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JORNAL CASSI

Editorial - Portal CASSIvEncEndo dEsaFios pág. 6 rEsPonsabilidadE colEtiva com o Futuro da cassi O início do segundo semestre pode representar um novo ciclo na história da CASSI

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jornal cassi

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jornal cassi2Editorial EXPEdiEntE

alErta: o PlanEta PEdE água

pág. 9EsPortEs com bola: saúdE E vida

pág. 12 pág. 14autorização ElEtrÔnica Está Funcionando

pág. 16PEsQuisa mostra satisFação com a cassi

ANS - nº 34665-9

conselho deliberativoMaria das Graças C. Machado Costa (presidente)Denise Lopes Vianna (vice-presidente)Carlos Eduardo Leal Neri (efetivo)Roosevelt Rui dos Santos (efetivo)Solon Coutinho de Lucena Filho (efetivo)Carlos Frederico Tadeu Gomes (suplente)Cláudio Alberto Barbirato Tavares (suplente)Geraldo Pedroso Magnanelli (suplente)Marcelo Gonçalves Farinha (suplente)Maria do Carmo Trivizan (suplente) conselho FiscalAna Lúcia Landin (presidente)Íris Carvalho Silva (titular)Urbano de Moraes Brunoro (titular)Décio Bottechia Júnior (suplente)Francisco Alves e Silva (suplente)Maria do Céu Brito de Medeiros (suplente)

diretoria ExecutivaSérgio Dutra Vianna de Oliveira(diretor superintendente)

Roberto Francisco Casagrande Herdeiro(diretor administrativo-financeiro)

José Antônio Diniz de Oliveira(diretor de planos de saúde e relacionamento com clientes)

Douglas José Scortegagna(diretor de saúde)

redação, edição, revisão, diagramação e edição de arte: Divisão de Marketing e ComunicaçãoJornalista Responsável: Robinson Sasaki - MTb 11.948Impressão: Gráfica Esdeva Tiragem: 335 mil exemplares Periodicidade: bimestralmaio/junho 2007

Endereço: SBS - Qd.2 - Bl.N - lote 23 - 3° andar Brasília/DF - CEP 70073-900 Tel: (61) 3212-5035 / Fax: (61) 3310-6959Central CASSI: 0800 729 0080 / www.cassi.com.br

Publicação da cassi (caixa de assistência dos Funcionários do banco do brasil) “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.

capa pág. 3cassi: vEncEndo dEsaFios

pág. 6

rEsPonsabilidadE colEtiva com o Futuro da cassi

O início do segundo semestre pode representar um novo ciclo na história da CASSI. Os associados são chamados, mais uma vez, para discutir e decidir, democraticamente, sobre os destinos da Caixa de Assistência, devendo apre-ciar uma nova proposta de reforma estatutária da CASSI nos próximos dias.

Nas duas consultas realizadas em abril e maio por muito pouco não hou-ve quorum para aprovação da proposta anterior de Estatuto. Na segunda consulta, houve participação recorde de mais 100 mil associados e quase 66% de votos favoráveis (faltaram 701 votos). Logo depois, os representan-tes do Corpo Social e do Banco do Brasil voltaram a se reunir e, resguardan-do os avanços contidos na proposta não-aprovada, procuram estabelecer um novo acordo para reestruturação da CASSI.

As negociações estavam em andamento quando esta edição do Jornal CASSI foi concluída. Caberá, agora, ao Corpo Social dar sua palavra final, vo-tando a reforma estatutária resultante de quase três anos dessas complexas negociações. Entretanto, vale ressaltar que o futuro da Caixa de Assistência depende não só dessa reestruturação financeira e administrativa, mas tam-bém do empenho dos gestores e colaboradores da CASSI, associados e seus representantes.

Acreditamos que o bom senso prevalecerá e a CASSI alcançará a tão sonhada sustentabilidade financeira no Plano de Associados. A mesma con-quista e solidez alcançada no Plano CASSI Família (ver página 3).

Somente o empenho dos associados poderá garantir essa vitória. Todos podem e devem contribuir com a dedicação que a CASSI merece. E assim garantirmos a perenidade de nossa assistência à saúde e à vida saudável.

Bom trabalho.

A Diretoria

acnE:um ProblEma com solução

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jornal cassi 3 cassi Em Foco

Nos últimos anos, a CASSI iniciou mais de 30 reformulações estrutu-rais para sua modernização. Embora convivesse com dificuldades oriundas do desequilíbrio, iniciado em 1999, do custeio do Plano de Associados, a CASSI buscou introduzir grandes mu-danças nos processos tecnológicos, administrativos e de gestão, visando reduzir despesas, racionalizar custos e otimizar os recursos existentes. Ao mesmo tempo, promoveu profun-das transformações nos serviços para atender as necessidades dos partici-pantes e procurar assegurar atenção integral à saúde. Várias ações foram concluídas e outras estão em proces-so de execução, mas o reflexo é posi-tivo para a autonomia empresarial da CASSI e para a promoção da saúde dos participantes.

O conjunto de reformulações es-truturais implantado na CASSI nos últimos anos, especialmente desde

A CASSI ADMINISTRA DOIS PLANOS DE SAÚDE BEM DISTIN-TOS. UM DELES, O CASSI FAMÍLIA, QUE ATENDE 280 MIL PESSOAS - PARENTES ATÉ O TERCEIRO GRAU DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - É SAUDÁVEL, COM RESERVAS BRUTAS QUE CRESCE-RAM DE R$ 169 MILHÕES, EM DE-ZEMBRO DE 2002, PARA R$ 519 MILHÕES, EM ABRIL DESTE ANO. SOLIDEZ QUE POSSIBILITOU REA-JUSTE ATUARIAL ZERO EM 2006; UM BENEFÍCIO QUE PODE SE REPE-TIR NESTE ANO.

O PLANO DE ASSOCIADOS, QUE ABRIGA CERCA DE 400 MIL VIDAS DE FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL, DA ATIVA E APOSENTA-DOS, E SEUS DEPENDENTES, VEM APRESENTANDO DESEQUILÍBRIO FIANCEIRO OPERACIONAL DESDE 1999, MAS, CONFORME FOI TRA-TADO NO EDITORIAL DESTA EDI-ÇÃO, DEVERÁ SER RESOLVIDO NO SEGUNDO SEMESTRE COM IMPLE-MENTAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE CUSTEIO A SEREM VOTADAS PELO CORPO SOCIAL.

