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Editorial Um coração alijado - astecpmpa.com.br · o coração da categoria. É por esta razão que nós da ASTEC buscamos assegurar condições dignas de trabalho e aposen-tadoria

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Um coração alijadoTalvez alguns digam que este é um texto

apaixonado, quando o mais apropriadopara o espaço talvez fosse um argumentotécnico. Por outro lado, vivemos um da-queles momentos em que nossos coraçõespulsam forte, não só pelas reflexõesprovocadas pela proximidade do dia 28de outubro, Dia do Funcionário Público,mas, em particular, porque se observa ofenômeno da terceirização do serviço pú-blico no Brasil . Avançando sobre as com-petências nucleares do Estado e afastan-do, muitas vezes, o servidor das funçõespara as quais foi admitido através de con-curso, ao mesmo tempo em que sefragilizam as condições de trabalho da-queles que passam a realizá-las. Os valo-res fundantes do Estado Democrático deDireito defendidos pela Constituição de1988 _ a eficiência administrativa, a im-pessoalidade, a organização funcional daadministração pública e os direitos fun-damentais dos trabalhadores terceirizados_ passam ao largo, como comprovam atra-vés de suas pesquisas, vários autores, en-tre eles, Helder Amorim, em obra lançadaneste ano e examinado na matéria princi-pal desta edição. O contexto fragmenta-do assim produzido, por exemplo, na Pre-feitura de Porto Alegre, as consequênciaspara os funcionários de carreira, os refle-xos na qualidade do serviço prestado àsociedade, a falta de um plano integradocom procedimentos unificados, elabora-do pelos técnicos dos diversos órgãos, co-

ordenado pela secretaria que possui áreaespecializada para o estudo e aplicaçãode normas e diretrizes gerais relativas apessoal no âmbito da Administração, é umdos focos trabalhados nesta edição.

Seguir motivado para trabalhar diantedessa realidade tem sido o desafio nossode cada dia. Realidade agravada , entreoutras questões, pelo fim da gestão com-partilhada e paritária do Previmpa, o quecoloca em risco o atual sistema previden-

ciário, pois possibilita que qualquer go-verno administre como lhe aprouver o di-nheiro que deve ser destinado às aposen-tadorias dos servidores da PMPA. E maisinaceitável se faz esse imbroglio, quandose sabe que perpetrado justamente como aval de quem participou e defendeuexaustivamente, em outro governo, a par-ticipação dos servidores nos cargos de di-retores, indicados por eleição indireta,na gestão do Previmpa. A regra não podemudar para resolver problemas pontuais,prejudicando o todo! Negociar; fle-xibilizar; dialogar; averiguar; responsa-

bilizar; punir, se der causa, são ineren-tes às atividades de gestão de pessoas.Mas, abalroar pilares é inaceitável! Osmunicipários são o coração do Previmpa,são a causa própria em função da qual oDepartamento existe. Alijar-nos da ges-tão, eliminando a eleição indireta peloConselho de Administração é desvirtuara própria natureza do órgão.

É por esta razão que se faz necessá-ria a participação de cada Técnico, decada Municipário, para manter pulsanteo coração da categoria. É por esta razãoque nós da ASTEC buscamos assegurarcondições dignas de trabalho e aposen-tadoria. É por isto que seguimos mobi-lizados e motivados, na construção di-ária desses processos e na esperança deque o nosso colega, municipário, asso-ciado fundador desta Entidade, que hojedirige o Previmpa, volte a defender oque sempre defendeu, independente departidos políticos e de governos. Poisestes passam e nós dependemos da boagestão da autarquia para sobreviver apósanos e anos de labuta e contribuições,fruto da nossa conquista e merecimen-to. Nesse sentido, os municipários se-guem no aguardo de um resultado posi-tivo do compromisso assumido pelo Se-cretário Clóvis Magalhães, na reunião doúltimo dia 6/10, com as entidades, emrelação ao acordo de envio de emendapelo Diretor Geral do Previmpa, à Câma-ra, revendo a questão.

Editorial

A ASTEC somos nós! Cada um de nós!Mobilizemo-nos pelos nossos direitos!

É por esta razão, que se faznecessária a participação de

cada Técnico, de cadaMunicipário, para manter

pulsante o coração dacategoria.

Diretoria Executiva – Presidente: Adm. Margareta Baumgarten – 1º Vice-Presidente: Eng. Sérgio Luiz Brum – 2ª Vice-Presidente: Enf. Lurdes Maria Toazza Tura –1º Tesoureiro: Cont. Ari Krasner – 2º Tesoureiro: Eng. Dante Cerqueira Michele – 1ª Secretária: Ter.Ocup. Mirtha da Rosa Zenker - 2º Secretário: Eng. Omar daSilveira Neto.Conselho Deliberativo – Núcleo dos Aposentados: João Pedro Chaves Nunes, Julio César P. da Rocha, Adalberto Pio de Almeida e Valdir Belbute; Núcleo SMS:Álvaro Kniestedt, Maristela Fiorini, Rosane Terezinha Baltazar, Miria de Moraes Patines, Eduardo Epsztein (titulares) e Eliana Aguiar Carvalho (suplente); Núcleo daSMOV: Altair Antonio Moura Junior e Luis Henrique Piccoli (titulares); Núcleo DEMHAB: Ney Fernando Biffignandi (titular) e Miguel A. O. Arzivenco (suplente); Núcleodo DEP: Carlos Adolfo Bernd (titular) e Marcelo Luís Diel (suplente); Núcleo DMLU/SMIC: Renato de Souza Marini (titular) e Agnelo Juchem (suplente); Núcleo DMAE:Paulo Marcos Amaral Alves (titular); Núcleo Previmpa (ativos): Herni Luiz Pinto Michel; Núcleo SMA: João Carlos Carpes da Silva; Núcleo SMAM: Isabel CristinaJunqueira (titular) e Irineu Pedro Foschiera (suplente); Núcleo da FASC: Darci Martins Gomes.Conselho Fiscal – Titulares: Jardel de Borba Cunha (Adm/SMF), Marisa Ney Santos de Pinho (Econ – DEMHAB/Apos) e Gilda Beltrão Costa (Econ. – DEMHAB/Apos); Suplentes: Francisco José Menezes Silva (Cont – DMLU /Apos) e Rosa Maria Gouvêa Del Corona (Enf/SMS).Tiragem: 2.500 exemplares – Distribuição gratuitaJornalista Responsável: Ruvana De Carli – DRT 5534 - Fotos: Arquivo Astec - Arte da capa: Engº Sérgio Brum - Diagramação:Marcelo Souza (Engenhocomarte) -Gráfica: VT PropagandaOs artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião deste Jornal.

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3 Outubro 2009

PÁG 4Terceirizações no Serviço Público - Ocenário complexo e algumas conse-quências no cotidiano dos municipários,dos trabalhadores terceirizados e dasociedade porto-alegrense

PÁG 11GIT - Percentual de 2009 será conce-dido a partir de novembro

PÁG 12Alterações no Previmpa - O projetodo Governo para acabar com a par-ticipação dos Municipários e o corpo-a-corpo dos Técnicos com os Verea-dores e com o Prefeito

PÁG 14 E 15Mobilizações e Novos Associados -O reforço dos colegas que ingressa-ram na Entidade, a homenagem peloDia do Fucionário Público, as mobili-zações e a emenda pelo reajuste anu-al em parcela única

PÁG 18Destaques Femininos - Técnicas e suasrealizações

PÁG 19Artigo Técnico - Engenheiro DanteMichele discute a carência de um PlanoDiretor de Pavimentação e Circulação

PÁG 2015 anos da ASTEC - Esta festa é sua!Faça já a sua reserva!

A ASTEC acaba de firmar convêniocom as Farmácias Capilé para comprade medicamentos e perfumaria, comopção de desconto em folha de pa-gamento e tele-entrega gratuita.

Para os medicamentos, exceto ospromocionais e perfumarias, será con-cedido o desconto de 4%.

O associado deverá identificar-secom a apresentação da carteira de iden-tidade e do cartão da Farmácia Capiléque será enviado posteriormente, sem

Farmácias Capilé:medicamentos na sua casa

custo de aquisição e de manutenção.Ao receber o cartão, o associado

deverá contatar a secretaria da ASTEC([email protected]) esolicitar o desbloqueio.

A tele-entrega gratuita é atravésdo fone 0800-722-2422, com aten-dimento de segunda a sábado, das8h às 21h, e aos domingos e feria-dos, das 9h às 16h.

Mais informações no site daASTEC: www.astecpmpa.com.br

Confira nesta edição

SHANÁ TOVÁ UMETUKÁ. UMANO BOM E DOCE.Parabenizamos nossos associados inte-grantes da comunidade judaica pelapassagem de ano.Que a simbologia representada pela maçãcom mel se transforme em realidade fa-zendo com que 5770 seja doce e bom.

Parabéns aos colegas Técnicosque trabalham para construir umaPorto Alegre sempre melhor.

