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DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 8 DE NOVEMBRO DE 2015 N 0 2490 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 22º Máxima 27º TEMPO MARÉS FINANÇAS CONSELHEIRO DO TCE TJ PODE DECIDIR ESTA SEMANA SOBRE AFASTAMENTO DE FERNANDO TOLEDO O conselheiro Fernando Toledo, do Tribunal de Contas do Estado, pode ter seu futuro definido esta semana no Tribunal de Justiça de Alagoas. Tudo depende do desembargador Costa Filho, que pediu vistas à ação do Ministério Público - que pede o afastamento de To- ledo do cargo - quando o julgamento estava em 3 a 3. PÁGINA 4 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PROGRAMA DE INCLUSÃO DIGITAL JÁ ATENDEU MAIS DE 30 MIL PESSOAS Criado pelo Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec), em 2010, o DigitAlagoas promove a inclusão digital com a construção de telecentros. Hoje são 47 unidades no Estado, sendo 16 em Ma- ceió, que já atenderam 33 mil pessoas. O conhecimento em informá- tica é passado com o uso de software livre, com foco na formação em informática e profissional em regiões de baixo IDH. PÁGINA 9 u 01:24 1.9m 07:45 0.4m 13:45 1.9m 19:58 0.4m INDEPENDENTE ADAILSON CALHEIROS PESQUISA ENCOMENDADA PELA TRIBUNA INDEPENDENTE AO INSTITUTO BRASILEIRO DE PESQUISA E ENSINO (IBRAPE) APONTA FERNANDA MARINE- LA À FRENTE DOS ADVERSÁRIOS NA DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA DA OAB/ AL. ELA TEM 32,5% DAS INTENÇÕES DE VOTO, CONTRA 24% PARA FERNAN- DO FALCÃO E 11,4% PARA ROBERTO MENDES. A MAIORIA DOS ENTREVISTA- DOS (41%) TAMBÉM ACHA QUE ELA VAI GANHAR A ELEIÇÃO. PÁGINA 2 Eleições da OAB Marinela abre 8,5% de vantagem sobre segundo colocado SANDRO LIMA PESQUISA SPC BRASIL MÃES ADOTAM A MESADA COMO EDUCAÇÃO FINANCEIRA Pesquisa do SPC Brasil revela que 26,3% das mães de crianças e adolescentes adotam a mesada como uma prática de educação financeira, para que eles aprendam a lidar com dinheiro. A média da idade em que os filhos começam a receber mesada é de nove anos. PÁGINA 14 “O ESCARAVELHO DO DIABO” SERÁ O PRÓXIMO DESAFIO DA ATRIZ GABRIELA PATRY Gabriela Petry, a catarinense de 29 anos, cabelos verme- lhos e olhos azuis, estreou em novela em “A Regra do Jogo”, onde faz a “Ursi- nha”, mas já estudou tea- tro, foi repórter do Domin- gão do Faustão e no fim do ano estreia no cinema com “O Escaravelho do Diabo”. SUPLEMENTO ESPECIALISTAS ALERTAM EXCESSO DE ATIVIDADES PODE PREJUDICAR AS CRIANÇAS Sem alternativas, muitos pais que trabalham têm encontrado formas de “ocupar” os fi- lhos com várias atividades extra-classe, sem questionar os riscos que o excesso delas pode trazer aos pequenos. Muitas crianças estão com agenda lotada de “compromis- sos”, até mais do que os próprios adultos. O alerta feito por especialistas é de que sem tempo para brincar, a criança não se desenvolve adequadamente. PÁGINA 12 UM REVOLUCIONÁRIO BRASILEIRO HISTORIADOR RESGATA A HISTÓRIA DE JAYME MIRANDA O historiador Geraldo de Majella lança na próxima terça-feira (10) o livro Jayme Miranda, um Revolu- cionário Brasileiro, resgatando a trajetória política de um dos alago- anos mais influentes na luta contra a ditadura militar. Majella contou com o apoio da família de Jayme e um compilado de entrevistas para escrever o livro. Miranda foi capturado, torturado e morto pelo regime. PÁGINA 4 POUPANÇA: 0,6892% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,76 R$ 3,77 DÓLAR PARALELO R$ 3,68 R$ 3,98 OURO: R$ 132,00

Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

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Page 1: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS

8 DE NOVEMBRO DE 2015 N0 2490

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

22ºMáxima

27ºTEMPO MARÉS FINANÇAS

CONSELHEIRO DO TCE

TJ PODE DECIDIR ESTA SEMANA SOBRE AFASTAMENTO DE FERNANDO TOLEDOO conselheiro Fernando Toledo, do Tribunal de Contas do Estado, pode ter seu futuro definido esta semana no Tribunal de Justiça de Alagoas. Tudo depende do desembargador Costa Filho, que pediu vistas à ação do Ministério Público - que pede o afastamento de To-

ledo do cargo - quando o julgamento estava em 3 a 3. PÁGINA 4

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

PROGRAMA DE INCLUSÃO DIGITAL JÁ ATENDEU MAIS DE 30 MIL PESSOAS

Criado pelo Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec), em 2010, o DigitAlagoas promove a inclusão digital com a construção

de telecentros. Hoje são 47 unidades no Estado, sendo 16 em Ma-ceió, que já atenderam 33 mil pessoas. O conhecimento em informá-tica é passado com o uso de software livre, com foco na formação em

informática e profissional em regiões de baixo IDH. PÁGINA 9

u

01:24 1.9m07:45 0.4m

13:45 1.9m19:58 0.4m

INDEPENDENTE

ADAILSON CALHEIROS

PESQUISA ENCOMENDADA PELA TRIBUNA INDEPENDENTE AO INSTITUTO BRASILEIRO DE PESQUISA E ENSINO (IBRAPE) APONTA FERNANDA MARINE-LA À FRENTE DOS ADVERSÁRIOS NA DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA DA OAB/AL. ELA TEM 32,5% DAS INTENÇÕES DE VOTO, CONTRA 24% PARA FERNAN-DO FALCÃO E 11,4% PARA ROBERTO MENDES. A MAIORIA DOS ENTREVISTA-

DOS (41%) TAMBÉM ACHA QUE ELA VAI GANHAR A ELEIÇÃO. PÁGINA 2

Eleições da OABMarinela abre 8,5% de vantagem sobre segundo colocado

SANDRO LIMA

PESQUISA SPC BRASIL

MÃES ADOTAM A MESADA COMO EDUCAÇÃO FINANCEIRAPesquisa do SPC Brasil revela que 26,3% das mães de crianças e adolescentes adotam a mesada como uma prática de educação

financeira, para que eles aprendam a lidar com dinheiro. A média da idade em que os filhos começam a receber mesada é de nove anos. PÁGINA 14

“O ESCARAVELHO DO DIABO” SERÁ O PRÓXIMO DESAFIO DA ATRIZ GABRIELA PATRYGabriela Petry, a catarinense de 29 anos, cabelos verme-lhos e olhos azuis, estreou em novela em “A Regra do Jogo”, onde faz a “Ursi-nha”, mas já estudou tea-tro, foi repórter do Domin-gão do Faustão e no fim do ano estreia no cinema com “O Escaravelho do Diabo”. SUPLEMENTO

ESPECIALISTAS ALERTAM

EXCESSO DE ATIVIDADES PODE PREJUDICAR AS CRIANÇASSem alternativas, muitos pais que trabalham têm encontrado formas de “ocupar” os fi-lhos com várias atividades extra-classe, sem questionar os riscos que o excesso delas pode trazer aos pequenos. Muitas crianças estão com agenda lotada de “compromis-

sos”, até mais do que os próprios adultos. O alerta feito por especialistas é de que sem tempo para brincar, a criança não se desenvolve adequadamente. PÁGINA 12

UM REVOLUCIONÁRIO BRASILEIRO

HISTORIADOR RESGATA A HISTÓRIA DE JAYME MIRANDA

O historiador Geraldo de Majella lança na próxima terça-feira (10) o

livro Jayme Miranda, um Revolu-cionário Brasileiro, resgatando a

trajetória política de um dos alago-anos mais influentes na luta contra

a ditadura militar. Majella contou com o apoio da

família de Jayme e um compilado de entrevistas para escrever o livro.

Miranda foi capturado, torturado e morto pelo

regime.

PÁGINA 4

POUPANÇA: 0,6892%

DÓLAR COMERCIALR$ 3,76 R$ 3,77

DÓLAR PARALELOR$ 3,68 R$ 3,98

OURO:R$ 132,00

Page 2: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015POLÍTICA2

SANDRO LIMA SANDRO LIMA DIVULGAÇÃO

TRIBUNAINDEPENDENTE

Marinela lidera pesquisa para presidência da OAB de Alagoas

Levantamento encomendado pela Tribuna Independente mostra o cenário para a corrida eleitoral da Ordem em Maceió e Arapiraca

RÍVISON BATISTAREPÓRTER

No próximo dia 18 de novembro acon-tecem as eleições

para a presidência da Or-dem dos Advogados do Brasil - seccional Alagoas (OAB/AL). Três chapas protocolaram o pedido de registro para as eleições. A chapa 1 - “Avança OAB”, foi a primeira a registrar e oficializar a candidatu-ra da advogada Fernanda Marinela para a presidên-cia da instituição. A cha-pa 2, “Advogados por uma nova Ordem”, oficializou a candidatura do advogado Fernando Falcão e a chapa 3, “OAB Pode Mais” proto-colou o seu registro, oficia-lizando a candidatura do advogado Roberto Mendes.

O instituto de pesquisa Ibrape realizou uma pes-quisa em Maceió e Arapi-raca, a pedido da Tribuna Independente entre os dias 4 e 6 de novembro, na capital e 4 e 5 no município do Agreste. O propósito da mostra é saber quais os ru-mos estão tomando as cam-panhas para a presidência da seccional alagoana.

No total, 500 entrevis-tados foram ouvidos em Maceió. O intervalo de con-fiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 3,0 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encon-trados no total da mostra.

Entre os advogados entrevistados, foram 267 homens, dando 53% das pessoas ouvidas, e 233 mu-lheres, que corresponde a

Fernanda Marinela aparece em primeiro lugar na pesquisa para presidência da OAB-AL

Fernando Falcão figura em segundo lugar na preferência do eleitorado

Roberto Mendes ficou em terceiro lugar na mostra realizada pelo Ibrape

47% dos entrevistados. Fo-ram pesquisados advoga-dos das áreas civil (35%), trabalhista (21%), crimi-nalista (10%), administra-tivo, previdenciário e tri-butário (23%) e de outras áreas (11%).

RESULTADOSA pesquisa Ibrape/

Tribuna Independente Foram pesquisados ad-

vogados das áreas civil (35%), trabalhista (21%), criminalista (10%), admi-nistrativo, previdenciário e tributário (23%) e de ou-tras áreas (11%). Fernan-do Falcão aparece em se-gundo lugar, com 24% das intenções de votos. Roberto Mendes fica em terceiro lu-gar, com 11,4%. Não sabe ou preferiu não opinar,

31,7%. Fernanda Marinela

também lidera na pesqui-sa estimulada, com um aumento de vantagem em relação ao segundo colo-cado. A advogada aparece com 37% contra 26% de Fernando Falcão. Roberto Mendes vem em terceiro lugar com 12%. Os indeci-sos somam 23% e os votos

brancos e nulos somam 2%.

Uma outra pergun-ta feita pela pesquisa da Tribuna Independente/Ibrape foi: “Independen-temente do seu voto, qual destes candidatos você acha que vai ganhar a elei-ção?”. Fernanda Marinela aparece com uma ampla vantagem: 41% dos entre-

vistados apostam na vitó-ria dela. Fernando Falcão tem 21% e Roberto Men-des figura com apenas 7% Não sabe ou não opinou, 31%.

ARAPIRACAA Tribuna Indepen-

dente/Ibrape também realizou a pesquisa no se-gundo maior colégio elei-toral em Arapiraca. Dos cerca de 380 advogados aptos a votar no dia 18 de novembro, 118 foram en-trevistados.

Na pesquisa espontâ-nea para a presidência da subsecção, Hector Mar-tins, da chapa “Avança OAB”, lidera com 41,5% das intenções, seguido por Cláudio Canuto, da chapa “Advogados por uma nova Ordem”, com 33,1%. Não sabe ou não opinou atingiu 25,4%.

Na pesquisa estimula-da, Martins mantém a lide-rança com 43% contra 36% de Canuto. O número de indecisos é de 20%. Branco e nulo atingiu apenas 1%.

Em Arapiraca, a ad-vogada Fernanda Mari-nela também lidera para presidente da OAB/AL. A pesquisa espontânea, ela tem 46,6% das intenções de votos, contra 29,7% de Fernando Falcão. Roberto Mendes aparece com ape-nas 5,1% das intenções. 18,6% não sabe ou não opi-nou. Na estimulada, Fer-nanda Marinela lidera com 47%. Fernando Falcão tem 31% e Roberto Mendes com 5%. Eleitores que não sa-bem em quem votar ou não votariam em nenhum dos candidatos somam 17%.

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SANDRO LIMA/ARQUIVO

Fernando Toledo se defende e diz não ter sido condenado e exerce o cargo de conselheiro legalmente

AVALIAÇÃO

Recurso tramitou demoradamente no TJ-AL

IMPASSE

Indicação continuaria pertencente à ALE

Para o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, o agravo regimental, recurso interposto pelo Ministério Público Estadual (MPE) para reverter a decisão do então presidente do Tribu-nal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador José Carlos Malta Marques, que foi favorável ao conse-lheiro Fernando Toledo, tra-mitou de forma demorada.

“Foi uma morosidade inconcebível que prejudi-cou toda a sociedade por-

que existe um conselheiro precário que depende de uma decisão do Tribunal de Justiça para se manter no cargo”, avaliou Sérgio Jucá, informando que o recurso foi interposto em janeiro deste ano e só entrou na pauta de julgamento esta semana.

Com a decisão empatada e ainda faltando outros de-sembargadores proferirem seus votos, o chefe do Mi-nistério Público disse que a tese do órgão não é solitária, uma vez que, até o momen-

to, três desembargadores entenderam que Fernando Toledo não possui os requi-sitos necessários para ocu-par o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas.

Sérgio Jucá explicou que se o Tribunal de Justiça pro-ver o recurso do Ministério Público, a posse de Fernan-do Toledo fica sem efeitos e ele deixa de ser conselheiro. “Acolhido o recurso do MPE, volta ao status quo, prevale-cendo a decisão liminar do juiz Alberto Jorge. Estamos

aguardando a decisão”..A liminar do magistrado

impedia a nomeação e pos-se do conselheiro Fernando Toledo, porém, foi suspen-sa pelo então presidente do TJ/AL no final de 2014, e o ainda presidente da Assem-bleia Legislativa renunciou o cargo para assumir a ca-deira de conselheiro do Tri-bunal de Contas ainda em janeiro de 2015. Qualquer que seja a decisão da Corte Estadual, ela será passível de recurso. (AT)

Mesmo que o Tribunal de Justiça de Alagoas acolha o pleito do Ministério Público Estadual, a vaga de conse-lheiro do Tribunal de Con-tas do Estado ocupada pelo ex-deputado Fernando Tole-do, continuará pertencendo a Assembleia Legislativa Estadual (ALE).

Para o procurador do Mi-nistério Público de Contas, Ricardo Schneider, ainda que a decisão do TJ seja favorável ao Ministério Pú-blico Estadual, não vai re-

solver o problema do MPC, uma vez que a vaga do con-selheiro Fernando Toledo é da Assembleia, como deci-diu o STF.

Para o procurador de contas o que lhe causa estra-nheza é a demora do gover-nador Renan Filho (PMDB) em decidir pela indicação da vaga que está em aberto, deixada pela aposentadoria do conselheiro Luis Eustá-quio Toledo.

“O governador teve tem-po o suficiente para ter to-

mado uma decisão. Já se passaram quatro meses e nada ficou definido”, criti-cou o procurador de contas, acrescentando que o gover-no extrapolou o tempo.

Diversas instituições e entidades já se posicionaram favoráveis ao Ministério Pú-blico de Contas quanto à vaga em aberto, mas Renan Filho ainda têm dúvidas quanto à “propriedade” da cadeira, uma vez que a ALE o informou que a vaga era de sua livre escolha. Dúvida

essa, que a própria Procura-doria Geral do Estado já ha-via dirimido, afirmando que a vaga era do MP de Contas, cuja lista tríplice está com o Poder Executivo.

Na opinião de Ricardo Schneider, o governador está evitando tomar qual-quer dicisão para não se in-dispor politicamente.

“Eu acho que o governa-dor está aguardando que al-guém judicialize a questão”, argumenta o procurador do MP de Contas. (AT)

Justiça pode decidir destino de conselheiroJulgamento de recurso do MPE está suspenso e decisão empatada no TJ

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

O destino do conselheiro do Tribunal de Con-tas do Estado (TCE/

AL) Fernando Toledo poderá ser decidido na próxima se-mana, caso o desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) Sebastião Costa Filho retorne com as vistas do agravo regimental interposto pelo Ministério Público Estadual, no sen-tido de cassar a nomeação e posse de Toledo. O jul-gamento está suspenso e a decisão empatada em 3 a 3.

O desembargador Fábio Bittencourt, que votou em desfavor do ex-deputado, disse que Toledo não tinha uma reputação ilibada, uma vez que há fortes e concretas dúvidas sobre a sua idonei-dade moral. “A nomeação de Fernando Ribeiro Tole-do é que ocasiona a lesão à ordem pública”, enfatizou o desembargador durante o julgamento ocorrido na últi-ma terça-feira.

Fernando Toledo, por sua vez, disse que não foi conde-nado e que o próprio Tribu-nal de Justiça o inocentou.

“Não entendo. Se alguém for acusado de algo fica im-pedido de assumir o cargo? Não tenho nenhum ato de

AÇÃO CIVILPara MPE, Toledo não tem currículo probo

A ação civil públi-ca proposta pelo MPE/AL alegou que o processo de escolha para a indicação de conselheiro do TCE/AL se deu de forma irregular e que o assen-to vago após a aposentadoria do conselheiro Is-naldo Bulhões de-

veria pertencer ao Ministério Público de Contas. Embora o Supremo Tribunal Federal decidisse, após uma intensa briga judicial que durou quase dois anos, a vaga seria do Legislativo. Além disso, o MPE alegou ainda que Toledo não possui um currículo probo.

ASSEMBLEIAMesa não cogita outro nome para indicarO presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Es-tado (ALE), deputado Ronaldo Medeiros (PT), disse que a Casa não pensou na possibi-lidade de ter que indicar outro nome para ocupar a cadeira do Tribunal de Contas do Estado, hoje ocupada pelo ex-deputado Fernando Toledo. “Essa decisão sobre a vaga não deve ser encerrada em Alagoas, e até o transitado em julgado a cadeira estará preenchida. A Assembleia nem falou nessa possibilidade”, explicou Medeiros.

Medo do quê?

De Ricardo Noblat, em seu blog: “O mundo político tremeu quando Lula, na semana passada, cobrou do governo providências contra a Polícia Federal, que intimou para depor o filho dele, o empresá-

rio Luis Cláudio Lula da Silva. Qual foi o problema? Suspeito de envolvi-mento com malfeitos, o empresário foi intimado às 23h do último dia 24, o que Lula julgou manifestamente ilegal. Logo o ministro José Eduardo Cardoso, da Justiça, exigiu explicações urgentes da polícia. E logo o PT declarou-se solidário com Lula e denunciou a perseguição que ele estaria sofrendo. Tudo balela para fazer de Lula uma vítima. O Código de Processo Penal (artigos 370 a 372) e o Código de Processo Civil (artigos 234 a 242), tratando de ações penais e civis, nada dispõem a respeito de horário para que uma pessoa seja intimidada. É o que argumenta, e com razão, Vladimir Passos de Freitas, desembargador federal aposentado do TRF da 4ª Região, em artigo publicado no site Consultor Jurídico... O filho de Lula é suspeito de ter cometido um crime contra a União. A Polícia Federal é um órgão do Estado, não do governo. Ela não segue a orientação do Ministro da Justiça. Mas ao que a lei determina. Impossível que o ministro não soubesse disso. Ou que ignore que a polícia pode, sim, intimar alguém para depor à noite. Ninguém mais do que Lula de-veria estar interessado em esclarecer tudo o que possa alcançá-lo, bem como a seus filhos. Não procede assim. Antes pelo contrário.”

RiscoAs negociações entre o PSDB e Célia Rocha podem até não existir, mas os rumores são fortes em Arapiraca. Se de fato ocorrer, será uma rastei-ra do partido no ex-deputado Rogério Teófilo, ex-aliado da atual prefeita e hoje seu desafeto político. Quem o conhece sabe que ele não aceita isso, de modo algum.

BicudosA questão, nessa polêmica em Arapiraca, é que Rogério e Célia se iniciaram juntos na política, num grupo que tinha ainda a saudosa Ceci Cunha. Rogério se queixa de Célia por compromissos não cumpridos, daí se tornarem adversários. Na política, como na vida, é difícil dois ex-amigos fazerem as pazes, efetivamente.

PrecedenteA situação é semelhante à que existe entre o ex-governador Téo Vilela e o deputado federal Ronaldo Lessa. Amigos desde a juventude e aliados políticos em várias eleições, eles romperam em janeiro de 2007, quando Téo, que havia sido apoiado por Lessa, seu antecessor, disse ter encon-trado um rombo de R$ 400 milhões.

Outra alaRonaldo Medeiros, além de líder do PT na ALE é líder do governo e vi-ce-presidente da instituição - assumindo no momento a presidência, pela licença do deputado Luiz Dantas. O governo, no caso do AL Previdência, fechou questão com as mudanças. Medeiros, mesmo PT, nesse caso ficou do lado oposto aos sindicalistas.

SurpresaA dificuldade das lideranças sindicais na relação com a Assembleia ficou evidente quando da votação das mudanças no AL Previdência, que o governo impôs à bancada. Os representantes dos servidores, quem diria, tiveram nos deputados Rodrigo Cunha e Bruno Toledo, ambos do PSDB, a maior receptividade.

IndignaçãoAtento leitor, colaborador desta “Conjuntura”, envia uma reclamação: “Já faz mais de três meses que jorra água do asfalto no bairro do Pinheiro. Um olho d’água fica perto da Rua Paulo Afonso e o outro próximo da Praça Arnon de Mello. Cadê a prefeitura? Cadê a Casal? Tremendo descaso e sacanagem.”

CinismoDo ex-presidente Lula, aquele que nunca sabe de nada: “Sou o presi-dente que mais visitou a Petrobras. Nunca ninguém me disse que tinha algum corrupto. Essa coisa você só descobre quando a quadrilha cai ou quando alguém denuncia. Quantas coisas acontecem dentro da sua casa com seus filhos que você não sabe?”

improbidade transitado em julgado”, declarou o conse-lheiro acrescentando que a única coisa no momento é aguardar o trémino do jul-gamento. “O Tribunal não é unânime e diverge nas opiniões”, finalizou o conse-lheiro ao falar com a repor-

tagem da Tribuna Inde-pendente.

