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Edição nº 35 – Julho 2015
Workshop – Educação em valores, desenvolvimento humano e cultura de paz
EQUIPE CAPE Dirigente: Fabiula de Paula Secchin
Agentes de Apoio: Geisa Genaro Rodrigues e Susete Ferreira Magalhães.
Assessoria Técnica Pedagógica:
Camila Ferreira Moreira Agente Técnico (Assistente Social):
Andreia Lima de Cristo
Fernanda Talita F. da Cruz Apoio Administrativo
Gleisiane Rodrigues Leão
Telefone: (27) 3194-4733/4734/4735
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional de Implementação
das Políticas de Educação (CAPE), participou na segunda-feira (20/07) do 1º Workshop do projeto "Educação em Valores,
Desenvolvimento Humano e Cultura de Paz”, resultado de parceria do MPES com a Secretaria Estadual de Educação
(SEDU), a empresa ArcelorMittal e o escritório Migliori Consultoria. O principal objetivo do projeto é investir em
atividades e ações de resgate dos valores humanos e desenvolver uma cultura de paz nas escolas.
Participaram da capacitação 336 educadores de 13 escolas estaduais e 28 educadores de uma escola municipal, que
juntas trabalham com mais de 10,1 mil estudantes da rede pública de ensino. A coordenação do projeto é de Regina
Migliori, da Migliori Consultoria, que desenvolveu o chamado “MindEduca”, programa utilizado na capacitação. O
“MindEduca” integra conhecimento neurocientífico, práticas de atenção plena, neurociência cognitiva-comportamental e
estratégias de desenvolvimento humano, visando ao equilíbrio subjetivo, aperfeiçoamento pessoal, atitudes
autorreguladas e à mudança de comportamento, com foco em valores de cultura e paz.
Uma das responsáveis pela implementação do projeto, a dirigente do CAPE, Promotora de Justiça Fabíula de Paula
Secchin, representou o MPES na abertura do evento, que também contou com as presenças do secretário de Estado da
Educação, Haroldo Rocha; da coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Vitória,
professora Débora Almeida de Souza; e do diretor comercial da ArcelorMittal, Gustavo Fontana.
ghgj
Professores municipais poderão ter salário
complementado pelo governo federal
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apresentou
uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC
63/2015), estabelecendo que a União pague uma
parte do salário dos professores municipais, para que
nenhum professor fique sem receber, pelo menos, o
piso nacional, de R$ 1.917,78. Mais detalhes no
Projeto em Destaque, da Rádio Senado. Ouça o áudio no site original aqui
Câmara rejeita Ensino Médio obrigatório em
prisões
A Comissão de Finanças rejeitou no último dia 15
proposta que torna obrigatória a oferta de ensino
médio em penitenciárias. Como o parecer da
comissão é terminativo, o texto será arquivado, a não
ser que seja apresentado recurso ao Plenário.
A proposta rejeitada é o substitutivo do Senado ao
Projeto de Lei 25/99, do ex-deputado Paulo Rocha
(PA), que modifica a Lei de Execução Penal
(7.210/84). Hoje a lei prevê oferta obrigatória apenas
de ensino fundamental e de ensino profissional. Leia
mais...
Mães recorrem à polícia para garantir matrícula de filhos com deficiência
Família teve vaga negada mesmo depois de liminar expedida pela Justiça. Escolas exigem que pais
paguem custos com profissionais especializados
Matricular filhos com deficiência em escolas particulares de Paulínia(SP) tem se transformado num
drama para muitas famílias. Na cidade, há casos de mães que foram obrigadas não apenas a
recorrer à Justiça para conseguir a vaga, como tiveram de buscar a Polícia Civil para garantir o
cumprimento da decisão judicial.
Este é o caso da gerente administrativa Cleide Doutor da Silva, que já há quase um ano briga com a
Escola Adventista de Paulínia para garantir atendimento ao filho - acometido por uma ataxia
congênita, patologia que provoca tremores constantes – em especial na cabeça e mãos - e
dificuldades severas de coordenação motora.
De acordo com a mulher, a escola - que no início de julho foi acusada de cobrar taxa extra para
matricular uma aluna com síndrome de Down – cria seguidos empecilhos para evitar a matrícula do
menino. Leia mais...
