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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017

Editorial Enfoque Pastoral

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS:Diretor Geral: Pe. Marcos V. Clementino - [email protected] Resp.: Pe. Marcos V. Clementino - MTB. 0082732 - SP Secretária: Irmã Maria das Virgens, IPSFOrientação Pastoral: Pe. Marcelo DiasEditoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves - 11 97096-4702Impressão: Gráfica Marmar - Fone: 11 99961-4414Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210Contato: 11 2408-0403 - Email: [email protected]: 30.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br

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Nossa diocese de Guarulhos acaba de promover a Semana Diocesana de Pastoral, que neste ano refletiu sobre o documento 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB): “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade – ‘Sal da terra e luz do Mundo’ (Mt 5,13-14), contando com a presença de Agentes de Pastoral nas cinco foranias e em seis lugares de formação. Os encontros foram marcados por profundas reflexões sobre a missão dos cristãos leigos, que são chamados a ser, na diocese e na sociedade, promotores da fé, esperança e caridade, como sal da terra e luz do mundo. Seguindo em frente, neste Mês Vo-cacional, ouvimos o apelo do Senhor: “Cora-gem, levanta-te! Ele te chama!” (Mc 10,49).Com estas palavras Jesus envia os apósto-los a chamar o mendigo cego, Bartimeu, que estava a beira do caminho. Na imagem des-te cego enxergamos cada um de nós, quan-do paramos de caminhar e somos cegados pelos apelos, cada vez mais fortes, de uma sociedade individualista e consumista. Assim como Bartimeu somos questionados pelo Senhor: “O que quere-mos, o que desejamos? Há muitos ‘Barti-meus’ necessitando “ver”. Jesus. tamvém nos convida atra-vés de sua Igreja a nos enchermos de co-ragem e levantarmos, chamando-noscheio de compaixão, iluminando nossa vida e nos enchendo de esperança, sobretudo quando vivemos um tempo em que muitas pessoas se encontram perdidas e vazias de sentido. Como Igreja somos todos envida-dos em missão a ser ‘sal e luz’; o Senhor conta com todos os batizados na instau-ração do Seu Reino, que “dom e missão”, como afirma o Documento mencionado: “Como dom deve ser acolhido e como mis-são deve ser buscado e anunciado. Para essa missão a Igreja contribui em comu-

nhão com todos os homens e mulheres que buscam construir uma sociedade justa e fraterna” (Doc. 105 CNBB §241). Fortaleçamos a nosa fé, para esta missão, no seguimento de Jesus e revesti-dos pelo Espírito Santo. Deste modo, como Igreja, celebramos o amor de Deus que chama todo ser humano a viver sua voca-ção como um Dom divino. “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há di-versidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. há diferentes atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos” (1Cor 12, 4-7). Desde o começo da história da sal-vação Deus chama e capacita o ser huma-no a missão. Em muitos momentos a res-posta da pessoa chamada foi dada depois de muito relutar, como no caso de Moisés, do profeta Jeremias, de Pedro, de Paulo. Diante do chamado de Deus a pessoa cha-mada enxerga-se pequena, sente medo, tem vontade de fugir. Deus, porém, em seu amor, insis-te e persiste! Ele não se cansa de chamar a todos nós. Cabe-nos ter a coragem de responder o nosso sim com a certeza de que Ele nos capacita com Seu Espírito. “Por meio dos carismas, serviços e ministérios, o Espírito Santo capacita a todos na Igre-ja para o bem comum, a missão evangeli-zadora e a transformação social, em vista do Reino de Deus” (Doc. 105 CNBB §152). Coragem, somos todos chamados a cami-nhar e anunciar a Boa Nova da Salvação. Que Nossa Senhora Imaculada Conceiçao nos ajude a vencermos os nos-sos medos e, assim como ela, responder-mos sim à vocação que Deus tem para nós, pondo-nos com amor e coragem a cami-nho, com Ele, Jesus, “o Caminho, a Verda-de e a Vida’.

Pe. Marcelo Dias SoaresCoordenador Diocesano de Pastoral

Chamados a caminhar

Queridos leitores, a vo-cação da Folha Diocesana é promover a comunicação. A irmã Vera Ivanise Bom-bonatto, paulina, em seu livro, Evangelizar é comuni-car, afirma que, “A palavra comunicação provém do latim communis, que signi-fica múnus comum, função comum, ou seja, comum + ação. Consequentemente, comunicação é relação, par-tilha, participação; é tornar comum, interagir, conviver. Nesse sentido, podemos afirmar que a comunicação é uma relação misteriosa e envolvente; é a dimensão da pessoa humana que se abre à alteridade e se descobre capaz de transcender-se, saindo de si em direção ao outro, em direção ao infinito. A dimensão comu-nicativa inerente ao ser hu-mano possibilita a relação/comunicação consigo mes-mo, com o próximo e com o transcendente, e torna possível a vida em comuni-dade. Nesse sentido, a co-municação é um processo relacional que viabiliza a vida em sociedade; é uma rede de relações que vamos te-cendo, a cada instante de nossa existência, no conví-vio com nossos semelhan-tes. Os instrumentos de comunicação facilitam e sa-

tisfazem a necessidade de o ser humano se comunicar, potenciando-a e ampliando--a. Entretanto, hoje a comu-nicação não é simplesmente um conjunto de meio, mas um modo de ser, um estilo de vida, uma cultura”. A cada edição as editorias que compõe a Fo-lha expressam uma ação comum, porém diversifi-cada da Igreja organizada em pastorais, movimentos e ações evangelizadoras. Os artigos e notícias são escritos por bispos, sacer-dotes, diáconos, religiosas, religiosos, leigos e leigas comunicando assim a ca-racterística fundamental da Igreja que é a unidade na diversidade. Com mais de trinta mil exemplares, o jornal diocesano anuncia, denuncia, convoca e provo-ca cada leitor, por isso sua leitura integral e repasse de informações adiante é fun-damental para que alcan-cemos não apenas trinta mil pessoas, mais sessen-ta, setenta, cem mil, como a boa semente lançada em terra boa dita por Jesus na parábola das sementes( Mt 13, 1-23 ). Que possamos ler, comentar, curtir, com-partilhar e assim alimentar a vocação da Folha Diocesa-na de comunicar a unidade na diversidade.

