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3 Maio/agosto - 2015 Editorial Elitismo em bom português significa um sistema que favorece às elites com prejuízo da maioria e o substantivo elite refere-se àquela minoria que exerce influência sobre pessoas ou grupos em detri- mento de objetivos comuns. De imediato, percebe-se que o sentimento cristão, coluna mes- tra da Doutrina Espírita, é de todo incompatível com qualquer ten- dência elitizante. Daí porque Chico Xavier, muito oportunamente, advertiu-nos sobre os riscos do elitismo no Movimento Espírita. Somos todos herdeiros de vícios e preconceitos seculares que, por estarem estratificados na alma, transferem-se com facilidade para os atos da presente vida. Os impulsos do autoritarismo, da idolatria, dos ritos, do fanatismo, da paramentação, do elitismo brotam tão naturalmente que às vezes temos a falsa impressão de que a Religião que amamos nada acrescentou de prático à nossa personalidade. A presença do elitismo nas atividades doutrinárias vai se intensi- ficando perigosamente, expondo-nos à possibilidade de termos, em médio prazo, a dogmatização dos conceitos espíritas na forma do Espiritismo para pobres, para ricos, para intelectuais, para incultos, para homens, para mulheres, para negros etc, só que isoladamente. Exagero? Basta-nos uma vista na grandeza material e no luxo de cer - tas instituições para guardarmos a certeza de que os oriundos das classes marginalizadas da sociedade foram esquecidos e nelas certa- mente não entrarão por não se sentirem à vontade. No livro “Palavras do Infinito”, autoria de Humberto de Cam- pos, psicografia de Chico Xavier, Emmanuel, no cap. 41, orienta: “As massas trabalhadoras do Bra- sil reclamam leis que assegurem o conforto que lhes tem sido ne- gado pelos elementos da política administrativa. Que o supérfluo das suntuosidades do Estado seja empregado com o necessário”. Isto nos faz meditar na obrigação de simplificarmos os templos es- Elitismo, preconceito e outros riscos

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3 Maio/agosto - 2015

Editorial

Elitismo em bom português significa um sistema que favorece às elites com prejuízo da maioria e o substantivo elite refere-se àquela minoria que exerce influência sobre pessoas ou grupos em detri-mento de objetivos comuns.

De imediato, percebe-se que o sentimento cristão, coluna mes-tra da Doutrina Espírita, é de todo incompatível com qualquer ten-dência elitizante.

Daí porque Chico Xavier, muito oportunamente, advertiu-nos sobre os riscos do elitismo no Movimento Espírita.

Somos todos herdeiros de vícios e preconceitos seculares que, por estarem estratificados na alma, transferem-se com facilidade para os atos da presente vida. Os impulsos do autoritarismo, da idolatria, dos ritos, do fanatismo, da paramentação, do elitismo brotam tão naturalmente que às vezes temos a falsa impressão de que a Religião que amamos nada acrescentou de prático à nossa personalidade.

A presença do elitismo nas atividades doutrinárias vai se intensi-ficando perigosamente, expondo-nos à possibilidade de termos, em médio prazo, a dogmatização dos conceitos espíritas na forma do Espiritismo para pobres, para ricos, para intelectuais, para incultos, para homens, para mulheres, para negros etc, só que isoladamente. Exagero? Basta-nos uma vista na grandeza material e no luxo de cer-tas instituições para guardarmos a certeza de que os oriundos das classes marginalizadas da sociedade foram esquecidos e nelas certa-mente não entrarão por não se sentirem à vontade.

No livro “Palavras do Infinito”, autoria de Humberto de Cam-pos, psicografia de Chico Xavier, Emmanuel, no cap. 41, orienta: “As massas trabalhadoras do Bra-sil reclamam leis que assegurem o conforto que lhes tem sido ne-gado pelos elementos da política administrativa. Que o supérfluo das suntuosidades do Estado seja empregado com o necessário”. Isto nos faz meditar na obrigação de simplificarmos os templos es-

Elitismo, preconceitoe outros riscos

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4 Maio/agosto - 2015

píritas, porque se a espiritualidade condena “o supérfluo das suntu-osidades” nas ações mundanas, o que dizer desse comportamento em nossas casas que pretendem ser de amor e fraternidade, que se dispõem a acolher os “pequeninos”, os aflitos, os que têm sede e fome, tão lembrados por Jesus?

O quadro torna-se mais grave ainda quando sabemos que o di-nheiro para essas construções faustosas vem de todas as camadas sociais, inclusive das mais carentes, que acreditam na seriedade dos propósitos dos dirigentes.

Estaríamos revivendo a prepotência das catedrais de outros tempos que os benfeitores recomendam sepultar para sempre? De contradição em contradição, vamos esmaecendo o brilho do Conso-lador, a última esperança da Humanidade.

Outra ameaça do elitismo: determinados tipos de eventos espí-ritas que se organizam para médicos, jornalistas, juízes, engenheiros, psicólogos etc, e restringem a entrada daqueles que, possuidores de bom nível intelectual, não detêm formação superior ou formação específica. Julgamos que o ideal é que os congressos, seminários, simpósios, encontros, sejam estruturados em cima de temas ou as-suntos, abertos a todos, tais como: “congresso sobre jornalismo”, “simpósio de medicina na visão espírita”, “encontro para estudo da psiquiatria” etc. Assim, não estaremos perdendo a noção de ética fraternal proposta pelo Cristianismo. Caso contrário, Chico Xavier, Divaldo Franco, tanto quanto no passado Léon Denis, que era caixei-ro-viajante, não poderiam participar desses conclaves, sob pena de se sentirem desambientados e constrangidos, por não terem a titu-lação conferida pelas universidades do mundo. Para não falarmos do próprio Cristo, que não passou da condição de modesto carpinteiro.

Quando tratamos de temas e não de profissionais, pressupõe-se que todos estão convidados e cada um colaborará nos limites do seu saber. Desta maneira, estaremos enaltecendo o estudo e derruban-do barreiras para a importante disseminação do conhecimento espí-rita que independe dos diplomas e convenções humanas.

Sabedoria de Chico XavierQual a amizade espiritual que se une a pessoas que fumam, bebem,

usam drogas e fazem mau uso do sexo?Na verdade, não é o tipo de amizade que une irmãos que se com-

prazem no erro ou no vício. É o padrão vibratório que os une. Seus pen-samentos sempre se encontram voltados para as práticas equivocadas a que se entregam. A vontade que alimenta o vício, a ansiedade pelo prazer desmesurado, fazem com que essas pessoas se busquem naturalmente. Isso funciona da mesma forma com que o ímã atrai a limalha do ferro.

