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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 N° 41 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 25 A 31 DE JANEIRO DE 2011 | NAS BANCAS RS 1,00 IPC-S tem variação de 1,18% PÁG. 8 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 24 DE JANEIRO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 24 DE JANEIRO DE 2011 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) BNDES socorre agricultores da Região Serrana SCERJ/SHANA REIS JOSUE CARDOSO BANCO DE IMAGENS O ÓRGÃO DESTINARÁ, em condições especiais de financiamento, R$ 400 milhões aos empreendedores da Região Serrana localizados nas áreas atingidas pelas fortes chuvas, através do Programa Emergencial de Reconstrução. O anúncio foi feito em entrevista à imprensa, após reunião entre o BNDES e o governo do Estado. Os recursos virão do Programa Emergencial de Reconstrução, criado em 2008. PÁGINA 5 Caixa faz cobrança indevida a servidores Milhares de vagas para qualificação Micro atinge recorde na quitação de dívidas Uso de cartões provoca queda de cheque sem fundo A AGÊNCIA da Caixa 25 de Agosto se superou com relação ao péssimo atendimento. Na sema- na passada, emitiu carta de cobrança, indevida, contra 4.128 servidores ativos, aposentados e pensionistas da Pre- feitura de Duque de Caxias. Depois, reco- nheceu o erro, como se nada tivesse acon- tecido.PÁGINA 6 PARA QUEM quer se qualificar para buscar um emprego, há grande oferta de vagas nos cursos gratuitos profissiona- lizantes da Fundação de Apoio à Esco- la Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec). Ao todo, são cerca de 110.000 vagas em cursos oferecidos pelos Cen- tros Vocacionais Tecnológicos (CVT`s) e Centros de Educação Tecnológica e Pro- fissionalizante (Ceteps). PÁGINA 6 O MAIOR acesso a crédito com juros mais baixos e prazos mais longos e as vendas em alta ajudaram as micro e pequenas empresas a alcançar 95,1% de pon- tualidade nos pagamentos, ao longo de 2010. Foi a me- lhor condição já registrada no setor desde 2006, quando a taxa havia sido de 93,6%, segundo levantamento da em- presa de consultoria Serasa Experian. PÁGINA 4 A SUBSTITUIÇÃO cres- cente dos cheques pelos cartões de crédito levaram a uma queda expressiva nas devoluções desses do- cumentos por falta de pro- visão do correntista, em 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Che- ques Sem Fundo. O estado do Amapá liderou com 10,79%, enquanto São Paulo apresentou o me- nor índice de devolução (1,32%). PÁGINA 2 JOSUE CARDOSO Vereadores presos em Caxias: matéria é campeã de acessos O TEXTO “Prisão de vereadores em Caxias: Câmara ainda não abriu processos disciplinares”, detém o re- cordista de acesso dos internautas no site do Capital, Mercado & Negócios, postado no dia 28 de dezem- bro. A Câmara continua muda sobre o assunto que tanto chama a atenção dos internautas. PÁGINA 4 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,670 1,672 0,05 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,600 1,740 0,63 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,465 5,466 0,12 Dólar Austrália 0,997 0,998 0,67 Dólar Canadá 0,994 0,995 0,17 Euro 1,364 1,364 0,14 Franco Suíça 0,949 0,949 0,95 Iene Japão 82,460 82,480 0,13 Libra Esterlina Inglaterra 1,599 1,599 0,04 Peso Chile 491,700 491,200 0,22 Peso Colômbia 1.847,000 1.850,000 0,31 Peso Livre Argentina 3,970 4,010 0,13 Peso MÉXICO 10,040 12,043 0,15 Peso Uruguai 19,650 19,850 0,25 Índice Valor Variação % Ibovespa 69.426,57 0,43 Dow Jones 11.980,07 0,91 Nasdaq 2.717,55 1,04 IBX 22.235,48 0,57 Merval 3.631,80 0,45 Poupança 24/01 0,551 Poupança p/ 01 mês 0,585 Juros Selic meta ao ano 11,25 TR 0,084 Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Edição Nº 41

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Jornal Capital - Edição nº

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1CAPITAL25 a 31 de Janeiro de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 � N° 41 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 25 A 31 DE JANEIRO DE 2011 | NAS BANCAS � RS 1,00

IPC-S tem variação de 1,18%

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(*) FECHAMENTO: 24 DE JANEIRO DE 2011(*) FECHAMENTO: 24 DE JANEIRO DE 2011

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BNDES socorre agricultores da Região SerranaSCERJ/SHANA REIS

JOSUE CARDOSO

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O ÓRGÃO DESTINARÁ, em condições especiais de fi nanciamento, R$ 400 milhões aos empreendedores da Região Serrana localizados nas áreas atingidas pelas fortes chuvas, através do Programa Emergencial de Reconstrução. O anúncio foi feito em entrevista à imprensa, após reunião entre o BNDES e o governo do Estado. Os recursos virão do Programa Emergencial de Reconstrução, criado em 2008. PÁGINA 5

Caixa faz cobrança indevida a servidores

Milhares de vagas para qualifi cação

Micro atinge recorde na quitação de dívidas

Uso de cartões provoca queda de cheque sem fundo

A AGÊNCIA da Caixa 25 de Agosto se superou com relação ao péssimo atendimento. Na sema-na passada, emitiu carta de cobrança, indevida, contra 4.128 servidores ativos, aposentados e pensionistas da Pre-feitura de Duque de Caxias. Depois, reco-nheceu o erro, como se nada tivesse acon-tecido.PÁGINA 6

PARA QUEM quer se qualifi car para buscar um emprego, há grande oferta de vagas nos cursos gratuitos profi ssiona-lizantes da Fundação de Apoio à Esco-la Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec). Ao todo, são cerca de 110.000 vagas em cursos oferecidos pelos Cen-tros Vocacionais Tecnológicos (CVT`s) e Centros de Educação Tecnológica e Pro-fi ssionalizante (Ceteps). PÁGINA 6

O MAIOR acesso a crédito com juros mais baixos e prazos mais longos e as vendas em alta ajudaram as micro e pequenas empresas a alcançar 95,1% de pon-tualidade nos pagamentos, ao longo de 2010. Foi a me-lhor condição já registrada no setor desde 2006, quando a taxa havia sido de 93,6%, segundo levantamento da em-presa de consultoria Serasa Experian. PÁGINA 4

A SUBSTITUIÇÃO cres-cente dos cheques pelos cartões de crédito levaram a uma queda expressiva nas devoluções desses do-cumentos por falta de pro-visão do correntista, em 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Che-ques Sem Fundo. O estado do Amapá liderou com 10,79%, enquanto São Paulo apresentou o me-nor índice de devolução (1,32%). PÁGINA 2