A CASSI É UMA INSTITUIÇÃO SÓLIDA E, COMO VOCÊ PODERÁ VER A SEGUIR, TEM ENFRENTA-DO OS DESAFIOS E ALCANÇADO VÁRIAS CONQUISTAS, DANDO TRANQÜILIDADE E ASSEGURANDO ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE A MAIS DE 680 MIL PARTICIPANTES DESSES DOIS PLANOS.

2003, permitiu que a CASSI com-pletasse um ciclo da sua trajetória e iniciasse uma nova etapa, com mais ferramentas e modernidade para en-frentar e vencer desafios, em sintonia com as demandas assistenciais do as-sociado e dos seus familiares.

Todas as áreas existentes na Cai-xa de Assistência foram atingidas e contempladas por estas ações, que buscam agilidade, qualidade e um comprometimento com a excelência no atendimento.

Na área de tecnologia de informa-ção ocorreram duas grandes mudan-ças de sistemas, com o processamento das contas pelo Sistema Operacional CASSI (SOC) e com a implantação do Sistema de Gerenciamento Empresa-rial (SGE). O SOC é uma tecnologia que automatizou o gerenciamento dos serviços em saúde, além de per-mitir agilização e aumentar o contro-

Vencendo os desafios E MODERNIZANDO A CASSI

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jornal cassi

le dos pagamentos. Esta ferramenta possibilitou ainda a integração dos dados de participantes e prestadores de serviços. Quanto ao SGE, este sis-tema não apenas otimizou os proces-sos de gerenciamento, como também contribuiu para a redução das despe-sas administrativas. Também garantiu mais segurança e confiabilidade nas informações e nos resultados ao lon-go do ano passado, possibilitando, efetivamente, integração de todos os processos gerenciais da CASSI.

Ainda nesta área, em junho 2006, a Gerência de Tecnologia da Informação (GTI) deixou de ser liga-da à Diretoria de Saúde, passando a subordinar-se à Diretoria Admi-nistrativo-Financeira. A razão desta mudança foi permitir que a Diretoria de Saúde cuidasse somente das áre-as fim, transferindo para a Diretoria Administrativo-Financeira a tecnolo-gia, atividade típica de área meio.

No setor de documentação foi im-plementado o Sistema de Documen-tação CASSI (SDC), uma ferramenta institucional para concentração de todos os documentos fundamentais para o funcionamento da CASSI. O

As Políticas de Risco Operacional e de Controles Internos são docu-mentos estratégicos que estabelecem diretrizes para reduzir ou prevenir o risco de perdas resultantes de falhas ou de inadequação de processos in-ternos, pessoas, sistemas ou de even-tos externos.

novas gErências E vincula-çõEs hiErárQuicas

Tanto para melhor atender ao associado quanto para agilizar e au-mentar a efetividade no desempe-nho, foram criadas novas Gerências Executivas na CASSI. As gerências de Relacionamento com Clientes, de Rede de Atendimento e de Controles Internos, além da Auditoria Interna e da Consultoria Jurídica. A gerência de Relacionamento com Clientes foi criada para reorganizar o processo de relacionamento com os associados, os participantes do CASSI Família e os convênios de reciprocidade. As Gerências Regionais passaram a res-ponder hierarquicamente à Gerência de Rede de Atendimento, devido à quantidade expressiva de atividades de atendimento à saúde nas Unida-des Regionais e também para impri-mir ganhos de qualidade nos serviços oferecidos.

A Auditoria Interna, vinculada ao Conselho Deliberativo, tem a função, entre outras, de realizar auditorias com foco nos riscos e também asses-sorar os Conselhos Deliberativo e Fis-cal, a Diretoria Executiva e as Unida-des Administrativas. Já a Gerência de Controles Internos e Conformidade tem a missão de criar e disseminar a cultura de controle e gerenciamento de riscos, visando atingir os objetivos estratégicos. Entre eles, eliminar des-perdícios, impedir fraudes, reduzir os riscos de falhas em serviços e coibir o descumprimento de normas.

SDC possibilita acesso aos documen-tos pela rede de computadores a to-das as dependências e colaboradores e hierarquiza o conjunto normativo da Caixa. Ainda quanto aos norma-tivos, o novo Regimento Interno atu-alizou as responsabilidades e definiu alçadas e competências das diretorias e suas áreas, além de disciplinar o in-ter-relacionamento entre os órgãos administrativos.

novas Políticas

Vários instrumentos para padronizar e nortear o comportamento e ações na CASSI foram implantados. Entrou em vigor o Código de Ética, um documen-to que contém os valores e princípios que refletem a identidade cultural da CASSI e rege as relações na Instituição. Na seqüência, foram implementadas as Normas de Conduta Profissional, as Políticas de Comunicação da CASSI, de Risco Operacional e de Controles Inter-nos. A Política de Comunicação contém um conjunto de princípios, orientações, linhas editoriais e de ações para disse-minar e valorizar a missão, a visão, os objetivos e as metas da CASSI perante seus públicos, assim como divulgar os serviços e produtos da Caixa.

4cassi Em Foco

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Por fim, a Consultoria Jurídica, implantada, na sua totalidade, em 2005, assumiu o gerenciamento de todas as ações do contencioso e o controle da terceirização dos escritó-rios contratados.

conQuistas signiFicativas Para cassi

A aprovação, em 2005, do primeiro Planejamento Estratégico Plurianual foi uma conquista relevante para CASSI. Ele definiu as premissas e objetivos estratégi-cos para 2006/2008 nas áreas econômi-co-financeira, de mercado, de imagem e da qualidade do atendimento para os participantes, tecnologia e processos, além do patrimônio humano.