Toledo chegou a ser con-denado em 1ª instância por atos de improbidade admi-nistrativa relativo ao ano de 2003 quando era prefeito de Cajueiro, porém, a 1ª Câma-ra Cível do TJ/AL suspen-

deu a sentença. Por mais de dois anos, o

então deputado brigou na Justiça com o MP de Contas pela vaga que hoje ocupa. Na ocasião, o STF decidiu que a vaga era da Assembleia Le-gislativa de Alagoas, que já o tinha escolhido.

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* José Thomaz Nonô, secretário da Saúde de Maceió, dará entrevista amanhã no programa “Conjuntura”, da TV Mar, canal 25 da NET. Falará sobre o desafio de recuperar a credibilidade do setor mais crucial para a população. Às 9h30m, ao vivo.

* A Orquestra Castro Alves, da Bahia, com 70 integrantes, se apresenta amanhã, às 19 horas, no Teatro Deodoro, iniciando temporada no Nor-deste a abrindo a programação dos 105 anos da histórica casa. Ingresso a R$ 10,00. Contato: 3315.5656.

* Amanhã, também às 19 horas, será aberta a 8ª Mostra Cultural do Instituto da Visão, no bairro do Farol, em Maceió. O tema é “Viagem Literária”. Na abertura, coquetel e apresentação do cantor Júlio Uçá. A mostra vai até 20 de novembro.

* O Sistema Alagoano de Museus, da secretaria estadual da Cultura, promove amanhã, 9horas, no IPHAN, em Jaraguá, a palestra “Educação Patrimonial - do conceito à sua aplicabilidade como política nos espaços de memória”, com Greciene Lopes.

* Palestras, mini cursos e apresentação de trabalhos científicos em engenharia estão na programação da Semana de Engenharia, que acon-tece de hoje a 4ª feira, 11, no Campus do Sertão, da Ufal, em Delmiro Gouveia. O tema: “Multifaces da Engenharia”.

* Visando desenvolver a prática do jiu-jitsu com atividades sócio educa-tivas, lúdicas e competitivas, a Copa Kids Sandro Melo Team reúne hoje crianças e jovens, a partir das 9 horas, no ginásio de esportes do Colégio Agnus Dei.

* Há poucos dias, quando o CRB esteve próximo do G4, ouve dirigente dizendo que o clube não deveria pensar em Série A, pois o risco finan-ceiro é grande. Pergunta-se, pois: pra que disputar, então, a Série B? Só para eventuais vitórias e evitar o rebaixamento?

Eu acho que o FHC tem um problema comigo, que é um problema de soberba. Ele sofre com o meu sucesso.”LUIZ INÁCIO LULA DA SILVAEx-presidente da República, sobre o seu antecessor

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

Page 4: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

Revolucionário à frente do seu tempoGeraldo de Majella lança um livro sobre Jayme Miranda, um dos alagoanos mais importantes de nossa história

SANDRO LIMA

Geraldo de Majella resolveu organizar em um livro um compilado de informações sobre Jayme Miranda

NIGEL SANTANAEDITOR DE POLÍTICA

Geraldo de Majella tem 53 anos, é his-toriador, e durante

o seu tempo de estrada faz questão de nos brindar com livros. Sem pressa para publicá-los, mas com um acervo histórico e literário à sua disposição, Majella acaba por transformar arquivos em mais uma obra que será lançada na próxima terça-feira em Maceió. Trata-se do livro Jayme Miranda, um revolucionário bra-sileiro, editado pela Bagaço. Assim que recebeu a confirmação de que seu título estava prestes a ser lançado, a reportagem da Tribuna Independente sequer pestanejou em bater um papo sobre a obra de um alagoano que acabou sendo preso pela ten-ebrosa ditadura militar em 1975 e afastado do seio familiar e político. Até hoje não há notícias sobre o advogado, jornal-ista e militante do Par-tido Brasileiro (PCB) que perdeu a sua vida por ideais libertários.

Tribuna Independen-te - O historiador está prestes a lançar sua nova obra, um livro que conta a vida de Jayme Miran-da. Como foi a produção deste título?

Geraldo de Majella - Tenho sete livros lançados e organizei a produção de mais quatro. Na próxima terça-feira estarei lançando o livro “Jayme Miranda, um revolucionário brasileiro” pela editora Bagaço. Tenho direcionado os meus escritos para ampliar o conhecimen-to sobre a história de Ala-goas e com o traço da tra-jetória da esquerda aqui no estado. Não consigo datar a pesquisa para chegar a pu-blicar este livro porque são muitos anos com uma série de acervos, entrevistas. A primeira vez que escrevi so-bre o Jayme foi um artigo na década de 80 no jornal Tribuna de Alagoas. Fui juntando materiais sobre a atuação política e jornalísti-ca dele e também uma série de gravações que tenho com militantes políticos, a figura do Jayme Miranda sempre era citada. Formei um ar-quivo de entrevistas e pau-latinamente fui escrevendo alguns trechos, colocando as ideias em ordem nesses 35 anos de pesquisa sobre a es-querda em Alagoas. A base das informações deste livro estão concentradas nos anos 80.

Tribuna Independen-te - De que maneira Jay-me Miranda contribuiu para a história de Ala-goas?

Geraldo de Majella - Jayme Miranda iniciou a sua atividade jornalística como revisor do Jornal de Alagoas e no Jornal A No-tícia. Ambos não existem mais. Ele desempenhou

estas atividades após a se-gunda guerra mundial. Daí, surgiu o gosto dele pela pro-fissão. Foi funcionário por um curto período da Coo-perativa dos Plantadores de Cana e também passou pouco mais de um ano como sargento do Exército em São Paulo. Em Alagoas, estudou Direito, sem deixar de atuar pelo Jornalismo. Jayme ti-nha a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil e atuou em pequenas causas ligadas ao movimento operário e sin-dicatos. No começo dos anos 50, Jayme Miranda assumiu o jornal A Voz do Povo, que naquela época já estava na clandestinidade. O jornal so-freu uma série de ameaças, com máquinas que foram quebradas. Em 1° de abril de 1964, ano do golpe militar, o jornal foi completamente invadido, destruído e seus diretores presos, inclusive o Jayme Miranda. Quando deixou a cadeira, ele foi mo-rar no Rio de Janeiro, onde viveu de forma clandestina e escrevendo em um jornal do partido comunista, mas, com outro nome.

Tribuna Independen-te - Com o golpe militar em 1964, Jayme Miranda conseguiu resistir aos desmandos daquela épo-ca justamente por ser considerado comunista.

Geraldo de Majella -

Aéreas brasileiras reforçam atenção com bagagens

Após a queda do Airbus que decolou do Egito, com fortes sus-peitas de bomba a bordo, as companhias aéreas brasileiras reforçaram há dias a atenção no check-in. As administrações dos aeroportos também redobraram a atenção nos serviços

de detectores de metal no embarque. No check-in os atendentes inclu-íram estas perguntas: ‘Você mesmo preparou sua bagagem?’; ‘Alguém mexeu na sua bagagem após você ter fechado?’; e ‘Alguém pediu para você transportar algum objeto?’. Em caso positivo, a bagagem é marca-da e passa por pente-fino no scanner do despacho.

Cuidado redobradoA nova abordagem mostra que o sistema de fiscalização de bagagens ainda pode ser falho, em qualquer aeroporto do mudo. E que o terroris-mo não tem fronteiras.

Precaução Por regra, isso é constante todos os dias nos aeroportos brasileiros: bagagens são retiradas dos aviões prestes a decolar cujos passageiros não estão no voo.

Boa iniciativaA Anac informa que a agência e o ICAO – órgão regulador mundial de aviação – não emitiram recomendação especial após o acidente. É iniciativa (e boa) das aéreas.

Haja casa!Enquanto assiste de longe a tragédia da barragem rompida em Mariana (MG), a presidente Dilma desembarca na terça em Nova Friburgo, na serra do Rio, para entregar 300 casas do condomínio Terra Nova. Serão para as vítimas das tempestades de verão de 2011. Nesse ritmo de ajuda, os mineiros que ficaram sem suas casas estão perdidos.

Las hermanas A abertura econômica gradativa de Cuba tem feito alegria de empresas brasileiras no país. A cerveja Bucanero e a água Sierra Montañeros, da Ambev, são as mais vendidas. E a Souza Cruz amplia suas unidades e plantações de fumo na terra de Fidel.

É do Brasil!Pela primeira vez o Brasil tem um eleito para o próximo Comitê de Coordenação da 5ª Conferência Internacional de Gestão de Substân-cias Químicas. É Letícia Carvalho, diretora de Qualidade Ambiental na Indústria do Ministério do Meio Ambiente.

Gestão químicaEla foi eleita representante da América Latina e do Caribe no evento. O objetivo é planejar a gestão de químicos no futuro, pós-2020, diz Letícia.

Cunha & DilmaSinais de que todos devem se salvar? Ninguém arranca um ‘a’ contra Eduardo Cunha do líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Os petistas recuaram no ataque.

Conselho$Enquanto a PF e a Justiça cercam o Carf, conselho da Receita Federal suspeito de ajudar na sonegação em bilhões de reais no Tesouro, passa incólume sob a lupa o Cade, conselho que autoriza grandes fusões de mega-empresas. Na pauta do Cade desfilam grandes firmas que tam-bém são alvo da Operação Zelotes.

Deus é PRB!No dia em que o deputado Fausto Pinato (PRB-SP) foi escolhido relator do processo que pede a cassação de Eduardo Cunha e saiu das som-bras para os holofotes, um assessor dele comemorou: ‘Viu como Deus é bom!?’. Vitrine nacional para o homem.

Coca e o PoderUm livro lançado há dias em La Paz mexe com a estrutura do presiden-te Evo Morales. Respaldado em documentos e fontes, em três anos de investigação, o jornalista Carlos Valverde Bravo disseca sobre a relação dos cocaleiros e do narcotráfico com o Governo. O título é ‘Coca, Poder, Território e Cocaína’.

Chame a turma!Nem só de inferno astral vive o ex-presidente Lula na agenda diária. Ele pediu a senadora Fátima Bezerra (PT) um churrasco em Natal (RN) com os petistas do Norte.

Visitinha O ministro da Saúde, Marcelo Castro, cumpre a primeira agenda no Sudeste. Visita amanhã o Instituto Nacional do Câncer no Rio, e depois encontra o governador Pezão.

Ponto Final‘Eu sou independente’Do relator Fausto Pinato, que analisará o processo que pede a cassa-ção de Eduardo Cunha. A conferir.

O golpe levou tanto o Jay-me Miranda para a aprisão quanto outros polítcos aqui em Alagoas. Jayme saiu de Alagoas para exercer a sua função política justamente porque era dirigente do Par-tido Comunista Brasileiro. Então, acabou que ele pas-sou a viver integralmente na clandestinidade. Aqui em Alagoas ele tinha uma vida legal, tinha casa, família, trabalho, foi candidato a de-putado estadual. No Rio de Janeiro ele não dispunha de nada disso.

Tribuna Independente - Jayme Miranda é uma das personalidades mais marcantes da política alagoana?

Geraldo de Majella - Durante a geração dele, Jayme Miranda era uma das pessoas mais marcantes. A importância dele não é pelo que escreveu, já que não te-mos muita coisa escrita dele. Boa parte do que ele pro-duziu foi destruído quando invadiram os jornais. Dos poucos exemplares da épo-ca, todos desapareceram. O papel que o Jayme Miranda exerceu em Alagoas foi de aglutinar e discutir politica-mente na área da filosofia, por exemplo. Entre os inte-lectuais de Alagoas, ele tran-sitava muito bem. Tinha uma boa relação com o padre Teófanes e Humberto Caval-cante, que eram avançados para sua época por causa de suas leituras e temas que eles tratavam nos jornais.Jayme ajudou a formar uma

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

Com Equipe DF, SP e Nordestewww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

A primeira vez que es-crevi sobre o Jayme foi um artigo na década de 80 no jornal Tribuna de Alagoas. Fui juntando materiais sobre a atuação política e jornalística dele e também uma série de gravações que tenho com militantes políticos

geração importante de inte-lectuais em Alagoas e mui-tas delas produziram obras importantes, a exemplo do historiador Dirceu Lindoso. Jayme era um revolucioná-rio porque sempre acreditou numa revolução socialista, na igualdade entre as clas-ses sociais e num mundo de paz. Jayme também sempre acreditou que o Brasil pu-desse ser um país democrá-tico e marxista. Justamente por isso, pagou um preço muito caro que foi o da vida e até hoje nunca encontra-ram informações ou o para-deiro de seus restos mortais.

Tribuna Independen-te - O apoio da família do Jayme Miranda foi im-portante para a conclu-são do seu livro?

Geraldo de Majella - Sempre. Já havia traba-lhado na produção de um documentário sobre o Jay-me Miranda para cinema e televisão, último trabalho do Beto Leão. Com a família, sempre tivemos um acesso muito fácil. Trocamos infor-mações, repassamos docu-mentos. Agora, é esperar o lançamento do livro Jayme Miranda, um revolucionário brasileiro.

SERVIÇOO quê: lançamento do li-

vro Jayme Miranda, um re-volucionário brasileiro;

Onde: Avenida Amélia Rosa, no Armazém Guima-rães, a partir das 19h30;

Quando: 10 de novem-bro, terça-feira.

Page 5: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

DEFESA

Julgamentos foram prova de que não há aparelhamento

Apesar de o julgamento do mensalão ter sido conduzi-do com mão de ferro por um ministro indicado pelo ex-pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva, para muitos brasileiros ainda paira sobre alguns mi-nistros do STF suspeitas de partidarização. A desconfian-ça se justifica por episódios como aquele em que o ex-mi-nistro José Dirceu, condenado pelo mensalão e investigado pela Operação Lava Jato, acu-sou o ministro do STF Luiz Fux de procurá-lo, em 2010, em busca de uma indicação para a Corte apresentando como contrapartida o compro-misso de que o absolveria no processo — esse tipo de sus-peita alimenta questionamen-tos sobre a melhor forma de indicação para o STF.

O desempenho de Fux du-rante o julgamento do men-salão, contudo, serviu para amenizar essas dúvidas em relação à conduta dos minis-tros. Fux foi um dos minis-tros que votou mais alinhado ao relator Joaquim Barbosa, encarado pelos petistas como carrasco até hoje. Muitos dos atuais ministros, aliás, têm feito questão de dizer em en-trevistas que, depois de em-possados, os ministros do STF não têm nada a dever a quem quer que seja.

“As pessoas vivem para a sua própria biografia. Nin-guém vive para a biografia dos outros”, disse o minis-

tro Luis Roberto Barroso em entrevista recente ao jornal Correio Braziliense. Duran-te participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro Marco Aurélio de Mello destacou que a cadeira dos ministros do STF é vita-lícia exatamente para que ele não precise prestar contas a ninguém. Já o atual presi-dente do tribunal, Ricardo Lewandowski, destacou em seminário recente promovido em Washington que “o Poder Judiciário está cuidando dos escândalos” no Brasil.

Para o professor José Eduardo Faria, os ministros do Supremo “talvez tivessem mais envergadura” no passa-do, mas aqueles que compõem a Corte hoje, com destaque para Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, “podem exercer papel surpreendentemente bom para destravar a crise”, o que o professor compara a dar uma tapa em um aparelho de televisão que não está trans-mitindo bem.

EL PAÍSBRASIL

Uma Câmara dos Deputados sem freios conduzida

por Eduardo Cunha estava prestes a se chocar com um Palácio do Planalto desgov-ernado quando o Supremo Tribunal Federal (STF) apareceu para colocar o rito do impeachment nos trilhos. As liminares dos ministros Rosa Weber e Te-ori Zavascki que frearam a condução dos pedidos de impedimento da presidenta Dilma Rousseff há três se-manas desmontaram a es-tratégia do impeachment idealizada por Cunha e os opositores do Goveno. Nos bastidores, sabia-se que o peemedebista diria não ao pedido de impedimento pra que a oposição entrasse com recurso contra a sua de-cisão e, assim, demandasse um número menor de par-lamentares para aprovar a abertura do processo de afastamento da presidenta.

O presidente da Câmara acabou desistindo do pedido de rito na semana passada, e nesta, quarta-feira, o pro-

curador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a ex-tinção das ações que ques-tionavam o procedimento, e que foram avalizadas pela decisão de Weber e Zavas-cki. O movimento do STF foi interpretado como vitória pelos governistas, mas ana-listas ouvidos pelo EL PAÍS explicam que os juízes da Corte Suprema não fizeram mais do que evitar o descon-trole total em Brasília, ao estabelecer uma ordem mí-nima enquanto as forças po-líticas tentam contornar as crises política e econômica por que passa o país. E essa não é a primeira vez que, ao ser provocado, o Supremo impõe a ordem da lei em um processo de impeachment.

No caso do impeachment do hoje senador Fernando Collor, em 1992, o Supremo não apenas adequou a lei so-bre o assunto, de 1950, aos moldes determinados pela Constituição de 1988 (foi a partir de então que a Câma-ra passou a ser responsável apenas por aceitar o pedido de impeachment, enquanto o Senado se encarrega de julgar o presidente), como seus ministros atuaram.

CONSTITUIÇÃO

Há interferência quando rito é ilegalA história é contada em

detalhes pelo ex-ministro do Supremo Sydney San-ches, que presidia o tribunal durante o impeachment de Collor, em relato ao projeto História Oral do Supremo, organizado pela FGV Direito Rio. Sanches conta que deci-diu transmitir a sessão que inaugurava formalmente a questão do impeachment por conta da expectativa de que milhares de pessoas iriam comparecer ao STF para pressionar os minis-tros. “A gente sabia que uma multidão ia comparecer ali

na Praça dos Três Poderes e ia pressionar o Supremo. E eu imaginei, se viesse uma multidão, se a polícia fosse tentar conter, se houvesse algum incidente, ia ter mor-te. Como seria? Seria pavo-roso, né? Então eu autorizei, pela primeira vez, ser trans-mitida uma sessão inteira pela TV, a sessão inteira do julgamento do mandado de segurança, o primeiro”, conta Sanches, lembrando que aquela sessão ainda foi perturbada por uma ameaça de bomba.

Depois de aceito o pro-

cesso de impeachment de Collor na Câmara, a defesa do ex-presidente conseguiu vitórias no Supremo, como a extensão de prazos para a defesa, lembra o professor da FGV Direito Rio, Joa-quim Falcão.

“Temos precedentes de que, se o rito processual não for de acordo com o que eles acham que está definido na Constituição, o Supremo vai interferir. Mas ele não vai interferir na decisão [sobre a deposição]. Ele vai ape-nas ser o garantidor de que o rito deve ser respeitado”,

analisa. .A análise de Falcão é cor-

roborada pelo professor de Direito da USP e da FGV--SP José Eduardo Faria, que colaborou na redação da petição do impeachment de Collor. “Nenhum país com o mínimo de complexidade consegue enfrentar simulta-neamente duas crises, uma econômica e outra política, porque uma crise começa a alimentar a outra. Isso vai levando a uma crise de se-gundo grau, da racionalida-de do processo decisório. É o que esta acontecendo”, diz.

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

DIVULGAÇÃO

Sydney Sanches diz que o STF garante o respeito aos ritos

DIVULGAÇÃO

Ministros do Supremo Tribunal Federal brecam posicionamentos dos parlamentares que insistiam em tese para aplicar impeachment

STF se sobressai em meio ao caosSupremo repete arbitragem exercida durante o processo de impeachment de Collor, que culminou com a sua saída

Page 6: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

Opinião

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RENAN CALHEIROS

MOISÉS DE AGUIAR

JOÃO LYRA

Presidente do Congresso Nacional.

Economista/administrador

Empresário

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Produção de frutasNascido 460 anos antes de Cristo,

Hipócrates, considerado o Pai da Medicina, já pregava: “Que a

comida seja o teu alimento e o alimen-to o teu remédio”. Dois milênios e meio depois, em pleno século 21, o princípio do filósofo grego é o mais correto dos pensamentos. Boa alimentação aliada a hábitos saudáveis, como a prática de atividade física, são fatores essenciais na promoção da saúde e prevenção de doenças.

No hall de alimentos saudáveis estão as frutas, verduras e hortaliças. Mas apesar da comprovação de sua ação be-néfica à saúde humana, elas são pouco ingeridas pela população brasileira, se-gundo aponta dois estudos realizados em 2014, um da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), outro da Universidade de São Paulo (USP). Apenas 50 milhões de pessoas, ou seja, 25% da população ingere a quantidade

diária recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 400 gramas diários, em cinco ou mais dias da sema-na.

De acordo com o presidente da Comis-são Nacional de Fruticultura da Con-federação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Tom Prado, há uma soma de fatores para a pouca ingestão de fru-tas no país, tais como: hábito, falta de informação, concorrência com os outros tipos de alimentos em razão de pratici-dade, como os industrializados, e os altos custos de logística e transporte.

Também há muitos mitos e ruídos so-bre a segurança do alimento in natura, junto aos consumidores brasileiros. A conjunção desses fatos faz que o consu-mo seja pequeno, infelizmente.

Antes de qualquer ação, é preciso res-tabelecer a confiança do consumidor, em seguida, ações de marketing para am-pliar o consumo, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Uma lei geral para reger as práticas esportivas em nos-so país é urgente. Faz muito tempo que o entrelaçamento entre legislações esparsas so-bre o assunto se transformou em uma balbúrdia. Para en-contrar a saída, criamos a Co-missão para discutir uma Lei Geral dos Desportos no Brasil.

Nas diversas diretrizes, tais como na Lei Pelé, na Lei do In-centivo ao Esporte, na Lei do Bolsa Atleta, no Estatuto do Torcedor, na Lei de Responsa-bilidade Fiscal, por exemplo, contrastam, divergem e con-fundem quem ousa entrar em campo quando o tema é des-porto.

Tal providência, por si, não é capaz de nos proporcionar mais medalhas ou nos fazer ganhar mais campeonatos. Mas com certeza trará mais segurança jurídica para punir infrações e evitar muitas ma-zelas da prática esportiva em nosso país.

Potencialidades para a prá-

tica esportiva temos de sobra. Possibilidades para as diver-sas modalidades pululam na maior parte das regiões do território brasileiro. Talentos, ninguém duvida. O que nos falta é mais organização e cla-reza nas diretrizes, mais difu-são, divulgação e incentivo.

Ademais, a realização de grandes eventos esportivos é reconhecidamente fator de aumento do turismo recepti-vo. Os benefícios perduram ao longo do tempo, como em Barcelona, Atlanta e Sidney. Essas cidades se transforma-ram em destinos turísticos por excelência devido às melho-rias advindas da realização de eventos internacionais.

