Edicao nr. 76 de 05-05-2016

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    5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1666Pág.9ª LEGISLATURA

    Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br 

    D O -  e - A L E / R O

      PORTO VELHO-RO, QUINTA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2016  ANO V Nº 76

    DO-e-ALE/RO

    Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digital

    om certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br 

    MESA DIRETORA

    Presidente: MAURÃO DE CARVALHO

    1º Vice-Presidente: EDSON MARTINS

    2º Vice-Presidente: HERMÍNIO COELHO

    1º Secretário: EURÍPEDES  LEBRÃO

    2ª Secretária: GLAUCIONE R ODRIGUES

    3° Secretário: ALEX REDANO

    4ª Secretária: ROSÂNGELA DONADON

    ASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLAASSEMBLEIA LEGISLATIVTIVTIVTIVTIVA DE RA DE RA DE RA DE RA DE RONDÔNIAONDÔNIAONDÔNIAONDÔNIAONDÔNIA

    DIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIALDIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICOELETRÔNICOELETRÔNICOELETRÔNICOELETRÔNICO

    SUMÁRIO

    TAQUIGRAFIA .................................................................. CapaSUP. DE COMPRAS E LICITAÇÕES ..................................... 1693SEC. DE PLAN. E MOD. DA GESTÃO .................................. 1697DEPARTAMENTO LEGISLATIVO .......................................... 1698

    SECRETARIA LEGISLATIVA

    Secretário Legislativo - Carlos Alberto M artins Manvailer 

    Divisão de Publicações e Anais - Róbison Luz da Silva 

    DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DERONDÔNIA, INSTITUÍDO PELA RESOLUÇÃO Nº 211/2012, COMO ÓRGÃO

    OFICIAL DE PUBLICAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO ESTADUAL.

    Rua Major Amarante, 390 - ArigolândiaCEP 76.801-911 Porto Velho-RO

    TAQUIGRAFIA

     ATA 19ª SESSÃO ORDINÁRIADA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA

    DA 9ª LEGISLATURA.

    Em 27 de março de 2016

    Presidência do Sr.Edson Martins - 1° Secretário

    Secretariado pelo Sr.

     Airton Gurgacz - Deputado

    (Às 9 horas e 12 minutos é aberta a Sessão)

    DEPUTADOS PRESENTES: Adelino Follador (DEM), Aélcio daTV (PP), Airton Gurgacz (PDT), Alex Redano(PRB), Cleiton Roque(PSB), Dr. Neidson (PMN), Edson Martins (PMDB), Ezequiel Júnior(PSDC);Hermínio Coelho (PDT), Jean Oliveira (PMDB), JesuínoBoabaid (PMN), Laerte Gomes (PSDB), Lazinho da Fetagro(PT),Leo Moraes (PTB), Marcelino Tenório (PRP), Ribamar Araújo(PR), Rosângela Donadon (PMDB) e Só Na Bença (PMDB).

    DEPUTADOS AUSENTES: ), Glaucione (PMDB), Lebrão (PMDB),Lúcia Tereza (PP), Luizinho Goebel (PV), Maurão de Carvalho(PMDB) e Saulo Moreira (PDT).

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Havendo númerolegal sob a proteção de Deus e em nome do povo rondoniense,declaro aberta a 19ª Sessão Ordinária da 2ª Sessão Legislativada 9ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Estado deRondônia.

    Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura da Atada Sessão Ordinária anterior.

    O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede àleitura da Ata da Sessão Ordinária anterior.Lida a Ata, Sr. Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Em discussão a Ataque acaba de ser lida.

    Não havendo observação dou-a por aprovada.Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura do

    Expediente recebido.

    O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede aleitura dos Expedientes recebidos.

    EXPEDIENTE RECEBIDO

    01 – Ofício nº 2294/2016 – SEGEP, encaminhandoresposta ao Requerimento nº 468/16, de autoria do SenhorDeputado Léo Moraes.

    02 – Ofício nº 0704/2016 – CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “ampliação do Sistema de Abastecimento de Água noMunicípio de Jaru”.

    03 – Ofício nº 0705/16 - CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “ampliação do Sistema de Abastecimento de Água no

    Distrito de Vista Alegre do Abunã”.04 – Ofício nº 0707/16 - CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “construção do Hospital Regional de Guajará-Mirim”.

    2016.05.05 13:25:09 -04'00'

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    05 – Ofício nº 0714/16 – CAIXA, notificando sobre oscréditos de recursos financeiros, sob bloqueio, que tem porobjeto “construção do Centro de Parto Normal de Porto Velho”.

    06 – Requerimento do Senhor Deputado Airton Gurgacz, justificando ausência nas Sessões dos dias 19 e 20 de abril de2016.

    07 – Requerimento do Senhor Deputado Laerte Gomes, justificando ausência nas Sessões dos dias 3 e 4 de maio de2016.

    Lido os Expedientes, Sr. Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Lido o Expedienterecebido.

    Passemos às Breves Comunicações.Não há Oradores inscritos.Encerrada as Breves Comunicações, passemos ao

    Grande Expediente.Não há Oradores inscritos.Encerrado o Grande Expediente, passemos às

    Comunicações de Lideranças.Não há oradores inscritos.Encerrada as Comunicações de Lideranças, passemos à

    Ordem do Dia.Solicito ao Sr. Secretário que proceda à leitura das

    proposições recebidas.

    O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Procede àleitura das Proposições recebidas.

     APRESENTAÇÃO DE MATÉRIAS

    - PROJETO DE LEI DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Altera

    e acrescenta dispositivos à Lei nº 3.314/2014 que assegura ao jovem de família de baixa renda de até 29 anos e aos estudantes,o desconto de 50% (cinquenta por cento) do valor do ingressocobrado em espetáculos esportivos, culturais, de lazer e outrosafins e dá outras providências.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica aoExmº Governador do Estado de Rondônia com cópia para aIlma Secretária de Estado da Educação, da necessidade deasfaltamento e sinalização da 4ª linha km 09 do setor Itapiremaem Ji-Paraná, nas proximidades da Escola Família Agrícola.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica ao

    Governo do Estado com cópia ao Diretor do DER/RO, danecessidade de Recuperação de Estrada (com patrolamento eencascalhamento), e a instalação de um bueiro, ambos na linhaC – 05, pertencente ao município de Urupá-RO.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica aoExmº. Governo Estadual da necessidade de atender através doprograma CIDADE LIMPA, o município de Brasilândia.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO LAZINHO DA FETAGRO - Indica aoExmº. Governador do Estado com cópia ao Ilmo. Diretor doDER/RO, da necessidade de ser realizada a colocação debueiros nas linhas que fazem parte do município de Brasilândia.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretariade Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas da Zona Leste, a Patrulha Escolar, nomunicípio de Porto Velho-RO.

      - INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao

    Governo do Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado eSecretaria de Estado da Educação – SEDUC, a necessidade deimplantar nas Escolas Públicas da Zona Sul, a Patrulha Escolar,no município de Porto Velho-RO.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretariade Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas da Zona Norte, a Patrulha Escolar, nomunicípio de Porto Velho-RO.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretaria

    de Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas da Zona Central, a Patrulha Escolar, nomunicípio de Porto Velho-RO.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO JEAN OLIVEIRA - Indica ao Governodo Estado, com cópias a Polícia Militar do Estado e Secretariade Estado da Educação – SEDUC, a necessidade de implantarnas Escolas Públicas dos Distritos abaixo especificados aPatrulha Escolar, no município de Porto Velho-RO.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO ALEX REDANO - Indica ao PoderExecutivo Estadual que interceda junto aos órgãos competentespara que sejam tomadas providências quanto a possibilidade

    de instituir o Programa Estadual visando a obtenção gratuitada primeira Carteira Nacional de Habilitação – CNH nascategorias A, B e AB, as pessoas de baixa renda edesempregadas.

    - REQUERIMENTO DE AUTORIA COLETIVA - Requer AudiênciaPública a ser realizada no dia 09 de junho, às 09 horas noPlenário desta Casa de Leis, para tratar sobre o litígio coletivofundiário da Linha 45, do município de Candeias do Jamari emárea de 29.000 hectares compreendidos pelos imóveisBrasileira, Scalerita e terras da União envolvendo mais de 2.000famílias que residem e produzem sobre a área em questão.

    -  INDICAÇÃO DO DEPUTADO AÉLCIO DA TV  -  Indica anecessidade de construção de um auditório na Escola CostaJúnior, localizada no município de Governador Jorge Teixeira.

    - INDICAÇÃO DO DEPUTADO DR. NEIDSON - Indica ao PoderExecutivo do Estado de Rondônia, com cópia ao órgãocompetente, a necessidade de disponibilizar 01 (um) Delegadoda Polícia Civil do Estado para atender as demandas domunicípio de Nova Mamoré/RO.

    Lidas as Matérias, Sr. Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Solicito ao SenhorSecretário que proceda à leitura das Matérias a seremapreciadas.

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    O SR. AIRTON GURGACZ (Secretário ad hoc) – Não háMatérias Sr. Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Não há Matérias paraserem votadas.

    Encerrada a Ordem do Dia, passemos às ComunicaçõesParlamentares.

    O SR. ADELINO FOLLADOR – Deputado Edson?

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Pois não, Deputado Adelino.

    O SR. ADELINO FOLLADOR – Quero só convidar, aproveitaresse momento, para dizer que segunda-feira nós temos uma

     Audiência Pública sobre a Campanha da Fraternidade, ondevai estar presente, é uma campanha, inclusive, ecumênica, vãoestar presentes os pastores, o Bispo já confirmou e gostaríamosque todo mundo... deixar o convite à Casa. Nossaresponsabilidade, o objetivo principal, é chamar a atenção paraa questão de saneamento básico. Já foram convidados todosos órgãos; a Funasa, a Caerd, as Prefeituras através da

     Associação dos Prefeitos, para poderem vir discutir um tematão importante, hoje, discutido aqui em nível nacional, e meparece que é o segundo tema que é ecumênico, um temacomum hoje discutido em nível nacional. Então, todas ascomunidades em geral estão convidadas para participaremsegunda-feira às 09 horas da manhã, dia 02 de maio de 2016essa Audiência Pública, nesta Casa de Leis.

    Obrigado.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) –  Ainda nasComunicações Parlamentares, o ilustre Deputado Léo Moraes.

