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EDMA Factos e Números sobre a Tuberculose EDMA Associação Europeia de Fabricantes de Meios de Diagnóstico Meios de Diagnóstico in Vitro Fazer verdadeiramente a diferença na saúde e na qualidade de vida Julho de 2007

EDMA · 2010-11-25 · EDMA Patogenecidade Descrição geral1, 2 – A tuberculose (TB) é causada por um organismo chamando Mycobacterium tuberculosis que se transmite de pessoa

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EDMA

Factos e Números sobre a Tuberculose

EDMA Associação Europeia de Fabricantes de Meios de Diagnóstico

Meios de Diagnóstico in Vitro

Fazer verdadeiramente a diferença na saúde e na qualidade de vida

Julho de 2007

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Patogenecidade

Descrição geral1, 2

– A tuberculose (TB) é causada por um organismo chamando Mycobacterium

tuberculosis que se transmite de pessoa para pessoa pelo ar. Por vezes chama-se

bacilos da tuberculose/de Koch aos organismos M. tuberculosis. Quando uma

pessoa com TB infecciosa tosse ou espirra, gotículas com bacilos da tuberculose

podem ser expelidas para o ar. Outras pessoas inalam o ar que contém estas

gotículas e ficam infectadas. Cada doente infectado com TB não tratada infecta

em média 10 a 15 indivíduos saudáveis por ano.

– A infecção com TB começa quando os bacilos da tuberculose se multiplicam

nos pequenos sacos de ar que existem nos pulmões. Um número reduzido destes

bacilos entra na corrente sanguínea e alastra pelo corpo, mas o sistema

imunitário normalmente mantém os bacilos sob controlo. As pessoas que têm

uma infecção latente com TB (TBLT), mas não TB activa, não têm sintomas de

TB e não transmitem esta doença a outras pessoas.

– Em algumas pessoas infectadas, tais como seropositivos ou outras pessoas com

imunossupressão, o sistema imunitário perde a capacidade de manter os bacilos

da tuberculose sob controlo e estes começam a multiplicar-se rapidamente,

causando TB activa. Estas situação pode verificar-se pouco depois da infecção

com TB ou só muitos anos mais tarde. Uma percentagem que pode ir até aos

10% das pessoas com TBLT acaba por desenvolver esta doença.

– A TB normalmente verifica-se nos pulmões (TB pulmonar), mas também se

pode verificar noutros locais do corpo (TB extrapulmonar). A TB miliar

verifica-se quando os bacilos da tuberculose entram na corrente sanguínea e são

levados para todas as partes do corpo, onde crescem e causam a doença em

vários locais.

– A primo-infecção verifica-se em pessoas que não tenham tido nenhuma

exposição anterior aos bacilos da tuberculose. As gotículas são inaladas para os

pulmões. A infecção começa com a multiplicação dos bacilos da tuberculose nos

pulmões e a resposta imunitária desenvolve-se cerca de 4 a 6 semanas depois da

primo-infecção. A dimensão da dose infectante e a força da resposta imunitária

determinam o curso dos acontecimentos. Na maioria dos casos, a resposta

imunitária faz parar a multiplicação dos bacilos. No entanto, alguns bacilos

podem subsistir em estado latente, sendo este estado designado como “infecção

latente com TB”, um estado de infecção com TB sem sinais clínicos. Estas

pessoas não transmitem a doença.

– Até há bem pouco tempo, um teste cutâneo de tuberculina positivo era o único

sinal de infecção. A falta de especificidade deste teste e o facto de continuar a

ser positivo essencialmente para o resto da vida afectou negativamente a

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compreensão das verdadeiras taxas de progressão da doença a partir do estado de

TB latente. Em alguns casos, a resposta imunitária não é suficientemente forte

para impedir a multiplicação dos bacilos e a doença declara-se em poucos meses.

– A TB pós-primária verifica-se depois de um período latente de meses ou anos a

seguir a uma primo-infecção. Pode verificar-se devido à reactivação dos bacilos

da tuberculoses latentes. Os bacilos latentes nos tecidos durante meses ou anos

depois duma primo-infecção começam a multiplicar-se em consequência, por

exemplo, dum enfraquecimento do sistema imunitário devido a uma infecção

com VIH.

– A TB pós-primária (TBPP) normalmente afecta os pulmões, mas pode envolver

qualquer parte do corpo. Os aspectos característicos da TB pós-primária são os

seguintes: destruição extensa dos pulmões com cavitação e baciloscopia positiva

do escarro. Os doentes com estas lesões são os principais transmissores da

infecção na sociedade.

[Referências: 3, 4, 5, 6, 7, 8]

Consequência da infecção concomitante com VIH / M.

tuberculosis

– Comparado com um indivíduo não infectado com VIH, uma pessoa infectada

tem 10 vez mais probabilidades de desenvolver TB.

– Nas populações em que a associação VIH/TB é comum, os serviços de saúde

lutam para conseguir lidar com o grande número, sempre crescente, de doentes

com TB.

– As consequências incluem o seguinte:

» sub-diagnóstico da TBPP com baciloscopia positiva do escarro (devido a

excesso de trabalho dos laboratórios);

» definição inadequada dos medicamentos activos (através de testes de

susceptibilidade aos medicamento) e da supervisão da quimioterapia anti-

TB;

» baixas taxas de cura;

» morbilidade e mortalidades elevadas durante o tratamento;

» interacção dos medicamentos para a TB com as terapias anti-virais para o

VIH;

» elevadas taxas de reincidência da TB;

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» acréscimo da transmissão de estirpes resistentes a medicamentos entre

doentes infectados com VIH.