Discussão sobre gênero volta à pauta da Educação com nova diretriz
Após longas discussões na Câmara dos Deputados, a palavra "gênero" foi banida do texto final do
PNE (Plano Nacional de Educação), que traça diretrizes para o setor, em vigor desde o ano passado.
Em seguida, Estados e municípios, pressionados por bancadas religiosas, tiraram referências à
questão de gênero de suas diretrizes para a próxima década. Agora, o termo volta ao ambiente
educacional com o aval do MEC (Ministério da Educação). Leia mais...
ghgj
MEC cancela avaliação de alfabetização para cortar gastos
O Ministério da Educação (MEC) cancelou a realização da Avaliação
Nacional de Alfabetização (ANA) para este ano. O corte de gastos é o
principal motivo. A prova avalia o desempenho de todas as crianças do
3.º ano do Ensino fundamental de Escolas públicas e é prevista na
legislação para ocorrer todos os anos.
A ANA foi criada com o Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa
(PNAIC), lançado pela presidente Dilma Rousseff em 2012. A decisão
interrompe a série de provas iniciada em 2013. No ano passado, 2,9
milhões de crianças participaram do exame, que custou R$ 150 milhões
aos cofres públicos.
O cancelamento do monitoramento de Alfabetização é mais um impacto
do aperto nos gastos na área de Educação. Programas estratégicos,
como o Financiamento Estudantil e o Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), também tiveram cortes.
Unicef: de cada 4 alunos brasileiros, 1 está atrasado nos estudos
Estudo foi realizado em grandes cidades brasileiras com crianças de 6 a 14 anos; violência é um dos
motivos da defasagem. De cada quatro alunos, um está bem atrasado nos estudos. É o que diz um estudo
da Unicef em grandes cidades brasileiras com crianças de 6 a 14 anos. A violência é um dos motivos da
defasagem. Leia mais...
Negligência em abandono intelectual de menor justifica representação do MP
O juiz não pode indeferir representação contra os pais sob o argumento de falta de interesse
processual, como determina o artigo 295, inciso III, do Código de Processo Civil, se o Ministério
Público acena com fortes indícios de negligência na tutela do filho. Por isso, a 7ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul mandou dar sequência à ação por abandono intelectual
praticado contra uma menina, que deixou de frequentar as aulas sem motivo no interior gaúcho.
Na apelação, o MP alega que a representação está ancorada na Ficha de Comunicação de Aluno
Infrequente (Ficai), dado que a escola e o Conselho Tutelar não conseguiram fazer a aluna retomar as
aulas. Leia mais...
ghgj
PF deflagra operação contra desvios na educação em três estados e DF
Foi deflagrada nesta segunda-feira (13) uma operação da Polícia Federal contra desvios de recursos
federais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb). A operação Águia de Haia, liderada pela Superintendência da
Polícia Federal na Bahia, visa cumprir 96 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão
preventiva nos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo, além do Distrito Federal.
De acordo com a PF, a operação tem o objetivo de desarticular a organização criminosa que forjava
licitações e desviava recursos federais do Fundeb, com o apoio de agentes públicos e mediante o
pagamento de propina. Leia mais...
Educação saqueada - Projeto do Ministério Público revela condições precárias de escolas
públicas em todo o país e escancara descaso e má gestão das verbas federais
Há crianças comendo merenda no chão por falta de mesas. Há salas que funcionam no mesmo espaço
de um posto de saúde. Faltam portas e janelas na escola que fica tão fria a ponto de a professora dar
aula do lado de fora para aproveitar o sol. Não há banheiros, mas latrinas. Não há sequer energia
elétrica. Se esses fossem relatos do início do século passado, o choque seria menor.
Mas são condições encontradas de um ano para cá, em unidades de ensino de Norte a Sul do País, por
promotores e procuradores da República do projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc).
Criado em abril de 2014, a ação é uma parceria entre o Ministério Público Federal e MP estaduais
para fiscalizar as escolas públicas nas últimas posições do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb).
A iniciativa tem revelado um cenário ainda mais preocupante do que já se esperava. Leia mais...
Uso de cadeirinhas no transporte escolar é aprovado
Os trabalhadores do transporte Escolar de Campo Grande aprovaram a medida do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran) que tornou obrigatório o uso de cadeirinhas e assentos de segurança nos
veículos desse tipo de serviço. Diferente do que acontece em outros Estados e capitais, aqui não
houve protestos contrários à decisão, que foi anunciada na última sexta-feira (17) através da Resolução
533, mas que passa a valer somente em 1º de fevereiro de 2016.