12/07 – Dia do Engenheiro florestal13/07 – Dia do Engenehiro sanitaris-ta20/07 – Dia da Amizade11/08 – Dia do Advogado13/08 – Dia do Economista27/08 – Dia do Psicólogo31/08 – Dia do Nutricionista03/09 – Dia do Biólogo09/09 – Dia do Administrador e do

Veterinário22/09 – Dia do Contador03/10 – Dia do Dentista12/10 – Dia do Engenheiro Agrôno-mo13/10 – Dia do Fisioterapeuta e doTerapeuta Ocupacional15/10 – Dia do Professor18/10 – Dia do Médico20/10 – Dia do Arquivista28/10 – Dia do Funcionário Público09/12 – Dia do Fonoaudiólogo11/12 – Dia do Arquiteto e do En-genheiro

DATAS COMEMORATIVAS

CHARGE

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Outubro 2009 astec4

Terceirização no serviço públicoUma questão estratégica

O estudo A Transnacionalização daTerceirização na Contratação do Tra-balho, que aponta que a terceirizaçãotransnacional reduz direitos dos tra-balhadores, relaciona, por exemplo,a China a uma “oficina do mundo”,pela liderança na produção de manu-faturas; a Índia a um “escritório doplaneta”, por concentrar o empregoglobal nos serviços de distribuição, equalifica o Brasil como “a fazenda domundo”. “Em grande medida, os pos-tos de trabalho em avanço [no Bra-sil] encontram-se relacionados emmaior ou menor medida com as ativi-dades de bens primários e semi-ela-borados de pouco valor agregado”,conclui a pesquisa.

A pesquisa divulgada pelo IPEA –Instituto de Pesquisa Econômica Apli-cada –, em 2008, mostra que, no Bra-sil, uma em cada quatro vagas formaisdo mercado de trabalho nasce com a

terceirização. A estimativa é que 6,7milhões de novos postos de trabalhosejam criados no mundo por essa via.Contudo, na maioria dos casos, nãohá muito o que comemorar. É consen-so entre os especialistas que os as-pectos negativos também são muitose intensos. Em particular, a preca-rização das relações de trabalho.

Terceirização naAdministração Pública

No âmbito específico da Adminis-tração Pública, tecnicamente, aterceirização constitui uma alter-nativa de busca de parceria com o se-tores privado e social para a realiza-ção de suas atividades. Trata-se deuma das formas de diminuição doaparelho do Estado, que pode ser re-alizado via:a) desregulação (diminuição da in-tervenção do Estado no domínio eco-

nômico);b) desmonopolização de atividadespúblicas;c) privatização de serviços públicos;d) delegação de serviços públicos (viaconcessões, permissões e autorizações);e) contratações de terceiros, via contra-tos de obras e prestação de serviços.

Sendo uma contratação, por deter-minada organização, de serviços de

terceiro para o desempenho de ativi-dades-meio, pode assumir a forma dea) empreitada de obra e serviço; b)locação de serviços por meio de pes-soa jurídica interposta (para o forne-cimento de mão-de-obra); c) franquia.

No Brasil, esse modelo de relaçãotambém passou a ser mais largamenteutilizado a partir de 1994, com a im-plantação do Plano Real. Conforme oeconomista Márcio Pochmann, Presi-dente do IPEA, em A Superterceirizaçãodos Contratos de Trabalho, menciona-do por Helder Santos Amorim, no seuA Terceirização no Serviço Público, foi apartir daí, face ao ambiente de profun-da competição que se instalou no país,que a denominada terceirização-base,relativa às atividades-meio, aquelasexternas ao processo produtivo propri-amente dito, no contexto industrial(transporte, segurança, manutenção,limpeza e conservação, etc.), ampliou-se para as atividades-fim, nucleares aoprocesso produtivo (subcontratação demão-de-obra para tarefas de supervi-são, organização, venda, logística, ge-

“É importante que o Estadonão perca seu papel como

gestor estratégico.”

"Terceirização mascara relação de emprego, que seria daadministração pública", diz prof. Luis Klering

Implementado a partir da década de 1990, com o fim do mundo bipolar, marcado pela queda do muro de Berlim, ocapitalismo hegemônico trouxe na sua esteira alterações que determinam o cotidiano de todos nós, na atualidade, aoredor de todo o planeta. Entrar no posto de saúde da família na Zona Sul ou assistir ao caminhão que recolhe o lixo naZona Norte são imagens que podem não denunciar de imediato, mas marcam a presença da globalização. A observaçãoum pouco mais atenta mostra que esses já são serviços terceirizados na capital gaúcha, ainda que, no caso da saúde, issoocorra ao fragoroso arrepio da Constituição Federal. E essa terceirização é um fenômeno transnacional, no qual postosde trabalho de menor valor agregado têm se deslocado dos países mais desenvolvidos para os demais, enquanto osserviços de maior sofisticação se concentram nas nações de alta renda por habitante.

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5Outubro 2009astecrência, inspeção de qualidade, entre ou-tras). Esse estágio, Pochmann chamoude superterceirização.

Ao contrário da experiência dospaíses desenvolvidos, o estudo con-tém especificidades significativas, en-contrando-se, na maior parte das ve-zes, associada ao ambiente de semi-estagnação da economia nacional, debaixos investimentos, de diminutaincorporação de novas tecnologias,de abertura comercial e financeira ede desregulamentação da competiçãointercapitalista.

O professor Luis Roque Klering, daEscola de Administração da UFRGS,aponta também que a terceirizaçãonão pode servir para a contrataçãotemporária de pessoas, ocupan-do funções do quadro permanente.“Para isso – explica - o inciso IX doart. 37 da Constituição Federal exigeprocesso seletivo, ainda que simpli-ficado. A locação de serviços tem porobjeto determinada atividade quenão é atribuída ao Estado como ser-viço público e que ele exerce somen-te em caráter acessório ou comple-mentar da atividade-fim, que é o ser-viço público propriamente.”

Se, por um lado, a terceirizaçãooferece menos burocracia, maior fa-

cilidade para contratar e descontratar,maior flexibilidade e agilidade, entreoutras vantagens, as desvantagensindicam, no mínimo, necessidade decautela, porque- mascara a relação de emprego, queseria própria da administração pública;- pode favorecer o anti-ético apadri-nhamento político;- menor comprometimento dos con-tratados com os objetivos da insti-tuição contratante;- contratação de pessoas sem a qua-lificação necessária;

- os contratados não precisam e nãopodem praticar atos administrativosque impliquem decisões e produzamefeitos jurídicos;- os contratados não precisam e nãopodem obedecer à hierarquia internada instituição;- dificuldades da contratante para fis-calizar a atuação dos contratados,porque há conflito entre a necessi-dade de não constituir vínculoempregatício e a corresponsabilidadeno produto final do trabalho;- lacunas na realização dos contratos,podendo ocorrer imperfeições, erros,imprevisões, não observância de aspec-tos importantes, inclusive em relaçãoa prazos, qualidade dos serviços etc.;- a empresa contratada pode não es-tar pagando os compromissos sociais;- a empresa contratada pode não re-presentar adequadamente a institui-ção contratante (em termos de com-portamentos, regras sociais, regrasempresariais etc.);- menor envolvimento, comprometi-mento, responsabilidade e participa-ção dos contratados com os objeti-vos da organização contratante.

“Nem toda a atividade desenvol-vida pelo Estado é repassável ou mes-mo delegável a terceiros, pois sem-pre produz um enfraquecimento doEstado, e este deve organizar-se demaneira a obter a maior efetividadepossível,” alerta o professor. “A trans-ferência de competências a terceirospode aliviar o aparato do Estado, aodescentralizar a realização de ativi-dades Mas sempre é importante queo Estado não perca seu papel comogestor estratégico,” enfatiza Klering.

À recomendação do especialista,contrapõe-se a informação da Secretá-ria da Administração do Municípío dePorto Alegre. Procurada pela reporta-gem da Revista da ASTEC, Sônia Vaz Pin-to revela que não há centralização dedados sobre os processos de terceiriza-ção em andamento na Prefeitura:

“Os serviços terceirizados da Pre-feitura não passam pela SMA. Nós nãotomamos conhecimento. Contra-tações desse tipo são definidas egeridas pelas secretarias.”

E, nas autarquias, as terceirizaçõestambém não passam pelas áreas de re-cursos humanos.

A pergunta que surge nesse con-texto é como assegurar qualidade eeficiência no serviço prestado à soci-

edade portoalegrense, quando ine-xiste um plano integrado, com pro-cedimentos unificados, elaboradopelos técnicos dos diversos órgãos,coordenado pela secretaria que pos-sui área especializada para o estudoe aplicação de normas e diretrizesgerais relativas a pessoal, no âmbitoda Administração?

Além disso, quais as consequên-cias da fragmentação assim produzi-da para os funcionários de carreira naPMPA? A Presidente do SIMPA (Sin-dicato dos Municipários de Porto Ale-gre), Carmem Padilha, lembra que osconcursos públicos são pauta de as-sembléia geral e que "embora o Go-verno diga que não existe a terceiri-zação de serviços que deveriam serespecificamente públicos, o Sindica-to sabe que há grande concentraçãode atividades terceirizadas em áreascomo SMS, SMOV, SMAM, DMAE, DEPe o próprio DMLU, que é um caso ca-bal, onde os servidores de carreirareivindicam trabalho e ficam paradoso dia todo pelo pátio”. Ela ressalta,ainda, que “no DEP está sendo enca-minhado um grande número de de-núncias sobre terceirizados geren-ciando funcionários do quadro, o queé ilegal”. Outros casos levantados pelasindicalista se referem à Secretária daSaúde, “uma área estratégica que de-veria ser mantida essencialmentecomo serviço público”: o novo con-trato celebrado com a Fundação Ins-tituto de Cardiologia para manter ofuncionamento dos Postos de Saúdeda Família e a transferência da opera-ção dos CAPS (Centros de AtençãoPsicossocial) à iniciativa privada -hospitais Moinhos de Vento e Mãe deDeus.

Segundo Carmem Padilha, o argu-mento de que a terceirização enxugacustos é falacioso porque, além de ocusto financeiro ser mais elevado, há,ainda, o indiscutível custo social, ondeo contratante acaba sendo coniventecom a exploração da mão-de-obra malremunerada.