    Eu só gostaria de fazer um comunicado. AGEVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vai está fazendo umapalestra daqui a pouco, já estão aqui os técnicos. E eu gostariaque pudesse, algum Deputado, pudesse estar presente, vai serbem rápido, que pudesse ficar prestigiando os trabalhos, elesfizeram, realmente prepararam para fazer essa apresentaçãoaqui e que pudessem os Deputados estarem presentes paraassistir essa palestra.

    Muito obrigado.Quero registrar a presença do Adair Calado, também da

    imprensa, nosso amigo lá do Vale do Anari.Com a palavra o ilustre Deputado Léo Moraes, por cinco

    minutos sem Apartes.

    O SR. LÉO MORAES – Senhor Presidente, Deputado EdsonMartins, gostaria de cumprimentar todos os Deputados aquipresentes, em nome do vice-líder do Governo, Deputado CleitonRoque, que hoje encontra-se sozinho aí nessas bancadas, meuamigo particular; cumprimentar a todos da Assembleia, todosos funcionários, servidores, todas as pessoas que estão aquiconosco nas nossas galerias, a Dra. Arlete Baldez, que já vejo,é uma satisfação muito grande, seja bem-vinda, assim comotodos os servidores da AGEVISA que possam proferir a palestrae fazer os devidos esclarecimentos e também nos subsidiarcom informações nesse momento de muitas dúvidas por parteda população em relação as doenças e os vírus que assolam a

    nossa comunidade. De forma muito breve, simplesmente euvim convidar todos os Deputados a participarem da nossa

     Audiência Pública que vai discutir o PLP 257, amanhã às 15horas, que retira os direitos dos servidores, direitos adquiridos.É um projeto que está tramitando no Congresso Nacional eque nós devemos dar a devida atenção. São direitos como,por exemplo, a discussão de Planos de Cargos, Carreiras eRemuneração durante 02 anos, ninguém vai poder mais discutir,e nós não vamos poder discutir, nós não vamos poder discutircontratação de servidores através de concursos públicos,certames. Isso é de sobremaneira prejudicial, oneroso àadministração pública e a qualidade dos serviços prestados.De alguma maneira também, nós entendemos que existemavanços pontuais nesse projeto. Como, por exemplo, adiminuição dos cargos comissionados, que é algo que euapresentei aqui na Assembleia Legislativa; diminuir cargocomissionado em detrimento dos servidores efetivos, paravalorizar quem é de carreira. Penso que é um avanço, pensoque denota, que nos traz austeridade o enxugamento daadministração pública, eficiência aliado a eficácia na qualidadedos serviços prestados pelos entes do nosso nível de Governo,isto é, Estado, mais também município e Governo Federal epor isso eu gostaria de conclamar, de convidar os DeputadosEstaduais para que se façam presentes nesse debate, oCongresso Nacional, os nossos representantes. Ora, são elesque votam, que decidem isso por nós, já foram todosconvidados, e estamos aí na expectativa de tê-los aqui conosco,os Sindicatos que nos procuraram, o Deputado Lazinho daFetagro foi super solícito e cortês e nos cedeu o seu horário,de uma Audiência Pública que já estava marcada, por entendero grau de importância e relevância da Matéria. Então, gostariasomente de externar a todos os Deputados Estaduais, tambémas pessoas que estão na galeria, que estejam aqui amanhã às15 horas para debater a retirada de direitos dos servidorespúblicos do nosso País. Sem mais para falar, agradecendo aoportunidade, deixo as palavras, agora, para o nossoPresidente e mais uma vez muito obrigado, Senhor Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado, DeputadoLéo Moraes. O Deputado Laerte se inscreveu aqui no GrandeExpediente, mas, eu vou conceder a palavra a Vossa Excelênciaaqui nas Comunicações Parlamentares, por cinco minutos, sem

     Apartes. Vossa Excelência, com a palavra, Deputado Laerte

    Gomes.

    O SR. LAERTE GOMES – Senhor Presidente, Senhoras eSenhores Deputados, os amigos que nos assistem através daTV Assembleia, através da internet, os nossos amigos queestão aqui na Casa, deixar um abraço aqui para o nosso amigoIsaías, lá de Nova Mamoré, do seu partido Senhor Presidente,do PMDB, um dos pré-candidatos a prefeito lá do município, onosso companheiro, que foi candidato a Deputado conosco,acompanhado dos amigos, foi candidato a Deputado Estadualpelo PEM, representando aquela região com uma votaçãoexpressiva. Mas, eu só queria Senhor Presidente, dizer davisita que realizamos, juntamente com a Secretária deEducação, Fátima Gavioli, na última segunda-feira, a convitenosso, do nosso mandato visitamos o Distrito de Nova Londrina

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    no município de Ji-Paraná, na Escola Inácio Loyola e JorgeTeixeira e visitamos o município de Alvorada d’Oeste, as Escolas:Santa Ana; Joaquim Xavier; Monte Alegre; o CEEJA, e, eu pudeperceber Senhor Presidente, eu acho que a gente tem quereconhecer também isso, o respeito, Deputado Léo Moraes ecarinho que os servidores da educação, Deputado Cleiton, têmpela nossa Secretária de Educação, a Secretária Fátima Gavioli,eu acho que o seu ritmo, seu dinamismo e a sua franqueza notrato com os servidores, eu acho que deu essa credibilidade aela. Eu fiquei até, eu não tinha ainda, eu não tinha tido aoportunidade, ainda, de andar com ela nas escolas, de fazervisitas, mas, fiquei surpreso pelo carinho como ela foi recebidapor todos os servidores das escolas onde nós passamos. Ali noDistrito de Nova Londrina, nós temos na Escola Inácio Loyola,ali uma quadra paralisada, é recurso do FNDE que a empresainfelizmente é o grande problema que nós temos hoje,Deputado Ribamar, essas empresas ganham licitação de pasta,vão lá, Deputado Edson, começa a obra e param e abandonamna metade, quebram, aí diz que a obra não dá mais, que aobra é inexequível, mas, quando ganha licitação coloca o preçolá embaixo, e está lá, é uma obra abandonada e os alunosprecisando da quadra, eles estavam fazendo educação físicano pátio porque não tem uma quadra e a empresa abandou aobra. A Secretária se comprometeu a fazer novamente alicitação daquela obra, na Escola Jorge Teixeira, nós entregamoslá aos alunos e professores, notebook, retroprojetores, enfim,vários equipamentos tecnológicos para melhorar a qualidadede ensino naquela escola. No município de Alvorada d’Oeste,também não foi diferente, visitamos a Escola Monte Alegre,tivemos no CEEJA onde almoçamos, tivemos na Escola JoaquimXavier, e na Escola Santa Ana, que é a maior escola, é a maisantiga do município, fizemos uma grande reunião lá entregandotambém computadores, retroprojetores. E aproveitei também,Deputado Cleiton, aproveitei para fazer entrega de uma Moçãode Louvor ao Professor Renato Casara, que Vossas Excelências,nossos colegas da Assembleia, através de uma propositura donosso mandato, nós aprovamos aqui pelo mérito dele ter sidoo professor de Química que mais aprovou alunos, que maisganhou medalhas na região norte do Brasil, nas Olimpíadas. Éum professor lá de Alvorada d’Oeste que vendia picolé,trabalhava na roça até os vinte e dois anos, se formou comesforço, você vê a qualificação de um professor desses. Então,foi uma festa muito bonita, também logicamente que recebemoscobrança, na Escola Santa Ana e na Escola Joaquim Xavier, acarência de um auditório em cada escola dessas, nós noscomprometemos a trabalhar, nós nos comprometemos atrabalhar para tentar alocar os recursos para que sejamconstruídos esses auditórios que não vão servir só para aescola, mas, vão servir também para a comunidade. Então, euqueria deixar aqui registrado nesta Casa, senhor Presidente, ogrande trabalho que a Secretária Fátima Gavioli faz a frenteda pasta da Secretaria de Educação. Eu tenho dito, DeputadoCleiton Roque, se o Presidente me permitir, vou ceder um Apartepara o Deputado Cleiton Roque. A Fátima Gavioli tem faladoque foi uma das pastas que o Governador acertou. Ontem, nósestávamos aqui, Deputado Edson, cobrando a questão daagricultura, Deputado Airton, que não anda, mas, hoje nósestamos aqui dizendo o que está funcionando bem, e aeducação tem avançado; a educação através da gestão da

    Secretária Fátima Gavioli, tem feito a diferença, tem sido umadas diferenças da atual administração do Governador ConfúcioMoura.

    Deputado Cleiton.

    O Sr. Cleiton Roque – Com a permissão do Presidente EdsonMartins, quero cumprimentar o Deputado Laerte.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) - Concedido a Questãode Ordem ao ilustre Deputado Cleiton Roque, é sempre bomouvir Vossa Excelência.

    O Sr. Cleiton Roque –  Obrigado meu Presidente, pelacompreensão, até porque a gente sabe o que o Deputado Laerte,está falando hoje na Tribuna, realmente enaltecendo odesempenho da Secretária de Educação. É natural que essetipo de elogio tem que servir como motivador para tanto aequipe dela, quanto da Secretária e continue melhorando osresultados; como também sirva de exemplo para os demaisgestores, Deputado Laerte. O que a Assembleia deseja e cobraé o cumprimento do seu papel, é que o representante daspastas, eles às vezes chegam à sua região, Deputado Ribamar,ou que seja aqui na Capital, porque quem está acompanhandoa cobrança do dia a dia lá na região do Deputado Laerte, naregião do Deputado Edson, aqui na Capital, é o DeputadoJesuíno, Deputado Ribamar, Deputado Léo, Deputado Hermínio,Deputado Aélcio, é porque eles estão no dia a dia, eles sabemde fato quais são os principais problemas na sua comunidadeescolar e das demais Secretarias também. E o que a SecretáriaFátima Gavioli, tem feito, e eu tenho que elogiar isso, é a atitudedela, é que se ela vê lá em Machadinho, ela liga para o DeputadoEzequiel Junior: “Deputado Ezequiel, eu quero que o senhorme acompanhe lá”. Se ela vai a nossa região em Pimenta Bueno,sou eu, o Deputado Só Na Bença; em Espigão Deputada Lúcia,ela vai passar dois dias, Deputado Léo, acompanhando hoje eamanhã, ela está prestigiando a Deputada Lúcia Tereza, emEspigão, nas demandas da Deputada Lúcia. Então, é isso, elaestá cumprindo o papel dela como gestora da educação, e, defato também prestigiando quem está sendo cobrado todo dia;que é o Deputado Estadual, porque quando tem um problemanuma escola, tem um problema numa determinada área aondevem à cobrança? Vem primeiramente no Deputado. Então, elaestá fazendo o seu papel conforme tem que ser, caminhar debraços dados com a Assembleia Legislativa que está tambématento e cobrando soluções para os problemas. A gente sabeque a dificuldade enfrentada na educação é muito grande, nóstemos a questão salarial dos nossos professores que precisade uma correção em nível nacional, mudar a maneira de sefazer educação no País, no ponto de vista salarial e valorizaçãodos profissionais, mas, sabemos que em Rondônia, aquilo queé possível, Deputado Laerte, está sendo feito também com oapoio dos Deputados. Eu vi aqui vários Deputados colocandorecurso para a educação, e hoje nós temos umaobrigatoriedade da aplicação das nossas Emendas, 25% têmque ser entre Educação ou Saúde, nós estamos vendo osDeputados aqui de fato ajudando a fazer o refeitório na escola,melhorando a quadra na escola, melhorando a estrutura daescola. Então, Deputado Laerte parabéns pela sua postura hojenesta Tribuna.

