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EDITORIAL ano novo, vamos celebrar o ano velhodf8aa6jbtsnmo.cloudfront.net/download/revista-edital-edicao-light.pdf · Renato Saraiva, revisitando todos os ... go de Trânsito Brasileiro

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EDITORIAL

Antes do ano novo, vamos celebrar o ano velhoChegamos à última edição da Revista Edital de 2014 e, com ela, uma re-trospectiva do que melhor aconteceu no universo dos concursos, exame de ordem e modificações na legislação brasileira. Nesse clima de final de ano, a 21ª Edital traz, na sua matéria de Capa, entrevistas com o professor Renato Saraiva, revisitando todos os principais eventos do CERS Cursos Online; com o professor Rodrigo Bezerra, que comenta os acontecimen-tos e polêmicas que agitaram os concurseiros em 2014; além de uma lista com as mais relevantes mudanças na nossa legislação.

Na seção Entrevista, você relembra as principais alterações no Códi-go de Trânsito Brasileiro com a recente Lei 12.971/2014. Confira no-vamente a análise do Tenente Coronel Moura, consultor de Legislação e Direito de Trânsito e professor do CERS, sobre o Novo Código e suas implicações para os próximos concursos.

Dentre a infinidade de disciplinas que permeiam todos os certames, encontramos um denominador comum: as questões sobre Língua Por-tuguesa. Aproveite para ver, no Explorando a Matéria, as dicas e su-gestões do professor Rodrigo Bezerra para não cair mais nas cascas de banana durante as provas.

Alcançada a aprovação na Ordem dos Advogados do Brasil, mas e agora? Confira no Exame de Ordem uma retrospectiva dos 10 princípios mais importantes do Código de Ética, que vão auxiliar o recém-advogado na sua conduta perante os órgãos, os colegas de profissão e seus clientes.

Veja como continuar sua jornada de estudos sem ter que abdicar do traba-lho. Na seção Preparação você confere as dicas dos concurseiros que se-guiram com seus empregos, mas conseguiram manter o foco nos estudos.

Neste mês de dezembro, relembre os 26 anos da Constituição, com a professora Flávia Bahia e o impacto da Lei 13.004 na Ação Civil Públi-ca, com o professor Gustavo Nogueira. Veja na seção Coluna dois dos principais artigos publicados nas últimas edições da Edital.

Teste novamente seus conhecimentos com as Questões Comentadas para o concurso do INSS, um dos mais aguardados editais de 2015. Aproveite também para recordar os detalhes da carreira de Procurador da Fazenda Nacional e as dicas de preparação para o certame do próxi-mo ano na seção Plantão.

Na seção Perfil, vamos reviver a incrível história de superação de Geo-vane Moreas. Conheça os detalhes da carreia do professor, sua relação com os alunos e jornada de conquistas.

No Acontece do CERS desta edição, você vai rever todos os principais eventos de 2014. Relembre os eventos mais marcantes que estiveram na seção durante o ano.

Boa Leitura! Equipe da Revista Edital

Chegamos à última edição da Revista Edital de 2014 e, com ela, uma retrospectiva do que melhor aconteceu no universo dos concursos, exame de ordem e modificações na legislação brasileira.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 2

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VEJA A REVISTA EDITAL TAMBÉM PELO APLICATIVO

Para acessar via Tablets

Para acessar via WEB

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 3

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COL UNAS > A ação Civil Pública (Lei 13.004) sob a perspectiva do promotor Gustavo Nogueira.......................................................09

> Os 26 anos da Constituição e a Síndrome de Inefetividade das suas Normas.........................................................12

PRE PARAÇÃO > Trabalhar e estudar: como enfrentar essa dupla jornada?.......................15

ENT REVISTA > O Tenente Coronel Moura fala sobre as regras do Novo Código de Trânsito Brasileiro...................................................................19

EXA ME DE ORDEM > A jornada de um bom advogado.......................................................23

CAP A > Fechando o ano: acompanhe os eventos, concursos e mudanças na legislação que marcaram 2014.....................................................28

EXP LORANDO A MATÉRIA > Socorro! A Língua Portuguesa me pegou!..........................................34

PER FIL > Conheça as lutas e conquistas do carismático PLGG, Geovane Moraes................37

PLA NTÃO > Tudo sobre o concurso da Procuradoria da Fazenda Nacional..................................................41

QUE STÕES COMENTADAS > Teste seu conhecimento neste simulado para concursos do INSS..................................................................45

E MAIS:VOCÊ..............................................................................05NOTAS CURTAS...........................................................06BOLETIM DE CONCURSOS......................................08SUGESTÕES..................................................................33ACONTECE NO CERS...............................................44

SUMARI

O

DIREÇÃO GERAL Renato Saraiva

REDAÇÃO Edição, redação: Ana Laranjeira, Manoela

Moreira e Amanda Melo Colaboraram nesta edição: Danilo Christófaro, Renato Saraiva e Rodrigo Bezerra Revisão: Ana Laranjeira e

Amanda Fantini Bove

EDITORA, PRODUÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Direção Geral:

Guilherme Saraiva

Direção de arte: Samira Cardoso

Design gráfico, diagramação e animação:

Euller Camargo, Juliana Carvalho e Taíssa Bach

AUDIOVISUAL Direção audiovisual:

Jefferson Cruz

Gerente audiovisual: Pedro Zanré

PUBLICIDADE

Gerente de Marketing: Patrícia Siebra

Criação Publicitária: Diego Pinheiro, Raphaell Aretakis e Rodrigo Souza

Essa página funciona como um menu interativo!Clique sobre o título da matéria ou seção para ser direcionado para o item desejado. :)

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 4

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REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 5

> Saudações equipe da Revista Edital! Estou escre-vendo para vocês porque acabo de ler sobre a nova Lei Antifumo (12.546), válida em todo o território nacional. Pelas novas regras, fica proibido o consu-mo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou

de qualquer outro produto fumígeno em ambientes fechados de uso coletivo, como bares, restaurantes, casas noturnas e ambientes de trabalho. Particular-

mente acho um abuso, uma vez que o uso do cigarro é lícito e as pessoas que optam por consumir o

produto estão sendo obrigadas a viver à margem da sociedade. Gostaria de ouvir a opinião de um jurista

respeitado sobre o assunto. Obrigada!

(TânIA MARTA GRIPA – BLUMEnAU – SC)

OLá, TânIA! A REGULAMEnTAÇÃO DESTA LEI TAMBÉM nOS DEIxOU InqUIETOS. O ASSUn-TO É POLêMICO E TEMOS MUITO O qUE fALAR A RESPEITO. COnVIDAMOS UM DOS nOSSOS PROfESSORES PARA COMEnTAR AS COnSE-qUênCIAS DA nOVA LEI EM UM ARTIGO BEM COMPLETO qUE SERá PUBLICADO nA REVISTA EDITAL DE JAnEIRO. ACOMPAnhE A PRóxIMA EDIÇÃO E nÃO PERCA nEnhUM DETALhE!

O DIEGO EMAnnUEL SAnTOS (JABOA-TÃO DOS GUARARAPES – PE), A ThATA GOnÇALVES (SÃO BERnARDO DO CAM-PO – SP) E A STÉPhAnIE WInCk (SÃO PAULO-SP) COMPARTILhARAM COM OS AMIGOS A 20ª EDIÇÃO DA REVISTA EDITAL nAS REDES SOCIAIS. ESTA EDI-ÇÃO ESPECIAL fOI InTEIRAMEnTE DE-DICADA AOS ASSUnTOS ABORDADOS nO I COnGRESSO JURíDICO OnLInE DE CIênCIAS CRIMInAIS, PROMOVIDO PELO CERS. A PUBLICAÇÃO CORREU OS COMPUTADORES DE TODO O BRASIL COM A AJUDA DOS nOSSOS LEITORES! OBRIGADA PELO CARInhO!

“O CERS, a Revista Edital e todos os envolvidos na produção do I Congresso

Jurídico Online de Ciências Criminais já tem lugar cativo no meu coração! Vocês

são demais!”

(EDILEUzA fERREIRA – MARInGá – PR)

NÓS CURTIMOS VOCÊ!

VOCÊ

SUGE

STÕ

ES

ESCREVA PARA NÓS > [email protected]

ELOGIOS

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NOTAS CURTAS

Nova lei altera o ECAA Presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou nova Lei nº 13.046, que acresce o art. 70-B à Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Com a mudança, são dadas providências ao ECA para obrigar entidades a terem pessoal capacitado para reconhecer e reportar suspeitas de maus-tratos ao Conselho Tutelar de crianças e adolescentes. A omissão ou retardo da comunicação de maus-tratos às crianças e adolescentes, por parte dos profissionais responsáveis (em entidades, públicas ou privadas), é injustificada e, por isso, punível na forma deste Estatuto.

Lei Antifumo mais rígida Em voga desde o dia 3 de dezembro, a Lei Antifumo proíbe fumar em ambientes fechados, sejam em lugares públicos ou privados. Também são proibidos cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, mesmo que o ambiente esteja fechado parcialmente. Em caso de desrespeito à norma, o estabelecimento comercial pode ser multado, podendo, inclusive, perder a licença de funcionamento. A norma também extingue fumódromos e acaba com a possibilidade de publicidades comerciais. A Lei nº 12.546 fica liberada apenas a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os males provocados pelo fumo.

DElação PREmiaDa Advogados das empreiteiras se reuniram com o procurador-geral da república, Rodrigo Janot a fim de negociar formas de colaboração com benefícios às empresas e aos acusados de envolvimento no esquema de desvios de dinheiro da Petrobras, desvendado pela operação Lava Jato. O procurador rejeitou qualquer tipo de delação premiada com empresas sem a punição de executivos, acrescentando que esse tipo de acordo deve ser realizado com os procuradores da primeira instância e não, pessoalmente com ele.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 6

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notas curtas

Comissão da VerdadeResponsável também por investigar os crimes cometidos durante a ditadura militar, a Comissão Nacional da Verdade recomendará que todas as obras públicas do Brasil que tenham o nome dos presidentes militares ou pessoas envolvidas com torturas e desaparecimentos sejam modificadas. 29 recomendações no relatório serão feitas, no total, pela Comissão para serem entregues à Presidenta Dilma Rousseff no dia 10 de dezembro. A principal recomendação será a de que os agentes participantes nas torturas sejam responsabilizados na Justiça pelos seus crimes, não podendo ser contemplados pela Lei da Anistia.

DElEgaDos na DiREtoRia Da PF Dilma Roussef sancionou, no dia 2 de dezembro, a lei que torna o cargo de diretor-geral da Polícia Federal exclusivo para delegados de carreira da classe especial da polícia. Aprovada pelo Senado em novembro de 2014, o texto também estabelece que o cargo é específico para bacharéis em Direito, com três anos de atividade jurídica ou policial, confirmados no momento da posse. A nova lei mantém o parágrafo que havia sido acrescido pela Câmara dos Deputados, garantindo a autonomia na chefia dos órgãos de caráter científico e pericial.

Meta Fiscal Após 19 horas, o Congresso aprovou o texto principal do projeto que livra o governo de cumprir a meta fiscal de 2014. As discussões seguiram até a madrugada, com troca de acusações e confusão entre parlamentares. Às 5h da manhã do dia 4 de dezembro, a oposição pediu verificação de quórum e, como não havia mais número mínimo de par-lamentares, a votação foi suspensa. Fica faltando apenas votar na última proposta que muda o texto principal.