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5 Maio/agosto - 2015

A capa desta edição possui, como elemento principal, uma co-nhecida e belíssima pintura do Mestre Jesus. Nas imagens secundárias temos algumas das faces clássicas do Cristo que estão disponíveis para nossa apreciação. O grande médium Chico Xavier quando perguntado se as repre-sentações artísticas e as imagens elaboradas do Cristo, em todos os

tempos, eram parecidas de fato com a real fisionomia do Divino, ele respondeu com a simplicidade que lhe era peculiar: “faz lembrar”. Sabemos que Jesus, na condição de espírito puro, com o seu períspirito ex-tremamente sutilizado, não se encontra limitado a nenhuma expressão humana ou semimaterial conhecida. No entanto, para a realização de seu messianato “se fez carne e habitou entre nós” na beleza dos vocábulos contidos no prólogo do Evangelho de João (cap.1). Assim como, para se manifestar próximo aos círculos terrenos, mostra-se, em situações es-peciais, respeitando os traços físicos da

sua vestimenta carnal quando entre nós marcou a sua condição de Ver-bo Divino. Destacamos uma das faces mediúnicas mais conhecidas e res-peitadas (foto acima), resultante de um trabalho utilizando técnica de bordado com fios de ouro, que durou aproximadamente um mês para ser finalizada pela médium espírita Alexandra Herr-mann (foto ao lado). A médium paulista, segundo consta, teria sido, em outra encarnação, Saskia, a esposa do famoso pintor holandês Rembrandt (séc. XVII), admite que elaborou o quadro sob a influência espiritual do próprio gênio da pintura. Alexandra relata que viu projetada ao lado da tela, por diversas vezes, a figura do apóstolo Tiago corrigindo os traços fisionômicos de Jesus.

A fisionomia de Jesus

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6 Maio/agosto - 2015

Portanto, digo-vos:Pedi, e dar-se-vos-á;Buscai, e achareis;

Batei, e abrir-se-vos-á.

Pois aquele que pedeO que pede receberá;O que busca achará;

Ao que bate, abrir-se-lhe-á

Quem dentre vós é o homemQue, se o filho lhe pedir pão,

Em vez deste alimentoLhe dará uma pedra na ocasião?

Ou qual dentre vós é o pai que,Se o filho pedir um peixe, somente,

Em vez de um peixeLhe dará uma serpente?

Ou, se pedir um ovo,Em vez deste ovo, então,

Este pai dará ao filhoExatamente um escorpião?

Ora, se vós, sendo maus,Aos filhos sabeis ofertarTodas as boas dádivas,

Quanto mais vosso Pai vos dará?

Perseverança econfi ança em Deus

Mateus, 7: 7-11 / Lucas, 11: 9-13

6 Maio/agosto - 2015

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7 Maio/agosto - 2015

ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITAMédium: Divaldo Pereira Franco

Pergunta 1:

ATUALIDADE DO PENSAMENTO ESPÍRITA

Vianna de Carvalhoresponde

O espírito que foi um artista busca reencarnar-se sempre como ar-tista?

Não necessariamente. A evolução do ser é abrangente, facultando-lhe experiências em várias áreas do conhecimento, do comportamento, da iluminação. É comum, no entanto, ver-se o espírito que se realizou em determinado campo de vivência, retornar na mesma atividade, de modo a ampliar o espaço das realizações, não somente plenifi cando-se, mas também favorecendo a Humanidade com visão mais ampla e pro-funda em torno daquela conquista.

O artista, em particular, tende a voltar a reencarnar-se no círculo da beleza, mas, quase sempre em outro gênero de expressão, crescen-do na forma de traduzir a grandeza e a majestade da Vida, que a sua sensibilidade capta com maior desenvoltura. Assim, podemos identifi car, por exemplo, Rafael Sanzio renascendo como Frédéric Chopin, transfor-mando cores em sons, mas permanecendo vinculado à harmonia.

Não teria Jesus utilizado o recurso da arte para sensibilizar a alma humana, quando passou o seu Evangelho por meio de parábolas com forte colorido de histórias fantásticas e elucidativas?

Na Sua condição de Mestre, Jesus sempre utilizou a Arte de bem apresentar os Seus ensinamentos, recorrendo à metodologia mais ade-quada à época em que viveu que se apoiava na sabedoria das narrações, ocultando a profundidade dos Seus ensinamentos na roupagem das pará-bolas, a fi m de preservá-los para o futuro, apresentando-os sempre atu-ais, conforme o grau de desenvolvimento cultural da sociedade. Utilizou-se, desse modo, da pauta da natureza, para cantar a mais extraordinária melodia que os ouvidos humanos jamais escutaram.

Inspirandos no Seu poema de vida, inumeráveis artistas, através dos séculos, imortalizaram em forma, cor e som, a eterna mensagem de amor e de vida que Ele, Artista Sublime, insculpiu nas consciências.

Tema: A arte

Pergunta 11:

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8 Maio/agosto - 2015

Eleito deputado geral (equi-valente a deputado federal) no ano de 1867, pronunciou o seu primeiro discurso do qual pin-çamos algumas frases preciosas que se apresentam extrema-mente atuais:

“A política, como eu a com-preendo, não é uma especula-ção dos homens, é uma religião, a religião da pátria, tão sagrada e obrigatória como o culto das verdades eternas, que constitui a religião de Deus.”

“A liberdade é um direito absoluto e eterno de criação Di-vina; a autoridade é um fato, ou, se quiserem, um direito, porém fato ou direito transitório, passa-geiros e contingentes, de criação humana.”

“Senhores, eu creio com convicção, a mais pro-funda, que nos acha-mos em um período de calamidades, cujos sintomas aterradores se manifestam aos menos perspicazes.”

“A cegueira da in-teligência tem invadi-do a nossa administra-ção por tal modo, que o simples bom senso

parece ter naufragado no eclipse da razão, que chamarei oficial.”

“Se chegarmos a conhecer as causas de descrença, da cor-rupção e da incredulidade, te-mos posto a mão na ferida, e não resta senão aplicar-lhe o bálsamo curativo.”

“O equilíbrio, pois, entre o progresso material e o aperfei-çoamento moral, constitui a ver-dadeira ordem social, e é tam-bém a condição essencial a toda a nação.”

“Somai o nosso estado de descrença com o nosso estado de corrupção e dizei-me que for-ça poderá afastar de sobre nos-sas cabeças essas duas máquinas que nos ameaçam esmagar?”

“Eu sei que a religião manda remir os cativos, mas essa remissão, para ter merecimentos, é preciso que seja sem condições, e, no caso vertente, o Governo libertou aqueles infe-lizes com a condição de irem servir de alvo aos morteiros para-guaios.” (Referia-se à Guerra do Paraguai de 1864 a 1870).

