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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 N° 59 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | DE 07 A 13 DE JUNHO DE 2011 | NAS BANCAS RS 1,00 Fim do cartão do CPF PÁG. 7 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) (*) FECHAMENTO: 06 DE JUNHO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 06 DE JUNHO DE 2011 Produção totalmente nacional Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,581 1,583 0,44 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,520 1,700 0,00 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,115 5,116 0,40 Dólar Austrália 10,72 1,073 0,11 Dólar Canadá 0,980 0,980 0,22 Euro 1,457 1,457 0,40 Franco Suíça 0,834 0,835 0,25 Iene Japão 80,100 80,120 0,32 Libra Esterlina Inglaterra 1,634 1,635 0,49 Peso Chile 468,300 468,600 0,13 Peso Colômbia 1.782,000 1.784,600 0,01 Peso Livre Argentina 4,085 4,125 0,00 Peso MÉXICO 11,745 11,758 0,79 Peso Uruguai 18,450 18,650 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 63.067,73 1,98 Dow Jones 12.089,96 0,50 Nasdaq 2.702,56 1,11 Merval 3.122,08 1,36 Poupança 07/06 0,608 Poupança Mês 06/06 0,603 TR 06/06 0,100 Juros Selic meta ao ano 12,00 Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88 LANÇADA pela presidenta Dilma Roussef, a Plataforma P-56 tem capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia. PÁGINA 5 O MINISTRO das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que tem sido cobrado pela presidenta Dilma Rousseff para fazer avançar o Plano Nacional de Banda Larga. PÁGINA 4 ABR/ROBERTO STUCKERT FILHO ABR/ANTÔNIO CRUZ Telecomuncações: Serviço é caro e serve a poucos BB compra Banco Postal por R$ 2,3 bilhões Embraer venderá aviões para a Venezuela Deputado e vereador disputam vaga de vice Copom deve elevar Selic para 12,25% ao ano O BANCO do Brasil foi declarado o vencedor da licitação do Banco Postal, no último dia 31, com o lance de R$ 2,3 bilhões, na 12ª rodada, depois que o Bradesco desistiu de fa- zer novos lances. O valor total a ser desembolsado pelo Banco do Brasil será de cerca de R$ 3,15 bi- lhões. Isso porque o edital de licitação estabelece o pagamento de R$ 500 mi- lhões pela rede de mais de 6 mil agências dos Correios (valor fixo) e R$ 350 mi- lhões referentes às transa- ções bancárias (previsão). O que definiu o vencedor, no entanto, foi a proposta feita pelo negócio, espé- cie de “luva” para ser o parceiro da estatal. O BRASIL deve vender 20 aviões para a Venezuela, atendendo ao apelo do pre- sidente venezuelano Hugo Chávez, feito durante en- contro com a presidenta Dilma Roussef, em Brasília. Segundo o assessor especial da Presidência da Repúbli- ca, Marco Aurélio Garcia, o negócio deve ser fechado em breve PÁGINA 7 ANALISTAS DO merca- do financeiro consultados pelo Banco Central espe- ram por elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Po- lítica Monetária (Copom) esta semana. Atualmente, a taxa básica está em 12% ao ano. No final de 2011, a expectativa é que a Selic que em 12,50% ao ano. Ou seja, a expectativa dos analistas é que o Copom eleve a taxa duas vezes em 0,25 ponto percentual. Para o fim de 2012, a projeção é de 12,25% ao ano. Neste ano, a taxa subiu 0,50 pon- to nas reuniões do Copom em janeiro e em março. Em abril deste ano, houve alta de 0,25 ponto percentual. PÁGINA 2

Edição nº 59

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Jornal Capital - Edição nº 59

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1CAPITAL7 a 13 de Junho de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 � N° 59 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | DE 07 A 13 DE JUNHO DE 2011 | NAS BANCAS � RS 1,00

Fim do cartão do CPF

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(*) FECHAMENTO: 06 DE JUNHO DE 2011(*) FECHAMENTO: 06 DE JUNHO DE 2011

Produção totalmente nacional

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,581 1,583 0,44Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,520 1,700 0,00

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,115 5,116 0,40Dólar Austrália 10,72 1,073 0,11Dólar Canadá 0,980 0,980 0,22Euro 1,457 1,457 0,40Franco Suíça 0,834 0,835 0,25Iene Japão 80,100 80,120 0,32Libra Esterlina Inglaterra 1,634 1,635 0,49Peso Chile 468,300 468,600 0,13Peso Colômbia 1.782,000 1.784,600 0,01Peso Livre Argentina 4,085 4,125 0,00Peso MÉXICO 11,745 11,758 0,79Peso Uruguai 18,450 18,650 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 63.067,73 1,98Dow Jones 12.089,96 0,50Nasdaq 2.702,56 1,11Merval 3.122,08 1,36

Poupança 07/06 0,608Poupança Mês 06/06 0,603TR 06/06 0,100

Juros Selic meta ao ano 12,00

Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

LANÇADA pela presidenta Dilma Roussef, a Plataforma P-56 tem capacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia. PÁGINA 5

O MINISTRO das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que tem sido cobrado pela presidenta Dilma Rousseff para fazer avançar o Plano Nacional de Banda Larga. PÁGINA 4

ABR/ROBERTO STUCKERT FILHO

ABR/ANTÔNIO CRUZ

Telecomuncações: Serviço é caro e serve a poucos

BB compra Banco Postal por R$ 2,3 bilhões

Embraer venderáaviões para a Venezuela

Deputado e vereador disputam vaga de vice

Copom deve elevar Selic para 12,25% ao ano

O BANCO do Brasil foi declarado o vencedor da licitação do Banco Postal, no último dia 31, com o lance de R$ 2,3 bilhões, na 12ª rodada, depois que o Bradesco desistiu de fa-zer novos lances. O valor total a ser desembolsado pelo Banco do Brasil será de cerca de R$ 3,15 bi-lhões. Isso porque o edital

de licitação estabelece o pagamento de R$ 500 mi-lhões pela rede de mais de 6 mil agências dos Correios (valor fi xo) e R$ 350 mi-lhões referentes às transa-ções bancárias (previsão). O que defi niu o vencedor, no entanto, foi a proposta feita pelo negócio, espé-cie de “luva” para ser o parceiro da estatal.