JOSUE CARDOSO

Vereadores presos em Caxias: matéria é campeã de acessos

O TEXTO “Prisão de vereadores em Caxias: Câmara ainda não abriu processos disciplinares”, detém o re-cordista de acesso dos internautas no site do Capital, Mercado & Negócios, postado no dia 28 de dezem-bro. A Câmara continua muda sobre o assunto que tanto chama a atenção dos internautas. PÁGINA 4

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,670 1,672 0,05Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,600 1,740 0,63

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,465 5,466 0,12Dólar Austrália 0,997 0,998 0,67Dólar Canadá 0,994 0,995 0,17Euro 1,364 1,364 0,14Franco Suíça 0,949 0,949 0,95Iene Japão 82,460 82,480 0,13Libra Esterlina Inglaterra 1,599 1,599 0,04Peso Chile 491,700 491,200 0,22Peso Colômbia 1.847,000 1.850,000 0,31Peso Livre Argentina 3,970 4,010 0,13Peso MÉXICO 10,040 12,043 0,15Peso Uruguai 19,650 19,850 0,25

Índice Valor Variação %

Ibovespa 69.426,57 0,43Dow Jones 11.980,07 0,91Nasdaq 2.717,55 1,04IBX 22.235,48 0,57Merval 3.631,80 0,45

Poupança 24/01 0,551Poupança p/ 01 mês 0,585

Juros Selic meta ao ano 11,25TR 0,084

Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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CAPITAL 25 a 31 de Janeiro de 201122

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nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:[email protected]@[email protected]

TIRAGEM: 10.000 exemplaresASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611

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Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão,Karla Ferreira, Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub

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Balança tem saldo de US$ 680 mi na terceira semana de janeiro

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Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

A alta dos juros e a desindustrializaçãoPARAFRASEANDO CO-NHECIDO político da atu-alidade, nunca na História deste País os banqueiros ganharam tanto dinheiro apenas emprestando ao Governo. Como o Go-verno não aceita cortar o orçamento na parte das despesas, só resta ao BC apelar para a taxa de juros. Assim, a nova Taxa Selic, 11,25% a.a., a chamada taxa básica de juros, é mais um incentivo à desindus-trialização do País, pois, enquanto os juros sobem, o dólar – principal moeda de troca – cai a níveis nunca antes imaginado. Assim, porque se sujeitar a pagar juros reais em torno de 6% a.a. – descontada infl ação projetada em 5,5 a.a. – se o industrial pode, sem nenhum esforço, importar tudo o que precisa da Chi-na, da Índia, do Vietnam ou de qualquer outro país, não precisando nem ter o trabalho de etiquetar o seu produto, pois ele entrará no País com a marca que irá exibir nas prateleira?

Embora Lula sempre tentasse se equiparar a JK,

havia um grande abismo entre os dois, indepen-dente de um ser mineiro e o outro, pernambucano. Na implantação da indús-tria automobilística, por exemplo, o governo JK permitiu que as empresas estrangeiras, que quises-sem aderir ao plano de fabricação de automóveis, caminhões e tratores no Brasil, importassem ve-ículos no sistema CDK, isto é, as peças vinham prontas e, na sede brasi-leira, seriam montados os veículos. Outra exigência é que parte dessas peças fossem fabricadas no País, incentivando a criação ou expansão da indústria de autopeças. Como havia um prazo para acabar o regime CDK e para a nacionaliza-ção das peças, em pouco tempo o País passou a fa-bricar automóveis “Made in Brasil”. Em 2010, fo-ram produzidos mais de 3,6 milhões veículos.

Com a desastrada polí-tica de juros reais adotada pelo Banco Central (Selic – Infl ação), o consumidor encontra no comércio li-

quidifi cadores fabricados na Rússia, ou talheres inox feitos em Taiwan, embora exibindo as mais conhe-cidas marcas do mercado nacional como se aqui tivessem sido fabricados. Pagando mais de 36% de impostos (na energia elé-trica, que move fábricas, lojas e escritórios, é 30% só de ICMS), o empresário nacional enfrenta a concor-rência não só das empresas instaladas na Zona Franca de Manaus mas e princi-palmente as de fundo de quintal em paraísos fi scais da Ásia, onde o trabalho é tipicamente escravo, com jornadas de até 12 horas, sem descanso aos domin-gos e feriados e outros be-nefícios que os brasileiros usufruem, como FGTS e Previdência Social.

Como as chamadas clas-ses abastadas ainda não perderam o estilo “é chic usar perfume francês”, ou fazer comprinhas em Mia-mi e Nova York, acabam fazendo turismo com dólar abaixo de R$ 1,70, des-falcando o País de divisas que seriam muito úteis na

importação de máquinas e tecnologia para aumentar a produtividade de nossas empresas. Essa seria uma forma legal e sem restrições da Organização Mundial de Comércio de disputar o mercado internacional contra grandes complexos industriais, que contam com diversas vantagens fi scais e creditícias do governo em seu Pais sede.

O ex ministro do Exterior Juracy Magalhães foi para o limbo da política nacional ao ver pinçado pela Mídia um trecho de comentário que termina com a afir-mação: “o que é bom para os EE. UU., é bom para o Brasil”. Como, atualmente, a taxa de juros de referência para os EUA está entre os ZERO e 0,25%, depois da crise fi nanceira ter obrigado os bancos centrais a im-plementarem medidas que incentivassem a economia e, tomada ao pé da letra a sugestão do ex governador da Bahia, o Banco Central deveria reduzir a taxa de juros, tal e qual o FED fez para tirar a economia norte-americana do atoleiro.

A SUBSTITUIÇÃO CRES-CENTE dos cheques pelos cartões de crédito levaram a uma queda expressiva nas devoluções desses docu-mentos por falta de provisão do correntista, em 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundo. Do total de paga-mentos feitos com cheques (1,120 bilhão de documen-tos), 1,76% não tinha fun-dos, o correspondente a 19,7 milhões - o mais baixo nível desde 2004, quando a taxa atingiu 1,58%. De janeiro a dezembro de 2009, foram devolvidos 2,15% dos che-ques emitidos, um volume de 26,5 milhões de docu-mentos sem fundo. No ano passado, o estado do Ama-pá liderou com 10,79%, enquanto São Paulo apre-sentou o menor índice de devolução (1,32%).

Por meio de nota, a Sera-sa informou que na análise dos economistas a redução “é resultado da preferência

do consumidor por formas de fi nanciamento com pra-zos mais longos que o pré-datado e com possibilidade de fazer pagamentos mí-nimos, como no cartão de crédito”. Esses analistas apontaram que as devo-luções cresceram apenas

nos dois últimos meses do ano passado, período em que o consumidor evitou atingir o limite do cartão de crédito. Para o primei-ro trimestre deste ano, os economistas da Serasa preveem maior risco de inadimplência com che-

ques em razão do aumento das despesas tradicionais dessa época: pagamento do Imposto Predial e Ter-ritorial e Urbano (IPTU) e do Imposto sobre a Pro-priedade de Veículos Auto-motores (IPVA) e despesas escolares.

