRAA) do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (Madrp) a autorizar as desanexações.

Nos dois casos, a arguida produziu os pareceres com re-curso a meios informáticos e usando o timbre do Madrp-DRAA e “assinatura idêntica” à do então diretor de Serviços de Desenvolvimento Rural da direção, Francisco Silva Correia.

Nas escrituras, foram entregues e arquivadas nos cartórios duas fotocópias, certificadas pela arguida, dos dois pareceres a autorizar as desanexações, com o timbre do Madrp-DRAA e “pretensamente” assinados por Francisco Silva Correia.

Os pareceres nunca foram emitidos pela DRAA nem as-sinados por Francisco Silva Correia, mas sim fabricados pela arguida.

“De Sá Carneiro à crise do euro” é o tema da conferência de Natal que a comissão política

distrital de Beja do PSD promove hoje, sexta-feira, pelas 21 horas, no auditório da Escola

Superior de Educação. A conferência deverá contar com as participações de Jorge Moreira

da Silva, vice-presidente da comissão política nacional do PSD, e de José Ribeiro e Castro,

deputado e presidente da comissão parlamentar de educação, ciência e cultura.

PSD debate “De Sá

Carneiro à crise do euro”

Sindicatos em semana de protesto No âmbito da Semana de Protesto e Ação da CGTP/IN “contra os sucessivos ataques aos trabalhadores e ao povo português”, que decorre a nível nacional, a União dos Sindicatos do Distrito de Beja ins-tala hoje, sexta-feira, nas portas de Mértola, em Beja, a “árvore de Natal do protesto e indignação”. Ao longo da semana, os sindicatos dos vários setores têm dinamizado, ainda, no distrito, diversas ações junto dos trabalhadores nas empresas, “con-tra as tentativas de aumento do horário de trabalho e contra o trabalho forçado”.

José Manuel Mestre vai deixar, no final do ano, o cargo de presi-dente do conselho de administra-

ção da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba).

Segundo uma notícia avançada na quarta-feira, dia de fecho desta edição, pela Rádio Pax, José Manuel Mestre, “depois de questionado, mostrou a sua disponibilidade ao Ministério da Saúde de continuar em funções até final do ano”. Recorde-se, no entanto, que o mandato desta administração terminou em setembro.

No mesmo dia, foram ainda avança-das diversas notícias sobre a constitui-ção da nova administração, prevendo-se que seja Margarida Silveira, administra-dora hospitalar, que até agora desem-penhou funções na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, a escolhida para liderar o conselho de administra-ção da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo. No entanto, foi ainda avan-çado o nome de José Gaspar, jurista e

antigo administrador da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), que poderá também integrar o conselho de administração, bem como Horácio Feiteiro, médico.

De acordo ainda com a Rádio Pax, num comunicado enviado aos funcio-nários, José Manuel Mestre queixa--se de “injustiças na atribuição de ver-bas à Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo”.

Segundo o presidente da Ulsba, en-tre 2009 e 2011, “a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo recebeu menos 26,4 milhões de euros do que a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano”, lembrando que esta tem menos cerca de 10 mil habitantes.

José Manuel Mestra fala em “falta de equidade”, no que ao tratamento entre as duas unidades diz respeito, referindo--se à atribuição de valores per capita por habitante.

José Mestre afirma ainda que os es-tudos efetuados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) atribuíram um “coeficiente de ajusta-mento local” superior à Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, lamen-tando que o anterior conselho de admi-nistração da ARS Alentejo não o tenha respeitado.

Apesar dos esforços, a situação nunca foi revista, diz José Manuel Mestre, con-cluindo que “não tem condições” para continuar no cargo.

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Grândola e Setúbal com Sonae e Amorim Turismo

Reveillon nas margens do Sado

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Comporta é o segundo melhor “concessionário de praia do País” A Herdade da Comporta, concessionária da praia da Comporta, foi distinguida com o se-gundo prémio do concurso “Melhor concessionário” promovido pela ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa, anunciou a Câmara Municipal de Grândola. O concurso, pa-trocinado pela Fundação Vodafone Portugal, visa “premiar as boas práticas e estimular

o interesse e participação ativa dos concessionários que, por estarem mais próximo dos utentes, estão também mais atentos aos problemas e necessidades sentidas nas praias”. A praia da Comporta é distinguida “pela limpeza, acessos, ordenamento do es-tacionamento, sinalética, informação disponibilizada, gestão de resíduos, inovação, imagem da concessão e equipamento envolvente”.

“Um brinquedo por um sorriso” Caritas Diocesana de Beja vai participar como

parceira, à semelhança dos anos anteriores, na

campanha “Um brinquedo por um sorriso”, cuja

entidade promotora é a Primavera BSS, através

do programa CoRe:Corporate Responsibility. A

campanha “é uma iniciativa benemérita que tem

como principal objetivo a oferta de um brinquedo

a crianças desfavorecidas”, esclarece a Caritas. O

evento terá lugar na próxima terça-feira, dia 20,

pelas 15 horas, no Instituto Politécnico de Beja, e

inclui, para além da entrega dos brinquedos, um

lanche convívio e contos para crianças a cargo de

Cristina Taquelim, da Biblioteca Municipal de Beja.

Festa de Natal para idosos de SinesA Câmara Municipal de Sines organiza no próximo

dia 20, às 15 e 30 horas, a Festa Convívio Natal

2011 para os idosos do concelho. Este ano, a festa

realiza-se no Pavilhão Municipal dos Desportos

e a animação musical está a cargo do duo Noémia

Duarte e António Cardoso. No ano passado, a festa

convívio teve a participação de cerca de 580 idosos

do concelho.

PCP promove banca de Natal O centro de trabalho de Beja do Partido Comunista

Português tem em funcionamento uma banca de Natal

composta por livros, CD, DVD, artesanato, produtos

e vinhos regionais. De entre os títulos disponíveis

encontram-se textos de Álvaro Cunhal, nomeadamente

Obras Escolhidas, “onde é apresentada a reflexão teórica

e política que o histórico secretário-geral do PCP

imprimiu no percurso de luta do partido ao serviço dos

trabalhadores, do povo e do País”, realça a comissão

concelhia de Beja. Carlos Marx, Lenine e Soeiro

Pereira Gomes são outros dos autores em destaque. A

banca oferece ainda os Cadernos de História do PCP,

documentos políticos, serigrafias e gravuras, assim como

as grandes canções e poemas de José Barata Moura, José

Carlos Ary dos Santos, Adriano Correia de Oliveira e

Luísa Basto, entre muitos outros.

Aljustrel apela ao sentido cívico A Câmara Municipal de Aljustrel, no âmbito do projeto

“EcoAljustrel”, está a fazer chegar a todas as habitações

do concelho um manual, informando e apelando aos

munícipes para seguirem algumas regras na deposição

e acondicionamento dos resíduos indiferenciados.

“Apesar de os atuais circuitos de recolha cobrirem a

totalidade do concelho e da autarquia ter ao dispor

dos aljustrelenses serviços, bem como uma linha

verde, que ajudam no encaminhamento dos resíduos,

ainda acontece encontrar, aqui ou ali, entulhos,

pneus, eletrodomésticos, colchões, mobiliário ou

outros resíduos que em nada dignificam o concelho”,

refere a autarquia em comunicado. “Por isso, e no

sentido de facilitar a vida a todos, a câmara procura

consciencializar os utilizadores do sistema municipal de

gestão de resíduos sólidos urbanos para que procurem

acondicionar da melhor maneira possível o lixo gerado

e respeitem as instruções de operação e manutenção

do serviço de recolha que emanam do Regulamento

Municipal de Resíduos Sólidos e Higiene Urbana”.

Fogo de artifício nas duas margens do Sado, Nuno Markl e Herman José em Troia, os Hands On Approach na ou-tra margem do Sado, são atrações para a passagem de

ano na região de Setúbal. “Venha passar um fim de ano azul numa das mais belas baías do mundo” é o convite feito pelos operadores da Sonae Turismo e da Amorim Turismo, regiões de turismo de Lisboa e Vale do Tejo e da Costa Alentejana e câmaras municipais de Setúbal e Grândola. A ideia partiu da Sonae e da Amorim Turismo, mas contou desde logo com a

adesão das duas regiões de turismo e das duas autarquias. “Este dia vai ser o início de um processo de afirmação

cada vez mais forte das virtualidades da baía de Setúbal e da península de Troia e daquilo que, em conjunto, podemos e devemos fazer. E que, se calhar, há mais tempo que devia ter sido feito”, disse o presidente da Câmara de Grândola, Carlos Beato. “Queremos merecer a confiança de quem nos visita, de quem nos escolhe, porque o nosso produto é um produto de excelência”, frisou o autarca.

A Caritas Portuguesa lançou mais uma edição da campanha “10 milhões de Estrelas –

Um Gesto pela Paz”, que consiste na compra de uma vela por um preço simbólico de um

euro. Sessenta e cinco por cento do dinheiro angariado vai ser canalizada para as Caritas

Diocesanas, os restantes 35 por cento vão ser aplicados num projeto de luta contra a fome na

Somália. A campanha decorre até ao próximo dia 21.

Caritas lança “10 milhões de estrelas – Um

gesto pela Paz”

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Em substituição do Centro de Artes Tradicionais

Museu do Artesanato e do Design abre em Évora

Abriu em Évora um novo museu que “casa” o artesanato com o design. Este museu, da responsabilidade da

Turismo do Alentejo, ERT, vem substituir o antigo Centro de Artes Tradicionais, virado apenas para o artesanato e já com “pouca capa-cidade para atrair visitantes”, nas palavras do presidente da Turismo do Alentejo.

Para Ceia da Silva, embora sedeado em Évora, este museu tem “uma vocação nacio-nal”, uma vez que junta às coleções de artesa-nato uma nova coleção de design, propriedade

do colecionado e professor da Universidade de Évora, Paulo Parra que, “a título de emprés-timo, disponibilizou as mais de 2 500 peças do seu acervo”.

No espaço do antigo Centro de Artes Tradicionais foram feitas algumas obras de adaptação por iniciativa da Turismo do Alentejo e da Câmara Municipal de Évora, “embora todo o dinheiro que aqui foi gasto tenha sido nosso. A Câmara de Évora dis-ponibilizou dois funcionários dos quatro que são necessários para manter este museu

aberto”, refere Ceia da Silva.O novo museu do artesanato e do design

passa agora a contar com novas áreas de inves-tigação, biblioteca e reservas, na ótica da sua fu-tura inclusão na Rede Portuguesa de Museus.

Ao “Diário do Alentejo” o colecionador Paulo Para, que assume o cargo “não remu-nerado” de diretor artístico, disse que a liga-ção entre artesanato e design é “natural” e que o museu não irá criar compartimentos estan-ques entre as duas áreas.

“Formas Úteis no Artesanato Alentejano”,

“25 Mestres do Design Internacional” e “Cadeiras de Design Nacional” são as três ex-posições que podem ser ali vistas nestes pri-meiros tempos. Outras lhes seguirão, estando prevista uma grande rotatividade nos progra-mas expositivos e a edição de catálogos de cada uma dessas exposições, possibilitando “novas conotações sociais e antropológicas” entre o artesanato e o design.

O Museu do Artesanato e do Design de Évora (MADE) pode ser visitado durante o horário habitual. CJ

A A s so c iaç ão Por t u g ue sa de Museologia (APOM) atribuiu uma menção honrosa na categoria de

“Melhor Trabalho de Museografia” ao pro-jeto museológico inerente à exposição, pa-tente no Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (MESA), “A Vida e a Morte na Idade do Ferro”. O referido projeto foi orga-nizado e promovido pela Câmara Municipal de Almodôvar, Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar e pela Arqueohoje, tendo como base os resultados da investiga-ção no âmbito do projeto Estela, esclarece a autarquia.

A menção honrosa foi atribuída no âm-bito dos prémios APOM 2011, que têm como objetivo “incentivar e premiar a

Associação Portuguesa de Museologia premeia imaginação e criatividade

Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar distinguido

Susa Monteiro, que venceu recentemente o Prémio Stuart de Desenho de Imprensa, na categoria de

ilustração, com um trabalho publicado no “Diário do Alentejo”, está desde ontem, quinta-feira, e até

ao final do mês, na galeria lisboeta “Re-Searcher”. “Susa Monteiro – 30 Desenhos” é o título desta

mostra que reúne as ilustrações da autora bejense para as crónicas quinzenais de António Lobo

Antunes na revista “Visão”. Entre 2008 e o ano que está a chegar ao fim.

SusaMonteiro

na galeria“Re-Searcher”

Manuel da Fonseca lembrado em Odemira A exposição comemorativa “Manuel da Fonseca – Por todas as es-tradas do mundo” vai rumar até à Biblioteca Municipal de Odemira já na próxima terça-feira, 20, mantendo-se aí ao longo de um mês. A mostra, cedida pelo município vizinho de Santiago do Cacém, assinala o centenário do nascimento do escri-tor, dando a conhecer ao público a vida e obra deste autor alentejano que foi figura proeminente do movimento neorrea-lista português.

imaginação e a criatividade dos museó-logos portugueses e o seu contributo efe-tivo na melhoria da qualidade dos museus em Portugal, sendo também uma forma de dar visibilidade ao que de melhor se faz no âmbito da museologia” homenageando “o excelente trabalho que os museus e os seus profissionais desenvolveram ao longo do ano”.

Com esta nova distinção, adianta a Câmara Municipal de Almodôvar, o Museu da Escrita do Sudoeste “totaliza já duas im-portantes menções APOM, já que, em 2008, obteve uma distinção semelhante, na cate-goria de ‘Melhor Museu’”. No ano de 2011, “foi o único museu distinguido em todo o Baixo Alentejo”.

A cerimónia de entrega dos prémios APOM 2011 decorreu na segunda-feira, dia 12, de no auditório do BES Arte e Finança, em Lisboa.

A Associação Portuguesa de Museologia, também conhecida como APOM, tem por principal finalidade “agrupar os profissio-nais de museologia ou instituições equipa-radas a museus segundo os critérios estabe-lecidos pelo ICOM”.

Os prémios instituídos pela Associação Portuguesa de Museologia, distinguem anualmente “O Melhor Museu Português, A Melhor Exposição, O Melhor Catálogo, O Melhor Serviço de Extensão Cultural e O Melhor Trabalho sobre Museologia e/ou A Melhor Obra Museológica”.

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Chegamos à hora do chá. São quase quatro da tarde. Tea time no horário do Penedo

Gordo ou, mais especificamente, do seu centro de convívio, insta-lado no edifício da Casa do Povo, um “complexo” onde não falta o infantário e a sala das consultas médicas. Uma dezena de mulhe-res reúne-se à volta da mesa, per-nas aninhadas junto ao aquecedor na tarde fria. “São servidos?”, per-guntam, e não escondem a alegria que sentem ao rever o “Paulinho”, o ensaiador que podia ser seu neto e que, uma vez por semana, por ali entra para o ensaio do grupo co-ral. Uma atividade a juntar a ou-tras que as têm entretidas todos os dias, longe das mazelas, dos com-primidos para isto e para aquilo, da idade que também não perdoa aos maridos e outros parentes próximos. Fazem malha, renda, teatro, vão a aulas de hidrogi-nástica, falam da vida. Cantam. Mesmo quando o “Paulinho” não está. E já gravaram um CD, “As modas c’a gente canta”, uma edição da Junta de Freguesia de Santiago Maior – 17 modas grava-das ao longo de um só dia no “am-biente natural delas”, ou seja, na Casa do Povo.

São amigas, antes de mais, e só depois disso o grupo coral feminino As Alentejanas do Penedo Gordo, o único a celebrar e perpetuar o cante na aldeia que integra esta freguesia urbana de Beja, a um pulinho da ci-dade. Uma povoação que, estranha-mente, não lhes reconhece o feito de serem “dignas representantes do Penedo Gordo”, o que, confessa Paulo Ribeiro, músico e compositor bejense, “é uma mágoa que eu tenho e que elas têm”. Nenhum homem se chegou à frente. Chegaram-se elas, porque está-lhes no sangue a vontade de responder sem hesitações a no-vos desafios. Um dia, uma das técni-cas responsáveis pelo centro de con-vívio perguntou-lhes se tinham de memória algumas modas dos tem-pos de “mocidade” nos trabalhos do campo, para formarem um pequeno grupo informal. A “brincadeira” deu em coisa séria, já lá vão quase 10 anos, cinco dos quais ao lado do en-saiador Paulo Ribeiro, que lhes elo-gia a “disponibilidade e a menta-lidade progressista”, a tal ponto de terem embarcado, sem pestane-jar, numa versão feminina da moda “Extravagante”, que exalta a natu-reza boémia masculina. E era ouvi-las, sem pejo: “Eu sou uma moça bri-lhante, recolho de madrugada”.

O músico conheceu-as nos ensaios para o espetáculo multidisciplinar que marcou a inauguração das obras do programa Polis em Beja e logo aí detetou-lhes a invejável jovialidade. “Elas são muito dinâmicas. Quando as conheci, elas estavam sempre dis-poníveis para qualquer tipo de so-licitação artística, para pinturas no rosto, para se vestirem de outras for-mas. Isto é um exemplo, por incrível que pareça, até para a juventude. Há aqui um caldeirão de coisas a aconte-cer. E o cante é outra forma de falar, de comunicar. É mais uma maneira”, sublinha Paulo Ribeiro.

Hoje não é dia de vestir o traje do-mingueiro que levam para as saídas, em lares de terceira idade, ou em even-tos festivos pontuais, como já aconte-ceu na Casa do Alentejo, em Lisboa, ou no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja. Mas mesmo à paisana as vozes ressoam em pleno. Arrancam com “Ó enleio”, uma moda de baile, avançam com “Menina que andas no campo” e, tal como no alinhamento do disco, vão desembocar naquilo que poderia ser o hino do grupo. “Obrigado moças/ Cheguei onde eu queria/ Formámos um grupo/ Que é nossa alegria”, diz o mote, entoado pelo ponto, Bernardete Montes, 66 anos, que é também au-tora da letra. O alto, Mariana Rosa

Parrinha, um ano mais velha, pega na deixa e dispara, convocando as outras nove vozes: “O Penedo Gordo/Está a renascer/Tem um infantário/ Que dá gosto ver”.

