EDP Manual Ligacoes Rede

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    dezembro | 2010

    Manual elaborado em colaborao com o:ISR Departamento de Engenharia ElectrotcnicaUniversidade de Coimbra

    manual de ligaes

    rede elctricado servio pblicoguia tcnico e logsticode boas prticas

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    O Manual de Ligaes um documento genrico, gracamente exempli-cavo, desnado a vrios pblicos, referindo-se a conceitos frequentesdo domnio tcnico e regulamentar e tendo por objecvo dar a conheceros procedimentos gerais para efectuar a ligao de instalaes de servioparcular s redes elctricas de servio pblico, sejam elas instalaes declientes, promotores de empreendimentos ou produtores de energia. Tempresente os novos desgnios da produo descentralizada, atravs de fontesde energia renovveis, designadamente o regime especial, desde a grandeproduo at miniproduo e microproduo, os quais assumem cada vezmaior importncia no processo de ligaes s redes. Especica com certodetalhe os casos concretos de ligaes s redes de baixa, mdia e alta tenso,dando conhecimento da tramitao processual, denio de condies e decomparcipaes em encargos. Tambm a qualidade da energia elctrica re-presenta um factor demasiado importante, e por isso dever ser tomado emconsiderao no planeamento da ligao rede, porque poder inuenciar aescolha adequada de uma ligao rede. Em termos de informao de carctermais quantava a mesma consta dos anexos ao documento, uma vez quetais valores esto sujeitos a revises e actualizaes peridicas. O presentedocumento no substui nem pretende substuir a legislao em vigor, as

    normas e regulamentos, nem exclui a sua consulta.

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    Manual de Ligaes Rede Elctrica de Servio Pblico

    ndice

    0. Sntese do Processo de Ligao ...................................................... 8

    0.1. Ligao em Baixa Tenso ............................................................. 90.2. Ligao em Mdia Tenso ........................................................... 120.3. Ligao em Alta Tenso ............................................................... 150.4. Ligao de Produtores ................................................................. 160.5. Ligao de Casos Especiais .......................................................... 200.6. Ligao de Iluminao Pblica .................................................... 220.7. Modicaes e Desvios de Rede ................................................. 22

    1. Princpios e Recomendaes .......................................................... 241.1. Deveres de informao ............................................................... 24

    1.2. Obrigao de ligao ................................................................... 241.3. Propriedade ................................................................................. 241.4. Direito de acesso ......................................................................... 251.5. Limites e Responsabilidades ........................................................ 251.6. Execuo da ligao ..................................................................... 251.7. Produtores ................................................................................... 261.8. Empreendimentos ....................................................................... 261.9. Prdios Colecvos ....................................................................... 261.10. Cercao de instalaes ........................................................ 261.11. Contagem e Medio ................................................................ 271.12. Qualidade de servio ................................................................. 27

    2. Conceitos de Rede ......................................................................... 302.1. Instalao Produtora ................................................................... 312.2. Rede de Transporte ..................................................................... 312.3. Rede de Distribuio ................................................................... 322.4. Pontos de Ligao e de Interligao ............................................ 322.5. Proteces de Interligao de Clientes e PRE .............................. 352.6. Instalao Consumidora .............................................................. 36

    3. Conceitos Tcnicos de Ligao Rede ............................................ 42

    3.1. Nveis de Tenso .......................................................................... 423.2. Potncias Normalizadas .............................................................. 423.3. Tipos de Infra-estruturas de Ligao rede ................................ 443.4. Protocolo de Explorao .............................................................. 46

    4. Conceitos Regulamentares ............................................................. 484.1. Introduo ................................................................................... 484.2. Condies Exigveis de Ligao em BT, MT e AT .......................... 504.3. Tarifas de Acesso s Redes .......................................................... 514.4. Condies Exigveis Comerciais e Regras de Oramentao ....... 53

    5. Ligao em Baixa Tenso ................................................................ 585.1. Conceitos Tcnicos ...................................................................... 585.2. Casos Tipo de Ligao .................................................................. 595.3. Tramitao do Processo de Ligao BT ........................................ 65

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    Manual de Ligaes Rede Elctrica de Servio Pblico

    6. Ligao em Mdia Tenso .............................................................. 686.1. Conceitos Tcnicos ...................................................................... 686.2. Proteco contra sobretenses ................................................... 68

    6.3. Tipos de Ligao rede MT ......................................................... 696.4. Tramitao do Processo de Ligao MT ....................................... 737. Ligao em Alta Tenso ................................................................. 76

    7.1. Conceitos Tcnicos ...................................................................... 767.2. Tipos de Ligao .......................................................................... 787.3. Tramitao do Processo de Ligao AT ........................................ 79

    8. Casos Especiais de Ligaes ............................................................ 828.1. Condomnios Fechados ............................................................... 828.2. Urbanizaes / Loteamentos / Parques Industriais e Comerciais 848.3. Empreendimentos Mistos ........................................................... 84

