18
Informativo EDIÇÃO #017 JULHO 2013 SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC EUDS ADVOGADOS SEGURO GARANTIA ESTENDIDA SUSEP coloca em consulta pública mudanças na operação do seguro garantia estendida MIGRAÇÃO DE PRODUTOS SUSEP presta esclarecimentos sobre a migração de processos por meio do Sistema do REP AGENTE DE SEGUROS SUSEP finalmente decidiu regulamentar a figura do Agente de Seguros OUVIDORIA Comentários sobre Instrução que normatiza a Ouvidoria no âmbito do Mercado de Valores Mobiliários ALTERAÇÕES NO REGIMENTO INTERNO DO CRSNSP DRA. SUELLY MOLINA COMENTA O GRUPO DE TRABALHO DA CNSEG QUE ESTUDA MUDANÇAS NA NORMA DE PENALIDADES

Edição nº 17 - Informativo Euds Advogados

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

InformativoEDIÇÃO #017 ▪ JULHO 2013

SUSEP - BACEN - ANS - CVM - PREVIC

EUDS ADVOGADOS

SEGURO GARANTIA ESTENDIDASUSEP coloca em consulta pública mudanças na operação do seguro garantia estendida

MIGRAÇÃO DE PRODUTOSSUSEP presta esclarecimentos sobre a migração de processos por meio do Sistema do REP

AGENTE DE SEGUROSSUSEP finalmente decidiu regulamentar a figura do Agente de Seguros

OUVIDORIAComentários sobre Instrução que normatiza a Ouvidoria no âmbito do Mercado de Valores Mobiliários

ALTERAÇÕES NO REGIMENTO INTERNO DO CRSNSP

DRA. SUELLY MOLINA COMENTA O GRUPO DE TRABALHO DA CNSEG

QUE ESTUDA MUDANÇAS NA NORMA DE PENALIDADES

5

6

8

17

SEGURO GARANTIA ESTENDIDASUSEP coloca em consulta pública, mudanças na operação do seguro de garantia estendida

O AGENTE DE SEGUROSSUSEP finalmente decidiu regulamentar a figura do agente de

seguros, colocando em consulta pública, minuta de Resolução CNSP

OUVIDORIAComentários sobre a Instrução CVM que normatiza o serviço

de Ouvidoria no âmbito do Mercado de Valores Mobiliários

NOVAS BOLSAS DE VALORESCVM reune informações que subsidiem a discussão sobre a

criação de novas bolsas de valores no Brasil

Saúde do ColaboradorUma questão para Gestão de Pessoas

9

4OFERTA DE PLANOS DE SEGURO

SUSEP coloca em consulta pública, minuta de Circular para dicisplinar a oferta de seguros por Organizações Varejistas

SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL GERALSUSEP atualiza normas do

Seguro de Responsabilidade Civil Geral10

MIGRAÇÃO DE PRODUTOSSUSEP presta esclarecimentos sobre a migração de processos por

meio do sistema de registro eletrônico de produtos (REP)11

PAGAMENTO MÓVELBACEN regulamentará pagamento móvel e SUSEP normatizará

comercialização de seguro por meios remotos12

NOVA COMPOSIÇÃO DO CRSNSPDr. Andre Leal Faoro e Dr. Washington Luiz Bezerra da Silva são

designados como membros do CRSNSP13

18

Treinamentos e eventos que contaram com a participação de nossos colaboradores

REGIMENTO INTERNO DO CRSNSPDecreto publicado no Diário Oficial da União promove

alterações no Regimento Interno do CRSNSP13

DARFDica de procedimentos para devolução de multa

recolhida por meio de DARF16

3

Grupo de Trabalho da CNSEG sobre a norma de penalidades

CONTEÚDO DA EDIÇÃO Nº 17

002INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

EditoresRenata Furtado

Sócia Administradora

Suelly Molina

Sócia

Vinicius Pascoal

Sócio

Hanne de Brito

Advogada

Shana Araujo

Advogada

Lívia Lapoente

Advogada

Luciano Sampaio

Gestor Administrativo

AvisoEsta publicação destina-se exclusivamen-te para fins de informação geral e não deve servir de base nem ser usada para qualquer propósito específico.

As informações contidas ou citadas nessa publicação não constituem nem substi-tuem o aconselhamento jurídico, contábil ou profissional e não deve ser encaradas como tal.

A Euds Advogados não será responsável pela confiança depositada nas informa-ções contidas ou citadas e isenta-se espe-cificamente de qualquer responsabilidade a elas relacionadas ou decorrentes de seu uso.

© 2013 Euds Furtado Adv. Associados

Informativo contatoPublicado por Euds Furtado Advogados Associados - (21) 3077-3837www. eudsadvogados.com.br - [email protected]

MENSAGEM DOEDITOR

Em decorrência das dúvidas e ceticismo que tomaram conta do mercado de

seguros após a edição da Resolução CNSP 243/11, a CNSEG constituiu um grupo de trabalho, do qual participamos, através de nossa sócia responsável pelo Departamento Contencioso Regulatório, Dra. Suelly Molina, com o objetivo de estudar, mais profundamente, os reflexos que poderiam advir para o mercado segurador das novidades então introduzidas, em especial no tocante à penalização das pessoas físicas, administradores e técnicos, como agentes responsáveis por eventuais práticas consideradas como irregulares pela SUSEP.

Alguns pontos relevantes da Resolução foram discutidos com

o ilustre administrativista o Prof. Diogo de Figueiredo como por exemplo, o Princípio da Segurança Jurídica, aspecto fundamental para o bom Direito Administrativo Sancionador que poderia estar sendo maculado através das novas regras punitivas.

Como fruto desse trabalho de equipe a CNSEG apresentou ao Dr. Luciano Portal Santana, Superintendente da SUSEP, sugestões para alteração da Resolução CNSP 243, no sentido de se trazer maior equilíbrio e racionalidade em alguns dispositivos contidos na referida Resolução.

Tal apresentação e sugestões resultaram na elaboração, pela SUSEP, de minutas de novas normas que, acreditamos,

alterarão a Resolução CNSP 243/11, ambas ainda em fase de aprovação na Autarquia e CNSP. Esses novos dispositivos, trarão de forma mais transparente as premissas de justiça, tais como a razoabilidade e proporcionalidade, uma vez que nesses princípios é que encontramos os balizamentos na aplicação correta das normas que compõem o Direito Administrativo Sancionador.

Destacamos aqui a eficiente atuação da CNSEG na condução do caso, através da sua nova administração, assim como a disponibilidade do Superintendente da SUSEP em dialogar sobre o pleito do mercado, adotando soluções no sentido de tornar mais justo o processo punitivo.