O político Bezerra de Menezes

8 Maio/agosto - 2015

Bezerra de Menezes

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9 Maio/agosto - 2015

Não que outros missionários não tivessem aporta-do antes dele; ases do conhecimento que dilataram os horizontes do saber; míticos que se embrenharam nos dédalos do “eu”, aprendendo vitória sobre si mesmo; apóstolos que fizeram da renúncia e da humildade os baluartes da própria força; filósofos que ensejaram à ra-zão o campo da investigação; cientistas corajosos que ofereceram a vida em prol de pesquisas inapreciáveis na preservação de milhões de vida. E heróis, missio-nários do amor, sacerdotes da fraternidade, operários

sublimes, todos eles, encarregados de impulsionar o progresso da Terra.Ele, entretanto, guardadas as proporções fez-se nauta de uma experiência

antes não tentada nos mares ignotos da verdade: auscultou o insondável além da morte, inquirindo e estudando, fazendo a triagem das informações recebidas dos imortais, de modo a edificar o colossal edifício do Espiritismo.

Nem um só momento se deixou empolgar pela vitória conseguida ao peso das lágrimas, nem jamais se quedou desanimado sob o fardo das incompreen-sões, quando crivado pelas farpas da inveja e da calúnia.

Não se permitiu o luxo dos triunfos fáceis, nem aceitou a coroa da consa-gração. A própria vida celeremente se lhe extinguiu no corpo somático, deman-dando a imortalidade antes que os lauréis da gratidão ou de qualquer glória lhe pesassem sobre a cabeça veneranda.

Muitos se embrenharam pelas veredas da vida além da vida e se detive-ram deslumbrados no pórtico da revelação. Os que se atreveram a adentrar-se pelos recônditos da imortalidade procuraram explicações mirabolantes, formu-lando hipóteses rocambolescas ou, fortemente impressionados, recolheram-se à meditação profunda e à oração.

Os que facultaram apresentar o resultado do conhecimento experimenta-ram a zombaria dos contemporâneos e, não raro, desencantados, refugiaram-se no silêncio.

Ele não! Não se deteve a observar somente, nem se aquietou a experi-mentar emoções. Após o meticuloso exame do mediunismo, patenteada a vera-cidade da vida incessante mesmo depois da disjunção celular, entregou-se ao conhecimento libertador.

Do fenômeno extraiu a Doutrina.Do informe puro e simples conseguiu o fato comprovado.Enfrentando os imortais não os temeu, não os exaltou. Inquiriu-os e anali-

sou-os a todos quantos passaram suas informações pelo crivo da discussão, do debate franco, do exame rigoroso.

Compulsou os alfarrábios dos tempos e aprofundou-se na cultura da época. Armado de equilíbrio invulgar, esteve sempre à altura da investidura e, quando o reboliço da aventura cedeu lugar ao marasmo e à monotonia, ele apresentou o resultado dos seus estudos sérios, apoiados na razão e no bom senso.

Kardec foi, sem dúvida, o magnífico missionário da Humanidade, precursor do Mundo Novo.

Em sua obra reacendem os aromas específicos da tríade perfeita do co-nhecimento: ciência, filosofia e religião. São o esquema ímpar da sabedoria em todos os seus ângulos e faces.

Examinando Kardec

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10 Maio/agosto - 2015

Livro “Vida e Sexo”, cap. 16, Emmanuel/Chico Xavier, FEB.AversõesSomos defrontados, em todos os

departamentos da família humana, pe-las ocorrências da aversão inata. Pais e filhos, irmãos e parentes outros, não raro, repelem-se, desde os primeiros contatos. Claramente verificáveis os fenômenos da hostilidade, entre adul-tos e crianças, trazidos pelo imperativo do berço à intimidade do dia a dia. Pais existem nutrindo antipatia pelos pró-prios rebentos, desde que esses reben-tos lhes surgem no lar, e existem filhos que se inimizam com os próprios pais, tão logo senhoreiam o campo mental, nos labores da encarnação. Arraigado no labirinto de existências menos feli-zes, decerto que o problema das rea-ções negativas, culpas, remorsos, ini-bições, vinganças e tantos outros está presente no quadro familiar, em que o ódio acumulado em estâncias do pre-térito se exterioriza, por meio de mani-festações catalogáveis na patologia da mente. Nessa base de raciocínio, de-terminada criança terá sofrido essa ou aquela humilhação da parte dos pais ou tutores e se desenvolveu abafando propósitos de desforço, com o que into-xicou a si mesma, no curso do tempo, e certos pais haverão sentido inesperada animosidade por esse ou aquele filho recém nato, alimentando ciúme contra ele, embora sufocando tal sentimento, com benéficas atitudes de convenção. Não muito raro, os cadastros policiais registram infanticídios em que pais ou mães aniquilam o corpo daqueles mes-mos espíritos aos quais favoreceram com a encarnação na Terra. Indubita-velmente, o tratamento psicológico, vi-sando à cura mental e à sublimação da personalidade, é o caminho ideal para semelhantes pacientes; urge entender, porém, que médicos e analistas huma-nitários conseguirão efetuar prodígios de compreensão e de amor, liberando enfermos dessa espécie; no entanto, o

estudo da reencarnação é igualmente chamado a funcionar, nos alicerces da obra de salvamento.

Quantas milhares de existências terminam anualmente, no mundo, pelos golpes da crimina-lidade? Claro está que as vítimas não foram arrebatadas para céus ou infer-nos teológicos. Se compenetradas, quanto às leis de amor e perdão que dissipam as algemas do ódio, promo-vem-se a trabalho digno na espirituali-dade, às vezes até mesmo em auxílio aos próprios algozes. Na maioria das circunstâncias, todavia, persistem no caminho daqueles que lhes dilapida-ram a vida profunda, transformando-se em perseguidores magoados ou vingativos, jungidos mentalmente aos antigos ofensores, e finalmente recon-duzidos, pelos princípios cármicos, ao renascimento junto deles, a fim de sanarem, no clima da convivência, os complexos de crueldade que ainda se lhes destilem do ser. Quando isso aconteça, o apostolado de reajuste há de iniciar-se nos pais, porquanto, despertos para a lógica e para o en-tendimento, são convocados pela sa-bedoria da vida ao apaziguamento e à renovação. Observemos, no entanto, que em semelhantes domínios da alma o apoio da fé religiosa se erguerá em socorro e terapêutica. É indispensá-vel amar e desculpar, compreender e servir, tantas vezes quantas se façam necessárias, de modo a que sofrimento e dissensão desapareçam e a fim de que, nas bases da compreensão e da bondade de hoje, as crianças de hoje se levantem na condição de espíritos reajustados, perante as Leis do Univer-so, garantindo aos adultos, nas trilhas das reencarnações porvindouras, a re-denção de seus próprios destinos.