    8.4. Coecientes de Simultaneidade .................................................. 858.5. Iluminao Pblica ...................................................................... 86

    9. Ligao de Produtores em Regime Especial .................................... 909.1. Ligao de PRE ao abrigo do DL 312/2001 .................................. 929.2. Ligao de PRE BT com auto-consumo ....................................... 929.3. Ligao da Microproduo BT ..................................................... 94

    10. Energia Reacva .......................................................................... 10010.1 Produtores .................................................................................. 10110.2 Clientes ....................................................................................... 102

    11. Redes Inteligentes ....................................................................... 10412. Qualidade da Energia ................................................................... 108

    12.1. Introduo ................................................................................. 10812.2. Responsabilidades do Operador da Rede de Distribuio ......... 11012.3. Responsabilidades dos Clientes ................................................. 11112.4. Compensaes .......................................................................... 116

    Bibliograa........................................................................................ 117Abreviaturas...................................................................................... 119Lista de Figuras .................................................................................. 121Lista de Tabelas ................................................................................. 124

    Anexos .............................................................................................. 127Fascculo 1 Informao a Disponibilizar (2007) ............................... 128Fascculo 2 Encargos com os Elementos de Ligao (2011) ............. 129Fascculo 3 Encargos com o reforo das redes (2011) ..................... 130Fascculo 4 Ressarcimento pela cedncia de espao (2011) ........... 131Fascculo 5 Encargos com estudos (2011) ....................................... 132Fascculo 6 Exemplos de Oramentos de Ligao Rede (2011) ..... 133Fascculo 7 Ligao de unidades de Microgerao RESP (2011) ... 137Fascculo 8 Tarifas de Acesso Rede (2011) .................................... 139Fascculo 9 Preos de Servios Regulados (2011) ............................ 142

    Fascculo 10 Padres de Qualidade de Servio (2006) .................... 146Fascculo 11 Pedido de Ligao Rede para MT e AT (2011) .......... 147Fascculo 12 Categorias das Instalaes Elctricas (2011) ............... 148Denies ........................................................................................... 149

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    Captulo 0

    Sntese do Processo de Ligao

    0. Sntese do Processo de Ligao ...................................................... 80.1. Ligao em Baixa Tenso ............................................................. 90.2. Ligao em Mdia Tenso ........................................................... 120.3. Ligao em Alta Tenso ............................................................... 150.4. Ligao de Produtores ................................................................. 160.5. Ligao de Casos Especiais .......................................................... 20

    0.5.1. Condomnios Fechados / Urbanizaes /Empreendimentos Mistos ................................................. 20

    0.5.2. Instalaes Eventuais ........................................................ 200.5.3. Instalaes Provisrias ...................................................... 21

    0.6. Ligao de Iluminao Pblica .................................................... 220.7. Modicaes e Desvios de Rede ................................................. 22

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    0. Sntese do Processo de Ligao

    Para fornecer ou receber energia elctrica torna-se necessrio fazer uma li-

    gao rede elctrica de distribuio pblica em baixa, mdia ou alta tenso.Os casos de ligao rede nacional de transporte de muito alta tenso estofora deste mbito.

    Para tal, dever-se- escolher a ligao mais adequada do ponto de vistatcnico-econmico, e solicitar ao distribuidor de energia um oramento paraa sua execuo:

    Baixa Tenso desna-se a clientes residenciais, lojas, escritrios e

    pequenas empresas, alimentadas ao nvel de tenso 230/400 V.o Baixa tenso normal (BTN), para potncias contratadas iguais ouinferiores a 41,4 kVA e uma potncia mnima contratada de 1,15 kVA,

    o Baixa tenso especial (BTE), para potncias contratadas superioresa 41,4 kW.

    Mdia Tenso desna-se a empresas picamente com potnciasinstaladas superiores a 100 kVA1, alimentadas ao nvel de tenso de 10kV, 15 kV ou 30 kV, conforme a sua localizao geogrca.

    Alta Tenso desna-se a empresas picamente com potncias insta-

    ladas superiores a 10 MVA1, alimentadas ao nvel de tenso de 60 kV.

    da responsabilidade do requisitante a escolha do nvel de tenso, devendoter-se em ateno os critrios tcnicos e econmicos, nomeadamente relacio-nados com as tarifas de consumo, invesmento inicial, custos de manutenoe principalmente o nvel da qualidade de servio pretendida.

    Uma ligao rede pressupe sempre o estrito cumprimento de todas ascondies tcnicas e legais, nomeadamente, quando for o caso, a existnciae validade de licenas ou autorizaes por parte da endade administrava2competente, do sector elctrico ou de outros.