Francisca Simão, 66 anos, é a porta-voz natural. O grupo dá-lhe es-paço para que conte o percurso de As Alentejanas do Penedo Gordo. Nada difícil de adivinhar. Trabalharam juntas no campo, aprenderam umas com as outras as modas com que se distraíam das tarefas árduas, “fosse nas mondas ou nas ceifas”. A pri-meira saída em grupo foi para can-tar na chegada a Beja do “nosso pre-sidente”, na altura Jorge Sampaio, no ano em que as comemorações nacio-nais do 10 de Junho ali tiveram lu-gar. Foi o arranque de uma experiên-cia que lhes tem dado muito e da qual não abdicam por quase nada. “Isto tem-nos dado muita vida, muita ale-gria. Temos uma vida nova como não tivemos na mocidade. A nossa mo-cidade é hoje”, confessa, sem escon-der algum temor pelo fim do grupo. “Quando começou o grupo, éramos 22. Umas morrem-lhes os maridos, outras estão doentes ou os próprios maridos é que adoecem, e vão fal-tando ou saindo”.

Mariana Rosa Parrinha con-corda mas prefere concentrar-se no

presente, com uma alegria que con-tagia: “Em indo aqui do Penedo Gordo ali a Beja, a gente já gosta. A gente gosta de tudo, de cantar, de bai-lar, de rir e mangar, de tudo”. E tam-bém gostavam de ir a França, como lhes foi prometido uma vez. Antes da crise que as deixou “para trás”.

A irmã Custódia Maria Parrinha, já na casa dos 80, queixa-se que já lhe “vai faltando a voz”, por causa da idade e dos problemas na tiroide, mas não o gosto. “Canso-me, tenho pena de não poder cantar melhor, mas gosto muito de cantar, minha amiga”, diz, em jeito de confissão.

Em dia de visita, o ensaio termina excecionalmente ao fim de apenas cinco músicas. Paulinho, o que “faz oitos com a gente”, como diz uma delas, despede-se, orgulhoso. “Estes para mim são pequenos exemplos numa pequena comunidade daquilo que pode ser uma série de iniciati-vas mais elaboradas a propósito da candidatura do cante a Património Cultural da Humanidade. Este grupo e este CD, sem pretensiosis-mos, são uma coisa muito simples, um pequeno grãozinho, mas há aqui uma atitude de querermos valorizar aquilo que é nosso, a nossa tradição, as nossas memórias, que deveria ser um exemplo a seguir”.

Grupo coral As Alentejanas lançou CD

Mulheres do Penedo Gordo revivem “mocidade” no cante

Tal como o fado, quer ser Património da Humanidade. Ao contrá-rio do fado, não tem toda uma nova geração rendida, a ouvi-lo e a cantá-lo. Resiste sobretudo em pequenos grupos informais de idade já avançada, alguns dos quais – contrariando o estereótipo – femininos. Como As Alentejanas do Penedo Gordo, que já gra-varam um CD e que querem continuar a espantar os males da ve-lhice. Cantando.

Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

“As Modas C’Agente Canta” Produção musical: Paulo Ribeiro; gravação: João Ceia; As Alentejanas do Penedo Gordo: Filipa Louseiro, Maria do Rosário, Diodália Ramos, Florina Bravo, Mariana Parrinha, Custódia Parrinha, Maria Bernardete, Adelina Assunção, Ana Felícia, Francisca Catarina, Sesaltina Piçarra, Gertrudes Rosário. Produção: Junta de Freguesia de Santiago Maior.

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“Um amigo tinha uns restos de barro lá em casa, que ia deitar fora, e eu passei lá por casa para os ir buscar. Encantei-me e decidi que iria traba-lhar em cerâmica”, afirma.

Vanda começou por trabalhar a roda e tinha uma vontade enorme de trilhar o seu próprio caminho, criando peças únicas. Hoje, consi-dera, que o seu trabalho é, sobre-tudo, de “ilustração”, até porque é com os motivos coloridos que mais se identifica.

Quem diz que toda a cerâmica tem de ser vidrada? Vanda gosta do que é mais popular, gosta que as pes-soas gostem do seu trabalho. Gosta da liberdade da cor. Gosta de pintar a frio, mas sempre coisas coloridas e divertidas.

“Gosto quando as pessoas olham para as minhas peças e deixam sa-far um sorriso. Comecei a sentir que as pessoas tinham esse sentimento em relação ao meu trabalho. E gosto muito que as minhas peças transmi-tam essas sensações positivas, ale-gres e simpáticas. Isso acontece e, por vezes, dou por mim a querer registar todos esses momentos. É muito bom ter essa perceção”.

As suas bonecas, uma baixas ou-tras altas, tornaram-se a sua imagem de marca. “Debrucei-me em torno das figuras femininas. As pessoas identificam-se com elas. Muitas ve-zes olham para uma boneca e dizem: Olha sou eu e a minha filha. Não pro-curei isso, aconteceu naturalmente. As bonecas surgiram porque gosto

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Vidas

O 12.º ano terminado e a impossibilidade de po-der continuar os estudos.

Foi assim que o mundo real, sem meias medidas, paninhos quentes ou soluções milagrosas, se apre-sentou a Vanda Palma, que carre-gava consigo, já nesta altura, o so-nho de poder crescer no mundo das artes.

Para além deste sonho, porém, ti-nha outros e um deles era o de viver em Castro Verde. Sem nada a perder, não havia motivo para hesitar. Fez a mala, deixou Setúbal para trás e mu-dou de vida. Instalou-se na terra que sempre sentiu ser a sua.

“Pensei que o meu mundo tinha acabado. Que era o fim de algo que tinha sonhado muito, que, infeliz-mente, teria de ficar pelo caminho. Não havia possibilidades para conti-nuar a estudar artes. A vida era assim e não havia volta a dar-lhe. Tive um impulso. Estava amuada com a situ-ação e, sem medir as consequências e numa atitude infantil, decidi vir para Castro Verde, terra que sempre me fascinou”, lembra agora, sentada no sofá confortável de sua casa, longe das preocupações de outros tempos.

Na mesa ao lado repousam as inúmeras bonecas de barro que das suas mãos brotaram. Apresentam-se sorridentes, coloridas e femininas. Tal como as suas bonecas conten-tes, Vanda também o está. “Tenho uma sorte fantástica. Às vezes até me sinto a pecar por me divertir tanto a trabalhar”.

A sorte, na verdade, é algo que já a acompanhava, até nos momen-tos mais turbulentos, embora na al-tura ainda não o soubesse. “Cheguei a Castro Verde e tive logo a possi-bilidade de ir trabalhar para uma empresa que estava ligada às artes. O meu sonho, de trabalhar neste mundo, podia continuar. Podia con-tinuar a mexer em tintas, a evoluir”, recorda.

Vanda Palma, 31 anos, é hoje uma artesã, na verdadeira aceção da pala-vra. Gosta de trabalhar a matéria e é o barro que a preenche mais, embora sinta muita vontade de experimentar outras coisas. E a vida tem-lhe mos-trado que isso é possível, até porque têm-lhe feito ver que, afinal, há so-nhos que, de tanto sonhados, se tor-nam realidade.

Vanda Palma, ceramista de Castro Verde

Inspiração e alegria no trabalhoEm 2001, instalada em Castro Verde, Vanda Palma decidiu dedi-car-se à cerâmica. O ofício surgiu-lhe depois te der aproveitado os restos de barro que um amigo tinha em casa. Entrou pela porta da oficina e das suas mãos começaram a brotar peças, sobretudo bonecas coloridas e contentes, que acabam por transmitir a ale-gria que a artesã sente por poder trabalhar a matéria e prosseguir o seu sonho no mundo das artes.

Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

mais das formas, não por uma ques-tão femininista e muito menos se-xista. Surgiram por uma questão de estética”.

Vanda sente ainda que veio pre-encher uma lacuna que existia em Castro Verde. “Abri uma olaria na rua onde tinha funcionado a única olaria de Castro Verde, precisamente há 100 anos”.

Faz aquilo que lhe parece mais harmonioso e, para além das suas bo-necas, há ainda espaço, entre outros, para gatos e presépios, até porque a altura é propícia à sua venda. Vanda, porém, felizmente, “não tem muito stock”, o que é bom sinal. “Comecei por divertir-me com o barro e di-virto-me ainda muito. Acho que me hei de divertir sempre. Parece que o que faço é uma brincadeira e tenho a sorte de ter uma carreira, que posso considerar sólida. Consigo viver da cerâmica, e isso muitas vezes ainda me parece irreal”, diz, entre sorrisos.

Mas é tão verdade que Vanda já tem as suas bonecas em vários lo-cais do País, de norte a sul, e muitas já viajaram para o estrangeiro. No cardápio contempla-se, por exemplo, Milão, Berlim e Canadá.

“Tenho lojas escolhidas que aco-lhem o meu trabalho e as minhas pe-ças são bem recebidas, o que só me pode dar muita satisfação. Há muita gente a gostar delas”.

Vanda Palma não tem dúvida que beneficiou do facto de ter esco-lhido Castro Verde para viver, pri-meiro porque existe uma aposta forte da autarquia na promoção das artes, e depois porque não existia ninguém dedicado à cerâmica. “Não há traba-lho que faça que não leve a etiqueta a dizer que é de Castro Verde. Gosto muito da minha terra e de como fui recebida e acolhida”.

As suas figuras, sempre envol-tas em expressões de doçura, distin-guem-se porque resultam sempre de uma forma geométrica, de um de-sign mais definido e sobre a mesa, em caixas de ovos, repousam peças de barro já trabalhadas, que com o tempo ganharão a cor que Vanda lhe decidir dar, consoante a vontade do momento, até porque como diz: “O mundo está cheio de naturais fon-tes de inspiração”. E inspiração e ale-gria no trabalho são coisas que não lhe faltam.

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“Tenho uma sorte fantástica. Às vezes até me sinto a pecar por me divertir tanto a trabalhar”.

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Opinião

Correm agora 35 anos sobre a realização das PRIMEIRAS ELEIÇÕES para as autarquias locais. Em regime democrático.

E sem partido único. Pela primeira vez, o povo elegeu os seus representantes de proximidade. Numa altura em que o País era pouco mais que a sua cidade capital. E, desde então, nada ficou como dantes. PB

O PSD de Beja andou entretido com guerras internas, levando a que não passasse uma mensagem de união. Quando as pessoas não se entendem dentro de sua casa, mais difícil é entenderem-se no exercício de funções governativas. O PSD, durante muitos anos, não discutia, não estava aberto à sociedade, não se renovou, não apostou nas mulheres, nem criou massa crítica. Mário Simões, ao “Diário do Sul”, 9 de dezembro de 2011

Salvar euro,legitimar a pobrezaMiguel Bento Assistente social e professor no IPB

As sociedades europeias assisti-ram nos últimos 70 anos a um progresso assinalável em pra-ticamente todos os domínios. Embora esses ganhos tenham sido mais evidentes durante o período que alguém denomi-nou como os “gloriosos 30 anos” do pós guerra, é inegável que, mesmo depois da denominada

“crise petrolífera de 1973”, esses avanços continuaram, em-bora com menos intensidade e até com alguns recuos a par-tir dos anos 80. Nos tempos que correm a situação é, no en-tanto, muito inquietante neste domínio.

O último relatório da OCDE (com dados até 2008), por-tanto antes da recessão que afetou a maioria dos países que integram esta organização, comprova essa realidade. O documento que foi amplamente destacado em toda a im-prensa europeia, à exceção da portuguesa, com raríssi-mas exceções, apresenta dados preocupantes. Aqui ao lado, o “El País” titula que “fosso entre ricos e pobres disparou para o nível mais alto nos últimos 30 anos”, para a seguir referir que essa realidade verificou-se mesmo nos países tradicionalmente mais igualitários como acontece com a Alemanha, Suécia ou a Dinamarca.

Quanto a Portugal, o relatório situa-nos no grupo da frente no tocante à desigualdade social, com um vergo-nhoso sexto lugar no grupo dos países dito desenvolvidos, com os 20 por cento mais ricos a obter rendimentos seis ve-zes (6,1) superiores aos dos 20 por cento mais pobres. Pior só mesmo no México (com os 20 por cento mais ricos a ob-ter 13 vezes mais rendimentos do que os 20 por cento mais pobres), no Chile (12,8), na Turquia (8,1), em Israel (7,7) e, imagine-se, nos Estados Unidos (7,7), pátria da apregoada igualdade de oportunidades e da justiça social.

Os dados apresentados, e relativamente ao nosso país, realçam outro elemento de particular interesse no quadro atual, e que a edição on line do “Jornal de Negócios” de 5 de dezembro destaca nestes termos: “O estudo da OCDE per-mite concluir que Portugal é um dos países em que as trans-ferências em dinheiro e sobretudo em prestação de serviços públicos (de educação e saúde) revelam maior capacidade de atenuar o hiato entre os mais pobres e os mais ricos…”.

Este evidente efeito corretor das medidas de política so-cial, marca indelével dos estados sociais do ocidente por via de uma forte intervenção nos domínios da Segurança Social, Saúde e Educação, ficou ferido de morte a nível eu-ropeu com o recente acordo que a esmagadora maioria pa-íses da EU estabeleceram, para, e no dizer dos seus mento-res, salvar o euro.

De facto, a decisão, entre outras medidas, de inscrever nas respetivas constituições limites nacionais ao endivida-mento, com o déficit anual a não pode superar 0,5 por cento do PIB, levará a um desinvestimento na despesa pública so-cial, na esteira do que já vem acontecendo em Portugal há anos a esta parte. A proteção social, enquanto conceito in-tegrado e facilitador do desenvolvimento de todos os seres humanos, desaparecerá progressivamente das práticas go-vernativas europeias.

Pela primeira vez na história dos países ocidentais, a po-breza ficará legitimada constitucionalmente abrindo-se as-sim campo ao surgimento novos movimentos filantrópicos

que validam as desigualdades e mascaram a pobreza. Portugal tem uma triste e longa história neste domínio, com a caridade, nomeadamente a pública, a “substituir” os direitos sociais. No passado, durante o Estado Novo, tive-mos em quase todos os concelhos as Uniões das Senhoras da Caridade. Agora temos movimentos de voluntariado ou as lojas sociais, que, e como refere Sedas Nunes a propósito deste tipo de práticas, “Socorre, mas não eleva; reconhece a necessidade mas não o direito; acolhe o pedido mas não a exigência; concede a mercê, mas não a justiça”. Até os povos da Europa o permitirem.

Ser felizMarcos Aguiar Licenciado em Psicologia

Nos momentos que se seguiram aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, enquanto as torres gémeas de Nova Iorque ardiam, as pessoas que se en-contravam acima da linha de impacto dos aviões, ao perce-berem que iam morrer, tele-fonaram apressadamente aos seus entes queridos. Nas cen-

tenas de chamadas gravadas pelas operadoras telefónicas não se registou uma única em que alguém pedisse para re-ver aplicações financeiras, ordenar transferências bancá-rias, comprar ações da empresa X ou vender o imóvel Y. Todos, sem exceção, nos momentos finais da sua vida, es-colheram dizer coisas como: Amo-te muito! Cuida dos nos-sos filhos! Sê feliz! Desculpa se te fiz sofrer!

Dá que pensar. Ainda mais quando estes acontecimen-tos ocorreram no grande centro financeiro do mundo mo-derno – o Word Trade Center. Afinal, esta gente, os obrei-ros do capitalismo desalmado, quando olharam a morte nos olhos demonstraram não se preocupar assim tanto com o capital, a banca ou as cotações do ouro nos merca-dos internacionais. Experimentaram, isso sim, uma neces-sidade de partilhar os sentimentos humanos mais básicos. O amor, no final, prevaleceu!

Mas que sociedade insidiosa construímos nós, em que é preciso sermos esmagados pela realidade para perceber-mos que as nossas prioridades estão de pernas para o ar? Mas que raio de mundo é este, em que nos convencemos que a realização pessoal está no acumular de dinheiro e bens materiais? Mas que humanidade de treta é a nossa, em que palavras como “amizade”, “felicidade” e “amor” se tor-naram frívolas no léxico e ausentes nas leis, nos orçamen-tos, nos discursos políticos, em suma, em todos documen-tos orientadores da nossa vida em sociedade? Afinal, se ser feliz é o mais importante dos objetivos (até para os génios da economia e finanças que morreram nas torres gémeas) por que temos tanta dificuldade em assumi-lo?

Gabriel Mota, o primeiro português doutorado em Economia da Felicidade, tem feito grandes avanços na com-preensão deste tema. Concluiu o investigador que a felici-dade parece estar, afinal, no “equilibro entre o bem-estar material, laboral e familiar”. Impõem-se, assim, duas per-guntas: O Estado está a fazer alguma coisa para garantir a nossa felicidade? O que posso fazer eu, enquanto indíviduo, para ser mais feliz?

Quanto à primeira questão, e tendo em consideração as conclusões de Gabriel Mota, não tenho dúvidas ao afirmar que o Estado Português se está borrifando para a felicidade individual dos cidadãos, muito mais agora, num momento

em que o tema económico-financeiro asfixia qualquer ma-téria que se desenvolva fora da sua esfera tecnocrática. Com ele (o Estado), por agora, não podemos contar!

Em resposta à segunda questão, porque o País está como está e sozinhos não o podemos mudar, não esperemos que um avião desgovernado nos entre vida dentro. Comecemos a fazer o que está ao nosso alcance, valorizando os que nos são mais próximos – a família, os amigos, os colegas, os vi-zinhos... Poderá não ser a fórmula milagrosa para a felici-dade plena, mas, ao menos assim, se um dia o tal avião apa-recer, garantimos não ter de fazer chamadas à pressa para expiar as nossas faltas para com os que nos querem bem.

Dezembroou o mêsda renovaçãoAna Paula Figueira Docente do ensino superior

Chegou dezembro, a fatia do ano em que se assinala o nascimento do filho de Deus que veio à Terra salvar o que se havia perdido e dar a sua vida em resgate de mui-tos. Por isso, dezembro é o mês que simboliza o Amor, a Paz e a Felicidade. É no final de de-zembro que fechamos a porta a um ano que parte e a abrimos a

um outro, recém-chegado, abundante de Esperança, de Sonhos e de Ventura. “Aí entra o milagre da renovação/e tudo começa outra vez, com outro número/e outra von-tade de acreditar/que daqui para diante,/vai ser diferente” (C. Drummond de Andrade). Quadras festivas, atos de culto e de cultura ou sinais da conciliação entre o sagrado e o profano da Vida, de cada vida – excessivamente explo-rados por um consumismo patético – mas que não dei-xam de me comover. É altura de (re)encontro com muitos que partilham a minha vida, habitam as minhas memó-rias e o meu coração; é inevitável olhar para dentro de mim e rever as diferentes “viagens” que concretizei; é al-tura de saber o que foi, o que é e o que quero que seja o meu viver! A vida tritura-nos e consome-nos num dia a dia de luta contra o relógio e contra a insatisfação de tan-tas vezes se fazer, contrariado, o que se não quer! É in-justa, difícil e violenta e muito… muito pessoal… impos-sível de comparar com a de outro alguém! Mas dá-nos também a alegria, o ânimo, o cheiro da Terra e dos nos-sos filhos; a inquietação de querer saber cada vez mais, de perguntar o porquê das coisas, de ref letir, de perceber e compreender… de aprender e de conseguir apresentar so-luções! Viver é, pois, uma dádiva muito… muito especial que devemos aproveitar da melhor forma que pudermos e conseguirmos! E no mês de dezembro de cada ano que passa e naqueles que posso vir a viver – e que espero que sejam ainda muitos – o que me interessa é perceber se, no mínimo, consegui atingir as metas que defini; no má-ximo, se fui positivamente surpreendida pelo facto de as ter ultrapassado. Por isso, dado estarmos prestes a entrar em 2012 e se quer “ganhar um ano novo/que mereça este nome,/você, meu caro, tem de merecê-lo,/tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,/mas tente, experimente, consciente./É dentro de você que o Ano Novo/cochila e es-pera desde sempre” (C. Drummond de Andrade). Votos de felicidades para todos os meus leitores!