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11 Maio/agosto - 2015

Com paciênciaProvações te buscaram.Dificuldades te agitam.Tudo parece noite ao redor de teus passos.Não te detenhas, no entanto, a fim de medir as sombras.Prossegue trabalhando e não te afastes da paciência.Por nada te desesperes.Dá tempo a Deus para que Deus te acenda nova luz.

Cabe ao tempoNão te queixes. Trabalha.Não te irrites. Silencia.Não pares. Segue adiante.Não discutas. Demonstra.Não condenes. Ampara.Não critiques. Abençoa.Fala auxiliando para o bem.Serve sem reclamar.Não te percas em palavras vazias.Cabe ao tempo tudo esclarecer em nome de Deus.

O que valeCalamidades assolam a Terra.Costumes novos criam agitação e tumulto.Ocorrências infelizes convulsionam a vida em torno.Pessoas amadas adotam caminhos diversos dos teus.Continua agindo e servindo.Realmente, o que mais importa é o que sucede dentro de ti.

Livro: Livro de RespostasAutor: EmmanuelPsicografia: Chico XavierEditora: CEUNeste bom livro, Emmanuel, com seu extraordinário poder de síntese, nos oferece uma coletânea de mensagenscurtas com grandes e oportunos ensinamentos.

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12 Maio/agosto - 2015

A Chave MestraAs portas dos quartos de um

hotel pedem chaves diferentes ou cartões magnéticos com senhas in-dividualizadas; porém, a camareira tem uma única chave ou um único cartão magnético com uma senha comum, com a qual abre todas as portas: a chave mestra. Assim é o Espiritismo. Ele é a chave mestra que abre todas as portas da vere-da evolutiva, rasgando os véus que obstruíam os horizontes novos do entendimento, ensejando-nos aces-so à Verdade que o Meigo Rabi afir-mou ser a nossa libertação. (João 8:32)

A Doutrina Espírita lança luzes nos sombrios terrenos onde até en-tão nos perdíamos envolvidos pela ignorância. E essa Luz Viva nos proporcionará a paz e a felicida-de sem mescla, clareando-nos por dentro.

Os ensinos de Jesus, sem essa Chave Mestra, dormitariam incom-preendidos na letra que mata e li-mita, vez que Suas palavras têm sabor de eternidade e atravessarão os milênios plenas de atualidade. Compete, pois, ao Espiritismo, tra-zer para a peregrina luz da razão tudo que se encontra fechado há séculos no simbolismo das parábo-las.

Jesus não podia conduzir-Se de outra maneira. Era necessário esperar o tempo de amadureci-mento das crianças espirituais que

12 Maio/agosto - 2015

somos todos nós. Mas, eis que os tempos são chegados e o Espiritis-mo veio cumprir na época predita a sua missão junto às almas em evolução, lançando luzes fortes na noite tenebrosa de nosso entendi-mento. A Humanidade cresceu e agora não se satisfaz mais com a alimentação tão pobre em nutrien-tes espirituais. Necessitamos de alimento mais substancioso para que não venhamos a deperecer de “anemia espiritual”.

A Doutrina, que é o “Consola-dor” prometido por Jesus, chegou para fazer-nos recordar tudo que Ele disse e ensinou e revelou-nos, o que a Seu tempo não tínhamos ma-turidade para compreender e supor-tar. As condições de nossa alforria espiritual já foram satisfeitas. A pro-messa do “Consolador” cumpriu-se com o advento do Espiritismo.

Tomemos, pois, a chave mestra e caminhemos pelas sendas evolu-tivas descerrando as portas do infi-nito que antes não podíamos abrir e nem mesmo vislumbrar.

O acesso aos gloriosos cimos da espiritualidade maior está fran-queado; faz-se necessário buscar a “porta estreita”, e abri-la com a chave mestra que nos foi dada pela misericórdia de Deus, vez que é da vontade do Mestre Maior que ne-nhuma de Suas ovelhas se perca pelos caminhos, apartadas de Seu aprisco aconchegante.

“O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil.” O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 5.

............. ............Rogério Coelho - MG

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13 Maio/agosto - 2015

Frederico Figner foi um dos mais lúcidos e combativos espíritas do Brasil, no início do século XX. Nascido em 2 de dezembro de 1866, na antiga Tchecos-lováquia, imigrou para os EUA com apenas 16 anos. Peregrinou pelo México, América Central e América do Sul, fixando-se no Brasil. Em 1897 casa-se com Esther de Freitas Reys. Trouxe as invenções de Tho-mas Alva Edison (foto) para a nossa terra. Fundou a “Casa Edison”, no centro do Rio de Janeiro, à Rua do Ouvidor. Criou a primeira gravadora do país e lançou os primeiros sucessos de cantores da então Capital Federal, como Noel Rosa. Desencarnou em 1946, aos 80 anos. Chegou a ser vice-presidente da FEB e nota-bilizou-se pelo espírito de caridade, ajudando necessi-tados de todas as religiões.

Viriato Correia, um dos maiores escritores brasi-leiros e membro da Academia Brasileira de Letras, dele disse: “Quem com ele tivesse meia hora de conversa, quem durante um dia observasse os seus atos, nunca mais o esqueceria”,

Em 1948, pela psicografia de Chico, ele nos daria um dos mais belos livros da literatura espírita: “Voltei” que assina com o pseudônimo de Irmão Jacob.

Na questão 58 de “O Livro dos Espíritos” temos: Os mundos mais afas-tados do Sol estarão privados de luz e calor, por motivo de esse astro se lhes mostrar apenas com a aparência de uma estrela? Pensais então que não há ou-tras fontes de luz e calor além do Sol e em nenhuma conta tendes a eletricidade que, em certos mundos, desempenha um papel que desconheceis e bem mais importante do que o que lhe cabe desempenhar na Terra? (...). Nos comentários Kardec registra: (...) Não vemos na Terra as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que há de impossível em ser a eletrici-dade, nalguns mundos, mais abundante do que na Terra e desempenhar neles uma função de ordem geral, cujos efeitos não podemos compreender?

Thomas Edison (1847-1931), o maior inventor de todos os tempos, criou a primeira lâmpada elétrica (com um filamento de carbono) somente em 1879. “O Livro dos Espíritos” é de 1857, ou seja, vinte e dois anos antes do surgimento da invenção que daria uma outra dimensão à eletricidade. A espiritualidade in-formava e indiretamente “profetivaza” sobre a importância futura da eletricidade.

