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Edição nº 33 Outubro de 2017 a janeiro de 2018 Raul Brandão ·················································································· 2 Enid Blyton ······················································································· 4 Raul Brandão e Enid Blyton na BE ··············································· 5 Raul Brandão e Enid Blyton na Net ············································· 6 Recursos Web ················································································· 7 Atividades 17/18 ·············································································· 8 Mobile Learning ··············································································· 11 Livros com… ·················································································· 12 Os passos em volta ·······································································13 Novidades Livros ··········································································16 Novidades DVDs ············································································19

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Edição nº 33 Outubro de 2017 a janeiro de 2018

Raul Brandão ·················································································· 2

Enid Blyton ······················································································· 4 Raul Brandão e Enid Blyton na BE ··············································· 5

Raul Brandão e Enid Blyton na Net ············································· 6 Recursos Web ················································································· 7 Atividades 17/18 ·············································································· 8

Mobile Learning ··············································································· 11

Livros com… ·················································································· 12

Os passos em volta ······································································· 13 Novidades Livros ·········································································· 16

Novidades DVDs ············································································ 19

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O número 33 de CREscendo, pensado para o mês de dezembro, só surge agora por razões várias que não importa esmiuçar aqui. As efemérides que assinalamos foram comemoradas em 2017 (150º aniversário do nascimento do escritor Raul Brandão e o 120º aniversário do nascimento de Enid Blyton).

No que diz respeito a Raul Brandão, as comemorações serviram para resgatar do esquecimento um dos escritores mais representativos da estética decadentista-simbolista finissecular na literatura portuguesa e reeditar a obra completa deste autor nascido ainda no séc. XIX.

Quanto a Enid Blyton, escritora inglesa, criadora do “Noddy” e autora, entre outros, dos conhecidos livros de aventura juvenil como “Os Cinco”, “Os Sete”, “O colégio das quatro torres” e “As gémeas”, foi a companheira de infância e de adolescência de muitos dos leitores mais velhos (e também dos mais novos?). Trata-se, pois, de uma evocação nostálgica desses tempos em que se “tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma”1 a não ser as aventuras de heróis como a Zé ou a Ana, o Júlio ou o David, o cão Tim ou a catatua Didi, ou ainda de “o gordo”, protagonista, com outros amigos, da série “Mistério”.

Para além do destaque dado a estes dois autores, temos as secções habituais: as novidades (livros e DVDs), as sugestões e uma síntese das atividades realizadas na BE.

E, a abrir o ano de 2018, iniciamos uma nova secção na qual faremos a divulgação de aplicações e outros recursos que podem ser usados no processo de ensino-aprendizagem através dos dispositivos móveis, tornando, talvez, as aulas mais dinâmicas e interessantes para os nossos alunos, nascidos já no séc. XXI.

Um bom ano e que os livros vos acompanhem em 2018!

1 Verso retirado do poema “Aniversário” de Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa).

Ed

ito

ria

l

Olá, petizes! Deixem que me

apresente.

Chamo-me Raul Brandão, mas os

meus amigos chamam-me Brandinho.

Nasci na Foz do Douro em 1867. Sou

filho e neto de homens do mar. É por

isso que o oceano e as suas gentes são

tão importantes nos meus livros.

A minha vida teve muitos lugares. Um

dos mais importantes foi a cidade do

Porto, onde entrei para a escola e

passei a minha infância e adolescência.

Não pensem que não andei às voltas com o português como

vocês. Sabem que me juntei a um grupo com um nome difícil:

os Nefelibatas? Ne-fe-li-ba-tas. Eu e outros escritores andámos

à luta com as regras literárias e gramaticais.

Em 1891 tive de me inscrever na Escola do Exército. Fui para

lá contrariado, mas acabei por me tornar militar de carreira, o

que foi bastante importante para a minha vida. É um bocadinho

como ter de estudar uma disciplina de que não gostamos muito,

mas que depois acaba por nos ajudar.

Já vos disse que sempre gostei muito de escrever? Mesmo

fazendo carreira militar, nunca deixei de me interessar

pela nossa língua. Pois é, tornei-me jornalista no

semanário O Micróbio. Sim, naquela altura os jornais

tinham uns nomes estranhos e engraçados.

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F oi em 1896 que cheguei a

Guimarães. Fui colocado no

Regimento de Infantaria n.º 20. Aqui

nasceu Portugal, e aqui nasceu também

um dos meus livros mais marcantes,

a História dum Palhaço.

Vou contar-vos um segredo. Essa coisa

de que só as raparigas choram e têm

coração... Bem, o que sei é que, quando

conheci a Maria Angelina, o meu bateu tão

forte, que quase me saltou do peito. Estão

mesmo a ver, não é? Casámo-nos e, como

ela era de Guimarães, construímos uma

casa na freguesia de Nespereira, que

ainda hoje lá está.

Em 1911, decidi largar as botas militares e atirei-me de cabeça

à escrita. Sabem, quando nos dedicamos a sério a algo de que

gostamos, somos imbatíveis! Com disciplina e trabalho, escrevi

como nunca. Passava os invernos na capital, para fugir ao frio do

Norte, mas as saudades de Guimarães eram sempre muitas.

Rodeado de letras e mais letras, assim que apareciam as

andorinhas, lá ia eu rumo à Casa do Alto para mais um verão.

Em 1917, publiquei o Húmus, um dos meus livros mais

importantes. Mal eu imaginava que ia ser considerado um dos

grandes romances portugueses do século XX! Dediquei-o ao

grande pintor Columbano Bordalo Pinheiro, irmão do outro artista

com o mesmo sobrenome, aquele que desenhou o nosso Zé

Povinho. Já o viram por aí, não? É um maroto, está sempre a

fazer um manguito com a mão!

Foi neste mês que parti para as ilhas da Madeira e dos Açores.

