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Pesquisa de Crateús (Instituto Zaytec) DNOCS convoca por edital proprietários de terras na área do Açude Fronteiras Onda de demolição de prédios sacrifica patrimônio cultural Por que o Ministério Público não se envolve em certas questões da cidade? Fique de olho! SEBRAE anuncia XXV FENECRAT que acontecerá em Crateús, de 11 a 13 de outubro, com a perspectiva de atrair 18 mil visitantes Página 13 O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS publicou edital de convocação de proprietários de terras no entorno do Açude Público Fronteiras, para fins de desapropriação de terras e indenização de benfeitorias. Página 04 Em artigo A ANATOMIA DE UMA SAFADEZA, que vai publicado na página 11 Deoclides Machado alerta a população de Crateús para uma pesquisa eleitoral realizada neste município, com ares de legalidade e encomendada por um “laranja”, portador de dezenas de processos na Justiça, sem qualquer vínculo com Crateús, com o objetivo único de mostrar falsos númerose percentuais sobre a preferência do eleitorado local. Na coluna Comunicando, mostramos a inaceitável omissão do Ministério Público de Crateús, que não esboçou a mínima reação à aprovação da Lei Municipal N° 320/98 que, na época, doou para uma associação inexistente a totalidade dos imóveis do Mercado Velho, do Centro de Abastecimento João Afonso e do Mercado Antônio Pierre Aguiar, bem como a omissão de acionar a Justiça diante de um Pedido de Providências encaminhado por este jornal à Promotoria Pública em 19/01/2011. Página 15 Verdadeira onda de demolição de antigos prédios comerciais e residenciais que fazem parte da memória e do patrimônio histórico da cidade vem se registrando em Crateús, iniciada com a descaracterização do Mercado Velho, onde nada mais existe do seu antigo feitio. Página 08 Pesquisa contratada pela ASSOCIAÇÃO DOS JOVENS EMPRESÁRIOS DE CRATEÚS – AJE e registrada no TRE-CE, sobre o protocolo nº CE-00085/2012 pelo Instituto Zaytec do Brasil, mostra a vantagem do atual prefeito e candidato à reeleição, Carlos Felipe (PCdoB) em relação aos seus quatro adversários na atual campanha. Os números acima refletem o quadro atual de resultados da pesquisa estimulada. A pesquisa estimulada é aquela em que o entrevistado recebe um disco de papel com os nomes de todos os candidatos a prefeito para fazer a escolha daquele em quem votaria, caso a eleição estivesse ocorrendo no momento da consulta. A pesquisa mostrou ainda que 2,0% dos entrevistados disseram que irão votar em branco ou anular o voto, enquanto 4,6% não souberam ou não quiseram responder. O Instituto Zaytec realizou 400 entrevistas na Cidade, nos dias de 25 e 26 de setembro último. A pesquisa apresenta uma margem de erro de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. CULTURA COMUNICANDO NEGÓCIOS ELEIÇÕES 2012 Adriana Calaça (PSOL) 2,3 % Carlos Felipe (PCdoB) 50,3 % Eduardo Machado (PRTB) 0,3 % Ivan (PMDB) 38 % Massaroca (PV) 2,5 % Portas e janelas do antigo sobradão foram arracandas e foi dada início à demolição pela parte do quintal Crateús-Ce. Domingo, 30 de setembro de 2012 - Ano XV - N o 348 - R$ 2,50 Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: [email protected]

Edição Nº 348

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Domingo, 30 de setembro de 2012 - Ano XV - No 348

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Page 1: Edição Nº 348

Pesquisa de Crateús (Instituto Zaytec)

DNOCS convoca por edital proprietários de terras na área do Açude Fronteiras

Onda de demolição de prédios sacrifica patrimônio cultural

Por que o Ministério Público não se envolve em certas questões da cidade?

Fique de olho! SEBRAE anuncia XXV FENECRAT que acontecerá em Crateús, de 11 a 13 de outubro, com a perspectiva de atrair 18 mil visitantesPágina 13

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS publicou edital de convocação de proprietários de terras no entorno do Açude Público Fronteiras, para fins de desapropriação de terras e indenização de benfeitorias. Página 04

Em artigo A ANATOMIA DE UMA SAFADEZA, que vai publicado na página 11 Deoclides Machado alerta a população de Crateús para uma pesquisa eleitoral realizada neste município, com ares de legalidade e encomendada por um “laranja”, portador de dezenas de processos na Justiça, sem qualquer vínculo com Crateús, com o objetivo único de mostrar falsos númerose percentuais sobre a preferência do eleitorado local.

Na coluna Comunicando, mostramos a inaceitável omissão do Ministério Público de Crateús, que não esboçou a mínima reação à aprovação da Lei Municipal N° 320/98 que, na época, doou para uma associação inexistente a totalidade dos imóveis do Mercado Velho, do Centro de Abastecimento João Afonso e do Mercado Antônio Pierre Aguiar, bem como a omissão de acionar a Justiça diante de um Pedido de Providências encaminhado por este jornal à Promotoria Pública em 19/01/2011. Página 15

Verdadeira onda de demolição de antigos prédios comerciais e residenciais que fazem parte da memória e do patrimônio histórico da cidade vem se registrando em Crateús, iniciada com a descaracterização do Mercado Velho, onde nada mais existe do seu antigo feitio. Página 08

Pesquisa contratada pela ASSOCIAÇÃO DOS JOVENS EMPRESÁRIOS DE CRATEÚS – AJE e registrada no TRE-CE, sobre o protocolo nº CE-00085/2012 pelo Instituto Zaytec do Brasil, mostra a vantagem do atual prefeito e candidato à reeleição, Carlos Felipe (PCdoB) em relação aos seus quatro adversários na atual campanha. Os números acima refletem o quadro atual de resultados da pesquisa estimulada. A pesquisa estimulada é aquela em que o entrevistado recebe um disco de papel com os nomes de todos os candidatos a prefeito para fazer a escolha daquele em quem votaria, caso a eleição estivesse ocorrendo no momento da consulta. A pesquisa mostrou ainda que 2,0% dos entrevistados disseram que irão votar em branco ou anular o voto, enquanto 4,6% não souberam ou não quiseram responder. O Instituto Zaytec realizou 400 entrevistas na Cidade, nos dias de 25 e 26 de setembro último. A pesquisa apresenta uma margem de erro de 4,9 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

CULTURA

COMUNICANDO NEGÓCIOSELEIÇÕES 2012

Adriana Calaça (PSOL)

2,3%

Carlos Felipe(PCdoB)

50,3%

Eduardo Machado(PRTB)

0,3%

Ivan(PMDB)

38%

Massaroca(PV)

2,5%

Portas e janelas do antigo sobradão foram arracandas e foi dada início à demolição pela parte do quintal

Crateús-Ce. Domingo, 30 de setembro de 2012 - Ano XV - No 348 - R$ 2,50Acesse nosso site: www.gazetacrateus.com.br | E-mail: [email protected]

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Domingo, 30 de setembro de 2012

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

O julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Fede-ral (STF) se aproxima de seu final. Após quase trinta sessões em quase dois meses são por demais desanimado-ras as perspectivas para os principais acusados, bem como em relevância para o PT e seus líderes.

É chegada a hora do jul-gamento no qual os minis-tros do STF vão decidir se o mensalão foi de fato um esquema usado pelo governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assegurar o respaldo de parlamentares no Congresso Nacional, acusação procedi-da pela Procuradoria Geral da República.

Desde a eclosão do escân-dalo, em 2005, cujo protago-nista foi o então deputado Roberto Jefferson (PTB), a maior parte dos envolvidos tem afirmado que tudo não passou de distribuição de so-bras de campanha – o famo-so caixa dois eleitoral – tudo feito sem negociação de apoio político. Entretanto,

o Ministro Joaquim Barbo-sa, relator do processo, não hesita em afirmar: “Há farta demonstração documental acerca dos pagamentos rea-lizados e dos parlamentares beneficiados, não havendo qualquer dúvida sobre a existência de um esquema de compras de votos a esta altura deste julgamento”.

Esta afirmativa contradiz por completo o que tentaram fazer o ex-presidente Lula e petistas nele envolvidos de que o mensalão não passa de uma farsa.

O certo é que o relator Joa-quim Barbosa manifestou-se a respeito de crimes imputa-dos a membros do PP, par-tido da base de sustentação do governo lulista, deixando claro que essa assertiva se estendia a integrantes do PT, PTB, PMDB e do PR (o extinto PL).

A maioria dos ministros do STF tende a acompanhar o voto do relator do processo e todos os indícios caminham para que nada seja diferen-te. Prova que o Supremo já

considerou culpados mais de uma dezena dos 37 réus do mensalão e reconheceu o desvio de verbas públicas, inclinando-se a condenar também o chamado núcleo político.

Personagens de relevo neste julgamento, o ex--ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) acusado de chefiar o esquema, e o ex--deputado Roberto Jefferson estão em foco nesta parte da denúncia. Além deles, a lista inclui outros nove políticos, cinco dos quais exercem car-go eletivos – dois prefeitos, dois deputados federais e um deputado estadual.

Se foi feito juízo apressado de que o mensalão termina-ria em “pizza”, enganou-se quem o fez. Embora tardios, surgem seus efeitos concre-tos punindo os culpados, numa prova cabal de que nem tudo fica impune neste país. É uma lição para o aprimoramento da democra-cia. Salve a Justiça! Salve o Supremo Tribunal Federal!

Brasília. Usar o cheque para fazer compras no comércio é uma ação praticamente do pas-sado no Brasil. Segundo pes-quisa do SPC Brasil e Confed-eração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), menos de 2% dos consumidores afir-mam usar o talão de cheque na hora de fazer uma compra,

seja ela à vista, seja a prazo. O estudo ouviu consumidores de todas as capitais do Brasil, gerando erro máximo de 3,9% e confiança de 95%.

Na avaliação da CNDL e do SPC Brasil, “o talão de cheque se tornou um instrumento ab-solutamente imperfeito pelo fato de o comerciante não

ter garantia alguma sobre o retorno do pagamento feito pelo cliente”. Os lojistas - ar-gumentam as entidades - pref-erem instrumentos como o cartão de crédito, que assegu-ram o pagamento, embora as operadoras cobrem pela oper-ação e permitam que a compra seja paga em prestações.

Fecha-se o cerco ao mensalão

José Maria Bonfim de MoraesMédico cardiologista

O Triunfo do Talento

ARTIGO

Francisco Sales de Mace-do é morto. Crateús desfal-ca-se de um dos seusmais talentosos filhos. Homens e mulheres reverenciem-no. Emudeçam-seos cantares. Os sinos em dobres e lan-gorosos. Profundo respeito por umcidadão na expres-são mais lídima. Como na morte de GiuseppeVer-di(1813-1901), atapetem-se as ruaspara que o barulho dos cochesnão perturbem a paz deste brilhante esculá-pio. Dr. Sales se fez ofilho mais legitimo de Crateús. São grandiosos os amantes da terra. Va

Pensiero, o coro dos es-cravos hebreus, é um canto apaixonado a miapátria , tão bela me escuta. João Paulo II,sua Polônia, era o seu-mundo. Dom Pedro II não pediu a coroa de volta. No exilio tristonho,suplicou um naco de pó do Brasil. Sales, já médico, veio comoum-desbravador, não como um exilado. Arou o chão com a competência do seusaber. Deitou suor úmido de sa-crifício no solo morno de sua novapátria. Acendeu ar-chotes de inteligência, abriu portas repartidas deesperan-ças, envergou seu talento e seu carisma a serviço dos

seusnovos irmãos. Encheu--se de coragem para fundar a Medicina na nossaterra. “Virtuscrescitaudendo”, a coragem cresce com a au-dácia. São

Francisco de Sales dizia que o leito do paciente é um altar. O santonasci-do em 24 de janeiro, bem próximo ao natalício do Dr. Sales,éDoutor da Igre-ja. Sales,o físico, ungiu suas mãos de magia para-tecer vidas em frangalhos, para estancar dores, para soerguermoribundos. Foi maior do que sua jorna-da. O médico in extremis.Cabe-lhe melhor o termo latino, ‘DILIGO”, amar profundamentea suapro-fissão. Ou mesmo ‘Ága-pe’, o amor sem medidas. Numa noite distante,chega na SantaTerezinha um ho-mem com uma ferida só. Um lago de dor.Uma cas-cata desangue. Dr. Sales, sozinho, me chama para auxiliá-lo.Era estudante. A maior alegria da minha vida. Varamos a madrugada. Odoente foi salvo. Somente pelo seu talento, pouco pela minha ajuda.Emplena ma-drugada, saí sozinho para casa rindo com as estrelas.Conversando com réstea

de luar. Inebriado. Trans-figurado pela grandezade poder retorcer as esquinas da vida. Embriagado com a arte de cuidar.A cidade dormia. Ruas solitárias e vazias. Mais tarde, atendo o Sr.Ezequiel. Eu médico. Dr. Sales na China. Seu pai teve de implantar um

marca-passo. Quando de volta, Sales foi me agra-decer. De novo o brilhoda madrugada. E feixes da noi-te luminosa se acenderam emmim. Asaudade buliu comigo. Ele nem mais se lembrava. Foi generoso.Foiestoico. Na sua longa e dolorosa enfermidade, praticou a filosofia deZe-não, estoicidade. O espirito vence a matéria. Estoico vem de stoa,que significa pórtico. Na sua dor, Dr. Sales preferiu o espirito. Umpórtico de arcada de generosidades, de arco de bondade e de colunata

de honestidade. Que hoje ele se agasalhe com os pór-ticos celestes.

Perde Crateús seu nobre filho, perde a medicina um notável

profissional. Perdemos nós um grande amigo. Sau-dades.

Minoria: menos de 2% no país usam cheque

Fundada em 30 de maio de 1997

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 503 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

Assessor para assuntos especiais:Francisco Oton Falcão JucáTel.: (85) 3254.5353 / (85)99812637Fax: (85) 3254.8000

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Dr. André LandimDoenças da Pele e Alegria

Dr. Gustavo Henrique BezerraOtorrinolaringologia - Videolaringoscopia

Dr. Kevin CarneiroBioquímico

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Drª. Christianne Taumaturgo D. SoaresEndocrinologia

Drª. Maria de Jesus SoaresGinecologia e Obstetrícia

Dr. WaetanUltrassonografia

Dr. Gerardo JrOrtopedia e Traumatologia

Drª. Déborath Lúcia de O. DinizNeurologista - CRM 5041 - E-mail: [email protected]

Dr. Paulo NazarenoEndoscopia e Cirurgia Laparoscópica

EDITORIAL

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Domingo, 30 de 2012

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou a Lei 12.716 que garante novo crédito e suspende a exe-cução imediata de dívidas a agricultores prejudicados por secas ou enchentes. O texto, decorrente da Medida Provisória 565 e publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24/9), autoriza a instituição de linhas de crédito especiais com recursos dos Fundos Constitucionais do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste para atender os setores pro-dutivos rural, industrial, comercial e de serviços em áreas atingidas por proble-

mas climáticos. Para o senador José Pi-

mentel (PT-CE) a nova le-gislação vai solucionar os problemas de mais de 600 mil pequenos produtores rurais do Nordeste. “Esses agricultores estavam per-dendo suas propriedades ou o acesso ao crédito por conta de dívidas que, em média, não ultrapassavam R$ 4 mil”, disse o líder cearense.