Comunicar a Unidadena Diversidade

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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017 3

A caminhada da Fé exige

estudo da Fé

Agenda do BispoAgosto 2017

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09h30 – Economato14h30 – Atendimento Cúria19h30 – Missa comunidade São Domingos paróquia Santa Luzia – Mikail

09

09h30 – Reunião do clero – Lavras13h30 – Reunião dos formadoresdo Seminário – Lavras20h – Missa nas casas – par. Santo Antonio – Parque

1007h – Missa e reunião Propedêutico09h – Encontro Prefeitura – CDP14h30 – Atendimento Cúria

1109h – Reunião Hospital Stella MarisTarde: Bênção UNG Campus Bonsucesso

12 17h – Crisma paróquia NS Aparecida – Jd. Vila Galvão

1307h30 – Crisma paróquia NS Guadalupe11h – Missa Catedral – Abertura Semana da Família19h – Missa paróquia São Roque do Imirim – São Paulo

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09h30 – Conselho Deliberativo Cáritas14h30 – Atendimento Cúria20h – Seminário – Família – RCCparóquia Sagrado Coração de Jesus – Santos Dumont

1614h30 – Atendimento Cúria19h30 – Missa paróquia São Roque

17 09-12h – Reunião Representativa Sul 1 – São Paulo18 10-13h – Reunião LIBCOM

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08h – Missa no encontro dos participantesdas Células Yeshiva11h – Crisma paroquia Santo Antonio – Vila Augusta19h – Missa paróquia São Geraldo – encontro religiosos

21 19h30 – Missa paróquia Santa Rosa de Lima

2214h30 – Atendimento Cúria20h – Missa paroquia São Pedro – Cerco de Jericó

23 14h30 – Atendimento Cúria24 09h30 – CDAE

2515h – Encontro Seminaristas – Lavras21h – Matrimonio paróquia São Francisco – Gopouva

2710h – Missa Santuário NS Bonsucesso16h – Crisma paróquia Sagrado Coração de Jesus – Santos Dumont

29 14h30 – Atendimento Cúria30 14h30 – Atendimento Cúria31 08h30 – Reunião dos Bispos SP 2 – São Paulo

Na Semana Diocesana de Formação, mês passado, foi realizado um estudo do Documento 105 da CNBB: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Socieda-de, sal da terra e luz do mundo”. Acredito que estamos vivendo um momento es-pecial de redescoberta da vocação laical, dentro do espírito do Concílio Vaticano II. Seguramente o Ano do Laicato que terá início na Solenidade de Cristo Rei, nos ajudará bastante. Estamos no mês, que há mais de 40 anos, no Brasil, é chamado de mês vocacional. Às vezes tem-se a im-pressão de que a vocação laical, neste mês, é desconsiderada, no sentido que se dá maior realce às especificidades da vocação do leigo: família, catequista. No entanto, juntamente com todas as outras vocações que enriquecem a vida e a missão da Igreja, a vocação laical é a base para todas as suas especificida-des e também para as outras vocações (religiosa, consagrada, ministérios orde-nados). Sim, porque nós pastores e pes-soas consagradas descobrimos nossa vocação específica vivendo como leigos na comunidade cristã e no mundo. O Documento 105 ocupa-se e preocupa-se com a formação do laicato. (225-240) Sim, pois para que o leigo seja realmente sujeito eclesial ele precisa ser formado e submeter-se à formação. Deve ser uma formação integral, que considere as dimensões humana e espiritual, teo-lógica e pastoral, teórica e prática. Cada uma destas dimensões também deve respeitar um itinerário, não se pode nive-lar nem por cima, nem por baixo. Cada irmão e cada irmã precisa ser formado de acordo com a sua caminhada na co-munidade cristã. Não se pode pensar na vivência da vocação laical no mundo, se-não a partir e desde a comunidade cris-tã. Para ser Igreja em saída, tem que ter entrado antes. Como pode alguém sair, sem antes ter entrado? Leigos e leigas precisam, primei-ramente, passar por uma adequada Ini-ciação à vida cristã. Não se trata somente de uma catequese para a recepção dos

Sacramentos, mas da vivência e experi-ência de um caminho de gestação na fé, que faça cada um e cada uma verdadei-ros (as) discípulos (as) de Jesus. Aqui, não têm prioridades cursos e mais cur-sos. Não se trata de uma atividade me-ramente intelectual. Trata-se da vida em comunidade. O discípulo de Cristo se-gue-O em comunidade. Não se pode ser discípulo, se não se é missionário, mas também e principalmente, não se pode ser missionário sem ser discípulo. Daqui a importância de pensarmos tantas fren-tes de formação em nossas comunida-des que acolhendo as pessoas possam oferecer-lhes um itinerário de caminhada na fé. Os Movimentos precisam trabalhar nisso. As Pastorais precisam trabalhar uma mística iniciática e mistagógica. En-contramos muitos leigos e leigas cheios de boa vontade para trabalhos pastorais e até mesmo capacitados profissional e tecnicamente para muitas atividades, mas a alguns falta uma identidade verda-deiramente cristã. A caminhada na fé exige tam-bém aprofundamento e estudo do con-teúdo da fé. Aqui, sim, são importantís-simos os cursos. A nossa diocese tem se preocupado com isso. Quero elencar aqui as oportunidades que temos para isso: Escola da Palavra nas paróquias e foranias; Escola de Ministérios, com um curso de teologia; Escola de liturgia; Es-cola diocesana de música: Escola de Fé e Política; Escola diocesana de Catequese; Semana Diocesana de Formação e tan-tas outras formações que os Movimentos e Pastorais oferecem. Claro, precisamos sempre nos aprimorar naquilo que en-quanto diocese oferecemos. Enquanto que para a Iniciação à vida cristã a comunidade tem grande responsabilidade, o aprofundamento e estudo do conteúdo da fé pesa sobre a responsabilidade de interesse do próprio leigo e leiga, no que diz respeito a ser su-jeito da sua própria formação laical.