Carteira de saúde poderá ser exigida para matrícula na educação infantil
A Câmara analisa o Projeto de Lei 43/15, apresentado pelo deputado Sergio Vidigal (PDT-ES), que
obriga os pais ou responsáveis a apresentar a caderneta de saúde da criança para efetivar a matrícula
e sua renovação na educação infantil.
A caderneta é um instrumento de vigilância sanitária para controle epidemiológico e prevenção de
doenças infectocontagiosas. É também um recurso pedagógico, pois traz informações sobre cuidados
gerais relacionados com o desenvolvimento físico e emocional da criança, como amamentação, saúde
bucal e auditiva.
A medida estava prevista no Projeto de Lei 3904/08, da ex-deputada Sueli Vidigal (ES), esposa de
Sérgio, mas foi arquivado com o fim da última legislatura. "Nosso projeto pretende ser mais um
recurso para induzir pais e responsáveis a vacinar regularmente suas crianças", argumenta o
deputado.
Ele defende que o documento – hoje usado por 70% das mães, segundo estimativa do Ministério da
Saúde – pode ser utilizado por um número maior de famílias se houver campanhas de divulgação e
políticas públicas como a prevista no projeto. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei 9.394/96).
Tramitação
A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Educação; de Seguridade Social
e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Íntegra da proposta: PL-43/2015
ghgj
TJMG DECIDE QUE A RESPONSABILIDADE PELO FORNECIMENTO DE
TRANSPORTE ESCOLAR ESTÁ ADSTRITA AO ENTE PÚBLICO QUE EFETUOU A
MATRÍCULA DO ALUNO
REMESSA OFICIAL E APELAÇÃO CÍVEL VOLUNTÁRIA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
LEGITIMIDADES ATIVA E PASSIVA AD CAUSAM PRESENTES. TRANSPORTE ESCOLAR PARA
ESCOLA ESTADUAL. MUNICÍPIO. OBRIGAÇÃO INEXISTENTE. SENTENÇA REFORMADA. 1.
O Ministério Público tem legitimação ativa extraordinária para defesa de direitos coletivos
indisponíveis (art. 127 da Constituição da República), dentre eles, o direito à educação. 2.
Em tese, o município tem a obrigação de fornecer transporte escolar, pelo que está
legitimado para responder por eventual omissão. 3. Os Municípios devem fornecer
transporte escolar para os alunos da rede municipal de ensino (art. 11, VI, da Lei nº 9.394,
de 1996). 4. Os Estados fornecerão o referido transporte para os alunos da rede estadual de
ensino (art. 10, VII, da mesma Lei). 5. Não comprovada a existência de convênio entre o
Município de Toledo e o Estado de Minas Gerais para o primeiro fornecer transporte
escolar para os alunos da rede estadual de ensino, a obrigação de prestar o serviço
mencionado não existe. 6. Assim, revela-se insustentável a sentença que impôs a obrigação
indevida ao município. 7. Remessa oficial e apelação cível voluntária conhecidas. 6.
Sentença que acolheu a pretensão inicial reformada no reexame necessário, prejudicada a
apelação voluntária e rejeitadas três preliminares. (TJMG - Ap Cível/Reex
Necessário 1.0251.13.000835-1/002, Relator(a): Des.(a) Caetano Levi Lopes , 2ª CÂMARA
CÍVEL, julgamento em 17/06/2015, publicação da súmula em 24/06/2015)
TJRJ DECLARA NULIDADE DE SENTENÇA PARA QUE PRIMEIRO GRAU ANALISE SE
OS GASTOS EMPREGADOS COM VESTIMENTAS E ACESSÓRIOS PODEM SER
CONSIDERADOS COMO INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA. PARCER SOBRE AS CONTAS DA PREFEITURA DE
MAGÉ. INTERESSE DE AGIR. PRESENÇA. SENTENÇA NULA. 1. A autora sustenta a presença
de interesse processual na demanda ajuizada em face do Estado do Rio de Janeiro,
perquirindo a anulação de itens de parecer sobre suas contas, enquanto prefeita do
Município de Magé no exercício de 2008, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio
de Janeiro (TCE/RJ). 2. Equivocadamente, o magistrado sentenciante considera
coincidentes os objetos das demandas criminais em curso na Justiça Federal e na Justiça
Estadual com a presente ação cível. 3. Nas referidas ações penais, o que se analisa é o
desvio de verbas repassadas para o investimento em educação, ao passo que na presente
ação, a demandante pleiteia a anulação de itens de parecer técnico emitido pela Corte de