    As condies de ligao rede e o correspondente oramento fornecidosao requisitante podero ser objecto de alterao, caso o traado inicial-mente previsto seja alterado, por factos externos no imputveis EDPDistribuio.

    1 Valores a tulo meramente indicavo e sujeitos a anlise caso a caso.2 Em regra, os casos de BT so com a CERTIEL, de MT e AT com as DRME e produtores com a DGEG.

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    A instalao ou instalaes elctricas parculares existentes numa matrizpredial tm um nico ponto de fronteira com a rede de distribuio e cadauma dessas instalaes parculares dispor de contagem de energia indivi-

    dualizada. Uma instalao elctrica parcular no pode ultrapassar os limitesda propriedade onde se insere.

    As ligaes rede so idencadas atravs de um cdigo universal e nico doponto de entrega (CPE) que ser atribudo pela EDP Distribuio.

    Carecem de projecto elctrico designadamente as instalaes de servioparcular do po A, B e C3, cuja potncia instalada seja superior a 50 kVA(para mais informao ver o Fascculo 12 em Anexos).

    0.1. Ligao em Baixa Tenso

    Escolhido o nvel da tenso de ligao, dever-se- planear o valor da potnciaa requisitar, valor para o qual a ligao ser construda. O valor da potnciarequisitada ir condicionar a potncia mxima a contratar, sendo que a potn-cia a contratar no poder ser superior potncia requisitada nem inferior a50% da potncia instalada.

    De seguida, para se efectuar o pedido de ligao rede, (ou aumento de po-tncia), dever, atravs dos canais de atendimento (nomeadamente o contactcenter, internet, lojas e agentes), fornecer um conjunto de dados sobre a ins-talao (disponveis no sitewww.edpdistribuicao.pt) para formalizar o pedido.

    O requisitante dever apresentar, nos referidos canais de atendimento, osseguintes documentos:

    Carto de Contribuinte (NIF ou NIPC); Ficha Electrotcnica devidamente preenchida e assinada por tcnicoqualicado;

    Planta topogrca com as coordenadas geogrcas; Licena municipal de construo ou declarao subscrita pelo pro-

    prietrio ou tcnico responsvel, em como a obra no est sujeita alicenciamento municipal.

    Nota: nos casos em que j existe informao sobre a viabilidade de alimentao

    dever apresentar a comunicao da EDP Distribuio.

    3 Ver Captulo 1 e Fascculo 12 em ANEXO.

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    No prazo de 15 dias teis4, aps a formalizao do pedido, sero apresentadasas condies de ligao que contemplam:

    Oramento;

    Prazos de validade das condies e de pagamento; Prazos de execuo; Informaes sobre as dimenses e caracterscas tcnicas da ligao; Materiais a ulizar.

    Aps aceitao das referidas condies e pagamento dos encargos constantesdo oramento, ser concrezada a obra de ligao rede pela EDP Distribuioou pelo prprio requisitante5, consoante a opo tomada. Os dados tcnicosindicados para efeitos de oramento podero ser diferentes dos dados neces-srios execuo da obra.

    Sendo a construo dos elementos de ligao rede feita pelo requisitante,este dever solicitar EDP Distribuio instrues ou o estudo preliminar queserviu de base elaborao do oramento e que inclui, designadamente:

    As condies tcnicas da ligao e as normas construvas aplicveis; A ulizao de materiais aprovados pela EDP Distribuio.

    A execuo da obra, por administrao directa do requisitante, implicar teruma empresa prestadora do servio com capacidade para tal cercada deacordo com o Sistema Portugus de Qualidade ou ser reconhecida pela EDPDistribuio com capacidade para a execuo de tais obras, (ver 1.6), sendoque o requisitante obriga-se a prestar uma garana por um prazo de um anopara suprir eventuais decincias de construo.

    Depois de construdos, os elementos de ligao passam a fazer parte inte-grante das redes, cuja explorao da responsabilidade da EDP Distribuio.

    [RRC e RRD]

    Por lmo, vem o fornecimento de energia elctrica cujo incio s se poderconcrezar aps:

    Execuo da ligao rede; Liquidao de encargos da ligao rede; Cercao da instalao pela Cerel (a realizar a qualquer momento

    do processo); Contrato de fornecimento de energia elctrica com um comercializador.

    4 Sempre que a natureza dos estudos a realizar no possibilite o cumprimento do prazo indicado,o novo prazo ser acordado entre as partes.5 O requisitante poder optar pela construo dos elementos de ligao para uso exclusivo.

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    Nota: os contadores de energia e a pornhola devero estar no exterior, num localde fcil acesso da via pblica, a uma altura denida consoante o po de instalao(por exemplo, com ou sem muro de vedao da propriedade), como se ilustra a

    seguir (Figura 0.1). Para mais detalhes, ver Captulo 5.2 (Casos Tipo de Ligao).