“Os serviços terceirizadosda Prefeitura não

passam pela SMA. Nós nãotomamos conhecimento.”

Sônia Vaz Pinto diz que SMA não centrali-za dados sobre terceirização na PMPA

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Outubro 2009 astec6

O termo terceirização define atransferência, para outra empresa es-pecializada, de tarefas não ligadas es-tritamente ao processo de produçãode bens para o qual a empresa con-tratante existe.

Assim, uma empresa que produzaço terceiriza a manutenção dos com-putadores e impressoras para outra,especializada nesses equipamentos,mas nunca irá terceirizar etapas deprodução de aço.

Com a terceirização da manuten-ção de computadores, não precisarámais manter quadros técnicos para essaatividade, investir na qualificação des-ses quadros, gastar espaço físico, es-tocar peças, etc., concentrando-se, as-sim, na sua missão que é produzir aço.

Os empregados na manutenção decomputadores serão demitidos e po-derão até ser absorvidos pela ter-ceirizada, com salários praticados noramo da manutenção de computado-res e não na produção de aço.

O problema, no âmbito privado ficaresolvido dessa forma.

A partir de bons resultados obtidoscom essa prática no âmbito privado,alguns passaram a apregoar o empre-go de medidas semelhantes no servi-ço público, atribuindo a elas a possibi-lidade de melhoria de resultados.

Entretanto, cabe analisar na áreapública, em primeiro lugar, a missão doserviço público que é ampla e muitasvezes não encontra similiar no âmbitoprivado. Por exemplo, a aplicação dalegislação urbanística que exige aaprovação de projetos, a vistoria dasedificações deles resultantes pode serfeita por aquele que não tem fé pú-blica? O recolhimento de lixo, comocondição de saúde, pode estar sujeitoa falência da empresa que faz o re-colhimento? Assim, a fiscalização de

trânsito, os serviços policiais, a apre-ensão de veículos, a guarda do patri-mônio de terceiros? O projeto de pré-dios públicos, que será objeto de lici-tação para sua construção? A fiscali-zação do cumprimento dos contratosde construção?

São infinitos os exemplos de tare-fas típicas do serviço público que têmde ser executadas por agentes públi-cos. Mais: os servidores públicos queexecutam essas tarefas poderão serabsorvidos pelo mercado? O agentede trânsito poderá ser absorvido pelaempresa privada que terceirizar a fis-calização do trânsito? Os salários e re-gulamentos a que estão subordinadosos servidores públicos encontram simi-laridade com os praticados pela inici-ativa privada?

Ainda neste momento o servidorpúblico tem estabilidade no emprego,portanto, a terceirização de suas ta-refas não irá reduzir custos com pes-soal, ele deixará de executá-las, masdeverá continuar sendo pago. Além doque, o fato de ser afastado de suastarefas poderá fazer com que adoe-ça, gerando mais custos para o entepagador.

Quanto à terceirizada, comotoda a empresa ela visa o lucro. En-tão, após arcar com todas as des-pesas decorrentes da aquisição/lo-cação/uso de equipamentos pelotempo de duração do contrato, pa-gamento de pessoal, rescisões con-tratuais ao término da contrataçãoe outros, ainda agregará a remu-neração do capital empregado. Isto,sem dúvida, irá encarecer a presta-ção do serviço público.

A execução de uma tarefa por anosa fio, na mesma organização, agregaconhecimentos à cultura da organiza-ção. Mas, contratos com prazos deter-minados mantém esses conhecimentoscom as contratadas, que podem até serextintas ao fim de grandes contratos.

Com a extinção da contratada, per-de-se a cultura da organização, alémdo que necessita-se um novo contrato,novos custos para a produção dos co-nhecimentos que se perderam, numavolta constante ao início do percurso.

Afirma-se que as tarefas executa-das por terceirizadas alcançam melho-res resultados porque os empregados"trabalham mais", a disciplina é maisrígida, os equipamentos e suprimentosestão disponíveis quando necessários,a produtividade é maior. Mas, o servi-dor público trabalha menos por quê?Não é o caso de examinar a qualida-de das chefias, os motivos do des-cumprimento impune da disciplina, ofuncionamento dos órgãos encarrega-dos de fornecer equipamentos e su-primentos?

A empresa privada somente irácontratar chefias com o conhecimen-to e a experiência necessárias paraobtenção de bons resultados, quepermitam ter lucro. A área pública viade regra contrata ou nomeia chefi-as por critérios políticos, muitas ve-zes atendendo a pedidos de empre-go daqueles que financiaram as cam-panhas. Na busca de eleitores entreos servidores públicos, os eleitosafrouxam a disciplina.

Outro aspecto, é que investe-sepouco na especialização dos servido-res, deixa-se de modernizar e manterequipamentos, cortam-se recursos dasatividades permanentes para investi-mento no cumprimento de promessasde campanha. Desestimula-se a pro-moção pelo mérito, esvazia-se o con-teúdo ocupacional do servidor, rele-gando-o ao ostracismo, mantem-se opagamento dos salários ao mesmo tem-po em que se alega falta de recursospara melhoria desses mesmos venci-mentos, mas paga-se tudo isto, mais olucro, à terceirizada.

É vantagem terceirizar serviços pú-blicos?

Eng. Sérgio Luiz Brum

Terceirizações no serviço público:vantagem ou desvantagem?

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7Outubro 2009astecEm entrevis-

ta concedida aIberê Tenório epublicada nosite RepórterBrasil, o Presi-dente da Associ-

ação Nacional de Magistrados (Ana-matra), José Nilton Pandelot, faz corocom a Presidente do Sindicato, dizen-do que "a terceirização não é o futu-ro e sim a desgraça das relações detrabalho, porque se estabelece na for-ma de precarização, se desvia da suafinalidade principal e não é para ga-rantir eficiência, é para reduzir o cus-to da mão-de-obra". Ele retoma tam-bém a questão da responsabilidadede quem utiliza e, portanto, fomentae dissemina a terceirização:

"Se ela é precarizadora, vai deter-minar uma redução da renda do traba-lhador, vai diminuir o fomento à eco-nomia, diminuir a circulação de bens,porque vai reduzir o dinheiro injetadono mercado. Há um equívoco muitogrande quando se pensa que a reduçãodo valor da mão-de-obra beneficia dealgum modo a economia. Quem com-pra, quem movimenta a economia, são

os trabalhadores. Eles têm que estarempregados e ganhar o suficiente paraos bens circularem no mercado."

E aponta uma perspectiva nadapositiva: a de que "pode não ser evi-tável, mas se continuar dessa forma,haverá um grande prejuízo à cidada-nia brasileira e à sociedade de um

modo geral".De fato, é difícil projetar exercí-

cio pleno da cidadania para alguémque vive uma realidade onde "ganhamum salário de fome e não podem ficardoentes, como é o caso da SecretariaMunicipal de Educação, onde a me-renda e a limpeza são totalmenteterceirizadas", descreve CarmemPadilha. Ela concorda com a Secretá-ria da Administração, quando estaafirma que sua pasta é "pela realiza-ção de concurso público para preen-cher as necessidades de renovação doquadro", necessidades estas que seavolumam tendo em vista a faixaetária média do funcionalismo, que éde adultos maduros, entre 40 e 45anos. Contudo, na prática, o Governonão conhece o número de trabalha-dores, externos ao quadro, que pres-tam serviço à PMPA, nem tampoucohá uma política definida para gerir oscontratos espalhados pelas secreta-rias e demais órgãos.

Para Margareta Baumgarten, Presi-dente da ASTEC, "além de diversos lo-cais estarem realizando terceirizações,estas ocorrem sem padrão na Prefeitu-ra, resultando em valores diferentes den-tre as secretarias/órgãos para ascontratações de serviços semelhantes.Assim, considerando-se o já exposto eo que se observa na prática, também aqualidade da prestação desses serviçosfica comprometida pela falta de contro-le e padronização e ainda produz, na opi-nião pública, o descrédito ao funciona-lismo, o que denota o descaso dos go-vernos com a forma desordenada comoa terceirização vem acontecendo ao lon-go de muitos anos, na Prefeitura de Por-to Alegre (PMPA). Para a melhoria des-se processo, é preciso construir o Plane-jamento Unificado, cuja diretriz deve sero caráter excepcional e/ou eventual paraos serviços não vinculados à atividadefim, com vistas à prestação de um servi-ço público com a qualidade esperada, be-neficiando aqueles que tornam impres-cindível a existência do poder público,ou seja, a sociedade como um todo. Esteplano deve partir dos gestores, com re-presentação dos órgãos envolvidos, for-mado por Técnicos de Carreira, fortale-cendo-os na sua condição de executo-res das demandas públicas. Se faz ne-cessária, também, a elaboração do Ma-nual para a Gestão e Fiscalização dos Con-tratos, devido à importância do acom-panhamento e de forma unificada, pois

Carmem Padilha, do SIMPA:"Argumento de que a terceirização

enxuga custos é falacioso"

“Há grande concentração deatividades terceirizadasna SMS, SMOV, SMAM,

DMAE, DEP e DMLU.

Margareta Baumgarten, da ASTEC: “É precisoconstruir o Planejamento Unificado, com

Técnicos de carreira. A terceriização deve tercaráter excepcional e/ou eventual para

serviços não vinculados à atividade fim.”

a Prefeitura tem responsabilidade soli-dária quando há demanda trabalhista".Margareta salienta também, que "há quese considerar a terceirização via coope-

rativas, uma vez que estas, até hoje, nãotêm justificada a sua finalidade precípua,pois estão consagradas, na sua maioria,como pano de fundo à exploração dostrabalhadores 'pseudocooperados'."