O BRASIL deve vender 20 aviões para a Venezuela, atendendo ao apelo do pre-sidente venezuelano Hugo Chávez, feito durante en-contro com a presidenta

Dilma Roussef, em Brasília. Segundo o assessor especial da Presidência da Repúbli-ca, Marco Aurélio Garcia, o negócio deve ser fechado em breve PÁGINA 7

ANALISTAS DO merca-do fi nanceiro consultados pelo Banco Central espe-ram por elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Po-lítica Monetária (Copom) esta semana. Atualmente, a taxa básica está em 12% ao ano. No fi nal de 2011, a expectativa é que a Selic

fi que em 12,50% ao ano. Ou seja, a expectativa dos analistas é que o Copom eleve a taxa duas vezes em 0,25 ponto percentual. Para o fi m de 2012, a projeção é de 12,25% ao ano. Neste ano, a taxa subiu 0,50 pon-to nas reuniões do Copom em janeiro e em março. Em abril deste ano, houve alta de 0,25 ponto percentual.

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CAPITAL 7 a 13 de Junho de 201122

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O NOVO COMANDAN-TE-GERAL do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, pediu que a tropa confi e nele e disse nesta segunda-feira (6/) que será o único interlocu-

tor entre o Governo do Estado e os bombeiros. Simões tranquilizou a po-pulação ao afi rmar que o Corpo de Bombeiros está atendendo aos chamados em todo o estado e que nenhum cidadão ficará

sem socorro. “Você nun-ca vai ter notícia de que uma unidade de bombeiro deixou de prestar aten-dimento à população do estado”, garantiu o coro-nel. Simões já começou a visitar as unidades do

Corpo de Bombeiros para conversar com a tropa. No sábado (4), 439 bom-beiros foram presos pela Polícia Militar após a in-vasão do Quartel Central da corporação.

Novo comandante dos bombeiros pede a confi ança da tropa

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

Um réquiem para Palocci

A força dos pequenos

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

POR PRESSÃO DO Pla-nalto, a Rede Globo cedeu quase uma hora do Jornal Nacional, o de maior au-diência no País, na sex-ta-feira (3) para que o Ministro Chefe da Casa Civil, deputado Antonio Palocci, pudesse explicar, livremente e sem ameaça de cassete ou do “pau-de-arara”, como conseguiu o milagre da multiplicação (por 20) da sua fortuna pessoal em apenas quatro anos. Foi simplesmente patética a exposição do in-fl uente médico sanitarista, que não deve ter estudado Matemática nas cartilhas distribuídas pelo MEC (ao preço de R$ 14 mi-lhões) para alfabetização de adultos na Zona Rural, onde o cabo eleitoral é a Bolsa Família. Na tal cartilha, os analfabetos do interior do País aprendem que 10 - 7 = 4 e que 16 - 7 = 5. Durante a entrevista, Palocci se negou a revelar quais eram os clientes da empresa “Projeto”, pois era um sigilo profi ssional, que ele não teve dúvida em quebrar quando se tratou de um modesto faxinei-ro, colocando um estrato da conta na caderneta de poupança que Francenildo dos Santos Costa mantinha na Caixa Econômica Fede-

ral nas páginas da revista Época,

Abandonado pela dire-ção do PT e pela presidente Dilma Rousseff, Palocci apenas evoluiu em torno do tema - enriquecimento vertiginoso para quem está no interior do Governo e conhece as chaves secre-tas que abrem as arcas do tesouro. O caso “Palocci” é uma reedição piorada e mal acabada do caso “José Dirceu” em torno do escândalo do mensa-lão, onde Lula anunciou o famoso bordão: não sei de nada, não vi nada e o Zé Dirceu é um bom ca-marada. O resultado dessa “peça” está em cartaz no Supremo Tribunal Federal, onde a Procuradoria Geral da República apresentou denuncia contra um grupo de 40 pessoas, incluindo José Dirceu, que seria o chefe do bando que se uniu para desviar recursos públicos para bolsos par-ticulares. Como Lula não afastou de imediato o seu Ministro Chefe da Casa Ci-vil, o escândalo paralisou o Governo por meses, até que o “companheiro Zé”, depois de sangrar em pra-ça pública, foi fi nalmente defenestrado.

Em 2010, foi a vez da Mi-nistra Chefe Erenice Guerra,

que fora sub e braço direito de Dilma Rousseff naquele fatídico e disputado cargo, cujo gabinete fi ca ao lado do gabinete do presidente. Mais uma vez, Lula repetiu que tinha plena confi ança na Ministra Erenice Guerra, mas não resistiu à pressão das ruas dos aliados e a tirou do cargo. Agora, na Era Dil-ma Rousseff, novo escânda-lo envolvendo as ações do ocupante do Gabinete mais importante do Palácio do Planalto, depois do gabine-te presidencial, alimenta o noticiário político e provoca frisson no PT e no PMDB, havendo, inclusive, apostas em todos os escaninhos do Poder para descobrir quem será o novo Ministro Chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff.

A entrevista do ex-pre-feito de Ribeirão Preto soou a muitos como um “Réquiem” para Paloc-ci. Agora respirando por aparelhos, a sua sobrevida política dependerá apenas do tempo que a presidente precisará para encontrar alguém para substituí-lo. Palocci esqueceu de uma velha lição da História de Roma: não basta à mulher de César ser honesta; ela precisa parecer honesta.