Convém, designadamente, notar que o fado foi também condicionado e parcialmente capturado pela ditadura fas-cista que procurou pô-lo ao serviço da sua propaganda (e neste capítulo é bem sabido que o percurso da grande Amália não está inocente nem tem oportunidades recebidas nem por cumplicidades decerto involuntárias), pelo que terá suscitado contra ele antipatias que não existiriam noutro contexto. Correia da Fonseca, “Alentejo Popular”, 8 de dezembro de 2011

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Já roça o escandaloso. Os responsáveis pela construção do IP2 e do IP8 continuam a afirmar que as obras prosseguem o seu normal

curso. Certo é que, ao abandono, aquelas que supostamente seriam as grandes vias do desenvolvimento da região, estão transformadas em autênticas armadilhas mortais para os automobilistas. PB

E este é também o ano em que as autarquias mais asperamente vão sentir na pele as dores do retrocesso. As dotações para os municípios

inscritas no ORÇAMENTO DO ESTADO apresentam cortes que roçam o escandaloso. Pelo que não será de estranhar que a dita “qualidade de vida” conquistada a pulso desde 1976 possa vir a estar comprometida. PB

EfemérideHá 50 anosTeremos Velázquezno Museu de Beja?

Abel Viana levantava a questão num texto na primeira página do “Diário do Alentejo” de 16 de dezembro de

1961: o Museu Regional de Beja possuía dois quadros de Velázquez, o sevilhano seiscentista que foi um dos grandes nomes da pintura uni-versal?

O arqueólogo português citava um artigo do jornal madrileno “Ya”, da autoria do mar-quês de Lozoya, “muito ilustre historiador e crítico de arte, e antigo director geral de Belas Artes de Espanha”. O marquês tinha rece-bido, por “dedicada atenção da Junta Distrital de Beja [a antecessora da actual Assembleia Distrital de Beja] o catálogo, primorosamente editado, do Museu Regional da bela capital do Baixo Alentejo, actualmente instalado no mag-nífico edifício manuelino que foi Convento da Conceição”, e contestava uma informação da publicação.

O marquês de Lozoya referia-se no seu ar-tigo, intitulado “Dos cuadros de Velázquez en Portugal? – ‘El San Jerónimo’ y ‘El San Agustin’ del Museo Regional de Beja”, a duas telas exis-tentes no museu bejense, explicava a sua loca-lização pelas “intensas relações que a capital alentejana [sic] manteve com Sevilha até 1640” e questionava a sua autoria, atribuída no catá-logo a José de Ribera, “Lo Spagnoletto”, pintor italo-espanhol do século XVII.

Para o especialista espanhol, não havia dú-vidas: tanto o “Santo Agostinho” como o “São Jerónimo”, conservados no Museu Regional de Beja, “foram pintados na primeira juventude de Velázquez”.

Abel Viana, que escrevia sobre tudo, pro-metia tornar ao assunto sem demora, mas su-blinhava desde logo que a tese do marquês de Lozoya era “de molde a subjugar-nos a aten-ção”. E concluía: “Para já, felicitemo-nos pela gratíssima alternativa: se os dois qua-dros do Museu de Beja não forem do grande Espanholeto, o que já seria bem bom, terão sido pintados pelo gigantesco Velázquez – um sevilhano-português, como gentilmente acen-tua o sr. marquês de Lozoya –, o que será ainda melhor”.

Hoje, meio século volvido, os dois qua-dros envolvidos na polémica foram já estuda-dos por historiadores da arte contemporâneos, como Vítor Serrão e Joaquim Caetano, e a sua autoria é atribuída não ao “gigante” Velázquez mas apenas ao “grande” Ribera.

Em todo o caso, o “Santo Agostinho” e o “São Jerónimo”, como muitos outros tesouros, continuam a fazer parte do valiosíssimo es-pólio do Museu Regional de Beja. Pelo menos enquanto a tutela estrangeira do País não or-denar à submissa e ignara administração indí-gena que venda o património artístico nacio-nal – quem sabe se a um banqueiro de Berlim – para ajudar a pagar a “dívida”.

Carlos Lopes Pereira

Hoje mesmo os que ingenuamente pensam que direitos, liberda-des e garantias são direitos adquiridos têm motivos para se in-terrogar se a suspensão da democracia preconizada por Manuela Ferreira Leite não estará já em curso. Manuel António Pina, “Jornal de Notícias”, 12 de dezembro de 2011

Efeméride19 de dezembro de 1917

Francisco Manuel Pereira Coelhotoma posse do cargo de governador civil de Beja

No rescaldo da revolução de Sidónio Pais, enquanto António Aresta Branco é chamado ao desempe-

nho da função de “ministro” (1) da Marinha, Pereira Coelho é o escolhido para represen-tar o novo poder em Beja. Os dois líderes be-jenses do Partido Unionista, à semelhança da formação política que integram, estão de alma e coração com o sidonismo.

Mas quem é este homem cuja ação é marcante na vida política do Baixo Alentejo durante a Primeira República?

Francisco Manuel Pereira Coelho, ad-vogado, nasce em 1882, em Corte Pequena, concelho de Mértola. Em 1902 segue para Coimbra onde frequenta Direito. É aqui que toma contacto com as ideias republicanas, vindo a participar ativamente na greve aca-démica de 1907, ano em que adere ao Partido Republicano Português (PRP) pela mão do seu grande amigo António Aresta Branco.

Terminado o curso, Pereira Coelho re-gressa a Beja onde desenvolve uma forte ação como propagandista do ideal republicano, sendo candidato a deputado, juntamente com Manuel de Brito Camacho, nas eleições de 28 de agosto de 1910. Implantada a República, integra a Comissão Municipal de Beja do PRP e é eleito deputado, em 1911, pelo círculo de Aljustrel, cargo a que resigna para tomar posse como go-vernador civil do distrito de nascimento. Com a cisão no campo republicano, Pereira Coelho adere à União Republicana, de que é líder no Baixo Alentejo, ao mesmo tempo que, a partir de 11 de dezembro de 1912, assume as funções de diretor do semanário “O Bejense”, transfor-mado em órgão dos unionistas.

Situado à direita do arco republicano, Pereira Coelho apoia a subida ao poder de Pimenta de Castro, de quem é representante em Beja, e é um sidonista da primeira hora.

Com o afastamento dos unionistas de Sidónio Pais, Pereira Coelho abandona o cargo de governador civil e afasta-se de “O Bejense”, o que acontece a partir de 11 de abril de 1918, e remete-se a um profundo si-lêncio político.

Em 1923, com a formação do Partido Republicano Nacionalista (PRN), Pereira Coelho regressa às lides políticas como di-rigente incontestado do novo partido, reas-sume o cargo de diretor de “O Bejense”, agora órgão oficial do novo partido da direita repu-blicana, voltando a ocupar pela quarta vez as funções de governador civil de Beja, embora por muito pouco tempo (15 de novembro a 18 de dezembro de 1918), vindo a falecer pouco tempo depois, a 16 de julho de 1924.

(1) – No governo de Sidónio Pais não existiam ministros mas sim secretários de estado à maneira americana.

Constantino Piçarra

PoemárioAlentejo

Maria do Céu Ribeiro

Alentejo tela pintada,Horizonte de espigas desgrenhadas,Terra, aroma de flores,Palete de cores derramada! Entre planícies e mar,Entre a serra a irromper,Ergues-te tu Alentejo,Onde me apetece perder... Mergulho na espuma do mar,Tomo asas de gaivota,Rasgando o Céu a voar,Peregrina à tua volta! ...Cheiro estevas e alecrim,Alfazema e rosmaninho,Provo o mel que há em ti,Corro entre agrestes caminhos...

Alentejo tela pintada,Noites mágicasde lua magnetizada... Cruzando o rio junto à foz,Adormeço em seu curso,Embalada pl’a melódica corrente,Repouso tranquila em seu percurso... ... E sinto-me ave outra vez,Respirando a liberdade!Emergindo em voo picado,Nesse fogo energizante,Quando a madrugada irrompe,Neste Alentejo encantado!

Cartas ao diretor

A rua da vergonha

Ana Maria Ribeiro Santa Clara de Louredo

Desde que o lagar foi construído e começou a funcionar em Santa Clara do Louredo que os veículos pesados que transpor-tam a matéria-prima – bagaço de azeitona – passam pela rua da Fonte. Ao subirem a rua os carros perdem uma parte da carga, que sendo gordurosa se infiltra nas paredes, pedras e porta da rua das habitações. Como esta situação dura há três anos, a in-filtração do produto é cada vez maior causando uma deteriora-ção bem visível.

Mas o problema é que ninguém se responsabiliza por tais da-nos, assistindo-se ao “ jogo do empurra” entre o lagar e a trans-portadora. A foto demonstra bem o estado da rua depois de um enorme derrame, que obrigou os bombeiros a deslocarem-se ao local.

Os prejuízos têm sido pagos por mim, só que este ano são muito maiores. E pergunto eu: quem é o responsável? Quem paga os danos?

Acho esta situação muito injusta. Não posso acarretar com os estragos que são causados pelos outros.

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Reportagem

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❝São os médicos hidrologistas que prescrevem os tratamentos. Assim, o primeiro procedimento é a marcação

de uma consulta com um destes médicos, consulta essa que decorre já nesta estância termal. Depois de prescrito o tratamento, o

mesmo até pode começar no próprio dia ou no dia seguinte. Os tratamentos devem ter a duração de 14 a 21 dias”.

Cento e dezanove anos antes de Cristo nascer já os romanos tiravam par-tido das águas sulfurosas de Cabeço

de Vide. Desde a Idade Média, até aos prin-cípios do século XIX, essas águas correram desaproveitadas para a ribeira ou permane-ciam em charcos, onde os mendigos lava-vam as chagas e os animais aproveitavam para curar as feridas. Em 1816 foram feitas análises químicas às águas e os resultados revelaram que continham ácido hidrosulfú-rico, soda e magnésio, tendo o então juiz de fora de Cabeço de Vide tomado a iniciativa do aproveitamento destas águas em benefí-cio dos doentes. As propriedades das águas de Cabeço de Vide são amplamente reconhe-cidas e em 1878 são premiadas nas exposi-ções universais de Paris e Rio de Janeiro. Em 1935 a Junta de Freguesia de Cabeço de Vide obtém definitivamente o alvará de conces-são perpétua e faz grandes obras de melho-ramento. Assim, há 2 130 anos que as mes-mas são aproveitadas.

Em 1990 foi dado mais um passo impor-tante, sendo também decisivo para a conti-nuidade destas termas. Manuel Fontainhas, já nessa altura o presidente da Junta de Freguesia de Cabeço de Vide, entidade que tutela as termas, arrisca perfurar o solo na tentativa de aumentar o caudal. Esse risco

Termas de Cabeço de Vide

Um paraíso no norte alentejanovaleu a pena e a capacidade de resposta foi aumentada para 7 200 litros por hora, nú-mero esse que supera o atual consumo do balneário. Em 2007 foi inaugurado o novo balneário, que veio trazer melhores condi-ções, mais oferta e que fez também duplicar o número de tratamentos. No imponente edifício, construído estrategicamente para aproveitar a sua zona envolvente, podemos encontrar, para além das zonas de trata-mento, zonas de receção aos utentes, pisci-nas interiores, zonas de arrefecimento, gi-násio, SPA, bar/cafetaria, um pátio interior descoberto e vários locais onde os utentes poderão desfrutar da vista, potenciando as-sim o seu repouso e lazer.

Manuel Fontainhas é mesmo o rosto mais visível das Termas de Cabeço de Vide. Como não poderia deixar de ser, cada vez que o presidente da junta fala nas termas o seu orgulho é bem visível. São as caracterís-ticas únicas das “suas” termas que o fazem lutar todos os dias por esta riqueza natural: “O seu tipo de água sulfúrea que é único no mundo inteiro e já referido por muitos auto-res, incluindo o prof. Herculano de Carvalho que em 1939, num estudo feito a nível na-cional, classificava as águas sulfúreas de Cabeço de Vide como únicas na Europa, existindo apenas umas similares na Baviera.

As termas de Cabeço de Vide

continuam a melhorar a vida

dos seus utentes. Há 2 130 anos

que as singulares águas desta

freguesia são aproveitadas.

Em 2007 um balneário novo foi

inaugurado e isso mesmo fez

com que a oferta de tratamen-

tos aumentasse, aumentando

também a procura em 200 por

cento. Este é um pequeno para-

íso, bem no norte do Alentejo.

Texto José Lameiras Fotos Elvaspress

Os utentes destas termas de Cabeço de Vide vêm de todo o país. As águas desta localidade do norte alentejano são famosas pelas suas potencialidades. Tratamentos para a parte reumática, pele e vias respiratórias são os mais procurados e, ao contrário do que se possa pensar, a maioria dos utentes não atinge uma faixa etária muito elevada.

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A água de Cabeço de Vide

A água mineromedicinal de Cabeço de Vide é sulfúrea, hipossa-lina e hiperalcalina, sódica e cálcica, oxilidrada, com um ph de 11,55. tem elevado teor de sílica, cloretos e apreciável quan-

tidade de zinco. É bacteriologicamente pura. Estas características tornam-na indicada para doenças osteoarticulares e reumatismais crónicas, doenças crónicas e alérgicas das vias respiratórias (asma, bronquite, sinusite, rinite) e doenças crónicas da pele (eczema, psorí-ase, entre outras).

Hoje são, por outros técnicos, reconhecidas como únicas mundialmente”.

Os utentes destas termas de Cabeço de Vide vêm de todo o País. As águas desta lo-calidade do norte alentejano são famosas pe-las suas potencialidades. Tratamentos para a parte reumática, pele e vias respiratórias são os mais procurados e, ao contrário do que se possa pensar, a maioria dos utentes não atinge uma faixa etária muito elevada. “Os mais jovens também procuram as termas, principalmente para tratar problemas respi-ratórios e de pele. A média de idades, deste novo balneário, ronda os 40 anos. Nem toda a gente vem aqui porque tem algum problema. Há muitas pessoas que aparecem para fazer prevenção”, refere Manuel Fontainhas.

Oito médicos hidrologistas fazem parte do corpo clínico dirigido pelo doutor Orlando Pereira. O diretor técnico é o enge-nheiro Luís Rocha. Desde 2007, após a cons-trução do novo empreendimento, mais tra-tamentos ficaram à disposição dos utentes deste espaço. Assim, os tratamentos dispo-níveis agora nas Termas de Cabeço de Vide são banhos de imersão simples, banho de hidromassagem, banho de bolha de ar, ba-nho de hidromassagem computorizada, banho de hidromassagem com duche su-baquático, duche lombar, duche circular, duche de Vichy, tratamentos com lamas, duche de agulheta, bertolet à coluna, trata-mentos locais, tratamentos de O.R.L., tra-tamentos individualizados, salas de arrefe-cimento, aerossóis, irrigação nasal, piscina de marcha para flebologia, piscina de recu-peração, fisioterapia, massagens, duche de agulheta com água não termal, ginásio de

reabilitação (mecanoterapia), banhos tur-cos e jacuzzi.

A época termal decorreu, este ano, de 16 de março a 15 de novembro. No entanto, assim como em anos anteriores, os me-ses de mais afluência voltaram a ser os de julho, agosto, setembro e outubro. A ní-vel nacional a frequência termal baixou e Cabeço de Vide não foi exceção. Para o presidente da junta, “isso mesmo faz com que o investimento no novo complexo ter-mal não esteja a ter o retorno esperado”. A tão badalada crise também tem afastado os utentes deste espaço. Manuel Fontainhas não esconde que “aqui a crise reflete-se e tem-se refletido”. Apesar disso, este res-ponsável tem a plena convicção de que este é um equipamento muito valioso para a re-gião, trazendo benefícios bem visíveis para a economia: “Além das vantagens terapêu-ticas, as termas trazem outras vantagens, em termos económicos, não só para a fre-guesia de Cabeço de Vide, mas também para os concelhos limítrofes”.

O presidente da junta de fFreguesia de Cabeço de Vide tem algumas ideias e proje-tos para a sua freguesia, projetos esses onde não poderiam faltar as termas. A construção de um hotel e de casas de férias, após a apro-vação do Plano de Pormenor, está também no horizonte de Manuel Fontainhas. No en-tanto, há outros desejos que este responsá-vel quer concretizar: “Pretendo criar condi-ções para arranjar o exterior do complexo e construir uma piscina de recreio”. Em rela-ção ao balneário antigo, o autarca tem, para este espaço, um projeto: “Recuperar o es-paço para o tornar num museu termal”.

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Desporto

Campeonato Nacional de Juniores (17.ª jornada): U.Montemor-Despertar, 4-1; Atlético-Internacional, 1-0; Estoril--Farense, 1-0; BM Almada-Lusitano, 3-0; Olhanense-Imortal, 3-1; Oeiras--Desportivo Portugal, 1-1. Líder: Inter-nacional de Almancil, 37 pontos. 9.º Despertar, 14. Próxima jornada (17/12): Despertar-Atlético.

Ca mpeonato Naciona l de Juvenis (18.ª jornada): O Elvas-Olhanense, 1-4; Ba rreirense-Odemirense, 0 - 0 ; V.Setúbal-U.Montemor, 10-0; Imortal--Casa Pia, 1-2; Oeiras-Estori l, 1-0; Amora-Cova da Piedade, 2-2. Líder: Casa Pia, 46 pontos. Próxima jornada (18/12): Odemirense-V.Setúbal.