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    Muito obrigado.

    O SR. LAERTE GOMES – Obrigado Deputado Cleiton. Vou finalizar, Presidente, dizendo que realmente é isso,

    o que o Parlamentar quer? Respeito e atenção. E a SecretáriaFátima tem feito isso, seja aqui na Secretaria de Educação,quando nós vamos lá em Audiência, nos recebe bem, tratabem, chama a equipe, resolve na hora, sim ou não, ou seja,quando vai a nossa base fazer visitas, vistoriar, nos liga, nosconvida, acompanha ou a gente convida, ela se dispõe a ir,então é isso que o Parlamentar quer. Então, eu quero deixarregistrado, Deputado Cleiton, esses elogios à gestão daSecretaria de Educação do Estado, ao trato que ela tem feitotanto com os servidores, como com os Parlamentares, porquenão adianta também só tratar bem Parlamentar e não tratarbem servidor e eu tenho ido muito à Secretaria e os funcionários,os servidores da Secretaria de Educação já estão ali há váriosanos, eles mesmos falam que o trato da Secretária FátimaGavioli com eles é totalmente diferente e eles estão satisfeitos.Então, eu queria deixar esse registro sobre a questão daSecretária Fátima, que hoje está no Cone Sul também fazendovisita em escolas e com certeza com os Deputados.

    Obrigado Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Questão de Ordem,Deputado Laerte.

    Só gostaria de deixar registrado aqui também a minhasatisfação, é muito bom, nós na condição de Deputado nestaCasa, que nós somos muito cobrados às vezes lá na pontaquando a gente tem realmente um Secretário que realmentedesempenha a função inerente a sua pasta, como a situaçãoda Fátima Gavioli que tem feito um bom trabalho, nós temosque reconhecer isso. Quanto também o Secretário Pimentel,eu estive esses dias visitando alguns bairros, amigos em Porto

     Velho e as pessoas elogiando o trabalho do Secretário de Saúdee há algum tempo que a gente vê nesta Casa tranquila com aquestão de Secretários que tem realmente desempenhado oseu papel. Infelizmente, ontem nós tivemos aqui, ainda váriosDeputados mostrando o descontentamento com a pasta daSecretaria de Agricultura que realmente ainda não tem seencontrado por algum tempo e tem deixado a desejar, achoque ainda não se encontrou, não percebeu a importância daagricultura no Estado de Rondônia, que é o pilar de sustentaçãoda economia deste Estado. Então hoje nós temos quereconhecer, o DER também hoje com o ex-deputado Ezequiel àfrente, sabemos que é um momento crítico para o Coordenadordesta pasta, no caso do DER, que é o momento ainda, estáparando a chuva, não deu ainda para iniciar a frente de obramais essencial, mas, também, esses dias, parei bem próximo,inclusive, a casa do nosso companheiro Deputado Hermínio, alino bairro, quando a pessoa estava tomando chimarrão, eleselogiando: “Deputado, nós temos que reconhecer e parabenizaro trabalho, a parceria do Governo que hoje a gente vê quantasruas sendo asfaltadas, o bairro está todo asfaltado com asfaltonovinho”. As pessoas contentes e agradecendo. Eu acho queesse reconhecimento também ao Governo do Estado querealmente com muita dificuldade, com economia, ele temconseguido fazer um bom Governo, tem conseguido atender oanseio da sociedade.

    Parabéns, Deputado Laerte por esse reconhecimento aSecretária Fátima, que realmente está desempenhando umbom trabalho.

    Muito obrigado.

    O SR. LAERTE GOMES – Obrigado Edson. Vou concluir, dizer que suas palavras estão corretas e o

    que o Parlamento precisa é isso, nós não queremos o piorpelo pior, nós queremos que a gestão, todas as pastas dagestão do Governador Confúcio Moura, vá bem, porque indobem, nós estamos bem também. Então, nós temos, quandonecessário fazer a crítica, está aqui cobrando, porque nóssomos cobrados, Isaias, lá na base, principalmente na questãodo setor produtivo, mas, quando tem que vir aqui reconhecere elogiar o trabalho que está sendo feito, nós temos que tertambém essa missão e é isso que eu vim fazer aqui hoje emreferência a nossa grande Secretária Fátima Gavioli.

    Obrigado, Sr. Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado DeputadoLaerte.

    Eu quero só registrar a presença do Isaias Fernandes,ex-vereador do município de Nova Mamoré, registrar tambéma presença do Airton Vaz, vice-presidente do PMDB; registrara presença do senhor Luiz Carlos dos Santos, Presidente doPSDB, de Nova Mamoré. Muito obrigado pela presença.

     Ainda nas Comunicações Parlamentares, eu concedo apalavra ao ilustre Deputado Jesuíno Boabaid. Eu só gostariade fazer novamente o pedido para que os Deputados pudessempermanecer para que possamos ouvir a palestra daqui a poucoda AGEVISA.

    O último Orador inscrito, Deputado Jesuíno Boabaid, nasComunicações Parlamentares por cinco minutos, sem apartes.

    O SR. JESUÍNO BOABAID – Bom dia a todos.É rapidamente.O que me traz a Tribuna, hoje, novamente, relatar

    quanto à Ação Direta de Inconstitucionalidade que agora foiproposta pelo Ministério Público do Estado de Rondônia, quediscute Leis dos Policiais e Bombeiros Militares, inclusive, temLei que já foi até revogada. O Ministério Público conseguiu odeferimento da liminar e as normas hoje que estão sendodiscutidas, estão suspensas. Lembrando, o maior prejuízo quedeve ser analisado nesta questão desta ADIN é quanto aspoliciais do sexo feminino ter que retornar para caserna, nocaso retornar para fileiras para cumprir mais 05 anos, porquehouve uma alteração no artigo 28 do nosso regulamento, daLei 1063, se eu não me engano a Lei 1063, deram uma novaredação e com advento agora dessa ADIN, volta ao statusque, ou seja, volta a vigorar 20 anos, tanto para o sexofeminino, quanto para o sexo masculino. E a gente fica sementender, porque os ataques hoje são realmente notórios, é oGoverno entrando com ADIN e agora o Ministério Públicotambém entrando com ADIN. Então, a Procuradoria do Estadotambém. Então, eu fico sem entender. Eu quero entendertambém que todas as Leis que passaram nesta Casa, todas,todas, de todos os Poderes devem estar devidamente,devidamente respaldada, que não houve nenhum tipo de víciode iniciativa, ou algo assim, que não possa ser contestada. Eu

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    5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1671Pág.9ª LEGISLATURA

    Diário assinado digitalmente conforme Resolução nº 211 de 9/05/2012. O respectivo arquivo digitalcom certificação encontra-se no sítio da Assembleia Legislativa de Rondônia http://www.al.ro.leg.br 

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    vou pedir para a Assessoria Legislativa desta Casa, eu sei queé um trabalho muito árduo, que faça o devido levantamentotambém, que Leis que se encontram vigentes no aspecto dosPoderes, seja do Legislativo, Executivo, Judiciário, do próprioTribunal de Contas, do Ministério Público, estejam totalmenteamparada, totalmente respaldada, que não houve uma iniciativapor parte do Deputado, uma Emenda ou alguma coisa assim,que possa trazer qualquer espécie oneração ao Estado. Ficamossem entender realmente às vezes, porque tanta perseguiçãoquanto aos policiais bombeiros e militares. É esse ponto queeu queria falar. E também vim na Tribuna novamente agradecerporque na tarde de ontem foi aprovado o Projeto de DecretoLegislativo que suspende os efeitos da Resolução 038, expedidapela Caerd, Diretoria da Caerd. Ontem eu falei o artigo, naverdade, é Lei 11.445, artigo 38, inciso II. Eu falei parágrafo, éinciso II, até para depois alguém poder vir e verificar a legalidadedessa Lei. Mas, o ponto crucial nessas questões não foi só obairro o qual me provocou; que foi o Bairro Novo, que osCondomínios, as lideranças dos Condomínios chamaram umareunião para eu ter ciência do que estava acontecendo. Váriosempreendimentos também serão, serão também, no caso terãoo mesmo direito com a suspensão. A Caerd vai cobrar agora oque era anteriormente, 43%; não 100%, não 100%. 100%,imagine, uma conta de água, você pagar cem reais, você vaipagar cem reais de esgoto. Fizeram a devida medição, aferiçãode quanto está sendo tratado? Entraram com algum recursoou capital para o devido empreendimento? Não, não e nãopode ser deliberado meramente numa reunião da diretoria talaumento, se assim fosse, nós teríamos todo momento umaumento na questão da energia elétrica. O IPTU, é designadoatravés de Lei também municipal e o próprio Prefeito que dita.Mas, são coisas que são absurdas que não podemos aceitar.São, a taxa tributária que o cidadão tem que arcar, todomomento é aumento, o Governo tem uma estratégia: quer supriro rombo, aumenta imposto, é rápido, aumenta imposto,aumenta imposto e isso fere de morte os direitos do cidadão.Eu não vou extrapolar o meu prazo que é cinco minutos, até deforma Regimental. Mas, era isso que eu queria falar, o tema émuito extenso e quero dizer, deixar claro, ontem houve umareunião, prestação de contas por parte do Exército Brasileiro.O Regimento da Casa, tem uma vedação quanto essas reuniões,exceto em Sessões Itinerantes. Eu quero falar sobre isso paraa gente deixar claro, pode haver a Sessão sim, transformarem um modo para ouvir os Secretários, tem alguns requisitosque devem ser tomados e respeitados. Após, hoje, inclusive,tem uma situação da Emater ou de um outro órgão que vaiestar aqui presente para prestar conta, só que não é no horárioordinário.