Enquanto isso, o gover-nador do Rio de Janeiro se

irritada por ver interrom-pida mais uma vilegiatura em Paris, retorna ao às pressas ao Rio e manda prender mais de 400 bom-beiros que reclamavam do salário de fome (R$ 950 por mês). A campanha salarial dos bombeiros, que não recebem a bolsa-esmola que o governador deu à PM, é antiga, mas Sergio Cabral sempre se negou a discutir o assunto com os interessados, dei-xando essa ingrata tarefa com o esquio Secretário de Saúde, Sérgio Cortes, cujo braço direito e contra-pa-rente foi responsável pela licitação que benefi ciou a empresa Tosa, responsável pela manutenção de am-bulâncias. A denuncia so-bre essa licitação foi feita por um ofi cial médico do Corpo de Bombeiros, que foi imediatamente defe-nestrado pelo governador. Às voltas com a Justiça, o secretário Sérgio Cortes não tem tempo (nem estô-mago) para discutir coisas tão triviais, como o salário de R$ 950 reais pagos aos bombeiros, ou a necessi-dade dessa categoria de servidores ganhar o vale transporte, benefício para os empregados que faz a alegria das empresas de ônibus.

MUDANÇA RADICAL na sucessão do prefeito Zito no ano que vem. O presidente da Câmara de Duque de Caxias, Mazinho, parece ter optado por uma nova estra-tégia e partiu em busca de outros espaços, agora ten-tando garantir entendimento para uma dobradinha com outra candidatura. Uma fon-te confi rmou ao Capital que o vereador deverá permane-cer mesmo no PSDB, como vem sendo comentado nos bastidores políticos nos úl-timos dias. A decisão teria sido tomada após tomar conhecimento da entrevista exclusiva dada pelo Prefeito José Camilo Zito na penúlti-ma edição do Capital, onde confi rmou sua candidatura à reeleição e anunciou seu desligamento do PSDB e ingresso no Partido Progres-

sista, do senador Francisco Dornelles, que teve grande repercussão e bateu recorde de acessos no site do jornal.

A fonte foi mais longe: garantiu que, com isso, o vereador mudou sua estratégia, dando início a entendimentos com ou-tros candidatos buscando garantir espaço em uma dobradinha entrando como

vice-prefeito. O vereador, segundo a fonte, arregaçou as mangas nesse sentido e já procurou o deputa-do estadual Dica, que se transferiu do PMDB para o PSD. “Com a permanência no PSDB, suas chances são maiores para assegurar uma vaga de vice usando para isso a força da legen-da”. Outra fonte, porém,

informou que o deputado federal Cristiano (PT do B) também pleiteia a vaga de vice com Dica.

O ingresso de Mazinho no PDT foi anunciado publi-camente com muita pompa, no dia 18 de março, em uma solenidade realizada na Câ-mara de Duque de Caxias, com a presença do minis-tro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi, e do secretário geral do Partido, deputado estadual Carlos Correia. “A informação pegou todos de surpresa, inclusive o próprio Mazinho, que ainda é verea-dor pelo PSDB”, dizia o texto distribuído pela Assessoria de Imprensa do Legislativo, apesar do vereador ter par-ticipado antes, no dia 10 de dezembro, de um almoço em uma churrascaria no municí-pio, com a presença de Lupi.

Começa a disputa por umavaga de vice em Caxias

CDMC/AUDENIR DAMIÃO

Mazinho, Lupi e Laury: festa do PDT na Câmara

TODA LEI QUE “PEGA” em algum momento precisa ser aperfeiçoada. No ano passado, deputados federais e senadores apresentaram o Projeto de Lei Complemen-tar 591/2010, fruto de um debate nacional sobre a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas e que impôs uma série de modifi cações a ela. Dentre as alterações, a mais urgente é o aumento do teto de enquadramento no Supersimples das pequenas, microempresas e do Empreendedor Individual (MEI) - que hoje é de R$ 240 mil por ano, no caso das microempresas, de R$ 2,4 milhões anuais nas pequenas empresas e de 36 mil para o MEI - para R$ 360 mil, R$ 3,6 milhões e R$ 48 mil respectivamente.

Na ocasião, o Fórum de Desenvolvimento Estra-tégico do Estado reuniu entidades, empresários e a classe política na Assembleia Legislativa do Rio para manifestar o apoio à aprovação deste projeto e mostrar o impacto imediato da ampliação do teto para as empresas que estavam sendo obrigadas a deixar o enquadramento no Supersimples por força da infl ação. Infelizmente, o projeto acabou não sendo votado.

Para retomar este movimento e estabelecer uma agenda no Parlamento fl uminense que contemple este e outros temas, no próximo dia 13 de junho, às 9h, será lançada, num evento aberto ao público, a Frente Parlamentar em Defesa das Micro e Pequenas Empresas do Estado.

Criada na Alerj pela Resolução 126/2011, de autoria dos deputados Paulo Melo, André Correa, Luiz Paulo e Roberto Henriques, a frente é um movimento supra-partidário que terá como desafi o, nos próximos anos, atuar para reduzir a burocracia, garantir a diminuição de impostos e permitir a formalização de milhares de empreendedores.

De acordo com o Sebrae, empreendimentos de peque-no porte que representam mais de 90% das empresas no País e empregam mais de 50% da mão de obra com carteira assinada. É preciso reconhecer a grandeza dos pequenos e fortalecê-los.

APESAR DE considerar o cenário atual positivo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não descarta a possibilidade de o governo adotar novas medidas con-tra a inflação. “O governo continuará vigilante para coibir qualquer subida da infl ação, se houver, nos pró-ximos meses”, ressaltou ele ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Segun-do o ministro, ainda existe a possibilidade de novas pres-sões infl acionárias, principal-mente no segundo semestre, relacionadas aos preços das commodities (produtos bá-sicos, como grãos e metais, cotados internacionalmente).