Da mesma forma foi importante a instituição ter um fundo exclusivo para cuidar das reservas dos planos, do Fun-do de Investimento do CASSI Família, do planejamento financeiro de longo prazo e dos ajustes entre as reservas do CASSI Família e Associados. Com relação ao CASSI Família, é importante ressaltar que o plano completou uma década de existência e atingiu uma reserva bruta acumulada de R$ 519 milhões.

aPrimorando o atEndimEnto

Para melhor atender ao asso-ciado, a CASSI lançou o Programa de Excelência no Relacionamento, responsável por ações que garan-tam atendimento diferenciado e de excelência a todos. Também foram implantados os Prontuários Eletrôni-cos, para monitorar os dados sobre a saúde dos participantes ao longo dos anos e de forma sistemática, in-dividual e coletiva.

Ainda visando à atenção integral dos participantes, foi desenvolvida a Estratégia Saúde da Família (ESF), com seus vários programas de pre-venção de doenças, e iniciada a im-plantação da Política de Referencia-mento dos prestadores de serviços. Em 2006, dos mais de 681 mil par-ticipantes dos dois planos (Associa-dos e CASSI Família), 104.582 esta-vam cadastrados na ESF em todo o País. Por fim, foi adotada a inclusão dos dependentes homoafetivos e iniciada a implantação do Programa de Educação Permanente em Saúde e o treinamento dos profissionais de Regulação.

rEcuPEração dE rEcEitas E automação do FaturamEnto

Foram instituídos os primeiros co-mitês gerenciais para descentraliza-ção da gestão e aprimoramento da relação institucional. Houve a inte-gração dos módulos administrativos e de atendimento da Central CASSI, a vinculação hierárquica das Centrais de Pagamento (Cepags) à Diretoria Administrativo-Financeira e a uni-ficação de processos delas, após a identificação e revisão de fluxos para uniformizar os procedimentos. O ob-jetivo era obter mais eficiência e agi-lidade nos processos de pagamento de faturas e ressarcimentos do Livre Escolha.

Ao mesmo tempo que realiza transformações modernizadoras para reduzir as despesas administrativas, a CASSI continua investindo na recupe-ração de receitas. Este ano, para faci-litar o pagamento, unificou as regras de atualização de valores para novos parcelamentos de débitos. O objetivo é sanar todos os casos de possível eva-são de receitas e implementar instru-mentos para impedir a ocorrência de novas situações similares. O Projeto Íris e o seu sistema de Automação do Fa-turamento e do Relacionamento (AFR) são aliados para atingir esta meta. Por meio dos processos automatizados de autorização e faturamento dos proce-dimentos médicos, o sistema passou a regular e agilizar o atendimento, e ainda a dar transparência ao proces-so, evitando possíveis irregularidades no momento da utilização dos servi-ços e glosas posteriores de faturas.

Enfim, apesar das dificuldades financeiras, a CASSI não pára. Con-tinua avançando, buscando aprimo-rar seu desempenho administrativo e cuidar, cada vez melhor, da saúde do associado e de seus familiares.

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“Resolvi sair do pensar para o agir. A iniciativa de plantar mudas às mar-gens do rio foi uma oportunidade que tive de tornar mais concreta minha pre-ocupação com o meio ambiente. Além de repensar nos atos de preservação, trabalho muito na conscientização dos meus filhos, familiares e amigos para questões como evitarmos a poluição de rios e mares, do ambiente em que vivemos, da reutilização do que é pos-sível e, principalmente, do uso racional da água. No prédio em que moramos, fazemos à coleta seletiva do lixo e ago-ra sou voluntária no projeto CASSI pelo Capibaribe”.

A tomada de consciência e mu-dança de atitude da coordenadora de Negociação e Produtos da CASSI-PE, Érika Gouveia, assim como de todos os colaboradores e muitos participan-tes de Pernambuco em defesa do Rio Capibaribe, é exemplar para preserva-ção dos recursos hídricos e naturais do planeta Terra.

O Rio Capibaribe percorre cer-ca de 240 quilômetros no estado de Pernambuco. O crescimento urbano desordenado das últimas décadas foi o responsável pela deterioração dos recursos ambientais que circundam o rio, comprometendo a qualidade de vida das populações ribeirinhas que obtêm o seu sustento com a venda de crustáceos.

No Brasil, a água é vista como um bem abundante. Cerca de 12% das

águas doces superficiais do planeta estão em nosso país, essa disponibili-dade não é o bastante para solucionar problemas que ameaçam a qualidade de vida da população. Cerca de 97,5% das águas presentes na Terra são salga-das; 2,49% da água doce estão con-centradas nas geleiras, sobrando por tanto apenas 0,007% de água pró-pria ao consumo humano. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), em 20 anos, faltará água para 60% da população mundial.

Um fator que contribui para a es-cassez de água em algumas regiões é o acelerado processo de poluição dos rios, mares e lagos. Em poucos anos, um rio sujeito à poluição pode estar completamente morto. Para despoluí-

lo são gastos muito dinheiro, tempo e, o pior, mais uma enorme quantidade de água. Os rios Tietê e Pinheiros, em São Paulo, por exemplo, se tornaram verdadeiros esgotos a céu aberto, de-vido à baixa taxa de oxigênio na água. A vida aquática nestes rios não existe e a situação não é diferente em rios de outros estados brasileiros.

causas E consEQüências

As principais causas da deteriora-ção são: contaminação por poluen-tes, esgotos domésticos, despejos in-dustriais, escoamento da chuva com detritos das áreas urbanas e da con-taminação das águas em zonas agrí-colas e de mineração. Todo este pre-juízo é fruto da ação do homem. O

água: PRESERVAR PARA NÃO ACABAR

A ÁGUA É O RECURSO NATURAL MAIS IMPORTANTE À SOBREVIVÊNCIA DOS SERES VIVOS NO PLANETA. O USO IRRACIONAL E A POLUIÇÃO PODEM OCASIONAR A FALTA DE ÁGUA MUITO EM BREVE, CASO NENHUMA PROVIDÊNCIA SEJA TOMADA. ESTE É UM PROBLEMA QUE MERECE ATENÇÃO, POIS PODE AFETAR A SAÚDE E COMPROMETER A QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS

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grande crescimento populacional e o desenvolvimento industrial, além do uso descontrolado de fertilizantes químicos e inseticidas nas lavouras, têm causado sérios danos aos rios e à vida.