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boletim de concursos

Confira concursos com inscrições abertasTribunal Regional do Trabalho da 5ª Região

Vagas: 85 Nível de instrução: superior Salário oferecido: até R$ 23.997,18 Local de trabalho: 7 estados Prazo para inscrições: 18 de dezembro

Tribunal Eleitoral de Goiás Vagas: 14 Nível de instrução: médio, técnico e

superior Salário oferecido: até R$ 8.178,06 Local de trabalho: Goiás Prazo para inscrições: 18 de dezembro

Tribunal Regional Eleitoral de Roraima Vagas: 08 Nível de instrução: técnico e superior Salário oferecido: até R$ 8.863,48 Local de trabalho: Roraima Prazo para inscrições: 22 de dezembro

Tribunal de Contas dos municípios de Goiás Vagas: 202 Nível de instrução: superior Salário oferecido: até R$ 26.589,68 Local de trabalho: Goiás Prazo para inscrições: 22 de dezembro

Polícia Técnico-Científica de Goiás Vagas: 460 Nível de instrução: médio e superior Salário oferecido: até R$ 7,6 mil Local de trabalho: Goiás Prazo para inscrições: 24 de dezembro

Defensoria Pública do mato Grosso Vagas: 109 Nível de instrução: técnico e superior Salário oferecido: até R$ 3.917,39 Local de trabalho: Mato Grosso Prazo para inscrições: 5 de janeiro

Secretaria da Fazenda de Pernambuco Vagas: 04 Nível de instrução: superior Salário oferecido: até R$ 16.979,85 Local de trabalho: Pernambuco Prazo para inscrições: 6 de janeiro

Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça de Goiás

Vagas: 305 Nível de instrução: superior Salário oferecido: até R$ 2.847,23 Local de trabalho: Goiás Prazo para inscrições: 11 de janeiro

Polícia militar de minas Gerais Vagas: 713 Nível de instrução: médio, técnico e

superior Salário oferecido: até R$ 2.722,37 Local de trabalho: Minas Gerais Prazo para inscrições: 15 de janeiro

Tribunal de Contas de São Paulo Vagas: 31 Nível de instrução: médio e superior Salário oferecido: até R$ 10.924,72 Local de trabalho: São Paulo Prazo para inscrições: 23 de janeiro

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Processo civil

Lei 13.004: Ação Civil PúblicaRecentemente – mais precisamente no dia 25 de junho de

2014 – foi publicada no Diário Oficial da União mais uma lei al-terando a Lei da Ação Civil Pública – LACP, a saber, a Lei 13.004, alterando os seus arts. 1º, 4º e 5º para incluir, entre as finalidades da ação civil pública, a proteção do patrimônio público e social.

Em que pese a proteção do patrimônio público e social já es-tar inserida na LACP, por força do inciso IV do art. 1º, que dispõe ser objeto da referida lei a proteção de qualquer outro interesse difuso ou coletivo, temos que a mudança veio em boa hora.

Infelizmente ainda haviam entendimentos, geralmente le-vantados pelos réus em ações coletivas, de que não era possível a proteção (tutela) do patrimônio, principalmente o público, em ação coletiva, em especial aquelas propostas pelo Ministério Público. O argumento geralmente utilizado era de que a pro-teção do patrimônio público competia ao ente público que era proprietário daquele bem.

POR GUSTAVO NOGUEIRA*

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 9

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Processo civil

Nada mais equivocado, porque se o patrimônio é público, ele é... de todos, e não do ente público que, em tese, titulariza a sua propriedade. Na verdade, o patrimônio público – uma praça, uma rua, uma praia, etc. – precisa ser conservado por alguém e esse alguém detém determinados poderes que são interentes ao proprietário, mas isso não significa dizer que o patrimônio seja do ente. O site do MPF, com acerto, diz que “o conjunto de bens, direitos e valores, pertencentes a todos, forma o patrimô-nio público e social do Brasil.”1

Então nos parece de uma clareza solar que o patrimônio público, enquanto pertencente a todos, pode ser tutelado em ação coletiva, que é própria para as situações em que o direito material é transindividual (leia-se: não individual, coletivo lato sensu). E não apenas pelo Ministério Público, mas por qualquer legitimado para a propositura de ação civil pública.

Aliás, o Ministério Público sempre teve a sua legitimidade para tutelar patrimônio público reconhecida pelo STJ, inclusive através da Súmula 3292, o que por si só já reconhece também o cabimento da ação civil pública para tal fim. E nem poderia mes-mo ser diferente, por força da nossa Constituição, cujo inciso III do art. 129 dispõe ser função institucional do MP “promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patri-mônio público e social, do meio ambiente e de outros interes-ses difusos e coletivos”. Considerando que a questão também é constitucional, importante lembrarmos que o STF entende que não só o MP ostenta legitimidade, como também – por óbvio – cabe ação civil pública.3

Então se a ação civil pública é cabível, a legitimidade não pode ficar restrita ao MP, e por esse motivo cremos que veio em boa hora a alteração na LACP, não por criar um novo direito – que é difuso por excelência – mas sim para deixar mais claro ainda que, em relação ao patrimônio público e social: cabe ação civil pública (art. 1º), cabe ação cautelar para a sua tutela (art. 4º) e os entes do art. 5º tem legitimidade, inclusive as associa-ções que tenham essa pertinência temática.

1 Fonte: http://www.prrr.mpf.mp.br/areas-de-atuacao/patrimonio-publico2 O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patri-mônio público.3 Vide por exemplo: ARE 752603 AgR, Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 09/04/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-081 DIVULG 29-04-2014 PUBLIC 30-04-2014.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 10

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Processo civil

Inclusive é bom ressaltar que o próprio cidadão sempre teve legitimidade para ajuizar ação popular na defesa do patrimônio público e social, como se depre-ende do inciso LXXIII do art. 5º da Constituição e, como consequência lógica da previsão constitucional, do art. 1º da Lei da Ação Popular – LAP.

O § 1º da LAP dispõe que “consideram-se patrimô-nio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, históri-co ou turístico”, o que nos leva de volta para a LACP, que prevê esses bens e direitos como passíveis de tutela via ação civil público no inciso III do art. 1º.

Enfim, essa superposição de ações coletivas – ação civil pública e ação popular – bem como a mais ampla legitimidade ativa, constituem importantes ferramentas para que se faça uma real e efetiva pro-teção do patrimônio de todos nós, o que é infelizmente ignorado por quem deveria dele cuidar: os administra-dores públicos.

E na verdade ainda temos a ação de improbida-de administrativa como outra ação coletiva destinada à proteção do patrimônio público e social, a partir do momento em que a Lei de Improbidade Administrativa prevê como ato ímprobo aquele que causar prejuízo ao Erário (art. 10 da LIA), porém a jurisprudência reco-nhece a legitimidade ativa apenas ao MP e ao ente pú-bico lesado, nos termos do art. 17 da LIA.

Concluímos aplaudindo a inovação, porém – re-petimos – não porque ela criou um novo direito cole-tivo, mas sim porque elimina quaisquer dúvidas que pudessem eventualmente surgir, eliminando também, ou pelo menos evitando, discussões processuais fúteis que apenas servem para prejudicar o que mais importa ao processo: a solução do mérito.

* Gustavo Nogueira é promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Doutorando em Direito pela UERJ; Mestre em Direito pela UNESA. Professor do CERS Cursos Online. Autor de vários livros e artigos jurídicos.

inclusive é bom ressaltar que o próprio cidadão sempre teve legitimidade para ajuizar ação popular na defesa do patrimônio público e social”

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 11

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Direito constitucional

Os 26 anos da Constituição e a Síndrome de Inefetividade das suas Normas

Como bem nos disse Ulisses Guimarães, depois de anos de luta, esperamos a Constituição como o “vigia es-pera a aurora”. E ela chegou, brilhando e levantando a mo-ral do povo brasileiro em defesa da grande transformação social há tanto sonhada. Renovou a esperança do cidadão em seu país, na sua gente, numa proposta de cidadania democrática nunca antes vivenciada na história brasileira.

Destemida, a Constituição ampliou direitos, renovou garantias, reforçou a Jurisdição Constitucional e o Estado Democrático de Direito, sob o fundamento da dignidade da pessoa humana, mas, aos vinte e seis anos de vida, ainda padece com a síndrome de inefetividade das suas normas.

Em 1988, a Constituição instituiu instrumentos es-senciais de afirmação democrática, tais como: a vedação à tortura, ao tratamento desumano e degradante, a igual-dade entre homens e mulheres, a saúde como verdadeiro direito fundamental, o racismo como crime inafiançável e imprescritível, a preocupação responsável com o meio ambiente, o direito de expressão coletiva por meio das as-sociações e do direito de reunião, o habeas data, e o man-

POR FLáVIA BAhIA*

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 12

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Direito constitucional

dado de segurança coletivo, dentre inúmeras outras inovações, representando um novo ho-rizonte ao constitucionalismo pátrio.

Durante praticamente toda a história repu-blicana, os analfabetos estiveram excluídos da vida política. Pois a Constituição garantiu a eles o direito ao voto, assim como aos menores en-tre 16 e 18 anos. Concedeu também a todo cida-dão o direito de saber todas as informações que o governo guarda sobre ele e ampliou de forma significativa os direitos trabalhistas. Depois da Constituição, foram elaborados nos anos se-guintes um novo Código Civil, o Código de De-fesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso e, em 2009, a Convenção Internacional dos Portadores de De-ficiência recebeu status constitucional.

O controle de constitucionalidade no Bra-sil também recebeu inegável reforço no texto constitucional. O sistema difuso, com base norte-americana, e presente no ordenamen-to jurídico brasileiro desde a Constituição de 1891, hoje se associa a um sistema de contro-le concentrado de constitucionalidade que na atual Constituição recebeu mais três impor-tantes ações, a saber: ação direta de inconsti-tucionalidade por omissão, ação declaratória de constitucionalidade, a arguição de des-cumprimento de preceito fundamental, que, em conjunto com a ação direta de inconstitu-cionalidade, formam o arcabouço principal de

proteção constitucional no controle abstrato das leis e asseguram a Supremacia da Consti-tuição e os direitos e garantias fundamentais.

Nesse afã incessante por mudanças, a Constituição importou do direito norte-ame-ricano o mandado de injunção, e do direito português, a ação direta de inconstituciona-lidade por omissão com a promessa de que finalmente estaria resolvida a crise de efeti-vidade das normas constitucionais de eficá-cia limitada dependentes de regulamentação, mas essas ações permaneceram no limbo ju-rídico durante praticamente vinte anos. Até 2007 o Supremo Tribunal Federal adotava uma postura conservadora e à luz da separação de poderes entendia que a decisão final nas ações não poderia fixar prazo para o legislador le-gislar, tampouco aplicar por analogia norma já existente para suprir a omissão normativa. E os desafios não param por aí...

A influência da Constituição sobre as re-lações políticas é sem dúvidas o aspecto mais desafiador da constitucionalização do orde-namento jurídico, principalmente em face de uma Constituição dirigente como a nossa. Es-tabelecer os limites de atuação do Judiciário, os parâmetros de contenção de excessos, o que é verdadeiramente ambiente de discricionarie-dade administrativa e legislativa, é tarefa das mais árduas trazidas pelo Estado Constitucio-nal de Direito e a democracia ainda tão jovem,

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 13

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Direito constitucional

segue abalada pela crise de efetividade.

Como falar de consolidação de democracia num país que tanto desrespeita os direitos fun-damentais de sua população? Como a própria de-mocracia vai se efetivar se a maior parte da popu-lação nacional nem conhece a sua Constituição e com isso também desconhece os seus direitos e deveres? Como exigir o desenvolvimento do ra-ciocínio crítico de um povo que carece de escolas de qualidade e que diante de tanta desesperan-ça se dá por satisfeito muitas vezes em apenas aprender a ler e escrever?

O Brasil ainda possui uma dívida social gi-gantesca em razão da fragilidade do Estado So-cial, por isto, enquanto não nos ocuparmos de reajustar o passo histórico-evolutivo e a integra-ção entre a Constituição ideal e a Constituição real, ficaremos à mercê da sorte. Mais uma vez, nas palavras de Ulisses, a persistência da Consti-tuição é a sobrevivência da democracia. E é nes-se novo constitucionalismo, sobretudo, nos ho-mens que o instrumentalizam, que depositamos a fé e a esperança na mudança.