EDITORA: Suelly Molina

Grupo de Trabalho da CNSEG sobre alterações na norma de penalidades – Resolução CNSP 243/11

003INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP decidiu colocar em consulta pública minuta de Circular que disciplina a oferta de

planos de seguro por organizações varejistas em nome de sociedades seguradoras.

Segundo a CP, “organização varejista” é qual-quer organização que pratique as atividades de ven-da, revenda ou distribuição de mercadorias, novas ou usadas, em loja ou por outros meios, incluindo meios remotos, preponderantemente para o consu-midor final para consumo pessoal ou não comercial.

Todavia, as empresas somente serão considera-das como organizações varejistas enquanto estive-rem no exercício de sua atividade fim, e não quando estiverem representando outras sociedades por for-ça de contratos celebrados nos termos da legisla-ção em vigor.

Uma novidade trazida pela CP nº 9/2013 é que para ofertar e promover planos de seguro, as orga-nizações varejistas deverão, obrigatoriamente e pre-viamente ao início das operações, estabelecer con-trato na condição de agente de seguros, nos termos estabelecidos em norma específica, sendo expres-samente vedado sua atuação como estipulante ou subestipulante de seguros.

Importante mencionar que com esse texto, a SU-SEP pretende deixar claro que a organização varejis-ta representará os interesses da seguradora e não mais os do segurado (como ocorria enquanto estipu-lante).

Com efeito, ressalta-se que as organizações va-rejistas estarão desobrigadas à realização do con-trato na condição de agente de seguros, se oferta-rem e promoverem planos de seguros, no âmbito de suas dependências físicas, exclusivamente, por intermédio de corretor de seguros e de seus prepos-tos.

Todavia, se as organizações varejistas atuarem como agentes de seguros deverão manter em suas dependências, durante todo o horário de funciona-mento, funcionário responsável pelas operações de seguros, adequadamente capacitado e certificado na forma estabelecida em norma específica, assim como local de referência devidamente sinalizado

para orientação ao consumidor, com estrutura com-patível à complexidade e à operação dos planos de seguro ofertados, e deverão:

Um dos principais dispositivos da minuta em consulta pública é que fica vedado condicionar desconto no preço de bem comercializado por or-ganização varejista à aquisição de qualquer tipo de seguro. Atualmente é muito comum acontecer esse tipo de desconto para que o cliente decida por con-tratar um seguro.

Destaca-se que as organizações varejistas serão responsáveis administrativamente pelos atos que praticarem, estando sujeitas às penalidades cabí-veis a serem aplicadas pela SUSEP.

Os interessados poderão encaminhar seus co-mentários e sugestões, até o dia 16 de julho de 2013, por meio de mensagem eletrônica dirigida ao ende-reço [email protected].

OFERTA DE PLANOS DE SEGUROSPOR ORGANIZAÇÕES VAREJISTAS SUSEP COLOCA EM CONSULTA PÚBLICA, MINUTA DE CIRCULAR PARA DISCIPLINAR O TEMA

AUTORA: Shana Araujo

SHANA ARAUJO - ADVOGADA

004INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

SEGUNDO A SUSEP,

A MUDANÇA SE FAZ

NECESSÁRIA ,NA MEDIDA EM

QUE CRESCEU RAPIDAMENTE

O NÚMERO DE RECLAMAÇÕES

À COMERCIALIZAÇÃO DO

PRODUTO - GARANTIA

ESTENDIDA

FUTURAS MUDANÇASNA OPERAÇÃO DE GARANTIA ESTENDIDA

A Superintendência de Seguros Privados - SUSEP colocou em Consulta Pública nº 10/2013 minuta de Resolução para estabelecer as regras e os critérios para operação do seguro de garantia estendida, quando da aquisição de bens ou durante a vigência da garantia do fornecedor.

AUTORA: Shana Araujo

Caso aprovada, serão re-vogadas as Resoluções CNSP nº 122/2005, e nº

146/2006 (Regulamentam a ofer-ta de seguro de garantia estendi-da, quando da aquisição de bens ou durante a vigência de sua ga-rantia original de fábrica), e a Cir-cular SUSEP nº 366/2008 (crité-rios de constituição das provisões técnicas referentes às operações das sociedades seguradoras na modalidade extensão de garantia do seguro garantia estendida).

Importante destacar que as normas foram elaboradas por um Grupo de Trabalho formado por servidores da SUSEP, SENACON (Secretaria Nacional do Consu-midor), Ministério da Fazenda, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Confederação Nacional das Em-presas de Seguros Gerais, Pre-vidência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CN-SEG) e do Instituto para o Desen-volvimento do Varejo (IDV).

Segundo a SUSEP, a mudan-ça se faz necessária na medida em que cresceu rapidamente o número de reclamações dos con-sumidores referentes à comer-cialização do produto – garantia estendida, como indicam os nú-meros do SINDEC (Sistema Na-cional de Informações de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça.

A minuta de Resolução em CP

é muito mais completa que a atu-almente em vigor.

Destacamos, abaixo, algumas novidades que poderão ser con-firmadas.

- A Contratação do seguro de garantia estendida poderá ser re-alizada diretamente, junto à so-ciedade seguradora ou aos seus agentes de seguros ou por inter-

médio de corretor de seguros de-vidamente habilitado. Somente poderá ser contratado mediante emissão de apólice individual ou de bilhete, observadas as legis-lações específicas, não se ad-mitindo, em nenhuma hipótese, contratação por meio de apólice coletiva.

- A contratação do seguro de garantia estendida poderá ser realizada por meios remotos, na forma estabelecida em legislação específica.

- Fica vedada a inclusão na apólice individual ou no bilhete de que trata o caput de cobertu-ras pertencentes a outros ramos de seguro.

- É vedada a renovação auto-mática do seguro de garantia es-tendida.

- Os planos de seguro de ga-rantia estendida poderão prever franquia e/ou participação obri-gatória do segurado somente para coberturas diferentes da-quelas oferecidas pela garantia do fornecedor.

- Quando a contratação do seguro de garantia estendida ocorrer no momento de aquisição do bem, fica vedado condicionar eventual desconto no preço do bem à aquisição do seguro.

Os interessados poderão en-caminhar, até o dia 16/07/2013, seus comentários e sugestões, por meio de mensagem eletrôni-ca dirigida ao endereço [email protected], devendo ser utiliza-do quadro padronizado específi-co, disponível na página da Susep na Internet (www.susep.gov.br).

005INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

A figura do agente de seguros surgiu, legal-mente, no Brasil, com o advento do Código Civil de 2002, que estabeleceu no artigo

775, que “Os agentes autorizados do segurador pre-sumem-se seus representantes para todos os atos relativos aos contratos que agenciarem.”

Primeiramente é importante ressaltar que as fi-guras do agente de seguros e do corretor de segu-ros não se confundem.