[Referências: 9, 10, 11, 12, 13]

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Epidemiologia – Dimensão clínica

Aspectos clínicos da TB

– A tuberculose é definida como a doença com manifestações clínicas,

bacteriológicas e/ou radiográficas. Os bacilos da tuberculose podem afectar

muitos órgãos, mas preferem os pulmões (os pulmões estão envolvidos em cerca

de 85% de todas as infecções) e os correspondentes nódulos linfáticos

(“linfadenite”). A bactéria causa nódulos granulomatosos (“tubérculos),

destruição e necrose dos tecidos (“cavernas”).

– Se o M. tuberculosis for excretado no escarro, na urina ou nas fezes, a TB é

designada por “TB aberta”1, que é altamente contagiosa. Em cerca de 95% de

todos os novos casos , o M. tuberculosis foi transmitido por aerossóis.

– Nos casos em que houve uma infecção, mas a resposta imunitária conteve a sua

extensão, o sujeito tem “infecção latente com TB”, que é uma infecção

subclínica com bacilos da tuberculose sem sinais clínicos nem sintomas da

doença manifestada. Embora não estejam associados nenhuns sintomas à TBLT,

trata-se duma precursora da doença clínica. Julga-se que cerca de 10% de todas

as infecções progridam para o estado “TB pós-primária” ou “TB activa”. Os

sintomas clínicos são febre crónica, perda de peso, suores nocturnos e tosse com

escarro purulento ou hemorrágico.

– A progressão da doença activa é potenciada por uma situação imunitária

enfraquecida. A subnutrição, o stress, determinadas infecções virais, a diabetes

mellitus, o alcoolismo, o tratamento com cortisona, a radioterapia, a

toxicodependência e outros factores podem enfraquecer o sistema imunitário e

levar à progressão para uma TB-doença activa.

– A TB activa divide-se em TB pulmonar (80 a 90% dos casos) e extrapulmonar

(10 a 20% dos casos), subdividindo-se ainda de acordo com a presença

(baciloscopia positiva) ou ausência (baciloscopia negativa) de organismos

Mycobacterium tuberculosis com coloração em produtos biológicos observados

ao microscópio, tais como o escarro. Uma baciloscopia positiva do escarro para

M. tuberculosis é um indicador de elevada infecciosidade.

Epidemiologia global e medidas para conter a TB

– Em 2004, foram estimados 8,9 milhões de novos casos de TB com doença activa

a nível global, correspondendo 3,9 milhões destes casos a baciloscopias

positivas. No entanto, só menos de metade dos casos é comunicada.15

1 N. da T.: Ou “tuberculose declarada”?

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– Para além dos milhões de pessoas que vivem com TB-doença activa, pensa-se

que um terço da população mundial, ou seja, dois mil milhões de pessoas esteja

infectado com M. tuberculosis. Este número pode alterar-se na sequência dos

testes mais exactos para detectar a infecção com TB que se encontram agora

disponíveis.14

– A detecção inadequada dos casos é um dos principais constrangimentos para

controlar a TB em países com incidência elevada. A baciloscopia do escarro é a

análise usada com maior frequência para diagnosticar a TB pulmonar em países

de rendimentos baixos ou médios, em que se verificam 95% dos casos de TB e

98% das mortes. Esta análise é fácil de executar e barata, mas a sensibilidade

para evitar casos de TB pulmonar é alegadamente bastante baixa. Ainda se

verificam 1,6 milhões de mortes por ano em todo o mundo e a TB continua a ser

a segunda principal causa de morte no mundo causada por um agente infeccioso,

a seguir ao VIH.15

– A epidemia de VIH tem um enorme impacto no crescimento dramático das taxas

de incidência de TB. Em termos globais, estima-se que 13% dos novos casos de

TB foram infectados com VIH em 200414

. Acresce que a baciloscopia ainda tem

uma menor sensibilidade em doentes com infecção por VIH concomitante.

– Também se colocam novos desafios decorrentes da tuberculose multi-resistente

a medicamentos (TB-MDR), que resiste a 2 dos medicamentos de primeira linha

mais utilizados, e pela TB extensivamente resistente a medicamentos (TB-

XDR). O número anual de novos casos de TB-MDR foi de cerca de 423.000 em

2004 e verificaram-se casos de TB-XDR em mais de 35 países em todo o

mundo. Recentemente, devido a um passageiro de um avião infectado com TB

multi-resistente, o Centro para Controlo e Prevenção de Doenças (Center for

Disease Control and Prevention - CDC) começou a identificar os passageiros e a

tripulação de 2 voos transatlânticos com maior probabilidade de terem estado em

contacto com a pessoa infectada e que possam ter sido infectados com esta

forma quase incurável de TB. Este facto indica que no actual mundo de viagens

generalizadas é quase impossível manter a TB dentro das fronteiras dos países.

– Em 1993, a OMS declarou a TB uma emergência global e, em 1995,

recomendou a estratégia DOTS (tratamento directamente observável, estratégia

de curto prazo – Directly Observed Therapy, Short-course) para contrariar a

epidemiologia global no contexto do Quadro para Um Controlo Eficaz da

Tuberculose (Framework for Effective Tuberculosis Control). A estratégia

DOTS, na sua formulação original, pode não ser suficiente por si só para

conseguir controlar a TB nos países em desenvolvimento.

– Em 2002, a OMS lançou o Quadro Alargado (Expanded Framework) e a

DOTS16

como uma marca para permitir controlar a TB e complementar a

estratégica de base com mais elementos de diagnóstico (por exemplo, culturas,

testes de susceptibilidade a medicamentos e despistagem dos grupos de alto

risco).