Uma Lei Geral do Despor-to será um instrumento para uma política de estado mais efetiva. Em uma década, de 2007 a 2016, o Brasil terá se-diado as mais representativas competições, tais como os XV Jogos Panamericanos e III Jo-gos Parapanamericanos, em

2007; os V Jogos Mundiais Militares, em 2011; a Copa das Confederações Brasil, em 2013; e a Copa do Mundo de Futebol Brasil, no ano passa-do. Além dessas, sediaremos ainda, como todos sabem, as Olímpiadas no próximo ano.

São por demais conhecidos os benefícios que tais eventos trazem para os países que os realizam. Não apenas coletiva-mente para a população, com a série de legados, mas também individualmente para crian-ças, jovens ou adultos de qual-quer idade. E não somente para a saúde física: mais ainda para a formação do caráter, a disciplina, o respeito às regras.

Como patriota orgulhoso, não torço contra o País, não conspiro contra a sociedade nem empunho bandeiras con-tra as instituições. Visto a camisa de um Brasil que está cansado de sabotadores seleti-vos que insistem em ver o País na segunda, na terceira e, al-guns, até na quarta divisão.

Com a ausência de chuvas na nascente do Rio São Francisco, o volume de água do Lago de Sobradinho cai diariamente e já atingiu 4,55% do volume útil, percentual armazenado acima do volume morto, aquele no qual a energia não pode mais ser gerada.

Em 2001, o reservatório che-gou a 5,3% do volume útil e a região passou alguns meses em racionamento de energia.

O fato a comemorar é que, nos últimos anos, foram implanta-dos parques eólicos que somam a capacidade de gerar 7 mil megawatts (MW), térmicas que podem produzir 8 mil MW e li-nhas de transmissão que podem trazer mais de 5 mil MW de ou-tras regiões, sendo 3,5 mil MW do Norte e 2 mil MW do Sudeste. O Nordeste consome cerca de 10 mil MW médios de energia.

A quantidade de energia ge-rada a partir de Sobradinho vem diminuindo. Em média, a Chesf produz 6 mil MW médios, embora tenha uma capacidade instalada para gerar 10,3 mil MW nas suas hidrelétricas, mo-vidas quase que totalmente pe-las águas do Velho Chico.

Atualmente, a estatal produz no entorno de 2,7 mil MW mé-dios com a vazão de Sobradi-nho em 900 metros cúbicos por segundo. O MW médio indica a

energia consumida e o MW, a potência instalada.

Em termos de geração de energia, a redução da água no reservatório prejudica princi-palmente a hidrelétrica de So-bradinho, que tem capacidade para gerar 1 mil MW e produ-ziu 175 MW médios, na última quinta-feira, menos de 20% da sua capacidade.

A água passa por Sobradinho e segue para as demais hidrelé-tricas da Chesf. Por isso, todas estão gerando menos. Até por-que os órgãos controlados pelo governo federal vêm reduzindo a vazão desde 2013, poupando a água para gerar energia.

O reservatório de Sobradinho começou a semana passada com 4,96% do seu volume útil, um recorde na história, cujo volume mais baixo tinha sido os 5,3% de 2001. Na última sexta-feira, esta-va com 4,55%. Ele libera 900 me-tros cúbicos por segundo e recebe 500 metros cúbicos por segundo do reservatório de Três Marias, localizado na cabeceira do São Francisco, em Minas Gerais.

Na última semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) man-teve as vazões de Sobradinho e a de Três Marias. Os empresá-rios do Vale do São Francisco desejavam um aumento de 100 metros cúbicos na vazão de Três Marias para aumentar a quan-

tidade de água em Sobradinho, que abastece o polo de fruti-cultura irrigada de Petrolina, Pernambuco, e Juazeiro e Casa Nova, na Bahia.

A decisão voltou a alimentar a discussão sobre o múltiplo uso das águas do São Francisco, utilizada para o abastecimento humano em mais de 20 cidades do Sertão do Estado.

De acordo com fontes da Chesf, caso não ocorram chu-vas em novembro, Sobradinho vai atingir 0% do volume útil no final de novembro. “O reser-vatório tem uma capacidade de armazenamento da ordem de 34 bilhões de metros cúbicos, inclusive os 6 bilhões de metros cúbicos do volume morto, sufi-cientes para abastecer os pro-dutores do Vale por três meses”, afirma comunicado da Chesf, adiantando ainda que as chu-vas ocorrerão este mês, quan-do começa o período úmido na caixa d’água do São Francisco, no Sudeste do País. “Não existe registro de novembro sem chu-vas nessa área”, conclui a Com-panhia.

Até rezas vêm sendo enco-mendadas, porque, se não cho-ver este mês, o quadro vai se tornar extremamente difícil para o abastecimento humano e atividades produtivas da re-gião.

No cenário federativo atual per-cebe-se um oceano revolto capaz de deixar os tripulantes do barco macroeconômico estatal atônitos e claudicantes quanto as medidas capazes de resguardar a popa e preservar a proa diante da trabu-zana. Vencer a tormenta, reencon-trar a rota da navegação em mar de almirante, talvez, quem sabe, só chamando a marujada da nau Catarineta. Enquanto isso não acontece, passageiros perplexos e angustiados mergulham na des-confiança de que os timoneiros do transatlântico, com seus comparti-mentos federativos, não consigam reencontrar o rumo almejado da retomada da prosperidade social, crescimento econômico e estabili-dade político-institucional.

Com essa quase paródia, que-remos mostrar que a questão que tanto aflige a população brasileira, primeiro tem uma extensão federa-tiva, porque ela está na união, nos estados e nos municípios, segundo que se configura numa crise locali-zada de estado, cujos efeitos colate-rais atingirão toda sociedade e aba-larão os fundamentos da economia.

Não estamos diante de um ca-taclismo macroeconômico padrão Grécia. Acontece é que a organiza-ção estatal, num modelo decadente e próximo à desintegração estrutu-ral, apresenta sinais evidentes de esgotamento, aí, sim, compromete a reboque a dinâmica econômica, pondo em risco as conquistas so-ciais dos tempos pós Plano Real e levando a vulnerabilidade se-tores e segmentos alavancadores da nação, corresponsáveis por a ter colocado num patamar de país

emergente, ranqueada entre as dez maiores economias globais, com alto grau de atração de inves-timentos externos e conceituada, até recentemente, pelas agências de aferição de risco.

Medidas paliativas de amenizar crise em tempos de pedaladas não imprime velocidade, apenas pos-terga a agonia, diante do que se faz preciso turbinar o capital político dos gestores públicos, engrossar o coro do clamor das ruas, induzin-do a galera do legislativo a exer-cer proativamente suas funções, tipo conselho de administração de uma grande S.A. De certa forma, o resíduo poluente da corrupção en-dêmica já começa a ser processado pelo judiciário, embora pontual e localizadamente, sobretudo, quan-do a causa requer uma assepsia federativa.

Pois bem, diante da bancarrota do modelo estatal predominante até então, que transitou entre a social democracia - com pitadas de neoliberalismo e a popular demo-cracia - propagadora do ilusionis-mo da sociedade farta e da utopia do desenvolvimentismo igualitário, porém não sustentável.

O momento de crise é oportuno ao exercício da criatividade, da inovação, de tanger a zona de con-forto, de trabalhar a reinvenção do estado. Aí é preponderante entrar em cena a sociedade na maneira de uma imensa assembleia geral, com a participação da imprensa, inte-lectuais, a academia, empresários, cientistas, profissionais librais, po-líticos, etc., todos a exercitarem um novo modelo mental para o país, sem levar em conta a retórica do

estado mínimo nem a falácia do es-tadismo paquiderme. Vale a supe-ração do dogma de ativos estatais como bandeira do nacionalismo, dando lugar a ativos de alta per-formance em favor do PIB verde e amarelo.

A reinvenção do estado se dará com a construção do Estado neces-sário, aquele com uma estrutura orgânica que venha a apresentar alta relação benefício/custo, ou seja, racional carga tributária e eficientização dos recursos prove-nientes dos impostos versus de-mandas da sociedade atendidas com o máximo de satisfação social.

Desvendar a equação requer: Es-tado só provedor de serviços públi-cos essenciais; Estado construtor da infraestrutura; Estado discipli-nador da logística; Estado conce-dente de serviços públicos; Estado valorizador de ativos públicos pro-dutivos via celebração de contratos de gestão; Estado não concorrente mas, regulador de bens e serviços produzidos no meio empresarial; Estado indutor do desenvolvi-mento de cadeias produtivas, sem protecionismo corporativista nem favorecimento individualizado; Estado leve, com mobilidade ope-racional que planeje estrategica-mente o princípio da gestão para resultados mensuráveis, com me-tas e indicadores aferíveis; enfim, estado sem as ineficientes estrutu-ras tentaculares, sem o excesso de ativos enquanto proprietário esta-tal questionável, gestão temerária e produtividade duvidosa, mas, focado na expansão do seu PIB, na desconcentração da renda e na ele-vação do seu IDH.

O Brasil na primeira divisão

Sobradinho no volume morto

O Estado necessário

INDEPENDENTE

Page 7: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

O número de evangéli-cos no Parlamento cresceu, acompan-

hando o aumento de fiéis. Segundo os últimos dados do IBGE, que são de 2010, o número de evangélicos au-mentou 61% na década pas-sada (2000-2010). Por sua vez, a Frente Parlamentar Evangélica (FPE), encabeça-da pelo deputado e pastor João Campos, agrega mais de 90 parlamentares, seg-undo dados atualizados da própria Frente – os números podem variar por causa dos suplentes – o que repre-senta um crescimento de 30% na última legislatura.

A mistura de política e religião é a marca da atua-ção dos pastores deputados. Campos, por exemplo, é pre-sidente da Frente Parlamen-tar Evangélica, autor do pro-jeto de lei apelidado de “cura gay” e defensor destacado da redução da maioridade penal, como a maioria da chamada “bancada da bala”

– em 2014 ele recebeu R$ 400 mil de uma empresa de segurança para sua campa-nha. Cavalcante ex-diretor de eventos do pastor Silas Malafaia, seu padrinho na fé e na política, é presidente na Comissão Especial que tra-ta do Estatuto da Família.

Encorajada por Eduardo Cunha, que assumiu a pre-sidência da Câmara dizen-do que “Aborto e regulação da mídia só serão votados passando por cima do meu cadáver”, a bancada evan-gélica tem conseguido levar adiante projetos extrema-mente conservadores, como o Estatuto da Família (PL 6.583/2013), que reconhe-ce a família apenas como a entidade “formada a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou de união está-vel, e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos”, que deve seguir para o Senado nos próximos dias.

A PEC 171/1993, que

usa passagens bíblicas para justificar a redução da maioridade penal, também foi aprovada na Câmara e aguarda análise do Senado, sem previsão de votação. O próprio Eduardo Cunha é autor do PL 5.069/2013, que cria uma série de empecilhos para o direito constitucional das mulheres vítimas de violência sexual realizarem aborto na rede pública de saúde. Esse está na Comis-são de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara. Também foi nesta legislatu-ra que a bancada conseguiu barrar o trecho que trata do debate sobre identidade de gênero nas escolas no Plano Nacional de Educação.uma distribuição partidária dos candidatos. Isso mudou um pouco agora porque existe um partido que é da Uni-versal, o PRB, que fica cada vez mais forte no Congresso. Na época, havia uma dis-tribuição por vários parti-dos para garantir a eleição.

7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLÍTICAMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015

DIVULGAÇÃO

Deputados evangélicos fazem culto durante sessão da comissão

Evangélicos dão o tom político na Câmara e Senado Qual o segredo da força da bancada para barrar os avanços sociais e garantir privilégios como isenção fiscal?

IGREJASUniversal se tornou modelo para outras

MOBILIZAÇÃOIndicações de ‘‘Deus’’ geram candidaturas

ESTRATÉGIAFidelização é fator de apoio religioso certo

Não são os parlamentares que se destacam na questão litúrgica como grandes estu-diosos da Bíblia – até porque a tradição pentecostal está mais na produção de emoções e de momentos afetivos do que de fato na liturgia. Então os bispos e líderes religiosos que promovem essas catar-ses coletivas e demonstram esse carisma institucional são normalmente os escolhi-dos para candidatos. A Uni-versal se tornou um modelo para outras igrejas porque a cada novo mandato havia um aumento significativo dos parlamentares da Universal.

A Assembleia de Deus, que hoje tem a maioria dos deputa-dos, mas que não funcionava assim, passou a ter a Univer-sal como modelo. Não atuando da mesma forma porque o fun-cionamento institucional é ou-tro. A Assembleia é uma igre-ja com muitas dissidências e muitas divisões internas, por isso não é possível estabe-lecer os candidatos oficiais.

As igrejas têm fortes li-deranças regionais e uma fragilidade do ponto de vis-ta nacional. A sede não tem tanta força e, por isso, eles criam prévias eleitorais. As pessoas se apresentam voluntariamente ou são le-vadas pela própria igreja e ainda há a ideia de que al-guns são indicados por Deus porque mobilizam grandes multidões, ou contagiam, como dizia Freud, também termina sendo um critério.

Então tem uma lista, de-pois uma pré-seleção que passa por um conselho de pastores – isso em cada mi-nistério [a Assembleia de Deus é uma igreja com mui-tas ramificações]. É interes-sante que os que pretendem se candidatar assinam um documento se comprometen-do a apoiar o candidato oficial caso ele não seja escolhido.

Na Universal, como o poder é nacional, tem uma sede hierarquizada que consegue controlar a insti-tuição, candidaturas inde-pendentes não acontecem.

A vitória está total-mente atrelada à institui-ção. Existe uma estraté-gia bem construída porque eles preveem uma fidelida-de de 20%, que não é alta.

A Assembleia de Deus está tentando construir essa fidelidade e essa unidade po-lítica que são extremamente difíceis devido a essa frag-mentação interna. E faz as prévias nacionais com a par-ticipação de pastores e obrei-ros, novamente sem a parti-cipação da comunidade – não é um processo transparente.

No Congresso então você tem essas lideranças religio-sas que demonstram uma maior habilidade na interlo-cução com o sujeito, um caris-ma que gera catarse, contágio, impacto afetivo e as lideran-ças que foram identificadas e constituídas pela igreja como nomes importantes para ocupar o cenário nacional.

O sociólogo e escritor Paul Freston, professor catedrático em religião e política da Wil-frid Lauries University, do Canadá, explica que as igrejas pentecostais se diferenciam das protestantes históricas principalmente pela ênfase da crença nos dons do Espírito Santo, como “falar em línguas” e agir em curas e exorcismos.

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8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015

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Somente 33 cidades alagoanas possuem pontos de acesso à internet em AlagoasSegundo um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alagoas possui 33 cidades com pontos de acesso à internet wi-fi públicos, sendo que duas também cobram pelo acesso à rede mundial de computadores. Ainda de acordo com o IBGE, as ações de inclu-são digital contam com o Governo Federal como principal parceiro e mais de 80 municípios alagoanos possuem uma política ou plano de inclusão digital. O sinal de internet sem fio chega à casa das pessoas através dos quiosques digitais, cujos primeiros foram inaugurados pelo governo do estado ainda em 2011. O alcance da conexão é de 300 metros das estações.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

Conectar, garantir presente e futuroPrograma de inclusão digital alagoano já atendeu mais de 30 mil pessoas com 47 telecentros em todo o estadoCARLOS AMARALCOLABORADOR

As pessoas estão cada vez mais conectadas. São aparelhos de ce-

lular inteligentes, tablets, notebook e computadores de mesa mais e mais potentes. Viver sem internet hoje pode ser comparado, para muitos, como não saber ler a cem ou cinquenta anos atrás. Por isso, fomentar políticas públicas de inclusão digital, especialmente em um es-tado socialmente desigual como Alagoas, pode signifi-car o acesso de milhares de pessoas com o futuro.

Diante dessa premissa, foi criado no estado através do Instituto de Tecnologia em Informática e Informa-ção do Estado de Alagoas (Itec), em 2010, o DigitAla-goas. Esse programa tem por

objetivo principal promover a inclusão digital através da construção de telecen-tros. Hoje são 47 unidades no estado, sendo 16 em Ma-ceió, e já passaram por eles, aproximadamente 33 mil pessoas. O conhecimento em informática é passado com o uso de software livre.

Conforme explicou Rob-son Paffer, coordenador do DigitAlagoas, a prioridade é contemplar regiões com bai-xo Índice de Desenvolvimen-to Humano (IDH) com foco na formação, em informáti-ca e profissional. “Também há a orientação para que o espaço seja aberto ao públi-co em geral para o acesso à internet, porém a atividade principal é a formação. Te-mos vários casos de pessoas que conseguiram emprego ao saírem dos cursos oferta-dos nos telecentros”. Conhecimento em informática é passado com o uso de software livre nos 47 telecentros instalados no estado através do programa DigitAlagoas

DIGITALAGOAS

Para coordenador, inclusão digital deve ser mais estimulada nas escolas

Para Robson Paffer é preciso que a inclusão di-gital seja mais estimulada nas escolas, especialmente as escolas públicas. O co-ordenador do DigitAlagoas pontua que muitas delas es-tão com seus laboratórios de informática fechados e essa condição prejudica a forma-ção intelectual dos estudan-tes, pois limita o acesso ao conhecimento científico e à informação.

“Uma vez, durante uma reunião com o governador, eu sugeri a criação de um projeto de lei para ter um orçamento próprio para os telecentros, assim a manu-tenção do projeto estaria

garantida. Nós precisa-mos manter os que já estão implantados, dando mais estrutura para eles. Mas também criar novos, com bolsistas, pelo menos dois por telecentro. Hoje em dia, a informática traz um mun-do de conhecimento. Ela está em todo lugar e as informa-ções chegam muito rápido. Isso provoca uma grande fa-cilidade em adquirir conhe-cimento. Basta colocar uma palavra-chave no buscador e aparecem mil sites falando sobre o assunto”, argumenta Robson.

A inclusão digital, para o coordenador do DigitAla-goas, auxilia não somente a

formação das pessoas, mas também pode ser um instru-mento de combate à violên-cia, assim como o esporte.

“O sujeito ao invés de estar na rua estará fazendo um curso de informática ou profissional num telecentro. Depois que ele for incluído digitalmente, o interesse por adquirir conhecimento aparece e também as opor-tunidades de emprego. Uma vez, em Monteirópolis, num povoado de lá, quando che-gamos para a instalação de um telecentro, as pessoas vi-nham nos dizer que estáva-mos levando oportunidade para elas”, diz Robson Paf-fer. (C.A.)

ADAILSON CALHEIROS

SANDRO LIMA

ADAILSON CALHEIROS

“Aqui só colocamos uma pessoa por máquina”, diz Israel da Silva, do IBA

Robson Paffer diz que muitas escolas estão com seus laboratórios fechados

BENEDITO BENTES

Por semana, mais de 200 pessoas frequentam o Instituto IBA

PNBL

Milhares de famílias ainda estão excluídas

A reportagem da Tribu-na Independente visitou o Instituto IBA, um dos 16 te-lecentros instalados em Ma-ceió, localizado no Benedito Bentes. Nele, são ofertados cursos de informática bási-ca e profissionalizantes. Por dia, frequentam o telecentro 44 pessoas, totalizando 220 por semana.

“Aqui só colocamos uma pessoa por máquina, ao contrário de outros lugares. Assim, eles assimilam o co-nhecimento com mais facili-dade. Frequentam os cursos pessoas de todas as idades, nos três turnos que funcio-namos”, explica Israel da Silva, instrutor e diretor do Instituto IBA.

Para ele, uma pessoa excluída digitalmente está mais isolada do mundo do que alguém que não fre-quentava a escola há 50 anos. Isso por que a inter-net está em todo lugar e li-dar com ela é exigência onde quer que se vá, então não saber lidar com ela é uma exclusão da sociedade.

“Acesso à internet é in-dispensável e sem isso a pessoa fica ignorante. Como se pode não estar incluído digitalmente nos dias de hoje? Nosso caso concreto é de melhoria em rendimento escolar das crianças e jovens que frequentam o telecentro e também melhorias profis-sionais entre os adultos”, comenta Israel.

Quem faz uma análise parecida é Patrícia Pereira, instrutora do telecentro do Instituto IBA. Além do viés educacional e profissional, o telecentro tem sido procu-rado por famílias que que-rem evitar que seus filhos fiquem nas ruas.

“Temos muita procura por causa de exigências do mercado de trabalho. En-viamos os nomes dos forma-dos para o Sine, assim faci-lita a busca por empregos. Além disso, é um reforço importante na escola. Mui-tas mães nos procuram para que seus filhos não fiquem na rua”, diz Patrícia.

Adriano Alves é confe-

rente de transporte. Ele já havia feito um curso de informática há seis anos e resolveu atualizar seu co-nhecimento no telecentro do Instituto IBA, que já foi frequentado por sua esposa.

“Como não tenho aces-so à internet, fiquei desa-tualizado. E também devo mudar minha função na empresa em que trabalho e vou precisar lidar mais com informática”, comenta Adriano.

Quem também está fre-quentado o telecentro do Instituto IBA é Roberta de Oliveira, mas para fazer um curso profissionalizante de auxiliar administrativo. Ela já possui dois cursos de in-formática.

“No momento estou de-sempregada e quando recebi um panfleto sobre os cursos ofertados aqui resolvi me inscrever. O que escolhi é muito caro e aqui o faço gra-tuitamente. Minha expecta-tiva é sair daqui e conseguir trabalha nessa função”, diz Roberta. (C.A.)

Apesar do grande aumen-to de pessoas com acesso à internet, cerca de 40 milhões de famílias ainda estão exclu-ídas digitalmente, segundo um levantamento realizado pela Comissão de Ciência, Tecnolo-gia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado Federal divulgado no início deste ano. Esse número mostra que o Pro-grama Nacional de Banda Lar-ga (PNBL) precisa ser fortale-cido para garantir a inclusão dessas milhares de pessoas.

Criado pelo decreto n.º 7.175/2010, o PNBL é geren-ciado pelo ministério das Co-municações (Minicom) e tem como objetivo principal mas-sificar o acesso à internet em banda larga no Brasil, espe-cialmente nas regiões mais pobres. Para isso, a atuação do programa tem se dado em várias frentes, como a deso-neração de redes e terminais de acesso, a expansão da rede pública de fibra óptica, admi-nistrada pela Telebras, e até mesmo no programa de deso-neração de smartphones.

O Minicom também imple-mentou a banda larga popular, com internet na velocidade de 1 Mbps ao valor de R$ 35 men-sais, com impostos. A meta do Ministério, em relação à insta-lação da rede de fibra óptica, é atingir 70% dos municípios brasileiros até o final de 2018.