Segundo dispõe a minuta, o agente de seguros é o representante de sociedade seguradora, e deverá ser uma pessoa jurídica, assumindo a obrigação de promover, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a realização de contratos de segu-ro à conta e em nome da seguradora. Todavia, atua-rá de acordo com os poderes delimitados no contra-to a ser firmado com a sociedade seguradora.

O contrato a ser firmado deverá dispor de forma clara e abrangente sobre a forma de remuneração do agente de seguros, a responsabilidade com as despesas comerciais e as hipóteses de indenização em caso de rescisão contratual, sendo certo que se-rão deveres dos agentes de seguros:

- O repasse integral dos prêmios arrecadados às sociedades seguradoras nos termos estabelecidos no contrato firmado entre as partes.

- O pagamento do prêmio ao agente de seguros considera-se feito à sociedade seguradora, a qual fica responsável por todas as obrigações contratu-ais dele decorrentes.

- O pagamento da indenização considera-se fei-to somente após a comprovação do efetivo recebi-mento pelo segurado ou beneficiário.

De acordo com a minuta em CP, o agente de se-guros somente poderá ofertar e receber propostas relativas a planos de seguros, concernentes aos se-guintes ramos:

I – Ramo 0114 - Compreensivo Residencial;

II – Ramo 0171 – Riscos Diversos, restritos às mo-dalidades “cartões” e “aparelhos celulares/equipa-mentos eletroeletrônicos”.

III – Ramo 0195 – Garantia Estendida/Extensão

de Garantia – Bens em Geral;

IV – Ramo 0524 – Garantia Estendida/Extensão de Garantia Auto;

V – Ramo 1329 – Funeral;

VI – Ramo 1369 – Viagem

VII – Ramo 1377 – Prestamista;

VIII – Ramo 1380 - Educacional;

IX – Ramo 1381 – Acidentes Pessoais;

X – Ramo 1387 – Desemprego/Perda de Renda;

XI – Ramo 1390 – Eventos Aleatórios;

XII – Ramo 1391 – Vida;

XIII – Ramo 1164 – Animais;

XIV – Ramo 1601 – Microsseguro de Pessoas;

XV – Ramo 1602 – Microsseguro de Danos;

XVI – Ramo 1603 – Microsseguro/Previdência;

A oferta poderá ser realizada nas suas depen-dências físicas ou, quando for o caso, por meios re-motos, utilizando-se do seu portal na rede mundial de computadores.

A relação entre o agente de seguros e o propo-nente, segurado ou beneficiário poderá ser interme-diada por corretor de seguros ou seu preposto. Con-tudo, se não houver a intermediação de corretor, a contratação será considerada como venda direta da sociedade seguradora.

Insta mencionar que, em sendo aprovada a minu-ta de Resolução, será vedado ao agente de seguros o exercício da atividade de corretagem de seguros. E ainda, será vedado aos empregados de socieda-des seguradoras atuarem como sócios, administra-dores, empregados ou prestadores de serviços de agentes de seguros.

Os planos de seguro ofertados por agente de seguros, em nome de sociedades seguradoras, so-mente poderão ser contratados mediante emissão de apólice individual ou de bilhete, observadas a le-gislação específica, não se admitindo, em nenhuma

AUTORA: Shana Araujo

006INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

O AGENTE DE SEGUROSA Superintendência de Seguros Privados – SUSEP finalmente decidiu regulamentar a figura do agente

de seguros, colocando em consulta pública (nº11/2013) minuta de Resolução CNSP

hipótese, contratação por meio de apólice coletiva.

Certificação técnica de prepostos de corretores de seguros e de empregados de agentes de seguros e de empregados de sociedades seguradoras, de so-ciedades de capitalização e de entidades abertas de previdência complementar.

As sociedades seguradoras e os agentes de se-guros deverão promover a certificação dos funcio-nários destes designados para prestação dos ser-viços ligados a promoção dos planos de seguros, visando à adequada orientação ao proponente, ao segurado e ao beneficiário, na forma da legislação específica. (A minuta de Resolução foi colocada em consulta pública – nº 12/2013)

Segundo estabelece a minuta de Resolução em CP, a obtenção de certificação técnica será junto à instituição de ensino, credenciada junto à SUSEP, que os capacite para as atividades para as quais fo-rem designados, devendo ser obedecido o seguinte cronograma e observado os respectivos percentu-ais em relação ao quantitativo mínimo de seus em-pregados ou prepostos, conforme o caso:

I – 25% (vinte e cinco por cento), até 30 de junho de 2014;

II – 50% (cinquenta por cento), até 31 de dezem-bro de 2014; e

III - 75% (setenta e cinco por cento), até 30 de ju-nho de 2015;

IV- 100% (cem por cento), até 31 de dezembro de 2015.

Todavia, a SUSEP faculta, na impossibilidade de cumprimento dos prazos determinados, a formali-zação de proposta de termo de ajustamento de con-duta (TAC) junto à SUSEP, a fim de obter dilação de prazo para cumprimento de qualquer uma das eta-pas do cronograma.

A certificação deverá ser renovada em periodici-dade não superior a cinco anos, contados da data da última avaliação, sendo certo que a sociedade seguradora deverá supervisionar e assegurar o ade-quado cumprimento das normas por seus agentes de seguros em relação aos seus empregados.

Obrigações em relação à SUSEP

Caso a minuta em CP seja aprovada em sua in-tegralidade, a sociedade seguradora deverá, em re-lação à SUSEP (i) designar diretor responsável pela contratação de agentes de seguros e pelos serviços por eles prestados; (ii) informar, no Formulário de In-formações Periódicas do mês de dezembro de cada ano, a celebração de contrato com pessoa jurídica

na condição de agente de seguros, em vigor e os iniciados ao longo do exercício, bem como poste-riores atualizações, encerramentos e eventuais sus-pensões e rescisões. (iii) elaborar relatórios sobre os serviços prestados por meio de seus agentes de seguros, mantendo-os à disposição da fiscalização da Autarquia.

Resolução CNSP 243/2011

Importante ressaltar que o agente de seguros será responsável, administrativamente, pelos atos que praticar em desacordo com as normas expedi-das pelo CNSP e pela SUSEP, estando sujeito às pe-nalidades cabíveis.

A Minuta ainda estabelece inclusões na Resolu-ção CNSP 243/2011 – norma de penalidades, acres-centando o parágrafo único do artigo 30 e os artigos 35-A, 77-B, 77-C:

“Art. 30

....

Parágrafo Único. Incorre também na sanção prevista neste artigo, aquele que efetuar pu-blicidade ou promoção de produto, sem prévia anuência formal da sociedade seguradora, da entidade aberta de previdência complementar ou da sociedade de capitalização.”

“Art. 35-A Condicionar a comercialização ou desconto de qualquer produto ou serviço à contratação de planos de seguro.”