    Figura 0.1 Localizao pica do contador e pornhola

    Presentemente, funo do desenvolvimento das redes inteligentes, existemlocais em que o contador de energia foi substudo por uma Energy Box6aqual, para alm de incorporar as funes de contagem, permite ao clientedispor de um equipamento de gesto vel de energia que est dotado datecnologia necessria para apoio e fornecimento de servios designadamentede telegesto, a que acresce ainda informaes respeitantes qualidade econnuidade do fornecimento de energia elctrica.

    Oresumo da tramitao necessria para se efectuar uma ligao rede debaixa tenso apresentado a seguir na Figura 0.2.

    Figura 0.2 Resumo da tramitao da ligao rede BT

    6 Ver Captulo 11.

    Ponto de

    fronteira da rede

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    0.2. Ligao em Mdia Tenso

    Previamente ao pedido o requisitante dever, em conjunto com o seu Tcnico

    Responsvel e o Gestor de Cliente da EDP Distribuio, analisar as necessidadesespeccas da sua instalao, designadamente no que se refere a:

    Caracterscas do ponto de entrega; Exigncias de connuidade e qualidade de servio; Potncia a requisitar, ou seja, o valor para o qual a ligao ser

    construda. O valor da potncia requisitada ir condicionar a potnciamxima a contratar, sendo que no poder ser superior potnciarequisitada nem inferior a 50% da potncia instalada.

    Posteriormente, o requisitante para efectuar o pedido de ligao rede, (ouaumento de potncia), dever dirigir-se EDP Distribuio e fornecer umconjunto de dados necessrios para formalizar o pedido7 (disponveis no sitewww.edpdistribuicao.pt), com vista obteno de condies e oramento.

    O requisitante dever apresentar os seguintes documentos: Carto de Contribuinte (NIF ou NIPC); Projecto de electricidade de categoria B8 aprovado de acordo com o

    previsto no DL 517/80 de 31 de Outubro e com as actualizaes do DL101/2007 de 2 de Abril;

    Planta topogrca escala 1:25000 e 1:2000, com a localizao previstapara o ponto de entrega (com as coordenadas geogrcas);

    Dados constantes da requisio de ligao, nomeadamente:o Idencao do requisitante e da instalao;o Caracterscas tcnicas da instalao;o Caracterscas dos principais equipamentos elctricos suscepveis

    de induzir perturbaes na qualidade da onda de tenso ou a ela

    sensveis;o Necessidade de alimentao alternava.

    No prazo de 30 diasteis9, aps a formalizao do pedido, sero apresentadasas condies de ligao rede que contemplam:

    Oramento; Prazos de validade das condies e de pagamento; Prazos e opes de execuo;

    7 Ver Fascculo 11.8 Ver Fascculo 12.9 Sempre que a natureza dos estudos a realizar no possibilite o cumprimento do prazo indicado,o novo prazo ser acordado entre as partes.

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    Informaes sobre as dimenses e caracterscas tcnicas da ligao; Materiais a ulizar.

    Nota: no caso de o requisitante no apresentar o projecto aprovado ou umestudo preliminar que dena claramente o ponto de recepo e que obrigueas partes, em vez do oramento dever ser apresentada uma esmava or-amental a tulo meramente informavo, que no dispensa a apresentaodo oramento denivo.

    Aps aceitao das condies de ligao e pagamento dos encargos constan-tes do oramento, ser executada a ligao rede pela EDP Distribuio ou

    pelo prprio requisitante, mediante acordo prvio com a EDP Distribuio. Osdados tcnicos indicados para efeitos de oramento podero ser diferentesdos dados necessrios execuo da obra.

    Sendo a construo dos elementos de ligao rede feita pelo requisitante,este dever solicitar EDP Distribuio instrues ou o estudo preliminar queserviu de base elaborao ao oramento que inclui, designadamente:

    As condies tcnicas da ligao e as normas construvas aplicveis; A ulizao de materiais aprovados pela EDP Distribuio.

    A execuo da obra por administrao directa do requisitante implicar as-sumir toda a responsabilidade inerente mesma, (ver 1.6), designadamenteelaborao do projecto da linha MT, o qual ser entregue EDP Distribui-o para aprovao e integrao na rede, atravs de meios informticos Sit Projecto Externo, negociao e indemnizao de proprietrios de terre-nos atravessados pela linha. Dever para isso ter uma empresa prestadorado servio certificada para o efeito, de acordo com o Sistema Portugus deQualidade ou em alternativa ser reconhecida pela EDP Distribuio comcapacidade para a execuo de tais obras. O requisitante obriga-se a prestaruma garantia por um prazo de um ano para suprir eventuais deficinciasde construo.

    O requisitante obriga-se a realizar os ensaios que venham a ser necessriosem conformidade com indicaes da EDP Distribuio e ser ainda responsvelpela realizao de trabalhos em tenso (TET) que venham, eventualmente, aser necessrios no decurso da ligao rede.