Segundo o ministro das Co-municações, André Figueire-do, durante primeira reunião dos ministros das Comunica-ções dos Brincs – Brasil, Rús-sia, Índia, China e África do Sul –, realizada em Moscou no último mês de outubro, o aces-so à internet tem se tornado um instrumento fundamental para a inclusão social no Bra-sil.

“O avanço da banda larga, que já alcança 94 milhões de brasileiros, foi impulsiona-do nos últimos anos, princi-palmente, pelos dispositivos móveis. Acreditamos que a expansão do uso da internet, observada com a massificação dos dispositivos pessoais, se re-petirá, em maior escala, quan-do adentrarmos efetivamente a era da Internet das Coisas”, afirma o ministro. (C.A.)

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MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE

Maceió quer reduzir déficit habitacionalCom um investimento de mais de R$ 600 milhões, 10.032 unidades devem ser entregues até dezembro de 2016

Mais de R$ 600 mil-hões investidos na construção de

10.032 unidades habitacio-nais. Esse é o cenário na capital alagoana, onde a Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Mu-nicipal de Habitação Popu-lar e Saneamento Básico (SMHPS), atua em ritmo acelerado para a redução do déficit habitacional. As uni-dades devem ser entregues até dezembro de 2016.

Em recente discurso, o prefeito Rui Palmeira des-tacou que garantir aos ma-ceioenses o direito à moradia digna e com boa estrutura é uma das prioridades da administração. “De 10.032 residências contratadas, 240 já foram inauguradas e outras 9.792 estão sendo construídas, com obras em estado avançado e previsão de entrega de até o final de 2016”, disse.

“Ao todo, mais de R$ 600 milhões estão sendo inves-tidos pelo Governo Fede-ral, por meio do programa Minha Casa Minha Vida, e recursos próprios do Muni-cípio. Os recursos foram des-tinados à construção de seis residenciais, projetados com estrutura completa, incluin-do equipamentos sociais de educação, lazer e assistência social”, reforçou o prefeito.

Empreendimentos como o Residencial Maceió I, locali-

zado no Conjunto Eustáquio Gomes de Melo, no bairro Ci-dade Universitária, já estão com obras avançadas. Serão 3.900 unidades de aparta-mentos com dois quartos, sala, cozinha e banheiro.

O residencial contará também com 11 bases de equipamentos para a comu-nidade, com área de lazer, quatro salões de festa, sete quadras de futebol, quatro campos de areia, nove brin-quedotecas, área verde, uni-dade de saúde, um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), escola, creche e terminal de ônibus.

De acordo com o titular da SMHPS, Mac Lira, as obras estão sendo executa-das para, além de reduzir o déficit habitacional, garantir moradia digna para a popu-lação.

“Empreendimentos como esses que auxiliam o Mu-nicípio a reduzir o déficit e assegurar moradias com conforto, segurança e res-ponsabilidade ambiental para a comunidade. O Resi-dencial Maceió já está com quase todas as 3.900 unida-des erguidas e contará com um sistema moderno na ins-talação hidráulica, como o sistema PEX, que substitui ao convencional PVC (Poli-cloreto de Vinil), já que não sofre corrosão e diminui o risco de vazamentos”, afirma o secretário. Unidades do Parque dos Caetés estão sendo finalizadas; residencial será contemplado com a Eco Via Norte, que liga o Benedito Bentes ao Litoral Norte

Mac Lira diz que famílias já foram cadastradas e aguardam liberação das unidades

SECOM MACEIÓ

SECOM MACEIÓ

PARQUE DOS CAETÉS

Localizado no Benedito Bentes, residencial beneficiará 2.976 famíliasAlém do Residencial Ma-

ceió I, outro residencial que será entregue é o Parque dos Caetés, localizado no Complexo Habitacional Be-nedito Bentes. No Parque, 2.976 unidades habitacio-nais estão sendo finalizadas. O residencial será contem-plado com a Eco Via Nor-te, avenida que está sendo construída pela Prefeitura e que ligará o Benedito Ben-tes à parte baixa da cidade, trazendo mais agilidade e desafogando o trânsito das grandes vias da capital.

Ainda de acordo com Mac Lira, as famílias já foram cadastradas e estão no aguardo da liberação das unidades.

“A Prefeitura está acom-panhando as obras para que a entrega ocorra com brevi-dade, entretanto, as obras são realizadas por meio do Programa Minha Casa Mi-nha Vida e sofreram em decorrência dos problemas econômicos enfrentados no país. A data inicialmente prevista para entrega des-se empreendimento infe-lizmente está comprometi-da, mas estamos fazendo o máximo para que a entrega ocorra no menor espaço de tempo”, esclarece.

Ao lado do Parque dos Ca-etés, está sendo construído o Morada do Planalto, com 300 blocos e 1.200 unidades habitacionais.

Com uma vasta área de preservação e área verde, o empreendimento contará com duas quadras polies-portivas, duas escolas, cre-che, Unidade Básica de Saú-de (UBS), nove playgrounds e um Cras. As obras estão bastante avançadas, com sistema de drenagem finali-zado, revestimento, infraes-trutura e rede de distribui-ção próximas da conclusão.

O residencial Jorge Quin-tella, localizado próximo ao Conjunto Cidade Sorri-so I, também no Complexo Benedito Bentes, somará mais 816 unidades. Com 51 blocos, o empreendimento

está previsto para ser en-tregue em meados de 2016. O investimento total é de R$ 49,8 milhões e o projeto contempla também área co-mum de lazer e playground.

No bairro do Rio Novo, o residencial de mesmo nome, terá 900 unidades divididas nos condomínios Vale do To-cantins, Vale do Amazonas e Vale do São Francisco com 300 unidades cada.

Orçado em aproximada-mente R$ 54 milhões, o em-preendimento está em fase final de desenvolvimento, com sistemas de saneamen-to e de drenagem já finaliza-dos. A rede de tratamento está 95% pronta e a coleta de esgoto em fase inicial. As ruas do conjunto são todas projetadas e o residencial fica próximo a uma estação do Veículo Leve sobre Tri-lhos (VLT), auxiliando na mobilidade urbana e facili-tando o deslocamento da po-pulação com transporte ágil e tarifas acessíveis.

Aos interessados nos resi-denciais, Mac Lira esclare-ceu: “O Ministério das Cida-des impõe alguns critérios para a permissão das inscri-ções por parte da população, como o total da renda bruta mensal e que as famílias não possuam casa própria ou fi-nanciamento em qualquer estado do Brasil. O finan-ciamento pode ser feito pela Caixa Econômica Federal (CEF) ou pelo Banco do Bra-sil (BB), de modo que a men-salidade vai variar de acordo com a renda de cada núcleo familiar, não excedendo a quantia de R$ 160,00”.

REDUÇÃODe acordo com o Instituto

Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE), com base no Censo Demográfico, a es-timativa é de que a capital alagoana possui uma carên-cia de 42 mil domicílios. No entanto, com a inauguração das 10.032 residências po-pulares, este número será reduzido em 23,88%.

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MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE

Capital de Alagoas há duzentos anosNo dia 29 de dezembro de 1816, o ouvidor Batalha dirigiu-se ao largo da capela e declarou inaugurada a Vila de Maceió

REPRODUÇÃOISABEL LOUREIROESPECIAL PARA TRIBUNA

A comarca de Alagoas continuava pro-gredindo. Mas en-

quanto aqui reinava a paz, em muitas partes do Bra-sil e do mundo estava ha-vendo lutas e agitações.

Em 1807, Napoleão Bo-naparte, Imperador da França, mandou invadir Lisboa, porque D. João, o Príncipe Regente, não aten-deu o seu pedido de fechar os portos portugueses à In-glaterra. Antes que as tro-pas chegassem, Dom João embarcou para o Brasil com toda a família e os auxiliares da Corte. Chegou à Bahia no ano seguinte, depois foi se estabelecer no Rio de Ja-neiro. Este fato mudou com-pletamente o andamento da nossa política interna.

EVOLUÇÃODE MACEIÓ

O “Engenho Maçaió” há muito já se tornara um po-voado comercial que era a atração da Comarca de Ala-goas - O Povoado Maçaió. Chegava gente de várias partes, quase todos interes-sados pelo comércio do novo burgo. Não só os que preten-diam se fixar e montar seu estabelecimento, como tam-bém apareciam os mascates que viajavam pelo interior, percorrendo povoações, sí-tios e engenhos, fazendo a matutada conhecer as bele-zas de mercadorias que só existiam nas cidades gran-des e até mesmo coisas do reino, trazidas pelos navios que atracavam no porto de Jaraguá.

Logo se formou uma clas-se, que dominava o povoado - a dos comerciantes, entre os quais muitos portugue-ses, que vieram atraídos pelo próspero comércio. Os daqui e os que iam chegan-do começavam com peque-nas casas, construídas às pressas. Os negócios iam aumentando e já se faziam necessários balcões e prate-leiras. Logo estavam com bo-nitas lojas, vendendo roupas de luxo e comidas, vindas de Portugal.

Aquele comércio, feito pelo entreposto de Santa Luzia do Norte, ficou facilitado, sendo feito diretamente por Maceió. Os produtos vinham do interior também de carro de boi, em tropas de burros ou em comboio de éguas para serem embarcados em veleiros.

Os habitantes da Vila de

Alagoas não olhavam sa-tisfeitos para a evolução do povoado vizinho, situado em sua jurisdição, isto é, que politicamente lhe per-tencia. Parece que temia perder o cetro de Cabeça de Comarca, porque o porto do Francês, aos poucos, estava sendo abandonado e as na-vegações procuravam, com mais frequência, ancorar no porto de Jaraguá.

AUTONOMIADE MACEIÓ

O Bacharel Doutor An-tônio José Ferreira Bata-lha, homem que gozava de grande prestígio na Cor-te, veio ser o ouvidor (juiz) da Comarca das Alagoas e levou informações à cor-te sobre o desenvolvimento social e econômico do po-voado Maceió. Levando em consideração as informa-ções, do ouvidor Batalha, o príncipe regente Dom João VI assinou o alvará de 5 de dezembro de 1815, elevando a povoação de Maceió e a de Porto de Pedras à categoria de vila. A vila estava criada mas só poderia ser inaugu-rada quando tivesse o ne-cessário exigido. Pelo menos o pelourinho, a cadeia e a Casa da Câmara.

No Alvará, Dom João VI deixou estas despesas por

conta dos habitantes. O povo de Maceió, logo que tomou conhecimento da sua eman-cipação regozijou de alegria, os ricos se cotizaram e rapi-damente construíram o pe-lourinho que era o símbolo da autonomia da vila. Este era uma coluna de tijolo er-guida sobre alguns degraus no principal logradouro da vila e constituía o orgulho da população.

No caso de Maceió, o local ideal, o coração da vila era o pátio da capela, que também poderia ter sido o pátio do antigo engenho. Este local foi recebendo vários nomes, de acordo com os aconteci-mentos ali ocorridos. A par-tir da inauguração da vila, passou a ser chamado Largo do Pelourinho, depois Lar-go da Matriz e depois Praça Dom Pedro II. No mesmo logradouro, foi construída a cadeia. A Casa da Câma-ra não foi construída. Ficou funcionando no sobrado de José Elias Pereira, o Presi-dente.

A Câmara era composta de três vereadores eleitos e um procurador, que era responsável pelo setor ju-diciário. Foram nomeados dois juízes ordinários e um juiz de paz, dois tabeliães do público judicial e de

notas. O alcaide (espécie de prefeito) era o responsável pela administração da vila e pelo policiamento. Estava a vila com todo o necessário exigido, mas a solenidade da inauguração não foi realiza-da, devido a morte de Dona Maria I, rainha de Portugal e do vice reino todo o Brasil e do Algarves. Foi decretado luto oficial de um ano em todo o Brasil.

É bom esclarecer que a denominação de vila não se restringia apenas ao agru-pamento de casas que for-mava o povoado e sim aos limites territoriais determi-nados por um foral (carta de lei que regulava a adminis-tração de uma localidade ou concedia privilégios a indiví-duos ou corporações). Era o que hoje, é o município.

O agrupamento de casas era a sede da vila onde fi-cavam as autoridades, as repartições e o comércio. Entre o casario de todas as vilas, destacava-se uma igreja, consagrada a um pa-droeiro, ou padroeira, vez que, segundo mons. Cícero Leite da Cruz, a religião foi um dos fatores preponde-rantes da Colonização Por-tuguesa. Os limites da vila de Maceió iam até Murici e já contava com uns cinco mil

habitantes espalhados por toda a sua extensão.

Em 16 de dezembro do ano seguinte, foi publicado o seguinte edital:

“O Doutor Antônio Ferrei-ra Batalha, do Desembargo de Sua Majestade Fidele, seu corregedor e provedor de defuntos e ausentes, capelas e resíduos, auditor da gente de guerra da guarnição paga dos Palmares e mais mili-cianos da superintendente da décima e novos impostos tudo com alçada, pelo mes-mo Senhor, que Deus guar-de em devido cumprimento das ordens reais, determi-nava criar a vila sobredita no dia 29 do corrente mês, às nove horas da manhã, para que os povos da vila concorram não só em sinal de reconhecimento e grati-dão de haverem merecido a real atenção, como elegerem as justiças que hão de servir nos três anos próximos”.

Edital era uma ordem ofi-cial ou traslado de edito ou postura, para conhecimento de todos, afixado em lugares públicos ou anunciando-se na imprensa.

A inauguração da vila foi realizada, conforme citado edital, no dia 29 de dezem-bro de 1816. As nove horas, o ouvidor Batalha, como a

maior autoridade da região, dirigiu-se ao largo da cape-la e, perante os vereadores, a nobreza e o povo, falou em voz alta clara sobre a generosidade de dom João VI, já rei de Portugal e do Brasil e declarou inaugura-da a vila de Maceió. O povo prorrompeu em gritos de alegria dando vivas ao Rei. Em seguida, o tabelião José Gregório da Silva lavrou o termo do ato realizado.

A primeira reunião da Câ-mara de Maceió se realizou no dia 11 de janeiro de 1817, na residência do seu Presi-dente José Elias Pereira. Na ocasião, os Vereadores discutiram a aprovação de um ato de agradecimento ao Rei, pela criação da vila de Maceió e trataram logo de outro assunto de grande importância o desmem-bramento da comarca de Alagoas. Enviaram uma mensagem a Dom João VI, solicitando a separação polí-tica de Alagoas da capitania de Pernambuco, alegando o desenvolvimento da comar-ca.

(*) ISABEL LOUREIRO DE AL-BUQUERQUE É CATEDRÁTICA EM HISTÓRIA DO BRASIL E DE ALAGOAS E AUTORA DO LIVRO HISTÓRIA DE ALAGOAS.

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TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015CIDADES 12

Tarefas em excesso prejudicam criançasAgenda cheia pode atrapalhar desenvolvimento infantil; psicopedagoga alerta que é preciso equilíbrio em cada fase da vida

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

Saber dosar para não prejudicar o de-senvolvimento e a

aprendizagem das crianças. Esta é a orientação de espe-cialistas sobre o excesso de atividades na infância at-ual. Para a psicopedagoga, Salvione Tenório, o equilí-brio é fundamental para viv-er bem cada fase humana.

Estudos indicam que brincar na infância faz parte dos pequeninos assim como o trabalho para os adultos, porém existe limite para as atividades ordenadas pelos pais ou tutores da criança-da.

“Muitas crianças estão com a agenda lotada de ‘com-promissos’ até mesmo mais do que os próprios adultos; sem alternativa, muitos pais que trabalham têm encon-trado esta forma de ‘ocupar’ os filhos, sem questionar os riscos impostos nesta gama de atividades exageradas”, frisou a especialista.

Segundo ela, tarefas pre-param as crianças para se-rem adultos organizados, responsáveis e produtivos, no entanto, pode gerar um estresse desnecessário ain-da na infância. “Estão dan-do ‘trabalho’ para os filhos para compensar a ausên-cia, o que não é considerado bom. A nova versão do filme O Pequeno Príncipe, retrata bem esta realidade de hoje, onde as crianças estão com a vida cronometrada, sem ter o prazer de brincar, isto é, viver cada fase por vez”, lembrou.

“Não se tem mais crian-ças como antigamente, quando a palavra de ordem era brincar, pular, cair, rasgar o joelho, subir em árvores, jogar ximbras ou pedras. O que vemos é uma

infância limitada e contida, sobretudo quando diz res-peito às tecnologias”, ava-liou Salvione Tenório.

Ainda de acordo com a especialista, todo excesso é prejudicial e os pais ou tu-tores devem manter os olhos bem atentos quanto a esta tendência exaustiva na in-fância.

“Costumo dizer que quem não brinca, não apren-de, e torna-se uma criança deprimida diante da carga exercida diariamente, o que acaba afetando sua estrutu-ra emocional”, mencionou. “Nós não pensamos apenas com a cabeça, mas sim com o corpo todo. É um conjun-to com ritmos constantes”, acrescentou.

Lícia Jaqueline diz que é importante manter os filhos nas atividades diárias, no entanto ressalta que tudo tem o seu limite. Ela pensa em preencher ainda mais o tempo do seu filho de 5 anos com outra atividade, além do futebol e aula extraclasse de Literatura, um dia na se-mana, respectivamente. “No próximo ano quero também que ele faça aulas de inglês, acredita que não seja preju-dicial pelo contrário desen-volve ainda mais”, salientou.

A professora Viviane Santana observou que após a atividade esportiva seu filho melhorou significada-mente, inclusive o sono e a disciplina. “Não concordo em ocupar a semana toda com atividades, mas dias alternados sim, ele tem o di-reito de ser criança e brincar descontraidamente”, desta-cou.

Sílvia Leão também quer colocar a filha Manuela no balé no ano que vem, ela assim como as demais mães acreditam que uma ativida-de fora da escola ajude no desenvolvimento da criança.

SANDRO LIMA

Sílvia Leão quer colocar Manuela no balé para ajudar em seu desenvolvimento

Mas quanta honra e emoção!

Belo domingo de sol, a cidade de Belém, que fica a 112 Km de Maceió e que se limita com Palmeira dos Indios e Tanque D’Arca, estava toda engalanada para receber o time do Centro Sportivo Alagoano, o histórico CSA. A cidade

comemorava mais aniversário de sua emancipação política e o CSA, a grande atração da festa, estava levando todos os seus atletas titulares para o embate amistoso contra o escrete da região agrestina. O amistoso prometia ser bom, dado o fato de que o plantel interiorano havia ar-rebanhado, realmente, os melhores valores do bate-bola do Agreste. Marcado para começar às 16 horas o prélio já tinha mobilizado a cidade quase inteira ao estádio. Todo mundo em Belém na maior empolgação. O CSA pintou na cidade com grande aparato radiofônico. Narradores, repórteres e comentaristas de várias emissoras de Maceió e de Palmeira dos Indios faziam o maior farol, a respeito dos times. Na hora do bate-bola os dois times entraram em campo debaixo dos mais calorosos aplausos. Misturados com os jogadores, os repórteres, de microfone em punho, procuravam entrevistar os atletas mais famosos. Em dado momento, o repórter Jurandyr Costa, de saudosa memória, disparou na direção do baixinho Jacozinho, atacante mais festejado do CSA (hoje ele é pastor evangélico em Ser-gipe), que na época não era muito ligado na História Sagrada. - Caríssimos ouvintes... - bradava o Jurandyr - vamos ouvir agora a estrela do CSA: Jacozinho! E aí, Jacó, está preparado para a partida? - Mas é logico, meu caro repórter! Estou preparadíssimo! - E como você está se sentindo pisando nesta bela cidade de Belém, para enfrentar o combinado da região? Jacozinho, respirou fundo e mandou: - Estou emocionado, meu caro repórter! - Você está emocionado por algum motivo especial, Jacó? - Mas é claro! Pra mim é uma emoção enorme, uma emoção incrível saber que estou pisando na terra onde nasceu Jesus!

Um prato muito perigoso O camarada parou no Restaurante do Bigode, situado na Brejal, e pediu um rango. O garçom, então, indagou: - Uqui o freguêis vai querê? - O melhor prato que tiver aí. Hoje recebi o décimo terceiro, tô abonado e quero comer do bom e do melhor, certo? - Falô, freguêis! Selve galinha? - Eu num disse que queria o melhor? Se vire! Minutos depois de ter comido direitinho, o freguês olhou pro garçom e elogiou: - Olha, a galinha tava gostosa demais, viu? E o garçom, todo feliz: - Era a galinha de istimação do seu Bigode, num sabe? Era de raça! O coitado do patrão fêis de tudo pra mode sarvá-la, mas ela cabô morrendo daquela duência braba chamada “gripe do frango doido”...

Ajuda pro velhinho O pentelho Sidclay entrou em casa ofegante e correu para a mãe: - Mainha, por favor, você me dá R$ 1 para eu dar para o velhinho alí da es-quina? - Para qual velhinho você vai dar o dinheiro, meu anjo? E o Sidclay: - Para aquele ali que tá gritando “Olha a pipoca quentinha!”

Número sem sorte No bar, os amigos Federaldo e Gudrian bebiam, comiam e papeavam. Num dado momento, o Federaldo saltou com esta: - Olha, Gudri, eu sou um cara tremendamente surpersticioso! - Não diga! - Digo. Eu nasci às 7 horas do dia 7/7/77, no número 7 da maternidade. Quando fiz 7 anos de casado, resolvi ir até o jóquei no Recife e apostei tudo no cavalo número 7. Curioso, o Gudrian perguntou: - E aí, se deu bem? - Que nada! Ele chegou em sétimo lugar!

Vozes misteriosas Dona Antimônia procurou o psiquiatra Tamal Lucco para uma consulta de emergência, tendo antes informado, por alto, o motivo pelo qual estava querendo avistar-se com o especialista. No gabinete do psiquiatra, a paciente ficou à vontade, e ele, então, indagou: - A senhora disse que costuma escutar vozes sem saber quem está falando ou de onde elas estão vindo, certo? - Certo. - E quando isso acontece? A paciente esclareceu: - Quando atendo o telefone!

Conversa ao sanitário O Abarjolênio viajava ao Recife dirigindo o seu carango. No meio do caminho, acometeu-lhe uma baita dor de barriga. No primeiro posto de gasolina que encon-trou, encostou o carro e correu para a privada, segurando a barriga. Mal entrou no boxe e sentou no vaso sanitário, ouviu uma voz vinda do toalete ao lado: - E aí, compadre, como vai? Embora não fosse de dar papo para estranhos, Abarjolênio respondeu: - Vou bem... A voz continuou: - E então, o que tem feito na vida? Mesmo achando a situação esquisita, Abarjolênio respondeu: - Vim ao banheiro rapidamente, mas depois continuo a minha viagem pro Recife. Então, a voz fala em tom de chateação: - Escuta, eu te ligo outra hora, porque tem um cara aqui do lado que responde toda vez que te faço uma pergunta.

Continua fora do cargo

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de

Alagoas manteve o afastamento do prefeito de Viçosa, Flaubert Torres Filho. O TJ também determinou a indisponibilidade de seus bens até o limite de R$ 174.717,65.