Cabe ressaltar que, somente no século XX, décadas depois da lâmpada, a eletricidade passou a ser primordial para o conforto humano. Em pleno século XXI, diante da nossa total dependência da energia elétrica, compreendemos a grandeza dessas afirmativas que validam o conhecimento espírita e a mediu-nidade.

Curiosidades doutrinárias

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14 Maio/agosto - 2015

DoutrináriosBaseada na literatura espírita consagrada por Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de

Menezes, Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis, Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.

Assinale a opção correta e confirao resultado na página 24:

Verificação de Conhecimentos

1. De acordo com a Revista Espírita de março de 1858, de todos os planetas do nosso sistema solar, qual é o mais avançado sob todos os aspectos?

Marte Terra Saturno Júpiter

2. Quem é o respeitado autor da obra “Médiuns e Mediunidade”, que de fato é um belo resumo de “O Livro dos Médiuns”?

Caibar Schutel Herculano Pires Divaldo Franco Raul Teixeira 3. Qual deve ser a duração máxima de uma reunião de desobsessão segundo André Luiz?

2 horas 45 minutos 3 horas 1 hora

4. Qual a obra psicografada por Chico Xavier, cuja au-tora espiritual foi sua mãe, Maria João de Deus (foto) ?

Novas Mensagens Cartas de uma Morta Além da Morte Crônicas de Além-Túmulo

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15 Maio/agosto - 2015

5. Qual foi o único evangelista que mencionou a transformação da água em vinho nas bodas de Caná, tido como o primeiro “milagre” de Jesus?

Lucas Mateus Marcos João

6. Como chamamos o conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a par-ticipação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação?

Mistificação Animismo Sonambulismo Xenoglossia

7. Em que planeta do nosso sistema solar, de acordo com o livro “Cartas de uma Morta”, temos a duração de um ano com 668 dias? (*)

Marte Vênus Saturno Júpiter

8. Em que momento do Evangelho Jesus profere a célebre frase “vós sois o sal da Terra”?

No domingo de Pentecostes No Sermão do Monte No batismo do Rio Jordão No Sermão Profético

9. Baseados na visão espírita, quais são os “elementos/princípios” de tudo o que existe e constituem a chamada trindade universal?

Deus, Cristo e o Espírito de Verdade Fluido universal, espírito e perispírito Deus, espírito e matéria Espírito, matéria e fuido universal

10. A que autoridade dos judeus disse Jesus, referindo-se à reencarnação: “Nin-guém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”?

Gamaliel Anás Paulo de Tarso Nicodemos

(*) O citado livro foi escrito em 1935. Recentemente, os cientistas calcularam o ano do planeta em questão com 687 dias. Considerando os 668 dias temos uma divergência de aprox. 2,8%, o que de fato é pouco. A ciência frequentemente atualiza suas posi-ções. Quem sabe no futuro ela não venha a validar esta e outras informações contidas neste interessante livro! Temos aqui a mediunidade antecipando dados científicos.

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16 Maio/agosto - 2015

Ele, o Divino Mestre, poderia ter nascido em suntuoso castelo. No entanto, refugiou-se na singeleza de uma manjedoura.

Era esperado em Jerusalém como o mais poderoso dos prínci-pes, que trouxesse nas mãos en-sanguentadas as cabeças dos ven-cidos, para o êxtase dos judeus. Contrariamente, fez-se modesto carpinteiro, mantendo as mãos lim-pas no trabalho de edificação do Reino de Deus.

Roma gostaria de tê-lo como destemido e vitorioso general que, a frente de suas legiões guerrei-ras, nela penetrasse, sob aplau-sos frenéticos, humilhando os que tombassem sob o peso da espada. Mas, a glória humana, tão transi-tória quanto mentirosa, não esta-va em suas sublimes aspirações. Desejava amar e servir, até que o madeiro infamante da crucificação o convocasse para o martírio su-premo no Gólgota.

Repudiava a ambição, o ego-ísmo e a acumulação de bens perecíveis, mostrando a ação das traças, da ferrugem e dos ladrões. Exemplificava! Tudo doava! Para o repouso da cabeça não tinha uma pedra sequer!

Segundo os textos evangélicos,

16 Janeiro/abril - 2015

chorou publicamente duas vezes. Na antevisão da Jerusalém destruí-da e diante da dor de Maria, em Be-tânia, no célebre episódio da res-surreição de Lázaro. Demonstrava seu grandioso poder de sentir a dor alheia, como o fez, sempre socor-rendo cegos, paralíticos, lunáticos, coxos e outras vítimas de passado delituoso.

Em “Paulo e Estevão”, psico-grafia de Chico Xavier, Emmanuel, no cap. 3, traduz sua sublime mis-são, dizendo-nos que: “Os filósofos do mundo sempre pontificaram de cátedras confortáveis, mas nunca desceram ao plano da ação pes-soal, ao lado dos mais infortuna-dos da sorte. Jesus renovara, com exemplos divinos, todo o sistema de pregação da virtude.

Chamando a si os aflitos e os enfermos, inaugurara no mundo a fórmula da verdadeira benemerên-cia social”.

Quantas vezes terá chorado, na contemplação dos atuais quadros de intensos sofrimentos, no silên-cio do seu magnânimo coração?

Por isso quando dizemos amá-lo, necessário se torna não temer-mos a estreiteza da porta das pro-vações. Fugir dos compromissos é adiar a própria redenção, porque ninguém foge de si mesmo, onde quer que esteja. Protelar decisões é enganar a si próprio.

A água viva da fé que ele ofer-tou à samaritana, no poço de Jacó, na cidade de Sicar, para nós, hoje, é a mesma que brota da sua eterna generosidade.

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17 Maio/agosto - 2015

Meditemos nos seus exemplos e sublimes ensinamentos!

Com Jesus nos tornamos mais fraternos, mais alegres e mais solidários.

Dizem os cientistas que o Planeta despren-deu-se da nebulosa solar, que lhe é um milhão e tre-zentas mil vezes maior, e sabemos que há pelo me-nos cinco bilhões de anos o Senhor já era puro e, por isso, declarou: “Gra-ças te rendo, meu Pai, pela luz que me deste an-tes desse mundo existir”.

Desde o início, tudo acompa-nha carinhosamente, como “guia e modelo” de toda a Humanidade.

Ao afirmar, com legí-tima autoridade, que é “o caminho, a verdade e a vida”, Ele não mentiu.

Segui-lo, conquistan-do as virtudes exortadas pelo Seu Evangelho de Verdade, a mais completa síntese das Leis do Cria-dor, é um ato de grandio-sa inteligência, porque Ele é o orientador dos nossos destinos, a Luz do Mundo.