A oceanógrafa da Universidade de São Paulo, Natali Santos, ressalta que zonas costeiras, região que con-centra conglomerados urbanos e industriais, sofrem muitas mudan-ças globais. “Obras de engenharia marinha (portos, canais navegáveis, dragagens e aterros artificiais), repre-samento de rios, instalações de áreas de lazer, turismo e urbanização, entre outras intervenções, resultam em mu-danças rápidas das características am-bientais locais. Planejamento e estu-dos ambientais devem ser realizados previamente”.

A água poluída pode causar do-enças como cólera, febre tifóide, di-senteria, hepatite infecciosa, polio-mielite, entre outras. Muitas pessoas estão sujeitas a essas e outras doen-ças porque não contam com sistema de água tratada ou rede de esgoto em suas residências.

No Brasil, na zona rural, em cada grupo de cem pessoas 82 não pos-suem água encanada. De acordo com o último censo demográfico do Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000, 76,1% dos domicílios do País contam com água canalizada e rede geral de distribuição, ou seja, quase uma em cada quatro famílias não é abastecida em casa.

Os efeitos da poluição e destruição da natureza são desastrosos: se um rio é contaminado, a população inteira sofre as conseqüências. Segundo aler-ta feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a falta de água limpa

atinge mais de um bilhão de pessoas (20%) no globo. A Organização aler-ta que esse número pode dobrar até 2025, quando dois terços da popula-ção mundial pode estar sofrendo com problemas ligados à escassez de água própria para o consumo.

“As enormes quantidades de agro-tóxicos e fertilizantes de uso agrícola de nossas plantações podem acarretar aos corpos receptores, rios, lagoas e lagunas, a proliferação de algas que se alimentam dos fertilizantes trazi-dos pelas chuvas e essas algas produ-zem substâncias tóxicas tornando esta água imprópria ao consumo humano e a fauna aquática”, analisa a oceanó-grafa, Natali Santos.

Os mananciais também estão em constante ameaça, pois recebem a su-jeira das cidades, levada pela enxurrada junto com outros detritos. A imperme-abilização do solo causada pelo asfalto e pelo cimento dificulta a infiltração da água da chuva o que compromete os lençóis freáticos. As ocupações clan-destinas de áreas que abrigam os ma-nanciais também acabam poluindo as águas, pois seus moradores depositam lixo e esgoto no local.

Um estudo coordenado pelo pro-fessor Luiz Drude de Lacerda, do Ins-tituto de Ciências do Mar da Univer-sidade Federal do Ceará, constatou um aumento de 40% no número de manguezais no Nordeste, como re-flexo das mudanças climáticas e am-bientais ocorridas nos últimos anos. Segundo a pesquisa, a redução na quantidade anual de chuvas na região e o aumento em escala global do nível dos oceanos podem ter causado uma maior penetração de águas marinhas rio acima, proporcionando ambiente ideal para a formação dos mangues. O problema é que manguezais nestas condições, mais do que fonte de vida, de reprodução para a fauna e flora, são grandes concentradores de poluentes. Assim, uma população que sobrevive dos manguezais, cultivando carangue-jos, por exemplo, pode estar economi-camente bem, mas por outro lado terá problemas com a qualidade da água,

“76,1% dos domicílios do País contam com

água canalizada e rede geral de distribuição, ou seja, quase uma em cada

quatro famílias não é abastecida em casa.”

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podendo gerar um futuro problema de saúde pública para a região.

soluçõEs individuais E colEtivas

Os cidadãos, isolados ou em gru-pos, ligados ou não a Organizações Não Governamentais, associações de bairro, partidos ou movimentos po-pulares, vêm tentando reduzir os gas-tos com água e energia; separar o lixo e destiná-lo ao reaproveitamento e à reciclagem; recuperar praças, parques e matas; bem como sensibilizar divul-gando materiais educativos, organi-zando eventos, elaborando projetos e propondo parcerias.

Para o coordenador e professor de Gestão Ambiental da Faculdade Ma-gister de São Paulo, Rodrigo Legrazie, “um caminho importante para a pre-servação é a educação: para a forma-ção da consciência ecológica, para a vida em harmonia com a natureza e para a convivência solidária entre as pessoas”.

Na prática podemos fazer mui-tas coisas, como usar racionalmente água tratada, utilizar menos detergen-te, jogar o lixo no lugar certo, plan-tar árvores, respeitar o ciclo da água, usar a água limpa com economia, gastar somente o necessário, denun-ciar as empresas que poluem e as ocupações clandestinas que estejam despejando esgoto e lixo nos manan-ciais, cobrar dos governantes a criação e o cumprimento de leis que protejam a natureza, aumento da fiscaliza-ção, entre outros. É o que faz a be-neficiária da CASSI-RN Jacira Santos: “Sou muito consciente em relação à água. Aqui em casa fiscalizo todo mundo. Às vezes meu marido está escovando o dente e deixa a torneira aberta. Fecho na hora. Estão falando tanto em aquecimento global que tenho medo que a água acabe. Faço a minha parte.”

colaboradorEs E ParticiPan-tEs da cassi-PE Estão nEssa luta

Para chamar atenção para esse pro-blema de saúde pública, a CASSI-PE, por meio de parcerias com empresas públicas e privadas, e o movimento Recapibaribe promoveu a campanha CASSI Capibaribe, no Dia Mundial da Água, 22 de março passado. Na oca-sião, mudas de Pau-Brasil e Pau de Jangada foram plantadas em prol da revitalização e requalificação do Rio Capibaribe. Cerca de 130 pessoas par-ticiparam do evento. “Ações, como a promovida pela CASSI, servem sim-bolicamente como um grito de alerta sobre a dramática situação vivida pe-los nossos rios”, afirma o gerente da Regional Pernambuco, Hênio Braga, conclamando todos, colaboradores e participantes, a assumirem seu papel na luta pela promoção da saúde e qua-lidade de vida.

Para outras informações acesse: www.uniagua.org.br, www.ana.gov.br

Colaboradores da CASSI-PE plantando mudas às margens do rio Capibaribe

• Reduza o seu tempo de banho em 1 ou 2 minutos e você economizará até 540 litros de água por mês;

• Não deixe a torneira aberta en-quanto ensaboa pratos e talheres. Você estará economizando 100 li-tros de água;

• Use balde em vez de mangueira para lavar o carro;

• Jamais use água para “varrer” a cal-çada;

• Não regue as plantas nas horas quentes do dia. A água evapora antes mesmo de atingir as raízes;

• Esteja atento a vazamentos. Uma torneira pingando consome até 46 litros de água por dia.

dicas

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jornal cassi 9 saúdE

Era uma vez uma bola. Nas Amé-ricas elas já foram feitas com seiva crua misturada com ervas e, para muitos, dotadas de poderes mági-cos, já que eram preparadas pelos sacerdotes durante rituais sagrados. Na China, as bolas já foram de cou-ro, recheadas com tufos de cabelo. Na África, de folhas de milho ou pal-meira enroladas. No Egito, cobertas de couro ou pele e restos de grãos de cereais. Na Grécia, recheadas de lã, penas ou cabelos.

E atrás da bola, sempre alguém correndo, pulando, nadando, chu-tando, lançando, arremessando, brincando, batendo, enfim jogando. Já era assim há muitos e muitos sécu-los e continua até hoje. A diferença é que as bolas ganharam sofisticação e os jogos, cada vez mais adeptos e organização.

Este ano, em julho, nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, atletas dos países americanos disputam me-dalhas em vários esportes com bola. Há algumas competições individuais como no boliche, squash, tênis e tê-nis de mesa. A bola, contudo, está presente em um maior número de es-portes coletivos: tênis, tênis de mesa e vôlei de praia, vôlei, basquete, bei-

sebol, softbal, hóquei sobre grama, pólo aquático, futebol e futsal.

Além dos benefícios inerentes a toda prática de uma atividade física, mesmo distante dos ideais de pódio e conquistas de títulos, os jogos em equipe ajudam no amadurecimento emocional, na socialização e ainda no fortalecimento da auto-estima. Sobre estes aspectos, a psicóloga de família do Módulo Norte da CASSI-DF, Larissa Picarelli de Arruda, faz algumas con-siderações. “A atividade física coleti-va, freqüentemente, tem efeito posi-tivo no crescimento e maturação da criança, além, é claro, da influência genética, ambiental e nutricional”, afirma.

Segundo Larissa, o hábito de pra-ticar esportes ajuda na construção do aspecto psicológico da criança. Espe-cialmente quanto aos esportes cole-tivos, a psicóloga diz que trabalham a interação da criança com compa-nheiros da mesma idade e contribuem para o desenvolvimento do espírito de cooperação. “Afinal, um time só consegue vencer quando todos co-laboram. A possibilidade de perder – realidade que faz parte do jogo – im-pele a criança a lidar com a frustração. É um aprendizado social. Por meio

Bola, saúde, DIVERSÃO E VIDA EM GRUPO OS BENEFÍCIOS E OS CUIDADOS COM A PRÁTICA DE ATIVIDADES ESPORTIVAS COLETIVAS COM BOLA

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jornal cassi10saúdE

pratique esportes com a turma e eVite lesõesUma contusão no tornozelo

acabou com o sonho de jogar fute-bol. Farley Santos de Souza sempre gostou do esporte e desde os 14 anos investiu na profissão de jo-gador de futebol. “Joguei por dois anos na escolinha do Sesi, passei pela categoria de base do Tiraden-tes, já joguei no juniores dos times do Bandeirantes e Ceilandense e, nesse último, me profissionalizei. Também joguei pelo Brazlândia e

San Lorenzo, time da segunda divi-são do Paraguai”, contou o ex-atleta, atualmente com 26 anos.

Além dos times citados do Distrito Federal e do Paraguai, Farley também jogou no Intercap Esporte Clube de To-cantins onde sofreu a lesão. “Durante um jogo, em 2004, eu levei uma pisa-da no tornozelo. Nunca fui ao médi-co. Passei dois meses tratando a lesão em casa. Disseram que eu precisaria

operar, mas também nunca operei. Acho que por isso não fiquei cura-do. Fui obrigado a parar de jogar”, contou. “Hoje jogo pelada com os amigos, mas sinto muita dor. Tenho que enfaixar o pé pra conseguir jo-gar um pouco. Um jogo ou outro eu até agüento, só não consigo mais treinar”, concluiu.

O ex-jogador também partici-pou do campeonato do Sesc em

do esporte é possível conhecer es-tratégias para enfrentar a vida.”

Pais X Filhos na Escolha Ena Prática do EsPortE

A psicóloga ressalta que saber enfrentar a frustração não é tarefa exclusiva da criança. Os pais devem respeitar a modalidade esportiva escolhida por ela e não impor aquele que eles gostariam de fazer. “A ati-

vidade tem de ser prazerosa. E isso está diretamente ligado à liberdade de escolha”.

Outro ponto fundamental em relação aos pais é o momento da derrota. São os adultos que devem procurar dar a real dimensão da per-da. Nem minimizar nem enfatizar demais os erros. “Jamais depreciar o filho por causa do resultado. Deter-minado esporte pode se tornar alta-

mente negativo se a criança decidir abandoná-lo ou escolher outro por receio de perder”, explica Larissa.

Quanto à competição, a psicóloga diz que faz bem para formação das crianças, porém, faz uma ressalva: “É recomendável que os esportes sejam praticados de forma compe-titiva por volta dos 11 anos, quando a criança já tem uma estrutura emo-cional mais forte.”

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jornal cassi 11 saúdE

Farley defendeu a CASSI no campeonato do Sesc em que a equipe da Caixa de Assis-tência foi campeã nos anos de 2004 e 2005.

que, ao lado de atletas colabora-dores da CASSI, foi campeão nos anos 2004 e 2005. Atualmente, Farley treina uma equipe do Vas-co da Gama com filial em Brasília. Aos alunos ele dá a lição. “Para evitar lesões é muito importante fortalecer a musculatura. Por isso, fazemos corrida, aeróbica, exercí-cios que exigem força e velocida-de. Nossos atletas também fazem academia. O aquecimento antes do treinamento e o alongamen-to após o exercício também são fundamentais para prevenir le-sões”, disse.