Viajei muito pelo nosso país, e dessa marítima aventura de 1924

resultou o livro As ilhas desconhecidas1, famoso ainda hoje. Os

dois arquipélagos são banhados pelo oceano Atlântico, águas

onde os meus avós viveram a pescar, junto ao continente.

Além de romances, reportagens e relatos de viagem, escrevi

teatro. Não sabiam? Sim, tive a felicidade de ver as minhas

obras representadas em palco por todo o país!

Agora, com a vossa licença, saio de cena, como fiz em 1930.

Depois de uma vida cheia, os meus livros continuaram o seu

caminho, e é através deles que espero continuar sempre

convosco. O último que escrevi foi o Portugal Pequenino, porque

a infância tem muitas histórias para mais tarde recordar.

Gostava muito que conhecessem a Pisca e o Ruço e viajassem

com eles pelo nosso país. Vemo-nos por lá?

In http://www.raulbrandao.pt/pt/brandinho/

“Se Húmus fosse um quadro era O grito de Munch”.

1 Sabias que noutro livro do autor, datado de 1922, Os pescadores, há um capítulo dedicado à Costa Azul (incluindo Sesimbra)? Experimenta ler e descobrir as diferenças entre o ontem e o hoje.

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Autora de centenas de livros,

Enid Blyton é uma escritora

inglesa, criadora de personagens

inesquecíveis como o Noddy, os

Cinco, os Sete, a catatua Didi e

muitas outras.

O primeiro texto que publicou

foi um poema na revista Nash's

Magazine. Em 1938, publicou o seu

primeiro livro de aventuras, Aventura na

ilha secreta e, finalmente, em 1942, criou a

série Os cinco, protagonizada por três irmãos (Júlio, David e

Ana) e uma prima deles, uma espécie de maria-rapaz, mais

conhecida por Zé. Aos quatro protagonistas

humanos junta-se o cão Tim. Ao primeiro

livro, Os cinco na ilha do tesouro, seguiram-

se mais vinte. As aventuras de “Os cinco”

deram origem a duas séries de televisão (em

1957 e 1995).

Outra personagem criada por Enid Blyton,

cujas aventuras foram adaptadas à televisão

e ainda hoje são seguidas por milhões de

crianças no mundo inteiro, é o Noddy, um

boneco de madeira, que abana a cabeça de

forma desconexa, e vive no País dos

Brinquedos (o sonho de qualquer criança!).

Em 1950, foi a vez da série protagonizada por “Os

sete” (Secret Seven no original). Enquanto “os cinco” só se

juntavam nas férias, as aventuras dos “sete”, que estão sempre

prontos para resolver um mistério, decorrem em tempo escolar.

Seguir-se-iam outras séries como, por exemplo, “As gémeas”, o

“Colégio das Quatro Torres”, “Mistério” e “Uma aventura”. Em

comum, o facto de serem todas protagonizadas por

adolescentes, representando valores morais fortes e saudáveis.

Há algum maniqueísmo nos

livros de Enid Blyton: os maus

distinguem-se perfeitamente dos

bons, nada de personalidades

complexas e ambíguas, reconhecem

-se alguns estereótipos (a

personagem Ana, da série “Os

cinco”, pode ser um exemplo; no entanto, a outra personagem

feminina da série, a prima Zé, serve-lhe de contraponto, pois, ao

contrário da primeira, não se submete a regras alheias). Ao

longo da sua carreira, a escritora foi acusada de ser racista,

xenófoba, sexista e até de ter simpatizado com Hitler. Os seus

livros chegaram a ser banidos das bibliotecas públicas.

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Porém, e apesar de lhe terem vaticinado, depois da morte, o

esquecimento, o certo é que numa votação ocorrida em 2008

sobre quem seria o autor mais querido

do Reino Unido, Enid Blyton foi a

vencedora ultrapassando nomes como

Shakespeare, Jane Austen e, pasme-se,

J. K. Rowling.

Enid Blyton morreu em 1968 vítima

da doença de Alzheimer. Os seus livros

foram e continuam a ser traduzidos

para muitas línguas (cerca de 90) e

estima-se que já tenham sido vendidos

mais de 500 milhões de exemplares em

todo o mundo.

E quem, ao ler os livros de Enid

Blyton, não sentiu vontade de viver

aventuras tão extraordinárias como as

das suas personagens?

Fontes Utilizadas: Enid Blyton in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-01-18 14:10:16]. Disponível em: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$enid-blyton Susana Moreira Marques. Tudo está bem, Enid Blyton in Público, 29 de março de 2010. Disponível em: https://www.publico.pt/2010/03/29/culturaipsilon/noticia/tudo-esta-bem-enid-blyton-1430001

O mistério do gato cómico

O mistério das cartas anónimas

O mistério da casa queimada

A aventura na ilha

Livros

A pesca da baleia e outras narrativas

As ilhas desconhecidas

Húmus

O avejão / O gebo e a sombra

Os pescadores

Os pobres

Livros

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http://www.enidblytonsociety.co.uk/ (em inglês)

http://www.enidblyton.net/ (em inglês)

http://serge-passions.fr/enid_blyton_page.htm (em francês)

http://www.misteriojuvenil.com/index.htm (em português)

http://www.enidblyton.es/ (em castelhano)

http://recursos.bertrand.pt/recurso?&id=9208670 (artigo de Alice Vieira sobre a autora inglesa)

http://www.raulbrandao.pt/

Sítio oficial dedicado ao escritor. É possível ler excertos de

alguns livros, uma breve sinopse e uma súmula bibliográfica.