“Se vier uma pressão acima da segunda metade, deverá ser principalmente de com-modities. Mas, no momento, o que está acontecendo é o contrário”, avaliou.

Mantega manteve a pre-visão de crescimento 4,5% do PIB para este ano. De acordo com ele, a expansão anualizado da economia no segundo trimestre deverá fi car um pouco abaixo desse percentual, mas o resultado se equilibrará com o cres-cimento um pouco maior registrado no primeiro tri-mestre e na segunda metade do ano. “4,5% é um excelente resultado. Como no primeiro trimestre foi algo como 5,5%, significa que ainda haverá alguma desaceleração”, ex-plicou.

Mantega admite maismedidas contra a infl ação

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33CAPITAL7 a 13 de Junho de 2011

Educação e Saúde: combinaçãode estratégias resolutivas

NESTOR VIDAL é administrador com especialização em gestão hospitalar, pós-graduado em gestão de serviço de saúde, ex-diretor do Hospital das Clinicas de Teresópolis, empresário e suplente de deputado federal pelo PMDB. Na internet, acesse: http://blogdonestor.wordpress.com

NÃO TEM COMO não se ouvir histórias nestas duas áreas vitais para o desenvolvimento do cidadão, pois de que adianta educação sem saúde, ou ainda, saúde sem educação? As histórias pessoais de peregrinação nestas duas áreas e os resultados pífi os alcançados demonstram notoriamente o quanto precisamos avançar frente à reso-lutividade dos problemas vividos.

Considerar a saúde, ao voltarmos no tempo para res-gatar as bases do Movimento da Reforma Sanitária e a conformação do nosso Sistema Único de Saúde, faremos a constatação do hiato entre o que foi pactuado social-mente e o que se vive na atualidade. O que se perdeu neste caminho? Quais pontos precisam ser reforçados para se alcançar a consolidação do SUS? São questões persistentes nas intervenções de gestores e no dia-a-dia dos cidadãos. É um problema complexo, que talvez não tenha uma única resposta, mas que vem deixando um ras-tro de descaso que pode ser seguido e deve ser investigado para se descrever os aspectos que tem comprometido a resolutividade em saúde, no nosso país.

É um caminho árduo a ser percorrido, que necessita de coragem por parte dos gestores públicos para o seu enfrentamento, pois existem muitos fatores estruturais que não dão sustentabilidade a este modelo adotado. Partir da investigação dos insucessos, da auditoria pormenorizada e contínua nos serviços, do investi-mento em educação permanente para as equipes, da gestão participativa, da busca pela relação dialógica entre as diversas instâncias que se correlacionam e nem sempre caminham juntas, são tomadas de decisão que nos deixa mais fortes dentro do processo e podem estar indicando soluções alternativas para a defi nição política da fonte de fi nanciamento para a saúde.

O BANCO NACIONAL de Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES) vai emprestar até R$ 35 bilhões a empresas do setor sucro-alcooleiro nos próximos quatro anos. A previsão é do presidente da instituição, Luciano Coutinho. Cou-tinho participou segunda-feira (6) da abertura de um congresso sobre etanol, em São Paulo. Lá, ele afi rmou que o BNDES tem um pla-no de investimentos em usinas de açúcar e álcool. “Temos um forte programa de investimento e esse pro-grama pode consumir, em crédito do BNDES, algo entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões nestes quatro anos, incluindo 2011”, afirmou ele, em entrevista coleti-va. Só no ano passado, o BNDES emprestou R$ 7,6 bilhões a empresas do setor. Grande parte disso, segun-do Coutinho, foi usado na mecanização da colheita de cana-de-açúcar proprieda-des rurais do país.

Coutinho disse que os empréstimos vão fi nanciar

principalmente a renovação das plantações de cana-de-açúcar do país. “Nos últimos anos, a falta de investimento fez com que a idade média dos cana-viais aumentasse e houvesse perda de produtividade”, explicou. “Precisamos ace-lerar os investimentos. A aceleração precisa começar com a renovação dos ca-naviais.” O presidente do

BNDES acrescentou ainda que outras iniciativas serão apoiadas pelo banco. Dentre elas, a ampliação de usinas, a integração da rede de alcoodutos, a melhoria da logística do setor etc.

Para Coutinho, esses investimentos vão colabo-rar com o crescimento do setor sucroalcooleiro do país, freado pela crise eco-nômica mundial de 2008.

Ele disse também que os fi nanciamentos serão de-cisivos para o Brasil esteja na liderança da produção e inovação do segmento da cana. “Temos todas as condições de tomar a liderança no processo de desenvolvimento do etanol de segunda geração [pro-duzido a partir da celulo-se]”, disse Coutinho. “Não faltará apoio”, destacou.

BNDES anuncia empréstimo de R$ 35 bilhões a setor sucroalcooleiro

BANCO DE IMAGENS

O MINISTRO DE MINAS e Ener-gia, Edison Lobão, disse que podem ocorrer novos problemas de abastecimento de etanol no país. Segundo ele, assim como ocorreu neste ano, pode haver falta do combustível em postos durante a próxima entressafra

da cana-de-açúcar, que ocorre nos primeiros meses do ano. Esse problema poderia causar novamente uma alta no preço do produto. “Este ano, tivemos algumas difi culdades e estamos prevendo para o próximo ano também algumas difi culdades”,

afi rmou Lobão, após participar da cerimônia de abertura de um congresso sobre etanol realizado em São Paulo. “Temos preocu-pação com a próxima safra.” Lobão disse que, devido à pos-sibilidade de escassez do etanol, o governo vem conversando

constantemente com empresá-rios do setor sucroalcooleiro para projetar o abastecimento de etanol para o ano que vem. Segundo ele, caso falte com-bustível, a mistura de etanol na gasolina pode ser reduzida para manter o preço do produto.