    Depois de construdos, os elementos de ligao passam a fazer parte inte-grante das redes, cuja explorao da responsabilidade da EDP Distribuio.[RRC e RRD]

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    Por lmo, vem o fornecimento de energia elctrica cujo incio s se poderconcrezar aps:

    Execuo da ligao rede;

    Liquidao de encargos de ligao rede; Licenciamento, vistoria e autorizao da entrada em explorao, pelas

    DRME da:o Instalao do Requisitante;o Elementos de ligao rede.

    Protocolo de Explorao da instalao (ver 3.4); Contrato de fornecimento de energia elctrica com um comercializador.

    O resumo da tramitao necessria para se efectuar uma ligao rede demdia tenso apresentado a seguir na Figura 0.3.

    Figura 0.3 Resumo da tramitao de ligao rede MT

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    0.3. Ligao em Alta Tenso

    A ligao em alta tenso efectuada, em condies a denir pela EDP Distri-

    buio, a parr da rede de 60 kV at subestao do requisitante, podendoocorrer dois pos de ligao:

    Ligao directa; Ligao em (para mais detalhe ver captulo 7.2.1).

    Nota: Ligaes em T no sero efectuadas.

    O requisitante dever previamente ao pedido analisar, em conjunto com o seuTcnico Responsvel e o Gestor de Cliente da EDP Distribuio, as necessidadesespeccas da sua instalao, designadamente no que se refere a:

    Obteno de uma esmava oramental ou oramento denivo; Condies e opes de execuo e respecvos prazos; Dados constantes da requisio10, nomeadamente:

    o Idencao do requisitante e da instalao;o Caracterscas tcnicas da instalao de ulizao;o Caracterscas dos principais equipamentos elctricos suscepveis de

    induzir perturbaes na qualidade da onda de tenso ou a ela sensveis;

    Necessidade de alimentao alternava.

    As referidas condies sero objecto de anlise caso a caso, mediante acordoentre as partes.

    O incio do fornecimento de energia elctrica s se poder concrezar aps:

    Execuo da ligao rede; Liquidao de encargos de ligao rede; Licenciamento, vistoria e autorizao da entrada em explorao, pela

    DRME (Direco Regional do Ministrio de Economia) da:

    o Subestao do Requisitante;o Elementos de ligao rede.

    Protocolo de Explorao da instalao (ver 3.4); Contrato de fornecimento de energia elctrica com comercializador.

    10 Ver Fascculo 11.

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    O resumo da tramitao do processo para a concrezao de uma ligao rede de alta tenso apresenta-se a seguir na Figura 0.4.

    Figura 0.4 Resumo da tramitao de ligao rede AT

    0.4. Ligao de Produtores

    As instalaes produtoras de electricidade dividem-se em duas classes: Produtores em Regime Ordinrio (PRO); Produtores em Regime Especial (PRE).

    Os Produtores em Regime Ordinrio, regra geral ligados Rede Nacional deTransporte (RNT), incluem a produo dita convencional: Centrais trmicas; Grande hdrica ( > 50MVA ).

    Os Produtores em Regime Especial englobam a produo de energia elctri-ca atravs de centrais que usam recursos renovveis ou resduos industriais,agrcolas ou urbanos, centrais de co-gerao e centrais hidroelctricas, nor-malmente ligados Rede Nacional de Distribuio (RND).

    Os produtores esto sujeitos nos termos do RRD ao regime de facturaode energia reacva, com excepo da microproduo (DL 363/2007). Osprodutores com ligaes s redes AT e MT com potncia de ligao superior a

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    6 MW comparcipam nos custos dos equipamentos necessrios para produzirenergia reacva, ver captulo 10.

    Na gura seguinte esquemaza-se resumidamente o processo a seguir para aconcrezao da ligao de produtores em regime especial s redes de baixa,mdia ou alta tenso.

    Figura 0.5 Tramitao de ligao da PRE s redes

    Para mais informao relava a produtores consultar os siteswww.edpdistri-buicao.pt, www.erse.pt e www.dgge.pt.

    A acvidade de compra de energia a Produtores em Regime Especial exercida,

    em regime de exclusividade e obrigatoriedade, pela EDP Servio Universal.

    Produo com auto-consumo regulada pelo DL 68/2002 de 25 de Maroe consiste na produo de energia elctrica em baixa tenso, desde que apotncia a entregar rede de distribuio no seja superior a 150kW, e oconsumo prprio ou o fornecimento a terceiros, seja pelo menos 50 % daenergia elctrica produzida.

    Est em curso novo enquadramento ao abrigo da RCM 54/2010, de 8 de Julho,

    e DL 34/2011, de 8 de Maro, que visa revogar o DL 68/2002, mas que sal -vaguarda a connuao da sua aplicao s instalaes existentes. O novodiploma vem substuir a produo com auto-consumo pela MiniProduo,a qual assenta num processo simplicado semelhante ao da microproduo.