No conjunto, as entidades represen-

tativas dos servidores, seguem reivin-dicando a realização de concursos comoregra na contratação de serviços contí-nuos, sendo obrigatorio aqueles rela-cionados à atividade fim da secretariaou do órgão. Esta seria uma tentativade minimizar o impacto das condiçõesprecárias de trabalho sobre a qualida-de do serviço prestado à população.

“A qualidade da prestaçãodesses serviços fica

comprometida pela faltade controle e de

padronização e aindaproduz, na opinião

pública, o descrédito aofuncionalismo, o quedenota o descaso dosgovernos com a formadesordenada como a

terceirização vemacontecendo ao longo de

muitos anos, na Prefeiturade Porto Alegre”.

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Outubro 2009 astec8

O convênioentre a Prefeitu-ra e a FundaçãoUniversitária deCardiologia prevêeconomia mensalde R$ 100 mil emrelação ao anteri-

or, firmado com o Instituto Sollus.Esse foi o desdobramento mais recen-

te do processo de terceirização do atendi-mento da população de Porto Alegre atra-vés do PSF, “que nunca funcionou comodeveria”. A afirmação da Coordenadora doConselho Municipal da Saúde (CMS) ébaseada nas avaliações de algumas associ-ações de moradores da capital, já em 1996,quando a implantação iniciou em todo opaís. Maria Letícia Garcia explica que, nocomeço, essas entidades eram responsá-veis pela manutenção dos espaços dospostos e pela contratação dos profissio-nais, o que resultou na precarização dasrelações de trabalho que, ao longo do tem-po, só aumentou. Tanto que hoje, afirmaa assistente social, em Porto Alegre “osnúmeros do Ministério da Saúde mostramque o PSF conta com 91 equipes em 65

postos, totalizando 372 agentes comuni-tários, quando tem dotação orçamentá-ria para 3.576 agentes, em 596 equipes,o que representaria a cobertura de1.430.220 habitantes, o que correspondea cobertura total da população portoa-legrense.

Com o crescimento do Programa, aoperação no município passou para aFaurgs (Fundação de Apoio da Universi-dade Federal do Rio Gande do Sul) entre2000 e 2007. Mas, em 2005 o contratofoi contestado pelo Ministério Público doTrabalho que, com base na legislação vi-gente, cobrou da Prefeitura a realizaçãode concurso para preenchimento das va-

gas dos profissionais necessários à manu-tenção dos postos em funcionamento. Em2007 a PMPA deixa de pagar a taxa de ad-ministração à Faurgs e a Fundação passa aoficiar ao Prefeito, mas segue com ogerenciamento por algum tempo. Emagosto daquele ano o CMS faz uma reu-nião com a presença do Secretário da Saú-de, Eliseu Santos, onde discute a decisãode retomar o convênio até a realização doconcurso. Em 20 de agosto de 2007 a de-cisão do CMS é contemplada em Termo deAjustamento de Conduta do MinistérioPúblico Federal, Ministério Público Esta-dual, Ministério Público do Trabalho eDENASUS (Departamento Nacional de Au-ditoria do Sistema Único de Saúde) doMinistério da Saúde. Esse TAC firmou oprazo de um ano para a realização de con-curso, recomendando que não houvessenovas contratações nesse período.

Oscar Paniz, Vice-Coordenador do seg-mento de usuários do CMS, relata que aPMPA não cumpriu o TAC pois, “na mes-ma época, o Secretário da Saúde foi aSão Paulo, de onde voltou anunciando acontratação do Instituto Sollus, umaOSCIP (Organização da Sociedade Civilde Interesse Público), para assumir ofuncionamento dos PSFs, sem licitação”.Simultaneamente, o Governo enviou um

PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA E INSTITUTO SOLLUS

Terceirização emblemáticaEm uma audiência fechada no gabinete do Prefeito José Fogaça, foi assinado em dois de setembro último, o novo

contrato para administração do Programa Saúde da Família (PSF), em Porto Alegre.

projeto à Câmara de Vereadores para cri-ação de um Decreto que permitisse a ope-ração. Conforme Paniz, o documento era“cheio de vícios de origem”.

“Em defesa do cumprimento do Ter-mo e da garantia de prestação de um ser-viço seguro à população”, diz Maria LetíciaGarcia, o Conselho Municipal de Saúdeprocurou informações sobre o Instituto

Sollus. “Tudo o que conseguimos foi umnúmero de telefone que não atendia, emSão Paulo, e o nome desconhecido nomercado, sem qualquer tradição. Além doque os requisitos para dispensa de pro-cesso licitatório não foram cumpridos.”

Hoje, findo o contrato com o Insti-tuto Sollus, ainda há muito que ser es-clarecido sobre o funcionamento dessa

A terceirização doatendimento da populaçãode Porto Alegre através do

PSF “nunca funcionoucomo deveria”.

Oscar Paniz e Maria Letícia Garcia, do Conselho Municipal de Saúde, asseguram que adotação orçamentária é suficiente para garantir uma cobertura de atendimento quase dez

vezes maior do que a existente.

Instituto Sollus: “Tudo queconseguimos foi um

número de telefone quenão atendia, em São Paulo,e o nome desconhecido no

mercado, sem qualquertradição.”

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9Outubro 2009astec

Onde a PMPA terceirizaAlém dos números levantados pela ASTEC, a terceirização está presente em muitas outras estrutu-ras da PMPA. Porém, embora esses dados devam ser amplamente divulgados, como determina aConstituição Federal, exigindo respeito aos valores republicanos da impessoalidade, moralidade etransparência no trato da coisa pública (Amorim, 2009), acessá-los não é tarefa simples. Emparticular, porque a própria Administração desconhece esse todo.

Serviços de cozinha (merenda) e lim-peza, além do amplo uso de estagi-ários para suprir a falta de monitorese professores que, embora não con-figure terceirização, tem substituí-do os profissionais, em particular,nas escolas infantis.

Também no Departamento, há exe-cução de obras de urbanização e pre-diais, serviços técnicos de apoiooperacional na execução de proje-tos arquitetônicos e complementa-res, levantamentos topográficos eprojetos urbanísticos. Há tambémcontratos de locação de veículos,com e sem motorista, manutençãode elevador, de ar condicionado ede conservação de prédios, além detodo serviço de reprografia.

DEMHAB

Coleta, seleção orgânica, capina,varrição, locação de veículos, den-tre outros, sendo que a quase tota-lidade dos serviços é terceirizada.

SMED

DMLU

Vigilância, dentre outros.

SMIC

Limpeza, portaria , vigilância, telefonia,cozinha, serviços especializados e não-especializados, equipes de saúde da fa-mília, auxiliares de serviços gerais,copeiros, auxiliares de lavanderia, me-

cânicos de refrigeração e ajudante, tota-lizando mais de 1.500 postos de traba-lho, o que representa, só neste resulta-do parcial, mais de 30% do total de ser-vidores da Secretaria da Saúde.

SMS

Contratação de execução projeto deobras, execução de obras, fiscalizaçãoe apoio a obras; serviços de engenha-ria (repavimentação, ligações de águae esgoto, etc.); consultorias na área deprojetos e obras; portaria; limpeza; ca-pina; roçada; varrição; assessoria peri-cial contábil; vigilância armada; técni-co-vocal coro DMAE; locação de veícu-

los; manutenção de veículos e de equi-pamentos diversos (máquinas, bombas,elevadores, coletores de dados etc.);calibração de equipamentos; examesclínicos e radiológicos; clínicas paraatendimento psicológico/psiquiátrico etratamento de dependência química;consultorias PGQP e outros para aten-der ao Programa de Qualidade.

DMAE

Execução de obras viárias e prediais,serviços técnicos de apoio operacionalna execução de projetos arquite-tônicos e complementares, levanta-mentos topográficos e projetos viá-

rios. Há também contratos de locaçãode veículos, com e sem motorista,manutenção de computadores, de ele-vadores, de ar condicionado e de con-servação de prédios.

SMOV

Limpeza com fornecimento de mate-rial - exceto material de higiene (pa-pel higiênico, papel toalha e sabone-te líquido), com 6 postos de traba-lho, valor: R$ 7.365,93/mês.Serviço de vigilância desarmada - com

dois postos de trabalho, valor: R$5.287,26/mês.A gestão é realizada pela área admi-nistrativa do PREVIMPA e a autoriza-ção é do Diretor-Geral do Departamen-to.

PREVIMPA

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Outubro 2009 astec10OSCIP que, como tal, de acordo com aLei 9.790/99, que regula a matéria, te-ria de ser uma entidade sem fins lucra-tivos e primar pela transparência, dan-do publicidade total aos seus relatóriosfinanceiros. No entanto, pesam dúvi-das sobre a lisura das operações. OscarPaniz explica que há cerca de R$ 5 mi-lhões em notas fiscais sem os corres-pondentes relatórios de atividades. Emabril deste ano, a Coordenação de Fi-nanças da Secretaria da Saúde abriusindicância (DOPA 27/04/09), “um anodepois de o CMS ter começado a denun-ciar os indícios de irregularidades”,completa o Vice-Coordenador, relatan-do que as informações, àquela altura,já haviam sido encaminhadas tambémao Ministério Público de Contas, ao Mi-

nistério Público Estadual, ao Ministé-rio Público Federal, ao Tribunal de Con-tas da União e à Polícia Federal.