    Era isso que queria falar Presidente.Obrigado.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado, DeputadoJesuíno Boabaid. Deputado Marcelino Tenório também fez suainscrição, portanto concedo a palavra ao Deputado MarcelinoTenório nas Comunicações Parlamentares, por 05 minutos, sem

     Aparte.

    O SR. MARCELINO TENÓRIO - Bom dia Sr. Presidente,Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, imprensa aqui,

    quero cumprimentar o Odair Calado, nosso amigo lá domunicípio de Vale do Anari e em seu nome cumprimentar osdemais presentes na galeria desta Casa.

    Sr. Presidente, o que me traz a esta Tribuna, é trazer aoconhecimento que eu acho que a maioria dos cidadãosrondonienses, vêem, isso na íntegra... quando você vai asdelegacias dos municípios, principalmente nos municípiosmenores... nós fizemos aqui há uns 20 dias uma indicação aoGoverno do Estado que mandasse para esta Casa ou criasseum Fundo, Deputado Ribamar Araújo, de manutenção para asdelegacias. Hoje os delegados das pequenas delegacias dointerior do Estado de Rondônia, Deputado Airton Gurgacz, àsvezes não têm nem toner para fazer uma ocorrência, ficaparalisado lá, necessita que ele vá à Justiça para que a Justiçaatravés do Fundo que eles têm, o FUJU, possa ajudá-los, porquese precisa de uma lâmpada não tem recurso também parafazer essa manutenção. Agora, como é que nós queremos fazeruma segurança pública melhorada no nosso Estado de Rondôniase não tem o básico? Qual é o básico? É papel, DeputadoRibamar Araújo, papel sulfite que às vezes falta nas delegacias,manutenção, ar condicionado quebra não se consegue fazer amanutenção do ar condicionado, uma porta quebra também,qualquer coisa da delegacia que se tenta recuperar, não temrecurso nenhum, não tem nenhum Fundo. Nós fizemos essaindicação faz aproximadamente 20 dias e precisa chegar aosouvidos do Governo do Estado, mas em especial ao Diretor daPolícia Civil do Estado de Rondônia Dr. Eliseu Muller, para queele tome essa providência para que pelo menos, eu vou dá umexemplo do município de Ouro Preto do Oeste, ela não tem umcentavo, olhe, não tem dez reais para fazer a manutenção dasua delegacia, não só da delegacia, mas, também do presídioque se encontra lá... a capacidade são 95 detentos, hoje elaestá com 168 detentos. Então não se consegue nem trabalharpara ressocializar aquele detento que fez algum ato ilícito nodia a dia com a população do nosso Estado de Rondônia. Então,isso é uma injustiça. E quando eu fiz essa indicação que elesfizessem parecido, similar ao PROAF, o PROAF hoje que é oprojeto na educação, ele tem um Fundo a cada três meses, acada três meses o Governo do Estado, Deputado Airton Gurgacz,disponibiliza um recurso para a manutenção das unidades, cadadiretor faz a sua gestão, as escolas hoje estão totalmentediferentes do que era antes, mas, porque existe este Fundo.Já imaginou, necessita hoje de três blocos de resma que são1.500 folhas de sulfite, às vezes necessita de toner para poderrodar os inquéritos policiais que existem. Sai dos municípiosuma viatura com dois policiais ou dois agentes penitenciáriospara virem a Porto Velho para buscar essas necessidades queàs vezes não custa R$ 500,00. Agora, imagina uma pessoasair de Ouro Preto do Oeste, sair lá do Vale do Anari, lá deMachadinho d’Oeste, sair lá de Buritis para vir a Porto Velhopara fazer isso? Eu faço aqui esse apelo para que o Diretor daPolícia Civil do nosso Estado de Rondônia tome providênciasnessa parte de manutenção das delegacias do nosso Estadode Rondônia e quando fizer isso que tem que cada município,cada delegacia fizer suas solicitações das suas necessidadesfaça igual à educação. A educação toda semana, sai um veículolá de Vilhena, e todas as reivindicações ele vem e leva, paranão ter que sair um lá de Vilhena, um de Cacoal, um de PimentaBueno, um de Rolim de Moura, não, faz uma só, para que não

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    5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1672Pág.9ª LEGISLATURA

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    saia esse servidor que tem que prestar serviço à população donosso Estado de Rondônia principalmente na segurança doscidadãos que já é pouco efetivo, não só da Polícia Civil comotambém da Polícia Militar, que não tenha que sair da sua basepara vir aqui a Porto Velho para pegar essas pequenasquantidades, se fosse pelo menos, Deputado Airton Gurgacz,se fosse levar para seis meses, um ano de manutenção, tudobem, mas são coisas banais, supérfluas que não precisa fazerisso, para que se possa ter um recurso de manutenção. OMunicípio lá de Ouro Preto do Oeste, precisa Deputado EdsonMartins, Presidente, apenas de dois mil reais para amanutenção, se tivesse dois mil reais a delegacia, o presídioseria outra situação, mas não existe um centavo.

    O Sr. Ribamar Araújo – Questão de Ordem, Presidente?

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Concedida a Questãode Ordem, Deputado.

    O Sr. Ribamar Araújo – Já que abriu um precedente, eutambém gostaria de estender esse precedente meu Presidente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – À vontade.

    O Sr. Ribamar Araújo – E dizer, Deputado Marcelino que agente lamenta por toda essa situação que Vossa Excelênciaestá relatando agora na Tribuna com relação à SegurançaPública, com relação à falta de condições de trabalho nasDelegacias e aí, Deputado Marcelino, entra uma parte, a gentesabe que constitucionalmente é obrigação do Estado a questãoda Segurança Pública. Mas os municípios quando tem um Chefedo Executivo zeloso, comprometido com a sua comunidade, aprópria Prefeitura, o próprio município pode também, apesar,de não ser obrigação constitucional dela a Segurança Pública,mas, pode colaborar com a Segurança Pública. Às vezes, faltamcoisas tão pequenas, tão baratas a preço tão pequeno nasdelegacias que os próprios municípios poderiam dar uma ajudanessa questão.

    Então, eu parabenizo Vossa Excelência por levantar essetema aqui na Tribuna fazendo um apelo também ao Chefe doExecutivo do Estado de Rondônia que se preocupe um poucomais com esse setor tão importante da vida da nossa populaçãoque é a Segurança Pública.

    Muito obrigado, Deputado.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Questão de Ordem,Deputado Marcelino?Deputado Marcelino, eu só queria lhe parabenizar pela

    sua preocupação com a Segurança Pública da população deOuro Preto do Oeste e do Estado de Rondônia, eu acho tambémque no mínimo, um Suprimento de Fundo que tivesse condiçãoda Secretaria de Segurança repassar para as delegacias seriamuito mais fácil de realmente desempenhar o trabalho. Mas,gostaria também, está aqui o Deputado Laerte Gomes, que éda nossa região lá e o Município de Urupá, Deputado Marcelino,

     já por várias vezes a população, às vezes entra em desesperoquase pela conversa que dizem que vai fechar a Delegacia doMunicípio de Urupá, no mínimo, nós já umas três, quatro vezes,eu já fui falar com o Governador, com o Secretário de Segurança,

    com o Diretor, o Dr. Eliseu. O Dr. Eliseu parece até que eu vi oDr. Eliseu aqui, eu gostaria que o Dr. Eliseu parece que estáaqui, na Casa, até que se ele pudesse estar ouvindo nestemomento. Eu ia até procurar o Dr. Eliseu hoje para que pudessea gente está conversando, Deputado Laerte, DeputadoMarcelino, mais uma vez a população de Urupá desesperadaprocurando por socorro, pela misericórdia, quando está lá ocomentário nas ruas da cidade de Urupá que vai fechar aDelegacia de Urupá, tirar de lá dois ou três Agentes Policiaisque tem lá no município.

    Isso é inadmissível quando nós vivemos nos dias detanta violência, tanta violência, empresário lá no Município deUrupá já foi sequestrado, duas vezes a mesma pessoa, roubo,assalto, furto e vários crimes cometidos lá no Município. Estáali o Dr. Eliseu, que eu gostaria de registrar e agradecer apresença..mais uma vez à população de Urupá,desesperadamente pedindo por socorro, porque está lá ocomentário que vai fechar a Delegacia de Urupá. Olha, isso éuma falta de respeito com a sociedade, essas conversasatravessadas que chegam lá no município...

    O SR. LAERTE GOMES – Já disse que não vai, Deputado Edson.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) –  Que sejamresponsabilizadas as pessoas que estão falando lá no Município,aterrorizando o município que vai fechar a delegacia que épor várias vezes.

    Eu não dou conta de receber ligação no meu telefoneàs pessoas dizendo, está aqui o Deputado Laerte também,que ele disse que recebeu várias ligações, tem o DelegadoRonaldo, parece até que disse que quer ir à Costa Marques,parece que ele quer assumir a Delegacia de Urupá, mas, queo mínimo que temos, não queremos que seja tirado.Entendemos que tem municípios que tem hoje, talvez, até maisíndices de violência que precisa, nós vamos colocar esses novospoliciais que vai para esses municípios de Cujubim, Buritis, eoutros, Machadinho. Mas, que pelo menos que mantenha, oque tem em Urupá e que pare de uma vez com essa conversalá em Urupá que vem realmente prejudicando a população domunicípio com a insegurança total na questão de fechar adelegacia.

    Muito obrigado, Deputado Marcelino, parabéns pelo seudiscurso muito bem lembrando. O Deputado Marcelino estavacolocando a questão da Secretaria de Segurança fazer umrepasse, um suprimento de Fundo, alguma coisa que possaviabilizar o atendimento às delegacias, porque eu acho tambémque não é justo que as pessoas ficam tirando do bolso delespara pequenos reparos de remendo de pneu e outras coisas.Então, eu acho que pudesse agilizar e facilitar o trabalho, seique é muito difícil a prestação de conta de suprimento deFundo, mas que pudesse Dr. Eliseu, vendo a possibilidade comofoi criado o PROAFI na Secretaria de Educação que melhoroumuito a educação, viabilizou as pequenas coisas lá nas escolas,melhorou o trabalho da educação que é motivo hoje de elogioaqui nesta Casa que também possa ser feito o PROAFI daSecretaria de Segurança, o repasse para as Delegacias depequenas importâncias para que possa viabilizar o trabalho.

    Muito obrigado por essa Questão de Ordem, DeputadoMarcelino e parabéns.