Uso do cartão de crédito reduz emissões de cheques sem fundo

BANCO DE IMAGENS

O NÚMERO DE EMPRE-SAS abertas no Estado do Rio de Janeiro, em 2010, cresceu 8,7% em relação ao ano de 2009. Segundo levantamento da Junta Co-mercial do Estado (Jucerja), vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimen-to Econômico, Energia, Indústria e Serviços, no ano passado, foram criados 41.025 novos negócios, en-quanto que em 2009, 37.709 estabelecimentos abriram as portas. O comércio de roupas e acessórios liderou o ranking dos segmentos que mais se desenvolve-ram no estado, em 2010, com 16.846. Cabeleirei-ros aparecem em seguida, com 8.585 novos estabe-lecimentos. Logo depois, lanchonetes, casas de suco e similares, com 7.067. Produtos de perfumaria e higiene pessoal, 6.850; equipamentos e suprimen-tos de informática fecham a lista dos cinco primeiros com 6.260 novos negócios.

De acordo com o presi-dente da Jucerja, Carlos de La Rocque, o aumento era esperado, mas supe-

rou as expectativas. “A previsão era passar de 40 mil empresas. O excelente momento que o estado está atravessando proporcionou o crescimento do ambiente de negócios. Somado a essa questão, todo o trabalho desenvolvido pela Jucerja na atual gestão, com servi-ços que facilitam a vida do empreendedor, como des-centralização das ativida-des, serviços on-line, entre outros”, disse La Rocque.

O Estado do Rio de Ja-neiro já tem 13 empresas abertas através da inter-net, com o sistema Regin (Registro Mercantil In-tegrado), nas cidades de Maricá e Itatiaia. O Regin (registro fácil) possibilita constituir o negócio em 48 horas e está implantado em 44 cidades, sendo que 22 delas já passaram pelo cur-so de capacitação da Jucer-ja. “Com as facilidades da internet, o empreendedor não precisará mais ir até a Junta e deixa de ter que enfrentar a burocracia que há anos atrasa o processo”, concluiu o presidente da Jucerja.

Empresas abertas no estado aumentaram 8,7% em 2010

DEPOIS DE FECHAR 2010 no mais alto nível da série histórica, a arreca-dação federal continuará a crescer e deve encerrar 2011 com alta nominal de 10%, estimou o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, na semana

passada, apesar da expec-tativa de que a economia cresça menos este ano do que no ano passado. “Dada a perspectiva em janeiro, o percentual é factível. O desempenho da arrecada-ção depende do ambiente macroeconômico, de como

os indicadores vão se comportar. É preciso ver como vão se comportar a massa salarial, a demanda interna e o crescimento industrial, mas a estima-tiva de 10% é plausível”, afi rmou o secretário.

Caso as previsões se confi r-

mem, as receitas da União em 2011 aumentarão menos que em 2010. No ano passado, a arrecadação federal teve cres-cimento nominal de 15,38%. Descontando a infl ação ofi -cial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta foi de 9,85%.

Arrecadação federal deve crescer 10% em 2011

A BALANÇA COMER-CIAL brasileira registrou na terceira semana de ja-neiro de 2011, entre os dias 17 a 23, saldo de US$ 680 milhões, informou o Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC), nesta segunda-feira (24). As exportações no período

foram de US$ 4,272 bilhões e as importações de US$ 3,592 bilhões. No mês, o saldo acumulado passou para US$ 690 milhões, com média por dia útil de US$ 46 milhões. Os detalhes da balança comercial na terceira semana de janeiro de 2011 serão divulgados às 15h no site do ministério..

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33CAPITAL25 a 31 de Janeiro de 2011

A PRODUÇÃO DE LA-RANJA na safra 2009/2010 foi de 297,5 milhões de caixas de 40,8 quilos, no estado de São Paulo, res-ponsável por aproximada-mente 80% da produção distribuídos entre 17 mil citricultores. O último levantamento da safra do fruto foi divulgada dia 21 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e surpreendeu produtores por representar uma que-bra de menos de 1% em relação à safra passada,

quando o estimado era de até 25%. A Conab infor-mou que há indicações de que a safra 2010/2011 pode ter produção de 353 milhões de toneladas de laranja. Segundo Santos, o aumento do volume pro-duzido é previsto devido às condições climáticas favoráveis na época da fl orada e à baixa incidência de pragas.

Os dados foram colhidos por amostragem. O pró-ximo levantamento será feito em março. Segundo a

estatal, a área total plantada ocupa 608,6 mil hectares. Do total comercializado, a estimativa é de que 82,7% foram destinados à indús-tria processadora de suco e 17,3% para o mercado in natura. No início do último trimestre do ano passado, quando os dados ainda não estavam consolidados, ha-via estimativa de quebra da produção de até 25% em relação às 300 milhões de caixas produzidas na safra 2008/2009, por causa da seca e de pragas.

Quebra da safra de laranja 2009/2010 é menor do que a estimadaBANCO DE IMAGENS

A ESCOLA DE SAMBA Acadêmicos da Grande Rio, atual vice-campeão do carnaval, estremeceu a Marquês de Sapucaí no domingo (23), quando realizou seu primeiro en-saio técnico aprimorando conjunto, harmonia e rit-mo. Uma constelação de artistas e celebridades, como Anna Hickmann, Susana Vieira, Alline Mo-raes e Cris Vianna, rainha da bateria, compareceu em massa ao ensaio, con-tagiando a multidão que acompanhou a passagem da Escola pelo Sambó-dromo. Ela se concen-trou ao longo da Avenida Presidente Vargas e se apresentou logo depois da Renascer de Jacarepa-guá, escola que disputa o grupo de acesso. O ensaio técnico foi en-cerrado pela Mangueira. Quem também lá estava

era o prefeito Zito, que levou seu incentivo aos componentes e membros da Escola. Foi registrada também a presença do cônsul da França no Bra-sil, Jean Claude Moyret.

O ensaio da Grande Rio marcou a estreia do mestre-sala Luiz Felipe como titular do posto. O samba, interpretado por Wantuir, foi cantado pelo público e

por componentes. Mestre Ciça comandou a bateria, dando uma prévia do que será o desfi le da tricolor de Caxias. Com o enredo “Y-Jurerê Mirim - A En-cantadora Ilha das Bruxas (Um conto de Cascaes)”, de autoria do carnavalesco Cahê Rodrigues, a escola será a quarta a desfi lar, no dia 7 de março, e contará as lendas e histórias da

ilha de Florianópolis. Nos dias 30 de janeiro, 6 e 13 de fevereiro acontecerão ensaios na Avenida Briga-deiro Lima e Silva. No dia 20 de fevereiro, a escola se apresenta novamente na Sapucaí e encerra seus preparativos carnavalescos com desfi le na Av. Auto-móvel Clube, em Santa Cruz da Serra, no dia 27, por volta das 20h.