Ainda que esbarremos na realidade insofis-mável de que não importa quão bom seja o texto da Constituição se o seu aplicador não corres-ponde aos seus méritos, entendemos que o novo debate é um caminho importante a ser trilhado pela modernidade em prol de um mundo mais plural, justo e fraterno. E como já dizia no iní-cio do século passado um baiano, conhecido por todos nós: “Oxalá não se me fechem os olhos, antes de lhe ver os primeiros indícios no hori-zonte. Assim o queira Deus!”1

1. Trecho final da “Oração aos Moços” de Rui Barbosa, de 1920.

*Professora de Direito Constitucional e Humanos. Mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional

pela PUC/RJ. Professora da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), da Associação

do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (AMPERJ), da Fundação Escola do Ministério

Público do Estado do Rio de Janeiro (FEMPERJ). Leciona também na Graduação e Pós-Graduação da

Fundação Getúlio Vargas (FGV) e no CERS Cursos Online. É autora do livro “Direito Constitucional”,

editado pela Impetus.

o Brasil ainda possui uma dívida social gigantesca

em razão da fragilidade do

Estado social, por isto, enquanto não nos ocuparmos de

reajustar o passo histórico-evolutivo

e a integração entre a Constituição ideal

e a Constituição real, ficaremos à mercê da sorte”.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 14

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REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEZEMBRO 2014

Estudarsem deixar de

trabalharNem todo concurseiro consegue abrir mão de uma renda fixa para se dedicar exclusivamente aos estudos. Veja dicas

de quem assumiu o desafio de conciliar a preparação com o trabalho

Por AnA LArAnjeirA

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PREPARAÇÃO

Largar tudo por tempo indeterminado e se de-dicar exclusivamente aos estudos parece o ce-nário ideal para quem pretende passar em um concurso público. No entanto, para a maioria

dos brasileiros, esta realidade não é possível, pois para manter uma razoável qualidade de vida, e até mesmo bancar a preparação com cursinhos e livros, uma renda fixa se faz necessária. O emprego e as aulas vão precisar caminhar lado a lado.

O problema de dividir as atividades é que os horários de estudo ficam reduzidos e isso exige maior discipli-na do candidato. Assim, existem aqueles que se sentem pressionados, desestimulados e desistem no meio do ca-minho. Mas a Revista Edital reuniu depoimentos revigo-rantes de quem assumiu o desafio e desenvolveu técnicas especiais de estudo para um melhor aproveitamento do tempo após a jornada de trabalho.

ELA nUnCA ACUMULA MATÉRIASAna Carolina Batista é formada em Direito e Re-

lações Internacionais e, desde que passou no primeiro concurso para estágio no Ministério Público, se apai-xonou pela carreira de Promotora de Justiça. Determi-nada e decidida, começou a estudar. A princípio, fez o que acreditava ser a melhor opção: passou um ano es-tudando sem trabalhar, mas logo percebeu que não era a alternativa ideal para ela. “Sempre estagiei com re-muneração e ficar sem dinheiro começou a me deixar extremamente desconfortável. Fiquei desestimulada e resolvi voltar a trabalhar”, afirma.

Hoje, Carolina trabalha das 8h às 17h e estuda das 19h às 00h. Com o dia dividido entre as obrigações pro-fissionais e o cronograma de disciplinas, ela se progra-mou para cumprir uma grade de estudos com foco no objetivo de nunca acumular matérias para o dia seguin-te. “Funciono melhor sob pressão, com estímulo, com desafios! Portanto, me condiciono a esgotar todo o as-sunto que me propus a estudar naquele dia, sem deixar nada para depois. Estudo uma única disciplina por dia.

(...) Estudo uma única disciplina por dia. leio, releio, resolvo questões e reviso. Paro quando me sinto segura, mas tento não ultrapassar cinco horas de estudo para, assim, conseguir descansar e cumprir a maratona do dia seguinte.

ANA CAROLINA BATISTA

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PREPARAÇÃO

Leio, releio, resolvo questões e reviso. Paro quando me sinto segura, mas tento não ul-trapassar cinco horas de estudo para, assim, conseguir descansar e cumprir a maratona do dia seguinte”, explica Carolina.

O tempo para descanso é levado realmente a sério pela candidata, como algo igual-mente importante para o seu desempenho. “Optei por não estudar nos fins de semana. Meus sábados e domingos são para sair com os amigos, conversar, ler um bom livro. Preciso disso. E ao ouvir depoimentos de quem já foi aprovado, percebi que é essencial separar mo-mentos para desopilar e aliviar o stress, se não, o corpo não aguenta”, conclui a estudante.

METAS DE CURTO, MÉDIO E LOnGO PRAzOTrabalho, faculdade, filho, marido, avó e concurso. Thaís Sena vive um caso típico

de concurseiro com todos os elementos para desistir do sonho. Mas, contrariando as estatísticas, ela transformou as dificuldades em combustível para enfrentar qualquer desafio. Como os horários são apertados, a palavra de ordem é aproveitar cada minuto do dia da forma mais produtiva possível.

A rotina é cansativa: Thaís acorda às 05h30 para tomar café da manhã e curtir o marido; Às 7h, leva o filho caminhando até a escola, para dar tempo de conversar sobre as coisas que toda mãe precisa saber; Trabalha das 8h às 12h e tira um intervalo de duas horas para o almoço; Dessas duas horas, uma ela dedica aos estudos para a faculdade, e a outra aos estudos para concurso; Às 14h, retoma o expediente no trabalho, que segue até às 17h; Chega em casa, come, toma um banho rápido e segue para a faculdade, onde cursa Direito; A aula termina pouco antes das 22h; Volta pra casa e estuda até às 00h.

Se você perdeu o fôlego apenas lendo essas linhas, imagina a Thaís, que ainda precisa

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PREPARAÇÃO

encontrar brechas para amparar a avó, idosa, em suas atividades corriqueiras. “Dedico mais tempo à mi-nha família nos fins de semana. Tento sempre passar a tarde do sábado e do domingo com eles, mas não deixo de estudar um dia sequer. Tiro apenas alguns turnos de folga, mas nunca um dia inteiro. Estudo até nos feriados!”, assegura a universitária.

Para não perder o foco, Thaís definiu metas de curto, médio e longo prazo. “Para imediatamen-te, pretendo me formar e continuar estudando para concursos de tribunais. A meta seguinte é ser apro-vada em seleções do TRF, TRT ou TJ e iniciar minha preparação com foco na magistratura. Tenho planos até 2022, quando pretendo ser aprovada no concurso para magistratura do trabalho e exercer o cargo que sempre quis”, diz ela.

OTIMIzAÇÃO DO TEMPODurante os dias da semana, diante de um cro-

nograma apertado de estudos, Thaís não pode perder nem um minuto sequer com atividades desagrega-doras como, por exemplo, passar horas no trânsito. Como solução, ela estuda por meio de aulas online que se encaixam perfeitamente no planejamento e orga-nização das disciplinas. “Estudo online com o CERS e as aulas separadas em blocos de meia hora ajudam a programar com exatidão meu cronograma de estu-dos, porque posso assistir quando e onde quiser e não preciso perder tempo com deslocamento”, afirma.

Além de ter a família sempre ao lado dando apoio e estímulo aos seus sonhos, a estudante garante que as mensagens de incentivo dos professores também fazem a diferença nos dias de desânimo. “As palavras de motivação dos mestres são essenciais para mudar completamente meu humor e energia para os estu-dos, capazes de acelerar a mil meu rendimento. Além disso, eles são parte importante na minha formação profissional e pessoal. Pessoas admiráveis por quem tenho muito respeito”, confessa Thaís.

COnhECEnDO O TERREnOCarolina acredita que um dos maio-

res pecados dos concurseiros de primei-ra viagem é começar a estudar sem co-nhecer as características da seleção para a qual irá se submeter. “Apenas estudar não é suficiente para passar em um con-curso. Muitos elementos se relacionam nesta equação. É preciso saber parti-cipar do certame para valer, buscando conhecer as bancas examinadoras e en-tender o perfil das provas”, indica.

Diante da realidade do mercado de trabalho nacional, a candidata enxerga a preparação quase como uma segunda profissão. “A ambição do brasileiro por melhores condições de vida e a realidade socioeconômica que vivemos impulsio-nam as pessoas a tentarem uma vaga em órgãos públicos. Todos se sentem atra-ídos pela estabilidade. Mas o candidato não pode se assustar com a concorrência. Do número total de inscritos, poucos es-tão dispostos a abrir mão de verdade do seu tempo e qualidade de vida”, diz ela.

MAnTER O RITMOMas de nada adiantam essas dicas

se o estudante não conseguir perseverar. O diretor pedagógico do CERS e autor de diversos livros preparatórios para con-curso, Renato Saraiva, afirma para quem está na luta pela conquista do seu lugar ao sol: “O mais importante é manter o ritmo e a continuidade. O conhecimen-to vai sendo amadurecido e, quando você menos esperar, estará dentro das vagas”. Portanto, foco e força. Vamos Juntos!

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EN

VS

RT

EITA

Código

O especialista em trânsito Tenente Coronel moura responde o que

você precisa saber sobre a Lei nº 12.971/2014

Por MAnoeLA MoreirA

deBrasileiro

Trânsito

MATÉRIA PUBLICADA NAEDIÇÃO 16 - JULHO/2014

RETROSPECTIVA 2014

MELHORES DO ANO

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 19

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ENTREVISTA

P ara entender melhor as alterações ocorridas no Código de Trânsito Brasileiro, entrevistamos o Te-nente Coronel Moura, consultor

de Legislação e Direito de Trânsito e pro-fessor do CERS. A Lei 12.971/2014 deverá entrar em vigor apenas em novembro, mas você já deve ir atualizando o seu material de estudo para o próximo concurso

1. De forma geral, como o senhor avalia o Código de Trânsito Brasileiro? A Lei 9.503/1997 - Código de Trânsito Bra-sileiro - trouxe importantes mudanças para os comportamentos dos usuários das vias terrestres públicas e, por conseguinte, para o trânsito brasileiro. Podemos citar o “trân-sito em condições seguras” como sendo um direito de “TODOS” (Art. 1º,§2º), a muni-cipalização do trânsito (art. 8º), a educação para o trânsito como direito de todos e dever dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Trânsito (Art. 74), e a criminalização de algumas condutas (Arts. 302 ao 312 - crimes de trânsito). A legislação de trânsito brasileira como é complexa, dinâmica e com falhas, necessita, sim, ser aprimorada. Podemos dizer assim, que o CTB, o “código cidadão”, é eficien-te em parte. Contudo, podemos comprovar que a falta de educação dos usuários é o fa-tor principal para que a violência no trânsito continue aumentando, a cada ano.

2. qual foi o objetivo da Lei 12.971/2014?Em uma primeira análise, o objetivo do le-gislador através do aumento dos valores das multas de trânsito previstas em algumas in-frações constantes na Lei 9.503/97 (art.s 173, 174, 175, 192, 202 e 203), bem como o aumen-to de penas privativas de liberdade e a criação de qualificadoras para alguns tipos penais de trânsito, foi tentar inibir condutas considera-das perigosas, objetivando combater a violên-cia do trânsito.Medidas imediatistas, como as alterações atra-vés de Leis, poderão momentaneamente atin-gir seu objetivo, porém, como já foi dito, sem educação para o trânsito, não conseguiremos reduzir a mortandade no trânsito brasileiro.