Os agricultores com dí-vidas de até R$ 200 mil poderão repactuar o saldo devedor, com suspensão imediata das execuções e prazo de dez anos para pa-gamento. Cerca de 150 mil

produtores, que já estavam na fase de execução, terão as cobranças suspensas. Mas, para isso, o produtor precisa aderir ao programa até de-zembro de 2012 e, também, ir à instituição financeira para que seja formalizado o fim da execução.

Pela nova lei, o valor do Auxílio Emergencial Finan-ceiro passa de R$ 300 para R$ 400, por ano. O benefício é pago aos agricultores não beneficiados com o Seguro--Safra e que tenham renda familiar mensal média de até dois salários mínimos.

A proposta aprovada tam-bém permite ao produtor

reunir todas as dívidas, de diferentes instituições de crédito, em uma única rene-gociação. A medida facilita a liberação dos cadastros dos mutuários que muitas vezes enfrentam dificuldade para buscar novas linhas de crédito em função da inadimplência em mais de uma fonte de recurso.

Bolsa DnocsA Lei 12.716 garante ainda

a retomada definitiva do pa-gamento da Vantagem Pes-soal Nominalmente Identifi-cada (VPNI) aos servidores do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS). A complementa-

ção salarial está prevista no artigo 14 e será paga a todos os servidores ativos, aposen-tados ou pensionistas que já tinham direito ao benefício.

A VPNI, cujo pagamento foi suspenso desde março por determinação da Con-troladoria Geral da União (CGU), será de 100% para os ocupantes de cargos de nível superior e de 70% para os servidores de nível interme-diário. Os percentuais serão devidos a partir de fevereiro deste ano e incidentes sobre o salário base em vigor no mesmo mês.

O líder do governo no Congresso Nacional, José

Pimentel (PT/CE), foi res-ponsável pela articulação que garantiu a inclusão de um artigo no MP 565, asse-gurando que o pagamento da complementação salarial voltasse a ocorrer. O senador defendeu a solução do pro-blema junto ao Palácio do Planalto e aos parlamentares que integraram a Comissão Mista responsável pela aná-lise da MP 565. O trabalho foi conjunto com o relator da matéria, senador Walter Pinheiro (PT/BA), e contou também com a participação do deputado federal Eudes Xavier (PT/CE).

Sancionada Lei que beneficia agricultores atingidos por seca e garante retomada da bolsa DNOCSMais de 600 mil pequenos produtores rurais do Nordeste terão suas dívidas renegociadas, diz Pimentel.

Franzé RibeiroCoordenador de Comunicação do Senador José Pimentel e Simone Telles

Caixa inaugura agências em Santa Quitéria e IpueirasA Caixa Econômica Fe-

deral inaugurou, na última quinta-feira (27/9) e sexta--feira (28/9), no início da noite, nas cidades de Santa Quitéria e Ipueiras, duas novas agências bancárias. Em Santa Quitéria a agência está localizada na Rua Ma-ria de Lourdes, no Centro da cidade e, e, Ipueiras, na Rua Coronel Mourão, 196, Centro. As duas unidades, que receberam os nomes de seus municípios, funcionarão das 9h às 15h e contarão com uma equipe de oito funcioná-

rios, cada, para atendimento à população.

Os dois eventos contaram com a presença do superin-tendente regional da CAIXA, Ricardo Walraven, e de di-versas autoridades munici-pais. As novas agências estão alinhadas a um dos desafios estratégicos da CAIXA: ser referência em atendimento, valorizando a satisfação e comodidade dos usuários.

A implantação das agên-cias Santa Quitéria e Ipueiras buscam facilitar o acesso da população aos serviços

geridos pela CAIXA. Além de oferecer vários produtos com taxas competitivas, a CAIXA é o principal agente financeiro das políticas pú-blicas do Governo Federal, estando à frente dos mais im-portantes programas, como Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa Bolsa Família.

Obedecendo a um modelo atual de ergonomia e mo-dernidade, as duas novas agências possuem modelo

de sinalização interna da CAIXA adequado ao padrão de atendimento privativo, nos guichês de caixa. Além disso, apresentam padrão visual e funcional, para fa-cilitar o direcionamento e a movimentação dos clientes.

Expansão:A inauguração das novas

unidades faz parte das ações de expansão e reposiciona-mento da rede da CAIXA, já presente em todos os mu-nicípios do Brasil. A rede CAIXA é composta, hoje,

por 3.094 agências (463 com Penhor), sendo 619 postos de atendimento bancário; 11.694 casas lotéricas, 16 unidades móveis, 25.076 correspondentes CAIXA Aqui e 23.782 equipamentos de autoatendimento. Com essas duas agências, o Ceará passa a contar com 37 agên-cias no interior. Até o final do ano outras 14 agências serão inauguradas no interior cearense.

Serviço:Inauguração da Agência

Santa QuitériaData: 27 de setembro de

2012 (quinta-feira)Hora: 18hLocal: Rua Maria de Lur-

des (esquina com Rodrigues Pinto) – Centro – Santa Qui-téria (CE).

Inauguração da Agência

IpueirasData: 28 de setembro de

2012 (sexta-feira)Hora: 18hLocal: Rua Coronel Mou-

rão, 196 – Centro – Ipueiras (CE)

A carta, de próprio punho, grafada em letras maiús-culas, com certo apuro de forma e conteúdo, foi apre-sentada por volta das 10 horas de ontem à direção do Instituto Penal Paulo Sarasa-te (IPPS). Nela, o preso Luiz Miguel Melitão Guerreiro, 42 anos, desiste da decisão judicial que lhe concedera o direito de cursar Geografia, na Universidade Federal do Ceará (UFC). Por ela, o desfecho de uma polêmica que, desde o último dia 21, inquietava a opinião pública.

No documento, Melitão pede “o arquivamento do processo referente à frequ-

ência ao curso (...), renun-ciando ao parecer favorável” a ele, determinado, no dia 20 deste mês, pelo juiz titular da 1ª Vara de Execução Penal de Fortaleza, Luiz Bessa Neto. A condição para usu-fruto do direito que Melitão havia conquistado foi a ga-rantia do Estado na cessão de uma escolta diária composta por, no mínimo, dez policiais militares, sob o comando de um oficial, no decorrer de todo o curso.

No terceiro parágrafo da carta, Melitão justifica que sua decisão deveu-se “à grande repercussão” que o pedido dele teve “por

intermédio do espetáculo mediático promovido pelas elites, tendo, mais uma vez, influenciado a sociedade, agitando o meio acadêmico e sendo por isso prejudicial ao bom funcionamento da egrégia Universidade Fede-ral do Ceará”.

Na terça-feira, 25, foi mos-trado um clima de tensão, medo e insegurança apre-sentado por professores e estudantes de Geografia, da UFC, diante do possível ingresso de Melitão na uni-versidade.

Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania do Es-tado (Sejus), a iniciativa de

escrever a carta aconteceu sem a presença de advogado.

Motivos familiaresO promotor de Justiça Síl-

vio Lúcio Correia Lima, que recorreu da decisão judicial, diz que já desconfiava que Luiz Melitão não levaria o pedido à frente. “Quando terminou a audiência (dia 20), ele mesmo admitiu que não acreditava que a decisão do juiz fosse implementada, porque reconhecia a não exe-quibilidade das exigências impostas ao Estado.”

O promotor considera que entrar na universidade fazia parte de um plano de fuga

de Melitão. “O plano dele caiu por terra com a escolta e, principalmente, a revolta da sociedade”, avalia.

O juiz Luiz Bessa Neto, que deu a Melitão o direito à educação superior, credita a desistência do detento a motivos familiares. “Ele viu a repercussão do caso e fez isso para proteger o filho de 10 anos, que mora em For-taleza e está acompanhando tudo.”

Saiba mais

Luiz Miguel Melitão Guer-reiro foi condenado a 150 anos de prisão, em fevereiro de 2002, responsabilizado

por matar seis empresários portugueses

Em uma avaliação psicoló-gica, realizada com Melitão em 2002, é descrito que ele teve “uma infância conturba-da” em Portugal. O relatório registra que, apesar disso, tinha bons rendimentos es-colares.

Em Portugal, “foi preso militarmente. Trabalhava na marinha e foi condenado por furto”.

Melitão é casado com uma brasileira.

Melitão desiste de cursar geografia na UFC

pOLíTIcA

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Domingo, 30 de setembro de 2012

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COMUNICADO SEMACECOMUNICADO SEMACE COMUNICADO SEMACE

GABRIEL DO NASCIMENTO ALVES - MECNPJ: 04.829.304/0001-17.

Torna público que requereu à Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE, a Regularização da Licença de Operação para a atividade de Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações industriais e comerciais, situada na cida-de de Crateús/ CE, a Rua Deolindo Barreto, 861 – Fátima II – CEP: 63.700-000.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

F. MOTA BALACÓ - MECNPJ: 07.592.728/0001-07.

Torna público que requereu à Superintendência Estadual do Meio Am-biente - SEMACE, a Regularização da Licença de Operação para a atividade de Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de ma-deira para instalações industriais e comerciais, situada na cidade de Crateús/ CE, a Rua Gentil Barreira, 75 – Fátima I – CEP: 63.700-000.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

P G ARAÚJO DE PAULO ME

Torna público que requereu à Superintendência Estadual do Meio Am-biente - SEMACE, a Renovação de sua Licença de Operação parapa-nificadora no Município de Cratéus na Av. Benony Mourão Filho,708- Bairro Venâncio – CEP: 63.700-000.

Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamento da SEMACE.

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS publicou o pri-meiro edital de convocação de proprietários de terras no entorno do Açude Público Fronteiras, a fim de realizar a execução da desapropriação de terras, benfeitorias e co-berturas vegetais, inseridas em área rural, abrangidas pela construção do Açude localizado no município de Crateús, declarados de uti-lidade pública pelo Decreto de 1º de fevereiro de 2010 e publicado no Diário Oficial da União (DOU) de 02 de fevereiro de 2010.

Pelo edital, ficam convida-dos os interessados a com-parecerem dentro do prazo de 30 dias, contados da pu-

blicação do edital datado de 19 de setembro de 2012, ao Escritório de Desapropria-ção de Crateús, localizado à Rua José Coriolano nº 194 – CEP 63.700-000, onde serão atendidos pela Comissão de Desapropriação do DNOCS, para solução preferencial-mente extrajudicial.

No edital consta que a de-sapropriação das áreassegui-rá os critérios estabelecidos pelo Decreto-Lei 3.365/41 e normas afins com a matéria de desapropriação, e que os bens declarados de utilidade pública para fins de indeni-zação têm como presumíveis proprietários as seguintes pessoas:

Espólio de Cardoso Rufi-no da Silva, Manoel Mou-

rão da Silva, João Abrahão da Costa, Francisco Adail-ton Magalhães de Souza, Edmilson Miguel da Silva, Maria Luzanira Lima, João Rodrigues Neto, José Alon Aguiar Portela, João Rodrigues Neto, Espólio de Pedro Rodrigues Bezerra, Espólio de Teodoro Ro-drigues da Costa, Felício Nunes de Pinho, Carlos Antônio de Lima Alves, Manoel Lucas Rodrigues da Silva, Felício Nunes de Pinho, Aristeu Loreno da Silva, Ana Célia Brás Saboia. Espólio de Silvino Boemio Mourão, Antônio Gomes de Morais, Antônio Francisco Neto, Abdias Eufrasino Barros, Fran-cisco Antônio Frota Farias,

Espólio de Eva Maria da Silva, Francisco Rodrigues de Almeida, Espólio de Nicolau Martins Borges, Valdecir Conrado da Silva, José de Paula Rodrigues, Júlio de César Mourão dos Santos, Damião Pereira da Silva, Isabel Bezerra da Silva, Eliane Martins Li-nhares, Romualdo Dantas Cardoso, Francisco Al-ves Linhares, Rosa Maria Soares Matos, Francisco Rogério Leitão do Nasci-mento, Francisco Rodri-gues de Oliveira, Francisco Antônio Marques Araújo, José Arnaldo de Matos, Raimundo Nonato Filho, Olavo Souto Leitão, Maria José de Oliveira e Francis-co José Marques Portela.

Os interessados na desa-propriação, no decorrer do prazo de 30 dias do Edital, podem remeter à Comissão de Desapropriação os se-guintes documentos:

Título de Domínio da pro-priedade da área a ser inde-nizada

Certidão Atualizada do Cartório de Imóveis e Hipo-tecas que o imóvel está livre e desembaraçado

Certidão de quitação com os impostos Municipal, Es-tadual, Federal, inclusive da Dívida Ativa da União

Guia do CCIR/ITR (IN-CRA)

Documento de Identidade (RG) CPF

Certidão de Nascimento ou de casamento (se for ca-

sado o proprietário)Decorrido o prazo de 30

dias do Edital, os interessa-dos se concordarem com a avaliação feita, assinarão o Termo de Ajuste, para então serem lavradas às respecti-vas escrituras públicas de desapropriação, e concreti-zado o pagamento de indeni-zação. O presente convite é extensivo a quem tiver prova satisfatória, embora não conste nome no Edital de que é legítimo dono do bem que esteja sendo expropriado.

O Edital foi assinado por Keila Margareth Cândido Rolim, presidente da Comis-são de Cadastro.

Enquanto no Tribunal de Contas do Ceará (TCE) os processos do escândalo dos banheiros estão temporaria-mente suspensos, na Justiça comum o caso começa a caminhar – 14 meses após a divulgação das denúncias. O Ministério Público do Esta-do (MP) entrou com ações de improbidade administrativa contra 36 agentes públicos e particulares envolvidos no escândalo nos municípios de Pacajus, Chorozinho, Hori-zonte e Pindoretama.

A lista inclui gestores e ex-gestores da secretaria es-tadual das Cidades, o ex-pre-sidente do TCE, Teodorico Menezes, e vários de seus familiares e ex-funcionários.

Eles são acusados pelo MP de estarem ligados, direta ou indiretamente, ao suposto esquema de desvio de recur-sos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) para a construção de kits sa-nitários destinados a famílias carentes – boa parte delas, no entanto, não receberam banheiro algum.