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Epidemiologia e tendências na Europa

– Nos últimos 50 anos, algumas tendências tornaram-se manifestas nos países

industrializados de baixa incidência da Europa Central17

:

» Aumento gradual da infecção com TB latente.

» Emergência de grupos com um risco particularmente elevado de

contraírem TB (por exemplo, doentes infectados com VIH, determinadas

populações prisionais, refugiados, sem-abrigo, pobres, etc.).

» Importação de casos de TB, incluindo de casos de TB resistente e multi-

resistente de países da Europa do Leste e doutros países (por exemplo,

de África). Cerca de 50% dos casos de TB na Europa Central verificam-

se entre pessoas nascidas no estrangeiro (imigrantes) e muitos sofrem de

infecção concomitante com VIH. Este fenómeno foi especialmente posto

em evidência pelo aumento da migração internacional de países com

incidência elevada para países com baixa incidência, em consequência da

abertura das fronteiras dentro da UE. Dos quase 100.000 casos de TB

comunicados na Europa em 2005, 35% vieram dos novos membros da

UE, a Bulgária e a Roménia. A taxa global de notificação na Europa foi

de 18/100.000, com a Roménia, os Estados Bálticos, a Bulgária e

Portugal muito acima desta média. A Grécia, a Suécia e o Reino Unido

registaram aumentos substanciais entre e 2001 e 200517

.

» As medidas de controlo da TB tornaram-se entretanto menos rigorosas,

as medidas de controlo da saúde pública foram em grande parte

ignoradas, mesmo por especialistas em TB, e os conhecimentos

específicos foram-se progressivamente perdendo. Os tratamentos

inadequados deixaram de ser objecto de acompanhamento e o resultado

foi a ressurgência de micro epidemias e resistência a medicamentos

anti-TB.

[Imagem:]

Incidência da tuberculose (taxa por 100.000 habitantes)

Europa, 2004

Não disponível

0 a 10

11 a 20

21 a 50

50 e +

Fonte: EuroTB

– O objectivo da estratégia de eliminação da TB nos países de baixa incidência é

reduzir tanto a prevalência como a incidência da TB. A eliminação da TB

significa menos de uma infecção/baciloscopia do escarro positiva por 1 milhão

de habitantes e que esta taxa tem tendência a decrescer.

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– O objectivo da estratégica básica de controlo nos países de baixa incidência é

fazer diminuir a transmissão da TB, mantendo taxas elevadas de detecção dos

casos e cura, especialmente entre os casos identificados (bacteriologicamente

confirmados):

» Gestão de grupos de risco: à medica que a TB se reduz numa

comunidade, os grupos com um risco particularmente elevado tornam-se

mais visíveis, criando oportunidades para intervenções direccionadas,

assegurando a detecção e o tratamento precoces até à cura. Os grupos de

risco para a TB-infecção e a TB-doença activa são os indivíduos

imunocomprometidos (doentes infectados com VIH e doentes a seguir

terapias imunossupressoras), utilizadores de drogas injectáveis,

profissionais de saúde, populações prisionais, imigrantes de países com

elevada incidência, sem-abrigo e idosos. A gestão de grupos de risco

existe uma identificação activa dos casos e facultar tratamentos eficazes.

» Prevenção da transmissão em ambientes institucionais, tais como

prisões, reformatórios, hospitais, casas de repouso, casas para sem-abrigo

e novos imigrantes, através de serviços de diagnóstico e isolamento dos

casos suspeitos.

» Reduzir a prevalência da TB através duma gestão dinâmica e da oferta

de terapias preventivas a grupos e pessoas especificados.

» Testes de susceptibilidade aos medicamento, vigilância e

acompanhamento dos resultados dos tratamentos, prestando especial

atenção à resistência e multi-resistência a medicamentos.

– A estratégia de controlo e eliminação na Europa exige sistemas e redes

nacionais e um quadro jurídico com comunicação obrigatória de todos os casos

de TB. O acesso a um diagnóstico exacto é fundamental, tanto na detecção

precoce e sensível da infecção, como nos testes de sensibilidade aos

medicamentos da TB e no acompanhamento da TB.

– Um objectivo razoável para os países de baixa incidência é despistar 95% dos

grupos de alto risco, tratar 95% dos doentes infectados e reduzir a proporção

dos doentes com falência/ausência de tratamento para menos de 10%17

.

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Epidemiologia – Dimensão económica

A TB é sempre associada a problemas sócio-económicos consideráveis. Um inquérito

abrangente com o título The socioeconomic burden of TB (O peso sócio-económico da

TB) pode ser lido no estudo da OMS de 2006, Diagnostics for tuberculosis. Global

demand and market potential (Diagnóstico da tuberculose. Procura global e potencial

do mercado)14

.

Os dados dos EUA e do Canadá relativos aos custos directos e indirectos da

tuberculose nos países industrializados indicam valores estimados entre $700 milhões

(€560 milhões) e $1 mil milhões (€ 800 milhões)19

.

Em 2004, foi publicado um estudo de âmbito alargado, The cost structure of lung

tuberculosis in Germany20

(A estrutura de custos da tuberculose pulmonar na

Alemanha), que fornece dados mais actualizados para um país europeu. Estes dados

podem ser considerados mais típicos da situação que se verifica na UE.

– Aproximadamente 80% de todos os casos na Alemanha são de tuberculose

pulmonar20

.

– O estudo é feito do ponto de vista do sistema de seguro de saúde estatal. As

premissas básicas para calcular os custos basearam-se nas directrizes oficiais

emanadas do Deutsches Zentralkomitee zur Bekämpfung der Tuberkulose (DZK)

para a terapia da tuberculose pulmonar20

. Os custos incluem o diagnóstico. O

cálculo do custo dos medicamentos é conservador: baseia-se nos medicamentos

mais baratos disponíveis que preencham as condições previstas nas directrizes21

.