3. A Lei 12.971/2014 altera infrações de trânsito e modifica alguns artigos que tratam sobre crimes previstos no CTB. quais pontos o senhor destacaria? A Lei 12.971/2014 foi a 21ª alteração na Lei 9.503/97, em 16 anos de sua vigência. Pos-suindo apenas dois artigos, a nova legislação modifica dois capítulos do CTB (XV e XIX), alterando a parte administrativa e a parte cri-minal (geral e especial). Na parte administrativa constatamos o aumento dos valores das multas de trânsito previstas em (06) seis infrações constantes no capítulo XV. O CTB possuía apenas infrações com valores das multas agravadas em (x1), (x3), (x5), tendo ape-nas uma exceção, o artigo 246, sendo agravada

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ENTREVISTA

(x1), (x2), (x3) (x4) e (x5). A Lei 12.971/2014 al-terou os artigos 173, 174, 175 e 191, passando os fatores multiplicadores para (x10).Essa alteração trará consequências complexas, quando da aplicação da penalidade de trânsi-to de suspensão do direito de dirigir, pois não há previsão de agravante (x10) na Resolução 182/2005 do Conselho Nacional de Trânsito, o que poderá impedir a aplicação da penalida-de pelas autoridades executivas estaduais de trânsito, os diretores dos DETRAN´s.A Lei 12.971 também alterou a parte criminal do CTB, sendo 01 (um) artigo na Parte Geral e 04 (quatro) artigos alterados na Parte Especial dos Crimes de Trânsito. Na Parte Geral do Ca-pítulo XIX do CTB, o artigo 292 foi modificado. A pena de suspensão judicial e proibição judi-cial para se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, previstas para alguns crimes de trânsito (artigos 302, 303, 306, 307, 307, parágrafo único e 308), não pode mais ser aplicada, como pena principal, aos crimes de trânsito.Na Parte Especial do Capítulo XIX, que trata dos “Crimes em Espécie” tivemos o aumento de penas privativas de liberdade de alguns crimes de trânsito, bem como a introdução de qualifi-cadoras em alguns tipos penais, o surgimento da pena de reclusão, o que, certamente, não irá frear o cometimento dos crimes de trânsito.

4. Em quais situações a punição penal dos condutores que cometem crimes de trânsito foi ampliada?A pena prevista para o crime previsto no artigo 302 era detenção, sendo, agora, reclusão. Não havia a forma qualificada para o “homicídio culposo de trânsito”, o que aconteceu através da Lei 12.971/2014, introduzindo o parágrafo 2º ao artigo 302. Contudo, essa alteração trou-xe um sério problema embutido, causando uma situação complexa, pois promoveu um conflito de normas entre o artigo 302,§2º e o artigo 308 do CTB.Vejamos o exemplo: um cidadão que cometer um homicídio culposo de trânsito, compro-vando-se que estava com sua capacidade psi-comotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, deverá ser responsa-bilizado pelo delito tipificado no §2º, do art. 302 do CTB, ou seja, será beneficiado, pois, em muitos casos, os causadores respondiam por homicídio doloso (Dolo Eventual). Pode-rão ser beneficiados, também, os que já foram condenados, o que é um retrocesso.No crime do artigo 308, vulgarmente conhe-cido como “racha”, o legislador promoveu várias mudanças. Antes da Lei 12.971/2014, esse tipo penal era um crime de perigo abs-

(...) a legislação de trânsito brasileira como é complexa, dinâmica e com falhas, necessita, sim, ser aprimorada. Podemos dizer assim, que o CtB, o “código cidadão”, é eficiente em parte.”

TC Moura

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sendo que o normal, nessas hipóteses, é o afastamento do perigo e a responsabilização pelo resultado;(b) Enquanto o crime do artigo 308, §1º do CTB, com lesão corporal grave culposa, prescreve pena de reclusão de 03 a 06 anos; o crime do artigo 129, §1º, lesão corporal grave dolosa, tem pena de 01 a 05 anos de reclusão. Novamente temos uma conduta culposa com pena superior a de uma dolosa; (c) A redação do artigo 308, §2º do CTB é idênti-ca a do artigo 302, §2º, colocando-os em nítido conflito, tornando a primeira figura inaplicável.

6. As alterações no CTB podem ser con-sideradas um avanço? Podemos dizer que houve um pequeno avanço. Houve uma tentativa de melhora, que poderia ser bem mais objetiva e eficaz. Precisamos ter um Código Penal de Trânsito separado do Código de Trânsito Brasileiro, com ocorre na Espanha, por exemplo.

7. quais dicas você deixa para os concur-seiros sobre essas modificações?Os concurseiros devem ficar atentos para to-das as alterações promovidas na Lei 9.503/97. Como dica, recomendo o estudo mais deta-lhado dos capítulos (todos do CTB): III, VII, IX, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII XIX.

ENTREVISTA

trato, necessitando “gerar um perigo poten-cial a incolumidade pública ou privada”, para que houvesse o enquadramento no tipo penal do artigo 308 do CTB, pois do contrário, seria apenas uma infração administrativa, descrita no artigo 174 do CTB. O caput do artigo foi al-terado, sendo acrescido “gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada”.O legislador também ampliou a pena pri-vativa de liberdade do caput do artigo 308. Assim, os artigos 306 e 308 caput passam a ser os únicos crimes de trânsito com a pena privativa de liberdade, com o máximo de três anos de detenção, sem agravante. Ainda fo-ram inseridas duas formas qualificadoras, previstas nos parágrafos §1º e 2º, com suas respectivas penas aumentadas em relação aos demais crimes de trânsito.

5. Alguns juristas contestam a redação da nova lei. qual é o possível equívoco?O legislador não foi feliz ao promover a redação do §2º do artigo 302 do CTB. Em um mesmo dispositivo legal aglutinou os crimes previstos nos artigo 306 e 308 do CTB, o que poderá tra-zer problemas para a interpretação correta do crime cometido. Assim, a inovação introduzi-da pela legislação causa questionamentos: (a) No artigo 308, estamos diante de um cri-me de perigo que se qualifica pelo resultado,

Confira aqui a redação da Lei nº 12.971/2014 na íntegra: A Lei nº 12.971/2014, que altera o Código de Transito Brasileiro, está contemplada no Curso Legislação Penal Especial, com aulas ministradas pelo Tenente Coronel Moura.

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EXAME DE ORDEM

Saiba o que pode e o que não pode depois de tirar

a carteirinha da OAb Por Ana Laranjeira

de bomadvogado

Um exemplo

MATÉRIA PUBLICADA NAEDIÇÃO 13 - ABRIL/2014

RETROSPECTIVA 2014

MELHORES DO ANO

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 23

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EXAME DE ORDEM

Você ralou para ser aprovado no Exame de Ordem, comemorou com a família, vibrou porque poderá trabalhar na área e prestar concurso para carreiras jurídicas. Livre da faculdade, livre da tensão do exame, livre, livre, livre! Mas calma. Não dá para sair por aí exercendo a profissão do jeito que quiser ou bem entender. As condutas de todos os

advogados perante os órgãos da administração pública, seus colegas, clientes e demais população brasileira devem (dentre outros diplomas legais) respeitar a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994 (Es-tatuto da OAB), bem como, o respectivo Código de Ética e Disciplina.

O professor de Ética do CERS, Paulo Machado, lida diariamente com situações em que a apli-cação do Código se faz necessária. Portanto, convidamos o mestre para listar o que ele considera os dez mais importantes princípios do Código, comentando cada um deles. Se você pretende exercer a profissão com responsabilidade, vale a pena acompanhar as colocações do especialista.

1 - EMPEnhAR-SE, PERMA-nEnTEMEnTE, EM SEU APER-fEIÇOAMEnTO PESSOAL E PROfISSIOnAL:Deontologia Jurídica nos ensina que o advo-gado nunca deve parar de estudar e traba-lhar, mas, por outro lado, também recomen-da a prática de atividades físicas, culturais ou quaisquer outras que venham a trazer o seu bem-estar para, consequentemente, poder desempenhar o seu mister da melhor maneira.

2 - ESTIMULAR A COnCILIAÇÃO EnTRE OS LITIGAnTES, PREVE-nInDO, SEMPRE qUE POSSíVEL, A InSTAURAÇÃO DE LITíGIOS:Erra quem pensa que ao advogado cabe so-mente o combate judicial. Ao contrário disso, o CED determina que, sempre que o advogado estiver diante de direitos disponíveis, deve o profissional conversar com o seu cliente sobre uma eventual proposta de acordo. Sabemos que o Poder Judiciário está sobrecarregado de ações cujos litígios poderiam ter sido resolvi-dos na fase pré-processual, razão pela qual o advogado deve ter cada vez mais essa consci-ência de evitar processos desnecessários.

3 - ABSTER-SE DE EnTEnD-ER-SE DIRETAMEnTE COM A PARTE ADVERSA qUE TEnhA PATROnO COn-STITUíDO, SEM O ASSEnTI-MEnTO DESTE:É muito comum encontrarmos advo-gados que, levando em consideração o princípio tratado no tópico anterior, ansiosos em apresentar a proposta de acordo para a outra parte, procurar por ela diretamente, sem que se faça atra-vés de advogado. Em outras palavras, em atenção a princípio ora comentado, a tentativa de acordo deve ser feita entre os advogados das partes – a não ser que o advogado de uma das partes autorize que o seu “ex adverso” converse direta-mente com o seu cliente.

4 - O ADVOGADO DEVE InfORMAR O CLIEnTE, DE fORMA CLARA E In-EqUíVOCA, qUAnTO A

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EXAME DE ORDEM

EVEnTUAIS RISCOS DA SUA PRETEnSÃO, E DAS COnSE-qUênCIAS qUE PODERÃO AD-VIR DA DEMAnDA:

Este princípio tem grande relevância nos dias de hoje, sobretudo pelo crescimento do instituto da responsabilidade civil do advo-gado. Se há algumas décadas, tal dever já era importante, na atualidade, podemos dizer que todo cuidado é pouco quando realizamos reu-niões com o cliente. Quando estivermos diante de um caso em que o direito do cliente é mui-to bom, mesmo que em nosso íntimo saibamos que “a causa está garantida”, recomenda-se nunca dizer isso ao cliente. Podemos dizer que o direito dele é muito bom, mas devemos sempre explicar os riscos que poderão advir, como um eventual entendimento diferente do juiz que irá julgar, da defesa que pode trabalhar o processo com recursos e gerar uma prescrição, etc.

5 - O ADVOGADO nÃO DEVE ACEITAR PROCURAÇÃO DE qUEM Já TEnhA PATROnO COnSTITUíDO, SEM PRÉVIO COnhECIMEnTO DESTE, SALVO POR MOTIVO JUSTO OU PARA ADOÇÃO DE MEDIDAS JUDICI-AIS URGEnTES E InADIáVEIS:

Quando um advogado é procurado por um cliente que já tenha constituído outro patrono para a causa que está em andamento, além de avaliar se realmente quer aceitar a causa, deve ter muito cuidado ao aceitar a procuração. Em-bora não esteja de forma expressa no Código

de Ética, a praxe é que o novo advogado peça um substabelecimento sem reserva de poderes ao antigo advogado – ou então que este renuncie aos poderes recebidos. Se o antigo patrono não quiser fazer ne-nhuma dessas duas opções, deve o novo advogado orientar o cliente a revogar os poderes e fazer uma nova procuração.

6 - A REnúnCIA AO PA-TROCínIO IMPLICA OMISSÃO DO MOTIVO E A COnTInUIDADE DA RE-SPOnSABILIDADE PROfIS-SIOnAL DO ADVOGADO OU ESCRITóRIO DE ADVO-CACIA, DURAnTE O PRA-zO ESTABELECIDO EM LEI; nÃO ExCLUI, TODAVIA, A RESPOnSABILIDADE PELOS DAnOS CAUSADOS DOLO-SA OU CULPOSAMEnTE AOS CLIEnTES OU A TERCEIROS:

Renúncia é o nome que se dá ao ato do advogado que está desistindo dos po-deres outorgados por seu cliente. Para tanto, o CED dispensa o motivo. Por ou-tro turno, o Estatuto da Advocacia exi-ge que o advogado permaneça atuando na causa por 10 dias, a contar da ciência dada ao cliente. Essa ciência ocorrerá, preferencialmente, por carta com aviso de recebimento, podendo, entretanto, se dar por meio de assinatura do próprio cliente na peça de renúncia.

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EXAME DE ORDEM

7 - OS ADVOGADOS InTEGRAnTES DA MESMA SOCIEDADE PROfISSIOnAL, OU REUnIDOS EM CARáTER PERMAnEnTE PARA COOPERAÇÃO RECíPROCA, nÃO PODEM REPRESEnTAR EM JUízO CLIEnTES COM InTERESSES OPOSTOS:

É comum os advogados se organizarem para juntos constituírem sociedades de advogados ou simplesmente dividirem as despesas fixas de um escritório. Nesses casos, todo cuidado deve se ter para que os integrantes não patrocinem clientes que tenham interesses opostos.