+Edmilson Amador Caetano, O.Cist.Bispo diocesano

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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 20174

Vida Presbiteral Falando da Vida

Como em todos os anos, nós padres participamos de um retiro, com a intenção de, no silêncio, en-contrar com Cristo, refazer os pas-sos anteriores que nos conduziram ao ministério até nossa caminhada atual como sacerdotes. Momento de descanso, de desconectar dos pro-blemas e desafios do dia-a-dia, de se alimentar e dormir bem. Tivemos o padre Cícero Al-ves de França como pregador, con-dutor e amigo de ministério. Não era só um padre falando para padres. Era como um irmão mais velho orientan-do os mais novos. Vários questiona-mentos, provocações e uma certeza: todo padre tem que ser “sacerdote, discípulo a caminho”. Disse o padre Cícero: “quan-do nos damos a Deus, Ele se dá a nós”. Temos que nos configurar com Cristo. Ser discípulo a caminho é caminhar ao lado do Cristo, não ter medo de aproximar-se das pessoas, partir da cultura da cordialidade e sermos homens ternos. Todo discípulo é impulsio-nado a ter um projeto, de sempre olhar para frente, de assumir o Cris-to todos os dias de sua vida. Não pode se distrair, pois ele é o sonho de Cristo em nós. A partir da vida espiritual, Jesus nos pede uma ex-periência radical, sermos “CRISTOS VIVOS” e, a partir do seu seguimen-to, daremos respostas aos nossos medos e seremos capazes de car-regar nossas cruzes. Como discípulos, fomos cha-mados a ir ao deserto com Jesus e

sermos tentados, pois em Cristo o movimento é descendente. No Lava--pés, o momento mais importante é o “inclinar-se ao outro”, fazer novamen-te a experiência do Kenosis, esvaziar de si mesmo sem deixar de ser quem somos. Nossa verdadeira força está na generosidade: “escolheu os fra-cos, para confundir os fortes”. Aquilo que pregamos no do-mingo deve ser vivido primeiramente por nós, pois devemos viver segundo a verdade e não de acordo com nos-sas necessidades. E a base do nosso ministério sacerdotal está na aceita-ção de que nós somos filhos bem amados: “tú és meu filho amado”. Recebemos alguns ques-tionamentos durante todo o retiro, entre eles: “O que Jesus quer de mim? Qual propósito farei neste retiro? Do que tenho sede? O que me motiva a seguir Jesus? Por que ainda sou padre?” Somos chamados a sermos homens livres para não cairmos na solidão. Homens esses, escolhidos por Deus, prontos para ouvir o que Ele tem a nos dizer e criar um espaço interior para que Deus e seu Espírito possa gritar em nós “ABBA PAI”. Por fim, o sacerdote discí-pulo sempre caminha para frente. Quem ousar “olhar para trás, volta”. Todo retiro somos provocados a sair com um propósito definido, um novo caminho a ser traçado, sempre ten-do Jesus a frente como “caminho, verdade é vida”.

Pe. Paulo LeandroRepresentante dos presbíteros

Sacerdote como discípulode Cristo a caminho

O Brasil não é um país feliz. É o que aponta o último ranking dos paí-ses mais felizes do mundo. Segundo o relatório elaborado pela Organi-zação das Nações Unidas (ONU) o Brasil caiu cinco posições e agora aparece em 22º. O que há de errado com o país do samba e do futebol? Deveríamos ser mais felizes em que pese a situação econômica e a crise política em que vivemos.

O que faz uma pessoa ser feliz? Existem vários fatores que compõe a felicidade, mas estar no lugar certo fazendo a coisa certa é sem dúvida muito importante. Qual é a minha missão aqui na terra? O que Deus quer de mim? Estas são as perguntas que devemos nos fazer e buscar incessantemente a resposta no nosso coração. Quando encon-trarmos essa resposta, temos que largar tudo e seguir adiante em bus-ca do nosso ideal, sem medir, sem calcular. Só assim, de posse desse tesouro é que podemos dizer que temos vida e vida em abundância como prometeu Jesus. Todavia rifar o nosso futuro deixando-o por conta da sorte traz um risco muito grande de fracasso. O mundo está cheio de “pegadi-nhas” e os caminhos são traiçoeiros. Uma dica importante é: Ninguém é feliz buscando o prazer e o bem es-tar só para si mesmo. Isso seria Nar-cisismo. Quantos casamentos são desfeitos a cada ano? As estatísticas comprovam que o número de sepa-rações de casais está crescendo em todo país. A vocação para o matrimônio e constituição de família tão bem re-tratada na canção do padre Zezinho, deu lugar à uma família constituída na busca da satisfação individual. S e aquele amor baseado na harmonia e

no respeito entre pais e filhos era cha-mado de Utopia, o que vemos hoje são relacionamentos afetivos que não passam de uma fantasia. Falta o es-sencial que é buscar o amor e não a felicidade. Sem amor não há tole-rância e qualquer frustração dá inicio à uma cadeia de desentendimentos que vão culminar com a separação. O fenômeno da intolerância não está somente nas relações afe-tivas, mas em todos os contextos das relações humanas. Já repararam como ninguém tolera mais nada? Os jovens, por exemplo, entram na uni-versidade imaginando uma felicidade que não se concretiza e logo desis-tem de seguir em frente, abandonan-do o curso. O mesmo ocorre com as carreiras profissionais onde falta tolerância para lidar com situações adversas, porém comuns, num am-biente de trabalho, seja com um chefe exigente, um cliente difícil e por aí vai. Todos nós temos uma vo-cação natural para o amor e para a liberdade. O amor é o contrário do egoísmo que bloqueia e impede o nosso crescimento tornando-nos es-cravos de nós mesmos e condena-dos a uma vida medíocre. A melhor maneira de ser feliz é sair de si e se lançar sem medo em direção ao ou-tro numa atitude impetuosa de amor. Para ilustrar esse artigo, gostaria de terminar com a letra de uma canção antiga do Pe. Zezinho composta para a Campanha da Fra-ternidade de 1973. Ela resume tudo:“Vai meu povo o Senhor te chama para viver como um povo que ama. Vai meu povo eleva o teu irmão que precisa de quem lhe dê a mão. O amor liberta, o amor constroi, o ego-ísmo escraviza e destrói. A liberdade é nossa vocação.Vai meu povo es-tenda a mão ao teu irmão.”

Romildo R.AlmeidaPsicólogo clínico

Como descobrir a nossa verdadeira vocação?