Grande Rio faz ensaio técnico na SapucaíPMDC/GEORGE FANT

A AGÊNCIA NACIONAL de Aviação Civil (Anac) autuou nove companhias aéreas em R$ 2,3 milhões durante a operação de fi m de ano em 11 dos mais movimentados aeroportos do país, entre os dias 17 de dezembro e 7 de janeiro. Fo-ram 329 autos de infração, sendo 248 contra as brasi-leiras TAM, Gol e Webjet e outros 81 para as estrangei-ras Aeroméxico, American Airlines, Air France, KLM, TAP e Taca. Os números devem subir, pois o órgão regulador analisa três mil reclamações registradas por usuários no período contra as companhias domésticas. As empresas ainda poderão recorrer.

Os autos de infração la-vrados até agora foram resultado do trabalho dos fi scais nos aeroportos e têm como principais causas a falta de atendimento ade-quado aos passageiros e o

descumprimento às normas do setor, como excesso de jornada da tripulação, por exemplo. Entre as queixas registradas pelos passagei-ros e que ainda estão sob análise, a TAM vem em primeiro, com 1.455, segui-da por Webjet (855) e Gol (505). A Trip recebeu 82 reclamações, a Azul, 78, e a Avianca, 46. A Anac infor-mou que já estão previstas 188 novas autuações contra a TAM, 26 contra a Gol e 34 contra a Webjet. Por enquanto, não há punição contra Azul, Avianca e Trip.

Também foi divulgado sexta-feira (dia 21) o ba-lanço sobre as queixas de usuários no ano passado, que somaram 39.577. No topo da lista estão novamente TAM (15.323), Gol (8.894) e Web-jet (5.834). Mau atendimento e desvio de bagagem são as principais reclamações.

Tres empresas brasileiras e seis estrangeiras punidas pela Anac

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CAPITAL 25 a 31 de Janeiro de 201144

A MATÉRIA “Prisão de ve-readores em Caxias: Câma-ra ainda não abriu processos disciplinares”, é recordista de acesso dos internautas. Postada no site do Capital, Mercado & Negócios no dia 28 de dezembro, ela corres-ponde a cerca de 5,3% do interesse dos leitores pelo assunto. Outra postagem feita anteriormente sobre a operação Capa Preta, quan-do da prisão dos mesmos, aparece como a quarta ma-téria mais procurada, com cerca de 2,8%.

Para ilustrar a matéria recordista de leitura no site, além de abordar o “silêncio” da presidência da Câmara sobre o caso,

o Capital, depois de mui-ta insistência, conseguiu ouvir apenas o Consultor Jurídico da Câmara, Jo-semar Mussauer. Este, porém, nada esclareceu à reportagem, limitando-se a dizer apenas que a Câ-mara acompanhava todo o processo.

O levantamento revela que boa parte dos inter-nautas está acompanhando o desenrolar da prisão dos dois vereadores - Jonas É Nós e Chiquinho Grandão - presos entre mais de 20 pessoas no dia 21 de de-zembro, na mega operação “Capa Preta”, deflagrada pela Delegacia de Repres-são às Ações Criminosas

Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO/IE). Na operação, os gabinetes dos dois parlamentares também foram vasculhados e leva-dos documentos e compu-tadores.

A prisão dos dois políticos completou um mês e até o momento, a presidência da Câmara não se manifestou oficialmente sobre o as-sunto, apesar das inúmeras tentativas do Capital junto ao gabinete do presiden-te Mazinho no sentido de ouvi-lo para que a opinião pública tome conhecimento do andamento do caso. O jornal vem insistindo em ouvir o presidente, mas não vem obtendo sucesso.

Prisão de vereadores bate recorde de acesso no site do Capital A TEMPERATURA po-

lítica no município de Magé continua bastante alta. Depois da saída da Prefeita Núbia Cozzoli-no, por ordem judicial, em setembro de 2009 e agora em dezembro, o afastamento de seu substituto, o vice Rozan Gomes, o prefeito interi-no Anderson Cozzolino - o Dinho - também está ameaçado de deixar o cargo, uma vez que é réu em uma ação. O processo diz respeito a uma ação civil pública ajuizada em julho do ano passado pelo Ministério Público, contra Dinho (então pre-sidente da Câmara) e ao diretor da Casa, Manoel

Pinto, acusados de adul-terar atas de sessões para ocultar uma carta de re-núncia da então prefeita Núbia, irmã de Dinho.

Ofi ciais de Justiça cum-priram um mandato de busca e apreensão na Câ-mara, em maio de 2010, e apreenderam o livro protocolo da Casa, atas da sessões legislativa e microcomputadores. A busca e apreensão teve como base denúncias do vereador Álvaro Alencar. Na época, Núbia estava afastada da prefeitura por determinação da Justiça, em função da apuração da Operação Uniforme Fantasma.

O prefeito interino,

Anderson Cozzolino, s e g u n d o o M i n i s t é -r io Público, está en-v o l v i d o e m f r a u d e s em dois contratos que s o m a m c e r c a d e R $ 23 milhões. Uma das tes temunhas ouvidas pelo MP, o comerciante Yacemir de Ol ive i ra Fernandes, de 34 anos, conhecido como Branco e Fernandes, peça-chave na apuração do MP, foi executado dia 29 de dezembro último, com t i ro de fuzi l em São Cris tóvão. A relação do assassinato com a i nves t i gação do MP virou alvo de inquérito na Divisão de Homicí-dios (DH).

Justiça poderá afastar prefeito interino de Magé

O MAIOR ACESSO a cré-dito com juros mais baixos e prazos mais longos e as vendas em alta ajudaram as micro e pequenas empresas a alcançar 95,1% de pontu-alidade nos pagamentos, ao longo de 2010. Foi a melhor condição já registrada no setor desde 2006, quando a taxa havia sido de 93,6%, segundo levantamento da empresa de consultoria Se-rasa Experian. Em 2009, o índice foi de 94,3%. Entre novembro e dezembro do

ano passado, passou para 95,2%.

A pesquisa da Serasa mostra que a cada mil quitações realizadas pelo setor, em 2010, 951 ocor-reram à vista ou com um atraso máximo de sete dias. O valor médio dos pagamentos na passagem do penúltimo para o últi-mo mês do ano passado f icou em R$ 1.640,70, uma alta de 3,7% na vi-rada do mês e de 17,7% sobre dezembro de 2009.

