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JORNAL DA PARÓQUIA DE S. MIGUEL DA MAIA JANEIRO 2015 ANO XXVI - Nº 277 Preço avulso: 0,50 € PUBLICAÇÃO MENSAL http://www.paroquiadamaia.net [email protected] PDJ EDITORIAL Acabámos de celebrar o Natal, a Festa da Sagrada Família e a Festa da Epifania. Estas Celebrações Natalícias marcam- nos a todos, tocando profundamente o coração, avivando em nós a vontade de querer seguir Jesus. Na Igreja, houve momentos em que todos foram motivados a viver mais ainda pela encenação do "Presépio ao Vivo" e pela Representação na Festa dos Reis. O ver, o ouvir e o reter no coração, faz entender melhor o sentido do Natal. A encenação e representação de algo que tenha a ver com o Natal já entrou a fazer parte das nossas celebrações deste Santo tempo. Todos dão conta que há quem venha de longe para assistir e muitos dizem com alegria que o vir à Maia às Eucaristia pelo Natal faz parte da sua viada. "Partimos mais enriquecidos na nossa fé" - ouço sempre alguns a dizer . Há coisas que permanecerão indeléveis no coração Pertence a cada um ter a ousadia de as guardar. Damos graças a Jesus por todas as maravilhas que nos concedeu vivei. Importa agora que cada um assuma este projecto que nos foi dado pelo nosso Bispo D. António - A Alegria do Evangelho- no seguimento da Exortação Apostólica do Papa Francisco. Não basta estar à espera que as novidades surjam e nada fazer por isso, ou até mesmo criticar o muito trabalho que alguns fazem, mas é preciso meter-se na ação. Quem nada faz, ou faz muito pouco, também existe entre nós. A paciência é uma grande virtude, mas uma paciência ativa, que não leva a parar mas a andar. Não pode um cristão crente manter-se na crítica, porque quem diz mal da sua Paróquia diz mal de si. A "Alegria do Evangelho" é a meta dos que querem corresponder ao chamamento de Jesus. Bom será que o Natal tenha sido para todos um momento de graça. O anúncio faz-se em todos os lugares mesmo nas viagens . Um Ano Novo BOM.

EDITORIAL - Paróquia da Maia · motivados a viver mais ainda pela encenação do "Presépio ao Vivo" e pela Representação na Festa dos Reis. O ver, ... pode um cristão crente

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JORNAL DA PARÓQUIA DE S. MIGUEL DA MAIA JANEIRO 2015

ANO XXVI - Nº 277 Preço avulso: 0,50 €PUBLICAÇÃO MENSAL

http://www.paroquiadamaia.net [email protected]

PDJ

EDITORIAL

Acabámos de celebrar o Natal, a Festa da Sagrada Família e a Festa da Epifania.

Estas Celebrações Natalícias marcam- nos a todos, tocando profundamente o coração, avivando em nós a vontade de querer seguir Jesus.

Na Igreja, houve momentos em que todos foram motivados a viver mais ainda pela encenação do "Presépio ao Vivo" e pela Representação na Festa dos Reis. O ver, o ouvir e o reter no coração, faz entender melhor o sentido do Natal.

A encenação e representação de algo que tenha a ver com o Natal já entrou a fazer parte das nossas celebrações deste Santo tempo. Todos dão conta que há quem venha de longe para assistir e muitos dizem com alegria que o vir à Maia às Eucaristia pelo Natal faz parte da sua viada.

"Partimos mais enriquecidos na nossa fé" - ouço sempre alguns a dizer .

Há coisas que permanecerão indeléveis no coraçãoPertence a cada um ter a ousadia de as guardar.Damos graças a Jesus por todas as maravilhas que

nos concedeu vivei.Importa agora que cada um assuma este projecto que

nos foi dado pelo nosso Bispo D. António - A Alegria do Evangelho- no seguimento da Exortação Apostólica do Papa Francisco.

Não basta estar à espera que as novidades surjam e nada fazer por isso, ou até mesmo criticar o muito trabalho que alguns fazem, mas é preciso meter-se na ação. Quem nada faz, ou faz muito pouco, também existe entre nós. A paciência é uma grande virtude, mas uma paciência ativa, que não leva a parar mas a andar. Não pode um cristão crente manter-se na crítica, porque quem diz mal da sua Paróquia diz mal de si.

A "Alegria do Evangelho" é a meta dos que querem corresponder ao chamamento de Jesus. Bom será que o Natal tenha sido para todos um momento de graça. O anúncio faz-se em todos os lugares mesmo nas viagens .

Um Ano Novo BOM.

CONSULTANDO A HISTÓRIA

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 2

S. MIGUEL DA MAIA Proprietário e Editor

Paróquia da MaiaDirector

eChefe de Redacção

P. Domingos Jorge

Colaboradores Ana Maria Ramos

Ângelo SoaresAntónio MatosArlindo CunhaCarlos CostaConceição Dores de CastroD. Manuel da Silva MartinsHenrique CarvalhoHigino CostaIdalina MeirelesJoão AidoJoão BessaJosé Carlos NovaisJosé Carlos Teixeira José Manuel Dias CardosoLuís Sá FardilhaManuel MachadoMª Artur C. Araújo BarrosMª Fernanda Ol. RamosMaria Lúcia Dores de CastroMª Luísa C.M. TeixeiraMaria Teresa AlmeidaMário OliveiraP. Francisco José MachadoPalmira SantosPaula Isabel Garcia Santos

CorrespondentesVários (eventuais)

ComposiçãoJosé Tomé Tiragem - 1500 exemplares

Ceia de Natal

Maria Artur

O mês de Dezembro é um mês de excelência, por ser rico em acontecimen-tos alusivos ao Natal.

É já acontecimento habitual na Paróquia, a rea-lização da Ceia de Natal, que este ano ocorreu no dia 13 de Dezembro, vol-tando a reunir todos os que gostam de partilhar uma refeição e comungar de sentimentos de frater-nidade.

Foi uma noite bastante gratificante, tanto para a equipa que dá a cara na sua organização, o Grupo de Amigos do Lar de Nazaré, como para todos os que responderam ao convite, e que marcaram presença.

Foi notório, um grande contentamento dos participantes, relativamente ao local escolhido para nos reunirmos na Ceia de Natal, sendo-nos referido por muitos, senti-mentos de conforto, descritos com a frase “estamos em nossa casa”.

O Lar de Nazaré foi a “nossa casa” nessa noite, onde se viveu o verdadeiro espírito afectivo de família e onde reinou a paz e a alegria.

O Lar de Nazaré é acolhedor e tem condições excelentes, mas tornou-se pequeno, dado o número de pessoas que disseram sim ao convite.

O espaço entre as pessoas foi diminuto, fazendo com que todos nos sentimos mais próximos e aconchegados.

No entanto, no rosto de todos, estava estampado o contentamento por estarmos reunidos no Lar de Nazaré a celebrar o Natal.

Foi uma noite muito gratificante, enriquecedora, terna e fraterna, onde reinou a paz e a harmonia.

Grupo de Amigos do Lar de Nazaré

Mês de Dezembro

BAPTIZADOS07 - Alice Mendes Carmona08 - Rodrigo Luis Pinto Felix - Inês Teixeira Pinto Machado21 - Martim Santos Teixeira28 - Yana Maya Cardoso Cunha

MATRIMÓNIOS06 - Hugo Alexandre Dias Ferreira Oliveira Silva e Margarida Sarmento Oliveira Dias

ÓBITOS03 - Ana Moreira da Silva Pacheco (87 anos)05 - JMaria Isabel da Silva Monteiro (58 anos)06 - Policarpo antunes Arezes (76 anos)10 - Maria Rosa Silva (80 anos)23 - José maria fernades de Jesus(76 anos)24 - Pilar Soto Pena Pestana (78 anos)

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 3

MOVIMENTO DEMOGRÁFICO

Equipa Paroquial Vocacional

Desta vez, quer dizer BOM ANO.Agradecemos ao Senhor o ano que passou e tantas

graças que durante ele nos concedeu, como pedimos que nos desculpe tantas faltas que nos ensombraram o caminho. No Natal, enchemo-nos de bons propósitos para o futuro. O futuro começa hoje. Vamos valorizá-lo, vamos aproveita-lo, até porque sabemos que é no tempo que nos perdemos ou salvamos.