Segundo o promotor Eloil-son Landim, o MP aguarda-va a autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para utilizar documentos que embasam as ações – daí a demora em entrar com os processos, segundo ele. A documentação inclui dados de sigilo bancário e telefô-nico, além de depoimentos

que estavam nas mãos do STJ pelo fato de alguns dos acusados gozarem de foro privilegiado.

O MP pede que os 36 acusados sejam condenados devolvam ao Governo do Estado do valor de R$ 493,9 mil (correspondente ao su-posto dano aos cofres públi-cos nos quatro municípios), percam a função pública, tenham suspensos os direitos políticos por um período de 5 a 8 anos e paguem multa de até duas vezes o valor do dano (493.924,69) e de até 100 vezes o valor de seus salários, entre outras punições. No total, o ressar-cimento solicitado, já com atualização monetária, é de

R$ 1,97 milhão.

AndamentoOs juízes das comarcas do

Interior analisarão as provas e poderão dar a primeira sentença contra os acusados. Até agora, ninguém foi puni-do. Há processos em trami-tação em vários órgãos – só no TCE, são 92 no âmbito administrativo, fora a ação contra Teodorico Menezes na Corregedoria. A Assem-bleia Legislativa também prometeu investigar o escân-dalo, mas ainda não houve resultado. O STJ cuida de ações na esfera criminal.

Eis a lista:Teodorico Menezes, ex-

-presidente do TCE; Téo Menezes, deputado esta-dual e filho de Teodorico; Auri Costa Araripe, pre-feito de Pacajus; Camilo Santana, Antônio Carlos Gomes, Jurandir Santiago e Joaquim Cartaxo, atual e ex-secretários estaduais das Cidades; Fábio Castelo Branco, George de Castro, Sérgio Barbosa, João Paulo Custódio Pitombeira, Luiza de Marillac, Francisco Ira-puan Sales, Renata Pinheiro Guerra, Antônio Diógenes Ferreira de Sousa, Adriano da Costa, Francisco Ottoni Lopes, Adail José Pereira da Silva, Maria Auxiliadora de Freitas, Thiago Bezerra Menezes(filho de Teodori-

co), Antonísia Barreto de Menezes (esposa de Teodo-rico), José Hugo Viana Mes-quita, Francisco José Libânio de Menezes, Alinne Barreto Menezes Coutinho(filha de Teodorico), Zuila Gomes Ribeiro, Lucinaldo Timóteo dos Santos, Maria Galdino de Freitas, Roberto César da Silva Abreu, Manoel Oli-veira de Freitas, Raimundo Rocha dos Santos e Antonio Marcos Sousa Silva, Wdem-berg Maia Nepomuceno, Carlos Antonio Pereira da Silva, Moroni Marques da Silva, Denis Rafael Alves da Silva e Maria Salete Cordei-ro da Silva.

DNOCS convoca por edital proprietários de terras na área do Açude Fronteiras

MP entra com ação contra 36 acusados do escândalo dos banheirosA lista inclui secretário e ex-gestores do Estado, além do ex-presidente do TCE, Teodorico Menezes, e familiares. O Ministério Público quer ressarcimento aos cofres públicos e pagamento de multa

cIDADE

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Fernando Haddad, candidato do PT, dando o tom radical a que chegou a campanha para prefeito de São Paulo. Enquanto isso, disparado nas pesquisas, Russomano assiste de camarote a briga entre os dois do PT e PSDB

“Considero José Serra uma figura triste na política brasileira. Ele está terminando sua carreira de forma melancólica”

Dirigentes nacionais do PT decidiram reagir, com pulso mais forte e palavras mais duras, ao que consideram manobra da elite e de setores da imprensa brasileira para interditar, por meio do jul-gamento e condenação dos réus do mensalão, o projeto de poder iniciado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.T

A reação veio após reporta-gem da Revista Veja, em que declarações atribuídas ao publicitário Marcos Valério vinculam Lula ao mensalão. Segundo a reportagem, o es-quema movimentou R$ 350 milhões para o pagamento

de mesadas a parlamentares aliados.

“A mídia não pode ser partido político”, diz José Guimarães, ao reafirmar que elite já perdeu nas urnas por três vezes. Guimarães é um dos nomes escolhidos como porta voz da reação petista.

Outro porta-voz, o depu-tado André Vargas (PR), também, bateu duro: “A Veja patrocina os ataques ao go-verno do PT, aos partidos de esquerda e agora de maneira muito especial o ex-presi-dente Lula e nós só temos que lamentar que tenha no Brasil um órgão de imprensa com esse comportamento”,

afirmou André Vargas.Com vídeos na internet, os

petistas se mobilizam contra possíveis condenações de militantes de expressão po-lítica pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dizem não aceitar as ligações que estão sendo feitas no esquema do mensalão ao ex-presidente Lula e ameaçam com o pro-jeto de regulamentação dos veículos de comunicação no Brasil logo após as eleições municipais.

O cearense José Nobre Guimarães tem o irmão, ex--deputado federal José Ge-noíno, como um dos citados no processo que está sendo

PT tenta frear ataques a Lula e Guimarães ameaça setores da mídia

Socorro MagalhãesMédica

Responsabilidade

ARTIGO

Josué de Castro, o grande médico, professor, soció-logo, humanista, ativista dos direitos humanos, foi presidente da FAO, instituiu o programa da merenda es-colar, escreveu dentre vários outros livros, a Geografia da fome e Geopolítica da fome, pernambucano, nascido em 1908.

Durante toda a sua vida condenou com veemência o que ele chamou “conspi-ração do silêncio” que não quer mostrar, com transpa-rência, o problema da fome, essa chaga que humilha, degrada e causa tantos danos à população em nosso país e no mundo.

Longa foi sua batalha pela erradicação da fome entre os anos 50 e 73 quando veio a falecer aos 65 anos, sem ver melhorar o interesse de nos-sos políticos e governantes, ante a crueldade da fome que atinge tão grande con-tingente de nossa população.

Ele dizia: “é preciso pro-mover a dignidade huma-na”.

Ficou conhecido como o Profeta dos Excluídos.

Em 2008 quando comple-

taria 100 anos de seu nasci-mento, uma reportagem foi a vários municípios, seguindo os estudos e mapas por ele elaborados, constatando-se que pouco ou nada mudara desde o início de sua luta em 1950.

As imagens captadas pelo fotógrafo da comitiva são tão marcantes e comoven-tes que foi impossível para os repórteres conterem as lágrimas. Foram 15 dias de viagem e quase dez mil quilômetros rodados através de nove estados brasileiros.

De acordo com o fotó-grafo - a cada localidade visitada era um soco no estômago”.

Em nosso Estado, o distri-to escolhido foi a Serra do Cafundó, hoje pertencente ao município de Choró, antes ao município de Qui-xadá.

Foram constatados inú-meros casos de cegueira em crianças, corpos definhados pela intensa desnutrição, rostos sofridos, cabelos e pele sem viço, além de da-nos neurológicos e psicoló-gicos imensuráveis.

As lágrimas que brotavam

dos olhos dos entrevistados, eram lágrimas de profunda dor, de revolta, oriundas de corações vitimados pela injustiça.

Mas, deduz-se que a pior cegueira é de ordem moral, por parte de governantes insensíveis diante de tão grave situação.

Esses são os habitantes do planeta da exclusão, da fome, do analfabetismo.

Eles não querem esmola, mas condições para cresce-rem como pessoas humanas, ter chances no mercado de trabalho, ser útil à nação e exercer sua cidadania.

O mais irônico é que al-gumas dessas localidades marcadas por essa situação de desolação e miséria, estão dentre os municípios tidos como modelo do programa Fome Zero, o que revela o quão distante estão ainda de uma sociedade onde a dignidade humana seja efetivamente uma realidade para todos.

Calar diante desse cenário é aceitar passivamente.

O sofrimento causado pela miséria extrema continua em pleno século XXI.

São mais de 14 milhões de brasileiros castigados pela falta de alimentos e de água que é outro grande proble-ma do Nordeste brasileiro, ante à insensibilidade de governantes que forjam es-tatísticas oficiais maquiando a real situação.

Estamos vivenciando, no momento, um longo e pe-noso período de estiagem e o sofrimento do nosso povo aumenta dia a dia, sem ali-mento e sem água potável.

Precisamos sair dessa co-vardia intolerante de acei-tar as coisas como se as-sim tivessem de ser e não houvesse alternativas para minimizar tão gritante desi-gualdade.

A paz depende do equilí-brio econômico, portanto, para que nossos descenden-tes possam usufruir de uma boa qualidade de vida e de um mundo melhor é preciso conter as ambições e parti-lhar com os irmãos parte do que nos sobra.

Alguém disse alhures: é no encontro solidário com o oprimido, o sedento, o faminto, o nu, que nos apro-ximamos do nosso criador.

Gilvan [email protected]

Questão de governo?

ARTIGO

A burguesia, na sua es-perteza, consegue induzir nos letrados e iletrados a falsa crença de que os problemas sociais, como fome, drogas, violência, educação, saúde e tantos outros, podem ser resolvi-dos por iniciativas gover-namentais.

É verdade que um go-verno competente e sério pode minorar os problemas sociais. Entretanto, é ne-cessário esclarecer que a causa dessas mazelas tem como matriz um sistema socioeconômico esgota-do. Querer resolver esses problemas que afligem a maioria do povo, através da mudança de governos, é uma ilusão que só interessa à burguesia.

É doloroso ver a omissão quanto a um verdadeiro diagnóstico de nosso qua-dro social. Ele teria que ser bem claro e dizer que a so-lução para esses problemas deve ser buscada na des-construção do capitalismo.

Quem deveria fazer essa denúncia, quem deveria dizer ao povo que governos vão e vêm, enquanto o sis-tema de desigualdade e in-justiça permanece, seriam os partidos que se dizem comunistas e socialistas.

No entanto, não se vê, nem se ouve desses senhores, nenhuma referência ao sistema socioeconômico vigente.

Preferem dizer que com governos competentes e honestos tudo se resolve.

Ora, mudança de gover-no não implica em nenhu-ma mudança substancial. E é verdade que mudanças qualitativas não se dão por via dos processos eleito-rais. É frequente ouvirmos dizer, dos partidos ditos comunistas e socialistas, que as suas participações em eleições constituem--se oportunidades táticas: dizem levar avante um discurso que esclarecerá o povo no sentido de que seus males não podem en-contrar solução nos limites desse sistema.

Somente um processo de ruptura e transformação radical poderá produzir as condições necessárias à libertação do povo, par-ticularmente das massas trabalhadoras, dos grilhões que as acorrentam. Isto é, somente um processo de radical transformação poderá trazer a igualdade e a justiça entre nós.

O povo precisa saber!

O cearense José Nobre Guimarães, como um dos militantes escolhidos para porta voz da reação do PT, antecipa ideia de regulamentação da mídia.

Ceará Agora

julgado no STF. Genoíno, à época do escândalo do mensalão, avalizou, na con-dição de presidente nacional do PT, empréstimos junto a instituições bancárias.

O dinheiro, de acordo com

as investigações, foi usa-do para beneficiar parla-mentares ligados à base do Governo Lula. Os petistas consideram injustas as acu-sações e acham que injustos e maliciosos são também

os ataques ao ex-presidente Lula. Setores da mídia, se-gundo os deputados André Vargas e José Guimarães, querem, via manobras e de-núncias, fragilizar o PT e o Governo Dilma.

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 511 - CentroFone/Fax: (88) 3691.1717NOVA RUSSAS: Rua Pe. Francisco Rosa, 1311 - CentroFone: (88) 3672.0308SANTA QUITÉRIA: Rua Cel. Manoel Alves, 157 - CentroFone: (88) 3628.0374ARARENDÁ: Rua Francisco de Paula, s/n - CentroFone: (88) 9412.2362 e 9410.9370

MOSENHOR TABOSA: Av. Honório Melo, 25 - CentroFone: (88) 3696.2164NOVO ORIENTE: Rua Elpídio Rodrigues, 266 - CentroFone: (88) 3629.1794QUITERIANÓPOLIS: Rua Acard Deusdete Pedrosa, 247Fone: (88) 3557.1346 / 9992.1379FORTALEZA: Rua Pe. Luiz Filgueiras, 550 - AldeotaFone: (85) 3221.4355

ARTIGOs

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André Vargas – Secretário de comunicação do PT

“O julgamento está acontecendo num período eleitoral, num formato de Big Brother da Justiça”

Brasileira faz leilão de virgindade na Austrália

Homem usa explosivos para praticar o suicídio

Julgamento é criticado por ter ‘tom de espetáculo’

Esquema das eleições terá 11.474 policiais militares

Promotor aponta: “os três poderes” estavam submersos na corrupçãoSidney – Uma catarinense

de 20 anos está leiloando a própria virgindade na inter-net. Os lances começaram e a oferta já chegou a 35 mil dólares australianos (apro-ximadamente R$ 74,5 mil).

Catarina trancou a facul-dade de Educação Física para participar do projeto de

documentário “VirginsWan-ted”, do australiano Justin Sisely. Ela disse que vê o leilão como uma “oportuni-dade de negócios”.

O comprador terá que seguir algumas regras esta-belecidas pelo projeto, como entregar um exame médico e um atestado de antecedentes

criminais.Todos os lances serão fei-

tos pela internet. Os jovens leiloados têm a opção de aceitar ou não o maior lance oferecido. O leilão vai se encerrar no próximo dia 15 de outubro.

A Polícia Civil de Russas apura um caso de morte, no mínimo curioso, provavel-mente o único do gênero no Brasil. Um homem (identi-dade preservada) tirou a pró-pria vida usando explosivos.

De acordo com o delegado José Milson Teixeira, res-pondendo provisoriamente pela Delegacia Regional de Russas, o fato ocorreu na manhã da última segunda--feira, 24, na localidade de Flores, na zona rural daquele Município do Vale do Ja-

guaribe.Conforme o delegado, a

vítima já havia manifestado para a família a intenção de morte. Era um mecânico de 51 anos, muito querido na localidade onde morava. Se-gundo a Polícia, ele foi para um terreno baldio e detonou os explosivos que estavam presos ao corpo.

Peritos da Coordenadoria de Criminalística (CC) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) foram ao local e encontraram partes

do corpo da vítima espalha-das pelo terreno. Os técnicos confirmaram aos policiais que atenderam à ocorrência, que o homem havia prendido os explosivos ao corpo.

ProcedênciaO delegado Milson Teixei-

ra iniciou as investigações para descobrir se foi suicí-dio. Ele também apura qual a procedência dos explosivos utilizados pela vítima.