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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017 5

BíbliaLiturgia

As vocações têm origem na gra-ça do batismo, e se confirmam na vida em comunidade. Vemos isso na experiência do Apóstolo Paulo, que junto com Barnabé foi enviado em missão a partir da participação na comunidade de Antioquia. Na-quela comunidade havia vários mi-nistérios: profetas, doutores, após-tolos, etc; e foi na liturgia que a vocação deles se transformou em missão! (cf. Atos 13, 2). A assembleia litúrgica, dife-rente de outras assembleias, já co-meça com a vocação. Recorda as con-vocações do povo de Deus, em vários trechos do Antigo Testamento, por Moisés, Davi, os profetas... No Novo Testamento, a palavra grega Ekklesia (traduzido como Igreja) é usada para definir a comunidade da salvação, que vive a vida nova do Reino de Deus: 1 – quando a comu-nidade se reúne em alguma cidade (1 Cor, 1,2; 16,1; Atos dos Apóstolos 9,31); 2 – quando está espalhada por todo o mundo (1 Cor, 15,9; Gálatas 1,13; Atos dos Apóstolos 20,28); 3 – ou quando realiza a assembleia eu-carística (1 Cor 11,18; 14, 19). O documento 105 Cristãos leigos e leigas na Igreja e na socie-dade nos apontou que tornar-se cristãos e cidadãos são um mesmo movimento: a participação das di-ferentes vocações e ministérios na liturgia da Igreja deve colaborar na participação da construção de um mundo mais justo e humano. Na li-turgia celebramos a “obra de Deus” realizada em Jesus, por meio dos vários serviços na celebração, atra-vés dos ministérios litúrgicos. Quan-do prestamos tais serviços, nos colocamos como discípulos mis-sionários: ao arrumar o espaço da celebração, nos preparar para uma leitura ou um canto, e fazemos isso com dedicação e alegria, revelamos o rosto de Deus para a comunidade que celebra conosco. Na preparação das cele-brações encontramos pessoas das comunidades, das pastorais, que

estão presentes no mundo e na so-ciedade. A realidade das equipes de celebração está um tanto longe do ideal: se distribuem tarefas pelas mídias modernas, sem um diálogo pessoal, e não há tempo de se en-contrar, orar, meditar e se preparar em comunidade. No entanto, o mo-mento de preparação em comum é fundamental para que a cele-bração seja alimento para a nossa vida. Deus se comunica conosco, quando reconhecemos sua face nos irmãos de diversos ministérios: leitores, salmistas, cantores, instru-mentistas, ministros da comunhão, etc. Quando a preparação da cele-bração acontece num encontro fra-terno, partilhando a vida e a palavra, a celebração toma gosto de novi-dade, de Boa Notícia! Deus se co-munica conosco também quando lhe damos espaço ao passar pela vida das pessoas e da comunidade, pelos textos bíblicos, litúrgicos, ora-ções, cantos... a palavra da escritu-ra se torna Palavra de Vida, Palavra de Deus, que aquece o coração e entusiasma para a missão. Mais do que simplesmente tomar conhe-cimento teórico e técnico dos ele-mentos da celebração, o momento da preparação da ação litúrgica ser-ve para mergulhar na vida de Cristo, em comunhão com o Pai. A diversidade dos dons no serviço litúrgico se constitui numa privilegiada chance de crescer como discípulos(as) de Jesus, se nos dis-pomos a crescer na fidelidade à tarefa que nos foi confiada, quan-do nos submetemos a avaliações periódicas, como o próprio Jesus fez com seus discípulos, quando vigiamos para não fazer do ministé-rio uma maneira de nos envaidecer ou promover, e quando fazemos do ministério um momento orante, de diálogo amoroso com Deus. Que o nosso ministério e nossas celebra-ções nos ajudem cada vez mais a viver nossa vocação!

Pe Jair Costaassessor diocesano de liturgia

A Diversidade de Vocaçõese Ministérios na Liturgia

Nas Sagradas Escrituras são inú-meras as narrações que falam da experiência da vocação entre elas, citamos: a de Adão (Gn 1,26-28), a de Abraão (Gn 12,1-5), a de Moisés (Ex 2,23-3,14), a de Samuel (1 Sm 3,1-21), a de Isaías (Is 6,1-8), a de Jeremias (Jr 1,1-10), a de Amós (Am 7,14-15), a de Ezequiel (Ez 1,1;2,1-34), a de Mateus (Mt 9,9-13), a dos Apóstolos (Mc 3,13-19), a de Maria (Lc 1,26-38), a do jovem rico (Lc 18,18-27), a dos discípulos (Jô 1,35-51), a de Paulo (At 9,1-20)... Em todas essas histórias de vocação podemos perceber que é Deus quem chama alguma pessoa concreta (Moisés, Jeremias, Ma-ria...), a partir de uma necessidade do povo, para essa pessoa realizar a missão de ajudar o povo a satisfazer essa necessidade concreta (respec-tivamente, libertar o povo do domínio egípcio, denunciar as injustiças, ser Mãe do Salvador Prometido...) Jesus também teve uma vo-cação. Respondendo a um chamado do Pai, veio ao mundo com uma mis-são. Encarnou-se e viveu no meio de um povo simples, trabalhou com suas próprias mãos, amou com coração humano, participou da comunidade. A vocação e missão de Je-sus foi revelar o Projeto do Pai. Viveu em íntima relação como o Pai, a pon-to de dizer: “Meu alimento e fazer a vontade de meu Pai”. No seu estilo de vida simples e acolhedor, ele re-velou um jeito novo de viver, aberto e ao serviço mútuo. “Um só é o vosso Pai e vós sois todos irmãos”, dizia. Acolheu os pobres, doentes, pecadores e marginalizados. Apre-

sentou sua mensagem direta e sem medo, com imagens simples. Soube ir ao encontro das pessoas. Aos pas-tores apresentou-se: “Eu sou o Bom Pastor”; à Samaritana: “Sou eu, que falo contigo”; aos agricultores: “Eu sou o Pão da Vida”; e a todos nós: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Jesus caminhava por todas as cidades e povoados daquela re-gião e, junto com Ele, os doze esco-lhidos para serem seus apóstolos, quer dizer, seguidores (cf. Mt 10,17). Caminhavam junto a Ele felizes pe-las maravilhas que presenciavam, ouviam e viviam diariamente. Cegos enxergavam, surdos ouviam, mudos falavam, lepra desaparecia, mortos ressuscitavam, paralíticos andavam e, muito mais fatos os deixavam cada vez mais encantados. Anun-ciava o Reino do Pai, que devia ser instalado no coração daquele povo que estava longe de viver os Manda-mentos enviados a Moisés durante a caminhada para a terra prometida. Dizendo aos apóstolos que a Messe era grande, mas os operá-rios poucos, decidiu que era hora de enviar os doze fiéis seguidores para a Missão que seria a de levar por toda a parte, pelo anúncio da Palavra e testemunho, de tudo o que apren-deram com relação ao Plano de Sal-vação que Ele anunciava e que foi enviada pelo próprio Deus, para que ninguém se perdesse. Jesus, ainda hoje, continua chamando a todos para a Missão. Como, podemos, nós, discípulos de Je-sus, seguir nossa missão em meio aos desafios e aos medos do tempo atual?