O mundo precisa de cristãos a sério, isto é, sérios como nunca. Não chega a devoção, é preciso o testemunho.

Entramos no Ano da Família. O testemunho começa e vive-se logo na família, esteio e pilar da Sociedade.

Vamos, então, com coragem, fé, oração e testemunho, enfrentar o novo ano. E em cada dia. Por isso, peço a Deus um bom ano para todos, para as gentes da Maia, com um desejo sincero de que cada dia do ano seja um

BOM DIA!

BOM DIA!

A comunidade paroquial aderiu de forma significa-tiva a esta dinâmica, não só pelas expressões externas mas também pela oração, pela comunhão em família e pela saída ao encontro dos irmãos. Assim tornámos mais evidente que a paróquia tem de ser família de famílias, onde todos têm voz e vez e onde o bem de cada um é preocupação de todos.

Importa agora não perder este dinamismo que nos foca no essencial da vocação cristã: prestarmos aten-ção ao que Deus em cada dia nos pede e sermos uma comunidade mais viva e mais fraterna, que testemunhe a alegria do Evangelho.

Como bem nos lembra o nosso Bispo: “A alegria do Evangelho é a nossa missão”.

“Rogai”

A cadeia de oração pelas vocações “Rogai”, proposta há já alguns anos pelo então bispo do Porto D. Manuel Clemente, não acabou nem pode acabar, porque o convite de Jesus “Pedi ao Se-nhor da messe que envie trabalhadores para a Sua messe” (Mt 9, 35-38 e Lc 10, 1-4) não tem limite ou prazo.

A oração pelas vocações, em primeiro lugar e em sentido próprio, é uma súplica pelo dom do chamamento de Deus para aqueles e aquelas que Ele escolhe e envia a trabalhar pela salvação das pessoas; em segundo lugar, rezar pelas vocações é também pedir para os leigos o dom de ler na sua existência a voz do Senhor que os chama a tornarem-se testemunhas e apóstolos.

Para além de uma hora de adoração na primeira quinta-feira de cada mês durante todo o ano, cada uma das vigararias da diocese está convidada a dedicar duas semanas no ano a uma oração mais intensa pelas vocações sacerdotais e consagradas, preferencialmente através de uma hora diária de adoração ao Santíssimo Sacramento. Às paróquias da vigararia da Maia (que são as 18 paróquias existentes neste concelho) cabem, em 2015, as semanas de 19 a 25 de janeiro e de 13 a 19 de julho.

Na nossa paróquia e na primeira destas semanas, para além da habitual adoração na 5ª feira das 10 às 13 horas e da oração do Terço, que nesta semana terá intenções vocacionais, todos são convidados a passar algum tempo junto do sacrário, em qualquer dos dias da semana, e a participar na vigília de oração no dia 22 às 21h30.

Para saber mais sobre a oração pelas vocações, seus fundamentos e formas, convidamos a que consultem na internet:http://www.diocese-porto.pt/attachments/2681_ROGAI.PDF

Pró - VOCAÇÃO, por vocação

Dinâmica Advento/Natal

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CENTRO SOCIAL

LIVRO A LIVRO

Manuel Machado

Maria Teresa e Maria Fernanda

Pertencemos ao grupo de pessoas que ouvia, através da rádio Renascença, o programa Com Princípio, Meio e Fim. Já lá vão uns anos que tal programa terminou, mas os seus autores – Doutor Henrique Manuel e o Padre VascoPinto de Magalhães – oferecem-nos agora, por escrito, parte des-ses textos, coletados em livro.

Na FORÇA dos DIASpodemos, pois, relembrar e redescobrir esses diálogos vivos, cativantes e enriquecedores sobre temas como: as virtudes teologais - Fé, Esperançae

Caridade; as virtudes morais: Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança; e ainda outras dimen-sões da nossa condição humana como o perdão e a paz, a alegria, educar para o otimismo, a coragem,a fidelidade, a paciência, a humildade, a obediência.

Ensina-nos o Padre Vasco: as Virtudes são forças interiores que alimentam as relações constru-tivas, com os outros, com o mundo, com Deus e consigo próprio… levam-nos a acreditar na vida e em todas as vidas …levam-nos a fazer o Bem, bem feito.

E são palavras do Doutor Henrique Manuel: Revisitar as virtudes não é coisa do passado, é mergulhar no grande e prodigioso oceano da vida. É questionar a força que move e acorda os dias.

E para rematar este apontamento sobre a Força dos Diasselecionamos, ainda, estas palavras do Prefácio escrito por José Eduardo Franco: Estar sempre de partida, disposto a recomeçar, é esse o grande desafio do Evangelho que este livro grita aos nossos ouvidos e escancara diante dos nossos olhos para que a nossa mente se torne a iluminar e o nosso cora-ção se aqueça outra vez na esperança ativa de um mundo melhor.

A FORÇA dos DIASRedescobrir as Virtudes

EsperançaEstá frio! Gemem as árvores…Esconde-se a vida…Gelam as fontes…Estão secos os prados,Os animais se recolhem...Não dão alegria aos campos,Não salpicam os montes.

Está frio! Nossa terra,Nossa gente anda tristonha…Infelizmente há miséria,Até crianças com fome…Há quem se recolha em casaQuem se esconda com vergonha!

Neste 2015Em que pairam nuvens negras,Em que falta a alegria,O pão, a felicidade.Que se elevem altas ondasDe verdade e confiança!Ondas gigantes de amor,De solidariedade,De felicidade, de esperança!

Felicidade é amor,É partilha, alegria!Partilhemos a alegriaDe seguir a bela estrela,A bela estrela de luz,A que indica o caminhoQue nos apresenta o Menino,Que nos leva até Jesus!

O nosso BIP (Boletim de Informação Paroquial) edita, mensalmente, na sua página quatro, um artigo que faz a história do nosso Centro Social, pelo que foi com muita prazer que partilhamos da alegria que adveio da homenagem às suas Bodas de Prata que culminaram com um encontro fraterno de quase todos os seus colaboradores e a honrosa presença de Sua Excelência Reverendíssima Dom Pio Alves.

Quase coincidente com este mini-simpósio da equipa do nosso BIP, decorreu nas proximidades do Santuário de S. Bento da Porta Aberta, no Gerês, aquando dos 50 anos da proclamação de S. Bento como padroeiro da Europa, o IX Con-gresso da AlC (Associação da Imprensa de Inspiração Cristã).

O congresso, que durou três dias, teve como lema "Mediadores da Alegria e do Encontro" onde desde a primeira hora se foi acentuando o carácter específico da imprensa de inspiração cristã como lugar de informação séria e de partilha do pensar e do sentir de uma sociedade em que a Igreja que a inspira lança sementes de bem, de bondade e de justiça. Como nas palavras de Jeremias: o bem, o bom e o belo.

Concluiu-se que na imprensa cristã deve ser dado destaque a temas impor-tantes e não a temas interessantes. Ou seja: «... há que conseguir fazer dos santos notícia e nunca dos malandros».

Os meios de comunicação cristã têm um sentido de missão que não poderá ser esquecida e, nesse sentido, deverão ser espaço onde se encontra um infor-mação alternativa, alheia à lógica do consumismo e aos problemas gerados pela actual crise económica. Neles deveremos encontrar a informação que dá conta das necessidades dos mais pobres e desfavorecidos, daqueles que não têm voz, daqueles que não são ouvidos.

Enfim ... os órgãos de informação cristãos devem ser sinal de esperança e transmissores de alegria, valorizando mais as pessoas que as coisas.

Nesta perspectiva, saúdo aqui o director e chefe da redacção do BIP, Reveren-do Padre Domingos Jorge; bem como os seus ilustres colaboradores e compo-sitor habituais, nomeadamente: Ana Maria Ramos, Ângelo Soares, António Matos, Arlindo Cunha, Carlos Costa, Conceição Dores de Castro, D. Manuel Martins, Henrique Carvalho, Higíno Costa, Idalina Meireles, João Aido, José Carlos Teixeira, José Manuel Dias Cardoso, Luís Sá Fardilha, Maria Artur Araújo Barros, Maria Fer-nanda Ramos, Maria Lúcia Dores de Castro, Maria Luísa Teixeira, Maria Teresa Almeida, Mário Oliveira, P. Francisco José Machado, Palmira Santos, Paula Isabel Santos, e José Tomé.

São todos estes, cada qual no jeito e modo de ser e pensar, que fazem do nosso BIP um jornal respeitado, aqui e além paróquia.

Para todos os meus desejos de um próspero 2015, com muita inspiração para a escrita e alguma pressa no envio dos trabalhos a tempo e horas.

Ana Maria Ramos

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EQUIPA PAROQUIAL DE PASTORAL FAMILIAR

Contactos:917373873 - 229482390 229448287 - 229486634 - 969037943 966427043 - 229416209 - 965450809 962384918 - 938086881 229482390 - 914621341 - 914874641 - 229411492 - 910839619

A Equipa Paroquial reuniu-se. O Casal responsável apresentou o plano de ação para este

final de Ano: Preparar o Presépio ao Vivo, a Festa da Sagrada Família e Festa dos Reis.A Equipa, remodelada com dois novos casais, também já começou a idealizar a festa da

apresentaçãos dos meninos e meninas ao Senhor.

www.paroquiadamaia.net; - [email protected] - Navegue

Maria Luísa e José Carlos Teixeira; Jorge Lopes; Lídia Mendes; Fernando Jorge; Regina; Júlia Sousa; José Sousa; P. Domingos Jorge

Dado que o plano pastoral lançado à Diocese como caminho a viver aponta para "A alegria do Evangelho é nossa

missão" vamos, como equipa, refletir e agir em sintonia e colaboração com todos os sectores da vida da paróquia.

A Família é um projeto do amor de Deus. A Equipa vai procurar lembrar de muitas maneiras este projeto.

Tendo em conta a devoção a Nossa Senhora do Bom Despacho e a Nossa Senhora da Maia, fizemos várias peças que poderá adquirir nos cartórios das duas Igrejas:

PINS: Nossa Senhora do Bom Despacho; Nos sa senhora da Maia; S. Miguel Arcanjo.MEDALHAS : pequenas e com guarnição: NªSª do Bom Despacho Nª Senhora da Maia; S. Miguel (algumas duas faces);PORTA-CHAVES: Nª Sª do Bom Despacho; NºSª da Maia; S. Miguel (2 faces)TERÇOS: várias cores ; com a imagem de NªSª do Bom Despacho e da Maia e a Cruz da Igreja de Nossa Senhora da Maia.CATECISMO DA DOUTRINA CRISTÃBÍBLIA SAGRADAMedalhões alusivos à Dedicação; Coroação de NªSª como Padroeira do Concelho da Maia e Decreto da Declaração de Santuário Mariano, plo Senhor D. Armindo e pela Igreja. - Estes artigos religiosos estão á venda nos cartórios das nossas Igrejas.

ARTIGOS RELIGIOSOS NAS NOSSAS IGREJAS

Foi em verdadeira comunhão e partilha, que no dia da Sagrada Família, foi dada às famílias da Paróquia da Maia, a possibilidade de repartirem o pão.

Esse pão, juntamente com uma oração, foi levado ao altar, abençoado e distribuído no final da Eucaristia, para que na casa de cada um, fosse repartido por todos.

Neste gesto simbólico, interiorizamos o quanto é im-portante não nos fecharmos em nós próprios. Mostra-nos a necessidade de abrirmos os nossos corações ao próximo e caminharmos lado a lado à descoberta do sentido da vida.

Na partilha encontramos a harmonia. Vivamos em har-monia familiar. Em família festejemos as alegrias e suporte-mos as tristezas.

A família é um meio conservador da fé, através da sin-ceridade, da compreensão, da entreajuda, do diálogo, do perdão.

Todos necessitamos da misericórdia e do perdão do Se-nhor nosso Pai. Façamos Oração em família.

Senhor, dá-nos a graça de viver em união.Júlia e José; Fernando Jorge e Regina

E. P.P.F

Festa da Sagrada Família

A partilha dos paezinhosNo moemnto do Ofertório foram levados ao altar

e, foram abençoados e, à saída das Eucaristias Paroquiais, foram oferecidos para serem repartidos em casa. Todos foram convidados a colaborar oferecendo a quantia que quisesse pelo paozinho que, colocado num saquinho tinha junto uma oração sobre a família para ser rezada em casa.Regista-se a verba de 675,80€ que será dádiva para o Lar de Nazaré que é Obra para a Família. e que em breve abrirá as suas portas.

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 6 Maria Luisa C. M. Teixeira

SÓ OS HUMILDES SEGUEM A SUA ESTRELA"Vimos a Sua estrela e viemos adorá-Lo." É, na reali-

dade, esta a atitude de quem quer encontrar o Senhor, de quem O quer adorar, de quem O quer servir. Não é outra a atitude daqueles que dizem sim, ao aceitarem participar na encenação do Presépio ao Vivo e na da Epifania do Senhor.

São já inumeráveis, porque da memória já não se tira a não ser pesquisando nas fotografias, e porque os anos também já são bastantes, os nomes de todos os adultos e crianças que foram dando vida às figuras do Presépio e às personagens dos textos da mensagem de cada Natal do Presépio ao Vivo e da Festa dos Reis, na nossa paróquia ao longo dos últimos 15 anos.

Sinto que todos os que foram dizendo sim, todos os que tiveram a coragem de dar a cara, mostraram nos seus gestos a humildade semelhante á dos pasto-res ao escutarem o Anjo e a alegria a exemplo dos reis magos ao seguiram a estrela.

Não é fácil as pessoas prestarem-se para estes pa-péis. Pois não é nada fácil colocarem-se perante uma assembleia que, talvez, com menos atenção á mensa-gem estará a observar as capacidades dos represen-tantes. E afinal de contas, a possibilidade de demonstrar as capacidades ou habilidades de cada um é muito re-duzida, pois as pessoas aceitam colaborar nas repre-sentações quase não tendo ensaios para tal. Tudo se concretiza com a idealização do papel de cada um em dois breves ensaios de noites anteriores ao Natal, pelo que não há qualquer hipótese de decorar os textos e nunca foi possível juntar todos os intervenientes num dos ensaios. Para a representação da visita dos reis ao Presépio, na Epifania do Senhor nem sequer se faz en-saio, tudo é combinado um pouco antes da hora da missa. A facilidade de improvisar é fundamental, não só pelas condições do espaço, pois está-se no altar de uma igreja e não num palco, onde falta logo á parti-da equipamento para a captação das vozes, fator que é determinante na qualidade como a mensagem será bem ou mal captada e o resultado da encenação será melhor ou pior, mas nunca o será muito bom,

Sei bem que qualquer das pessoas que colaborou alguma vez ou mais não o fez para ser visto por vaida-de. Muito pelo contrário, só com humildade e espirito de serviço a Jesus, o fizeram.

Nunca me tinha decidido escrever sobre o meu re-conhecimento a todos que, em tantos Natais, têm tido a coragem, de se submeter aos olhares de uma igreja cheia de gente e às criticas, quantas vezes negativas, de quem só diz mal sem sequer imaginar a simplicidade com que todos são preparados para a representação, além de, aceitarem envergar roupas mais ou menos en-gendradas de figuras de Presépio e ler bocados de tex-to que, muitas das vezes, lhes foi dado minutos antes de tudo começar.

Sem eles nunca do que já foi feito, através destes anos, teria sido possível.

Como eu lhes costumo dizer, no fim de cada ence-nação, eu não tenho como lhes agradecer, porque só o Menino Jesus o pode fazer e Ele já os recompensou ao abençoá-los com a vontade de colaborar no enrique-cimento e na alegria da celebração do aniversário do Seu Nascimento.

Para todos os que deram vida às mensagens e às encenações do último Natal e da Festa dos Reis, peço a Jesus que lhes conserve a alegria do encontro com Ele durante todo o ano de 2015 para que vivam uma santa felicidade e ajudem outros a vivê-la também.

A todos os que alguma vez colaboraram, dese-jo que mantenham uma feliz recordação e deixo um imenso obrigada do fundo do coração.

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 7

O Método Escutista O Movimento Escutista tem uma

missão definida: educar, promovendo o desenvolvimentodas crianças, dos ado-lescentes e dos jovens através de activi-dades recreativas ede serviço, de modo harmonioso com a sua própria personali-dade e com a comunidade em que vivem.

De que forma consegue o Movimen-to Escutista atingir a sua finalidade?

Consegue fazê-lo através do sistema criado por Baden - Powell, entretanto

apurado e aprofundadodurante quase um século, a que vulgarmente se dá o nome de Método Escutis-ta. Estemétodo, a nossa forma de educar, é único e genial e tem dado provas disso mesmo aolongo dos seus cem anos de existência. Sem ele, não se pode verdadeiramente fazer Escutismo.

Neste sentido, vemos que o Método Escutista, a par-tir da forma natural como as crianças,os adolescentes e os jovens se relacionam, permite explorar diferentes opções educativas,realçando o que eles aprendem uns com os ou-tros e potenciando verdadeirasexperiências educativas, tais como:

O alargamento de horizontes: o campo de acção e de Por uma Juventude Melhor - Palmira Santos

experimentação da criança/adolescente/jovem vai aumenta-do à medida que cresce;

O transporte da criança/adolescente/jovem da imagina-ção à realidade: os heróise heroínas não existem só em len-das, mas são indivíduos de carne e osso e omundo fictício das histórias desafia a exploração do mundo real;

O crescimento em pequenos grupos: a relação com os pares e a assunção deresponsabilidades são componentes essenciais de um ensaio para a vida futuraem sociedade;

A interiorização de regras sociais (através do jogo e dos valores universais):assim se desenvolve um código de conduta próprio ao qual voluntariamente seadere;

O incentivo a ser cada vez mais e melhor, desafiando-limites e estabelecendonovas metas a alcançar;4Um am-biente privilegiado onde as conquistas e os erros possuem igual valorpedagógico: a correcta aplicação do método pro-porciona a criação de um espaçoseguro onde as crianças/adolescentes/jovens aprendem, erram e voltam aaprender numa dinâmica de crescimento;

Uma relação de confiança com alguém que educa, pre-parando, apoiando, aconselhandoe encorajando.

(In Projecto Educativo do CNE)

NATAL - Cantar das Janeiras

Ao longo de 10 noites, entre as 20h30 e as 23h, o grupo percorreu as ruas da nossa Maia. O grupo cantou e encantou. O grupo, ao longo da caminhada, teve algumas paragens nalgumas casas que se anriram e ofereceram um tónico em doces e bebidas. E, na última noite houve repasto festivo oferecido pelo casal Domingos e Maria da Hora, no Godim .Somadas as generosidades das noites , nos bonés , havia 2.014,63€s que já saltaram para o Banco, tendo em vista o Lara de Nazaré..

NATAL - Beijar o Menino Jesus

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 8

Ânimo Renovado “Ano novo, vida nova.”.

Esta é uma daquelas frases tão proferidas na nossa gí-ria que me arrisco a dizer que se trata de uma das expressões idiomáticas tí-picas de qualquer língua, e neste caso da Língua Por-tuguesa. Porém, e linguísti-cas à parte, creio que esta

expressão traduz, na boca de quem as profere, um desejo animado e renovado, a cada ano, de proceder a alguma(s) mudança(s) no seu início. Uns, de forma mais otimista e/ou radical desejam “que o novo ano seja melhor que o anterior”. Outros, talvez realistas e/ou contidos acredi-tam que “se este ano for como o anterior, já não estamos mal”. No entanto, e pelo menos que me recorde ter ou-vido alguma vez, não é habitual um cenário pessimista ao estilo de “este ano vai ser certamente pior que o ante-rior”. Contudo, para que estes desejos se possam tornar efetivos, é sempre importante olhar por cima do ombro, fazer uma retrospetiva do ano que acabou de terminar, balancear o positivo e o negativo (ou, vá lá, o menos posi-tivo, já que estamos num período de maior ânimo) e fazer novas apostas para os próximos 365 dias.

No dia em que escrevo este artigo, acordamos anima-dos com uma notícia, vinda de Roma, que certamente a todos os portugueses encherá de orgulho e nos deixará com um sorriso no rosto, enquando a mesma ainda nos soar a novidade: a eleição do Patriarca, anterior Bispo da nossa Diocese do Porto, D. Manuel Clemente, pelo Papa Francisco, para Cardeal.“D. Manuel Clemente integra um grupo de 20 novos cardeais nomeados pelo Papa, durante a tradicional oração do Angelus, na Praça de São Pedro (…)” (Jornal Público). Destes, revelou o Papa Francisco, 15 serão cardeais eleitores, provenientes de 14 países di-ferentes, e constituirão “apoios especiais que o o Bispo de Roma, o Papa, tem no exercício da sua missão da Igre-ja Universal”. (Rádio Renascença). Destaca-se ainda que “pela primeira vez, foram nomeados cardeais da Birmânia, de Tonga e de Cabo Verde, representando o desejo do

Papa Francisco de ter no Colégio Cardinalício represen-tantes de natureza universal da Igreja” (Jornal Público). Desta forma, tal distinção, deve significar para nós, neste início de ano,mais um incentivo humilde (à imagem de D. Manuel Clemente)para a nossa missão pastoral a que cada um Deus continua a chamar diariamente.

Por fim, e como parte de balanço, embora o Tempo de Natal ainda não tenha terminado, destaco a adesão verificada pelas famílias de várias catequizandos da nossa Comunidade no enriquecimento do Presépio Paroquial com as fachadas das suas habitações. Dando resposta ao desafio lançado pelo atual Bispo do Porto, D. António Francisco, para a vivência deste Tempo de Advento/Na-tal, foram contabilizadas perto de 200 fachadas, a gran-de maioria proveniente destas famílias. Sendo certo que, apesar de tudo, se tratarem de valores que não atingiram os 50% de correspondência, ainda assim não deixam de nos entusiasmar para este novo Ano! Um bem haja a to-dos os participantes!

Votos de um Próspero, Frutífero e Bom Ano 2015 a todos os que, com o seu testemunho e dedicação, procu-ram anunciar Jesus!

João Bessa

Meus caros irmãos, espero que tenham tido umas boas en-tradas neste novo ano de 2015. Entradas com muita saúde e uma visão próspera da vida. Espero que estejam a ser visi-tados pelos reis magos da sim-plicidade com as prendas da hu-mildade. O rei mago que traz o mais puro e fino ouro, tão puro como uma criança na sua sim-

plicidade e na sua maneira humilde de olhar o mundo, desin-teressado mas confiante no próximo. O rei mago que traz o incenso para podermos caminhar para a santidade, podermos apoiarmo-nos N´Ele nos momentos mais difíceis da nossa vida. Incenso para nos purificarmo-nos nas faltas da nossa ca-minhada, como vale a pena tentarmos irmãos. O rei mago que nos traz a mirra. Mirra para curarmo-nos das nossas feridas da caminhada, e tantas feridas vamos colecionando durante a vida, angustias, mal entendidos, até perseguições por termos

escolhido o caminho mais difícil e radical, o amor. Seria muito mais fácil ir pela calúnia, intriga, ciúmes e tantas outras formas de guerrinhas que a nossa sociedade tanto vive, mas não! Es-colhemos ser pelo amor, pela verdade, simplicidade e humil-dade. Caros irmãos que esta quadra tenha sido de bastante felicidade interior, daquela que poem o coração aos pulos de alegria. Que o Senhor fique convosco e tenham a ousadia de anunciar como o seu amor é maravilhoso, em ações uns com os outros, amigos e desconhecidos. Quero partilhar convos-co uma oração que me toca o coração.« Senhor, que sois meu amigo, pegaste-me pela mão. Irei convosco sem qualquer medo até ao fim do meu caminho. Avanço convosco ao vento e ao frio. Avanço nada me importa: levo-Vos comigo, no co-ração. Tudo é dança, riso e prazer. Mas eu continuo a avançar, buscando o vosso rosto no meio da confusão. Caminharei ligeiro entoando a minha canção. Sei que me esperais à porta da vossa mansão. É aí que me encontro convosco. Tenho a certeza. Vejo o vosso rosto e lá dentro a mesa posta para me receberdes.» «Padre Duval»

O REI DO CORAÇÃO

José Carlos Novais

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Como fazia habitualmente, o Lolo Yeye aproximava-se da escola com o seu ar jovial, desportivo, e cativante, não caminhando, como já fizera durante vá-rios anos, mas na sua cadeira de rodas que tinha comprado com o fruto do seu trabalho diário, pois ele era professor.

O Lolo Yeye, que na língua Ewe sig-nifica “Novo Amor”, ficou com uma das suas pernas paralisada, devido a uma in-fecção de que foi vítima e que lhe pro-vocou uma atrofia dos músculos, impe-dindo-o de caminhar normalmente.

Como se pode compreender, a vida do Lolo Yeye mudou radicalmente. Mas, neste caso, não somente por se ver con-frontado por um obstáculo intransponível, mas sobretudo porque a sua nova forma de viver o convidou a abrir-se a uma infini-dade de outras oportunidades que a vida sempre oferece aqueles que nela acredi-tam e que por ela se deixam cativar. Um mundo nunca antes imaginado ou pers-pectivado começou a abrir-se diante dele.

Se é verdade que algo de trágico e irreparável aconteceu, como que se as raízes de uma flor a desabrochar cheia de vida e de sonhos de esperança fos-sem cortadas e a desligassem da fonte da vida, não é menos verdade para o Lolo Yeye. Esta rotura inesperada e in-desejada não foi um fim dos sonhos de uma vida de felicidade. Pelo contrário, foi o início de um processo que desa-brochou e floriu, levando a uma nova vida cheia de valor, dignidade e beleza

A vida humana é como o tesouro mais precioso do mundo que está no lugar onde nós menos esperamos; é in-finitamente superior ao ouro mais puro que se encontra no coração do mundo, por vezes ainda a mais de 2000 metros de profundidade, ou como o petróleo, esta fonte de energia tão preciosa para a nossa vida humana cá na terra, mas que se encontra no mais profundo dos mares; ou ainda como as pedras precio-sas, tão singulares na sua beleza e atrac-

ção se bem que frequentemente tão minúsculas, quase escapando ao olhar mais desatento.

A vida humana pode também ser vista como uma rede que pode ser lançada ao mais profundo do mar que, quanto mais profunda é lançada e mais aberta está, maior é a possibilidade de trazer consigo tesouros já existentes mas cuidadosamente escondidos. O Lolo Yeye agora não caminha, mas ainda é capaz de, com o seu sorriso e com-promisso, manifestar a todos o seu en-tusiasmo e gosto pela vida.

O seu olhar reflectia claramente a se-renidade e a alegria que o inundava. Isto foi claro na festa que o Lolo Yeye ajudou a organizar no hospital da Missão Católi-ca de Kuve, Togo, com as três escolas da zona. É claro que tinha sido Lolo Yeye que tinha tido e proposto esta ideia de alegrar os doentes do hospital com esta exibição de talentos, a fim de melhor celebrar o Dia Internacional do Doente.

Foi maravilhoso vibrar com a cora-gem, a criatividade e a perícia das deze-nas de adolescente e de jovens que se exibiram nos diversos pavilhões do hos-pital. Era uma sintonia muito especial, estreita e arrebatadora de energia que se movimentava entre os doentes e os alunos das escolas de Kuve. Por algumas horas não houve nem dor, nem lágri-mas nem sequer mal-estar. Muito me-nos se notava a mais pequena sombra de tristeza ou do sentir-se abandonado, desprezado ou inútil. Nesse momento todos se sentiram úteis e iguais; a bar-reira que parecia intransponível levan-tada pela sociedade entre o mundo dos doentes e dos saudáveis tinha, mais uma vez através da solidariedade e do amor, sido destruída desde as suas fundações do egoísmo, indiferença e utilitarismo.

O sonho do Deus que me deu gra-tuitamente a vida, que me conhece e me ama assim como sou, é que eu seja feliz e que esta minha felicidade cresça de

dia para dia. É na minha felicidade e rea-lização pessoal que a glória de Deus se manifesta mais clara e eficientemente. O Lolo Yeye sempre se recusou a permitir que uma limitação do seu corpo e sobre a qual ele não tinha qualquer controle, o impossibilitasse de procurar e de cons-truir a sua felicidade e a de tantos ou-tros que vivem a seu lado e que ocupam o seu coração.

Todos nós já experimentamos de uma maneira ou de outra as limita-ções e os sofrimentos que as doenças nos causam. Mas a atitude escolhida e assumida perante estas limitações ou obstáculos é que decide última e de-cididamente as consequências últimas da doença que debilita os nossos cor-pos mas que não pode fechar as portas de uma realização humana. A abertura à vida é a atitude que motivada pela criatividade e confiança pode levar-nos a muitas novas condições e situações antes descartadas ou ignoradas. Como diz o ditado popular, quando uma porta se fecha, muitas janelas se abrem. A vida sempre nos oferece inúmeras possibili-dades de construir sobre o real, mesmo por muito feio, triste ou perdido que ele se possa apresentar.

Como aconteceu com o meu grande amigo Lolo Yeye, o ser humano é chama-do a acreditar e a apostar no mundo das aventuras, dos sonhos e dos horizontes largos que se abrem e alargam progressi-vamente, à medida que nos abrimos, acre-ditamos, esperamos e nos empenhamos.

Esta história do Lolo Yeye certa-mente que é a história de tantos jovens doentes que o nosso mundo parece ter ignorado. Mas souberam não perder a coragem e a esperança. Não pararam de sonhar e assim a sua vida se renovou. A confiança inabalável do doente que sabe que a sua vida é um projecto do amor de Deus que exige um compromisso pessoal pela transformação do mundo.

CUIDAR DE SI MESMO“Minha vida, meu tesouro”

P.Francisco Machado, Superior dos Combonianos da Maia

A novidade deste ano, foi a encenação da Homilia do Papa Francisco, sendo ele ainda Arcebispo de Buenos Aires, na noite de 24 de Dezembro de 2010. Faz pensar e motiva à transformação da vida que tem de espelhar pela simplicidade, pela humildade, pelo reconhecimento da dignidadeq2ue tem por tema: A Festa do Encontro. "Esta é a noite das surpresas..." E foi mesmo...Não se pode buscar o Menino onde Ele não se encontra, mas deve-se procurar em tudo o que seja "amor, mansidão e bondade"

PRESÉPIO AO VIVO - DIA DE NATAL

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O MEU NATAL NA GUINÉLi, há pouco tempo a estupenda biografia do Padre Je-

suíta Pedro Arrupe. Nela vinha uma página que responde perfeitamente a uma pergunta que cada um de nós faria em idênticas circunstâncias: que fazer no meio duma catástrofe, sem apoios de ninguém? Que fazer quando parece que não há nada a fazer porque tudo à nossa volta se desmorona, até o nosso corpo ou a nossa alma.?

Esta é uma questão que inquieta e angustia muita gente, quando se encontra em situações dramáticas, quando pare-ce que tudo à nossa volta se desmorona e não há, aparen-temente, qualquer solução. Vivi uma situação assim quan-do estava na tropa, na Guiné Bissau, no tempo da guerra. Fomos atacados já noite escura por foguetões que vinham de muitos quilómetros de distância. Já era noite, estávamos todos dentro do quartel quando rebentaram lá dentro qua-to foguetões. Um caíu junto à messe dos oficiais e matou um soldado quando se abrigou junto de uma parede. Um foguetão rebentou junto à casa em que eu vivia com mais três colegas. Tinha uma vala funda encostada à minha janela. Atravessei o quartel na máxima velocidade possível para me abrigar lá dentro. Era um sítio muito seguro. Quando cheguei e me quis abrigar nesse local , porque era, aparen-temente, um local seguro, dei com um soldado no fundo da vala, mas cortado a meio, com a cabeça junto dos pés. Apa-nhei um susto terrível. Creio que nessa noite bati o record de velocidade até chegar á messe dos oficiais. Durante uma semana dormimos ao relento junto a uma vala, para nos abrigarmos se fosse preciso. Foi uma semana horrivel, de

medo, de angústia, de abandono. Senti-me muito pequenino no meio duma profunda angústia e impotência, sem qual-quer meio de me proteger. Não desejo a ninguém, nem ao meu pior inimigo (não tenho nenhum!) uma situação destas. Entretanto no meio dessa angústia permanente, tive uma atitude inesperada mesmo para mim próprio: Tinha compra-do, há algum tempo um deck para ouvir música em casse-tes. Comecei a dormir novamente na minha casa dentro do quartel, já que cheguei à conclusão que tanto fazia morrer ao ar livre acordado, como morrer dentro de casa a dormir. Assim, à noite deitava-me de arriga para o ar, punha os aus-cultadores nas orelhas, ligava o deck de cassetes de música clássica e deitava-me descontraí-do, na medida do possível. Entretanto adormecia a ouvir música. Quando acordava, de noite, tirava os auscultadores das orelhas e dormia profun-damente até ser dia. Fazia o seguinte raciocínio. Não vale a pena abrigar-me numa vala. Vou dormir tranquilamente e dormir se for possível. É verdade que dormia profundamen-te. Quando acordava virava-me para o outro lado, retirava os auscultadors dos oiuvidos e voltava a adormecer. O meu raciocínio verdadeiro foi sempre este: vou dormir descon-traído. Não posso fazer nada para evitar esta situação, mas, se morrer, ao menos morro contente com a música que estou a ouvir. Nos meses que se seguiram até terminar o meu tempo de Guiné, foi esta a minha receita e o meu pro-pósito. Não endoideci e pude regressar à metrópole dentro do meu perfeito juízo, sem traumas psicológicos ou outro tipo de maleitas que me pudessem surgir.

. Mário Oliveira

Natal – prendas, de-sejos, bolo-rei, tradições, compras, roupa nova, os preparativos de última da hora, uma prenda esque-cida, um postal, um e-mail, uma sms, um telefonema, um abraço de boas-festas, o pai-natal e o seu “oh, oh, oh”, uma decoração com velas, a árvore com bolas e luzes, as luzinhas nas ja-nelas, os pais-natais pen-durados nas varandas. Eis algumas das característi-cas com que etiquetamos o Natal. Tudo, tudo o que

possa alegrar-nos num espírito de Natal material, que nos faça esquecer as frustrações do dia-a-dia. E deixamo-nos envolver nesta euforia enganosa. O jantar de confraterniza-ção do trabalho, do grupo de amigos, dos amigos dos filhos, dos antigos colegas da escola, do grupo do ginásio, da paró-quia e muitos outros… A ida ao circo, a um concerto ou até mesmo ao cinema. Tudo isto nos lembra Natal…

E, na noite de vinte e quatro ceamos com a família. A casa quentinha e a família reunida para o serão à volta da lareira. Quase todos de telemóvel em riste para o envio das benditas mensagens… É assim que quase todos nós vi-vemos o Natal! É bom estar com a família num ambiente que não “cheira” a correria nem pressa. É bom estar com

A alegria e simplicidade do Natal

Conceição Dores de Castro

os nossos numa noite de calmaria. Com muitos dos nossos que não vemos há muito tempo ou nos vamos vendo “de relance”. Mas o Natal não pode ser “só” isto! Precisa de ser muito mais. Precisa de ser dentro de nós. Precisa de ser o sentir o Menino nascer, em cada Natal, no nosso coração. Precisa de ser o nascermos de novo, sem culpas, sem res-sentimentos e sem pecados.

No nascer de novo do nosso coração está o viver a eucaristia no dia de Natal. Com simplicidade, com leveza de coração, com a alegria de descobrir o Recém-Nascido e ajoelharmos a Seus pés. É o viver o Natal na família alargada que é a nossa paróquia. Assim, na eucaristia das onze horas do dia de Natal, presidida pelo Sr. Bispo Emérito de Leiria--Fátima, D. Serafim, dignamente acolhido pelo nosso pároco, o Sr. P.e Domingos e em que participaram o Sr. P.e José Sou-sa dos Missionários Combonianos, e o Sr. Diácono José Pe-reira, da nossa paróquia, vivemos a alegria e simplicidade do Natal. Numa celebração singela mas envolvente e calorosa, tendo como pano de fundo a dinâmica de Advento-Natal da nossa diocese, sentimos nascer de novo o Menino no nosso coração. Ele estava ali, mesmo no centro da nossa vida, em palhinhas deitadinho, fazendo-nos lembrar a fragilidade da nossa humanidade. Ali estava Ele, de braços abertos a aco-lher as nossas culpas, os nossos defeitos, a nossa alegria e nossa vontade de fazer melhor. É Ele o nosso Natal!

Para completar a alegria desta eucaristia a homilia pro-ferida pelo Sr. Bispo foi simples e tocante. E, para quem se lembra, pode completar a sextilha: “Na vida de toda a gente vai uma cruz na frente como na procissão…”

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É já um lugar-comum dizê-lo, mas vivemos num tempo de permanente mudança social, económica e política e, pior que isso, onde é cada vez mais difícil fazer previsões em tais domínios. O ano que agora iniciamos promete, mais do que os que o precederam, cumprir esses pressentimentos. O tema permite, naturalmente, múltiplas abordagens. Mas vamos cingir-nos ao campo da política, por ser, ela própria, causa e consequência de todos os outros.Não vamos abordar aqui o problema chamado Rússia e o seu conflito com a Ucrânia e, por via disso, o diferendo que tem com a União Europeia (U.E.). Um problema que pode ser explosivo e contaminar toda a política e economia europeia e mesmo mundial. Sabendo-se, porém, como a oligarquia política russa está dependente das receitas do petróleo, temos todos aqui no ocidente a esperança de que a significativa queda dos preços do “crude” enfraqueça o poder económico e político dos mandarins de Moscovo e dos seus aliados. E, já agora, pelas mesmas razões, o mundo democrático e tolerante, está à espera que a capacidade militar do chamado “Estado Islâmico” fique substancialmente enfraquecida, sabido que é que as suas receitas dependem quase exclusivamente das vendas de petróleo no mercado negro.Na União Europeia as incertezas estão relacionadas com os quatro processos eleitorais a decorrer durante o ano, na Grécia, Espanha, Reino Unido e Portugal, os quais arrumo em três planos diferentes.O caso português, a avaliar pelo

INCERTEZAS EUROPEIAS EM 2015

que é conhecido das sondagens e estudos de opinião, é seguramente o que comporta menos incertezas. Está essencialmente em causa saber se haverá uma maioria absoluta e governo de um só partido, se um governo de “bloco central”, ou se um governo de uma outra qualquer geometria, mais ou menos variável. Apesar de qualquer das soluções, pelas diferentes opções que comportam, não ser neutra a respeito do futuro do nosso país, não é previsível nenhum terramoto capaz de abalar o “status-quo” dos partidos tradicionais, apesar do surgimento de vários movimentos, quer de carácter populista, quer de um novo tipo de esquerda, designadamente urbana.Os casos espanhol e grego têm muito de comum pois que, a avaliar pelas sondagens e estudos de opinião, existe uma probabilidade considerável de os partidos tradicionais serem relegados para segundo plano e chegarem ao poder partidos nascidos dos movimentos de “indignados”, convocados por telemóvel, e-mail e redes sociais. Partidos que têm essencialmente uma cultura de protesto e uma matriz intelectual e de esquerda – mas de uma esquerda que não se reconhece nos partidos socialistas ou comunistas tradicionais. Tal é o caso do “Podemos” em Espanha e do “Syriza” na Grécia. Ambos estes partidos/movimentos têm como lastro unificador a contestação das medidas de austeridade e das dívidas públicas, defendendo a sua renegociação, perdão parcial ou não pagamento. Mas não a saída do euro. Vai ser, assim, interessantíssimo, do ponto de vista da ciência política, assistir à forma de governação destas novas forças e, designadamente, observar como é que conseguirão fazer a quadratura do círculo: não pagar a dívida publica, permanecer no euro, acabar com as medidas de

austeridade e controlarem a dívida pública sem aumentar os impostos.As eleições no Reino Unido trazem-nos uma outra frente de problemas. Trata-se do crescente ascendente do chamado Partido da Independência (UPIC) que advoga a saída do país da U.E. Como boa parte do crescimento deste partido foi conseguido à custa de votos do tradicional Partido Conservador (ConservativeParty), este tem reforçado a sua estratégica eurocéptica para tentar evitar mais fugas de votos para o UPIC, tendo prometido, designadamente, um referendo para a população decidir se quer sair ou permanecer na União Europeia. Ora, independentemente do resultado das eleições, estamos perante o facto inédito de um partido tradicional e convencional, que ainda por cima está neste momento no Governo, colocar politicamente a questão da saída da União. E para além desta questão, já de si carregada de significado, existe mesmo a possibilidade real de, com a crise a pressioná-los todos os dias, os cidadãos, acicatados por discursos políticos populistas, responsabilizarem a U.E. por este estado de coisas. Assumindo, assim, que eles não existiriam se os Estados estivessem de fora dela.Como estamos em início de ano, é o tempo adequado para formular o voto de que os cidadãos europeus tenham discernimento…

Arlindo Cunha

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Dando continuidade à reflexão sobre a primeira exorta-ção apostólica “EVANGELII GAUDIUM”, debruço-me nesta edição sobre esse primeiro relevante documento do Papa Francisco, para que renovemos o nosso encontro com Cristo.

Comecemos então pela força com que o Papa, usando palavras simples, mas carregadas de significado, nos endereça a sua convocatória:

“Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de o procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído».

Sublinho com particular ênfase, a frase que a seguir transcrevo:

- “…Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada…”.

De forma muito esclarecida e singela, o Papa faz notar aos crentes, que mesmo quando nos afastamos de Deus, a sua Misericórdia permanece, para nos receber de braços

Renovação do encontro com Jesus Cristoabertos, sempre que quisermos voltar ao seu encontro.

Num certo momento, Francisco, o Papa do sorriso, faz notar:

- “Deus nunca se cansa de perdoar, somos nós que nos cansamos de pedir a sua misericórdia. Aquele que nos con-vidou a perdoar «setenta vezes sete» (Mt 18,22) dá-nos o exemplo: Ele perdoa setenta vezes sete. Volta uma vez e ou-tra a carregar-nos aos seus ombros. Ninguém nos pode tirar a dignidade que este amor infinito e inabalável nos confere. Ele permite-nos levantar a cabeça e recomeçar, com uma ternura que nunca nos defrauda e sempre nos pode resti-tuir a alegria. Não fujamos da ressurreição de Jesus; nunca nos demos por mortos, suceda o que suceder. Que nada possa mais do que a sua vida que nos impele para diante!...”.

Creio que com estas enriquecedoras palavras que o Papa Francisco nos dirige, inspirado na Palavra de Deus, po-deremos reflectir intimamente, encontrando nelas, o cha-mamento e o sentido para uma vida que Cristo nos convida a viver.

Diria que esta é, porventura, uma boa interpelação para começarmos e continuarmos, neste ano de 2015.

Victor Dias

Palavras com significado muito apropriadas ao momento

Transcrevemos aqui, o discurso do Sr. Vice-Presidente da Câmara Mu-nicipal da Maia, Eng.º António Silva Tiago, proferido no concerto de Reis, evento artístico solidário, a favor das conferências vicentinas da Vigararia da Maia, que teve lugar no grande auditório do Fórum da Maia, a 3 de Ja-neiro.

“ Caríssimos senhores párocos, caríssimos autarcas, caríssima Sr.ª Ve-

readora da Ação Social, Dr.ª Ana Miguel Vieira de Carvalho e caríssimos amigos!...

Estamos hoje aqui, neste 3º dia do novo ano de 2015, todos reunidos para celebrarmos a solidariedade.

Guardo como convicção profunda, que a solidariedade é uma respon-sabilidade de todos.

De todos, porque a ninguém é dado o direito de ignorar a sua respon-sabilidade social, diante quem experimenta dificuldades e privações.

Como Cristão, que também sou, a solidariedade é muito mais do que isso, é Caridade Cristã.

E a Caridade, quer dizer, o verdadeiro amor fraternal, não nos permite desistir do próximo, bem pelo contrário, impele-nos a estar ao seu lado em todos os momentos. Nos bons, mas sobretudo nos mais difíceis e adversos.

Em nome da Câmara Municipal da Maia, agradeço às conferências e aos vicentinos, todo o trabalho que discreta e generosamente levam a cabo, em prole dos mais desfavorecidos.

E também vos agradeço o facto de terem proporcionado às crianças do Coral Infan-

til Municipal dos PEQUENOS CANTORES DA MAIA, a oportunidade de participarem nesta festa, contagiando--nos com a sua alegria e musicalidade.

Estas crianças, além de encherem os nossos cora-ções, têm deste modo, o ensejo de aprender, experimen-tando, o valor da Caridade Cristã, e da felicidade que isso nos transmite.

Saúdo também a Orquestra Ligeira da Banda de Mú-sica de Moreira da Maia, pela sua generosa adesão a este Concerto de Reis.

A todos, desejo um ano de 2015 pleno de excelente saúde e agradeço a vossa presença neste evento, ajudan-do a construir o sentido de comunidade e de pertença.

Um grande bem-haja a todos!...”. António Silva Tiago

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Tempo de Natal

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Paula Isabel

Se fosse a levar a sérioOs desejos de Boas FestasPensava que o NatalJá não fazia parte destas.E que o próprio Ano NovoNão é mais que um réveillonE que os desejos de Bom AnoEstavam fora de questão?!

Vi estrelas luzirem no céuE um sino badalarOuvi um coro celestialEram anjos a cantarMugidos vindos de um curralQue guardava animaisA correria dos pastoresE os sons celestiais?!

Depois estrondaram foguetesNum adeus ao ano velhoRompeu música e bailaricoNa receção ao fedelhoDespejaram-se barrisDe bebidas espirituosasBaloiçaram-se os quadrisDe gordos e de jeitosas.

De volta ao meu silêncioSenti um ruido enormeNa bagunça das noitadasEnquanto outra gente dormeEram potentes motoresA caminho dos hospitaisPassageiros e condutoresDopados ou ébrios demais!

Divertiu-se o dia umDum Ano que se diz NovoMas é do senso comum-Continua o mesmo povo.Os mesmos procedimentosE maneiras de pensar.Vivamos também a passagem.-Vamos todos renovar!?.

…Para ver se os políticosFicam muito mais autênticosPara ver se as cadeiasFicam muito menos cheiasPara ver se a sociedadeMostra muito mais verdadePara ver se o ser humanoDeixa de ser um engano.

Então sim. O Ano NovoPassaria a ser diferenteA soberba e a avarezaEstaria mais ausenteO Natal prolongava-seQuase, quase eternamenteE na próxima passagemHá réveillon p’ra toda a gente

Desde 1957 que, por decisão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a UNESCO implementa, dentre os países que aderem às campanhas, o chamado Ano Internacional.

A Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua 68º Sessão, declarou o dia 5 de dezembro o Dia Mundial do Solo e 2015 o Ano Internacional dos Solos. 2015 foi, por decisão da mesma Assembleia, também declarado como o Ano Internacional da Luz, em reconhecimento à importância das tecnologias associadas à luz na promoção do desenvolvimento sustentável e na busca de soluções para os desafios globais nos campos da energia, educação, agricultura e saúde.

Não que seja expectável que alguém se lembre, mas, já fiz, neste espaço, pelo menos por duas vezes, referência aos anos internacionais declarados pela Organização das Nações Unidas. Um artigo, em 2004, sobre o Ano Internacional do Arroz e um outro, bem mais recente, em 2013, sobre o Ano Internacional da Cooperação pela Água. Fi-lo e volto a fazê-lo, por acreditar que esta é uma instituição credível na defesa dos padrões de vida dignos, dos direitos do homem e das crianças, da paz, da tolerância, do ambiente e do planeta, do conhecimento ao serviço da humanidade, da cultura e da diversidade.

É muito interessante analisar a lista dos anos internacionais. Por um lado, a lista dá-nos pistas sobre os vários momentos e períodos que vão fazendo a história recente do Homem. Por outro, vai revelando preocupações, sensibilidades e novos problemas. Provavelmente, é significativo que o arroz tenha sido alvo de dois eventos, um em 1966 e outro em 2004. Como será admirável, embora não verdadeiramente surpreendente, que os anos de 1978 e 1982 tenham sido exclusivamente dedicados ao combate à política segregacionista da África do Sul.

Os anos internacionais procuram sensibilizar, mobilizar, motivar, educar para a mudança, implicando novas formas de olhar, novas formas de abordar os problemas. A tónica, para mim, reside, verdadeiramente, no educar. Educar para a tolerância, para o voluntariado, para a solidariedade, para o respeito, para a conservação, para a cooperação,... Educar para aquilo que nos torna grandes. Grandes nos pensamentos e nas atitudes, porque nos obriga a respeitar a vida.