No entanto, com a emergência da TB-MDR e da TB-XDR, estes custos podem

estar subavaliados.

– A taxa de hospitalização de doentes com tuberculose pulmonar é de 80%22

.

– O estudo distingue entre:

- custos directos de consultas externas;

- custos hospitalares directos;

- custos directos decorrentes das baixas médicas; e

- o custo médio do tratamento da tuberculose pulmonar em adultos e

crianças na sequência da primeira hospitalização.

– A conclusão deste estudo é “Os custos por caso calculados para a Alemanha,

relativos a tuberculose pulmonar como uma doença aguda, com custos directos

médios de €16.388,96 (custos de tratamento no valor de €14.301,13 mais

€2.087,83 de custos com a baixa médica) e custos indirectos de €2.460,83 para

adultos e €16.634 para crianças, indicam claramente a sua importância

económica.”20

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– Estes resultados podem agora ser combinados com os números oficiais do

Instituto Robert Koch da Alemanha para 2004, que referem 6.583 casos de

tuberculose manifestada clinicamente21

.

– Em consequência, a magnitude do impacto económico directo da tuberculose

ascende pelo menos a €108 milhões (este número parece corresponder a um

cálculo conservador porque, tal como sucede no relatório de 2004 do

Statistisches Bundesamt, só os custos directos do tratamento alegadamente

ascendiam a €112 milhões24

.

– Extrapolado da Alemanha para a escala de toda a UE, considerando as variações

regionais da incidência, tal significaria uma magnitude superior a €1 mil

milhões. Assim, uma doença que desapareceu do pensamento de muitas pessoas

na Europa continua a ter um impacto grave, não só na saúde pública, mas

também na economia.

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Análises disponíveis por estado da doença

Infecção com TB latente

– A enorme quantidade de pessoas infectadas com tuberculose latente coloca um

grande obstáculo à eliminação da TB26

. Durante uma vida, assume-se que o

risco de desenvolver a doença é de 10% das pessoas infectadas mais

recentemente. Nos países desenvolvidos, a prevalência da infecção na população

em geral é muito menor, mas pode ser elevada dentro de determinadas

populações, tais como imigrantes, presos, sem-abrigo e pessoas que contactam

com novos casos9. Os grupos com uma baixa prevalência de TB-infecção, mas

um risco elevado de progressão se forem infectados, por exemplo os doentes

com VIH e outros indivíduos imunocomprometidos, utilizadores de drogas

injectáveis e profissionais de saúde, são um foco importante de investigação

clínica. No entanto, a infecção concomitante com VIH pode colocar riscos mais

elevados em termos duma progressão activa da doença27

. Demonstrou-se que

uma terapia preventiva com isoniazida (normalmente durante 9 meses) reduz

drasticamente este risco28

. Nos países ocidentais, a TB desenvolve-se

tipicamente a partir da reactivação de uma infecção latente e raramente duma

primo-infecção2.

– Em consequência, em países de baixa prevalência, como a Alemanha (2003,

uma incidência de TB de 8,7/100.000)30

, a tónica tem vindo progressivamente a

mudar do diagnóstico e da terapia da TB activa para a identificação de pessoas

infectadas com M. tuberculosis. As duas grandes categorias de pessoas que

deveriam ser analisadas em termos de infecção com TB latente são as com maior

probabilidade de terem sido infectadas recentemente (por exemplo, por terem

estado em contacto com casos de TB-doença) e as pessoas que correm um risco

acrescido de progressão para a TB-doença na sequência duma infecção com M.

tuberculosis (por exemplo, doentes infectados com VIH e determinadas

situações clínicas específicas, imigrantes recentes de países com uma elevada

incidência da TB). A erradicação completa da TB exige um diagnóstico fiável

da TBLT e a sua erradicação eficaz por meio de testes de susceptibilidade aos

medicamentos para definir o tratamento adequado.31

– Durante quase um século, o teste cutâneo de tuberculina (TCT) ou teste de

Mantoux foi a única ferramenta disponível para detectar a TBLT26

. O

diagnóstico da TBLT não pode ser feito por exames clínicos nem por análises

microbiológicas, mas só indirectamente recorrendo ao TCT. Embora o TCT

tenha provado ser útil na prática clínica, tem limitações conhecidas em termos

de exactidão e fiabilidade32

.

– Uma enorme inovação nos últimos anos foi o desenvolvimento de ensaios in

vitro que medem o γ-interferão libertado pelas células T (γ-IFN) em resposta à

estimulação com antigenes altamente específicos da TB. Os ensaios com gama-

interferões (IGRAs) têm uma maior especificidade que o TCT e uma melhor

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correlação com marcadores subrogados da exposição ao M. tuberculosis em

ambientes de baixa incidência. Para além duma especificidade elevada, as outras

potenciais vantagens dos IGRAs incluem a conveniência em termos de logística,

uma necessidade de menos visitas do doente para fazer as análises e evitar

medições com algum grau de subjectividade, como a induração da pele.

Apesar duma crescente base de evidências, continua a haver vários problemas

por resolver e sem explicação, incluindo uma discordância inexplicada entre os

resultados do TCT e dos IGRAs, o valor desconhecido dos IGRAs em termos de

previsibilidade do desenvolvimento de TB activa e dados insuficientes sobre o

desempenho do teste em populações de alto risco, como crianças e pessoas

infectadas com VIH.