Rio de Janeiro. Um grupo de intelectuais, artistas e acadêmicos solidários ao ex-ministro José Dirceu pre-para documento com críticas ao tom de espetáculo que, segundo eles, contaminou o julgamento do mensalão. A ideia é enviar a mensagem aos ministros do STF.

O produtor de cinema Luiz

Carlos Barreto está entre os articuladores. Segundo ele, o texto final tem mais de 200 apoiadores. Da lista, ele cita o arquiteto Oscar Niemeyer, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, os cineastas Bruno Barreto e Tizuka Ya-mazaki, o compositor Jorge Mautner, o músico Alceu Valença e a empresária Flora

Gil, mulher de Gilberto Gil.“É um texto filosófico-

-doutrinário de brasileiros preocupados com a manu-tenção de direitos constitu-cionais, sobretudo o direito à presunção de inocência”, disse Barreto. Amigo de Dirceu, ele criticou a forma como o ex-ministro vem sendo tratado.

A Operação Eleições 2012 mobilizará, pelo menos, 11.474 policiais militares nos 184 municípios do Ce-ará. Os policiais começa-ram a ser deslocados para o Interior e, até o momento, 35 Municípios ganharam atenção especial. Um total de 6.100 homens garantirá a segurança dos eleitores em Fortaleza e os demais nas ci-dades do Interior do Estado.

Durante a última semana

que antecede a eleição de 7 de outubro, a situação desperta maior atenção em algumas regiões do Inte-rior. O comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Werisleik Pontes Matias, ao conversar com este a equipe Ceará Agora, antecipou que 120 oficiais irão acompanhar as ações durante os últimos dias de campanha eleitoral e durante o domingo de votação.

O comandante Geral da PM será o entrevistado de segunda-feira (1º) do Jornal Alerta Gera (FM 104.3 – Grande Fortaleza) e mais 15 emissoras no Interior do Estado. O Alerta Geral, sob o comando do jornalista Lu-zenor de Oliveira e partici-pação especial do jornalista Beto Almeida, começa a partir das 7:30 horas.

O promotor de Justiça Igor Pinheiro, que comandou as investigações sobre o desvio de dinheiro da Prefeitura de Trairi, foi lacônico ao dizer, em entrevista, que os três Poderes do Município (Legislativo, Executivo e Ju-diciário) estavam submersos na corrupção.

Igor disse que todo o des-

monte do esquema de desvio de dinheiro público só foi possível após a substituição de juiz determinada pelo Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ).

As investigações das de-núncias de irregularidades na Prefeitura de Trairi es-tão sendo aprofundadas e, segundo o promotor Igor

Pinheiro, outras prisões po-derão ser feitas porque mais pessoas estavam envolvidas com o desvio de dinheiro público do Município.

O rombo nas contas da Prefeitura, com licitações fraudulentas e compra de votos, chega a mais de R$ 20 milhões nos cofres do município.

À VENDA

DINAMITE

TRAIRI

As investigações das denúncias de irregularidades na Prefeitura de Trairi estão sendo aprofundadas e, segundo o promotor Igor Pinheiro, outras prisões poderão ser feitas.

Por: Luzenor de Oliveira

Um total de 6.100 homens garantirá a segurança dos eleitores em Fortaleza e os demais nas cidades do Interior do Estado.

Por: Mário Silva

“Um dos principais obstáculos a ser enfrentado por qualquer pessoa que ocupe a presidência do Supremo Tribunal Federal tem por nome Marco Aurélio Mello”Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)Relator do mensalão no STF, sobre a possibilidade de ocupar a presidência do colegiado, contesta-da por Melo. Rua Ubaldino Souto Maior, 1230 - São Vicente, Crateús-CE - Fones: (88) 3691.1080 / 3691.5777

Dr. José Wellington RodriguesClínica Médica - UltrassonografiaCREMEC- 3465

Dr. Francisco Janildo LealClínica Médica - Cirurgia GeralGineco - Obstetrícia - CREMEC- 3235

GERAL

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Novo Oriente

Independência

SEMANA NACIONAL MOVIMENTOU APAE DE NOVO ORIENTE

PROJETO MATA BRANCA – “MANDALA” – QUINTAIS PRODUTIVOS

Criança Fazendo Arte II

Independência constrói mais pavimentação em paralelepípedo

Pela segunda vez, a Secre-taria Municipal de Educação de Novo Oriente, juntamen-te com todas as creches e profissionais da Educação Infantil, apresentaram o Pro-jeto Criança Fazendo Arte II, que ocorreu no último dia 14 de setembro, na Creche An-tonia Rodrigues, contando com uma belíssima exposi-ção de stands com variados tipos de Artes. Foi de encher os olhos, cada um mais belo que o outro, registrando-se

que todas essas artes são feitas por crianças com a ajuda de profissionais. Vale salientar que as creches tiveram como inspiração as obras de Romero Brito, artis-ta plástico renomado e autor com obras consagradas.

Neste contexto, foi regis-trada a presença de mais de 1200 visitantes, contando com a participação dos pais, crianças e comunidade em geral.

Para as autoridades em

educação, sensibilizou, em especial, o depoimento de um pai, ao afirmar que a Educação Infantil em Novo Oriente é Nota 10! “Sou um pai que viaja muito, mas para mim, encontrar a qualidade do ensino que é oferecida aqui em Novo Oriente, é di-fícil em outros lugares, a não ser em escola particular”. No decorrer das exposições hou-ve apresentações artísticas e culturais das crianças.

A Prefeitura de Inde-pendência, através da Secretaria de Obras, vem trabalhando para resol-ver um antigo sonho de pavimentação nas ruas

Capitão Marques, bair-ro Liberdade e Mutirão Cohab.

De acordo com o prefei-to Valdi Coutinho, a obra representa mais qualidade

de vida para os morado-res, além de valorização para o bairro. “Pensar em infraestrutura urbana é pensar em qualidade de vida. Assim estamos

realizando uma série de obras pela cidade, como esta que vamos entregar e que vai acabar com os problemas de poeira e lama”, disse o prefeito.

Anualmente, na semana de 21 a 28 de agosto, come-mora-se a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Foi com muito amor que a APAE de Novo Oriente aderiu a este movimento nacional. A APAE esteve em festa e mo-bilizou toda a diretoria, pro-fessores, alunos, pais, amigos e profissionais da saúde, cuja missão era divulgar, esclarecer e socializar todos os trabalhos desenvolvidos. Neste ano, com o tema: EM BUSCA DE IGUALDADE ESTAMOS AQUI! Teve um significado muito importante para a APAE, que tem luta-do dia-a-dia para que todas as formas de desigualdade sejam minimizadas, menos sentidas, construída por uma

sociedade consciente para com as pessoas com deficiên-cias intelectuais e múltiplas.

Durante toda a semana a APAE desenvolveu ações com alunos, familiares e a comunidade, quando se realizaram passeatas, apre-sentação de teatro, músicas, exposições de artes plásticas, artesanatos, palestras e ativi-dades esportivas, tudo bus-cando fortalecer a autoestima da pessoa com deficiência e, ao mesmo tempo, expor seu potencial, de que é capaz de romper a desigualdade, conscientizando o público em geral que ser diferente é normal.

Segundo a presidenta da APAE, Cristianne Ferreira Coutinho Sampaio, a institui-

ção tem o forte compromisso com a promoção humana e social dos alunos. A Sema-na Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla que é comemorada em todo o Brasil, a APAE de Novo Oriente não poderia se furtar do direito de participar deste evento de grande rele-vância para a comunidade. Somente conscientizando os nossos munícipes sobre a capacidade e potencialidades da pessoa com deficiência, é que será possível acabar com a indiferença social, uma vez que, quando a pessoa passa a se considerar um cidadão, um agente social, se existir um espaço que não seja constru-ído em uma perspectiva de desenho universal, de modo a garantir a acessibilidade,

não só da pessoa com defi-ciência física, mas também intelectual e múltipla, a res-ponsabilidade passa a ser do social, não sendo uma luta isolada das famílias, mas de

toda sociedade, pois, uma vez interiorizada pela socie-dade integrada à condição de pessoa com deficiência, se mostrem, expondo suas necessidades específicas e

expectativas, juntamente com suas famílias. Abrace-mos esta causa com muita fé e amor “EM BUSCA DE IGUALDADE ESTAMOS AQUI!”.

Por intermédio do Projeto Mata Branca, em parceria com A FLEM – Fundação Luiz Eduardo Magalhães - na Bahia, e o CONPAM – Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente - do Ceará, o município de Novo Oriente, através da Se-cretaria de Meio Ambiente, visando o desenvolvimen-to sustentável do homem do campo, intermediou a execução de um projeto na comunidade de Cava-co, intitulado “SISTEMAS PRODUTIVOS SUSTEN-TÁVEIS – QUALIDADE DE VIDA PARA A COMU-NIDADE DE CAVACO”, com a implantação de três “MANDALAS”.

Mandala é uma estrutura de produção de alimentos inspirada no sistema solar para ter eficiência energética. O reservatório de água é o centro de energia; em redor, nove círculos concêntricos,

representam as órbitas dos planetas.

Os círculos possuem fun-ções produtivas bem de-finidas e auxiliam-se mu-tuamente. Peixes, patos e uma diversidade de plantas (hortaliças e frutíferas) con-vivem numa área de 2.500 m² e formam um sistema interativo, onde as necessi-dades de uma são supridas pela produção do outro.

O secretário de Meio Am-biente, Enoch Saboia, enfa-tiza a importância desse pro-jeto para a comunidade de

Cavaco e para o município, uma vez que possibilitará ao pequeno produtor ter uma atividade que irá incre-mentar a renda familiar dos agricultores que participam do projeto, principalmente neste ano em que a produção agrícola de milho e feijão, que é típica do município, praticamente não houve, em virtude da baixa quadra invernosa.

Todos estão convidados a visitar a comunidade de Cavaco e conferir de perto esse projeto.

Apresentação teatral de crianças do projeto Fazendo Arte II Mandala, exemplo de projeto sustentável para o homem do campo

Equipe de voluntárias da APAE que é comandada por Cristianne Sampaio

Igual a esta rua, outras também estão sendo pavimentadas em paralelepípedos

ALCÓOLICOS ANÔNIMOSSe você quer beber o problema é seu. Se seu caso é parar de beber o problema é nosso; Alcóolicos anôni-mos.Central de Trabalho: (88) 3691 2378 REGIOnAL

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Senador Cristovam Buarque (PDT-DF)Sobre a sabatina do ministro Teori Zavascki (STJ) no período extra do Senado. Buarque, porém, não especificou que “suspeitas” são essas.

“Tudo indica que será um ministro da mais alta competência. Mas a pressa em sua indicação e aprovação pelo Senado levanta suspeitas. Por que essa pressa?

Verdadeira onda de de-molição de antigos prédios comerciais e residenciais que fazem parte da memória e do patrimônio histórico da cidade vem se registrando em Crateús, iniciada com a descaracterização do Mer-

cado Velho, onde nada mais existe do seu antigo feitio.

Acaba de ser demolida a antiga residência de Enoque Mourão e Dona Maroquinha, um casarão construído em 1926, situado na Rua João Tomé, esquina com a Rua

Cel. Zezé. A demolição foi concretizada da noite para o dia, pegando a todos de surpresa, e agora, no local, existe apenas o terreno.

Na semana que teve início no dia 24 último, foi a vez do sobrado construído no

Onda de demolição de prédios sacrifica patrimônio cultural

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início da década de 1930, pelo médico Benjamin Hor-têncio de Medeiros, e que, antes de habitá-lo, vendeu-o para o libanês João Asfor que, posteriormente, passou--o para Henrique Machado da Ponte, servindo-lhe de residência por longos anos. Após a morte de Henrique

Machado, o casarão passou por herança para seu filho Ubaldo Machado, que o vendeu para um grupo em-presarial de Crateús.

Ao ser tentada a demolição do antigo palacete, pessoas ligadas à cultura da cidade impediram o trabalho que teve início pela parte detrás

do imóvel e com a retirada de todas as portas e janelas do antigo palacete. O caso foi parar no Ministério Público que, em diálogo com as par-tes interessadas na demolição e na conservação do prédio, sobrestou a demolição, dei-xando para que a Justiça se manifeste sobre o impasse.

Demolição do antigo imóvel teve início pela parte do quintal, mas, foi sustada pela população

Justiça decidirá o destino do casarão onde residiu por muitos anos as famílias de João Asfor e Henrique Machado

Casarão da rua João Tomé com rua Cel Zezé, construído em 1926 por Enoque Mourão, foi demolido da noite para o dia

cuLTuRA

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Presidente Dilma Rousseff (PT) - Em Nova York, durante entrevista coletiva.

“A gente precisa buscar um pacto e não ficar apontando o dedo uns para os outros”

Cheyla Motapsicopedagoga

ARTIGO

A sagração de Nossa Se-nhora Aparecida como Pa-droeira do Brasil, em 1931, foi o ponto alto de uma his-tória que se iniciou no século XVIII, envolvendo mistério, fé e política.

Os festejos dedicados à padroeira já ocuparam di-versas datas no calendário religioso. Com a oficiali-zação do culto, em 1743, a Virgem de Aparecida passou a ser homenageada em 8 de dezembro, dia consagrado à Imaculada Conceição. A data mudou várias vezes ao longo dos séculos XIX e XX, até que em 1953 uma decisão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fixou-a no dia 12 de outubro, transformado em feriado na-cional a partir de 1980.

Legiões de romeiros de todo o País visitam o san-tuário dedicado à Virgem, localizado em Aparecida,

SP, próximo ao local onde a imagem foi encontrada pelos pescadores João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso. Se em 1900 eram 150 mil romeiros, hoje o nú-mero de visitantes ultrapassa a sete milhões por ano. Para recebê-los, a Igreja construiu um templo monumental, com 23 mil metros quadrados de área construída e com capa-cidade para abrigar 45 mil fiéis, ficando atrás apenas da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Conhecida também como Santuário Nacional, as obras da Basílica de Aparecida, tiveram início em 1955. Inau-gurado em 1967, o templo se-ria consagrado oficialmente a Nossa Senhora em 1980, pelo papa João Paulo II, durante a sua primeira visita ao Bra-sil. No dia 3 de outubro de 1982, a imagem da Virgem foi retirada da antiga igreja

onde se achava desde 1745, também em Aparecida, e entronizada solenemente no novo santuário. O título “Aparecida” deve ter sido em função dos primeiros tempos de devoção, denotando as circunstâncias do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição: aparecida das águas.

Em meados do século XVII, à margem direita do rio Paraíba, surgiu a vila de Guaratinguetá, cujos mora-dores eram gente nascida e criada em extrema pobreza: rudes padrões de habitação, alimentação e vestuário.