Informação sobre os lugares relacionados com o escritor e o

espólio. Em breve, estarão disponíveis artigos e ensaios de

vários estudiosos da obra brandoniana.

http://www.raulbrandao.pt/pt/olhares/

Leituras em vídeo de excertos dos livros de Raul Brandão lidos

por Capicua, Afonso Cruz, Pedro Mexia, entre outros

http://ensina.rtp.pt/artigo/as-ilhas-desconhecidas-de-raul-brandao/

Documentário de quatro minutos sobre o livro As ilhas

desconhecidas. Neste livro, o escritor encontra inspiração para

um dos mais originais exemplares da escrita de viagem. Raul

Brandão traduz a beleza das ilhas (dos Açores e da Madeira)

num livro editado em 1926. Uma espécie de diário impressionista

das paisagens insulares, de que fala esta peça.

http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xx/raul-brandao-35424.html#.WKxeqW-LTcs

Artigo de Vitor Viçoso no Centro Virtual Camões sobre Raul

Brandão.

http://www.dglb.pt/sites/DGLB/Portugues/autores/Paginas/PesquisaAutores1.aspx?AutorId=6339

Parte do Dicionário Cronológico de Autores Portugueses

disponibilizado “em linha” no sítio da Direção Geral do Livro, dos

Arquivos e das Bibliotecas. Biografia, bibliografia, excertos,

traduções, prémios e links.

https://www.luso-livros.net/wp-content/uploads/2017/03/A-Farsa.pdf

Download gratuito do livro A farsa de Raul Brandão.

You Tube: http://bit.ly/2DfSHka

Vídeos da The Book Company (leitura de excertos de livros de

Raul Brandão por vários autores: Afonso Cruz, Bruno Vieira

Amaral, Pedro mexia, Lídia Jorge, Francisco José Viegas e

Capicua)

Eis uma lista de “sítios” na web onde poderás encontrar informa-ção detalhada sobre a autora, os livros, as personagens:

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Júnior Seguro (Educação rodoviária)

http://www.ansr.pt/juniorseguro/Pages/default.html

Este sítio tenciona “assegurar a conceção, a

produção e a disponibilização de recursos educativos

em formato digital e interativo, subordinados a

várias temáticas, destinados às crianças da

educação pré-escolar e aos alunos dos três ciclos do

ensino básico, tendo em vista promover a aquisição

de um conjunto de competências que proporcionem uma integração segura no meio rodoviário.

Efetivamente, uma das tarefas mais difíceis em

matéria de prevenção e segurança rodoviária é atuar sobre o

comportamento das pessoas, de modo a que as suas atitudes

contribuam para uma redução do risco inerente à circulação

rodoviária.”

O sítio disponibiliza um conjunto de atividades dirigidas aos alunos

do pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclo do ensino básico – jogos, quiz, etc.

Plataforma Digital dos concelhos de Portugal

http://www.pdcp.pt/

Trata-se de uma plataforma desenvolvida pelo CITI (Centro de Investigação para as Tecnologias Interativas), da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Onze livros digitais já disponíveis. A cada livro corresponde um caderno com exercícios e outras atividades. Em cada um dos livros, são apresentados, sob a forma de texto e ou de vídeo, figuras e factos históricos, mitos e lendas, monumentos do concelho. Concelhos cujos livros já estão disponíveis: Lisboa, Porto, Guimarães, Celorico de Basto, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Condeixa-a-Nova, Lagoa e Portimão.

Projecto Adamastor

http://projectoadamastor.org/

“Por forma a facilitar o acesso a

obras disponíveis gratuitamente

em formato digital, o Projecto

Adamastor disponibiliza uma base de dados que, numa primeira

fase, engloba cerca de 1100 títulos em português.

Os registos podem ser filtrados através da pesquisa e/ou

ordenados pelos seguintes campos:

Título — Título da obra, de acordo com a fonte.

Autor(es) — Nome do autor (uniformizado, facilitando assim a

pesquisa).

Período de Vida — Período de vida do autor.

Fonte — Projecto ou biblioteca digital onde se encontra

disponível a obra.

Formato(s) — Lista de formatos em que o livro é

disponibilizado.

Notas — Comentários relativos à edição em causa.

Ano de Publicação — Para reproduções, é preenchido com o

ano em que foi originalmente publicada a edição reproduzida;

nos restantes casos, é indicado o ano em que a edição digital foi

lançada.

Categoria — Classificação genérica da obra.

À data, a base de dados inclui livros de várias fontes,

nomeadamente:

Biblioteca Digital do Alentejo, Bibliotrónica Portuguesa, Luso

Livros, Nativos Digitais Lêem +, Portal Domínio Público, Project

Gutenberg, Projecto Adamastor

Para sugerir títulos específicos ou indicar possíveis correcções,

pode entrar em contacto connosco através do e-mail

[email protected].”

in http:/ / projectoadamastor.org/ base-de-dados-de-livros-digitais/

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E Apresentação da BE aos alunos do 9º e do 10º

Ao longo do mês de novembro, a professora bibliotecária (PB),

Idalina Costa, fez a apresentação da biblioteca escolar (BE) a todas

as turmas dos 9º e 10º anos.

O objetivo destas apresentações é, além de relembrar a

organização do fundo documental e as regras de utilização, dar a

conhecer a alunos e professores alguns aspetos menos conhecidos

da biblioteca (que, afinal, está sempre “aberta”!). Por exemplo, o

blogue e o catálogo “em linha” estão acessíveis 24h por dia, 365 ou

366 dias por ano. A PB exemplificou a utilidade desses serviços,

sempre disponíveis, fazendo referência a documentos e outros

recursos que podem auxiliar os alunos (e professores) na pesquisa

e tratamento da informação.