– Em resumo, a emergência de novas ferramentas, como os IGRAs, fez

aumentar o arsenal de diagnósticos disponíveis para a TBLT. No entanto,

ainda não existe hoje uma ferramenta exacta para prever quando é que os

indivíduos com uma infecção latente correm maior risco de progressão para a

doença27

.

TB pulmonar activa

– A tuberculose pulmonar é a forma mais comum de TB activa e é a forma

infecciosa da doença. Uma pessoa altamente infecciosa pode transmitir a doença

a 10–15 pessoas num ano, correndo os membros do agregado familiar os

maiores riscos33

.

– A TB pulmonar pode ser detectada por radiografia do tórax, baciloscopia do

escarro e cultura do M. tuberculosis, que é considerada a melhor prova. No

entanto, as aparências clínicas da TB são múltiplas, com sintomas

inespecíficos34

. Em consequência, desde a descoberta da TB, a base para o seu

diagnóstico definitivo tem sido a detecção do bacilo em produtos biológicos

através de cultura ou doutros métodos de diagnóstico14

.

– Métodos radiográficos para detecção da doença activa

Muitas pessoas ainda julgam que a tuberculose pulmonar pode ser diagnosticada

só com raio X. A experiência prática e numerosos estudos mostram que nenhum

padrão radiográfico constitui um diagnóstico de tuberculose35

. Muitas doenças

pulmonares têm uma aparência radiográfica semelhante, que pode passar

facilmente por tuberculose36

. Da mesma forma, as lesões da tuberculose

pulmonar podem ter praticamente todas as formas numa radiografia37

. Para

estabelecer a etiologia tubercular duma anomalia, são necessários mais exames e

só a bacteriologia pode fornecer a prova necessária14

.

– Baciloscopia

A nível mundial, o meio de diagnóstico mais comum usado para detectar a TB é

a baciloscopia do escarro ou doutros produtos biológicos com coloração

esfregados numa lamela de vidro. Quando se encontra presente em quantidades

suficientemente elevadas, a bactéria pode ser facilmente identificada por um

técnico experiente através desta técnica, que sofreu poucas alterações desde que

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foi inventada há mais de 100 anos. No entanto, a baciloscopia exige a presença

de um grande número de bacilos para o resultado ser positivo (5.000 a 10.000

por ml de escarro) e só identifica o subconjunto mais infeccioso de doentes. Tem

uma sensibilidade limitada (35 a 70%), especialmente em estados menos

avançados da doença. Determinados grupos de doentes, como os que sofrem de

infecção concomitante com VIH avançada, pessoas com TB extrapulmonar e

crianças não podem ser diagnosticados com esta técnica. Recorre-se a exames

duplicados ou triplicados do escarro, mas, mesmo assim, não se consegue

ultrapassar este problema. A necessidade de análises múltiplas, em que cada uma

obriga à recolha, secagem, coloração e exame meticuloso do escarro, tem como

consequência atrasos na comunicação dos resultados.

– Cultura

A cultura bacteriológica, considerada a melhor prova em termos de diagnóstico,

pode identificar o organismo M. tuberculosis em mais de 80 a 90% dos casos de

TB, com uma especificidade superior a 98%. Consegue identificar um número

tão baixo como 10 a 100 bacilos viáveis por ml de escarro, sendo os métodos

automatizados de cultura líquida os mais sensíveis. Comparado com a

baciloscopia, a cultura é mais cara, mas permite a detecção de mais formas da

doença, incluindo casos menos avançados. Dado que o M. tuberculosis cresce

lentamente, a cultura convencional com detecção visual da formação da colónia

de bactérias normalmente exige 2 a 6 semanas. Os sistemas automatizados de

cultura líquida conseguem encurtar o período de detecção para 1 a 2 semanas na

maioria dos casos14,38

.

– Testes de ampliação do ácido nucleico (TAANs)

A amplificação do ácido nucleico constitui uma melhoria na detecção e

identificação rápidas do M. tuberculosis. O ADN bacteriano (ou ARN

ribossomal transcrito para ADN) é amplificado e detectado através dum sistema

de leitura apropriado por meio duma sonda geradora de um sinal. As mais

usadas são a PCR (reacção de polimerização em cadeia), a TMA (amplificação

mediada por transcrição) e a SDA (amplificação por deslocamento de fita). Uma

outra técnica que está a emergir é a TRC (reacção concertada de transcriptase –

transcriptase reversa). Os testes baseados na amplificação dos ácidos nucleicos

são normalmente altamente específicos para o M. tuberculosis (perto de 100%) e

podem ser obtidos resultados positivos com menos de 10 bactérias/ml. Em

consequência, a sensibilidade é muito maior que na baciloscopia, mas

ligeiramente menor que na cultura. Actualmente, os testes dos ácidos nucleicos

são essencialmente usados para confirmar baciloscopias positivas ou para casos

primários, recorrendo a algoritmos específicos em grupos de risco em

conjugação com outros métodos. A característica mais marcante dos métodos de

amplificação dos ácidos nucleicos é o pouco tempo necessário para obter o

resultado (entre meio dia a um dia de trabalho, incluindo preparação da

amostra)14

.

– Por exemplo o Centro Nacional de Referência (CNR) da Alemanha para

micobactérias executa entre 50 a 80 TAANs em amostras pulmonares e

extrapulmonares por semana. As amostras analisadas são só de doentes com

fortes suspeitas de TB, o que abrange doentes com:

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EDMA

» imunossupressão;

» historial de doença pulmonar crónica com tosse, perda de peso e suores

nocturnos;

» teste cutâneo de tuberculina positivo;

» factores de risco conhecidos para a TB, tal como situações de sem-

abrigo e toxicodependência;

» historial de TB, com ou sem tratamento adequado;

» historial de contacto com doentes com baciloscopias positivas;

» crianças com suspeitas de nódulo linfático de TB devido à elevada

incidência de infecções complexas com M. avium; e

» amostras obtidas no contexto de biópsias, cirurgias e outros

procedimentos invasivos em doentes com suspeita de TB; é importante

informar os médicos sobre os critérios e limites para requisitar TAANs

(Ruesch-Gerdes 2002).