Celia Soares de SousaTeologa Leiga

A Vocação de Jesus

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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 20176

Aconteceu 1º Encontro Diocesanode Novas Comunidades

No dia 17 de julho aconteceu o encontro com Assessorias Pastorais e Mo-vimentos Diocesanos, presidida pelo nosso Bispo Diocesano Dom Edmilson Amador e com a presença dos membros do CODIPA (Coordenação Dioce-sana de Pastoral) e dos Padres e Diáconos Assessores, e os Coordenadores Diocesanos. Neste dia foram abordados diversos assuntos referentes a Ação Pastoral na Diocese de Guarulhos e o Planejamento Pastoral 2018.

Encontro com Assessorias Pastoraise Movimentos Diocesanos

A Pastoral Familiar Diocesana promoveu no último dia 08/07/17, no Centro Diocesano, mais uma edição da “Noite da Ternura”, que teve como objetivo o fortalecimento espiritual do casal, e o resgate do enamorar-se. Os casais apreciaram um jantar romântico, regado de música ao vivo. A Equipe Diocesana agradece a todos que partici-param, e os que contribuíram para que mais um evento de promoção aos valores das famílias fossem realizados, e informa que em 2018 tem mais! Visite o facebook da Pastoral Familiar Diocesana Guarulhos e confira as fotos do evento.

Pastoral Familiar promoveua Noite da Ternura

Aconteceu neste domingo (23/07) o Primeiro Encontro das Novas Comunidades da Diocese de Guarulhos. Estiveram presente as comuni-dades: Canaã, Divino Esposo, Fogo Abrasador, Fonte de Luz, Sacratus, Resto de Israel e a Missão Dom Bosco. Tivemos a participação especial da Comunidade Shalon (já reconhecida sobe direito Pontifício). O tema do encontro foi: A vida fraterna em Cristo e o lema: “Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu e tudo quanto desligares na terra será desligado do céu” (Mt 18,18). Num clima de oração e escuta

da Palavra de Deus, Dom Edmilson procurou acentuar a descoberta do “ser comunidade” enfatizando o caminho traçado pelo evangelista Ma-teus para que se viva a comunidade querida pelo Pai do Céu. Na certeza que o Ressuscitado está entre nós, nos coloquemos em oração para que o Espírito de Deus possa novamente suscitar, as maravilhas que realizou do início da pregação do Evangelho.

Pe. Pelegrino Rosa NetoAssessor das Novas Comunidades

Pároco da Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora do Carmo

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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017

Aconteceu

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Encontro Diocesanodo Dízimo

Nota de pesar sobre o falecimento do Padre Cosme

É com imenso pesar que nesta manhã, de 21 de julho, nossa Igre-ja Particular de Guarulhos recebeu a notícia do falecimento do Reverendís-simo Padre Cosme Chenier, do clero da Arquidiocese de Ottawa – Canadá. Padre Cosme (86 anos) atuou durante vários anos como mis-sionário em nossa Diocese de Gua-rulhos, como pastor zeloso em nos-sa Igreja Diocesana, realizou diversos trabalhos, orientando comunidades, com forte atuação social, assumindo diversas funções como de pároco e

Vigário Geral em nossa Diocese. Rendemos nossa gratidão à Trindade Santa, pela vida e minis-tério do Rev.mo Padre Cosme Che-nier, e suplicamos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo, que receba este sacerdote honroso na eternidade fe-liz, onde a Igreja, esposa do Cordei-ro, eternamente celebrará a vitória sobre a morte. Orientamos aos párocos que nas diversas paróquias de nossa Igreja Local se celebre a Eucaristia em sufrá-gio do Rev.mo Padre Cosme.

Dom Edmilson Amador CaetanoBispo Diocesano de Guarulhos

No dia 15/06, o Padre Antônio Zafani (Padre Toninho), celebrou seu 30º aniver-sário sacerdotal. E a data não poderia ser mais importante: a Solenidade de Corpus Christi. A missa, em ação de gra-ças, foi celebrada na Paróquia Santa Cruz e Nossa Senhora Aparecida, onde Padre Toninho exerce seu ministério de Vigá-rio Paroquial e contou com a presença dos Padres Lauro Vizioli (Paróquia Nos-sa Senhora do Loreto), Rene Cavalcanti (Paróquia Santo Antonio | Vila Augusta) e Cristiano Aparecido (Paróquia Santa Cruz

e Nossa Senhora Aparecida). Também se fizeram presentes os familiares de Padre Toninho e amigos do sacerdote, nas pa-róquias por onde passou. Os festejos se encerraram na Capela São Benedito, onde foi realizada uma bela confraternização, após a ben-ção do Santíssimo. Durante toda a ce-lebração, Padre Toninho agradeceu pela presença dos amigos e pelo dom de es-tar celebrando 3 décadas como padre. A Família Santa Cruz louva a Deus por esses 30 anos de ordenação de seu vigário, Padre Toninho.

Padre Antônio Zafanicompleta 30 anos de sacerdócio

Queridos irmãos e irmãs, aconteceu na noite de 14 de Junho no Centro Dio-cesano de Pastoral o nosso Encontro Diocesano da Pastoral do Dízimo; lou-vamos a Deus por cada comunidade que se dedicou e se fez presente, juntos com o nosso bispo e padres de nossa diocese; também agradecemos ao Pe. Cristovan Iubel que nos enriqueceu com a abordagem das experiências e con-teúdos de seu livro sobre “Formação e Orientações para agentes da Pastoral

do Dízimo”, entre outras partilhas que ele se dispôs a fazer a partir de sua vi-vência pastoral. Estes momentos forta-lecem a nossa fraternidade e nos impul-siona na Obra da Evangelização. Deixo aqui o nosso muito obrigado a todos do Núcleo Diocesano e aos participantes. Deus os abençoe!