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    Para o exerccio da miniproduo precisa ser consumidor de energia no local,no podendo a potncia de ligao rede ser superior a 250 kW ou exceder50% da potncia contratada como consumidor, sendo que toda a energia

    produzida ser entregue rede BT ou MT.

    Na gura 0.6 esquemaza-se, resumidamente, o processo a seguir para aconcrezao da ligao de Produtor com auto-consumo rede de baixa tenso.

    Figura 0.6 Tramitao de ligao rede BT da Produo com auto-consumo

    MicroProduo a gerao de energia pelo prprio consumidor BT (empresaou parcular) ulizando equipamentos de pequena escala, nomeadamentepainis solares, microturbinas, microelicas ou outro po de tecnologia.

    O DL 363/2007 de 2 de Novembro alterado pelo DL 118-A/2010 de 8 de Ju -lho, dene o processo simplicado de registo e licenciamento de unidadesde microproduo, efectuadas no sitewww.renovaveisnahora.pt, atravs doregisto no SRM11.

    A ligao das unidades de microproduo rede BT feita em sistema mono-fsico ou trifsico, estando sujeita a dois regimes remuneratrios: o regimegeral at potncia de 5,75 kW e o regime bonicado at potncia de 3,68

    kW. Em qualquer dos casos a potncia de ligao rede no poder exceder50% da potncia contratada para o local de consumo.

    11 Sistema de Registo de Microproduo da DGEG.

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    No regime bonicado obrigatrio o local de consumo associado micropro-duo dispor de colectores solares trmicos com um mnimo de 2 m2 de real de colector ou de caldeira a biomassa com produo anual de energia

    trmica equivalente.

    Para condomnios que integrem seis ou mais fraces, em que sejam ulizadasinstalaes trifsicas, a potncia de ligao rede poder ir at 11,04 kW.

    S o comercializador que fornece energia elctrica para consumo da instala-o de ulizao do produtor pode celebrar contrato de compra e venda daenergia resultante da microproduo, devendo assegurar o seu pagamento.

    dever do produtor entregar a energia elctrica em conformidade com asnormas tcnicas aplicveis e de modo a no causar perturbao no normalfuncionamento da rede pblica de distribuio em baixa tenso e permir efacilitar o acesso do pessoal tcnico da EDP Distribuio unidade de micro-produo, no mbito das suas competncias.

    da responsabilidade do microprodutor vericar as caracterscas tcnicasda onda de tenso no ponto de ligao rede.

    A ligao rede ca sujeita vericao prvia dos contadores e respecvosacessrios e realizao do teste de comunicaes a efectuar pela EDP Dis-tribuio.

    Na figura seguinte esquematiza-se resumidamente o processo para aconcrezao da ligao de um microprodutor rede de baixa tenso.

    Figura 0.7 Tramitao da ligao rede BT da microproduo

    (Renovveis na Hora)

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    0.5. Ligao de Casos Especiais

    Existem ainda situaes especiais de ligaes s redes, designadamente:

    Condomnios Fechados; Urbanizaes; Empreendimentos Mistos; Instalaes Eventuais; Instalaes Provisrias.

    0.5.1. Condomnios Fechados / Urbanizaes / Empreendimentos Mistos

    As infra-estruturas elctricas destas instalaes sero construdas, licenciadase exploradas pela endade promotora do empreendimento se a sua naturezafor de servio parcular.Sendo a sua natureza de servio pblico sero construdas pelo promotor,licenciadas e exploradas pela EDP Distribuio.O projecto da rede a executar pelo promotor dever ser entregue EDP Dis -tribuio atravs de meios informcos Sit Projecto Externo, para efeitos deaprovao e integrao na rede pblica.Em zonas urbanas, os PS e PTD a integrar na rede pblica, devero estar dota-dos de equipamentos motorizados, tendo em vista o seu telecomando futuro.Depois de construdas as referidas infra-estruturas internas, o procedimentopara a sua ligao rede de distribuio seguir a tramitao prevista anterior-mente, conforme se trate de uma ligao rede de alta, mdia ou baixa tenso.

    0.5.2. Instalaes Eventuais

    Este po de ligaes rede para alimentao de instalaes de carcter even-tual, dever ter a durao estritamente necessria dependente do evento em

    causa, e desna-se picamente a: Circos; Feiras; Festas; Espectculos de Rua e Similares.

    A obrigao de ligao de instalaes eventuais est condicionada dispo-nibilidade da rede de distribuio e ao cumprimento das normas legais eregulamentares em vigor, no podendo prejudicar a normal explorao darede nem constuir perigo para pessoas e bens.