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    Concedo uma Questão de Ordem ao ilustre DeputadoLaerte Gomes.

    O SR. LAERTE GOMES – só que uma Questão de Ordem aqui,o Deputado Marcelino sábio, inteligente como é quando sobe aesta Tribuna traz um tema realmente relevante. ParabénsDeputado Marcelino. Essa questão das delegacias, dasdificuldades financeiras do dia a dia, que está acontecendo é areclamação em todas as unidades que temos no Estado. E comoo Deputado Edson muito bem colocou aqui a questão dessesboatos que se iria fechar a delegacia do município de Urupá,que é uma cidade de entroncamento, que sai para váriosmunicípios, sai para Teixeirópolis, Ouro Preto, sai para Ji-Paranápor dentro, sai para Alvorada, sai Mirante. Enfim, uma cidadeonde os índices de crimes são maiores até mesmo que em

     Alvorada do Oeste, que é uma cidade maior. Então, eu achoque essa preocupação do Deputado Edson, está correta. Hojeum município que também está com esse comentário, éSeringueiras, me ligaram, e deve ter ligado para VossaExcelência, que é de nossa região, e falaram que ia fechar adelegacia de Seringueiras, Deputado Marcelino. Sabemos queesses municípios pequenos... ontem nós debatemos aquiexaustivamente aqui neste plenário essa questão da dificuldadedessas cidades quanto a geração de emprego, de renda, deautoestima, por que quando fecham um órgão importante doGoverno num município pequeno desse, o que quê as pessoasfalam? Está falindo a cidade, está acabando com a cidade. OGoverno ele tem esse papel também de fomentar o incentivoao desenvolvimento da cidade, e não é fechando uma delegacia,ou fechando a SEFIN que vai se resolver o problema do Estado,do Governo. Então, Deputado Marcelino parabéns, eu fico felizaté do Dr. Eliseu, Dr. Renato também está aqui, é o nosso Diretorde Polícia do interior. O Dr. Eliseu está aqui, já disse, ali com odedinho, que não vai fechar, então a gente já fica tranquiloquanto a isso. E agora, com certeza com um belopronunciamento do Deputado Marcelino, eles vão também, vãose planejar mais para não deixar faltar pelo menos o básiconas delegacias do interior do Estado.

    O SR. MARCELINO TENÓRIO – Obrigado, Deputado EdsonMartins, Deputado Laerte Gomes.

    Mas encerrando aqui as minhas palavras, isso é umapreocupação porque o servidor necessita prestar um bomserviço a população, mas ele precisa de ferramentas para quepossa prestar esse bom serviço a essa população que tantoprecisa. E sobre isso como falou aqui o Deputado Edson Martinspara que através também do planejamento, se faça um projetoda mesma condição que foi feito igual o PROAFI, para que asdelegacias do interior do Estado de Rondônia e também daCapital não fique fazendo aquelas solicitações a empresários.

     A Prefeitura, tudo bem, como falou aqui o Deputado Ribamar Araújo, se o Prefeito tivesse consciência de poder contribuirmensalmente, fazer um convênio para que aquela delegaciaesteja melhor para atender a população do seu município. Émuito louvável que o Prefeito tome essa decisão. Mas enquantoos Prefeitos não têm decisão, quem tem que tomar essa decisãoé o Governo do Estado. Então, faço aqui essa solicitação queseja o quanto mais rápido resolvido o problema das delegaciase das penitenciárias do nosso Estado de Rondônia.

    Muito obrigado, Presidente, pelo tempo excedente.

    O SR. EDSON MARTINS (Presidente) – Obrigado DeputadoMarcelino Tenório, agradeço também o Dr. Eliseu que está aqui,que veio nos ouvir. Desejo que Deus ilumine o Diretor deSegurança do Estado de Rondônia, o Secretário de Segurançapara que possa realmente a população ter a paz e sentir que a

    Secretaria de Segurança tem feito o seu papel. Então parabénsDr. Eliseu pelo trabalho e muito obrigado por fazer até um sinalque diz que a delegacia de Urupá não vai fechar, nós vamostransmitir essa importante notícia a população do município.

    Encerrada as Comunicações Parlamentares.Nada mais havendo a tratar, invocando a proteção de

    Deus e antes de encerrar essa Sessão, comunico realizaçãode Audiência Pública de autoria do Deputado Léo Moraes nodia 28 de abril às 9 horas, para debater sobre o Projeto de LeiComplementar nº 257/16 da União e convoco Sessão Ordináriapara o dia 3 de maio no horário regimental, ou seja, às 15horas.

    Está encerrada está Sessão.

    (Encerra-se esta Sessão às 10 horas e 17 minutos).

     ATA DA 18ª AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR E ANALISAR SOBRE ATRIBUIÇÕES DAS POLÍCIAS

    MILITAR E CIVIL, NO ÂMBITODO ESTADO DE RONDÔNIA.

    Em 25 de abril de 2016.

    Presidência do Sr.Jesuíno Boabaid - Deputado

    (Às 15 horas e 27 minutos é aberta a sessão.)

    O SR. LENILSON GUEDES (Mestre de Cerimônias)  -Senhoras e Senhores, boa tarde. A Assembleia Legislativa doEstado de Rondônia, atendendo ao Requerimento doExcelentíssimo senhor Deputado Jesuíno Boabaid, realiza

     Audiência Pública para Discutir e Analisar sobre as atribuiçõesdas Polícias Militar e Civil no âmbito do Estado de Rondônia.

    Convidamos para compor a Mesa,ExcelentíssimoSenhorDeputado Estadual Jesuíno Boabaid, proponente desta AudiênciaPública, o Coronel PM Ênedy Dias Araújo, Comandante Geralda Polícia Militar do Estado de Rondônia, Doutor Pedro Mancebo,

    Delegado, representando a Polícia Civil do Estado de Rondônia,representando a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania,Delegado Doutor Júlio Ugaldi, Delegado de Polícia Civil, e oMajor PM Padilha, da área Militar.

    Queremos de antemão, agradecer as presenças dossenhores Coronel PM João Bonfim, que é da Assessoria Militarda Assembleia Legislativa, e o Doutor Osmar Luiz Casa, Delegadode Polícia Civil.

    O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente)  - Invocando aproteção de Deus e em nome do povo rondoniense, declaroaberta essa Audiência Pública com objetivo de discutir e analisarsobre as atribuições da Polícia Militar e Civil do Estado deRondônia.

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    O SR. LENILSON GUEDES (Mestre de Cerimônias)  -Convidamos para de pé ouvirmos o hino Céus de Rondônia.

    (Execução do Hino Céus de Rondônia)

    OK. Podem sentar-se. Com a palavra Sua Excelência oDeputado Jesuíno Boabaid para conduzir todo processo da

     Audiência Pública.

    O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) - Em primeiro lugarquero cumprimentar a todos presentes, iniciando pelacomposição da Mesa ao Exmº Senhor Coronel da Polícia MilitarÊnedy Dias de Araújo, Comandante da Polícia Militar, Dr. PedroMancebo, delegado representando a Polícia Civil, Júlio Ugaldi,Delegado da Polícia Civil representando a SESDEC, Major Padilharepresentante da SESDEC, as demais pessoas que se encontramno recinto na parte interna e externa, a todos os jornalistas, atodos serventuários que se encontram também nesta Casa, osseguranças hoje nesta tarde. O intuito desta Audiência Públicaé para...

    Primeiro iniciou-se em uma visita inclusive eu acreditoque foi convidado o Dr. Shalimar que é Promotor da 20ªPromotoria e numa conversa nós estávamos vendo ocrescimento de forma drástica que os policiais militares estãorespondendo por conta das audiências de custódia, e o pontotambém que sempre discute os militares como estão, falopoliciais militares, serviço operacional eles estão na rua, aocorrência exemplo de furto, o furto já ocorreu e é perceptível,é visível os militares ainda conduzirem a tal ocorrência.Lembrando que se o crime já ocorreu não é mais de competênciado policial militar fazer tal registro de ocorrência e sim a políciacivil, ou seja, um delegado que ele deve estar presente nocaso ou no caso os agentes de polícia. Então eu queria quecomeçasse como Presidente da Comissão de Segurança Públicao qual de forma regimental constitucional tem o dever daatribuição de fiscalizar também a execução das leis, então euqueria que hoje a gente discutisse, eu acredito que os atoresque se encontram nesta Mesa têm legitimidade também paradiscutir. Eu não sei por que, depois eu quero saber por qualmotivo o Secretário de Segurança não se fez presente e nem oSubsecretário, sei que os senhores têm representatividade quese vocês estão a Mesa foi dada a devida representatividadepara se manifestar e também de uma forma legítima para agente ter ciência desses debates qual é o entendimento daSecretaria de Segurança. Então é mais neste ponto para falarsobre a questão das Audiências de Custódia, nós já falamos noinício do ano sobre a questão do TCO, se houve algum avanço,eu acredito que está estagnado até o presente momento aquestão desta situação do Termo Circunstanciado, e tambémeu vou colocar no ensejo desta tarde as questões também queo Governo ingressou com algumas Ações Diretas deInconstitucionalidade no que se refere às leis dos militares ealgumas discutem até previdência, aumento sobre a questãodo tempo de aposentadoria, revisão no caso do tempo deaposentadoria das policiais femininas. Então era mais isso hoje.E eu queria ver quem que vai neste exato momento, eu possapassar a palavra. Eu vou iniciar então com a Polícia Militar,Major Padilha. Coronel o senhor quer se manifestar? Eu ia deixaro senhor por último, mas se o senhor quiser. Eu vou passarpara o Major Padilha.