O governador recém- no-meado da Capitania de São Paulo e Minas do Ouro, Pedro de Almeida Portugal, futuro conde de Assumar, passaria por ali, para assumir seu cargo em Vila Rica, e era preciso recebê-lo bem. Os moradores ilustres do lugar

pretendiam fazer um ban-quete em sua homenagem, com fartura de pescado. E, no entanto, os peixes não apareciam.

Em uma das vezes que João Alves lançou a rede, sentiu um peso na malha. Quando a puxou, percebeu que subira junto um pequeno objeto de cor escura que identificou como a imagem de Nossa Senhora, sem a cabeça. O

pescador atirou novamente a rede. Veio, então, a cabeça da Virgem. Eles a guardaram e voltaram a pescar. Daí em diante, a pescaria foi prós-pera de tal forma, que os três voltaram com os barcos abarrotados de peixe.

Com “cera da terra”, Fe-lipe Pedroso uniu a cabeça ao tronco da imagem, con-servando-a em casa. Após a sua morte, o filho, Atanásio

Pedroso, construiu um altar e um oratório para a imagem que ganhou manto e coroa artesanais.

Em vez de um rei, a Igreja católica ofereceu aos bra-sileiros a imagem de uma rainha de cor escura, o que sugeriu uma larga inclusão dos negros na crescente le-gião de devotos.

A Padroeira do Brasil

Rangel Cavalcante

ARTIGO

Desde o governo de Fer-nando Henrique Cardoso o Brasil não via um programa sério para impulsionar a economia nacional. A últi-ma ação foi a privatização de empresas públicas que andavam com os freios acionados. De lá para cá só se viu enrolação. Enquanto o governo se dedicava a projetos demagógicos de distribuição de dinheiro, alimento e outras benesses, num tsunami de assisten-cialismo nunca visto na história deste país. Fingindo que botar comida no prato do miserável é tirá-lo da mi-séria, os nossos governantes esqueceram de que o país precisa crescer a cada dia, para garantir um futuro a seus cidadãos de hoje e de amanhã. O resultado está aí: temos um país sucateado em todos os setores. A nossa produção industrial caiu na quantidade e na quali-dade, numa clara ameaça ao emprego. Por conta das estradas em frangalhos, dos portos mais caros do mun-do, dos preços extorsivos da

energia elétrica – produzida da água, que é de graça – dos impostos mais elevados do planeta e de outras defi-ciências estamos atolados na estrada do progresso. Os custos são altos demais. E com a crise que afeta a eco-nomia dos Estados Unidos e da Europa, além da retração da China, que passa a nos comprar menos, o mercado internacional encolheu e se tornou mais seletivo. E, diante dos nossos preços, buscam venda por menos.

Por isso vale um voto de confiança no governo da presidente Dilma, que de-cidiu enfrentar esses mons-tros, a começar pela redução considerável no preço da energia elétrica, ao mesmo tempo em que promoveu a desoneração tributária e fiscal de vários setores da economia nacional. Para-lelamente decidiu por uma ação pronta na recuperação da malha rodoviária (os buracos nas estradas enca-recem os fretes em mais de 30%), na modernização dos portos – os mais caros

do mundo, repetimos. E não esqueceu as ferrovias, que definharam desde que JK preferiu prestigiar o trans-porte rodoviário para trazer fábricas de automóveis ao país. Tudo isso sem abando-nar os chamados programas sociais, fundados no mais puro assistencialismo, ins-tituídos ou ampliados pelo seu antecessor, que consti-tuem hoje a principal base eleitoral da companheirada. Investindo no saneamento da economia nacional dona Dilma, quem sabe, poderá, em algum tempo, substituir as esmolas oficiais pelo emprego seguro, que não humilha o cidadão. Como nunca é tarde para começar, a esperança é grande. Há mesmo sinais de que o país está mudando aos poucos, como o do julgamento dos envolvidos no chamado “mensalão”, o maior pro-grama de corrupção gover-namental de todos os tem-pos, que, para decepção de muita gente, mostra que a Justiça brasileira agora bota também figurões da cadeia.

Um programa sério

ARTIGO

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Foi recebida com muita simpatia a escolha do bicho tatu-bola (Tolypeutes tricinc-tus) como o símbolo da Copa do Mundo de 2014, suges-tão do biólogo e secretário executivo da Associação Caatinga, Rodrigo Castro. O tatu-bola, que se encontra em extinção em alguns esta-dos, pode ser encontrado na Reserva Natural Serra das Almas em Crateús, mantida pela Associação.

Outras 47 propostas tam-bém óbvias se evidenciaram, como a arara-azul, o mico--leão-dourado, o canarinho cansado de guerra e outros.

Além da forma esférica que ele assume, quando se sente ameaçado, a escolha do animalzinho pela FIFA se justifica porque ele faz parte da fauna brasileira, com ameaça de extinção e de pouca ou quase nenhuma agressividade.

A FIFA agora apresenta três possibilidades para es-colha do nome da mascote, através de votação no portal da entidade: são Amijubi

— uma representação de simpatia e alegria — e dois nomes com uma mensagem ecológica: Fuleco e Zuzeco.

Amijubi porque “juba” significa “amarelo” em tupi e se compõe das palavras “amizade” e “júbilo”

Zuzeco porque combina com “azul” e “ecologia”.

Fuleco por ser uma junção de futebol e ecologia

Infelizmente, faltou criati-vidade, intuição linguística e eufonia nas propostas do Comitê da Federação Inter-nacional de Futebol. Faltou ainda a participação demo-crática do público, como será feito no portal da entidade para o batismo do nome do bicho.

Por outro lado, não se justi-fica o artificialismo de tentar embutir no nome mensagens ecológicas a todo custo, jus-tamente com a concepção de um mundo mais feliz nos gramados esportivos.

Igualmente, essa contradi-ção faz parte de todo aconte-cimento esportivo. Torçamos por um bonito espírito de

unidade internacional. O segredo do marketing está justamente em lidar com essa contradição de modo criativo. Espera-se que dessa lista misteriosa, da qual a FIFA selecionou os três con-correntes, seja selecionado democraticamente o melhor e que o tatuzinho inspire os que fazem nossa Seleção para que saiamos vitoriosos em 2014. Salvem o futebol brasileiro!

A FIFA e o Comitê Orga-nizador Local (COL) têm a satisfação de anunciar um dos mais importantes embai-xadores da Copa do Mundo da FIFA 2014: o Tolypeutes tricinctus, o famoso tatu--bola, uma criatura nativa do Brasil.

A mascote foi apresenta-da oficialmente durante o programa Fantástico da TV Globo pelo ex-jogador Ro-naldo, membro do Conselho de Administração do COL.

“Estou muito feliz por dar as boas-vindas a um membro tão importante da equipe de 2014”, afirmou Ronaldo. “A

mascote vai desempenhar um importante papel de em-baixador nos próximos dois anos. Tenho certeza de que vai emocionar muitos jovens torcedores no Brasil e no mundo todo com a grande paixão que tem pelo esporte e pelo seu país.”

O anúncio se seguiu a uma semana de atividades durante a qual a mascote fez uma série de visitas extrao-ficiais ao Brasil. Na praia de Boa Viagem, no Recife, ela distribuiu 2014 bolas azuis, representando o seu casco azul. O tatu-bola também se encontrou com o novo amigo Ronaldo em São Paulo e foi apresentado a torcedores bra-sileiros em formato digital por meio de diversas trans-missões de jogos ao vivo. A mascote oficial também tem a sua própria canção: Tatu Bom de Bola, cantada pelo sambista Arlindo Cruz. O desenho final foi escolhido pela FIFA e pelo COL após a análise de 47 propostas de seis agências de publicidade brasileiras. Depois de exten-

sas pesquisas, o desenho do tatu-bola, criado pela 100% Design, foi identificado como o favorito do principal público-alvo: crianças de 5 a 12 anos.

“É importante destacar que o tatu-bola é uma espécie vulnerável”, afirmou o secre-tário-geral da FIFA, Jérôme Valcke. “Com esta mascote, vamos poder realizar um dos principais objetivos da Copa do Mundo da FIFA 2014, que é comunicar a importância do meio ambiente e da ecologia. Temos certeza de que ela será amada não apenas no Brasil, mas no mundo todo.”

A população brasileira agora terá a oportunidade de batizar a mascote oficial por meio de uma eleição aberta até meados de novembro. As três opções, definidas por um comitê composto por Be-beto, Arlindo Cruz, Thalita Rebouças, Roberto Duailibi e Fernanda Santos, são Ami-jubi — uma representação de simpatia e alegria — e dois nomes com uma mensagem ecológica: Fuleco e Zuzeco.

A mascote oficial do Brasil 2014 é a mais recente de uma longa linha de personagens que entraram para a história da competição. Seguindo os passos de figuras como Zakumi (África do Sul 2010), Goleo (Alemanha 2006) e o precursor World Cup Willie (Inglaterra 1966), a mascote é uma das principais imagens do Mundial, proporcionando à FIFA, ao COL e a outras partes envolvidas uma mar-ca forte para a ativação de campanhas promocionais e o contato com o público.

Conteúdo Para conhecer a casa da

mascote, visite www.FIFA.com/mascote. Para saber mais sobre a eleição do nome da mascote,com descrições completas dos três candida-tos, visite mascot.FIFA.com/voting.php.

A visita da mascote ao Recife e uma seleção de animações podem ser en-contradas em www.youtube.com/FIFATV.

Eduardo Aragãos | Eng.º Agrônomo e Economista com mestrado em Economia Rural

Gazeta no Campo

Notas de Falecimento

O batismo do tatu

Vítima de parada cardior-respiratória e de falência múltipla dos órgãos, faleceu, no último dia 20/9, no Hos-

pital São Lucas, de Crateús, onde se encontrava interna-do, AMÉRICO BEZERRA MELO, 77 anos, mecânico, antigo caminhoneiro e mo-torista da empresa Rápido Crateús, ao tempo de José Arteiro Rosa.

Américo era natural de Independência e chegou a Crateús aos 11 anos de idade. Iniciou sua vida de viajante e caminhoneiro com o seu tio e compadre Francisco Aguiar Vale, ainda na década

de 1950. Trabalhou com José Arteiro Rosa por vários anos. Montou oficina mecânica em Crateús e posteriormente em Fortaleza, onde morou por poucos anos, voltandoa Crateús. Era casado com Rita Soares Bezerra, que deixa viúva, e com quem teve os filhos Américo Júnior, João, Ana Maria e Minervina Soa-res Bezerra.

A notícia de sua morte consternou uma legião de amigos que privaram de sua

amizade. Em vida, Américo foi um homem desprendido, prestativo,correto, amigo e dedicado à causa do bem. Sua morte deixa uma lacuna impreenchível no meio dos que o estimavam, que eram incontáveis.

Seu corpo foi velado em Crateús e, posteriormente, foi levado, em cortejo, para sepultamento na vizinha ci-dade de Independência, onde se encontram inumados seus familiares.

Faleceu no último dia 28, em Sobral, o agropecuaris-ta Francisco Hildo de Oli-veira Filho, 59 anos. Hildo havia se sen-tido mal em Crateús e dada

a gravidade do seu problema de saúde, foi transferido para cidade de Sobral, onde foi submetido a uma cirurgia à qual não resis-tiu por ter enfartado na mesa de operação.

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Crateús - Ce

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Domingo, 30 de 2012

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José GenoínoEx-deputado do PT, diante da perspectiva de ser sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal à pena de prisão

“Não para a cadeia de cabeça baixa”

Eduardo Albuquerque Filho

Doutor Sales

cRÔnIcA

Hoje lembrei com sauda-de o querido amigo Dr. Sa-les. Ao longo de trinta anos, tive o prazer e a felicidade de desfrutar da amizade do cidadão, médico huma-nitário, correto, íntegro e empreendedor. De quando em vez, encontrava-me com ele em sua fazenda Jatobá, em Crateús. Lá, era o seu refúgio para encontros com amigos, curtição de seu criatório, contemplação da natureza, para prestação de contas com Deus e consigo mesmo. Doutor Sales era daqueles que mantinha a crença de que, doar-se aos outros, era o que o fazia sentir-se vivo. E ele doou muito de seu precioso tempo aos outros, salvando vidas e praticando o bem. Sentia--se feliz quando conseguia reverter em alegria a tristeza dos outros. E assim, levava a vida enquanto a vida o levava. Achava que, só se pode dar sentido à vida,

dedicando-se aos seme-lhantes e à comunidade, empenhando-se na criação de alguma coisa que tivesse alcance e sentido.

Dr. Sales viveu à frente de seu tempo; viveu em favor da vida. Concebia que ela não acabava com a morte, continuava através das rela-ções que a gente estabelece. Dizia John Lennon, que a vida “é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro.” E Doutor Sa-les os fez. E a história é sem-pre generosa para com os que fazem. O poeta Juarez Leitão disse que a história “é uma grande renda tecida por todas as mãos como tarefa plural da sociedade.” A imortal Rachel de Queiroz disse: “Tudo são utopias, sonhos. Talvez, talvez, é só o que digo. Mas sem sonho não se faz nada.” Dr. Sales sonhou e fez. E as boas ações duram eternamente. O poeta Fernando Pessoa

externou que “o valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acon-tecem.” Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pes-soas incomparáveis. Dr. Sa-les era uma dessas pessoas.

A morte é o fim de uma vida, mas não de um relacio-namento. Ao morrer, deve-mos deixar lições, legados. A preocupação com os ou-tros, com nossos semelhan-tes deve-se perpetuar pelos exemplos que se deixou.

Dr. Sales deixou o legado da solidariedade. De que de-vemos ser responsáveis uns pelos outros. Se aprender-mos a fazer isso, o mundo será bem melhor.

O pensador e escritor Mi-tch Albom, assim se expres-sou: “Enquanto podemos amar uns aos outros e rece-ber a sensação de amor que tivemos, podemos morrer sem desaparecer. Todo amor

que criamos, fica. Todas as lembranças ficam. Conti-nuamos vivendo nos cora-ções daqueles que tocamos e acalentamos, enquanto estivemos aqui.” Dr. Sales continua no coração daque-les que com ele desfrutaram de seu convívio.

Certa vez, um pensador externou que aqueles que passam por nós não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.

“Há homens que lutam um dia e são bons. Há ou-tros que lutam anos e são excelentes. Mas, há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis” (Ber-thold Brecht). Dr. Sales era imprescindível. Que Deus o acolha no céu, com todo o fervor, e reserve para ele um espaço especial ao lado dos justos.