Lobão prevê falta de etanol e diz que mistura da gasolina pode mudar

A AGROPECUÁRIA foi a principal responsável pelo crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre de 2011, com salto de 3,3% no período, a maior taxa de expansão entre todos os setores da economia. Para a Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o aumento foi puxado, principalmente, pelos ga-nhos de produtividade, que devem levar a uma safra de

grãos e fi bras estimada em 159 milhões de toneladas. Entre os produtos que mais contribuíram para o resul-tado do primeiro trimestre, por causa da colheita no período, estão algodão, arroz, milho e soja.

Na comparação com os três primeiros meses de 2010, a agropecuária apresentou crescimento de 3,1%. A Superinten-dência Técnica da CNA aval iou que os próxi-mos levantamentos do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial do produto interno, devem apresentar resul tados ainda mais posit ivos para o setor agropecuário, pois, além do resultado final da safra de grãos, vai contemplar o período em que se deu a recuperação de preços do agronegócio. A estimati-va da confederação é que o PIB do setor feche 2011 com elevação de 9%.

Agronegócio, mais uma vez,puxa o crescimento do PIB

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CAPITAL 7 a 13 de Junho de 201144

EM ENTREVISTA AO Capital, o Subsecretário de Serviços Públicos de Duque de Caxias, Francisco Alves da Fonseca Neto, disse que o problema com os imóveis no entorno do Cemitério de Xerém é um problema que vai ser solucionado, uma herança da administração anterior. Segundo ele, a Funerária Duque de Caxias, antiga concessionária que explorava e tinha a obri-gação de administrar os cemitérios do município, na

verdade não fez a segunda parte do contrato, que é ad-ministrar, pois não cuidou e permitiu a construção de casas, através de invasões, encostadas nos barrancos do campo santo.

- Quando reassumimos os cemitérios, a situação era ainda pior. A antiga funerária não cuidou do campo santo, a imagem era de total abandono. o fato é que como não podemos voltar no tempo e estamos melhorando o atual pano-

rama”. Neto acrescentou que “a Defesa Civil está fazendo seu trabalho e já interditou duas casas. As famílias foram enca-minhadas à Secretaria de Habitação que, através da Caixa Econômica Federal, irá incluí-las em progra-ma habitacional”. Para as demais famílias, segundo neto, será aguardado o laudo defi nitivo da Defesa Civil do município. Outro órgão envolvido com o problema é a Secretaria

de Meio Ambiente, que já iniciou o trabalho de análise do solo, adiantou Francisco Neto.

O Subsecretário afi rmou ainda que agora a corrida “é contra o tempo, pois du-rante o prazo de dez anos em que a antiga concessio-nária devia ter adequado os cemitérios para atender le-gislação ambiental e saúde pública, nada foi feito”. E concluiu dizendo: “Ainda temos muito trabalho pela frente”.

Defesa Civil interdita construçõesjunto ao Cemitério de Xerém

O M I N I S T R O D A S Comunicações, Paulo Bernardo, cobrou das empresas de telefonia ações para ampliar o acesso da população aos serviços de telecomu-nicações a preços mais acessíveis. “Como as empresas se conformam em oferecer serviços que só atendem a cerca de 20% da população? Não acho razoável. Isso se deve à renitente opção das empresas de oferecer serviços caros e atender pouca gente. E tem que ser o contrário, tem que oferecer serviço barato para muita gente. Po-demos fazer muito mais que isso, e o mercado não pode só pedir dinhei-ro para o governo”, disse Paulo Bernardo.

O ministro participou da abertura do 55º Painel Telebrasil, promovido pela Associação Brasilei-ra de Telecomunicações. Disse que o governo está disposto a trabalhar em parceria com as empre-sas do setor de telecomu-nicações para aumentar o acesso da população aos serviços de telefonia e banda larga. Segundo

ele, esse é um desafi o e uma responsabilidade do governo e dos agentes econômicos. “Queremos somar esforços, estamos com toda a disposição de fazer diálogo, trabalhar de forma coesa, fazer parcerias”.

Paulo Bernardo re-velou que tem sido co-brado “de forma enfá-tica” pela presidenta Dilma Rousseff para fazer avançar o Plano Nacional de Banda Lar-ga (PNBL), que prevê a massificação do acesso à internet de alta velo-cidade. Outra determi-nação da presidenta foi o uso das tecnologias de informação e comunica-ção para a área de edu-cação, inclusive com o aumento da velocidade da banda larga nas es-colas públicas do país.

Ministro diz que teles preferem cobrar caro

para atender pouca genteALBERTO ELLOBO

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55CAPITAL7 a 13 de Junho de 2011

FOI REALIZADA sexta-feira (3) no Estaleiro Bras-FELS, em Angra dos Reis, com a presença da presi-denta da República, Dilma Rousseff, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, a cerimônia de batismo da plataforma P-56. Com ca-pacidade para processar 100 mil barris de petróleo e comprimir 6 milhões de m³ de gás por dia, a P-56 operará no Módulo 3 de desenvolvimento do Campo de Marlim Sul, localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro.

Para a presidenta Dilma, a construção significa a geração de empregos de qualidade para a popula-ção. “São 56 mil toneladas de aço, mas o que deve nos admirar é que foram bra-ços brasileiros que cons-truíram esta plataforma. O que o Brasil pode produzir será produzido no Brasil. Temos capacidade para isso. Queremos que se pro-duza cada peça no Brasil”, destacou. O presidente Gabrielli reafi rmou o com-promisso da diretoria de produzir 28 sondas no Bra-sil. “Nunca produzimos esses equipamentos. Serão sete em Pernambuco. Den-tre as outras 21, com cer-teza algumas serão aqui”, previu. “Vamos promover

a criação de estaleiros e estimular a diversifi cação das atividades”, completou Gabrielli.