Contas fluminense, em que se afirmou o descumprimento do disposto no caput do artigo
212 da Constituição da República. 4. Ainda que o plano de fundo de ambas as ações seja o
investimento em educação pela Prefeitura de Magé no ano de 2008, a investigação sobre o
desvio de verbas do FUNDEB não necessariamente se confunde com o cumprimento do
referido dispositivo constitucional. 5. O cerne da quaestio trazida à análise do Poder
Judiciário, na presente ação, é se o gasto com mochilas, camisetas, casacos e etc. são gastos
assistenciais ou podem ser classificados como investimentos em educação e não se houve
desvio de recursos do FUNDEB. 6. Verifica-se, portanto, a necessidade do provimento
jurisdicional pretendido, bem como sua utilidade, que poderá significar a aprovação, ao
menos nesse tópico, das contas da autora, enquanto gestora dos recursos do Município de
Magé em 2008. 7. Ao extinguir o feito sem resolução de mérito, na forma do artigo 267, VI,
do CPC, por ausência de interesse de agir, laborou o juízo de primeiro grau em error in
procedendo, que fulmina de nulidade a sentença em exame. Precedentes do TJRJ. 8.
Sentença Nula. (TJRJ –Processo nº 0428615-78.2010.8.19.0001, Relator(a): Des.(a) José Carlos
Paes, 14ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 07/07/2015)
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PARA TJRJ NÃO HÁ QUE SE FALAR EM “GRATIFICAÇÃO DO FUNDEB” POR
AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CONSTITUCIONAL. FUNDEB. GRATIFICAÇÃO.
INOCORRÊNCIA. Na espécie, pretende a apelada a gratificação do FUNDEB, eis que exerce
atividade de professora na educação básica. Artigo 22 da Lei n.º 11.494/2007, que
estabelece que 60 % do fundo deverá ser utilizado para pagamento da remuneração dos
profissionais da área da educação básica. Lei n.º 11.738/2008, que prevê a instituição de
piso de remuneração mínimo, o qual o FUNDEB deve ser utilizado para alcançar tal valor.
Inexistência de previsão nos referidos diplomas legislativos, além do Decreto n.º
6.253/2007, de qualquer gratificação decorrente do FUNDEB. Abono que só pode ser
instituído por ato discricionário da Administração Pública. Impossibilidade de interferência
do Poder Judiciário. Município que comprova que investe mais de 60 % do valor do
FUNDEB no pagamento da remuneração dos professores da educação básica. Recurso a que
se dá provimento, nos termos do artigo 557, § 1º - A do CPC, para julgar improcedente a
pretensão autoral. (TJRJ, Apelação Cível nº 0052742-72.2011.8.19.0014, Relator(a): Des.(a)
Cherubin Schwartz, 12ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 17/06/2015)
JUSTIÇA MANTÉM REMUNERAÇÃO DE PROFESSOR ESTADUAL EM LICENÇA PARA
APRIMORAMENTO PROFISSIONAL
MANDADO DE SEGURANÇA. PROFESSOR ESTADUAL. LICENÇA REMUNERADA PARA
APRIMORAMENTO PROFISSIONAL. PODER DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES. DIREITO LÍQUIDO E CERTO
CONFIGURADO. I- Nos termos da Lei Estadual n. 13.909/2001, a concessão de licença para
o aperfeiçoamento profissional dos servidores da área da educação do Estado de Goiás,
depende, além do preenchimento dos requisitos elencados em seu art. 116, da análise
discricionária da Administração Pública. II- Com base na teoria dos motivos determinantes,
uma vez editado o ato discricionário e explicitados os motivos que o embasaram, fica o
administrador vinculado aos mesmos, podendo o interessado provocar o controle
jurisdicional, em busca da constatação da coerência entre o ato administrativo e os motivos
apresentados para justificá-lo. III- No caso, o pedido de licença para aprimoramento
profissional apresentado pela impetrante, para participação do curso de mestrado,
indeferido pela autoridade impetrada, ao argumento de carência de professores efetivos na
rede estadual, agravado pela suspensão de concursos públicos, não se mostra de razoável
motivação, quando se constata que a solicitante comprovou todos os requisitos legais
necessários ao deferimento da licença pretendida. IV- Mostrando-se, pois, insubsistente a
negativa apresentada pela Administração Pública para o indeferimento da licença