A manipulação de pesqui-sas eleitorais não é novidade, muitos candidatos ao longo do tempo já usaram desta safadeza para tirar vantagem do momento eleitoral. Na política, candidatos ines-crupulosos que acham que os fins justificam os meios fazem uso deste expediente quando se encontram em desvantagem eleitoral frente a seus opositores. Tentam com isto induzir o eleitor a mudar o voto, baseado numa mentira envolta com todos os ares de legalidade. Uma pesquisa para ser publicada tem que ser devidamente registrada no fórum eleitoral, constando o seu número de protocolo e a descrição dos métodos a serem utilizados que ficam disponíveis para o público em geral, através do site da Justiça Eleitoral. Poucas são as pessoas com conhecimento para detectar nos formulários de pesquisa de dados e métodos de cruza-

mento de informações a ma-landragem pré-programada. O método popular infalível para detectar este tipo de sa-fadeza eleitoral é a esperteza do eleitor. A cidade como um todo tem um senso coletivo que sente no ar a tempera-tura de certas candidaturas. Candidato ruim de votos tenta mudar a opinião pública maquiando situações. Para ter sucesso nas carreatas traz veículos de outros municí-pios e paga combustível para garantir certo número de veículos. Nos comícios que são precedidos de carreata usam do mesmo expediente, além de pagarem transporte e outros mimos para garantir a presença do povo. Cada coli-gação sabe exatamente como está sua situação através de pesquisas internas, cuja divulgação é proibida para o eleitor, daí o desespero de quem está perdendo em usar meios ilegais.

Exemplo de pesquisa elei-

toral manipulada ocorreu na cidade de Marco-CE, distante 294 Km de Crateús. A população desta cidade foi surpreendida no dia 14 de setembro com uma pesquisa eleitoral feita pelo Instituto EXACTA. Era uma pes-quisa manipulada. O jornal Diário do Nordeste havia publicado dia 11/9, dois dias antes, pesquisa eleitoral do Instituto IBOPE que dava empate técnico entre os dois principais candidatos: Pare-dão com 49% e Roger 49%. A população estava atenta. Nesta pesquisa manipulada do Instituto EXACTA o atual prefeito Paredão apareceu com a ampla vantagem de 78% e seu principal adver-sário, Roger, com apenas 19%. A reação foi imediata e investigações foram feitas para saber a veracidade desta pesquisa realizada pelo Insti-tuto EXACTA. Descobriu-se que não era uma pesqui-sa falsa, que registrada e

devidamente protocolada sob o nº CE-0004 6/2012, e teve como contratante José Sydney Ipiranga Júnior, pes-soa esta desconhecida da ci-dade de Marco. Logo após a divulgação e diante da reação da população, a coligação “Marco Livre e Cada Vez Melhor”, que tem à frente o atual prefeito Paredão, pro-tocolou na 88ª Zona Eleitoral de Marco, um oficio avisando que o resultado da pesquisa a favor de sua coligação reali-zada pelo Instituto EXACTA não era de responsabilidade da coligação, e pediu que as pessoas não divulgassem que ela era mentirosa. Em suma, não assumiram a paternidade da pesquisa, da qual foram os contratantes e, em con-sequência, nada poderia ser imputado a sua coligação.

Na cidade de Aracoiaba, no Maciço de Baturité, o juiz eleitoral suspendeu no dia 23/9, a divulgação de pesquisa também realizada

pelo Instituto EXACTA, ale-gando a falta de clareza dos parâmetros e da metodologia da pesquisa realizada. Nesta pesquisa aparece até mes-mo uma candidata que teve o registro indeferido pelo TRE no dia 9 de setembro, e mesmo assim, a pesquisa registrada no dia 17 de se-tembro mantendo a candidata na disputa. Não é a primeira vez que o Exacta - Instituto de Pesquisa e Consultoria Ltda. faz estas trapalhadas. Em 2008, recebeu uma multa de R$ 53.205,00 por divul-gação ilícita de resultado de pesquisa na cidade de Limo-eiro do Norte.

Em Crateús o Instituto Exacta também divulgou uma pesquisa e há uma ex-pectativa que fato semelhante esteja ocorrendo em nossa cidade. Francisco Eduardo Dieb de Magalhães, residente em Fortaleza, desconhecido por todos em Crateús, res-pondendo a vários processos

na Justiça, contratou por R$ 3 mil uma pesquisa eleitoral que está protocolada no Fó-rum Eleitoral de Crateús sob nº. CE 00080/2012. Não há neste contrato qualquer refe-rência a qualquer coligação, assim como não havia na cidade de Marco. O senhor Francisco Dieb foi apenas o intermediário utilizado por alguém de nossa cidade ou mesmo por um dos coro-néis da nossa política que aqui aparecem somente em época de eleição. Se esta pesquisa eleitoral mostrando números percentuais que não condizem com os de outras pesquisas já realizadas em nossa cidade for fajuta isto só saberemos após as eleições, mas uma coisa é certa, não mudará os rumos que o povo já decidiu para o dia 07 de outubro.

Deoclides Machado

A anatomia de uma safadeza

ARTIGO

No Ceará: recursos vão reduzir filas de cirurgias eletivas

Com o objetivo de reduzir o tempo de espera nas filas do Sistema Único de Saúde (SUS) o Estado do Ceará contará com investimento no valor de R$ 20,3 mi-lhões, da Política Nacional de acesso aos Procedimen-tos Cirúrgicos Eletivos, do Ministério da Saúde (MS). Estima-se que neste ano sejam realizadas 6,3 mil ci-rurgias desse tipo no Ceará.

Do total do recurso, R$ 10,1 milhões serão especi-ficamente para o tratamento de varizes, cirurgias ortopé-dicas, atendimento nas áreas de urologia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Outros R$ 10,1 milhões atenderão

às demandas apresentadas pelos gestores estaduais, conforme a necessidade do Estado.

O objetivo é evitar pre-juízos aos pacientes com cirurgias já agendadas. Após se submeter à cirurgia eleti-va de ortopedia, o paciente, quando necessitar de cui-dados especiais, pode ser acompanhado por equipe de Atenção Domiciliar, do programa Melhor em Casa, do MS. Até junho já foram feitas 3.153 intervenções pelo SUS. Para manutenção e adaptação de Órteses Pró-teses e Meios Auxiliares de Locomoção (OPM) o Ceará deve receber R$ 452 mil.

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Justiça determina mudança em atestado de óbito de Herzog

Imagem divulgada pela polícia do suposto suicídio de Vladimir Herzog atendendo a pedido da Comissão Nacio-nal da Verdade, o juiz Márcio Martins Bonilha Filho, da 2ª Vara de Registros Públicos do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou na segunda-feira 24/9 a retifi-cação do atestado de óbito de Vladimir Herzog. Pela determinação judicial, daqui parafrente constará que a morte do jornalista “decor-reu de lesões e maus-tratos sofridos em dependência do 2º Exército-SP”.

Herzog foi preso no dia

25 de outubro de 1975, no período do regime militar, e levado para interrogató-rios nas dependências do Destacamento de Operações

de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do 2º Exército. Na versão das autoridades da época, ele teria cometi-do suicídio na prisão. No laudo da época, assinado pelo legista Harry Shibata, consta que Herzog morreu “por asfixia mecânica” - ex-pressão utilizada para casos enforcamento.

A recomendação ao ma-gistrado foi assinada pelo coordenador da Comissão da Verdade, ministro Gilson Dipp. Segundo o advogado José Carlos Dias, que tam-bém faz parte do colegiado, a decisão judicial deverá ter forte repercussão. “Existem muitos casos semelhantes. Nós já estamos estudando outros para encaminhar à Justiça”, afirmou.

Trata-se de decisão de primeira instância. A Promo-toria de Justiça, que se ma-nifestou contra a mudança, pode recorrer.

ReconstruçãoA Comissão da Verdade

tomou a iniciativa atenden-do a solicitação da viúva do jornalista, a publicitária Clarice Herzog. No texto da sentença, o juiz Bonilha Filho afirmou que a Comis-são “conta com respaldo legal para exercer diversos poderes administrativos e praticar atos compatíveis com suas atribuições legais, dentre as quais recomenda-ções de ‘adoção de medidas destinadas à efetiva reconci-liação nacional, promovendo a reconstrução da história’”.

O juiz lembrou que, em 2011, a Justiça já reconheceu que o laudo pericial feito na época está incorreto e que a morte não ocorreu por sui-cídio. Diante do argumento do promotor de que seriam necessárias novas investiga-ções para determinar a causa da morte, antes da mudança no atestado, Bonilha Filho argumentou: “Seria verda-deiramente iníquo prolongar o martírio da viúva e dos familiares e afrontar a cons-ciência pública nacional a

renovação da investigação”.Para o juiz, “há muito fi-

cou apurado, em termos de convicção inabalável, por via jurisdicional comum, que o jornalista Vladimir Her-zog perdeu a vida em razão de maus tratos e de lesões sofridas, em circunstâncias de todos conhecidas.” A fa-mília de Herzog, que nunca acreditou nas informações dos militares sobre suicídio, esperou 37 anos para conse-guir a mudança no atestado de óbito.

ColegiadoA Comissão Nacional da

Verdade quer saber de onde partiam as ordens, execu-tadas por policiais civis e militares, de tortura, seques-tro e desaparecimento de prisioneiros políticos no período do regime militar. Os policiais, segundo integran-tes da comissão, não agiam por vontade própria, mas cumpriam ordens, dentro de uma cadeia de comando.

“A tortura foi uma política de Estado durante a ditadu-

ra militar”, diz o sociólo-go Paulo Sérgio Pinheiro, um dos sete integrantes da comissão. “As torturas, os desaparecimentos, os assas-sinatos não foram resultado de excessos cometidos por alguns integrantes do aparato do Estado.”

À comissão, segundo o sociólogo, não interessam apenas informações sobre os agentes acusados de viola-ções de direitos humanos que já são em grande parte conhe-cidos: “Queremos saber de onde vinham as ordens para a execução dessa política”.

Em encontro com jornalis-tas, na segunda-feira, em São Paulo, integrantes da comis-são revelaram que a principal dificuldade que enfrentam é a falta de documentos da área militar sobre o período inves-tigado. As solicitações feitas às autoridades militares são respondidas, invariavelmen-te, com a informação de que os documentos foram incine-rados. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Dilma quebra promessa e entra na campanha

40º BI finaliza 1ª fase do EBCT

A presidente Dilma Rous-seff decidiu ceder às pres-sões das lideranças nacionais do PT e quebrou o compro-misso assumido de que não iria subir em palanques no primeiro turno das eleições municipais. Dilma estará, na segunda-feira, em São Paulo, para participar de um comício do candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad.

A manifestação está mar-cada para a área de Guaiana-ses, na Zona Leste. Com Dil-ma, estará o ex-presidente

Lula que aposta todas as fi-chas na eleição de Haddad à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Lula quer impor mais uma derrota ao PSDB que tem na disputa o ex-governador e ex-prefeito José Serra.

A presença de Dilma Rousseff no palanque de Fernando Haddad foi confir-mada durante esta sexta-feira pelo Jornal Folha de São Paulo. Segundo o jornal, a ‘presidente resistia a partici-par de comícios no primeiro turno, mas cedeu à pressão

de Lula sob o argumento de que ela poderá ajudar a dar o empurrão final ao petista, que ainda disputa vaga no segundo turno.

A disputa pela Prefeitura de São Paulo tem a liderança do candidato do PRB, Celso Russomano, que aparece com 30% das intenções de votos, de acordo com pes-quisa do Instituto Datafolha, divulgada na quinta-feira 27. O tucano José Serra tem 22%, e Haddad , 18%.

No período de 12 a 14 de setembro de 2012, foi realizada no 40º Batalhão de Infantaria de Crateús, atividade de campo finali-zando a 1ª Fase do Estágio Básico de Cabo Temporário. Os estagiários participa-ram de instruções militares realizadas no Campo de

Instrução do Batalhão. Con-cluíram a primeira fase, com aproveitamento,22cabos EP. Ao final do acampamento, foi realizada uma formatura que contou com a participa-ção de familiares de todos os formandos. O Cel José Eduardo, comandante do 40º Batalhão de Infantaria,

fazendo uso da palavra, agradeceu a presença dos familiares e parabenizou a todos pela missão cumprida. Familiares fizeram a entrega do Certificado de Conclusão do Estágio a todos os mi-litares agraciados. Após a formatura foi oferecido um lanche a todos os presentes.

Presidente havia declarado que não faria campanha, mas não resistiu aos apelos do seu antecessor para ajudar Fernando Haddad.

Por: Mário Silva

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Domingo, 30 de 2012

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Com público esperado es-timado em 18 mil pessoas e uma previsão de grande movimento em negócios, acontece de 11 á 13 de ou-tubro, na Praça Gentil Car-doso, na cidade de Crateús, a XXV FENECRAT– Feira de Negócios da Região de Crateús. Promovida pelo SEBRAE--CE, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cra-teús e Banco do Nordeste do Brasil, a FENECRAT tem o objetivo de valorizar e promover micro e pequenas empresas dos Sertões de Crateús e Inhamuns, abrindo novos canais de comercia-lização e incrementando as suas carteiras de clientes, o que contribui para o desen-volvimento da Região. Realizada pela primeira vez em 1989, a Feira nasceu de uma iniciativa do Sebrae Ce-ará, que procurava divulgar

o potencial empreendedor da Região e, ao mesmo tempo, prospectar novos mercados para as micro e pequenas empresas dos municípios atendidos pelo Escritório Regional, que tinham a eco-nomia historicamente focada na agricultura de subsistên-cia. Assim, há 25 anos, a FENE-CRAT vem ajudando a criar uma interdependência entre agricultura, indústria e co-mércio, o que, ao longo dos anos, tem contribuído para o crescimento sustentável dos empreendedores e futuros empreendedores da Região. Organizada pelo Escritório Regional do Sebrae Ceará nos Sertões de Crateús, que atende a 16 municípios, a Feira funciona como uma eficiente vitrine da produ-ção regional, não só junto a possíveis compradores, atraindo investimentos, ge-

rando emprego e renda. A feira contribui também para melhorar a autoestima da própria população, que passa a conhecer o que é produzido na sua terra e pela sua gente. Nesta vigésima quinta edi-ção, a FENECRAT vem com muitas novidades ligadas à inovação, como o Show Room do Artesanato e o Espaço da Sustentabilidade. Outra atração da FENE-CRAT 2012 será o Show Room da Apicultura, um es-paço montado especialmente à exposição e comerciali-zação de produtos voltados para a apicultura da Região. SERVIÇO:Escritório Regio-nal do Sebrae nos Sertões de Crateús e Inhamuns(88) 3691-2060

Deputada Gorete Pereira ao ressaltar a aprovação e publicação da Lei que restabelece a complementação salarial dos servidores do DNOCS que era paga através de uma bolsa.