– Os TAANs podem diferenciar facilmente a M. tuberculosis de outros isolados,

fornecendo informações relevantes ao médico quanto ao diagnóstico e

tratamento óptimo dum determinado doente. Actualmente, a Autoridade dos

Alimentos e dos Medicamentos dos EUA (FDA) exige que a cultura (ainda

considerada o melhor método de diagnóstico da TB) seja feita em conjunção

com todos os testes baseados na amplificação39

.

Tuberculose extrapulmonar, tuberculose pediátrica e

tuberculose em doentes seropositivos (VIH)

– A TB não se restringe aos pulmões, mas pode afectar virtualmente todos os

órgãos do corpo. As pessoas com tuberculose extrapulmonar correspondem a

cerca de 10 a 20% de todas as pessoas com TB activa.

– O diagnóstico de TB em doentes seropositivos com VIH, em crianças e em

pessoas com formas extrapulmonares de TB continua a ser um desafio por

responder, tanto em ambientes de elevada incidência, como de baixa incidência.

As pessoas com TB extrapulmonar não transmitem a doenças e as pessoas

imunocomprometidas com VIH e/ou de idade pediátrica geralmente transmitem

menos a doença devido à menor presença de cavitação e/ou escarro (crianças).

Embora esta situação faça com que constituam uma ameaça menor para a saúde

pública, continua a ser um dilema de proporções gigantescas para a prática

clínica. Frequentemente, o diagnóstico laboratorial é a única ferramenta porque

os sintomas clínicos são assintomáticos2 e as radiografas e a TCT pouco fiáveis.

Tuberculose multi-resistente

– A tuberculose resistente aos medicamentos é um enorme problema em termos de

saúde pública. 4.3% de todos os casos novos e de casos anteriormente tratados

corresponde a TB-MDR25

. Estirpes resistentes a um único medicamento foram

2 N. da T.: Sic.

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EDMA

documentadas em todos os países analisados, mas, mais relevante ainda,

emergiram estirpes resistentes a todos os principais medicamentos contra a

tuberculose. A TB resistente a medicamentos decorre de tratamentos pouco

consistentes ou parciais, em que os doentes não tomam todos os medicamentos

regularmente pelo prazo prescrito porque começam a sentir-se melhor ou porque

os médicos e os profissionais de saúde prescrevem regimes de tratamento

errados (não recorrem à cultura para confirmar a eficiência do medicamento).

Uma forma particularmente perigosa da TB resistente a medicamentos é a TB

multi-resistente, que é definida como a doença causada por bacilos de TB

resistentes pelo menos à isoniazida e à rifampicina, os dois medicamentos

primários anti-TB mais utilizados. As taxas de TB-MDR são elevadas em alguns

países, especialmente nos da antiga União Soviética e nos Estados do Báltico,

que fazem agora parte da UE com as suas fronteiras abertas e põem em causa os

esforços para controlar a TB. Os medicamentos contra TB resistente exigem uma

quimioterapia alargada (que pode ir até dois anos de tratamento), muitas vezes

proibitiva em termos de custos (frequentemente mais de 100 vezes mais cara que

o tratamento da TB susceptível a medicamentos) e também mais tóxica para os

doentes. Mais recentemente, emergiu a tuberculose extensivamente resistente a

medicamentos. A TB-XDR é definida como a TB-MDR mais resistência a

qualquer fluoroquinolona e pelo menos 1 de 3 medicamentos injectáveis de

segunda linha, como a capreomicina, a canamicina e a amicacina. Até à data,

encontrou-se TB-XDR em 4% dos casos de TB-MDR nos EUA e 19% dos casos

de TB-MDR na Letónia. No entanto, ainda não foram encontradas estirpes de

TB-XDR em todas as regiões do mundo. A TB-XDR sublinha a necessidade de

investimentos em novos meios de diagnóstico, tratamentos e vacinas para a TB,

dado que as actuais ferramentas estão desactualizadas e são insuficientes40

.

A nível mundial, 35 países confirmaram a presença de TB-XDR até 19 de Março de

2007. Nos 12 meses que antecederam essa data, 16 novos países vieram juntar-se a esta

lista. Até à data, foram encontrados casos confirmados na Europa: Alemanha,

Eslovénia, Espanha, França, Irlanda, Letónia, Lituânia, Noruega, Países Baixos,

Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia e, mais

recentemente, em Itália, em que se encontraram 2 casos de TB-XDR resistentes a todos

os medicamentos de primeira e segunda linha disponíveis e, como tal, virtualmente

intratáveis41

.

A incidência de TB-XDR

[A primeira caixa, à direita é ilegível]

[Segunda caixa, à direita:]

Até à data, 35 países confirmaram a presença de TB-XDR. No último ano, 16 novos

países comunicaram casos de TB-XDR pela primeira vez:

África do Sul, Azerbeijão, Canadá, Estónia, França, Irão, Irlanda, Israel, Itália, Japão,

Letónia, Lituânia, Países Baixos, Noruega, Roménia e Suécia.

[fim]

[Terceira caixa, à esquerda:]

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EDMA

Em 2007, foram necessários 650 milhões de dólares para combater a TB-XRD e a TB-

MDR

[fim]

[Legendas:]

35 países que confirmaram casos de TB-XDR à OMS (até 19 de Março de 2007)

16 novos países que confirmaram casos de TB-XDR à OMS pela primeira vez nos

últimos 12 meses.