solicitada, e satisfeitos os demais requisitos previstos na legislação estadual correlata, resta
configurada ofensa a direito líquido e certo a ser sanada mediante a concessão da
segurança vindicada. SEGURANÇA CONCEDIDA. (TJGO, MANDADO DE SEGURANCA
128021-46.2015.8.09.0000, Rel. DR(A). ROBERTO HORACIO DE REZENDE, 1A CAMARA
CIVEL, julgado em 23/06/2015, DJe 1822 de 09/07/2015)
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TJSP NEGA TRANSPORTE ESPECIAL A ALUNA QUE FREQUENTA INSTITUÇÃO
FORA DO ÂMBITO EDUCACIONAL
TRANSPORTE ESCOLAR GRATUITO. Autora portadora de síndrome de Down. Pretensão
à continuidade do transporte especial fornecido pela Municipalidade em decorrência
de convênio firmado com entidade de ensino. Autora que não se encontra mais
frequentando o programa educativo da instituição, por ter completado 30 anos de
idade. Permanência na instituição, mas fora do âmbito educacional, que não justifica,
por si só, o transporte pleiteado. Núcleo assistencial não coberto pelo convênio
celebrado com a Municipalidade. Portaria SME 5550/2011. Sentença de procedência.
Recurso provido para julgar a ação improcedente. (Relator(a): Antonio Carlos
Villen; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: 10ª Câmara de Direito Público; Data do
julgamento: 08/06/2015; Data de registro: 20/07/2015).
TJRS MANTÉM IMPROCEDÊNCIA DE SENTENÇA EM RAZÃO DE INCIDENTE
QUE DECLAROU INCONSTITUCIONAL O ART. 2º, §4º DA LEI Nº 11.738/08,
REFERENTE À ATIVIDADE EXTRACLASSE
APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO. MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO SUL.
MAGISTÉRIO MUNICIPAL. LEI FEDERAL Nº 11.738/08, ART. 2º, §4º. HORA-ATIVIDADE.
INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO ÓRGÃO ESPECIAL. INCIDENTE DE
INCONSTITUCIONALIDADE Nº 70059092486. Conforme se observa do teor da decisão
da ADI nº 4167 no Supremo Tribunal Federal, "colhido o voto do Presidente, Ministro
Cezar Peluso, que julgou procedente a ação relativamente ao §4º do ar.t 2º da Lei
11.738/2008, o Tribunal julgou a ação improcedente, por maioria. Quanto à eficácia
erga omnes e ao efeito vinculante em relação ao §4º do art. 2º da Lei nº 11.738/2008, o
Tribunal decidiu que tais eficácias não se aplicam ao respectivo juízo de
improcedência." A pretensão da parte autora de assegurar o direito ao terço de jornada
para atividade extraclasse está amparada em norma declarada inconstitucional pelo
Tribunal Pleno desta Corte, observada a cláusula de reserva de plenário consagrada no
art. 97 da CF e a dispensa do art. 481, §único, do CPC, diante do julgamento do
Incidente de Inconstitucionalidade Nº 70059092486 pelo Tribunal Pleno desta Corte em
26/05/2014, por maioria absoluta. Ausência de motivo relevante a provocar novo
pronunciamento do Órgão Especial sobre a matéria. O próprio teor do art. 211 do
Regimento Interno prevê que a decisão denegatória ou declaratória de
inconstitucionalidade, se proferida por maioria de dois terços, constituirá decisão de
aplicação obrigatória em casos análogos, não trazendo a apelante qualquer argumento
novo para o Órgão Fracionário suscitar nova manifestação do Órgão Especial sobre o
tema. Precedentes da 3ª e 4ª Câmaras Cíveis. NEGADO SEGUIMENTO AO APELO (ART.
557, CAPUT, DO CPC), PELA MANIFESTA IMPROCEDÊNCIA. (Apelação Cível Nº
70062981584, Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Leonel Pires
Ohlweiler, Julgado em 02/07/2015).
ghgj
Workshop Planejamento Estratégico – Grande Vitória e Região Serrana
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Assessoria de Planejamento e Gestão
Integrada (AGE), com a empresa de consultoria 3GEN Gestão Estratégica e apoio do Centro de Estudos e
Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), promoveu, na sexta-feira (10/07), o Workshop Alinhamento Estratégico para
os promotores de Justiça da Grande Vitória e Região Serrana. Nesta quarta etapa, reuniram-se os promotores de
Justiça de Afonso Cláudio, Cariacica, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Fundão, Guarapari, Itaguaçu,
Itarana, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Serra, Venda
Nova do Imigrante, Viana, Vila Velha e Vitória.