Na análise dos economis-tas da Serasa, essa evolução favorável é efeito da expan-são da economia, projetada pelo mercado em 7,5% e das facilidades que essas empresas tiveram para ob-ter empréstimos. As vendas de fi nal de ano auxiliaram a capitalização do setor. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio-Natal 2010 aumentou em 15,5%, só na semana do Natal,em comparação a igual período de 2009.

Micro e pequenas empresas atingem recorde na quitação de dívidas

MILTON MARTINEZ Luna Júnior, de 38 anos, ex-vereador de Magé e funcionário da prefei-tura da cidade, foi preso temporariamente na se-mana passada, suspeito de participação na morte da garota de programa Edilma Maria Ferreira, morta quando estava grávida de oito meses, em abril de 2009. O po-lítico, que teria tido um relacionamento amo-roso com a vítima, foi encontrado na sede da prefeitura e conduzido à

9 DP (Catete), no Cen-tro do Rio. O corpo da Edilma foi encontrado com marcas de tiros, às margens da Avenida Brasil, na Zona Oeste do Rio.

Com a quebra do sigilo telefônico da vítima, em investigação conduzida pela 36ª DP (Santa Cruz), a polícia identifi cou duas ligações feitas do celular do ex-vereador na noite anterior, quando a víti-ma foi vista pela última vez. Segundo a polícia, o celular foi registrado

pelo ex-vereador três dias antes do crime. “O crime foi motivado pela necessidade de ocultar a gravidez da vítima”, disse o inspetor Gerson Muguet.

Na delegacia, Milton se apresentou como um “pai de família dedi-cado e evangélico pra-ticante”. Articulado e demonstrando tranqui-lidade, negou ter tido qualquer tipo de contato com a vítima e disse desconhecer os outros suspeitos.

Ex-vereador preso por suspeita de mandar matar ex-namorada

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55CAPITAL25 a 31 de Janeiro de 2011

Empreendedores prejudicados pelas chuvas terão R$ 400 milhões do BNDES

O BANCO NACIONAL DE Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) destinará, em condições especiais de fi nanciamen-to, R$ 400 milhões aos empreendedores da Re-gião Serrana localizados nas áreas atingidas pelas fortes chuvas, através do Programa Emergencial de Reconstrução. O anúncio foi feito em entrevista à imprensa, no dia 21, após reunião entre o presiden-te do BNDES, Luciano Coutinho, e o governador Sérgio Cabral. Durante o encontro, do qual também participaram o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e a mi-nistra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, Couti-nho disse que os recursos virão do Programa Emer-

gencial de Reconstrução (PER), criado em 2008 para ajudar as empresas e os municípios atingidos pelas enchentes em Santa Catarina e que, no ano pas-sado, também foi utilizado no socorro aos estados de Alagoas e Pernambuco. Segundo Luciano Couti-nho, a verba vai priorizar os pequenos empreendedores das áreas afetadas e terá condições semelhantes ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que fi nancia bens de capital a juros fi xos de 5,5% ao ano.

- Em um primeiro mo-mento, o programa será dedicado a pequenos em-preendedores que têm di-fi culdade em retomar seus negócios. A linha tem limi-te de R$ 1 milhão, dez anos de prazo de pagamento

e dois anos de carência. Além da compra de má-quinas e equipamentos, ela abrange a reconstrução e recuperação dos estabele-cimentos - declarou Couti-nho. O ministro Fernando Bezerra, da Integração Na-cional, agradeceu o empe-nho do Governo do Estado na articulação das ações em conjunto com o Governo Federal e afi rmou que os recursos vão atender ao setor produtivo, a exemplo do que foi feito com o PER de Santa Catarina, Alagoas e Pernambuco.

A Agência de Fomento do Estado do Rio de Ja-neiro (Investe Rio) fi cará responsável por repassar os recursos do BNDES, junto com o de outras instituições fi nanceiras, como o Banco do Brasil. Segundo o presi-

dente da Investe Rio, Mau-rício Chacur, três postos avançados serão abertos na serra para prestar apoio fi -nanceiro a empreendedores que tiveram suas atividades prejudicadas pela tragédia.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) regula-

mentou a medida provi-sória que destina R$ 400 milhões para empresas da região serrana do Rio de Janeiro. A resolução deta-lhou as condições para o fi nanciamento do capital de giro e de investimentos para essas empresas con-

cedidos pelo Banco Na-cional de Desenvolvimen-to Econômico e Social (BNDES). O reforço da linha de crédito constava de medida provisória, mas dependiam de regulamen-tação do CMN para entrar em vigor.

SCERJ/SHANA REIS

A CHUVA QUE ARRASOU e matou centenas de pessoas na região serrana do Rio também foi um duro golpe na estrutura agrícola dos mu-nicípios, colocando em risco o sustento de milhares de pequenos produtores. Depois de ter parte da safra arrasada pela enxurrada, eles não têm como escoar o que conse-guiram salvar, pois as estra-das continuam totalmente interditadas ou em péssimas condições, impossibilitando o tráfego de caminhões. No município de Sumidouro, onde 85% da população mora no campo, a situação é crítica. O agricultor Isael da Rosa Pinheiro, que planta tomate, pimentão, alface e berinjela,

já dá como certa a perda de 70% da lavoura. “Ficamos ilhados sete dias, sem estra-das para escoar a produção. O que não se perdeu na chuva-rada, vai acabar apodrecendo na terra”, lamentou Isael, dono de uma propriedade de 5 hectares, onde trabalham 22 pessoas. Assustado, ele disse que nunca passou por uma situação como esta, pois, pela primeira vez não terá dinhei-ro para pagar o empréstimo de R$ 12,5 mil contraído no Banco do Brasil. “Além disso, eu devo outros R$ 12 mil ao comércio em adubos e produtos que usei na lavou-ra”, contou o agricultor, que teve uma sobrinha morta na tragédia e agora tem medo de

ir à falência e perder a terra.Em Nova Friburgo, na

localidade de Três Cacho-eiras, a agricultora Sirlene Stoffel Miranda não sabe o que fazer com a perda de sua lavoura de 1 hectare, onde cultiva tomate e abo-brinha. “Não tem condições de colher nada. Se eu não vender, não ganho dinheiro para comprar comida. Vai ficar muito difícil”, disse Sirlene, que há dias só tem arroz, macarrão e feijão para comer: “Ovo, leite e carne não como já faz tempo”. Na localidade, a avalanche de água e lama da semana passada matou seis pessoas de uma mesma família e um casal de idosos. Os vizinhos

viram as pessoas serem tra-gadas pelo rio, gritando por socorro, mas nada puderam fazer.