[texto ilegível]

Organização Mundial da Saúde

[fim]

– Cultura

Na última década emergiram estirpes de TB-MDR e a rápida detecção destes

isolados é crítica para um tratamento eficaz dos doentes. Tal como recomendado

pelo Grupo de Acção da TB-MDR, têm de ser realizados testes de

susceptibilidade a medicamentos (TSM) através de cultura para todos os

isolados de M. tuberculosis de todos os doentes, tanto em termos iniciais como

de acompanhamento41

.

– As directrizes do CDC recomendam que os laboratórios de microbiologia

trabalhem em conjunto para atingir o objectivo de comunicar os resultados de

susceptibilidade de primeira linha do M. tuberculosis num prazo de 15 a 30 dias

a contar da recepção da amostra inicial para diagnóstico43

. Um dos principais

progressos nas análises baseadas em culturas foi a introdução de meios

radiométricos líquidos no sistema semi-automatizado BACTEC 460TB (BD

Diagnostics – Diagnostic Systems, Sparks, MD), que levou a um encurtamento

considerável do tempo necessário para proceder à detecção e TSM do M.

tuberculosis. Os TSMs, tanto para medicamentos primários como secundários

contra a tuberculose, com o sistema radiométrico BACTEC 460 TB baseado no

caldo e o sistema não radiométrico BACTEC MGIT 960 estão bem implantados

e são considerados os melhores sistemas (Ruesch-Gerdes et al. 2006). Foi

demonstrado que este novo sistema baseado no caldo produz resultados de TSM

num prazo médio de 6,5 dias, com uma precisão semelhante à do sistema

radiométrico Bactec 460 TB, embora seja totalmente automatizado e use meios

não radiométricos44,45

.

– A determinação rápida da resistência a medicamentos através da cultura da

Mycobacterium tuberculosis em isolados clínicos é um pré-requisito para o

início duma quimioterapia eficaz, garantindo um tratamento bem sucedido do

doente e impedindo a disseminação adicional de isolados resistentes a

medicamentos46

.

– Testes de amplificação dos ácidos nucleicos

O desenvolvimento de isolados de M. tuberculosis resistentes a medicamentos

resulta de mutações genéticas aleatórias em determinados genes, que lhes

conferem resistência. Com base neste conhecimento, foram desenvolvidos

ensaios moleculares que permitem prever a resistência a medicamentos em

isolados clínicos de M. tuberculosis num dia útil e estes são potencialmente os

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EDMA

métodos mais rápidos para detectar a resistência a medicamentos. A utilidade

destes ensaios depende de vários factores, tais como os requisitos técnicos de

cada método e a capacidade dos diferentes testes para detectar as mutações mais

comuns de resistência a medicamentos numa determinada área. No entanto,

temos de estar cientes que os TAANs para proceder à detecção da TB-MDR têm

as mesmas limitações que outros testes moleculares para detectar a resistência a

antibióticos e, em consequência, não podem substituir totalmente os métodos

tradicionais de TSM baseados na cultura. Esta situação deve-se basicamente

ao facto que nenhum dos testes moleculares tem como alvo todos os genes ou

mecanismos possíveis (alguns ainda nem estão identificados) envolvidos na

resistência a medicamentos e, por isso, uma proporção variável de estirpes

resistentes não pode ser detectada. A segunda limitação inerente é o limite de

detecção de cerca de 10% de ADN mutante numa mistura de ADN do tipo

selvagem e ADN mutante. Se a proporção de células resistentes num isolado for

inferior a esse valor, dificilmente poderá ser detectada através de métodos

moleculares, ao passo que os testes de susceptibilidade clássicos podem produzir

resultados mais sensíveis nestes casos. No entanto, os TAANs para proceder à

detecção de TB-MDR parecem ser uma ferramenta preciosa para detectar

estirpes resistentes de M. tuberculosis em apenas 1 dia de trabalho e podem ser

facilmente incluídos nas rotinas dos fluxos de trabalho. Considerando as

elevadas taxas de resistência e de isolados de TB-MDR em várias partes do

mundo, especialmente na Europa de Leste, este teste tem potencial para

complementar e acelerar às várias análises diferentes existentes em laboratórios

de diagnóstico que são necessárias para melhorar o controlo da tuberculose no

futuro46

.

– Em resumo, a detecção rápida da resistência a medicamentos é da maior

importância, não só para um tratamento eficaz dos doente com TB, mas

também para dar início a medidas de saúde pública45

.

– Um diagnóstico rápido e exacto é crítico para o cuidado clínico dos doentes

com tuberculose e parar a transmissão da doença14

.

– Existem quatro aspectos críticos para controlar a TB:

» capacidade de proceder a um diagnóstico precoce;

» testes de susceptibilidade a medicamentos e disponibilidade de

tratamento anti-tuberculosos eficazes;

» prevenção da transmissão da doença a outras pessoas; e

» prevenção da resistência a medicamentos.

– Um diagnóstico precoce e exacto da TB pode ser considerada a intervenção

mais significativa porque permite um tratamento expedito e uma limitação do

contágio, com as implicações inerentes em termos de poupança de custos. O

diagnóstico da TB é efectuado com base nos resultados de exames clínicos e/ou

laboratoriais.

– Infelizmente, não existem resultados de exames clínicos que sejam exclusivos

da TB. Os sintomas que sugerem TB, tais como tosse persistente com

expectoração, febre, arrepios, suores nocturnos e perda de peso também sugerem

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muitas outras doenças sistémicas de origem infecciosa e não infecciosa. Em

consequência, o diagnóstico e a gestão clínica da TB dependem em grande

medida de análises laboratoriais47

.