AcusaçãoFlaubert – que é reincidente - é acusado de improbidade administrativa, por supostas irregularidades na concessão de diárias e pagamento de passagens e hospedagens, no ano de 2014.Há fortes indícios de pagamento de 170 diárias em favor do prefeito, o que fez dobrar o salário líquido recebido, segundo o desembargador Fernando Tourinho de Omena Souza.

Mais empregosSegundo o Sine/Arapiraca, estão sendo ofertadas 23 vagas para difer-entes cargos, neste começo de novembro, para: psicólogo, fisiotera-peuta, técnico de enfermagem, vendedor, mecânico, contador, auxiliar administrativo e costureira.Quem estiver interessado ou quiser saber mais informações pode se dirigir até a Rua São Francisco, 1234, no Centro, ou ligar para os números 3522-1902, 98833-4354.

Baixa vazão de água O sistema coletivo de abastecimento da Bacia Leiteira está operando com sua vazão reduzida a 50% da capacidade. O motivo foi um prob-lema mecânico verificado nesta desta sexta-feira, em um dos conjuntos motobomba da estação elevatória de água I, localizada no município de Pão de Açúcar.

Cidades deficientesO abastecimento se encontra deficiente em Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Carneiros, Dois Riachos, Jacaré dos Homens, Jara-mataia, Major Isidoro, Maravilha, Monteirópolis, Olho D’ Água das Flores, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Pão de Açúcar, Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema, São José da Tapera e Senador Rui Palmeira.Segundo os técnicos da Unidade de Negócio da Bacia Leiteira da Casal, a previsão é de que o problema seja resolvido até as 17h deste sábado.

Sem cachaçaAtravés de Portaria, a juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, titular da Co-marca de Viçosa, determinou que proprietários de bares e similares, além de promotores de eventos das cidades de Viçosa, Chã Preta e Mar Vermelho funcionem até às 22 horas, sob pena de cometerem crime de desobediência.

Sem barulhoA juíza ainda proíbe a utilização de instrumentos sonoros veículos em lugares públicos. A portaria está valendo desde esta sexta-feira e obje-tiva reduzir os índices de criminalidade.A magistrada alega que a maioria dos crimes deve-se ao uso abuso de bebidas alcoólicas.

Preso com pistolaO vereador José Anderson da Costa Silva (PSDB), de Boca da Mata, foi preso nesta quinta-feira, depois de ser flagrando portando uma pistola Glock, calibre 380, municiada.

Em flagranteJosé Anderson foi autuado em flagrante depois que o Pelopes da 1ª Cia Independente e militares do GPM do município receberam denun-cia de que ele estaria portando uma arma.A policia ainda apreendeu três carregadores com 33 munições. O parlamentar foi autuado em flagrante pela equipe do delegado Ailton Cavalcante.

Mais dois anosA prefeita de Arapiraca, Célia Rocha (PTB), decidiu prorrogar por mais dois anos o concurso público da Prefeitura Municipal, realizado em novembro de 2013.A prefeita e o secretário Municipal de Gestão de Pessoas, Patrimônio e Documentos, Fernando José, assinam o decreto, que pode ser aces-sado no site: www.arapiraca.al.gov.br

... A Primeira Infância em Arapiraca é tratada com todo o zelo que o período necessita. E brincar também é coisa séria.

... Para tanto, nesta próxima segunda-feira (9), o Curso de Formação para Multiplicadores Agapi – Arapiraca Garante a Primeira Infância (Agapi) trará mais uma palestra sobre “Espaços Lúdicos” da consultora Risélia Pinheiro, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV).

... O encontro se dará a partir das 8h30, no auditório da Escola de Governo, bairro de Santa Edwiges, onde participarão mais de 50 profis-sionais de Saúde, Assistência Social e Educação.

... “O direito de brincar assegura um futuro melhor às nossas crian-ças. E elas tendo acesso a isso, a conhecer as coisas por meio de atividades divertidas, é de grande valia. Isso estimula as experiências sensoriais delas e os fazem adultos mais perceptíveis e sensíveis com o mundo como um todo. Não há compromisso maior meu que este, de transformar os pequenos arapiraquenses em grandes homens – esta é a real construção de um futuro digno”, disse a prefeita Célia Rocha, que é também médica pediatra e idealizadora do Agapi, durante o Seminário Municipal Agapi - “A Importância do Lúdico na Primeira Infância”, com a presença da pedagoga curitibana Elizabet Ristow, no último dia 14.

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

Page 13: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

ESPORTES 13 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015

Palmeiras pressionado contra o VascoVerdão admite que tropeço contra os cariocas elimina as chances de chegar ao G4 do Campeonato Brasileiro

Ocupando a 9ª colocação na tabela do Campe-onato Brasileiro, o

Palmeiras ainda luta por uma vaga no G4 e a oportunidade de disputar a Libertadores em 2016. A cinco rodadas do fim da competição, o meia Robinho só crê nas chances do Verdão se a equipe levar a melhor diante do Vasco, neste domingo, no Palestra Itália. “Se a gente perder do-mingo, vamos acabar abrindo mão do Brasileiro, porque vai ficar complicado. Ainda podemos acreditar na classi-ficação, tem muita gente os-cilando na tabela, então acho que se a gente crescer nessa reta final podemos ganhar uma vaga”, explicou o meia

Para o jogador, o rival deste domingo às 16h não fa-cilitará a vida do Palmeiras. Atual lanterna do Brasileirão, com 30 pontos, o Vasco pre-cisa vencer todas as partidas restantes e torcer pelos tro-

peços de Joinville, Coritiba, Goiás e Avaí para se livrar do rebaixamento para a Série B. “Contra o Vasco vai ser difi-cílimo, porque eles precisam sair dessa situação. Se eles perderem, não terão condição de se salvar mais no Brasilei-ro, então eles vão jogar a vida nesse jogo”, comentou.

Robinho deixou claro que, caso o elenco alviverde não consiga cumprir o objetivo de terminar entre os quatro pri-meiros colocados, a tempora-da 2015 do Verdão terá sido “decepcionante”. “Tomara que a gente mantenha isso até o fi-nal, de fazer mais jogos gran-des. Se a gente perder a Copa do Brasil e não conseguir a classificação para a Libertado-res no Brasileiro vai manchar muito, com certeza. Quando cheguei aqui a primeira coi-sa que pensei foi na classifi-cação para a Libertadores do ano que vem. Claro que é um elenco em montagem, mas se

a gente não conseguir vai ser decepcionante”, disse.

“A gente perdeu 13 jogos esse ano no Brasileiro, era pra gente já estar classificado, lá em cima. Demos muitos va-cilos, perdemos muitos jogos que era para termos vencido. Ou a gente ganha ou perde, quase não empatamos. Desses cinco jogos pela frente, pelos menos quatro precisaremos vencer para entrar no G4. De-mos mole no começo e a agora precisamos recuperar”, conti-nuou.

Com 54 gols anotados até a 34ª rodada da competição, o Palmeiras mantém a mesma média de tentos que o Santos e se encontra abaixo apenas de Corinthians e Atlético-MG, com 61 e 56 gols, respectiva-mente. Levando em conside-ração os números da equipe, Robinho lamentou a quanti-dade de gols sofridos durante o Brasileiro - ao todo, foram 42. Palmeirase e Vasco lutam por objetivos distintos na competição e jogam neste domingo na Arena

Atacante Kayke está confirmado no time do Flamengo e não pensa em ajudar o Vasco contra o Goiás

Capitão e camisa 10 do Orlando City, Kaká pode ir para o Barcelona por causa da seleção

UOL

TERRA

CBF

EM FLORIANÓPOLIS

Secado por corintianos, Atlético-MG enfrenta o Figueirense

Jogadores ainda querem chegar à parte de cima da tabela

Jogador brasileiro tem a confiança do técnico Dunga

MARACANÃ

Flamengo vai para cima do Goiás e não pensa em “ajudar o rival”

CRAQUE

Por seleção, Kaká teria sido oferecido ao Barça para pausa da MLS

Quando Paolo Guerre-ro recebeu o cartão verme-lho no duelo com o Grêmio no último final de semana, o atacante Kayke já sabia que poderia ser o substitu-to do principal jogador do Flamengo na temporada. O que deve ocorrer na partida contra o Goiás neste domin-go, às 16h, no Maracanã. O jogador foi o escolhido para a coletiva e não fugiu da ques-tão sobre o momento ruim da equipe no Brasileirão. “Acho que, no Flamengo, você não tem que escolher o momento, tem que estar

preparado para o momento. Independentemente de fase, qualquer jogador quer ter a oportunidade”, disse Kayke.

O atacante, que se tornou o xodó da torcida pelas boas atuações, não se fez de roga-do e respondeu, até com cer-ta dureza, sobre a pressão de vencer e ajudar ou não ao Vasco na próxima rodada do Brasileiro.

“Pressão a mais não exis-te, ainda mais por causa dos outros. A pressão é da gente. Isso faz parte do trabalho. Somos profissionais, só que não temos nada a ver com

o problema dos outros”, de-clarou Kayke, antes de ser firme quanto à situação do arquirrival.

“Eu não estou preocupa-do com o Vasco. Minha preo-cupação é o Flamengo. O Vasco vai ter o que merece. Se merecer, continuar, para-béns”, disparou o atacante.

Em 11º lugar na tabela, o Flamengo soma 44 pontos e está a nove de Santos e São Paulo, donos da quarta e quinta colocação, respectiva-mente. O Rubro-Negro saiu de campo derrotado nos úl-timos quatro compromissos.

O meia Kaká poderia estar de olho em um retor-no ao futebol europeu. Ao menos é o que garante o site italiano Calcio Merca-to, que afirma que o joga-dor foi oferecido ao Barce-lona.

De acordo com a publi-cação, Kaká aproveitaria a pausa da Major League Soccer, campeonato de

futebol dos EUA, para re-tornar ao futebol europeu o que deve acontecer com vários jogadores.

Como já encerrou sua participação pelo Orlando, o jogador não gostaria de ficar muito tempo parado, pois tem sido convocado por Dunga para a seleção brasileira. Com isso, ele te-ria sido oferecido ao Barce-

lona. Kaká teria interesse em voltar para a Espanha para mostrar o que não conseguiu quando esteve no Real Madrid.

A conversa de Kaká te-ria sido com Ariedo Braida, quem participou em sua ida ao Milan e atualmen-te trabalha no Barcelona. O dirigente não fechou as portas para o brasileiro.

Pela quarta vez em 2015, Figueirense e Atlético-MG vão se encontrar. Neste do-mingo, às 16h, no Estádio Orlando Scarpelli os times duelam em um encontro de-cisivo. Para o Furacão vale a permanência na Série A e para o Galo a continuar sonhando com o título do Brasileirão. O Figueira de-verá ter uma torcida extra no domingo. Líder do Cam-peonato Brasileiro, o Corin-thians jogou ontem contra o

Coritiba e espera tropeço do Galo.

“O Atlético-MG está em um campeonato e a gente em outro. Se eles têm chan-ces de título isso não vem ao caso. O nosso campeonato é salvar o time do Z-4 e sair dessa situação”, analisou o lateral-esquerdo Juninho.

Já aconteceu de tudo nes-te ano nos confrontos entre Atlético-MG e Figueirense. Na Série A, o Galo venceu por 1 a 0 o Furacão no Está-

dio Independência. No mes-mo local, os times empata-ram por 1 a 1 pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. No Orlando Scarpelli, o Alvinegro cata-rinense ganhou por 2 a 1 e eliminou o Galo do torneio.

O Figueirense não vence há três rodadas no Brasi-leirão, mas ainda assim segue fora da zona de re-baixamento. Porém, o téc-nico Hudson Coutinho quer encerrar logo a série nega-

tiva e cobra os três pontos diante do Atlético-MG, no Orlando Scarpelli.

“A pontuação está mui-to apertada. Temos que realmente pontuar nesta sequência de jogos. Então, dentro de casa, é preciso vencer. A projeção para evitar a queda é difícil de fazer, pois a cada rodada muda. Percebemos que di-minuiu um pouco a mar-gem, mas não dá para fazer essa soma nesse momento.

Pensamos jogo a jogo. Con-tra o Atlético-MG, temos que vencer”, declarou.

O treinador ainda destaca que a dupla Dudu e Clayton vem atuando de forma mais “ansiosa”.

“Os dois estão sendo bem visados, estão sendo co-nhecidos. Eles devem ficar acostumados com isso, a marcação é mais forte a cada dia. Não tem necessi-dade de ficar irritado por estar sendo marcado mais

forte. Não podemos ficar nervosos nessa situação. Essa reta final também é grande, muito grande. Eles também, de certa forma, podem estar mais ansiosos para sair dessa zona ruim”, concluiu.

JOGOS DA RODADA16h Palmeiras x Vasco16h Flamengo x Goiás16h Cruzeiro x São Paulo16h Figueirense x Atlético-MG17h Joinville x Santos18h30 Sport x Grêmio

Page 14: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015ESPORTES14 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesCEAF-AL anuncia pré-temporada dos árbitros e assistentes para 2016Será realizada a partir de 19 de novembro a pré-temporada da Arbitragem alagoana visando o Campeonato Estadual da 1ª Divisão 2016. Os profissionais do quadro da CEAF/AL passarão por atividades teóricas e práticas nos dias 19, 23 e 24 deste mês. A programação completa com os detalhes das atividades será divulgada nos próximos dias pela Comissão de Arbitragem. Para os árbitros e assistentes reprovados nos testes, haverá reavaliação nos dias 8, 12 e 13 de janeiro. “Esperamos um grande nível da nossa arbitragem na temporada que virá. Vamos aplicar todas as novas orientações da comisão nacional e sabemos da capacidade de todos”, disse o presidente da CEAF, Hercules Martins.

CBF confirma Copa do Nordeste Sub-20 em Alagoas20 clubes ficarão alojados em cinco municípios alagoanos e competição começa em novembro

Presidente da FAF espera novos documentos esta semana

A Confederação Bra-sileira de Futebol (CBF) a realização da

primeira edição da Copa do Nordeste Sub-20. O torneio será realizado em Alagoas entre os dias 22 de novembro e 02 de dezembro. A primeira fase da competição será real-izada em cinco cidades entre as quais estão confirmadas apenas Maceió e Coruripe.

Na primeira fase, os 20 clubes estarão dividos em quatro chaves e jogarão en-tre si. As quatro equipes com melhores campanhas em cada chave avançarão para segunda fase. Nas oitavas de final, quartas de final, se-mifinal e final.

Em 2014 a CBF cance-lou a Copa Nordeste Sub-

20, antes de ser realizada. Na ocasião o Gerente de Operações da diretoria da instituição, Manoel Flores, informou que a suspensão do torneio aconteceu devido a falta de receita para reali-zação da Copa. Outro motivo que também teria motivado a decisão foram as inscrições das equipes. Dos 20 times aptos a participar da Copa, apenas cinco deles teriam apresentado a documenta-ção exigida pela CBF.

Este anos os clubes tem até o dia 11 de novembro para confirmar presença. As despesas de alimentação e hospedagem serão pagas pela CBF. O transporte será de responsabilidade dos clu-bes.

A competição terá 20 clu-bes, com a Bahia e Pernam-buco possuindo três vagas cada; e Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Alagoas, Maranhão e Piauí tiveram duas vagas cada. Sendo os dois últimos, in-clusos na competição pela primeira vez. Devem jogar CRB, Coruripe, Bahia, Vi-tória, Serrano-BA, Ceará, Fortaleza, Sampaio Correa, Moto Club, Botafogo-PB, Campinense, Sport, Náu-tico, Salgueiro, River-PI, Piauí, América-RN, Globo--RN, Confiança, Socorrense--SE.

A última edição desta competição ocorreu em 2006 com o Vitória-BA sendo o campeão.

Jovens da categoria Sub-20 estarão em Alagoas para disputa da Copa do Nordeste em novembro

CAMPEONATO ALAGOANO 2016

Faltando 10 dias para o arbitral, apenas quatro clubes estão aptos

O Penedense entregou as Certidões à Federação Alagoana de Futebol e está apto para disputar o Cam-peonato Alagoano da 1ª Di-visão 2016.

O clube alvirrubro se junta a CRB, Santa Rita e Sete de Setembro e podem disputar o Estadual da pró-xima temporada cumprindo a nova exigência no Esta-tuto de Defesa do Torcedor. CSA, Murici, Coruripe, ASA, CSE e Ipanema ainda não entregaram as Certi-dões.

“A Federação tem con-tatado os clubes e acredita-

mos que na próxima sema-na mais equipes entregarão as Certidões”, destacou o presidente da FAF, Felipe Feijó.

A nova regulamentação prevê que todos os clubes cumpram requisitos admi-nistrativos, como a apresen-tação das Certidões relati-vas a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União (CND), certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS); e a com-provação de pagamento dos vencimentos acertados em contratos de trabalho e dos

contratos de imagem dos atletas.

Todas essas exigências serão inseridas no regula-mento do Campeonato Ala-goano da 1ª Divisão da pró-xima temporada. Os clubes que não cumprirem o novo dispositivo do Estatuto de Defesa do Torcedor (pará-grafo 1º inciso II) serão re-baixados à segunda divisão do Estadual em 2017.

“Faremos um grande campeonato, de alto nível, mas dentro das novas leis. Nossa gestão será marcada pela capacidade dos profis-sionais”, ressaltou Feijó.

ARQUIVO

UOL

CRB foi o campeão de 2015 e é um dos clubes aptos para participar do estadual de 2016

Page 15: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

BNB analisa projetos para novos negócios em AlagoasSerão R$ 680 milhões do Fundo de Financiamento do Nordeste

O Banco do Nordeste vai receber os empre-sários interessados

em novos investimentos em Alagoas, que já apresenta-ram seus projetos ao Gover-no do Estado, no intuito de contribuir para a efetivação desses negócios, por meio de financiamento. Para tanto, o Banco já recebeu, de secreta-rias estaduais e entidades de classe, propostas de ativida-des prioritárias e com maio-res demandas para atração de investidores.

“A ideia é construirmos juntos uma agenda positiva para o desenvolvimento do Estado; já estamos em ne-gociação com a Sedetur (Se-cretaria de Desenvolvimen-to Econômico e do Turismo) para reunirmos o empre-sariado interessado, tendo em vista, segundo dados da própria Secretaria, perspec-tivas de investimentos pri-vados para a indústria, no período 2015/2018 de quase

R$ 2 bilhões, envolvendo 46 novos negócios e instalação de 34 indústrias”, esclarece o Superintendente Estadual do BNB em Alagoas, Antônio César de Santana.

O Superintendente disse ainda que o Banco do Nor-deste acredita na economia do Estado e, indo de encontro à crise, aumentou em 10% o orçamento do Fundo Consti-tucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para Ala-goas, no próximo ano, dispo-nibilizando cerca de R$ 680 milhões. “Esse valor pode até aumentar; precisamos de bons projetos e é isso que vamos analisar em parceria com as Secretarias Esta-duais”, acrescentou Antônio César.

A principal fonte de fi-nanciamento do Banco do Nordeste são os recursos do FNE, com taxas subsidiadas que variam de 6,5% ao ano a 12,5% ao ano, caso as parce-las sejam pagas em dia, com

prazos que podem chegar até 20 anos. No caso do agricul-tor familiar, as taxas partem de 0,5% ao ano, por meio do Pronaf.

“Há algumas novidades nesse crédito que precisam chegar até o empresário, o produtor, de todos os portes; voltamos à financiar capi-tal de giro insumos para as grandes empresas, por exem-plo, e no caso das MPEs, há a possibilidade de financia-mento do próprio imóvel co-mercial”, ressalta.

César atesta ainda que algumas entidades de classe também estão se mobilizando em prol dessa agenda positi-va, a exemplo do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Alagoas (Sindipan), que já incluiu participação do BNB no IV Seminário Tecnológico de Panificação e Confeitaria, no próximo dia 27, para ofer-ta das linhas de crédito des-tinadas ao setor.

No caso do agricultor familiar, taxas para o crédito partem de 0,5% ao ano, por meio do Pronaf

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 ECONOMIA 15 TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaAtalaia ganhará fôlego econômico com reativação de usinaO desenvolvimento econômico no município de Atalaia vai ganhar força e deve crescer com a reativação da antiga Usina Uruba, reaberta na sexta-feira, 5. A usina foi arrendada pela Cooperativa dos Produtores Rurais do Vale de Satuba (Coopervales), e atualmente é chamada de Copervales Agroindústria. O governador Renan Filho destacou que pretende levar adiante o sistema cooperativista no Estado, para que seja utilizado com produtores de outras regiões, porque já acumula experiências de sucesso em diferentes regiões em Alagoas.

Novos investimentos Os projetos que estão

sendo alvo da atenção do Banco do Nordeste neste mo-mento são os já apresentados a Sedetur, ou propostos pe-las demais Secretarias Es-taduais. Dentre os voltados para indústria e serviços, estão previstos 46 novos ne-gócios, incluindo instalação de 34 indústrias, com gera-ção de 3.595 empregos dire-tos, e 12 empreendimentos do setor de hotelaria, com a criação de 5.731 leitos. No

setor industrial, os projetos mais avançados nas negocia-ções com a Sedetur são dos ramos ceramista, movelaria, cadeia da química e plástico, alimentos e bebidas, mine-ração, equipamentos eletrô-nicos e petrolífero, entre ou-tros.

O Banco também avalia projetos voltados para a in-dústria de transformação do eucalipto, um apelo da Fede-ração das Indústrias do Es-tado (FIEA) que afirma ha-ver uma demanda crescente

de empresários interessados no segmento, inclusive do se-tor sucroalcooleiro, para as áreas de encosta onde a pro-dutividade da cana é baixa.

Já a Secretaria de Agri-cultura propôs a priorização dos investimentos em grãos e madeira, fruticultura, ge-ração de energia a partir da biomassa, horticultura, rizicultura, avicultura e pe-cuária de leite, como forma de diversificar a economia ainda dependente da cana--de-açúcar.

Page 16: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 ECONOMIA 17MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015ECONOMIA16 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

Apenas 31% dos micro e pequenos estão confiantes na economiaApesar da incerteza no futuro econômico, quase metade dos empresários se diz confiante com seus negócios, revela pesquisa feita pela CNDL e SPC Brasil

Contratos para contrução e duplicação de gasodutos foram assinados com redução de 30% nos custos

A conjuntura da economia brasileira segue afetando a confiança dos micro e pequenos varejistas e prestadores de serviços. O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICM-

PE), calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 38,72 pontos em outubro. Embora o resultado tenha ficado ligeiramente aci-ma do observado em setembro (37,62 pontos), o indicador segue abaixo do nível neutro de 50 pontos. A maior parte dos empresários continua pessimista com o ambiente econômico do país: cerca de 85,88% dos empresários consultados acreditam que as condições econômicas se de-terioraram nos últimos seis meses e apenas 31% estão confiantes com o futuro da economia.

