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DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 27 DE MARÇO DE 2016 N 0 2.603 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 23º Máxima 30º TEMPO MARÉS FINANÇAS CONSÓRCIOS EM ALAGOAS FACILIDADES PARA ADQUIRIR VEÍCULOS E IMÓVEIS ATRAEM CONSUMIDORES A perspectiva de adquirir um veículo ou imóvel em prestações de até 180 meses atrai cada vez mais consumidores. É o grande momento para os consórcios, que oferecem facilida- des como inexistência de juros, lances fixos etc. Foi por meio do consórcio que Rosilene Albuquerque adquiriu seu automó- vel zero quilômetro sem fazer um lance sequer. PÁGINA 9 02:00 1.9m 08:09 0.4m 14:13 2.0m 20:32 0.3m INDEPENDENTE PREPARATIVOS PARA AS OLIMPÍADAS SELEÇÃO OLÍMPICA ENFRENTA ÁFRICA DO SUL NO REI PELÉ Após 12 anos, a seleção brasileira volta a atuar no Estádio Rei Pelé, desta vez com sua formação olím- pica, nos preparativos para as Olimpíadas do Rio. O jogo está previsto para às 18h30 deste domingo. O adversário será a África do Sul. O técnico Micale confirmou a escalação de Gabigol no ataque. PÁGINA 14 “CARANGUEIJO”, “VIAGRA”, “AVIÃO”... LISTA DA ODEBRECHT TEM CODINOMES ENGRAÇADOS EM REFERÊNCIA A POLÍTICOS Nos documentos apreendidos na Odrebrecht com nomes de mais de 200 políticos que teriam recebido valores da constru- tora, há diversos apelidos no mínimo curiosos nas referências aos beneficiários: o deputado Eduardo Cunha é conhecido como “Carangueijo”, o prefeito Eduardo Paes, do Rio, é “Ner- vosinho”, a deputada Manuela D’Ávila é “Avião”, Jarbas Vas- concelos é “Viagra” e Renan Calheiros é “Atleta”. PÁGINA 7 CBF ADAILSON CALHEIROS SANDRO LIMA SANDRO LIMA PARA O PROFESSOR DE SOCIOLOGIA CÍCERO ALBUQUERQUE, DA UFAL, O DESFECHO DA ATUAL CRISE POLÍTICA É IMPREVI- SÍVEL. “TEMO QUE SEJA NEGATIVO PARA A MAIORIA DO POVO E PARA O FRÁGIL MODELO POLÍTICO BRASILEIRO”, AVALIA. ELE VÊ “UM GOLPE EM CURSO”, PATROCINADO “POR GRANDES GRUPOS DE COMUNICAÇÃO, PELA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SÃO PAULO E SETORES MAIS CONSERVADORES”. E ACRESCENTA: “A ÚNICA COISA BOA QUE PODERIA ACONTECER SERIA O LEVANTE DO POVO E O ENQUADRAMENTO ÉTICO E POLÍTICO DE NOSSAS CLASSES DIRIGENTES”. PÁGINA 2 REGISTROS OFICIAIS DE TRABALHO INFANTIL CAEM EM ALAGOAS Embora os registros oficiais indiquem queda no número de crianças trabalhando em Alagoas - 103 denúncias em 2014 contra 72 em 2015 -, ainda é comum encontrar menores em atividades infor- mais, principalmente venden- do produtos alimentícios nas praias e limpando pára-brisas de veículos nos semáforos. PÁGINAS 10 e 11 “Golpe é articulado pela grande mídia, Fiesp e conservadores” SABRINA SATO VIAJA AOS EUA E GRAVA PARA SEU PROGRAMA NA RECORD A apresentadora Sabrina Sato gravou para o “Programa da Sabrina”, da Record, durante viagem de dez dias que fez a Orlando, na Flóri- da, onde visitou as atrações do complexo Universal Studios. “Fui para a Universal e para a Ilha da Aventura, que fica ao lado”, disse a apresen- tadora, que vem estudando inglês. Sabrina diz que nunca se sentiu insegura com sua inteligência. SUPLEMENTO POUPANÇA 0,6279% DÓLAR COMER- CIAL R$ 3,61 R$ 3,61 DÓLAR PA- MORADORES QUEREM IMPEDIR ESPIGÕES NO LITORAL NORTE PROPOSTA AO PLANO DIRETOR PREVÊ LIMITE DE SEIS PAVIMENTOS EM FUTURAS CONSTRUÇÕES. PÁGINAS 3 e 4

Edição número 2603 - 27 de março de 2016

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Page 1: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS

27 DE MARÇO DE 2016 N0 2.603

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

23ºMáxima

30ºTEMPO MARÉS FINANÇAS

CONSÓRCIOS EM ALAGOAS

FACILIDADES PARA ADQUIRIR VEÍCULOS E IMÓVEIS ATRAEM CONSUMIDORES

A perspectiva de adquirir um veículo ou imóvel em prestações de até 180 meses atrai cada vez mais consumidores. É o

grande momento para os consórcios, que oferecem facilida-des como inexistência de juros, lances fixos etc. Foi por meio do consórcio que Rosilene Albuquerque adquiriu seu automó-

vel zero quilômetro sem fazer um lance sequer. PÁGINA 9

02:00 1.9m08:09 0.4m

14:13 2.0m20:32 0.3m

INDEPENDENTE

PREPARATIVOS PARA AS OLIMPÍADAS

SELEÇÃO OLÍMPICA ENFRENTA ÁFRICA DO SUL NO REI PELÉApós 12 anos, a seleção brasileira volta a atuar no Estádio Rei Pelé, desta vez com sua formação olím-pica, nos preparativos para as Olimpíadas do Rio. O jogo está previsto para às 18h30 deste domingo. O adversário será a África do Sul. O técnico Micale confirmou a escalação de Gabigol no ataque. PÁGINA 14

“CARANGUEIJO”, “VIAGRA”, “AVIÃO”...

LISTA DA ODEBRECHT TEM CODINOMES ENGRAÇADOS

EM REFERÊNCIA A POLÍTICOS Nos documentos apreendidos na Odrebrecht com nomes de mais de 200 políticos que teriam recebido valores da constru-tora, há diversos apelidos no mínimo curiosos nas referências

aos beneficiários: o deputado Eduardo Cunha é conhecido como “Carangueijo”, o prefeito Eduardo Paes, do Rio, é “Ner-vosinho”, a deputada Manuela D’Ávila é “Avião”, Jarbas Vas-concelos é “Viagra” e Renan Calheiros é “Atleta”. PÁGINA 7

CBF

ADAILSON CALHEIROS

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

PARA O PROFESSOR DE SOCIOLOGIA CÍCERO ALBUQUERQUE, DA UFAL, O DESFECHO DA ATUAL CRISE POLÍTICA É IMPREVI-SÍVEL. “TEMO QUE SEJA NEGATIVO PARA A MAIORIA DO POVO E PARA O FRÁGIL MODELO POLÍTICO BRASILEIRO”, AVALIA. ELE VÊ “UM GOLPE EM CURSO”, PATROCINADO “POR GRANDES GRUPOS DE COMUNICAÇÃO, PELA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SÃO PAULO E SETORES MAIS CONSERVADORES”. E ACRESCENTA: “A ÚNICA COISA BOA QUE PODERIA ACONTECER SERIA

O LEVANTE DO POVO E O ENQUADRAMENTO ÉTICO E POLÍTICO DE NOSSAS CLASSES DIRIGENTES”. PÁGINA 2

REGISTROS OFICIAIS DE TRABALHO INFANTIL CAEM EM ALAGOASEmbora os registros oficiais indiquem queda no número de crianças trabalhando em Alagoas - 103 denúncias em 2014 contra 72 em 2015 -, ainda é comum encontrar menores em atividades infor-mais, principalmente venden-do produtos alimentícios nas praias e limpando pára-brisas de veículos nos semáforos. PÁGINAS 10 e 11

“Golpe é articulado pela grande mídia, Fiesp e conservadores”

SABRINA SATO VIAJA AOS EUA E GRAVA PARA SEU PROGRAMA NA RECORDA apresentadora Sabrina Sato gravou para o “Programa da Sabrina”, da Record, durante viagem de dez dias que fez a Orlando, na Flóri-da, onde visitou as atrações do complexo Universal Studios. “Fui para a Universal e para a Ilha da Aventura, que fica ao lado”, disse a apresen-tadora, que vem estudando inglês. Sabrina diz que nunca se sentiu insegura com sua inteligência. SUPLEMENTO

POUPANÇA 0,6279%

DÓLAR COMER-CIAL

R$ 3,61 R$ 3,61 DÓLAR PA-

MORADORES QUEREM IMPEDIR ESPIGÕES NO LITORAL NORTEPROPOSTA AO PLANO DIRETOR PREVÊ LIMITE DE SEIS PAVIMENTOS EM FUTURAS CONSTRUÇÕES. PÁGINAS 3 e 4

Page 2: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016POLÍTICA2

“A democracia do Brasil está em xeque”Em meio a um golpe, crise econômica e política deixa o país didivido, sem rumo e com poucas razões para o otimismo

ARQUIVO PESSOAL/CORTESIA

Cícero Albuquerque fala que é preciso um levante do povo e um enquadramento ético dos dirigentes

ANDREZZA TAVARESREPÓRTER

A crise política e econômica que atinge o Brasil é conhecida

por todos e tem reflexos nos estados, principalmente, nos de pequeno porte como Alagoas. Para o sociólogo e professor universitário, Cícero Albuquerque, o país está fracionado, dividido, sem rumo e com poucas razões para o otimismo. Em entrevista concedida à Tribuna Independente, o sociólogo faz um análise política e social de toda a contenda que afeta o país e os riscos para a sociedade.

Tribuna Independen-te - Diante do atual cená-rio, quais os rumos que o senhor prevê para o país com todo esse vendaval político?

Cícero Albuquerque - O Brasil é hoje um país fracionado, dividido e sem rumo definido. Falta um projeto nacional, falta cre-dibilidade nas lideranças e confiança nas instituições e autoridades. Estamos num momento de muitos riscos.

TRIBUNAINDEPENDENTE

Assim como um corpo com baixa imunidade, estamos expostos a agentes oportu-nistas. A normalidade de-mocrática brasileira está em xeque. A atual crise po-lítica é embalada pela crise econômica, mas também é combustível para que ela se agrave. Não é possível pre-ver com segurança os seus resultados e consequências, mas temo que sejam negati-vos para a maioria do povo e para o frágil modelo polí-tico brasileiro. As forças po-líticas que a comandam não assumem bandeiras popula-res, pelo contrário.

Tribuna - Na opinião do senhor, qual é o futu-ro do país a curto prazo? Podemos ser otimistas ou estamos em meio a um golpe?

Cícero - Vejo poucas ra-zões para otimismo. A única coisa boa que poderia acon-tecer seria o levante do povo e o enquadramento ético e político das nossas classes dirigentes. Os três poderes, com belas e honrosas exce-ções, estão comprometidos com uma série de ilícitos que afetam a coisa pública

e a vida do povo. Os gran-des meios de comunicação de massa, infelizmente, não informam, formam opiniões por meio de expedientes pouco honestos e pouco com-prometidos com a bilaterie-dade dos fatos. Há um golpe em curso e ele está sendo patrocinado por grandes grupos de comunicação, pela Federação da Indústria de São Paulo e por setores mais conservadores da política e da sociedade brasileira.

Tribuna - Como nosso estado se situa no contex-to dessa contenda já que o presidente do Senado, uma das peças importan-tes da política do Brasil, é alagoano?

Cícero - A figura do se-nador Renan Calheiros é de proa nesse momento pelo cargo e pela influência que reconhecidamente ele exerce no Congresso Nacional e no governo Dilma. Entretanto, o fato de ter sido citado em diversas delações premia-das, em depoimentos e in-quéritos como envolvido em atos de corrupção e de ter processos contra ele na Jus-tiça Federal, o fragiliza. Ele está encurralado, evitando

chamar a atenção para si e sem entrar em bolas divi-didas, o que não quer dizer que suas ações de bastidores tenham parado. Alagoas ga-nha e perde por ter o senador Renan destacado no cenário nacional: ganha porque ele tem peso político (com Lula ele tinha prestígio, com Dil-ma tem poder) e isso viabi-liza alguns benefícios para o Estado, mas Alagoas perde porque é mal vista, refor-ça nacionalmente uma tese maldita de que somos atra-sados, de que elegemos mal. Renan, Collor e Benedito de Lira, além de outros, são po-líticos citados nos principais escândalos dos últimos tem-pos. Isso é muito ruim.

Tribuna - Que reflexos essa crise política está trazendo para o Estado de Alagoas?

Cícero - A estagnação e a recessão atingem Alagoas de forma mais grave do que atinge os estados em melhor posição econômica e com índices sociais melhores do que o nosso. Diz a sabedoria popular que “a corda estoura primeiro do lado do mais fra-co”, aqui estamos nós. Sofre mais quem tem menos. Por outro lado, o atual governo, como o anterior, não de-monstra capacidade de mo-bilização social para discutir alternativas verdadeiras, saídas micro não estão em curso. O que vemos são po-líticas que fortalecem os se-tores dominantes. Falta, por exemplo, políticas efetivas para a agricultura familiar e para as pequenas empresas locais. O primeiro caminho a ser trilhado é o de favorecer o mercado local, há saídas endógenas para a nossa eco-nomia, falta atenção para os pequenos e os médios.

Tribuna - Com todo esse fervor político, am-bos os lados: defensores do impeachment e alia-dos pró-Dilma, ganharam muitos simpatizantes. Como o senhor analisa o comportamento das pes-soas nas ruas e também nas redes sociais? Há um certo exagero de ambas

as partes?Cícero - Os militantes

e os ativados politicamente em muitos casos estão em situação de histeria política. Os ânimos estão exaltados e o clima é tenso. Exageros são comuns nesses momen-tos - há muito passionalis-mo, política e paixão são coisas afins -, mas acho tam-bém que nos últimos dias os espaços de debate coletivo, de busca de racionalidade diante dos fatos estão avan-çando e começam a equa-cionar parte daquilo que há de mais grave. Entretanto, para além da forma de ma-nifestação democrática, de-vemos estar atentos quanto ao conteúdo e significados de certos temas que têm vindo à tona. Palavras de ordem autoritárias, racistas, homo-fóbicas, de intolerância reli-giosa e o surgimento de te-ses que atingem a dignidade humana devem ser combati-das com veemência.

Volto àquilo dito no co-meço, vivemos um momento de risco. Há um retrocesso na sociedade brasileira em relação a uma série de te-mas, sem dúvida, há uma onda conservadora.

Tribuna - Independen-te do resultado do pro-cesso do Impeachment e da Operação Lava Jato, qual desfecho o senhor prevê para o Brasil?

Cícero - Excessos à parte do juiz Sérgio Moro, a Operação Lava Jato tem os seus méritos e deve ser aplaudida em vários aspec-tos. O primeiro é aquele que mostra que as empresas fi-nanciam sem distinção de legenda e de corrente ideo-lógica a atividade política no Brasil. Prender corruptores é fundamental para reduzir a corrupção e o ataque à coi-sa pública. Há a esperança que a partir daí melhore a qualidade da nossa repre-sentação política. Outro re-sultado disso tudo é, num curto prazo, um desencan-tamento ainda maior com a política e um descrédito ele-vado com os postulantes de cargos públicos. Volto a falar de riscos.

Estamos num momento de muitos riscos. Assim como um corpo com baixa imu-nidade, estamos expostos a agentes oportunistas. A normalidade democrática brasileira está em xeque.”

Os três poderes, com belas e honrosas exceções estão comprometidos com uma série de ilícitos que afetam a coisa pública e a vida do povo. Os grandes meios de comunicação de massa não informam, formam opiniões por meio de expe-dientes pouco honestos.”

Alagoas ganha e perde por ter o senador Renan desta-cado no cenário nacional: ganha porque ele tem peso político e isso viabiliza benefícios para o Estado, mas perde porque é mal vista, reforçando uma tese maldita de que somos atrasados e elegemos mal.”

Excessos à parte do juiz Sérgio Moro, a Operação Lava Jato tem os seus méritos e deve ser aplaudida em vários aspectos. O primeiro é aquele que mostra que as empre-sas financiam sem distinção de legenda e de corrente ideológica a atividade política no Brasil.” CÍCERO ALBUQUERQUESOCIÓLOGO

Page 3: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

PROPOSTA

Garça Torta poderá ser área de preservação

Prédios do Litoral Norte devem ter menos andaresPlano Diretor está sendo revisado e prevê uma redução na altura dos edifícios

THAYANNE MAGALHÃESREPÓRTER

Moradores do Litoral Norte de Maceió tem acompanhado

as audiências públicas para a revisão do Plano Dire-tor da cidade e veem com otimismo as mudanças que devem ser aplicadas à lei. O arquiteto e urbanista Re-nan Silva, que acompanha de perto este processo, ex-plica o que pode ser muda-do para melhorar a relação entre o crescimento imobil-iário com o meio ambiente.

“Estamos defendendo que se reduza pelo menos para metade o número de pavimentos permitidos para a construção dos prédios nas praias do Litoral Norte, mas alguns representantes de construtoras defendem que prédios devam ter entre 13 e 15 pavimentos. Eu particu-larmente defendo que sejam oito andares, para seguir o mesmo padrão da Ponta Verde, Jatiúca e Pajuçara. Mas nada está definido ain-da”, esclareceu o arquiteto.

O novo Plano Diretor, que ainda está em discus-são, começou a ser revisado em outubro de 2015 e não tem previsão para terminar. O último Plano Diretor foi aprovado em 2005 e é mui-

O arquiteto e urbanista Renan Silva explicou tam-bém que a proposta do grupo de moradores dos bairros do Litoral Norte apresentada durante as audiências públi-cas, pede que se reduza o pa-drão construtivo na região.

“A ideia é transformar todo a região em uma área de baixa densidade e o bair-ro da Garça Torta, especi-ficamente, seria entendida como uma zona de preserva-ção. Essa maneira de enxer-gar o Litoral Norte a partir do bairro de Guaxuma, um parâmetro que hoje é esta-belecido é de construções nas praias com até 20 anda-res permitidos”, disse.

Em relação à distância entre as construções e o mar, o arquiteto explica que não há nenhuma previsão de al-teração ao que está definido hoje, que seria de 30 metros na linha da maré.

Para o arquiteto, a socie-dade deve ficar atenta para a próxima fase do Plano Di-retor, que depois de finaliza-do e transformado em Proje-to de Lei, deve ser enviado para votação na Câmara de Vereadores de Maceió.

“Quando o Plano Diretor for finalizado, teremos outra

ALERTAMar pode avançar a qualquer momentoO professor do curso de Biolo-gia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Gabriel Le Cam-pion, afirma que as áreas onde os prédios estão sendo constru-ídos - nas praias do Litoral Norte de Maceió - são impróprias e que o impacto ambiental deve afetar toda a população da cidade. “O principal problema da construção desses prédios, é que eles podem estar ocupando uma faixa de domínio marinho. Isso significa que a qualquer momento o mar pode usá-la, invadir mesmo. É o que chama-mos de zona de tensão entre o mar e o continente”, explica o especialista.

Pelo respeito à lei

De Pierpaolo Cruz Bottini, advogado da presidente Dilma Rousseff, em artigo no jornal “O Estado de São Paulo”, no qual aborda a necessidade de serem preservadas, a qualquer

custo, as prerrogativas democráticas e o Estado de Direito: “Todos somos contra a corrupção, contra a improbidade administrativa, con-tra o mau uso da máquina pública. Por isso lutamos pela autonomia da Policia Federal, pelo fortalecimento do Ministério Público, pela aprovação de leis que punam com mais severidade atos como a la-vagem de dinheiro, a formação de associações criminosas e outras condutas similares. Mas esse bom combate deve ser feito dentro da lei, dentro dos parâmetros fixados pelo legislador, dentro do Estado de Direito. Não venho aqui criticar um ato judicial determinado, um juiz, um desembargador, um Ministro. Não é disso que se trata. Se trata de destacar minha apreensão diante de propostas de supres-são da legalidade para conferir eficiência ao combate à corrupção. Essas propostas são corriqueiras, estão nas ruas, nas redes sociais. São elas que me assustam.”

“Boca quente”A disputa pelas duas vagas ao Senado, em 2018, se prenuncia autêntica “briga de foice”. Renan Calheiros e Benedito de Lira, atuais senadores, são candidatos naturais. O deputado federal Marx Beltrão, muito bem estruturado politicamente, se apresenta como uma cara nova. Téo Vilela, ex-senador e ex-governador, pode ser outro forte candidato.

MemóriaEm 2010, Benedito de Lira conquistou uma das duas vagas com mais votos que Renan Calheiros, que ficou com a outra. Uma surpresa dupla, pois Heloísa Helena começou a campanha como favorita e Renan, aparentemente, era mais forte que Biu. Diz-se que até hoje Renan guarda esse ranço. E se prepara para o troco, em 2018.

Ao futuroPelo poder de articulação nos seus 40 anos de política, forjado da militância no então clandestino PC do B ao fisiológico PMDB, e pela força da presidência do Senado, Renan Calheiros é o fiel da balança para a permanência do PT no governo - o que inclui a manutenção do mandato de Dilma. Hoje, ele é Dilma de carteirinha. Amanhã...

BroncaEstá previsto para amanhã o depoimento do deputado federal Cícero Almeida (PMDB) no TSE, no processo de cassação de mandato impetrado pelo PRTB, por infidelidade partidária. Em favor de Almeida há a circunstância de recente reunião entre Levy Fidélis, presidente do PRTB, e Renan Calheiros, manda chuva do PMDB.