Conforme declarações do Secretárioda Saúde, durante a assinatura do con-trato com a Fundação de Cardiologia, atroca de instituição foi motivada por“problemas apresentados pela Sollus em

São Paulo”, referindo-se às denúnciasque envolvem emissão de notas fiscaisfalsas. “Mas aqui eles prestaram umgrande serviço”, destacou Eliseu Santos,

sem fazer referência ao fato de que acontratação de terceiros para execuçãoda atividade fim da Secretaria da Saúdeé ilegal, posto que fere o Art. 37 da Cons-tituição Federal.

A Presidente do Sindicato dos Enfer-meiros do Rio Grande do Sul discorda. NelciDias considera como nociva à saúde dapopulação a escolha de empresas porapadrinhamento e relação política e ilus-tra citando a Sollus e o DMLU. “Nesses ca-sos, as terceirizadas pagam baixos salári-os, têm qualificação duvidosa e, com con-tratos por tempo determinado, acabamabrindo e fechando a todo momento, oque resulta na inexistência do vínculonecessário para prestar um bom serviço àpopulação.” A sindicalista lembra, ainda,que os trabalhadores terceirizados dos PSFs

“ A terceirização não é o futuroe sim a desgraça das relações detrabalho, porque se estabelecena forma de precarização, se

desvia da sua finalidadeprincipal e não é para garantir

eficiência, é para reduzir o custoda mão-de-obra.”

"Terceirizadas têm qualificaçãoduvidosa", diz Nelci Dias, Presidente

do Sindicato dos Enfermeiros

Durante o agravamento da criseprovocada pela Influenza H1N1 evi-denciaram-se, mais uma vez, proble-mas que estão se cronificando na ges-tão do SUS de Porto Alegre.- Informações prioritárias para a mídiasem orientações prévia aos trabalha-dores;- Agravamento da sobrecarga de tra-balho a níveis insuportáveis na rede bá-sica de saúde, produzindo adoeci-mento dos trabalhadores de saúde;- Condições precárias de trabalho emtermos de infraestrutura física edescumprimento das normas regu-lamentadoras de saúde e segurançado trabalho;- Déficit na distribuição de EPIs (equi-pamentos de proteção individual) e

carencia de crachás de identificaçãofuncional;- Morosidade na implementação doprotocolo do Ministério da Saúdepara a Influenza H1N1 e tentativa deculpabilizar o Ministério pelapandemia;- Equívocos na tomada de decisõesquanto a contratação emergencial detrabalhadores sem esclarecimento pré-vio do prazo de contratação, locais,horários necessários, bem como deformas de inscrição, além da distribui-ção do medicamento Tamiflu pelas far-mácias distritais até às 17 horas, en-quanto algum postos tiveram seus ho-rários estendidos até às 22 horas;- Convocação para trabalho em horasextras, sendo pagas pelo gestor muni-

cipal como horas normais, em totaldesrespeito aos trabalhadores;- Descontinuidade administrativa nacoordenação da rede básica, na Se-cretaria Municipal de Saúde de Por-to Alegre;- Necessidade urgente de adequa-ção do quadro técnico para a SMSatravés de concurso público com pro-vimento efetivo e imediata implan-tação do Plano de Cargos Carreirase Salários, além de estratégias paraa reposição dos trabalhadoresmunicipalizados afastados por fale-cimento ou aposentadoria e previ-são de quadro técnico substituto deférias ou licenças, a exemplo do quejá existe hoje, na Secretaria Munici-pal de Educação de Porto Alegre.

ReferênciasAMORIM, Helder Santos. A terceirização no serviçopúblico: à luz da nova hermenêuticaconstitucional. São Paulo: LTr, 2009.LOURENÇO, Luana. Brasil é “a fazenda do mundo”,aponta estudo sobre terceirização no mercado detrabalho. Agência Brasil, 12 de Fevereiro de 2008.Disponível em: site <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/02/12/materia.2008-02-12.9507284863/view> Acessoem: 7/9/2009.MÁXIMO, Welton. Terceirização no serviço públicosó vale para funções de apoio. Agência Brasil, 20de Abril de 2008. Disponível em: site <http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/04/20/materia.2008-04-20.0717646967/materia_view>. Acesso em 7/9/2009.SEBRAE MINAS GERAIS. Fascículos da cultura dacooperação – OSCIP-Organização da Sociedade Civilde Interesse Público. Disponível em: site <http://www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao/oscip/01.htm> Acesso em: 7/9/2009.TENÓRIO, Iberê. A terceirização é a desgraça dasrelações de trabalho. Repórter Brasil. Disponívelem: site <http://www.reporterbrasil.com.br/exibe.php?id=711>, Acesso 24/06/2009.

PANDEMIA PELA INFLUENZA H1N1

não têm representação sindical e ficam àmercê de negociações instáveis. “Essa fra-gilidade, diz Nelci, é mais um dos pre-juízos da terceirização na saúde.”

Mais uma vez, a expectativa das enti-dades de servidores públicos e do Conse-lho Municipal de Saúde é a mesma: deque a PMPA cumpra o novo prazo de umano, enquanto durar o convênio com aFundação de Cardiologia, para organizaro concurso público para contratação deprofissionais. “É um direito da populaçãoe faz parte da luta pela qualificação doserviço”, defende Maria Letícia Garcia.“Esperamos que a prefeitura cumpra como seu dever”, comenta.

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11Outubro 2009astec

A INTEGRALIDADE DA GIT sobrevencimento básico do nível “A”, a par-tir de novembro, será de 90% paraquem tem RDE, 66,6% para quem temRTI e 40% para quem tem 30 horas,extensiva aos aposentados.

A intenção, inicialmente manifes-tada pelo Governo, era de encami-nhar o percentual em dezembro, por-que houve queda na arrecadaçãodevido à crise econômica mundial.Clóvis disse que o “Governo estariacumprindo a legislação, pois opercentual seria definido em 2009”.Argumentou-se sobre o prazo decor-

rido da última concessão, em junho/08, que os Técnicos aguardaram a de-finição do reajuste anual e que a ex-pectativa era de concessão imedia-ta. O Secretário justificou não serpossível conceder em setembro, poisnesse mês será pago uma parcela doreajuste dos municipários. Assim, fi-cou acordada a antecipação para no-vembro. Solicitou-se encaminhar,também, o mês para a integralizaçãoda GIT, em 2010, o que não foi acei-to porém, o Governo concordou emagendar reunião em janeiro de 2010,para que seja encaminhado o mês

para a tão acalentada integralidadeda GIT, atendendo reivindicação his-tórica da categoria.

A ASTEC foi representada pelosDiretores Executivos MargaretaBaumgarten, Sérgio Brum, LurdesTura e Omar da Silveira Neto, alémdo Conselheiro Adalberto Pio deAlmeida. Também participaram dareunião a Presidente da ACESPA,Dione Borges de Carvalho, os Asses-sores Jurídicos, Maurício Gomes daCunha e Fabiana Fetter, e o Asses-sor Técnico do Gabinete do Prefei-to, Rogério Rios.

Percentual de 2009 seráconcedido a partir de novembro

A notícia resulta de uma longa mobilização, que incluiu diversas correspondências e telefonemas, desde o inícioda atual gestão na Diretoria . A última reunião foi com os Secretários de Gestão e Acompanhamento Estratégico,

Clóvis Magalhães, e da Administração, Sônia Vaz Pinto, na terça-feira, 1º de setembro, mantendo o acordofirmado em 2008, liderado pela ASTEC.

INTEGRALIDADE DA GIT

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Outubro 2009 astec12

PREVIMPA

Vereadores acabam com eleiçãodos Diretores pelos Municipários

O texto também explica que “OsConselhos de Administração e Fiscalsão compostos, paritariamente, porrepresentantes do Poder Público e dosServidores Municipais, indicados pelogoverno e eleitos pelos servidores,respectivamente”.

Mas, embora ainda estivessem aces-síveis até o fechamento desta edição,os textos acima viraram exercício qua-se literário, documento histórico querevela uma realidade que já se trans-formou. É que, após dois adiamentos,de 18/8 último para 24/8 e, nova-

mente, para 26/8, a Câmara de Verea-dores aprovou o projeto do Governoque acaba com as eleições pelo Conse-lho de Administração para os cargosde Diretores Previdenciário e Adminis-trativo-Financeiro da autarquia queajudaram a construir, desde o períodoque antecedeu a instituição do órgãogestor do Regime Próprio de Previdên-cia (RPPS), em setembro de 2001, atra-vés da Lei Complementar 466. A con-solidação veio um ano depois, em se-tembro de 2002, com a Lei Comple-mentar 478.

EM 24/8, ASTEC NO CORPO-A-CORPO COM VEREADORES PELAGARANTIA DA INDICAÇÃO DOSDIRETORES PELO CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃONa segunda-feira, 24/8, a Direto-

ria Executiva promoveu um corpo-a-corpo com os Vereadores, pedindo aretirada da emenda 34 do PLCE 007/07. Esta emenda possibilita que o Di-retor Geral indique os dois Diretores(Financeiro e Previdenciário), atual-mente indicados pelo Conselho deAdministração (CA).

Quem navegar pelo endereço http://www2.portoalegre.rs.gov.br/previmpa/default.php?p_seçao=11 e secao=173, vai encontrar lá a concepção com que nasceu o Depar-

tamento Municipal de Previdência dos Servidores. Em um exercício simples de recuperaçãohistórica, encontram-se expressões como “possui autonomia administrativa, financeira e contábil”

e “Conquista importante dos servidores do Município de Porto Alegre”, entre outras.

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13Outubro 2009astec

A ASTEC distribuiu cartas explican-do a razão de ser VEEMENTEMENTECONTRÁRIA às emendas. As corres-pondências foram endereçadas a cadaum dos Vereadores, ao Líder do Go-verno na Câmara, Valter Nagelstein,que é autor desta emenda, e ao Dire-tor Geral do Previmpa, Luiz FernandoRigotti, a quem apelou para que, emnome de sua história pessoal e da ne-cessidade de manter a gestão pari-tária e compartilhada do Previmpa,reconsiderasse sua posição. Vocêpode conferir a íntegra dos documen-tos no site da Astec, em http://www.astecpmpa.com.br/noticia/noticia.asp?ID=555. Mas, embora oresultado da mobilização tenha sidoo adiamento da votação para o dia26/8, naquela quarta-feira, mesmocom as galerias do plenário ocupadas

por Municipários, Rigotti manteve asua nova posição e a Câmara de Vere-adores aprovou o PL 007/2007, der-rubando a eleição indireta pelo Con-selho de Administração, para os car-gos de Diretores Administrativo-Fi-nanceiro e Previdenciário. Os direto-res poderão ser exonerados por su-gestão do Conselho, desde que a de-missão seja aprovada por 3/4 do to-tal de membros (20, no total) do con-selho, ou, a qualquer tempo, a pedi-do do prefeito acompanhado de jus-tificativa.

Fica estabelecido ainda que osdois representantes dos servidoresdo Legislativo no Conselho passama ser eleitos em chapa formada ape-nas por funcionários da Câmara Mu-nicipal e não mais vinculados a cha-pas formadas por funcionários do

OS MUNICIPÁRIOS AGRADECEM AOS VEREADORES QUE VOTARAM NÃO ÀS EMENDAS QUE COMPRO-METEM A GESTÃO COMPARTILHADA E PARITÁRIA DO PREVIMPA: Adeli Sell, Aldacir José Oliboni,

Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, SofiaCavedon, E REPUDIA AOS DEMAIS PELO SEU DESCOMPROMISSO COM A CLASSE MUNICIPÁRIA!

Executivo; e que os recursos recolhi-dos pelo Previmpa no sistema de ca-pitalização (novo regime) não pode-rão ser utilizados para cobertura dedéficit do sistema de repartição sim-ples (antigo regime).

Mesmo com a aprovação da Emen-da 34, por 21 votos favoráveis, oitocontrários e duas abstenções, houveum acordo de líderes para que o Exe-cutivo envie, em 60 dias, projeto emregime de urgência, em que seráconstruído um novo acordo sobre aquestão das eleições dos diretores doPrevimpa. Em reunião, no último dia6/10, com o Simpa e as Associaçõesde Servidores, o Secretário Clóvis Ma-galhães, da SMGAE, se comprometeua examinar a questão do acordo rela-tado pelas entidades com o Presiden-te da Câmara e o DG do Previmpa.

Foto: Kiko Coelho/K@d

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Outubro 2009 astec14

AGO da Entidade, em 16/6, aprovouas contas de 2008 e as propostas a seremencaminhadas à Assembléia de Mu-nicipários , no dia seguinte.AGs de Municipários, em 27/5, 17/6 e08/7, que definiram muitas formas de mo-bilização na campanha salarial. O resulta-do final foi:1) Reajuste salarial s/abril de 2009, emtrês parcelas:a) 1 % a contar de maio de 2009b) 2 % a contar de setembro de 2009c) 2,53 % a contar de janeiro de 2010Se a Receita atingir os níveis previstos aPMPA paga as perdas em dezembro.2) Vale alimentação de R$ 9,00 para R$

MOBILIZAÇÕES

Participações em AssembleiasForam diversos eventos, ao

longo do ano. Confira as AGs

10,75 - Vale extra (70,00%) de R$ 15,30para R$ 18,27.

3) Progressão referente a 2002/2004,com pagamento em 36 parcelas, a con-tar de janeiro de 2010.4) Progressão de 2004/2006, com publi-cação em setembro de 2009 e projeçãode pagamento em 36 parcelas, a contarde julho de 2010.5) Abono - Pagamento parcelado para ossalários mais baixos do que o salário mí-nimo para equiparação, retroativo a fe-vereiro de 2009.6) HPS - Manutenção do acordo realiza-do na paralisação, sendo suspensa a reti-rada do adicional de insalubridade.7) SMED - Liberação das Licenças Prê-mio fora dos períodos de férias.

Organizados pelos Conselheiros Isa-bel Cristina Junqueira e Irineu PedroFoschiera, os Técnicos do Núcleo daSMAM estiveram reunidos em 21/8. Empauta, além dos assuntos gerais de in-teresse da categoria, a reforma da es-trutura organizacional da SMAM, tendosido encaminhado que o grupo de tra-balho já existente vai procurar o Secre-tário para pedir a oficialização do mes-mo, afim de dar continuidade ao estudoem andamento.

Núcleo SMAM

Os Diretores Administrativo-Finan-ceiro, Alex Fernando da Trindade, ePrevidenciário, Adelto Rohr, do PRE-VIMPA, fizeram visita à Entidade em08/09, acompanhados pelo Presiden-te do Conselho de Administração,Omar Condotta. Em pauta, as propos-tas do Governo para alterações naautarquia e a preocupação com o des-conhecimento geral sobre os regimesde aposentadoria.

Visita

Neste mês, comemoramos o Dia doFuncionário Público. E ficamos pensando:"O que temos a comemorar este ano?"

Comemoramos com os colegas quenão medem esforços para fazer a dife-rença, que se comprometem com o fazere da melhor forma, pois nos orgulhamosda nossa função!

Comemoramos a nossa união, repre-sentada pelas Associações e Sindicatoe construída pela iniciativa daqueles quetêm desprendimento suficiente para doarsuas horas de lazer em prol das deman-das do coletivo.

Comemoramos a nossa persistência;comprometimento e capacidade de adap-tação às mudanças, às condições de tra-

balho que muitas vezes ainda são precári-as e de não desistirmos de tentar melhorá-las; a nossa coragem de enfrentar diaria-mente os desafios que se apresentam, su-perando as dificuldades e com foco naotimização dos serviços prestados.

Apesar da promulgação de leis edecretos que a toda hora nos tiram di-reitos que nos atraíram para o serviçopúblico, do reajuste que não foi o espe-rado, dos desmandos que ocorrem porconta de chefias que não estão capaci-tadas para o desempenho de suas fun-ções, apesar dos métodos e processosainda insuficientes à prestação do servi-ço público com o padrão de qualidadedesejado. Sim, temos o que comemorar!

Comemoramos cada avanço, como aconquista da integralidade da GIT, a nos-sa qualificação profissional e o fato de,apesar das adversidades, nos mantermosincorruptíveis, o que é o nosso dever comocidadão com dignidade e obrigação comoservidor público.

Sabemos da responsabilidade queestá nas nossas mãos e, por isso, é pre-ciso continuar melhorando a cada dia,cumprindo a nossa missão maior queé SERVIR À POPULAÇÃO DE PORTOALEGRE.

Parabéns colega SERVIDOR PÚBLICO.Continue fazendo a diferença!

Diretoria da ASTECGestão 2009-2010

28 de Outubro - Dia do Funcionário Público

Integração CD e DE

A Diretoria Executiva e o ConselhoDeliberativo traçaram plano deintegração entre as duas instâncias.Desde meados de agosto, um repre-sentante da DE participa das reuniõesdo CD e vice-versa. O objetivo é for-talecer a Entidade através de açõesmais efetivas dos Conselheiros nosNúcleos, fazendo com que as delibe-rações cheguem mais rapidamente aosassociados.

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15Outubro 2009astec

• Adriana Maria Machado CabralEnfermeira - SMS

• Annete Conceição S. M. PiccoliEngenheira – DMAE

• Arlete Moraes OliveiraEnfermeira – SMS

• Carlos Penha Otero JuniorEngenheiro – SMGAE

• Carolina Veli PerlottCirurgião Dentista – SMS

• Cristina Ana Dalla NoraEnfermeira – SMS

• Fábio José ComerlatoArquiteto – SMOV

• Helena Pokorski FallavenaAdministradora – DMAE

• Iara Conceição MorandiQuímica – DMAE

• Isabel dos Santos OnófrioAdministradora – SMGAE

• Luciane Rampanelli FrancoMédica – SMS

• Luis Fernando L. SoutoEngenheiro – DMAE

• Magali SchaanFisioterapeuta – SMS

• Maria Augusta KniphoffEnfermeira – SMS

• Maria de Lourdes Duque-EstradaScarparoPsicóloga – FASC

• Marta Souza FrantzEnfermeira – SMS

• Márcio VerdanaAdministrador – SMA

• Patrícia da Silva TschopkeArquiteta – SPM

• Rodrigo de Marsillac LinnArquiteto – SPM

• Rosa Maria Rimolo VilarinoPsicóloga – SMS

• Rosaura Soares PaczekEnfermeira – SMS

• Sandra Mara Barbosa de SouzaNutricionista – FASC

• Sara Jane Escouto dos SantosAssistente Social – SMS

• Suzana MartinewskiFarmacêutica – SMS

• Virgínia Selbach BorgesEnfermeira - SMS

Saudamosos novosassociados

Confira o texto do documento:“Fica assegurada a revisão geral anual daremuneração dos servidores públicosmunicipais e do subsídio de que trata o §4º do art. 39 da Constituição Federal. Oíndice de revisão deverá ser calculado demodo a repor integralmente e em únicaparcela a inflação dos doze meses anteri-ores, acrescido ganho de produtividademovido pelo acréscimo do “PIB percapta”estadual do ano anterior e da reposiçãode perdas salariais passadas.A economia brasileira e gaúcha têm cres-

Reajuste anual emparcela única

A ASTEC assinou, junto com SIMPA e ATEMPA, emenda popular ao Projeto deLei sobre as Diretrizes Orçamentárias de 2010 da PMPA, estabelecendo o

reajuste anual dos servidores em parcela única.

cido em ritmo acelerado, registrando ele-vadas taxas de crescimento nos últimosanos. As finanças da PMPA tiveram de-sempenho positivo no triênio 2006/2008,com o anúncio de sucessivos superavitsorçamentários e elevadas taxas de cres-cimento real da receita. Nada mais jus-to, quando isso acontece, respeitando oslimites da Lei de Responsabilidade Fis-cal - LRF, que o Servidor Municipal te-nha assegurado seu poder de compra eque também participe de ganhos de pro-dutividade, conquista da sociedade.”