O ICMPE é composto mensalmente pelo Indicador de Condi-ções Gerais e o Indicador de Expectativas, com as opiniões dos micro e pequenos empresários nos 27 estados.

ConfiançaO Indicador de Condições Gerais mede a percepção do empresário em relação à trajetória da economia e de seu

negócio nos últimos seis meses. Em outubro, regis-trou 23,34 pontos, pouco acima do verificado em se-

tembro, quando o número estava em 22,82 pontos. Apesar da discreta melhora,

abaixo dos 50 pontos, o resultado indica que a maior parte dos em-

presários faz uma avaliação pes-simista dos últimos seis meses.

Quando analisada as Con-dições Gerais da Economia, o indicador marcou 17,30 pon-

tos em outubro, ante 17,36 pon-tos em setembro. O indicador de Condições Gerais do Negócio sobre os últimos seis meses tam-

bém é negativo, ainda que mais moderado, com 29,38 pontos, con-

tra 28,28 pontos no mês anterior.“Os dados evidenciam que a crise

CONTRATOS ASSINADOS

Gasoduto Penedo-Arapiraca e duplicação entre Pilar-Marechal

nológica e avanços econômicos que, consequentemente, geram emprego e renda para os alagoanos. Essas parcerias demonstram que estamos dialogando corretamente com o setor produtivo ao apresentar nossas pos-sibilidades e diferenciais competiti-vos no mercado”, ressaltou Jeanine Pires.

Aprovados durante a última reu-nião do Conselho Estadual de De-senvolvimento Econômico e Social de Alagoas (Conedes), realizada no dia 08 de outubro, serão concedidos incentivos fiscais, creditícios e loca-cionais para a instalação da Esmal-glass.

De acordo com o superintenden-te de Indústria, Comércio e Serviços da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), An-dré Luiz Gomes, o curto espaço de tempo entre a aprovação dos incen-tivos e assinatura do decreto com-prova os avanços e a celeridade na concessão de benefícios.

Alagoas deu mais um importante passo para a interiorização do desenvolvimento. Na manhã da sexta-feira (6), o Conselho de Administração da dis-tribuidora alagoana de gás natural canalizado, a Al-gás, assinou junto aos representantes da Thompson e Azevedo e Cia Ltda o contrato para a execução das obras do gasoduto Penedo-Arapiraca e a duplicação do gasoduto Pilar-Marechal Deodoro.

De acordo com o diretor presidente da Algás, Arnóbio Cavalcanti, a expansão da rede de abasteci-mento de gás natural para outros municípios alago-anos é um vetor estratégico para a interiorização do desenvolvimento em Alagoas.

“O processo de interiorização do gás natural é um dos projetos que impulsionará o desenvolvimen-to para outras regiões do Estado. Na prática, isso significa um atrativo estratégico para a instalação de novas indústrias nessas regiões”, pontua Caval-canti.

A construção do gasoduto Penedo-Arapiraca se concretizará em quatro etapas, sendo a primeira e a segunda finalizadas em 14 meses para uma extensão de 34 km. Ao término da obra, o empreendimento terá extensão total de 66 km e partirá da estação da Algás em Penedo e passará pelos municípios Igreja Nova e São Sebastião até chegar à futura Estação de Regulagem de Pressão (ERP) da Algás na cidade de Arapiraca.

Já a duplicação do ga-soduto entre Pilar e Mare-chal Deodoro, com 15 km de extensão, será realiza-da em uma única etapa com nove meses de dura-ção. Para a distribuidora, a expansão do fornecimento de gás natural nessa região aumen-tará a sua capacidade de atendimento e

permitirá a instalação de novas indústrias no Polo José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro.

As obras dos dois gasodutos foram orçadas em R$ 52 milhões, sendo R$ 41 milhões para o Gasodu-to Penedo-Arapiraca (cerca R$ 14 milhões para as etapas 1 e 2) e R$ 11 milhões para o Gasoduto Pilar--Marechal Deodoro. Segundo a companhia, as lici-tações das duas obras foram muito concorridas e as propostas vencedoras proporcionaram uma redução dos custos em torno de 30% para a Algás.

Ao todo, 14 empresas concorreram à licitação para a construção do gasoduto entre Penedo e Ara-piraca e a vencedora foi a Thompson e Azevedo e Cia Ltda, a empresa também foi vencedora da licitação para a duplicação do gasoduto entre Pilar e Mare-chal Deodoro, que teve nove empresas participantes no certame.

NOVA EMPRESAO governador Renan Filho assinará, nesta se-

gunda-feira, 9, o decreto que trata da instalação da empresa Esmalglass em Alagoas, promovendo a di-versificação da economia e o desenvolvimento indus-trial do Estado. A solenidade de assinatura acontece às 10h, no Salão Aquatune, no Palácio República dos Palmares.

Atuando como uma das líderes mundiais na fa-bricação de esmaltes, pigmentos e aditivos cerâ-

micos, a empresa espanhola escolheu Alagoas para implantar sua segunda unidade, que deverá gerar, aproximadamente, 200 em-pregos diretos.

Para a secretária do Desenvolvimen-to Econômico e Turismo, Jeanine Pires, a atração de novas empresas representa

a inclusão do Estado no cenário de desen-volvimento e o sucesso de seus diferenciais

competitivos.“Os avanços no setor industrial promovem a

diversificação da cadeia produtiva, a inovação tec-

econômica é percebida pelos micro e pe-quenos varejistas e já afeta os negócios”, indica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “A situação econômica do país ainda não apresentou sinais de recupe-ração nos últimos meses, e a confluência negativa dos principais indicadores eco-nômicos tem resultado no pessimismo dos empresários.”

Para a economista-chefe do SPC Bra-sil, Marcela Kawauti, os dados apresen-tam um cenário recessivo e pouco ani-mador para os empresários. “O governo e o mercado preveem uma queda do PIB brasileiro próxima de 3% em 2015 e para o próximo ano ainda não há perspectiva de retomada vigorosa”, analisa.

A percepção dos MPEs sobre como se-rão os próximos seis meses para a econo-mia e para os seus negócios também foi analisada. Em outubro, o Indicador de Ex-pectativas registrou 50,25 pontos, acima dos 48,71 pontos verificados em setembro.

O resultado, porém, foi puxado pelas expectativas sobre os negócios: quase me-tade dos empresários (47,13%) diz estar

confiante com a sua própria empresa. “Como nos meses anteriores, em outubro, o sub-indicador de Expectativas para os Negócios foi o que obteve o resultado mais elevado, com 56,60 pontos”, diz Ka-wauti. “As expectativas podem estar favorecidas pela proximidade com final de ano, quando as vendas costumam ser maiores.”

Quando são indagados sobre o que acreditam que aconte-cerá com o faturamento de sua empresa nos próximos seis meses, boa parte dos empresários não contam com quedas: para 41,1%, o faturamento permanecerá no mesmo nível; outros 32,6% acreditam que ele poderá até mesmo crescer e 23,4% acreditam que suas receitas irão cair.

Já o subindicador de Expectativas para a Economia re-gistou 43,90 pontos em outubro. “Mesmo o indicador estan-do melhor que os 41,28 pontos de setembro, a maior parte dos empresários ainda está pessimista com a trajetória da economia nos próximos seis meses”, diz Kawauti. 47,25% dos empresários manifestaram pessimismo com o futuro da economia; já 25,38% afirmaram que tudo permanecerá como está.

METODOLOGIAO Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresá-

rio (ICMPE) leva em consideração 800 empreendimentos do setor comércio varejista e serviços, com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; 100 indica a situação limite em que todos os entrevistados con-sideram que as condições gerais “melhoraram muito”.

Baixe a análise do Indicador de Confiança MPE clicando em “baixar arquivos” no link:

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economi-cos

SEFAZ

Adesão ao Programa de Recuperação Fiscal pode ser feita até dia 30Os contribuintes alagoanos que possuem débitos de

ICMS e querem regularizar sua situação podem procu-rar a Procuradoria-Geral do Estado ou a Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas para aderir ao Progra-ma de Recuperação Fiscal (Profis).

Assim, as dívidas podem ser pagas em até 120 par-celas mensais e fixas do início ao fim do parcelamento, com taxa de juros fixa e menor que a do Sistema Espe-cial de Liquidação e Custódia (Selic). O programa está disponível para adesão até 30 de novembro.

No caso da PGE, a adesão é feita de forma presencial para contribuintes com débitos inscritos em Dívida Ati-va ou já executados judicialmente, conforme explicou a coordenadora da Procuradoria da Fazenda Estadual, a procuradora Emmanuelle Pacheco. Ela enfatizou que se o contribuinte já estiver com ação judicial ele terá

que vir a Procuradoria Geral do Estado, especificamen-te na Procuradoria da Fazenda, para receber atendi-mento e parcelar seus débitos.

“É uma oportunidade ímpar para o contribuinte regularizar sua situação fiscal perante o Estado”, afir-mou. Segundo a procuradora, a parcela mínima é de R$ 100 para optantes do Simples Nacional e de R$ 500 para empresas normais. Ela reforçou que o Profis busca garantir que o contribuinte tenha condições de finalizar o pagamento da última parcela, evitando o acúmulo de uma nova dívida. A Procuradoria Geral fica localizada na Avenida Assis Chateaubriand, no bairro do Prado.

O Profis garante, ainda, a redução dos honorários da PGE em até 50% através de acordo realizado entre a Sefaz e Associação dos Procuradores do Estado de Ala-goas (APE-AL). O cálculo de honorários para pagamen-

to à vista será de 5% sobre a parcela consolidada após deduções e 10% no pagamento parcelado.

BENEFÍCIOSQuem optar pelo pagamento em parcela única terá

redução de 95% de multas e 80% dos juros por atraso aplicados ao valor devido. Se a opção for parcelamento em até 60 vezes, o contribuinte recebe redução de 80% das multas e de 60% dos juros. Acima de 60 e até 120 parcelas, as reduções consistem em 65% das multas e 50% dos juros.

Na simulação hipotética de uma dívida de R$ 100 mil, o contribuinte que optar em assumir 120 parcelas pagaria em cada uma delas R$ 1304 o que totalizaria R$ 156.480 ao final. No antigo Programa de Parcela-mento Incentivado, por exemplo, este valor chegaria a mais de R$ 182 mil caso essa fosse a modalidade de

adesão feita pelo contribuinte. Mais informações po-dem ser obtidas pelo telefone 0800-284-1060.

Mutirão FiscalO Poder Judiciário de Alagoas realiza, em parceria

com as Fazendas Públicas de Maceió e do Estado, entre os dias 17 e 20 deste mês, mutirão fiscal para que os contribuintes com impostos (ICMS, IPTU, IPVA, entre outros) atrasados quitem seus débitos junto aos cofres públicos. A ação terá início às 8h e seguirá até as 17h, no Ginásio do Sesi, no bairro Trapiche, na Capital.

Segundo o coordenador do programa Justiça Itine-rante, juiz André Gêda Peixoto Melo, mesmo que não tenham sido convocados ou respondam a processo ju-dicial, os contribuintes que tenham dívidas tributárias podem aproveitar a oportunidade para fazer negocia-ção.

Page 17: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 ECONOMIA 17MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015ECONOMIA16 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

Apenas 31% dos micro e pequenos estão confiantes na economiaApesar da incerteza no futuro econômico, quase metade dos empresários se diz confiante com seus negócios, revela pesquisa feita pela CNDL e SPC Brasil

Contratos para contrução e duplicação de gasodutos foram assinados com redução de 30% nos custos

A conjuntura da economia brasileira segue afetando a confiança dos micro e pequenos varejistas e prestadores de serviços. O Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário (ICM-

PE), calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), registrou 38,72 pontos em outubro. Embora o resultado tenha ficado ligeiramente aci-ma do observado em setembro (37,62 pontos), o indicador segue abaixo do nível neutro de 50 pontos. A maior parte dos empresários continua pessimista com o ambiente econômico do país: cerca de 85,88% dos empresários consultados acreditam que as condições econômicas se de-terioraram nos últimos seis meses e apenas 31% estão confiantes com o futuro da economia.

O ICMPE é composto mensalmente pelo Indicador de Condi-ções Gerais e o Indicador de Expectativas, com as opiniões dos micro e pequenos empresários nos 27 estados.

ConfiançaO Indicador de Condições Gerais mede a percepção do empresário em relação à trajetória da economia e de seu

negócio nos últimos seis meses. Em outubro, regis-trou 23,34 pontos, pouco acima do verificado em se-

tembro, quando o número estava em 22,82 pontos. Apesar da discreta melhora,

abaixo dos 50 pontos, o resultado indica que a maior parte dos em-

presários faz uma avaliação pes-simista dos últimos seis meses.

Quando analisada as Con-dições Gerais da Economia, o indicador marcou 17,30 pon-

tos em outubro, ante 17,36 pon-tos em setembro. O indicador de Condições Gerais do Negócio sobre os últimos seis meses tam-

bém é negativo, ainda que mais moderado, com 29,38 pontos, con-

tra 28,28 pontos no mês anterior.“Os dados evidenciam que a crise

CONTRATOS ASSINADOS

Gasoduto Penedo-Arapiraca e duplicação entre Pilar-Marechal

nológica e avanços econômicos que, consequentemente, geram emprego e renda para os alagoanos. Essas parcerias demonstram que estamos dialogando corretamente com o setor produtivo ao apresentar nossas pos-sibilidades e diferenciais competiti-vos no mercado”, ressaltou Jeanine Pires.

Aprovados durante a última reu-nião do Conselho Estadual de De-senvolvimento Econômico e Social de Alagoas (Conedes), realizada no dia 08 de outubro, serão concedidos incentivos fiscais, creditícios e loca-cionais para a instalação da Esmal-glass.

De acordo com o superintenden-te de Indústria, Comércio e Serviços da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), An-dré Luiz Gomes, o curto espaço de tempo entre a aprovação dos incen-tivos e assinatura do decreto com-prova os avanços e a celeridade na concessão de benefícios.

Alagoas deu mais um importante passo para a interiorização do desenvolvimento. Na manhã da sexta-feira (6), o Conselho de Administração da dis-tribuidora alagoana de gás natural canalizado, a Al-gás, assinou junto aos representantes da Thompson e Azevedo e Cia Ltda o contrato para a execução das obras do gasoduto Penedo-Arapiraca e a duplicação do gasoduto Pilar-Marechal Deodoro.

De acordo com o diretor presidente da Algás, Arnóbio Cavalcanti, a expansão da rede de abasteci-mento de gás natural para outros municípios alago-anos é um vetor estratégico para a interiorização do desenvolvimento em Alagoas.

“O processo de interiorização do gás natural é um dos projetos que impulsionará o desenvolvimen-to para outras regiões do Estado. Na prática, isso significa um atrativo estratégico para a instalação de novas indústrias nessas regiões”, pontua Caval-canti.

A construção do gasoduto Penedo-Arapiraca se concretizará em quatro etapas, sendo a primeira e a segunda finalizadas em 14 meses para uma extensão de 34 km. Ao término da obra, o empreendimento terá extensão total de 66 km e partirá da estação da Algás em Penedo e passará pelos municípios Igreja Nova e São Sebastião até chegar à futura Estação de Regulagem de Pressão (ERP) da Algás na cidade de Arapiraca.

Já a duplicação do ga-soduto entre Pilar e Mare-chal Deodoro, com 15 km de extensão, será realiza-da em uma única etapa com nove meses de dura-ção. Para a distribuidora, a expansão do fornecimento de gás natural nessa região aumen-tará a sua capacidade de atendimento e

permitirá a instalação de novas indústrias no Polo José Aprígio Vilela, em Marechal Deodoro.

As obras dos dois gasodutos foram orçadas em R$ 52 milhões, sendo R$ 41 milhões para o Gasodu-to Penedo-Arapiraca (cerca R$ 14 milhões para as etapas 1 e 2) e R$ 11 milhões para o Gasoduto Pilar--Marechal Deodoro. Segundo a companhia, as lici-tações das duas obras foram muito concorridas e as propostas vencedoras proporcionaram uma redução dos custos em torno de 30% para a Algás.

Ao todo, 14 empresas concorreram à licitação para a construção do gasoduto entre Penedo e Ara-piraca e a vencedora foi a Thompson e Azevedo e Cia Ltda, a empresa também foi vencedora da licitação para a duplicação do gasoduto entre Pilar e Mare-chal Deodoro, que teve nove empresas participantes no certame.

NOVA EMPRESAO governador Renan Filho assinará, nesta se-

gunda-feira, 9, o decreto que trata da instalação da empresa Esmalglass em Alagoas, promovendo a di-versificação da economia e o desenvolvimento indus-trial do Estado. A solenidade de assinatura acontece às 10h, no Salão Aquatune, no Palácio República dos Palmares.

Atuando como uma das líderes mundiais na fa-bricação de esmaltes, pigmentos e aditivos cerâ-

micos, a empresa espanhola escolheu Alagoas para implantar sua segunda unidade, que deverá gerar, aproximadamente, 200 em-pregos diretos.

Para a secretária do Desenvolvimen-to Econômico e Turismo, Jeanine Pires, a atração de novas empresas representa

a inclusão do Estado no cenário de desen-volvimento e o sucesso de seus diferenciais

competitivos.“Os avanços no setor industrial promovem a

diversificação da cadeia produtiva, a inovação tec-

econômica é percebida pelos micro e pe-quenos varejistas e já afeta os negócios”, indica o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “A situação econômica do país ainda não apresentou sinais de recupe-ração nos últimos meses, e a confluência negativa dos principais indicadores eco-nômicos tem resultado no pessimismo dos empresários.”

Para a economista-chefe do SPC Bra-sil, Marcela Kawauti, os dados apresen-tam um cenário recessivo e pouco ani-mador para os empresários. “O governo e o mercado preveem uma queda do PIB brasileiro próxima de 3% em 2015 e para o próximo ano ainda não há perspectiva de retomada vigorosa”, analisa.

A percepção dos MPEs sobre como se-rão os próximos seis meses para a econo-mia e para os seus negócios também foi analisada. Em outubro, o Indicador de Ex-pectativas registrou 50,25 pontos, acima dos 48,71 pontos verificados em setembro.

O resultado, porém, foi puxado pelas expectativas sobre os negócios: quase me-tade dos empresários (47,13%) diz estar

confiante com a sua própria empresa. “Como nos meses anteriores, em outubro, o sub-indicador de Expectativas para os Negócios foi o que obteve o resultado mais elevado, com 56,60 pontos”, diz Ka-wauti. “As expectativas podem estar favorecidas pela proximidade com final de ano, quando as vendas costumam ser maiores.”

Quando são indagados sobre o que acreditam que aconte-cerá com o faturamento de sua empresa nos próximos seis meses, boa parte dos empresários não contam com quedas: para 41,1%, o faturamento permanecerá no mesmo nível; outros 32,6% acreditam que ele poderá até mesmo crescer e 23,4% acreditam que suas receitas irão cair.

Já o subindicador de Expectativas para a Economia re-gistou 43,90 pontos em outubro. “Mesmo o indicador estan-do melhor que os 41,28 pontos de setembro, a maior parte dos empresários ainda está pessimista com a trajetória da economia nos próximos seis meses”, diz Kawauti. 47,25% dos empresários manifestaram pessimismo com o futuro da economia; já 25,38% afirmaram que tudo permanecerá como está.

METODOLOGIAO Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresá-

rio (ICMPE) leva em consideração 800 empreendimentos do setor comércio varejista e serviços, com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica que houve percepção de piora por parte dos empresários. A escala do indicador varia de zero a 100. Zero indica a situação limite em que todos os entrevistados consideram que as condições gerais da economia e dos negócios “pioraram muito”; 100 indica a situação limite em que todos os entrevistados con-sideram que as condições gerais “melhoraram muito”.

Baixe a análise do Indicador de Confiança MPE clicando em “baixar arquivos” no link:

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economi-cos

SEFAZ

Adesão ao Programa de Recuperação Fiscal pode ser feita até dia 30Os contribuintes alagoanos que possuem débitos de

ICMS e querem regularizar sua situação podem procu-rar a Procuradoria-Geral do Estado ou a Secretaria de Estado da Fazenda de Alagoas para aderir ao Progra-ma de Recuperação Fiscal (Profis).

Assim, as dívidas podem ser pagas em até 120 par-celas mensais e fixas do início ao fim do parcelamento, com taxa de juros fixa e menor que a do Sistema Espe-cial de Liquidação e Custódia (Selic). O programa está disponível para adesão até 30 de novembro.

No caso da PGE, a adesão é feita de forma presencial para contribuintes com débitos inscritos em Dívida Ati-va ou já executados judicialmente, conforme explicou a coordenadora da Procuradoria da Fazenda Estadual, a procuradora Emmanuelle Pacheco. Ela enfatizou que se o contribuinte já estiver com ação judicial ele terá

que vir a Procuradoria Geral do Estado, especificamen-te na Procuradoria da Fazenda, para receber atendi-mento e parcelar seus débitos.

“É uma oportunidade ímpar para o contribuinte regularizar sua situação fiscal perante o Estado”, afir-mou. Segundo a procuradora, a parcela mínima é de R$ 100 para optantes do Simples Nacional e de R$ 500 para empresas normais. Ela reforçou que o Profis busca garantir que o contribuinte tenha condições de finalizar o pagamento da última parcela, evitando o acúmulo de uma nova dívida. A Procuradoria Geral fica localizada na Avenida Assis Chateaubriand, no bairro do Prado.

O Profis garante, ainda, a redução dos honorários da PGE em até 50% através de acordo realizado entre a Sefaz e Associação dos Procuradores do Estado de Ala-goas (APE-AL). O cálculo de honorários para pagamen-

to à vista será de 5% sobre a parcela consolidada após deduções e 10% no pagamento parcelado.

BENEFÍCIOSQuem optar pelo pagamento em parcela única terá

redução de 95% de multas e 80% dos juros por atraso aplicados ao valor devido. Se a opção for parcelamento em até 60 vezes, o contribuinte recebe redução de 80% das multas e de 60% dos juros. Acima de 60 e até 120 parcelas, as reduções consistem em 65% das multas e 50% dos juros.

Na simulação hipotética de uma dívida de R$ 100 mil, o contribuinte que optar em assumir 120 parcelas pagaria em cada uma delas R$ 1304 o que totalizaria R$ 156.480 ao final. No antigo Programa de Parcela-mento Incentivado, por exemplo, este valor chegaria a mais de R$ 182 mil caso essa fosse a modalidade de

adesão feita pelo contribuinte. Mais informações po-dem ser obtidas pelo telefone 0800-284-1060.