    A montagem e desmontagem do ramal de ligao rede e respecvo quadrode entrada (com ou sem contagem) sero estabelecidos pelo requisitante,de acordo com as normas tcnicas aplicveis, e sero objecto de vistoria porparte da EDP Distribuio.

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    Os pedidos do requisitante de uma ligao rede so feitos atravs dos canaisde atendimento, sendo necessrios os documentos indicados a seguir:

    Carto de Contribuinte (NIF ou NIPC) e Bilhete de Idendade ou Passa-

    porte; Autorizao do Governo Civil (ou eventualmente da Polcia, Cmara

    Municipal, Junta de Freguesia ou Delegao Marma); Termo de Responsabilidade pela execuo da instalao elctrica; Termo de Responsabilidade pela explorao elctrica (para potncia

    contratada superior a 10 kVA) ou Declarao de Responsabilidade (at 10kVA), nos termos da legislao em vigor (DL 517/80 de 31 de Outubro).

    Nota: o incio do fornecimento de energia elctrica s poder concrezar-seaps celebrao de um contrato com um comercializador.

    0.5.3. Instalaes Provisrias

    Este po de ligao rede para alimentao de instalaes de carcter tempo-rrio desna-se picamente a instalaes para reparaes, trabalhos, ensaiosde equipamentos, obras e estaleiros.

    Apesar da instalao de ulizao ter um carcter provisrio, a ligao redeser estabelecida com carcter denivo, ainda que venha a ser desmontada.

    Sempre que seja necessrio efectuar a desmontagem do ramal de ligao rede BT ou MT os custossero da responsabilidade do requisitante.

    A obrigao de ligao de instalaes de carcter temporrio est condicionada disponibilidade da rede de distribuio e ao cumprimento das normas legais

    e regulamentares em vigor, no podendo prejudicar a normal explorao darede nem constuir perigo para pessoas e bens.

    Os pedidos do requisitante de uma ligao rede MT so feitos atravs doGestor de Cliente da EDP Distribuio, de acordo com as regras previstas atrspara ligao rede MT.

    Os pedidos do requisitante de uma ligao rede BT so feitos, atravs doscanais de atendimento, de acordo com as regras previstas atrs para ligao

    rede BT, sendo necessrios os documentos indicados a seguir: Carto de Contribuinte (NIF ou NIPC) e Bilhete de Idendade ou Passa-

    porte; Licena de obras emida pela Cmara Municipal;

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    Manual de Ligaes Rede Elctrica de Servio Pblico

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    Termo de Responsabilidade pela execuo da instalao elctrica; Termo de Responsabilidade pela explorao elctrica (para potncia

    contratada superior a 10 kVA) ou Declarao de Responsabilidade (at 10

    kVA), nos termos da legislao em vigor (DL 517/80 de 31 de Outubro).

    Nota: o incio do fornecimento de energia elctrica s poder concrezar-seaps celebrao de um contrato com um comercializador.

    0.6. Ligao de Iluminao Pblica

    S se consideram como de iluminao pblica (IP) ligaes solicitadas ou au-torizadas pelas cmaras municipais para esse m.

    A EDP Distribuio possui um Manual de Iluminao Pblica que pode serconsultado para mais informaes ao nvel de novos critrios de projecto parainstalaes ecientes.

    0.7. ModiicaeseDesviosdeRede

    Os pedidos de terceiros para modicao, alterao ou desvios das redes de-vem ser devidamente juscados e solicitados EDP Distribuio para estudoe anlise de viabilidade e denio de condies e custos, nos termos do DL43 335/60 de 19 de Novembro.

    A juscao do pedido passa pela apresentao prvia de documentos com-provavos, nomeadamente a licena de construo, alvar de loteamento, ouos respecvos projectos aprovados, onde se representem as linhas existentes

    a modicar.

    Os princpios de modicaes e desvios da rede de IP, BT, MT, AT, PTD ou PTCassentam em trabalhos e obras estritamente necessrios, no supruos, comobservncia das boas regras prcas e de segurana.

    A realizao de obras de modicaes e desvios da rede no se efecvar semque o requisitante tenha liquidado previamente os respecvos encargos, comexcepo de situaes impostas por imperiosas razes de segurana, em que

    a liquidao poder ser feita posteriormente.

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    Captulo 1

    Princpios e Recomendaes

    1. Princpios e Recomendaes .......................................................... 241.1. Deveres de informao ............................................................... 241.2. Obrigao de ligao ................................................................... 241.3. Propriedade ................................................................................. 241.4. Direito de acesso ......................................................................... 251.5. Limites e Responsabilidades ........................................................ 251.6. Execuo da ligao ..................................................................... 251.7. Produtores ................................................................................... 261.8. Empreendimentos ....................................................................... 261.9. Prdios Colecvos ....................................................................... 261.10. Cercao de instalaes ........................................................ 261.11. Contagem e Medio ................................................................ 271.12. Qualidade de servio ................................................................. 27

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    1. PrincpioseRecomendaes

    Indicam-se a seguir alguns princpios e recomendaes tendo em vista a igual-

    dade de tratamento, uniformidade de actuao, imparcialidade nas decises,respeito pelas disposies legais e regulamentares, transparncia das regras

    aplicveis e dever de informao.