Campeonato Nacional de Iniciados (17.ª jornada): Lusitano VRSA-Lagos, 2-1; Ol h a nen s e -B a r re i ren s e , 0 - 0 ; Despertar-V.Setúbal, 3-2; Louletano--Imortal, 1-3; Lusitano-Juventude, 0-0; Odeáxere-Castrense, 2-1. Próxima jor-nada (8/01/12): Imortal-Despertar; Cas-trense-Lusitano.

Taça Distrito de Beja Juniores (1.ª eli-minatória): Amarelejense-Almodôvar, 2-4; São Domingos-Amarelejense, 4-1.

Taça Armando Nascimento Juvenis (6.ª jornada): Desportivo Beja-Castrense, 1-4; Aljustrelense-Aldenovense, 1-0; Boavista-Moura, 0-7; Despertar-Sporting Cuba, 5-0. Líder: Moura, 18 pon-tos. Próxima jornada (18/12): Sporting Cuba-Despor t ivo Beja ; Ca st rense--Aljustrelense; Aldenovense-Boavista; Moura-Despertar.

Campeonato Distrital de Iniciados (9.ª jornada): Odemirense-Amarelejense, 3 - 0 ; Despor t ivo B eja-Ser pa , 4 - 0 ; Despertar-Ourique, 5-0; Almodôvar--Bairro da Conceição, 4-1; Milfontes--Ferreirense, 8-0; Negri lhos-Moura, 0-6. Líder: Desportivo de Beja, 24 pon-tos. Próxima jornada (18/12): Serpa-- Odem i rense ; Ou r ique-Despor t ivo Beja; Bairro da Conceição-Despertar; Ferreirense-Almodôvar; Moura-Mil-fontes; Guadiana-Negrilhos.

Campeonato Distrita l de Infantis – Série A (12.ª jornada): Bairro da C onc e iç ão -A lv ito , 1-2 ; O p er á r io --Ferreirense, 1-7; Sporting Cuba-Vasco Gama, 4-6; Beringelense-Despertar A, 1-9. Líder: Despertar A, 27 pon-tos. Próxima jornada (17/12): Alvito--Operário; Vasco Gama-Beringelense; Despertar A-N.S.Beja. Série B (8.ª jor-nada): São Domingos-Moura, 2-14; Guadiana-Piense, 3-0; Serpa-Santo Aleixo, 3-8; Aldenovense-Barrancos, 0-7. Líder: Moura, 19 pontos. Próxima jor-nada (17/12); Moura-Guadiana; Piense--Serpa; Santo A lei xo-A ldenovense; Barrancos-Despertar B. Série C (8.ª jornada): A lmodôvar-Ourique, 13--1; Aljustrelense-Odemirense, 0-10; Milfontes-Castrense, 5-6; Operário--Renascente, 12-0. Líder: Operário de Rio de Moinhos, 21 pontos. Próxima jornada (17/12): Ourique-Aljustrelense; Odem i rense-M i l fontes ; C a st rense--Operário; Renascente-Boavista.

Campeonato Distrital de Benjamins (8.ª jornada) – Série A: Sport ing Cuba-Ferreirense, 1-6; Vasco Gama--Beringelense, 3-1; Figueirense-Benfica Beja, 0-7; N.S.Beja-Alvito, 6-3. Líder: Sporting de Cuba, 19 pontos. Próxima jornada (17/12): Ferreirense-Vasco Gama; Beringelense-Figueirense; Benfica Beja--N.S.Beja; Alvito-Despertar A. Série B: Bairro da Conceição-Despertar B, 4-6; Serpa-Aldenovense, 2-9; Desportivo Beja-Amarelejense, 1-4; Piense-Moura, 1-3. Líder: Despertar B, 21 pontos. Próxima jornada (17/12): Despertar B-Serpa; Aldenovense-Desportivo Beja; Amarelejense-Piense; Moura-Guadiana. Série C: Odemirense-Milfontes, 2-4; Almodôvar-Panoias, 14-0; Castrense-- R e n a s c e n t e , 2 -3 ; R o s a i r e n s e --Aljustrelense, 0-10. Líder: Renascente de S.Teotónio, 21 pontos. Próxima jornada (17/12): Milfontes-Almodôvar; Panoias--Castrense; Renascente-Rosairense; Aljustrelense-Ourique.

Futebol Juvenil Resultados da 11.ª jornada: Sesimbra-Aljustrelense, 2-3; Despertar-Lagoa, 1-2; Lagos-Redondense,

1-0; Quarteirense-Messinense, 2-1; Pescadores-Farense, 1-3; U.Montemor-Fabril, 2-1. Classificação:

1.º Farense, 27 pontos. 2.º Lagos, 22. 3.º Quarteirense, 19. 4.º Fabril e U.Montemor, 18. 6.º Pescadores,

17. 7.º Messinense, 16. 8.º Lagoa, 15. 9.º Sesimbra e Aljustrelense, 13. 11.º Redondense, 10. 12.º

Despertar, 1. Próxima jornada (18/12): Pescadores-U.Montemor; Quarteirense-Farense; Lagos-

-Messinense; Despertar-Redondense; Sesimbra-Lagoa; Aljustrelense-Fabril.

Resultados da 11.ª jornada da 3.ª Divisão

(série F)

Nacional 2.ª Divisão

12.ª jornada

Monsanto-Pinhalnovense ................................................0-1 Louletano-Moura ................................................................4-1At. Reguengos-Fátima .......................................................2-2Carregado-Juventude Évora ............................................4-2 Sertanense-Mafra .............................................................. 0-2 Torreense-Caldas ............................................................... 3-0 Tourizense-Estrela Vendas Novas ...................................1-1Oriental-1.º Dezembro ...................................................... 2-0 J V E D G P

Pinhalnovense 12 8 1 1 3 19-11 25Torreense 12 7 3 2 23-10 24 Oriental 12 7 3 2 23-8 24E. Vendas Novas 12 7 2 3 21-9 23Fátima 12 6 3 3 16-11 21Carregado 12 5 4 3 19-16 19Louletano 12 5 3 4 11-10 18Mafra 12 4 6 2 14-8 18Sertanense 12 5 2 5 12-12 171.º Dezembro 12 4 3 5 9-10 15Monsanto 12 2 6 4 8-13 12Moura 12 3 3 6 13-27 12Tourizense 12 2 5 5 11-19 11Juventude Évora 12 3 1 8 11-19 10At. Reguengos 12 2 3 7 9-22 9

Caldas 12 1 2 9 6-20 5

Próxima jornada (18/12/2011): Louletano -At. Reguengos; Fá-

tima-Monsanto; Pinhalnovense-Carregado; Juventude Évora-

Sertanense; Mafra-Torreense; Caldas-Tourizense; Estrela Ven-

das Novas-Oriental; Moura-1.º Dezembro.

Nacional 3.ª Divisão

11.ª Jornada

U.Montemor-Fabril ............................................................2 -1 Sesimbra-Aljustrelense .....................................................2-3 Quarteirense-Messinense .................................................2-1 Pescadores-Farense............................................................1-3 Despertar-Lagoa .................................................................1-2 Esp.Lagos-Redondense .................................................... 1-0 J V E D G P

Farense 11 8 3 0 25-9 27 Esp.Lagos 11 7 1 3 22-9 22 Quarteirense 11 6 1 4 15-13 19 U.Montemor 11 6 0 5 12-10 18 Fabril 11 6 0 5 18-15 18 Pescadores 11 5 2 4 15-13 17 Messinense 11 5 1 5 13-14 16 Lagoa 11 4 3 4 7- 10 15 Aljustrelense 11 4 1 6 13 -16 13 Sesimbra 11 3 4 4 14-15 13 Redondense 11 3 1 7 12-17 10 Despertar 11 0 1 10 5-30 1

Próxima jornada (18/12/2011): Aljustrelense-Fabril; Sesimbra-

Lagoa; Quarteirense-Farense; Esp.Lagos-Messinense; Despertar-

Redondense; Pescadores-U.Montemor.

Distrital 1.ª Divisão

11.ª jornada

Odemirense-Panoias......................................................... 2-0 Sp.Cuba-FC Serpa ............................................................... 0-3 Ferreirense-Guadiana ........................................................3-1 Rosairense-Castrense ....................................................... 0-2 S. Marcos-Almodôvar .........................................................1-1 Aldenovense-Milfontes .....................................................0-1 Desp.Beja-Vasco Da Gama ................................................2-1 J V E D G P

Castrense 12 10 2 0 30-4 32 Milfontes 12 8 1 3 26-12 25 Ferreirense 12 6 3 3 19-15 21 Panoias 12 6 2 4 16-19 20 FC Serpa 12 5 4 3 12-11 19 Odemirense 12 6 1 5 19-14 19 Aldenovense 12 6 0 6 14-11 18 Rosairense 12 5 3 4 15-15 18 Vasco da Gama 12 5 1 6 23-17 16 Desp. Beja 12 4 3 5 17-16 15 Almodôvar 12 3 3 6 19 -21 12 S.Marcos 12 2 3 7 11-27 9 Guadiana 12 2 1 9 14-40 7

Sp.Cuba 12 2 1 9 12-25 7

Próxima jornada (18/12/2011): Castrense-Sp.Cuba; Panoias-Rosai-

rense; Guadiana-Odemirense; Almodôvar-Aldenovense; Milfontes-

Desp.Beja; Vasco da Gama-Ferreirense; FC Serpa-S. Marcos.

O Mineiro recebe o Fabril

Jogo entre operários

Moura precisa de pontuar

A caminho da tranquilidade

Depois da brilhante vitória alcançada em Sesimbra e dos sinais de recuperação que a mesma encerra, o Aljustrelense re-cebe no domingo a formação do Fabril do Barreiro.

Texto e foto Firmino Paixão

A primeira volta do campeonato fi-cou completa e as prestações menos conseguidas pela equipa aljustre-

lense parece que já fazem parte do passado, conforme prometera o técnico Eduardo Rodrigues. A equipa começa a dar sinais de poder recuperar algumas posições na tabela classificativa. O magnífico triunfo no reduto

do Sesimbra é exemplo dessa predisposi-ção do conjunto tricolor, que não só averbou mais três pontos, como os conquistou ante um adversário da mesma zona da tabela, não deixando dilatar a diferença que ainda existe para o primeiro sexteto da classifica-ção, zona que garante a manutenção auto-mática neste escalão. No domingo é neces-sário que os mineiros vistam, mais uma vez, o fato-macaco e arregacem as mangas para vencerem os outros operários fabris oriun-dos da margem sul do Tejo.

O Despertar joga em casa com a equipa do Redondense, adversário que antecede os be-jenses na classificação e, aparentemente, ao al-cance de um bom resultado para a turma de

Filipe Felizardo. Assim os despertarianos con-sigam elevar os níveis de confiança, desiderato que parece não abundar no plantel, que, a par da inexperiência nestas andanças de terceira divisão, falha nos pormenores, como se viu no último jogo, com o Lagoa, em que, por escas-sos cinco minutos, não conseguiram segurar o empate. O Lagoa marcou na primeira parte, os bejenses empataram no segundo tempo e com o apito final à vista Márcio Candeias deu o triunfo à equipa algarvia.

O União de Montemor é a melhor equipa alentejana posicionada na tabela, com um ex-celente quinto lugar, e na segunda metade sur-gem Aljustrelense, Redondense e Despertar, mas os bejenses, apenas, com um ponto.

O dia feriado da Restauração da Independência já lá vai, mas quem joga no próximo domingo em Moura é a

equipa com o mesmo nome, 1.º de Dezembro, oriunda de Sintra.

O Moura Atlético Clube regressa no domingo ao seu estádio para receber a formação do 1.º de Dezembro, adversário que se obriga a superar, se quiser manter-se em zona mais tranquila da tabela. Os sintrenses estão dois lugares acima da equipa alentejana e têm mais três pontos, mas o favoritismo recai sobre os comandados de Carlos Ventura, assim o setor mais recuado da equipa atue com o acerto que não demonstrou nos últimos dois jogos do campeonato, em que

sofreu nove golos, cinco do Oriental, em casa, e quatro do Louletano, no recinto dos algarvios. A equipa já colmatou a saída do avançado Hugo Firmino para o Torreense, contratando Artur Lourenço, um ex-Monsanto que se espera que seja um recruta à altura de brilhar na frente de ataque da equipa alentejana. No rescaldo da jor-nada anterior, e para além da derrota do Moura em Loulé, registaram-se os empates do Vendas Novas em Touriz (caiu para o 5.º lugar) e do Reguengos (em casa com o Fátima), enquanto o Juventude foi derrotado no Carregado.

Resultados da 12.ª jornada: Louletano--Moura, 4-1; Reguengos-Fátima, 2-2; Monsanto--Pinhalnovense, 0-1; Carregado-Juventude, 4-2;

Sertanense-Mafra, 0-2; Torreense-Caldas, 3-0; Tourizense-Vendas Novas, 1-1; Oriental-1.º Dezembro, 2-0.

Classificação: 1.º Pinhalnovense, 25 pon-tos. 2.º Torreense e Oriental, 24. 4.º Vendas Novas, 23. 5.º Fátima, 21. 6.º Carregado, 19. 7.º Louletano e Mafra, 18. 9.º Sertanense, 17. 10.º 1.º Dezembro, 15. 11.º Monsanto e Moura, 12. 13.º Tourizense, 11. 14.º Juventude, 10. 15.º Reguengos, 9. 16.º Caldas, 5.

Próxima jornada (18/12): Louletano--Reguengos; Fátima-Monsanto; Pinhal-novense-Carregado; Juventude-Sertanense; Mafra-Torrense; Caldas-Tourizense; Vendas Novas-Oriental; Moura-1.º Dezembro.

3.ª Divisão O Lagoa mar-cou o golo da vitória quase no termo do encontro

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Francisco Gregório

Oliveira Horta

Um caso impar de amor clubista. Quase duas dé- cadas ao serviço do

Desportivo de Beja, clube onde foi jogador, treinador e dirigente. Terá sido o atleta que durante mais tempo representou o em-blema bejense e durante muitas épocas foi o melhor marcador da equipa. A chamada à equipa sénior, então treinada pelo es-panhol Suarez, com apenas 17 anos, num jogo em Vila Real de Santo António, é um dos muitos registos marcantes de uma car-reira onde conheceu técnicos como Du Fialho, Azumir, Quim Teixeira e Honório Madeira, en-tre outros. O atletismo foi outra das suas modalidades de refe-rência. A vitória dos 100m e da estafeta 4x100m na competição “Primeiro passo” rendeu-lhe um convite do Sporting, clube que representou antes mesmo do seu conterrâneo Fernando Mamede. A velocidade era uma das principais armas deste ponta de lança, hoje com 62 anos, em-presário e aparentemente afas-tado do futebol.

(1) SERPA/SÃO MARCOSO Serpa tem feito um bom cam-peonato e, a jogar em casa, não terá dificuldade em ganhar ao São Marcos. Dou o meu favoritismo aos locais.

(X) ALMODÔVAR/ALDENOVENSEA equipa de Almodôvar tem feito uma primeira volta algo irregular e o Aldenovense está a realizar um bom campeonato. Pontos repartidos.

(X) MILFONTES/DESPORTIVO DE BEJAO Milfontes é muito difícil de ba-ter no seu próprio terreno, mas o Desportivo de Beja está moralizado com os últimos resultados.

(1) VASCO DA GAMA/FERREIRENSEO meu favoritismo pende para o triunfo dos visitados ainda que o Ferreirense tenha uma equipa muito forte e bem organizada.

(2) GUADIANA/ODEMIRENSEO Guadiana revela algumas fragili-dades e, mesmo jogando no seu ter-reno, não terá argumentos para evi-tar a vitória do Odemirense.

(X) PANOIAS/ROSAIRENSEDuas equipas do mesmo campeo-nato, com valor semelhante e habi-tuadas a jogarem em terrenos pela-dos. Aposto no empate.

(1) CASTRENSE/SPORTING DE CUBAO Castrense é o líder da prova, joga em casa e está suficientemente apetrechado para ganhar ao último classificado da prova.

Hoje palpito eu...

Resultados da 12.ª jornada: Sporting Cuba-Serpa, 0-3: São Marcos-Almodôvar, 1-1; Desportivo Beja-Vasco Gama, 2-1; Ferreirense-Guadiana, 3-1; Odemirense-Panoias, 2-0; Rosairense-Castrense, 0-2. Classificação: 1.º Castrense, 32 pontos. 2.º Milfontes, 25. 3.º Ferreirense, 21. 4.º Panoias, 20. 5.º Serpa e Odemirense, 19. 7.º Aldenovense e Rosairense, 18. 9.º

Vasco da Gama, 16. 10.º Desportivo Beja, 15. 11.º Almodôvar, 12. 12.º São Marcos, 9. 13.º Guadiana, 7. 14.º Sporting Cuba, 7. Próxima jornada (18/12): Serpa-São Marcos; Almodôvar--Aldenovense; Milfontes-Desportivo Beja; Vasco da Gama- -Ferreirense; Guadiana-Odemirense; Panoias-Rosairense; Castrense-Sporting Cuba.

Agenda: série A (8.ª jornada): Cercalense-Soneguense;

Longueira-Bemposta; Cavaleiro-Malavado. Série B (7.ª jornada):

Luzianes-Nave Redonda; Colense-Relíquias; Pereirense-

-Amoreiras Gare; Garvão-Santaclarense. Série C (7.ª jornada):

Beringelense-Figueirense; Jungeiros-Faro do Alentejo; Penedo

Gordo-Mombeja; São Matias-Santa Vitória. Série D (7.ª

jornada): Serpense-Neves; Salvadense-Ficalho; Sobral D’Adiça-

-Quintos; Brinches-Louredense. Série E (7.ª jornada):

Fernandes-Santa Clara-a-Nova; Almodovarense-Alcariense;

Trindade-Albernoense; Sete-Sanjoanense.

Taça Fundação

Inatel

O Cabeça Gorda tem a liderança por um fio e nos lugares imediatos surge uma vasta corte de candidatos senão ao tí-

tulo pelo menos à subida de divisão. Um campeonato muito competitivo, como

há muito não se via neste escalão. A provar, afi-nal, que o modelo de série única é mais justo e torna a competição mais atrativa e equilibrada. O Cabeça Gorda mantém-se na frente e tem uma saída para Barrancos que não deve alterar a sua posição na tabela. O Piense está à espreita de oportunidade para assumir o primeiro

lugar, mas terá que vencer em Messejana. E agora surge o Amarelejense a entrar na dis-cussão do título, sobretudo depois do surpre-endente triunfo em São Teotónio. O Bairro da Conceição folga amanhã e põe em risco o quarto lugar, mas também está bem presente na corrida, pelo menos a um dos dois lugares que dão acesso à subida de escalão.