E Apresentação do livro A incrível história secreta da língua portuguesa de Marco Neves

No dia 25 de outubro, o escritor Marco Neves

esteve na BE. O autor, com três livros já publicados,

apresentou um deles – A incrível história secreta da

língua portuguesa - aos alunos de três turmas do 12º ano. Nesse

livro, “a história da nossa língua [é] contada como se fosse um

romance. [Podemos acompanhar] uma celta e um romano aos

beijos, um amigo de Afonso Henriques à procura de mouras

encantadas, Gil Vicente a perseguir um homem perigoso pelas ruas

de Lisboa, uma coleccionadora de livros a fugir numa carroça para

Amesterdão, Camões ao murro por causa duma dama da corte e

muitas outras aventuras de que é feita esta história da língua

portuguesa, recheada de deliciosas surpresas e um toque de

humor.”

(in http://www.certaspalavras.net/marconeves/ ).

O livro está disponível na BE, pois o autor, gentilmente, ofereceu-nos um

exemplar.

Marco Neves mantém um blogue - http://www.certaspalavras.net/

marconeves/ - onde tem publicado artigos sobre línguas curiosidades

linguísticas, livros e outras viagens.

E Palestra “Cem anos da Revolução

Russa”

Numa parceria estabelecida

com o Instituto de História

Contemporânea da Faculdade

de Ciências Sociais e Humanas

da Universidade Nova de

Lisboa, o grupo de História e a BE agendaram uma palestra sobre

os “Cem anos da Revolução Russa” com a presença do investigador

Diogo Ferreira. Houve ainda lugar à exposição de cartazes e

imagens relacionados com a efeméride e foram lidos alguns

poemas de Vladimir Vladimirovitch Maiakovski, “o poeta da

Revolução” e fundador do chamado cubo-futurismo russo.

Participaram na palestra os alunos de História A do 12º ano.

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E Exposição “Nós, os d’Orpheu”

Depois de ter estado aberta ao público na Biblioteca Municipal,

a exposição “Nós, os d’Orpheu” “viajou” até à Biblioteca da Escola

Secundária de Sampaio e aqui permaneceu até ao final do

primeiro período tendo sido visitada por algumas turmas do 12º

acompanhadas pela respetiva professora de Português.

E “Museu do Prado vem à escola”

Entre 8 e 12 de janeiro, esteve

patente na BE a exposição “Museu

do Prado vem à escola”. Trata-se

de 20 réplicas de quadros famosos

de, entre outros, Dürer, Velásquez,

Goya, El Greco e Botticelli.

As visitas de turmas foram

guiadas pelo professor Nuno Nabais

que explicou aos alunos presentes alguns pormenores da

composição e técnicas utilizadas pelos pintores, evidenciando as

razões pelas quais os quadros replicados marcaram a História da

Pintura ao longo dos séculos.

E Ciclo de filmes de animação (PNC)

Nos dias 13 e 14 de dezembro, no âmbito do Plano de

Atividades do PNC (Plano Nacional de Cinema), 123 alunos do

Secundário assistiram à projeção, na BE, de dois filmes de

animação realizados por autores portugueses reconhecidos e

premiados internacionalmente. Foram eles Os salteadores de Abi

Feijó e A suspeita de José Miguel Ribeiro.

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E Concurso Interno de Leitura

No presente ano letivo, as regras do Concurso Nacional de

Leitura (CNL) mudaram e a divulgação dessas mudanças foi

tardia.

Como essas regras pressupunham o envolvimento da Biblioteca

Municipal e do grupo concelhio de professores bibliotecários, dada

a divulgação tardia do regulamento, o grupo concelhio e a equipa

SABE (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares) da Biblioteca

Municipal de Sesimbra decidiram que, no presente ano letivo, as

escolas do concelho não participariam no CNL, porque não seria já

possível adaptar as normas do Concurso Concelhio de Leitura

(para o 1º e 2º ciclo) de forma a integrar os alunos do 3º ciclo e

do Secundário.

No entanto, e para que os alunos do 3º ciclo e do Secundário

não ficassem de fora, as BE da EBC e da ESS com o

Departamento de Português, pensaram em organizar um

Concurso Interno de Leitura cujo regulamento e ficha de

inscrição podes consultar e preencher na BE ou junto dos

professores de Português.

As provas deste concurso realizar-se-ão na Semana da Leitura e

os prémios serão entregues no dia 21 de abril, coincidindo com a

final da prova concelhia do CCL (Concurso Concelhio de Leitura)

dirigido aos alunos do 1º e 2º ciclo

A seguir:

Exposição “Caricaturas de escritores portugueses para a infância”

“O cinema está à tua espera” (22 de fevereiro, Cineteatro Municipal João Mota)

Semana da Leitura (26 de fevereiro a 2 de março, vários espaços escolares)

Ciclo “Os jovens no cinema” (última semana do 2º período, na BE)

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Iniciamos, neste

número, uma nova

secção. Trata-se de

fazer a divulgação

de aplicações que

podem ser utilizadas

em sala de aula (e

não só) recorrendo

aos telemóveis e

outros dispositivos

móveis. Sabendo-se

que o telemóvel parece ser a “chucha” dos adolescentes, por que

não aproveitar essa “dependência” dos nossos alunos e pô-la ao

serviço dos nossos objetivos?

Entremos na era da m-learning, apesar de ter, pelo menos, um

senão: contraria as regras estipuladas no Regulamento Interno,

mas é caso para dizer que “não há senão sem bela”, pois o

Socrative permite testar rapidamente e sem grande esforço (os

resultados são verificados e contabilizados automaticamente,

podendo exportar-se o relatório de respostas) se algumas

aprendizagens estão, de facto, consolidadas. Outra vantagem é

que o professor pode acrescentar, em cada uma das questões,

uma explicação breve dos conteúdos testados. Se o aluno errar a

resposta, pode verificar, no final, a correção e perceber as razões

do erro.