Em coletiva prévia rea-lizada no dia anterior, no edifício sede da Petrobras, o gerente de Implementação de Empreendimentos para Marlim Sul, Roberto Moro, ressaltou que a P-56 será a quinta unidade na região de Marlim Sul e destacou o crescimento do conteúdo local na construção das no-vas plataformas: “Tivemos quatro canteiros de obras no estado do Rio de Janeiro. Toda a P-56 foi construída no Brasil, inclusive o cas-co. “Segundo o gerente do Ativo de Marlim Sul, Carlos Bartolomeu Barbosa, após o

batismo, a P-56 será trans-portada para a Ilha de Bana-nal, próxima à Ilha Grande, em Angra dos Reis, onde passará por alguns testes antes de chegar ao campo de Marlim Sul.

A P-56 é uma unidade do tipo semissubmersível e fi cará ancorada em local onde a profundidade é de 1.670 metros, interligada a 21 poços, dos quais 10 serão produtores de petróleo e 11 injetores de água. Idêntica à plataforma P-51, a nova unidade de produção integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é considerada um marco na indústria naval brasilei-ra, uma vez que consolida a capacidade do país de

construir plataformas desse porte em seu território. A construção da P-56 alcan-çou o conteúdo nacional de 72,9% relativo ao topside (módulos integrados), e teve seu casco totalmente construído no Brasil, de-monstrando o fortaleci-mento da indústria local a partir das encomendas da Petrobras. O contrato de construção da plataforma foi assinado em outubro de 2007 entre a Petrobras e o FSTP, consórcio integrado pelas empresas Keppel FELS e Technip. Para construí-la foram investi-dos aproximadamente US$ 1,5 bilhão e a obra gerou 4 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no país.

Dilma lança a plataforma P-56 no Estaleiro BrasFELS

AG PETROBRAS

O GOVERNO DO ESTADO do Rio de janeiro vem adotando uma política de gratifi cações que vem desrespeitando a hierar-quia no estamento militar do estado. Muitos subordinados vêm recebendo gratifi cações que têm feito seus vencimentos serem maiores que muitos de seus superiores hierárquicos. Agrava-se a questão quando o Governo do Estado concede uma gratifi -cação de R$ 350 aos PMs e deixa os Bombeiros Militares de fora. Essa é a principal razão da revolta dos Bombeiros e da falta de apoio em massa dos PMs ao Movimento dos Heróis do Fogo. Essa Gratifi cação representa na prática cerca de 30% de aumento salarial,a qual não será recebida pela pensionista em caso de morte do Policial Militar, tampouco incorporará aos proventos dos PMs quando de sua pas-sagem para a inatividade, fato que deixa patente que em nossa sociedade o que importa é o aqui e agora,sendo o futuro algo abstrato e de pouca importância.

Outro fato que pode explicar o porquê de apenas o BOPE ter entrado em choque com os companheiros Bombeiros Militares é que a tropa de elite da PMERJ recebe uma gratifi cação de R$ 1.500, bem superior à gratifi cação dos demais Policiais Militares. A Política de gratifi cações do Governo do Estado do Rio de janeiro para com a PMERJ e o CBMERJ, portanto, é a verda-deira origem da quebra da hierarquia no estamento militar estadual e que somada a uma política salarial pífi a, com um reajuste de 50% em quatro anos, isto é, parcelado em 48 vezes, o que faz com que um soldado receba apenas R$ 10 por mês de aumento,o que resultará em um salário de R$ 1.500 somente daqui a quatro anos foram a motivação para a revolta.

O Governador Sérgio Cabral tem a chance de rever-ter esse quadro de revolta implementando uma políti-ca salarial decente, que englobe inclusive os inativos e as pensionistas,os quais ficam de fora também das gratifi cações,porque senão em breve eles também estarão nas ruas, desesperados,invadindo os quartéis,porque con-venhamos, R$ 10 por mês de reajuste salarial é um escárnio para com os Policiais e Bombeiros Militares.

CAPITÃO PM MELQUISEDEC NASCIMENTOPresidente da Associação dos Militares

Auxiliares e Especialistas (AMAE)

As razões da revolta dos Bombeiros

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CAPITAL 7 a 13 de Junho de 201166

Atualidade

O PROJETO “Sextas Musicais” do Teatro Municipal Raul Cortez apresentará o cantor e compositor Luiz Melo-dia, um dos mais cul-tuados nomes da MPB. Ele fará apresentação única no dia 17, às 20h, com ingressos a R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Melodia can-tará clássicos do seu repertório com acom-panhamento do vio-lonista Renato Piau. Luiz Melodia (Luiz Carlos dos Santos na certidão de nascimen-to), carioca do Estácio, é fi lho de sambista e começou a carreira na década de 60, infl uen-ciado pelo movimento jovem guarda. Lançou o primeiro disco em

1973, de onde saiu um de seus grandes suces-sos, “Pérola Negra”. Seu nome ganhou no-toriedade a partir daí e colocou no mercado diversos álbuns. Seus dois últimos trabalhos em disco são “Especial MTV - Estação Melo-dia Ao Vivo” (2008) e “Românticos do Rio”, lançado no ano passado.

Outro destaque da programação de junho do Teatro é a apresen-tação gratuita do es-petáculo “Nos Passos da Dança”, que fez es-tréia no fi nal de sema-na e voltará ao palco nos dias 11 (20h) e 12 (19h). A classificação é livre e o telefone para mais informa-ções é 2771-3062.

Luiz Melodia faz showacústico no Raul CortezDIVULGAÇÃO

O CONSELHO DE Defesa dos Direitos do Negro e Promoção da Igualdade Racial e Étnica de Duque de Caxias-COMDEDINE-PIR, vai comemorar os seus cinco anos de criação na Biblioteca Pública Municipal Go-vernador Leonel Brizo-la, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, dia 16, a partir das 18 ho-ras. Na programação, consta palestra sobre re-parações pelo professor

Iedo Ferreira, do Movi-mento Negro Unifi cado (MNU). O evento servi-rá ainda para a abertura das inscrições para a Terceira Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial e Étnica do Município de Duque de Caxias. O evento tem apoio da Secretaria de Cultura e Turismo. Mais informa-ções podem ser obtidas na Secretaria, através do telefone 2652-5631, com Jairo Cesar.