8 - SOBREVInDO COnfLITOS DE InTERESSE EnTRE SEUS COn-STITUInTES, E nÃO ESTAnDO ACORDES OS InTERESSADOS, COM A DEVIDA PRUDênCIA E DISCERnIMEnTO, OPTARá O ADVOGA-DO POR UM DOS MAnDATOS, REnUnCIAnDO AOS DEMAIS, RES-GUARDADO O SIGILO PROfISSIOnAL:

Quando o advogado está atuando em uma ação de divórcio consensual, por exemplo, ele pode estar representando o marido e a mulher sem que esteja incorrendo no crime de patro-cínio simultâneo (art. 355, CP). Acontece que o divórcio amigável pode vir a se converter em litigioso. Assim, não poderá o mesmo advogado continuar com os dois constituintes. Daí surge a dúvida: com quem o advogado deve ficar? Inicialmente, a escolha cabe aos próprios clientes. Subsidiariamente, caso os clientes não queiram abrir mão do advogado, a escolha é do advo-gado, que, com prudência e discernimento, fará a opção, guardando o sigilo das informações obtidas em relação ao outro.

9 - O ADVOGADO DEVE ABSTER-SE DE PATROCInAR CAUSA COnTRáRIA à ÉTICA, à MORAL OU à VALIDADE DE ATO JURíDI-CO EM qUE TEnhA COLABORADO, ORIEnTADO OU COnhE-CIDO EM COnSULTA; DA MESMA fORMA, DEVE DECLInAR SEU IMPEDIMEnTO ÉTICO qUAnDO TEnhA SIDO COnVIDADO PELA OUTRA PARTE, SE ESTA LhE hOUVER REVELADO SEGREDOS OU OBTIDO SEU PARECER. (...) É DIREITO E DEVER DO ADVOGADO ASSUMIR A DEfESA CRIMInAL, SEM COnSIDERAR SUA PRóPRIA OPInIÃO SOBRE A CULPA DO ACUSADO:

Neste item estamos diante de uma regra, que está no primeiro parágrafo e corresponde ao art. 20 do CED, e de uma exceção, que corresponde ao art. 21 do CED. Digamos que a regra é a

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EXAME DE ORDEM

de que os advogados – de um modo geral – devem abster-se de patrocinar as causas que sejam contrárias à ética, à moral ou à validade de ato jurídico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ético quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer. E quando falamos que é a regra, é porque tal determinação cabe aos advogados que atuem nas mais diversas áreas do Direito.

10 - O SIGILO PROfISSIOnAL É InEREnTE à PROfISSÃO, IMPOn-DO-SE O SEU RESPEITO, SALVO GRAVE AMEAÇA AO DIREITO à VIDA, à hOnRA, OU qUAnDO O ADVOGADO SE VEJA AfROnTA-DO PELO PRóPRIO CLIEnTE E, EM DEfESA PRóPRIA, TEnhA qUE REVELAR SEGREDO, PORÉM SEMPRE RESTRITO AO InTERESSE DA CAUSA:

Saibam que todas as informações que o advogado souber no exercício da profissão devem ficar acobertadas pelo sigilo. Acrescente-se que a obrigação de guardar o sigilo surge indepen-dentemente de ser passada procuração ao advogado ou de ser assinado um contrato.

Entretanto, o próprio art. 25 traz as exceções, ou seja, os casos em que se admite a re-velação do segredo: defender a vida ou a honra de alguém ou quando o cliente afrontar o advogado. Ressalte-se que, em depoimentos judiciais existe proibição expressa para o depoimento do advogado, quando as informações forem obtidas no exercício da advocacia. Por fim, é permitido ao advogado utilizar informações sigilosas para a defesa do cliente (em petições e sustentação oral), desde que haja autorização pelo cliente.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 27

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REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014

CAAP

notíciaquente

Diversas oportunidades de ingressar no serviço público, importantes atualizações no material de

estudos e novos projetos implantados pelo CERS. Sim, o saldo de 2014 foi positivo.

Por MAnoeLA MoreirA

PositivoBalanço

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 28

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matéria de capa

Não tem como evitar. Final de ano é sinônimo de retrospec-tiva, relembrar os acontecimento dos últimos 12 meses e avaliar as experiências vividas. Será que fizemos as escolhas certas? Realizamos tudo o que planejamos? E o que mais marcou?

No universo dos concursos públicos, mesmo com as incer-tezas da área devido a Copa do Mundo e as eleições, o saldo foi positivo. Quanto ao material de estudos, a atualização precisou ser constante com as diversas e relevantes leis aprovadas. E para o CERS Cursos Online, um ano de novos projetos e a sensação de dever cumprido!

COnCURSOS PúBLICOS“Considerando a realização da Copa do Mundo e as elei-

ções, podemos dizer que, no geral, 2014 não foi um ano tão bom quanto 2013, mas ficou dentro do esperado e finalizou com um saldo positivo”, define o coordenador pedagógico do CERS Cur-sos Online, Rodrigo Bezerra.

Os dois eventos ocorridos no Brasil já vinham sendo apon-tados como possível entrave para a abertura de novos concursos públicos. De fato, durante esses períodos, houve um esfriamen-to nos processos seletivos, mas logo em seguida, muitas oportu-nidades surgiram. A área jurídica, com certames para tribunais, magistratura e defensorias públicas, apresentou opções inte-ressantes. Assim como a abertura de vagas para a Polícia Civil.

Como destaque, Bezerra aponta o concurso da Polícia Civil de Minas Gerais, com 1 mil vagas para investigador, e o do Ce-ará com oportunidades para os cargos de delegado, escrivão e inspetor.

A seletiva para agente da Polícia Federal gerou muita ex-pectativa nos concurseiros, e um pequeno susto também. Em novembro, o certame sofreu uma suspensão temporária, mas de curto prazo, o que não atrapalhou o andamento do processo, já que as datas das provas se mantiveram inalteradas.

A decepção do ano, se pudermos avaliar assim, foi o certa-me para escrevente técnico do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP). Estavam previstas cerca de 1.200 vagas, e apenas 400 foram abertas no edital. Isso após a divulgação ser adiada algu-mas vezes.

a área jurídica, com certames para tribunais, magistratura e defensorias públicas, apresentou opções interessantes. assim como a abertura de vagas para a Polícia Civil.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 29

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matéria de capa

Quem está interessado no concurso do INSS, tão divulgado e aguardado, vai preci-sar esperar um pouco mais. Previsto para o segundo semestre de 2014, o edital só deve ser publicado no início de 2015. Apesar de ser uma notícia negativa para os ansiosos, tam-bém significa mais tempo para os retardatá-rios colocarem os estudos em dia.

Mas 2015 vem aí, e a grande promessa é uma maior quantidade de concurso para tri-bunais (TJ, TRF, TRT), já que esse ano foi regu-lar na avaliação do professor Rodrigo.

Podemos citar ainda na lista dos certames aguardados o para auditor fiscal do trabalho (AFT), e o concurso da Procuradoria da Fazen-da Nacional com 250 vagas. “Caso se consolide a redução do orçamento público, talvez o ano de 2015 não seja tão positivo para concursos públicos”, avaliou Rodrigo Bezerra. É apostar pra ver. E até lá é bom continuar focado nos es-tudos para não perder nenhuma chance.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRANo tocante a legislação brasileira, tivemos

importantes leis aprovadas este ano, mas ou-tras também significativas ficaram faltando, a exemplo do Código de Processo Civil e Penal. Muitas delas foram temas abordados nas úl-timas edições da Revista Edital, por meio de artigos assinados pelos professores do CERS, entrevistas e até matéria de capa. Reunimos aqui algumas relevantes leis publicadas, sem intenção de apresentar uma listagem conclu-siva, que vale a pena uma pesquisa e leitura mais aprofundada.

Lei 12.955 - Estabelece prioridade de tra-mitação aos processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com de-

ficiência ou com doença crônica.

Lei 12.961 - Dispõe sobre a destruição de drogas apreendidas.

Lei 12.962 - Assegura a convivência da criança e do adolescente com os pais privados de liberdade.

Lei 12.965 - Estabelece princípios, garan-tias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.

Lei 12.966 – Altera a Lei da Ação Civil Pú-blica para incluir a proteção à honra e à digni-dade de grupos raciais, étnicos ou religiosos.

Lei 12.978 - Classifica como hediondo o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.

Lei 12.980 - Institui o Regime Diferencia-do de Contratações Públicas (RDC) e dá outras providências.

Lei 12.999 - Reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos reali-zados pela União.

Lei 13.008 – Altera o Código Penal no to-cante aos crimes de contrabando e descaminho.

Lei 13.010 - Estabelece o direito da crian-ça e do adolescente de serem educados e cui-dados sem o uso de castigos físicos ou de tra-tamento cruel ou degradante.

Lei 13.015 - Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para dispor sobre o proces-samento de recursos no âmbito da Justiça do Trabalho.

Lei 13.046 - Obriga entidades a terem, em seus quadros, pessoal capacitado para re-conhecer e reportar maus-tratos de crianças e adolescentes.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 30

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matéria de capa

CERS CURSOS OnLInE“Foi um ano de muito trabalho. Seja na realização de even-

tos e criação de projetos, seja no processo de profissionaliza-ção e crescimento da empresa, em que investimos em pessoas e equipamentos, sempre pensando no sucesso e satisfação do nosso cliente”.

Esse foi o balanço 2014 avaliado pelo diretor pedagógico do CERS Cursos Online, Renato Saraiva. Entra ano, sai ano, o complexo de ensino está sempre inovando e expandindo as suas atividades. E este ano não foi diferente.

A realização do I Congresso Jurídico Online de Ciências Criminais é um exemplo. O evento foi uma ruptura com o mo-delo tradicional vigente, reunindo mais de 60 mil participantes e os maiores criminalistas do Brasil em uma experiência educa-cional interativa e empolgante, com a utilização dos mais avan-çados meios tecnológicos existentes.

Outra iniciativa marcante deste ano foi o lançamento do aplicativo CERS no Bolso, que irá facilitar muito a interação e participação dos alunos nos eventos ao vivo. “Destaco ainda a concretização da parceria com a Universidade Estácio, onde juntos desenvolveremos a maior e melhor pós-graduação onli-ne jurídica do Brasil. Por último, iniciamos o trabalho de desen-volvimento de uma nova plataforma, destinada para empresas. Mas essa é uma novidade para o próximo ano”, revelou Renato Saraiva, deixando um suspense no ar.

Para continuar expandindo, é preciso primeiro arrumar a casa. Podemos dizer que esse foi o fio condutor das melhorias realizadas na empresa. A contratação de gestores experientes e o treinamento dos colaboradores, principalmente na utilização de ferramentas que possibilitem a excelência em atendimento ao cliente, permitiram a profissionalização dos processos internos.

“Apesar do ano de 2014 ter sido atípico em função da copa do mundo e das eleições, atingimos nosso objetivo com o crescimento do faturamento, do numero de alunos e produtos ofertados. Toda-via, o grande objetivo do ano de 2014 para o CERS era a profissio-nalização da empresa, com investimento em pessoas, plataformas e novas ferramentas tecnológicas, objetivando a prestação de um serviço de excelência para o nosso cliente”, avaliou.

Foi um ano de muito trabalho. seja na realização de eventos e criação de projetos, seja no processo de profissionalização e crescimento da empresa, em que investimos em pessoas e equipamentos, sempre pensando no sucesso e satisfação do nosso cliente”Renato Saraiva

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matéria de capa

Para isso, a equipe de tecnologia da informação (TI) foi reformulada e ampliada, o que possibilitou inaugurar uma nova plataforma do CERS, totalmente moderna e apta a atender aos mais de 100 mil alunos ativos. O inves-timento na compra de equipamentos permitiu ainda que doravante todos os vídeos sejam gravados em alta defini-ção (HD). Um novo player de visualização das aulas está sendo implantado para que os vídeos sejam automatica-mente adaptados à velocidade de conexão da internet do usuário, fazendo com que mais pessoas tenham acesso às aulas, mesmo não possuindo uma internet banda larga.

