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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia
Filiado à
O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país
CONGRESSO DA FEEB9 E 10 DE DEZEMBRO, NO HOTEL PORTOBELLO
Edição Diária 7346| Salvador, quinta-feira, 30.11.2017 Presidente Augusto Vasconcelos
GREVE NACIONAL
O Bancáriofaz históriahá 28 anosPágina 3
Os bancários da Bahia paralisam as agências por 24 horas, na terça-feira, greve nacional contra a reforma da Previdência e em defesa dos direitos
Bancários param na terça-feira
trabalhistas, ameaçados após a nova legislação. A decisão foi tomada durante assembleia realizada ontem à noite, no Sindicato. Página 4
Contra a reforma da Previdência e o projeto neoliberal do governo Temer, que impõe perdas aos trabalhadores, o Brasil vai parar na terça-feira. É greve
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 30.11.20172 BRASIL
No país, 50% da população ganhavam,em média, R$ 747,00ReNATA ANdRAde [email protected]
manoel porto - arquivo
Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933
O BANCÁRIO
muito trabalho. pouco dinheiro
Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CeP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTe 879 dRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTe 4645 dRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. MTe 4590 dRT-BA e Renata Andrade- Reg. MTe 4409 SRTe-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.
SE VIVER com um salário mí-nimo é praticamente impossí-vel, imagina ter de sobreviver com bem menos. Essa é a rea-lidade de milhões de brasileiros que trabalham muito e recebem pouco. A metade da população que estava empregada no ano passado - 44,5 milhões - tinha renda média de R$ 747,00. Me-nor, portanto, do que o salário mínimo atual, de R$ 937,00.
O valor equivale a um terço da renda média de todos os ocupa-
dos (R$ 2.149,00 no ano passado). A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) revela ainda que 1% dos trabalhadores, ou seja, 889 mil, tem rendimento médio de R$ 27 mil mensais.
O rendimento é 36,3 vezes maior do que a renda média dos 50% com os menores salários. Entre as regiões, a renda mé-dia da metade dos trabalhado-res com os menores rendimen-tos vai de R$ 949,00 no Sul para apenas R$ 485,00 no Nordeste.
O total de rendimentos das famílias com o trabalho e outras fontes somou R$ 255 bilhões em 2016. Quase metade dessa quan-tia, 43,4% (R$ 110,7 bilhões) fica nas mãos dos 10% mais ricos da população. Os 80% que ganham menos concentram 40,8%.
Alerta para ataques de TemerAS CONSEquêNCIAS dos ata-ques do presidente Michel Te-mer já são sentidos dentro das agências. O Sindicato dos Ban-cários da Bahia tem percorrido todo o Estado para alertar a categoria sobre os prejuízos do governo neoliberal para os tra-balhadores, principalmente o desmonte dos bancos públicos.
Os bancários da agência do
Banco do Brasil de Ibirapitanga, a 240 quilômetros de Salvador, receberam a visita do SBBA para tratar da reestruturação da em-presa, fechamento de agências, segurança e necessidade de con-tratação de novos funcionários. O presidente da entidade, Au-gusto Vasconcelos, ainda alertou os empregados sobre as reformas trabalhista e da Previdência.
Manifesto pede Justiça por Colombiano e CatarinaA FAMíLIA de Paulo Colom-biano e Catarina Galindo, bru-talmente assassinados em 29 de junho de 2010, no bairro de Brotas, em Salvador, divulgou um manifesto sobre a impuni-dade em torno do caso, que já tem mais de sete anos. O docu-mento destaca a demora no jul-gamento e cobra uma resposta imediata da Justiça baiana.
“Clamamos pelo fim da im-punidade! Rogamos pela nossa liberdade e voltar a ter alegria e esperança para dar continuidade ao legado de Paulo e Catarina”, diz uma parte do manifesto.
Também circula nas redes
sociais um vídeo em que os fa-miliares e amigos desabafam sobre a morisidade no desfecho do caso e do sofrimento diário.