Na mesa destinada ao tema da educação participaram dos trabalhos a Promotora de Justiça e Dirigente do CAPE
Fabiula de Paula Secchin e os Promotores de Justiça Jefferson Valente Muniz, Marcello Ribeiro dos Santos,
Marcio Augusto Gonçalves Cardoso, Robson Sartório Cavalini e Wagner Eduardo Vasconcelos, que discutiram e
contribuíram para a revisão do mapa estratégico do MPES, bem como trabalharam na identificação das
demandas estratégicas para objetivos de longo prazo da instituição, sobretudo na área de educação, passando
pelos pontos fortes e fracos e verificando as necessidades mais urgentes e a forma de respondê-las.
Promotoria de Alfredo Chaves
A Promotoria de Alfredo Chaves instaurou dois Procedimentos Preparatórios, um visando apurar a não
disponibilização de transporte escolar para alunos de escolas do Município e outro para apurar
descumprimento da Lei Federal que estabelece piso salarial nacional dos professores da educação
básica pública.
Promotoria de Mimoso do Sul
A Promotoria de Justiça de Mimoso do Sul instaurou Procedimento Preparatório como o fim de apurar
denúncia de precarização de estrutura física da ESCOLA JOSÉ NICODEMOS CYSNE, afetando o
adequado cumprimento do direito à educação dos alunos matriculados.
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Promotoria de Santa Teresa
A Promotoria de Santa Teresa instaurou Procedimento Administrativo para investigar omissões que afetam direito
de criança em idade escolar, como excesso de faltas escolares e necessidade de estrutura de apoio
psicopedagógico.
Reunião do CAPE com o GETE – Grupo Estadual de Educação Tributária
No dia 02 de julho o CAPE reuniu-se mais uma vez com membros do GETE – Grupo Estadual de Educação
Tributária, para discutir acerca dos resultados obtidos com um questionário fornecido aos Conselheiros do
FUNDEB presentes no “Encontro Estadual de Conselheiros dos CACS Fundeb”, promovido pelo Ministério
Público no dia 26 de junho.
O questionário teve o escopo de identificar o grau de conhecimento e/ou aprofundamento dos conselheiros nas
ações que são pertinentes a sua função social, para contribuir na construção de matriz curricular que oriente a
estruturação de um curso de formação para conselheiros.
Reunião da Comissão Organizadora do Projeto FICAI – Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente
No dia 03 de julho reuniram-se no CAPE o Promotor de Justiça da Infância e Juventude Vila Velha, Clóvis José
Barbosa Figueira, a Dirigente do Centro de Apoio, Fabiula de Paula Secchin e a Assessora Técnica-Pedagoga
Camila Ferreira Moreira, para deliberar sobre a estrutura do projeto que pretende implementar o uso da FICAI.
Na ocasião, os participantes utilizaram como parâmetro um quadro comparativo com resumo dos projetos já
aplicados em outros 17 estados pelos Ministérios Públicos Estaduais. Ainda estabeleceram o limite de dias em
que o aluno deverá estar ausente da escola para iniciar o uso da FICAI, as entidades que serão convidadas a
participar do processo, entre outros detalhes.
O CAPE construirá a matriz do projeto que será apresentado em breve aos dois municípios que serão convidados
a integrar o projeto piloto, Vila Velha e Vitória, para que seja avaliado e aprovado com a participação de todos os
envolvidos.
Seminário de Educação Infantil em Santa Maria de Jetibá
No dia 09 de julho aconteceu o I Fórum da Educação Infantil do município de Santa
Maria de Jetibá, com o seminário “Educação Infantil – Primeira Etapa da Educação
Básica: a criança e seus direitos”. O evento contou com a participação de mais de
150 profissionais da educação, com palestras e debates.