Segundo a fisioterapeuta cre-denciada da CASSI em Brasília, Re-nata Menezes Santos, alguns cui-dados devem ser tomados antes, durante e depois do exercício físico para evitar lesões que ocorrem, se-gundo ela, geralmente pela falta de preparo e orientação adequada ou por excessos e práticas inade-quadas. Por isso, a fisioterapeuta dá algumas dicas importantes para evitar complicações:

• O alongamento antes e de-pois de praticar o esporte é fundamental para evitar o es-tiramento ou rompimento do músculo.• É preciso manter uma postura adequada. • Evitar o excesso de exercício para que o músculo não entre em fadiga e provoque possíveis lesões. • Não ultrapassar os limites im-postos pelo corpo; • Fazer uma avaliação física com um profissional antes de come-çar a praticar esporte. • Usar vestimentas adequadas para o exercício.

as vantagEns E dEsvanta-gEns Em cada EsPortE

É preciso observar também as particularidades de cada esporte. O vôlei, apesar dos riscos, oferece várias vantagens, pois desenvolve coordena-ção motora, velocidade, flexibilidade, resistência aeróbica e força muscu-lar. Além disso, é o esporte que mais queima calorias: são 900 por hora de exercício ou 15 por minuto. No vôlei, por exemplo, os ombros, coluna, joe-lhos e tornozelos são as partes do cor-po mais atingidas na prática do exer-cício. Portanto, os saltos, quando em excesso, provocam o que se chama de joelho de saltador (jumper’s knee), le-são do tendão patelar devido ao uso exagerado da articulação.

O futebol, o preferido dos brasi-leiros, também tem suas vantagens e desvantagens. Entre os primeiros está o aumento da densidade óssea; melhora da resistência cardiovascular; elimina o estresse e a ansiedade e me-lhora a flexibilidade, a coordenação, a mobilidade articular, o reflexo, a agi-lidade e a concentração. Segundo o treinador de futebol e estudante de

Educação Física, Jailton Vieira Serre, antes de praticar o esporte é neces-sário fazer uma avaliação. “Em to-dos os nossos atletas nós fazemos inicialmente uma anamnese (entre-vista médica ou terapêutica realiza-da como ponto inicial para o diag-nóstico). Se, por exemplo, a pessoa é sedentária, o treinamento será mais leve nos primeiros três meses junto com a turma de iniciantes para, então, começar a intensificar o treino”, contou Jailton, que tam-bém jogou profissionalmente pelos times do Brasiliense e Gama.

O basquete e o handebol tam-bém melhoram a capacidade car-diovascular, a velocidade de rea-ção, a força de ombros, braços e pernas e a coordenação motora. O risco de lesões é semelhante ao de outros esportes de contato, impac-to e impulsão, incluindo o entorse de tornozelo e outras condições relacionadas a colisões com outros jogadores. Cada modalidade tem suas características próprias. Mas, todos oferecem a perda de calorias e melhoram a capacidade física.

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jornal cassi12saúdE

acne O PROBLEMA QUE OADOLESCENTE MAISSENTE NA PELE

Iago Evangelista, participante do CASSI Família, tem apenas 13 anos, mas desde os 12 sofre com a pele do rosto tomada por cravos e espinhas. Ele não disfarça a vergonha e tenta, em vão, cobrir com o cabelo, os pon-tos vermelhos na testa. Ele conta que insistiu com os pais para resolver o problema. Depois de ir ao dermatolo-gista, Iago vai começar o tratamento em busca da cura e, consequentemen-te, a melhora da sua auto-estima.

A adolescência, como qualquer fase do desenvolvimento humano, tem características próprias que sinalizam a passagem da infância para a vida adulta. Cravos e espinhas, por exem-plo, são sinais presentes em maior quantidade nessa fase. Mais de 80% dos adolescentes sofrem com o mal, têm a auto-estima afetada e sonham com uma pele sem manchas ou pon-tos avermelhados. O que muita gente não sabe é que eles não precisam con-viver com o problema, desde que se disponham a pagar o preço pelo trata-mento que, muitas vezes, é demorado e com efeitos colaterais.

A médica que está res-ponsável pelo tratamento do Iago, Elizabeth Peder-neiras, credenciada da CASSI em Brasília, conta que 90% de seus pacientes que se queixam de acne são adolescentes. “Eles devem procurar tratamento antes de aparecerem cicatrizes, o que fica mais difícil de resolver. A situ-ação não resolvida faz com que o adolescente se isole, com tendência à depressão, dificultando o convívio social”, comenta a dermatologista.

Em hipótese alguma, cravos e espinhas devem ser espremidos, pois podem inflamar e deixar marcas na pele.

o QuE É acnE

Acne é um termo genérico para uma série de problemas que atin-gem a pele, como espinhas (pústu-las), cravos (comedões), nódulos ou cistos. De origem genética e hor-monal, atinge indiscriminadamente homens e mulheres. Alguns estudos apontam sua incidência em 30% dos

A BOA NOTÍCIA É QUE HÁ SOLUÇÃO EFICAZ PARA ACABAR COM OS CRAVOS E ESPINHAS PRESENTES EM MAIS DE 80% DOS QUASE ADULTOS

adultos, embora predomine entre os jovens. Segundo a Sociedade Brasi-leira de Dermatologia, a maioria dos casos de acne se resolve espontane-amente na segunda década da vida. No entanto, algumas pessoas con-tinuam apresentando os sintomas durante a vida adulta, até cerca de 35 anos. Elas representam apenas 1% da população masculina e 5% da feminina.

A acne é uma doença multifato-rial, ou seja, são vários os fatores que podem se somar para que ela se mani-feste, como a incidência do hormônio testosterona - mesmo nas mulheres - as bactérias, o óleo da pele e a sen-

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jornal cassi 13 saúdE

sibilidade hormonal, que é um fator familiar. “Ela apenas surge quando a pessoa entra na fase de atividade hormonal, com a produção do sebo, o que varia de um adolescente para outro”, explica Elizabeth.

tratamEnto

Acne é um problema que afeta a humanidade desde tempos remo-tos. E muitas foram as formas de tratamentos que apareciam a cada época. Registros arqueológicos mos-tram que no túmulo do rei egípcio Tutmés existiam fórmulas e recei-tas para tratar das espinhas. Assim como ele, nossos avós usavam po-madas e ungüentos para diminuir a inflamação ou esconder os pontos vermelhos.