Sem poder trabalhar a terra, que está muito encharcada e teve a camada de solo mais fértil levada pela chuva forte, muitos agricultores estão de-pendendo de doações para so-breviver. “Ainda bem que eu ganhei essas coisinhas hoje, senão, ia faltar comida lá em casa”, mostrava o agricultor Fábio Rocha dos Santos, que carregava dois pacotes de fraldas e equilibrava no om-bro uma caixa com 12 litros de leite, enquanto seguia a pé, abrindo caminho na lama. (Vladimir Platonow, enviado especial da Agência Brasil)

Agricultores perdem tudo e podem ir à falência

O BANCO MUNDIAL (Bird) vai conceder um em-préstimo de US$ 485 milhões ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi anunciada no Palácio do Pla-nalto, na noite do dia 18, após reunião da presidente Dilma Rousseff com a cúpula do

banco e membros dos gover-nos federal e estadual, como o secretário-chefe da Casa Civil do Rio, Regis Fichtner, que representou Sérgio Cabral. O governador havia solicitado à presidente que interviesse junto ao banco para que o Estado pudesse contrair de

forma mais ágil o emprésti-mo e atender às cidades da Região Serrana devastadas pelas chuvas.

Junto do vice-presidente do Banco Mundial, Otavia-no Canuto, e do diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop, Fichtner disse

que o governo vai encaminhar o pedido de empréstimo ao Senado Federal, em fevereiro, quando for aberto oficial-mente o ano legislativo. O procedimento é exigência da legislação. “O dinheiro será aplicado preferencialmente na Região Serrana. Vamos

reconstruir as cidades e retirar famílias que ainda estão nas áreas de risco”, afirmou o secretário da Casa Civil.

Uma parcela de US$ 200 milhões deve estar à dispo-sição do governo fl uminense em abril e os US$ 285 milhões restantes no último trimestre

deste ano. - Nossa reunião com a presidente Dilma foi para repassar as diversas for-mas que o Banco Mundial tem para ajudar os municí-pios do Rio. Nossa intenção é poder fazer o melhor para ajudar aquela região - afi rmou Canuto.

EMPRÉSTIMO DE US$ 485 MILHÕES DO BANCO MUNDIAL PARA RECONSTRUÇÃO

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CAPITAL 25 a 31 de Janeiro de 201166

Atualidade

PARA QUEM QUER se qualifi car para buscar um emprego, há grande oferta de vagas nos cursos gra-tuitos profissionalizantes da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), unidade ligada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Ao todo, são 110.719 vagas em cursos oferecidos pelos Centros Vocacionais Tecnológi-cos (CVT`s) e Centros de Educação Tecnológica e Profi ssionalizante (Ceteps) localizados em todas as regiões do Estado. As ins-crições começaram dia 17 e vão até 4 de fevereiro. O sorteio das vagas ocorrerá nos dias 7 e 8 de fevereiro e a matrícula, para os candi-datos sorteados, será reali-zada de 9 a 15 de fevereiro.

Para se inscrever, os can-didatos devem comparecer à unidade em que dese-jam fazer o curso levando a carteira de identidade original ou a certidão de

nascimento. Já para se matricular, os candidatos sorteados deverão levar os originais do documento de identidade, do CPF e os comprovantes de resi-dência e escolaridade. Isso porque, para alguns cursos, as vagas são para quem tem a partir dos 16 anos e está no Ensino Fundamental. Os requisitos de idade e es-colaridade mínima variam de acordo com o curso. Todas as dúvidas podem ser tiradas nas unidades da Faetec.

A página da Faetec na internet (www.faetec.rj.gov.br) tem informa-ções sobre todos os cursos profi ssionalizantes ofere-cidos em todo o Estado do Rio de Janeiro e em quais unidades os candidatos poderão cursá-los. Ou-tras informações também podem ser obtidas pelo telefone (21) 2332-4085. Segundo o presidente da Faetec, Celso Pansera, os CVTs e Ceteps têm sido exemplo no país pelos benefícios que os

arranjos produtivos locais trazem para a economia: maior atração de capital, aumento do dinamismo empresarial, inovação tecnológica e melhoria da capacitação. “A Faetec acredita no papel rele-vante em democratizar o acesso ao ensino técni-co profi ssional. A gran-de procura pelos cursos atesta a competência e a necessidade dos CVTs e Ceteps, tornando a Fun-dação uma referência em todo o país”.

Mais de 110 mil vagas em cursos profi ssionalizantes no Estado

JOSUÉ CARDOSO

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O PÉSSIMO ATENDI-MENTO prestado pela Caixa aos servidores de Duque de Caxias é público e notório, as-sim como ocorre com os demais clientes da instituição. São filas enormes, caixas eletrô-nicos inoperantes ou sem papel e ausência de atendentes para orientar os idosos e portadores de deficiências, entre outros problemas. Na semana passada, a Cai-xa se superou, ao emitir carta de cobrança - in-devida - contra 4.128 servidores ativos, apo-sentados e pensionistas da Prefeitura.

A indignação foi tanta que obrigou a Prefeitu-ra a emitir nota ofi cial esclarecendo que o des-conto, no total de R$ 1.826.173,30, foi devi-damente efetivado pelo município e repassado à instituição no prazo legal. Segundo a Prefei-tura, o erro foi admitido por escrito pelo gerente de pessoa jurídica da Agência 25 de Agos-to, Paulo Vaz. Ainda segundo a Prefeitura,

a Caixa informou que notifi cou as agências, via e-mail para descon-siderarem as cartas de cobrança enviadas aos servidores.

O movimento de clientes nas agências da Caixa na cidade é grande, especialmente nos primeiros dias do mês. Mesmo assim, o atendimento não me-lhora e cria transtornos aos usuários. Na se-gunda-feira (24), por exemplo, uma funcio-nária tentava fazer um pagamento nos caixas eletrônicos da Agência da Rua José de Alvaren-ga. Nas cinco máqui-nas que aparentemen-te funcionavam, três não emitiam recibo, uma não reconhecia os cartões e somente a única restante permitia saques, o que causou grande irritação entre os que estavam na fi la. O problema costuma se repetir também nas agências da Praça Go-vernador Roberto da Silveira e da Aveni-da Brigadeiro Lima e Silva.

Além do atendimento a desejar, Caixa faz cobrança

indevida a servidores

ALBERTO ELLOBO

A PREFEITURA DE Duque de Caxias, ao anunciar a realização de um grande car-naval para os mora-dores, com desfiles de blocos e bailes populares e eventos nos distritos, abriu inscrições para eleger Rei Momo e Rainha do Carnaval. Elas po-derão ser feitas até o dia 11 de fevereiro, na Associação Car-

navalesca de Duque de Caxias-ACDUC (Rua Frei Fidelis s/n°, telefone 3777-4140, 2° andar do Restau-rante Popular), na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Rua Ailton da Costa n° 115, 6° andar, te-lefone 2652-5631) e nas sedes dos Blocos Carnavalescos da ci-dade. Os candidatos deverão ter idade mí-

nima de 18 anos. Os dois serão escolhidos por uma Comissão Julgadora, que tam-bém vai escolher o Cidadão Samba da cidade, cujos candi-datos serão indicados pelos blocos. A es-colha será realizada publicamente, no dia 18 de fevereiro, a par-tir das 19h, no Espaço Forró na Feira, junto à Estação Ferroviária.