“A lei simboliza a vitória de uma luta para reverter a situação desde que a bolsa foi suspensa”

EscRAcHAnDOO amigo da onça

O diretor do filme que ataca a figura de Maomé, Sam Basile, e que tem gerado protestos de radi-cais islâmicos no mundo muçulmano, disse que o objetivo do filme era servir de estopim para revoltas. E foi o que aconteceu. Talvez ele não esperasse o alcan-ce que seu filme amador teria. A película produzida nos Estados Unidos teria sido financiada por 100 judeus e promovida pelo pastor radical da Flórida, Terry Jones, o mesmo que queimou o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos. O mundo não precisava de mais um pedaço de lenha na fogueira da briga entre muçulmanos e judeus. Essa irresponsabilidade já provocou consequências que vem estarrecendo o mundo. (Regina Marshall – Jornalista)

Varrendo lixoA lei da ficha limpa –

benza Deus – já barrou de-zenas de nomes de candi-datos a prefeito no Ceará. No Brasil chega a milha-res. Se o cara é desonesto e está registrado com essa mancha moral, por que se candidata? Não respeita os cidadãos de sua cidade, os vivos e os mortos? Então, precisa amargar essa e outras punições pelo que fez, traindo a confiança que lhe deram. Onde está a honestidade? – pergunta Noel em uma das suas composições geniais.

Bom, quando a deso-nestidade se instala na administração pública, não há recursos que cheguem para melhorar a vida de um povo. Isso explica o surgimento de enormes fortunas feitas num único período administrativo de um vereador aqui, de um prefeito acolá. Por isso, a responsabilidade de vo-tar em pessoas honestas, de nomear gestores e de

exercer honestamente um cargo, condição básica do desenvolvimento e do progresso. A ficha limpa, a vassoura encontrada pela legislação eleitoral para varrer esse lixo publica-mente e não para baixo do tapete, uma infeliz tra-dição no país dos marajás desavergonhados. (Regina Marshall – Jornalista)

De voltaNo estaleiro há algum

tempo, desde que perdeu a influência como chanceler genérico, o aspone-mór da presidência da República, Marco Aurélio Garcia, vol-ta a voar. Desta feita, passa uma semana em Lima, debatendo a agenda de um centro de estudos sobre a democracia organizado pelo governo peruano, coisa que qualquer secretá-rio da nossa embaixada lá poderia fazer, sem maiores custos. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

GraveO Ministério Público da

União recebeu denúncia dando conta de que nada menos de 168 funcionários públicos do município cea-rense de Tianguá recebem ilegalmente dinheiro do programa Bolsas Família. Mandou abrir inquérito para apurar o fato e já pe-diu à Prefeitura a lista de todos os que receberam a grana nos últimos cinco anos. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

O pioneiroO empresário Luiz Estê-

vão é um pioneiro. Depois de ser o primeiro senador da história do Brasil a ter o mandato cassado por corrupção, é também o primeiro na devolução do dinheiro roubado. Entre-gou R$ 80 milhões, parte do butim amealhado das obras do TRT/SP. Deve mais R$ 900 milhões. Falta ser pioneiro cumprindo pelo menos parte dos 33

anos de cadeia. (Rangel Cavalcante – Jornalista)

O velho empurra-empurra

A Justiça Fluminense mandou soltar sete dos nove traficantes basea-dos na Rocinha que, em 2010, invadiram o Hotel Intercontinental, em São Conrado, fazendo reféns os hóspedes de 36 apartamen-tos, momentos de terror. O motivo seria o excesso de prazo por culpa da Polícia e do Ministério Público, segundo o desembargador que concedeu o habeas corpus.

Na verdade é culpa das leis brasileiras, cheias de brechas que, longe de fa-vorecerem os inocentes, acabam por colocar os grandes culpados sob a sombra da impunidade. (Neno Cavalcante – Jor-nalista)

PT e DilmaSurpreendidos com as

primeiras sentenças que são ditadas pelo plená-rio do STF, as principais lideranças do PT estão dominadas pela indignação e a perplexidade, identifi-cando o ranço político no julgamento. Surpreendem--se os petistas porque não se prepararam para lidar com as suas consequên-cias. O PT tem reagido sem método aos ataques da oposição, temendo eventu-ais prejuízos na eleição de outubro de 2012 e parece ver esse pleito como a oportunidade de um rear-ranjo. Uma chance que a presidente Dilma Rousseff aproveita, uma vez que, se distanciando do problema, ela se apresenta como uma solução. Até os petistas não que convivem bem com Dilma, começam a ver no sucesso de seu go-verno um bom recomeço para a fase pós-mensalão. (Tarcísio Holanda – Jor-nalista)

FENECRAT 2012 sinaliza oportunidades de negócios nos Sertões de CrateúsA XXV FENECRAT, feira multisetorial, acontecerá de 11 á 13 de outubro, com a perspectiva de atrair 18 mil visitantes

Medidas econômicas e linha dura aumentam popularidade de Dilma

A presidente Dilma Rous-seff continua bem avaliada pelos brasileiros. A mais nova pesquisa do Ibope, contratada pela Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quinta-feira, mostra que o Governo Dilma é aprovado por 62% da população – um crescimento de três pontos em relação à última pesquisa realizada no mês de junho.

Outro ponto importante é que Dilma bateu recor-de, também, na aprovação pessoal: 77% aprovam-na.

O índice é superior aos al-cançados com o mesmo tempo de Governo pelos ex-presidentes FHC (60%) e Luís Inácio Lula da Silva (54%).

Os altos índices de apro-vação podem ser creditados, em parte, às medidas adota-das pelo Governo Federal para dar mais estabilidade à economia, com redução da carga tributária, isenções e desoneração da folha de pes-soal de empresas de vários setores como iniciativa para manter os níveis de empre-

gos. A isenção da contribui-ção do INSS começa a valer a partir de janeiro de 2013.

A linha administrativa adotada pela presidente Dil-ma Rousseff – com mais dis-crição e menos estardalhaço, a postura técnica e menos política, e o compromisso transmitido de combate à corrupção, contribuem para os bons momentos de po-pularidade angariada pelo Governo Federal. Dilma tem motivos para comemorar.

O Governo da presidente Dilma Rousseff tem aprovação de 62% dos brasileiros, de acordo com a nova pesquisa CNI/Ibope.

Por: Luzenor de Oliveira

“Há 24 anos a Constituição Federal e a sociedade reclamam uma lei que estabeleça modalidades e limites para o exercício do direito de greve dos servidores públicos”Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)Sobre a regulamentação das paralisações nos órgãos municipais, estaduais e federais

GERAL

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www.gazetacrateus.com.brCrateús - Domingo, 30 de setembro de 2012

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Hermenegildo, urgente! Sar-cástico e irreverente, irônico, mordaz e inteligente, fazendo um mô pra vocês.Bomba! Bomba! Brasileira põe a virgindade em leilão. Uma catarinense de 20 anos, Catarina, estudante de Edu-cação Física em Sidney, na Austrália, trancou matrícula para aderir ao “Projeto Do-cumentário” de um cafetão australiano: “VirginsWanted” (procuram-se virgens) que, segundo ele, o projeto é visto como uma oportunidade de negócios. Catarina já recebeu um lance de $ 35 mil dólares australianos (R$ 74,5 mil). O arrematador precisa levar um atestado de saúde e outro de antecedentes criminais. Pelo menos, na Austrália, a virgindade ainda tem algum valor! Que você acha disso, compadre Zé?

MASCOTE DO MENSALÃO!!!E a turma lá de cima já anun-ciou que a mascote do MEN-SALÃO também é o tatu e está em votação para a escolha do melhor símbolo: TATUDO DOMINADO!

TATUDO NO ESQUEMA! TATUDO CONDENADO!Bomba! Bomba! Tão demo-lindo o casarão de Henrique Machado. Arrancaram portas e janelas que são mais de uma centena. É que, antes de demolir, querem dar uma refrescança no imóvel pra ele ficar mais fácil de ruir. Tem um pessoal acampado lá dentro pra impedir a desgraça e evitar que o patrimônio histórico da cidade vire pó. Mas, este Hermenegildo tem ideia melhor: trazer o pessoal acampado no Poço da Roça e botar lá dentro. Aí, nem o Cão em trajede lobisomem arranca esta turma de lá. Com a vantagem de não precisar de barraca, aguentar sol quente e ter onde armar rede. Acampamento urbano no Centro da cidade é uma maravilha.Sobre a política local, um dos candidatos que diz tem construído metade do Crateús e empregado 7.800 pessoas, tem como plataforma de campanha abolir a passa-gem do trem pelo centro da cidade. Para tanto, promete construir um túnel de légua

e meia desviando o itinerário da ferrovia para liberar car-ros e motos na passagem de nível. Tô com ele e não abro nem para o trem carregado de ferro. Outro candidato, ao iniciar o Programa Gratuito pelo rádio, faz o Sinal da Cruz, como quem vai rezar um rosário com o eleitor. Masss, novamente, outra vez, eu quero fazer trazi-mentoaqui do assunto do Dr. Kutrizuma Cals, o dentista do blog, aquele que, acometido de grande arrependimento pelas ofensividades feitas ao povo de Crateús, mas que não foi perdoado pela população. Dr. Kutrizuma Cals, tá em demanda de conseguir uma paz espiritual para alcançar o perdonismo dos seus ofen-didos e dirigir uma labuta de igrejismo,agua benta e convertimento religioso. Para tanto, lá mesmo na Capital do Ceará, ele pode ser visto, na Praça do Ferreira, com a Bí-blia em mostrança, fazendo papel de pastor evangélico em pregança do Evangelho do Amor, do Perdão e da Caridade. E nós aqui, que já sentimos o travor de suas

maldições, estamos inclina-dos ao aceitamento de seu projeto arrependísticode ele-vado humilhamento pessoal. Masss, sendo ele dotado de duplo personalismo individu-al, coisa que o tem levado, ao longo da vida, a muitas revi-ravoltasmudancistas e senti-mentalísticas, esperamos que seu projeto doutrinário de igreja, altar, sacristia e água benta, tenhaa duração do res-tante de sua atribulada vida, e que sua vida seja repleta de mortificações sacrificosase de prazerosas rezas e preces acompanhadas de jacula-tóriaselevadas aos santos e aoCriador.Dr. Kutrizuma ergue a Bíblia e no recitamento dos salmos diz: Eis aqui, meus irmãos, o Vademecum da Salvação. Aceitai o convívio diário com a Palavra divina que salva pelo perdão e pelo amor. Perdoai e sereis perdoados. Bem aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque deles é o Reino dos Céus. E assim, nessa sucum-bência pregatícia diária, ele se debruça no religiosismo de altar e confessionário,

buscando a paz interior e o verdadeirismo das virtudes.E nós aqui, irmãos na fé des-te (desculpem a cacofonia)doutrinamento, emboramente tendo um certo receio do imediatismo dessa prática de religiosidade, abrimos nossos corações empedernidos para nos irmanarmos nas graças

do perdão e do amor.Muito bem ensina o Provér-bio de Salomão 16, 18: CON-TRITIONEM PRAECEDIT SUPERBIA. A soberba é seguida do arrependimento.Ademã que vou em frente. Os cães ladram, mas a caravana passa.

Crateús de OntemMergulhando no túnel do

tempo, volto a destacar pes-soas e fatos vividos por cra-teuenses em priscas eras. Os mais antigos moradores de Crateús não desconhecem três sociedades comerciais que por aqui existiram a par-tir das décadas de 1940, cada umadas sociedades entre três irmãos, que participaram ativa e simultaneamente, e por longo tempo, da vida comercial da cidade.

Aprimeira das três socieda-des era formada pelos irmãos, Cícero, Enoque e Raimundo Macedo, conhecidos por Irmãos Macedo; a segun-da, formada pelos irmãos Epaminondas, José e Inácio Cavalcante Melo (Júnior Melo)e compunham a firma Cavalcante Melo e Cia., e a terceira, pelos irmãos José, Estêvão e Izauro Machado Portela, que compunham a firma Jose Machado & Ir-mãos. Os irmãos Macedo e os Machado eram estabelecidos

na Rua Pedro II, e os Caval-cante Melo, na Rua Moreira da Rocha. Chama-nos a aten-ção os nove irmãos compon-do três firmas, explorando o mesmo ramo, e sendo todos contemporâneos entre si. Todos eram comerciantes e exploravam a compra e ven-da de gêneros alimentícios, além de mamona, algodão, oiticica, cera de carnaúba, couros e peles silvestres.

À época, era o sábado o dia de maior movimento destas empresas, pois a tradicional feira daquele dia atraía para a cidade grande parte da população rural, tangendo comboios formados por ani-mais de carga, que enchiam nossas rústicas estradas em direção à cidade, cujos pro-dutos, originários da região, eram vendidos na feira ou negociados nos armazéns.

Constavam de milho, fei-jão, algodão, mamona, oiti-cica, farinha, goma, cera de carnaúba, cera de abelha,

conforme a época ou a safra. Apesar da precariedade

das estradas rodoviárias, havia pequena movimenta-ção de caminhões que iam buscar mercadorias na fonte. Dentre os caminhoneiros citamos Ananias, Emídio Al-canfor, Amadeu Sales, Chico Quinca, Raimundo Ziziu, Zé Epifânio, Dideus, irmãos Lourival e Chico Vale, Mane-lim Melo de Lima, Antônio Claudino,Zealves eainda o caminhão GMC dos irmãos Machado, que transportava mercadorias de Novo Orien-te, Palestina, Lagoa dos Ne-res, Santa Rita, São Vicente, Vila Coutinho e outras loca-lidades mais distantes.

Além de cereais, a firma Jose Machado & Irmãos comprava também peles de caprinos, ovinos, peles de cobra (jiboia), gato maracajá e grande quantidade de couro de Tejo. Era elevado o preço pago por um couro de gato do mato ou de onça.O ma-

tuto que conseguisse abater um maracajá sem danificar o couro, contava com valor capaz de surtir sua dispensa por vários dias. A pele do Tejo tinha pequeno valor, mas era grande a quantidade de peles deste animal. Para a sua cotação era necessário que medisse 22 centímetros de largura por 30 de compri-mento. O Tejo, facilmente encontrado nas nossas ma-tas, era bastante perseguido, principalmente por ocasião das primeiras chuvas, quan-do deixava a toca para se aquecer e procurar alimento. Por ser um lagarto que se alimenta de raízes, quando abatido sua carne era bastante apreciada por algumas famí-lias do meio rural. A banha era aproveitada, pois servia de remédio para inflamação de garganta.

Ao chegarem os comboios e após a liberação das cargas, os animais eram amarados nas cercas de trilhos que

guarneciam o corte na Rua Almirante Tamandaré, ou embaixo de árvores existen-tes na Rua Dom Pedro II. A volta para casa, acontecia na parte da tarde, após as tradi-cionais compras de manti-mentos não produzidos pelos nossos irmãos camponeses.