    1.1. Deveresdeinformao

    a) A obrigao de ligao inclui deveres de informao e aconselhamento

    por parte da EDP Distribuio, designadamente sobre o nvel de tensoe nveis de qualidade de servio;

    b) Para ligaes rede MT e AT a EDP Distribuio disponibilizar um Gestor

    de Cliente para apoio e acompanhamento do processo de ligao;

    1.2. Obrigao de ligao

    a) A ligao rede obedece ao cumprimento das normas legais e regu-

    lamentares em vigor, no podendo prejudicar a normal explorao da

    rede nem constuir perigo para pessoas e bens;

    b) A ligao rede pressupe o estrito cumprimento de todas as condi-

    es tcnicas e legais, nomeadamente, quando for o caso, da prvia

    emisso de licena ou autorizao dada pela endade administrava

    competente, pagamento de encargos, protocolo de explorao (MT e

    AT) e contrato de fornecimento com comercializador;

    c) A obrigao de ligao em BT poder ser condicionada disponibilizao

    de um espao adequado para a instalao e explorao de um Postode Transformao de Servio Pblico, havendo lugar ao ressarcimento

    pela cedncia do espao;

    d) A obrigao de ligao de instalaes de carcter provisrio ou eventual

    est condicionada disponibilidade da rede de distribuio pblica.

    1.3. Propriedade

    As ligaes rede depois de construdas e consideradas em condies tcni-

    cas de explorao passam a fazer parte integrante da rede de distribuio de

    energia elctrica.

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    1.4. Direitodeacesso

    Nos termos legais deve ser garando o direito de acesso EDP Distribuio

    aos locais das instalaes ligadas rede, onde esto instalados equipamentosde contagem, medio, registo e transmisso de dados de sua propriedade,assim como aos elementos da rede estabelecida em propriedade parcular eque por razes de servio ou de segurana seja necessrio operar.Sempre que possvel, o ponto de recepo de energia, dever localizar-se nolimite da propriedade, em local de fcil acesso a parr da via pblica.

    1.5. LimiteseResponsabilidades

    a) Nas ligaes s redes AT e MT torna-se necessrio a elaborao de umProtocolo de Explorao que dena claramente a fronteira entre a redede distribuio e as instalaes a ela ligadas e as responsabilidades pelaexplorao, manuteno e conservao;

    b) Nas ligaes rede BT os limites da rede de distribuio esto denidosna legislao em vigor (RRD);

    c) Nas ligaes rede BT em que o ponto de entrega feito numa pornho-la, esta dever car em local de fcil acesso ao distribuidor de energiapara que este possa efectuar a sua explorao. da responsabilidadedo requisitante a sua montagem;

    d) No caso de instalaes parlhadas deve assegurar-se a plena delimitaodas responsabilidades tcnicas, a idencao dos equipamentos e res-pecva propriedade, de forma a garanr a segurana dos interventores,assim como regras de acesso permanente s mesmas.

    1.6. Execuo da ligao

    a) Nos casos em que a execuo de ligao feita pelo requisitante atravsde empresas reconhecidas ou cercadas para tal, a responsabilidadeinerente ao projecto e execuo da obra do requisitante, e inclui: Negociao com proprietrios dos terrenos; Materiais ulizados e normas construvas denidas pela EDP Distri-

    buio; Ensaios em conformidade com indicaes da EDP Distribuio; Garana por um prazo de um ano de eventuais decincias de cons-

    truo.

    b) No caso de requisies conjuntas para ligao rede, os encargos refe-rentes ao uso parlhado so repardos em funo da potncia requi-sitada individualmente, cando a execuo dependente do pagamentointegral dos respecvos encargos;

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    c) O projecto referente aos elementos de rede a executar por terceiros,dever ser entregue de forma informca EDP Distribuio, via plata-forma Sit Projecto Externo, para efeitos de licenciamento e integrao

    no cadastro das redes de servio pblico.

    1.7. Produtores

    Entregar a energia elctrica em conformidade com as normas tcnicas aplicveise de modo a no causar perturbao no normal funcionamento da rede pblica.

    1.8. Empreendimentos

    a) As infra-estruturas elctricas de urbanizaes e empreendimentossimilares, pela sua natureza de servio pblico, sero construdas pelopromotor e licenciadas e exploradas pela EDP Distribuio;

    b) As infra-estruturas elctricas de condomnios fechados sero constru-das, licenciadas e exploradas pela endade promotora do empreendi-mento, dada a sua natureza de servio parcular;

    c) