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Editorial - avisite.com.br · kg, alcançou-se recorde histórico no custo de produção do frango. A criação de frangos de corte no Brasil é feita no sistema de integração,

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Editorial

A Revista do AviSite

Eu que

3A Revista do AviSite

Sumário

Laboratório passa a realizar pesquisa do gene M através do ensaio de PCR para IA

16Laboratório Cedisa completa 26 anos

Caderno Técnico Comercial Água e RaçãoÚltimas análises e pesquisas apontam como é possível evoluir nestes dois componentes para a produção avícola

Cobb-Vantress amplia a capacidade de incubatórios e investe em tecnologiaObras contemplam aumento de instalações e troca de equipamentos de controle de ambiência

Ponto finalpor Priscila Maciel - CidascVigiância para Salmonella em reprodutoras,

Eventos

Painel do Leitor

Noticias curtas

AviGuia

Produção e mercado em resumoPintos de corteProdução de carne de frangoExportação de carne de frangoOferta InternaDesempenho do frango vivo em setembroMatérias-primas

51525354555657

Estatísticas e preços

07

08

21

42

A ciência nutricional na estrutura pré-abate

32

Pesquisas apontam maior ganho de peso, melhor

conversão alimentar e maior utilização da energia em

frangos de corte

14Amilase e fitase em dietas

58

44

Lucratividade nos abatedouros

10

38

4

Editorial

A Revista do AviSite

5A Revista do AviSite

6

Editorial

A Revista do AviSite

PublisherPaulo Godoy

[email protected]

Redação Érica Barros (MTB 49.030)

Giovana de Paula (MTB 39817) [email protected]

Comercial Karla Bordin

[email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e

Innovativa [email protected]

InternetGustavo Cotrim

[email protected]

Administrativo e circulaçãoCaroline Esmi

[email protected]

ExPEDIEntE

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 1153

13070-147 - Campinas, SP

Os informes técnico-empresariais publicados nas

páginas da Revista do AviSite são de responsabilidade das

empresas e dos autores que os assinam. Este conteúdo não reflete a opinião da Mundo

Agro Editora.

Pullorum & Gallinarum ganham vida nos quadrinhos

Iniciando neste mês, A Revista do AviSite e a Vetanco do Brasil apresentarão para os leitores momentos de descontração durante as próximas 6 edições: serão publica-das tirinhas humorísticas relacionadas ao dia-a-dia da produção avícola.

A elaboração deste material é originada de uma parceria entre as ilustrações do Cineasta Rodrigo Gazzano (pseudônimo Pullorum) e os roteiros do Médico

Veterinário Marcelo Dalmagro (pseudônimo Gallinarum). Essa parceria surgiu em visita conjunta à uma granja de frangos de corte em SP, possibilitando que a paixão do primeiro por ilustrar as penosas e o conhecimento da cadeia avícola do segundo se misturassem neste projeto.

Sobre os autores:Rodrigo Gazzano é natural de São Paulo, formado em cinema. Decidiu seguir

uma paixão de longa data: desenhos animados. trabalhou para editoras animandoli-vros ilustrados no meio digital (apps). Após o nascimento de sua filha Melina, e bom-bardeado por tantos personagens galináceos do meio infantil (Cocoricó, Fuga das Galinhas, Galinha Pintadinha, etc), tornou-se obcecado pela temática. Desde então, desenha e anima galinhas compulsivamente, publicando algumas de suas criações no website www.pullorum.blogspot.com.br.

Marcelo Dalmagro é catarinense de São Miguel do Oeste. Médico veterinário por formação, trabalha na avicultura há 10 anos, tendo passado neste período por experiências em grandes agroindústrias do país, além de um tempo em formação acadêmica nos EUA, e mais recentemente coordenando pesquisas e desenvolvimen-tos de produtos de sanidade animal na Argentina. Atualmente reside em Chapecó/SC, onde ocupa a função de Gerente técnico da Vetanco S.A.

O intuito deste material é abordar temas atuais e rotineiros para aqueles que tra-balham na produção de aves no Brasil, sempre de modo que permita olhar sob outra perspectiva, um tanto quanto cômica, criativa e artística, a atividade que nos serve como ganha-pão. Divirtam-se!

ISSN 1983-0017 nº 97 | Ano VIII | Outubro/2015

7A Revista do AviSite

Outubro4 a 9 Semana do Ovo 2015Realização: Instituto Ovos Brasil e ABPASite: www.ovosbrasil.com.br/campanhaIOB.html

Novembro12 e 133° Fórum de Agricultura da América do SulLocal: Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, PRRealização: Agronegócio Gazeta do PovoContato: (41) 3154-4757E-mail: [email protected]ções: www.agrooutlook.com

Dezembro2 a 429ª Reunião Anual do CBNALocal: Hotel Fonte Colina Verde, em São Pedro (SP)Realização: CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal) Telefone: (19) 3232-7518Informações: www.cbna.com.br

Janeiro 26 a 28International Production and Processing Expo (IPPE)Local: Georgia World Congress Center, Atlanta (EUA)Realização: American Feed Industry Association, American Meat Institute e U.S. Poultry & Egg AssociationInformações: www.ippexpo.comE-mail: [email protected]

Fevereiro 16 e 17Curso Facta Nutrição: Matrizes e FrangosLocal: Campinas, SPRealização: Facta Telefone: (19) 3243-8542Informações: www.facta.org.brE-mail: [email protected]

Março 15 a 19XIV Congresso APA Produção e Comercialização de Ovos Local: Ribeirão Preto, SPRealização: APA Telefone: (11) 3832.1422 E-mail: [email protected]

Abril 5 a 7XVII Simpósio Brasil Sul de Avicultura e VIII Poultry Fair Local: Chapecó, SCRealização: NucleovetInformações: www.nucleovet.com.br

13 a 15I Poultry Nutrition and Production Conference e III Simpósio de Avicultura do Local: João Pessoa, PB Realização: Grupo de Estudos em Tecnologias Avícolas/UFPBTelefone: (83) 3362-2504 E-mail: [email protected]ções: www.getaufpb.org.br

Instituto Ovos Brasil promove Semana do Ovo 2015 com apoio de patrocinadores

O Instituto Ovos Brasil promove mais uma vez, com apoio da ABPA Associação Brasileira de Proteína Animal e patrocínio de empre-sas do setor avícola, a Semana do Ovo, criada para concentrar uma série de ações realizadas em vários estados do País em comemoração ao Dia Mundial do Ovo.

A data - estabelecida há 19 anos pela International Egg Comission na segunda sexta-feira do mês de outubro - marca uma mobilização mundial para difundir os benefícios do ovo e desfazer mitos que ainda persistem na cultura popular a respeito deste que é um dos alimentos mais completos da natureza.

A Semana do Ovo 2015 acontece de 4 a 9 de outubro, com dezenas de ações simultâneas e coordenadas que serão realizadas por empresas, associações estaduais de produtores, entidades sem fins lucrativos, instituições de ensino – da educação infantil às universida-des –, veículos de comunicação, academias de ginástica e condiciona-mento físico, restaurantes, bares e padarias, estabelecimentos comer-ciais e redes de supermercados.

As ações planejadas buscam envolver o público alvo das mais diversas formas: da distribuição de material informativo à doação de ovos para ações de cunho social, da participação em congressos de saúde e nutrição à realização de palestras técnicas, da divulgação de receitas a degustações, de aulas para público infanto-juvenil a apre-sentações teatrais e artísticas, de anúncios publicitários a ofertas e promoções de produto no varejo.

PatrocinadoresA Semana do Ovo representa a maior mobilização da avicultura

de postura brasileira em torno da promoção do ovo e de suas qualida-des nutricionais.

Neste ano, a realização da Semana do Ovo conta com a adesão de seis empresas que adquiriram a cota OURO de patrocínio, contri-buindo de maneira fundamental para a produção de todo o material promocional e de diversas das ações programadas. São elas: Elanco, Fatec, Huhtamaki, Merial, Ourofino Saúde Animal e Sanovo. A realiza-ção da semana também conta com o patrocínio PRATA da Anfeas e das empresas Big Dutchman, Ceva, DSM e Porto Alimentos.

Também faz parte das comemorações da Semana do Ovo a veicu-lação do comercial de TV estimulando o consumo do ovo – nova fase da campanha publicitária do Instituto Ovos Brasil, iniciativa realizada graças ao aporte especial gerado por um grupo de incubatórios for-mado pelas empresas Hy-Line do Brasil, Lohmann do Brasil, H&N Avicultura, Globoaves, Mercoaves e Planalto Postura.

Para assistir e divulgar o vídeo comercial acesse www.ovosbrasil.com.br/campanhaIOB.html.

Eventos

Painel do LeitorEnvie seus comentários e sugestões para o email [email protected], com nome completo, profissão e cidade, ou ainda participe de nossas redes sociais

Frango fechou agosto com o segundo maior custo de produção da história

De acordo com o levantamento mensal da Embrapa, o custo médio de produ-ção de agosto ficou próximo de R$2,32/kg, correspondendo ao segundo maior valor registrado desde agosto de 2012 quando, ao passar dos R$2,37/kg, alcançou-se recorde histórico no custo de produção do frango.

A criação de frangos de corte no Brasil é feita no sistema de integração, mas o integrado, na maioria das vezes, não está conseguindo cobrir o seu custo de produção com o que recebe! O que fazer para poder continuar na atividade dignamente?

Valter Monteiro, Serra Azul, SP@AviSite

/avisite.portaldaavicultura

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As cinco notícias mais lidas no AviSite em

A paralização teve início no dia 17 de setembro. Consuelo Paixão, da Anffa Sindi-cal, diz que a proposta oriunda do Governo é de um reajuste de 21,3% em 4 anos, mas o prazo oferecido não leva em conta os próxi-mos 4 anos.

A posição dos FFA’s diante da greve

Setembro

1Os embarques de agosto último podem ser considerados ex-cepcionais. Porque as 344.865 toneladas de produto in natura embarcadas correspon-deram ao terceiro maior volume de toda a história do setor (40 anos).

Embarques de agosto têm 3º melhor

resultado

2Praticamente 60% das exportações brasileiras de carne de frango dos oito primeiros meses de 2015 estiveram concen-tradas nos cortes que, por sua vez, foram o único dos quatro itens exportados a registrar aumento de volume neste ano: +15,44%.

Cortes garantem crescimento das

exportações

3Para o Rabobank, os preços internacionais podem ser decrescen-tes, mas o mercado global permanece firme e a indústria avícola se beneficia da combina-ção de algumas condi-ções favoráveis, como oferta equilibrada na maioria das regiões.

Tendências mundiais na visão

do Rabobank

4

Campinas, 23 de Setembro de 2005 - Foi divulgado o levanta-mento sobre o custo de produção de frangos e suínos, elaborado pela Conab e a Embrapa. No levantamento, constam dados dos meses de maio, junho e julho, mas a Conab pretende atualizá-los mensalmente.

O levantamento, feito por 40 técnicos, pesquisou os custos em 10 estados brasileiros: São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catari-na, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e Goiás. Foram especificados os custos fixos e variáveis dos produtores integrados e agroindústrias, avaliando os sistemas de criação climatizados, automáticos e manuais. Foram incluídos no cálculo custos como depreciação de equipamentos, água, energia elétrica, rações, assistência técnica e produtos veteri-nários, entre outros.

Segundo o levantamento, no Paraná o custo por quilo no mês de julho foi de R$1,388 no aviário climatizado, R$ 1,397 no aviário auto-mático e R$1,447 no aviário manual. Em São Paulo, os produtores integrados e agroindústrias gastaram R$ 1,468 no aviário climatizado, R$ 1,473 no aviário automático e R$ 1,45 no aviário manual.

No estado de Pernambuco, foram gastos R$ 1,966 no aviário climatizado, R$ 1,979 no aviário automático e R$ 2,043 no aviário manual. Já em Mato Grosso do Sul, o custo total foi de R$ 1,368 no aviário climatizado, R$ 1,352 no automático e R$ 1,344 no manual.

No trabalho, pode-se constatar uma situação que o mercado já conhece bem: em três dos quatro Estados citados acima, o preço pago em julho pelo mercado para o quilo de frango vivo não cobriu os custos de produção.

Há 10 anos no AviSitewww.avisite.com.br

Conab divulga custo de produção do frango em 10 estados

Em julho último, a produção brasileira de pintos de corte atingiu a marca, inédita, dos 573,2 milhões de cabeças, aumentando 5,61% em relação a julho de 2014 e 3,82% em relação ao mês anterior, junho de 2015.

Pintos de corte: 2º sem com recorde no

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Embora tenha aumentado perto de 20% em relação ao mês anterior, o volu-me de ovos férteis exportados pelo Brasil em agosto passado continuou mais de 30% aquém do alcançado em agosto de 2014. Com isso, o total exportado no trimestre junho-agosto foi um terço me-nor que o dos mesmos três meses do ano passado.

Como são remotas as possibilidades de recuperação dos embarques no quadri-mestre final de 2015, a tendência é de fechar-se o ano com um volume entre 15% e 20% menor que o do ano anterior.

Ainda em baixa Vendas externas de ovos férteis podem recuar 20% no ano

Notícias Curtas

Em seu Boletim PIB divulgado em setem-bro, no qual analisa o desempenho da agrope-cuária brasileira no primeiro semestre de 2015, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) observa que, no período, somente dois produtos da produção animal brasileira – o boi em pé e os ovos – tiveram faturamento real positivo, ou seja, acima da inflação acumulada no período.

No caso do ovo, porém, o incremento verificado foi mínimo – de 0,21% - podendo ser interpretado apenas como estabilidade em relação ao primeiro semestre de 2014 e nada mais do que isso.

CNA Além do boi, só ovos fecharam 1º semestre com faturamento positivo

10

Notícias Curtas

A Revista do AviSite

De acordo com a SECEX/MDIC, nos oito primeiros meses de 2015 o volume de cortes de frango exportado pelas cooperativas aumentou perto de 38%, enquanto o de industrializados registrou incremento superior a 30%.

A venda externa somada total aumentou cerca de 32%, gerando receita cambial 13,5% maior que a de idêntico período de 2014.

Em 2015

Receita cambial das cooperativas com o frango cresce 13,5%

Abaixo, uma síntese da visão do Rabobank sobre a situação e tendências da carne de frango no mercado mundial do ponto de vista dos principais “players” do produto. As análises estão no boletim trimestral do Rabobank divulgado em setembro.

Boletim trimestral Situação e tendências do frango no mercado mundial na visão do Rabobank

Mercado avícola globalSurtos de Influenza Aviária afetam mercados regionais

- A despeito dos embargos, bons preços internos;- Mercado interno favorável compensou queda das exportações em decorrência da IA;- Expectativa de reemergência, no outono, da IA – regiões produtoras de frango do sudeste sob risco.

- Economia local recessiva afeta comércio internacional;- Aumento no consumo de carne de frango;- Por conta da valorização do dólar e das restrições enfrentadas por alguns concorrentes, exportação de carne de frango registra recordes.

- Mercado firme, favorecido por um moderado aumento da oferta;- Euro fraco [ante o dólar] compensando o impacto negativo decorrente de queda nas exportações (por conta da IA em alguns países);- Importações de frango recuando cerca de 7%, especialmente do Brasil (embora as importações da Tailândia permaneçam em alta).

- Aumento de preço da carne suína proporcionando alguma melhora no mercado avícola;- Condições econômicas frágeis, com superprodução de pintos de um dia e economia fraca;- Menor alojamento de reprodutoras (em função da AI nos países fornecedores) pode propiciar recuperação do mercado interno em 2016.

- Melhor desempenho, graças aos baixos custos das matérias-primas e ao suporte proporcionado pela alta das carnes bovina e suína;- Continuidade da proibição de exportação e taxação do trigo;- Prossegue o processo de consolidação da avicultura local.

DEMAISPAÍSES

- México: recuperação da produção avícola através da importação de ovos férteis;- África do Sul: aumento das importações afetando margens de lucro internas;- Tailândia: desempenho frágil, recorde nas exportações;- Índia: baixo custo das matérias-primas favorecendo o desempenho do setor.

11A Revista do AviSite

Dados do USDA relativos aos últimos 13 anos (2015: previ-são) mostram que após terem se beneficiado por cerca de cinco anos do surto de Influenza Aviária que eclodiu na Tailândia entre 2003 e 2004, as exportações brasileiras de carne de frango para a União Europeia voltaram a retroceder.

Enquanto isso, a Tailândia, mesmo afetada por cerca de uma década pela IA, após enfrentar redução dos embarques em 2004 passou a registrar crescimento contínuo no fornecimento.

Considerado o comportamento registrado pelos dois países de 2009 para cá, em no máximo dois anos – eventualmente já no ano que vem – a Tailândia se torna o principal abastecedor daquele mercado.

Ao divulgar esses números, o USDA observa que Brasil e Tailândia permanecerão como os principais fornecedores de carne de frango da Comunidade Europeia. Mas deixa entrever que agora enfrentarão um novo concorrente, a Ucrânia. Que, depois de obter uma quota de fornecimento significativa (é a compensação pela disputa com a Rússia), vai se tornar o tercei-ro maior supridor da UE.

Na União Europeia

Frango brasileiro perde espaço para o tailandês

12

Notícias Curtas

A Revista do AviSite

Transcorridos três quartos do ano, apenas o Paraná

continua apresen-tando avanço. O

Estado aumentou seus embarques em

quase 21%, en-quanto o incremen-

to na receita cam-bial aproximou-se

dos 10%. Vale no-tar, no entanto, que

boa parte desse aumento se deve às cooperativas, cujos

embarques de carne de frango no perío-

do aumentaram, em nível nacional, mais

de 30%.

Paraná à frente Importadores da carne de frango brasileira no 1º semestre de 2015

CARNE DE FRANGOUnidades Federativas Exportadoras - JANEIRO-AGOSTO DE 2015

UFVOLUME RECEITA CAMBIAL

MIL/T VAR. US$ MI VAR.