Sanção: multa de R$ 10.000,00 (dez mil re-ais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).”

Art. 77-B Cobrar ou receber, na condição de agente de seguros, qualquer valor, exceto o prêmio de seguro, respeitando o valor máximo fixado pela sociedade seguradora;

Sanção: multa de R$ 10.000,00 (dez mil re-ais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).

Art. 77-C Não repassar integralmente os prêmios de seguro às sociedades seguradoras, na condição de agente de seguros, nos termos estabelecidos no contrato firmado entre as partes.

Sanção: multa de R$ 10.000,00 (dez mil re-ais) a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).”

Os interessados poderão encaminhar seus co-mentários e sugestões para ambas as minutas de Resolução, até o dia 16 de julho de 2013, por meio de mensagem eletrônica dirigida ao endereço [email protected].

007INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

SERVIÇO DE OUVIDORIANO ÂMBITO DO MERCADO DE VALORES MOBILIARIOS

COMENTÁRIOS SOBRE A NORMA QUE O INSTITUIU

AUTOR: Antonio Carlos

Oserviço de Ouvidoria, no âmbito do mercado de valores mobiliários, foi instituído pela Ins-trução CVM nº 529/12. Engloba, dentre ou-

tras, as atividades de recebimento, registro, análise e a resposta a consultas, sugestões, reclamações, críticas, denúncias e elogios de clientes que não tenham sido satisfatoriamente solucionados pelos canais de atendimento habituais das instituições que o integram.

A data estabelecida para a entrada em vigor da referida Instrução foi 1º de julho de 2013, em razão do que a CVM achou por bem emitir, previamente, o OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SOI/Nº 01/2013 com o objetivo de esclarecer os principais aspectos - rela-tivos ao tratamento das demandas de investidores e do público em geral - que serão objeto de altera-ção na rotina de interação da Superintendência de Orientação e Proteção aos Investidores, daquela Autarquia, com os participantes submetidos às re-gras do referido normativo.

De acordo com a Instrução CVM nº 529/12, deve-rão instituir Ouvidoria:

• as instituições habilitadas a atuar como inte-grantes do sistema de distribuição de valores mo-biliários

• os prestadores de serviços de custódia de valo-res mobiliários

• os agentes emissores de certificados

• os prestadores de serviços de ações escriturais

Nesse contexto, deverão indicar o responsável

pela Ouvidoria (Ouvidor) junto à CVM, o qual deve ser vinculado à instituição, destacando-se que as instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários poderão cumprir tal obriga-ção, por meio de componente organizacional pró-prio, ou por intermédio de associação de classe a que as instituições sejam afiliadas.

Cabe ressaltar que as instituições que já possu-am componente organizacional de Ouvidoria, nos termos da regulamentação do Conselho Monetário Nacional (Resolução nº 3.849, de 25 de março de 2010) sobre a matéria, podem utilizar o mesmo ser-viço para atender à obrigação referida. Ademais, as instituições que fazem parte de um mesmo grupo econômico podem instituir um único componente organizacional de Ouvidoria, que atuará em nome de todos os integrantes do grupo.

Todavia, tais instituições não necessitarão insti-tuir Ouvidoria, caso os seus clientes sejam, exclu-sivamente, empregados e demais pessoas vincu-ladas à instituição ou ao seu grupo econômico ou investidores qualificados, nos termos da legislação aplicável.

Por outro lado, as entidades administradoras de mercados organizados e as entidades de compen-sação e liquidação estão dispensadas da instituição de Ouvidoria. Cabe acrescentar, ainda, que as Ou-vidorias das instituições habilitadas a atuar como integrantes do sistema de distribuição do mercado de valores mobiliários deverão, também, atender às demandas relacionadas aos agentes autônomos de investimento por elas contratados.

A obrigatoriedade de implantação da Ouvidoria, ressalte-se, decorre do expressivo crescimento veri-ficado, no âmbito do mercado de valores mobiliários, nos últimos anos, sendo tal providência compatível com o atual nível de maturidade deste mercado.

Em consequência, a CVM tem a expectativa de que o tratamento das reclamações e consultas re-cebidas por ela seja aperfeiçoado, tanto no que con-cerne ao tempo médio das soluções obtidas quanto à criação de um critério mais eficiente na instaura-ção de Processos Administrativos o que seria muito importante no processo de construção de uma rela-ção sólida e de longo prazo entre os diversos agen-tes intermediários e o público investidor.

ANTONIO CARLOS - CONSULTOR

008INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

Recentemente, a Comissão de Valores Mobili-ários deu início a uma audiência pública que tem por objetivo reunir informações que sub-

sidiem a discussão sobre a criação de novas bolsas de valores no país.

No curso deste processo, três aspectos princi-pais deverão ser amplamente debatidos: como me-lhorar as políticas de execução de ordens, por tipo de investidor, as consequências prováveis da frag-mentação dos dados e a adequação da regulação a esse novo cenário.

Para muitos, este momento não é adequado para que o mercado bursátil brasileiro seja dividido, ten-do em vista, dentre outras razões, a sua estreiteza, que se mostra óbvia quando são analisados, por exemplo, a quantidade de empresas listadas em bolsa (apenas 456, em maio/2013, segundo dados da BM&FBOVESPA), a quantidade de Ofertas Públi-cas Iniciais (IPO da sigla em inglês) e o baixo vo-lume de negociação observado, se considerados os padrões internacionais mais elevados.

Por outro lado, os defensores da criação de novas bolsas de valores argumentam que a concorrência com a BM&FBOVESPA seria um passo importante para alavancar o desenvolvimento deste mercado, o que, além de tornar possível a diminuição dos cus-

tos para os investidores, poderia gerar um aumento no volume de negociações.

Nessa linha de raciocínio, declaram que, depen-dendo do(s) nicho(s) de mercado a que outra(s) bol-sa(s) se dedique(m) – como, por exemplo, a criação de um ambiente propício à negociação de ações de pequenas e médias empresas – o mercado como um todo teria muito a ganhar, pois novos investido-res poderiam ser atraídos e tais empresas poderiam ter novas opções para o financiamento de suas ati-vidades.

Como o assunto não é corriqueiro, os debates de-verão se estender por um prazo considerável, pois a questão da utilização dos serviços de uma clearing terá de ser equacionada previamente à entrada em funcionamento de outra bolsa o que envolve muitas negociações.

Torna-se claro, no entanto, que, antes da adoção de qualquer medida, será necessário chegar-se a um consenso sobre a existência, ou não, de espa-ço para mais uma bolsa de valores no mercado bra-sileiro. A realização da audiência pública, portanto, justifica-se plenamente, sendo o primeiro passo em busca de solução para matéria de tamanha comple-xidade.