Diac. Marcio ArieltonAssessor da Pastoral Diocesana

Rose e José MeloneCasal Coordenador Diocesano

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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017

Vida Religiosa Seminário Teatino

8

A vida consagrada ao longo da historia exprimiu-se numa variedade de formas no segui-mento de Jesus Cristo. Alguns em forma de consagração a título pessoal, como os eremi-tas ou em grupos organizados, como as ordens monásticas e as congregações religiosas, re-centemente a vida consagrada vem se expressando também nos institutos seculares e nas comunidades de vida e aliança. Esta variedade de-monstra a vitalidade e a cria-tividade da Igreja que acolhe este Dom de Deus, pois o cha-mado à vida de consagração é iniciativa de Deus; Ele chama todos: religiosas (os), sacerdo-tes, leigos. No Batismo somos chamados a conformar nossa vida à do Cristo sob a luz do Espírito Santo. O que diferencia a con-sagração dos Religiosos (as) é a forma pela qual vivem, op-tando pela consagração espe-cífica mediante a vivência dos conselhos evangélicos da po-breza, castidade e obediência. Esta forma de viver é expres-

são da presença do Reino de Deus e se caracteriza por três dimensões: 1) A consagração (relação profunda com Deus) a 2) A comunhão (viver em co-munidade, testemunhando a fraternidade) e a 3) A missão (envio a todos, para servir) Esta consagração à vida religiosa, ganha seu pleno significado quando vivida na comunidade eclesial. O caris-ma da vida religiosa consagra-da é essencialmente eclesial, na Igreja é sinal e memória, testemunho e profecia dos va-lores centrais do Evangelho e do Reino. Os religiosos consa-grados, por sua vez, “em fide-lidade criativa continuam escu-tando a Deus onde a vida grita” Na Igreja particular de Guarulhos a Vida Religiosa é uma pequena presença com 13 congregações femininas e 01 masculina que com a diver-sidades de seus carismas enri-quecem nossa diocese. Neste mês rezemos pela Vida Religiosa Consagra-da de Guarulhos.

Ir. Adriana Costa, IOP Coordenadora CRB Guarulhos

Carismas que enriquecem a Igreja

Nesse mês de agosto em co-munhão com a Igreja do Brasil comemoramos o Mês das Voca-ções, e dentre elas a Vocação à Vida Religiosa e Consagrada no 3º Domingo de Agosto com a So-lenidade da Assunção de Nossa Senhora. Em nossa diocese conta-mos com a presença de inúme-ras congregações no ramo femi-nino, e apenas uma masculina, a Ordem dos Clérigos Regulares, os Teatinos. A Ordem dos Teatinos nasceu em 14 de setembro de 1524, por São Caetano de Thie-ne, João Pedro Carafa (Paulo IV), Bonifácio d’Colli e Paulo Consi-glieri que são considerados os fundadores. O modo de vida que eles desejavam era de apenas vi-ver do comum e do comum base-ando-se sempre na vivência dos primeiros Apóstolos, reformando--se a si mesmo em primeiro lugar pela própria reforma interior. Desde 1524, os Teatinos foram abrindo novas casas e lu-gares de missões. Hoje estamos presentes em diversos países como na Itália, Espanha, Esta-dos Unidos, México, Colômbia, Argentina e no Brasil, onde aqui chegaram em 1951 em Fartura, no interior de São Paulo, com-

pletando assim no Brasil 68 anos de presença Teatina, e exatos 59 anos na cidade de Guarulhos. Isso sem dúvida é sinal visível de Deus sempre caminha conosco e nunca nos abandona. No próximo mês come-moraremos 493 anos de exis-tência, isto é, 493 anos fazendo a diferença acontecer por onde passamos, procurando acima de tudo apresentar o modo vida principal de todo cristão, levan-do e apresentando para todos os cantos a confiança plena na Pro-vidência de Deus! Rezemos sempre por esta Ordem Religiosa, para que, nunca deixemos de lado a pro-posta do Reino e a confiança ple-na à Providencia de Deus! Que São Caetano nos ajude sempre!Ir. Lucas Gobbo, CR

“Scio cui Credidi!” (2Tm 1, 12)

VENHA VOCÊSER TEATINO!

Assim como fez nossos funda-dores você pode ajudar-nos a transformar o mundo. Entre em contato conosco:

SEMINÁRIO SÃO CAETANO(11) 2421.5460 – Guarulhos-SP

Vocação à Vida ReligiosaTeatinos!

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Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017

Formação SacerdotalVocação Matrimonial

9

O matrimonio é uma das for-mas de seguimento e imitação de Cristo. Instituído por Deus e elevado por Cristo a sacra-mento da Nova Lei é uma ver-dadeira vocação que responde admiravelmente à estrutura e condição humana (Cf. GS 48). Pois bem, se queremos adentrar no sentido vocacional do matrimônio a maneira mais adequada é remontar-se à sua dimensão sacramental, porque o sacramento decide sobre a vocação dos casados na his-tória dos homens e na história da salvação: “...são diversos os caminhos para identificar a na-tureza e missão do matrimônio, porém, como recorda a Exorta-ção Apostólica Familiaris Con-sortio, todas elas conduzem à consideração sacramental da instituição matrimonial, esta é a perspectiva seguida pelo Senhor no diálogo com os fari-seus segundo se refere em Mt 19,10”(João Paulo II, Insegna-menti III,2: 842ss). A vocação matrimonial está pautada no projeto do amor de Deus que criou o ho-mem e a mulher e amando-os

lhes deu uma vocação ao amor e à comunhão. O homem e a mulher com suas diferenças e semelhanças (mas com igual dignidade) são o centro da criação de Deus que os chama “à existência por amor e para amar”, eis o que constitui sua missão no mundo atual. Na atualíssima Exorta-ção apostólica Amoris Laetitia, o Papa Francisco exalta o ma-trimônio como um “sinal pre-cioso, porque, quando um ho-mem e uma mulher celebram o Sacramento do Matrimônio, Deus, por assim dizer, espe-lha-se neles, imprime neles as suas características e o caráter indelével do seu amor. (AL 121) Enfim, os deveres e as exigências próprias do matri-mônio de ser um para o outro e para os filhos, testemunhas da salvação por meio de sua con-dição de esposos e pais, deve--se ver sempre como expres-são própria desta vocação: o matrimônio é um dom de Deus confiado aos esposos como missão.