PR 981,688 20,91% 1.620,374 9,63%

SC 641,748 0,61% 1.206,936 -14,85%

RS 480,328 2,02% 810,189 -9,16%

SP 173,016 0,91% 281,354 -10,26%

GO 134,740 16,50% 236,761 -8,16%

MS 113,152 0,25% 223,649 -14,54%

MG 138,481 9,83% 219,830 2,75%

DF 47,022 -17,94% 90,604 -17,47%

MT 53,488 -43,49% 86,783 -58,15%

BA 2,025 -57,82% 3,830 -59,23%

ES 0,918 44,72% 1,100 67,87%

PE 0,438 -48,45% 0,515 -39,59%

RO 0,344 -43,00% 0,508 -51,78%

TO 0,189 - 0,350 -

PB 0,054 -49,05% 0,088 40,33%

PA 0,006 -64,66% 0,021 -62,08%

RJ 0,003 - 0,008 -

REGIÕES

S 2.103,763 9,54% 3.637,499 -3,96%

CO 348,402 -8,43% 637,797 -23,77%

SE 312,418 4,78% 502,292 -4,89%

NE 2,517 -56,27% 4,432 -57,01%

N 0,539 -13,23% 0,879 -20,72%

BR 2.767,640 6,22% 4.782,900 -7,37%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC - Elaboração e análises: AVISITE

Os serviços alfandegários nigerianos desencadearam a operação “Hawk Descend”, na qual declararam “tolerância zero” para a carne de frango congelada introduzida ilegalmente no país.

E, neste caso, ilegal é toda a carne de frango produzida fora da Nigéria. Porque, com o objetivo de defender e expandir a avicultura local o governo nigeriano proibiu totalmente a importação do produto.

De acordo com dirigentes do Instituto de Pesquisas Veterinárias da Nigéria, o país agora está em plenas condições de atender a própria demanda, pois possui em criação um plantel de 180 milhões de aves.

Coincidência ou não, é também de 180 milhões, aproximadamente, a atual população da Nigéria. Será que há autossuficiência? Mas não só isso. Pois o que se acrescenta é que, do plantel total em criação, menos de 60 milhões correspondem a criações comerciais. Ou seja: mais de 120 milhões são aves pertencentes a planteis de subsistência da zona rural do país.

Carne ilegal Nigéria desencadeia operação “o rasante do falcão”

13A Revista do AviSite

S-70E COMEDOURO DE CORRENTECOM SUSPENSÃO

ALIMENTAÇÃO SIMULTÂNEA,

RESULTADO COMPROVADO.

A CASP lança no mercado a solução para alimentação de matrizes S-70E. Projetado para que todas as aves tenham acesso simultâneo ao alimento, é fácil de montar, desmontar e limpar. Promove maior segurança operacional e precisão na hora de distribuir o volume da ração, garantindo maior controle, aumento da vida útil dos equipamentos e abastecimento uniforme do circuito quando está suspenso. COMEDOURO DE CORRENTE COM SUSPENSÃO S-70E, facilidade e produtividade de uma só vez. www.casp.com.br

Fim do embargo total África do Sul retoma importação de frango dos EUA ainda em 2015

Acordo firmado em setembro entre os gover-nos da África do Sul e dos EUA estabeleceu que ainda em 2015 sejam retomados os negócios com carne de frango de origem norte-americana.

Considerados apenas os últimos cinco anos, o fornecimento norte-americano tem-se mantido extremamente baixo.

No início deste ano, com o surgimento de ca-sos de Influenza Aviária nos EUA, o embargo pas-sou a ser total. Tanto que os únicos embarques do ano, efetuados em janeiro, ficaram resumidos a pouco mais de 123 mil libras – perto de 56 toneladas.

Mas isso já está superado. Pois, no acordo desta semana, ficou estabelecido que a África do Sul somente poderá embargar produtos avícolas norte-americanos provenientes de áreas especifi-camente afetadas pela Influenza Aviária. E, nos EUA, praticamente nenhuma região produtora de frangos foi afetada pela doença.

Notícias Curtas

A Revista do AviSite14

IA nos EUA Plano para o outono acena com perspectiva de vacinação

A defesa sanitária animal do Departa-mento de Agricultura dos EUA (APHIS/USDA, na sigla em inglês) divulgou em meados de setembro seu plano de prepa-ração e resposta à Influenza Aviária para o outono já começou no Hemisfério Norte.

O documento faz um balanço do que ocorreu no país desde a detecção do pri-meiro caso, em dezembro de 2014, e ob-serva que o vírus alcançou 21 dos 48 esta-dos contíguos norte-americanos.

No curto espaço de seis meses (isto é, até junho de 2015, quando foi identifica-do o último caso do atual surto) foram afetadas 211 granjas comerciais e 21 cria-ções de subsistência e/ou de fundo de quintal, tudo levando à depopulação de 7,5 milhões de perus e 42,2 milhões de poedeiras e frangas de postura. O custo para a Federação (sem considerar as per-

das estaduais e municipais) supera os US$950 milhões.

A maior parte do programa divulgado não chega a apresentar grandes novida-des, concentrando-se no reforço das me-didas de biossegurança e no aumento da vigilância em torno das aves silvestres – o melhor “aviso prévio” de presença do ví-rus nas proximidades. Mas o programa também sinaliza com a possibilidade de utilização de vacinação contra IA, procedi-mento que, internamente, tem muitos prós e contras. Os contras vêm, principal-mente, do setor exportador.

Acesse o texto do plano de prepara-ção e resposta à (IA) do APHIS/USDA para o outono 2015: www.aphis.usda.gov/animal_health/downloads/animal_di-seases/ai/hpai-preparedness-and-res-ponse-plan-2015.pdf

Empresas

Crescimento JBS cria Presidência Global de Marketing e de Operações

A JBS passa a ter uma nova estrutura organizacional com o objetivo de sustentar seu crescimento e rentabilidade, na busca constante pela excelência operacional dos seus negócios, inova-ção do portfólio e a construção global de suas marcas. Nesse sentido, está sendo criada a Presidência Global de Operações e a Presidência Global de Marketing e Inovação, áreas que se repor-tarão diretamente ao CEO global da companhia, Wesley Batista.

Tarek Farahat, ex-presidente da P&G para América Latina, as-sume a Presidência Global de Marketing e Inovação. Tarek con-duzirá globalmente o posicionamento de todas as marcas de pro-dutos da companhia, no Brasil e no mundo (inclusive a marca institucional) e também os trabalhos de pesquisa e desenvolvi-mento, bem como liderará todos os esforços em inovação de portfólio.

Gilberto Tomazoni assume o cargo de Presidente Global de Operações da JBS. Em sua nova função, Tomazoni coordenará todas as operações da JBS no mundo, buscando o aperfeiçoa-mento dos modelos de negócios e de gestão, o desenvolvimento da estrutura operacional, facilitando a captura de sinergias e a disseminação das melhores práticas entre os negócios, com foco na excelência operacional.

Gilberto Tomazoni é o novo Presidente Global de Operações da JBS

Tarek Farahat assume a Presidência Global de Marketing e Inovação

Foto

: Bite

nka

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: Bite

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15A Revista do AviSite

Copacol Cooperativa amplia produção no PR

A Copacol, cooperativa agroindustrial localizada no oeste do Pa-raná, vai expandir a capacidade de processamento de aves e de fabri-cação de rações. Juntos, os projetos receberão R$ 390 milhões em investimentos.

No segmento de alimentação animal, cujo aporte será de R$ 120 milhões, a ampliação inclui três fábricas nas cidades paranaenses de Cafelândia e Nova Aurora.

O aumento na quantidade de rações, de cerca de 20%, vai suprir a demanda dos fornecedores da companhia que produzem frangos, suínos, peixes e gado de leite.

Os outros R$ 270 milhões serão investidos em um frigorífico de aves que o grupo tem em sociedade com a Coagru, cooperativa de Ubiratã (PR). O objetivo é elevar o volume de abate de 180 mil frangos por dia para 380 mil.

“As exportações de frango estão ajudando a compensar a situa-ção ruim que enfrentamos no mercado interno. Dentro do país, em-bora não tenha ocorrido queda nas vendas, o preço do frango não é suficiente para cobrir o custo de produção, que cresceu cerca de 30% por causa das altas de insumos como a energia elétrica”, diz Valter Pitol, diretor-presidente da cooperativa.

O projeto de ampliação das fábricas de rações será financiado por BNDES e BRDE. Na avicultura, a negociação envolve o Banco do Brasil.

As informações são da Folha de S.Paulo.

Korin Exportação de frangoorgânico para Hong Kong

A Korin Agropecuária, empresa especializada na produção de ali-mentos orgânicos com sede em Ipeúna (SP), vai exportar frangos con-gelados, orgânicos e certificados para Hong Kong.

A empresa fez em setembro o primeiro embarque teste do produ-to para uma parceira comercial e a partir de novembro vai enviar 20 toneladas de frangos inteiros e cortes congelados, a cada dois meses, para a região pertencente à China.

Em 2017, a empresa projeta aumentar este volume. “Não temos dúvida de que a demanda vai ser grande; já temos planos para expan-dir a capacidade de produção nos próximos anos”, confirma o diretor comercial da Korin, Edson Shiguemoto.

Atualmente, a Korin abate 18 mil frangos por dia e, no ano que vem, deve chegar a 24 mil aves/dia. Em 2017, a empresa deve mais do que dobrar o volume atual, com 40 mil abates diários, com o impulso das exportações.

Do total produzido, 10% são aves orgânicas - ou seja, criadas com grãos cultivados organicamente e não transgênicos, além de não rece-berem nenhum tipo de medicamento usualmente ministrado na avi-cultura convencional, como antibióticos.

Diagnóstico

A Revista do AviSite16

Cedisa completa 26 anos de atuação

em prol da avicultura

Fundado para atender a necessidade de diagnóstico laboratorial da avi-cultura, que se encontrava em fran-co desenvolvimento na região oes-

te de Santa Catarina , o Centro de Diagnóstico em Saúde Animal (Cedisa) completa, em 2015, 26 anos de existência. De lá para cá, o laboratório e sua impor-tância só fizeram crescer. Primeiramente funcionando junto á base física da Embra-pa Suínos e Aves, o Cedisa recebeu um grande impulso quando, em 2005, adotou a forma jurídica de Oscip (Organizações Sociais Civis de Interesse Público) e assim obteve autonomia para constituir sua dire-ção e gerenciar todas as suas atividades

técnicas e financeiras, bem como celebrar parcerias e convênios bilaterais.

O Cedisa participa do Programa Nacio-nal de Sanidade Avícola realizando os en-saios oficiais para atendimento ao progra-ma. No ano de 2014 foram realizados mais de 62 mil ensaios para atendimento ao PNSA. Atualmente, o laboratório é creden-ciado pelo Ministério da Agricultura para a Pesquisa de Influenza através das técnicas de ELISA e IDGA em amostras de soro. Em breve será habilitado também para pesqui-sa do gene M através do ensaio de PCR em tempo real em amostras de suabes e ór-gãos de aves. Além disso, existe a possibili-dade de aumento da capacidade operacio-

nal, caso haja uma extrapolação da capacidade atual em função da demanda ou atendimento a uma emergência sanitá-ria.

Lauren Ventura, Gerente Técnica e Ad-ministrativa do Cedisa, conversou com o AviSite e contou mais sobre a história e atuação do laboratório. Veja mais detalhes na sequência.

O início de tudoEm julho de 1989, foi criado o Centro

de Diagnóstico em Saúde Animal (Cedisa), em Concórdia, SC, junto às bases físicas da Embrapa Suínos e Aves. O oeste catarinen-se sempre se caracterizou como uma re-

Caminhando junto com as necessidades do setor, laboratório vai passar a realizar pesquisa do gene M

através do ensaio de PCR para Influenza Aviária

17A Revista do AviSite

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18

Diagnóstico

A Revista do AviSite

gião de alta concentração e desempenho técnico na produção de suínos e aves, con-gregando várias agroindústrias de proces-samento, portanto, altamente demandan-te dos serviços de diagnósticos em saúde animal.

A construção dessa estrutura foi possí-vel graças à parceria firmada por meio de convênio entre várias instituições: Embrapa Suínos e Aves, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catari-na (Cidasc), Associação dos Criadores de Suínos de Santa Catarina (ACCS), Sindica-to da Indústria de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne/SC), Ministério da Agricultura (Mapa) e Prefeitura Munici-pal de Concórdia.

De quem foi a iniciativa para a criação do Cedisa?

Esta foi uma iniciativa conjunta que en-volveu a Embrapa Suínos e Aves, o Sindi-carne, a ACCS, a Cidasc e a Prefeitura mu-nicipal de Concórdia – SC.

O Cedisa foi criado com o objetivo de dar suporte laboratorial em diagnóstico de rotina e sanidade animal, para a produção de suínos e aves. Essa iniciativa trouxe três

vantagens: a) gerou a possibilidade de se-parar as atividades laboratoriais dos proje-tos de pesquisa dos serviços externos de diagnóstico em sanidade de suínos e aves; b) colocou à disposição da cadeia produti-va de suínos e aves, na forma direta de ser-viços, os processos e métodos de diagnós-ticos de doenças, dos quais a Embrapa era a única detentora no estado e em toda a região; c) transformou o conhecimento es-tocado e os resultados de diversos estudos em ativos tangíveis para a instituição e a sociedade. Isso ocorre porque nem sempre os resultados de projetos de pesquisa se configuram em tecnologias acabadas, além do fato de certas tecnologias estarem baseadas apenas em conhecimento.

Como é a colaboração do Cedisa com a Cidasc?

Cedisa e Cidasc são parceiras desde o início das atividades do Laboratório. Atra-vés dos anos esta parceria vem sendo cada vez mais fortalecida. O Cedisa conta com um profissional da Cidasc em sua equipe técnica e neste momento pleiteia a cedên-cia de mais um Médico Veterinário da Ci-dasc, com competência na área laborato-

Cedisa recebeu grande impulso quando, em 2005, adotou a forma jurídica de Oscip e assim obteve autonomia para constituir sua direção

19A Revista do AviSite

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Diagnóstico

A Revista do AviSite20

rial. O Cedisa realiza os ensaios de Monitoramento de Salmoneloses em Pro-priedades de Postura Comercial da agricul-tura familiar (Programa SC Rural), produz meios de transporte para coleta de mate-rial nos casos de vigilância ativa e passiva de IA e doença de Newcastle. Apoio na triagem de amostras do Estudo para avalia-ção de circulação dos vírus da Influenza aviária e da Doença de Newcastle em plan-teis avícolas industriais.

Qual é a importância do Cedisa para a avicultura?

O setor avícola pode contar com os serviços de monitorias oficias para atendi-mento ao Programa Nacional de Sanidade Avícola e também com diagnóstico de do-enças importantes para a produção.

Quais são os principais fatos que mar-cam os 26 anos do laboratório? Quais foram as principais conquistas?

Após 16 anos atuando com base em um convênio multi-institucional, envolven-do a Embrapa Suínos e Aves, a Cidasc, a ACCS e o SINDICARNE, arranjo jurídico re-alizado numa época em que pouco se pra-ticava ou conhecia à respeito de funda-ções, incubação de empresas e

Organizações Sociais Civis de Interesse Pú-blico (Oscips), ocorreu uma reestruturação da organização Cedisa, onde pode ser des-tacados os seguintes fatos:

a – Adoção da forma jurídica de Oscip em 2005, que deu nova personalidade jurí-dica à Instituição laboratorial e autonomia para constituir sua direção e gerenciar to-das as suas atividades técnicas e financei-ras, bem como celebrar parcerias e convê-nios bilaterais.

b – Criação de uma nova base física, a partir de investimentos feitos com recursos do próprio Cedisa, do Sindicarne através do Fundo da Peste Suína Clássica por inter-médio da ACCS e também recursos da ACAV;

c – Renovação do credenciamento dos ensaios do PNSS e credenciamento dos en-saios do PNSA.

d – Implantação de ABNT ISO/IEC 17025:2005 Requisitos gerais para compe-tência para laboratório de ensaios e cali-bração em atendimento à IN 57 de 11 de dezembro de 2013 (MAPA).

e– Implantação do laboratório de Bio-logia Molecular em 2012.

f– Crescimento do quadro de recursos humanos de 12 colaboradores para 21.

g – Crescimento do número de análises realizadas nos últimos 5 anos de 38,34%.

Quais são os serviços prestados na área de sanidade avícola? • Somos credenciados junto ao MAPA

para os seguintes ensaios oficiais:• Pesquisa de anticorpos para Influenza

aviária;• Pesquisa de anticorpos para Doença de

Newcastle;• Diagnóstico Bacteriológicos das Salmo-

nelas;• Pesquisa de anticorpos Salmonelas;• Pesquisa de anticorpos Micoplasmas;• Detecção de anticorpos contra o vírus

da Influenza aviária e Laringotraqueíte das aves pela técnica de IDGA.

• No ano de 2014 foram realizados mais de 62 mil ensaios para atendimento ao PNSA.

Há ampliações previstas para o Cedisa para aumento da capacidade operacio-nal?

Há possibilidade de aumento da capa-cidade operacional, caso haja uma extra-polação da capacidade atual em função da demanda ou atendimento a uma emer-gência sanitária.

O laboratório realiza exame para de-tecção da IA?

Somos credenciados pelo MAPA para a Pesquisa de Influenza através das técnicas de ELISA e IDGA em amostras de soro e muito em breve pesquisa do gene M atra-vés do ensaio de PCR em tempo real em amostras de suabes e órgãos de aves.

O Cedisa deve iniciar análises para IA por PCR?

Sim, inclusive o Instituto Biológico par-ticipou na última semana de agosto, a con-vite do Cedisa de uma capacitação realiza-da pela Embrapa Suínos e Aves para realização da técnica de PCR para detecção do gene M de IA e doença de Newcastle para atendimento à IN 21, de 21 de outu-bro de 2014 que estabelece as normas téc-nicas de certificação sanitária da comparti-mentação da cadeia produtiva avícola das granjas de reprodução, de corte e incuba-tórios, de galinhas e perus, para a infecção pelos vírus de influenza aviária – IA e doen-ça de Newcastle – DNC.

Quais são os planos do laboratório para o futuro?

Atender as demandas dos Programas Nacionais de Sanidade Avícola e Suídea do MAPA, assim como as demandas por diag-nóstico das doenças das duas espécies com competência técnica, agilidade e transpa-rência.

Lauren VenturaCriação do Cedisa permitiu separar as atividades laboratoriais dos projetos de pesquisa dos serviços externos de diagnóstico em sanidade de suínos e aves

A Revista do AviSite21

Este caderno especial, na Revista do AviSite tem o objetivo de funcionar como um complemento ao Encarte sobre Água e Ração, que acompanha esta edição da Revista do AviSite. Publicado pela Editora Mundo Agro com a colaboração de Marcos Macari (Unesp), Nilce Soares (Instituto Biológico de Bastos), Jorge Barros de Macêdo (consultor em Desenvolvi-

mento de Tecnologias e Produtos), José Henrique Stringhini e equipe (UFG), Lúcio Francelino Araújo (USP), Cristiane Araújo (USP), Melina Bona-to (Unesp) e Jeffersson Lecznieski (UFSM).

Neste caderno, a abordagem sobre os tópicos envolvendo o tema água e ração deixa de ser exclusivamente técnica, para dar espaço tam-bém a comentários comerciais de algumas empresas que trabalham com soluções para a avicultura.

Leia, na sequência, entre as páginas 22 e 31, os conceitos e sugestões apresentados por Nutriad, Biomin, Ilender e ICC. Vale lembrar que os tex-tos publicados são de responsabilidade de seus autores.

Encarte especial sobre Água e Ração

é parte integrante da edição de

outubro da Revista do AviSite

Uma abordagem técnico-comercial para o tema água e ração

Caderno Técnico Comercial ÁGUA e RAÇÃO

Caderno Técnico - Comercial ÁGUA e RAÇÃO

A Revista do AviSite22

Os mananos são polissa-carídeos não amiláce-os (PNA’s) e ocorrem na forma de glicoma-nanos, galactomana-nos, glicogalactoma-

nanos ou glucoromananos, na parede vegetal das plantas (Aman, 1990).

O β-galactomanano é um polissaca-rídeo solúvel, composto de moléculas de unidades de d- manose com ligação β-1,4 com galactose ou glicose encon-tradas frequentemente ligadas a estru-tura do β-manano.

Os mananos são componentes da estrutura de vários patógenos, então os mananos do farelo de soja podem levar a uma resposta imune inata, desviando a energia e aminoácidos consumidos

para esta resposta inflamatória, que po-deria ser gasta no crescimento do ani-mal, o que chamamos de resposta imu-ne induzida por alimento.

O farelo de soja possui em sua estru-tura em média 1,2 - 1,8% de β-mananos (Dierick, 1989). A imunidade inata ani-mal identifica padrões moleculares re-petitivos (PMR), através de receptores na parede das células de defesa animal. Vária moléculas de manose unidas, em cadeias complexas da soja, asseme-lham-se aos PMR (Lectinas ligantes a mananos, da sigla em inglês MBL) das baterias e são reconhecidos por recepto-res das células de defesa, como os ma-crófagos, que produzem citoquinas e induzem uma reação inflamatória. Vá-rios trabalhos demonstram que os

β-mananos potencializam a estimula-ção do sistema imunitário e o aumento da proliferação de monócitos e macró-fagos, resultando na produção de citoci-nas e inflamação (PENG et al., 1991; ZHANG; TIZZARD, 1996; ROSS et al.,2002).

Cerca de 70 - 80 % da imunidade dos animais encontram-se dentro do intestino e qualquer alteração deste produz um comprometimento geral da imunidade do animal. Ao contrário de outras enzimas, o resultado do CTCZY-ME é indireto, principalmente pela re-dução da resposta inflamatória a nível intestinal e os efeitos desta, economi-zando a reserva homeostática.

À medida que as aves têm mais ida-de o efeito da enzima é maior, apesar da fase inicial ter mais substrato (soja), pois na fase final é onde observam-se os maiores desafios sanitários e maior ne-cessidade de uso da resposta imune. Também quanto maior o desafio da re-gião e maior a resposta inflamatória das aves, maior é o resultado da enzima.

A enzima exógena mananase (não produzida pelo animal) rompe a ligação β-1,4 destes β-galactomananos solúveis, de alto peso molecular, os quais indu-zem ao PMR, produzindo moléculas menores como a manose e os mananao-ligosacarídeos (MOS). Estas moléculas menores não produzem o PMR, sendo a manose absorvida como tal e o MOS, produzindo seus efeitos característicos.

Rostagno 2013, trabalhando com CTCZYME em frangos de corte eviden-ciou ganhos de produtividade (ganho de peso, consumo e conversão alimen-tar), energia metabolizável e digestibili-

CTCZYME (β – Mananase): Melhore a imunidade reduzindo o custo da raçãoAutores: Iesser D. Salah, médico veterinário e consultor internacional exclusivo da Ilender, e Hirã Azevedo Gomes, engenheiro agrônomo e consultor internacional exclusivo da Ilender

Uso da enzima CTCZYME evita os efeitos indesejáveis

dos mananos, como a resposta

imune induzida por alimento e a infla-mação intestinal,

possibilitando a otimização da utili-

zação de nutrien-tes, maximizando o

potencial de ener-gia e aminoácidos da dieta e propor-

cionando melhores resultados produti-

vos e de custos

23A Revista do AviSite

dade de aminoácidos. A comparação em dietas com níveis recomendados e com redução de 100 kcal e ou 3% de aminoácidos está descrita na tabela 1.

A inclusão de enzima β-mananase foi capaz de recuperar o ganho de peso e manter a conversão alimentar dos animais com redução dos níveis nutri-cionais.

Em pesquisa semelhante, Ferket 2010, trabalhando com perus fêmeas de 16 semanas de idade com dietas de bai-xa energia (LE- redução de 150 kcal/ton.) X dietas de alta energia (HE + 150 Kcal/ton) encontrou resultados positi-vos em ganho de peso e conversão ali-mentar com o uso de CTCZYME. Os re-sultados estão descritos abaixo:

Entre os benefícios do uso de uma enzima como a β-mananase, está a re-dução da produção de mucina causada pelos mananos, permitindo uma me-lhor absorção de nutrientes, menor gas-to energético e de aminoácidos (princi-palmente treonina e serina) e equilíbrio da imunidade / comunidade bacteriana intestinal (principalmente bactérias mucolíticas). Estes são importantes fa-tores na proteção dos mecanismos de digestão. Abaixo estão resultados da in-clusão de CTCZYME (0,05%), reduzin-do a secreção de mucina intestinal, % de umidade das excretas e melhorando a retenção de nitrogênio.

Mussini et al, 2011 trabalhando com CTCZYME e digestibilidade ileal para aminoácidos, encontrou que lisi-na, metionina, treonina, triptofano, ar-ginina, leucina, isoleucina, cistina e va-lina foram significativamente (P< 0.0001) melhorados de maneira linear, para cada incremento da enzima. Ros-tagno et al, 2013 trabalhando com di-gestibilidade ileal verdadeira, encon-trou efeito significativo para 17 Aminoácidos analisados (P< 0,05%).

Vários outros trabalhos de CTCZY-Me foram publicados em frangos, poe-deiras e suínos e encontraram respostas semelhantes. A enzima é termoestável, com uma série de análises já realizadas (em frangos 0,5 kg de CTCZYME/ton: > 400.000 UI/ton. a 85 0C) e pode ser testada pelos clientes no laboratório CBO em Campinas, SP, para comprovar sua eficiencia.

Em conclusão, o uso da enzima CTCZYME evita os efeitos indesejáveis dos mananos como a resposta imune induzida por alimento e a inflamação intestinal, possibilitando a otimização da utilização de nutrientes, maximi-zando o potencial de energia e aminoá-cidos da dieta, proporcionando melho-res resultados produtivos e de custos.

Tabela 1: Ganho de peso (GP), consumo de ração (CR) e conversão alimentar (CA) de frangos de corte alimentados com dietas sem e com enzima β-mananase e diferentes níveis nutricionais na fase de 01 a 42 dias de idade. Níveis Nutricionais/ Beta mananase

Parâmetros NN1 NN1 + βM NN2 NN2+ βM NN3 NN3+ βM NN4 NN4+ βM C.V. (%)

GP (g) 2669ab 2697a 2588bc 2648ab 2566c 2660ab 2511c 2588bc 2,62

CR (g) 4180 4203 4152 4184 4084 4156 4141 4159 2,08

CA 1,567a 1,558a 1,604a 1,579a 1,592a 1,565a 1,652b 1,608a 2,64

NN1 (níveis nutricionais recomendados por Rostagno et al., 2011); NN2 (NN1 com redução de 100kcal); NN3 (NN1 com redução 3% AA’s); NN4 (NN1 com redução de 100kcal e 3% AA’s); βM (adição da enzima β mananase). * Médias seguidas por letras maiúsculas distintas na mesma linha diferem entre si pelo teste SNK.

Ferket et al, 2010 (FCR = conver-são alimentar e body weight =

peso corporal)* ROSTAGNO et al 2013

* North Carolina State University, 2012

Rostagno 2013, trabalhando com

CTCZYME em frangos de corte evidenciou

ganhos de produtividade, energia

metabolizável e digestibilidade de

aminoácidos

24

Caderno Técnico - Comercial ÁGUA e RAÇÃO

A Revista do AviSite

Os primeiros dias após a eclosão são fundamen-tais no crescimento e desenvolvimento da ave. É onde ocorre a maturação do sistema

imune e todos os seus componentes, de-senvolvimento e maturação das células do intestino e órgãos, além de ser a fase onde a taxa de crescimento é maior. Por isso a demanda por nutrientes é altíssi-ma. Assim, a manutenção da saúde in-

testinal, além de evitar um gasto desne-cessário de energia e outros nutrientes, oferece uma maior chance para o corpo lutar contra infecções por patógenos, desafios ambientais, estresses, etc. Para isso, é importante equilibrar o atendi-mento das exigências, integridade intes-tinal e resposta do sistema imune inato. Alguns nutrientes são fundamentais para ajudar neste equilíbrio.

Os nucleotídeos, embora não sejam considerados nutrientes essenciais, têm um papel importante em diversos pro-cessos metabólicos e, em especial, em alguns tecidos do corpo e fases da vida animal. São compostos intracelulares de baixo peso molecular constituídos de 3 componentes: base nitrogenada (pirimi-dina ou purina), pentose (ribose ou de-soxirribose), e um ou mais grupos fosfa-to (STRYER, 1988). Estão presentes em todos os tecidos do corpo e são a maté-ria-prima do DNA e RNA. Há duas vias endógenas de biossíntese de nucleotíde-os: a via de novo, onde CO2, NH3, ribose, aspartato, glicina, glutamina, e formil são utilizados e também há um alto cus-to energético; e a via de salvamento, onde o corpo consegue sintetizar nucle-otídeos com menor custo energético, pois recicla bases e nucleotídeos livres resultantes da degradação metabólica dos ácidos nucleicos de células mortas e/ou da dieta (LERNER & SHAMIR, 2000).

Os nucleotídeos livres de fonte exó-gena podem ser imediatamente absorvi-dos pelos enterócitos no intestino, sen-do especialmente importantes nos tecidos de rápida multiplicação celular e limitada capacidade de síntese pela via

de novo, como as células do epitélio in-testinal, células sanguíneas, hepatócitos e células do sistema imune (MATEO et al., 2004). Quando o fornecimento en-dógeno é insuficiente, os nucleotídeos de fontes exógenas se tornam nutrientes semi-essenciais ou “condicionalmente essenciais” (CARVER & WALKER, 1995). E isto ocorre especialmente em animais em fases de crescimento rápido (fases iniciais), reprodução, estresse e desafios.

Com base nesta premissa, diversos estudos vêm sendo conduzidos com o intuito de entender a importância da su-plementação exógena de nucleotídeos nas fases iniciais de crescimento e de-senvolvimento. Além também de estu-dar as diversas fontes de nucleotídeos que possam ser utilizadas na produção animal.

Uma opção economicamente viável como fonte exógena de nucleotídeos é a levedura Saccharomyces cerevisiae. No processamento é feita a autólise da célu-la (ruptura da membrana celular), onde há o extravasamento do conteúdo intra-celular e, após este processo, algumas enzimas específicas são inseridas para a hidrólise (“quebra”) do RNA em nucleo-tídeos e nucleosídeos (que formam as bases nitrogenadas da estrutura). Este produto final (Hilyses®) é altamente di-gestível, pois possui, além destes, ami-noácidos, peptídeos e polipeptídeos de cadeia curta e glutamina, sendo alta-mente recomendável para nutrição ani-mal. Também há presença de mananoli-gossacarídeos (MOS, que é uma ferramenta efetiva na prevenção de diarreia causada pela contaminação de Salmonella e E. coli.) e altos níveis de

Levedura hidrolisada como fonte de nucleotídeos na dieta de pintinhosAutor: Melina Bonato Coordenadora de P&D, ICC Brazil

Hilyses é altamente digestível, pois possui aminoácidos, peptídeos e polipeptídeos de cadeia curta e

glutamina, sendo altamente reco-mendável para nutrição animal

25A Revista do AviSite

β-glucanas (imunoestimulantes e ativam as células T e macrógafos presentes no intestino, desencadeando a ativação do sistema imune inato).

Alguns estudos foram conduzidos para entender os benefícios da suple-mentação de nucleotídeos na dieta pré--inicial de frangos de corte sobre o de-sempenho:

1) O objetivo foi avaliar os efeitos de níveis de suplementação da levedura hi-drolisada como fonte de nucleotídeos na dieta pré-inicial de frangos de corte (BARBALHO, 2009). Para isso foram uti-lizados 576 pintos de corte machos Ross com 1 dia de idade, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado

(DIC), com 6 tratamentos e 8 repetições de 12 pintos cada. A suplementação com Hilyses® foi feita até os 14 dias de idade. Todos os tratamentos com Hily-ses® demonstraram resultados superio-res em comparação ao controle (Tabela 1). Podemos observar uma resposta line-ar na conversão alimentar e ganho de peso conforme o aumento do nível de inclusão do produto.

2) O objetivo foi avaliar a associação de fonte de nucleotídeos em dietas com diferentes níveis de lisina sobre o de-sempenho de frangos de corte oriundos de matrizes com 29 e 41 semanas de ida-de (BONATO et al., 2015). Foram utiliza-dos 1.344 pintos de corte machos

Cobb500 com 1 dia, distribuídos em um DIC com 8 tratamentos, 7 repetições e 12 aves cada. Os diferentes níveis de lisina (1,25 e 1,36%) entre os tratamen-tos foram apenas nas dietas pré-iniciais (1 a 10 dias de idade), onde também fo-ram suplementados Hilyses® (5 ou 10 kg/ton) e o AGP: Bacitracina de Zinco (0,3 kg/ton) + 0,6kg/ton de agente anti-coccidiano.

O aumento no nível de lisina não teve efeito (P>0,05) sobre o desempe-nho aos 10 dias de idade, já a suplemen-tação do AGP melhorou (P<0,05) o ga-nho de peso e a conversão alimentar, quando comparado ao controle (Tabela 2). No entanto, os melhores resultados de desempenho foram obtidos com a suplementação de Hilyses®, indepen-dente do nível de lisina e com ou sem a adição de AGP. Para os pintinhos de ma-trizes com 29 semanas, a suplementação com 10kg/ton resultou em melhores ín-dices zootécnicos.

3) O objetivo foi avaliar a utilização de enzimas exógenas combinadas ou não com fonte de nucleotídeos na ali-mentação de frangos de corte (BONATO et al., 2014). Foram utilizados 1440 pin-tos Cobb500 machos, distribuídos em DIC com 8 tratamentos (dietas com re-duções de 5% de proteína e aminoácidos e/ou 100 kcal de energia metabolizável, com adição de enzimas exógenas e/ou Hilyses® a 5kg/ton até 10 dias de idade) com 12 repetições de 15 aves cada. Mes-mo com a redução de nutrientes na die-ta, as enzimas se mostram eficientes em melhorar a digestibilidade e aproveita-mento desta, porém quando é feita a as-sociação com a fonte de nucleotídeos o desempenho se torna superior (P<0,05).

Estes resultados podem ser devidos ao maior aporte de nucleotídeos duran-te os primeiros dias após a eclosão, que são prontamente absorvidos pelos ente-rócitos e utilizados para diversas fun-ções no metabolismo, incluindo a me-lhora da integridade intestinal e suporte ao sistema imune (somado com os me-canismos de ação do MOS e β-glucanas). Com isso as aves tiveram um maior cres-cimento e ganho, expressando seu po-tencial genético.

As referências bibliográficas podem ser fornecidas mediante consulta.

Tabela 1. Desempenho de frangos de corte suplementados com níveis de levedura hidrolisada como fonte de nucleotídeos aos 14 dias de idade

Tratamentos CR (g) GP (g) CA

Controle 486 326b 1,49b

2 kg/ton de Hilyses® 470 320b 1,47ab

4 kg/ton de Hilyses® 485 332ab 1,46ab

6 kg/ton de Hilyses® 471 325b 1,45ab

8 kg/ton de Hilyses® 464 322b 1,44ab

10 kg/ton de Hilyses® 470 348a 1,35a

SEM 19,3 19,3 0,099

Probabilidades 0,761 0,048 0,031

*As médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (P<0,05).

Tabela 2. Desempenho de frangos de corte oriundos de matrizes com 29 semanas e 41 semanas alimentados com diferentes programas aos 10 dias de idade

TratamentosMatrizes 29 semanas Matrizes 41 semanas

CR (g) GP (g) CA CR (g) GP (g) CA

1,25% de Lis com AGP 247a 209c 1,18b 251 225b 1,12ab

1,36% de Lis com AGP 251a 208c 1,21bc 253 227b 1,11ab

1,25% de Lis sem AGP 238b 186c 1,28c 258 202c 1,28b

1,36% de Lis sem AGP 242ab 195d 1,24c 257 205c 1,25b

1,25% de Lis com AGP + 5kg/ton de Hilyses® 248a 217b 1,14b 249 236a 1,06a

1,25% de Lis sem AGP + 5kg/ton de Hilyses® 249a 215b 1,16b 250 234a 1,07a

1,36% de Lis sem AGP + 5kg/ton de Hilyses® 247a 214b 1,15b 249 233a 1,07a

1,36% de Lis com AGP + 5kg/ton de Hilyses® 251a 216b 1,16b 253 234a 1,08a

1,25% de Lis com AGP + 10kg/ton de Hilyses® 253a 235a 1,08a 249 235a 1,06ª

1,25% de Lis sem AGP + 10kg/ton de Hilyses® 249a 230a 1,08a 251 237a 1,06a

Probabilidades 0,043 0,024 0,003 0,521 0,017 0,039

*As médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente pelo teste de Tukey (P<0,05).

Caderno Técnico - Comercial ÁGUA e RAÇÃO

A Revista do AviSite26

A água de má qualidade pode afetar a vida e saú-de dos animais, causan-do redução de consumo de água, diarreia, redu-ção de ganho de peso e

até a morte. Em algumas situações a fonte de água é boa e a qualidade é per-dida pelo mau armazenamento, utili-zando-se reservatórios sujos, não cober-tos, passíveis de serem alcançados por pássaros, ratos e outros animais ou, mais facilmente, contaminados pelo ar (VIOLA et.al., 2011).

Em trabalho realizado por Amoroso et.al. (2015), observou-se que as aves com acesso à água não filtrada ficaram expostas ao maior número de microrga-nismos de origem fecal, e, portanto, susceptíveis à ocorrência de distúrbios

gastrintestinais. Viola et.al. (2011) aler-tam que a água também é veículo para a transmissão de agentes causadores de doenças, como vírus, bactérias, proto-zoários e também compostos tóxicos.

Para evitar os problemas sanitários provenientes de uma água contamina-da, recomenda-se o tratamento com cloro em todos os tipos de fontes exis-tentes, resultando na redução da trans-missão e disseminação de enfermidades (VIOLA et.al., 2011). O uso de cloro, es-pecialmente compostos contendo sais do ácido dicloro isocianúrico, é eficaz na prevenção de colonização intestinal por Salmonella, principalmente quan-do utilizados na água e camas contami-nadas (REVOLLEDO, 2008). No entan-to, Poppe et.al. (1986), citados por Imeerseel et.al. (2009), concluíram que

a cloração da água de bebida não levou a uma redução da colonização do intes-tino de frangos.

Muito utilizados para auxiliar na prevenção e minimização das infecções causadas por bactérias patogênicas, es-pecialmente as Gram negativas (OS-TERMAN, 2005), os ácidos orgânicos são adicionados à dieta ou à água de be-bida dos animais, basicamente para re-duzir o pH, sendo que alguns também podem promover o aumento do consu-mo de água (VIOLA, et.al, 2011).

Lippens et.al (2006) descrevem que ácidos orgânicos de cadeia curta (C1-C7) não-dissociados, são lipofílicos e por isso capazes de penetrar a parede celular de bactérias. Uma vez dentro da célula, os ácidos dissociam, produzindo íons H+, resultando em uma redução

Qualidade e acidificação de água e ração

Autor: Kelly Almeida Pereira, Responsável Técnica da Nutriad Nutrição Animal

ULTRACID® LAC controla infecções

bacterianas, melhorando a saúde animal e a

performance em geral

27A Revista do AviSite

Uso de ácidos orgânicos na

água antes do abate é

alternativa viável para a

redução de microrganismos

patogênicos

do pH intracelular e acúmulo de ânions, o que perturba a fisiologia normal da célula, provocando o desequilíbrio os-mótico e consequente morte celular. Dessa forma, agem a) inibindo o desen-volvimento de fungos nas matérias-pri-mas e rações, (b) diminuindo a prolife-ração de enterobactérias (Salmonella e Escherichia coli) no intestino e (c) po-tencializando ganhos nutricionais das rações (GONZALES & SARTORI, 2001).

Acidificação da água de bebida

A acidificação da água através da utilização de uma combinação de áci-dos orgânicos previne a contaminação por microrganismos nos equipamentos do sistema de bebedouros, pois poten-cializa a ação do cloro, além de inibir a formação do biofilme e a proliferação de bactérias dentro das tubulações, con-tribuindo na prevenção da contamina-ção horizontal.

A existência de um ambiente ácido no papo é muito importante para impe-dir ou diminuir a colonização de pató-genos no trato digestivo (BELLAVER e SCHEUERMANN, 2004). Os ácidos acé-tico, lático, fórmico e outros ácidos or-gânicos, quando usados como aditivos para água de bebida, possuem, além da ação na redução da contaminação da água, também efeitos no papo (IMEER-SEEL et.al., 2009).

O uso de ácidos orgânicos na água antes do abate dos animais pode ser uma alternativa viável para a redução de microrganismos patogênicos, como sugere Byrd et.al. (2001), que observou redução na incidência de Salmonella e Campylobacter no papo e nas carcaças de frangos após o uso de uma solução de 0,5% de ácido acético, lático e fórmi-co 8 horas antes do abate. Também foi observada redução na contagem de Campylobacter e de enterobactérias no papo e no ceco de frangos inoculados com Campylobacter e tratados com mis-tura de ácidos orgânicos na água por 10 dias (CHAVEERACH et.al., 2004).

Pensando na importância da acidifi-cação da água de bebida dos animais, a Nutriad oferece ao mercado o produto EVACIDE S Liquid, que combina ácidos orgânicos fortes, que inibem o cresci-mento bacteriano e reduzem a conta-

minação por bactérias na água de bebi-da, além de melhorar a qualidade organoléptica e microbiológica da água, melhorar consumo e digestão da ração e reduzir a transmissão horizontal de agentes patogênicos.

Acidificação de raçãoAs bactérias na ração também po-

dem causar efeito negativo no desempe-nho animal. As bactérias patogênicas são as que produzem sintomas clínicos ou doenças, e as não patogênicas nor-malmente são as que não provocam sin-tomas clínicos, mas podem afetar o ani-mal por competição com a microbiota normal, inibição da absorção de nu-trientes devido à ligação a pontos nas microvilosidades intestinais, reduzindo a área de superfície de absorção de nu-trientes (TESSARI, 2015). Nas aves, esse quadro pode resultar em enterites, pro-blemas no trânsito do alimento, redu-ção na taxa de crescimento, piora na uniformidade do lote, problemas de pigmentação, aumento na mortalidade, prejuízo na produção de ovos e aumen-to na susceptibilidade para infecções por bactérias e vírus (TESSARI, 2015).

Dentre os ácidos orgânicos, os mais estudados no desempenho zootécnico das aves e também no controle de Sal-monella, são os ácidos de cadeia curta (1 a 7 carbonos) ou ácidos graxos de ca-deia curta AGCC (SCFA – short-chain fat-ty acids) representados pelos ácidos fór-mico, acético, propiônico e butírico, e os triglicerídeos de cadeia média (6 a 12 carbonos), representados pelos ácidos capróico, caprílico e cáprico, ou ácidos graxos de cadeia média AGCM (MCFA – medium-chain fatty acids) (IMMER-SEEL et.al. 2004). Bassan et.al (2008) concluíram que os ácidos orgânicos (fórmico e propiônico) e os mananoli-gossacarídeos (MOS), adicionados à die-ta de frangos de corte, foram eficientes para controlar a infecção por Salmonella enteritidis.

O sinergismo entre ácidos é um conceito muito importante no controle de alguns patógenos, sendo que estudos comprovam que o uso de combinações entre ácidos orgânicos é mais efetivo do que quando se trabalha com apenas um ácido de forma isolada e que o correto uso dessas misturas pode ser muito efe-

tivo contra Salmonella spp, sendo utili-zados para alcançar a higiene tanto na água quanto na ração (JOARDAR, 2009). Ao utilizarem a associação de di-ferentes ácidos (fumárico, cítrico, lático e ascórbico) na ração de poedeiras co-merciais, Gama et.al. (2000) obtiveram efeito positivo sobre a produção de ovos e peso das aves.

Ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), acético, propiônico e butírico têm sido utilizados como aditivos para aves por muitos anos (IMMERSEEL et al, 2004). Esses AGCC possuem um efeito antibacteriano especifico, à seme-lhança dos antibióticos, sendo particu-larmente efetivos contra E. coli, Salmo-nella e Campylobacter (BELLAVER, 2005). Os efeitos bacteriostáticos ou bactericidas dos AGCC são identifica-dos in vitro para bactérias Gram negati-vas desde que existam suficientes molé-culas de ácidos não dissociados presentes e que estejam em contato com a bactéria por um tempo suficien-temente longo (THOMPSON & HIN-TON, 1997). Lawhon et.al. (2002), en-contraram resultados que indicam que a concentração e composição dos ácidos graxos de cadeia curta no íleo distal,

28

Caderno Técnico - Comercial ÁGUA e RAÇÃO

A Revista do AviSite

onde a maior porcentagem é de acético, previnem infecção por Salmonella, en-quanto aqueles do intestino grosso (propiônico e butírico) inibem a coloni-zação.

A linha ULTRACID, formulada den-tro do conceito de sinergismo entre áci-dos orgânicos e seus sais, pode ser utili-zada para prevenir a proliferação de

bactérias patogênicas e otimizar o ba-lanço microbiano do trato digestivo, além de estimular o processo de diges-tão.

Ácidos orgânicos protegidosOs ácidos orgânicos são rapidamen-

te metabolizados no papo e moela, o que irá reduzir o impacto na melhora do desempenho animal (LUCKSTADT & MELLOR, 2011). Assim, tem-se dado ênfase nos últimos anos à utilização de ácidos orgânicos protegidos por uma matriz de triglicerídeos, que sofreriam a ação dos sais biliares e lipases. Isso re-sultaria em um início da liberação dos ácidos graxos a partir das porções finais do intestino delgado, quando não have-ria interferência com as enzimas pan-creáticas e intestinais que necessitam de pH próximo do neutro (FLEMMING, 2010).

Avaliando misturas de ácidos orgâ-nicos e/ou óleos essenciais em rações para frangos, Lippens et.al. (2006) con-cluíram que aditivos microencapsula-dos são alternativas valiosas aos antibi-óticos promotores de crescimento, melhorando não só a conversão ali-mentar, mas também estimulando o consumo de ração. Em estudo com dife-rentes ácidos orgânicos, Immerseel et.al. (2004) demonstraram que o ácido butírico protegido foi superior no con-trole da colonização por Salmonella, quando comparado ao ácido fórmico e especialmente ao ácido acético. Em ou-tra avaliação, também se observou que o ácido butírico protegido foi superior ao não protegido na redução da coloni-zação por Salmonella no ceco e em ór-

gãos internos de pintinhos de galinhas poedeiras SPF (IMMERSEEL et.al., 2005).

Com mais de 20 anos no mercado, a Nutriad foi a primeira empresa a reco-nhecer o enorme potencial do butirato de sódio em melhorar a digestão e a saú-de dos animais e assim começou a utili-zar o butirato como um ingrediente efe-tivo na produção animal. Devido a isso, hoje é reconhecida mundialmente como especialista em butirato, ofere-cendo em sua linha ADIMIX uma am-pla gama de produtos revestidos e não--revestidos.

ConclusãoA indústria de produção de aves en-

frenta continuamente grandes desafios relacionados à volatilidade dos preços e qualidade das matérias-primas, insu-mos, programas sanitários e ao cumpri-mento de novas legislações. As exigên-cias do mercado consumidor e o aumento do rigor das legislações evi-denciam a necessidade de se buscar mé-todos seguros e econômicos para con-trolar os patógenos presentes na produção avícola. Esse tipo de controle requer ação em todos os estágios da pro-dução e a utilização de ácidos orgâni-cos, em especial os ácidos de cadeia cur-ta e média, devem ser considerados como alternativa viável ao uso de anti-bióticos, por promoverem aumento nas bactérias benéficas do trato gastrointes-tinal e reduzirem as patogênicas, me-lhorando a saúde e bem-estar dos ani-mais, promovendo melhora dos resultados zootécnicos e maior retorno sob o investimento.

Combinações entre ácidos

orgânicos é mais efetiva do que

quando se trabalha com

apenas um ácido de forma isolada,

podendo ser efetivo contra Salmonella spp

ADIMIX™ PRECISION é um produto à base de

butirato de sódio encapsulado em ácidos graxos de cadeia média

29A Revista do AviSite

30

Caderno Técnico - Comercial ÁGUA e RAÇÃO

A Revista do AviSite

A produção avícola está sob constante pressão para se produzir mais com o menor custo possível. Conversão alimentar, taxa de

crescimento, mortalidade e eclodibili-dade são alguns parâmetros monitora-dos constantemente e as estratégias de otimização são permanentemente re-vistas com o intuito de se maximizar sua eficiência. No entanto, há alguns fatores de risco que podem afetar a per-formance produtiva que ainda são pouco entendidos e, desta forma, mui-tas vezes não se dá a devida atenção a eles. Um destes fatores são as micotoxi-nas, dentre elas as fumonisinas.

As fumonisinas apresentam distri-buição mundial, sendo encontradas no solo e superfície de plantas, contami-nando grãos e cereais no campo, ou durante o armazenamento. São produ-zidas por fungos dos gêneros Alternaria e Fusarium, principalmente pelo F. mo-niliforme, sendo representadas princi-palmente pela fumonisina B1 (FB1), responsável por cerca de 70% do total das fumonisinas quantificadas em ce-reais e subprodutos. O Brasil, devido à predominância de regiões de clima tropical e subtropical, tem apresentado grande incidência de fumonisinas nas matérias-primas comumente utiliza-das na produção animal, com altos ní-veis de contaminação em alguns casos.

Dados de um levantamento realizado em 2014 no país demonstraram que mais de 90% das amostras de milho analisadas forma positivas para fumo-nisinas sendo que os níveis médios destas amostras foram de 3.297 ppb e o nível máximo de 44.752 ppb. Vale lem-brar que níveis acima de 1.500 ppb são considerados inseguros e potencial-mente danosos para as aves.

Nas aves, os sinais clínicos usuais são: menor ganho de peso, mortalida-de, diarreia, ascite, hidropericardite e palidez do miocárdio, ulceração na mucosa oral em perus, aumento no peso relativo de fígado, proventrículo e moela.

O monitoramento da intoxicação por fumonisinas pode ser realizado por meio de parâmetros bioquímicos no sangue. Seu mecanismo de ação está relacionado com a inibição do me-tabolismo dos esfingolipídeos, compo-

Impactos das fumonisinas na avicultura e métodos de controle

Autor: Alexandro Marchioro, MSc, Gerente Técnico de Avicultura – Biomin

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Queda dos índices de lesões pulmonares causadas por fumonisinas

Diminuição dos processos inflamatórios intestinais decorrentes das fumonisinas

Inclusão em rações peletizadas

*De acordo com as normativas da União Européia Nº 1115/2014 e 1060/2013 para a redução da contaminação de fumonisinas e aflatoxinas

Figura 1. Inibição do metabolismo dos esfingolipídios causado pelas fumonisinas

Alternativa para contornar o

problema da baixa eficácia na adsorção

de algumas micotoxinas é a

biotransformação enzimática específica

31A Revista do AviSite

nentes das membranas celulares que possuem papel na regulação celular e no controle de proteínas das membra-nas, mediando o crescimento, a dife-renciação e a morte celular. Aves into-xicadas por fumonisinas apresentam uma alteração na relação entre os ní-veis circulantes de esfingosina e esfin-ganina (Sa/So) devido a uma diminui-ção da biossíntese de esfingosina e acúmulo de esfinganina (Figura 1).

Além disso, a influência das fumo-nisinas na imunidade das mucosas pode afetar muito o desempenho ani-mal, já que a imunidade de mucosa é muito importante para a proteção con-tra diversos patógenos. Em adição, há uma inter relação entre as distintas mucosas do organismo, ou seja, a esti-mulação de uma superfície mucosa in-duz a proteção específica para outras mucosas. A imunidade de mucosas também é muito importante nas vaci-nações por via oral, bastante utilizada na imunização das aves. Assim, quan-do há a presença de fumonisinas na ra-ção a resposta vacinal via oral também pode ficar prejudicada.

Outro parâmetro afetado na pre-sença das fumonisinas é a produção de citocinas pelas células intestinais. Es-tas citocinas desempenham um papel fundamental no recrutamento de célu-las inflamatórias para defesa desta mu-cosa. Esse menor recrutamento de cé-lulas inflamatórias determinado pela diminuição na expressão de interleuci-na-8 (IL-8) associado à ação das fumo-

nisinas na redução de proliferação ce-lular e na integridade da mucosa do intestino, aumenta a susceptibilidade das aves à colonização bacteriana ma-léfica.

Frente a isso, surge outra questão: como é possível minimizar os impac-tos das fumonisinas na avicultura?

O método mais amplamente apli-cado para proteger os animais contra essas micotoxinas é o uso de adsorven-tes sintéticos e naturais em dietas con-taminadas. Estes adsorventes atuam reduzindo a disponibilidade da toxina para o animal.

Vários minerais têm sido utilizados com esse intuito, dentre eles a Bentoni-ta. O principal mecanismo de ação da adsorção desses minerais está relacio-nado a diferenças de cargas elétricas entre o adsorvente e a molécula da mi-cotoxina. Entretanto, como as estrutu-

ras moleculares das micotoxinas são muito diferentes, a eficácia na adsor-ção não é igual para todas elas. Estes minerais estão sendo extensivamente utilizados com eficácia há anos na avi-cultura para controlar os efeitos das aflatoxinas. No entanto, não são muito efetivos contra as fumonisinas, DON e tricotecenos. Ainda, por compatibili-dade de cargas elétricas essas substân-cias minerais também podem, eventu-almente, adsorver outros componentes da dieta, tais como promotores de cres-cimento e medicamentos, determinan-do uma queda da eficácia dos mesmos.

Um modo alternativo para contor-nar o problema da baixa eficácia na ad-sorção de algumas micotoxinas é a bio-transformação enzimática específica. Atualmente é possível usar uma enzi-ma específica que degrada, de forma irreversível, as fumonisinas em meta-bólitos não tóxicos (Figura 2). A ação desta enzima específica na biotransfor-mação da fumonisina FB1 fica eviden-te quando se observa a relação Sa/So in vivo representada no Gráfico 1.

A alta eficácia na biotransforma-ção, a espeficificade e irreversibilidade são algumas características que dife-rem os métodos biológicos dos produ-tos usualmente empregados no contro-le das micotoxinas. Os métodos biológicos de biotransformação enzi-mática específica já provaram ser a tec-nologia de eleição para o controle e prevenção dos efeitos tóxicos de mui-tas micotoxinas, dentre elas as fumo-nisinas.

As referências estão disponí-veis a partir do autor, a pedido.

Figura 2. Biotransformação da FB1 em metabólitos não-tóxicos realizada por enzima específica

Gráfico 1 – Relação esfingosina e esfinganina (Sa / So) no fígado de frangos de corte desafiados com Fumonisinas (FUM) e Fumonisinas + Enzima Específica contra Fumonisina

Nutrição e Processamento

A Revista do AviSite32

Minerais quelatados contribuem para a

lucratividade nos abatedouros

Entre as etapas que antecedem o abate, a área nutricional de-senvolve papel de destaque na manutenção da integrida-

de da carcaça do frango e os minerais quelatados têm apresentado bons re-sultados para garantir a qualidade da carne. A afirmação é do consultor e Médico Veterinário pela Universidade Federal do Paraná, José Maurício França.

De acordo com ele, a utilização de minerais quelatados contribui para que o frango adquira maior imunidade e os tecidos e órgãos apresentem maior resistência, elasticidade e sustentação, reduzindo perdas por condenação sa-nitária e índices de contaminação du-rante o processamento industrial. “Os objetivos da inclusão dos minerais quelatados nas dietas de frango de cor-te são a redução de perdas, conversão em maior quantidade de carne produ-zida, redução dos custos, decorrente de melhora no resultado produtivo e de processamento, melhora nos indicado-res de desempenho produtivo”, diz.

A Revista do AviSite conversou com José Maurício França sobre o uso

dos minerais quelatados como forma de garantir a lucratividade nos abate-douros. Veja abaixo a íntegra da entre-vista:

Revista do AviSite: Em poucas palavras, o que são os minerais orgânicos quelatados?

José Maurício França: Os minerais quelatados são componentes que re-sultam do compartilhamento de elé-trons entre um metal e um ligante, este de natureza orgânica, conforme Leesson e Summers, 2001.

Como a nutrição pode melho-rar as condições de avaliação das carcaças?

A nutrição deve estar sempre con-ciliada com as melhores práticas de manejo e sanidade. Ao conduzir ade-quado aporte nutricional, geralmente avalia-se a integridade do tegumento, adequada disposição dos músculos e dos ossos, conformação da musculatu-ra, rendimento da carcaça e adequada condição sanitária das carcaças e dos pés comercializáveis.

Como o uso de minerais quela-tados influencia no aumento da lucratividade no abatedouro?

A utilização de minerais quelatados contribui para que o frango adquira maior imunidade, os tecidos e órgãos apresentem maior resistência, elastici-dade e sustentação, reduzindo perdas por condenação sanitária e índices de contaminação durante o processamen-to industrial.

Como deve ser feita a análise para inclusão do produto e qual é o procedimento ideal para seu uso?

Através da análise dos indicadores de produção associados às característi-cas de condenação sanitárias da indús-tria, relacionadas ao tegumento e inte-gridade dos órgãos.

O procedimento para uso deve na ração, seguindo estritamente a especi-ficação do fabricante e sua qualificação deve ser reconhecida.

Quais são os resultados espe-rados?

Esperamos a redução das principais causas de condenação parcial, atual-mente, que são celulites, dermatoses, riscos de pele e calo de pés.

Observamos também a redução da condenação por contaminação biliar e

Componentes têm sido utilizados como medida para garantir a qualidade da carcaça

33A Revista do AviSite

fecal decorrente da melhor elasticida-de e sustentação dos tecidos como da vesícula biliar e intestinos.

Quais são os ganhos econômi-cos?

Podemos destacar como ganhos fi-nanceiros a redução de perdas, conver-são em maior quantidade de carne produzida, redução dos custos, decor-rente de melhora no resultado produ-tivo e de processamento e melhora nos indicadores de desempenho produti-vo.

Que outros produtos podem in-fluenciar neste resultado?

Recomenda-se o aprofundamento das condições nutricionais junto ao profissional nutricionista, para que este possa adequar as necessidades de modo específico.

Como maximizar as avalia-ções do abatedouro avícola me-lhorando a lucratividade?

É preciso realizar a clara distinção entre controle de processo e controle de produto, estabelecer alto desempe-nho produtivo para linhas de produtos de maior rentabilidade e realizar a me-canização racional do processo, ajus-tando a demanda por produtos ao mix produtivo.

Além destes fatores, é preciso ter um consenso quanto ao uso de indica-dores de desempenho alinhado a me-tas tangíveis.

Que análises econômicas de-vem ser feitas para o perfeito en-

tendimento deste processo? Não penso em análises econômi-

cas, mas sim em indicadores de desem-penho. Estes sim contribuem para sus-tentar uma análise econômica ampla, que reflete não somente o sistema pro-dutivo, mas também o desempenho na comercialização, na conduta contá-bil e na estratégia financeira e de inves-timentos.

Penso em acompanhar a relação fa-turamento/Kg produzido; avaliar a margem de contribuição conforme grupos de produtos; identificar grupos de produtos e ociosidade industrial.

“Dentre os setores que compõem a cadeia produtiva de aves, os frigorífi-cos constituem forte elo, ocorrendo o abate de frangos, a inspeção sanitária e o processamento da carne. As medidas tomadas para condenações totais ou parciais das carcaças em matadouros frigoríficos têm por objetivo principal a inocuidade do alimento que chega a mesa do consumidor”. Faça uma análi-se deste processo.

Cada vez mais aprendemos a en-tender a necessidade de salvaguardar a marca da empresa e proteger o consu-midor ofertando ao mercado alimen-tos seguros. O processo de inspeção sa-nitária no Brasil constitui, junto com o status sanitário, um patrimônio im-portante para o setor, pois facilita a ex-portação, referenda o processo produ-tivo e garante segurança no consumo dos alimentos.

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José Maurício França Minerais quelatados apresentam bons resultados para garantir a qualidade da carne em abatedouros

34

Nutrição e Processamento

A Revista do AviSite

Com os constantes avanços em genética e nutrição, os animais de produção apresentam a cada dia melhores resul-tados de desempenho.

Os minerais são essenciais no organismo animal e, por muito tempo, a suplementação mineral foi realizada por meio de fontes inorgânicas. Atualmente, muitas empresas

já utilizam esses minerais associados a minerais orgânicos, com o intuito de melhorar o aproveitamento desses nu-trientes pelos animais, sem aumentar significativamente os custos.

Os minerais orgânicos são mais biodisponíveis, atingem terminações biológicas que os minerais inorgânicos não conseguem e possibilitam resultados de desempenho bas-tante superiores.

O uso de minerais orgânicos quelatados reflete em me-lhor conversão alimentar, melhor qualidade de carcaça e de carne, diminuição das lesões e redução no estresse dos ani-mais confinados. Sem dúvida, o uso dos minerais orgânicos quelatados é irreversível.

A Yes é fabricante de minerais na forma de quelatos para América Latina e os resultados de testes de campo realiza-dos por seus clientes superaram quaisquer expectativas. É uma das poucas empresas no mundo que, além dos mine-rais quelatados tradicionais (ferro, zinco, manganês e co-bre), produz cálcio, cobalto e magnésio nessa forma. Ressal-ta-se, ainda, a importância da utilização de matérias-primas de qualidade, uma vez que o Brasil exporta para mercados muito exigentes, como Europa, Japão, Coréia e América do Norte.

Foi realizado um experimento com frangos de corte que suplementou a dieta dos animais com o Yes Minerals Zinco Quelato 16% em comparação ao zinco inorgânico comu-mente utilizado. Observou-se que o uso do mineral na for-ma quelatada proporcionou redução efetiva das lesões de pata (60% patas tipo A x 20% no tratamento com zinco inorgânico), com ganho financeiro líquido adicional de 8,91%. Além disso, o uso do mineral quelatado proporcio-nou melhora de 0.02 na conversão alimentar. Este é um exemplo claro de como os minerais quelatados podem tra-zer bons retornos financeiros.

MercadoEmpresas fazem uma avaliação da utilização de minerais quelatados com o objetivo de evitar prejuízos nos abatedouros.

YesRoberto Valeixo, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento, Yes

O uso de minerais quelatados reflete em melhor conversão alimentar, melhor qualidade de carcaça e de carne.

35A Revista do AviSite

YesRoberto Valeixo, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento, Yes

Nos últimos anos, empresas produtoras de frangos de corte têm demonstrado preocupação crescente com prejuí-zos causados por perdas na linha de abate, devido a lacera-ções de carcaças. Entre os fatores relacionados, o mau empe-namento das aves está entre as principais causas das lesões cutâneas, cada vez mais frequentes nos planteis avícolas.

Alguns minerais têm sido bastante indicados por nutri-cionistas para minimizar perdas por qualidade de carcaça nos abatedouros.

Entre estes, temos principalmente o zinco, o manganês, o cobre e o selênio. Esses minerais quando usados na forma de quelatos, exercem melhor efeito sobre a qualidade de carcaça por serem mais biodisponíveis e assim garantir ao animal o aporte adequado para atender as demandas de sua exigência.

O zinco exerce papel importante por estar relacionado à produção de colágeno e queratina, muito importante para proporcionar melhor resistência à pele. Também é importan-

te para o adequado desenvolvimento e crescimento dos folí-culos de pena. O selênio por atuar na conversão dos hormô-nios da tireoide, responsáveis pela manutenção do calor cor-póreo e do empenamento animal, também exerce papel im-portante sobre a qualidade de carcaça em nível de abatedou-ro. Também têm função importante como antioxidante e, assim, atua sobre a manutenção e integridade das membra-nas celulares.

A Alltech tem como uma de suas primícias a produção de minerais quelatados e seleno-levedura com alta estabilidade de molécula, garantindo assim com que estes cumpram com seu papel no organismo animal. Trabalhos têm demonstrado que, com o uso desses minerais, principalmente, cobre, zinco e selênio, é possível reduzir a condenação por dermatites pré--apanha em 27% e, em nível de abatedouro, a redução pode chegar em 31%.

Dados mensurados com uso de seleno-levedura sobre perda de qualidade de carcaça por gotejamento, propiciaram redução de perda de água em 24%, quando comparado ao uso de selenito de Na.

Sendo assim, minerais quelatados têm sido utilizados com bastante sucesso como uma das medidas para minimi-zar perdas por qualidade de carcaça em abatedouros e conse-quentemente influenciando na lucratividade do setor indus-trial de aves.

AlltechMarlene Schmidt, gerente técnica comercial, Alltech

36 A Revista do AviSite

Informe Técnico – Comercial

Impacto da nutrição de microminerais

no abatedouro

Problemas no abatedouro são fortemente influenciados por uma grande quantidade de fa-tores desde o tipo de cama,

umidade na cama, manejo, ambiên-cia, método de captura e transporte, forma de escaldar, etc. e muitos pon-tos críticos precisam ser constante-mente revisados para diagnosticar e corrigir esses problemas.

Especificamente falando da opor-tunidade de aumentar a quantidade de carne vendável e reduzir descartes no abatedouro com a manipulação nutri-cional de Zn, Cu e Mn, observamos com o uso do Mintrex reduções em descartes por calo de pé, arranhões na pele, ossos quebrados, contaminação de carcaça decorrente de um aumento na resistência intestinal, redução de descartes por doenças articulares (ar-trite, tendonite, tendosinovite, etc),

por problemas de pele (celullite, pele rasgada, etc), e até aumentos de rendi-mento da carcaça. Isso acontece por-que esses micro minerais são nutrien-tes essenciais que participam em uma ampla gama de funções biológicas im-pactando parâmetros de desempenho (ganho de peso, consumo, conversão, etc), até uma grande quantidade de parâmetros relacionados com estrutu-ra óssea, resistência e integridade da pele, resistência e saúde intestinal, res-posta imunológica, até rendimento e qualidade de carne.

Valor de uma fonte de mineral versus outras opções

Para cobrir as necessidades nutri-tionais desses minerais, temos fontes inorgânicas tais como sulfatos, óxidos e coretos, entre outras, e fontes orgâ-nicas classificadas pela American Asso-

ciation of Feed Control Officials, 2015, como quelatos verdadeiros (quelato metal de HMTBA – Mintrex - e quelato

Autor: Ricardo G. Esquerra,

Senior Manager R&D LATAM & Africa, Novus International

O uso de minerais

aumenta a quantidade de carne vendável

e reduz descartes no abatedouro

37A Revista do AviSite

metal aminoácido) e complexos (com-plexo metal aminoácido não específi-co, complexo metal aminoácido espe-cífico, metal proteinato e complexo metal polissacarídeo).

Para entender o valor biológico de uma fonte mineral com relação à ou-tra, usamos em nutrição mineral o conceito de biodisponibilidade. Esse conceito sugere que, por exemplo, se um mineral tem uma biodisponibili-dade 3 vezes superior a uma outra fon-te menos eficaz, podemos usar essa se-gunda fonte mineral a uma dosagem 3 vezes superior à primeira de forma in-tercalada para atingir o mesmo objeti-vo. Nesse caso, ambos os minerais te-riam o mesmo potencial de desempe-nho para o parâmetro de interesse (Fi-gura 1).

Porém, nem sempre esse conceito se aplica à nutrição mineral e precisa-mos verificar se o potencial de desem-penho de um mineral é superior com relação ao outro (Figura 2). Essa situa-ção pode acontecer pelo fato de cada mineral (orgânico e inorgânico) ter ca-racterísticas fisicoquímicas próprias que fazem com que um mineral tenha um potencial de resposta superior a outro (Figura 2). Um exemplo caracte-

rístico em nutrição animal é o caso de CuSO4 que sabemos que melhora o desempenho de leitões de forma signi-ficativa. Já o uso de CuO não produzi-rá esse efeito mesmo se aumentarmos a dosagem de CuO.

Isso acontece no caso específico do Mintrex, com o qual podemos atingir um patamar de desempenho superior, por exemplo, a sulfatos. Observamos nas Figuras 3 e 4, que neste experi-mento recente conduzido no Brasil com dietas a base de milho e soja, oti-mizamos o ganho de peso e conversão das aves unicamente com o Mintrex, e que a adição de ZnSO4 em quantida-des maiores, em vez de garantir o mes-mo nível de desempenho obtido pelo Mintrex, reduz o rendimento dos ani-mais. As quantidades de ZnSO4 repor-

tadas neste experimentos são usadas comumente pela indústria.

Portanto, para entender o valor de fontes minerais como o Mintrex com relação a outras opções, precisamos identificar que tipo de mineral apre-senta uma resposta característica, para quais parâmetros e em quais condi-ções.

Nossas pesquisas indicam que, de-pendendo das condições experimen-tais ou de campo, vários parâmetros relacionados com desempenho, rendi-mento de carcaça, descartes e qualida-de de carne podem ser otimizados com Mintrex. Isso explica o valor dessa fonte mineral para a indústria e a oportunidade para reduzir custos de produção de carne e reduzir perdas no abatedouro.

Os minerais participam de várias funções biológicas impactando nos parâmetros de desempenho

Artigo técnico

A Revista do AviSite38

Resultados da utilização de amilase e fitase em dietas milho-farelo de

soja para frangos de corte

Na avicultura industrial, como já amplamente relatado, a fitase é a enzima mais utilizada. Os nu-tricionistas e pesquisadores

possuem muitas informações disponíveis sobre a atuação da fitase sobre o fitato, bem como sua relação com o maior apro-veitamento do fósforo e de outros nutrien-tes. Vale ressaltar que, no Brasil, além da fitase, outras enzimas têm sido utilizadas em rações para aves, com destaque para a suplementação de carboidrases, como amilase, xilanase e glucanase. Estas enzi-mas podem ter uma maior demanda nos próximos anos em função das característi-cas dos ingredientes utilizados nas formu-lações e da eficiência que se deseja alcan-çar no aproveitamento dos nutrientes e energia para aves.

Utilização de carboidrases e fitase em dietas para frangos de corte

As carboidrases atuam nas diferentes frações de açúcares que compõem a dieta, proporcionando um maior aproveitamen-to dos nutrientes. Uma vez que as enzimas são altamente específicas para o substrato em que atuam, existe uma ampla gama de carboidrases disponíveis no mercado. Xila-nases e glucanases possuem ênfase quan-do são utilizados ingredientes fibrosos e ricos em polissacarídeos não amídicos. Já as amilases exógenas atuam sobre as liga-ções glicosídicas presentes nos grânulos de amido e ganham destaque em ingre-dientes ricos em amido, o qual é a princi-pal fonte de energia dos cereais.

A fitase, muito conhecida na avicultu-

ra mundial, é uma enzima capaz de atuar sobre o fitato, um complexo que não pode ser digerido pelas aves e que reduz a dis-ponibilidade de outros nutrientes como minerais, aminoácidos e amido. A presen-ça da fitase nas rações permite a hidrólise deste complexo e a liberação de fósforo e dos demais elementos que estavam liga-dos e indisponíveis para absorção.

Muitos estudos envolvendo a utiliza-ção de enzimas exógenas têm sido condu-zidos nas últimas décadas. Alguns resulta-dos ainda são controversos, sobretudo porque existem diferenças quanto à pre-sença de substratos nas dietas, composi-ção dos ingredientes, metodologias utili-zadas na avaliação dos resultados e coleta de dados e também às diferenças na ativi-dade enzimática de cada produto.

Assim, todos os aspectos devem ser considerados para uma correta utilização das ferramentas disponíveis para que re-sultados expressivos possam ser obtidos a partir da utilização de enzimas apropria-das e que possuam estabilidade e eficácia comprovadas.

Fatores relevantes na utilização de enzimas exógenas

As enzimas exógenas podem ser efica-zes para melhorar o aproveitamento dos nutrientes da dieta e com isso tornar a ati-vidade mais lucrativa para produtores e empresas avícolas. No entanto, para se ter êxito com a sua utilização, é necessário que o formulador tenha em mente que existem algumas características intrínsecas às enzimas e que podem limitar a sua uti-

Autores: Heitor Vieira Rios, Catarina Stefanello, Sergio Luiz VieiraAviário de Ensino e Pesquisa, Departamento de Zootecnia, Universidade

Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Heitor Rios recebeu no Prêmio Lamas 2015 uma menção honrosa pelo trabalho que avaliou a energia em frangos de corte suplementados com amilase e fitase

39A Revista do AviSite

Imagens do trabalho de ampliação das unidades

da Cobb-Vantress

lização se não forem observadas com a de-vida atenção. Neste contexto, os conheci-mentos de enzimologia podem ser uma boa ferramenta para auxiliar no entendi-mento do modo de ação enzimática e sua estabilidade.

Enzimas atuam em substratos específi-cos e liberam o produto da sua reação. Por serem proteínas, possuem condições de temperatura, umidade e pH ideais para atuar com máxima eficiência, e, portanto, o calor extremo na peletização das rações e uma armazenagem inadequada, podem ocasionar a diminuição da atividade enzi-mática, devido à desnaturação protéica. As enzimas exógenas possuem pouco tempo para atuar sobre o seu substrato antes que sejam desnaturadas pelo pH áci-do do proventrículo ou hidrolizadas pelas proteases liberadas no suco pancreático (Ravindran, 2013).

Outro fator a ser considerado é a rela-ção entre enzima e o substrato nas rações. Para obter uma máxima eficiência é neces-sário que a dieta formulada apresente in-gredientes que possuam o substrato espe-cífico para a enzima de interesse. Utilizar carboidrases em dietas com ingredientes de alta viscosidade como centeio e cevada são estratégias interessantes para melhora da digestibilidade. Da mesma forma, o uso da amilase pode ser de grande valia em dietas contendo altas inclusões de amido, como é o caso das rações a base de milho

e farelo de soja, ingredientes amplamente utilizados em dietas para frangos de corte no Brasil.

É importante observar que o efeito aditivo das enzimas muitas vezes não é observado quando são formuladas rações contendo diferentes enzimas. Assim, a su-posta liberação de energia de uma amilase pode não possuir um efeito aditivo em re-lação à outra enzima exógena, mesmo que possuam substratos distintos. Dessa forma, abordar os aspectos mais relevan-tes que envolvem a utilização de carboi-drases e fitase em dietas para frangos de corte tem sido o foco de alguns estudos realizados no Aviário de Ensino e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Estudos recentesObjetivando avaliar o aproveitamento

da energia em dietas milho-soja, com níveis crescentes de amilase e formuladas com fi-tase para frangos de corte, foi conduzido um estudo com 8 tratamentos em um es-quema fatorial 4 x 2, sendo 4 níveis crescen-tes de amilase [0, 40, 80, 120 kilo-novo uni-dades de alfa-amilase (KNU/kg)], com ou sem a inclusão de 1000 unidades de fitase fúngica (FYT/kg). Observou-se neste estudo maior ganho de peso, melhor conversão ali-mentar e maior utilização da energia (P < 0,05) em frangos de corte que receberam dietas formuladas com fitase (Figura 1).

Figura 1. Utilização da energia de frangos de corte aos 25 d alimentados com dietas formuladas com ou sem fitase

40

Artigo técnico

A Revista do AviSite

A suplementação das dietas milho-so-ja com alfa-amilase proporcionou aumen-tos na energia metabolizável aparente (EMA) com máxima resposta observada com 86 KNU/kg (Y = - 0,0095x2 + 1,636x + 3391). A energia digestível ileal (EDI) também aumentou com a suplementação de amilase nas dietas (Y = - 0,0102x2 + 1,841x + 3149) sendo observada a máxi-ma liberação com 90 KNU/kg (Figura 2).

Os resultados observados neste estudo também estão de acordo com dados pu-blicados anteriormente, em que se avaliou a bioequivalência da mesma fitase (1000 FYT/kg) em relação a liberação de fósforo disponível (VIEIRA et al., 2015a). Obser-vou-se neste estudo que dietas formula-das com fitase resultaram na liberação de 0,14 a 0,19% de fósforo disponível para frangos de corte aos 25 d. Avaliando a su-plementação de um complexo alfa-amila-se-beta-glucanase para frangos de corte até 40 dias, Vieira et al. (2015b) observa-ram que dietas milho-farelo de soja suple-mentadas com 80 KNU/kg de amilase re-sultaram em equivalências de 56 e 99 kcal/kg para ganho de peso e conversão ali-mentar, respectivamente.

Em um estudo recente para avaliar os efeitos da suplementação de amilase, xila-nase e da combinação amilase + xilanase em dietas formuladas com e sem fitase,

Tabela 1. Digestibilidade e desaparecimento do amido (%) em frangos de corte ali-mentados com dietas milho-farelo de soja sem ou com fitase e suplementadas com amilase ou amilase + xilanase1,2

Item Jejuno Íleo Desapareci-mento2

Fitase, FYT/kg

0 78,5 89,8 29,6

1000 79,2 91,3 32,6

Carboidrase

0 77,0b 89,6b 28,5b

Amilase (80 KNU/kg) 79,2b 90,2ab 30,0ab

Amilase (80 KNU/kg) + xilanase (100 FXU/kg) 80,5a 92,0a 34,9a

EPM 0,367 0,347 1,070

Prob. <

Fitase 0,046 0,014 0,106

Carboidrase 0,001 0,013 0,018

Fitase × carboidrase 0,104 0,208 0,981a-b Teste Tukey (P < 0.05).1 Médias foram obtidas de 8 repetições com 7 aves por gaiola.2 Adaptado de Stefanello et al. (2015).3 Quantidade de amido presente no jejuno e digerida até o íleo distal (%).

Figura 2. Efeitos dos níveis crescentes de suplementação de uma alfa-amilase exógena sobre a utilização de energia em frangos de corte aos 25 d

Stefanello et al. (2015) observaram que a suplementação de dietas milho-farelo de soja com amilase (80 KNU/kg) + xilanase (100 FXU/kg) foi eficiente para melhorar significativamente a EMA, EDI e a digesti-bilidade do amido avaliada no jejuno e íleo de frangos de corte (Tabela 1). Stefanello et al. (2015) também demonstraram que não houve interação entre fitase e carboi-drases sobre as digestibilidade de nutrien-tes e energia.

Dessa forma, a utilização de enzimas exógenas para frangos de corte apresenta importância atual na nutrição e produção de aves e possui boas perspectivas para o futuro. Aliado a isso, é necessário enten-der que a liberação de energia e nutrien-tes pelas enzimas possui limites e que é importante diferenciar produtos enzimáti-cos e buscar sempre a ampliação dos co-nhecimentos para atingir os resultados desejados na produção avícola. Podemos esperar um grande avanço no desenvolvi-mento de tecnologias e no desenvolvi-mento de enzimas cada vez mais eficien-tes e que possam garantir um bom retorno financeiro à produção.

Mais informações: www.ufrgs.br/aviario

ReferênciasRavindran, V. 2013. Feed enzymes: The

science, practice, and metabolic realities. J. Appl. Poult. Res. 22: 628–636.

Stefanello, C., S.L. Vieira, G.O. Santiago, L. Kindlein, A.J. Cowieson, and J.O.B. Sorba-ra. 2015. Starch digestibility, energy utiliza-tion, and growth performance of broilers fed corn-soybean basal diets supplemented with enzymes. Poult. Sci. 95: 1–8.

Vieira, S.L., D.L. Anschau, C. Stefanello, N.C. Serafini, L. Kindlein, A.J. Cowieson, and J.O.B. Sorbara. 2015a. Phosphorus equiva-lency of a Citrobracter braakii phytase in broilers. J. Appl. Poult. Res. 24: 335–342.

Vieira, S.L., C. Stefanello, H.V. Rios, N.C. Serafini, R.G. Hermes, and J.O.B. Sorbara. 2015b. Efficacy and metabolizable energy equivalence of an α-amylase-α-glucanase complex for broilers. Braz. J. Poult. Sci. 17:227–236.

41A Revista do AviSite

42

Reportagem empresarial

A Revista do AviSite

Cobb-Vantress realiza ampliação da capacidade de incubatórios e

investe em tecnologia

No final de setembro, a Cobb--Vantress concluiu um projeto de ampliações e reformas de suas granjas de bisavós e avós

no Brasil. Iniciado há dois anos, o proje-to tem como objetivo atender ao plane-jamento estratégico de ampliação da produção da companhia, que deverá au-mentar sua capacidade de produção em 23% e de incubação em 10%.

Com as ampliações e melhorias o ob-jetivo da empresa é garantir o bem-estar das aves com o suporte de maquinários e ferramentas mais modernas e tecnológicas.

Nas duas granjas de bisavós, localiza-das em Paulo de Faria (SP) e em Itapagi-pe (MG), foi ampliada a capacidade de alojamento, a fim de incrementar a pro-dução e atender à demanda do merca-do e à necessidade interna da empresa.

Os incubatórios de bisavós ganharam ainda novas salas de nascedouro, com o objetivo de flexibilizar os dias e as quan-tidades de nascimento.

Além disso, as obras contemplaram a readequação da estrutura de ambiência das granjas, com a troca de todos os controladores, que passam a nortear os comandos por meio da sensação térmica registrada no interior de cada aviário, permitindo ajustes rápidos e precisos para o conforto das aves. Também foram instalados controles de ventilação míni-ma lateral e controle de CO2. As granjas de avós, localizadas em Itapagipe (MG), Guapiaçu (SP), Palestina (SP) e Água Cla-ra (MS) também receberam adequações. A capacidade de produção da granja de Itapagipe foi duplicada, o que permitirá o aumento de 2 milhões de matrizes ao ano, apenas nesta unidade.

Já no incubatório de Água Clara foi construída uma nova sala de nascedou-ro também com o objetivo de propor-cionar a flexibilização de datas e volu-mes de produção.

No incubatório de Guapiaçu as obras atenderam a ampliação de mais de 1.200 m² de construção e a substi-tuição de todas as máquinas de incuba-ção por modelos Petersime.

Os investimentos na ampliação das granjas de bisavós foram de U$4 mi-lhões. Na ampliação e reforma do incu-batório de Guapiaçú (ICA) foram inves-tidos mais U$4,5 milhões e na ampliação da granja 4, foram investi-dos mais U$6,5 milhões.

Segundo Idir Savoldi, diretor de produção da Cobb-Vantress, as granjas de bisavós também foram ampliadas para atender a introdução da nova li-

Obras contemplam aumento de instalações das granjas e troca de equipamentos de controle de ambiência

Reportagem empresarial

43A Revista do AviSite

Imagens do trabalho de ampliação das unidades

da Cobb-Vantress

Os investimentos na ampliação das granjas de bisavós foram de U$4 milhões. Na ampliação e reforma do incubatório de Guapiaçú (ICA) foram investidos mais U$4,5 milhões e na ampliação da granja 4, foram investidos mais U$ 6,5 milhões.

nha de machos MX, agora distribuída pela empresa. “Com esta ampliação, introduzimos novos conceitos de bios-segurança às granjas. O acesso de pes-soas (funcionários) às unidades tam-bém foi modificado. Agora, não há mais acesso ou contato com a área ex-terna dos aviários de um mesmo nú-cleo, pois foram construídos corredores fechados e controlados para a circula-ção de pessoas entre aviários de um mesmo setor. Implantamos o que há de mais moderno em termos de ambiência para que seja possível controlar além da temperatura, a umidade e a veloci-dade, e também a qualidade do ar que as aves recebem, o que nos assegura maior garantia à toda a nossa produção.

O incubatório de Guapiaçu foi am-pliado em mais de 1.200 metros, além da troca e reconstrução de toda a sua estrutura antiga. Segundo Savoldi, este incubatório conta com o que há de mais moderno e seguro no que se refe-re a máquinas, ambiência, fluxo de ar e gerenciamento de todo o sistema de produção. Foram instaladas novas má-quinas de incubação, chillers, caldeiras e geradores de energia, além de contar com o controle de todos os resíduos produzidos nesta unidade. Esta nova

tecnologia permitirá à Cobb-Vantress o gerenciamento de todas as fases de produção, com controle e informações em tempo real do que está acontecen-do em cada máquina e em todos os dias, no que se refere à temperatura do ambiente e do embrião, além da umi-dade e qualidade do ar, fatores estes que permitem análise do desenvolvi-mento e da qualidade da produção.

As granjas de avós também estão recebendo os novos controladores de ambiente, o que permitirá análise atra-vés da sensação térmica das aves e, também, sobre a qualidade do ar no in-terior dos aviários. “Estamos interligan-do todas as unidades através da insta-lação de fibra ótica, o que propiciará o acesso e o gerenciamento à distância das unidades. Devido à produção e en-trega de matrizes a clientes de diferen-tes locais e com diferentes volumes de alojamentos, trocamos todas as nossas máquinas de incubação, que antes eram de estágio múltiplo, para máqui-nas de estágio único. Isto resultará em melhores controles e resultados, além de uma melhora muito significativa na qualidade dos produtos entregues pela nossa empresa”, afirma Savoldi.

Outras informações sobre a empre-sa: www.cobb-vantress.com.

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A Revista do AviSite44

AviGuia

Theseo Qualidade internacional ao mercado brasileiro

A Theseo, empresa veterinária de ori-gem francesa e que faz parte do grupo Avril – com atuação no agronegócio em conjunto com diversas empresas e em vá-rias frentes de trabalho (nutrição animal, suplementos, fazendas, fábrica de ali-mentos, produtos veterinários e outros) – chegou ao Brasil há pouco mais de um ano e já mostra resultados e amplia os in-vestimentos rumo ao seu desenvolvimen-to. A empresa é reconhecida hoje como uma das maiores especialistas em biosse-gurança na produção animal na Europa.

Sua sede administrativa fica em Cam-pinas, SP, e a Theseo tem um plano agres-sivo de expansão e, dentro do planeja-

mento estratégico, o Brasil é seu foco devido ao volume de animais produzidos. “A Theseo busca trabalhar com produtos inovadores e de alta performance. Temos um laboratório de pesquisa e desenvolvi-mento na França focado no desenvolvi-mento de novos desinfetantes veteriná-rios e, para sermos mais competitivos no mercado brasileiro, iremos fabricar a maioria dos produtos no Brasil. Esta é uma estratégia importante para termos condições de oferecer ao mercado produ-tos com melhor custo-benefício”, expli-cou Pablo Vilela, Gerente Nacional da Theseo.

Quando a companhia chegou ao Bra-sil, fez a aquisição de uma empresa vete-rinária nacional em Descalvado, SP, e rea-lizou toda a adequação na planta da indústria para fabricação de seus produ-tos. A autorização para iniciar a fabrica-ção chegou recentemente. “Um grande diferencial é que nossos produtos serão nacionais com tecnologia europeia”, des-tacou Pablo Vilela.

A empresa atuará no Brasil com pro-dutos e serviços para limpeza e desinfec-ção, controle de insetos e roedores em granjas, incubatórios e outros. “Somos especialistas em biossegurança com uma linha abrangente”, destacou Vilela. Saiba mais em www.theseo.com.br.

Safeeds Destaque no XXIV Congressso Latinoamericano de Avicultura

A Safeeds marcou presença no XXIV Congresso Latinoamericano de Avicultu-ra, realizado em Guayaquil, no Equador. Ricardo Castilho (á direita na foto), Di-retor Presidente e o Gerente Técnico da América Latina, Francisco Fireman, participaram de palestras científicas e apresentaram novidades tecnologias produzidas pela Safeeds ao mercado de aditivos para nutrição animal. Saiba mais em www.safeeds.com.br.

Pablo Vilela, Gerente Nacional da Theseo

45A Revista do AviSite

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AviGuia

A Revista do AviSite

Ceva Empresa realiza lançamento da Maximune Pro em Itatiba, SP

A Ceva realizou em setembro o lança-mento da Cevac Maximune Pro, em Itati-ba, SP. Trata-se da primeira vacina contra a variante brasileira da Bronquite Infeccio-sa das Galinhas.

O evento contou com intensa progra-mação técnica e a participação de Sjaak DeWit, da empresa holandesa GD Animal Health, Antônio Piantino, da Universidade de São Paulo, e Jorge Chacón, Gerente de Serviços Técnicos da Ceva, entre outros.

Sjaak DeWit afirmou que o setor aví-cola precisa tomar cuidado com as infec-ções causadas pelo vírus da BIG. “Os da-nos podem ser irreversíveis. É preciso um trabalho específico de proteção ao plan-tel”, diz.

Luiz Sesti, Responsável Técnico para América Latina da Ceva destacou o traba-lho epidemiológico prévio realizado antes do lançamento da vacina Cevac Maximu-ne Pro: "É o resultado de 4 anos de pes-

quisas. Trata-se de uma ferramenta para ajudar a indústria avícola. Pesquisamos a melhor cepa, as doses indicadas, titula-ção, testes de segurança e eficácia e as-sim, atingimos nosso objetivo", destaca.

Alberto Inoue, Gerente da Linha de Produtos-Avicultura, lembra que o grupo de pesquisa da USP trabalhou em um le-vantamento epidemiológico desde 2003. "As pesquisas para o lançamento da Ce-vac foram extremamente alinhadas com a atual demanda do mercado avícola", afirma.

Jorge Chacón, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Ceva, destacou du-rante o evento o trabalho de pesquisa re-alizado pela equipe. “O desenvolvimento de uma vacina com cepa local é o mais indicado para o cenário brasileiro, no que se refere à Bronquite Infecciosa”, destaco.

Mais informações: www.ceva.com.br.

Público presente ao lançamento da Cevac Maximune Pro

Sjaak DeWit: “Os danos causados pela infecção do vírus da BIG podem ser irreversíveis.

É preciso um trabalho específico de proteção ao plantel”

Piantino: “BIG é a maior causa de perdas

econômicas para a avicultura, causando

problemas respiratórios e reprodutivos”

Jorge Chacón e Alberto Inoue, da Ceva

Maximus, da Gallus: alta tecnologia para a avicultura

Gallus Gerenciador multiplataforma Maximus chega ao Brasil

A Gallus, juntamente com a cana-dense QMA Electronics, trouxe ao país o gerenciador Maximus. O equipamen-to é capaz de gerenciar variados parâ-metros como alimentação, temperatu-ra, iluminação, qualidade do ar e muitos outros, de forma simples e automática.

Com o gerenciador Maximus o pro-dutor pode instalar módulos aos pou-cos, adicionando funções conforme a evolução do seu desempenho.

Com tela tipo “touch screen”, o Maximus é muito fácil de utilizar, atra-vés de comandos visuais. Com a pro-gramação feita por gráficos, possibilita controle à distância totalmente seguro, através de distintas plataformas como smartphone, PC ou tablet. Com acesso via internet, é possível visualizar leituras ou até mesmo ajustar parâmetros. Pode ser facilmente programado para enviar relatórios ou alertas via e-mail ou SMS.

O gerenciador também recebe atu-alizações online, de forma rápida, sim-plificada e gratuita. Ao instalar o Maxi-mus, o produtor sabe que irá sempre dispor do que há de mais moderno no gerenciamento de produção animal. Além disso, conta com suporte ou as-sistência em tempo real. Significa que um técnico pode acessar remotamente, corrigindo eventuais problemas ou para ajustar alguma programação. Saiba mais em www.gallus.ind.br.

47A Revista do AviSite

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AviGuia

A Revista do AviSite

Vencomatic Evac 2015: treinamento para melhoria contínua

O gerente geral da Vencomatic, Claudio Machado, e sua equipe, juntamente com o consultor Flávio Souza, da Você Vencedor, re-alizaram um treinamento específico para o departamento de montagem e assistência técnica, em Lindóia, SP, em setembro.

O treinamento levou o nome de Excelên-cia Vencomatic de Atendimento ao Cliente já que os departamentos de montagem e assis-tência técnica, passam por uma total reestru-turação com implantação de novas normas internas, padrões de montagem e também, contratação de novos e experientes profissio-nais, como é o caso de Alexandre Dohi, mui-to conhecido no mercado avícola pelos tra-balhos de qualidade realizados em diversas empresas pelo qual passou.

Dohi será o responsável pela supervisão da assistência técnica. Este evento é o primei-ro de muitos dentro de um programa de trei-namento e padronização continuados de atendimento com excelência. Estas soluções chegarão às granjas de todos os clientes Ven-comatic do Brasil distribuídos por toda a América Latina. Mais informações em www.vencomatic.com.br.

Evac 2015, evento promovido pela Vencomatic em Lindóia, SP

Estande da Aviagen em

Guayaquil, no Equador

Aviagen Ações durante o XXIV Congresso Latinoamericano de Avicultura

A Aviagen participou ativamente do XXIV Congresso Latinoamericano de Avicul-tura. O estande da empresa, na foto, contou com forte presença de clientes latinoameri-canos durante os três dias de evento.

“A Aviagen trouxe boa parte de sua equipe para atender a todos os nossos clien-tes durante o período da feira”, comentou Ullrich Koehler, business manager da Avia-gen na América Latina e Caribe. “Mostra o compromisso da empresa com a América Latina e, em especial, com o desenvolvimen-to de todo setor avícola na região, já que so-mos apoiadores históricos da ALA (Associa-ção Latinoamericana de Avicultura) e das associações locais, incluindo a CONAVE (Corporação Nacional de Avicultores do Equador), que promoveu o Congresso com extremo sucesso”, completou Ullrich.

Para outras informações, acesse www.aviagen.com.

Equipe da Aviagen durante o Congresso Latinoamericano de Avicultura

49A Revista do AviSite

Sanphar Negócios são expandidos no mercado asiático

A Sanphar reforça sua atuação no mercado asiático com a inauguração do Centro de Pesquisa em Saúde Animal no Vietnã. O projeto piloto faz parte de uma série de alianças internacionais estratégi-cas e deve ser implantado na América La-tina, onde a empresa conta com repre-sentante e equipe técnica em 14 países. “Os países do sudeste asiático apresen-tam uma carência por diagnóstico para identificar com precisão o que afeta os planteis de aves e suínos naquela região. A primeira fronteira para que este modelo de negócios seja adotado é o sudeste asi-ático”, afirma o CEO da companhia, Ricar-do Gomes Pereira.

O centro contará com uma equipe es-pecializada e equipamentos de ponta para traçar um panorama da incidência e preva-lência de doenças infecciosas, bem como o estado imunológico de propriedades em todo o país.

Presença no CLA Com forte atuação nos países latino-

-americanos, a Sanphar marcou presença com equipe de distribuidores e palestras so-bre tendências e sanidade no Congresso Latino-Americano de Avicultura.

O economista do agronegócio, Dr. Paul Aho, abriu a programação com a palestra “Atualidades avícola mundiais”. Com ex-tensa bagagem científica e conhecimento de mercado, o especialista em projetos re-lacionados à indústria avícola lecionou por mais de três décadas na Universidade de Cornell e na Universidade da Geórgia, atuou na indústria e hoje está à frente da consultoria Poultry Perspective. O Gerente Técnico da Sanphar da América Latina Mar-co Aurélio Nunes, também abordou “Os dez dias esquecidos na produção de frango de engorda”.

Informações sobre a empresa: www.sanphar.net.

Centro de Pesquisa em Saúde Animal no Vietnã

faz parte de uma série de alianças internacionais estratégicas e deve ser

implantado também na América Latina

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AviGuia

A Revista do AviSite

Biovet Felipe Pelicioni é o novo gerente de produtos avicultura do Biovet

O Laboratório Biovet anunciou o nome do novo gerente de produtos da Unidade de Negócios Avicultura: Felipe Baselice Pelicioni, médico veterinário es-pecializado em avicultura e em marke-ting, com grande conhecimento sobre vacinas e produtos biológicos. “Vou utili-zar minha experiência acumulada nessa minha primeira década de carreira, como meu MBA, no sentido de criar, planejar e executar estratégias e ações que eviden-ciem ainda mais ao mercado de saúde animal os grandes diferenciais da nossa empresa e da nossa equipe”, diz.

Pelicioni destaca que terá à disposi-ção uma linha completa de soluções para promover. “Encontrei projetos em está-gio avançado de desenvolvimento, com

os quais terei prazer em participar. Isso proporciona expectativa de inovadores lançamentos em curto prazo”, afirma.

Homenagem a René Correa: como merecida homenagem às pessoas que dedicaram suas vidas por uma medicina veterinária es-truturada na ética e no compromisso com o reino animal e a socieda-de, a Apamvet (Academia Paulista de Medicina Veterinária) lançou o livro o livro “Virtuosa Missão — A História da Medicina Veterinária no Estado de São Paulo e as Suas Contribuições para o Desenvolvimento da Criação de Animais no Brasil”. A obra dá destaque à trajetória do fundador do Laboratório Biovet, o Médico Veterinário René Corrêa, cujo acervo pessoal cedeu algumas das cerca de 300 imagens que ilustram as mais de 250 páginas do trabalho.

René Corrêa sempre trabalhou em prol da saúde animal e públi-ca, atuando em parceria com organizações acadêmicas, governa-mentais e corporativas. Parte desse legado está destacado no livro “Virtuosa Missão” e inclui, por exemplo, pesquisa e desenvolvimento de vacinas para o setor bovino, avícola e pet; publicações científicas; intercâmbios internacionais; atividades de extensão e educação con-tinuada, até a conquista da 12ª Cadeira/Patrono Imortal na Apamvet.

Destaque: em um comentário enviado à Revista do AviSite, Pau-lo César Martins, Diretor da BioCamp, afirma: “Para quem teve a oportunidade e honra de trabalhar e conviver com o Dr. René Correa e sua família, esta é uma grande notícia e uma justa homenagem a este cientista brasileiro”.

Mais informações sobre a Biovet: www.biovet.com.br

Felipe Pelicioni, novo gerente de produtos avicultura do Biovet

René Corrêa, fundador do Biovet (de chapéu), foi homenageado pela Apamvet

Capa do livro “Virtuosa Missão — A História da Medicina Veterinária no Estado de São Paulo e as Suas Contribuições para

o Desenvolvimento da Criação de Animais no Brasil”

Biomin Nova fábrica no Panamá

A Biomin inaugurou uma nova fábrica no Pa-namá. A nova planta vai produzir a linha de ad-sorvente Mycofix e futuramente o PoultryStar. Inicialmente, a fábrica deve produzir cerca de 3.120 toneladas por ano, com base em uma esta-ção de embalagem e um único turno. A meta de produção é ampliar para 6.240 toneladas por ano, com dois turnos. A capacidade de produção máxima pode atingir 12.480 toneladas por ano, com a criação de uma segunda estação de embalagem.

Com distribuição em mais de 100 países, a Biomin desenvolve e produz insumos para rações e serviços para melhorar a saúde e desempenho econômico dos animais. Pioneira no uso de in-gredientes e processos naturais, a empresa trou-xe uma nova abordagem para a nutrição animal desde o início de suas atividades nos anos 1980. Mais informações em www.biomin.net.

Inauguração da fábrica da Biomin no Panamá

51A Revista do AviSite

Estatísticas e Preços

Produção de pintos de corteJulho/2015573,266 milhões | 5,61%

Produção de carne de frango* Julho/20151.142,342 mil toneladas | 6,69%

Exportação de carne de frango Agosto/2015375,247 mil toneladas | 13,00%

Desempenho do frango vivoSetembro/2015R$/Kg 2,87 | 8,38%

Desempenho do ovoSetembro/2015R$/caixa 54,96 | 36,61%

MilhoSetembro/2015R$/saca 32,74 | 41,55%

Farelo de SojaSetembro/2015R$/ton 1.250,00 | 15,63%

Disponibilidade interna*Julho/2015701,866 mil toneladas | 0,33%

Produção e mercadoem resumo

IBGE aponta aumento de 5,1% na produção

de carne de frango no primeiro semestre

No cenário internacional, a defesa sanitária animal do Departamento de Agricultura dos EUA (APHIS/USDA, na sigla em inglês) divulgou seu plano de

preparação e resposta à Influenza Aviária (IA) para o outono americano no Hemisfério Norte. Nele, sinaliza com a possibi-lidade de utilizar vacinação contra IA, procedimento que, in-ternamente, tem muitos prós e contras. Os contras vêm, principalmente, do setor exportador que aliás, perderam 10% de suas exportações de carne de frango nos primeiros sete meses de 2015.

Dados divulgados pelo USDA apontam que embora o Brasil tenha mantido sua participação nos embarques para o Japão, a Tailândia tem ganhado maior espaço. Em 2012, ela detinha 25% do volume de carne de frango importado pelo Japão, no primeiro semestre de 2015 o índice subiu para 34%; lá, o Brasil detinha 44% e, agora, detêm 45%.

Frango e Ovo ganharam prêmio internacional por expe-rimentos inusitados. No caso do frango, o experimento foi para reforçar a tese de que o atual gallus gallus domesticus descende dos dinossauros. No caso do ovo, por desenvolver um processo que “descozinha” ovos parcialmente cozidos.

Por fim, matéria de ovos relacionada ao México salienta que o grande segredo para o consumo mexicano atingir 365 ovos per capita é que são muito consumidos no café da manhã.

No cenário nacional, dados divulgados pelo IBGE referente ao processamento de frangos em estabe-lecimentos sob inspeção (federal, estadual ou muni-

cipal) apontam que no primeiro semestre de 2015 houve aumento de 5,1% no volume de carne de frango produzida em relação ao mesmo período do ano passado.

Os fiscais federais agropecuários deflagraram nova greve no decorrer de setembro causando apreensão em todo o agronegócio brasileiro quanto à paralisação ou lentidão de serviços essenciais para o pleno desenvolvimento das atividades.

O mercado de ovos atravessou setembro em situação bem melhor que a verificada no ano passado, embora as matérias-primas estejam pressionando os custos de produ-ção, tanto de ovos quanto de frangos.

*Os números referem-se ao potencial de produção de carne de frango e ao potencial de disponibilidade interna.Todas as porcentagens são variações anuais.

52

Estatísticas e Preços

A Revista do AviSite

Produção de pintos de corte

Segundo semestre iniciou com novo recorde no volume

Evolução mEnsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2013/2014 2014/2015 VAR. %

Agosto 525,568 532,452 1,31%

Setembro 495,703 531,201 7,16%

Outubro 532,843 568,185 6,63%

Novembro 482,037 481,899 -0,03%

Dezembro 525,826 544,371 3,53%

Janeiro 525,441 539,803 2,73%

Fevereiro 482,746 495,889 2,72%

Março 497,620 523,159 5,13%

Abril 503,325 527,185 4,74%

Maio 521,531 535,525 2,68%

Junho 500,067 552,167 10,42%

Julho 542,827 573,266 5,61%

Em 7 meses 3.573,556 3.746,995 4,85%

Em 12 meses 6.135,533 6.405,103 4,39%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Nove meses depois, o recorde de outubro de 2014 – de pouco mais de

568 milhões de cabeças – ficou para trás. Em julho último, a produção brasileira de pintos de corte atingiu a marca, inédita, dos 573,2 milhões de cabeças, aumen-tando 5,61% em relação a julho de 2014 e 3,82% em relação ao mês anterior, junho de 2015.

Na realidade, porém, o incremento sobre junho passado é bem menor se con-siderado que aquele mês teve 30 dias. Assim, como demonstra o gráfico abaixo da tabela, o volume real produzido em junho e julho foi praticamente estável, apresentando variação inferior a meio por cento.

De toda forma, o gráfico também aponta que o volume produzido no bimestre junho-julho ficou bem acima do que vinha sendo registrado anterior-mente, apresentando um volume médio cerca de 6% superior ao registrado nos cinco primeiros meses de 2015.

Notar, porém, que esse acréscimo foi totalmente absorvido pelo mercado (con-siderado um abate a, no máximo, 42 dias de idade), propiciando pleno atendimento da demanda adicional de carne de frango registrada a partir de julho.

Em outubro a produção nominal pode ficar novamente acima dos 570 milhões, mas é possível que não supere os núme-ros de julho por ter um dia útil a menos. Ou seja, julho pode ter atingido o maior volume produzido do ano.

Em função do último resultado, o volume acumulado no ano e em 12 meses, também recorde, apresenta índi-ces de variação muito próximos, com incrementos de, respectivamente, 4,85% e 4,39%.

Projetado para a totalidade do ano, o volume médio alcançado até julho sinaliza para o ano volume anual da ordem de 6,423 bilhões de pintos de corte. Porém, mantida a média do bimestre junho-julho esse volume pode ultrapassar a casa dos 6,550 bilhões de cabeças, aumentando mais de 5% em relação a 2014.

PRODUÇÃO REAL

Volume diário ajustado para mês de 30 diasMilhões de cabeças

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

522,

5

531,

3

506,

3 527,

2

518,

3

552,

2

554,

8

508,

5

517,

2

481,

6 503,

3

504,

7

500,

1

525,

3

515,

3 531,

2 549,

9

481,

9

526,

8

53A Revista do AviSite

A APINCO reviu seus procedimentos para levantar as estimativas de car-

ne de frango em 2015, pois estava com-parando o potencial mensal com a pro-dução real do ano anterior.

Segundo a APINCO, como os dois in-dicadores diferem entre si, os índices de variações anuais têm sido bastante eleva-dos, não refletindo a verdadeira realida-de do mercado. Cita, por exemplo, que pelos padrões originalmente adotados, o primeiro semestre teria sido encerrado com uma expansão da produção da or-dem de 7%, o que não ocorreu.

Para corrigir essa distorção, o poten-cial de produção do exercício corrente será comparado com o potencial levanta-do no ano anterior. Assim, com a corre-ção dos números, o percentual de au-mento no primeiro semestre caiu para 4,59%, índice bem mais compatível com a realidade do mercado.

Mesmo assim, a APINCO pondera que tanto números quanto índices não refletem integralmente a realidade de mercado, pois fatores incontáveis podem influenciar a produção efetiva. De qual-quer maneira, representam indicador fundamental da evolução da produção, proporcionando efetivo horizonte para as empresas produtoras.

Com a divulgação do potencial esti-mado para julho de 1,142 milhão de to-neladas, o volume acumulado nos pri-meiros sete meses de 2015 atingiu cerca de 7,738 milhões de toneladas, incidindo em aumento de 4,89% sobre o mesmo período do ano passado.

O volume médio mensal projetado para o ano indica potencial de 13,265 mi-lhões de toneladas de carne de frango para 2015. Se alcançado, representará cerca de 2,5% de aumento sobre o po-tencial de 2014.

Por ora, o volume acumulado em pe-ríodo de 12 meses indica até julho, po-tencial de 13,307 milhões de toneladas, representando quase 5% de aumento sobre o mesmo período imediatamente anterior.

Produção de carne de frango

Adoção de novo padrão para as estimativas de carne de frango

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2013/2014 2014/2015 VAR. %

Agosto 1.076,602 1.115,527 3,62%

Setembro 1.054,081 1.078,243 2,29%

Outubro 1.071,640 1.134,968 5,91%

Novembro 1.044,799 1.137,652 8,89%

Dezembro 1.058,353 1.102,809 4,20%

Janeiro 1.081,553 1.116,600 3,24%

Fevereiro 995,862 1.033,528 3,78%

Março 1.105,187 1.144,505 3,56%

Abril 1.023,441 1.087,183 6,23%

Maio 1.053,420 1.134,876 7,73%

Junho 1.046,448 1.078,608 3,07%

Julho 1.070,758 1.142,342 6,69%

Em 7 meses 7.376,668 7.737,641 4,89%

Em 12 meses 12.682,144 13.306,841 4,93%

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

Fev

13,0

19

Mar

13,0

58

Abr

13,1

22

Mai

13,2

03

ACUMULADO EM 12 MESES E VARIAÇÃO ANUAL

Jul

12,6

82

Julho de 2014 a Julho de 2015Milhões de toneladas 10%

8%

6%

4%

2%

0%

-2%

-4%

-6%

-8%

-10%

20152014Jan

12,9

81

Nov

12,9

01

Dez

12,9

46

Ago

12,7

21

Set

12

,74

5

Out

12,8

09

Jun

13

,23

5

Jul

13,3

07

54

Estatísticas e Preços

A Revista do AviSite

Exportação de carne de frango

Vendas externas do ano podem ultrapassar os 4,250 milhões/t

Os números consolidados da SECEX/MDIC apontam que em agosto pas-

sado as exportações brasileiras de carne de frango (aqui considerados produto in natura, industrializados e carne salgada) somaram 375.247 toneladas, resultado que corres-pondeu a um aumento de 13% sobre o mesmo mês do ano passado.