INGRESSO DE NOVAS BOLSAS DE VALORES NO BRASILAUTOR: Antonio Carlos

009INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

Ocaput do artigo 13 da Circular Susep nº

437/2012, foi alterado, fazendo contar

novo prazo para as Sociedades Segurado-

ras não poderem mais comercializar novos contra-

tos de Seguro de Responsabilidade Civil Geral em

desacordo com as disposições da referida Circular,

prazo este de 360 (trezentos e sessenta) dias, conta-

dos da data de sua publicação, qual seja: 12.06.2014.

“Art. 13. As Sociedades Seguradoras não po-

derão comercializar novos contratos de Seguro

de Responsabilidade Civil Geral em desacordo

com as disposições desta Circular após 360

(trezentos e sessenta) dias contados da data

de sua publicação.”

Alterou ainda a redação do inciso II do parágrafo

3º do artigo 13 da Circular Susep nº 437/2012, onde

elucida que os contratos em vigor, de planos pa-

dronizados ou não-padronizados, que estejam em

desacordo com as disposições desta Circular, e que

tenham seu término de vigência após o prazo aduzi-

do acima, poderão vigorar, apenas, até o término de

sua vigência, não podendo ser renovados, conforme

já estabelecia a Circular SUSEP nº 454/2012.

“§ 3º Os contratos em vigor, de planos pa-

dronizados ou não-padronizados, que estejam

em desacordo com as disposições desta Circu-

lar, e que tenham seu término de vigência:

[...]

II - após o prazo estabelecido no caput, po-

derão vigorar, apenas, até o término de sua vi-

gência, não podendo ser renovados.”

A norma incluiu ainda um parágrafo 4º, no artigo

13 da Circular Susep nº 437/2012, onde prevê que

no caso de produtos secundários vinculados a pro-

cessos de produto principal protocolados até 31 de

dezembro de 2012, o prazo de que trata o caput será

de 450 (quatrocentos e cinquenta) dias, qual seja:

10.09.2014.

“§ 4º No caso de produtos secundários vin-

culados a processos de produto principal pro-

tocolados até 31 de dezembro de 2012, o prazo

de que trata o caput será de 450 (quatrocentos

e cinquenta) dias.”

SUSEP ATUALIZA NORMAS DO SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL

A Circular nº 467, de 14 de junho de 2013, publi-

cada em 17 de junho de 2013, alterou dispositivos

da Circular Susep nº 437/2012, que estabeleceu

as regras básicas para a comercialização do Se-

guro de Responsabilidade Civil Geral.

AUTOR: Daniel Rocha

DANIEL ROCHA

010INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

DANIEL ROCHA

011INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

SUSEP PRESTA ESCLARECIMENTOS AO MERCADOSOBRE MIGRAÇÃO DE PROCESSOS POR MEIO DO SISTEMA DE REGISTRO ELETRÔNICO DE PRODUTOS (REP)

Entrou em operação, no dia 01 de julho de 2013, o módulo de migração do Sistema de Registro Eletrô-nico de Produtos (REP), conforme já havia previsto

em Palestra, onde o Escritório Euds Advogados marcou presença, realizada em 14.06.2013, na Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). Deste modo, a Autarquia exarou orientações que deverão ser observadas pelas empresas supervisionadas em relação aos procedimen-tos para a realização da migração de seus produtos.

A orientações compreendem-se em dispor sobre o prazo e Cronograma para a Migração, tal como, os ajus-tes que devem ser efetuados antes da Sociedade solicitar a migração, conforme segue:

1) Prazo e Cronograma para a Migração

De acordo com o artigo 7º da Circular SUSEP nº 438/2012, alterado pelo artigo 2º da Circular SUSEP nº 466/2013, as sociedades supervisionadas terão o prazo de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias para migra-rem seus produtos, atualmente em processos físicos, para a versão eletrônica. O prazo será contado a partir de 01/07/2013, data da entrada em operação do módulo de migração do REP.

Visando obter melhor distribuição das operações de migração ao longo do tempo, evitando o acúmulo em de-terminados períodos, as companhias deverão observar os seguintes critérios:

Regra Geral: Processos abertos em 2008, 2009, 2010, 2011 ou 2012 deverão ser migrados na primeira fase, cor-

respondente ao período de 01/07/2013 a 31/12/2013; e os demais processos na segunda fase, correspondente ao período de 01/01/2014 a 30/06/2014.

Exceções:

(i) Os produtos de seguro referentes aos ramos 1101, 1102, 1103, 1104, 1105, 1106, 1107 e 1108, independentemen-te do ano de abertura, serão migrados na primeira fase, por serem produtos passíveis de aprovação para partici-pação no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural do Governo Federal;

(ii) Os Produtos de Previdência e de Seguro de Pes-soas com cobertura por Sobrevivência seguirão a regra geral, à exceção daqueles com ano de abertura em 2008, os quais deverão ser migrados na segunda fase; e

(iii) Os produtos de seguros (de danos) principais que possuam produtos secundários vinculados poderão ser migrados na primeira fase, independentemente do ano de abertura. Caso o produto de seguro principal este-ja previsto na segunda fase da migração, a seguradora deverá, previamente à migração, encaminhar mensagem eletrônica à Unidade Responsável pela análise, indican-do o(s) número(s) do(s) processo(s) de produto de seguro principal a ser(em) migrado(s) e do(s) produto(s) de segu-ro secundário vinculado(s).

Salientamos que o critério acima descrito será usado como forma de priorização das análises, de modo que os produtos migrados em desacordo com os critérios acima poderão ter suas análises postergadas.

AUTOR: Daniel Rocha

2) Ajustes que devem ser efetuados antes da Socieda-de solicitar a migração

(i) Caso o interessado vinculado ao processo seja di-ferente daquele que consta no cadastro apresentado na “Consulta a Processos por Empresa”, localizada na seção “Informações ao Mercado” do sítio eletrônico da SUSEP, o interessado deverá solicitar a correção por meio de cor-respondência específica a ser encaminhada à CGPRO, para cada processo, onde deverá constar o número do processo administrativo, o código e o nome do atual inte-ressado, acompanhada da portaria ou de outro documen-to que comprove a nova titularidade; e

(ii) Caso o produto se encontre suspenso tempora-riamente, a Sociedade deverá efetuar os ajustes neces-sários à revogação da suspensão, e efetuar a migração apenas após a revogação. Deverá ser observado, ainda, o disposto na Circular SUSEP n° 438/2012 sobre a vedação da migração de produto cuja última versão constante do processo físico (antes da migração) não tenha sido efeti-vamente comercializada.

Reiteramos que é vedada a migração de processo ad-ministrativo nos seguintes casos:

• relativo a Extensão de Comercialização;

• relativo a Seguro Singular;

• arquivado/cancelado (a pedido ou por força de nor-ma);

• indeferido;

• suspenso definitivamente;

• não relacionado a produto;

• após o término do prazo para migração; e

• cuja última versão constante do processo físico (an-tes da migração) não tenha sido efetivamente comercia-lizada.