Pe. Carlos Vicente de LimaAssessor diocesanoda Pastoral Familiar

Matrimônio:projeto do amor de Deus

Quando o assunto é seminário, encontramos uma série de mitos no imaginário popular e eclesial. A maioria das pessoas, inclusive as de dentro da Igreja, nunca estiveram em um seminário. Neste imaginário estão arraigadas imagens medievais da vida conventual. Para muitos no seminário se reza o dia inteiro, para outros é um lugar apenas de estu-do, pra outros é um lugar fechado do qual não se pode sair ou entrar, para outros é um lugar de profunda oração e isolado do mundo. Alguns ainda interpretam mal a instituição do seminário pela fala de irmãos que foram afastados ou que desisti-ram da vocação. Em todos os casos haverá sempre uma tensão entre o imaginário e a realidade. Por acostumarmos com os padres no dia a dia das paróquias, esquecemos que suas vocações está ligada a vivência neste proces-so formativo chamado seminário. Ao se alegrarem com grandes per-sonalidades católicas da mídia, tais como Marcelo Rossi, Fabio de Mello e entre outros não se imagina que passaram por um longo processo de estudo e formação humana. Na realidade diocesana, principalmente quando não há seminarista esta-giário na paróquia, a existência do seminário fica mais restrita ao “ouvir falar” ou intenções de oração. Por acostumarem com o padre sem-pre presente e que já veio “padre--pronto” não se remetem ao semi-nário. De maneira geral, as pessoas não sabem o que é um seminário e nem imaginam que grandes santos do passado e da atualidade foram seminaristas. Quem imaginaria que um dia o seminarista Jorge Mario Bergoglio se tornaria o nosso que-rido papa Francisco? O Seminário é antes de tudo uma comunidade educadora para os candidatos ao sacerdócio. Sob a orientação do bispo, é uma comunidade composta por alunos

(seminaristas) e reitores. O Docu-mento de Aparecida define semi-nário e casas de formação como “escolas e casas de formação de discípulos e missionários” (316). Já Pastoris Dabo Vobis (60) afirma: “O Seminário apresenta-se como um tempo e um espaço ; mas configu-ra-se, sobretudo, como uma comu-nidade educativa em caminhada: é a comunidade promovida pelo bispo para oferecer, a quem é chamado pelo Senhor a servir como os após-tolos, a possibilidade de reviver a experiência formativa que o Senhor reservou aos Doze”. Em geral, os principais documentos a respeito da formação presbiteral sempre como seminário como lugar formativo, tal qual uma escola e uma família. Para ser padre não basta apenas que se tenha fé, tenha cara santo a conclusão do curso de filo-sofia e teologia, é preciso também consolidar e confirmar a vocação através da vivência do período de seminário. Seja no seminário maior de teologia e filosofia, seja no se-minário propedêutico a formação está alicerçada e montada em qua-tro dimensões principais: Formação humano-afetiva, formação comuni-tária, formação espiritual e forma-ção intelectual. O Documento 93, da CNBB, Diretrizes para Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil aprofunda bem estas dimensões que colaboram para o crescimento integral da pessoa do formando. O seminário tem como objetivo não simplesmente bons padres, mas an-tes de tudo bons cristãos, batizados capazes de viverem a sua missão na Igreja. O tema é bastante amplo e trabalharemos nas próximas edi-ções. Fica a pergunta: Você conhe-ce o Seminário de nossa Diocese?

Pe. Edson R. dos SantosReitor do Seminário

Propedêutico

Seminário:Casa de Formação

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DIA HORARIO ORGANIZAÇÃO ATIVIDADE LOCAL