“Transcorrido o primeiro século da Codificação Kardequiana, mais se fazem atuais os seus ensinos e conclusões, ensejando elucidações valio-sas para os enigmas que surgem no momento em que ruem os tabus e os preconceitos, em necessidades que aparecem para substituir as manifes-tações místicas da ignorância e da falsa pudicícia da fé, que se esboroam.

Por essa razão é que se faz imperioso estudar o Espiritismo, trazen-do os informes destes dias para examiná-los à luz meridiana da Doutrina, clareando as nebulosas informações de psiquiatras e parapsicólogos, os problemas morais ao estudo sistemático da moral espírita e as conclusões da ciência ao ensinamento doutrinário. Não olvidar, no entanto, que os descobrimentos e as informações de caráter eminentemente revelador, no campo do mundo, aos homens do mundo competem, sendo a Dou-trina mesma o guia moral e espiritual para todos nós, não pretendendo como não o fez o Codificador, resolver ou realizar as tarefas que ao ho-mem incumbem como medidas imperiosas de crescimento e evolução.

Estudemos mais e analisemos melhor o Espiritismo, porquanto com suas lições no coração e na mente encontraremos o pão e a luz, o instrumento e a rota para levar-nos à harmonia e à paz real.”

Autoria de Vianna de CarvalhoMensagem extraída da obra “À Luz do Espiritismo”

Psicografia de Divaldo Pereira Franco

Imperioso estudar o Espiritismo

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18 Maio/agosto - 2015

Extraídas da obra “Pontos e Contos”, autor Irmão X(Humberto de Campos), psicografia de Chico Xavier, editora FEB.

“O Evangelho é o Livro da Vida, cheio de contos e pontos divinos,trazidos ao mundo pelo Celeste Orientador.”

“O que importa no plano espiritual não é o ‘interromper’ ou o ‘recome-çar’ da experiência e, sim, a iluminação duradoura para a vida imortal.”

“O trabalho é a única ferramenta que pode construir opalácio do repouso legítimo.”

“Aprendiz algum tem o direito de invocar a presença do Mestre,de novo, antes de atender as lições anteriormente indicadas.”

“Desventurados os rebeldes, os hipócritas e os indiferentes, porque a morte do corpo revela a verdade pura, e as almas transviadas não

encontram senão abismos e trevas, lágrimas e tormentos.”

“O aluno que não se vale da experiência vivida, nãopode aguardar o êxito desejado.”

“É um erro interpretar dificuldades à conta de punições ou pesadelos, quando nelas devemos encontrar recursos de aprimoramento

e provas abençoadas.”

“A dor e o obstáculo guardam para nós a função delegítimos instrutores.”

“O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas.Não esqueças, todavia, que a concessão de um tesouro é título de

confiança e toda confiança traduz responsabilidade.”

“Antes de tudo, recorda os próprios erros e lava o coraçãonas águas do arrependimento.”

meditaçãoFrases que merecem

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19 Maio/agosto - 2015

Sempre assisto palestras e, às vezes, ouço alguns oradores dizendo ser o Espiritismo apenas científico e filosófico, negando o lado religioso da Doutrina. O Espiritismo é religião?

Os nossos irmãos que negam ser o Espiritismo também religião es-tão confusos e necessitam estudar a questão com um pouco mais de pro-fundidade.

De 1857 (lançamento de “O Li-vro dos Espíritos”) a 1861 (lançamen-to de “O Livro dos Médiuns”) Kardec sustentou a hipótese de a Doutrina Espírita ser só filosofia e ciência, o que é compreensível. O Codificador não tinha nenhum outro elemento para afirmar o lado religioso do Espi-ritismo.

João Evangelista, São Luiz, Paulo de Tarso, Santo Agostinho, Sócrates, o Espírito de Verdade re-pletam de mensagens consoladoras o Movimento nascente. Kardec, per-cebendo a intenção dos benfeitores, lança “O Evangelho segundo o Espi-ritismo”, em 1864, convencendo-se a respeito da vertente religiosa da Dou-trina Espírita.

Em sua última manifestação pú-blica, Allan Kardec, no discurso pro-nunciado na Sociedade Espírita de Paris, em 1.° de novembro de 1868, encerrou a questão, definitivamente, afirmando ser o Espiritismo também religião.

No parágrafo 36.°, ele disse:

Tribuna Livre O ESPÍRITA responde

“Nas descobertas da ciência a reve-lação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o credo, a religião do Espiritismo, religião que se pode conciliar com todos os cultos”.

Negar o lado religioso do Es-piritismo é contrariar a posição do Conselho Federativo Nacional, da Federação Espírita Brasileira, é negar Emmanuel, André Luiz, Chico Xavier, Bezerra de Menezes, Eurípedes Bar-sanulfo, Joanna de Ângelís, Divaldo Franco e muitos outros.

Todos os escritores espíritas conceituados, todos os oradores es-píritas de nível, todos os médiuns es-píritas acreditados, sempre citam os três aspectos do Espiritismo: ciência, filosofia e religião.

Tirar Jesus do Espiritismo (lado religioso) é uma manobra de espíritos inferiores, enganadores, como Paulo advertiu a Timóteo em sua epístola.

Sem o lado religioso, o Espi-ritismo perde o sentido. O que mais falta ao mundo é exatamente a moral cristã. Filosofia e ciência sobram em nossa sociedade sem modificá-la.

Mantenha-se firme em sua po-sição, mas sempre fraternalmente, buscando fazer luz sobre a questão, evitando os atritos prejudiciais à sua evolução. Não se deixe perturbar. Não aceite provocação das trevas.

Jogar uns contra os outros é o objetivo maior desses infelizes ir-mãos, é assim que eles lançam o descrédito sobre a Doutrina.

19 Maio/agosto - 2015

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20 Maio/agosto - 2015

Gênios mirins sancionan o renascerO que é a genialidade, o virtuosis-

mo? O que faz na Terra um superta-lentoso? Qual é o seu futuro? Per-guntas essas que somente podem ser respondidas tendo a pluralidade das existências como verdade inconteste e mecanismo natural de evolução do Espírito.

Pesquisadores acadêmicos, por mais que investiguem e arrisquem explicar as atuações de crianças e jovens com inteligências muito acima da média, oferecem frágeis hipóteses, discorrendo sobre causas obscuras, infl uências enigmáticas e complexos mágicos. Os teólogos, laborando na inaptidão de elucidação racional e experimental, adjudicam tudo aos in-sondáveis mistérios da vontade do Al-tíssimo. Em verdade, a temática sobre reencarnação, sob o ponto de vista espírita, não foge à ciência, não teme debate, não se enlaça a dogmas e re-pele o materialismo. A Doutrina está inteiramente habilitada para explicar o admirável fenômeno das crianças e jovens prodígios.