E nesse sentido, os anos internacionais já visaram os refugiados, os sem-abrigo, os povos indígenas, a pessoa com deficiência, as crianças, a juventude e a família. Anos houve em que ao instituí-los procuraram mobilizar e motivar para as questões relacionadas com o planeta, ambiente, alimentação e sustentabilidade, com eventos conseguidos nos anos internacionais da Geofísica, do Planeta Terra, da Semente, do Arroz, da Água Potável, dos Oceanos, dos Desertos e da Desertificação, das Montanhas... . O conhecimento e a cultura, como base do desenvolvimento integral do ser humano, estiveram em destaque em anos internacionais como os dedicados ao Monumento, à Educação, ao Livro, ao Património Cultural, à Alfabetização...

E assim, ainda que pareça um pouco em jeito de revista dos anos passados, se bem que a dar as boas vindas a um ano novo, seria desejável que anos como o Ano Internacional da Mobilização contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e todas as Formas de Intolerância ou o Ano Internacional da Erradicação da Pobreza não precisassem de serem repetidos.

Votos sinceros para que saibamos como e sejamos capazes de dar o nosso melhor contributo para que 2015 seja um ano excelente!

Henrique António Carvalho

E se o Ano fosse Novo!?

No início do novo ano, todos fazem desejos que querem ver concretizados durante o novo ano. Todos expressam as suas aspirações para mais um ano e nin-guém fica indiferente a esta tradição.

Tal como acontece todos os anos, o Papa Francisco realizou o seu primeiro Ângelus no primeiro dia do ano. Num discurso com foco principal na irradicação da escravidão moderna, o Papa Francisco afirma que na raiz da paz está sempre a oração. O Sumo Pontífice apelou, também, para a associação de religiões e cultu-ras para que seja possível aniquilar este problema.

Assim, desejo que este ano seja um ano melhor que 2014, com mais amor e paz, saúde e união.

Celebrar e não esquecer

Maria Lúcia

Um novo ano começa…

S.MIGUEL DA MAIA - Pág. 15

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As inscrições estão abertas para Centro de Dia e para o Apoio Domiciliário. Até hoje ainda há muitíssimo poucas. Continua a fazer-se o anúncio.. Não se está parado, mas vai-

O LAR DE NAZARÉ

Côngrua ParoquialO Pároco não tem ordenado. Vive do que lhe oferecem. Esta oferta tem o nome de Côngrua Paroquial. É um dever de todo o Paroquiano.Há muitíssimos que se esquecem de o fazer, mas dizem-se cristãos cumpridores das suas obrigações. Isto não é uma esmola que se dá...Pode entregá-la nos Cartórios Paroquiais ou entregar ao Pároco. Tudo fica registado na ficha pessoal (família).

-se trabalhando para que o Lar possa abrir quantio antes. Que todos espalhem a notíca, pois há quem não vá à Eucaristia e pretende os serviços do Lar.

É um apoio à família.

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S. MIGUEL DA MAIABOLETIM DE INFORMAÇÃO PAROQUIAL

ANO XXVI Nº 277 2015 Publicação Mensal

PROPRIEDADE DA FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA MAIADirector: Padre Domingos Jorge

Telef: 229448287 / 229414272 / 229418052Fax: 229442383 [email protected]

Registo na D.G.C.S. nº 116260Empr. Jorn./Editorial nº 216259http://www.paroquiadamaia.net

Impresso na Tipografia Lessa Largo Mogos, 157 - 4470 VERMOIM - MAIA

Telef. 229441603

Tiragem 1.500 exemplares

Luís Fardilha

Pela Cidade...

Os primeiros dias de 2015 trouxeram-nos uma boa notícia, relativa ao ano anterior. Feitas as contas, verificou-se que o núme-ro de nascimentos cresceu em Portugal, pela primeira vez nos últimos três anos. Interrompeu--se, assim, um ciclo de declínio da população portuguesa que tem vindo a verificar-se de forma consistente ao longo das últimas décadas. Mesmo que tímido, o aumento da taxa de natalidade tem um significado especial, não

só porque o equilíbrio geracional é salutar para a sociedade, mas sobretudo porque pode constituir um sinal de que os portugueses começam a ter alguma esperança e parecem querer confiar no futuro.

É certamente uma evidência, mas talvez não seja des-cabido recordar, nos tempos nebulosos e paradoxais que vivemos, que sem portugueses não pode haver Portugal. Se continuássemos com uma taxa de natalidade negativa, o país acabaria por esvair-se, com uma população envelhecida, dependente do apoio de uma segurança social com recur-sos cada vez mais diminutos, sem o vigor económico que a renovação das gerações sempre cria. A inversão do plano inclinado em que o país se encontrava torna-se, pois, um facto cuja relevância cumpre assinalar. Tanto mais que não resulta de qualquer planeamento do governo – do actual ou dos anteriores – que visasse combater seriamente este gravíssimo problema.

Claro que ainda é muito cedo para embandeirarmos em arco e festejarmos a vitória decisiva. Nada nos garante que a recuperação verificada em 2014 se vá manter no ano que agora começa. Tudo dependerá, certamente, de factores tão instáveis como a recuperação da economia, o aumento da oferta de empregos qualificados, a criação de condições que permitam aos nossos jovens constituir família e fixar-se no seu país. Embora haja quem apregoe já o fim da crise e queira acreditar que saímos do túnel onde temos vivido desde 2011, o que temos tido, por enquanto, são pequenas luzes ainda incertas que se vão vislumbrando no final dele.

Ainda assim, é positivo que os casais tenham decidido arriscar e ter (um pouco mais de) filhos. Porque não podiam esperar mais? Porque finalmente reuniram condições mínimas para lhes assegurarem um futuro digno? Porque apostam em que se atingiu o ponto mais baixo e, portanto, o futuro só pode ser melhor do que o passado e o presente? Não importa. Cada novo nascimento, como aprendemos com o Natal de Jesus, é sempre uma alegria. O país só pode agra-decer e sentir-se feliz com isso. De qualquer modo, esta boa notícia não isenta o governo (este ou outro que venha suceder-lhe) da responsabilidade que tem relativamente ao incremento da natalidade no nosso país. Se há tema em que todos os partidos e responsáveis devem colaborar é este. Se outra razão não houvesse, bastaria lembrar a sua importância decisiva para o futuro do país enquanto nação autónoma e viável.

Tendo em conta esta responsabilidade, não podem deixar de nos surpreender outras notícias que foram igualmente divulgadas neste início de ano. Destacarei, em particular, duas delas. A primeira é a que indica que o número de crianças a quem está a ser atribuído o Abono de Família diminuiu significativamente no último ano. A segunda é a que nos diz que o Estado está em dívida para com alguns colégios de ensino especial, os quais decidiram fechar as portas no primeiro dia de aulas de 2015, como forma de forçar os responsáveis governamentais a pagarem as verbas em atraso.

Sabemos que o Abono de Família pode ter diminuído porque o número de crianças tem baixado. No entanto, se queremos que as famílias tenham filhos, não parece lógico que se façam economias neste apoio. Se há menos crianças, distribua-se a verba disponível pelas que existem, de modo a ajudar os pais e a incentivar a subida da taxa de natalidade. Alarguem-se os critérios de atribuição ou aumente-se o valor das prestações. O que parece contraditório é exibir como um sucesso político a diminuição dos valores afectos a esta prestação social, num momento histórico em que a nossa taxa de natalidade é dramaticamente baixa!

Quanto à segunda notícia relativa às dificuldades finan-ceiras dos colégios especializados na educação de crianças com necessidades educativas especiais, trata-se de algo que, traduzindo uma clara falta de sensibilidade para a necessi-dade de apoiar as famílias, ultrapassa essa dimensão e chega a atingir a natureza duma desumanidade. Uma sociedade mostra o seu grau de civilização no modo como trata os seus membros mais vulneráveis. Se há quem, no ministério da educação ou no das finanças, não consiga colocar as pessoas (e as mais frágeis!) à frente dos números, então estamos a caminho da desumanização. Mas, generosamente, vamos pensar que se tratou apenas de uma lamentável e incompreensível distracção, que será reparada de imediato… Se queremos acreditar no futuro, precisamos de acreditar na humanidade.

Oxalá 2015 seja um Bom Ano para todos!

ACREDITAR NO FUTURO