Caxias recebe inscrições para Rei Momo e Rainha do Carnaval

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77CAPITAL25 a 31 de Janeiro de 2011

País

Internacional

A FORD ANUNCIOU na sexta-feira (21) o maior recall já registrado no Brasil desde julho de 2002, chamando os pro-prietários de 300.860 ve-ículos EcoSport e Fiesta RoCam Hatch e Sedan. A montadora precisa ve-rifi car se há necessidade de substituição da fe-chadura da porta traseira (caso dos veículos EcoS-port 2007/2008/2009 e Fiesta 2008/2009) ou da correção de informação no manual do proprietá-rio (veículos EcoSport 2011). Segundo a Ford, a trava de segurança para crianças pode não funcionar corretamente. O risco é que as portas traseiras se abram com o acionamento dos pu-xadores internos, mesmo com a trava de segurança

para crianças suposta-mente acionada.

Os proprietários dos veículos devem entrar em contato com o Centro de Atendimento Ford pelo telefone 0800-7033673, para saber se é preci-so agendar a inspeção. Também poderão procu-rar informações no site www.ford.com.br. Fa-zem parte do recall para verifi cação da trava de segurança das portas tra-seiras os modelos EcoS-port 2007/2008/2009, c h a s s i s 5 0 0 0 0 4 a t é

999999, e Fiesta Ro-Cam 2008/2009, chas-sis 107522 até 423122. Após a inspeção, a fe-chadura da porta traseira pode ser substituída. Já no EcoSport 2011, chas-sis 575295 até 598749, pode haver divergên-cias nas instruções de acionamento da trava de segurança para impedir a abertura interna das portas traseiras. Nesse caso, será corrigida a informação no manual do proprietário.

Este foi o quarto maior

recall já realizado no Bra-sil, segundo dados do De-partamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça. O recall que envolveu o maior núme-ro de veículos foi feito pela General Motors, com 1.052.737 unidades dos modelos Corsa e Tigra, em dezembro de 2000. O segundo maior foi feito também pela GM, com Corsa sedã e picape, en-volvendo 375.700 veícu-los, em julho de 2002. Já o terceiro foi da Fiat, de modelos Palio, Palio We-ekend, Strada e Siena, en-volvendo 320 mil carros, em outubro de 2000. E o quinto maior recall foi da Volkswagen, de modelos Fox, Novo Gol e Voyage, com 268.140 unidades, em agosto de 2009.

Ford anuncia o maior recall no Brasil desde 2002

MEC quer descobrir em auditoria causas de problemas no Sisu

A PETROBRAS aca-ba de passar a marca de 500 longas-me-t ragens patrocina-dos desde Car lo ta Joaquina, filme de 1994 que representa o início da retomada da produção brasi-leira. A empresa se tornou a pr incipal incentivadora do ci-nema nacional e foi uma das principais responsáveis pela re-cuperação do setor no país. Entre os 500 longas patrocinados pela Petrobras, estão grandes produções brasileiras como “O Quatrilho”, “Tieta”, “O que é isso, com-panheiro?”, “Cidade de Deus”, “Caran-diru”, “Se eu fosse Você”, “Tropa de Eli-te”, “Saneamento Bá-sico” e “Meu Nome Não é Johnny”.

P a r a c e l e b r a r o novo marco, a Pe-t r o b r a s c o n v i d o u Ronaldo Fraga, um

dos mais renoma-dos estilistas do país, para fazer uma per-formance utilizando a linguagem do ci-nema na abertura da Mostra de Cinema de Tiradentes, festi-val patrocinado pela Companhia. Famoso por usar referências da cultura brasileira nas suas coleções, o estilista recebeu da Petrobras a missão de unir moda e cinema. A 14ª Mostra de Ci-nema de Tiradentes, com atividades ofe-recidas gratuitamente ao público, foi aberta dia 21 e se estenderá até o dia 29, em plena cidade histórica de Tiradentes, em Mi-nas Gerais. O tema da mostra será o ci-nema político brasi-leiro, com exibição de filmes nacionais e internacionais, se-minários , debates , oficinas e atrações artísticas.

Petrobras ultrapassa a marca de 500 longas-metragens

NOS DOIS PRIMEIROS dias de inscrição do Siste-ma de Seleção Unifi cada (Sisu), os estudantes en-frentaram lentidão e difi -

culdade para acessar o site, que fi cou sobrecarregado. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Ha-ddad, uma auditoria interna

foi aberta para descobrir a origem do problema. De acordo com Haddad, essa “oscilação na rede” pode ter ocorrido por um erro de

confi guração em uma das máquinas. Ele negou, po-rém, que tenha faltado pla-nejamento ou infraestrtura para atender a demanda.

MAIS 130 MILITARES do Exército brasileiro embarcaram sábado (22) para o Haiti para se incor-porar à Missão de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país, a Minustah. A tropa é composta de 92 homens de Brasília e 38 do Rio de Janeiro, que fi carão lá nos próximos seis meses. Os militares substituirão

os que estão no Haiti há seis meses. O Brasil par-ticipa da missão desde 2004, com mais 18 países. Nesse período, segundo o Ministério da Defesa, cerca de 14 mil militares do Exército participaram da Minustah. Atualmen-te, o grupo brasileiro na ilha caribenha é de 2.200 militares, sendo 1.950 do Exército.

O Brasil, como coordena-dor da missão militar no Hai-ti, comanda 8.940 homens de vários países. No grupo que embarcou, estão 60 inte-grantes do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, responsável pela montagem da infraestrutura necessária à reconstrução do país e ao trabalho das forças militares. A epide-mia de cólera é uma das

consequências da falta de infraestrutura no Haiti, des-truído pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. Além disso, o país vive momento de tensão depois que um comitê internacional cons-tatou fraudes nas eleições de 28 de novembro do ano passado, que levaram ao adiamento do segundo turno previsto para o últi-mo domingo (14).