DiferenteO deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB) reafirma a postura ino-vadora ao promover o evento “Política em Movimento”, no dia 8 de abril, para discutir novos modelos na política alagoana. E justifica: “Uma das minhas principais missões é estimular novas pessoas a ingressarem na política. Quero compartilhar minha experiência.”

IncontestávelQue Lula é um salafrário, não há dúvida alguma. Se havia, acabou com a divulgação das escutas telefônicas - pode-se discutir os meios, não o conteúdo – em que demonstra autoritarismo, falta de ética, desonestidade e desrespeito às instituições. Mas nenhum opositor seu pode contestar: para o bem ou para o mal, ele é a maior liderança do país.

OpiniãoDo jornalista Kennedy Alencar: “As delações da Odebrecht e a lista com mais de 200 políticos de 18 partidos que receberam recursos da empresa vão fazer um estrago amplo. A divulgação dessa lista, por exemplo, alimenta o desejo de deputados e senadores de entre-gar logo uma cabeça para tentar acalmar a opinião pública. Nesse contexto, a medida mais rápida é votar logo o impeachment.”

to genérico. O documento é mais como um manua-de boas intenções, que traz princípios interessantes, formas de enxergar o desen-volvimento da cidade que são importantes de serem adotadas, só que tudo muito subjetivo. Segundo o arqui-

etapa de discussão, que é quando o documento vai ga-nhar formato de Projeto de Lei e será encaminhado para

teto cabe ao Código de Edi-ficações Urbanismo (CEU) a missão de gerir o processo de desenvolvimento da cidade.

É o Código que define o parâmetro construtivo da cidade, a altura das edifica-ções e, o novo Plano Diretor está propondo a redução dos

a Câmara. Novas audiências públicas dever acontecer e a sociedade precisa ficar aten-ta, porque algumas discus-

andares dos prédios cons-truídos no Litoral Norte.

“A legislação anterior a de 2007 estabelecia que os prédios deveriam ter no má-ximo quatro andares. A par-tir de 2007, a Lei de CEU passou a permitir edifícios de até vinte pavimentos.

sões tomadas e concretiza-das em texto podem acabar sendo desvirtuadas”, alerta o profissional. (T.M.)

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

ARQUIVO PESSOAL

SANDRO LIMA

O arquiteto Renan Silva defende que os prédios construídos no Litoral Norte tenham 8 pavimentos

Moradores defendem que a região da Garça Torta se torne uma área de preservação ambiental * O governo anuncia para amanhã, às 10 horas, no Palácio Repúbli-ca dos Palmares, a transmissão de cargo de secretário de Segurança Pública ao coronel PM Lima Júnior. Terá a difícil missão de substituir o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça Neto.

* O Museu do Videogame Itinerante termina hoje sua participação no Parque Shopping Maceió, com mais de 200 consoles de todas as gera-ções. O evento dispõe também de desafios Just Dance, simuladores de corrida e desfile de cosplay. Grátis.

* A Secretaria Municipal de Comunicação Social anuncia para amanhã o encerramento da programação referente à Semana Santa na Praça Ganga Zumba, em Cruz das Almas, com realização de missa e Santa Ceia. Iniciativa do vereador Cleber Costa.

* O Senac abriu matrículas para novas turmas do curso Técnico em Segurança do Trabalho. Há vagas nas Unidades Poço, em Maceió, com início das aulas em abril, e em Arapiraca, com início das aulas em maio. Informações: 2122.7858

* Prossegue até o dia 7 de abril, no Complexo Cultural Teatro Deodoro, a exposição do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas com os trabalhos finalistas do I Concurso de Fotografia Ambiental. A visitação é de segun-da a sexta-feira, das 8 às 18 horas.

* O Instituto do Meio Ambiente alerta aos produtores rurais que o prazo final para efetuar o Cadastro Ambiental Rural termina em 5 de maio. Quem não tiver inscrito suas áreas poderá sofrer restrições junto às instituições financeiras de crédito rural.

* O hexagonal decisivo do Campeonato Alagoano marca para hoje dois clássicos, às 16 horas. O Coruripe receberá o CSA, enquanto em Arapiraca o ASA encara o CRB. No Trapichão, às 18h30m, a Seleção Olímpica do Brasil enfrenta a África do Sul.

Tudo pode acontecer, até um sério conflito social”JOSÉ MURILO DE CARVALHOHistoriador, para quem o impeachment de Dilma Rousseff não resolveria os problemas do Brasil

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

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Pressão do mercado fez Câmara aprovar mudançasCódigo de Urbanismo foi modificado em 2007 após pressão de empresários

DAVI MAIA“É hora de exigir uma nova legislação”O secretário municipal de Proteção ao Meio Ambiente, Davi Maia contou que apesar de perceber os impactos ambien-tais trazidos pelas construções no Litoral Norte de Maceió, não podia passar por cima do que estava escrito no Plano Diretor. “São 200 anos de degradação ambiental e, infelizmente, mui-tas coisas não pudemos proibir porque estava de acordo com a lei vigente. Agora a sociedade tem que brigar pelas mudanças no Plano Diretor, exigir um de-senvolvimento sustentável.”

PARA A CÂMARASecretário quer enviar PL ainda em marçoO secretario de Planejamento de Maceió, Manoel Messias, dis-se que as audiências públicas do Plano Diretor têm sido im-portantes, porque têm levado os segmentos da sociedade, para discutir com a prefeitura sobre suas experiências e visões da cidade. “Temos a expectativa de fechar esse processo com todas as contribuições agora no mês de março, para podermos nos debruçar sobre a formatação do Projeto de Lei a ser encaminha-do para votação na Câmara de Vereadores”, disse

Canonização de Madre Tereza

O Papa Francisco anunciou recentemente que a data de cano-nização da Madre Teresa de Calcutá, acontecerá no dia 4 de Setembro deste ano, véspera do 19º aniversário de morte da reli-

giosa. O comunicado era aguardado desde Dezembro último, quando foi aprovado um segundo milagre atribuído à madre. A Igreja define como santo aquele que foi sagrado na vida e consiga concretizar milagres. À madre foram atribuídos dois: a cura de uma mulher indiana com um tumor estomacal em 2003, e de um brasileiro em estado terminal e em coma devido a um câncer no cérebro no ano passado. São três as eta-pas para a santificação: confirmação de “virtudes heroicas”, beatificação e canonização, sendo que estas duas últimas exigem a comprovação de um milagre. Nascida Agnes Gonxha Bojaxhiu em 26 de agosto de 1910, em Skopje, cidade do então Império Otomano que é capital da atual Macedônia, madre Teresa entrou para a Ordem das freiras em 1926. Em 1950 fundou a ordem das Missionárias da Caridade, que hoje conta com 130 unidades em todo mundo, “para prover conforto e cuidados aos mais pobres dentre os pobres”. Em 1979 ganhou o Nobel da Paz. Após sua morte, em 5 de Setembro de 1987, aos 87 anos, surgiram acusa-ções de que a madre e a ordem ajudavam os carentes com o objetivo de convertê-los ao cristianismo. A ordem nega, e diz que grande parte dos que receberam ajuda não era cristâ e tinha pouco tempo de vida, insuficiente para a conversão.

Reservas internacionaisO Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, voltou a negar que o governo tenha a inten-ção de usar suas reservas internacionais, hoje estimadas em US$ 375 bilhões, para saldar dívidas externas. Segundo ele, estes recursos garantem a autonomia do país, para evitar recorrer a organismos financeiros como o Fundo Monetário Internacional (FMI) em momentos de dificuldades econômicas. “As reservas dão autonomia para a politica econômica brasileira. São elas que permitem

que a gente não tenha de recorrer ao FMI. É tanto um desafio quanto uma benção” disse o Ministro.

Reservas internacionais 2Nelson Barbosa revelou ainda que o governo pretenda usar recursos das reservas para aumentar os investimentos federais. “Não é preciso usar as reservas para aumentar os investimentos no Brasil. Para isso é preciso o apoio do Congresso, é isso o que peço” disse o Ministro da Fazenda. Ele disse ainda eu o governo pretende encaminhar ao Congresso um projeto de lei para alterar a meta fiscal de 2016. O Orça-mento Geral da União estipulava meta de superávit primário de R$ 24 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central).

Reservas internacionais 3Em Fevereiro a equipe econômica anunciou que não poderia cumprir a meta, e que enviaria um projeto que autorizava o abatimento de R$ 84,2 bilhões. O que faria o Governo Central a fechar o ano com um déficit de R$ 60,2 bilhões. A nova meta tem por base a redução da receita. O projeto pede ainda para o governo gastar R$ 3 bilhões em ações de combate á dengue, chicungunya e Zika Vírus, além de outros R$ 9 bilhões em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Os recordes da produçãoO abate de suínos cresceu 5,7% e o de frango 5.4% no ano passado, em comparação com 2014, estabelecendo importante recordes na pro-dução nacional, segundo o IBGE. A informação faz parte dos resultados do abate, da produção de leite, couro e ovos referente ao quarto trimes-tre do ano passado, divulgados junto ao fechamento de 2015. Segundo o IBGE, foram abatidas 39,26 milhões de cabeças de suínos, com a série anual mostrando crescimento ininterrupto da atividade desde 2005. O peso acumulado das carcaças alcançou 3,43 milhões de toneladas ano passado. No caso do frango o abate foi de 5,79 bilhões de cabeças. O peso das carcaças da ave alcançou 13,1 milhões de toneladas.

Os recordes da produção 2Também houve um crescimento na produção dos ovos de galinha em 2015. Foram produzidas 2,92 bilhões de dúzias, um crescimento de 3,5 % comparado ao ano anterior. Já o abate de bovinos caiu 9,6% ano passado com 30,64 milhões de cabeças contra 33,91 milhões em 2014. Também houve uma queda na produção de carcaças com 7,49 milhões de toneladas em 2015 contra 8,06 milhões de toneladas em 2014 (menos 7,1%). A produção de couros também caiu, com um percentual de 10,5 % menor que a registrada no ano anterior. A produção de leite também recuou, chegando a 24,05 bilhões de litros ano passado, uma queda de 2,8% em relação a 2014, segundo os dados divulgados pelo IBGE.

Raio matou 38Um raio matou 38 cabeças de gado, da raça nelore em uma proprie-dade rural em Alto Paraíso, Rondônia, causando um prejuízo de R$ 58 mil ao proprietário. A descarga elétrica deve ter acontecido na segunda ou terça feira, quando fortes tempestades atingiram a região, mas o fazendeiro somente constatou o fato ao fazer a contagem do rebanho no dia seguinte. Ele disse que existiam 217 cabeças na propriedade, sepa-radas em lotes, e as que foram atingidas pelo raio estavam no mesmo cercado. A causa da morte dos animais foi atestada por um veterinário que foi levada ao local após os animais serem encontrados. Eles foram enterrados já que o aproveitamento da carne e do couro dos animais foi descartado.

• Segundo psicólogos da Universidade de Londres, as pessoas fecham os olhos durante o beijo para permitir que o cérebro possa focalizar corretamente a tarefa das mãos (?).

• A pesquisa sobre visão e experiência sensorial tátil concluiu que durante o beijo o cérebro tem dificuldade em processar outros sentidos ao mesmo tempo.

• O estudo foi publicado no Journal of Experimental Psychology e os pesquisadores afirmaram ter encontrado “tátil consciência dependen-do do nível de carga perceptual em uma tarefa visual simultânea”. No entanto não foram analisados casais se beijando.

• A análise constatou que as pessoas são menos sensíveis ao tato com os olhos abertos, pois quando ocorre o beijo ou outras atividades agrá-veis ao tato como sexo e dançar, os indivíduos querem se concentrar no contato, em vez de outras experiências sensoriais.

• Na opinião dos pesquisadores, os resultados explicam porque fecha-mos os olhos quando queremos desfrutar de outros sentidos.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

SANDRO LIMA

A construção de edifícios com 20 andares é permitida desde que a legislação foi modificada em 2007

IMPACTOS

Mudanças prejudicaram o meio ambiente

“As mudanças foram pre-judiciais para a sociedade e vários técnicos já argumen-taram em suas áreas de atuação, desde análises e pareceres na parte ambien-tal, a opiniões na área de desenvolvimento urbano. No livro do Krell, ele conta como se deu esse processo de mu-dança e, segundo o jurista, houve um documento e pro-posições de algumas pessoas que trabalham com produ-ção habitacional em Maceió, entregaram à Câmara, pro-pondo mudanças e, a maio-ria dessas mudanças foram acatadas”, explica o arquite-to Renan Silva.

“Foi uma aprovação pre-judicial ao meio ambiente, ao desenvolvimento, à pai-sagem, levando as pessoas para mais longe das cen-tralidades, sequer o Litoral Norte tenha essa infraestru-tura para receber esses no-vos moradores. As mudan-ças deveriam se concentrar na consolidação da cidade, que está condensada, mas o que acontece é que essas alterações na lei atendem unicamente ao interesse de exploração comercial e econômica, sobre o pretexto de levar desenvolvimento”, continuou.

Para o arquiteto, cres-cimento e desenvolvimento não são sinônimos. “Desen-volvimento essencialmente é a ampliação de oportu-nidades para as pessoas. O conceito social é esse. O crescimento imobiliário não é necessariamente o desen-volvimento de uma região. Ele pode ser uma enfermi-dade, como o câncer, que é uma proliferação e células descontroladas, que provo-cam inchaço, inflamação e o aumento de uma determina-da região”, comparou renan, acrescentando que o tema é complexo e de um lado existe a priorização dos interesses privados em detrimento dos interesses coletivos. (TM)

ESGOTO

Bairros do Litoral Norte devem continuar sem saneamento básico

THAYANNE MAGALHÃESREPÓRTER

Antes das mudanças no Código de Urban-ismo e Edificações

de Maceió, modificado em 2007, os prédios construídos no litoral deveriam ter no máximo quatro pavimentos.

“A regulamentação da verticalização era muito mais restritiva até 2007, quando foi sancionado o novo Códi-go de Edificações Urbanismo da cidade. Quem explica de-

talhadamente esses proces-sos é o jurista e professor da Ufal [Universidade Federal de Alagoas], Andreas Krell, em seu livro ‘Desenvolvimen-to Sustentável às Avessas’, onde ele fala desse processo de mudança na legislação que permitiu essa verticali-zação que a gente vê hoje”, conta o arquiteto.

De acordo com o livro, houve uma pressão muito forte por parte de repre-sentantes do mercado imo-biliário sobre a Câmara de

Vereadores de Maceió, com o objetivo de aumentar o pa-drão construtivo no Litoral Norte.

“Os motivos eram óbvios. O Litoral Norte de Maceió é uma região de Mata Atlânti-ca que tem alta atratividade e era praticamente inex-plorada imobiliariamente, contento uma grande quan-tidade de terrenos vazios e outros a serem remembra-dos, caso e legislação permi-ta”, explica.

Renan Silva conta ainda

que uma expressão muito usada nas audiências públi-cas é que o Litoral Norte é o ‘filé mignon’ de Maceió.

“Podendo se tornar uma nova Pajuçara, Jatiúca ou Ponta Verde, que está ali para ser explorada pelo mer-cado imobiliário, aumentan-do a sua taxa de lucrativida-de”, destacou o arquiteto.

Na opinião de Renan Sil-va, para a sociedade essa mudança não foi tão benéfi-ca, principalmente para os que vivem na Região.

De todos os impactos am-bientais trazidos pela explo-ração imobiliária no Litoral Norte, a questão do sanea-mento básico é uma das que pode levar graves problemas de poluição para as praias daquela região. De acordo com o arquiteto Renan Sil-va, o saneamento básico é tratado de forma muito ge-nérica no Plano Diretor de Maceió.

“O documento aponta para o plano específico de saneamento básico do Mu-nicípio, que está na Câmara de Vereadores para votação. Esse plano é que vai direcio-nar a política de saneamen-to de Maceió, mas eu não sei que tipo de planejamento está sendo feito em relação ao saneamento básico dos

bairros do Litoral Norte”, explica.

O Litoral Norte da ca-pital não conta com trata-mento de esgoto realizado pela Companhia de Sanea-mento de Alagoas (Casal), e os efluentes acabam sendo direcionados para o mar ou rios da região.

Além da poluição causa-da pelo descaso com o sanea-mento básico, a construção de prédios altos também po-dem trazer outros impactos ambientais, sombreando a praia e prejudicando a vida marinha. Além disso, podem causar problemas de acesso às praias e de ventilação.

“A redução desses impac-tos vai depender muito dos parâmetros construtivos a serem adotados de agora em

diante, como o espaçamento entre um prédio e outro, a permissão ou não de se fazer um remembramento, que é quando alguém compra três imóveis e constrói um prédio naquele espaço. Atualmente isso não é permitido, mas ainda não está definido no novo Plano Diretor”, explica.

Renan Silva explica que existe o solo livre, que é um instrumento que proposto nas mudanças do novo Pla-no, que não consta no atual Plano Diretor, mas pode contribuir para uma melho-ria na relação das constru-ções com o meio ambiente..

“É um índice de permea-bilidade do solo. A obrigato-riedade de construir e deixar uma parte do terreno sem impermeabilização”, (T.M.)

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MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

Capitão Sérgio Macaco impediu carnificina que seria cometida pela ditadura e teve a carreira destruída

“ERROS E INCONGRUÊNCIAS”

Instituto Lula rebate acusações da Rede Globo

O Instituto Lula divul-gou em seu site uma nota em que rebate acusações da Globo relacionadas a notas fiscais encontradas na casa do ex-presidente com o tri-plex de Guarujá.

Na nota, ainda, o Insti-tuto Lula esclarece que os móveis que a Globo diz se-rem para o triplex tinham outro destino. Veja a nota, na íntegra:

“Em texto não assinado publicado anteontem (21) em sua versão digital, o jor-nal O Globo cometeu vários erros e incongruências para tentar associar notas fiscais encontradas na residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um apar-tamento triplex no Guarujá que as Organizações Globo insistem em dizer que é do ex-presidente.

Como o jornal assinala, a Polícia Federal não faz relação entre as notas e o tal apartamento, diferente-mente do que fazem Veja e O Globo.

O primeiro erro do jornal foi não contatar a assesso-ria do ex-presidente para ao menos mostrar que o veícu-lo tinha intenção de enten-der o caso.

As notas são de 2011. O prédio Solaris, no Guarujá, que foi até tema de maté-

ria no Fantástico no último domingo, só foi concluído no fim de 2013. O jornal O Globo sabe disso, porque foi o primeiro a inventar que o triplex era de Lula e por-que é processado pelo ex--presidente por conta disso. As notas falam em aparta-mento 142. O apartamento erroneamente atribuído à Lula no Guarujá é o 164-A. O jornal diz que o triplex “pertenceu” à Lula. O tri-plex não é nem nunca foi de Lula. O Instituto já di-vulgou o que é o patrimônio real de Lula: http://www.institutolula.org/o-que-o--ex-presidente-lula-tem-e--o-que-inventam-que-ele--teria

Pior ainda são as legen-das das imagens das notas fiscais, todas as quais atri-buem os móveis ao suposto triplex.

Caso O Globo tivesse contatado a assessoria, po-deríamos esclarecer que os móveis foram para o apar-tamento do ex-presidente em São Bernardo do Cam-po, uma questão particular que não envolve nenhuma ilegalidade ou irregularida-de. Mais uma vez, a busca e apreensão atende a obje-tivos midiáticos, de expor boatos sem pé nem cabeça na imprensa.”

CAVALCANTI DA GAMELEIRAHISTORIADOR

O cenário estava todo montado para a con-dução coercitiva do

ex-presidente Lula. Ao me-lhor estilo OBAN, efetuou--se o sequestro ao final da madrugada; “Nacht Und Nebel” – Noite e Nevoeiro: esse era o dístico dos “Ein-satzgruppen” das SS nazis-tas, quando saíam a cumprir a sua nefanda missão de eli-minar adversários políticos protegidos pelo breu das ho-ras mortas.

Cenário midiático, bem entendido; talhado sob me-dida para expor à execração pública o homem que resga-tou a autoestima do Brasil e de seu povo. Avisadas com antecedência, equipes de profissionais dos principais meios de comunicação do país, articulados com seto-res golpistas enquistados no aparelho de Estado, já esta-vam a postos em São Ber-nardo do Campo.

Lá se iniciaria o Auto de Fé, com o herege impeniten-te sendo conduzido na car-roça, digo, camburão, até o aeroporto de Congonhas. Lá o aguardavam outras equi-pes dos orgãos de imprensa, para os quais vazaram, con-venientemente, informações privilegiadas que davam conta da prisão iminente do mito.

Escolta-se a Esperança para a sala VIP do aeropor-to, transmutada em depen-dência da Polícia Federal. Inicia-se lá o interrogatório do D. Sebastião dos pobres, do redentor da Pátria humi-lhada. No hangar ao lado, um jatinho esperava para conduzi-lo à República de Curitiba, onde se daria o “grand finale”: sob o espocar de fogos de artifício, dispara-dos por incendiários notórios da República, o sentenciado vestiria o sambenito e a Na-ção, ofuscada pelo brilho dos “flashs”, o veria ser tragado para os porões sombrios da Guantánamo meridional. Sua imagem política, es-quartejada e salgada, seria declarada infame por várias

O herói anônimo que salvou Lula de MoroNome do coronel da Aeronáutica que evitou o sequestro do ex-presidente Lula para o Paraná ainda não veio à tona

gerações; sua “raça” exter-minada. Solução Final.