O CAPE participou por meio da dirigente Fabiula de Paula Secchin que palestrou
sobre o tema “O direito e a educação infantil”, abordando temas como educação
na primeira infância, obrigatoriedade de oferta pelo poder público, universalização da pré-escola, transporte
escolar na educação infantil, funcionamento em período integral e férias, corte etário e outros. O CAPE
apresentou ainda diagnóstico da cobertura nos municípios do ES, tanto para creches quanto para a pré-escola.
O seminário contou também com a presença do Promotor de Justiça Dr. Helder Magevski de Amorim, titular da
Promotoria de Justiça de Santa Maria de Jetibá; do prefeito Eduardo Stuhr, do professor da Universidade Federal
do Espírito Santo, Iguatemi Santos Rangel; e com a Técnica Pedagógica da SRE de Afonso Cláudio, Giovanne Silva
Berger Tonoli.
ghgj
Reunião com AMUNES sobre Transporte Escolar
No dia 29 de julho, o CAPE recebeu, a pedido da Associação dos Municípios do Estado do Espírito
Santo (AMUNES), prefeitos de municípios que estão tendo dificuldades na contratação e oferta de
transporte escolar.
A responsabilidade desse serviço é do município, em relação aos alunos matriculados na sua rede,
mas a grande maioria é conveniada e recebe recursos do Governo do Estado para oferecer também o
transporte dos alunos da rede estadual. Os prefeitos relataram dificuldades em arcar com o transporte
com base no valor referência do quilômetro rodado com base na portaria da SEDU nº 009-R, publicada
no Diário Oficial do Estado no dia 17 de março para o Programa de Transporte Escolar (PETE/ES).
Relataram que cada município tem uma realidade e diferentes características locais que impactam no
valor do quilômetro rodado pago, e que em muitos as licitações tem se tornado desertas.
O CAPE ouviu os prefeitos, orientou sobre as consequências da não oferta e paralisação dos serviços e
sobre a necessidade de diálogo com a Secretaria Estadual de Educação e, caso necessário, com as
Promotorias de Justiça.
Palestra em Cariacica
O CAPE participou de capacitação de professores da rede pública municipal de Cariacica no dia
31/07, a convite da Secretaria de Educação, com a temática Paz nas Escolas. Foram abordados, pela
dirigente do CAPE, temas como indisciplina e ato infracional, regimento interno, suspensão e
transferência compulsória, fluxos dos atos indisciplinares no ambiente escolar e alternativas de
mediação e práticas restaurativas como ferramentas na condução dos conflitos. A capacitação deu-se
em dois turnos, de modo a proporcionar a participação de todos os profissionais que atuam nas
escolas.
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VEM AÍ
Seminário de Educação do
Campo – Construindo uma
educação do campo
emancipadora. Data: 28/08/2015
Local: Auditório da PGJ - MPES
Oi, meu nome é João Cidadão. Sou um adolescente comum, assim como qualquer outro brasileiro
da minha idade. Estou no 3º ano do Ensino Médio e pretendo cursar Direito na universidade.
Gosto de usar a internet a meu favor para me informar sobre tudo a respeito dos Direitos e
Deveres do cidadão para ajudar minha família e comunidade viverem melhor. E claro, gosto
também de ajudar meus amigos, debater e disseminar conteúdo de qualidade a respeito do
assunto para a galera da escola.
Afinal, em um país cheio de injustiças contra o cidadão, é fundamental que todos nós saibamos
quais são nossos direitos e deveres para transformar o Brasil em um país ainda melhor de se viver.
Acesse o hotsite www.cnmp.mp.br/joaocidadao
e o perfil no facebook (www.facebook.com/joaocidadaooficial).
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INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA REDE REGULAR DE ENSINO: o
desencontro entre a lei, a jurisprudência e a realidade.
Fabiula de Paula Secchin1
Professor orientador: Pedro Joel Silva da Silva2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO. 2 LEI VERSUS DIREITO À EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA. 2.1 a Constituição e os documentos internacionais balizadores do
direito à educação das pessoas com deficiência. 2.2 a legislação infraconstitucional e a inclusão das pessoas com deficiência na escola. 3 A REALIDADE INCLUSIVA
NO BRASIL. 3.1 o que é uma escola inclusiva? A política do MEC. 3.2 o acesso das
pessoas com deficiência à escola regular no Brasil e no ES. 4 A JURISPRUDÊNCIA
E OS RUMOS A SEGUIR PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. 5 CONCLUSÃO.
REFERÊNCIAS.