Além da vertente pedagógica, a aplicação pode tornar-se

lúdica: é possível transformar o questionário numa espécie de

jogo ou corrida com verificação em tempo real das posições de

cada jogador (para isso, é necessário um computador e um

projetor na sala de aula) O processo de criação dos

questionários é bastante intuitivo e simples. No início, pode

perder-se algum tempo, mas, depois de se perceber a

“engrenagem da coisa”, conclui--se que se trata de um auxiliar

precioso: poupa-se tempo na correção se as respostas

obedecerem, por exemplo, ao modelo de escolha múltipla ou de

verdadeiro / falso.

“O Socrative é uma aplicação simples de elaboração de

questionários (preparação de testes, quizzes, etc.) que pode ser

usada em sala de aula para receber feedback em tempo real da

aprendizagem do aluno.

Através de um sistema de perguntas e respostas o professor

pode recolher, em tempo real, as

respostas dos alunos, percebendo

melhor a sua compreensão

relativamente aos temas em

estudo na aula. É uma ferramenta

de apoio à aprendizagem

independente ao permitir que o

aluno possa responder aos testes

e quizzes seguindo o seu próprio ritmo de trabalho, progredindo

de uma questão para a seguinte, com informação sobre a

correção ou não das suas respostas.

Pode proporcionar uma maior interatividade na sala de aula ao

motivar os alunos para as “corridas” de resposta entre os alunos

ou grupos de alunos através dos seus dispositivos móveis

(smartphone ou tablet).”

Os testes e quizzes podem ficar temporariamente disponíveis

proporcionando a sua realização a partir de casa.

Excerto do tutorial da Direção Geral de Educação (DGE) disponível em: http://bit.ly/2FKwPuZ

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CIÊNCIA

Breve história de quase tudo (Bill Bryson)

SINOPSE

Uma pesquisa digna de um mamute, anos

de investigação e como resultado… o Big

Bang, os dinossauros, o aquecimento

global, a geologia, Einstein, os Curies, a

teoria da evolução, a gasolina com chumbo,

a teoria atómica, os quarks, os vulcões, os

cromossomas, o carbono, os organismos

ediacaranos, a descontinuidade de Moho, o

ADN, Charles Darwin e um zilião de outras

coisas. Em linguagem não demasiado

científica, sempre clara e com as devidas

anotações, o leitor é conduzido, por este

autor extremamente divertido e bem

informado, numa viagem através do tempo

e do espaço, cujo prato forte é também revelar-nos algumas

ironias do desenvolvimento científico. Esta é verdadeiramente

uma obra que nos dá a sensação de ter o mundo na palma da

mão.

in https:/ / www.wook.pt/ livro/ breve-historia-de-quase-tudo-bill-bryson/10016004

Disponível na BE (procura-o na estante das Ciências). Se

preferires, também existem seis exemplares de História

(mesmo) breve de quase tudo do mesmo autor com

(menos) texto e imagens.

História mesmo breve de quase tudo (Bill Bryson)

“Sabias que cada átomo do

teu corpo já passou quase de

certeza por várias estrelas e

pertenceu a milhões de

organismos antes de fazer

parte de ti. Uma vez que cada

um de nós é constituído por

muitos átomos e que, quando

morremos, somos inteiramente

reciclados, é provável que um

número significativo dos nossos

átomos - mil milhões para cada

um de nós - já tenha

pertencido a Shakespeare,

Buda, Gengis Khan, Beethoven

ou a qualquer outra figura

histórica de que te lembres. O

que aconteceu aos

dinossauros? De que tamanho

é o Universo? Quanto pesa a Terra? Porque são os oceanos

salgados? Vai cair-nos um meteorito em cima? Bill Bryson, neste

livro, uma edição para os mais pequenos do seu êxito Breve

história de quase tudo, ensina numa linguagem clara e acessível

os mistérios do tempo e do espaço e de quase tudo o que

aconteceu e acontece no nosso planeta. Para escrever este livro,

conheceu diversos cientistas bizarros, teorias loucas e

importantes descobertas da Ciência.”

in http://www.fnac.pt/Historia-mesmo-Breve-de-Quase-Tudo-Bill-Bryson/a564809?omnsearchpos=1#

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JOGOS COM HISTÓRIA… E MATEMÁTICA

Distribuídos com o jornal Público, trata-

se de um conjunto de dez famosos jogos

e puzzles acompanhados por um livro

com informações sobre o princípio

matemático que lhes está associado e o

cientista que o desenvolveu.

Na BE, dos dez, estão disponíveis nove

jogos ou puzzles (pede-os à funcionária) e

os livros respetivos (procura-os na

estante da Matemática).

Eis a lista:

Euler : os quadrados latinos (Jogo Hexágono mágico)

Al-Zwarizmi : a álgebra (Jogo Alquerque)

Arquimedes : a geometria (Puzzle Stomachion)

Leibniz : a aritmética binária (Jogo asiaático “Go”)

Mandelbrot : os fractais (Puzzle Torres de Hanói)

Conway : as somas nim (Jogo Ouri)

Galois : a teoria dos grupos (Puzzle do 15)

Pitágoras : o pentagrama (Puzzle Pentalfa)

Fibonacci : sucessão de Fibonacci (Puzzle Missing Square)

Título emprestado a Herberto Helder

Neste número, sugerimos dois ciclos e duas exposições.

Jerónimo Bosch – Jardim das Delícias Terrenas (pormenor)

“Tendo por referência a obra de Hieronymus Bosch, a programação tematiza o legado perturbante e enigmático de um dos maiores pintores do séculoXV, procurando declinar alguns aspetos e leituras suscitadas pela sua obra que tem apaixonado inúmeros pintores, historiadores de arte e artistas em geral. Espectáculos de cinema, música e dança ao longo dos meses de abril e maio, no CCB. Programação completa em: https://www.ccb.pt/mediaRep/ccb/files/programacao/2018/Ciclo_Hieronymus_Bosch.pdf

“Tirai os pecados do mundo” Ciclo Hieronymus Bosch (CCB)

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Título emprestado a Herberto Helder

Exposição a inaugurar no dia 23 de fevereiro de 2018 no Museu Nacional de Arqueologia. Ciclo de conferências a realizar-se no Centro Cultural de Belém a 24 fevereiro e 3 março.