Em tempo, se já não bastasse a corrida contra o tem-po para realização do processo migratório dos processos de produto, a Autarquia comunicou ao mercado de segu-ros do novo procedimento de solicitação de cópias junto a Coordenação Geral de Produtos.

A SUSEP esclarece que tendo em vista a grande de-manda de pedidos de cópias e vistas de processos, em virtude da entrada em vigor do módulo de migração do Sistema de Registro de Produtos Eletrônico (REP), que adotará certos procedimentos, como por exemplo:

- Os pedidos de cópias/vistas, relacionados aos pla-nos de seguros, previdência e capitalização, está limitado a 05 (cinco) processos por entidade supervisionada, por solicitação, onde os novos pedidos de cópias/vistas de pro-cessos, só poderão ser solicitadas mediante conclusão dos requerimentos anteriores.

Por fim, diante do posicionamento da SUSEP e o receio do mercado acerca do novo procedimento, deveremos ter esperança de que todas as Companhias consigam obter as eventuais cópias de seus produtos, afim de realizar com segurança o processo migratório para o REP (Registro Ele-trônico de Produto), dentro do prazo estipulado pela Supe-rintendência.

Amedida provisória nº 615, publicada em 20/5, estabelece prazo de 180 dias (até novembro) para que o Banco Central regulamente os pa-

gamentos móveis em território brasileiro.

Nesse sentido, o BACEN vai estabelecer limites operacionais mínimos, fixar regras de operação, de gerenciamento de riscos, de controles internos e de governança, inclusive quanto ao controle societário, disciplinar a cobrança de tarifas, comissões e qual-quer outra forma de remuneração referentes a servi-ços de pagamento.

Esta regulamentação, pelo BACEN, se faz ne-cessária uma vez que a SUSEP em breve publicará Resolução visando normatizar a comercialização de planos de seguro e previdência aberta mediante a utilização de meios remotos.

A minuta desta Resolução permaneceu em Con-sulta pública durante o mês de maio deste ano, para que o Mercado Segurador apresentasse suas su-gestões.

De acordo com a SUSEP, “a medida também aju-dará a estimular ainda mais o mercado segurador, que vem mantendo crescimento na casa dos dois dígitos nos últimos anos.”

A venda de seguros por meio remoto já está prevista nas normas estabelecidas para planos de Microsseguros, publicadas em meados do ano pas-sado. Segundo dados da e-Bit, em 2012 foram regis-trados cerca de 40 milhões de consumidores online no Brasil, representando um pouco mais de 20% da população nacional.

O crescimento registrado no e-commerce nos úl-timos 15 anos foi de 3,5%. Os números demonstram uma forte evolução neste mercado que pode repre-sentar um ganho expressivo para o setor de segu-ros, além de facilitar a inserção de uma importante parcela população neste mercado.

AUTORA: Livia Lapoente

012INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

BACEN REGULAMENTARÁ PAGAMENTO MOVÉLe SUSEP normatizará comercialização de seguros por meios remotos

ALTERAÇÕES NO REGIMENTO INTERNO

DO CRSNSP DECRETO PUBLICADO NO D.O.U. PROMOVE ALTERAÇÕES NO REGIMENTO INTERNO DO CRSNSP

AUTORA: Livia Lapoente

ODecreto nº 8051/2013, publicado no Diário Oficial da União em 12/07/2013, altera o De-creto nº 2.824, de 27 de outubro de 1998, que

aprova o Regimento Interno do Conselho de Recur-sos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização – CR-SNSP.

Esse Egrégio Conselho, vinculado ao Ministério da Fazenda, atua como órgão julgador em 2ª instân-cia dos processos administrativos sancionadores instaurados pela SUSEP.

O CRSNSP continuará sendo integrado por seis conselheiros, titulares e respectivos suplentes, de reconhecida competência e possuidores de conhe-cimentos especializados em mercados securitário, de capitalização, de previdência privada e de crédito imobiliário e poupança, sendo:

- três representantes indicados pelo setor públi-co dos quais, dois do Ministério da Fazenda, e um da SUSEP;

- três representantes indicados, indicados pelo

013INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

P ublicadas no Diário Oficial da União, em 03/07/2013, Portarias nomeando os Conselhei-ros Representantes da FENASEG no Conselho de

Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização - CRSNSP.

O CRSNSP é um órgão colegiado, vinculado ao Mi-nistério da Fazenda, cuja atribuição é o julgamento, em segunda e última instância, dos processos administrati-vos sancionadores instaurados pela SUSEP em face das Sociedades Supervisionadas pela Autarquia.

Dr. ANDRÉ LEAL FAORO, foi designado para exercer a função de membro titular como representante da Fede-ração Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização - FENASEG, para cumprir mandato de dois anos como Conselheiro.

Advogado formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1984, LLM pela Universidade de Chi-cago em 1987, admitido na New York Bar Association, Estados Unidos da América. É procurador do Município do Rio de Janeiro desde 1991. Foi Procurador-Geral da Su-perintendência de Seguros Privados - SUSEP, entre 1997 e 1999. Foi ainda sócio de Trindade e Lara Resende, de 1991 a 1997, bem como de Tozzini Freire Teixeira e Silva, de 1999 a 2004. Atualmente, sócio do FAORO & FUCCI Advogados.

Dr. WASHINGTON LUIZ BEZERRA DA SILVA foi de-signado para exercer a função de membro suplente, tam-bém para cumprir mandato de dois anos.

Advogado de reconhecida competência, atualmente na Diretoria Jurídica da MetLife, passou pela Diretoria de grandes conglomerados financeiros. Foi Presidente da ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITO DE SE-GUROS SEÇÃO BRASILEIRA – AIDA, onde atualmente é membro do Conselho Deliberativo.

NOVA COMPOSIÇÃODO CRSNSP

DR. ANDRE LEAL FAORO E DR. WASHINGTON LUIZ BEZERRA SÃO DESIGNADOS COMO MEMBROS

AUTORA: Livia Lapoente

LIVIA LAPOENTE - ADVOGADA

setor privado, em lista tríplice, por solicitação do Ministro de Estado da Fazenda, pelas entidades de classe dos mercados de seguro, de previdência pri-vada aberta, de capitalização, de resseguro e de cor-retagem de seguro.

O Presidente do Conselho permanecerá sendo um dos representantes do Ministério da Fazenda, tendo como Vice-Presidente o representante da SUSEP.

No que tange a Representação da Procuradoria da Fazenda Nacional, o decreto anterior menciona expressamente que apenas 1 procurador atuaria perante ao CRSNSP, com a nova redação “atuarão procuradores da Fazenda Nacional”.