A exportação dos nossos produtos com destino à Ca-pital do Estado, e de lá, para outros centros, era feita atra-vés do trem. Mas, tínhamos aqui uma frota de caminhões que se dedicavam a esse transporte, pertencente a Zé Mourão, Zé Arteiro, Manoel Sobreira, Moacir Bezerra, Mundinho Bezerra, Manoel Leite, Manoel Mourão, Chico Vale, e outros caminhoneiros que continuamente tinham viagens para Fortaleza.

Algumas vezes, represen-tantes de firmas de Fortaleza vinham a Crateús para com-prar couros de gato, de onça, de cobra jiboia e de Tejo. Lembro-me de José Melo,

conhecido por Zé Zuza, além de seu Luiz da COPEL, que depois fixou residência em Crateús, quando percorria estabelecimentos comerciais à procura desses produtos.

Cada um dos componentes daquelas antigas e raras so-ciedades deixou sua história na vida desta cidade. Hoje, todos eles, repousam na Man-são Celestial.

Uma Curiosidade: encon-tram ainda vivas as viúvas dos irmãos Cavalcante Melo. Dona Mundinha Melo, que é mãe de José Ivan Melo, às vésperas dos 104 anos, encontra-se em plena lucidez e dá conta de tudo o que se passa em sua casa, em For-taleza. Dona Biluca Melo já está perto do centenário e, Dona Toínha está na faixa dos 95 anos.

Sociedades entre irmãosFlávio Machado

TIRADAsHermenegildo Catão

Cantinho da PoesiaA confessada

Era tão linda assim, ajoelhada, As mãos unidas com suave gesto,Os olhos baixos, e um sorrir modestoDe seus lábios na curva imaculada!

De um sacerdote aos pés severo e mestoEla curvara a fronte delicada,E dizia-lhe baixo e sossegadaDe sua vida o deslizar honesto.

Mas súbito uma nuvem cor-de-rosaAo rosto lhe subiu fugaz meteoro!E a voz tremeu-lhe inquieta e suspirosa...

E pude ver, sombrio Lovelace,Esta palavra – amor – em letras de ouroTraçadas no carmim de sua face.

Gonçalves Crespo

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Blenda Camerino F. C. MourãoODONTOPEDIATRIA/PERIODONTIA - CRO-CE: 5567

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

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GAZETA DO CENTRO-OESTECrateús - Domingo, 30 de 2012

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Afrouxando o Riso

Comunicando

Remorso e hipotermia

Faz anos, vimos cobrando uma tomada de posição por parte do Ministério Público local, sobre a nulidade e a ineficácia da Lei Municipal N° 320/98 aprovada pela Câmara Municipal, em 19 de junho de 1998, doando para uma ASSOCIAÇÃO INEXISTENTE os imóveis do Centro de Abastecimento João Afonso, do Mercado Antônio Pierre e do Merca-do Velho. Não apenas uma tomada de posição, mas, so-bremodo, que seja impetrada uma Ação de Reintegra-ção de Posse dos referidos imóveis junto à Justiça de Crateús.

Pela cópia da Lei 320/98, fica claro que a Administra-ção Pública Municipal não adotou o procedimento legal para doação de bem público imóvel, relegando o caminho que garantia ao Município os melhores resultados ao dispor de seu patrimônio e, sobretudo, que beneficiasse a coletividade.

O Artigo 3º da referida lei diz: (sic)“A escolha dos

donatários ficará sob a in-teira responsabilidade da Entidade representativa dos comerciantes legalmente constituída, que indicará através de critério próprio a ser estabelecido, a quanti-dade de unidade imobiliária que será contemplado o beneficiário, cujo nome, nú-mero do imóvel, metragem, avaliação, deverá figurar obrigatoriamente na rela-ção fornecida pela aludida entidade.

No Parágrafo Único está escrito: ”As áreas em comum de livre acesso, com ruas internas, banheiros, portões e áreas de entrada, passarão para a propriedade da AS-SOCIAÇÃO REPRESEN-TATIVA E LEGALMENTE REGISTRADA”.

À época desta aberração jurídica, o Ministério Pú-blico local, possivelmente, estaria de olhos vendados, ouvidos moucos e boca amordaçada, para não re-agir a tamanho descalabro jurídico, sem pressentir que o patrimônio públicomuni-

cipal, de inestimável valor e elevada necessidade para o município, estava sendo-dilapidado e ilegalmente doado mediante uminstru-mento jurídico espúrio (lei 320/98), para uma ASSO-CIAÇÃO INEXISTENTE. Ainda assim, a doação teria que passar por um processo de licitação, como estabelece a Constituição Federal.

A alienação de bem pú-blico tem regras a ser ob-servadas. Qualquer bem da Administração, antes de alienado, precisa ser avalia-do. O interesse público na avaliação precisará sempre estar justificado nos autos do processo administrativo respectivo; a alienação de imóveis precisa ser licita-da, a menos que se trate de qualquer das operações previstas nas alíneas “a” a “f” do Inciso I do art. 17 da Lei 8.666/93.

Que a farsa desta lei 320/98, mal redigida, sem ter como suporte a obser-vância dos princípios da legalidade, moralidade, im-

pessoalidade, supremacia do interesse público, igualdade, aprovada com o objetivo único de beneficiar pessoas, seja mostrada, em audiência pública, à sociedade de Cra-teús. O Ministério Público precisa investigar, em todos os pormenores, a existência da tal ASSOCIAÇÃO RE-PRESENTATIVA a que a lei se refere.Precisa mostrar o retrato dessa Associação. O povo de Crateús não a conhece, não sabe o seu nome, desconhece sua dire-toria, ignora o que ela faz, não sabe o endereço de sua sede, se ela tem registradosos estatutos em cartório,e que ela mostre, através do CNPJ, a consistência de pessoa ju-rídica. Que seja revelado ao público o nome do seu presi-dente e demais membros de sua diretoria, o teor de seus estatutos e o documentário de suas realizações ao longo de todo esse tempo.

Este jornal, que há vários anos reclama providências ao Ministério Público, no sentido de que os imóveis

em apreço sejam restituídos ao patrimônio do município de Crateús, encaminhou, em 19/01/2011, à Promotoria Pública, um Pedido de Pro-vidências, no sentido de que sejam apuradas responsabi-lidades do prefeito à época da ocorrência da doação, bem como dos vereadores que aprovaram a citada lei, por praticarem ato de im-probidade administrativa (Lei 8.429/92), bem como em relação aos beneficiários com as doações.

Os efeitos nocivos dessa lei de doação dos imóveis em referência causou à cidade o pior dos males, um grande prejuízo e um empecilho sem tamanho que trava a atuação do Poder Público Municipal de poder construir no local desses imóveis projetos ar-quitetônicos de elevadíssima utilidade para a população e para o paisagismo urbano. A Prefeitura de Crateúse a população, por sua vez, não podem tolerar a imundície e a insalubridade que se con-centram nos referidos imó-

veis, locais onde se praticam variados tipos de comércio, ferindo todas as normas da Vigilância Sanitária. Esta-beleceu-se uma questão de saúde pública nos locais dos imóveis doados, com a qual a cidade não pode continuar a conviver. Há de ser esta-belecido um acordo entre Prefeitura e comerciantes dos referidos mercados,no sentido de que se ponha fim àbalbúrdia que se formou a partir da ilegalidade das doações de nossos mercados. A sociedade espera há muito tempo por uma resposta do Ministério Público ao im-passe que se estabeleceu e precisa ser solucionado.Mas, ao que parece, a instituição Ministério Público não ousa suportar um possível desgas-te decorrente da revisão da Lei Municipal N° 320/98, que trava o progresso da cidade de Crateús e condena a cidade a viver no atraso do Século passado, a suportar a sujeira e a não permitir a intervenção da Vigilância Sanitária.

A inaceitável omissão do Ministério Público na Lei que doou os mercados de Crateús

João, casado com Maris-tela, era extremamente ciu-mento dela e tinha lá seus motivos, pois os atributos de Maristela faziam qual-quer um perder a cabeça. Por causa seus atributos roliços e enfeitiçadores, ela também perdia a cabe-ça e dava uma colher de chá para os amigos mais chegados.

Desconfiado, João passou a tecer armadilhas para fla-grar a mulher em adultério. Tudo em vão. Nunca conse-

guiu descobrir nada. Bateu--lhe então um remorso que o levou a sentir profunda depressão e, daí até morrer foi um passo. Teve morte assistida com sacramento e tudo e foi para o céu, onde já havia chegado antes seu amigo Joaquim.

Surpreso, Joaquim falou: João, você aqui? Você mor-reu? De quê?

Morri de remorso. Des-confiei de Maristela me bo-tando chifres. Fiz de tudo, chegava em casa em horá-

rios diferentes, inventava viagens e vigiava a porta da casa. Nunca descobri nada. Morri de remorso. – E você? Também morreu? De que morreu?

- Morri de hipotermia. Morri congelado e você foi o culpado.

- Eu? Culpado? Que his-tória é essa?

- É... Se você tivesse aberto a porta do freezer nós dois teríamos escapa-do...

Flash do PassadoA carroça do lixo

Tenho que agradecer a Deus pelo tempo já vivi-do ou que ainda viverei, quando muitos que vieram depois de mim já se foram sem que tomassem conhe-cimento da nossa “Carroça do Lixo”, que percorria as ruas de Crateús, carregando para o “monturo” a nossa parca sujeira.

Pois é; alcancei a cidade de Crateús, nos anos 40 e 50, tendo o seu lixo reco-lhido de porta em porta por uma carroça de caçamba, puxada a burro. Cada casa possuía uma lata apropriada

para depositar o seu lixo, que era colocado na beira da calçada. O carroceiro passava, despejava o lixo na carroça e devolvia a lata ao dono. O monturo era localizado (pasmem!) no Centro da cidade, num terreno baldio situado atrás do Hotel Rodolpho, na Rua Cel. Zezé, hoje, proprieda-de da TELEMAR.

Por este simples detalhe, podemos avaliar o quanto era pequena a nossa cidade, e o quanto ela cresceu e se transformou, num perío-do de seis décadas. Hoje,

difícil é conseguir local para localizar o que não mais podemos chamar de “monturo”, mas de aterro sanitário ou rampa do lixo. Lembro-me ainda do Rai-mundo carroceiro, talvez o último desses profissionais encarregados de coletar o lixo da cidade. Havia ape-nas uma carroça destinada a este trabalho. O carroceiro era também o tratador do burro que puxava a carroça coletora de nossos “resídu-os”. Deveria ganhar uma merreca para executar tão humilde serviço.

César Vale

Roberto GurgelProcurador-geral da República, prometendo que haverá um esforço para andamento a investigações sobre o mensalão em vários Estados, uma vez consolidadas as sentenças do Supremo.

“Assim que terminar esse julgamento, haverá um esforço para dar andamento a essas ações”

“Quem gasta dinheiro na eleição, ou já roubou ou ainda vai roubar”Dom Aloísio LorscheiderSaudoso arcebispo de Fortaleza, voz firme e forte contra a força do poder econômico nas disputas eleitorais, na época deixando em polvorosa elites financeiras ingressas na política como forma de aumentarem as fortunas.

GERAL

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Com 12 anos e vivendo há oito com coração doado, a menina Nívia Maria Castro Alves é a cearense que irá estampar com sua história as campanhas de doação e transplantes de órgãos do Ministério da Saúde. Acompanhada da mãe, Francisca, ela foi a Brasília, em agosto, para ser produzida e fotografada para a campanha.Nívia recebeu coração saudável em 2004, aos quatro anos, no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes, da Secretaria da Saúde do

Estado. Ele está na rela-ção dos 285 transplantes de coração realizados no Ceará desde 1998, quando foi implantada a Central de Transplantes do Ceará.

BRASÍLIA, 21 Set (Reu-ters) - A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta sexta--feira declaração do relator da ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribu-nal Federal (STF) e disse que a “surpresa” expressa em de-poimento em 2009 referia-se ao “histórico acordo” entre partidos para a aprovação do marco do setor energético no Congresso.

O ministro Joaquim Bar-bosa citou na quinta-feira, durante sessão do julgamento do chamado mensalão no

STF, trecho de depoimento de Dilma, no qual ela disse “ter ficado surpresa com a rapidez que foi aprovada na Câmara dos Deputados o marco do setor energético”, em 2003.

Barbosa usou o trecho para concluir que poderia-se “assim avaliar a dimensão das atribuições dos parla-mentares, que funcionaram como verdadeira mercadoria em troca dos pagamentos milionários”.

Dilma disse que, em de-zembro de 2003, o então

presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou duas medidas provisórias ao Congresso para criar um marco regula-tório para o setor de energia. As MPs foram votadas e aprovadas na Câmara, e se-guiram para o Senado.

“No Senado, as MPs fo-ram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição”, disse Dilma em nota oficial.

“Surpresa, conforme afir-mei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida apro-vação por parte de todas as forças políticas que com-preenderam a gravidade do tema”, disse ela.

O chamado mensalão foi a pior crise política do governo do ex-presidente Lula e veio

Ao 83 anos, saiu de cena a dama da televisão brasileira Hebe Camargo. Hebe faleceu em sua residência, no Morumbi, no último sábado de parada cardíaca.A história de vida de Hebe se confunde com apropria história da Televisão brasileira. Ela lutava desde janeiro de 2010 contra um câncer no peritônio, e havia sido internada por três vezes. No SBT ao lado de Sílvio Santos, pontificou por 25 anos e entrevistou as mais ilustres e destacadas celebridades do Brasil e do mundo. Seu corpo foi velado no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo e sepultado na manhã de domingo, no cemitério Gethsêmani, no Morumbi, às 10h30, acompanhado incontável número de fãs, amigos, admiradores e autoridades.

O adeus de Hebe

Cearense vira garota- propaganda

Dilma rebate Barbosa e diz que “surpresa” foi com “acordo histórico”

à tona em 2005. O suposto esquema funcionaria com o desvio de recursos públicos para a compra de apoio par-lamentar ao governo.

O então ministro da Casa Civil, José Dirceu, o presi-dente do PT à época, José Genoino, e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares são réus no processo.

Dilma era ministra de Mi-

nas e Energia do governo Lula em 2003 e assumiu a Casa Civil com a saída de Dirceu na esteira do escân-dalo.

Na nota, Dilma citou o “apagão”, uma “histórica crise na geração e trans-missão de energia elétrica”, ocorrida entre 2001 e 2002 no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Como disse no meu de-poimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, ‘ou se reformava ou o setor que-brava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgen-tes e claras’”, disse Dilma.

(Reportagem de Hugo Bachega)