Igualdade Racial: Conselhoabre inscrições para Conferencia

A BAIXADA PARECE ser mesmo uma região desprezada pelas grandes empresas de prestação de serviços de internet banda larga. A única con-cessionária que dispõe do serviço - a Oi, que co-mercializa a Velox - cobra preço fora da realidade dos moradores e o mesmo não está disponível para todos os assinantes, em-bora a empresa anuncie de forma sistemática que tem cobertura em todo o País. Contando ape-nas com a velha internet discada oferecida pela mesma empresa, grande

parte da população fica sem o serviço de internet rápida. Isso para não cair nas mãos das “empresas” popularmente conhecidas como “gato net” ou de operadoras de 3G, que praticam mensalidades altas e impõem limitações para downloads.

Lançado sob forte pro-paganda oficial pelo go-vernador Sérgio Cabral e o Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia Alexandre Cardoso em de-zembro de 2009, na Praça do Pacifi cador, em Duque de Caxias, com custo anun-ciado de R$ 3 milhões, o

programa Baixada Digital, que ofereceria o serviço gratuitamente a um uni-verso de cerca de 1 milhão e 700 mil pessoas, pare-ce não ter decolado. Para acessar, bastaria comprar uma antena ou uma placa de rede wireless. Muitos que optaram por adquirir um desses equipamen-tos, acreditando que teria acesso ao sinal, acabou fi cando frustrado. A inefi -ciência do sistema é tanta que muitos lojistas que vendiam o kit “aprovado” pela Secretaria, não estão mais comercializando o equipamento.

A iniciativa, ainda se-gundo a propaganda ofi -cial do governo, infor-mava que era fruto de parceria entre a Secretaria Estadual de Ciência e Tec-nologia com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro-Faperj, a Fundação de Apoio à Escola Técnica-Faetec, a Universidade Federal Fluminense-UFF, a Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, e a Rede Globo, que teria disponibilizado suas ante-nas para a transmissão do sinal de internet, comple-tava o noticiário.

Moradores da Baixada sofrem com a falta de internet banda larga

“O sinal que é bom, nada”

Mesmo com os recursos e as parcerias tanto enfa-tizadas, o projeto parece não ter ido além da propa-ganda e deixou a popula-ção da Baixada Fluminen-se completamente frus-trada. “Comprei a antena no ano passado mas não consegui conectar. O sinal que é bom, nada”, disse Valdete Angelo, moradora em Jardim Meriti, próxi-mo à Prefeitura de São João de Meriti. Segundo ela, o prejuízo não foi maior porque conseguiu devolver o equipamento que comprou, em torno de R$ 150, depois de muita discussão com a empresa vendedora, localizada em Duque de Caxias. “Só aceitaram devolver o dinheiro depois que ame-acei entrar com processo no Procon”, lembrou Val-dete, que trabalha como costureira. Outro consu-midor queixoso é João Alberto Macedo, morador do Jardim 25 de Agosto, em Duque de Caxias, que optou por uma placa wireless para acessar o

serviço pelo seu micro-computador doméstico. “Liguei para um número de telefone que me deram e me disseram que eu po-dia comprar a placa, que era mais barata que a an-tena externa. Fiz isso mas o serviço é muito precário e não posso contar com ele quando mais preciso, pois é muito instável”, observou João Alberto.

A vendedora K. G. D, de 25 anos, que trabalha em uma empresa de infor-mática em um shopping

no centro de Duque de Caxias, disse que no auge da propaganda do “Bai-xada Digital” conseguia vender entre 4 e 5 kits diariamente, por R$ 150. “O movimento era bom, apesar das queixas e até devolução da antena por sinal baixo. Depois, caiu tanto a procura que deixa-mos de trabalhar com esse tipo de produto, explican-do que o equipamento que mais comercializava era a antena Aquario 25 DBIs, recomendada pela

Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado.

O Capital tentou por várias vezes, por telefone, contato com o Secretário de Ciência e Tecnolo-gia do Estado, Alexandre Cardoso, para falar sobre os problemas do projeto Baixada Digital mas não obteve sucesso. As ten-tativas, além de seu gabi-nete em Duque de Caxias e no Rio, foram feitas também para o celular do Secretário.

O projeto Baixada Digital, lançado no fi nal de 2009, parecia ser uma solução para o problema. Porém, frustrou os moradores da região

SCERJ/ARQUIVO

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77CAPITAL7 a 13 de Junho de 2011

País

InternacionalARTE: ALBERTO ELLOBO

AS EMPRE-S A S f a r -macêu t i ca s GSK, Mer-ck, Johnson & Johson e Sanofi-Aven-tis, incluídas no grupo das grandes com-panhias do se-tor no mundo, anunciaram que farão cortes significativos no preço de venda de suas vacinas para países em desenvolvimento. A ideia é baratear os custos para vender os produtos a preços mais baixos. As quatro empresas concordaram em vender as vacinas a preço de custo após negociações com a Aliança Global por Vacinas e Imunização (Gavi, na sigla em inglês). A Alian-ça Global por Vacinas e Imunização

foi criada du-rante o Fórum Econômico de Davos, na Su-íça, em 2000. O grupo reúne empresas e re-presentantes do setor pú-blico de di-versos países para patroci-nar programas

de vacinação em massa em países em desenvolvimento. A Gavi se com-prometeu a fi nanciar a introdução de vacinas contra o rotavírus em 40% dos países mais pobres do mundo até 2015, mas ainda precisa angariar US$ 3,7 bilhões (R$ 5,8 bilhões), além da quantia já obtida para atingir o objetivo. Por isso, a organização pe-diu cortes nos preços e doações para empresas farmacêuticas e governos.