Organização de Rui Morais & Delfim Leão. Mais informações e consulta do programa das conferências em: https://www.ccb.pt/Default/pt/Programacao/LiteraturaEHumanidades?A=1292

Ciclo: Literatura e Pensamento Ciclo O Perene e o Belo: ecos da Antiguidade Clássica CCB, 24 fevereiro e 3 março 2018 | 10:00 Centro de Congressos e Reuniões | Piso 1

Kratêr-de-sino ático de figuras vermelhas - MNA - Grupo de

Viena 1025, c400-375 aC

“Os Angry Birds já invadiram o Pavilhão do Conhecimento. Red, Terence e Stella acompanham-no nesta aventura educativa até setembro de 2018, destinada a todas as idades, onde Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e

Matemática são exploradas num ambiente imersivo. A exposição, dividida em cinco áreas temáticas ao longo de mais 1000 m2, aborda temas da Biologia e da Física. Fisgas gigantes e mega estruturas, slide e escalada são contextos perfeitos para complementar aprendizagens curriculares.” in http://www.pavconhecimento.pt/visite-nos/exposicoes/detalhe.asp?id_obj=4422

Exposição: ANGRY BIRDS Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva Largo José Mariano Gago, Parque das Nações, 1990-223 Lisboa, Portugal Horário de terça a sexta: 10h00 às 18h00 - Fim de semana e feriados: 11h00 às 19h00

“O Museu de Arte Popular recebe, a

partir de 24 de novembro, uma

grande retrospetiva de Maurits

Cornelis Escher, artista gráfico

holandês conhecido pelas suas

xilogravuras, litografias e meios-tons.

A mostra, que conta com 200 obras

do artista e com um rico conjunto de

equipamentos didáticos e de

experiências científicas, apresenta o

percurso criativo completo deste génio

visionário, cujas criações exercem um

grande fascínio nas mentes científicas

e influenciam o mundo da arte.

Entre os trabalhos apresentados nesta exposição,

encontram-se obras como “Mão com Esfera Reflectora”,

“Relatividade”, “Vínculo da União” e “Belvedere”. Mais em: http://www.mcescher.com/ e http://escherlisboa.com/

Exposição: M. C. ESCHER Museu de Arte Popular, Avenida de Brasília. 1400-038 Lisboa 24 nov/17 a 27 mai/18 Segunda a domingo: 10h-20h (a bilheteira encerra às 19h)

Clowns (No. 21). 1938 Pencil, ink, watercolor.

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Sinopse

Misto de ensaio, diário e romance, a ação de Húmus decorre

numa vila, lugar povoado de personagens e de estados de alma do

próprio autor. Um livro experimental que marca a literatura portu-

guesa e europeia, publicado décadas antes de movimentos como

o nouveau roman.

Excerto

«Nenhum de nós sabe o que existe e o que não existe. Vivemos

de palavras. Vamos até à cova com palavras. Submetem-nos, sub-

jugam-nos. Pesam toneladas, têm a espessura de montanhas. São

as palavras que nos contêm, são as palavras que nos conduzem.

Mas há momentos em que cada um redobra de proporções, há

momentos em que a vida se me afigura iluminada por outra clari-

dade. Há momentos em que cada um grita: — Eu não vivi! Eu não

vivi! Eu não vivi! Há momentos em que deparamos com outra fi-

gura maior, que nos mete medo. A vida é só isto? Por mais que

queira não posso desfazer--me de pequenas ações, de pequenos

ridículos, não posso desfazer-me de imbecilidades. Tenho de atu-

rar ao mesmo tempo esta ideia e este gesto ridículo. Tenho de ser

grotesco ao lado da vida e da morte. Mesmo quando estou só o

meu riso é idiota. E estou só e a noite. Por trás daquela parede

fica o céu infinito. Para não morrer de espanto, para poder com

isto, para não ficar só e doido, se é que inventei a insignificância,

as palavras, a honra e o dever, a consciência e o inferno. E ainda o

que nos vale são as palavras, para termos a que nos agarrar.»

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“Recorrendo a ideias da paleontologia,

antropologia e sociologia, Yuval Noah Harari

analisa os principais saltos evolutivos da

humanidade, desde as espécies humanas que

coexistiam na Idade da Pedra até às revoluções

tecnológicas e políticas do século XXI — que nos

transformaram em deuses, capazes de criar e de destruir. Esta

é uma obra desafiadora, desconcertante e inteligente, uma

perspetiva única e original sobre a nossa História e o impacto

do ser humano no planeta.” (in https://www.fnac.pt/Sapiens-

Historia-Breve-da-Humanidade-Yuval-Noah-Harari/a1072086 )

Dividido em quatro partes, este livro apresenta-nos a

evolução da Humanidade através de três revoluções: a

cognitiva, que nos explica por que razão, de todos os seres

humanos, os “sapiens” foram os únicos a sobreviver; a

agrícola, que conduziu à sedentarização, e a científica, que

pode bem ser, na perspetiva do autor, o fim da história e o

início de um “admirável mundo novo” antecipado de forma

interrogativa no volume seguinte cujo título é Homo Deus: uma

breve história do amanhã (estará disponível em breve, na BE).

Trata-se de uma leitura estimulante, pois o autor apresenta-

nos, ao longo de mais de 500 páginas (que se leem de um

fôlego), a nossa história de uma forma nunca antes pensada.

Excertos em: https://static.fnac-static.com/multimedia/PT/

pdf/9789898864086.pdf e https://static.fnac-static.com/multimedia/PT/

pdf/9789898855299.pdf

Disponível na BE da ESS.

(Jacques) Tardi é um dos nomes mais

importantes da banda desenhada franco-belga.