O ano de 2014 ainda marcou os 5 anos do CERS. Uma empresa que começou como um sonho de uma única pes-soa, no formato presencial, e se transformou em uma re-alidade acessível para milhares de alunos em todo o Brasil via online. Uma verdadeira mudança de paradigma e de-mocratização do ensino. Hoje, o CERS não é apenas um curso online como tantos outros. É um complexo de ensi-no com os mais variados produtos: Portal CERS, Carreira Jurídica, Exame de Ordem, CERS TV, Revista Edital, CERS Editora, CERS no Bolso, Pós CERS Estácio, Congressos Ju-rídicos. Ufa!

Este ano acabou, mas o trabalho continua. Agora, é hora de fazer o planejamento estratégico para os próximos cinco anos.

MEnSAGEM fInAL“Queria desejar um Natal de paz e harmonia para todos

os nossos alunos e leitores, e um ano de 2015 maravilhoso, de conquistas e realizações. Estamos trabalhando duro para que em 2015 o CERS possa ajudar outras milhares de pessoas a realizar o sonho profissional de passar em um concurso públi-co, ou mesmo de ser aprovado no exame de ordem. Feliz 2015! Vamos juntos!”

Renato Saraiva

o ano de 2014 ainda marcou os 5 anos do CERs. Uma empresa que começou como um sonho de uma única pessoa, no formato presencial, e se transformou em uma realidade acessível para milhares de alunos em todo o Brasil via online.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 32

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LIVRO: Coleção Tribunais – Direito Civil (Analista e Técnico)AUTORES: Cristiano SobralEDIÇÃO: Lançamento 2014núMERO DE PáGInAS: 519EDITORA: CERS EDITORA

SUGESTÕES

LEITURA

NO AR

EVENTOS

Mesa Redonda – 2ª fase do XV Exame de Ordem Data: 11 de janeiro de 2015Local: OnlineA segunda fase do XV Exame de Ordem da OAB acontece no próximo dia 11 de janeiro. E como sempre, o CERS e o Portal Exame de Ordem vão divulgar em primeira mão os comentários da prova. A Mesa Redonda será transmitida ao vivo pela internet em link a ser divulgado no site e nas redes sociais. Fiquem ligados, vem novidade por aí!

Sinopse: Neste oitavo volume, o leitor vai encontrar o conteúdo revisto e atualizado dos principais programas de Direito Civil abordados nos editais de concursos para TJs, TRFs, TREs, TRTs. De autoria de Cristiano Sobral, este lançamento inclui teoria direcionada, resumos esquematizados e questões comentadas relacionadas à matéria de cada capítulo. A obra integra a primeira coleção de livros digitais voltados à preparação para concursos de Técnico e Analista de Tribunais.

Comentário do autor: “Com este livro, o aluno está coberto para realizar qualquer concurso de tribunal. Ele apresenta fluxogramas e quadros de atenção, pois o candidato precisa saber de algumas palavras de forma direta. A obra representa a união de leis, doutrinas e jurisprudência. E por ser digital, está em constante atualização”.

fACEBOOk.COM/CERSTV

Confira os programas destaque no CERS TV:

PAPEAnDO COM PAMPLOnA #12 | APOSEnTADORIA

VEnCEDORES #03

InfORMATIzAnDO #08 | PESqUISA nO GOOGLE

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 33

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EXPLORANDO A MATÉRIA

Presente em todos os editais de concursos públicos, a disciplina pode trazer surpresas

e cascas de banana nas provas elaboradas

pelas mais diversas bancas

Por AnA LArAnjeirA

APortuguesa Língua Socorro!

BEZERRARODRIGO

COM

Língua materna dos brasileiros, o Português pode parecer simples para quem ouve, mas na hora de mer-gulhar em suas nuances, no conteúdo gramatical e interpretação de texto, “o bicho pega”! Presente em todos os editais de concursos, as regras e exceções da língua portuguesa precisam ser dominadas por todos aqueles que tentam uma chance no serviço público. Para montar um panorama geral de como a disciplina pode atrapalhar ou ajudar nas notas finais, conversa-mos com o professor do CERS Cursos Online Rodrigo Bezerra. Nas próximas linhas, você acompanha as di-cas e sugestões que ele dividiu conosco.

me pegou

RETROSPECTIVA 2014

MELHORES DO ANO

MATÉRIA PUBLICADA NAEDIÇÃO 16 - JULHO/2014

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 34

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EXPLORANDO A MATÉRIA

O BIChO PAPÃO“Todo estu-

dante teme re-gência”. A frase do professor Ro-drigo foi cate-górica quando perguntamos o assunto que mais incomoda os concurseiros. Segundo ele, dominar todos os casos e regras que versam sobre o conjunto de relações entre as palavras é quase impossível. “Muitas vezes, para responder uma pergun-ta sobre regência, se faz necessária consulta ao dicionário, pois é co-mum se deparar com uma regência que você nunca viu antes”, completa Bezerra.

CASCAS DE BAnAnA O professor atenta ainda para um

detalhe importante: as bancas ten-dem a fazer “pegadinhas” com os as-suntos referentes à sintaxe de concor-dância. “É preciso ter muito cuidado. Muitos candidatos costumam con-fundir o sujeito com outros termos da oração, caindo nas cascas de banana armadas pelas bancas”, diz ele.

O JEITO CERTOVocê sabia que existe um jeito

certo de estudar Português? Se-gundo Bezerra, a aprendizagem da língua e sua gramática exige uma sequência lógica. “É preciso co-meçar pelo conteúdo de morfologia e caminhar até che-gar à sintaxe, tentando correlacionar os assuntos para entendê-los em sua completude”, afirma o professor. Dessa forma, o estudante consegue criar um mapa men-tal da estrutura das palavras e frases, o que vai ajudá-lo a resolver questões mais complexas.

O RARO E O COMUMDentro do amplo conteúdo de Língua Portugue-

sa cobrado em provas, questões com interpretação de texto estarão presentes em 100% dos casos. “As ban-cas sempre introduzem enunciados com interpreta-ção de texto. Lembro-me apenas de um caso, uma prova do Tribunal de Justiça da Bahia em 2005, em que a banca deu preferência quase absoluta às ques-tões de gramática, mas ainda assim a interpretação de texto se fez presente. Fora este caso específico, as bancas costumam equilibrar”, lembra Bezerra.

Outro tema recorrente e indispensável é sintaxe. Para quem não se sente à vontade com as regrinhas para a construção de frases, o professor afirma que “não tem para onde correr, ao abrir a prova, a sintaxe estará lá”. Em con-traponto, as teo-rias sobre fonética, fonologia e figuras de linguagem rara-mente aparecem.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 35

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EXPLORANDO A MATÉRIA

InTERPRETAÇÃO DE TExTO E REDAÇÃO

“Ler constantemente, todos os estilos de textos, so-bre os mais diversos assuntos”. Essa é a dica do mestre para quem pretende se sair bem nas questões de inter-pretação de texto e nas redações para concurso. E aí vale ler de tudo, jornais, revistas, romances e até bula de re-médio! Brincadeiras à parte, isso servirá para que a pro-va não te surpreenda com estilos de textos que você não domina. Por isso, é preciso estar sempre praticando.

Sobre os temas da redação, Rodrigo observa que as bancas costumam assumir diferentes abordagens entre seleções de nível médio e superior. “Para chances de ana-lista, é comum que tópicos relacionados aos conhecimen-tos específicos do cargo virem tema. Já em provas para técnicos, as organizadoras geralmente pedem ao candida-to que discorra sobre assuntos da atualidade”, afirma ele.

ESTEJA nO DOMínIO Estudar e dominar a Língua Portuguesa exige tempo,

mas com uma boa orientação e bons materiais didáticos é possível construir uma base sólida. “Acredito que com uma dedicação diária, cerca de duas horas, e resolução de questões, em seis meses o candidato já consegue enfrentar a prova do concurso com relativa segurança. Mas o estudo da língua precisa ser constante”, frisa Bezerra.

Para fugir das armadilhas que a disciplina pode criar para o candidato, o CERS oferece o “Curso de Língua Por-tuguesa Começando do Zero”, e ainda o programa gra-tuito do CERSTV “Café com Letras”, ambos comandados pelo professor Rodrigo Bezerra. Confira todo o conteúdo disponível no site do CERS Cursos Online e boa prova!

É preciso começar pelo conteúdo de morfologia e caminhar até chegar à sintaxe, tentando correlacionar os assuntos para entendê-los em sua completude”

Rodrigo Bezerra

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REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014

PE

LFR

I

Geovane MoraesO Mundo de

Nordestino no sangue, na fala e na raça, o professor

de Direito Penal abre o livro da vida e divide conosco sua incrível

história de superação e conquistas

Por Ana Laranjeira

RETROSPECTIVA 2014

MELHORES DO ANO

MATÉRIA PUBLICADA NAEDIÇÃO 12 - MARÇO/2014

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 37

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PERFIL

Um menino correndo sem rumo, de pés des-calços na terra batida. Foi assim que imaginei o pequeno Geovane Moraes ao ouvir a versão adul-ta dele mesmo me falar da sua infância. Nascido em uma família tradicional do interior nordesti-no, brincou de conhecer o mundo no curto cami-nho entre o Crato (CE) e Serra Talhada (PE). Mas este mundo que Geovane conheceu e desbravou foi além das paisagens e fronteiras geográficas, deixou muito mais do que álbuns de fotografia e lembranças de uma época. Esse mundo, que transcende o tempo, as distâncias e aparências, está estampado nas expressões do seu rosto, no olhar sábio e profundo, no tratar com o outro, na polidez e graça de suas palavras. Um menino do mundo. Um mundo nesse menino.

UM PÉSSIMO ALUnOPara o pequeno Geovane, ir para a escola não

parecia a parte mais divertida do dia. Na verda-de, ele detestava assistir aulas e, hoje, assume ter sido um péssimo aluno. “Minha cidade na-tal era repleta de rios, açudes e trilhas. A minha diversão era pescar, andar de bicicleta na Serra do Araripe... Isso sim era o tipo de coisa que me interessava. Só despertei para os estudos muito mais tarde”, diz.

O despertar chegou com as nuances sedu-toras de uma história, nas páginas de um livro, o primeiro de muitos outros que viriam em conse-quência dessa nova paixão. O rapto do garoto de ouro, de Marcos Rey, foi a leitura sugerida pela professora do ensino fundamental para abrir a sequência de obras que deveriam habitar sema-nalmente a mesa de cabeceira daquele aluno, até então indisciplinado. O conto investigativo nu-triu em Geovane uma saudável curiosidade pelo estilo literário e o interesse por outras disciplinas ensinadas na escola. A partir daí, o estigma do aluno ruim se desmanchava.

OUTRAS PERSPECTIVASComo nas histórias, o menino, que

logo virou adolescente, queria aventuras. E o Crato era pequeno demais para os seus sonhos. Ele precisava trabalhar e desejava estudar em uma boa universidade. A ca-pital, sim, parecia o lugar certo para criar melhores chances. Então Fortaleza foi o destino do nosso protagonista que, sem dinheiro, começou a nova vida dividin-do apartamento com amigos. Enquanto estudava para o vestibular, Geovane dava aulas particulares para alunos da 5ª e 6ª séries. Foi assim que descobriu um talento surpreendente para o magistério e a pos-sibilidade de levantar verba para ganhar independência dos pais, que ainda ajuda-vam nas despesas.

Ainda assim, o futuro parecia um bi-cho-papão assustador, com suas incertas possibilidades de fracasso ou sucesso. Des-te modo, a escolha do curso superior veio precipitada. “Decidi cursar História sem pensar muito, por motivos equivocados. Nessa época eu era imaturo demais. Quan-do percebi o erro, desisti no meio do cami-nho”, afirma o professor.