Mitos, porém, conservam como característica uma ex-traordinária capacidade de conservação; são por assim dizer indestrutíveis, pois estão enraizados no incons-ciente coletivo de toda uma população. O que a Repúbli-ca do Galeão não conseguiu fazer com Getúlio Vargas em 1954, a República de Curitiba – temporariamen-te sediada em Congonhas – também não lograria al-cançar com Lula em 2016. Ambos encarnam as Forças Vivas da Nacionalidade; nos momentos de maior pe-rigo para o Brasil, elas são conjuradas e se manifestam na emergência de um He-rói Providencial, expressão menos de um voluntarismo individual do que de uma vontade coletiva assumida por uma personalidade sin-gular.

A história sem dúvida tende a se repetir, nem sem-pre como tragédia ou farsa – como pensava Marx – mas principalmente pela reve-lação de Ciclos Criativos. A mesma Aeronática, que pa-trocinou a aventura golpista da República do Galeão, se-ria redimida posteriormente pela eclosão, dentro de seu núcleo institucional, de dois dos principais Heróis Provi-denciais do Brasil Contem-porâneo, um e outro inter-pretes de um anseio coletivo mais profundo de fazer do Brasil uma Pátria verda-deiramente livre e sobera-na. Um deles foi o Capitão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, o Sérgio Macaco. O outro seria aquele enér-gico Coronel de Congonhas cujo nome ainda não veio à lume e que, segundo consta, impediu à frente de um pe-lotão armado que Lula fosse embarcado no jatinho para Curitiba.

Claro que se trata de duas situações de ordem de gran-deza muito diferentes. Em 1968 o Capitão Sérgio recu-sou-se a cumprir ordens do Brigadeiro João Paulo Mo-reira Burnier – então Chefe de Gabinete do Ministro da

Aeronáutica – no sentido de que fosse o PARASAR, uma unidade de elite da FAB , utilizada na consumação de atentados terroristas.

O principal deles previa a explosão do Gasômetro do Rio na hora do “rush”, viti-mando cerca de 100 mil pes-soas. Sérgio Macaco viu sua carreira militar destruída e sofreu perseguições ao longo de sua vida, encerrada pre-cocemente em 1994. Morreu como um herói ético; evitou um horror que mancharia

para sempre a memória bra-sileira: muito teríamos de purgar até ressignificá-la.

O obscuro Coronel de Congonhas, sem nome co-nhecido – ainda -, não se destacou por épica interven-ção que, a exemplo daquela do Capitão Sérgio, salvaria milhares de seres humanos da morte. Seu papel – a se confirmarem as versões de que dispomos – se limitou a resgatar de um sequestro jurídico-midiático um ex--presidente do qual, sequer,

consta que tivesse a sua vida ameaçada. Nem por isso a atitude daquele oficial supe-rior se reveste de menor he-roicidade.

Com a sua oportuna inter-venção – e a despeito de suas motivações íntimas para tal ato, que desconhecemos – o Coronel pode ter abortado, naquele momento, o golpe em curso contra a Liberdade e a Soberania brasileira. Foi o ato de um patriota.

Deu uma sobrevida fun-damental a Lula e ao proje-

to de Nação a que se filiam todos os nacionalistas e des-nvolvimentistas desse país. O combate ainda não chegou ao fim, e o exemplo daqueles dois heróis da FAB nos fala a respeito do imperativo ético de resistirmos ao golpe, sob pena de vermos o prometido País do Futuro enxovalha-do aos olhos do mundo. Tal não ocorrerá; o Brasil é mui-to maior do que aqueles que pretendem inviabilizá-lo. Nossa Alma Coletiva vela por nós.

Page 6: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

Opinião

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UM PRODUTO:

JorgrafCooperativa de Produção e Trabalho dos

jornalistas e gráficos do Estado de Alagoas

RENAN CALHEIROS

OLÍVIA DE CÁSSIA

JOÃO LYRA

Presidente do Congresso Nacional

Jornalista

Empresário

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Benefício-safraA Comissão Mista de Planos, Or-

çamentos Públicos e Fiscaliza-ção (CMO) aprovou, na última

quarta-feira (23), a medida provisó-ria (MP) 715/2016 que destinou R$ 316,2 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Os recursos serão usados para pa-gar parcelas do Benefício Garantia--Safra voltadas a 440 mil famílias de agricultores familiares da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Su-dene) atingidos pela seca no período 2014/2015.

O Benefício Garantia-Safra foi cria-do pela Lei 10.420/2002 e é destinado aos produtores que aderiram ao pro-grama de mesmo nome, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, e que perderam pelos menos 50% da produ-

ção agrícola, em decorrência de estia-gem ou excesso de chuvas, de culturas como feijão, milho, arroz, mandioca e algodão. O Garantia-Safra é pago em parcelas pela rede bancária da Caixa Econômica Federal. O valor é defini-do pelo comitê gestor do programa.

Segundo a Constituição, o Executi-vo pode editar medida provisória de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes.

O governo alega que cerca de 80% dos agricultores familiares que ade-riram ao programa tiveram perdas comprovadas superiores a 50% da produção com a seca de 2014 e 2015, a pior dos últimos 50 anos.

O impacto social causado pela es-tiagem, argumenta o Planalto, exige uma rápida intervenção para garan-tir a sobrevivência da população.

Diante de uma crise que de-sencadeia uma compreensiva inércia nacional, o Senado Fe-deral está conseguindo man-ter uma agenda de votações de projetos relevantes para o Bra-sil e suas futuras gerações. Te-mos uma crise política e econô-mica, mas as instituições não podem cruzar os braços diante desses desafios.

Há exatamente um mês, em 24 de fevereiro, o plenário do Senado aprovou, por larga maioria, um projeto desobri-gando a Petrobras de partici-par com um mínimo de 30% nos poços de pré-sal. A propos-ta seguiu para a Câmara dos Deputados, onde será anali-sada após a manifestação de uma comissão especial.

A Petrobras, como se sabe, vive sua maior crise e hoje não teria saúde financeira para fazer face a essa imposição. Desobrigá-la da exigência per-mite que a Petrobras seja mais seletiva em seus investimen-tos e também estimula a vin-da de outros investidores para o setor. Quando se diminui a percepção da participação es-

tatal, investimentos desse por-te ficam mais atrativos.

Na última semana, também por uma expressiva maioria, os senadores aprovaram novas regras de governança para as estatais brasileiras, que eram, como se viu, uma espécie de universo paralelo onde tudo acontecia e nada era fiscali-zado. As novas regras fixam limites e novos conceitos nas estatais.

Para acabar com o aparelha-mento político, não podem ser indicados para os conselhos de administração ministros, diri-gentes de órgãos reguladores, secretários de estado e municí-pio, titulares de mandatos no Poder Legislativo e ocupantes de cargos superiores na ad-ministração pública que não sejam servidores concursados. A proibição se estende ainda a dirigentes de partidos polí-ticos.

A agenda de 14 itens, nego-ciada ponto a ponto com todos os líderes partidários, com-preende outros temas contro-versos, mas que serão objetos de deliberação. Entre eles a

atualização da Lei de Licita-ções, o limite para as dívidas da União, o aprimoramento da gestão de entidades de previ-dência complementar e a in-dependência formal do Banco Central.

O Banco Central, quando foi criado, possuía independência formal do Poder Executivo. Hoje tem o que se convencio-nou chamar de autonomia operacional. Não é preciso se aprofundar muito para detec-tar a diferença entre o atual modelo e o que se pretende mudar. Presidente e diretores do BC não possuem mandato. Essa é a única e principal di-ferença.

O presidente e diretores do BC necessitam de mandatos, aprovados no Senado Federal, não coincidentes com o de Pre-sidente da República. É uma preliminar indispensável para que eles sejam protegidos de investidas do chefe de gover-no, na tentativa de influenciar a política monetária. Não se trata de um tabu e precisamos decidir sobre esse e outros pro-jetos importantes.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) afirma que “quase 16 milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca irão à escola”. O nú-mero é duas vezes maior que o de meninos.

Entre eles, no mundo, oito milhões nunca frequentarão as salas de aula. Os números estão no Atlas de Desigual-dade de Gênero na Educação, divulgado pela Unesco em razão do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.

De acordo com a Unesco, as meninas são as primeiras a ter negado o direito à edu-cação. A desigualdade segue principalmente nos Estados Árabes, na África Subsaa-riana e na Ásia Meridional e Ocidental.

Na África Subsaariana, 9,5 milhões de meninas nun-ca entrarão em uma sala de aula. No caso dos meninos, serão cinco milhões.

Na Ásia, 80% das meninas que estão atualmente fora da escola nunca receberão edu-cação formal, o que equivale a 4 milhões. Entre os meni-nos, menos de 1 milhão nun-ca receberá educação formal, o que equivale a 16% daque-

les que estão hoje fora da es-cola.

Em relação aos Estados Árabes, a Unesco diz que as meninas são a maioria das milhões de crianças fora da escola, mas não é possível precisar quantas, devido aos conflitos na região, que difi-cultam a elaboração de esta-tísticas exatas.

O Brasil aparece no Atlas como um país sem dados es-tatísticos específicos sobre gênero na educação básica. As informações são do Insti-tuto de Estatística da Unes-co. Anualmente o órgão faz um levantamento do núme-ro de crianças fora da escola e calcula as probabilidades futuras de terem acesso às salas de aula, caso as cir-cunstâncias atuais sejam mantidas. As projeções po-dem variar ano a ano.

Eliminar as desigualdades de gênero no acesso à escola é um dos Objetivos de De-senvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser cum-pridos até 2030.

Atualmente, uma em cada oito crianças entre 6 e 15 anos está fora da escola e as meninas são as primeiras a serem excluídas. Mais de 63 milhões de meninas no mun-

do inteiro não recebem edu-cação formal.

“Nunca alcançaremos os Objetivos de Desenvolvimen-to Sustentável se não conse-guirmos vencer a discrimina-ção e a pobreza que paralisam a vida das meninas e das mu-lheres de geração a geração”, diz a diretora-geral da Unes-co, Irina Bokova, em nota di-vulgada no início deste mês. “Devemos trabalhar em to-dos os níveis, desde a base social até os dirigentes mun-diais, para fazer da equidade e integração os eixos de toda política, de forma que todas as meninas, sejam quais fo-rem as suas circunstâncias, vão à escola, prossigam os estudos e cheguem a ser ci-dadãs emancipadas”.

Os ODS são uma agenda global que tem a finalidade de promover o desenvolvi-mento social, a proteção am-biental e a prosperidade eco-nômica em todo o mundo.

Os objetivos começaram a valer este ano. Ao todo, são 17 objetivos e 169 metas que foram acordados pelos paí-ses-membros em setembro de 2015, em Nova York, na Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sus-tentável.

Um dos mandamentos para a pessoa ser feliz, se-gundo alguns estudiosos, é viver o presente, tentar ser feliz e superar as dificulda-des. Esse tem sido o meu foco, em uma idade que já não tenho mais tanta dispo-sição; vigor, nem o fogo da juventude.

Venho pensando, de um tempo para cá, como o tem-po passou tão rápido em mi-nha vida. E vem um filme de lembranças passadas, de mo-mentos complicados, mas de muita experiência adquirida.

Ouvi um comentário de uma das minhas cunhadas de que minha vida é uma eterna gangorra, se referin-do às coisas que tenho passa-do. Tem horas que assevero que sim, mas a vida de todo mundo é assim, com entre-meados de altos e baixos.

A partir do momento que resolvi ser feliz e não su-pervalorizar os problemas, minha vida se tornou mais leve, apesar das limitações. Dizem que a chave da felici-dade está no passado - mais precisamente, nas memórias afetivas que você vai cons-truindo ao longo da sua vida.

“Se você conseguir contro-

lá-las, será muito mais feliz”. Pensando assim, eu posso di-zer que sou muito feliz, pois guardo em mim as melhores lembranças da infância dis-tante e os bons momentos vividos na adolescência e ju-ventude.

Aprendi que a felicidade é um estado de espírito; uma combinação meio complica-da, uma mistura do presente com o passado. Posso ter sido uma adolescente problemá-tica; de autoestima baixa; sem amor próprio e chorona demais.

Eu me debulhava em lá-grimas por qualquer coisa e situação e apanhava da minha mãe por ter aqueles sentimentos tão angustian-tes. Me sentia preterida pe-las minhas paixonites da juventude e amava platoni-camente, sem nunca ter sido correspondida.

Devo confessar que essa maneira de amar me trouxe sofrimento e pesar, mas al-guns ensinamentos profun-dos também me trouxeram. Sou parte de um todo nesse universo, sei que vim aqui na terra para uma missão, em-bora não tenha tanta certeza disso.

Às vezes me ponho a refle-tir e pensar no que diziam os antigos, que a vida é muito passageira. É uma passagem rápida essa nossa. “Tudo na vida vai e vem, mas há uma coisa que não se altera: o passado”, analisam.

Segundo alguns psicólogos, há momentos na nossa vida em que nós simplesmente não conseguimos deixar as coisas seguirem o seu desti-no, da mesma forma que te-mos dificuldade de enfrentar separações, sejam elas por morte, ou separação física.

Mas a gente tem que en-tender – e aprendi a duras penas – que “ninguém é pro-priedade de ninguém” e cada um tem que seguir seu rumo, em busca da própria felicida-de.

Depois de muitas perdas, aprendi que a felicidade está dentro de cada um de nós: é só a gente se libertar daquilo que nos aprisiona e nos faz mal. Muitas vezes nós só descobrimos o que é a felicidade, depois de tempos passados e a gente começa a lembrar os instantes vividos e aí percebe o quando foi feliz e não sabia. Uma boa Páscoa para todos.

Apesar da crise

Catástrofe na educação

O conceito de felicidade

INDEPENDENTE

Page 7: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

Os documentos da Ode-brecht apreendidos pela Polícia Federal

durante a Operação Acarajé (23ª fase da Operação Lava Jato), divulgados na terça-feira (22), citam também os codinomes pelos quais al-guns dos mais de 200 políti-cos citados nas planilhas como beneficiários de valores -- ainda não é possível con-firmar se são doações legais de campanha ou recursos de caixa 2. Os apelidos estão relacionados diretamente ao nome da pessoa envolvida.

O presidente da Câma-ra dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é co-nhecido como Carangueijo (sic), enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros

(PMDB-AL), é apelidado de Atleta. O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Ca-bral (PMDB), é identificado como Proximus; e o prefeito da capital fluminense, Edu-ardo Paes (PMDB), como “nervosinho”. O chefe do Ga-binete Pessoal da Presidên-cia , Jaques Wagner, tem codinome “Passivo”; o pre-sidente da Assembleia Le-gislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), é o “Rio” – ou-tras referências menos cifra-das também são a do depu-tado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), o “Comuna”; e do senador José Sar-ney (PMDB), o “Escritor”.

Os vereadores de Salva-dor Edvaldo Brito e Paulo Magalhães são, respecti-

vamente, “Candomblé” e “Goleiro”. Mário Kertész é citado como “Roberval”. A deputada estadual Ma-nuela D’Ávila (PCdoB) é conhecida como “avião”.

O deputado federal Ar-thur Maia (SD-BA) tem como apelido “Tuca” e o se-nador Romero Jucá, “Ca-cique”. Filho do deputado federal Jarbas Vasconcelos, Jarbas Vasconcelos Filho (PMDB) foi denominado como “Viagra”. Deputado estadual e secretário no Rio Grande do Sul, Fábio Branco é apelidado como “colorido”. Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, é o “Grego” e o de-putado federal Raul Jung-mann (PPS-PE) é o “Bruto”.

7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLÍTICAMACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

ARTE O GLOBO

Charge que mostra alguns dos apelidos e a qual político eles são atribuídos foi compartilhada nas redes

DEZ ANOS

Namoro com miss pode ter gerado apelido em Jarbas

Um dos apelidos que cha-mam mais atenção entre os que estão na lista da Ode-brecht é do ex-governador de Pernambuco e atual de-putado federal pelo PMDB, Jarbas Vasconcelos, um dos defensores do impeachment da presidente Dilma Rou-sseff e um dos pretensos nomes a substituir Eduar-do Cunha, na presidência da Câmara dos Deputados, caso Cunha seja condenado pelo STF por evasão de divi-sas, formação de quadrilha e e ameaças aos adversários e empreteiros.

“Viagra” é o nome atri-buído a Jarbas Vasconce-los, 73 anos e internautas que zoam com a discusão ao atribuirem o apelido à épo-ca em que o ex-governador namorava a miss Pernam-buco Meyriele Abrantes, 32 anos, cujo relacionamento durou 10 anos e terminou em junho de 2013. A mesma mulher é apontada pelas re-vistas de fofocas como a cau-sadora da separação entre a cantora Joelma e o músico Chimbinha, ambos da Ban-da Calypso.

TROCADILHOSNo Twitter, o escritor

Marcelo Rubens Paiva, de Feliz Ano Velho, postou “Chamadas do JN hj: Brah-

ma e Passivo se encontram com Viagra. No Senado, Lin-dinho e Atleta reclamam de Bruto. Nervosinho pede cal-ma”. Ele fez referência aos apelidos de Lula, Jaques Wagner, Lindemberg Farias e Renan Calheiros.o deputa-do Raul Jungmann (PPS), e o prefeito Eduardo Paes.

Há também o Timão, “nome de guerra” do vice--presidente do Corinthians, André Negão, claramente li-gando ao clube. Romero Jucá (PMDB-RR) é o Cacique, e esse é um apelido de rela-ção fácil com a biografia do senador: entre maio de 1986 e setembro de 88, ele foi pre-sidente da Funai (Fundação Nacional do Índio).

Álvaro Novis, proprietário da Hoya Corretora de Va-lores e Câmbio, e apontado como o principal operador de dinheiro em espécie da Ode-brecht, é o único a ter dois codinomes: Paulistinha e Carioquinha.

O motivo: as operações que o envolviam eram ende-reçadas a dois locais, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.

Havia de tudo, de Viagra a Lindinho. Ninguém sabe direito o porquê de cada um dos apelidos, mas é possível deduzir alguns deles.

Não espalhe, mas o apelido de tal político é.....Intimidade dos bastidores das propinas revela que excelências se chamam “Viagra”, “Caranguejo”, “Bruto” etc

O presidente da Câma-ra dos Deputados, Eduardo Cunha anda torto, pro lado, e escapa, de banda, de to-das. É o que explica o apeli-do de “Caranguejo” que sur-giu na lista da Odebrecht.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu na quarta-feira rindo e demonstrando tranquilidade em relação à planilha apre-endida pela Polícia Federal com uma lista de doações a mais de 200 políticos do país, incluindo ele próprio. Cunha disse não temer a delação

premiada que será feita por representantes da empresa. O presidente admitiu ainda que pediu a representan-tes da Odebrecht doações de campanha para o PMDB, ci-tando o nome de Henrique Eduardo Alves, atual mi-nistro do Turismo. Mas que não recebeu doação direta da empresa em sua campanha.

Quando os jornalistas perguntaram sobre a cita-ção na planilha e o apeli-do de “caranguejo”, antes de responder Cunha riu:

— Eu não vi que planilha

é, mas doação de empresas, várias fizeram porque foram pedidas. Não sei exatamente qual é. Certamente para a mi-nha campanha não foi. Pedi para o PMDB e foram realo-cadas em outras campanhas, como já falei outras vezes. É normal. A Odebrecht doou para o PMDB e, em alguns mo-mentos eu também pedi para a campanhas, a do Henrique.

Os repórteres insisti-ram em saber se é normal ter apelidos, como o dele e de outros, e Cunha disse que isso tem que ser per-

NANDO CHIAPPETTA

Chamado de “Viagra”, Jarbas Vasconcelos, 73 anos, namorou por 10 anos, Meyrielle Abrantes, 32 anos

“CARANGUEJO”

Cunha estranha alcunha na lista

MISTURACodinome tem antagonismo e lembrança

Há alguns codinomes que parece apenas ser um anta-gonismo ou uma lembrança do nome. Por exemplo, o de-putado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT--BA), era chamado de Rio, e possivelmente por causa do rio africano homônimo de seu sobrenome.

E o sobrenome do secretário do Desenvolvimento Econômi-co, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco (PMDB-RS), deve ser o motivo para ser apelidado de Colorido.

A tendência política tam-bém ajudou a dar codinomes. O deputado federal Daniel Al-meida (PC do B-BA), tradicio-nal militante de esquerda, é chamado de Comuna. E o ex--prefeito de Salvador Edvaldo Brito (PDT-BA) é Candomblé, por causa de seu apoio às reli-giões de raízes africanas.

E o deputado federal Pau-lo Magalhães (PSC-BA) pode ter o apelido de Goleiro por-que foi presidente do Esporte Clube Vitória, de Salvador. Já o prefeito do Rio de Janeiro (PMBD-RJ), Eduardo Paes, é chamado de Nervosinho. Não é possível fazer uma dedução simples para esse apelido, mas Paes pode ser caracteri-zado com personalidade ex-plosiva.

E TEM MAIS!Escritor, Feira e Avião também na relação

IMAGEM SUJAEmpreiteira estuda mudar de nome

O ex-senador José Sarney (PMDB--AP) tinha o codinome Escritor, possi-velmente por ser poeta e membro da Academia Brasileira de Letras. Já a mulher do marqueteiro de João San-tana, a jornalista Mônica Moura, seria a Feira, talvez porque seja natural de Feira de Santana. A bela deputada estadual (PC do B-RS) Manuela D’Ávila seria a Avião, provavelmente por ser considerada uma mulher boni-ta.Citado como ‘Lindinho’, o senador Lindemberg Farias (PT-RJ) deve ter ganho o apelido pelos mesmos atributos de Manuela. Ele foi líder do impeachment de Collor.