Os adolescentes contam, hoje, com um arsenal de soluções bem mais avançadas, como a utilização de ácidos retinóides ou a isotretinoína, substância semelhante à vitamina A, que apresenta cerca de 90% de eficá-cia no tratamento da acne. Somente

um médico poderá avaliar e indicar o tratamento mais adequado para cada caso, pois esses medicamentos ofe-recem riscos de diversos tipos de re-ações. Pacientes gestantes, por exem-plo, não podem usar a medicação que acarreta problemas no feto.

Para Elizabeth Pederneiras, a ali-mentação não interfere na prolifera-ção da acne. Quando o adolescente questiona sobre a possibilidade de comer chocolate durante o tratamen-to, ela libera o produto, o que deixa o paciente animado. “Muitos deles falam para a mãe: eu não disse que não tinha problema”, conta a médi-ca. Claro que o consumo exagerado deve ser evitado para não acarretar problemas para a saúde do paciente.

O certo é que o tratamento com medicamentos é bastante eficaz, desde que o paciente tenha disciplina na administração dos remédios. Para os casos mais graves, o Sistema Úni-co de Saúde (SUS) também cobre os custos com a medicação, à base de isotretinoína.

• Procurar ajuda médica ao apare-cer as primeiras lesões, seja qual for a idade. A medida evita o desenvol-vimento de cicatrizes.

• A limpeza de pele é fundamental para que não haja a proliferação de bactérias e para que os poros não sejam mais entupidos. Mas deve ser feita apenas por indicação médica e por profissionais habilitados.

• Em hipótese alguma, as espinhas devem ser espremidas ou cutuca-das, pois podem inflamar e deixar marcas na pele.

• Produtos caseiros ou desconheci-dos também devem ser evitados e não se deve dar crédito a produtos que prometem soluções milagrosas.

• A exposição excessiva ao sol é pre-judicial. Evite-a.

• Não há necessidade de dieta ali-mentar para o combate ao acne, pois não existe nenhuma compro-vação de alimentos que agravem o problema.

• Cuidado com o uso da maquia-gem é fundamental. Deve-se procu-rar os produtos menos cremosos e que informem na embalagem que são “não comedogênicos”, ou seja, não gordurosos.

• O tratamento deve ser seguido à risca, para que tenha sucesso. Uma relação de confiança entre o médi-co e o paciente é muito importante para o êxito.

“Eles devem procurar tratamento antes de aparecerem cicatrizes”, diz a médica Elizabeth Pederneiras

dicas

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jornal cassi14cassi Em Foco

AUTORIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS está sendo automatizada em todo país

A Automação do Faturamento e Re-

lacionamento com Prestadores e Bene-

ficiários já está funcionando em todas

as regiões do país. O novo sistema, que

visa estabelecer uma solução automa-

tizada e em tempo real para a autori-

zação de procedimentos, recebimento

de contas médicas e estreitamento de

relacionamento com prestadores e be-

neficiários, trará vários benefícios aos

participantes como a agilidade no aten-

dimento e maior transparência.

“Com a implantação do autorizador,

o participante, quando for realizar algum

procedimento, irá passar o cartão e precisa-

rá assinar a filipeta. Mas, durante o período

de transição será necessário assinar a guia

e a filipeta”, explica o gerente do projeto

Luiz Eduardo Ferreira. “Alguns participantes

estão com medo de ter que pagar duas

vezes, já que terão que assinar duas vezes.

Mas, informamos que não tem com o que

se preocupar, pois não há essa possibilida-

de”, esclarece.

Para o gerente, o novo sistema dará

mais transparência ao processo. “É uma

vantagem porque em vez de assinar a

guia em branco, como muitas vezes era

feito, agora o participante fica sabendo

na hora do procedimento o que está sen-

do autorizado”, disse Luiz Eduardo.

Para a participante Tânia Talhari,

a implantação da sistemáti-

ca de autorização

eletrônica foi uma boa idéia. “Acho que

é uma idéia interessante. Vai nos ajudar

muito. O único problema que estou ven-

do é o fato de ter ainda que assinar a guia.

Mas, quando estiver tudo completamente

automatizado ficará ótimo”, disse.

troca dE inFormação

O sistema de autorização e fatura-

mento eletrônico segue o padrão de

Troca de Informação em Saúde Suple-

mentar (TISS) da Agência Nacional de

Saúde Suplementar (ANS) para registro

e intercâmbio de dados entre operadoras

de planos privados de assistência à saúde

e prestadores de serviços de saúde.

O TISS proporciona a padronização

das informações, o que facilitam ações

de promoção e prevenção da saúde,

pois permite uma visão mais ampla e

NOVO SISTEMA AGILIzA ATENDIMENTO E OFERECE MAIOR TRANSPARêNCIA AO PARTICIPANTE

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jornal cassi 15 cassi Em Foco

favorece a identificação de demandas

da condição de saúde dos beneficiários.

Além disso, favorece a análise de custos

e o retorno de investimentos no setor.

Para fornecer o serviço de autorizador,

foi contratada a empresa Polimed. A em-

presa oferecerá dois serviços: autorização

e o faturamento eletrônicos. O primeiro

tem como objetivo verificar se um deter-

minado serviço solicitado ao prestador

está ou não coberto pelo plano de saúde

do beneficiário, antes do atendimento

ser realizado, reduzindo, assim, o risco

de glosas. Já o faturamento eletrônico

permite que o fechamento e a transmis-

são de contas médico-hospitalares sejam

feitos de forma eletrônica. As operações

serão realizadas por meio de equipamen-

tos e programas conforme o perfil e a ne-

cessidade de cada prestador.

distrito FEdEral É PionEiro

O Distrito Federal foi pioneiro na

implantação do autorizador e Relacio-

namento com Prestadores e Beneficiá-

rios. O primeiro prestador a inaugurar o

novo sistema foi o Hospital Oftalmoló-

gico de Brasília (HOB) com um projeto

piloto que durou 20 dias. Como todo

projeto piloto, a primeira experiência

apresentou algumas dificuldades.