Comparativamente ao mês anterior – quando foi registrado novo recorde de exportação e o volume embarcado aumen-tou quase 19% em relação a idêntico mês de 2014 – observou-se redução próxima de 15%, fato devido, sobretudo, ao menor número de dias úteis do mês (21 em agosto contra 23 em julho) e a uma ligeira desacele-ração nos embarques.

Ainda assim, o total registrado em agosto manteve-se - pelo terceiro mês con-secutivo - sensivelmente acima da média registrada nos meses anteriores. Tanto que o volume médio registrado no trimestre junho-agosto (perto de 401,7 mil/t/mensais) foi 28,5% superior à média do período janeiro-maio de 2015 (aproximadamente 312,5 mil/t/mensais).

Graças aos últimos resultados, o total acumulado nos dois primeiros quadrimestres do ano – 2.768 mil toneladas – se encontra 6,22% acima do que foi embarcado em idêntico período do ano passado. E, proje-tada para o quadrimestre final de 2015, a média atual sinaliza embarque anual ligeira-mente superior a 4,150 milhões de toneladas, quase 4% a mais que o registrado em 2014.

É mais provável, no entanto, que esse volume seja ultrapassado. E se, por exemplo, o volume médio dos quatro derradeiros meses do ano permanecer nos mesmos níveis do que foi registrado em agosto último (isto é, abaixo do que foi embarcado nos meses de junho e julho), o total anual ficará próximo dos 4,270 milhões de toneladas, aumentando no ano perto de 7%.

No momento, o volume acumulado em 12 meses (setembro de 2014 a agosto de 2015) chega aos 4,157 milhões de toneladas, encontrando-se 5,65% acima do que foi registrado em idêntico espaço de tempo anterior.

Evolução mEnsalMIL TONELADAS

MÊS 2013/2014 2014/2015 VAR. %

Setembro 301,997 359,176 18,93%

Outubro 355,480 362,181 1,89%

Novembro 347,689 327,410 -5,83%

Dezembro 323,995 340,753 5,17%

Janeiro 299,765 271,043 -9,58%

Fevereiro 289,529 296,390 2,37%

Março 318,068 343,023 7,85%

Abril 352,058 329,963 -6,28%

Maio 346,642 322,186 -7,06%

Junho 296,321 389,311 31,38%

Julho 371,175 440,476 18,67%

Agosto 332,083 375,247 13,00%

Em 8 meses 2.605,641 2.767,639 6,22%

Em 12 meses 3.934,802 4.157,159 5,65%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC

EXPORTAÇÃO QUADRIMESTRAL1º Quadrimestre de 2010 a 3º Quadrimestre de 20153º Quadrimestre de 2015 = estimativa a partir da média mensal acumulada até agostoMil toneladas

1.2

58

1ºQ2010

1.1

58

1.3

56

1.3

06

1.3

35

1.3

49

1.2

411.3

05

1.3

12

1.3

01

1.3

22

1.3

29

1.2

40

1.2

59

1.3

46

1.3

90

1.3

83

2ºQ2010

3ºQ2010

1ºQ2011

2ºQ2011

3ºQ2011

1ºQ2012

2ºQ2012

3ºQ2012

1ºQ2013

2ºQ2013

3ºQ2013

1ºQ2014

2ºQ2014

3ºQ2014

1ºQ2015

2ºQ2015

3ºQ2015

1.5

27

55A Revista do AviSite

Disponibilidade Interna de Carne de Frango

Em julho, o menor potencial de oferta interna do ano

Evolução MensalMIL TONELADAS

MÊS 2013/2014 2014/2015 VAR. %

Agosto 743,279 783,444 5,40%

Setembro 752,084 719,067 -4,39%

Outubro 716,160 772,787 7,91%

Novembro 697,110 810,243 16,23%

Dezembro 734,358 762,056 3,77%

Janeiro 781,788 845,557 8,16%

Fevereiro 706,333 737,138 4,36%

Março 787,119 801,482 1,82%

Abril 671,383 757,220 12,79%

Maio 706,777 812,689 14,99%

Junho 750,127 689,297 -8,11%

Julho 699,583 701,866 0,33%

Em 7 meses 5.103,110 5.345,248 4,74%

Em 12 meses 8.746,100 9.192,844 5,11%

Fonte dos dados básicos: APINCO - Projeções e análises: AVISITE

Dados divulgados pela APINCO indi-cando potencial de carne de frango

estimado em 1,142 milhão de toneladas e levantamento efetuado através do sistema AliceWeb da Secretaria do Comércio Exte-rior informando recorde absoluto de 440 mil toneladas exportadas sugerem que o potencial de disponibilidade interna de carne de frango em julho tenha atingido não mais que 702 mil toneladas.

O volume estimado – 701.866 tonela-das – equivale a 0,33% de aumento sobre julho do ano passado e se deve, principal-mente, ao alto volume exportado no mês (quase 19% superior a julho do ano pas-sado e mais de 62% acima dos embarques de janeiro de 2015). Em relação ao mês anterior, junho, o aumento equivale a 1,8%. Entretanto, julho é mês mais longo e isso levado em consideração torna o volume negativo.

Assim, considerando o potencial de oferta interna real – produção ajustada para mês de 30 dias – o volume de julho foi o menor do ano, incidindo em redução de 17% sobre o mês de abertura do corrente exercício e, embora a redução seja pequena em relação ao mês anterior, junho, equi-vale a 13,5% de redução sobre a média alcançada de janeiro a maio (785,5 mil toneladas).

Concluídos os sete primeiros meses do ano, o potencial de oferta interna indica 5,345 milhões, representando 4,74% de aumento sobre o mesmo período do ano passado. O volume médio do período pro-jetado para o ano indica 9,163 milhões de toneladas, cerca de 2,4% de aumento sobre 2014.

Por ora, o volume acumulado em perí-odo de 12 meses – agosto de 2014 a julho de 2015 – está em 9,193 milhões de tone-ladas e equivale a 5,1% de aumento sobre o mesmo período imediatamente anterior.

O baixo volume ofertado no mês favo-receu o mercado interno e propiciou bons preços ao produto vivo e, embora os pre-ços no atacado e varejo não tenham sido dos melhores do ano, o mercado permane-ceu mais equilibrado.

J

818,28

1

20152014

POTENCIAL DE DISPONIBILIDADE REALVolume ajustado para mês de 30 diasJulho de 2014 a julho de 2015Mil toneladas

J

677,01

6

A

758,17

2

S

719,06

7

O

747,85

8

N

810,24

3

D

737,47

3

F

789,79

1

M

775,62

8

A

757,22

0

M

786,47

3

J

689,29

7

J

679,22

5

56

Estatísticas e Preços

A Revista do AviSite

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

SET/14 2,65 -9,68% 10,59%

OUT 2,75 -2,62% 3,77%

NOV 2,68 7,00% -2,73%

DEZ 2,37 -5,38% -11,57%

JAN/15 2,32 -5,14% -1,90%

FEV 2,34 0,43% 0,90%

MAR 2,40 -4,81% 2,51%

ABR 2,29 -3,51% -4,60%

MAI 2,17 -0,49% -5,22%

JUN 2,47 14,29% 14,01%

JUL 2,65 19,51% 7,11%

AGO 2,70 12,68% 1,89%

SET 2,87 8,38% 6,37%

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em 10 anosR$/KG

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 2,08

2013 R$ 2,47

2014 R$ 2,42

2015 R$ 2,47

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo em 2015 comparativamente à média de 20 anos (1995/2014)Média mensal do ano anterior = 100

Média 1995/2014 (20 anos)2015

103,

1 106,

6

100,

0

95,4

93,8

102,

1

106,

8

113,

3

116,

6

115,

5

116,

9

119,

4

95,8

96,6 99

,1

94,5

89,6

102,

1

109,

3

111,

5

118,

6

Em setembro último o frango vivo comercializado no interior de São Paulo al-cançou o maior valor dos primeiros nove meses de 2015. Ou seja: repetiu o

mesmo comportamento observado em quatro dos cinco anos anteriores (2010, 2012, 2013 e 2014).

Desta vez, em quase três quartos do mês (22 dos 30 dias de setembro), operou cotado a R$2,90/kg - valor com que inicia o mês de outubro. Com isso, alcançou no período preço médio de R$2,87/kg, registrando altas de 6,37% e 8,38% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado.

Como esse foi o quarto mês consecutivo em que o frango vivo obtém reajuste sobre o mês anterior – o que fez com que saísse de um mínimo (no ano) de R$2,17/kg para o máximo atual de R$2,87/kg – a sensação que fica é a de que produto e produtor vivem excelente momento.

Nada mais falso, porém. Porque o valor médio alcançado nesses nove meses, da ordem de R$2,47/kg, se encontra não mais do que 4% acima dos R$2,37/kg

registrados no mesmo período de 2014. Ou seja: o incremento é bem inferior à alta inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Mas não só isso. Pois os nove primei-ros meses do ano passado foram fecha-dos com queda de 2% em relação ao ano anterior (R$2,42/kg). Assim, resu-mindo, o valor médio de 2015 está ape-nas 2% acima da média de dois anos atrás. Isto, para uma inflação que ultra-passa os 16%. A perda, portanto, é gran-de.

É provável, no entanto, que se argu-mente que essas “aparentes perdas” vêm sendo amplamente compensadas pelas exportações, visto que – a despeito do menor preço da carne de frango no mer-cado internacional – a valorização de mais de 70% do dólar nos últimos 12 meses proporciona excelente rendimento a quem exporta.

É verdade. Mas o que não se pode ignorar é que apenas um terço, se tanto, da produção brasileira de carne de fran-go é exportada. Além disso, exportar é atividade restrita a poucas empresas. Ou seja: o resto, o grande resto, depende desse sofrível e sofrido mercado interno.

De toda forma, é inegável que a grande expansão das exportações nos úl-timos meses vem contribuindo para o atual estágio de firmeza do mercado do frango vivo. Quer dizer: é provável que, sem o aumento das vendas externas, nem mesmo a grande diferença interna de preços entre as carnes bovina e de frango seria capaz de proporcionar a es-tabilidade de mercado.

Desempenho do frango vivo em setembro e nos nove primeiros meses de 2015

Reajustes obtidos são inferiores à inflação acumulada nos últimos 12 meses

57A Revista do AviSiteFonte das informações: www.jox.com.br

Média Agosto

R$ 29,42 Máximo

R$ 31,50Mínimo

R$ 26,50

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

agosto

setembro

outu

bro

nove

mbro

dez

embro

janeiro

feve

reiro

março

abril

maio

junho

julho

agosto

2015

35,0033,0031,0029,0027,0025,0023,0021,0019,00

2014

Média Agosto

R$ 1.161,00Mínimo

R$ 1.100,00 Máximo

R$ 1.190,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1300120011001000950900850800750700650600

agosto

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20152014

Média Agosto

R$ 29,42 Máximo

R$ 31,50Mínimo

R$ 26,50

Preço médio MilhoR$/saca de 60kg, interior de SP

agosto

setembro

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2015

35,0033,0031,0029,0027,0025,0023,0021,0019,00

2014

Média Agosto

R$ 1.161,00Mínimo

R$ 1.100,00 Máximo

R$ 1.190,00

Preço médio Farelo de sojaR$/tonelada FOB, interior de SP

1300120011001000950900850800750700650600

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20152014

Preço do milho registra alta em agosto

O preço do milho confirmou a tendência dos últimos meses e registrou nova alta em agosto. O preço médio do insumo, saca de 60 kg, inte-rior de SP, fechou o mês a R$29,42 – valor 5,03% maior que a média de R$28,01 obtida pelo produtor no mês de julho deste ano.

A disparidade de preços do milho em rela-ção ao ano anterior também se manteve positi-va. O valor atual é 21,92% maior, já que a média de agosto de 2014 foi de R$24,13.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou o mês de agosto a

R$2,70 – valor 1,89% maior que a média de julho, quando o produto foi negociado a R$2,65. A maior alta do milho em re-lação ao frango contribuiu para a piora do poder de compra do avicultor. No mês de agosto, foram necessários 181,6 Kg de frango vivo para a compra de uma tonelada de milho, conside-rando-se a média mensal de ambos os produtos. Este valor re-presenta uma queda no poder de compra de 3% em relação ao mês anterior, pois, em julho, a tonelada de milho ‘custou’ 176,2kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30

dúzias), encerrou o mês de agosto a R$54,15, valor 1,39% su-perior ao mês anterior, quando estava sendo negociado a R$53,41.

Com o menor aumento no preço dos ovos, hoje são neces-sárias 9,1 caixas do produto para a compra de 1 tonelada de milho, uma queda de 3,47% na capacidade de compra do produtor em relação ao mês passado, quando eram necessárias 8,7 caixas para a compra do insumo.

Soja: novo aumento no mês de agosto

A cotação do farelo de soja (FOB, inte-rior de SP) registrou nova valorização no mês de agosto. O produto foi comerciali-zado ao preço médio de R$1,161, valor 9,01% maior que o mês de julho - R$1,065. Em comparação com o mês de agosto de 2014 – quando o preço médio foi de R$1,084 – a cotação atual indica uma alta de 7,10%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoA maior valorização no preço do farelo de soja em

relação ao frango vivo em agosto fez com que fossem necessários exatos 430 quilos de frango vivo para a compra de uma tonelada do insumo. O valor represen-ta uma queda de 6,54% no poder de compra do avicul-tor em relação ao mês de julho, quando foram necessá-rios 401,9 kg de frango vivo para a compra de uma tonelada do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios do farelo de soja e

do ovo, em agosto foram necessárias aproximadamente 21,4 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja.

O poder de compra do avicultor de postura em rela-ção ao farelo de soja registrou nova baixa, uma vez que, no mês de julho, eram necessárias 19,9 caixas de ovos para a compra de uma tonelada ao insumo.

Em relação ao mês de agosto de 2014, houve um aumento no poder de compra de 9,17%, pois naquele período, eram necessárias 23,4 caixas de ovos para a compra de 1 tonelada do produto.

Milho e Soja

58

Ponto Final

A Revista do AviSite

Priscila Belleza Maciel

Médica veterinária, Funcionária da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e

Coordenadora do Programa de Sanidade Avícola de Santa Catarina. Ela coordenou as

ações para controle do surto de Salmonella Gallinarum em

reprodutoras registrado em SC a partir de 2012

Vigilância para Salmonella em reprodutoras

A respeito da vigilância para Salmonella em reprodutoras, as Instruções Normativas do MAPA (Ministério da Agricul-

tura, Pecuária e Abastecimento) nº 44/2001 e 78/2003 determinam os pro-cedimentos a serem realizados para a certificação de estabelecimentos avíco-las de reprodução, dentre eles, o envio de amostras de soro e suabes de cada núcleo para laboratórios credenciados.

A partir de outubro de 2012, a CI-DASC (Companhia Integrada de Desen-volvimento Agrícola de Santa Catarina), órgão responsável pela execução da de-fesa sanitária animal no Estado de SC, recebeu notificações de ocorrência de Salmonella Gallinarum em reprodutoras, cuja positividade foi encontrada durante monitorias internas das empresas, e em postura comercial.

Ações adicionais para prevenção e controle deste patógeno foram definidas no CESAVI (Comitê Estadual de Sanida-de Avícola), que é composto pela Secre-taria de Estado da Agricultura e Pesca, MAPA, CIDASC, Embrapa Suínos e Aves, UDESC (Universidade do Estado de San-ta Catarina), FAESC (Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina), ACAV (Associação Catarinen-se de Avicultura) e SINDICARNE (Sindica-to das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado de Santa Catarina).

Entre as ações, decidimos por:1 – Intensificar o monitoramento nos

estabelecimentos avícolas, previsto pelo PNSA (Programa Nacional de Sanidade Avícola), incluindo, pelo menos, um acompanhamento oficial para cada nú-cleo de reprodução, cujas aves estejam com idade entre 30 e 50 semanas; co-

lheita de amostras previstas na legisla-ção e de órgãos (fígado e baço); e poste-rior encaminhamento ao CEDISA (Centro de Diagnóstico de Sanidade Animal);

2 – Fiscalização no entorno dos focos de Salmonella Gallinarum, incluindo es-tabelecimentos de postura comercial e subsistência, em um raio de 1 km, com investigação epidemiológica e colheita de amostras.

Além das ações descritas acima, defi-nimos os procedimentos após a notifica-ção de positividade da empresa na moni-toria interna: atendimento ao lote pela CIDASC para verificar a ausência de si-nais nervosos e respiratórios; colheita de amostras de fígado e baço e envio ao CEDISA para pesquisa de Salmonella spp.; interdição da propriedade; cancela-mento do certificado sanitário, se for o caso; declaração da empresa da positivi-dade na monitoria interna; e liberação para abate/sacrifício em estabelecimen-to com SIF ou SISBI ou na propriedade.

Sabemos que todos os casos de Sal-monella Gallinarum no estado foram de-vido à falhas nos procedimentos de bios-seguridade. Mas a questão não é tão simples assim, orientação aos produto-res, restrição de entrada de pessoas nas granjas, banho, troca de roupas e sapa-tos, tratamento de cama de aviário, con-trole de insetos e roedores são algumas das medidas fundamentais para a pre-venção de várias doenças.

Tivemos quase 90% dos casos de Salmonella Gallinarum notificados à CI-DASC, um percentual importante visto que na confirmação dos positivos conse-guimos isolar o agente apenas nas amos-tras de órgãos.

O sacrífico sanitário de lotes positi-vos tem sido uma das dificuldades en-contradas pelo Serviço Veterinário Ofi-cial, pois em alguns casos, cumprindo a Resolução do CFMV nº 1000/2012, a única opção era o deslocamento cervical das aves realizado na propriedade.

A relação entre serviço oficial, setor produtivo e laboratório deve ser ágil, responsável e transparente, pois assim conseguiremos ter ações rápidas e mini-mizar prejuízos ao setor.

59A Revista do AviSite

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Ponto Final

A Revista do AviSitePara informações consulte o SAC: 0800 011 19 19Copyright Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda. Todos os direitos reservados.

Referências bibliográficas: Gallipro - Southern Poultry Research, Inc., Geórgia EUA experimento N.80062 Gallipro Tect - Southern Poultry Research, Inc., Geórgia EUA experimento N.80082

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