RESUMO
O presente artigo analisa a inclusão dos alunos com deficiência na rede regular de
ensino, centrando-se nas incoerências existentes entre a lei, a jurisprudência e a
realidade em nosso país, identificando os conflitos existentes na legislação
constitucional e infraconstitucional, a realidade fática e as decisões jurisprudenciais
em torno do tema, apontando as consequências das divergências no processo de
inclusão e indica a postura a ser adotada pelo Ministério Público na garantia de uma
educação efetivamente inclusiva que concretize os princípios da dignidade da
pessoa humana e da igualdade. Trata-se de uma pesquisa aplicada, qualitativa, de
natureza exploratória e descritiva, realizada a partir de fontes bibliográficas e
documentais. Para abordagem do tema foi empregado o método hipotético
dedutivo. Conclui que o Brasil apresenta avanços mas está ainda distante de
garantir a inclusão plena dos alunos com deficiência, com universalidade de acesso
e permanência em escolas capazes de atender as diferenças. Palavras-chave: Pessoa com Deficiência. Educação Inclusiva. Dignidade
humana. Justiça.
____________________________ 1 Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, [email protected]
2 Prof. Doutor na Fundação Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul,
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1 INTRODUÇÃO
A pesquisa tem por tema a inclusão dos alunos com deficiência3 na rede regular,
pública e privada, de ensino, objetivando analisar o descompasso existente entre a lei,
a jurisprudência a e realidade em nosso país no contexto da inclusão educacional.
A inclusão educacional plena das pessoas com deficiência, com a conquista de espaço
na rede regular de ensino, tem encontrado grandes dificuldades no Brasil, em razão de
diversos fatores. A presente pesquisa objetiva identificar as razões dessa dificuldade, a
partir da análise das normas constitucionais e infraconstitucionais que sustentam o
tema, a realidade fática, por meio de dados oficiais de inclusão, e o comportamento da
jurisprudência dos nossos tribunais nos conflitos que são levados ao sistema de justiça.
A par da compreensão desses aspectos, apreendendo as razões históricas, sociais e
culturais desse tenso processo e situando a ordem constitucional a delinear o fio
condutor dos caminhos de implementação dessa política, pretende-se firmar a posição
do Ministério Público como garantidor da efetivação das conquistas fundamentais dos
cidadãos, definindo os rumos de sua atuação na defesa do direito à educação das
pessoas com deficiência.
As análises gravitam em torno do direito à educação mais especificamente das pessoas
com deficiência, cujo conceito encerra-se na Convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência (2006), de acordo com o seu artigo 1e definidas no
Decreto n.º 3298/99, no que não viole o texto da Convenção. Não se abordará o
contexto da inclusão de todas as pessoas com necessidades educativas especiais, mas
tão-somente as consideradas “com deficiência”, embora muitos dos estudos e análises
possam ser aplicados também a essa clientela da educação.
Nesse contexto, constituem-se objetivos do estudo acadêmico analisar as contradições
e conflitos entre o que garante a legislação constitucional e infraconstitucional
(principalmente com base nos princípios), a realidade fática observada (com base em
dados oficiais sobre inclusão educacional das pessoas com deficiência) e as decisões
judiciais, notadamente dos nossos tribunais; demonstrar aspectos divergentes entre a
legislação constitucional e infraconstitucional, as decisões judiciais e a realidade fática
no que tange à inclusão de alunos com deficiência na rede regular, pública e privada,
de ensino; apontar consequências das divergências entre essas três vertentes no
processo de inclusão de alunos com deficiência; e indicar encaminhamentos para uma
atuação do Ministério Público visando a garantia de uma educação efetivamente
inclusiva.
As questões de pesquisa que nortearam o estudo foram elaboradas da seguinte forma:
“Quais os conflitos, existentes na legislação constitucional e infraconstitucional, a
realidade fática e as decisões jurisprudenciais, no que tange à inclusão de alunos com
deficiência na rede regular, pública e privada, de ensino? Quais as consequências
dessas divergências no processo de inclusão? Quais os entendimentos e a postura a ser
adotada pelo Ministério Público em sua atuação funcional na garantia de uma educação
efetivamente inclusiva?” Leia na íntegra clicando aqui.
____________________________ 3 Quando nos referimos a alunos ou pessoas com deficiência, abrangemos “transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação”, conceitos esses constantes hoje de todas as modernas
normas que tratam desses alunos, público alvo da educação especial.