O gerente Regional da CASSI DF,

Carlos Henrique da Conceição Santos,

- em encontro que reuniu gestores das

Unidades Regionais e Estaduais vincu-

ladas à Cepag-DF - entende ser normal

enfrentar alguns problemas exatamente

na fase piloto. “Mas, eles estão pratica-

mente todos resolvidos. Ao longo do

processo de implantação solucionare-

mos tudo”, disse o gerente.

a cassi garante atendimento de saúde fora do domicílio?

Sim, o Plano de Associados e o CASSI Família oferecem cobertura na-cional. Caso o participante necessite de atendimento e esteja fora de seu domicílio, poderá buscar atendimento em qualquer prestador credenciado.

como solicitar deslocamento para tratamento de saúde fora do domicílio?

Apenas o Plano de Associados prevê a autorização de deslocamen-to para tratamento de saúde fora do domicílio. O pedido será previa-mente analisado pela CASSI, que irá avaliar se a solicitação atende os critérios estabelecidos para essa finalidade. O BB também participa desse processo com a concessão de auxílio do PAS (Programa de Assis-tência Social). Para os participantes do CASSI Família estão previstas apenas remoções em UTI terrestre

ou aérea entre hospitais, median-te análise técnica e autorização da Central CASSI.

o que devemos fazer para obter senha de autorização dias antes da realização de determinados exames, procedimentos ambu-latoriais ou internações?

Para melhorar o atendimento aos participantes, a Central CASSI ofere-ce como alternativa para autorização de procedimentos passíveis de agen-damento o sistema de senha prévia. Os hospitais credenciados conhecem os mecanismos adotados pela CASSI para a obtenção de senhas de autori-zação. De posse do encaminhamento médico, os hospitais poderão solicitar previamente a liberação do procedi-mento. Caso o próprio participante deseje solicitar a senha prévia, pode-rá entrar em contato com a Central CASSI (0800 729 0080) e repassar todas as informações contidas no pedido médico.

tirando as dúvidasdo ParticiPantE

correspondência

As cartas de leitores devem ser endereçadas à Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, Jornal CASSI. Endereço: SBS Quadra 2, Bloco N, Edifício Sede II, 3º andar CEP 70073-900, Brasília - DF Fone/fax: (61) 3212.5038ou pelo Fale com a CASSI, disponível no site www.cassi.com.br

crise no sistema de saúde

Parabéns pela excelente matéria inserida no Boletim de outubro último, abor-dando com muita propriedade e realisticamente reprováveis atos e procedimen-tos inquestionavelmente danosos aos Planos de Saúde, e, sem dúvida, a seus participantes e associados, no nosso caso, à CASSI e a todos que a assistem.

José Antônio de Mendonça Filhoaposentado do Rio de Janeiro

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jornal cassi16cassi Em Foco

O resultado da última pesquisa de satisfação mostrou que, de maneira geral, participantes e prestadores de serviços estão satisfeitos com o rela-cionamento efetivado com a CASSI. A pesquisa, realizada entre os meses de setembro e dezembro de 2006, teve o objetivo de monitorar e avaliar a satis-fação deles quanto aos serviços reali-zados pela Caixa de Assistência.

Para o diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, “as pes-quisas de satisfação têm papel estraté-gico para a CASSI, por representar uma poderosa ferramenta para os gestores da empresa, nos mais diferentes pon-tos de contato. Vamos agora, em con-junto com os gestores regionais, ana-lisar os resultados e identificar onde podemos e devemos melhorar”.

PEsQuisa com ParticiPantEs

Ao todo, 9.412 participantes fo-ram entrevistados, entre aposentados, funcionários da ativa, dependentes, pensionistas e do CASSI Família. Veja o que mais se destacou na pesquisa:

- Os participantes disseram que Sa-tisfação (31,4%) e Segurança (29,1%), entre outros, eram o sentimento que a CASSI desperta neles.

- Em outra questão, 73,7% dos pesquisados consideraram a CASSI o melhor plano de saúde do País.

- Quanto à resolutividade dos pro-blemas, 51,8% acharam que a CASSI é resolutiva e sem burocracia.

- Na avaliação do tempo para resol-ver seu problema, 40% dos entrevista-dos disseram que a resposta é rápida, enquanto 47,5% responderam que o tempo está dentro do prazo esperado.

- Os participantes que se conside-raram satisfeitos ou muito satisfeitos com o atendimento nas Unidades, nos seguintes quesitos, entre outros: cor-dialidade do atendimento (93,3%); re-solutividade do atendimento (88,8%); atenção e presteza das atendentes (91,1%); conforto (91,4%); e higiene (96,2%) das instalações.

PEsQuisa com PrEstadorEs

O número de prestadores de servi-ços pesquisados foi de 4.120, entre ges-tores e proprietários de estabelecimentos conveniados (hospi-tais, clínicas, labora-tórios e consultórios médicos). O objetivo foi a va -

liar a sa-tisfação deles em seu rela-cionamento com as Unida-des Regionais, Estaduais e Núcleos do Interior. Veja os principais resultados:

- Entre aqueles que usaram a Cen-tral CASSI, 36,3% consideraram rápido o tempo de espera ao telefone, 34,2% acharam que foi adequado e 14,1% opinaram que o tempo foi demorado.

- Quanto à cordialidade do atendi-mento da Central, 73,3% mostraram-se satisfeitos, 9% muito satisfeitos e 9% insatisfeitos.

- 44,9% consideraram o valor que a CASSI paga para os procedimen-tos refletem a realidade do mercado, e 31,9% afirmaram que a tabela está parcialmente atualizada. Já 13,9% con-

sideraram esse valor inadequado.- Para 76,1% dos prestadores

entrevistados, a CASSI cumpre os prazos acordados para o pa-gamento de faturas.

- As regras foram percebidas como claras para 87,1% dos entre-vistados (um aumento de 7% em

relação a 2004), en-quanto 14,1% consi-deraram-nas confusas.

participantes e prestadoresESTÃO SATISFEITOS COM A CASSI