Resultados da 10.ª jornada: Cabeça Gorda--Sanluizense, 1-0; Saboia-Vale Vargo, 1-0; Messejanense-Negrilhos, 4-2; Piense-Alvorada, 8-1; Renascente-Amarelejense, 0-2; Ourique-

-Bairro da Conceição, 2-2. Folgou o Barrancos.Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 23 pontos.

2.º Piense, 22. 3.º Amarelejense, 20. 4.º Bairro da Conceição, 19. 5.º Saboia e Messejanense, 16. 7.º Renascente, 13. 8.º Ourique, 12. 9.º Vale de Vargo, 10. 10.º Alvorada, 8. 11.º Sanluizense, 7. 12.º Barrancos, 4. 13.º Negrilhos, 3. Próxima jornada (17/12): Barrancos-Cabeça Gorda; Sanluizense-Saboia; Vale de Vargo-Negrilhos; Messejanense-Piense; Alvorada-Renascente; Amarelejense-Ourique. Folga o Bairro da Conceição.

1.ª Divisão Distrital

O Castrense é campeão de inverno

O campeonato está à beira de comple-tar a primeira volta e o Castrense está de pedra e cal no comando da prova, com sete pontos de avanço sobre o segundo classificado.

Texto e foto Firmino Paixão

Não é ainda uma vantagem muito con-fortável, mas a verdade é que a forma-ção orientada por Francisco Fernandes

tem conseguido, com maior ou menor dificul-dade, superar as etapas de maior risco que o ca-lendário lhe tem proporcionado. No próximo

domingo recebe o Sporting de Cuba, fragilizado pelo lugar de “lanterna vermelha” que ocupa na classificação. O Milfontes, segundo classificado, jogará em casa com um Desportivo de Beja mo-ralizado após duas vitórias no seu reduto, po-rém, a turma da foz do Mira tem mostrado que é forte a jogar no seu campo e sabe que, dora-vante, qualquer perda de pontos lhe retira capa-cidade para se aproximar do líder.

Nos lugares imediatos da tabela surgem o Ferreirense, Panoias, Serpa e Odemirense, falando apenas daqueles em que vemos al-gum potencial para poderem decidir a prova. A equipa de Ferreira do Alentejo tem, no

domingo, uma deslocação difícil a Vidigueira, o Panoias está a perder algum fôlego e terá pela frente o Rosairense, ferido com a derrota so-frida em casa perante o líder. O Serpa está bem e promete manter-se no topo da tabela lado a lado com o Odemirense que está a encetar um novo ciclo após a saída do técnico Luís Miguel. As notas mais significativas da última ronda foram, naturalmente, os triunfos fora de casa conseguidos pelo Castrense, no difícil terreno do Rosairense, e pelo Serpa, no Amado de Aguilar, em Cuba, com expressivos três a zero que não deixam quaisquer dúvidas quanto à justiça do desfecho.

2.ª Divisão Distrital

Amarelejense quer discutir o título

1.ª Divisão Distrital Jorge Monteiro marca o seu segundo golo da tarde, tento que garantiu a vitória do Desportivo de Beja

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A dupla Carlos & Alexandre Mourão, columbófilos da Sociedade

Estrela Alentejana, de Ervidel, conquistaram o título de campeões

nacionais de meio fundo. José Ameixa (Asas de Beja) classificou-se na

oitava posição do mesmo campeonato nacional e Bruno Helena (Asas

de Beja) foi 15.º na categoria de fundo.

Columbófilos de Ervidel

são campeões nacionais

Hoquei Grândola na rota da 2.ª DivisãoO Hóquei Clube de Grândola mantém a sua hegemonia no

Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Hóquei em Patins,

zona sul, com o pleno de vitórias nas oito jornadas disputadas

e interessante índice de finalização, 47 golos marcados e 17

sofridos, cotando-se como o melhor ataque e a melhor defesa

da série. O Aljustrelense perdeu em Sintra e o Castrense foi

derrotado em casa. O campeonato vai regressar apenas no dia

7 de janeiro, com um interessante derby alentejano entre os

mineiros e a equipa de Castro Verde. Resultados da 8.ª jornada:

H.Grândola-Lisbonense, 5-3; Estremoz-Seixal, 2-2; Salesiana-

-Azeitonense, 3-2; Os Lobinhos-Aljustrelense, 7-4; Castrense-

-Boliqueime, 3-5. Folgou o H.Santiago. Líder: Hóquei Clube

de Grândola, 14 pontos. 7.º Estremoz, 7. 8.º H.Santiago, 7. 10.º

Aljustrelense, 3. 11.º Castrense, 1.Próxima jornada (7/1/2012):

H.Santiago-H.Grândola; Lisbonense-Estremoz; Seixal-

-Salesiana; Azeitonense-Os Lobinhos; Aljustrelense-Castrense.

Futsal Baronia joga em MessinesO Grupo Desportivo de Baronia desloca-se amanhã, sábado,

ao Pavilhão de Messines para disputar com a equipa local a

partida referente à 9.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão de

Futsal. Os Independentes de Sines recebem o Benfica de Vila

Real de Santo António e o Sporting de Viana joga em casa

com os Sassoeiros. O Évora Futsal visita o Atalaia. Resultados

da 8.ª jornada: Évora Futsal,2-Sporting Viana,4; Baronia,2-

-Atalaia,3; Benfica VRSA,1-Os Indefetíveis,3. Sonâmbulos,1-

Rangel,4; Sassoeiros,5-Independentes,4. Messines,2-Portela,4.

Louletano,1-Quinta Conde,1. Líder: Rangel, 24 pontos. 4.º

Independentes de Sines, 16. 7.º Sporting de Viana, 13. 11.º

Baronia, 5. 14.º Évora Futsal, 0.

Futsal Liderança tripartida em BejaO Núcleo Sportinguista de Moura lidera o Distrital da 1.ª

Divisão de Futsal da A.F.Beja, seguido da Associação Desportiva

de Vila Nova de São Bento e do Politécnico de Beja, todos com

10 pontos. Resultados da 5.ª jornada: Alfundão,1-I.P.Beja,5;

Vila Ruiva,3-Alcoforado,7; V.N.São Bento,1-Almodovarense,1;

A.Surdos Beja,2-N.S.Moura, 33. Próxima jornada (16/12):

-I.P. Beja-N.S.Moura; Almodovarense-Alfundão; Vila Ruiva-

-A.S.Beja; Alcoforado.V.N.S.Bento.

Futebol Benfiquistas de Castro Verde na frenteCampeonato Distrital da A.F.Beja (6.ª jornada): Benfica Castro

Verde, 14-Benfica Almodôvar, 3; Odemirense, 3-Ourique,1.

Serpa,3-Aljustrelense,2. Classificação: 1.º C.B.Castro Verde, 16

pontos. 2.º Aljustrelense, 13. 3.º Serpa, 12. 4.º Odemirense, 9. 5.º

Ourique, 3. 6.º C.B.Almodovar,0. Próxima jornada (7/1/2012):

Aljustrelense-CB Castro Verde; CB Almodôvar-Odemirense;

Ourique-Serpa.

Castro Verde promove V Encontro de Escolas de Natação As Piscinas Municipais de Castro Verde recebem amanhã,

sábado, a partir das 10 horas, o V Encontro de Escolas de

Natação. O evento, a disputar pelas escolas de natação de

Castro Verde e Almodôvar, tem como objetivos “consolidar e

exercitar as aprendizagens adquiridas nas aulas de natação e

promover a modalidade”. Em competição vão estar os escalões

de benjamins, cadetes, infantis (A e B), juvenis e estafetas (1 e 2),

nas categorias de femininos e masculinos.

olumbófilosde Ervidel

o campeõesnacionais

OOriental é o adversário que a Zona Azul recebe na tarde de amanhã (17

horas) no Pavilhão da Escola de Santa Maria, na cidade de Beja.Depois da deslocação ao pavi-lhão do Boa Hora onde venceu por dois golos de vantagem (24--26) e ficou isolada no comando do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Seniores Masculinos, numa jornada que marcou a aber-tura da segunda volta da prova.

Depois de terem ganho no recinto do Torrense, os bejen-ses conseguem o segundo triunfo em casa dos rivais mais diretos. O

calendário da 13.ª jornada (mar-cada para a tarde de amanhã) é o seguinte: Redondo-A.C.Sines; Loures-Lagoa; Zona A zu l- -Oriental; Costa D’Oiro-Boa Hora e Náutico Guadiana-Almada. Folga o Torrense.

C l a s s i f ic a ç ão: 1.ª Z on a Azul, 31 pontos. 2.º Boa Hora e Torrense, 29. 4.º Lagoa, 24. 5.º Almada e Redondo, 23. 7.º Oriental, 21. 8.º Guadiana e Loures, 17. 10.º Costa D’Oiro, 14. 11.º A.C. Sines, 12.

O u t r o s r e s u l t a d o s – C a mp e on ato Na c i on a l d e Iniciados Masculinos 2.ª Divisão

7.ª jornada: Redondo,9-Évora AC , 30; Vid ig ueira , 26 -Ponte Sôr,28. No Campeonato Nacional de Juvenis da 2.ª Divisão, Zona Azul e o Centro de Cultura Popular de Serpa defrontaram--se no Pavilhão de Santa Maria, em Beja, e o resultado foi favo-rável aos bejenses por 21/14. O Vasco da Gama venceu o Évora A.C por 22/21. O Serpa lidera com 19 pontos, seguido da Zona Azul (17) e do Vasco da Gama da Vidigueira (14). No próximo domingo a Zona Azul joga em Portalegre e o Vasco Gama re-cebe o Redondo.

Andebol

Zona Azul lidera e recebe o Oriental

Basquetebol

Beja Basket Clube joga em Tavira

O Beja Basket Clube venceu o Clube de Basquetebol d e A l b u f e i r a p o r

98/67 e fixou-se no quarto lu-gar do Campeonato Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão com

oito pontos, menos dois que a dupla que lidera, Salesianos e Ferragudo, e menos um que os Tubarões de Quarteira. Outros resulta-dos da 6.ª jornada: Ferragudo,70-Salesianos,72; Tubarões de Quar-

teira,64-C.B.Tavira, 57. Folgou o Atlético de Reguengos. No próximo domingo completa-se a 7.ª jornada com a deslocação da equipa bejense ao Pavilhão da Luz de Tavira, para defrontar a equipa local.

Andebol Jogo do Nacional de Juvenis 2.ª Divisão entre a Zona Azul e o CCP Serpa

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Estou pasmado! Sempre vi o mundo do desporto como uma porta aberta para a componente publicidade impor as suas regras de consumo. Reconheço, e é certo, que o País anda de candeias às avessas. O pessoal está de tanga. Liso. Dizem que o dinheiro anda fugidio. Os salários são efémeros. É tudo a tirar. Concordo, piamente. O desemprego é avassalador. As empresas, e são muitas, fecham quotidianamente as suas portas. O cenário nacional é catastrófico. Ponto final! Claro que o nosso Alentejo embarca nesse profano cenário. Recusa investir. Faz marcha atrás. Recordo os tempos em que um spot publicitário, nas ondas da rádio ou na imprensa escrita regionais, tinha uma avalanche de retorno. Os empresários disponibilizavam-se para dar a conhecer os seus produtos. Vivia-se, então, num mar de graça. Paralelamente os clubes sentiam, também, que o tecido empresarial não se escamoteava a uma ajuda. Faziam presunção em anunciarem a sua existência. No estádio, ou no campo, os painéis de publicidade proliferavam. O espaço em volta do retângulo de jogo tornava-se aprazível. Os craques sentiam fulgor com o ambiente que os rodeava. O público rejubilava. Tudo era uma festa. Constatando, porém, a atual realidade visualizada, deparo-me com uma frieza de um estádio sem público nem painéis de publicidade. Tudo é vazio. Como amante do futebol, nomeadamente, mas nunca abdicando do desporto em geral, revejo hoje espaços amorfos que se apresentam como autênticos pesadelos para todos aqueles que desinteressadamente se entregam ao dirigismo. Centralizo esta minha opinião no Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, com a mágoa sentida no último domingo quando assisti ao jogo entre o Despertar e o Lagoa. Painéis… zero. Aliás, fiquei ao lado de um amontoado de “lixo”, outrora fontes de rendimento, que retratam, na íntegra, ao ponto que a publicidade no desporto chegou.

A publicidade no desportoJosé Saúde

Decorrem entre os dias 19 a 23 as Férias

Desportivas Natal 2011, organizadas pela

Associação Cultural e Recreativa Zona Azul,

de Beja, com as modalidades de andebol,

ginástica, atletismo, futebol e ténis.

Zona Azul organiza

férias desportivas

Cidade de Salúquia foi precursora do voleibol

Moura é exemplo na regiãoO concelho de Moura é o único do distrito de Beja onde existe prática federada de vo-leibol. O Moura Volei Clube é o sucessor de um projeto ini-ciado pós 25 de Abril.

Texto e foto Firmino Paixão

Apesar da existência de órgãos de tutela, casos da extinta Associação

de Voleibol de Évora (com sede em Moura) e da recém criada Associação de Voleibol do Alentejo, a modalidade não tem conseguido sair do âmbito do desporto escolar e implantar-se com sucesso na região Alentejo. A exceção tem sido a cidade de Moura, onde o voleibol está en-raizado desde a década de se-tenta e tem vindo a ganhar tra-dição, residindo ali o único clube formado de raiz para dar força e expressão à modalidade, o Moura Volei Clube.

António Pinto Alvarinho, di-rigente do clube, revela: “A tra-dição do voleibol em Moura vem desde os tempos da antiga Escola Industrial. Nos anos de 74/75 fili-ámo-nos na Associação de Lisboa para disputarmos provas oficiais e desde então até 2003 estivemos sob a égide do Moura Atlético Clube, como secção de voleibol, foram 27 anos”. E lembra: “Por ra-zões económicas fomos forçados a abandonar esse clube e formar um novo, com total autonomia, e por aqui andamos, uns anos me-lhor, outros pior, mas continu-amos sempre a fazer formação, nunca deixámos de o fazer por-que tem sido a base de todas as nossas equipas de seniores”.

A singularidade é que o vo-leibol ganhou uma tradição em Moura que não se estendeu a outros concelhos do distrito e António Alvarinho explica as ra-zões: “As sementes foram lança-das ainda antes do 25 de Abril e nós, por felicidade, tivemos sem-pre na Escola Industrial professo-res ligados à modalidade. Ainda que alguns fossem militares de carreira, todos eles tinham his-torial no voleibol e incutiam esse gosto aos seus alunos e como tí-nhamos bons resultados em

termos de desporto escolar foi a modalidade que mais vingou e se enraizou”.

Fundado em 2003, o Moura Volei Clube é uma consequên-cia natura l: “Aproveitámos todo o trabalho que tínhamos vindo a fazer no Moura Atlético Clube, pegámos nesses miúdos, então com 13, 14 ou 15 anos, e eles são hoje a base da nossa equipa sénior”, acentua António Alvarinho, adiantando: “Mas continuamos a fazer formação, temos equipas de iniciados e ju-venis masculinos e, de há dois anos para cá, retomámos a sec-ção feminina, que tem um misto de iniciados e juvenis mas que ainda não estão a competir, estão num processo de formação par-ticipando em vários torneios”.

A inexistência de outros clu-bes na região obriga a equipa sénior a deslocações bastante

extensas, lamenta o dirigente: “É pena que numa região tão ex-tensa como o Alentejo, Moura esteja tão isolada no voleibol. Há alguns anos ainda existi-rem equipas federadas em Évora, Avis e Santiago do Cacém, mas depois foram extintas e sobrá-mos nós. Lamentavelmente tam-bém não há nenhuma equipa na região de Lisboa. A sul competi-mos apenas com uma equipa de Albufeira e depois temos Torres Vedras e Marinha Grande. É muito complicado por causa das deslocações”.

O Moura Volei Clube disputa o Nacional da 3.ª Divisão e quanto a eventuais objetivos de subida, Alvarinho refere: “Perante o ca-lendário que nos foi apresen-tado a segunda divisão não está, neste momento, no nosso ho-rizonte, mas se acontecer …”. O clube vive as dificuldades

comuns ao movimento associa-tivo: “Infelizmente os apoios ofi-ciais quase que desapareceram, os apoios financeiros que temos de maior importância derivam do protocolo com o município de Moura, em que somos com-pensados por etapas, consoante o nosso desempenho, depois temos os nossos patrocinadores e algu-mas iniciativas. Os jogadores se-niores também se quotizam para ajudar o clube”, sublinha António Alvarinho. Contudo tem sido gra-tificante o reconhecimento da co-munidade local: “Felizmente que sim e seria ingrato se esse traba-lho e dedicação não fossem re-conhecidos pelos mourenses, apoiam-nos sempre que solicita-mos ao tecido empresarial ou às coletividades, porque existe reco-nhecimento pelo trabalho que te-mos feito e que tem levado o nome de Moura ao País inteiro”.

António Pinto Alvarinho, antigo presidente da extinta Associação de Voleibol de Évora, cuja sede era em Moura, viu com

mágoa que a Federação Portuguesa da modali-dade tivesse extinto aquele organismo e a esse propósito refere: “Fui dirigente da AVE durante muitos anos, presidi-a durante três ou quatro mandatos, mas os clubes foram desaparecendo

e sem eles é impossível dinamizar uma associa-ção”. E adianta: “A decisão da Federação surpre-endeu-nos a todos. Ninguém teve a hombridade de comunicar connosco, tinham a Associação de Voleibol do Alentejo já pensada, mas ninguém nos disse nada, é uma angústia que tenho dentro de mim de que um dia falarei com outros funda-mentos”, sublinhou.

Exceção Equipa de seniores do Moura Volei Clube que disputa o Nacional da 3.ª Divisão

Corta Mato em Alvito O 7.º Crosse de Alvito, simultaneamente Corta Mato de Natal da Associação de Atletismo de Beja, realiza-se ama-nhã, sábado, entre as 15 e as 17 horas, junto à entrada oeste de Vila Nova da Baronia/Alvito. A organizada é do Clube Natureza de Alvito e da asso-ciação regional da modalidade, apoiada pelas autarquias locais.

Atletismo A atleta juvenil Elsa Patriarca, da Juventude Desportiva das Neves, bateu o recorde distrital do lançamento de dardo, com a marca de 32,84. O registo foi obtido durante o Torneio de Velocidade e Lançamentos realizado na pista de Castro Verde.