Países pobres terão vacinas a preço de custo

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O BRASIL DEVE vender 20 aviões da Embraer para a Venezuela, atendendo ao apelo do presidente vene-zuelano, Hugo Chávez, feito segunda-feira (6). Segundo o assessor espe-cial de Assuntos Interna-cionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o negócio deve ser fechado em breve. Desde 2009, as negociações es-tão em curso e envolvem aeronaves ERJ 190 e 195 para uso comercial. As negociações são feitas entre a Embraer e a estatal venezuelana, Conviasa. Em discurso hoje, no Pa-lácio do Planalto, Chávez reclamou das difi culdades de voos entre a Venezuela e países vizinhos.

Em 2009, as articula-ções entre a Venezuela e o Brasil tiveram de es-perar um sinal verde dos Estados Unidos, uma vez que os aviões comerciais negociados têm compo-nentes norte-americanos.

O governo norte-ameri-cano impõe uma série de restrições à Venezuela. A Embraer fabrica aviões comerciais, militares, executivos e agrícolas. A empresa está entre as maiores fabricantes do mundo. Em seu site, a empresa se coloca como a terceira maior fabrican-te mundial de aeronaves civis com lucro líquido de R$ 174 milhões. A sede da empresa é em

São José dos Campos, em São Paulo. A empresa mantém fi liais nos Esta-dos Unidos, na França, em Portugal, Cingapura e na China.

Durante declaração à imprensa após encon-tro com o presidente da Venezuela, Hugo Chá-vez, a presidenta Dilma Rousseff disse que há uma “parceria estraté-gica” ligando o Brasil e a Venezuela e que os

dois países trabalham no sentido de fortalecer pa-íses desenvolvidos e de-mocráticos na América do Sul. “Nossos países estão ligados não só pela geografi a e convivência harmônica e pacífica. Também nos une a deter-minação de fazer do es-paço sul-americano uma zona de paz, democracia, crescimento econômico, social e respeito aos di-reitos humanos.”

Embraer deve vender aeronaves para a Venezuela em breve

ABR/ANTÔNIO CRUZ

A RECEITA FEDERAL deixou de emitir o CPF em cartões de plástico desde segund-afeira (6). Para ter o número do CPF, basta comparecer às agên-cias do Banco do Bra-sil, da Caixa Econômica Federal e dos Correios e apresentar um documento ofi cial de identidade. O interessado receberá o nú-mero impresso em papel térmico, usado também nos extratos bancários. Em seguida, o contribuin-te deverá acessar a página da Receita na internet e imprimir o comprovante que atesta a autenticidade do documento. As estatais conveniadas podem exigir o pagamento de até R$ 5,70, mesmo preço do cartão, pela impressão. Mas a Instrução Norma-tiva 1.054/2010 não exige

que seja esse valor, que, segundo a Receita Fede-ral, é o que vem sendo cobrado da população.

Antes, o prazo para a liberação do número do CPF era até sete dias. Para receber o cartão de plástico, o contribuinte tinha que esperar 45 dias. Além da agilidade, a Receita alega redução de custos para o órgão. Para o solicitante não muda nada, já que o preço de R$ 5,70 cobra-do do cartão é o mesmo para a emissão em papel térmico. A Receita disse estar estudando a emissão do CPF pela internet, sem a necessidade de o contri-buinte ir aos postos con-veniados, mas questões de segurança ainda não permitiram a fi nalização de um sistema confi ável para o processo.

Receita não emite cartão de plástico doCPF mas cobrança de taxa continua

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CAPITAL 7 a 13 de Junho de 201188

A ÚLTIMA SEMANA foi marcada por manifesta-ções contra a aprovação do polêmico PL 122/06, que criminaliza a homofobia. Em Brasília, na quarta-feira (1º), milhares de pessoas se reuniram em frente ao Congresso Nacional em um protesto organizado pelo líder religioso pastor Si-las Malafaia. Evangélicos, católicos e diversos seg-mentos pediram em nome dos valores familiares e da democracia. Um abaixo-

assinado foi entregue ao Se-nado com mais de 1 milhão de assinaturas. O Projeto de Lei 122, desarquivado no Senado em fevereiro deste ano pela senadora Marta Suplicy, do PT, com a assinatura de 27 senado-res, criminaliza qualquer ação, opinião ou crítica que venha a ser interpre-tada como discriminação ou preconceito quanto ao homossexualismo no Brasil, com pena de 2 a 4 anos de prisão.

Para o membro do dire-tório municipal do Rio de Janeiro do Partido Social Cristão (PSC), Elias Tor-res, que estava acompanha-do de diversas carreatas do estado, a manifestação foi marcada principalmente pela defesa da família e repúdio à homofobia.

No sábado (4), cerca de 200 mil pessoas participa-ram da tradicional Marcha pra Jesus no Rio de Janeiro. Os cristãos aproveitaram o evento para pregar, mais

uma vez, contra o projeto. Após a marcha, iniciada em frente à Central do Brasil, atrações como os cantores Fernandinho e Fernanda Brum marcaram o fi m da festa, que encerrou na câ-mara dos vereadores. As manifestações não acabam por aí. No próximo dia 23, São Paulo realizará também uma Marcha pra Jesus, que terá como tema novamente a não aprovação do PL 122. (Priscilla Torres, especial - Brasilia e Rio de Janeiro).

Cristãos unidos contra a aprovação do PL-122

A manifestação no Rio de Janeiro mobilizou 200 mil pessoas, segundo os organizadores

FOTOS: PRISCILLA RICARTE

“Não estamos aqui para lutar contra a classe homossexual, mas para garantir que a constituição seja preservada”, destacou Elias

Torres, pastor evangélico e representante do diretório municipal do PSC do Rio de

Janeiro e que estava presente à manifestação promovida em Brasilia