Criador da célebre Adèle Blanc-Sec, a sua obra é

um fresco rico e imaginativo de França, de Paris,

da revolta e da pobreza.

Foi assim a guerra das trincheiras é um livro

de homenagem ao avô do autor, que lutou na

Primeira Guerra Mundial, ampliado ao longo dos anos em que

foi sendo publicado. Originalmente, surgiu na saudosa revista À

suivre, e tornou-se a pouco e pouco num documentário da

"guerra que acabaria com as guerras", e na denúncia poderosa

dos horrores do conflito que aniquilou uma geração inteira.

Segundo o autor, este livro não é trabalho de um historiador,

pois não se trata de contar a história da 1ª guerra mundial. O

livro é constituído por uma série de episódios protagonizados

por homens que só têm um desejo: regressar sãos e vivos a

casa! Não há heróis nem personagens principais. Só um grito

de agonia, gigantesco e anónimo: que se acabe a guerra (a

“putain de guerre”, que é o título de um outro livro de Tardi

sobre esta época).

“Folhear” a edição original (em francês) em: http://bit.ly/2my8Whz

Sobre o autor: https://www.casterman.com/Bande-dessinee/Auteurs/

tardi

Disponível na BE da ESS.

Sapiens: de animais a deuses: história

breve da humanidade (Yuval Noah Harari)

Foi assim a guerra das trincheiras (Tardi)

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Vencedor do Man Booker International Prize

em 2016, este romance da escritora sul-coreana

Han Kang é “uma combinação fascinante de

beleza e horror. Ela era absolutamente normal

[…] até ao dia em que teve um sonho terrível e

decidiu tornar-se vegetariana. E esse seu ato de

renúncia à carne – que, a princípio, ninguém

aceitou ou compreendeu – acabou por

desencadear reações extremadas da parte da sua família. Tão

extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos

seus membros – o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela

própria, que acabou internada numa instituição para doentes

mentais. A violência do sonho aliada à violência do real só

tornou as coisas piores; e então, além de querer ser

vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se

numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser

humano. Este é um livro admirável sobre sexo e violência –

erótico, comovente, incrivelmente corajoso e provocador,

original e poético. Aplaudido em todos os países onde está

traduzido, é um best-seller internacional.“

(in http://bit.ly/2D5bWJj) Excerto em: http://bit.ly/2B1JWo3 Disponível na BE da ESS.

O quarto e último volume da série A

amiga genial já está disponível na BE da

ESS.

Sinopse:

“Deixando o marido em Florença, Elena volta a

Nápoles para viver com Nino Sarratore,

esperando que este se separe da mulher. É

agora uma escritora reconhecida e procura escapar ao

ambiente conflituoso do bairro onde cresceu e a sua família

continua a viver. Evita encontrar Lila. Mas as duas amigas de

infância não conseguem manter-se distantes e acabam mesmo

por engravidar ao mesmo tempo, o que lhes permite

reencontrar, por algum tempo, a passada cumplicidade.”

in http://bit.ly/2EJcmoU

“Em A casa assombrada estão reunidos alguns

do mais inovadores contos originalmente escritos

em inglês. É certo que Virginia Woolf não é uma

contista e que foi com romances como "Orlando"

e "As Ondas" que sobretudo cumpriu o

«insaciável desejo de escrever alguma coisa

antes de morrer». Mas é em contos como «A

Marca na Parede», «Lappin e Lapinova» e «O Legado» que

melhor nos revela o modo como soube captar a evanescente

matéria da vida, um universo feminino que os homens

desfazem revelando que a marca na parede é uma lesma,

recusando-se a recriar a vida de coelhos no ribeiro ao fundo da

floresta ou tornando-se apenas insensivelmente desatentos.”

(in http://bit.ly/2myy5IU)

livro, que faz parte do Projeto de leitura (12º ano), já está disponível na BE da ESS.

A vegetariana (Han Kang)

História da menina perdida : maturidade e velhice (Elena Ferrante)

A casa assombrada e outros contos (Virginia Woolf)

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A edição da Editorial Caminho há muito que estava esgotada. Finalmente, surgiu uma nova edição deste livro de Gonzalo Torrente Ballester, escritor galego, autor de muitos outros romances igualmente bem-sucedidos. Divertimento ligeiro, este «scherzo em re(i) maior alegre, mas não demasiado», é um livro que se lê de uma penada só, pois o autor

recorreu ao humor e à sátira para falar de assuntos sérios como, por exemplo, a omnipresença da Inquisição em todos os aspetos da vida (pública e privada). Era uma vez um rei que nunca tinha visto uma mulher nua e fica pasmado quando, um dia, vê uma… «Ao querer ver nua também a rainha, toda uma intriga se tece na corte, metendo nobres, inquisidores, uma afamada meretriz, um jesuíta português, a superiora do convento; toda uma tela de uma obra que bem justifica o qualificativo de pitoresca, num divertimento de primeira água.“ Numa sociedade como a de hoje, onde o erotismo tantas vezes deixou de ter um papel relevante porque a conquista é demasiado fácil, é importante reler estas páginas, onde o humor e a sátira nos encantam.» Prefácio de Daniel Sampaio, in http://bit.ly/2rdVTaH Este livro, que faz parte do Projeto de leitura (11º ano), já está disponível na BE da ESS.

Sinopse: “Crescer é um desafio enorme. Mas, às vezes, é difícil decidir que caminho devemos seguir. A Escolha É Minha é uma coleção sobre as opções que tens de tomar todos os dias com histórias de vida contadas por jovens tais como tu.