Mutirão FiscalO Poder Judiciário de Alagoas realiza, em parceria

com as Fazendas Públicas de Maceió e do Estado, entre os dias 17 e 20 deste mês, mutirão fiscal para que os contribuintes com impostos (ICMS, IPTU, IPVA, entre outros) atrasados quitem seus débitos junto aos cofres públicos. A ação terá início às 8h e seguirá até as 17h, no Ginásio do Sesi, no bairro Trapiche, na Capital.

Segundo o coordenador do programa Justiça Itine-rante, juiz André Gêda Peixoto Melo, mesmo que não tenham sido convocados ou respondam a processo ju-dicial, os contribuintes que tenham dívidas tributárias podem aproveitar a oportunidade para fazer negocia-ção.

Page 18: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

26,3% das mães dãomesada para os filhosPrincipal motivação é ensinar as crianças a lidarem com o dinheiro

Pesquisa refere-se àqueles consumidores que vivem fora do padrão de vida

Uma das maneiras mais conhecidas dos pais ensinarem as crianças e adolescentes a li-darem com o dinheiro é darem uma mesada e se certificarem que os filhos sabem administrá--la. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo por-tal Meu Bolso Feliz mostra que 26,3% das mães de crianças e adolescentes adotam a mesada, em sua maioria como uma práti-ca de educação financeira.

De acordo com o estudo, a média da idade em que os filhos começam a receber mesada é de nove anos e o valor médio é de R$ 123,00, sendo que 63% des-sas mães dão até R$ 100,00 por

mês. Entre os principais desti-nos da mesada, o principal é a compra de lanches (45,7%), se-guido de reserva para comprar algo que goste muito (39,9%), brinquedos e jogos (38,7%), e li-vros e revistas (36,8%).

Valor compatívelO educador financeiro do

SPC Brasil, José Vignoli, ressal-ta que a decisão sobre o valor da mesada é pessoal e depende da condição financeira familiar. “O mais importante é que as mães não sacrifiquem o orçamento da casa, e sim, ofereçam um valor compatível com a renda fami-liar”, diz.

A principal motivação das mães que dão mesada é ensinar

os filhos a lidarem com dinheiro (76,8%). No entanto, 26% das mães que dão mesada não con-trolam os gastos. Caso a mesada acabe antes do previsto, 59,5% das mães afirmam não dar mais dinheiro.

Entre as mães que não dão mesada (48,8%), as principais justificativas são que o filho é muito novo, principalmente en-tre pertencentes às classes A e B; e que elas preferem ter o con-trole dos gastos - opção mais es-colhida entre as mães das clas-ses C e D. Na média, as mães que não dão mesada atualmen-te, mas pretendem dar, só fa-rão quando os filhos tiverem 12 anos.

Há também uma parcela de mães (12,4%) que pararam de dar mesada. Entre elas, a restrição orçamentária / que-da do rendimento familiar é o principal motivo, mencionado por 84,6%. Para a economista--chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, quando as finanças de casa ficam comprometidas, o corte realmente deve ser de todos os lados. “Em meio à crise econômica, com alta da inflação e do desemprego, o orçamento fica restrito e as contas básicas e mais importantes devem ser priorizados. Na hora do aperto, é possível rever os gastos com lazer, incluindo as mesadas”, explica.

Por meio da mesada, adolescentes aprendem valorizar compra

59% dos entrevistados se excedem nas compras por sentirem necessidade de conquistar coisas novas, e, para isso, bastam alguns cliques

Mesada é uma das maneiras mais conhecidas dos pais ensinarem as crianças e adolescentes a lidarem com o dinheiro

FINANCEIRAMENTE

Mesada como simulação da vida adulta ajuda a educar

INTERNAUTAS

Admitem reparar na casa, roupa e celular de colegas

PARA AGRADAR OUTROS

Internautas gastam mais que podem

O educador financeiro ensina que a mesada tam-bém pode ensinar bastante sobre situações típicas da vida adulta. “Por meio dela as crianças e adolescentes podem perceber que vários produtos custam mais caro que a renda disponível, esti-mulando a busca de estraté-gias para realizar objetivos maiores”, diz.

Vignoli dá dicas para que as mães passem para seus filhos e saibam usar a me-sada como uma ferramenta de educação financeira, tais como aguardar e reunir o valor de duas ou três mesa-das a fim de comprar algo mais caro que se deseja; e aprender a pesquisar preços e até mesmo repensar a ne-cessidade de fazer determi-nada compra.

E acrescenta: a mesada nunca deve ser utilizada como instrumento de tro-ca em relação aos deveres dos filhos. “Não se deve, por exemplo, condicionar o gan-ho de dinheiro a bons resul-tados obtidos na escola ou ao cumprimento das obrigações rotineiras em casa.”

SEM POUPANÇAO estudo do SPC Brasil

também investigou os pro-

dutos financeiros mais pro-porcionados pelas famílias aos filhos. Cerca de 61,0% das mães entrevistadas não faz poupança para os filhos. Entre as que fazem (39,2%), a principal finalidade da re-serva é financiar os estudos no futuro (40,3%) e guardar dinheiro para algum impre-visto (25,0%).

Em relação a outros pro-dutos financeiros, apenas 5,4% dos filhos possuem cartão de crédito, princi-palmente os adolescentes; e 7,9% têm conta corrente com cartão de débito.

Segundo a economista, o uso do cartão de crédito pe-las crianças e jovens exige muita atenção dos pais.

“É uma modalidade de pagamento que pode ajudar se usada com organização e controle. Os pais devem en-sinar os filhos a gastarem apenas uma parte do seu dinheiro, guardando o resto para possíveis compras fu-turas ou reserva financeira. Também devem ensiná-los a acompanharem as fatu-ras, datas de vencimento e que nunca se deve entrar no rotativo, já que as taxas dos bancos são extremamente altas”, analisa Kawauti.

Reparar nos bens mate-riais de amigos e familiares é comportamento frequente entre os consumidores entre-vistados. Segundo a pesquisa, 46% dos internautas ouvidos admitem reparar na casa ou no apartamento dos familia-res e amigos - sobretudo as mulheres (51%). Seguindo a lista, os outros produtos que os entrevistados mais obser-vam nas pessoas a sua volta são o modelo de carro de ami-gos e familiares (42%), a for-ma como se vestem (42%) e a marca de celular que possuem (40%).

Quando um familiar ou amigo adquire um celular novo, 37% dos entrevistados garantem ficar com vontade de comprar um para si tam-bém. Comportamento similar é observado no caso das com-pras de roupas (35%) e de au-tomóvel (30%).

“Por meio das coisas que possuem, os consumidores podem demonstrar poder, prestígio e expressar a sua identidade perante os outros. Por isso que algumas pessoas se sentem tão influenciadas pelos hábitos de consumo das pessoas com as quais convi-vem”, explica Vignoli.

INFLUÊNCIAS SOCIAISA fim de mensurar o impac-

to e a influência que as novas aquisições de outras pessoas exercem sobre o entrevistado, o estudo preparou algumas si-mulações. Em um dos casos, os respondentes foram per-guntados se sairiam com os colegas de trabalho para um

happy hour após o expediente mesmo com o orçamento aper-tado. Dentre os internautas pesquisados, 30% admitiram que sim, sendo que 19% nem pensariam no orçamento para aproveitar o momento e, 11% iriam a confraternização por-que ficariam preocupados com o que as demais pessoas pode-riam falar ao seu respeito.

Em outra simulação traça-da pelo SPC Brasil, pergun-tou-se se o que o entrevistado faria caso seu filho pedisse para ganhar um celular novo, uma vez que seus colegas possuem um modelo mais moderno. Para 46% dos en-trevistados a compra de um novo celular não é justificável neste caso e, portanto, não realizariam a compra, mas 39% comprariam o aparelho mais moderno, ainda que em alguns casos tivessem de jun-tar dinheiro para isso.

Embora a maioria dos en-trevistados (80%) tenha dito que veio de famílias cujos pais eram econômicos ou equili-brados financeiramente, qua-tro em cada dez internautas (37%) disseram não ter re-cebido qualquer educação fi-nanceira dentro do ambiente familiar. “Extrapolar os limi-tes do próprio orçamento para manter um padrão de vida incompatível com a renda fa-miliar, seja para agradar a si mesmo ou para provar algo diante dos outros, é uma ati-tude arriscada e que pode cau-sar sérios dados para a saúde financeira do consumidor”, sustenta Vignoli.

Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lo-jistas (CNDL) realizada em todas as capitais somente com internautas que vivem fora do seu padrão de vida, ou seja, gastam mais do que podem ou fecham o mês sem sobras de dinheiro, revela que um quarto (25%) dos en-trevistados admite comprar produtos que extrapolam o seu orçamento apenas para agradar os outros.

O percentual é maior en-

tre pessoas com idade entre 25 e 35 anos (35%). O levan-tamento revela ainda que 12% dos entrevistados com-pram mais do que podem com o intuito de manter a reputa-ção ou a boa imagem peran-te os demais e 11% realizam suas compras pensando mais no que as pessoas ao seu re-dor vão achar deles do que na própria satisfação pessoal.

Para o educador financei-ro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli, o estudo consta-ta que muitos consumidores idealizam para si um padrão

de consumo que diversas vezes não corresponde aos limites do seu próprio orça-mento pessoal. “Isso acontece porque muitos desses consu-midores querem transmitir às pessoas do seu convívio, como amigos, parentes e cole-gas de trabalho, que eles são pessoas bem sucedidas e rea-lizadas, exemplo disso é que 66% dos entrevistados disse-ram ficar felizes quando re-ceberem elogios por algo que compraram”, afirma Vignoli.

De acordo com a pesquisa, seis em cada dez (59%) en-

trevistados reconhecem que a necessidade de conquistar coisas novas e a expectati-va de melhorarem de vida explicam, em parte, o fato deles gastarem mais do que deveriam. Há ainda aqueles que estouram o orçamento ou fecham o mês sem sobras de dinheiro porque gostam de manter uma vida glamorosa e confortável (24%) e os que atribuem às dificuldades en-frentadas no dia a dia (18%) como razão para não contro-larem seu orçamento domés-tico.

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015ECONOMIA18 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 19: Edição número 2490 -8 de novembro de 2015

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Lollapalooza Brasil divulga divisão de atrações por diaO Lollapalooza Brasil, que acontece em 12 e 13 de março de 2016, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, divulgou a divisão por dia de suas atrações. No sábado, o line-up é encabeçado por Eminem, Mumford & Sons e Tame Impala. No domingo, Florence + The Machine, Jack Ü e Snoop Dogg são as principais atrações. As vendas de ingressos avulsos, para apenas um dia, começam às 12h desta terça-feira pela internet ou na bilheteria oficial do Citibank Hall em São Paulo, além dos pontos de vendas autorizados. O ingresso para cada dia custa R$ 380, no primeiro lote. O combo de ingressos para os dois dias, já no terceiro lote, sai por R$ 800. Quem quiser as mordomias da área vip, precisa desembolsar R$ 500 (por dia) ou R$ 900 (para os dois dias) além do ingresso.

ALEXANDRE MATIASBLOG DO MATIAS

Há exatos 20 anos os Raimundos lançavam seu segundo disco – e a esperança de uma segun-da década consecutiva de rock brasileiro come-

çava a acabar. Não por culpa do disco, claro. Mas ele marcou uma mudança de patamar para a banda de Brasília, que poderia se tornar a banda mais popular da última década do século passado mas que preferiu deixar seu som ainda mais pesado, distanciando-se cada vez mais de um pop nacional que vinha sendo forjado desde o início daquela década.

Em vários aspectos, Lavô Tá Novo é o melhor disco dos Raimundos. Ele abre com duas cacetadas que estão entre as melhores músicas pesadas já gravadas no Brasil – “Tora Tora’’ e “Eu Quero Ver o Oco’’ – e desfila hits imbatíveis tanto no lado hard rock/hardcore (“Bestinha’’, “Herbocinética’’, “Pitando no Kombão’’ e “Sereia da Pedreira’’) quanto no lado da canção jocosa (“O Pão da Minha Prima’’, “Opa! Peraí, Caceta’’ e a irresistível “I Saw You Saying (That You Say That You Saw)’’), que era uma das principais características do primeiro disco da banda. A banda ainda mantinha o pé no forró, que lhe firmou como novidade no cenário pop brasileiro (“Tá Querendo Desquitar (Ela Tá Dando)’’ e “Esporrei na Manivela’’, as duas com a participa-

ção do sanfoneiro Zenilton). Mas o disco também era o começo do fim do Bangue-la e o início do distanciamento da banda de um público mais amplo – mais pop.

O Banguela foi um experimento que o então jornalista gaúcho Carlos Eduar-do Miranda propôs aos Titãs. Mostrou várias fitas demo de bandas iniciantes para a banda paulista e conseguiu con-vencê-los a criar um selo para lançá-las. Não era a única iniciativa neste sentido: o produtor Pena Schmidt criou o selo Tinitus na multinacional PolyGram para abrir espaço para novas bandas, o guitarrista do Legião Urbana Dado Villa-Lobos e o baixista da Plebe Rude André X abriram o selo Rock It! com o mesmo intuito na EMI, a gravadora Sony abriu o selo Chaos para abrigar artistas ini-ciantes e a BMG ressuscitou o selo Plug para amparar aqueles novos artistas. Com a entrada dos anos 90, as bandas de rock dos anos 80 começaram a ficar velhas e perderam o vínculo com os fãs mais jovens. Uma nova safra de artistas começava a surgir em diversas cidades pelo Brasil e aos poucos criavam um circuito alternativo, certamente inspira-do pelo sucesso do Nirvana em 1991, que mostrou para o grande mercado fonográ-fico que existia uma cena que sobrevivia para além das paradas de sucesso.

O diferencial do selo dos Titãs eram os Raimundos. A banda de Brasília já fazia barulho antes mesmo de lançar seu primeiro disco – sou conterrâneo e contemporâneo deles e lembro de ter

assistido ao grupo abrindo shows do DeFalla e do Ratos do Porão no falecido Grand Circo Lar, que ficava na Espla-nada dos Ministérios, meses antes de eles entrarem quase como penetras no festival campineiro Juntatribo (em que também estava presente – nasci em Bra-sília mas fazia faculdade em Campinas), em 1993, que é considerado o marco zero da banda. Mesmo tocando naquele palco de um metro de altura sob uma lona quase improvisada dava pra ver que a banda estava pronta para acontecer. Assisti ao show do palco, do lado de uma das toscas caixas de som e as centenas de pessoas que haviam ido ao festival se deixaram levar pelo peso, humor e desenvoltura da banda no palco. Quando Miranda assinou-os para o Banguela era previsível que eles se tornariam um dos principais nomes daquele novo rock alternativo. O primeiro disco, batizado apenas com o nome da banda, era cru como suas apresentações – e era só isso que precisava para ganhar um público que ia além do underground e da MTV.

Mas “Selim’’, improvável balada faro-fa, incluída quase em cima da hora, le-vou a banda para outro patamar. E logo os Raimundos estavam tocando no rádio, algo impensável para aquela geração. Mesmo com a MTV Brasil, mesmo com a existência da revista Bizz, mesmo com fãs espalhados em todo o Brasil, a safra de bandas que apareceu junto com os Raimundos atingia um público ínfimo e quase não tinha repercussão popular em

DIVERSÃO&ARTE

massa. Rádio então, nem pensar. Mas a escrotice de uma música lenta sem meias palavras levou a banda para um público completamente novo e o disco de estreia dos Raimundos não só faturou o disco de ouro – uma medida de sucesso do século passado que validava 100 mil discos vendidos – como os levou para a rádio.

Foi esse sucesso que também alimen-tou o Banguela. Com o dinheiro do disco dos Raimundos, Miranda e os Titãs po-diam apostar em outros artistas novos, como Mundo Livre S/A, Graforréia Xilar-mônica, Maskavo Roots e Little Quail & the Mad Birds, além de coletâneas que reuniam artistas do Rio Grande do Sul (Segunda Sen Ley), de Curitiba (Alface) e do interior de São Paulo (Pircorococór, que escrevi o release, inclusive). Aquilo criou uma situação complicada com a banda, que achava que sustentava o selo com seu sucesso, o que era verdade. Mas se não fosse o Banguela, os Raimundos nunca teriam lançado um disco como seu primeiro álbum nem conseguido empla-car nas rádios como aconteceu.

A rusga virou cisma e a banda deixou o Banguela. Lavô Tá Novo, seu segundo disco, foi produzido pelo norte-america-no Mark Dearnley, que já havia traba-lhado com AC/DC e Black Sabbath – e a sonoridade crua do primeiro disco ficou pequena perto das paredes de guitarra do segundo disco. Ao ser lançado pela gravadora mãe do Banguela, a Warner, os Raimundos também deixaram para trás os dias de underground e partiram rumo ao primeiro escalão do pop na-cional. Mas esqueceram de avisar para eles que, apesar de algumas exceções, o Brasil não é um país roqueiro.

O fato de termos tido duas décadas com picos de sucesso calcado no rock – primeiro os anos 60 da Jovem Guarda e da Tropicália e depois os anos 80 com duas cenas de rock brasileiro (a carioca e a paulista, com a brasiliense apertada entre as duas) – criou a ilusão de que o país escuta rock. Mas Roberto Carlos abandonou o rock logo no final dos anos 60, bem como as cabeças do tropicalis-mo e o rock brasileiro dos anos 80 mais facilitou a venda de artistas em bando (método que depois tornou possível o sucesso em larga escala da lambada, do sertanejo, da axé music e do pagode, nesta ordem) do que fez o país se acos-tumar com os sons das guitarras. Duas frases de épocas distintas sintetizam o apreço brasileiro pelo rock: “Roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido’’ de Rita Lee, e “não existe rock alternati-vo no Brasil, rock no Brasil é alternati-vo’’, de João Gordo.

E ao abrir o caminho rumo ao hard rock, os Raimundos foram ao mesmo tempo perdendo o apelo popular que tiveram no primeiro disco e ficando mais sérios e menos engraçadinhos. Lavô Tá Novo ainda tinha a essência da banda (fora várias referências à maconha, que quase fez o disco se chamar Dedo Ama-relo), mas o terceiro álbum, Lapadas do Povo, os distanciou de vez do público de massa. Sorte dos Mamonas Assassinas, que pegaram o caminho pavimentado pelos Raimundos para ganhar os cora-ções e mentes do Brasil.

Se tivessem lançado um disco pare-cido com seu quarto lançamento – Só No Forevis é outro clássico da banda, justamente por retomar o humor e o vínculo com a canção – talvez conse-guissem permanecer no topo por mais tempo. Mas o pop nacional daquela década ainda tomaria outro golpe pe-sado quando o Fiat que Chico Science dirigia saiu desgovernado em direção a um poste, matando ele que seria o maior popstar do século passado, em 1997. A trágica morte dos Mamonas, no ano anterior, também ajudou o rock brasi-leiro a perder espaço e a tríade sertane-jo-axé-pagode dominou geral. Talvez se Só No Forévis fosse lançado no lugar de Lapadas do Povo ainda teríamos uma cena de rock com disposição para tocar no rádio. Mas, depois dos Raimundos, salvo uma Pitty aqui, um Los Hermanos ali e a safra de bandas emo (que tocava mais no rádio pelo apelo romântico do que pela pegada rock), o rock brasileiro voltou para o underground.

fimO COMEÇO DO

As duas décadas do CD “Lavô Tá Novo”, melhor trabalho da antológica Raimundos, decretou o “fim” do rock brasileiro

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DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015

“Croquis das Princesas” O Ballet e a Cia Maria Emília Clark apresentam: “Croquis das Princesas”. A fantasia não possui classe social, existe para quem quiser vivê-la, ela pode provocar sonhos, e fazer a criança imaginar mundos diferentes do seu e modificar o seu universo na busca por melhores dias no ato da criação. Contextualizamos a trajetória da arquiteta e produtora Mirna Porto Maia, utilizando o método da socialização do movimento, na pedagogia do gesto, no resgate da autoestima, diante de sua história criativa e significativa no estado. Apresentaremos tam-bém, os repertórios clássicos (O Corsário, A Bela Adormecida, O Pássaro Azul, La Bayadère, Dom Quixote) e na segunda parte um musical contemporâneo. Local: Teatro Gustavo Leite, Centro de Convenções. Dias: 14 de novembro às 19h. 15 de novem-bro às 16h e 19h. Informações: (82)30313040 (82)33368292 Celular: (82)993187172 E-mail: [email protected]

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Flimar Iniciado o mês de novembro, fãs de literatura e cultura já começam a se preparar para um dos mais impor-tantes eventos da cena em Alagoas. Em sua 6ª edição, a Festa Literária de Marechal Deodoro (Flimar) deste ano acontece entre os dias 11 e 15 de novembro, reunindo diversas atra-ções do universo da literatura e das artes. Com uma vasta programação, dividida entre palestras, workshops, mesas redondas, exposições, música e teatro, a movimentação na cidade histórica Marechal Deodoro impul-siona o turismo cultural do município que fica às margens da Lagoa Man-guaba e carrega características histó-ricas em seus belos monumentos.

CamerataCom repertório sensivelmente volta-do à musicalidade clássica brasileira, a Camerata Ero Dictus apresenta o concerto ‘Ero Dictus In Classic’, no dia 11 de novembro, às 19h, em co-memoração aos 105 anos do Teatro Deodoro e aos 200 anos de Maceió. O espetáculo é uma realização do Instituto de Cultura Ero Dictus (Iced) e da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac) em parceria com o Ministério da Cultura (MinC) e marca ainda os quatro anos de fundação da camerata. Um programa instru-mental essencialmente inédito está sendo preparado em homenagem aos maceioenses, neste evento que promete requinte na comemoração das instituições aniversariantes.

Show Zé Ramalho & Banda Z

O cantor e compositor Zé Ramalho apresenta a nova turnê 2015 em novembro, no Maceió Shopping. Acompanhado pela banda Z, o músico apresenta sucessos da carreira como Admirável Gado Novo, Avôhai e Táxi Lunar. Ícone da MPB

dos anos 1970 e 1980, Zé Ramalho gravou discos clássicos como A Peleja do Diabo com o Dono do Céu (1980). Em 1975, ele acompanhou o pernambucano Alceu Valença em festival musical da Rede Globo, defendendo a canção Vou Danado Pra Catende. Parti-ciparam ainda Lula Côrtes, Ivinho, Paulo Rafael e Israel Semente Proibida. Ingressos: Meia 50,00 - inteira 100,00. Mesa (04pessoas) Ouro 600,00. Mesa (04pessoas) Prata 500,00. Mesa (04pessoas) Bronze 400,00. Últimos ingressos do 1 lote. VENDAS: Viva Alagoas - Maceió Shopping. Mais informações: (82) 981225500.