Em 02/07, mobilização no Paço Municipal,divulga tabela de perdas entre maio de 2009e abril 2010, de acordo com a propostaapresentada pela PMPA, para cada mil reaisrecebidos a partir de abril de 2009: R$ 307,70.

No dia 09/06, Técnicos participam doArraial dos Municipários, lotando o PaçoMunicipal, mesmo debaixo de chuva.

Em 29/6, Mobilizações no HPS e, em 30/6, em frente a FASC defendem garantiada insalubridade.

Em 21/5, Dia de Luta, no Paço Municipal,em defesa do reajuste salarial em parcelaúnica e demais itens da Pauta de Reivin-dicações, entre eles, a integralidade da GIT.Em 01/07, Mobilização no DMAE .

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Outubro 2009 astec16

Confira aqui as dicas dos livros queos associados estão recomendando

FINANÇAS DA FAMÍLIA – OCAMINHO PARA A INDEPEN-DÊNCIA FINANCEIRA, deMasakazu Hoji – Profitbooks,2007, traz preciosas dicas so-bre como organizar a econo-mia familiar, criando uma cul-tura de saúde financeira alicer-çada nos laços afetivos e focadana alegria das boas conquistasda vida. Com linguagem aces-sível, capacita a família para agestão financeira do cotidianoe acumulação de patrimônio.

ATITUDES VENCEDORAS, dopalestrante Carlos Hilsdorf, fru-to de mais de dez anos de pes-quisas sobre comportamentohumano, aborda de forma cla-ra os mecanismos que atuamsobre a vontade e a percepção,mostrando como é possível ven-cer os entraves e descobrir ocaminho rumo à maturidadedas atitudes.

TERCEIRIZAÇÃO NO SERVIÇOPÚBLICO – UMA ANÁLISE ÀLUZ DA NOVA HERMENÊU-TICA CONSTITUCIONAL, deHelder Santos Amorim, lança-do em maio último, traça oslimites constitucionais daterceirização no serviço públi-co brasileiro e busca respos-tas comprometidas com a uni-dade e a efetividade da Cons-tituição da República de 1988.

Depois de ter feito muito su-cesso no cinema, a produçãonacional Mulher Invisível che-ga ao DVD trazendo SeltonMello e Luana Piovani comoprotagonistas e contando comValdimir Brichta, Maria Mano-ella e Fernanda Torres, entreoutros nomes conhecidos.Com direção de Cláudio Tor-res, conta a história de Pedro,que entra em crise em crise aoser abandonado pela esposa eacaba conhecendo uma novavizinha com quem passa a vi-ver um tórrido romance. Tudovai muito bem, até o dia emque o melhor amigo descobre

Os funcionários da PMPA têm direito a 50% dedesconto, direto na bilheteria dos teatros

Renascença, Álvaro Moreira e Túlio Piva, paraqualquer espetáculo em cartaz. Basta apresentar a

carteira de identificação funcional, crachá, oucontracheque, acompanhado de documento com

foto. A programação em cartaz nos teatrosmunicipais pode ser conferida em http://

www2.portoalegre.rs.gov.br/smc/

Sessão Pipoca

Para quem preferir uma op-ção de mais densidade, O Me-nino do Pijama Listrado,drama de 93 minutos, mostraa história de Bruno, filho pro-tegido de um oficial nazistacuja promoção leva toda fa-mília de Berlim para uma áreadesolada onde o menino soli-tário não tem o que fazer enem com quem brincar. Mui-to entediado e movido pelacuriosidade, ignora as insis-tentes recomendações da mãee segue para a fazenda que eleviu a certa distância. Lá, en-contra Shmuel, um meninoda sua idade que vive umaexistência paralela e diferen-te do outro lado da cerca dearame farpado. O encontro deBruno com o menino do pi-

jama listrado o leva da ino-cência a uma profunda refle-xão sobre o mundo adulto aoseu redor, conforme seus en-contros com Shmuel se trans-formam em uma amizade comconseqüências devastadoras.

Teatro com 50% de descontopara servidores da PMPA

que a mulher não existe. Umaboa pedida para descontrair.

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17Outubro 2009astec

CONSTRUÇÃO CIVILO Eng. Dante Michele da Direto-ria Executiva, será palestrante no

ESTIVEMOS LÁSMAEm 17/7, após um longo período de

solicitações, a ASTEC dá início a uma sériede encontros com o Governo. Em pauta,além da retomada da integralidade daGIT, estabelecida nos Decretos assinadosna sede da Entidade pelo PrefeitoFogaça, em maio de 2008, a negociaçãopara que a Prefeitura possibilite a con-cessão em pecúnia (auxílio transporte)para ajuda de custo aos deslocamentosde casa para o trabalho e vice-versa, de

acordo com processo 001.038333.08.2,aberto através da Correspondência 08/2008, protocolada em 11/7 do ano pas-sado. Já a respeito do estabelecimentode políticas de saúde para os servidores,a Secretária Sônia Vaz Pinto informou quefoi encaminhado aditamento do contratocom a empresa que faz o estudo atuarial,devendo, assim que for resolvida essaquestão, ser encaminhada uma pesquisajunto aos servidores. Em relação às nome-ações para as demandas existentes na

DMAE28/7, foi o dia do encontro com o Di-

retor Geral, Eng. Flávio Presser e com oDiretor de Recursos Humanos, Psic. LucianoHoffling Dutra, para sugerir melhorias nosistema de ponto eletrônico, permitindocompensações de eventuais atrasos. Tam-bém estiveram em pauta o redesenho daestrutura da autarquia e a pendência doperíodo de 36 meses no pagamento da

PREVIMPAEm visita no dia 29/7, o Diretor Ge-

ral, Luiz Fernando Rigotti propôs que oDepartamento seja modelo para aplicara aferição do plano mensal de metas,com vistas à integralidade da GIT. A Pre-sidente da ASTEC salienta que, em 2008,"houve atualização no instrumento de me-dição da produtividade e a implanta-ção é função dos gestores, sendo do nos-so conhecimento que alguns órgãos es-tão mensurando mas, também, é neces-sária aos Cargos de Confiança. Que asdificuldades não podem atrasar o pro-cesso de integralização da GIT, já queesse assunto pode ser encaminhado a

SMGAEReunião com Assessores Jurídicos da

SMGAE (Secretaria Municipal de Gestãoe Acompanhamento Estratégico), em 31/7, para encaminhar a definição dopercentual à integralidade da GIT em2009. Durante o encontro ficou combina-do que a ASTEC formalizaria a solicita-ção. Participaram do encontro, represen-tando o Governo, os Ass. Jurídicos Mau-rício Gomes da Cunha, Carolina FratinKreling Valério e Fabiana Fetter.

Em 01/09, acontece a reunião que de-fine o percentual a ser concedido a partirde novembro (confira na página 13).

PMPA, a Secretária Substituta, Rita Eloy,informou que estão sendo priorizadas asáreas de saúde, educação e programasestratégicos / secretarias novas.

Progressão Funcional de 2002-2004 e jápaga pelo PREVIMPA.

Evento Gestão de Res íduos daConstrução Civil, promovido pelaFundação Escola Superior do Minis-

tério Público, em 23 de outubro,no auditório do Palácio do Minis-tério Público.

Foto: João Guedes/PMPA

qualquer momento, pois são independen-tes". Durante o encontro, o DG destacou,ainda, como fundamental a participaçãodo PREVIMPA nas negociações salariaise na discussão para fixar o índice de2009 da GIT, tendo em vista que "re-percutem nas aposentadorias". CRA/RS

Destacando a presença dos Presi-dentes dos Conselhos Deliberativo, Arq.Altair de Moura Júnior, e Fiscal, Econ.Marisa Pinho, participou, juntamentecom a ACESPA, da solenidade da 22ªedição do Prêmio Mérito em Adminis-tração do CRA-RS, 19/9. Foram agra-ciados, respectivamente, nos setorespúblico, privado e de ensino, os Admi-nistradores Artur Lorentz, o empresárioLanes Tadeu Migliavaca e a Professo-ra Drª Lurdes Seide Froemming.

PLANO DE CARREIRAA Diretoria Executiva assistiu à expo-

sição sobre a proposta de um novo pla-no de carreira para o DMAE, em evento(19/8) que contou com a participação doPresidente do Conselho Regional de Ad-ministração-RS, Rui Baratz, e dos repre-sentantes do Sindicato dos Engenheiros,Presidente José Luiz Azambuja e DiretorAdministrativo Jorge Luiz Gomes. O as-

sunto segue sendo discutido entre Técni-cos do Departamento.