A empreiteira Odebrecht, que está na alça de mira da Lava Jato e que já teve parte da sua diretoria presa pela Polícia Federal, avalia a possibilidade de mudar o nome da companhia e até mesmo transferir sua sede para fora do Brasil. Uma das possibilidades estudadas é a cidade de Miami, nos Estados Unidos. Segundo a coluni-sta Sonia Racy, do Estadão, a empresa avalia que os seguidos desdobramentos da Lava Jato resultaram em um desgaste maior que o esperado e que a mudança ajudaria a tirar a em-preiteira do olho do furacão.

Page 8: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

8 TRIBUNAINDEPENDENTEBRASIL/MUNDO

Brasil Mundo

Uso no Brasil aumenta para sete litros por habitante, aponta grupo No Seminário de Políticas Públicas para as Mulheres Rurais, cerca de 60 representantes de movimentos sociais discutiram as condi-ções de trabalho das mulheres do campo.O grupo também debateu o impacto do uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras. A coorde-nadora de mulheres da articulação nacional da agroecologia, Bete Cardoso, fala do aumento do consumo dos defensivos no país. Sonora: “Os movimentos sociais, a sociedade civil já se colocou muito claramente que nós não concordamos com essa lógica. A gente é o campeão mundial no uso de agrotóxicos. Esse consumo aumentou de 5 litros por pessoa por ano para 7,2 no ano passado.

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

DIVULGAÇÃO

Brasíl é líder mundial no uso de agrotóxicos que, em breve, passará a ser chamado “fitossanitário’”

INGESTÃOMédico diz como corpo se comporta

A representação bra-sileira no Parla-mento do Mercosul

(Parlasul) do Congresso Nacional, formada por dep-utados e senadores que representam os interesses do Brasil junto ao bloco sul-americano, aprovou por unanimidade, na última terça-feira (22), o projeto do senador Alvaro Dias (PV), que substitui a expressão “agrotóxicos” por “produtos fitossanitários” na legislação que trata da fiscalização de defensivos e de outras re-gras referentes à produção agropecuária no país.

A proposta defende a pa-dronização da nomenclatura destes produtos de acordo com as normas vigentes no Mercosul. Na União Euro-peia, por exemplo, os defen-sivos são classificados como fitofarmacêuticos. Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), embora sejam produtos com a mes-ma finalidade, o nome agro-tóxico denigre o sistema de

O Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, mas é o pri-meiro no que diz respeito ao consumo de agrotóxicos. Na safra de 2013/2014, foram utilizados cerca de 1 bilhão de litros, o que gera uma média de 5 litros de agrotóxicos por habitante, de acordo com es-pecialistas.

O médico e professor Wan-derley Pinhatti pesquisa os impactos dos agrotóxicos para a saúde e o ambiente. Ele ex-plica o que acontece quando são aplicados esses produtos nas lavouras.

“Primeiro vai para os ali-mentos. Ele vai para a planta e depois ele vai sair para os grãos. Uma parte vai para a água, atinge o lençol freático e depois sai na água que a gen-te está bebendo. Uma parte evapora, vai para o ar e atinge quilômetros de distância. Ou-tra parte, inclusive, condensa na chuva, vai para outros ani-mais, quer dizer, contamina o solo. Nos humanos, vai para o sangue e a urina, vai para o tecido gorduroso”.Para o Sin-diveg, caso não fossem reali-zados manejo integrado, boas práticas agrícolas e a aplica-ção de agroquímicos, a produ-ção agrícola seria perdida.

Nome agrotóxico pode passar a se chamar fitossanitárioProjeto apresentado por ex-tucano tem o objetivo de limpar a imagem do setor industrial

produção agrícola brasileiro, que não difere dos sistemas utilizados pelos países de-senvolvidos.

Na opinião da CNA, o pro-jeto vem em boa hora e con-tribui para valorizar a pro-dução nacional.

Segundo o senador Alva-

ro Dias, só o Brasil utiliza a denominação agrotóxico. “A ideia do projeto é estabele-cer uma denominação igual ao dos países do Mercosul, facilitando as transações co-merciais e a integração. So-mente isso”, afirma.

“Se aplicado da forma cor-

reta, como os produtores fazem, o uso dos defensivos para as plantas é semelhan-te à utilização de medica-mentos pelos humanos”, explica o superintendente técnico da CNA, Bruno Luc-chi. Ele acrescenta que o cli-ma tropical no Brasil faz com

que os produtores tenham a necessidade de utilizar estes produtos em suas lavouras, mas seguindo todas as re-comendações para garantir que os alimentos cheguem às mesas das famílias brasi-leiras com qualidade e segu-rança para o consumo.

Page 9: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

Venda de cotas de consórcios mantém crescimento no primeiro mês do anoAs vendas de novas cotas do sistema de consórcio cresceram 1,3%, passando de 199 mil em janeiro de 2015 para 201,5 mil em janeiro de 2016. O total de participantes também apresentou alta de 1,1%, ao atingir 7,18 milhões contra 7,10 milhões, nos mesmos meses. As contemplações, momento em que os consorciados podem concretizar seus objetivos de adquirir veículos automotores, imóveis, eletroele-trônicos ou contratar serviços, apontaram estabilidade, ficando pouco acima das 118 mil.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

Setor de consórcios cresce mais de 20% em AlagoasDe acordo com a Abac, índice de vendas de cotas para aquisição de veículos leves e imóveis em 2015 superou 2014

Segundo gerente da empresa, clientes se preocupam em não deixar conta para filhos

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

A vantagem de adqui-rir um imóvel ou veículo por meio do

consórcio sem juros, lance fixo, planos em até 180 me-ses, redução da parcela após contemplação, entre outros, tem atraído o consumidor alagoano, nordestino e to-dos os brasileiros. Em Ala-goas, o setor de consórcios de veículos e imóveis cres-ceu mais de 20% em 2015. Os dados são da Associação Brasileira de Administra-doras de Consórcios (Abac).

A mudança de compor-tamento das pessoas diante da crise econômica do país, dificuldade de crédito ou bu-rocracia dos bancos fazem os números das administrado-ras de consórcios no Brasil dispararem a cada ano. A poupança coletiva fez a ven-dedora Rosilene Albuquer-que sorrir a toa. Ela contou que estava sem condições de entrar num financiamento e optou por um consórcio. Com mais ou menos um ano, foi contemplada. E o que é melhor: sem lance algum.

“Se fosse fazer um finan-ciamento pagaria dois veí-culos só com a taxa de juros que é altíssima, estou muito satisfeita com a vantagem e com o bem que agora posso chamar de meu, o veículo que comprei foi um Duster com uma parcela de R$ 600 e pouco, se fosse financiado seria o dobro. Após ser sor-

teada, o dinheiro estava na minha conta com três dias e pude escolher o carro”, deta-lhou.

Dados da Abac indicam que o índice de vendas de co-tas de consórcios para aqui-sição de veículos leves e imó-veis cresceu 21% em Alagoas no ano passado, contra 15% em 2014.

Paulo Roberto Rossi, pre-sidente executivo da Abac, avaliou que uma parcela significativa dos consumido-res, depois de rever e ajustar seus orçamentos mensais continuou assumindo com-promissos financeiros mais coerentes com o momento, “sempre levando em conta disponibilidade e responsa-bilidade de consumo”.

A supervisora de vendas, Karla Geovanna Pereira, fez o consórcio de um imóvel e também festejou a sua con-quista. Ela investiu em uma casa através de um consór-cio, feito há cerca de um ano e meio. Seis meses depois, foi contemplada e deu um lance de cerca de 50% do va-lor do imóvel.

Ela comentou que a sua vizinha fez um financiamen-to e com o juro alto no final dava para comprar três ca-sas se quisesse. “O custo e benefício de um consórcio é excelente, fica inviável ser através de banco que cobra juros altíssimos. Enquanto a minha vizinha vai pagar ainda R$ 300 mil, para mim só resta R$ 80 no saldo deve-dor”, observou.

EMBRACON

“Conceito das pessoas mudou”

O gerente da empresa de consórcio Embracon em Alagoas, Luiz Lima, disse que o conceito das pessoas mudou quando o quesito é consórcio, que tem um pra-zo menor e zero de juros. “Tem sido uma alternativa vantajosa para quem quer se livrar dos juros e garan-tir um investimento, além das empresas de automó-veis, as igrejas estão sendo nossas parceiras para que este incremento nas vendas seja considerável, como a Batista e a Quadrangular”, frisou.

Segundo Luiz Lima, a cota do consórcio, ou seja,

número de clientes que fi-zeram consórcio cresceram 316% quando se trata de imóveis e 52% de automó-veis. “A sensibilidade que a agente tem é que as pessoas estão bem mais criteriosas ao fazer um empréstimo para comprar um bem du-rável como um imóvel, por exemplo. Fazendo a conta a pessoa terá que pagar qua-se cinco vezes o valor, tem sido uma fala comum entre os clientes na mesa, de que os cabelos ficarão brancos e ainda não vai ter terminado de pagar o financiamento e ter que deixar a conta para outra geração. No consórcio

o prazo é menor e não tem juros, então atribui essa nova adesão e esse novo conceito que o alagoano está tendo para adquirir o pro-duto”, explicou.

O banco exigir 50% do valor do produto também facilitou a maior abertura da procura por consórcios, de acordo com o gerente. “De cara este fator já impacta e faz o cliente pisar no freio, afasta a pessoa, e o consór-cio virou uma alternativa. 50% dos negócios de consór-cio no País estão no Nordes-te, os nordestinos compram consórcio e a gente vende muito”, salientou.

O consórcio, conforme ressaltou Luiz Lima, não foi feito para quem precisa do bem com muito imediatis-mo, mas se tira consórcio to-dos os dias, isto é, a libera-ção é feita diariamente. As famílias alagoanas já estão conseguindo sair do aluguel ou ampliando o investimen-to por meio dos recursos do consórcio.

Para ser contemplado com o consórcio basta ser sorteado ou fazer lances favoráveis que acontecem online através dos grupos mensalmente e obter o tão sonhado bem antes do pra-zo. (A.P.O.)

CORTESIA

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

A supervisora de VendasKarla Geovanna investiu emum consórcio de uma casa,

foi contemplada após seismeses e deu um lance de

50% do valor do imóvel

Famílias conseguem sair do aluguel, frisa Luiz Lima, da Embracon

Vendedora Rosilene Albuquerque exibe orgulhosa a chave do automóvel que recebeu com cerca de um ano de consórcio e sem lance

Se fosse fazer um financiamentopagaria doisveículos só coma taxa de jurosque é altíssima”ROSILENE ALBUQUERQUEVENDEDORA

SANDRO LIMA

Page 10: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

FPCT

Resistência dos pais e falta de programas agravam exploração

Para o presidente do Fórum Per-manente dos Conselhos Tutelares de Alagoas (FPCT/AL), José Edmil-son Sousa, um dos fatores do agra-vamento da situação de exploração infantil está na resistência dos pais e a falta de programas lúdicos de-senvolvidos pelos municípios alago-anos.

Segundo ele, os relatos, princi-palmente de mães que foram aban-donadas pelos companheiros ainda na maternidade ou que faleceram, fazem com que os filhos menores, principalmente o mais velho, seja arrimo de família.

“Existe a cultura das pessoas não gostarem de denunciar, porque acreditam ser melhor trabalhar do que roubar, embora este conceito já esteja mudando. A gente perce-be que ainda há muitas crianças trabalhando seja para sobreviver ou para conseguir alguma gorjeta para comprar caderno, roupas, en-tre outros”, disse Sousa.

“A gente sabe que a exploração nas praias do litoral, sobretudo as mais famosas, acontece com frequ-ência. O Conselho Tutelar do mu-nicípio identifica e notifica os pais, mas eles têm uma resistência gran-de, assim como também nas feiras livres dos interiores do Estado”, emendou.

Edmilson Sousa contou que re-latos dão conta de que as crianças e adolescentes trabalham porque querem, não são obrigados, mas que estudam em um horário. Al-guns dizem que os pais trabalha-ram desde criança e criaram os fi-

lhos com o que ganhavam.“Muitos são ‘contratados’ de boca

por comerciantes, vizinhos e ami-gos para ganhar um trocado e aju-dar em casa ou a ele próprio. A gen-te nota que a maioria é adolescente que precocemente teve a infância e, consequentemente, a adolescência roubadas. Não tiveram o direito de estudar e brincar. Trabalhar tira a aprendizagem por conta do cansaço e do sono, afirmo por experiência própria. Ensinei 30 anos e percebia nitidamente a situação”, declarou.

Na visão do presidente do FPCT/AL, a única saída para a história de meninos e meninas ganhar um final feliz seria instigar os muni-cípios a desenvolver programas culturais, de esporte e lazer para ocupar crianças e adolescentes em Estado de vulnerabilidade para que o tempo fosse gasto não com o tra-balho, mas com atividades lúdicas prazerosas. “O problema é que a maioria das cidades não tem pro-gramas para esta demanda nem faz um esforço para realizar”, ob-servou.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), mais de 3,3 milhões de crianças e jovens, entre 5 e 17 anos, trabalham no Brasil. Mais de 70 mil têm, no máximo, 9 anos. Além de terem baixa remuneração, uma em cada quatro crianças deixa a escola e muitas estão submetidas às formas mais degradantes de tra-balho. Em cinco anos, foram regis-trados mais de 12 mil acidentes de trabalho com crianças.

Registros Estado é o 22º ANA PAULA OMENAREPÓRTER

Revoltante, mas não iné-dito. Todos os dias, ce-nas de crianças e ado-lescentes trabalhando ao invés de estudar e

brincar são comuns no Brasil. E em Alagoas, o cenário não é diferente, no entanto, pouco a pouco, o rom-pimento do senso comum de que “é melhor trabalhar do que roubar” vai suavizando pelo empenho de ministérios e municípios no comba-te à exploração infantil.

A reportagem da Tribuna In-dependente esteve na praia do Francês, no Litoral Sul de Alagoas, rota turística no Estado, onde há registros de exploração infantil e não demorou muito para logo apa-recer uma criança vendendo produ-tos. Ela quando abordada disse que estava ajudando os pais que traba-lhavam, mas ganhavam menos de um salário mínimo por mês.

“Meu pai diz que é melhor ven-der amendoim, camarão, ovo de codorna do que roubar. Trabalhar ainda criança afasta a gente de más companhias, vou para a escola em um horário e no outro saio com minha bacia embaixo do braço ven-dendo na areia da praia. O pessoal tem comprado menos a mim, acho que porque sou criança, porque dos adultos nunca sobra nada”, deta-lhou o garoto de 11 anos.

O Ministério Público do Traba-lho em Alagoas (MPT) diz que em-bora não se tenha dados específicos sobre autuações por trabalho in-fantil em praias, os números gerais acerca destas denúncias indicam que foram registradas 103 denún-cias em 2014, contra 72 em 2015. E, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o MPT recebeu seis de-núncias.

O MPT, por meio da assessoria de comunicação, informou que os casos registrados no litoral ala-goano foram na praia do Francês, em Marechal Deodoro, e Maragogi. Este último, sendo realizado um trabalho conjunto entre o Ministé-

rio Público do Trabalho, Ministério Público Estadual e o município.

Já em Marechal Deodoro, uma fiscalização realizada pela procu-radora Adir de Abreu, no Francês, e no povoado Massagueira, consta-tou crianças trabalhando na venda de produtos. O município foi noti-ficado a prestar esclarecimentos sobre o caso em audiência no MPT que estava programada para acon-tecer na última segunda-feira (21).

Segundo a procuradora, o muni-cípio já é reincidente nos casos de trabalho infantil. No ano de 2006, o MPT constatou, por meio de inqué-rito civil, que crianças e adolescen-tes trabalhavam como flanelinhas e na venda de produtos no povoado Massagueira. O MPT não ajuizou uma Ação Civil Pública, mas con-verteu o inquérito em um procedi-mento promocional. Ele foi instau-rado com o objetivo de incentivar o município a aplicar políticas públi-cas que coíbam o trabalho infantil. Desde 2006, o MPT vem acompa-nhando a aplicação dessas ações.

“Não foram aplicadas multas nem indenizações porque o procedi-mento promocional é extrajudicial. É importante ressaltar que o MPT busca resolver irregularidades tra-balhistas, inicialmente, por meio de atuações educativas e preventi-vas”, frisou.

Ainda de acordo com o MPT, quando o município é notificado, o procedimento adotado inicial-mente é o de buscar resolver as irregularidades sem acionar a Jus-tiça - ao propor, por exemplo, que o município assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a coibir o trabalho infantil.

“Mas se o município não firmar o TAC, o MPT ajuíza Ação Civil Pú-blica para pedir à Justiça do Tra-balho a responsabilização do réu. Se o município assinar o TAC, mas descumpri-lo, o caso também é re-metido à Justiça. Os réus podem pagar multas e indenizações por dano moral coletivo, que variam de acordo com os casos”, mencionou a assessoria.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), entre 2012 e 2013, houve uma significativa redução do trabalho infantil na maioria dos Estados da federação, com destaque para o Acre (-50,0%), Roraima (-40,7%) e Alagoas (-33,3%). Por outro lado, na Pnad de 2014 há um acréscimo de 5,4 em 2013 para 5,6, o que significa um aumento de três mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil na faixa etária de 5 a 17 anos. Ainda assim, no ranking do trabalho infantil no Brasil, Alagoas ocupa a 22ª colo-cação entre os 27 da federação.

Marluce Pereira, coordena-dora do Fórum para a Erradica-ção do Trabalho Infantil e para a Proteção do Adolescente Traba-lhador de Alagoas ((Fetipat/AL), explicou que para combater o crescimento do trabalho infantil, a Secretaria de Estado da Assis-tência e Desenvolvimento Social (Seades), com o apoio do Fórum, intensificou as ações de mobili-zação e de enfrentamento nos 31 municípios com maior índice de trabalho infantil, aqueles acima de 400 casos registrados no Censo IBGE - 2010.

“Atualmente, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) conjuga esforços da União, Estados e Municípios. As ações estratégicas do Programa estão estruturadas em cinco eixos: in-formação e mobilização, proteção, defesa e responsabilização e mo-nitoramento”.

“Em 2015, várias ações foram realizadas no eixo da sensibili-zação e mobilização, como o En-contro Intersetorial com gestores e técnicos de políticas públicas e organizações da sociedade civil. Foram realizadas também qua-tro audiências públicas regiona-lizadas, inserção de crianças e adolescentes nos serviços da rede socioassistencial”, enfatizou.

Para este ano, a Seades vai ter um contato direto com os gestores de políticas públicas para a prio-rização da implementação de po-líticas voltadas para o enfrenta-mento do problema, bem como a parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas (SRTE/AL) e sensibi-lizar empresários no sentido do cumprimento da Lei de Aprendi-zagem como estratégia de inclu-são de adolescentes a partir de 14 anos no Programa, além da sen-sibilização de outros segmentos importantes, como conselhos tu-telares e de direitos da criança e do adolescente e Educação.

De acordo com Marluce Perei-ra, o trabalho infantil acarreta sérios danos ao desenvolvimento de uma criança por estar em for-mação. “A criança está exposta a sofrer acidentes graves que po-dem resultar em lesões que pode-rão comprometer o seu desempe-nho profissional para o resto da vida, como a evasão escolar e o baixo rendimento na escola, tor-nando-os futuros cidadãos com baixa qualificação profissional, o aliciamento para o tráfico, baixa estima, expostos a situações hu-milhantes e degradantes”.

Ela finaliza observando que quando uma criança e adolescen-te está em situação de explora-ção, a menos que seja na condição de aprendiz, está sendo negado o direito constitucional de proteção integral, e isso é responsabilidade de todos.

ASCOM MPT/AL

ANA PAULA OMENA

ANA PAULA OMENA

ANA PAULA OMENA

de trabalho infantil caem em

Alagoas

Em 2015, MPT recebeu 72 denúncias contra exploração de crianças no

Estado; em 2014, foram 103

no ranking de

trabalho infantil

Menores trabalham lavando carros em frente a estabelecimento comercial no bairro da Serraria

Menino vende alimentos na Praia do Francês sob sol forte, enquanto muitas crianças se divertem

Casos de trabalhos infanto-juvenil foram registrados pelo Ministério Público do Trabalho nas praias do Francês, em Marechal Deodoro, e de Maragogi, no Litoral Norte

De acordo com acoordenadora doFeipati, Marluce Pereira, o trabalho ainda na infância acarreta sérios danos ao desenvolvimento da criança

Procuradora Adir de Abreu realizou fiscalização na Praia do Francês e flagrou crianças comercializando produtos

ASCOM SEADES

Page 11: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

FPCT

Resistência dos pais e falta de programas agravam exploração

Para o presidente do Fórum Per-manente dos Conselhos Tutelares de Alagoas (FPCT/AL), José Edmil-son Sousa, um dos fatores do agra-vamento da situação de exploração infantil está na resistência dos pais e a falta de programas lúdicos de-senvolvidos pelos municípios alago-anos.

Segundo ele, os relatos, princi-palmente de mães que foram aban-donadas pelos companheiros ainda na maternidade ou que faleceram, fazem com que os filhos menores, principalmente o mais velho, seja arrimo de família.

“Existe a cultura das pessoas não gostarem de denunciar, porque acreditam ser melhor trabalhar do que roubar, embora este conceito já esteja mudando. A gente perce-be que ainda há muitas crianças trabalhando seja para sobreviver ou para conseguir alguma gorjeta para comprar caderno, roupas, en-tre outros”, disse Sousa.