A frustração com as experiências vi-vidas na capital cearense fez crescer o de-sejo por mudanças radicais. Para que você, caro leitor, consiga entender a intensida-de desse desejo, lembro aqui a definição da palavra “radical” no dicionário: um sensível afastamento do que é tradicio-nal ou usual; extremado; brusco; violen-to; difícil; que exige destreza, perícia e/ou coragem. E assim foi. Geovane encheu os pulmões com radicalismo e mudou, mais uma vez, de cidade, de área e de vida.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 38

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PERFIL

fAzEnDO DIREITORecife, a metrópole das pontes, dos rios,

mangues e praias. Um novo cenário se con-figurava para a outra metade dessa história. E, para o jovem Geovane Moraes, que acaba-ra de se mudar para a capital pernambucana, aprender era quase um vício. Assim, ele deci-diu estudar as ciências jurídicas. Prestou um novo vestibular e, pouco tempo depois, estava cursando Direito.

A vida, que já não estava fácil, longe da família parecia ainda mais difícil. As contas começaram a acumular. Imagine que nesta fase, ganhar o pão era um pleonasmo humo-rado para o bico de vendedor de bolachas. E vendeu café também. Isso durante a semana, porque nos sábados e domingos rodava a ci-dade em uma Kombi de transporte coletivo gritando na porta os itinerários e arrecadando na pochete o dinheiro das passagens. Para o nosso herói, isso nunca foi motivo de vergo-nha. “Eu era um bom vendedor! E precisava do dinheiro. Esses trabalhos me ajudavam a pagar a feira”, lembra.

Mas o talento de verdade se revelava dian-te da sede por conhecimento. Por muito tempo lecionou em cursinhos pré-vestibulares dan-do aulas de história, pois ainda se identificava com a disciplina. E assim, ser professor pas-sou a fazer parte, definitivamente, das bases de Geovane. Uma escolha para a vida inteira.

DIREITO PEnALO convite para ensinar Direito Penal veio

depois da formatura. Geovane não descre-ve esse acontecimento como destino, sina ou acaso, mas o chama, sim, de sorte, em todo seu contexto emocional e filosófico. “Estavam

precisando de um professor para a grade de aulas de um curso preparatório para concur-sos. Apesar de nunca ter ensinado a discipli-na, encarei o desafio. Foi sorte”, diz.

Explicitamente apaixonado pela educa-ção e escritor frustrado confesso, o mais novo professor de Direito Penal criava exemplos e situações para elucidar a prática da disciplina, como quem cria uma obra de ficção. Inventa-va personagens e enredos, tramas e desfechos, e atraia os olhares curiosos e encantados dos alunos, que mais pareciam crianças absortas aguardando o epílogo de uma fábula de Eso-po. Mas os créditos para este encantamento, ele faz questão de atribuir à própria ciência. “Direito Penal é o Direito da mundiça, o que mais se aproxima do povo, de situações reais, substanciais, atingíveis. É apaixonante”.

PLGG“Existe professor feio, professor bonito e

Professorzinho Lindo Glub Glub!” (risos). A brincadeira começou com esse comentário e acabou no conhecido apelido que já virou mar-ca registrada de Geovane. O PLGG caiu na graça dos alunos e acabou ganhando também a va-riação ALGG, para denominar os discentes, que já fizeram até camisa estampando o apelido.

Nessas pequenas coisas é que Moraes se realiza. “Dar aula é outro mundo. Posso ter qualquer problema, mas quando estou inte-ragindo e passando informação aos alunos me sinto completo”, afirma o professor, que mes-mo ministrando aulas online, cria o máximo de proximidade com aqueles do outro lado da tela. “Quando estou em frente às câmeras, tento enxergar o aluno que está me assistindo em casa, suas reações e possíveis dúvidas so-bre o conteúdo”, diz.

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PERFIL

ARMADORApós tantas dificuldades e alegrias, é com

um sorriso iluminado que esse homem de his-tória marcante fala dos novos planos. Junto a outros dois sócios, Geovane criou a editora Armador, que produz, lança e comercializa obras voltadas para a área do Direito e prepa-ração para concursos. “Isso fecha um ciclo na minha vida”, afirma o mais novo empresário do ramo editorial. Em tempo, quem quiser dar uma olhada nessa empreitada que está dando super certo, é só acessar o site da Editora Ar-mador (www.armador.com.br).

OUTROS GOSTOSAlém das paixões pelos livros e sala de

aula, Geovane admite gostar de videogames. “Sou louco por GTA 5”, diz. A sigla signifi-ca Grand Theft Auto V, nome do videojogo de ação feito para PlayStation 3 e Xbox 360. “Quando não estou tentando recordes neste jogo, chamo os técnicos do CERS, que gravam as aulas comigo, para competir em outros jo-gos durante os intervalos” (risos).

Filmes e séries também ocupam o tem-po do professor e empresário, que assume a predileção por ficções sobre zumbis. Assim, emoção e aventura são exclusividades das te-linhas, pois o protagonista da nossa história real se diz extremamente caseiro. “Sou tímido e retraído na minha vida pessoal e não gosto de exposição”, afirma. Por isso, os fins de se-mana mais ousados são nos mercados muni-cipais, apreciando a culinária regional e a sa-bedoria popular.

Com gosto musical eclético, é possível encontrar na playlist de Geovane Moraes de forró à música clássica, que ele gosta de ou-vir no trajeto das diversas idas e vindas entre Recife e Crato. Ele confessa, inclusive, ter 16 passagens já compradas até o fim do ano para a terra natal, onde corre sempre que possível para visitar a mãe.

fUTUROQuando perguntado sobre o futuro, ele

olha para frente com esperança. “Tenho muita vontade de ter filhos. Na verdade, eu e minha esposa estamos tentando uma gravidez. Mas acredito que é preciso uma mudança de pos-tura da sociedade para que sejamos todos res-ponsáveis pelas futuras gerações. Espero para os meus filhos um mundo em que as pessoas sejam valorizadas pelo conhecimento, cultura e educação que têm, sendo reconhecidas pe-los próprios méritos”.

Parafraseando o poeta pernambucano Chico Bezerra, Geovane encerrou o as-sunto como de costume, mandando “Um cheiro para quem for de cheiro e um abraço para quem for de abraço”. E, diante dessa personalidade cativante, nós é que ficamos com um gostinho de quero mais e a sensa-ção de que essa matéria foi “mais rápida do que coice de preá”.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 40

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REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 18 > SETEMBRO 2014

Com a solicitação de abertura de concurso

público para 250 vagas de procurador,

a preparação para o certame deve ser

imediata..Por MAnoeLA MoreirA

PLANTÃO

FazendaProcuradoria

da

Nacional

MATÉRIA PUBLICADA NAEDIÇÃO 18 - SETEMBRO/2014

RETROSPECTIVA 2014

MELHORES DO ANO

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 41

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Plantão

Ainda no aguardo de autorização, o concurso da Procuradoria da Fazenda Nacional deve ocorrer no primeiro semestre de 2015. Para concorrer à carreira é necessário possuir bacharelado em Direito, registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e pelo menos dois anos de prática forense.

O último certame, realizado em 2012, foi formado por cinco etapas: prova objetiva, provas discursivas (com elaboração de peça judicial e parecer), avaliação oral, análise de títulos, e sindi-cância de vida pregressa. A prova objetiva foi composta de 100 questões, exigindo maior conhe-cimento sobre as disciplinas de direito constitucional (20 questões), direito tributário (20), direito processual civil (20), direito financeiro e econômico (10) e direito administrativo (10), entre outras.

As questões exigidas nas provas da ESAF, organizadora da seleção, normalmente são divididas em vários itens para se apontar verdadeiro ou falso. O concurso não é simples. Em média, o núme-ro de candidatos aprovados para oral é até quatro vezes a quantidade de vagas abertas.

CARREIRAA Procuradoria da Fazenda Nacional (PFN)

é uma das três carreiras da Advocacia Geral da União (AGU), e tem como missão defender o Erário e cobrar os débitos inscritos em dívida ati-va. O procurador da Fazenda Nacional é um ad-vogado público que atua na área tributária para cobrar judicialmente débitos fiscais não quitados perante a União. A PFN também atua como órgão de assessoramento jurídico, ao elaborar parecer de licitação e contratos, por exemplo. A remune-ração inicial da categoria é de R$ 16.489,37, che-gando a R$ 21.424,30 na classe especial.

DIREITO TRIBUTáRIOPara o professor de Direito Tributário do

CERS Renato de Pretto, um estudo particular deve ser destinado às leis tributárias federais pertinentes ao parcelamento, ao REFIS, ao CADIN. Além de um estudo sobre responsa-bilidade tributária e grupo econômico, sem se esquecer do aspecto de atuação prática do procurador da Fazenda Nacional – execução fiscal e processo administrativo tributário.

Como a matéria prevista normalmen-te no edital da PFN é muito elástica, Pretto é enfático: “comece a estudar o quanto antes”. “Enfim, a despeito das dificuldades da prova, sua complexidade atenua-se frente ao núme-ro expressivo de vagas ofertadas. Portanto, disciplina e estudo focado, com certeza, con-duzirão o candidato ao sucesso.”, aconselha o professor Renato de Pretto.

o procurador da Fazenda nacional é um advogado público que atua na área tributária para cobrar judicialmente débitos fiscais não quitados perante a União.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 42

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Plantão

PERGUnTAS1) Cabível é o manejo da execução fiscal con-

tra a Fazenda Pública?

Consoante precedente do Superior Tribu-nal de Justiça, de fato, “é juridicamente possível a execução contra a fazenda, fundada em título executivo extrajudicial (certidão de dívida ativa), observadas em seu processamento as disposições aplicáveis a espécie (art. 730 e seguintes do CPC)”. No mesmo sentido, o conteúdo da Súmula nº 58 do TRF da 4ª Região: “A execução fiscal contra a Fazenda Pública rege-se pelo procedimento pre-visto no art. 730 do Código de Processo Civil”.

2) Na execução fiscal contra a Fazenda Públi-ca, a oposição dos embargos pela Fazenda deve-dora deve estar garantida por penhora conforme o disposto no artigo 16, § 1º, da Lei nº 6.830/80?

A resposta, aqui, é negativa, porquanto des-necessária é a penhora, ou seja, o cumprimento do disposto no art. 16, § 1º, da LEF, ante a impe-nhorabilidade de bens da Fazenda Pública. Aliás, a Fazenda executada tem direito até mesmo, na hipótese, à expedição da certidão negativa de dé-

bito. Nesse sentido, a orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça: “PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL CON-TRA O ESTADO DE MINAS GERAIS. CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITOS DE NEGATIVA. POSSI-BILIDADE. PRECEDENTES DO STJ. SÚMULA 83/STJ. 1. É entendimento cediço desta Corte que ‘na execução fiscal proposta contra Município, em se tratando de pessoa jurídica de direito público não sujeita a penhora de bens, opostos embargos à execução, recebidos e processados, tem o em-bargante direito a expedição de certidão positi-va com efeitos de negativa’. 2. Trata-se de ente federado estadual, que não é obrigado a oferecer bens em garantia; é solvente, e cujos bens são impenhoráveis (CPC, art. 730). 3. O Tribunal de origem manifestou-se no mesmo sentido da ju-risprudência desta Corte. Aplica-se ao caso a Sú-mula 83/STJ. Agravo regimental improvido.

Curso online para Procuradoria da Fazenda Nacional 2015

Vídeo: o professor do CERS e procurador da Fazenda Nacional Matheus Carvalho fala sobre a carreira.

DIREITO COnSTITUCIOnALNa matéria de Direito constitucional, a professora Flávia Bahia alerta que o conteúdo progra-

mático do último concurso é muito abrangente e exigirá do aluno muito estudo e dedicação. Todo o conteúdo é importante, mas para ela, os temas a seguir devem receber atenção especial dos futuros procuradores da Fazenda Nacional: Controle de constitucionalidade, Advocacia-Geral da União: re-presentação judicial e extrajudicial da União; Consultoria e assessoramento jurídico do Poder Execu-tivo; Organização e funcionamento, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional: competência consti-tucional, Orçamento e Finanças Públicas e Ordem econômica e Financeira.

“Esperamos uma prova com nível de dificuldade superior ao do último certame. Por isso, o concursando precisa dar atenção à jurisprudência já consolidada do STF, súmulas vinculantes, além da base doutrinária já sedimentada sobre os principais temas do concurso”, ressalta Flávia.