Atualmente, o CRSNSP já conta com a participa-ção de 2 procuradores da PGFN.

Este novo Decreto prevê a criação de Câmara Extraordinária, por ato do Ministro de Estado da Fa-zenda poderá, a qual terá caráter temporário, com o objetivo de reduzir quantidade de recursos penden-tes de julgamento ou acelerar o seu julgamento no Conselho.

Essa Câmara Extraordinária será composta pe-los conselheiros suplentes, e presidida por repre-sentante do Ministério da Fazenda.

Os critérios para encaminhamento dos proces-sos para julgamento pela Câmara Extraordinária se-rão fixados por ato do Presidente do Conselho.

Nas hipóteses de impedimento ou suspeição de conselheiro integrante da Câmara Extraordinária para julgar processo, o conselheiro titular da respec-tiva representação será convocado para participar do julgamento.

Fato importante a se destacar: Caso haja diver-gência de entendimento entre a Câmara Ordinária, composta pelos conselheiros titulares, e Câmara Extraordinária, o conflito será solucionado por de-cisão a ser proferida pelos integrantes dos dois ór-gãos colegiados.

Destaca-se como mais significativa, a criação da Câmara Extraordinária. Mas conforme previsto neste Decreto, os critérios para julgamento por esta nova Câmara serão fixados por Ato do Presidente do Conselho.

Anteriormente à alteração do Regimento Interno, com a publicação do novo decreto, aos membros do Conselho, inclusive ao seu Presidente e ao seu Vice--Presidente, incumbia relatar ou revisar os recursos que lhes fossem submetidos. Com a nova redação, os Conselheiros estarão incumbidos apenas da re-latoria dos recursos que lhes forem submetidos. Ou seja, foi suprimida a figura do “Conselheiro Revisor”.

Os demais dispositivos do Regimento Interno do CRSNSP permaneceram inalterados.

Em que pesem os comentários acima, o texto do novo regimento interno deixa dúvidas, exempli-ficando:

O art. 2º do regimento trouxe redação cujo caput não condiz com os incisos:

• A Secretaria de Defesa Econômica – SDE, do Ministério da Justiça foi extinta, assim sendo não poderia constar do inciso III. Ademais, se fosse o caso de se manter a SDE no Conselho, esta esta-ria representando o setor público. Ocorre que este foi contemplado com 3 representantes e conforme previsto no inciso I, seriam 2 pelo Ministério da Fa-zenda e 1 pela SUSEP.

• A ANAPP não existe mais, existindo em seu lugar atualmente a FENAPREVI.

• A Redação do inciso II talvez seja a mais coe-rente, posto que menciona que o setor privado terá 3 representantes, indicados em lista tríplice, por so-licitação do Ministro da Fazenda, indicação esta que será feita por 5 entidades de classe representativas dos mercados de seguros, de previdência privada aberta, capitalização, resseguro e de corretagem de seguro. A interpretação que damos a este inciso II, s.m.j., é a de que caberá ao Ministro da Fazenda es-colher 3 conselheiros indicados pelas entidades de classe.

• Em razão da nossa interpretação no que diz respeito o inciso II, entendemos, que por equívoco, não foram revogados os incisos III, IV, V, e VI.

014INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

015INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

P ublicada em 05/07/2013 instrução PREVIC que dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas entidades fechadas de previ-

dência complementar para fins do pedido de autori-zação de retirada de patrocínio regulada pela Reso-lução CNPC n° 11, de 13 de maio de 2013, no âmbito da Superintendência Nacional de Previdência Com-plementar - PREVIC.

A legislação que estava em vigor sobre o tema tinha sido instituída em 1988 e era a norma mais an-tiga válida para o setor no país.

Essa nova regra foi resultado de uma consulta pública que teve quase três mil sugestões e de um grupo temático que trabalha há mais de um ano e meio com esse objetivo.

Entre os principais avanços está a ampliação das opções oferecidas aos participantes dos planos que passam por processo de retirada de patrocínio, quando as empresas optam por deixar de contri-buir para a previdência fechada oferecida aos seus funcionários. Até então, eles só tinham a opção de transferência dos recursos para outro plano de be-nefícios ou o saque dos valores.

Com a instituição desta Resolução, além da transferência para outra entidade de previdência complementar ou do recebimento dos valores em parcela única, os participantes podem combinar es-sas duas alternativas ou mesmo optar por um plano instituído de contribuição devida.

De acordo com a nova regulamentação, no caso de uma retirada de patrocínio, os participantes e assistidos ficarão com a reserva de contingência, enquanto a reserva especial será dividida entre pa-trocinadores e participantes na proporção com que tenham contribuído para o fundo.

A instrução nº 3, publicada neste mês, comple-menta a Resolução anteriormente publicada, insti-tuindo regras e procedimentos que devem ser se-guidos pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar, para o pedido de autorização para retirada de patrocínio junto a PREVIC.

INSTRUÇÃO PREVIC Nº 03/2013AUTORA: Livia Lapoente

Foi publicado no Diário Oficial da União, em 12.07.2013, o Comunicado nº 24.187, que

divulga a alteração de denominação da área de Regulação e dos Departamentos vinculados

ao Diretor de Regulação do Banco Central do Brasil (BACEN).

A reorganização administrativa levada a efeito pelo BACEN altera a denominação da

“área de Regulação do Sistema Financeiro” para “área de Regulação” e modifica, ainda,

a designação do Departamento de Normas do Sistema Financeiro (Denor) e da Gerência

Executiva de Normatização de Câmbio e Capitais Estrangeiros (Gence) para Departamento

de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) e Departamento de Regulação Prudencial e

Cambial (Dereg), respectivamente.

Alteração de denominação da área de Regulação e dos Departamentos vinculados ao Diretor de Regulação do Banco Central do Brasil (BACEN)

016INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

AUTORA: Shana Araújo

R ecentemente e, pela 1ª vez, recepcionamos

uma demanda diferente por parte da SU-

SEP, no que se refere ao pedido de devolu-

ção de multa.

Insta, primeiramente, mencionar que as devolu-

ções de multa por parte da Autarquia ocorrem quan-

do a decisão do CRSNSP reforma parcial ou total-

mente a decisão de 1ª instância, nos processos em

que houve depósito recursal. (anteriores a súmula

vinculante 21)

A Autarquia encaminhou Ofício orientando ao

ente supervisionado que solicitasse a devolução

da multa diretamente à Receita Federal, devido ao

recolhimento da garantia recursal ter sido efetuado

por meio de DARF.

Nesta esteira e diante do fato de termos estra-

nhado tal posicionamento da Autarquia, solicitamos

agendamento de reunião com a Coordenação de

Arrecadação e Finanças – CORAF e a Coordenação

Geral de Julgamento – CGJUL para tratarmos do as-

sunto.