A extinção da associação de Moura

Page 22: Edição n.º 1547

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Page 24: Edição n.º 1547

24Diário do Alentejo16 dezembro 2011

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Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2001 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA

ÉDITOS DE 30 DIAS, ANÚNCIO PARA VENDA

JUDICIAL POR LEILÃO ELECTRONICO

E CITAÇÃO DE CREDORES

MANUEL JOSÉ BORRACHA PÓLVORA, Chefe do Serviço de Finanças de Beja, faz público que por este Serviço de Finanças correm éditos de trinta dias, citando o executado Rui Miguel de Abreu e Sousa Pinto, Contribuinte Fiscal nº 196.376.475, com última residência conhecida em Praceta Professor Agostinho da Silva, nº 2 – 2º - em Beja, executado no Processo de Execução Fiscal nº 0248200901036181 e apensos , deste Serviço de Finanças, por dívidas de IRS, no montante total de € 892,83, ao qual acrescem os juros de mora e custas a contar nos termos da Lei, para no prazo de 30 (trinta) dias, imediatamente após os trinta dias do presente édito, e contados a partir da última publicação, pagar na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças, mediante guias a solicitar neste Serviço de Finanças, a dívida acima mencionada. Mais Fica citado que, para garantir o pagamento da dívida em questão, foi penhorado ao executado, acima mencionado, o bem que se identifi ca em seguida e que se não pagar a referida dívida dentro daquele prazo ou deduzir oposição, procederá este Serviço de Finanças à sua venda judicial por leilão electrónico, nos termos do art.º 248º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, para o que já se encontra designado o dia 15 de Fevereiro de 2012, pelas 10,00 horas, neste Serviço de Finanças.

BEM PENHORADOIdentifi cação do Prédio: Prédio urbano, inscrito na matriz predial urbana

da Freguesia de S. João Baptista, Concelho de Beja, sob o artigo 2190, Fracção C, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o nº 165/19860821, destinado a habitação, com a Área Bruta Privativa de 143,2500 m2, e Área Bruta Dependente 48,6600 m2. O mesmo é composto por 4 quartos, sala, cozinha, hall, 3 casas de banho, 2 varandas e lugar para estacionamento.

O valor base a anunciar para venda é de € 68.761,00, de acordo com o disposto no nº 4 do artigo 250º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, que corresponde a 70% do valor fi xado nos termos do nº 1 do mesmo artigo.

É fi el depositário do mencionado bem o executado o Sr. Rui Manuel de Abreu e Sousa Pinto, que deverá mostrá-lo a quem pretenda examiná-lo.

As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nanças.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2012-02-01, pelas 10,00 horas, e termina no dia 2011-02-15, às 10,00 horas. As propostas, uma vez subme-tidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artº 6º da portaria nº 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço e o restante em, até 8 meses (256º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Trans-missões Onerosas de Imóveis, o Imposto sobre O Valor Acrescentado ou outros.

Ficam por este meio citados, de harmonia com o disposto no nº 2 do artigo 239º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, quaisquer credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre o bem penhora-do, bem como os sucessores dos credores preferentes, para reclamarem os seus créditos no prazo de 15 (quinze) dias, fi ndos os 20 (vinte) dias a contar da 2ª publicação do presente anuncio.

E para constar, se passou o presente Edital / Anúncio e outros de igual teor que vão ser afi xados nos lugares indicados por lei.

Serviço de Finanças de Beja, aos dois dias de Setembro de 2011.

O Chefe de FinançasManuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2001 2.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇASDIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE FERREIRA DO ALENTEJO-0272

ANÚNCIO

VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0272.2011.46 - Imóvel designado por fracção autónoma “B” a que corresponde o r\c dtº do prédio urbano sito na R. Fernando Namora, 28, Beja. Destina-se a comércio e encontra-se arrendado. Está inscrito na matriz predial urbana da freguesia de S. João Batista sob o artº 2499 e descrito na CRP do concelho de Beja como fi cha 1063 da mesma freguesia.

Fernando Manuel Ferreira Lopes, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças FERREIRA DO ALENTEJO-0272, sito em PRAÇA CO-MENDADOR INFANTE PASSANHA 16, FERREIRA DO ALENTEJO, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identifi cado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fi scal.

É fi el depositário(a) o(a) Sr(a) RUI MANUEL FIALHO FRANGA-NITO, residente em LISBOA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identifi cado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-12-10 e as 16:00 horas do dia 2012-01-16.

O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 69.643,00.As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante

acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfi nancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda.

O prazo para licitação tem início no dia 2012-01-02, pelas 09:00 horas, e termina no dia 2012-01-17 às 09:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário.

No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011).

A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fi scal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT).

No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior,

de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT).

A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros.

Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT).

Teor do Edital:Identifi cação do Executado:N.º de Processo de Execução Fiscal: 0272200701006037 (e

apensos)NIF/NIPC: 506085511Nome: IBERPAX - CONSULTADORIA FORMAÇÃO E MARKE-

TING LDAMorada: R FERNANDO NAMORA N 28 R/C A - BEJA2011-12-06.

O Chefe de FinançasFernando Manuel Ferreira Lopes

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

CORO DE CÂMARA DE BEJA

ASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo da alínea a) do art° 4º dos Estatutos, con-

voco a Assembleia Geral dos associados do Coro de

Câmara de Beja, para se reunir em sessão ordinária e em

1ª convocatória no próximo dia 19 de Dezembro, pelas 20

horas, na ex-Escola Alemã, com a seguinte ORDEM DE

TRABALHOS:

1 - Assuntos de interesse para a Colectividade.

2 - Eleição dos Corpos Sociais para o biénio

2012/2013.

Se, à hora indicada, não existir «quorum», a Assem-

bleia reunirá 1 hora mais tarde, com qualquer número de

presentes.

Beja e Sede Social, 30 de Novembro de 2011.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Pedro Camilo de Araújo Lima de Vasconcelos

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

AMAGRA – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS

ALENTEJANOS PARA A GESTÃO

REGIONAL DO AMBIENTE

EDITALAníbal Sousa Reis Coelho da Costa, Presidente

da Mesa da Assembleia Intermunicipal da AMAGRA – Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente, faz saber, nos termos do artº 4º do Dec-Lei 54-A/99, de 22 de Fevereiro, que em reunião de 11-11-2011, foram aprovados os seguintes documentos:

Grandes Opções do Plano 2012Orçamento 2012Para constar, se publica o presente que vai ser

afi xado nos lugares públicos do costume.AMAGRA, 14 de Novembro de 2011.

O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal,

Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

CENTRO INFANTIL CORONEL SOUSA TAVARES

VAGAS

ANO LECTIVO 2012/2013CRECHE, PRÉ-ESCOLAR E CATL(S)

De acordo com os novos regulamentos internos da

Instituição, aprovados em assembleia geral de 15 de

Novembro de 2011, as candidaturas às vagas do Cen-

tro Infantil Coronel Sousa Tavares iniciam-se no dia 1

de Março e terminam no dia 15 de Abril de 2012.

Deverá dirigir-se à secretaria para obter todas as

informações necessárias.

Beja, 12 de Dezembro de 2011

A Direcção

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Page 25: Edição n.º 1547

institucional diversos 25Diário do Alentejo16 dezembro 2011

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

CERTIFICAÇÃONOTÁRIA RITA MAGALHÃES

Certifi co, para efeitos de publicação que, por escritura de Justifi cação, lavrada em seis de Dezembro

de dois mil e onze, de folhas vinte e seis a folhas vinte e sete verso do Livro de Notas número Cento e Oitenta e

Nove-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal, em Almada:

ANTÓNIO JOSÉ NEVES BATINHA, natural da freguesia de Quintos, concelho de Beja, e mulher JUDITE

FERREIRA DA SILVA BATINHA, natural da freguesia de Fraião, concelho de Braga, casados sob o regime de

comunhão geral de bens, residentes na Rua Direita de Massamá, n° 149, Massamá, Sintra, intitularam-se donos

e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do Prédio Rústico, sito em Vale Pereiro, freguesia de Corte

do Pinto, concelho de Mértola, composto de cultura arvense, com a área de dezassete mil e quinhentos metros

quadrados, confrontando de Norte, Sul e Poente com António José Neves Batinha e Nascente com António

Gomes Martins; inscrito em nome do primeiro ante possuidor, José Martins Eusébio, na matriz cadastral rústica

da freguesia de Corte do Pinto, sob o artigo oitenta e oito, secção C, não descrito na Conservatória do Registo

Predial de Mértola.

Que, entraram na posse deste prédio rústico por tradição face ao pagamento integral do preço ajustado

por contrato de compra e venda verbal que ambos realizaram com os primeiros ante possuidores, José Martins

Eusébio e mulher Felícia Caravantes Angélica, casados sob o regime da comunhão geral de bens e residentes

em Corte do Pinto, Mértola, no ano de mil novecentos e cinquenta e dois; desconhecendo os segundos ante

possuidores por serem muito antigos.

Que, desde a indicada data, vêm possuindo este prédio rústico, cultivando-o e limpando-o, colhendo os seus

frutos, de forma ostensiva e à vista de toda a gente, usufruindo ainda de todas as suas utilidades, tendo adquirido

e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor oposição de quem

quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do

direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífi ca, contínua e de boa fé, que dura há mais de

vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento

algum que lhes permita fazer aprova do seu direito de propriedade.

É certifi cado que fi z extrair e está conforme o original.

Almada, aos seis de Dezembro de dois mil e onze.

A Notária,

Rita Magalhães

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

CERTIFICAÇÃONOTÁRIA RITA MAGALHÃES

Certifi co, para efeitos de publicação que, por escritura de Justifi cação, lavrada em seis de Dezembro

de dois mil e onze, de folhas vinte e quatro a folhas vinte e cinco verso do Livro de Notas número Cento

e Oitenta e Nove-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal,

em Almada:

ANTÓNIO JOSÉ NEVES BATINHA, natural da freguesia de Quintos, concelho de Beja, e mulher JUDITE

FERREIRA DA SILVA BATINHA, natural da freguesia de Fraião, concelho de Braga, casados sob o regime

de comunhão geral de bens, residentes na Rua Direita de Massamá, nº 149, Massamá, Sintra, intitularam-

se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do Prédio Rústico, sito em Vale Camacho,

freguesia de Corte do Pinto, concelho de Mértola, composto de cultura arvense, com a área de vinte e oito

mil setecentos e cinquenta metros quadrados, confrontando de Norte e Nascente com António José Neves

Batinha, Sul com Maurício Severo Domingues, e Poente com António Mateus da Silva; inscrito em nome do

primeiro ante possuidor, Júlio de Matos Maurício, na matriz cadastral rústica da freguesia de Corte do Pinto,

sob o artigo dezasseis, secção C, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola.

Que, entraram na posse deste prédio rústico por tradição face ao pagamento integral do preço ajusta-

do por contrato de compra e venda verbal que ambos realizaram com o primeiro ante possuidor, Júlio de

Matos Maurício, solteiro, maior, residente em Corte do Pinto, Mértola, no ano de mil novecentos e oitenta;

desconhecendo os segundos ante possuidores por serem muito antigos.

Que, desde a indicada data, vêm possuindo este prédio rústico, cultivando-o e limpando-o, colhendo

os seus frutos, de forma ostensiva e à vista de toda a gente, usufruindo ainda de todas as suas utilidades,

tendo adquirido e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor

oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspon-

dente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífi ca, contínua e de boa

fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo

de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.

É certifi cado que fi z extrair e está conforme o original.

Almada, aos seis de Dezembro de dois mil e onze.

A Notária,

Rita Magalhães

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

CERTIFICAÇÃONOTÁRIA RITA MAGALHÃES

Certifi co, para efeitos de publicação que, por escritura de Justifi cação, lavrada em seis de Dezembro de

dois mil e onze, de folhas vinte e duas a folhas vinte e três verso do Livro de Notas número Cento e Oitenta e

Nove-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal, em Almada:

ANTÓNIO JOSÉ NEVES BATINHA, natural da freguesia de Quintos, concelho de Beja, e mulher JUDITE

FERREIRA DA SiLVA BATINHA, natural da freguesia de Fraião, concelho de Braga, casados sob o regime

de comunhão geral de bens, residentes na Rua Direita de Massamá, n° 149, Massamá, Sintra, intitularam-se

donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do Prédio Rústico, sito em Cachamorras, freguesia

de Corte do Pinto, concelho de Mértola, composto de cultura arvense, com a área de vinte e quatro mil

trezentos e setenta e cinco metros quadrados, confrontando de Norte, com Maria Ana Rita e Bernardino

Guerreiro Cangalhas, cabeça de casal de; Sul, Nascente e Poente com António José Neves Batinha; ins-

crito na matriz cadastral rústica da freguesia de Corte do Pinto, sob o artigo um, secção D, não descrito na

Conservatória do Registo Predial de Mértola.

Que, entraram na posse deste prédio rústico por tradição face ao pagamento integral do preço ajustado

por contrato de compra e venda verbal que ambos realizaram com os sucessores dos primeiros ante possui-

dores, José Manuel Rebelo e mulher, Isabel Maurício Domingues, residente em Corte do Pinto, Mértola; José

Manuel Maurício, casado com Ermelinda de Jesus Comenda Coelho Maurício, sob o regime da comunhão

de adquiridos, residentes na Rua de Aljubarrota, Lote 4, Palmela; Francisco Maurício Rebelo, casado com

Maria do Carmo Moleira Gonçalves Rebelo, sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Praceta

das Magnólias, Lote 3, 30 Esquerdo, Massamá, Sintra; e Isabel Maurício Paulino Seno, casada com António

Medeiros Seno, sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua Viana do Castelo, n° 12, 2°

esquerdo, Carcavelos, Cascais; em dia e mês que não sabem precisar do princípio do ano de mil novecentos

e noventa; desconhecendo os segundos ante possuidores por serem muito antigos.

Que, desde a indicada data, vêm possuindo este prédio rústico, cultivando-o e limpando-o, colhendo

os seus frutos, de forma ostensiva e à vista de toda a gente, usufruindo ainda de todas as suas utilidades,

tendo adquirido e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor

oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspon-

dente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífi ca, contínua e de boa

fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo

de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.

É certifi cado que fi z extrair e está conforme o original.

Almada, aos seis de Dezembro de dois mil e onze.

A Notária,

Rita Magalhães

Marcor CinTemos agora uma nova loja em Beja, com produtos da CIN, o maior grupo ibérico do setor das tintas, mais uma empresa que abre portas, criando postos de trabalho na nossa cidade.

O sr. Pedro Valente, o seu proprietário, que já possui uma empresa de materiais de construção civil em Santana de Cambas e uma loja de tintas em Mértola, pensou assim fazer um investimento com vista a médio prazo, em Beja, com a perspetiva de desenvolvimento colocada pelo aeroporto de Beja, tendo em conta que Beja irá ser a quarta cidade aeroportuária em Portugal.

A Marcor Cin tem à disposição dos seus clientes uma nova inovação CIN que é o sistema Cin-K. Este sistema permite poupar em cerca de 30 por cento a conta da eletricidade no fi m do mês, no que se refere ao aquecimento no inverno e arrefecimento da habitação no verão. O que nos dias que correm é uma boa notícia para todos, e também, naturalmente, aumentar o valor de mercado dos imóveis, oferecendo aos seus ocupantes um excelente conforto durante 356 dias por ano.

A CIN é uma empresa líder de mercado no setor das tintas, na Península Ibérica, e em setembro ultimo, já havia lançado também um novo produto, o ThermoCin, que consiste numa tinta termorefl ectora, para aplicação nos telhados e coberturas, que permite que estas superfícies não atinjam as altas temperaturas que normalmente atingem, reduzindo assim a temperatura do ar no interior das habitações, em seis graus. Este valor foi analisado e verifi cado e confi rmado por testes científi cos no departamento de engenharia da FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

A Marcor Cin tem também à disposição dos profi ssionais da pintura a marca Nitin, que também pertence ao universo da CIN, e que tem por objetivo oferecer aos profi ssionais da pintura uma forma de apresentarem aos seus clientes um trabalho com qualidade, a preços mais adequados a grande volumes.

A Marcor Cin pretende assim servir a população do Baixo Alentejo com produtos de grande qualidade da CIN e contribuir para o progresso económico da região.

Francisco RosaConsultor de Marketing e Relações Públicas

Publireportagem

Page 26: Edição n.º 1547

26Diário do Alentejo16 dezembro 2011

BEJASenhor viúvo de 65 anos, natural de

Beja, pretende encontrar companheira

das mesmas idades.

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ASSINATURAPraça da República, 12 – 7800-427 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail [email protected]

Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail [email protected] assinar o Diário do Alentejo, com início em _____________, na modalidade que abaixo assinalo:

Assinatura Anual (52 edições): País: €28,62 Estrangeiro: €30,32Assinatura Semestral (26 edições): País: €19,08 Estrangeiro: €20,21

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Efectuei transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia________________

Pretendo receber uma factura pagável em qualquer Caixa Multibanco, ou banco online

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Localidade _________________________________________________________________________________________

Código Postal _____________________________________________________________________________________

Nº Contribuinte ___________________ Telefone/Telemóvel _______________________________________

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Para melhor conhecermos os nossos assinantes, seria útil termos a seguinte informação complementar:

Data de Nascimento ____________ Profissão _____________________________________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser endossados a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

FREGUESIA DE SELMES

EDITAL

CEMITÉRIO DE SELMES

António João Pedras D’Aguilar, Presidente da Junta de

Freguesia de Selmes, faz saber que;

De acordo com a deliberação da Junta de Freguesia, em

sua reunião ordinária de 23 de Setembro de 2011;

Que no prazo de 60 dias, a contar da publicação deste

Edital, serão demolidas ou rasadas as sepulturas em estado

de abandono no Cemitério de Selmes, deste Concelho de

Vidigueira, cujos concessionários não são conhecidos, não

se sabe qual a residência e não tenham exercido os seus

direitos por um período superior a 10 anos, e os quais não

se apresentem a reivindicá-los, no prazo acima citado.

Decorrido este prazo, sem que os interessados pro-

movam qualquer diligência, serão feitas as exumações,

considerando-se abandonadas as ossadas, que serão

enterradas nos mesmos covais a profundidade superior.

Para constar, se passou o presente Edital e outros de

igual teor que irão ter a devida publicidade.

Freguesia de Selmes, 02 de Dezembro de 2011.

O Presidente da Junta de Freguesia

António João Pedras D’Aguilar

institucional diversos

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 1ª Publicação

PEDRO BRANDÃO

Agente de Execução

C.P. 3877

ANÚNCIO

Tribunal Judicial de Beja – 2° JuízoAcção ExecutivaProcesso n.° 1235/08.3TBBJAExequente: Banco BPI, SAExecutados: Paulo José Caeiro Rosado, Cármen Dolores Caixei-

rinho Atabão e outros.

FAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra

designado o dia 5 de Janeiro de 2012, pelas 14:00 horas, no Tribunal

acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues

até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na

compra do seguinte bem:

Prédio Urbano, propriedade total, sito na Rua 23 de Julho, n.° 1,

no Penedo Gordo, Beja, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo

2640, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a fi cha

788/19920914 Beja (Santiago Maior).

O bem pertence aos Executados:

Cármen Dolores Caixeirinho Atabão Paulino, NIF: 233736603 e

Paulo José Caeiro Rosado, NIF: 223439460

VALOR BASE: 16.428,58 €

Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de

11.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base.

Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem

juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente

de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do

bem, ou garantia bancária, no mesmo valor.

É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados Cármen

Dolores Caixeirinho Atabão Paulino, NIF: 233736603 e Paulo José

Caeiro Rosado, NIF: 223439460, residentes na Rua 25 de Abril, n.° 7,

Penedo Gordo, Beja.

O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

ASSOCIACÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS

VOLUNTÁRIOS DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIAEm conformidade com o disposto no nº 1 do art° 41 dos

Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

de Mértola, CONVOCO, todos os Associados no pleno gozo

dos seus direitos a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária

no próximo dia 28 de Dezembro de 2011, pelas 20:00 horas, na

Sede da Associação com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1. Informação;

2. Apreciação, discussão e votação do Plano de Actividades

e do Orçamento para o exercício do ano de 2012;

3. Outros assuntos de interesse colectivo;

Se, à hora marcada não se verifi car o número de presenças

previstas nos Estatutos, a Assembleia Geral poderá deliberar 30

minutos depois da hora inicial, com qualquer número de presen-

ças, desde que não inferior a três associados efectivos.

Nota: Informo que os documentos para análise estarão

disponíveis na Secretaria desta Associação, a partir do dia 26

de Dezembro.

Mértola, 13 de Dezembro de 2011.

O Presidente da Assembleia Geral

Manuel Romba Ruas

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

CIMAL – COMUNIDADE

INTERMUNICIPAL DO ALENTEJO LITORAL

EDITALAlexandre António Cantigas Rosa, Presidente da

Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMAL – Co-

munidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, faz saber,

nos termos do art.° 4 do Dec. Lei 54-A/99, de 22 de

Fevereiro, que em reunião de 28 de Novembro do ano

de 2011, foram aprovados os seguintes documentos:

Grandes Opções do Plano 2012

Orçamento 2012

Para constar, se publica o presente que vai ser

afi xado nos lugares públicos do costume.

Grândola, 30 de Novembro de 2011.

O Presidente da Mesa

da Assembleia Intermunicipal,

Alexandre Rosa

Diário do Alentejo nº 1547 de 16/12/2011 Única Publicação

CIMAL – COMUNIDADE

INTERMUNICIPAL DO ALENTEJO LITORAL

EDITALAlexandre António Cantigas Rosa, Presidente da

Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMAL – Comu-

nidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, faz saber, nos

termos do art.° 91 da Lei 169/99, de 18 de Setembro,

que em reunião de 28 de Novembro do ano de 2011, foi

aprovado o Regulamento Interno Geral da CIMAL.

Para constar, se publica o presente que vai ser

afi xado nos lugares públicos do costume.

Grândola, 30 de Novembro de 2011.

O Presidente da Mesa

da Assembleia Intermunicipal,

Alexandre Rosa

Page 27: Edição n.º 1547

necrologia

AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA.A Agência mais antiga de BejaRua António Sardinha, 12 – 7800-447 Beja

(frente ao balneário público)Funerais, trasladações e cremações

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CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”

CABEÇA GORDA

†. Faleceu o Exmo. Sr. LOURENÇO MARTINS JÚNIOR, de 73 anos, natural de Quintos - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Teresa Maria Figueira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

PENEDO GORDO

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANÍBAL JOÃO QUINTA QUEIMADA PINTO, de 47 anos, natural de Santiago Maior - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. DR. JOSÉ NEVES MORAIS ALVES JANEIRO, de 62 anos, natural de Mirandela, casado com a Exma. Sra. D. Maria José Coelho Barroso Alves Janeiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.

VILA RUIVA

†. Faleceu o Exmo. Sr. SEGISMUNDO MANUEL VIANA, de 84 anos, natural de Vila Ruiva - Cuba, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Jesus Esteves Viana. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária de Vila Ruiva, para o cemitério local.

TRINDADE

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL JOSÉ PEREIRA PAUPRETO, de 51 anos, natural de Trindade - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Trindade, para o cemitério local.

NOSSA SENHORA DAS

NEVES

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO ÁLVARO DA SILVA, de 75 anos, natural de Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Maria Silva Costa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

CABEÇA GORDA / BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. EDMUNDO HILÁRIO GONÇALVES, de 86 anos, natural de Santiago - Tavira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA EMILIA MARQUES PEREIRA, de 91 anos, natural de Valmaior – Albergaria - a - Velha, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja para o cemitério desta cidade

ALCARIA RUIVA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. JOAQUINA MARIA, de 82 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Alcaria Ruiva para o cemitério de local.

CABEÇA GORDA

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO MARTINS CORDEIRO de 85 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

www.funerariapax-julia.pt E-mail: [email protected]

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

Vila de Frades

PARTICIPAÇÃO

Francisco António

do Alpendre Nasceu 24.12.1923 Faleceu 13.12.2011

Faleceu o Exmo. Sr. Francisco António do Alpendre, natu-ral de Vila de Frades, casado com a Exma. Sra. Maria José Folharascas.O funeral a cargo desta Agência realizou-se no pas-sado dia 14, da casa mortu-ária de Vila de Frades para o cemitério local.

Vila de Frades

PARTICIPAÇÃO

Maria Lucrécia Bravo

Mamede Nasceu 28.01.1928 Faleceu 11.12.2011

Faleceu o Exma. Sra. Maria Lucrécia Bravo Mamede, natural de Vila de Frades, Viúva.O funeral a cargo desta Agência realizou-se no pas-sado dia 12, da casa mortu-ária de Vila de Frades para o cemitério local.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 – Tel. 284441108

Funerária Central de Serpa, Lda.Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Serpa

É com enorme pesar e soli-dários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. Joaquim Pires de Matos Balbino de 67 anos, casado com a Sra. Maria de Lurdes Louzeiro Moquenco.O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 14 de Dezembro da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local.Á família enlutada expressa-mos os nossos sentidos pêsames.

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Domingas Maria

Galrito LançaIrmão e sobrinhos cumprem o doloroso dever de parti-cipar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 6/12/2011 e na impossibilida-de de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que se dignaram acompanhá-la à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.Mais expressam o seu pro-fundo agradecimento a todo o pessoal do Lar do Salvador em Beja – Pólo II, em espe-cial à Dra. Ana Catarino e Dra. Rufi na, pelos cuidados e ajuda prestados durante a sua estadia na Instituição.

Vidigueira

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Rosa Maria Cunha

Garrido PalheteEsposo, filhos, noras, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 10/12/2011, e na impossibilidade de o fazer pes-soalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

Neves/Porto Peles

José Francisco

Caixinha das FontesFaleceu em 11/12/2011

A família participa o faleci-

mento do seu ente querido

ocorrido no dia 11/12/2011, e

agradecem reconhecidamen-

te a todos quanto se dignaram

acompanha-lo à última morada

ou de outro modo manifesta-

ram o seu pesar.

Mais expressa o seu profun-

do agradecimento a todos os

funcionários sem excepção da

Santa Casa da Misericórdia de

Serpa, pelo apoio prestado e a

continuação do bom e exem-

plar trabalho aos idosos.

MISSA

Maria José Salvada18º Ano

de Eterna SaudadeMarido, filho, nora e netos, participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que mandam celebrar missa por alma da sua ente querida no dia 18/12/2011, sábado, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecen-do desde já a todos os que se dignarem a assistir a este acto religioso.

Beja

AGRADECIMENTO

Faleceu a 25/11/2011

Esposo, filha, netos, gen-ro e restantes familiares de ETELVINA DA CONCEIÇÃO

CARVALHO ESTEVES, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, reconhecida-mente, agradecem por este meio a todas as pessoas amigas que se dignaram acompanhá-la à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu mais profundo pesar. Mais agra-decem, em especial, aos profissionais da Fundação dos Cuidados Continuados e Lar de Casével, pela forma carinhosa e acolhedora pela sua ente querida durante o seu internamento.Bem hajam.

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Boa vida

O Buddy é um cachorrinho de quatro meses muito dócil e brincalhão que apenas deseja para

este Natal uma família que o acarinhe. Como todos os cachorros, é ativo e gosta de fazer os seus

disparates, mas é um cãozinho encantador. Tem pelo curto, ficará de porte médio.

Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Já foi desparasitado e vacinado

(primeira dose).Contactos: 962432844; [email protected]

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LetrasSimon Wiesenthal – o maior caça-nazis da história

Simon Wiesenthal sobreviveu em cinco campos de concen-tração com sorte e a ajuda de

alguns alemães bons. Foi ele que o disse mas também disse ter passado por 12 campos de concentração, o que se sabe ser um exagero.

Um facto é que dedicou o resto da existência a caçar nazis e a sua inves-tigação ajudou à localização de Adolf Eichmann na Argentina e ao subse-quente rapto deste pela Mossad para o julgamento em Israel. Julgamento sim, pois Wiesenthal explicou que a sua missão era a da preservação da memória e não a vingança. Disse que quando morresse e encontrasse nazis “no céu” queria poder dizer-lhes: “Não me esqueci de ti”. Era isso que dava sentido à vida depois da morte que foi a passagem pelos cam-pos da morte – onde os judeus, joco-samente, diziam uns aos outros que haveriam de encontrar-se na prate-leira do sabão.

Tom Segev, prestigiado histo-riador e jornalista israelita, com-pôs uma minuciosa biografia de Wiesenthal tornando óbvio que este exagerava frequentemente nos rela-tos que fazia e que o seu trabalho foi muito mais solitário do que fez crer. O autor é um admirador confesso do “caça-nazis” e tenta mesmo jus-tificar porque mentiu o seu “herói” tantas vezes. Fosse motivado pela inclinação para a literatura efabu-lada ou por um complexo de sobre-vivente, é certo que esta obra ilustra bem uma das vidas mais estranhas vividas no século XX. A mulher de Wiesenthal – também sobrevivente de um campo de concentração – é descrita por Segev como triste e de-pressiva. Sobre o marido terá dito: “Não estou casada com um homem. Estou casada com milhares, talvez milhões, de mortos”. Mas este foi popular em Hollywood e gostava de viver bem e com alegria. Não viveu nunca em Israel. Explicou que era porque lá não havia nazis.

Maria do Carmo Piçarra

FilateliaAlgarpex encerraamanhã

Encerra amanhã a II Algarpex, expo-sição de filatelia que reúne filatelis-tas naturais ou residentes no Algarve

e ainda alguns convidados da vizinha pro-víncia da Andaluzia, de onde vêm 10 cole-ções. Completam este conjunto 46 coleções de Portugal, ocupando o conjunto um total de 160 quadros.A exposição está patente na sede dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, é organizada pela secção fi-latélica desta entidade e foi inaugurada na segunda-feira, dia 12.O interessante conjunto é completado com a edição de um catálogo, de excelente qua-lidade a que Matoso Galveias, presidente da secção, já nos habituou. Em nota de abertura Pedro Vaz Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Fi latelia, escreve: “A secção de Colecionismo dos Bombeiros de Vila Real de Santo António esteve inativa durante muitos anos. Por isso foi com muita sa-tisfação que a vi reaparecer, cheia de di-namismo e vontade para promocionar a filatelia no Algarve e em Portugal. Ao or-ganizar esta Algarpex vai prestar um enorme serviço à filatelia da região algar-via. Este dinamismo e vontade são de re-alçar e aplaudir. Juntar numa exposição mais de uma centena de quadros de par-ticipações filatélicas do Algarve é uma ação notável de divulgação filatélica que a Federação Portuguesa de Filatelia não só apoia como enaltece e não pode deixar de felicitar vivamente os seus organizadores pelo evento agora levado a efeito”.Corroborando as palavras de Vaz Pereira, Matoso Galveias diz-nos: “Tratando-se de uma exposição não competitiva, logo não subordinada às regras da filatelia compe-titiva, é, no entanto, uma oportunidade de apresentação de coleções e uma possibili-dade de as aperfeiçoar para a sua entrada na competição ou até para receber no-vas ideias de apresentação. É também um chamariz para novos amantes da filatelia. Sabemos que muitos filatelistas têm o seu material em casa, em classificadores, ál-buns ou até numa qualquer outra forma de arquivo, estas exposições são também uma forma de os cativar para apresentar aquilo que têm, dando-lhe uma apresentação di-ferente, isto é, dando-lhe vida”.A não perder é o excelente artigo que Matoso Galveias assina: “Cabotagem do Sul – Os barcos, os passageiros e o correio”.

Geada de Sousa

Comer Peru assado no forno com salada de agrião e romã

Tom Segev

Matéria-prima

edições

PVP: 18,90 euros

441 págs.

Ingredientes para o peru:1 peru não muito grande; q.b. de sal grosso; 1 litro de vinho branco alentejano.

Ingredientes para o molho:150 gr. de banha de porco alentejano; 2 gr. de pimenta branca moída; q.b .de colorau; q.b. de sal; 20 gr. de alhos.

Acompanhamento:q.b. de agrião; q.b. de romã.

Confecção:Depois de lavado e limpo o peru, tempere com um pouco de sal e vinho branco. Deixe no fri-gorífico de um dia para o outro. Num almofa-riz faça uma pasta com os alhos, sal, pimenta, colorau e banha. Barre o peru com a pasta ob-tida e leve a assar no forno a 160º, durante mais ou menos 1 e 30 hora. Vai-se regando com o próprio molho e, se necessário, junte um pouco de água. Sirva acompanhado com salada de agrião e bagas de romã, temperada a seu gosto. E bom apetite...

António Nobre Chefe executivo de cozinha –

Hotéis M’AR De AR, Évora

Page 29: Edição n.º 1547

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BDAlix na Ibéria

Mestre Jacques Martin bem de-sejou fazer este álbum, sobre-tudo após a sua primeira visita

a Portugal, mas devido ao seu grave pro-blema de saúde foram os seus continuado-res Christophe Simon, Patrick Weber e F. Maingoval que execu-taram o tomo “O Ibero”, da série Alix, agora editado pela Asa.

A guerra civil inter-romanos, os de Pompeu e os de Júlio César, desenrola-se agora na Península Ibérica. No meio desse conflito estão os iberos liderados por Tarago que, acima de tudo, sonha expulsar os romanos da Ibéria... Mais um capítulo de bravuras, com uma trágica história de amor entre Celsona (irmã de Tarago) e o guerreiro Mandonitos, no meio das refre-gas e das intrigas.

“20 ans de guerre”

Com edição Lombard, pela parceria Blary e Loiselet, o tomo “20 ans de guerre” leva-nos para mais uma viagem de heroici-dades e angústias durante a Segunda Grande Guerra.

“Oktavius”O desenhista Jacques Terpant volta a pe-gar em textos do militar, viajante e escritor Jean Raspail e, sob edição Delcourt, brinda- -nos com “Oktavius”, primeiro tomo da sé-rie Le Royaume de Borée. No século XVII, esta saga de valentia e onirismo, localizada nos extremos do nordeste europeu. Uma obra muito interessante.

Luiz Beira

JazzPeeping Tom – “File Under: Bebop”

Logo que, em meados dos anos quarenta do sé-culo XX, a história do jazz conheceu a revo-lucionária inflexão que ficou conhecida como

bebop, as reações do establishment não se fizeram espe-rar. Armstrong disse que o bebop soava a “música chi-nesa”. Ellington afirmou que tocar bebop era o mesmo que jogar “Scrabble” sem as vogais... O impulso deci-sivo dado por um punhado de músicos fartos das gri-lhetas que lhes eram impostas enquanto meras peças na engrenagem das grandes orquestras de swing, fez o jazz mudar, definitivamente, de rumo. Esse novo para-digma alargou os horizontes a toda uma geração de mú-sicos (outros, de gerações anteriores, também alinha-ram) e influenciou de forma decisiva tudo o que veio depois. Prova-se que o seminal legado do bebop con-tinua a ser um extraordinário manancial para explo-rações musicais criativas. É neste contexto que se en-quadra o disco de estreia do trio franco-sueco Peeping

Tom (não confundir com o projeto homónimo lide-rado por Mike Patton), formado pelo saxofonista alto Pierre-Antoine Badaroux, o contrabaixista Joel Grip e o baterista Antonin Gerbal, formação que já colaborou com músicos como Evan Parker, Sven-Åke Johansson e o mago berlinense do trompete, Axel Dörner. Em “File Under: Bebop” o trio pega num conjunto de temas icó-nicos do bebop (“Koko”, “Un Poco Loco”, “Mohawk”, “Bebop” ou “Donna Lee”), saídos das penas dos seus mais destacados obreiros – Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Thelonious Monk e Bud Powell – e trabalha--os à luz de coordenadas free-bop, impregnando-os de uma energia e espontaneidade assinaláveis. Gravado ao vivo no clube “Le Périscope”, na cidade francesa de Lyon, em maio de 2009, este registo deixa claros o pro-fundo conhecimento e a paixão que estes músicos têm em relação a este material, ainda detentor de um po-tencial não completamente exaurido, conseguido ope-rar uma transformação que lhe confere atualidade e re-novada pertinência. Teríamos todos a ganhar se a tão propalada “tradição do jazz” fosse revista sempre desta forma inventiva e despegada de preconceitos estéreis, que trata a música como um corpo vivo e não como um fóssil.

António Branco

Peeping Tom

“File Under: Bebop”

Pierre-Antoine Badaroux (saxofone alto),

Joel Grip (contrabaixo)

e Antonin Gerbal (bateria).

Editora: Umlaut Records

Ano: 2011

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Fim de semana

Os alunos de música e dança do Conservatório Regional do Baixo

Alentejo (CRBA) prepararam um espetáculo para assinalar a

quadra festiva que atravessamos, cuja apresentação terá lugar esta

noite, a partir das 21 e 30 horas, no Pax Julia Teatro Municipal.

“A pequena árvore de Natal” fala de um pinheiro mágico, vizinho

da oficina do Pai Natal, algures no Polo Norte, que, tal como os

brinquedos que vão sendo fabricados ao longo de todo o ano,

também tem vida e vontade própria. “Todos os anos ele adora

ver os novos brinquedos saírem da casa para brincar. Mas ele

gostava que um dia tudo fosse diferente…”, desvenda a sinopse.