Missão de paz da ONU no Haiti terá novos militares brasileiros

Dono de TV é preso na Tunísia, acusado de incitar violência

Itália reitera pedido de extradição de Battisti

REPRODUÇÃO

ABR/JOSÉ CRUZ

O MINISTRO DA Jus-tiça da Itália, Angelino Alfano, reiterou que a expectativa do go-verno italiano é que o Brasil reveja sua deci-são e faça a extradição do ex-ativista político Cesare Battisti, de 52 anos. A defesa em favor da extradição foi feita durante a reunião do conselho de ministros e depois de o Parlamento Europeu ter aprovado a moção italiana que faz um apelo para que o Brasil mude a decisão de manter no país o ex-ativista. “É preci-samente para proteger o direito fundamental que a Itália está lutan-do pela extradição de Battisti com base em tratado bilateral com o Brasil e os princípios do direito internacio-nal”, afirmou Alfano em comunicado pu-blicado na página do Ministério da Justiça da Itália na internet. O caso Battisti deve ser analisado pelo Supre-mo Tribunal Federal (STF), em fevereiro.

No último dia 20, o Parlamento Euro-peu aprovou a moção e n c a m i n h a d a p e l o governo italiano. O Brasil deverá ser co-municado ofi cialmente. A decisão tem o peso de uma recomendação do governo italiano. A comunicação será fei-ta à presidenta Dilma Rousseff e aos presi-dentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), além do presidente da Comissão Parlamentar do Mer-cosul, senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS).

Também na última se-mana, a Presidência da República confirmou que Dilma recebeu uma carta do presidente da Itália, Giorgio Napoli-tano, sobre o caso Bat-tisti. Na correspondên-cia, Napolitano reitera o pedido de extradição do ex-ativista. Mas a carta foi enviada antes da decisão do Parla-mento Europeu e do Senado da Itália.

O DONO DE UM canal de televisão na Tunísia foi preso, acusado de traição por divulgar informações falsas e incitar a violên-cia. O país vive grande

instabilidade desde que uma onda de protestos acabou por derrubar o então presidente, Zine al-Abidine Ben Ali. O canal Hannibal TV fi cou fora do

ar por algumas horas. O proprietário da emissora é parente da mulher do ex-presidente, que caiu depois de 23 anos no po-der. Há cerca de um mês,

protestos contra a alta do custo de vida e o desem-prego espalharam-se pela Tunísia. Diante da pressão popular, Ben Ali fugiu do país em 14 de janeiro.

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CAPITAL 25 a 31 de Janeiro de 201188

O ÍNDICE DE PREÇOS ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou varia-ção de 1,18% em seu terceiro resultado par-cial do mês de janeiro. A taxa é a maior verificada desde a primeira prévia de fevereiro de 2010, quando o IPC-S ficou em 1,33%. Esta parcial também é 0,12 ponto percentual maior do que a anterior (1,06%). A aceleração da inflação medida pelo índice foi causada, principalmen-te, pelo aumento dos preços da educação e dos transportes.

O grupo educação, lei-

tura e recreação do IPC-S foi o que apresentou maior alta nesta prévia. Foram 2,98%, ante os 2,43% verificados na prévia anterior – avanço de 0,55 ponto percentual. Só o preço dos cursos de ensino médio aumentou 6,20%. Já o grupo trans-portes registrou variação de 2,08%, resultado 0,59 ponto percentual maior do que o da prévia pas-sada (1,49%). A tarifa do ônibus urbano foi o item que mais contribuiu com a aceleração, com alta de 4,36% nesta prévia.

Além dos dois grupos, despesas diversas (de

0,92% para 1,12%), ha-bitação (de 0,22% para 0,24%) e saúde e cuida-dos pessoais (de 0,50% para 0,52%) colabora-ram para a aceleração do IPC-S. Já alimentação (de 1,69% para 1,64%) e vestuário (de 0,38% para 0,36%) tiveram alta me-nor do que a verifi cada na parcial anterior. Os dados desta prévia do IPC-S foram coletados até o dia 22. O índice é calculado com base em preços co-letados em sete capitais do país: Recife, Salva-dor, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.

IPC-S FICA EM 1,18% NATERCEIRA PRÉVIA DE JANEIRO

O PRIMEIRO AUMEN-TO pelo Comitê de Política Monetária (Copom) da taxa Selic, em 2011, dividiu a opinião de parlamentares no Congresso Nacional. O Ban-co Central elevou o índice de 10,75% para 11,25% ao ano. Para o presidente da Câma-ra, Marco Maia, o Banco Central tem atuado correta-mente nos últimos anos nas ações de controle da econo-mia. “Todas as posições do Banco Central que forem equilibradas para garantir uma economia sustentável e sólida da economia é bem-

vinda”, disse o deputado. Já o presidente do PP e senador, Francisco Dornelles, consi-derou precipitada a atitude do governo. Segundo ele, há pouco tempo foi aumentado o compulsório dos bancos, que não trouxe qualquer ônus para as contas públicas e já provocou a elevação da taxa de juros no mercado livre. “O aumento da taxa Selic, ago-ra, foi precipitada. O Banco Central poderia ter esperado o resultado dessas medidas”.

O líder do PSDB no Se-nado, Álvaro Dias, infor-mou que o partido está

especialmente preocupado com a sinalização do Banco Central de administrar “com urgência” a possibilidade de retorno da infl ação sem que o governo, como um todo, “tome medidas efetivas de controle dos gastos públi-cos”. “Tenho certeza que outras medidas virão e isso nos preocupa muito porque eles represaram o problema no período eleitoral e agora virá o inevitável com a re-dução dos investimentos e outras restrições”, disse o líder do Democratas, José Agripino Maia.

Aumento da taxa Selic divide opinião de representantes do Congresso

O ECONOMISTA MURILO Portugal assume a presidência da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a partir da terceira semana de março - deixando o terceiro mais importante posto ocupado por um brasileiro na hierarquia do Fundo Monetário Internacio-nal (FMI), o de diretor-geral adjunto – com planos de am-pliar a integração dos bancos com o setor produtivo. No úl-timo dia 19, a Febraban anun-ciou a escolha de Portugal para ocupar a presidência executiva

da entidade, em substituição a Fábio Barbosa, cujo mandato termina daqui a dois meses.

Portugal, que também já foi secretário do Tesouro Na-cional no governo Fernando Henrique Cardoso e secretá-rio executivo do ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antônio Palocci, quer am-pliar a integração da área bancária com o segmento produtivo, dentro do esforço do país de alcançar um maior desenvolvimento econômico e social.

Por telefone, em entrevista à Agência Brasil, da sede do FMI em Washington, nos Estados Unidos, o econo-mista destacou três papéis do sistema bancário que podem contribuir nesse processo: o que garante o pagamento de obrigações de todos os agentes econômicos com precisão; o que protege e faz crescer a poupança de milhões de brasileiros e o que fi nancia pessoas que têm projetos para executar, mas lhes faltam recursos.

Murilo Portugal quer maior integração entre bancos e o segmento produtivo