Na ocasião, a orientação foi no sentido de que os

recolhimentos realizados por meio de DARF eram

depositados diretamente na conta do Tesouro Na-

cional e, portanto, a SUSEP não teria meios/dados

necessários para a emissão da respectiva ordem

bancária para devolução da multa.

Com efeito, diante desse situação, a solicitação

de restituição do valor deverá seguir o disposto na

Instrução Normativa da RFB 1300/2012.

“Art. 2 º Poderão ser restituídas pela RFB

as quantias recolhidas a título de tributo sob

sua administração, bem como outras receitas

da União arrecadadas mediante Darf ou GPS,

nas seguintes hipóteses:

(...)

III - reforma, anulação, revogação ou resci-

são de decisão condenatória.

(...)

§ 2 º A RFB promoverá a restituição de re-

ceitas arrecadadas mediante Darf e GPS que

não estejam sob sua administração, desde que

o direito creditório tenha sido previamente re-

conhecido pelo órgão ou entidade responsável

pela administração da receita.”

Tal procedimento deverá ser realizado em todos

os casos em que o recolhimento da garantia recur-

sal se deu por meio de DARF, sendo certo que não

há muitas situações como essa, tendo em vista que

isso ocorreu até 1998. Entre 1999 a 2004/2005 os

recolhimentos foram feitos através de Documento

de Arrecadação da SUSEP-DAS e a partir de 2005 e

até a data de hoje são arrecadados através de Guia

de recolhimento da União- GRU.

Fica a Dica!!!

DICA: DEVOLUÇÃO DE MULTARECOLHIDA POR MEIO DE DARF

017INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

A o longo de seus 18 anos, a Euds Advoga-

dos bem buscando assegurar a máxima

satisfação a seus colaboradores, propor-

cionando condições para que se desenvolvam pes-

soal e profissionalmente, na medida em que nosso

ativo mais valioso é composto justamente por nos-

sa Equipe.

Nessa esteira, os diversos projetos conduzidos

por nossa área de Recursos Humanos, a colocam no

mesmo patamar estratégico das outras áreas técni-

cas do Escritório.

Dentre os projetos de RH, destacamos o Proje-

to Check-Up, que consiste na preocupação e apro-

ximação da Euds Advogados com a saúde e bem

estar de nossos colaboradores.

Infelizmente, a verdade é que até hoje a saúde

não está na lista de prioridades de muitas pesso-

as. Sem a cultura da prevenção, o que vale mesmo

é o velho ditado popular: “quando doer, vou tratar”.

Como consequência, os problemas de saúde mal

resolvidos tornam-se um dos principais fatores de

absenteísmo e presenteísmo nas empresas e que

resultam em baixa produtividade.

Nesta seara, entendemos que qualidade de vida

é também sinônimo de vida saudável e, por esta ra-

zão, além do custeio integral de plano de saúde ex-

tensivo aos dependentes, implementamos o Projeto

Check-Up, pelo qual lembramos e incentivamos que

no mês de aniversário de cada colaborador, o mes-

mo reserve ao menos um dia para realização de um

check-up preventivo que inclui avaliações clínicas,

exames complementares e laboratoriais.

Com essa medida simples e contínua, acompa-

nhamos os níveis de saúde de nossos colaborado-

res e doenças tratáveis podem ser diagnosticadas

previamente, promovendo assim, uma melhoria da

saúde, qualidade de vida de nossa Equipe e, conse-

quentemente, da qualidade dos serviços prestados.

AUTOR: Luciano Sampaio

SAÚDE DO COLABORADORUMA QUESTÃO PARA A GESTÃO DE PESSOAS

018INFORMATIVO EUDS ADVOGADOS

PARTICIPAÇÃO EM PALESTRAS E EVENTOS

A seguir um pequeno resumo dos eventos e trei-

namentos realizados nos meses de maio e junho

deste ano pelos sócios e pelos colaboradores do

nosso escritório:

Posse do Novo Presidente da CNSEG, o Sr. Marco Antonio

Rossi, em Brasília – Esse evento foi bastante concorrido

e prestigiado pelo Governo Federal, com presença de inú-

meros deputados, senadores e representantes da políti-

ca atual, além de representantes do mercado segurador.

Participou desse evento a Dra. Suelly Molina, sócia res-

ponsável pelo contencioso.

Workshop Interno de Direito Regulatório ministrado pelo

Dr. José Daniel Rocha – Neste treinamento foi comentado

a história do Direito Regulatório do Brasil e as estruturas

e operacionalidades dos órgãos de regulação, como SU-

SEP, ANS, CVM, BACEN E PREVIC. Todos os paralegais e

estagiários do escritório participaram desse treinamento.

Palestra as ouvidorias e o Mercado Segurador organiza-

da pela Funenseg – A palestra se referiu ao Processo de

constituição de Ouvidoria pelo Mercado Segurador, pro-

cedimento que tornou-se obrigatório na SUSEP. Partici-

param dessa palestra as Dras. Hanne Caroline e Shana

Araujo e o estagiário Geison Pinheiro.

CAFÉ DA MANHÃ BR-VISA IMMIGRATION SOLUTIONS

- A palestra teve por objetivo demonstrar como se tira um

visto de trabalho para os Diretores estrangeiros de Em-

presas. A palestra abordou todos os aspectos que en-

volve a concessão do visto, iniciando com a realização

do ato societário. Participou desse encontro o Dr. Euds

Furtado, sócio fundador do escritório.

ALMOÇO ENCONTRO CVG-RJ com Dr. Osvaldo do Nas-

cimento – A palestra, ministrada pelo Presidente da Fe-

naprevi versou sobre as aplicações dos ativos livres das

empresas supervisionadas pela Susep e das dificuldades

de se aplicar seus recursos a longo prazo, devido a in-

certeza da legislação e a falta de atratividade das taxas

oferecidas. Participou desse encontro o Dr. Euds Furtado,

sócio fundador do escritório.

AUTORA: Aline Elias

>>>>>> CLIENTES NOVOS/2013 <<<<<<

AON Affinity do Brasil Serv. e Corretora de Seguros

Companhia de Seguros Aliança da Bahia

Companhia de Seguros Aliança do Brasil

F. Capital Asset Gestão e Negócios

HSBC Capitalização

HSBC Corretora de Seguros

HSBC Empresa de Capitalização

HSBC Leasing Arrendamento Mercantil

HSBC Seguros (Brasil)

HSBC Vida e Previdência (Brasil)

IG Corretora de Seguros

Imperial Seguros do Brasil (em constituição)

IRB Brasil Resseguros

Panamericana de Seguros

Portobens Administrador de Consórcios

Yes Adm. de Consórcios (em constituição)