“A gente sabe que a exploração nas praias do litoral, sobretudo as mais famosas, acontece com frequ-ência. O Conselho Tutelar do mu-nicípio identifica e notifica os pais, mas eles têm uma resistência gran-de, assim como também nas feiras livres dos interiores do Estado”, emendou.

Edmilson Sousa contou que re-latos dão conta de que as crianças e adolescentes trabalham porque querem, não são obrigados, mas que estudam em um horário. Al-guns dizem que os pais trabalha-ram desde criança e criaram os fi-

lhos com o que ganhavam.“Muitos são ‘contratados’ de boca

por comerciantes, vizinhos e ami-gos para ganhar um trocado e aju-dar em casa ou a ele próprio. A gen-te nota que a maioria é adolescente que precocemente teve a infância e, consequentemente, a adolescência roubadas. Não tiveram o direito de estudar e brincar. Trabalhar tira a aprendizagem por conta do cansaço e do sono, afirmo por experiência própria. Ensinei 30 anos e percebia nitidamente a situação”, declarou.

Na visão do presidente do FPCT/AL, a única saída para a história de meninos e meninas ganhar um final feliz seria instigar os muni-cípios a desenvolver programas culturais, de esporte e lazer para ocupar crianças e adolescentes em Estado de vulnerabilidade para que o tempo fosse gasto não com o tra-balho, mas com atividades lúdicas prazerosas. “O problema é que a maioria das cidades não tem pro-gramas para esta demanda nem faz um esforço para realizar”, ob-servou.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), mais de 3,3 milhões de crianças e jovens, entre 5 e 17 anos, trabalham no Brasil. Mais de 70 mil têm, no máximo, 9 anos. Além de terem baixa remuneração, uma em cada quatro crianças deixa a escola e muitas estão submetidas às formas mais degradantes de tra-balho. Em cinco anos, foram regis-trados mais de 12 mil acidentes de trabalho com crianças.

Registros Estado é o 22º ANA PAULA OMENAREPÓRTER

Revoltante, mas não iné-dito. Todos os dias, ce-nas de crianças e ado-lescentes trabalhando ao invés de estudar e

brincar são comuns no Brasil. E em Alagoas, o cenário não é diferente, no entanto, pouco a pouco, o rom-pimento do senso comum de que “é melhor trabalhar do que roubar” vai suavizando pelo empenho de ministérios e municípios no comba-te à exploração infantil.

A reportagem da Tribuna In-dependente esteve na praia do Francês, no Litoral Sul de Alagoas, rota turística no Estado, onde há registros de exploração infantil e não demorou muito para logo apa-recer uma criança vendendo produ-tos. Ela quando abordada disse que estava ajudando os pais que traba-lhavam, mas ganhavam menos de um salário mínimo por mês.

“Meu pai diz que é melhor ven-der amendoim, camarão, ovo de codorna do que roubar. Trabalhar ainda criança afasta a gente de más companhias, vou para a escola em um horário e no outro saio com minha bacia embaixo do braço ven-dendo na areia da praia. O pessoal tem comprado menos a mim, acho que porque sou criança, porque dos adultos nunca sobra nada”, deta-lhou o garoto de 11 anos.

O Ministério Público do Traba-lho em Alagoas (MPT) diz que em-bora não se tenha dados específicos sobre autuações por trabalho in-fantil em praias, os números gerais acerca destas denúncias indicam que foram registradas 103 denún-cias em 2014, contra 72 em 2015. E, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o MPT recebeu seis de-núncias.

O MPT, por meio da assessoria de comunicação, informou que os casos registrados no litoral ala-goano foram na praia do Francês, em Marechal Deodoro, e Maragogi. Este último, sendo realizado um trabalho conjunto entre o Ministé-

rio Público do Trabalho, Ministério Público Estadual e o município.

Já em Marechal Deodoro, uma fiscalização realizada pela procu-radora Adir de Abreu, no Francês, e no povoado Massagueira, consta-tou crianças trabalhando na venda de produtos. O município foi noti-ficado a prestar esclarecimentos sobre o caso em audiência no MPT que estava programada para acon-tecer na última segunda-feira (21).

Segundo a procuradora, o muni-cípio já é reincidente nos casos de trabalho infantil. No ano de 2006, o MPT constatou, por meio de inqué-rito civil, que crianças e adolescen-tes trabalhavam como flanelinhas e na venda de produtos no povoado Massagueira. O MPT não ajuizou uma Ação Civil Pública, mas con-verteu o inquérito em um procedi-mento promocional. Ele foi instau-rado com o objetivo de incentivar o município a aplicar políticas públi-cas que coíbam o trabalho infantil. Desde 2006, o MPT vem acompa-nhando a aplicação dessas ações.

“Não foram aplicadas multas nem indenizações porque o procedi-mento promocional é extrajudicial. É importante ressaltar que o MPT busca resolver irregularidades tra-balhistas, inicialmente, por meio de atuações educativas e preventi-vas”, frisou.

Ainda de acordo com o MPT, quando o município é notificado, o procedimento adotado inicial-mente é o de buscar resolver as irregularidades sem acionar a Jus-tiça - ao propor, por exemplo, que o município assine um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) se comprometendo a coibir o trabalho infantil.

“Mas se o município não firmar o TAC, o MPT ajuíza Ação Civil Pú-blica para pedir à Justiça do Tra-balho a responsabilização do réu. Se o município assinar o TAC, mas descumpri-lo, o caso também é re-metido à Justiça. Os réus podem pagar multas e indenizações por dano moral coletivo, que variam de acordo com os casos”, mencionou a assessoria.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacio-nal por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), entre 2012 e 2013, houve uma significativa redução do trabalho infantil na maioria dos Estados da federação, com destaque para o Acre (-50,0%), Roraima (-40,7%) e Alagoas (-33,3%). Por outro lado, na Pnad de 2014 há um acréscimo de 5,4 em 2013 para 5,6, o que significa um aumento de três mil crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil na faixa etária de 5 a 17 anos. Ainda assim, no ranking do trabalho infantil no Brasil, Alagoas ocupa a 22ª colo-cação entre os 27 da federação.

Marluce Pereira, coordena-dora do Fórum para a Erradica-ção do Trabalho Infantil e para a Proteção do Adolescente Traba-lhador de Alagoas ((Fetipat/AL), explicou que para combater o crescimento do trabalho infantil, a Secretaria de Estado da Assis-tência e Desenvolvimento Social (Seades), com o apoio do Fórum, intensificou as ações de mobili-zação e de enfrentamento nos 31 municípios com maior índice de trabalho infantil, aqueles acima de 400 casos registrados no Censo IBGE - 2010.

“Atualmente, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) conjuga esforços da União, Estados e Municípios. As ações estratégicas do Programa estão estruturadas em cinco eixos: in-formação e mobilização, proteção, defesa e responsabilização e mo-nitoramento”.

“Em 2015, várias ações foram realizadas no eixo da sensibili-zação e mobilização, como o En-contro Intersetorial com gestores e técnicos de políticas públicas e organizações da sociedade civil. Foram realizadas também qua-tro audiências públicas regiona-lizadas, inserção de crianças e adolescentes nos serviços da rede socioassistencial”, enfatizou.

Para este ano, a Seades vai ter um contato direto com os gestores de políticas públicas para a prio-rização da implementação de po-líticas voltadas para o enfrenta-mento do problema, bem como a parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas (SRTE/AL) e sensibi-lizar empresários no sentido do cumprimento da Lei de Aprendi-zagem como estratégia de inclu-são de adolescentes a partir de 14 anos no Programa, além da sen-sibilização de outros segmentos importantes, como conselhos tu-telares e de direitos da criança e do adolescente e Educação.

De acordo com Marluce Perei-ra, o trabalho infantil acarreta sérios danos ao desenvolvimento de uma criança por estar em for-mação. “A criança está exposta a sofrer acidentes graves que po-dem resultar em lesões que pode-rão comprometer o seu desempe-nho profissional para o resto da vida, como a evasão escolar e o baixo rendimento na escola, tor-nando-os futuros cidadãos com baixa qualificação profissional, o aliciamento para o tráfico, baixa estima, expostos a situações hu-milhantes e degradantes”.

Ela finaliza observando que quando uma criança e adolescen-te está em situação de explora-ção, a menos que seja na condição de aprendiz, está sendo negado o direito constitucional de proteção integral, e isso é responsabilidade de todos.

ASCOM MPT/AL

ANA PAULA OMENA

ANA PAULA OMENA

ANA PAULA OMENA

de trabalho infantil caem em

Alagoas

Em 2015, MPT recebeu 72 denúncias contra exploração de crianças no

Estado; em 2014, foram 103

no ranking de

trabalho infantil

Menores trabalham lavando carros em frente a estabelecimento comercial no bairro da Serraria

Menino vende alimentos na Praia do Francês sob sol forte, enquanto muitas crianças se divertem

Casos de trabalhos infanto-juvenil foram registrados pelo Ministério Público do Trabalho nas praias do Francês, em Marechal Deodoro, e de Maragogi, no Litoral Norte

De acordo com acoordenadora doFeipati, Marluce Pereira, o trabalho ainda na infância acarreta sérios danos ao desenvolvimento da criança

Procuradora Adir de Abreu realizou fiscalização na Praia do Francês e flagrou crianças comercializando produtos

ASCOM SEADES

Page 12: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016CIDADES 12

Frota de ônibus da capital será renovadaPrefeitura entrega na terça cerca de 50 novos veículos à população; até o final do ano serão 150 a substituir frota antiga

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira, entre-ga nesta terça-feira

(29) cerca de 50 novos ônibus à população maceioense. A ação é o início da renovação da frota que circula na cida-de. Até o final deste ano, 150 novos veículos substituirão os ônibus que circulam em mau estado de conservação.

De acordo com o líder do Executivo, os ônibus cor-respondem à primeira re-messa dos 20% de veículos zero quilômetro que chega-rão a Maceió. “O cidadão maceioense não acreditava que esse dia chegaria, pois muitos governos passaram pela prefeitura e o sistema de transporte continuava o mesmo, deixando a desejar. Essa primeira remessa de novos veículos representa mais um passo para melho-rar os serviços de transporte da capital alagoana”, disse Rui Palmeira.

Com um investimento de R$ 13 milhões na com-pra dos veículos fabricados pela montadora Marcopolo, a cidade também começa a reduzir a idade média da frota que existe atualmente. “Em Maceió, quem utiliza o transporte coletivo diaria-mente gasta boa parte do seu dia se descolando em veículos antigos, sem con-forto. E isso começa a mudar

a partir do dia 29. O edital exige que a idade média dos ônibus seja reduzida. Hoje eles circulavam por até 10 anos, apresentando uma média de sete anos de uso. Agora essa média passará para cinco anos”, garantiu o prefeito.

Segundo informações da Superintendência Munici-pal de Transporte e Trânsi-to (SMTT), os novos ônibus chegam a Maceió com a nova padronização nas cores cor-respondentes aos lotes, valo-rizando as cores da bandeira de Maceió. O objetivo é criar uma identidade padrão para o Sistema Integrado de Mo-bilidade de Maceió (Simm).

Além da renovação da fro-ta, outro diferencial está nas vagas destinadas aos usuá-rios cadeirantes. “Quando o edital estava sendo prepa-rado, todos os pontos foram pensados. A lei determina apenas uma vaga, mas de-terminamos para a mon-tadora a colocação de dois lugares. Dessa forma esse usuário vai passar menos tempo no ponto, pois terá mais opções no transporte”, destacou o superintenden-te de Transporte e Trânsi-to, Tácio Melo. Com a ação, Maceió passa a ser a única capital do país a exigir duas vagas para cadeirantes.

SECOM MACEIÓ

Veículos chegam com nova padronização nas cores correspondentes aos lotes

Gastou o bigolim todinho!

Corpinho sensacional, carinha linda, Ritael (para os mais íntimos Ritinha), dileta filha do casal Odulpho/Floribalda Custódio, saiu da adolescência para a idade adulta carregando a ingenuidade de sempre. Verdadeiro anjo de candura e bon-

dade. Quando era pré-adolescente, conheceu no colégio onde estudava, o rapazinho intitulado Juvenílio, também timidozinho e bastante simpático. Ritael e Juvenílio terminaram o ginásio e ingressaram no colegial formando um parzinho exemplar: ela zerinho, ele donzelinho. Um dia, seis anos depois de mil abracinhos e beijinhos fugazes, resolveram casar. Os pais da noiva, que faziam muito gosto da união dos dois, patrocinaram a festa do matrimônio, que se realizou no Sítio Santa Alice, de propriedade deles, localizado no Tabuleiro do Pinto, município de Rio Largo. O ágape foi aquele sucesso. Quando os convidados deram uma brecha, os noivin-hos pegaram um carro e se mandaram para Olinda, onde curtiriam a lua-de-mel. No hotel reservado previamente, os nubentes se esbaldaram, fazendo o que a gente já sabe. Como marido e mulher eram timidozinhos, as cenas íntimas de alcova transcor-reram no maior breu, quer dizer, no escuro. Na manhã seguinte, depois do banho, o maridinho notou que não havia toalha no banheiro. Aí, apelou para a esposinha adorada: - Amor, por favor, me traga a toalha! Vibrando de felicidade, Ritinha entrou no banheiro e, pela primeira vez, viu o amado esposo peladão. E ficou reparando naquela coisinha minúscula, encolhida entre as pernas dele. - O que é isso aí? - indagou, apontando para o bingolim do cara. E ele: - Ôxi, tá sabendo não o que é isso, amorzinho? Foi com isso que nos divertimos a noite toda. Perplexa, ela exclamou: - Meu Deus! Gastou quase tudo!

Maridos incontroláveis No cabeleireiro, três madames tagarelavam quando, em dado momento, uma delas desabafou: - Sabem, amigas, eu ando muito preocupada com o meu marido Odalécio! - Não diga, Perolina! - antecipou-se uma delas - O que ele anda fazendo? - Ultimamente, tem desaparecido sem deixar rastros. Ele sai de repente sem dizer para onde vai! Novamente a segunda com a palavra: - Sei exatamente do que você está falando. Meu marido Aderbal senta diante da TV e finge que está cochilando. Quando marco bobeira, ele some e volta três ou quatro horas depois! A terceira das mulheres, que se mantinha calada, resolveu se manifestar: - Pois, amigas, com o meu marido não tenho problema algum. Eu sempre sei onde ele está! - É mesmo Percilina? Qual é o segredo? Como você consegue controlá-lo? - inda-garam as outras duas. - É que eu sou viúva!

O segredo do pernil Recém-casada, ansiosa em agradar ao maridinho, à família deste, e preocupada em mostrar competência na cozinha, a jovem Zeronalda se empenhava em preparar o seu primeiro almoço para a parentada mais chegada - pais, irmãos, sogros, cunha-dos... Zeronalda temperou um belo pernil para assar. Ao levá-lo ao forno, deu um talho na lateral e cortou uma bela lasca, que ajeitou num cantinho da forma. Curioso, o marido perguntou: - Amor, por que você deu esse corte no pernil? É alguma simpatia? - Não sei... É que vi a minha mãe fazer isso, sempre que ia assar um pernil Quando a mãe chegou para o almoço, Zeronalda perguntou: - Mãínha, por que você dá um talho no pernil antes de assar? - Ah, não sei, minha filha. Faço assim porque vi sempre sua avó fazer desse jeito. Em seguida, chegou a avó também para o almoço, e a neta indagou: - Vó, por que a senhora dá um corte no pernil antes de assar? - Ah, porque não cabe na minha assadeira!

Brincadeirinha pra complicar De vez em quando, a professora Cecy Dília gosta de tirar uma onda com a cara do alunado. Ela não tem jeito para o humorismo, mas insiste nisso. Certa feita, entrou na sala de aula toda risonha, e com aquele ar maroto. - Atenção meninos! - disparou - Hoje vamos ter testes de conhecimento gerais, tá legal? E a petizada: - Táááá, tia! Aí, ela apontou para um dos pequenos: - Fernandinho, me responda qual é o bichinho que tem 4 patas, anda no telhado, faz miau, tem bigode e uma azeitona no nariz? O aluno ficou embatucado: - Azeitona no nariz?! Sei não, tia. - É gato, meu filho! A azeitona eu só botei pra confundir. Cecy Dília virou-se para outro aluno: - Helinho... me diga qual é a coisa onde a gente coloca café, leite, tem um biquinho, uma tampinha em cima e uma goiaba em baixo? - Goiaba em baixo?! Ah, tia, tá difícil! - É bule! Ri, ri, ri... A goiaba eu só incluí para complicar. Entenderam a brincadeira? Agora, quem faz uma pra mim? Do fundo da sala, uma vozinha se levantou: - Eu, tia! - Ah! É o capetinha da classe! Bem logo ví. Pode falar, Cacá. O pentelho lascou lá: - Professora, o que é uma coisa roliça, tem a ponta vermelha, as mulheres gostam muuuiiito de botar na boca e tem duas bolas penduradas? A classe foi abaixo. Indignadíssima, a professora partiu firme para o Cacá: - Oh, meu Deus! Que imoralidade é essa, Cacá? - Imoralidade, não, professora. É batom. As duas bolas eu botei só pra complicar.

Caos em Batalha

A Educação municipal de Batalha, cidade sertaneja, localizada a 183 quilômetros de Maceió, vive

um caos absoluto. Para se ter uma ideia, em alguns povoados, crianças na faixa-etária entre 3 e 9 anos de idade estão “estudando” em casas alugadas porque as escolas estão destruídas. Na localidade Timbaúba,

a casa alugada não tem sequer condições de abrigar uma família, imagine ser transformada em uma unidade de ensino.O prefeito da cidade, Aloísio Rodrigues, talvez não saiba da agonia que estão vivendo os pequenos estudantes, ou decidiu cruzar os braços por motivos até o momento desconhecidos.

Banheiro fechadoO problema maior está no povoado Manteiga, onde 72 crianças estão sof-rendo horrores com o calor e o que é pior: o banheiro da casa foi fechado por ordem, segundo as professoras, do dono do imóvel. Para fazer suas necessidades fisiológicas, as crianças procuram casas de parentes ou ter-renos baldios, próximos à escola.Tem jeito uma coisa dessas???!!!

Muita granaAo que parece, a Câmara municipal de Arapiraca acredita piamente que não existe crise financeira na Prefeitura. Vejamos o release da asses-soria de imprensa da Casa, enviado a este colunista: “A Câmara aprovou na sessão ordinária de terça-feira, 22, Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo para abrir no orçamento vigente, Lei número 3.140/2015, crédito adicional do tipo especial em favor da Agremiação Sportiva Arapiraquense (Asa)”.

Agora é leiDe acordo com o projeto, o crédito aprovado é no valor total de R$ 1 milhão e 200 mil, o que representa R$ 100 mil/mês. Conforme prevê o regimento, o projeto retorna para o Poder Executivo e após ser sancionado pela pre-feita Célia Rocha (PTB) entra em vigor de imediato. O Projeto de Lei foi lido em plenário e o presidente da Mesa Diretora, vere-ador Márcio Marques ((PTB) suspendeu a sessão por dez minutos quando os vereadores se reuniram na sala da presidência.

Todos favoráveisNo retorno aos trabalhos, votaram favoravelmente ao projeto, 13 vere-adores: Aurélia Fernandes, Fabiana Pessoa, Gilvânia Barros, Professora Graça, Rogério Nezinho, Josias Albuquerque, Márcio Marques, Sérgio do Sindicato, Doge do Queijo, Adalberto Saturnino, Edvânio Correia, Moisés Machado Filho e Fabiano Leão. O vereador Ronald Vital Rios, que se recu-pera de um acidente e Dr. Fábio (falta justificada por motivo de doença) não compareceram a sessão.

PrecedenteComo o ASA é um clube particular e, sem dúvida alguma, o Projeto de Lei aprovado pela Câmara Municipal abre um precedente para que dirigentes esportivos também reivindiquem esse direito. A não ser que a prefeita Célia Rocha não sancione essa que, na verdade, é simplesmente uma Lei absurda, diante da crise financeira que se abateu sobre a Prefeitura de Arapiraca.

ImprobidadeO Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) ajuizou uma ação por ato de improbidade administrativa contra o atual prefeito da Barra de Santo Antônio, José Rogério Cavalcante Farias, e outras três pessoas, todas parentes de primeiro grau do chefe do Executivo daquele município.

Desvios de recursosA família é acusada de desviar recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos profissionais da educação (Fundeb) e suspeita de enriquecimento ilícito. Inclusive, uma pousada de luxo está sob investigação. Por meio da propositura da ação, a Promotoria da Barra de Santo Antônio pede o afastamento de Rogério Farias do cargo e a indisponibilidade dos bens dele.

Crime em famíliaNo polo passivo da ação, ajuizada pelo promotor de Justiça Vinícius Fer-reira Calheiros Alves, além de Rogério Farias, também respondem pela prática de improbidade administrativa José Rogério Cavalcante Farias Filho, secretário de Finanças da Barra de Santo Antônio; Simony de Fátima Bianor Farias, secretária de Saúde; e Joselita Camila Bianor Farias Cansanção, prefeita da cidade de Porto de Pedras. A Jirituba Empreendi-mentos Turísticos Ltda – ME, uma pousada de luxo localizada naquela região, aparece nas investigações e o Ministério Público desconfia que ela pode ter sido construída com recursos oriundos dos cofres públicos.