Aquelas férias, em que os primos iam estar todos juntos — a Matilde, o João Pedro, o Jorge e o Vicente —, prometiam ser divertidas e fantásticas. De repente, a discussão instala-se em redor da Matilde e dos seus pais, que a querem forçar a escolher um curso do Secundário que não lhe interessa. E esta não é a única prima com problemas por desvendar e por resolver. Também o João Pedro receia a reação dos seus pais quando lhes revelar a sua orientação sexual. Ainda assim, aquelas serão as melhores férias de sempre, porque, entre discussões, partilhas e cumplicidades, cada um tem a coragem de assumir ser quem é e revela abertura para aceitar as diferenças dos outros. Esta história Ser Quem Sou podia bem ser a tua ou quem sabe a de alguém que conheces.”

(in http://bit.ly/2DeO755) A escritora vai estar no nosso Agrupamento no dia 24 de abril para falar sobre este livro e outros da sua autoria com os alunos do 7º (EBC) e do 9º (ESS). Excerto em: http://bit.ly/2mFvXjs

Crónica do rei pasmado (Gonzalo

Torrente Ballester)

Ser quem sou : quebra o silêncio e

assume a diferença. A vida é tua!

(Margarida Fonseca Santos)

OUTROS

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Before the flood (2016 – 95 min.), de Fisher Stevens e Leonardo DiCaprio

A National Geographic lançou o documentário “Before the flood”, dirigido por Fisher Stevens. O documentário foi gravado ao longo de três anos e acompanha a trajetória de Leonardo DiCaprio pelo mundo, discutindo o aquecimento global com figuras políticas, cientistas e pessoas diretamente ligadas ao fenómeno. Before The Flood centra-se nas alterações climáticas, bem como naquilo que cada um de nós

pode fazer para evitá-las. Conta com um elenco de figuras conhecidas, entre eles o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o ex-secretário-geral da ONU, Ban-Ki Moon, o Papa Francisco, Elon Musk e Bill Clinton. DiCaprio contou com a ajuda de Martin Scorsese na produção, de Trent Reznor e Atticus Ross na banda sonora, e a realização foi entregue a Fisher Stevens, vencedor do Óscar de Melhor Documentário, em 2009, com o filme ‘The Cove‘. Belarmino (1964 – 74 min.), de Fernando Lopes

O retrato de um antigo lutador de boxe, Belarmino

Fragoso, através das suas deambulações por uma

Lisboa que já não existe. A solidão, o medo e a

derrota cruzam-se num filme que baralha o

documentário, a ficção e a entrevista num passeio

por antigas salas de cinema e clubes noturnos.

Primeira longa-metragem de Fernando Lopes, com o

apuro jazzístico de Manuel Jorge Veloso e a brilhante

fotografia de Augusto Cabrita, este é um dos filmes-chave do

Cinema Novo português.

As serviçais (The help) (2012 – 140 min.), de Tate Taylor

O best seller da autoria de Kathryn Stockett que

ocupou o lugar cimeiro na lista do New York Times

ganha vida no ecrã através das poderosas

interpretações de um extraordinário elenco. Com

Emma Stone, a nomeada para um Óscar da

Academia Viola Davis (Melhor Atriz Secundária, A

Dúvida, 2008), Octavia Spencer e Bryce Dallas

Howard, As Serviçais é uma inspiradora, corajosa e

comovente história, que decorre no Sul nos anos 60,

sobre várias mulheres ainda que diferentes, igualmente

extraordinárias, que construíram uma amizade improvável à

volta de um projeto de escrita secreto –que quebra todas as

regras da sociedade e que as coloca em risco. Repleto de

emoção, humor e esperança, As Serviçais apresenta-se como

uma intemporal, universal e triunfante história sobre a

capacidade de lutar pela mudança.

Romeu & Julieta (Romeo+Juliet) (1996 – 115 min.), de Baz Luhrmann

A estonteante e pouco convencional adaptação de

Baz Luhrmann da clássica história de amor de

William Shakespeare é fabulosa. Leonardo DiCaprio

e Claire Danes interpretam os papeis de Romeu e

Julieta. Mas a envolvente foi mudada das suas

origens do tempo da Rainha Elizabeth para o cenário

futurístico e urbano de Verona Beach. Esta brilhante

e contemporânea versão da história de amor mais

trágica do mundo faz deste imaginativo Romeu e Julieta um filme

inesquecível.

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Ficha Técnica

Edição Escola Secundária de Sampaio

Biblioteca Escolar

Redação e colaboração Idalina Costa

Maria João Cordeiro

Grafismo e Paginação Luís Varela

Contactos

Tel: 212688160 (Ext. 308) Fax: 21 268 81 79

http://www.bibliotecas.aesampaio.pt https://www.facebook.com/BIBAges

Excerto

As duas raparigas fitaram-se por um momento.

- Não detestas ser rapariga!? - perguntou a Zé.

- Não, claro que não - disse a Ana. - Gosto de vestidos bonitos

e das minhas bonecas e não poderia gostar se fosse rapaz.

- Que aborrecido gostar de vestidos bonitos, - disse a Zé, com

voz desdenhosa. - E bonecas! Acho que mais pareces um bebé.

A Ana sentiu-se ofendida e disse: - Não és lá muito bem-

educada. Vais ver que os meus irmãos não te dão importância

nenhuma, se pensas que sabes mais do que os outros. Eles são

rapazes a sério, não a fingir, como tu.

- Se eles forem antipáticos comigo, sou eu que não lhes dou

importância nenhuma, - disse a Zé, saltando da cama. - Além

disso, eu não queria que vocês viessem para cá. Meterem-se na

minha vida! Sou muito feliz sozinha. Agora, tenho de aturar

uma rapariga tonta que gosta de vestidos e bonecas, e dois

primos estúpidos!

A Ana pensou que as coisas tinham começado bastante mal.

Não disse mais nada e vestiu-se. Pôs uns calções cinzentos e

uma camisola vermelha.

A Zé vestiu também calções, e uma camisola de rapaz. Mal

ficaram prontas, os rapazes bateram à porta.