Mostra Cultural Incentivar o retorno do hábito à leitura é a proposta da Mostra Cul-

tural: Viagem Literária, que acontece nas dependências do Instituto da Visão, até o dia 20 de novembro. A abertura acontece amanhã (9),

às 19h, com um coquetel e apresentação do cantor e compositor alagoa-no Júlio Uçá. Nesta edição, será tratado o tema da arte escrita, com o objetivo de resgatar o gosto pela boa leitura, instigar a imaginação e a criatividade. Entre as atividades desenvolvidas serão realizadas apre-sentações musicais, exposição de arte, arrecadação de livros, recital de poesia e biblioteca volante. Entrada franca.

Projeto Domingo de esporte e lazerA Prefeitura de Maceió lembra a todos que hoje, a partir das 9h,

haverá mais uma edição do projeto “domingo de esporte e lazer”, na Praça Centenário, no bairro do Farol. Nessa edição, o projeto

contará com várias atividades de recreação, esporte e cultura. Grupos de teatro, bandas e caravanas também podem participar do evento que terá um palco disponível para apresentações, com a presença do comunicador Pell Marques Show. A feira camponesa também estará instalada no local, onde os agricultores farão a comercialização dos seus produtos sem agrotóxicos.

DoSol 2015O Festival DoSol 2015 chega para celebrar a música brasileira nas suas mais diferentes vertentes durante o mês de novembro. Criado em Natal, no Rio Grande do Norte, o festival chega em várias outras cidades do Nordeste e Maceió não poderia ficar de fora. Nos dias 15 e 22 de novem-bro acontece a edição Festival DoSol com produção local do Alagou. Menores, com idade entre 12 e 17 anos só poderão frequentar o evento acompanhado de um dos pais, representante legal ou acompanhado por um responsável maior de idade que esteja portando uma autorização em duas vias autenticada em cartório. Local: Oráculo, às 16h. Ingressos: R$ 25,00 meia/promocional (cada dia). Vendas: Loja 200 Milhas no Maceió Shopping, Shopping Pátio Maceió e Parque Shopping ou pelo link: http://bit.ly/FestivalDoSol-Maceio

Turnê A Orquestra Castro Alves (OCA), segunda formação do programa NEOJIBA, realiza sua primeira turnê neste mês de novembro, entre dias 09 e 18, percorrendo sete cidades do Nordeste: Maceió, Recife, Caruaru, João Pessoa, Natal, Fortaleza e Salvador. Com ingressos a preços populares, a orquestra tocará sob a regência do jovem maestro e percussionista Cássio Bitencourt. Maceió recebe a turnê no próximo dia 9, em apresentação única, às 19h. Mais informações: (82) 3315.5656.

Geraldo Majella O historiador Geraldo de Majella vai lançar o livro Jayme Miranda, um revolucionário brasileiro, é um perfil biográfico do jornalista alagoano, se-questrado em 4 de fevereiro de 1975, no Rio de Janeiro aos 49 anos em 1992. O lançamento será no dia 10 de novembro, às 19:30 horas na Pizzaria Armazém Guimarães, no bairro de Jatiuca.

Viagem LiteráriaEm meio a uma sociedade digital imediatista, que encontra

tudo pronto na internet, a proposta da 8ª Mostra Cultural com o tema Viagem Literária, é incentivar o retorno do hábito à

leitura. Para termos uma nação pensante e não apenas reprodutora de conteúdo, o primeiro passo é fazer pensar, e para isso é preciso ler. A VIII Mostra será realizada nas dependências do Instituto da Visão, com abertura programada para o amanhã0 (09) a partir das 19h, com um coquetel de abertura e apresentação do cantor e com-positor alagoano Júlio Uçá, ficando aberta a visitação do dia 09 a 20 de novembro, no horário de 07h ás 19h, de segunda a sexta-feira.

Exposição ‘Andeja’ ‘Andeja’ da artista visual Myrian Almeida é a próxima exposição que o Complexo Cultural Teatro Deodoro vai abrigar a partir da próxima terça-feira (10). São 30 telas feitas em recortes de tecidos, colados, de cores intensas e vivas, que se comunicam, lembrando as cores da artista plástica mexicana Frida Kahlo. Visitação: das 8h às 18h (segunda, terça, quinta e sexta) e das 8h às 20h. (quarta-feira). Entrada é franca. Encerra-mento: 12 de dezembro.

Vídeo clipe O Afoxé Povo de Exu convida to-dos os membros da imprensa ala-goana para participar do almoço de lançamento do seu segundo vídeo clipe, hoje, às 14h, na sede do grupo. Será uma tarde agradável com apresentações culturais e muito axé. O clipe é uma produção da Panan Films e dá cor e movimento à música “Povo de Exu”, música carro-che-fe do grupo. Local: Rua do Xangô nº 118 . Loteamento Bela Vista 2, Benedito Bentes 2, Maceió-AL Mais informação - 98866-7196 / 98866-5678

Mupa recebe exposição “Palmares não foi só resistência à escravidão. Foi uma comunidade de pessoas que amavam… sua cor, sua origem, sua gente”, é com esse trecho que o fotógrafo Jorge Fernando Vieira apresenta sua exposição “Palmares e Amores – imagens de heranças vividas”, no Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), e faz parte das comemo-rações do mês da Consciência Negra. O Mupa está localizado na Praça Marechal Floriano Peixoto, Centro, e fica aberto para visita-ções de terça a sexta-feira, das 9h às 16h.

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TRIBUNAINDEPENDENTE

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Otimismo, confiança e entusiasmo em alta. A Lua segue em Virgem e se encontra com Júpiter. Vênus e Marte conti-nuam juntos. Sua capacidade de se relacionar com as pessoas está favorecida. Fica mais fácil mudar e aprimorar o que for preciso para tornar sua vida mais saudável, har-moniosa e produtiva. Bom período para saídas, movimento e passeios em espaços abertos.TOURO – (20/4 a 20/5) – É tempo de organizar a casa ou o local de trabalho, fazer investimentos, poupar ou se dedi-car a um programa de exercícios físicos. Lua e Júpiter se encontram, enquanto Vênus e Marte seguem juntos em

Virgem: o prazer está em promover me-lhorias em sua vida, ao cultivar liberdade e iniciativas saudáveis. Critério, justiça, franqueza, ética e respeito ganham especial destaque.GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – Com a Lua em Virgem e Mercúrio em Escorpião, é tempo de obter diagnósticos e se iden-tificar com as soluções. Procure deixar para trás o que já não serve mais, em nome da saúde e da qualidade de vida.CÂNCER – (22/6 a 22/7) – Bom período para sair, conhecer gente, cultivar movi-mento. Ou para jogar fora velhos papéis, livrar-se do que não está em uso, abrir espaço para coisas novas. A Lua min-guante segue em Virgem e se encontra com Júpiter, indicando energia de sobra.

Organização e critério são palavras de ordem. Agilidade também.LEÃO – (23/7 a 22/8) – Aproveite para estruturar melhor seus projetos, elaborar estratégias, promover análises e revi-sões. O período é ideal para terapias, restaurações e revitalizações. O que você tem feito para transformar, mudar, crescer e aprimorar-se?VIRGEM – (23/8 a 22/9) – A Lua minguante segue em seu signo e se encontra com Júpiter para favorecer a autoestima e a confiança em si mesmo. Você pode crescer e, ao mesmo tempo, investir na qualidade de vida.LIBRA – (23/9 a 22/10) – Os caminhos se abrem. Aos poucos, você sentirá que o que estava parado volta a fluir. Vênus

continua junto com Marte, indicando mais energia, mais movimento e auto-confiança. Bom período para agir com mais liberdade, autonomia, autenticida-de e franqueza. Enquanto isso, a Lua minguante em Virgem pede organiza-ções gerais. Que tal uma boa limpeza em armários e gavetas?ESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Mo-mento ideal para promover uma boa lim-peza, cuidar da saúde, jogar fora papéis e objetos em desuso. O sentimento de que tudo está em ordem pode apaziguar a mente e equilibrar as emoções.SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – O período de contenção continua. Com a Lua minguante em Virgem, não é hora para loucuras mirabolantes e, sim, para

compromisso e responsabilidade. Princi-palmente para consigo mesmo. A Lua se encontra com Júpiter: os cuidados com a sua imagem e com o corpo também são bem-vindos. Vale refletir e perceber o que pode ser melhorado e aprimorado em sua vida.CAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Perseverança, realismo e praticidade são qualidades destacadas pela Lua minguante em Virgem. Para se tornar mais ativo na busca de seus objetivos, você deve ter clareza do que quer para não atirar no escuro. Aproveite o período para organizar-se e definir metas, priorizar assuntos, separar o que tem utilidade do que não tem, equilibrar a rotina, as responsabilidades e a vida.

AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Bom período para finalização de pendências. Com o encontro da Lua em Virgem, vale investir na colaboração, na generosi-dade e em hábitos saudáveis. Procure organizar a agenda para que o período se torne o mais produtivo possível. Com mais discernimento, é tempo de colocar tudo em seu devido lugar. Separar o que tem utilidade, do que já não tem.PEIXES – (19/2 a 20/3) -Há muito a ser finalizado e transformado para que pos-sa aceitar e receber o novo. É importan-te que o passado não o atrapalhe para que seu crescimento seja mais notável em breve. Com a Lua em Virgem, signo oposto ao seu, arrumações gerais são muito bem-vindas.

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015

C’est fini

DIVERSÃO&ARTE 3

TV TUDO

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

HORÓSCOPO

Bate-rebate

“Escolinha do Professor Raimundo” sinaliza para novas gravações na Globo Na Globo, uma nova leva de episódios da nova “Escolinha do Professor Raimundo” está garantida. Pelo

menos é esta a opinião esmagadora da sua equipe - atores, direção e autores. Para eles, o programa, inicialmente tratado como “uma homenagem a Chico Anysio”, reúne todos os ingredientes para ganhar

o formato de temporada e emplacar novas edições. Um otimismo que surgiu após o pessoal conferir o material captado nos estúdios do Projac, sob a direção-geral de Cininha de Paula. Há o entendimento que a “Escoli-nha”, agora com Bruno Mazzeo no papel que foi de seu pai, Chico Anysio, possui fôlego de sobra para muitas outras aulas, porque o time escolhido entendeu sua proposta e se entregou. As gravações dos sete episódios já foram concluídas e aguarda-se a estreia no Viva, dia 23, às 23h, e depois nas noites de domingo da Globo, em dezembro. Oficialmente, a direção da Globo ainda não se pronuncia sobre a sequência da “Escolinha”. Prefere aguardar a exibição e só então discutir o seu futuro.

A Retrospectiva dos Famosos que a Record vai exibir dia 22 de dezembro já está com seu roteiro praticamente fechado e não faltarão espaços para comentar a estreia de Xuxa, na casa, a contratação de Buddy Valastro, o acidente aéreo de Luciano Huck e Angélica, e a polêmica causada pelos comentários de Ed Motta, entre outros.Já a novela “Os Dez Mandamentos” ganhará espaço na retrospectiva do jornalismo. Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·Enquanto Sérgio Marone e vários outros atores concluíram participação em “Os Dez Mandamentos”, Guilherme Winter e Giselle Itié seguem em frente...·...O casal estará na primeira fase de “A Terra Prometida”. ·Valéria Alencar e Rafaela Mandelli também integram o elenco de “A Terra Prometida”.·Globo encerra hoje as gravações da vinheta de fim de ano.·No dia 19, será realizada a 16ª edição do Grammy Latino no hotel MGM de Las Vegas...·Evento que vai homenagear este ano Roberto Carlos...·... O Grammy mais uma vez não terá transmissão de nossas emissoras.·Livre de “I Love Paraisópolis”, Tatá Werneck grava o programa “Vai que cola”.·Renata Alves, do “Hoje em Dia”, viajou para gravar com o Rambo amazonense. ·O especial “Festeja”, da Globo, contou com Camila Queiroz na apresentação. Gravado em Cuiabá.

Roteiro Então ficou assim: César Filho entrará em período de férias na Record entre 4 e 25 de janeiro. Durante o descanso do César, como antecipado neste espaço, Britto Júnior tocará o “Hoje em Dia”, ao lado dos demais apresentadores.

Férias Sérgio Marone concluiu participação em “Os Dez Mandamentos” na Record e agora faz apenas o papel de telespectador.Com contrato longo, coisa rara hoje em dia, o ator, que deu vida a Ramsés, vai aguardar os novos projetos do canal.

O longa “Minha Fama de Mau” é sobre a trajetória de Erasmo Car-los e tem Chay Suede como protagonista. Gabriel Leone fará Roberto Carlos. As filmagens no Rio de Janeiro irão até o dia 7 de dezembro

Em estudos Além de novos episódios para o “Vai pra onde?”, o Multis-how já estuda a rea-lização de um outro formato para Bruno de Luca na sua pro-gramação, que não terá nada a ver com viagens. Enquanto não começa gravar, Bruno dedica-se às filmagens de “Minha Fama de Mau”, no papel de Carlos Imperial.

Chamou a atençãoUm outro detalhe que chamou à atenção nessa primeira bateria da “Escolinha” foi o bom desempenho de Dani Calabresa como Catifunda, personagem que pertenceu a Zilda Cardoso. Nos bastido-res, não foram poucos os elogios ao trabalho executado pela mulher de Marcelo Adnet, que também está no elenco, como Rolando Lero.

Guerra de elenco Diretor de núcleo responsável pela “Escolinha”, Ricardo Waddington até acredita que a Globo irá batalhar por um formato de temporada para o humorístico. Mas observa como inevitáveis algumas baixas no elenco, porque seria praticamente impossível reunir o mesmo grupo, devido a compromissos com outros programas, novelas e séries. Mateus Solano (Zé Bonitinho), só como exemplo, já está no radar da próxima das 23h, “Liberdade Liberdade”, escrita por Márcia Prates.

DIVULGAÇÃO

Deu pro gasto “Mister Brau”, como Lázaro Ramos e Taís Araújo, se garantiu na programação da Globo em 2016. Os protagonistas já receberam essa informação e, por conta disso, vão adiar o retorno às novelas. O ibope do programa não é considerado uma explosão, mas é visto como satisfatório. Deu pro gasto.

Vou de táxi Diana, uma motorista de táxi, será o papel de Pris-cila Fantin em “Êta Mundo Bom”, novela de Walcyr Carrasco que estreia em janeiro na Globo. Priscila vem de uma passagem pelo agora já extinto “To-mara que caia”.

Pacote enviado O elenco de “Êta Mundo Bom”, próxima das seis, na Globo, recebeu os vinte pri-meiros capítulos da novela.Sem surpresas, o Walcyr já disparou no texto. É uma máquina de escrever novelas.

A atriz Bianca Castanho apresenta, a partir deste domingo às 10h15, no SBT, o “Pequenos Campeões”. O programa irá mostrar, a cada edição, a história de duas crianças. Uma já teve sua vida transformada por meio da prática do esporte, a outra irá receber ajuda da primeira para realizar a sua própria trajetória de superação. Trabalho da Formata, é um misto de documentário e ação social

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DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE NOVEMBRO DE 2015

Eles foram destaques no último dia 4, no Ritz lagoa da Anta, quando Elenilson Gomes reuniu seus amigos para uma noite inesquecível em que paris aterrizava em Maceió, personalidades do mundo social e empresarial e do judiciário e segmentos diferentes marcaram presença: Cidônia e presidente da Adepol Antônio Carlos Lessa, o empresário Mário Jorge Câncio, leia-se Óticas Rio Branco

e sua sra. Tacyana Matos Batista, Elenilson Gomes e banquetera Isabel Pinheiro, Marcela Pereira, leia-se Bradesco Prime, o anfitrião Elenilson Gomes e o empresário Allan Calheiros, todos ficaram maravilhados com a noite de requinte de muita gente bonita. A todos os amigos minha eterna gratidão.

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

“Os verdadeiros vencedores na vida são pessoas que olham para cada situação com a esperança de poder resolvê-la ou melhorá-la”

Audifax Seabra

É nos detalhes que mora o talento. Por isso a coluna TopNews não poderia deixar de parabenizar mais um modelo deslumbrante assinado

pelo querido e competente Audifax Seabra, um nome que é referência na alta costura em todo o país. Aqui, mais um modelo belíssimo assinado pelo ateliê Audifax Seabra. Parabéns, amigo!

Fernando Maciel

A Assembleia Legislativa realiza nesta segunda-

feira, 9, às 15 horas, uma sessão solene para entrega da Comenda Tavares Bastos ao advogado Fernando Antônio Barbosa Maciel, pelos relevantes serviços prestados à advocacia e à sociedade alagoana. A proposição, aprovada por unanimidade, no plenário da Casa, é do deputado Francisco Tenório.

Maria Antonieta

Celebre os melhores momentos da sua vida em

um lugar especial. Pensando assim, a coluna tem uma excelente dica para comemorar a sua confraternização neste fim de ano: o Maria

Antonieta Restaurante. A casa, comandada pelos irmãos Dedé, Leopoldo e chef Breno Gama reúne as melhores qualidades de uma estabelecimentos, ambiente impecável, serviço perfeito, menu indispensável, além de uma carta de vinhos premiada nacionalmente. Reserve já para a sua confraternização de fim de ano. Informações e reservas pelo telefone 2122-1950.

Bodega do Sertão

Empresário Nado Freire

comanda com sucesso A Bodega do Sertão. Abela casa, localizada na Avenida Jatiúca, apresenta o melhor da culinária regional e é parada obrigatória dos nossos amigos e dos turistas que visitam a cidade. Na Bodega você também encontrará pratos lights. Vale a pena conferir as novidades do menu. Parabéns a todos que fazem a casa, em especial ao empresário Nado Freire.

O tom da festa foi dado, sem dúvida, pelos deslumbrantes convite assinado pelos empresários Carlose Lygia Oilveira, que comandam com sucesso o parque gráfico Texform e Grafitex. Empresários que são referência em seu segmento.

Sinônimo de elegância e sofisticação, o Ritz Lagoa da Anta, um dos mais belos 5 estrelas do país, foi o cenário perfeito para receber a noite em Paris e por isso não poderíamos deixar de agradecer aos empresários Márcio e Mirella Coelho pelo apoio e incentivo ao longo de todos esses anos.

Reproduzir a beleza dos salões da belle époque e oluxo parisiense foi tarefa cumprida com excelência pelo talentoso designer Walmy Bechó. O mix de lustres, velas, flores agregou ainda mais elegância e sofisticação ao Ritz, transportando os convidados para um ambiente luxuoso.

Nossa reverência, também, para a competente Tatiana Pirauá, que com a equipe da Ideale Eventos e Cerimonial foi uma das responsáveis pelo sucesso da noite mágica.

Os buffets deram um show gastronômico na noite de Elenilson Gomes. Parabéns ao Buffet Izabel Pinheiro, Buffet Márcia Vasconcelos, Buffet Favo de Mel, Buffet San Martin, Buffet Flávia Soares, Buffet Gourmeteria, Buffet Chez Marie, Buffet Alecrim Verde, Buffet Ana Costa, Buffet Máximo’s.

No quesito doces finos, toda a beleza e sabor dos doces da Tan-Tã Doceria, de Martinha e Lu Lopes, Fabiane Malta Doces Finos e Julieta Leite Doces Finos conquistaram os nossos convidados com verdadeiras joias

O bolo principal da mesa do aniversariante foi uma verdadeira obra de arte com criação e idealização das queridas e talentosas Raquel e Marli Brizeno. Um show à parte e que recebeu elogios de todos os nossos convidados

Parabéns, ainda, à querida Ana Maria, criadora do bolo de café que também estava belíssimo, além de muito saboroso, servido na festaNosso agradecimento aos amigos Marcel e Angela Monteiro, leia-se Transamérica Turismo, responsáveis pelo sorteio de uma passagem para Portugal na Semana Santa

Meus agradecimentos ao Nannai, na pessoa do executivo Rodrigo Lins, Summerville Resorts, Luiz Rossi, Pousada do Toque, Nilo e Gilda Bulgarelli. A esses amigos queridos, a nossa eterna gratidão por mais um ano de parceria.

O meu carinho e agradecimento ao belo hotel WA de Caruaru e ao Portal de Gravatá. Minha eterna gratidão a todos que fazem os belos hotéis.

Chico e Gal Brandão, responsáveis por toda cobertura fotográfica, os grandes profissionais deram mais um show com a super equipe Chico Brandão. A minha eterna gratidão a vocês, amigos!

Toda cobertura de filmagem ficou sob o comando do amigo e empresário Léo Guimarães, que com sua Vídeo Machine, fez as imagens da festa. O meu agradecimento a você.

Danillo Dantas deu um show de iluminação, projeção mapeada, videowall, sonorização e efeitos especiais que deram um ar ainda mais fantástico à Noite em Paris com a sua Techo Soluções em Eventos, que se consagra em nosso Estado como uma das melhores empresas do ramo. Parabéns, amigo, você é merecedor dos nossos aplausos.

A animação ficou por conta da orquestra Golden Time, que apresenta seleção musical das décadas de 70, 80 e 90 e músicas francesas, com o Trio da Paz, de violinos e acordeon, foi uma atração à parte, recebendo os convidados.

Presenças vips e de destaque no último dia 4 no Ritz Lagoa da Anta, na Noite Parisiense onde Elenilson Gomes reuniu o creme de la creme do nosso Estado, estiveram presentes os amigos: a advogado Vinícius Cerqueira, sua sra. Elenise Cerqueira, o anfitrião, Vanessa Cristine em

companhia de seu esposo o juiz Geneir Marques. Eles comandaram um super mesa na Noite Francesa

Top News agradece a empresária Ana Costa, leia-se buffet Ana Costa juntamente com seu filho Júnior Costa apresentaram

deliciosas guloseimas na Noite Parisiense

Estratégia

Países do mundo todo apostam no turismo para impulsionar

suas economias. O balanço divulgado pela World Travel Market (WTM), a maior feira de Turismo do mundo que encerrou hoje em Londres revela que o total de acordos assinados durante o salão representam 3,5 milhões de euros. Para Alagoas o evento também foi positivo. Ao todo, Alagoas realizou 45 reuniões com operadores de viagens e jornalistas especializados em turismo de diversas partes do mundo.

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

Fátima Pirauá

A presidente da Associação Alagoana de Magistrados

(Almagis), juíza Fatima Pirauá, irá participar da 7ª Conferência Internacional para Formação e Capacitação do Judiciário, que acontece no período de 8 a 12 deste mês. O evento será realizado no Enotel Resort & Spa Porto de Galinhas, em Ipojuca, Pernambuco.

Recife com System Tours

A cidade do maior bloco carnavalesco do mundo espera

você para um carnaval que reúne todos os ritmos. Melhor ficar bem localizado, certo? Mercury Recife Mar Hotel e Conventions: em Boa Viagem, a 3km do Aeroporto Internacional dos Guararapes e a 10km do centro da cidade. Informações: (84) 3214 3090.

SPFW

A 41ª edição do São Paulo Fashion Week já tem data

marcada e acontece de 25 a 29 de abril de 2016, no Parque do Ibirapuera - Pavilhão da Fundação Bienal, para lançamento das coleções de Verão 2017.

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