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Outubro 2009 astec18

Mirtha Zenker

Técnicas indicadasDuas associadas da ASTEC estão en-

tre as indicadas ao Prêmio DestaqueProfissional, promovido pelo ConselhoRegional de Fisioterapia e TerapiaOcupacional do Rio Grande do Sul: asTerapeutas Ocupacionais MirthaZenker, pelo segundo ano consecuti-vo, e Carmen Vera Passos Ferreira, res-ponsável técnica da Secretaria Muni-cipal da Saúde junto ao Crefito.

Mirtha Zenker considera "gratifican-te receber uma indicação como esta, portratar-se de um destaque profissionalqualificado na área. E torna-se aindamais especial, por ocorrer pelo segun-do ano consecutivo”, assinalou a tam-bém Diretora Executiva da ASTEC.

Com espírito empreendedor, foiuma das pioneiras na Equoterapia noBrasil, participando da elaboração doestatuto e diretrizes desta técnica.Também respondeu pela abertura desetores de Terapia Ocupacional emdiversas instituições, como a APAE deGuaíba, Saerme, Unidade Básica deSaúde e Equipe de Saúde Mental dePorto Alegre. Nesta equipe, iniciou otrabalho de consultoria e acompanha-mento de saúde mental na rede mu-nicipal de saúde (UBS e PSF). Atual-mente preside a primeira comissão desaúde e segurança do trabalho da

PRÊMIO DESTAQUE CONSELHO REGIONAL: DE TERAPIA OCUPACIONAL E FISIOTERAPIA

Secretaria de Saúde, é Diretora daASTEC, trabalha em diversos setoresdo Hospital Materno Infantil Presi-dente Vargas, onde coordena o Pro-grama Sócio-Educativo.

Carmen Vera Passos Ferreira rece-be a indicação do prêmio "como umgesto de carinho e reconhecimento datrajetória profissional, pelos colegasde profissão". Sempre atuando naárea da saúde mental, ingressou naPMPA em 1995.

Primeiramente, integrou a equipeda Pensão Protegida Nova Vida, servi-ço residencial terapêutico, ocupandoo cargo de coordenação durante 2anos. Desde 1999, trabalha na Gera-ção/POA - Oficina Saúde e Trabalho,serviço que integra as políticas de saú-de mental e saúde do trabalhador domunicípio, objetivando a inclusão so-cial por meio do trabalho, onde reali-za oficinas, grupos e trabalho na co-munidade, que coordena desde 2002.

A Adm. Adriana Paltian recebeuduas indicações ao Prêmio Mérito emAdministração – 2009 – CategoriaSetor Público, promovido pelo Conse-lho Regional de Administração: daASTEC e da ACESPA. Tendo atuado emdiversos órgãos públicos do Municí-pio de Porto Alegre, esteve cedida aoMinistério da Previdência por cerca de3 anos, sempre se destacando peloalto grau de comprometimento, visãoestratégica, auto-motivação e dina-mismo, além da habilidade em ges-tão de pessoas e facilidade de relaci-onamento interpessoal.

Recentemente, em parceria com aAdm. Nara Debortoli, Adriana parti-

cipou da elaboração do “Implantaçãoda Perícia Médico-Previdenciária noPREVIMPA”. O importante projeto téc-nico para o Departamento de Previ-dência dos Servidores Públicos doMunicípio de Porto Alegre visa o equi-líbrio da instituição.

Sobre a dupla indicação, Adrianadeclara:

“Senti-me muito grata e feliz,considerei uma demonstração decarinho e reconhecimento dos co-legas pelo trabalho que tenho pres-tado como Administradora do Mu-nicípio, atividade gratificante quetanto influenciou em minha forma-ção profissional.”

PRÊMIO MÉRITO EM ADMINISTRAÇÃO: CATEGORIA SETOR PÚBLICO

Carmen Vera Passos

CONSELHOS PROFISSIONAIS

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19Outubro 2009astec

A cidade de Porto Alegre carece de umplano diretor de pavimentação e circula-ção onde, a exemplo do PDDUA, sejamespecificadas variáveis de acordo com asatividades que caracterizam cada região.O estudo deverá considerar as soluções vi-árias mais adequadas de acordo com o trá-fego, as demandas para o sistema inte-grado de transportes e a conservação dopavimento urbano, a médio e longo pra-zos. Assim, se forem estabelecidas nor-mas de funcionamento viário, ficará maisfácil imaginar a forma de integração en-tre esses diversos setores, estabelecendo-se uma maneira racional e organizada davida em sociedade.

Outro aspecto se relaciona à localiza-ção do centro de Porto Alegre em umaponta, à margem do Rio Guaíba, o quetorna o lugar cada vez mais problemáti-co, devido à concentração de atividades,principalmente administrativas, de servi-ços e comerciais. Melhor seria se, em vezde se continuar a liberando alvarás, essaárea passasse a comportar somente as se-des governamentais, parlamentos e justi-ça, bem como atividades culturais, noCentro Histórico. Concomitante a isso,deveriam se estabelecer metas para que asatividades comerciais, bancárias e de ser-viços começassem a se dissipar pela áreaurbana de forma geral e uniforme. As-sim, seria possível resgatar o aspecto his-tórico da cidade, preservando-se suas ca-racterísticas prediais e acessórios urbanos- entre eles, a pavimentação -, aspectosestes já muito comprometidos pelas de-molições dos prédios e dos capeamentosasfálticos.

A morosidade na implantação de so-luções preconizadas há mais de cem anosleva-nos a pensar se este ainda é o me-lhor caminho para a solução dos proble-mas urbanos atuais. Os meios de trans-porte evoluíram (mas, surpreendente-mente, ainda restam carroças em plenocentro), o aporte de produtos por via flu-vial diminuiu muito, dando lugar quaseexclusivo ao tráfego rodoviário. Diantedessa realidade, fica claro que se há derever urgentemente os conceitos de trans-

porte urbano em de Porto Alegre. Levan-do-se em conta os aspectos de tráfego(leve, médio, pesado, super pesado, extrapesado) e as atividades desenvolvidas(residencial, comercial, industrial, servi-ços, esportiva, cultural e religiosa), ob-serva-se que:1 - Para cada conjunto de atividade, sepressupõe um tipo de circulação viária;2 - A mistura de atividades impõe ao pro-jeto viário que o mesmo seja dimen-sionado com base na que apresenta mai-or solicitação em capacidade de suporte;3 - A solução viária para integração de ati-vidades exige diversidade, com o meio de

transporte adequado para cada situação.Como reflexão, tomemos como cená-

rio os pontos extremos da cadeia de ativi-dades: o residencial e o industrial. Em sín-tese, o que é produzido na indústria vema beneficiar o homem em seu habitat ori-ginal – a residência. Tudo converge paraeste lugar, que é o ponto fundamental dahistória humana - a caverna. As outrasatividades são satélites no atendimentodesta relação. O Brasil dos anos 70sedimentou sua solução viária sobre asrodovias, onde todo o transporte se mo-via sobre pneus, descartando outros ti-pos, como a ferrovia, cujas linhas eramsucateadas, e esquecendo da malha flu-vial abrangente em todo o território na-cional. Como consequência, tornamo-nosreféns do transporte rodoviário e de to-dos os insumos decorrentes deste, impon-do-se à população o ônus econômico efinanceiro pela inexistência de outras so-luções. Paralelo a isto, a carga poluidoraque daí advém, é imensa. Hoje, fala-se nobiodiesel como forma de minimizar a po-

luição. Todavia, mantém-se o sistema ro-doviário como única solução para o des-locamento de cargas e pessoas, esquecen-do-se de outro aspecto consideravelmen-te importante, que é a circulação viáriade mercadorias, principalmente dentro doperímetro urbano. Com exceção da indús-tria e do comércio, o tráfego urbano exi-ge, em função da poluição e do estressede deslocamento, uma solução mas-sificada, que apresente facilidade de uti-lização econômica segura, entre outrosaspectos exigidos na vida do cidadão. Ometrô de superfície, o metrô subterrâneo,o aeromóvel e até as ciclovias são os di-versos modos a serem considerados parase diminuir o número cada vez maior deônibus, automóveis e lotações que pre-dominantemente utilizam nossos espaçosurbanos.

Ora, o uso destes meios de transportemovidos a energia limpa somente serápossível se se arbitrarem áreas de utiliza-ção dos mesmos em função das caracte-rísticas funcionais de cada região, adap-tando-as às características do deslocamen-to a ser efetuado. Porto Alegre possui,desde a década de 70, o chamado PortoSeco, que se destina a receber e armaze-nar cargas de diversos tipos e destinos queaportam na nossa cidade. Estrategicamen-te colocado próximo às estradas estaduaise federais, funcionando como entrepostode distribuição para os ramos do comér-cio e indústria, tentou preservar assim osistema viário do acesso de veículos pesa-dos à área urbana. A distribuição de pro-dutos aportados no terminal seria exe-cutado com veículos de porte leve (utili-tários) ou médio (caminhões), para o co-mércio e indústria situados no perímetrourbano. São inúmeros os pontos a seremoportunamente abordados em termos decirculação viária, modos de transporteurbano, características da cidade, revisãono sistema semafórico (completamentesem sintonia), ruas de mão única, estaci-onamentos indevidos em ruas de poucalargura. Por agora, fica aqui, nesta pe-quena reflexão, nossa contribuição paramelhoria da nossa qualidade de vida.

* Engenheiro Civil Apos. SMOV

ARTIGO TÉCNICO

Proposta para melhoriasurbanas em Porto Alegre

Assim, seria possível resgatar oaspecto histórico da cidade,

preservando-se suascaracterísticas prediais e

acessórios urbanos - entre eles,a pavimentação -, aspectos

estes já muito comprometidospelas demolições dos prédios e

dos capeamentos asfálticos.

Dante Michele*

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