8

9h30 Economato Conselho Administrativo Cúria Diocesana

14h Past. Criança Assembleia São Francisco Nações

19h3021h30 RCC Encontro de

IntercessoresCatedral N.Sra.da Conceição

9 9h30 CP Reunião - Clero Seminário – Lavras

109h CP Reunião Clero

e o Prefeito CDP – Bom Clima

19h30 CDDV Reunião Vigo Potens

12

14h30 COMIDI e IAM ReuniãoAssessores IAM Catedral

14h – 16h Past. Carcerária Reunião Mensal Catedral

14h SAV/ PV Reunião Mensal Irmãs do Cabuçu

8h30-13h Catequese Esc.Catequética Forania Aparecida Santa Cruz – Taboão

14h Past. Criança Assembleia Santa Cruz – Taboão

14h30 COMIDI e IAM Form. For. Bonsu-cesso e Fátima

Sta Cruz N. Sra Apareci-da – Pres. Dutra

13h30 – 18h30 ECC Formação

CoordenadoresCDP Centro Diocesano

8h30-12h Fé e Política Esc. Diocesana Virgo Potens

14h – 17h Past.Sobriedade Reunião Diocesa-na Ordinária Pres. Dutra

15h – 17h EJC Diocesano Reunião EJC

13 11h Pastoral Familiar

Missa de abertura Semana Nacional da Família

Catedral

14 20h Pastorais Sociais

Reunião Diocesana

Centro Social Elisabeth Bruyere

15 13h30 Past. Criança Reunião Sede da Pastoral

16 9h SP IIReuniãoCoorde-nadores de Pastoral SPII

Cúria

16 a 20 PASCOM

10º Mutirão Na-cional de Comuni-cação

Joinville – SC

17 9h Pastoral da Pes-soa Idosa – PPI Reunião Sede PPI

18 a 20 Dia todo ECC

1ª EtapaSão Judas Tadeu – Jd. Alice

São Judas – Jd. Alice

19

8h30-12h Fé e Política Esc. Diocesana Virgo Potens

8h30 – 13h Catequese

Escola Catequé-tica – Oficina Li-túrgica – Forania Rosário

Santa Mena

9h Vicentinos Reunião do Con-selho Central Cumbica

9h Past. Criança Retiro Área 5 Regina Protman

15h Pastoral do Ba-tismo

Formação Forania Aparecida

Centro SocialVila Fátima

19 15h-17h30 Catequese

Missa em Louvor a Deus pela vo-cação dos Cate-quistas

Capela São José

19 e 20 Mov.Celulas Desperta

Guarulhos

20

8h Pastoral da Pes-soa Idosa – PPI Retiro Seminário Diocesano –

Lavras

17h – 19h CRB – Religio-sos e Religiosas

Avaliação, Plane-jamento e Missa – Dia dos Religiosos

São Geraldo – Ponte Grande

22 15h – 23hMovimentoEmpresarialCatólico

Palestra CDP – Centro Diocesano

24 9h30 CDAE AssuntosEconomicos Cúria Diocesana

25 a 27

Dia todo ECC1ª EtapaN. Sra Lourdes –Itapegica

N. Sra Lourdes Itapegica

Dia todo ECC1ª Etapa São Francisco Assis – Uirapuru

CÉU – Otawa

Dia todo ECC1ª EtapaSanta Rita – Jd. Cumbica

Santa Rita Jd. Cumbica

Dia todo ECC 1ª EtapaSanta Mena E.E. Francisco Brotero

26-27 8h Pastoral da Pes-

soa Idosa – PPI Capacitação Santa Mena

26

8h30 – 13h Catequese Esc. Catequética – Forania Fátima Santa Luzia – Alvorada

14h – 18h CatequeseEscola Catequéti-ca – Forania Bon-sucesso

Santa Cruz – Pres. Dutra

9h Legião de Maria Peregrinação Dio-cesana

Santuário N. SraBonsucesso

13h30 – 17h COMIDI e IAM Gincana / IAM E. João Alves –

Tranquilidade

27

FESTA EM LOUVOR A NOSSA SENHORADO BONSUCESSO

Santuário N. SraBonsucesso

08h- 13h RCC Formação Modulo Básico CDP – Centro Diocesano

10h Pastoral da Criança

Missa da Pastoral da Criança

Santo Antônio Gopoúva

15h – 17h CENPLAFAM – Guarulhos

Reunião doNúcleo CDP – Centro Diocesano

Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017

Programe-se

10

Agosto 2017

ATENÇÃO COLABORADORES:Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo 30 linhas, com corpo 14. Caso venha com um número maior de linhas,

faremos a redução proporcional.Sugestões e críticas: [email protected]

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FAMÍLIA, UMA LUZ PARAA VIDA EM SOCIEDADE

Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 2017 11

Vai Acontecer

A Pastoral Familiar Diocesana convida a todos agentes de Pas-toral Familiar paroquiais, demais pastorais, movi-mentos e serviços para participarem da abertu-ra da Semana Nacional da Família. Vamos mobi-lizar nossa paróquias, famílias, bairros para que de 13 à 19/08/17 apreciemos os encon-tros propostos no Sub-

sídio Hora da Família cujo tema será: Família, uma luz para a vida em sociedade”, que traz momentos de escuta da palavra de Deus e parti-lha, orações, bem como reflexão sobre as obras de Misericórdia, ocasião em que as famílias po-derão compreender seu verdadeiro papel na so-ciedade.

Dia 13/08 às 11hna Catedral

INSCRIÇÕES ABERTASterça, quarta, quinta das 18h às 21h

e sábado das 9h às 15h

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IMPRESSO ESPECIAL7220993744 - DR/SPMMITRA DIOCESANA

CORREIOS

Folha Diocesana de Guarulhos | Agosto de 201712

Especial

Para ver mais fotos dessa semanaacesse nosso site:

www.diocesedeguarulhos.org.br

Semana Diocesana de Formação - 2017

‘Minha alegria e minha coroa!’ (Fl 4,1). Como São Paulo, nós também queremos reconhecer os diferentes rostos dos cristãos leigos e leigas, irmãos e corresponsáveis na evan-gelização. São para nós motivo de alegria e de ânimo na vivência do mi-nistério ordenado (105, 51). Nós, Bispos, Padres Co-ordenadores Diocesanos de Pas-toral e Representantes Leigos dos organismos, participantes da 80a Assembleia Episcopal do Regional Sul 1 da CNBB (Aparecida, de 06 a 08/06/17), nos dirigimos a todos os cristãos leigos e leigas das famílias, Paróquias, Comunidades, Movimen-tos, Associações e das diversas ex-pressões laicais que atuam nos di-versos âmbitos da Sociedade para manifestar, em primeiro lugar, o nos-so reconhecimento e gratidão pelo testemunho de sua fé e dedicação à Igreja e pela atuação nas realidades do mundo. Com efeito, vocês, “a partir de sua vocação específica, vivem o seguimento de Jesus na família, na comunidade eclesial, no trabalho profissional, na multiforme participa-ção na sociedade civil, colaborando assim na construção de uma socie-dade justa, solidária e pacífica, que seja sinal do Reino de Deus inaugura-do por Jesus de Nazaré” (cf. 105,11). A 80ª Assembleia do Regio-nal Sul 1 teve como tema central:

“Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Sal da Terra e Luz do Mundo” (Documento CNBB, 105), sua recepção e suas implicações em nossas Arquidioceses e Dioceses. Ini-ciamos assim a preparação do “Ano do Laicato”, de novembro de 2017 a novembro de 2018. Nesse senti-do, decidimos ampliar ainda mais a nossa reflexão e ação escolhendo o mesmo tema para a Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1, que será realizada nos dias 20 a 22 de outubro deste ano. Entre angústias e esperan-ças, pela situação em que se en-contra nosso país e atendendo à convocação do Papa Francisco para sermos uma “Igreja em saída missio-nária”, exortamos todos a acompa-nharem esse processo de recepção do Documento 105 e a caminharem juntos, como verdadeiros sujeitos eclesiais, por meio de suas orações e trabalhos, em unidade e comunhão. Pedindo a intercessão de Maria, “mulher livre, forte e discípula de Jesus, verdadeiro sujeito na co-munidade cristã” (Doc. 105, 113), neste Ano Mariano do Tricentenário do encontro da Imagem da Apareci-da, invocamos sobre todos a benção de Deus, com os votos de saúde, perseverança e paz!

Aparecida, 08 de junho de 2017Regional Sul 1

CARTA AOS CRISTÃOS LEIGOSE LEIGAS DO REGIONAL SUL I

Forania Bonsucesso I

Forania Bonsucesso II

Forania Fátima

Forania Rosário Forania Aparecida

Forania Imaculada

Aproximadamente 1850 pesso-as participaram das noites de es-tudo do Documento 105 da Con-ferência Nacional dos Bispos do

Brasil, realizado de 25 a 28 de ju-lho em seis pontos da cidade. Pa-rabéns a todos os assessores e or-ganizadores deste belo momento de formação e unidade diocesana.