Por cabível, citemos a título de ilustração alguns nomes para lá de prodigiosos. Mozart e Chopin, por exemplo, trouxeram de reencarna-ções anteriores um nível de habilidade para a música extremamente superior aos músicos comuns. Quando tais vir-tuoses reencarnaram, simplesmente complementaram os conhecimentos e habilidades que permitiram acres-centar aquele degrau que passaria a habilitá-los à classe de Gênios. Assim, tais espíritos, em vez de trazerem so-mente um potencial latente, apresen-

tam no cérebro físico a porta aberta do setor da memória espiritual. Recor-dando não como intuição, mas como lembrança concreta daquela habilida-de desenvolvida no passado.

Miguel Ângelo, aos 12 anos, já era um magistral artista; Balzac, aos 8, já compunha pequenas comédias; Wag-ner, aos 6, já havia lido a história de Mozart; Alexandre Dumas, aos 4, lia a História Natural de Buffon. Voltaire, educado por um padre, aprendeu a ler aos 3. Antes dos 12 versejava com ad-mirável fl uência. Goethe, aos 7, com-punha versos em latim e antes dos 9, fazia um poema, parte em latim, parte em grego e parte em alemão. Hermó-genes, aos 15 ensinava retórica ao imperador Marco Aurélio. Victor Hugo, aos 13, ganhava um prêmio nos jogos fl orais de Toulouse.

Há diferentes talentos presentes nos gênios mirins contemporâneos. Vejamos: Kim Yong-Ung frequentou a Universidade aos 4 de idade e no seu quinto aniversário resolveu um complicado cálculo diferencial e inte-gral; doutorou-se aos 15 anos. Kevin Michael Kearney falou suas primeiras palavras aos quatro meses, e quando tinha seis meses disse ao seu pedia-tra: “eu tenho uma infecção na orelha esquerda”, e aprendeu a ler aos 10 meses. Akrit Pran Jaswal (da Índia) se tornou conhecido quando realizou sua primeira cirurgia com 7 anos. Entrou na universidade de medicina aos 12 anos. Taylor Ramon Wilson é a pes-soa mais jovem do mundo a construir um fusor nuclear. Aos 10 anos, ele construiu uma bomba e aos 14, o fu-

Jorge Hessen - DF

20 Maio/agosto - 2015

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21 Maio/agosto - 2015

sor. Em 2011, ganhou o prêmio Inter-national Science and Engineering Fair Intel, graças ao seu detector de radia-ção. Jacob Barnett, aos 10 anos se matriculou na Universidade de India-na. Atualmente ele está trabalhando em seu PhD em Física Quântica. Mar-ch Tian Boedihardjo nasceu em Hong Kong e é a pessoa mais jovem a se matricular na Universidade de Hong Kong, aos 9 anos de idade. Balamura-li Ambati nasceu em 1977 e foi o mais jovem do mundo a se formar na carrei-ra de medicina. Aos 13 anos já tinha se graduado na Universidade de Nova Iorque, e aos 20 terminou sua residên-cia na Universidade de Harvard e se graduou como oftalmologista. Gregory R. Smith aos 14 meses já sabia as 4 operações aritméticas e aos 2 anos já lia perfeitamente, inclusive corrigindo os erros gramaticais que encontrava. Ruth Elke Lawrence, aos 8 anos, já ti-nha atingido o nível intelectual de ma-temática mais alto que se pode obter – “Grau A em Matemática Pura”. Aos 11 anos, Ruth entrou na universidade de Oxford. Continuou seus estudos até obter seu doutorado, com 18 anos. William Hamilton conhecia 13 línguas em sua infância, e aos 18 anos foi pro-clamado o melhor matemático de sua época.

Só a pluralidade das existências pode explicar a diversidade dos ca-racteres, a variedade das aptidões, a genialidade, a desproporção das qualidades morais; enfim, todas as desigualdades que alcançam a nossa vista. Fora dessa lei, indagar-se-ia, inutilmente, por que certos homens possuem supertalentos, sentimentos nobres, aspirações elevadas, enquan-to outros só manifestam paixões e ins-tintos grosseiros. A influência do meio,

a hereditariedade e as diferenças de educação não bastam, obviamente, para explicar esses fenômenos. Ve-mos os membros de uma família, se-melhantes pela carne, pelo sangue, pelo histórico genético, e educados nos mesmos princípios, diferençarem-se ao infinito em muitos pontos.

No século XIX, numerosos pensa-dores renderam-se à reencarnação: Dupont de Nemours, Charles Bonnet, Lessing, Constant Savy, Pierre Le-roux, Fourier, Jean Reynaud. A Doutri-na das vidas sucessivas foi vulgariza-da para o grande público por autores como Balzac, Théophile Gautier, Ge-orge Sand e Victor Hugo. Pesquisa-dores como Ian Stevenson, Brian L. Weiss, H. N. Banerjee, Raymond A. Moody Jr., Edite Fiore e outros trouxe-ram resultados notáveis sobre a tese reencarnacionista.

É possível que, em um futuro pró-ximo, os estudos nessa direção che-guem aos mesmos resultados já afir-mados pelo Espiritismo. Grande parte das tentativas de estudar prodígios mi-rins, sem levar em conta a preexistên-cia do espírito, esbarra em resultados nada satisfatórios ou em dificuldades insuperáveis, em face da necessidade de se considerar essa hipótese. Caso contrário, entra-se em um beco sem saída e o progresso da ciência nessa área permanecerá na inércia.

21 Maio/agosto - 2015

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22 Maio/agosto - 2015

1 – Tem o Espiritismo absoluta necessidade da ciência terrestre? Essa necessidade de modo algum pode ser absoluta. O concurso científico é sempre útil, quando oriundo da consciência esclarecida e da sinceridade do coração. Importa considerar, todavia, que a ciência do mundo se não deseja continuar no papel de comparsa da tirania e da des-truição, tem absoluta necessidade do Espiritismo, cuja finalidade divina é a iluminação dos sentimentos, na sagrada melhoria das características morais do homem.

63 – Considerando a determinação positiva do “não julgueis”, como pode-remos discernir do mal, sem julgamento? Entre julgar e discernir, há sempre grande distância. O ato de julgar para a especificação de consequência defi-nitiva pertence à autoridade divina, porém, o direito da análise está instituí-do para todos os espíritos, de modo que, discernindo o bem e o mal, o erro e a verdade, possam as criaturas traçar as diretrizes do seu melhor caminho para Deus.