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EDMA

Resumo

– A TB continua a ser um grave problema de saúde pública entre determinadas

populações de doentes e tem uma prevalência acentuada em muitas áreas

urbanas. A maioria das infecções com M. tuberculosis são latentes, sem

nenhuns sintomas patológicos. No entanto, há um interesse renovado no

tratamento de grupos de risco infectados com TB latente, a título de estratégica

de controlo da TB através da eliminação do enorme reservatório de indivíduos

com risco de progredir para TB-doença.

– A expansão da UE e da ameaça de TB-MDR e TB-XDR que paira sobre nós

fazem com que a reanálise do controlo da TB-infecção se torne uma prioridade

para muitos especialistas em saúde pública.

– O diagnóstico da TB pulmonar e extrapulmonar não pode ser feito sem testes de

diagnóstico e é necessário mais do que um tipo de análise de diagnóstico para

apoiar os cuidados e o controlo da TB14

. Análises modernas de diagnóstico in

vitro (DIV) para a tuberculose estão hoje disponíveis em toda a Europa.

• Tal como referido acima, os testes IGRA para detectar a TB-infecção,

que causa a TB-doença, abrem novas possibilidades aos responsáveis de

saúde pública na luta contra a TB. Estes testes, que foram introduzidos

em 2004, são actualmente disponibilizados por laboratórios públicos e

privados em todos os países da UE.

• Desde os anos 90, estão disponíveis de forma alargada métodos

automatizados de indicadores de crescimento em base líquida, que

reduzem o tempo necessário para demonstrar que os sintomas de doença

são devidos ao M. tuberculosis e para definir quais são os medicamentos

activos.

• Métodos de detecção molecular (TAANs), também introduzidos nos

anos 90, são disponibilizados pela maioria dos laboratórios que oferece

métodos de detecção de crescimento clássicos baseados em cultura.

• Estão actualmente a ser introduzidos métodos novos específicos de

estirpes para examinar mais pormenorizadamente as características

genéticas de estirpes isoladas e fornecer informações aos clínicos sobre

as terapias que são mais adequadas para curar as pessoas diagnosticadas

com TB.

– É de um valor imenso, tanto clínico como económico, ter acesso a análises

rápidas para a TB. Uma detecção precoce leva a melhores cuidados dos doentes

que se suspeita padecerem de TB e existem também muitos dados que mostram

que um diagnóstico rápido leva a poupanças globais no hospital. Um diagnóstico

mais rápido significa que os doentes podem ser devidamente geridos num

estádio precoce, tendo como consequência um melhor controlo do alastramento

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da TB, evita o sofrimento desnecessário dos doentes e possibilita uma utilização

mais eficiente dos recursos hospitalares. Também existe um número crescente de

casos de TB-MDR na Europa Ocidental em determinados grupos de risco, como

imigrantes recentes de países com pesados fardos de TB, e muitos países viram

surgir os primeiros casos de TB-XDR. Uma identificação activa dos casos e uma

boa colaboração entre as instituições de saúde, os médicos e os laboratórios de

análises são cruciais na prevenção da TB32

.

– A TB-infecção também constitui um pesado fardo para os doentes e para a

comunidade devido ao potencial de infecção cruzada, se não for diagnosticada e

tratada eficazmente.

[Figura:]

Figura 6

A JORNADA DE UM DOENTE COM TB DESDE OS PRIMEIROS SINTOMAS

ATÉ AO DIAGNÓSTICO

Doente

volta ao

centro de

saúde

Diagnóstico

de BAR +

TB

10.000 Nível de visibilidade de BAR por baciloscopia do escarro

mer

o d

e b

acil

os

de

TB

po

r

mil

ilit

ro (

ml)

de

esca

rro

Infecção de

indivíduo

saudável

Doente vai ao

centro de

saúde: não é

diagnosticado

Primeira

baciloscopia:

negativa

para AFB

Doente vai à

farmácia

O doente não se

sente bem

Começa a

tosse nocturna

Tosse piora:

doente volta

ao centro de

saúde

Aparece

sangue no

escarro: filha

bebé é

infectada

com TB

Demasiado

fraco para

trabalhar

Primeiro mês Segundo mês Terceiro

mês

Quarto mês Quinto

mês

BAR: Bacilos ácido-resistentes = baciloscopia positiva

FONTE: FIND/OMS/TDR Report on the global demand and market potential for TB

diagnostics

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Lista de acrónimos

CDC Center for Disease Control and Prevention – Centro para

Controlo e Prevenção de Doenças

DOTS Directly Observed Therapy, Short-Course – Tratamento

Directamente Observado, Curto Prazo

TSM Teste de susceptibilidade a medicamentos

TB extrapulmonar TB fora dos pulmões

γ-IFN γ-interferão

IGRAs Interferon gamma assays – Ensaios com gama interferões

TB-MDR Tuberculose multi-resistente a medicamentos

TAAN Testes de amplificação dos ácidos nucleicos

CNR Centro Nacional de Referência

TBLT Infecção com tuberculose latente (M. tuberculosis)

PCR Polymerase chain reaction – reacção de polimerização em cadeia

TBPP TB pós-primária

TB pulmonar TB nos pulmões

SDA Strand displacement amplification – amplificação do

deslocamento da fita

TB Tuberculose

TMA Transcription mediated amplification – amplificação mediada por

transcrição

TRC Transcription Reverse transcription Concentrated reaction –

reacção concertada de transcriptase – transcriptase reversa

TCT Teste cutâneo de tuberculina

TB-XDR Tuberculose extremamente resistente a medicamentos