    O SR. MAJOR PADILHA - Bom, eu dou a minha palavra porcerta quanto representante e Assessor Técnico Institucionalda SESDEC que terei alguns comentários a fazer. Inicialmenteeu cumprimento as autoridades que se encontram presentes,o Deputado Jesuíno Boabaid é proponente desta AudiênciaPública e presidente desta Sessão; o Comandante GeralCoronel Ênedy, Dr. Pedro Mancebo, Delegado de Polícia aquirepresentando a Polícia Civil, meu colega de trabalho Dr. JúlioUgaldi, Assessor Técnico Institucional representando a PolíciaCivil naquela assessoria. Dentro da ótica da pauta que esta

     Audiência Pública propõe, ouviu aqui dois prontos principais:a Audiência de Custódia e o trabalho de campo por assimdizer logo depois ou após a ocorrência de fato que em teseconfigure um delito, por assim dizer. Veja, em relação à

     Audiência Pública também foi público e notório a ocorrênciade debates, de reuniões e de acordos voltados a estabelecerum padrão de atendimento com a presença não só dainstituição Secretaria de Segurança Pública, mas também dasinstituições diretamente envolvidas Polícia Militar, Polícia Civil,Ministério Público e Tribunal de Justiça, nessas oportunidadesforam pontuadas várias situações, discutidas as possibilidades,e incluo ainda a SEJUS também por óbvio participou de reuniões,de várias reuniões. Então foram pontuados alguns tópicos,algumas questões para viabilizar a realização da AudiênciaPública aqui no nosso Estado, e já está ocorrendo, nessecontexto verificou-se qual seria a participação de cadaInstituição representada, em termos de atribuições de cunhooperacional basicamente Polícia Militar, Polícia Civil e AgentePenitenciário, cabendo basicamente a Polícia Militar, segundome consta, o trabalho de escolta interna do âmbito do Fórumdos locais onde estiverem os presos, ou os custodiados até olocal de audiência. E a Polícia Civil tem a atribuição dasdelegacias basicamente aqui na capital a Central de Flagrantes,Divisão de Flagrantes para levar até ao Fórum e os AgentesPenitenciários tem as suas incumbências no âmbito da escoltados estabelecimentos penais e ou algum apoio interno noâmbito do Fórum Criminal, mas isso não foi um trabalho isolado,não foi um trabalho da noite para o dia, foram várias reuniões,foram ponderados, ponderadas situações, limitações de efetivoavaliada a participação efetiva de cada um para que pudesseocorrer a contento. Existia uma necessidade premente paraque essas audiências fossem iniciadas aqui no Estado e defato nós tivemos um momento em que começaram a ocorrer.Foi, inclusive, feita Portaria conjunta, salvo engano, talvez, oDelegado Júlio Ugaldi, possa me corrigir se eu estiver errado,foi feito Portaria conjunta, onde ficou ajustado a participaçãode cada uma das forças Policia Civil e Polícia Militar e tambémde Agentes Penitenciários. Basicamente na questão de

     Audiência de Custódia, a preocupação, a Secretaria ela nãoficou alheia aos acontecimentos e esteve presente em todasas reuniões acompanhando sim e promovendo aoperacionalização naquilo que era de seu interesse.

    Em relação à participação efetiva apontada do trabalhoda Polícia Militar na rua especificamente foi tocado na questãodo registro da ocorrência. De certa forma até me estranhatambém que, talvez, tenha partido a iniciativa da 20ª Promotoriade Justiça, nesse cenário porque por muito menos houve umquestionamento no que toca a não registrar acidentes detrânsito sem vítima, que não haja em tese interesse público,

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    5 DE MAIO DE 2016Nº 76 1675Pág.9ª LEGISLATURA

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    questionando pelo que me consta, pedindo que haja o registro.Então, se questiona a não participação da Polícia Militar noatendimento de ocorrência de trânsito com muito mais razãovai questionar também, penso dessa maneira, que a PolíciaMilitar não pode se eximir de fazer o registro da ocorrência narua ainda que o fato já tenha ocorrido, porque querendo ounão há o interesse, estou falando da primícia do MinistérioPúblico em pedir de certa forma, questionar porque é que aPolícia Militar deixou de registrar ocorrência, só com danosmateriais, interesse somente das partes e porque então elaestaria a pleitear que a Polícia Militar eventualmente deixe deregistrar as ocorrências que não há flagrantes, por assim dizer.

    Bom, eu penso numa única situação de ordem genérica,mas a defesa em si da corporação esta será feita, com certeza,pelo seu comandante, mas, eu vejo a condição da pessoa, docidadão depois de ser vítima de um delito fique ainda a mercêde precisar se dirigir até uma delegacia, coisa que também,talvez, nem precise porque existe a Delegacia Interativa, ondea ocorrência pode ser feita diretamente pela internet, senãotoda, mas uma boa parte.Entendo também a dificuldade quenão é todo mundo que tem acesso à internet, perfeitamente éde se entender essa dificuldade e é de se entender que não éde acesso livre e restrito a todo o cidadão a internet, mas éuma possibilidade que existe também. E também, no atenderda população, na prestação do serviço de Segurança Públicaquando o Policial Militar, do setor, que trabalha em determinadaárea ele se depara com o fato e que não há mais um flagranteem vista, mas algum alento ele poderá levar ao cidadão quandoele diz: olha, não posso reverter o problema, mas posso dealguma maneira minimizar as consequências, vai tomar nota,vai anotar os dados das pessoas todo e necessariamente oregistro daquela ocorrência não é feito de imediato tambémde modo a intervir no trabalho da Polícia Militar na rua, elepode tomar nota dos dados necessários e na primeiraoportunidade em que ele tiver ele vai se dirigir ao “diretor” daárea e fazer o registro da ocorrência até para que o cidadãoem um momento futuro ele possa se valer desse registro paraos diversos fins que seja para providenciar a segunda via dedocumentos, que seja para reaver, recuperar materiais quefuturamente venham a ser apreendidos em outras ocorrênciase tudo mais.Então, diante de uma dificuldade que eu perceboda Polícia Civil sair da delegacia para ir até a rua e coletar osdados, eu penso que teria basicamente inviáveis duas soluções;ou será feito através de atendimento da Polícia Militar na rua,coletando esses dados ou o cidadão vai ter que procurar aDelegacia e fazer um registro. Com certeza que ele se sentirámuito mais acolhido se ele perceber a presença do agentepúblico buscando dado de alguma maneira no atendimento anecessidade dele. Então nesses dois cenários eu teria a avaliara situação da maneira como fiz. Outros aspectos que serãodiscutidos, me parece, aqui por Vossa Excelência eu terei então,talvez a oportunidade também de me manifestar ou acresceralguma coisa ao que foi falado.

    O SR. LENILSON GUEDES (Mestre de Cerimônias)  –Deputado convidar para compor a Mesa a senhora Ada DantasBoabaid, Presidente da Associação dos Praças e Familiares daPolícia e Bombeiro Militar do Estado de Rondônia, ASSFAPOM.E também lembrar a todos que esta Audiência Pública está

    sendo transmitida ao vivo pelo site da Assembleia Legislativa,o endereço é: www.al.ro.leg.br.

    O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Major a discussão,o senhor até me trouxe agora uma outra situação a questãode trânsito, mas o que foi discutida é a situação do, vamos nocaput do artigo 144 da Constituição Federal, vamos para ocaput , depois vai para os incisos e parágrafos. A SegurançaPública, é dever do Estado,é deresponsabilidade de todos eexercida para a preservação da ordem pública e daeconomicidade das pessoas do seu patrimônio através daseguinte ordem: vem o quarto Policiais Civis, e o quinto PoliciaisMilitares e Corpo de Bombeiros Militares. Parágrafo 5º - AsPoliciais Militares cabe a polícia ostensiva e a preservação daordem pública aos Corpos de Bombeiros, além das atribuiçõesdefinidas em Lei e cuja execução da atividade de defesa civil.Parágrafo 4º - A Polícias Civis serão dirigidas por Delegadosde policias de carreiras incumbem a ressalvada a competênciada União as funções de Polícia Judiciária, e apurações deinfrações penais exceto aos militares.

     Artigo 141 da Constituição Estadual diz: da Polícia Militare do Corpo de Bombeiro Militar, a Polícia Militar força auxiliarda reserva do Exército, Instituição permanente baseada nahierarquia da disciplina; cabe a polícia ostensiva a preservaçãoda ordem pública, execução das atividades de defesa civilatravés do seguinte tipo de policiamento. Vem rol, no caso dassuas atribuições, ostensivo geral, urbano, de trânsito, florestale mananciais, rodoviário, ferroviário, nas estradas estaduais,portuário, fluvial e lacustre, rádio patrulha terrestre e aéreo; esegurança externa do estabelecimento penais do Estado. APolícia Civil dirigida por Delegado de Polícia de classe maiselevada, nomeado pelo Governador do Estado, incumberessalvada da competência da União, e as suas funções dePolícia Judiciária e apuração de infração penal, exceto a dosmilitares. É cópia idêntica da Constituição Federal, e qual é?Eu falei sobre a questão dos, hoje tem a audiência de custódia.O que me trouxe aqui são mais de quatrocentos e o ComandanteGeral vai poder manifestar, trezentos e a quatrocentos forampedidos de abertura de apuração quanto possíveis atoscometidos por militares, ou seja, abusos, estão sendo acusadosporque nessas audiências de custodias é para verificar amanutenção ou não do réu, no caso do acusado. Só que sãoduas perguntas fala para o meliante ‘o senhor foi agredido’?Se foi o Juiz de plano já encaminha para a Corregedoriacompetente. E tem outro ponto também que me causou e aí eu queria, que faz a ausência aqui do Dr. Shalimar, que eufiquei um pouco pensativo. Um militar, vou dá o exemplo, elevai numa ocorrência de roubo, o roubo já ocorreu ou ele vainuma ocorrência de tóxico de entorpecentes, e lá ele começaa fazer o levantamento ou alguém chega com informações eele já não tem mais os meliantes, mas ele vai e vai mais aléme aí ele no percurso dessas apurações eles tentaram comalguns, ou seja, com outro fato e vai a óbito. A ocorrência játinha, não foi logrado êxito, ou seja, tinha dado FA por que elenão encontrou o meliante, mas ele foi mais além, perguntosenhores eles vão estar amparados? Não. No entendimento doDr. Shalimar não, por que não era competência dele, era opapel da Polícia Judiciária, Polícia de Investigação e ali me causouuma... Opa, se o entendimento do Ministério Público ou ele

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    fala se alguém suscitar que ele está causa efeito amparado jácomeça a criar um certo prejuízo, por que ai a família tambémvai ser afetada, fora a situação da audiência de custódia, foraas ações que é brilhantes, eu ver militar fazendo as apreensões,mas cerca de 80% dos flagrantes que são nas Delegacias nãoé da Polícia Civil, é do militares. Opa, foi feito por militares. Eutambém não quero aqui também fazer ou dizer que a PolíciaCivil não está fazendo o seu papel, depois a gente vai entrarnesse debate. Agora, também não podemos aceitar CoronelÊnedy, que a Polícia Militar, que a Polícia Militar seja criminalizadaou seja, eu falo o policial militar depois; em uma situação ficardesamparada, porque uma Lei, o administrador está distrito aLei e se alguém me provar hoje, nessa tarde, que o militar, eleestá amparado legalmente para fazer certas atribuições, aí eutenho que me silenciar. Trabalhei a cerca de 8 a 9 anos naatividade fim da Polícia Militar, pode pegar na Central de Políciaque vocês têm quantas ocorrências eu registrei, brilhante, tinhaum trabalho brilhante com o cabo da Polícia Militar, agora mefugiu da memória meu cabo velho, pelo amor de Deus, trabalhoucomigo no 1º, o Alberto e certa fez eu estava numa situação ea gente ver as paradas, o cara é, a gente é, vai, faz atrás,corre, a comunidade bate palma. Mas, eu pergunto quantosmilitares. Só eu respondi quantos processos eu respondi naCorregedoria, ele também. Quantas vezes eu fui no Fórum pararesponder ofício de Justiça e já tinha feito tudo isso. Então, asociedade através dessas Audiências Públicas deveter ciênciado papel de cada um. Eu sei que o cidadão quando ele é roubado,é furtado, ele quer ter uma resposta. Mas, ele tem que entender,ele tem que compreender, entender que não é atribuição daPolícia Militar exercer tal ação, não é papel dele, não é papel,ele tem que fazer, mas tem que está também respaldado emLei, tem que ter a Lei. Então, se o Governo não está tendoestrutura, não está tendo condições de estrutura, uma coisaassim, de recompor o Efetivo das policias, que faça, que faça.