88 – Deve o homem terrestre enxergar nas comoções geológicas do globo elementos de provação para a sua vida? Os abalos sísmicos não são simples acidentes da Natureza. O mundo não está sob a direção de forças cegas. As comoções do globo são instrumentos de provações coletivas, ríspidas e penosas. Nesses cataclismos, a multidão resgata igualmente os seus crimes de outrora e cada elemento integrante da mesma quita-se do pretérito na pauta dos débitos individuais.

246 – Qual a diferença entre provação e expiação? A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edifi-cação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.

260 – Em face da Ciência e da Filosofia como interpretar a Religião nas ati-vidades da vida? Religião é o sentimento Divino, cujas exteriorizações são sempre o Amor, nas expressões mais sublimes. Enquanto a Ciência e a Fi-losofia operam o trabalho da experimentação e do raciocínio, a Religião edifica e ilumina os sentimentos. As primeiras se irmanam na Sabedoria, a segunda personifica o Amor, as duas asas divinas com que a alma humana penetrará, um dia, nos pórticos sagrados da espiritualidade.

O CONSOLADOR é um livro de perguntas e res-postas que trata dos principais temas espíritas. Selecio-namos algumas questões, entre as 411 existentes, com o intuito de destacar a necessidade do estudo desta que é uma das maiores obras do inigualável Emmanuel.

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23 Maio/agosto - 2015

Bateria quântica

Uma bateria quântica é um sistema que usa os qubits (unidade bási-ca de armazenamento ou bit quântico) não para armazenar dados, mas energia. Pesquisadores da Universidade de Oxford, Inglaterra, demons-traram que os qubits usados nos experimentos de computação quântica podem permanecer em um de dois estados, ou nos dois estados ao mesmo tempo, graças ao fenômeno quântico da superposição - qubits podem ser íons, átomos neutros, fótons etc. (www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=bateria-quantica-recarrega-se-quase-instantaneamente)

O propósito desta matéria é realçar que o conhecimento de armazena-mento e transmissão de energias nos níveis das partículas atômicas está se aproximando dos meios utilizados pela espiritualidade no auxílio do cor-po físico e do perispiritual, na gestão de energias salutares, balsâmicas, minorando dores e suavizando sofrimentos.

Os espíritos realizam os fenômenos do transporte de energias sutis observando leis naturais ainda não captadas pela ciência humana. Forma-mos a compreensão que os fenômenos ocorrem no campo das partículas subatômicas abaixo das partículas já descobertas pela ciência, mas ainda muito densas em relação à física operada pela espiritualidade.

Entre o corpo físico e o perispiritual existe um imenso campo desco-nhecido que interage de contínuo, e conhecer como as leis naturais operam as trocas de energias entre eles é apenas uma questão de tempo. A Dou-trina nos esclarece sobre as trocas de energias do mundo espiritual para o mundo material há muito tempo!

Buraco de minhoca que teletransporta magnetismo

Em 2007, físicos descreveram um modelo matemático que demonstra-va ser possível construir uma fenda espacial eletromagnética.

Embora usassem o termo fenda espacial, ou buraco de minhoca (wormhole), em vez de um atalho pelo Universo, o que Allan Greenleaf e seus colegas idealizaram é mais parecido com um “túnel de invisibilidade”, através do qual radiações eletromagnéticas poderiam transitar sem deixar qualquer pista.

Isso seria extremamente útil porque permitiria evitar interferências ele-tromagnéticas em virtualmente qualquer aparelho - por exemplo, em apare-

Notícias comentadas1

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lhos de ressonância magnética, que interferem com outros equipamentos que poderiam ser usados para monitorar os pacientes.

Agora, três pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, seguiram a teoria e construíram o que eles chamam de “bu-raco de minhoca magnético”. (www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=buraco-minhoca-magnetico-teletransporta-magnetismo)

Navegar pelo Universo estimado, mesmo à velocidade da luz (300 mil km por segundo), pode demorar 13,5 bilhões de anos! A velocidade da luz é lenta para percorrer o Cosmos criado por nosso Pai Celeste.

Várias teorias buscam encontrar outros modos de transportar energia por meio de portais, dobras do espaço, fendas espaciais etc., mas ainda no campo das meras hipóteses.

A espiritualidade afirma que o pensamento “anda” mais rápido que a velocidade da luz1. Portanto, não existem distâncias intransponíveis quer seja para as comunicações men-tais entre os espíritos, quer seja para a recepção de nossas rogativas por eles. Os espíritos evoluídos podem percorrer o espaço com a rapidez do pensamento2.

A ciência humana ainda está en-gatinhando no caminho de possíveis descobertas de novas formas de deslocamentos acima da velocidade da luz.

Referências:1 Ação de Reação - cap. 4.2 O Livro dos Espíritos, questões 89, 90 e 247.

- Respostas -Verificação de conhecimentos doutrinários págs. 14 e 15.

Q.1 - Júpiter / Q.2 - Caibar Schutel / Q.3 - 2 horas / Q.4 - Cartas de um Morta / Q.5 - João / Q.6 - Animismo / Q.7 - Marte / Q.8 - No Sermão do Monte / Q.9 - Deus, espírito e matéria / Q. 10 - Nicodemos

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25 Maio/agosto - 2015

Querido(a) irmão(ã),

A Revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978, jamais deixou de circular em seus 36 anos de existência.

Sempre com dificuldades, levou para todo o Brasil a mensagem consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e a beleza propos-tas por nossos benfeitores sob a égide de Jesus Cristo.

Cabe colocar que muitas casas espíritas carentes, mormente no interior, onde há enorme falta de material de divulgação, estão recebendo gratuitamente O ESPÍ-RITA. Por esta razão, solicitamos à sua nobre consciên-cia, que contribua com os valores sugeridos (R$ 20,00 - 1 ano de assinatura e R$ 35,00 - 2 anos de assinatura), ou mediante colaboração espontânea acima deste valor, para que possamos custear as três edições anuais da re-vista (abril/agosto/dezembro), as postagens dos exem-plares que serão remetidos em seu nome e a distribui-ção gratuita para centenas de instituições espíritas.

Ao enviar sua parcela de contribuição, você viabi-lizará a continuação deste trabalho e apoiará os edito-res, que lutam com denodo para manterem erguida a bandeira da Nova Fé, e que arcam com grande parte dos custos desta produção, sem nada receberem pelos serviços prestados.

Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada, en-tendendo que a luta pela vitória do bem é da responsa-bilidade de todos.

Co n t r i b u a c o m a d i v u l ga ç ã o d a D o u t r i n a E s p í r i t a .A s s i n a t u r a p e l o s i t e : w w w. o e s p i r i t a . c o m . b r

o u p r e e n c h a o f o r m u l á r i o n o ve r s o.

Carta ao atual e futuroAssinante Mantenedor

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26 Maio/agosto - 2015