Clique nos tópicos acima!

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 43

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acontece no cers

Os alunos do CERS puderam acompanhar um calendário cheio de novidades e eventos POR ANA LARANJEIRA

Muita coisa aconteceu em 2014...

JANEIRONo primeiro mês do ano, o Diretor Pedagógico do CERS, Renato Saraiva,

anunciou o sucesso da mais nova aposta do CERS: o

QG do Enem, preparatório online para provas do Exame Nacional do Ensino médio.

ABRILSalvador recebeu o CERS na Etapa marte da Night Run.

A corrida de rua mais famosa do brasil contou com o apoio

e participação dos alunos e professores do CERS, um escape na rotina de aulas,

beneficiando corpo e mente!

JULhOOs bacharéis do XIV

Exame de Ordem tiveram a oportunidade de fixar o conteúdo da prova da 1ª fase com as revisões da Super UTI e do Projeto

Overdose online.

OUTUBROComeçaram os preparativos para o I Congresso Jurídico

Online de Ciências Criminais, programado para

novembro.

FEVEREIRONo dia 22 de fevereiro, o CERS esteve em São

Paulo para ministrar um grande aulão de

revisão presencial para o concurso do TRT da 2ª

Região.

MAIOO CERS atrasou um

pouco a comemoração dos 5 anos da empresa para

celebrar com os alunos em um pequeno respiro no

calendário dos concursos. Ufa! As homenagens foram registradas na 14ª edição da

Revista Edital.

AGOSTOA nordestina Cláudia

Gadelha, lutadora de mmA, peso-palha, recebeu a marca do CERS em seu short, na

batalha enfrentada em agosto nos octógonos. E quando tem luta, tem desconto no CERS,

com a promoção Nocaute!

NOVEMBROmais de 60 mil pessoas

assistiram ao I Congresso Jurídico Online de Ciências Criminais.

Importantes juristas, como César Roberto bitencourt, Fernando Capez, Rogério Greco, Eugênio

Pacelli e Afrânio Silva Jardim compuseram as mesas

de debates.

MARÇO As águas de março chegaram trazendo revisões semanais pelo Facebook. Através das redes sociais, os alunos do

CERS puderam assistir a aulas gratuitas e ao vivo, com dicas

sobre a OAb e os diversos concursos abertos no ano.

JUNhOO CERScast e o blog

CERS foram lançados e se tornaram ferramentas importantes de estudo,

trazendo ainda mais informações para quem se

prepara para concursos.

SETEMBROO ambiente virtual do

CERS foi repaginado com um layout mais moderno. Ferramentas tecnológicas

de estudo e um novo ambiente de matrícula

chegaram para facilitar a navegação e a experiência

do usuário.

DEZEMBROChegou a hora de lançar os novos cursos de 2015!

Você já garantiu a sua vaga?

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 44

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QUESTÕES COMENTADAS > provA dE TécnIco do InSS

Gabarito comentado:(A) É falso. Prevê o artigo 201, da Constituição, que “a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial”, e não regime especial.(B) É falso. A filiação é obrigatória com base no artigo 201, da Constituição. Ademais, não há descentralização para outras esferas de governo, pois a gestão do regime Geral de Previdência Social é da União, através do Ministério da Previdência Social.(C) É falso. o caráter complementar e autônomo são características da previdência privada, a teor do artigo 202[1], da Constituição.(D) É falso. A previdência privada é que baseia-se na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, na forma do artigo 202, da Constituição.(E) É verdadeiro. nesse sentido, o artigo 201, da Constituição.

[1] Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.

Gabarito E.

Direito Previdenciário

(A) é organizada sob a forma de regime especial e observa critérios que preservem o equilíbrio financeiro.

(B) é descentralizada, de caráter facultativo.

(C) tem caráter complementar e autônomo.

(D) baseia-se na constituição de reservas que garantam o benefício contratado.

(E) é contributiva, de caráter obrigatório.

Prof. Frederico AmadoqUESTÃO 1 (TÉCnICO 2012) no tocante à Previdência Social, é correto afirmar que:

RETROSPECTIVA 2014

MELHORES DO ANO

MATÉRIA PUBLICADA NAEDIÇÃO 15 - JUNHO/2014

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 45

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QUESTÕES COMENTADAS > provA dE TécnIco do InSS

Gabarito comentado:1)Corretao termo “se” é pronome recíproco e assume função de objeto direto de enfrentar. (enfrentar quem? Uns aos outros)2) ErradaA substituição de “marcou” por “marcaram” não mantém a correção, já que o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito “sorteio”.3) ErradaA oração está na voz passiva sintética e o sujeito é “as vendas dos ingressos”. Portanto, o verbo deverá ser levado ao plural: reabriram-se as vendas dos ingressos.4) Certa“Assim como” estabelece uma comparação.5) Certao uso do acento grave em “à coletividade” se deve à presença da preposição A, regida por “prestados” + o artigo definido feminino singular A antes de coletividade.

Gabarito D. Estão corretas 1 , 4 e 5.

Língua Portuguesa

O torcedor sabe quais seleções vão se enfrentar, e onde serão as partidas da primeira fase da Copa no Brasil. Turistas de variados recantos do planeta, de vários continentes, devem aportar no nosso país. O sorteio dos grupos marcou a aceleração do calendário. As vendas dos ingressos foram reabertas, e o entusiasmo dos brasileiros não deixou de ser percebido. Apesar de casos pontuais, como a trágica construção do estádio de abertura em São Paulo, os palcos estão montados. O evento tem tudo para ser um sucesso, com a adesão maciça do público, tanto presencialmente quanto pela TV. Assim como outros eventos esportivos de porte global, a Copa é uma oportunidade fantástica para a cidadania dar um salto no seu grau de exigência, com a reinvenção dos serviços prestados à coletividade postos na vitrine da mídia mundial.

(Adaptado do Jornal do Commercio ( PE), 22/12/2013)

1) Em “vão se enfrentar” (l.1) o “se” é pronome recíproco e assume função de complemento verbal direto de “enfrentar”.

2) A substituição de “marcou” (l.4) por “marcaram” altera as relações semânticas do texto, mas preserva sua correção gramatical.

3) Mantém-se a correção gramatical com a redação: reabriu-se as vendas dos ingressos...(l.5).

4) O termo “Assim como” (l.9) introduz uma ideia de comparação entre Copa e outros eventos não especificados no texto.

5) O emprego do sinal indicativo de crase em “à coletividade” (l.12) justifica-se pela regência de nominal de “prestados”, que exige preposição “a”, e pela presença de artigo definido feminino antes de “coletividade”.

Estão corretas assertivas:

(A) 1 , 3 , 4 e 5

(B) 2 , 4 e 5

(C) 1 , 2 , 3 e 5

(D) 1 , 4 e 5

(E) 2 , 4 e 5

Profª maria Augusta G. AlmeidaqUESTÃO 2Em relação às estruturas linguísticas utilizadas no texto abaixo, assinale as opções corretas.

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QUESTÕES COMENTADAS > provA dE TécnIco do InSS

Gabarito comentado:(A) É verdadeiro. o auxílio-acidente possui natureza indenizatória da sequela acidentária que prejudicou a sua capacidade funcional para o trabalho habitual, não tendo o objetivo de substituir a renda do segurado ou o seu salário de contribuição. nesse sentido, pontifica o artigo 86, da Lei 8.213/91, que “o auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia”.(B) É verdadeiro. Conforme prevê o artigo 86, §3º, da Lei 8.213/91, o recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, devendo ser cessado por ocasião da concessão de qualquer espécie de aposentadoria.(C) É verdadeiro. o auxílio-acidente corresponderá a 50% do salário de benefício, a teor do artigo 86,

§1º, da Lei 8.213/91.(D) É verdadeiro. essa é a inteligência do caput do artigo 86, caput e §2º, da Lei 8.213/91. Até a consolidação da sequela o segurado receberá o auxílio-doença, que será convertido em auxílio-acidente empós a referida consolidação.(E) É falso. em regra, a concessão do auxílio-acidente pressupõe a percepção do auxílio-doença pelo segurado acidentado. nesse sentido, obtempera o artigo 86, §2º, da Lei 8.213/91, que “o auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria”. Contudo, por exceção, é possível a concessão apenas do auxílio-acidente, embora incomum, a exemplo da ausência de requerimento do auxílio-doença, mas esta hipótese excepcional não torna a alternativa e verdadeira.

Gabarito E.

(A) Tem caráter indenizatório.

(B) Cessa com o advento de qualquer aposentadoria.

(C) Corresponde a 50% (cinquenta por cento) do salário de benefício.

(D) Somente é devido após a consolidação das lesões decorrentes de acidente.

(E) É devido se não houver a concessão do auxílio-doença previamente.

qUESTÃO 3 (TÉCnICO 2012) Em relação ao auxílio-acidente, assinale a resposta InCORRETA.

Direito PrevidenciárioProf. Frederico Amado

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 47

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QUESTÕES COMENTADAS > provA dE TécnIco do InSS

Gabarito comentado:A situação acima mostra claramente um ataque de engenharia Social, essa nova expressão se refere as mais diversas abordagens que podem ser feitas a um usuário de um determinado serviço ou sistema com o intuito de obter informações que não lhe seriam possíveis de outra forma. Seu sucesso termina por exibir uma vulnerabilidade humana.

Gabarito E

Informática

Exemplo 1: algum desconhecido liga para a sua casa e diz ser do suporte técnico do seu provedor. Nesta ligação ele diz que sua conexão com a internet está apresentando algum problema e pede sua senha para corrigi-lo. Caso você entregue sua senha, este suposto técnico poderá realizar atividades maliciosas, utilizando a sua conta de acesso à internet, relacionando tais atividades ao seu nome.

Exemplo 2: você recebe uma mensagem de e-mail dizendo que seu computador está infectado por um vírus. A mensagem sugere que você instale uma ferramenta disponível em um site da internet para eliminar o vírus de seu computador. A real função desta ferramenta não é eliminar um vírus, mas permitir que alguém tenha acesso ao seu computador e a todos os dados nele armazenados.

Exemplo 3: você recebe uma mensagem de e-mail em que o remetente é o gerente ou do departamento de suporte do seu banco. Na mensagem é dito que o serviço de Internet Banking está apresentando algum problema e que tal problema pode ser corrigido se você executar o aplicativo que está anexado à mensagem. A execução deste aplicativo apresenta uma tela análoga àquela que você utiliza para ter acesso à sua conta bancária, aguardando que você digite sua senha. Na verdade, este aplicativo está preparado para furtar sua senha de acesso à conta bancária e enviá-la para o atacante.

Estes casos mostram ataques típicos de:

(A) Keylogger.

(B) Cavalo de Troia.

(C) Botnet.

(D) Cookies.

(E) Engenharia Social

Profª. Emannuelle GouveiaqUESTÃO 4 Analise os exemplos abaixo.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 48

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QUESTÕES COMENTADAS > provA dE TécnIco do InSS

Gabarito comentado:A primeira questão que você vai lembrar é que poder de polícia significa compatibilização de interesses. Significa equilibrar o que quer o interesse público e o que quer o interesse privado.Hely Lopes conceituava poder de polícia como aquele em que o administrador pode restringir, limitar, frenar a atuação do particular em nome do interesse público.Limita-se a liberdade e a propriedade, com proporcionalidade, mas sem anular o direito. Vale lembrar, ainda, que o CTn, lá no art. 78, traz todos os desdobramentos do conceito de poder de polícia. importante conferir.

Gabarito D.

(A) regulamentar

(B) vinculado

(C) disciplinar

(D) de polícia

(E) hierárquico

qUESTÃO 5 A atividade do Estado que consiste na limitação do exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público caracteriza-se como poder:

Direito Administrativo Prof. Edem Nápoli

mais questões e dicas, você encontra no CURso tEÓRiCo ComPlEto PaRa tÉCniCo Do inss 2014/2015.

REVISTA EDITAL > EDIÇÃO 21 > DEzEmbRO 2014 > PÁG. 49

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