     Agora, eu no mandato de Deputado, como Presidente daComissão de Segurança Pública eu não vou também me eximirdessa responsabilidade em fiscalizar, em acompanhar, emaceitar tal ação. É por isso que hoje nessa tarde a gente temque discutir sim de uma forma bem legal, a legalidade, aslegalidades que hoje compete a cada uma das polícias. Eu voupassar agora a palavra para o Coronel Ênedy, para elemanifestar, que ele queria falar sobre a situação, complementaro que o Major Padilha falou.

    O SR. CEL. ÊNEDY DIAS DE ARAÚJO – Boa tarde a todos.Gostaria de saudar o Excelentíssimo Senhor Deputado EstadualJesuíno Boabaid, em nome dele saudar todos que compõe aMesa e primeiramente parabenizá-lo por essa Audiência Pública,é sempre importante estarmos discutindo sobre a Segurança esobre o trabalho realizado no atendimento a nossa comunidade.Gostaria só de fazer um pedido, uma Questão de Ordem, agrande atuação do Deputado Jesuíno e tem recebido diversosconvites para as Audiências Públicas e o convite menciona

     Audiência e a gente não vem tão preparado para debater osassuntos ou trazer estatísticas, porque se eu soubesse que erade Audiência de Custódia, eu tinha pegado as estatísticasatualizadas. Nós recebemos um documento da Assembleia, sóinformando a Audiência Pública para tratar sobre atribuiçõesda Polícia Militar, às 15h, dia 25.

    E é importante está bem, assim especificado os assuntos,a gente vem bem mais preparado para abordar. Mas, a

     Audiência de Custódia, eu reuni na última sexta-feira com aseccional da OAB em Jaru e já relatava a preocupação daPolícia Militar no tocante as Audiências de Custódia; essapreocupação não é só desse Comandante Geral, mas de todosos Comandantes Gerais do Brasil, onde na semana passadaeu estive reunido no Conselho Nacional dos ComandantesGerais na cidade do Rio de Janeiro e essa preocupação ondeas Audiências de Custódia, além, de terem a facilidade deestarem libertando as pessoas que são presas em flagrantedelito, estão por outro lado também ensejando diversosapuratórios, os quais, tem desmotivado a ação dos policiaismilitares e dos policiais em geral. Então, há uma preocupaçãode que essa situação de Audiência de Custódia, ela venhafavorecer ações criminosas, o aumento da criminalidade, adesmotivação da atividade policial justamente por essacriminalização da ação do policial. É certo que a Polícia Militar

     já recebeu mais, pelo menos a última estatística que eu tinhada Corregedoria, mais de 50 requisições de abertura deprocedimentos investigativos desfavor de policiais militares queatenderam ocorrência de flagrante delito de infratores quechegaram na frente do juiz e ao ser perguntado se sofreramalgum tipo de agressão; eles informaram que sim e muitasdas vezes, todos nós sabemos que para conter um infratorpara realizar a prisão de alguém que está resistindo, é naturale necessário que o policial faça uso da força. Então, se todavez que ele fizer o uso da força é legitimamente representandoo Estado, ele tiver que responder um procedimento apuratório,isso certamente vai lhe causar uma desmotivação. Então, énecessário repensar a metodologia empregada pelas audiênciasde custódia, é claro e certo que é um procedimento que nãopode deixar de ser feito, mas também não pode ser consideradocomo certo tudo que o infrator chega ali e fala, então, hánecessidade do que seja falado tenha pelo menos o mínimode indícios de vinculação dos fatos narrados na ocorrênciapara que possa ensejar a abertura de um procedimentoinvestigativo contra os profissionais de segurança que atuaramnaquela prisão. Então, há uma grande preocupação realmentequanto essa questão das audiências de custódia. E gostariade deixar claro que na última pesquisa nacional o Estado deRondônia, figurou como o Estado que mais solta, mais soltaos infratores presos em flagrante delito, uma média de 71%.E isso é outro aspecto que causa preocupação porquerecentemente várias ocorrências já tem se configurado, namesma semana, pela segunda, e às vezes pela terceira vezum infrator sendo preso e que já foi liberado nas audiênciasde custódia das prisões anteriores. Tem um caso emblemáticoque aconteceu há mais ou menos um mês, onde o infrator foipreso duas vezes na mesma semana, no períodoaproximadamente dez dias e na terceira vez, esse infrator fezum roubo aqui do outro lado do Rio Madeira e deparou-secom a viatura da PM, houve a popular troca de tirosconhecidamente, e o infrator veio a falecer, e o irmão deleveio a ser ferido nesse embate desse enfrentamento com ospoliciais militares. E após o confronto os policiais foramsocorrer os infratores feridos e ficaram estarrecidos quandoviram que aquele infrator já tinha sido preso duas vezes emmenos de uma semana, e já estava solto praticando outro

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    roubo, enfrentando a polícia. Então, até que ponto nós vamoscontinuar errando, fazendo procedimento que vão contribuircom crime? Se a gente está vendo que o camarada foi preso,foi dada uma chance, ele volta a cometer crime, foi preso denovo, foi de novo liberado, então, nós temos que repensaressas audiências de custódia, aí na terceira vez, ele já estavatão, vamos dizer desacreditando do sistema que resolveu agoranão quero ser mais preso, eu vou atirar nos policiais, e terminounesse confronto que resultou na sua morte. Então, precisamosrealmente avaliar a metodologia que as audiências de custódiaestão sendo feitas, parece que o único objetivo dela é verificare corrigir o trabalho feio pelos policiais militares, e não apurara criminalidade que assola a população que tanto sofre comregistros de ocorrências. Então de cada, talvez, vinte ou trintaroubos a polícia militar consegue apreender um infrator emflagrante e mesmo assim, esse que é preso, chega lá muitasdas vezes é liberado para responder em liberdade, e maisuma vez na maioria das vezes volta para praticar novamente ocrime e penalizar a população. No tocante ao registro deocorrência de crimes que já ocorreram. Nós temos umareclamação muito comum da população que é vítima doscrimes, a população muitas das vezes, ela fala, eu pago osmeus impostos, tenho tudo em dias, sou uma pessoa de bem,trabalho e na hora que eu sou vítima de um roubo, sou vítimade um furto, na hora que eu sou vítima de um crime, a políciaMilitar chega aqui e, ou demora porque as vezes não é umasituação de flagrante, ou não faz o registro, e essas pessoasrealmente, elas reclamam porque ela enxerga a polícia comoum todo, então, elas dizem assim: ‘na hora que eu precisei dapolícia, eu não fui atendido’. Então, aquela pessoa que é vítima,ela está querendo um atendimento, ela está querendo que oEstado lhe acolha naquele momento de dificuldade, e aí ela,ela realmente faz essa solicitação, mas ao policialprincipalmente nesses crimes de ação pública onde o policialtoma conhecimento de um crime, ele tem a obrigação deregistrar a notícia crime para autoridade policial, ele tem aobrigação porque é um crime de ação pública e ele tem aobrigação de que essa notícia do crime chegue até a autoridadepolicial para que ela adote as providências. Então, é um deverdo policial militar, que tomou conhecimento de um fato, deuma notícia de um crime que fazer esse registro, além deprestar o devido auxílio, o atendimento àquele cidadão queacabou de ser vitimado. O que está sendo projetado, Deputado,e já estamos colocando em uso aqui em Porto Velho, é oregistro dessas ocorrências através de tablets , onde o policialnão vai ter que se deslocar até a Delegacia. No local daocorrência ele colhe as informações, digita no equipamento,no tablet  e a ocorrência já vai ficar registrada naquele local.Então o furto em veículo, por exemplo, aonde a pessoa chegae seu veículo está com o vidro quebrado e foi levado o notebook ,o policial naquele local, vai poder registrar os dados e aocorrência já ficar ali uma cópia, por e-mail , para a vítima, jávai uma cópia para o delegado, já vai uma cópia para aestatística da Polícia e uma cópia para o próprio policial queregistrou a ocorrência. Mas é uma das obrigações do policial,principalmente nessas ações de crime de ação públicaincondicionada, que ao tomar conhecimento do fato criminoso,ele faça o registro desse fato à autoridade policial. Então, dentroaté mesmo, para possivelmente durante aquele trabalho que

    ele está naquele turno, por exemplo, esse notebook que acaboude ser furtado pode ser encontrado por outra guarnição queestava de serviço durante uma abordagem e esse infrator estarcom o produto de furto, ele vai ser conduzido. Mas só vai teraquele produto de furto se o furto, anteriormente, foi registradono turno de serviço. Então, de forma que ele possa restabelecera ordem pública que foi quebrada no momento em que ocorreuaquele crime. E assim está cumprindo a sua atribuição depreservar a ordem pública. E essa preservação passa, antesde tudo, pelo restabelecimento quando essa ordem é quebrada.Nós temos esse entendimento da necessidade de reformularou de repensar a metodologia das Audiências de Custódia etambém de que o registro das ocorrências, a comunicação dofato seja sempre feita como atendimento ao cidadão, mastambém para que as autoridades tomem conhecimento e asprovidências que o caso requer. Muito obrigado.