Palhaço BiribinhaCom 58% dos votos, o “Palhaço Biribinha” recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo Para a Cultura, na categoria “Circo”, na última segunda-feira, 21.O resultado veio a partir dos votos do júri popular, fruto de seu trabalho que vem sendo executado nos últimos anos no interior e na Grande São Paulo.

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

... Teófanes Antônio Leite da Silveira é o ator e diretor por trás de “Biribinha” e é Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana e mestre das Artes Circenses.

... Ele estava entre as cinco companhias circenses designadas para o Prêmio Governador de SP. A votação ocorreu pela internet durante os últimos dois meses.

... O tradicional membro da família Silveira tem cerca de seis décadas voltadas à profissão, envolvendo sempre o teatro em suas aparições no picadeiro.

... Nascido na Bahia, porém radicado em Arapiraca, em sua última pas-sagem pelo município, Biribinha trouxe a peça “Sem Você Eu Não Sou Ninguém”. O enredo estava repleto de alegorias e metáforas, indicando que o ser Teófanes não seria nada sem o humano Biribinha. E vice-versa.

SERVIÇO

Empresas vão cumprir metas para assegurar qualidade

A realização da Licitação do Transporte Público Cole-tivo de Maceió foi conside-rada um marco na história da cidade. Com foco na me-lhoria dos serviços que vão atender as necessidades de mobilidade e transporte da população maceioense, as empresas têm metas a cum-prir para assegurar a quali-dade do serviço.

“É sem dúvida uma das marcas desta gestão que desde o início se propôs a realizar um trabalho sério e voltado para trazer bene-fícios ao transporte público, já que a maioria da popu-lação depende deste meio de transporte todos os dias para se locomover até o tra-balho, às escolas e outros compromissos”, ratifica o superintendente da SMTT, Tácio Melo.

Além da inserção de no-vos ônibus no sistema, ou-tras ações paralelas e em consonância com a licitação, seguem sendo executadas na cidade, como a reforma de terminais de ônibus, im-plantação de novos abrigos, readequação de itinerários em atendimento às comu-nidades da periferia, im-

plantação da faixa exclusiva para ônibus nos principais corredores de trânsito da ci-dade, aplicativo disponível gratuitamente para acom-panhamento em tempo real de toda a frota e as interme-diações com os rodoviários que resultaram em nenhu-ma greve da categoria du-rante os últimos três anos.

Segundo dados da SMTT, desde janeiro deste ano, cer-ca 30 mil pessoas têm utili-zado mensalmente o Siste-ma Integrado de Mobilidade de Maceió. O benefício per-mite a quem utiliza mais de uma linha para chegar ao destino não pagar duas ou mais passagens para se lo-comover.

Atualmente são oferta-das 270 possibilidades de in-tegração, que funcionam en-tre linhas de um mesmo lote no sentido de ida ou de volta. “A partir do início de abril, ampliaremos esse núme-ro para 350 possibilidades com a adição de 80 linhas a esse sistema, chegando bem próximo da totalidade das possibilidades de integração que podem ocorrer dentro de um mesmo lote”, disse Tacio Melo.

Page 13: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

Registros de MEI da beleza cresce649% em 5 anosSegmento é ainda o que mais profissionaliza

Empreendedorismo: empresárias de salões de beleza e estética participam de palestra no Sebrae

Crescimento formaliza atividades como a de cabeleireira, uma das mais tradicionais neste mercado

ALAGOAS

Sebrae desenvolve Projeto Serviços de Beleza e Estética

Amanda Pinto, analista da Unidade de Comércio e Servi-ços (UCS) do Sebrae em Ala-goas, destaca que o objetivo do projeto, que tem como foco atingir diretamente 50 ou mais empresas, é fomentar o empre-endedorismo no setor, a gover-nança e todo o segmento por meio de diversas ações como consultorias tecnológicas e de gestão.

Além disso, o projeto ‘Servi-ços de Beleza e Estética’ tam-bém tem o intuito de criar um ambiente favorável para a com-petitividade entre os negócios do mundo da beleza.

“Através do projeto, vamos oferecer orientação, normas técnicas, boas práticas, novas tendências do segmento e in-

formações sobre gestão, aten-dimento, plano de marketing, planejamento estratégico e fi-nanceiro, cursos, oficinas, como a de atendimento ao cliente.”, frisou Amanda Pinto.

Na oportunidade, a analis-ta destacou também sobre as conquistas anteriores do pro-jeto, entre eles, o trabalho de associativismo que permitiu a criação da Associação Estação Distribuidora da Beleza (Edbe-leza), que envolve dezenas de salões de beleza e estética de vários bairros de Maceió. O gru-po visa promover o profissiona-lismo e serviços de qualidade, oferecendo beleza e segurança à clientela e extinguindo a uti-lização inadequada de equipa-mentos e produtos.

SenadoO Senado aprovou na terça-

feira (22), em votação simbóli-ca, um projeto de lei que cria a possibilidade de contratos de “parceria” entre salões de bele-za e profissionais, como cabelei-reiros e maquiadores.

A matéria já havia sido aprovada pela Câmara, mas como houve emendas ao texto, o projeto volta agora para nova análise dos deputados.

De acordo com o texto, os es-tabelecimentos não precisarão contratar conforme as regras da CLT, podendo pagar um percentual pela prestação dos serviços. Na prática, a matéria significa uma flexibilização dos contratos de trabalho nessas empresas.

Trinta empresários e em-presárias de salões de beleza e estética participaram, na sede do Sebrae em Alagoas, da palestra ‘Como geren-ciar seu negócio de beleza em tempos de mudança’. O encontro teve como objetivo passar informações para que as empreendedoras enfren-tem as mudanças durante a atual crise política e econô-

mica do país, sempre com o foco no atendimento, gestão e planejamento de seus ne-gócios. A ação é a primeira deste ano dentro do projeto ‘Serviços de Beleza e Estéti-ca’.

A palestra foi ministrada por Martha Barbosa, consul-tora credenciada do Sebrae em Alagoas, que na oportuni-dade abordou questões como

Coaching – processo em que reúne ferramentas que pro-porcionam a potencialização de recursos e resultados –, além dos principais pontos que dificultam o andamento do crescimento e lucrativida-de dentro das empresas na crise, como o desperdício e a falta da busca pela inovação nos negócios.

“Ouço falar na crise, nas

dificuldades, mas vejo esse momento como um tempo de mudança que pode ser positi-vo. A partir de uma mudança de comportamento e atitude, de planejamento e organiza-ção interna, poderemos obter novos resultados. O empre-endedor deve pensar o que ele pode mudar na empre-sa, e a partir daí, aumentar sua lucratividade. Se quero

resultados diferentes, preci-so inovar”, pontuou Martha Barbosa.

Uma das empreende-doras que assistiam à pa-lestra era Magna Patrícia, empresária, dona do Espaço Universo da Beleza há cerca de 10 anos, no bairro do Ta-buleiro do Martins, em Ma-ceió. Ela conta com orgulho o começo de sua trajetória

no mundo do empreende-dorismo e as mudanças que obteve após receber consul-torias e participar de outros eventos do Sebrae. Para ela, o principal reconhecimento veio durante o ciclo 2012 do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, quando recebeu o troféu de bronze na categoria Microempreendedora Indivi-dual (MEI).

Instabilidade econômica, crise e desemprego. Ape-sar de essas palavras se-

rem citadas frequentemente, o mercado de beleza consegue se manter em crescimento. Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque-nas Empresas (Sebrae), o número de Microempreen-dedores Individuais (MEIs) nesse setor cresceu 649% em cinco anos. No ano de 2010, eram 1.811 MEIs registra-das no segmento de beleza, sendo que em maio de 2015 o número saltou para 13.571.

A formalização do se-tor não está ligada apenas à possibilidade de atuar de forma legal como microem-preendedor individual, sen-do também uma resposta às exigências da própria área, que mostra-se cada vez mais profissionalizada pela neces-sidade de atender um consu-midor exigente e antenado.

E como o mercado de be-leza se renova de tempos em tempos, com novas ten-dências, tecnologias e trata-mentos, é importante que o profissional do ramo se man-tenha em constante atualiza-ção.

“Não há como ser cabelei-reira e não dominar os cortes e penteados que são tendên-

cia por exemplo”, explica a gestora educacional do Ins-tituto Embelleze, Marília Saveri.

LIÇÃO DE CASAComo líder no mercado,

a rede Instituto Embelleze, que é a maior da América Latina, busca sempre reci-clar os próprios cursos, sendo que o mais recente a passar por reformulações foi o Curso de Cabeleireiro Profissional, considerado carro-chefe da rede.

“Trabalhamos duran-te um ano com esse proje-to, planejando e estudando como poderíamos criar uma metodologia de ensino que fosse diferente de tudo o que o mercado oferece. Forma-mos uma equipe com mais de 20 especialistas, desde en-genheiras químicas até visa-gistas, e reformulamos todo o conteúdo das aulas e aposti-las”, afirma Marília.

A reformulação de um de seus cursos mais tradicio-nais e reconhecidos foi tam-bém uma forma de o Institu-to Embelleze inspirar suas alunas.

“Trabalhando com alto padrão de qualidade e entre-gando uma formação de alto nível técnico, estamos dizen-do às nossas alunas que elas

atuarão em um mercado exi-gente, que exige renovação constante. O setor de beleza é uma terra de oportunida-des pois cresce a cada ano, mas é também um mercado que rejeita amadorismo.”

No mercado desde 1998, o Instituto Embelleze é a maior rede de franquias vol-tada para a formação de pro-fissionais do setor de beleza. Com mais de 370 unidades no Brasil e com mais de 800 mil alunos formados desde sua fundação, a marca foi pioneira em oferecer cursos de formação de cabeleireiros, manicures, depiladores, en-tre outros.

INSTITUTO EMBELLEZEA maior rede de franquias

da América Latina voltada para a formação de profis-sionais do setor de beleza foi fundada no Brasil em 1998.

Atualmente, as unidades do Instituto Embelleze es-tão presentes nas principais cidades do país, abrangendo todos os estados, distribuídas em mais de 370 franquias.

Já são mais de 1 milhão de profissionais formados em cursos como cabeleireiro, ma-quiador, pedicure, manicure, barbeiro, penteados profis-sionais, depilação e outras diversas especializações.

TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaAvon elimina 2,5 mil empregos e muda sede para o Reino UnidoA fabricante norte-americana de cosméticos Avon anunciou que vai eliminar 2,5 mil postos de trabalho e planeja transferir sua sede administrativa para o Reino Unido, após ter perdido grande parte de seu negócio na América do Norte. A empresa informou, por nota, que vai extinguir “aproximadamente” 2,5 mil empregos em diversas localidades, incluindo vagas preenchidas e em aberto. “Com a recente conclusão da venda de nosso negócio na América do Norte, nossas operações comerciais estão totalmente fora dos Estados Unidos, o que nos permite redesenhar drasticamente nosso modelo operacional”, disse em comunicado a CEO da empresa, Sheri McCoy.

ECONOMIA 13MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

BELEZA

Gerenciamento do negócio em tempos de mudança

Page 14: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

Inadimplência do MEI em Alagoas é de 56,50%Em alguns Estados, taxa chega até a 70%; governo desconhece “inativos”

A falta de informação sobre a obrigatoriedade do pa-gamento da guia única

de contribuição do Microeem-prededor Individual (MEI), o DAS-MEI faz com que mais da metade dos microempreende-dores individuais estejam ina-dimplentes, conforme dados da Receita Federal. Em Alagoas, 56,50% estão nesta situação.

Desde 2009, o brasileiro que trabalha por conta própria tem a opção de se formalizar como MEI. O modelo permite que o profissional se formalize, emi-ta notas pelo serviço prestado e saia da informalidade com uma taxa de contribuição mí-nima, por meio do pagamento mensal da guia DAS-MEI. Ape-

sar disso, o programa tem altos índices de inadimplência, atin-gindo cerca de 70% em alguns Estados.

Além disso, a taxa de “ina-tivos” – aqueles que não con-tribuem e continuam com registros ainda ativos – é des-conhecida pelo governo. Sob a responsabilidade da atual Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa (SEMPE), o MEI tem 5.680.614 de cadas-tros e uma média de apenas cinco mensalidades do DAS-MEI pagas anualmente por cada contribuinte.

Os dados foram fechados em dezembro do ano passado, passados pela Receita Federal, que informou não ter controle

sobre os cadastros inadimplen-tes há mais de 12 meses.

O MEI inadimplente perde o direito a benefícios como sa-lário-maternidade, auxílio-do-ença, aposentadoria por idade, pensão e auxílio reclusão.

O Sebrae auxilia na gestão do MEI. A analista do setor de políticas públicas da entidade, Helena Rego, confirmou que o controle sobre a inadimplência ainda não existe. “O que existe é uma previsão legal, até para se fazer uma baixa dos MEIs omisso, mas ainda precisa ser regulamentado pelo Comitê Gestor da RedeSim [composto por orgãos e entidades do go-verno federal, estadual e muni-cipal e que atua no registro de

empresas]”, ponderou.Ainda sobre inadimplência

do MEI, com média nacional de 54,9% em 2014 e de 55,51% no ano passado, a analista a jus-tificou pelo fato de o programa ser recente – completando sete anos em 2016. “São pessoas que estavam na informalidade há muitos anos (...) para quem vinha há dez, 20 anos [na infor-malidade], é uma coisa recente e também uma questão de [fal-ta] da cultura de pagar impos-tos”, explicou. “A tentativa é no sentido de trazer o MEI para dentro do Sebrae, para que ele faça os cursos e também lembrá-lo da importância de pagar o boleto e fazer a declaração anu-al, que também é necessária”.

Apesar de formalizados, muitos empreendedores individuais desconhecem que precisam pagar imposto único mensalmente

É preciso conscientizar e informar para necessidade da adimplência

ATENÇÃO

Boletos DAS-MEI não chegam mais pelos Correios

Embora seja dito pelo governo que o MEI não tem objetivos de arreca-dação – e sim desonerar o microempreendedor e ga-rantir direitos sociais – o pagamento de pouco mais de 29 milhões do total de cerca de 68 milhões ge-rou receita de aproxima-damente R$ 1,3 bilhão. Caso não houvesse ina-dimplência do DAS-MEI, por exemplo, seriam reco-lhidos R$ 3,1 bilhões – ou seja, R$ 1,8 bihão a mais.

BOLETOSNo início de 2014 a

então Secretaria da Mi-cro e Pequena Empre-sa (SMPE), ainda sobre o comando do ministro Guilherme Afif Domingos (atual presidente do Se-brae), começou a entregar no endereço dos MEIs a guia DAS-MEI.

Até então, o boleto era gerado exclusivamente pela internet, e a inten-ção era reduzir a inadim-plência. O custeio das impressões e entregas foi dividido entre o órgão e o Sebrae, mas não deu cer-to.

À época, o então secre-tário-executivo da Secre-taria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), José Constantino de Bastos Júnior, disse que seriam

discutidas novas políti-cas – incluindo a entrega da guia – e feitas diver-sas ações para monito-rar, excluir inativos e até talvez perdoar as dívidas de inadimplentes. De ma-neira prática para 2016 o que ocorreu foi a volta da emissão exclusiva pela in-ternet, mudança que não deve gerar mais ruídos de informação com o contri-buinte, segundo o Sebrae.

“A comunicação houve: via SMS, via rádio e via jornais de grande circu-lação. Na verdade, temos que esperar para ver o que vai acontecer. Mas se-guimos focados em educar o público”, disse a ana-lista, acrescentando que medidas para simplificar o pagamento estão sendo levadas ao governo.

CHEQUESO percentual de devo-

luções de cheques pela segunda vez por insufi-ciência de fundos foi de 2,27% em relação ao total de cheques compensados em fevereiro, segundo a Serasa Experian. Foi o segundo maior patamar da inadimplência com cheques para um mês de fevereiro de toda a série histórica, iniciada em 1991. O maior valor foi a devolução de 2,32% regis-trada em 2009.

O Indicador de Recupera-ção de Crédito do Consumidor, obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes da base da Boa Vista SCPC, em todo o país, apontou queda de 3,6% na com-paração acumulada em 12 me-ses (mar/15 a fev/16 contra os 12 meses antecedentes), aumen-tando 2,1 pontos percentuais, desde a última aferição divulga-da em setembro de 2015.

Na variação interanual (fev/16 contra fev/15) o indica-

dor apresentou queda de 8,2%. Já na análise mensal (fev/16 contra jan/16), da série de dados ajustada sazonalmente, houve elevação de 10,4%.

COMPARAÇÃO DE DADOSEm termos regionais, na

comparação dos dados acumula-dos em 12 meses observa-se alta da recuperação de crédito nas regiões Norte (8,2%), Sul (7,6%) Centro-Oeste (6,3%) e Nordeste (2,6%). Já a região Sudeste é a principal responsável pela re-tração da média nacional, com

queda de 10,9%, mantida a base de comparação.

Em decorrência da Lei Estadual de São Paulo n° 15.659/2015, o processo de ne-gativação dos consumidores inadimplentes foi alterado, di-ficultando os novos registros e, consequentemente, comprome-tendo a recuperação de crédito na região Sudeste. Conhecida como Lei do AR (Aviso de Re-cebimento), a norma determina que o consumidor inadimplente e residente no Estado de São

Paulo somente poderá ser inse-rido nos bancos de dados após assinar o Aviso de Recebimento, ao invés da carta simples utili-zada até então. Como a dívida não pode ser exibida, um efeito de inadimplência “oculta” é ge-rado no sistema financeiro.

Com a redução no número de registros de inadimplentes, a recuperação foi fortemente afe-tada e agora cerca a incapaci-dade de recuperar esses valores como questão ainda mais preo-cupante.

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016ECONOMIA14

Em 12 meses, recuperação de crédito já aponta retração de 3,6%

CRÉDITO AO CONSUMIDOR

Dívida oculta que atrapalha

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VEÍCULOS 15 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

Empresas lançam aluguel de automóvel compartilhadoO nome dela é Mellow. Ela é bruta, e muito amada, por amor trate com carinho.” O anúncio é de um Fiat Palio Weekend para alugar numa iniciativa que começa a ganhar espaço no Brasil: o compartilhamento de carros, seguindo os passos do aluguel de casas e apartamento diretamente com o proprietário. Ainda são poucos disponíveis, 2.100 no total. Veículos 1.0, utilitários, mais velhos ou quase zero quilômetro podem custar de R$ 5 a R$ 50 a hora. E eles podem estar perto de casa.

A M e r c e d e s - B e n z Trucks registrou o maior pedido de

caminhões de sua história para a Europa Oriental. No último dia 29 de fever-eiro, ela anunciou a assi-natura de um contrato para entrega de 1.000 cavalos mecânicos Actros top de linha para a Girteka Lo-gistics, empresa lituana de logística. Esta expressiva venda constitui um marco importante na parceria en-tre as empresas. A maioria dos veículos será entregue ao cliente ainda neste ano.

“Estamos orgulhosos de ter conseguido a Girteka

Versão 2016 está mais moderna e imponente, traz novidades no design e conta agora com três anos de garantia de fábrica

TRAIL

Nova XRE 300 chega para consolidar liderança Honda

A Honda traz mais uma novidade para o segmento trail de seu lineup de mo-tocicletas. A nova XRE 300 versão 2016 chega às concessionárias da mar-ca a partir de março, com novidades que prometem impulsionar ainda mais as vendas dentro de sua cate-goria.

Entre os destaques está o visual renovado, com no-vos grafismos que refor-çam seu estilo aventureiro e o apelo fora-de-estrada. Líder absoluta em vendas em sua faixa de cilindra-da, o modelo também con-ta agora com três anos de garantia de fábrica, sem limite de quilometragem, além de óleo grátis em sete revisões.

Com desempenho e praticidade tanto para os

deslocamentos urbanos quanto para passeios em pequenas trilhas, a nova XRE 300 2016 está mais moderna e imponente.

As novidades estão nas novas carenagens, novos grafismos e um novo pai-nel de instrumentos do tipo blackout que, além de transmitir modernidade, oferece ótima área de vi-sualização. Seu visor traz informações completas como velocidade, nível de combustível, tacômetro, hodômetro total e parcial, além das luzes espias, que auxiliam no monitoramen-to da motocicleta.

Na versão 2016, a nova XRE 300 manteve a tradi-ção da Honda em oferecer produtos de qualidade a seus consumidores brasi-leiros.

1.000 Actros para a Europa OrientalPrimeiros caminhões produzidos na fábrica de Woerth, na Alemanha, já começaram a ser entregues

Estamos muito honrados com essa confiança e isso demonstra claramente que nosso carro chefe Actros está à frente da acirrada concorrência”STEFAN BUCHNER PRESIDENTE DESTA UNIDADE DE NEGÓCIOS DA DAIMLER

Logistics como grande clien-te, com o maior pedido de frota da Europa Oriental na história da Mercedes-Benz Trucks”, afirma Stefan Buchner, presidente des-ta unidade de negócios da Daimler.

“Estamos muito honra-dos com essa confiança e isso demonstra claramente que nosso carro chefe Actros está à frente da acirrada concorrência.”

O Actros da Mercedes-Benz é o caminhão mais eficiente de sua categoria. Todos os veículos adquiri-dos pela Girteka Logistics serão equipados com a mais

recente e mais otimizada geração do motor OM 471, como também com o “Pre-dictive Powertrain Control - PPC” (controle preditivo do trem de força).

Comparado com o mode-lo predecessor, o já bastante baixo consumo de combustí-

vel do motor diesel foi ainda mais reduzido em até 3%, conseguindo, além disso, re-duzir as emissões de CO2.

O sistema de assistência PPC reconhece a topografia à frente e muda as marchas para otimizar a eficiência quanto ao consumo de com-

bustível em até 5%.“No ano de nosso 20º ani-

versário, decidimos moder-nizar nossa frota, com 1.000 novos Mercedes-Benz Ac-tros – uma importante de-cisão estratégica para nós”, destaca Mindaugas Raila, presidente da Girteka Lo-gistics.

“O novo Actros convence por sua performance ope-racional, equipamentos de segurança e confiabilidade”.

Visando melhorar ain-da mais a eficiência quanto ao consumo de combustível dos novos Actros, a Girteka Logistics também decidiu adquirir os serviços do Fle-

etBoard. Este sistema de telemá-

tica coleta todos os dados do veículo, como consumo e estilo de condução com rela-ção à frenagem ou desgaste do veículo.

O FleetBoard monitora a frota inteira e demonstra um grande potencial para economia operacional.

O Actros sempre foi top de linha do portfólio da Mercedes-Benz Trucks desde seu lançamento no mercado, em 1996. Econô-mico, dinâmico, versátil e confortável, ele se tornou o caminhão pesado de maior sucesso do mundo.

Actros sempre foi top de linha do portfólio de produtos da Mercedes-Benz Trucks desde o lançamento em 1996. Econômico, dinâmico, versátil e confortável, ele se tornou o caminhão pesado de maior sucesso

Veículos

Primeiros caminhões produzidos na fábrica de Woerth, na Alemanha, já começaram a ser entregues

Actros sempre foi top de linha do portfólio de produtos da Mercedes-Benz Trucks desde o lançamento em 1996. Econômico, dinâmico, versátil e confortável, ele se tornou o caminhão pesado de maior sucesso

A central multimídia opcional dos HB20 2016 (foto), agora pode ser utilizada com aparelhos Apple iPhone 5 em diante por meio do CarPlay. Até então, a central era compatível apenas com smartphones Samsung e LG. Se-gundo a montadora, os veículos novos começam a sair de fábrica com o recurso instalado neste mês. Aqueles que já haviam comprado carros da linha HB20 2016 com a central BlueMedia poderão fazer uma atu-alização grátis nas concessionárias. Com o Apple CarPlay o usuário realiza chamadas, acessa a biblioteca musical, envia e recebe mensagens.

A Land Rover trouxe ao Brasil 45 unidades da série limitada Discovery Sport Black (foto). O utili-tário esportivo tem motor 2.2 SD4 diesel de 190 cavalos e preço sugerido de R$ 276,9 mil. A série Black tem vários detalhes de aca-bamento escurecidos, como as rodas de 20 polegadas, a grade frontal, as saídas de ar laterais e os detalhes em torno dos faróis auxiliares. A car-roceria pode ser cinza, vermelha, branca ou preta. Os faróis usam xênon e têm faixa de LEDs para sinalização diurna. O acabamento interno é de couro e os bancos trazem oito tipos de ajuste elétrico e memória. Todos os ocupantes podem utilizar sistema de entretenimento.

RESULTADOGrupo Chery amplia em 8,3% as vendas

MULTIMÍDIAHB20 compatível com i-Phone

NO BRASILLand Rover traz Discovery Sport Black

O Grupo Chery (foto), amplia seus negócios em 2015. A em-presa vendeu 550,1 mil ve-ículos entre o mercado chinês e exportações, com expan-são de 8,3%

sobre o resultado de 2014. A maior alta aconteceu no resultado interno, que cresceu 15,7% e somaram 464 mil unidades. Fora do país foram negocia-dos 87 mil veículos. Os números fazem da empresa a maior montadora chinesa em vendas internacionais. Entre as divisões do Grupo, a Chery foi responsável pelo maior volume de vendas, com 408,7 mil carros. A compa-nhia também destaca a boa performance na área de veículos elétricos.

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MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016ESPORTES16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesVasco prega cautela para clássico com o Botafogo neste domingo em São JanuárioO duelo dos invictos, protagonizado por Vasco e Botafogo, neste domingo às 16h, promete muito equilíbrio. As equipes já se encontraram nesta edição do Campeonato Carioca, e a partida terminou com o placar igual, 1 a 1. O zagueiro Rodrigo lembrou que, no primeiro duelo entre os times neste ano, Ribamar deu trabalho à zaga vascaína, e garantiu que chegou a hora da revanche. “Ele me incomodou bastante no outro jogo, mas agora vou incomodá-lo mais. Estava com um problema no ombro naquela vez. Agora, no final de semana, não vai ser fácil para ele, não. O bicho vai pegar”, falou.

Brasil olímpico encara a África do SulSerá o último teste do time sub-23 antes dos jogos no Rio de Janeiro onde a meta é a inédita medalha de ouro

Alvinegro busca reabilitação e Galo quer pontuar em Arapiraca

Hulk agora se dedica totalmante ao Campeonato Alagoano

Brasil e África do Sul fazem em Maceió neste domingo o último teste

antes dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro. A partida amistosa acontece no Estádio Rei Pelé, às 18h30, e deve ter uma boa presença de público. As vendas antecipadas foram boas, segundo a Federação Alagoana de Futebol, e por isso o comparecimento do público alagoano será mar-cante. “Desde 2004 não tínha-mos a presença da seleção em Maceió. Será uma bela festa e vamos torcer por uma vitória do Brasil”, exaltou o presi-dente da FAF, Felipe Feijó.

Em campo o técnico Ro-gério Micale faz os ajustes finais para buscar o inédito ouro olímpico. “É um momen-to crucial na preparação da seleção para a disputa das Olimpíadas, e esses jogos (contra Nigéria e África do Sul) dentro do país é uma de-manda da comissão técnica”, disse esta semana o diretor de competições da CBF, Ma-noel Flores. A África do Sul também estará nos Jogos do Rio. Na competição pré-olím-

pica em seu continente, os sul-africanos terminaram na terceira colocação.

EM CAMPOMesmo vivendo um mo-

mento conturbado dentro do Santos e sem marcar gols há sete partidas, o atacante Ga-briel continua com prestígio na Seleção olímpica. Ele trei-nou no time titular e foi man-tido na mesma posição por Micale. Na última atividade, ele iniciou com uma roda de bobinho, e depois comandou o treino tático novamente de 11 contra 11, parando o jogo a todo instante para orientar os atletas.

Uma conversa da mãe com o treinador foi fundamental para o futuro de Ederson. O goleiro da Seleção olímpica, que recentemente se tornou titular no Benfica, revelou que começou jogando na li-nha, mas logo viu que seria mais difícil. “Comecei como lateral e zagueiro, mas logo vi que não dava e pedi para a minha mãe conversar com o técnico. Quando comecei a jogar como goleiro, as coisas andaram”. Gabriel dos Santos é um dos principais nomes da seleção sub-23 que encara a África do Sul neste domingo às 18h30 no Estádio Rei Pelé

ALAGOANO

ASA e CRB fazem o clássico da segunda rodada do hexagonal

NO GÉRSON AMARAL

Coruripe tenta quebrar neste domingo invencibilidade do CSA

De olho na reabilitação, o ASA recebe o CRB neste domingo, às 16h, no Estádio Coaracy da Mata Fonseca para o clássico da segunda rodada do hexagonal final. O Galo está em um momento diferente. Em campo os re-sultados estão acontecendo. Mas fora dele, pelo fato do time apresentar um futebol regular, as cobranças estão enormes.

Esta semana o técnico Mazola Júnior não deu en-trevistas. Para este jogo ele deve contar com jogadores recuperados do departa-mento médico como o late-ral Marcos Martins e o vo-lante Glaydson Almeida. O meia Marcos Aurélio deve

ser poupado. O goleiro Julio César ainda se trata de uma lesão.

Terceiro colocado no he-xagonal, o ASA precisa ven-cer o CRB no domingo para melhorar sua classificação. Pensando nesse confronto, o técnico Vica quer dedicação total, por isso, ele fechou os treinos durante toda a se-mana. Sem distrações, o co-mandante alvinegro espera conseguir a primeira vitória contra o Galo esse ano. As duas equipes se enfrenta-ram duas vezes durante a primeira fase do estadual, com vitória para o CRB nos dois encontros (por 2 a 1 e 3 a 1).

Na estreia do hexagonal

o time arapiraquense em-patou com o Santa Rita por 1x1.

INGRESSOSA direção fará uma pro-

moção nos valores dos in-gressos para o jogo frente o CRB, programado para do-mingo, na segunda rodada do Hexagonal do campeona-to alagoano. De acordo com o que ficou definido, será co-brado preço único para todos os setores de arquibancadas altas e baixas. O valor do in-gresso ficou definido em R$ 20,00. Além disso, mulheres e a crianças até 12 anos não pagam. A meia entrada será R$ 10,00 para estudantes e idosos, devidamente identi-ficados.

Esse ano foram dois con-frontos. Coruripe e CSA jo-gam neste domingo às 16h no Estádio Gérson Amaral e o Hulk tem uma missão complicada. Primeiro que-brar o tabu de 2016 diante do Azulão. No primeiro jogo derrota de 1x0 em casa. De-pois nova derrota de 2x0 no Rei Pelé.

“Domingo a história pode ser diferente. Esta-mos totalmente focados no estadual, pois infelizmente estamos fora da Copa do Nordeste, e por isso vamos brigar muito para chegar nas finais. Sabemos que o CSA está invicto e podemos quebrar esse tabu”, disse o técnico Jaelson Marcelino.

O Coruripe não poderá

contar com o zagueiro Fer-nando Belém, expulso no segundo tempo da partida contra o CRB. Além do de-fensor, Marcelinho não terá o volante Jair, que recebeu o terceiro cartão amarelo.

O técnico Oliveira Ca-nindé terá preocupações extras ao começar o jogo contra o Coruripe. É que quatro dos seus titulares estão pendurados com dois cartões amarelos. Caso um desses recebe o terceiro amarelo, será desfalque na partida contra o ASA, pela terceira rodada do hexago-nal.

Leandro Souza, Jean Cléber, João Paulo Penha e Luís Soares estão pen-durados. Com um cartão,

aparecem os jogadores: Bruno Santa Rosa, Rafael Oliveira, Walter, Douglas Marques, Panda, Bismarck e Cleyton.

“Não podemos entrar em campo pensando no jogo se-guinte. Vamos atuar jogo a jogo, sem pressa e com res-ponsabilidade. Quem tiver de levar cartão vai levar e será substituído natural-mente”, explicou o treinador.

A delegação azulina está em Coruripe desde ontem concentrada no Pontal. O CSA lidera o hexagonal e tem o melhor ataque e a me-lhor defesa da competição. “São números expressivos que precisam ser traduzidos em título no final do campeo-nato”, lembrou Canindé.

ASCOM CRB

TERRA

CBF

ASA e CRB jogam neste domingo e os times buscam reabilitação

Coruripe e CSA se enfrentam neste domingo no Gerson Amaral

POLÊMICO

F-1 vai manter formato novo de classificação

A Fórmula 1 voltou atrás mais uma vez e decidiu manter o formato de clas-sificação com eliminações a cada 90s, que estreou no GP da Austrália, primeira eta-pa do campeonato, e recebeu fortes críticas de equipes, pilotos e torcedores. A ideia é dar mais uma chance para o sistema na próxima etapa, no Bahrein, dia 3 de abril, antes de tomar uma decisão final.

Os dirigentes chegaram a voltar atrás no último do-mingo, horas antes da corri-da australiana, e retomar o formato antigo, com elimi-nações apenas após o final de cada uma das três partes do treino, mas mudaram de ideia após reunião da Comis-são de F-1. A grande crítica ao novo sistema é a interfe-rência do número limitado de pneus aos quais cada pi-loto tem direito. Por conta disso, a fase mais decisiva, em que as 8 primeiras posi-ções seriam decididas, ficou esvaziada e o pole position foi conhecido com 4 minutos para o fim da sessão.

“Eles vão fazer o que eu propus, o que é deixar as coisas como estão para a próxima corrida”, disse o promotor da F-1, Bernie Ecclestone. “Depois disso, vamos estudar direito e de-cidir se o que foi feito foi o certo ou errado, se precisa de modificações ou ser total-mente abandonado.” Eccles-tone, contudo, fez questão de afirmar que a nova classifi-cação “foi uma ideia da FIA em primeiro lugar”, jogando a responsabilidade em cima do presidente da entidade, Jean Todt. “Mas como nin-guém sabe o que é o melhor a fazer, dissemos para man-ter as coisas como estão e depois avaliamos. Com duas corridas feitas podemos ver, como um protótipo, se foi certo ou errado.”

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1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Teatro Deodoro lança site para compra de ingressos

Interatividade e acessibilidade são as marcas do novo website do complexo teatro Deodoro. Com isso, o público que frequenta os teatros Deodoro e Arena vai poder comprar os ingressos dos espetáculos através do website e do aplicativo, além de saber da programação dos teatros do complexo e ainda dos projetos que estão em funcionamento. O website pode ser acessado no endereço eletrônico www.diteal.al.gov.br

Super-heróis são todos iguais? Há as distinções entre os vigilantes

atormentados, os seres onipotentes que nos servem de ícones, os super-heróis que encontram no poder uma solução de autoestima. Mas a distinção mais dramática, mais barulhenta, aquela que movimenta a indústria e a nerdice há décadas, não é tão simples de definir, porque exige uma generalização: os super-heróis da DC são tão diferentes assim dos super-heróis da Marvel?

Se depender de Zack Snyder, essa diferença existe - inclusive Batman Vs Superman - A Origem da Justiça se dedica a deixá-la muito clara. A noção de que os super-heróis projetam ideais de perfeição - uma noção que Snyder não inventou e está no coração das HQs americanas da Era de Ouro - e de que os integrantes da Liga da Justiça são como ídolos gregos encarnados nos nossos dias ganha corpo em BvS bem ao estilo fetichista do cineasta. Se a Warner e a DC precisam mesmo se distanciar da Marvel para impor a Liga num mercado dominado pelos Vingadores, Snyder é o homem para o serviço.

O diretor faz em BvS uma opção muito consciente pela grandiloquência, inscrita na solenidade das suas famosas câmeras lentas, dos objetos em close-up salientados em fundos sem foco (o que o 3D só amplifica) e principalmente na trilha sonora meio escandalosa de Hans Zimmer. Snyder ganha a bem-vinda companhia do roteirista Chris Terrio, que contribui com trocas velozes de diálogos rebuscados (os monólogos de Lex Luthor são daqueles que pedem replay), e o filme todo parece funcionar num tom acima do costumeiro, não apenas esteticamente e na música, mas também na cadência picada e agitada das cenas que estabelecem por uma hora e meia o duelo esperado de Batman e Superman.

Se essas escolhas conseguem de fato dar aos super-heróis da DC um caráter próprio e não apenas um verniz operístico, é uma questão que fica no ar, e que assombrará os demais longas desse novo Universo DC das telas. Como Snyder é um diretor que funciona melhor nos excessos - inclusive quando os excessos se tornam um

DIVERSÃO&ARTE

ponto crítico sobre os quais seus filmes se equilibram muito fragilmente (o homoerotismo em 300 ainda é o grande exemplo disso na sua carreira) - BvS termina se beneficiando. É visivelmente um filme atrás de uma identidade que o diferencie.

Depois de fazer em O Homem de Aço um recomeço de mitologia cheio de ambições e de tropeços, Snyder alicerça BvS em tramas consagradas dos quadrinhos (os agradecimentos a Frank Miller e Dan Jurgens ao final não são por acaso), e mesmo que tenha 153 minutos o filme não patina

em cenas desnecessárias. A trama é tocada adiante sem distrações pelo jogo de bastidores de Luthor - um personagem que felizmente já chega pronto ao filme, sem explicações de origem e outras notas de rodapé - e boa parte dos temas do filme são comentados apenas nos inserts de telejornais e talk shows, à moda Cavaleiro das Trevas. Talvez seja a contribuição de Chris Terrio - o roteirista que já sabia impor a Argo esse compasso de thriller bem amarrado e econômico - mas o fato é que os vaivéns atrapalhados de roteiro e o excesso de exposição de O Homem de

Aço ficaram para trás.A forma como

Snyder trata Batman e Superman, com arcos bem básicos, os traumas do primeiro e os dilemas do segundo, também denota essa necessidade de descomplicar. Nesse sentido, BvS não apenas organiza as peças para a formação da Liga da Justiça no cinema como é um filme bem satisfatório para os espectadores iniciantes na mitologia dos heróis, uma vez que lida sem releituras arrojadas com as bases míticas do Homem de Aço (no seu eterno dilema messiânico de aceitação) e do Morcego (na sua eterna obsessão de testar a morte e os limites do homem, aqui em ritmo de crossfit).

E existe a correção de rumo derradeira: desfazer o destruction porn pelo qual O Homem de Aço é infamemente lembrado. Em entrevistas, Snyder não parece entender até hoje as críticas que se fazem ao clímax do seu filme anterior, mas é cristalino seu esforço aqui de mudar de chave. Sai a evocação sádica do imaginário do 11 de Setembro, dos escombros, na câmera desesperada por um registro de guerra,

e entra uma versão mais estilizada e difusa. Snyder se preocupa em filmar a destruição de um jeito que ela não pareça exploratória, sádica ou real demais.

Essa preocupação está literal no filme, e, além disso, toda a ação climática contra Apocalipse é mostrada num show de luzes e poeira, turvo e francamente indistinguível em alguns momentos, com o cenário iluminado pelas chamas, pela visão de calor de Apocalipse e Superman, pelos raios dos pulsos de energia do monstro, pelos lampejos das armas de Mulher-Maravilha. Não é apenas uma ação deslocada do centro urbano, do mundo real: é uma ação pensada para ofuscar pelo brilho, pelo estouro. Uma destruição sem destruição.

E como já se tornou um hábito, Zack Snyder consegue equilibrar mais um filme em cima de elementos que muitas vezes parecem contraditórios. Ao mesmo tempo em que Batman vs Superman fala alto, Superman estufa o peito e Luthor grita fino, todos atrás de presença e de atenção, é um filme cadenciado que reformata viradas conhecidas, cumpre expectativas e não agride. Enquanto gênese da Liga da Justiça e de um universo de heróis, é um prudente princípio de conversa.

ÉPICOZack Snyder dita o tom do Universo DC das telas de forma grandiloquente em Batman Vs Superman - A

Origem da Justiça, longa que mostra

a origem da liga da Justiça

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

Page 18: Edição número 2603 - 27 de março de 2016

DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

O jovem maranhense, Phill Veras, é compositor, cantor e músico. Permeia os clássicos da canção brasileira com poesia e melodias contemporâneas. Autodida-ta, precoce, vem se destacando como um dos principais artistas da nova geração

responsável pela produção musical nacional. No dia 3 de abril, às 17h. Phill realiza sua primeira apresentação em Maceió no Arte Pajuçara. Além do show do cantor teremos o alagoano Ítallo França apresentando suas canções autorais. Mais informações: 82.99908-1035 (whatsapp)

O cantor e compositor Nando Reis chega a Maceió para o “Luau do Nando Reis”, no dia 8 de abril. O show conta com repertório da turnê “Sei”, último disco lançado pelo cantor, além de sucessos já

conhecidos como “As Coisas Mais Lindas”, “All Star”, “Pra Você Guardei o Amor”, “Relicário” e “Espatódea”. Local: Sítio Lagoa Doce na Barra Nova, às 22h. Ingressos: Frontstage - R$ 92,00 / Pista-meia - R$ 52,00. Pon-tos de Venda: Arapiraca Shopping (82)999401206Parque Shopping (82) 99127-4844. Unicompra Farol (82) 3432.5937

Phill Veras

Luau Nando Reis

Projeto Quintas no PoçoO Projeto Quintas no Poço traz para a edição de março, Júlio Uçá homenageando Caetano Veloso, um dos ícones da MPB. A ação é inovado-ra, criada com intuito de proporcionar à clientela, comunidade e público em geral, mais uma opção de boa música, num espaço seguro e aprazível, onde os músicos da terra podem demostrar seus talentos. A apresentação será no dia 31/03, às 19h30, na Unidade Sesc Poço. A entrada é gra-tuita. Mais informações: 0800 284 2440

Museu do VideogameQue tal uma exposição na qual os visitantes podem conhecer, rever e até jogar mais de 40 anos de evolução dos videogames em um só lugar? Esse é o Museu do Videogame Itinerante, um evento gratuito que acontecerá pela primeira vez em Maceió, até amanhã(27), no Parque Shopping. Além de conferir mais de 200 consoles de todas as gerações, os visitantes poderão jogar em mais de 30 consoles clássicos, que vão do Telejogo Super Nintendo até Wii U. Entre as atrações também haverá desafios Just Dance, simuladores de corrida, desfile de cosplay e muitos outros. Para mais informa-ções sobre o Museu do Video-game, basta acessar o site www.museudovideogame.org.

WebsiteInteratividade e acessibilidade são as marcas do novo website da Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal) que será lançado oficialmente na quarta-feira (30), durante um coquetel no Comple-xo Cultural Teatro Deodoro, às 8h30. Com a nova ferramenta, o público que frequenta os teatros Deodoro e Arena poderá comprar os ingressos dos espetáculos pelo website ou aplicativo. Terá acesso ainda a toda a programação dos teatros e do Complexo, formulário de reserva de espaço, apresenta-ção institucional do órgão, leitura em Libras e vídeos. A partir de 30 de março, todas as informações estarão disponíveis para o públi-co. Já os ingressos à venda pelo website e aplicativo, começam a ser comercializados a partir da segunda quinzena de abril.

Galeria CesmacA Secretaria de Estado da Cultura (Secult) busca apoiar todas as iniciativas que fortalecem a arte em Alagoas. A exposição “Humor Gráfi-co em Alagoas; uma homenagem a Hércules Mendes”, organizada pela Galeria Cesmac de Arte Fernando Lopes, é um exemplo. O evento segue com as visitações até terça--feira (29).

Márcia FellipeA cantora Márcia Fellipe se apre-senta no Maikai no dia 8 de abril, às 23h30. A cantora já dividiu os vocais da banda Garota Safada com Wesley Safadão e comandou a banda Forró do Muído até seguir carreira solo. Entre os sucessos no repertório estão ‘Sofro de ressaca mas não morro de amor’ e ‘Se você quer saber’. Mais informações: (82) 3305.4400 / 98802.6684

Arraiá do AviõesUm show no dia 8 de abril promete antecipar os fes-tejos juninos em Arapiraca. O “Arraiá do Aviões” terá como atrações a cantora Marcia Fellipe, os músicos Jonas Esticado, Lennon Menezes, e a banda Aviões do Forró. A produção sugere que todos usem xadrez para entrar no clima das festas juninas. Local: Estacionamento Térreo Arapiraca Garden Shopping, às 21h00. Ingressos: R$ 22 (pista meia), R$ 42 (pista inteira), R$ 62 (frontstage) R$ 92 (camarote). Vendas: Cacau Show, Ingressos Arapiraca e Acesso Vip Garden Shopping.

Anima DanceA praia do Gunga já é o destino mais escolhido pelos turistas quem passam pela capital ou pelo estado. É nesse cenário paradisíaco que será lançado uma nova modalidade de aula de dança: Anima Dance. A proposta é apresentar músicas co-nhecidas pelo público, coreografias padronizadas e além disso fazer o aluno perder até 600 calorias em uma aula. Hoje (27), às 11h. Local: Na praia do Gunga – no bar Anima Praia. A aula será gratuita para todos que estiverem na praia.

Feira de livrosMais uma vez, o Shopping Pátio Maceió é palco de uma grande feira de livros que já encanta aos adultos e crianças. Até a próxima quinta--feira (31), na Praça de Eventos, a Galeria de Livros traz obras de todos os gêneros literários, entre eles: infantis, romances, culinários, jurídicos, ficção e biografias. Quem visitar a feira poderá adquirir livros publicados por editoras de todo o Brasil, com preços acessíveis. A entrada é gratuita e funcionará no horário normal do Shopping, de segunda a sábado, das 10h às 22h e aos domingos, das 14h às 20h.

Grande EspetáculoDois grandes ícones da música mundial, Frank Sinatra e Edith Piaf foram home-nageados por Dydha Lyra e Madalena Oliveira no show: “Grande Espetáculo”, que aconteceu em 2015, no Teatro Deo-doro. Com a casa cheia de amigos e fãs foi gravado o DVD para tal grandiosida-de concretizada na cultura alagoana. Em 2016 será a vez de estarmos voltando ao Centenário Teatro Deodoro para o lançamento do DVD com a reapresen-tação do show: “Grande Encontro”. Vale salientar que Dydha Lyra e Madalena Oliveira irão autografar cada DVD adquirido por seu público nesse grande encontro no dia 06 de Maio. Horário: 21hs. Mais Informações: (82) 98753-3321 \ 99620-8772

Djavan – Vidas pra contar O dia 30 de abril de 2016 será de êxtase para os fãs de Djavan. O artista retorna ao Ginásio do Sesi, em Maceió, para estrear o vigésimo terceiro álbum de sua carreira, chamado Vidas pra Contar. Além de novas canções, o artista alagoano executará também grandes clássicos de sua carreira. Ingressos: 2° LOTE – Pista e Arquibancada / Cadeira Lateral - R$ 35,00 /R$ 45,00 / R$ 70,00/ R$ 90,00. 3° LOTE – Pista e Arqui-bancada/ Cadeira Lateral - R$ 40,00/ R$ 50,00/ R$ 80,00 / R$ 100,00. Retirada dos ingressos comprados pela internet: Maceió Shopping: dias 28 e 29 /04 das 10h às 22h e dia 30/04 das 10h às 14h

Padre Fábio de Melo O padre Fábio de Melo fará um show no Teatro Gustavo Leite, no dia 22 de abril às 19h. O cantor leva ao público canções do novo trabalho, “Solo Sagrado”. O padre Fábio de Melo começou a vida religiosa aos 18 anos, com formação e estudos em seminários em Minas Gerais, estado em que nasceu. Sua carreira musical começou em 1997, quando lançou o seu primeiro CD, “De Deus um cantador”. Atualmente, o artista religioso faz shows do álbum “Solo Sagrado”, lançado em 2014, e do recente CD “Deus no Esconderijo do Verso”, lançado em 2015, em que conta com parcerias com Zeca Pagodinho, Nana Caymmi e Fafá de Belém. Ingressos: Meia entrada plateia A R$ 150, Meia entrada plateia B R$ 120, Meia entrada Mezanino R$ 90. Vendas: Viva Alagaos.

Natiruts

A banda Natiruts lança seu DVD “Nati-ruts Reggae Brasil” em Maceó no dia 20 de abril, às 22h00. No DVD, o grupo

chamou ao palco os grandes nomes do reggae e da música pop do país. No repertório estão canções como “Presente de Um Beija-Flor”, “Desenho de Deus”, de Armandinho, “Um Anjo do Céu” e “Vamos Fugir”, de Gilberto Gil. Local: Estacionamento do Maceió Shopping. Ingressos: R$ 50 pista (meia) e R$ 100 front (meia). Vendas: Folia Brasil (G Barbosa), Acesso VIP (Unicompra Farol e Parque Shopping), Viva Alagoas (Maceió Shopping) e Surburguer.

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TRIBUNAINDEPENDENTE

C’est fini

DIVERSÃO&ARTE 3

TV TUDO

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – O contato da Lua com Júpiter na sua sexta casa lhe sugere dedicação em prol de mais conforto emocional. Pratique hábitos saudáveis e coloque suas responsabilidades em ordem. A desarmonia com Saturno lhe indica a necessidade de restringir seus compromissos para não se sobre-carregar. No amor, expresse sua cumplicidade e confiança diante dos problemas no amor.TOURO – (20/4 a 20/5) – O contato da Lua com Júpiter na sua quinta casa em contato positivo com Plutão indica uma fase boa para renovar o corpo e a mente.

Procure ajustar seus compromissos, já que a desarmonia com Saturno indica uma inclinação a tratar suas demandas com indiferença. No amor, invista, de corpo e alma, no seu romance e não se aborreça com as dificuldades na convivência amorosa.GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – No dia de hoje tenha atenção com os problemas do relacionamento afetivo. Não se envolva em brigas ou desentendimentos com quem ama. Estabeleça diálogos francos e abertos para que a relação cresça. Lua e Júpiter lhe auxiliam a renovar o relacionamento.CÂNCER – (22/6 a 22/7) – O contato da Lua com Júpiter indica um período bom para sua vida material, portanto

invista com cuidado seu dinheiro. Ainda que os resultados sejam bons, assuma uma postura mais conservadora, já que Saturno encontra- se em desarmonia.LEÃO – (23/7 a 22/8) – Lua e Júpiter lhe sugerem colocar suas opiniões em prática e fortalecer seus sentimentos pela pessoa querida. Mantenha a harmonia no topo de suas prioridades. Assuma uma atitude mais tranquila frente a convivência a dois.VIRGEM – (23/8 a 22/9) – O contato da Lua com Júpiter aumenta seu bom sen-so sobre sua valorização pessoal e que fazer buscar melhorias para sua vida. A tensão de Saturno no seu setor fami-liar lhe sugere dar mais valor a opinião das pessoas ao promover mudanças.

LIBRA – (23/9 a 22/10) – Bom momento para colocar seu romance no topo de suas prioridades. Lua e Júpiter indicam a necessidade de ter mais cuidado com suas emoções e com a forma como você encarar a convivência a dois. Seja a mudança que você quer para a relação.ESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Sua segurança pessoal cresce frente ao coletivo, porém seu bom humo se dese-quilibra diante de assuntos financeiros. Tenha cuidado com a praticidade da vida. No amor, expresse segurança pes-soal para fortalecer se romance. Uma atitude mais tranquila e responsável pre-cisa ser adota, à partir de agora. Invista na relação e tenha mais consideração pelo seu amor.

SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – Momen-to propício para lidar com os problemas amorosos com mais tranquilidade em prol de uma relação mais forte e feliz. Lua e Júpiter lhe sugerem uma atitude emocional mais calma e atenciosa com as necessidades do amor.CAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – O levantamento de hipóteses excessivo tende a atrasar a conquista de seus objetivos, portanto procure mais objetivi-dade sem se fechar para os relaciona-mentos pessoais.AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – O contato da Lua com Júpiter no seu signo lhe mostra que esta é a melhor fase para tratar os problemas da relação afetiva. Procure conviver bem com as divergên-

cias pessoais e manter a estabilidade emocional necessária ao bom andamen-to do romance.PEIXES – (19/2 a 20/3) -Lua e Júpiter na sua sétima casa aumentam o valor de preservar bons relacionamentos em sua vida, especialmente no ambiente profissional que encontra- se tenso com Saturno desarmônico. Seja participativo em suas atividades em grupo e tenha consideração com as hierarquias, mesmo que lhe perturbem. No amor, momento propício para investir nas questões afetivas. Lua e Júpiter lhe motivam a dedicar- se ao seu romance. Expresse mais atenção com a pessoa querida, ain-da que pareça complicado ajustar suas responsabilidades e suas emoções.

HORÓSCOPO

Bate-rebate

A série “Zózimo: Detetive Particular”, escrita por Mauro Wilson, baseada em “O Corno que Sabia Demais”, Wander Antunes, está com o seu trabalho de roteiro bem acelerado na Globo.Por causa da Olimpíada e Eleições, no entanto, ficará para a grade de 2017.A ideia é contar com Marcelo Serrado no papel-título. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

MACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

Maitê Proença vai ter cenas quentes com escravo em nova novela das onze da Globo A nova novela das 23h da Globo, “Liberdade, Liberdade”, com estreia marcada para o dia 11 de abril, não será apenas mais

uma história sobre Tiradentes, figura que marcou a luta pela independência do Brasil. O roteiro também promete muitas cenas quentes, a exemplo da antecessora “Verdades Secretas”, por meio de Dionísia, interpretada por Maitê Proença, e

de seus outros tipos. Na trama de Mario Teixeira, baseada em argumento de Marcia Prates, a personagem de Maitê é descrita como uma senhora de respeito, bastante conservadora e irmã de Raposo (Dalton Vigh), que resgata a pequena Joaquina(Mel Maia/Andreia Horta), após a morte de Tiradentes(Thiago Lacerda). Mas o que Dionísia curte mesmo é passar a noite com seu escravo, Saviano, papel de David Junior, que vem de trabalhos em “Geração Brasil” e “I Love Paraisópolis”. Ela o considera sua propriedade, seu objeto sexual, e o rapaz se vê obrigado a satisfazer os seus desejos. “Quero que as pessoas conheçam o outro viés da nossa história, onde não só as mulheres sofriam abuso sexual mas os homens também”, declara Junior.

·A produtora Floresta, responsável por “Tudo pela “Audiência”, ainda não sabe como ficará o programa, em função desse acerto do Fábio Porchat com a Record...·... Tudo indica que esta será a última temporada...·... Lembrando que a própria Tatá Werneck já manifestou o desejo de um voo solo na grade do Multishow.·Fernanda Lima já declarou que não quer mais fazer “Amor & Sexo”...·...Em 2017, portanto, a Globo terá que buscar um novo formato para a apresentadora.·Carlos Lombardi, autor, entrevistou o produtor musical Rick Bonadio para o trabalho de pesquisa da série sobre os “Mamonas Assassinas”.·Maíra Charken ainda está tentando se achar na bancada do “Vídeo Show”...·...Mas sem pressão. Ela tem apoio total da direção do programa. ·“Vídeo Show“ que já tem uma bancada bem organizada, com Maíra e Otaviano Costa, se prepara para receber Rafael Cortez...·Só não se sabe, ainda, o que será da Ana Paula no programa, após o encerramento do “BBB”...·...Mais uma coisa é certa: ela será “caçada” por programas da Rede TV! e SBT.

Tema importante 1 A serviço do “Hoje em Dia”, Ana Hickmann trocou São Paulo por Manaus. Ela foi gravar o quadro “S.O.S Mãe” com uma mulher que tem dois filhos com microcefalia.

Tema importante 2 O Ministério da Saúde investiga, em todo o Brasil, 4.293 casos suspeitos de microcefalia. Dos casos já analisados, 907 foram confirmados e 1.471 descartados. O estado da Paraíba é o terceiro do país em número de casos confirmados(91), atrás apenas de Pernambuco e Bahia.

Contratação Mãe e exploradora de Larissa (Grazi Massafera), em “Verdades Secretas”, a atriz Ana Barroso, foi contratada pela Record. Ela vai integrar o elenco de “A Terra Prometida”, substituta de “Os Dez Mandamentos”.

Sexo virtual Além de tocar os trabalhos da sua próxima novela na Globo, “O Sétimo Guardião”, e projetos independentes para o vídeo, Aguinaldo Silva ainda encontra tempo para desenvolver um roteiro teatral. O espetáculo vai abordar a vida de pessoas que só se interagem por meio de sites de sexo. Para fazer a pesquisa – ele odeia o termo “laboratório” -, Aguinaldo entrou em alguns sites de sexo como homem, mulher e transgênero.

Estreia A Band promove nesta segunda-feira a estreia de “Sila – Prisioneira do Amor”, sua nova novela turca. Uma produção que será exibida junto com os últimos capítulos de “Fatmagül”. A canção “Vai Chegar”, da cantora Li Martins, é a música tema de “Sila”.

Novo quadro 1O programa “Como Será?”(Globo), da Sandra Annenberg nas manhãs de sábado, estreia dia 2, o quadro “Atrás da medalha”.Trata-se de uma série em 16 episódios na qual atletas e paratletas relatam quem está por trás do seu início de carreira.

Novo quadro 2A levantadora de peso Jaqueline Ferreira, medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, a lutadora Aline Silva, vice-campeã mundial de Luta Olímpica, e o jogador de futebol de cinco Jeferson Gonçalves (Jefinho), já marcaram presença nas gravações do “Atrás da medalha”.

Além desse aspecto “devoradora”, Dionísia, Maitê Proença, possui ainda um trauma do passado, em “Liberdade, Liberdade”. Cicatrizes causadas pelas surras que levava do marido[ator a ser escalado], a quem tentou matar para se defender. Ela imagina que ele está morto. Só que não. Ele voltará para assombrá-la

Concorrência Bruno Hoffmann, que já trabalhou na temporada anterior, como Max, um lutador, está de volta a “Malhação”. Só que agora vivendo Valentim, um primo de Alina (Pâmela Tomé), que surge para colocar uma “pulga atrás da orelha” em Uodson (Lucas Lucco).

Entrevista O programa “Sensacional” apresentado por Daniela Albuquerque na Rede TV! traz na tarde deste domingo uma entrevista com Moacyr Franco. Aos 80 anos, o artista relembra a carreira, a infância e fala também sobre sua relação com Silvio Santos, dono do SBT. “Hoje [nossa relação] é melhor do que foi, porque o tempo passou e ele ficou mais afetivo”, conta Moacyr na entrevista, entregando uma mudança de hábito do “patrão” e dando a entender que possíveis entreveros com ele ficaram no passado.Na mesma conversa, Moacyr revela que certa vez, em casa, recebeu uma ligação muito simpática de Silvio Santos: “Não esqueça que você tem amigos aqui[no SBT].

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DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2016

FOTO BY CHICO BRANDÃO

“Tem coisas que palavras não dizem, somente o

olhar expressa, e o carinho confirma”

Hoje, todas as atenções estarão voltadas para o estimado amigo Manuel Marques, que neste

domingo de Páscoa estará recebendo muitas homenagens em razão de mais um parabéns. Hoje, o grande amigo passa a data cercado da sua amada Márcia Marques e suas filhas Jéssica e Érika Marques, em um resort fora de Maceió. TopNews aproveita a oportunidade para desejar a este grande empresário saúde, paz e sucesso em sua trajetória. Você, Manuel, é um exemplo de sucesso com suas indústrias, líder de visão, que ao longo da vida tem feito um trabalho que vem contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. Manuel Marques, um português que escolheu Alagoas para morar e para ser seu Estado. Aproveitamos para desejar a este grande homem saúde e paz e que o nosso Deus sempre esteja ao seu lado e que você possa fazer mais pelo desenvolvimento de Alagoas. Parabéns, amigo, felicidades!

Parabéns, Manuel Marques!

ModaNews com Mabel Magalhães!

Neste domingo de páscoa, TopNews traz

para as nossas leitoras um belíssimo modelo outono/inverno da conhecida grife Mabel Magalhães, que as empresárias Andréa e Moacira Cunha trouxeram para a consagrada Casa Moa, localizada na Avenida Deputado José Lages, Ponta Verde. Vale a pena as nossas amigas conferirem!

TopNews recomenda

O Maria Antonieta, dos amigos Dedé, Leopoldo e Breno Gama, está com

surpresas nesta páscoa. O Cana Café do Ritz Lagoa da Anta, o Filé do Zezé, dos empresarios Rosiel Caetano e Ricardo Scavuzzi e a já consagrada Bodega do Sertão, de Nado e Francineide Freire, estarão esperando por você para um delicioso almoço de páscoa no mais alto estilo. As casas são referência em nossa cidade pelo menu, qualidade no atendimento e ambiente agradável. Escolha e aproveite o melhor da nossa culinária.

Páscoa é Ressurreição!

Há dois mil anos, Jesus, filho de Deus, caminhou pela Terra entre

os mortais espalhando sua mensagem de amor e paz. Seu objetivo era claro: criar um mundo melhor e salvar nossas almas, mas nem todos compreenderam. Em consequência da ignorância de alguns, Jesus foi crucificado e morreu, mas, ao terceiro dia, seu corpo retomou a vida e Ele se levantou. Jesus ressuscitou e com Ele a esperança, o amor e tudo que existe de bom neste mundo! A Páscoa é a celebração do sacrifício de um homem justo e bom que morreu por nós, por nossos pecados, e da sua ressurreição. A Páscoa é a festa do amor e triunfo de Cristo, nosso Salvador. Façamos então renascer também em nossos corações todos os bons sentimentos, e deixemos os maus desaparecerem. Feliz Páscoa!

Ritz Lagoa da Anta

Na expectativa de mais um feriadão da Semana Santa,

empresários Márcio e Mirella Coelho preparam o Ritz Lagoa da Anta para receber hóspedes de todo o mundo. Com um parque aquático que dispensa comentários, andares temáticos, restaurantes 5 estrelas, além de programação extraordinária, o Ritz Lagoa da Anta é um nome que engrandece o setor hoteleiro do nosso Estado. Aproveitamos para parabenizar aos amigos Márcio e Mirella Coelho e a toda super equipe!

Larissa Manoela

No próximo dia 3,

a atriz e cantora Larissa Manoela estará em Maceió apresentando para o público alagoano a turnê “Larissa Manoela Com Você”. O show tem sido lotado em todos os lugares por passa e na capital alagoana acontece a partir das 18 horas, no estacionamento do Parque Shopping, no bairro da Cruz das Almas.

T-shirt

Uma das peças mais versáteis e clássicas do guarda-roupa feminino, sem dúvidas

é a t-shirt! A camiseta conquistou espaço e transita como nenhuma outra entre o hi-lo da moda, seja com um modelo básico até mais trabalhado. A J.Chermann, da designer Julie Chermann, expert nesse tipo de peça, traz novos desenhos feitos a próprio punho para sua segunda coleção cápsula com a C&A. São 16 modelos que prometem trazer ares moderno e divertido para o guarda- roupa.

Corrida contra o uso do celular

Devido ao alto índice

de acidentes provocados pelo uso do celular ao volante, a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico realizará a 2ª edição da Corrida e Caminhada do Trauma Ortopédico — Maceió a favor da vida no dia 7 de maio, na Praia de Pajuçara. A ação servirá de alerta sobre a importância de os motoristas manterem a atenção no trânsito.

Neste domingo de Páscoa, Top News enfoca a grande psicóloga Ana Carla Gameleira em companhia de sua mãe, a renomada advogada

Anita Gameleira, duas gerações que neste domingo de páscoa oferece um belíssimo almoço para seus familiares no mais alto estilo em sua bela residência. Aproveitamos para desejar Feliz Páscoa as amigas queridas

em janeiro de 2017 com experiência

Hoje, todas as atenções estarão voltadas para o estimado amigo Manuel Marques, que neste

domingo de Páscoa estará recebendo muitas homenagens em razão de mais um parabéns. Hoje, o grande amigo passa a data cercado da sua amada Márcia Marques e suas filhas Jéssica e Érika Marques, em um resort fora de Maceió. TopNews aproveita a oportunidade para desejar a este grande empresário saúde, paz e sucesso em sua trajetória. Você, Manuel, é um exemplo de sucesso com suas indústrias, líder de visão, que ao longo da vida tem feito um trabalho que vem contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. Manuel Marques, um português que escolheu Alagoas para morar e para ser seu Estado. Aproveitamos para desejar a este grande homem saúde e paz e que o nosso Deus sempre esteja ao seu lado e que você possa fazer mais pelo desenvolvimento de Alagoas. Parabéns, amigo, felicidades!

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