Alunos do Conservatório

atuam no Pax Julia

Anabela no cineteatro e concerto de Natal na Basílica Real “Nós”, o mais recente trabalho de

Anabela, é a proposta do Cineteatro

Municipal de Castro Verde para hoje,

sexta-feira, a partir das 21 e 30 horas.

Com seis discos editados, a também

atriz de teatro musical e colaboradora

regular do encenador Filipe La

Féria, pisa o palco castrense com um

repertório de tributo à melhor música

ligeira portuguesa das décadas de 50,

60 e 70 e respetivos intérpretes. Mas

no fim de semana também se celebra

o Natal em Castro Verde, com um

concerto amanhã, sábado, pelas 21

e 30 horas, na Basílica Real da vila.

Protagonizam o espetáculo a Banda

Filarmónica 1.º de Janeiro, o Coro da

Associação Sénior Castrense e o Coro

do Conservatório Regional do Baixo

Alentejo – Secção de Castro Verde.

Filarmónica e grupos corais de Serpa dão concertos de Natal A decorrer desde o início do mês,

as celebrações do 38.º aniversário

da Sociedade Filarmónica de Serpa

culminam hoje, sexta-feira, com

um concerto de Natal no cineteatro

municipal, com início pelas 21 e 30 horas,

protagonizado pela banda anfitriã e

pelo Grupo de Cantadores de Vila Nova

de São Bento. O cante alentejano, cuja

candidatura a Património Cultural

Imaterial da Humanidade da Unesco

está a ser preparada, também entrará na

maré de loas ao menino Jesus. A convite

da Confraria do Cante Alentejano, a

promotora da candidatura, vários grupos

corais do concelho vão reunir-se no

cineteatro serpense para um concerto

de Natal na tarde de domingo, 18,

agendado para as 16 e 30 horas.

A celebrar 30 anos “de uma exis-tência dedicada à cultura da ci-dade e à divulgação do seu nome

extramuros”, de que é exemplo a pre-sença ainda este mês no Festival do Advento, em Praga, República Checa, o Coro de Câmara de Beja oferece ama-nhã, sábado, o que designou por “Um Concerto para o Natal”. O espetáculo, considerado o “momento alto” deste ano comemorativo, tem início pelas 21 e 30 horas, no Pax Julia Teatro Municipal, reunindo em palco, sob a direção do maestro Pedro Vasconcelos, o coro anfi-trião, a Orquestra de Câmara Lusitânia e o pianista Ângelo Martino.

Coletivo musical, o Coro de Câmara de Beja tem desenvolvido também tra-balho enquanto instituição de utilidade

pública, título que já lhe foi reconhecido oficialmente e ao abrigo do qual com-participou em projetos como a aquisi-ção do órgão de tubos da Sé de Beja ou as obras de beneficiação da sede da Casa do Alentejo em Toronto, Canadá.

Fundado em 1981, iniciou de ime-diato, e apenas com um ano de vida, uma atividade de programação de espe-táculos, através da qual a cidade, então bem mais marginal à criação musical nacional, pôde conhecer nomes como Pedro Burmester, Olga Prats, Manuel Ivo Cruz, Carlos Paredes, Maria João e Mário Laginha, Mariza, Camané ou Cristina Branco. E abrir-se a sonorida-des tão díspares, na sua natureza e geo-grafia, como a música clássica, o jazz, a música de fusão, o tango ou o fado.

Coletivo de Beja celebra 30 anos de vida

Coro de Câmara oferece

“Um Concerto para o Natal”

Venda de Natal reúne artesãos de Castro VerdeE que tal incluir no rol de prendas

natalícias algumas peças do artesanato

local? É esta a sugestão da feira de

artesanato que, desde ontem, quinta-

-feira, decorre no Espaço Sétima

Arte, no Cineteatro Teatro de Castro

Verde, prologando-se até domingo, 18.

“Uma mostra e venda de Natal onde

encontrará diferentes inspirações

desenvolvidas em campos como a

cerâmica, a tecelagem, a serigrafia

ou o patchwork”, informa a câmara

municipal local, que organiza a

iniciativa em parceria com os artesãos

do concelho. Os produtos locais, como

o mel ou os licores de vários sabores,

completam esta paleta de sugestões

de ofertas para pôr sapatinho, aberta

ao público entre as 10 e as 20 horas.

Feira dos Tarraços em Moura Livros, revistas e discos usados, artigos

de interesse para colecionadores,

antiguidades e velharias, brinquedos

e outros artigos educativos. Tudo isto

estará disponível em mais uma edição da

Feira dos Tarraços, que decorre amanhã,

sábado, na praça Sacadura Cabral, em

Moura, tendo como parte integrante

a Feirinha dos Mais Novos, ideal para

trocar cromos de coleção ou substituir as

bonecas em desuso pelos livros ou DVD

mais condizentes com os novos interesses

da idade. Ambas as feiras, abertas entre

as 9 e as 13 horas, são uma iniciativa da

Associação para o Desenvolvimento do

Concelho de Moura, Câmara Municipal

e Junta de Freguesia de São João Batista,

num “convite à reutilização dos materiais

e à promoção do espírito empreendedor

e solidário e ainda do consumo ético”.

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portagens na a22: algarvios vÃo

de vila real de santo antÓnio

a lagos por portel

porque fica mais barato

A introdução de portagens na Via do Infante está a deixar os algarvios à beira de um ataque de nervos. Não se via uma catástrofe tão grande no Algarve desde que o Zezé Camarinha usava cuecas de banho e falava inglês pior que o Mário Augusto. Há residentes no Algarve que já optaram por fazer um pequeno desvio por Portel porque fica mais barato do que pagar portagens. “É um escândal’ o que fazem ao algarvi’. Acho que fica mais em conta comprar uma traineira e ir pelo mar. Porra, que fic’ mesm’ marafad’…”

Sérgio Silva Monteiro, secretário de Estado das Obras Públicas,

Transportes e Comunicações, virá a Beja no dia 19 do corrente mês

para explicar a política relativa ao aeroporto local. O convite partiu do

deputado Mário Simões, o homem que é a favor da eletrificação da li-

nha do comboio de Beja, desde que a mesma se dê a partir do dia 30

de fevereiro. A ideia é juntar deputados, autarcas e instituições regio-

nais com o intuito de discutir o futuro do empreendimento. Contudo, a

vinda de Silva Monteiro começa a estar envolta em polémica: uma in-

vestigação conjunta com o Circo Victor Hugo Cardinali descobriu que

o secretário de Estado está disposto a vir a Beja se estiver dentro da

caixa de segurança do Estádio da Luz. A “jaula”, como ficou celebrizada

no último derby lisboeta, serviria para se proteger da insatisfação com

que poderá ser recebido em Beja. “É uma parvoíce”, referiu Júlio Pista

Homologada, “força viva” da cidade. “Estamos chateados, mas o se-

nhor vai ser bem recebido. Só vai ter que passar por duas provas: andar

numa passadeira de carvão em brasa e fugir do atirador de facas invi-

sual que arranjámos. Se as explicações que nos der forem boas pode

dormir cá numa cama normal em vez da cama de pregos que lhe tínha-

mos destinado”.

Inquérito Cidade de Beja pode ser reduzida a uma freguesia. Concorda com a medida?

MIGUEL RELVAS, 50 ANOS

Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares

por vocação e maçon por distração

Sim, porque ela é essencial. O nosso país vive

dificuldades imensas. Se Beja pudesse, para

além das freguesias, fundir todas as rotun-

das da cidade numa mega rotunda seria ótimo.

Representaria uma poupança para cima de 75

euros. Agora, vou ali ser primeiro-min… ah…

membro do Governo, é isso. Pronto, já podem

parar de vaiar.

NUNO PAIXÃO ASSOLAPADA, 61 ANOS

Pessoa que acha que o Livro Verde para a Reforma Administrativa

está ao nível do Mein Kampf ou dos livros de José Rodrigues dos Santos

Claro que não. É acabar com uma ligação es-

treita entre eleitores e eleitos. Como é que

vai ser? Se querem acabar com juntas e au-

tarcas, quem é que se vai recusar a receber ci-

dadãos na junta? Quem se vai borrifar para o

facto do cão da D. Arlete continuar a fazer as

necessidades no parque infantil? Só pensam

nos números, mas não pensam nas pessoas

para quem nos podemos estar nas tintas.

TARCÍSIO AVELÃ TORRADA, 50 ANOS

Hacker profissional e virgem de signo e de profissão

Mas Beja já só tem uma freguesia. Pelo me-

nos no site da Câmara. Entrei lá e alte-

rei aquilo tudo. Foi tão fácil, a password é

“CastroeBritostinks”. A nova freguesia vai de

Baleizão até Vila Nova de Milfontes e chama-

-se BejaSexy69. Só é pena que ninguém se te-

nha apercebido. Para quem quiser provar um

bocadinho aqui do Tarcísio, o génio, estou

disponível para jantar fora às segundas, terças e sextas. E nos ou-

tros dias também.

O Hospital de Beja é o primeiro no Alentejo a monitorizar doentes cardíacos à distância. Esta inovação permitirá acompanhar dezenas de idosos que vivem sozinhos ou em locais isolados, como é o caso de Ivone Coronária dos Santos: “Foi a melhor coisa que me aconteceu, só tenho a agradecer ao hospital. Estão sempre a ligar-me a perguntar se está tudo bem ou se lhes posso fazer um resumo do episódio do dia anterior da novela ‘Anjo Meu’, porque a enfermeira Laurinda de vez em quando não pode ver. Agora tenho todo o equipamento de que preciso. O meu desfibrilhador ajuda-me porque, para além de me poder salvar a

vida, também dá para aquecer o leitinho antes de me deitar. Às vezes é incómodo receber SMS através do pacemaker, mas parece que tem melhor rede que o telemóvel. Se tenho dores no peito, é só meter o bocal do telefone no peito que é para o doutor auscultar. Passa-se com Vicks Vaporub e fico logo rebiteza. Até já faço os meus próprios ecocardiogramas – só preciso de duas agulhas para malha, um rolo de papel de cozinha e uma bateria de carro. Só é chato quando me telefonam… Por vezes dá-me a sensação de que estou a falar com um palhaço do circo, mas afinal é um médico espanhol a tentar falar português”.

Doentes cardíacos acompanhados à distância são aconselhados a esfregar o peito com Vicks Vaporub em caso de enfarte

Secretário de Estado dos Transportes só vem explicar situação do aeroporto de Beja se vier dentro da caixa de segurança do Estádio da Luz

Comissão de boas-vindas prepara receção ao secretário de Estado

Turismo do Alentejo prepara campanha agressiva e já tem slogan: “Ou vens ao Alentejo ou levas uma cajadada nas ventas”

Depois da polémica cam-

panha em que era mos-

trada uma bandeira es-

panhola içada na praia

de Messejana para cativar

turistas do país vizinho, a

Turismo do Alentejo pre-

para uma campanha que

apelidou de “agressiva”.

“Vamos mesmo amea-

çar as pessoas. Isto está

tão mau que não vai lá

com simpatia, mas sim

com porrada”, relatou-

-nos fonte de calor da ins-

tituição. “O nosso primeiro slogan será ‘Ou vens ao Alentejo ou levas

uma cajadada nas ventas’ mas temos outros na calha como ‘Se não

vieres cá, lá fora mamas-as’ ou ‘Visite o Alentejo ou enviamos o Trio

Odemira à sua casa’”.

Margarida Rebelo Pinto prepara romance sobre Mariana Alcoforado em que o Marquês de Chamilly é como todos os homens: “um estupor”

Depois da moda de livros sobre Sá Carneiro registada na mesma altura

do ano passado, destaque-se, este ano, a praga de romances históri-

cos dedicados a personagens como a Duquesa de Alorna ou Catarina

Eufémia. A autora de best-sellers Margarida Rebelo Pinto lançou um

livro sobre Inês de Castro e prepara-se para lançar uma biografia so-

bre Mariana Alcoforado. A escritora, acusada de, alegadamente (sim,

o autor desta página gosta de evitar processos judiciais), se plagiar a

ela própria, lançará, em breve, o livro Sei lá, Mariana. Deixamos-vos um

excerto: “Mariana era como todas as mulheres, pensando ser capaz

de mudar o seu amado. Gostava de fumar e deixar o smartphone em

cima da mesa da sua cela no convento, esperando que o Marquês dis-

sesse alguma coisa. Ela sentia saudade do seu cheiro a croissant aca-

bado de fazer. Esperava que mudasse de vida e fugisse com ela para o

Rosal. Mariana era como todas as mulheres: ingénua. E o seu amado

como todos os homens: um grandessíssimo sacana”.

Alentejo disponibiliza moderno

sistema de transportes

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Nº 1547 (II Série) | 16 dezembro 2011

RIbanho POR LUCA

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

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Hoje, sexta-feira, 16, esperam-se aguaceiros. A temperatura vai oscilar entre os sete e os 15 graus centígrados. Amanhã, sábado, espera-se céu pouco nublado e no domingo chuva.

Ilustrador Paulo Monteiroarrecada mais um prémio O álbum O amor infinito que te tenho e outras histórias,

de Paulo Monteiro, voltou a ser distinguido num

certame nacional, desta feita no âmbito da nona

edição dos Troféus Central Comics. Os prémios

foram entregues no domingo, 11, numa cerimónia

que decorreu na cidade do Porto, tendo o ilustrador

e diretor do Festival Internacional de BD de Beja

arrecadado a distinção de Melhor Publicação

Independente. Editado pela chancela Polvo em

finais de 2010, o livro reúne histórias com uma forte

marca poética que estavam dispersas por fanzines e

outras publicações e foi, em outubro último, eleito o

Melhor Álbum de Banda Desenhada, no âmbito do

Festival Internacional Amadora BD. Há 10 anos que

os Troféus Central Comics se propõem “premiar as

melhores obras e autores publicados no mercado em

Portugal, com base nas preferências dos leitores”,

tendo este ano atingido o recorde dos 750 votos

recolhidos on line, após pré-seleção por um júri

de autores de BD e críticos especializados. Paulo

Monteiro integra a equipa de ilustradores do “Diário

do Alentejo”.

Exposição “Caminhos de Santiago” passa por Vidigueira O átrio da Câmara Municipal de Vidigueira acolhe, até ao próximo dia 8 de janeiro, a exposição “Caminhos de Santiago”, uma mostra itinerante internacional pela Galiza (Espanha) e por Portugal que integra peças de escultura, fotografia e pintura. Um percurso de caminhantes que mostram várias formas de expressão artística mas uma única língua:

a da “amizade” galaico-portuguesa.

Mágico Mário Daniel atua em CubaMário Daniel, considerado um dos mais promissores mágicos da atualidade, vai estar este domingo, 18, no Centro Cultural de Cuba, para um espetáculo com início pelas 21 e 30 horas, no âmbito na rede cultural intermunicipal CAL. O serão destina-se a todos os segmentos de público, oferecendo “grandes ilusões e também muito

humor”. PUB

Um “património coletivo”, na auto-ria e interpretação, e uma tradição que se perpetua, sem perder o seu

“tempo próprio”. É tudo isto que o realiza-dor Sérgio Tréfaut quer condensar no filme de 10 minutos que está a preparar para pro-mover a candidatura do cante a Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. Para mais tarde ficará um docu-mentário para cinema e televisão.

Está a preparar um documentário para pro-

mover a candidatura do cante alentejano a

Património da Humanidade da Unesco. Em

que fase se encontra o projeto?

Há que distinguir dois trabalhos: o filme de promoção de 10 minutos, que integra a can-didatura, e um documentário de maior fô-lego para cinema e televisão. O primeiro es-tará na Internet e poderá ser apresentado em exposições. O segundo irá provavel-mente para os cinemas e estamos a tentar despertar o interesse de várias televisões, a nível internacional, para a sua exibição. A pesquisa é comum mas estamos agora a trabalhar para o primeiro, que tem de es-tar pronto em fevereiro/março. O segundo é ainda apenas uma intenção, não havendo qualquer contrato assinado com as entida-des que promovem a candidatura.

Como fez a sua aproximação ao tema e

através de que protagonistas?

Depois de ler os livros e artigos disponíveis, de falar com alguns especialistas e vascu-lhar os arquivos de imagem, fui à procura de alguns dos grupos emblemáticos, sobre-tudo nos municípios de Serpa e de Cuba.

Sérgio Tréfaut,46 anos, natural de São Paulo, Brasil Filho do jornalista alentejano Miguel Urbano Rodrigues, é, desde há 15 anos, produtor e realizador de documentários. Já arrecadou diversos prémios internacionais, nomeadamente com “Outro País”, “Fleurette”, “Lisboetas” e “A Cidade dos Mortos”. Recentemente, estreou a sua primeira longa-metragem de ficção, “Viagem a Portugal”, um filme cuja maioria das cenas foi filmada em Serpa e que foi já reconhecido com os prémios de Melhor Longa-metragem, nos Caminhos do Cinema Português, e Público, no Festival de Cinema dos Açores.

Tenho filmado em diferentes ocasiões, não apenas em atuações, mas também em situ-ações de improviso, na taberna ou na vida quotidiana. Um dos objetivos do filme de 10 minutos é mostrar a passagem da tra-dição, tanto a nível familiar como a nível social. Relativamente aos “protagonistas”, creio que uma das características mais for-tes do cante alentejano é o de ser um pa-trimónio coletivo. Contam-se pelos dedos as modas com um autor identificável. Em mais de 90 por cento dos casos, perdeu-se no tempo a informação sobre quem fez a le-tra e a música.

Como descreveria a sua abordagem?

O filme de 10 minutos deve funcionar quase como uma apresentação resumida e atraente do cante para um público des-conhecedor. A maior dificuldade prende--se precisamente com o tempo próprio do cante alentejano, que é nossa obrigação dar a sentir.

Como sente e interpreta esta forma de ex-

pressão musical?

O meu pai é alentejano e vou ao Alentejo desde a minha infância. Aliás, quando a minha mãe, francesa, veio pela primeira vez passar férias a Portugal, o meu pai sur-preendeu-a com um presente especial: uma serenata à janela por um grupo de canta-res alentejanos. Acho que foi assim que a se-duziu... A força telúrica do cante alentejano sempre me emocionou muito. Por vezes as vozes dos homens à capela parecem ema-nar da própria terra.

Carla Ferreira

Sérgio Tréfaut prepara um filme promocional para 2012

“A força telúrica do cante sempre me emocionou”

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DR