    O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) – Sim, Comandante,eu só, vou passar a palavra, mas eu discordo no seguinte ponto,no meu entendimento é que policial militar tem o dever dezelar o local, e o Delegado, junto com os policiais civis quedevem chegar ao local, fazer a devida, se vai fazer a períciatécnica também, que tem que ter uma perícia técnica paraavaliar, em se tratando de furto. Vai chegar lá, fazer todo olevantamento, junto. Porque é isso que está consagrado nanossa legislação. A Polícia Militar chega, isola o local, faz odevido, aguarda a polícia técnica, o Delegado, e a PolíciaJudiciária, no caso, os policiais civis, quando chegou, aí já nãoé mais competência da Polícia Militar. É isso que ocorre. Eu voupassar a palavra para o Major.

    O SR. MAJOR PADILHA – Eu vou fazer só um pequenocomplemento, até porque quando a gente conversou sobre

     Audiência de Custódia, eu estava dando o enfoque deatribuições das Corporações dentro do contexto dentro de

     Audiência de Custódia. No entanto eu percebo, pela fala doCoronel Ênedy e também do senhor que está se verificando asconsequências decorrentes da realização da Audiência deCustódia. Então, o que eu vejo nesse contexto em face de

     Audiência de Custódia é, em boa medida, essa é a minhaimpressão, é uma inversão de valores do qual de uma Audiênciade Custódia, parece-me que se busca verificar que faltacometeu ou poderia ter cometido o agente público, e não avaliarse em face do delito praticado e levado ao conhecimento doJuiz, há que se falar em mantê-lo preso ou colocá-lo emliberdade, que deveria, em tese, na essência, ser esse o focoda Audiência de Custódia. – Olha, alguém é trazido aqui pelaprática de um crime, estava em flagrante delito e então vamosverificar se ele permanece preso ou se ele atende os requisitospara ser colocado em liberdade. Esse contexto, esse aspectoda avaliação me parece que ficou um pouco de lado e está seinvertendo os valores para buscar: - Vem cá, esse policialexcedeu? Ele ofendeu? Ele praticou... Tira o foco da discussãodo agente que praticou o delito para olhar, para dispor o olharsobre o agente que efetuou a prisão. E acaba, na minha visão,tendo certa inversão de valores. Fruto da Audiência de Custódia,a gente tem alguns dividendos para o Estado, para a União, namedida em que a gente tem um déficit de vagas nosestabelecimentos prisionais. Não tem vaga, e aí, quem é que

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    dá para a gente levar para o presídio, consegue levar todomundo para o presídio, para um estabelecimento? Bom, a

     Audiência de Custódia está dando um alívio para o sistemaprisional, porque não tem vaga para todo mundo. De certaforma esse alívio de não levar todo mundo ao estabelecimentoprisional ainda que seja custodiados, seja temporário, tambémtem o dividendo da ordem de economia, vou economizar comalimentação, com saúde, com todo tipo de problema quepoderia ter eventual auxílio, tudo, mas a minha fala inicial comoeu já esclareci foi no contexto de o que é que eu vou avaliar emtermo de atribuição do policial militar ou da Polícia Civil nocontexto da Audiência de Custódia, mas percebo, se eu estiverenganado os colegas vão me corrigir, está se vendo mais outrocontexto. Porque se eu tenho a prisão em flagrante delito eessa Audiência de Custódia poder ser feita o quanto antesnaturalmente vai se verificar se o agente agiu dentro da lei ouse ele abusou, daí é normal, isso deve ser uma exceção oudeve ser um dos aspectos a se avaliar e não o principal aspectoa se avaliar. E no contexto do atendimento de ocorrência osenhor está falando em relação a algo que está com previsãolegal, não vou nem falar em contexto de Constituição como osenhor citou, mas sim em contexto de Código de Processo PenalCivil ou Militar comum, ou Militar no caso, Código de Processocomum geral e o Código de Processo Penal Militar no contextodas atribuições que a autoridade policial, entenda-se o Delegadode Polícia, deve tomar desde que tome conhecimento do fato,então o senhor está querendo avaliar qual é o papel da PolíciaMilitar quando chega no local do crime e até onde vai o trabalhoda Polícia Militar, está certo? Aí é uma outra questão que adespeito de haver uma previsão legal dizendo o que e quemdeve fazer, quem e o que deve fazer naquele cenário, mas euestou avaliando também, como eu falei o Comandante reforçoumuito bem, eu estou falando no contexto de um atendimentode ocorrência proporcionado pela Polícia Militar que diante deuma situação já ocorrida, como o senhor bem frisou, ela acabade alguma forma dando atendimento ao cidadão pegando osdados, coletando dados para um eventual e futuro registro semo qual não vai haver investigação também, se não tiver o registro,se o fato não for levado ao conhecimento do delegado ele nãovai ter como demandar esforço para o fim de investigar eelucidar o fato, isso é um ponto. E nesse contexto da fala dosenhor também eu chamo a atenção para o desvio da finalidadeda atividade quando o policial não se limita a coletarinformações e o prender quem esteja em flagrante algumascoisas mais presentes e passa a fazer serviço de investigação,esse sim é o problema, é o policial extrapolar os limites daatuação no local e passar a colocar a vítima e sai na casa deum, na casa de outro e vai investigar, aí sim ele está exacerbandoe eventualmente ele pode estar entrando numa seara que podeter uma consequência desagradável, está certo? Aí nessecontexto eu entendo que o policial deve ser orientado a nãofugir, a não se afastar da sua atribuição. Porque quando eleestá coletando dados, pegando uma vítima, fazendo registro,conduzindo até uma delegacia se for necessário, alguma coisade imediato, acabou de acontecer pode ser que o agente estejana outra esquina, vão verificar, mas no dia a dia percebemosque o policial acaba fazendo bem mais do que isso e nessespontos cabe a orientação para que o policial se limite, sediscipline para que ele não avance demais e esse avanço não

    possa gerar os abusos, os desvios e ir além das implicaçõesde ordem jurídica não deixe acontecer dali uma situaçãodesagradável, uma violação de domicílio, um abuso deautoridade, uma produção ou colher uma prova que se torneilegal, inaceitável pela maneira como ela foi colhida, aí podegerar responsabilização, apuratório e tudo mais, aí é só nocontexto da gente entender qual o nível de atuação dos agentesque estão presentes. Eu lembro que em 2013 eu e o Dr. Júlioestivemos em Pernambuco fazendo um curso de preservaçãodo local de crime e que entendemos de alguns colegas deoutros Estados esse contexto que o senhor falou, ‘olha, lá emBrasília a gente já tem uma dinâmica, uma sistemática de quea polícia chegou, isolou, fez o seu papel, mas na hora quechegou o delegado com seus agentes ele assume o papel evai dispor do policial militar até o necessário para concluir ostrabalhos dele’, e não vai ter dois registros, em tese é odelegado que já está ali, já tomou todas, ele vai proceder,mas isso é uma realidade, no Brasil uma realidade nova queconseguiu talvez ser implementada lá em Brasília por ter uma

    estrutura, ter efetivo, ter tudo. Não sei se a despeito da previsãolegal nós teríamos condições de operacionalizar isso aqui emRondônia, ou no Acre, ou em Alagoas, ou em que outro Estado,talvez seja um lugar isolado, Brasília - Distrito Federal sejaisolada essa realidade, não que não possa ser atingida, masque precisa buscar, dar condições, meios e ir tentando implantaraos poucos, eu entendo nesse contexto eu entendo sim apreocupação e promover a discussão é muito salutar, é muitobem-vinda.

    O SR. JESUÍNO BOABAID (Presidente) - Quero agradeceresse debate entre a Polícia Militar até o presente momento.

     Vou passar a palavra para o Dr. Júlio, depois a Ada fala.

    O SR. JÚLIO UGALDI - Boa tarde a todos. Quero cumprimentarExcelentíssimo senhor Deputado Jesuíno Boabaid, Presidentee proponente da Audiência, cumprimento também oExcelentíssimo Doutor Pedro Mancebo, Delegado Corregedor,representando o Delegado da Polícia Civil, cumprimento aquio Coronel PM Ênedy Dias de Araújo, Comandante Geral daPolícia Militar, e ilustríssimo colega Major Padilha da PolíciaMilitar, representando também a Secretaria de Segurança; ea Presidente da Associação, Ada Boabaid.

    Presidente, primeiramente, antes de adentrarmos aosdois pontos chaves da Audiência, eu quero parabenizar semprea Casa de Leis, o Ministério Público, o Poder Judiciário, as

    Faculdades por discutirem o assunto Segurança Pública, é oassunto do momento, ainda é um assunto que nós vamosdiscutir amanhã, porque diz respeito a todos nós.

    De imediato eu peço desculpas em nome do SecretárioDoutor Antônio Carlos Reis, por conta do convite que chegouhoje cedo, por volta das 7h30m, nas mãos da assessoria, aindaque possa ter chegado na quarta-feira no final do Expediente,tivemos um feriado e ponto facultativo, e o Doutor Reis játinha uma audiência pré-agendada às 15h. Igualmente oCoronel PM Adilson, Secretário Adjunto por questões de umagendamento Médico para as 14h30m, as 15h também se fezausente, e por isso a assessoria técnica se encontra para somarcom essa discussão sobre segurança pública.

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    E vou emprestar as palavras do Coronel Ênedy, sempreque possível a gente tomar conhecimento um pouco mais doque se trata, porque quando nós recebemos o convite tínhamoslá: atribuições da Polícia Civil e Polícia Militar. E ficou vago, nósnão sabíamos quais informações trazer a essa Casa de Leis.De qualquer forma o senhor já nos adiantou falandoprimeiramente sobre a Audiência de Custódia. Falar da Audiênciade Custódia da questão da atuação da Polícia Militar e da PolíciaCivil, nos impõe mencionar que antes da implementação efetivada audiência na capital a audiência de custódia aqui na Capital,nós tivemos diversas reuniões na Corregedoria de Justiça ondese fez presente a Polícia Civil, a Polícia Militar, o MinistérioPúblico a OAB, Defensoria Pública, a SEJUS, e após diversasdiscussões chegou-se à conclusão que deveríamos implementarequipes mistas para colaborar com o transporte dos custodiadosda Central de Polícia para o local da audiência, até as celas edas celas até a sala especificamente de audiência. Sendo queforam legalizadas as atribuições dos agentes de Segurançapela portaria conjunta 01/2015, conjunta SEJUS/SESDECalterada em 2016 pela Portaria Conjunta 1 também. Lá nóstraçamos ou foi traçado pelos Secretários de que forma seriam,de que forma teríamos a participação, seja da Polícia Civil, daPolícia Militar e dos agentes da SEJU