Uma sessão de apreciação dos recursos do caso, marcada para o último dia 21, no Tribunal de Jus-tiça do Estado (TJ-BA), foi adiada depois de um desembargador pe-dir vista (mais tempo para ana-lisar o processo). A nova sessão está agendada para a terça-feira.
Na data, haverá café da manhã em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia, mais vigília durante todo o dia, em virtude do julga-mento dos recursos do caso Co-lombiano e Catarina Galindo.
Assédio ao trabalhador em debate na UFBAO ASSéDIO ao trabalhador é pauta de palestra desenvolvi-da pelos alunos da Escola de Administração da UFBA. O evento acontece segunda-fei-ra, a partir das 8h30, e tem como tema “Assédio Moral e suas consequências no mun-do do trabalho”.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Au-gusto Vasconcelos, será o pa-
lestrante para discutir o as-sunto. A categoria é uma das que mais sofrem com o assé-dio no ambiente de trabalho.
A pressão diária, inclusi-ve, é responsável pelo afasta-mento de centenas de bancá-rios. Cenário que certamente tende a piorar com as refor-mas do governo Temer, que deixam os trabalhadores ain-da mais vulneráveis.
Impunidade que revolta. Caso Colombiano e Catarina se arrasta há sete anos
em Ibirapitanga, Sindicato fala sobre conjuntura e situação das agências
o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quinta-feira, 30.11.2017 3O BANCÁRIO – 28 ANOS
Jornal reserva espaço para notícias que não têm vez na mídia comercialANA BeATRIz LeAL [email protected]
“Disputar a versão da informação com grandes meios de comunicação é uma tarefa gigantesca. temos uma responsabilidade imensa de publicar o único jornal diário dos movimentos sociais no país. Com um olhar voltado para a defesa dos trabalhadores e uma equipe de excelência, o jornal o Bancário é uma referência para todos que lutam a favor do Brasil”.Augusto Vasconcelos – presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia
manoel porto - arquivo
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Protagonista da história
DESDE quando foi criado, em 1989, o jornal O Bancário tem sido um espaço que priori-za as notícias sobre as lutas da sociedade, em especial dos segmentos mais oprimidos, se constituindo em um instrumento de co-
municação a serviço das lutas da sociedade, por liberdade e justiça.
Há 28 anos, O Bancário, único jornal diário dos movimentos sociais no Bra-sil, reserva espaço privilegiado para fa-tos políticos, econômicos, sociais, espor-tivos e de outra natureza, ocorridos no país e até no exterior, buscando sempre priorizar os acontecimentos que não têm vez na mídia comercial.
São quase três décadas de um jornalismo que muito mais do que informar, contribui na formação crítica dos trabalhadores.
A luta contra a privatização dos bancos públicos, durante o governo FHC, ganhou destaque no jornal O Bancário
Publicação cumpriu o papel de levar à população o posicionamento contrário ao impeachment da presidenta dilma Rousseff, capitaneado por Michel Temer
Ênfase na mobilização contra a retirada de direitos dos trabalhadores, a exemplo da terceirização e da reforma trabalhista
espaço também para os eventos esportivos promovidos pelo Sindicato dos Bancários
Atenção especial para as greves dos bancários por melhores condições de trabalho e salários
Participação em acontecimentos
históricos no país, como a luta contra a ditadura do
estado Novo, pelo fim da
ditadura militar (1964-1985), a
campanha pelas diretas Já e pelo
Fora Collor.
SilfreDo freitaS
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quinta-feira, 30.11.20174
SAquE
GREVE NACIONAL
decisão foi tomada em assembleia, ontem, no SindicatoANA BeATRIz [email protected]
Bancários paralisam agências
joão uBalDo
MOBILIZAÇÃO A confissão do relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), de que o governo “ainda não tem os votos sufi-cientes” para aprovar a reforma da Previdência, joga ainda mais responsabilidade sobre os movimentos sociais. A rejeição da proposta governista, que na prática acaba com a aposentadoria, depende diretamente da mobilização popular. A greve geral de terça-feira ganha importância vital.
CONquISTA Em um Brasil onde a mídia foi decisiva para a efetivação do golpe do ano passado, merece destaque a grande vitória alcançada pelo senador Lindbergh Farias. Com muito esforço, foi aprovada na Comissão de Ciência, Tecnologia, Ino-vação, Comunicação e Informática do Senado audiência pública sobre o envolvimento da Rede Globo nas investigações do FBI sobre corrupção na Fifa. Sujeira global.
FILHOTE “Bolsonaro é filho legítimo do casamento entre a Lava Jato e a Rede Globo”. Quem pensa assim é o cientista so-cial Jessé Souza, que acaba de lançar o livro A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Para ele, o escravismo nunca acabou no Brasil. A realidade brasileira não deixa dúvida.
BANDIDAGEM O presidente Temer alega que necessita fazer a reforma da Previdência, a qual acaba com o direito do brasilei-ro à aposentadoria, porque o Brasil está “quebrado”. Mas o go-verno, através de Medida Provisória, concede isenções fiscais de R$ 1 trilhão às petrolíferas transnacionais que estão comprando o pré-sal a preços promocionais. Ciro Gomes tem razão quando diz que o país foi sequestrado por uma “quadrilha”.
PROVAS O falso moralismo dos justiceiros da Lava Jato, cada vez mais desmoralizados, pode ruir de vez hoje, quando o ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, depõe na CPI da JBS. Ele garante apresentar documentos comprovando que Carlos Zucolotto, amigo íntimo e padrinho de casamento do juiz Sérgio Moro, negociava com ele sentenças e outras vantagens na operação. A expectativa é grande.
DuRANTE assembleia, realiza-da na noite de ontem, no Sin-dicato dos Bancários da Bahia, foram eleitos os 40 delegados da base da entidade que par-ticipam do 14º Congresso da Feeb, que acontece nos dias 9 e 10 de dezembro, no Hotel Por-
Assembleia elege delegados para o Congresso da Feeb
tobello, em Salvador.O evento, além de discutir
a difícil conjuntura política e econômica do país, define o plano de lutas e a nova direção da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe para o próxi-mo triênio.
OS BANCÁRIOS da base do Sindicato dos Bancários da Bahia aprovaram, por unani-midade, adesão à greve nacio-nal, orientada pelas centrais sindicais, para a próxima ter-ça-feira, e paralisam as agên-cias por 24 horas. A decisão foi tomada em assembleia, ocorrida na noite de ontem, no
auditório da entidade.A reforma da Previdência,
que aumenta o tempo de con-tribuição e a idade mínima para aposentadoria (65 anos homens e 62 anos mulheres), é um dos principais objetos de reivindi-cação. A verdade é que o gover-no Temer quer ceder ao desejo do grande capital, que lucrará ainda mais com os planos pre-videnciários privados.
O intuito da mobilização, além de envolver a população, é também pressionar os depu-tados e senadores para que re-jeitem a proposta. Fazem parte do protesto também a defesa
dos direitos dos trabalhado-res, atingidos pela nova legis-lação trabalhista.
Além da paralisação das agências, na terça-feira acontece manifestação em frente ao Sho-pping da Bahia (antigo Iguate-mi), às 6h. À tarde, às 15h, tem passeata no Centro de Salvador, com saída da praça do Campo Grande. Os bancários integram as mobilizações.
Moção de ApoioNa assembleia, os bancá-
rios aprovaram ainda Moção de Apoio à luta da família de Paulo Colombiano e Catarina Galin-do, mortos brutalmente em 2010, contra a impunidade dos assassi-nos do casal. Colombiano era te-soureiro do Sindicato dos Rodo-viários e descobriu uma fraude envolvendo o plano de saúde dos funcionários, o MasterMed.
Assembleias definiram greve e elegeu delegados ao Congresso da Feeb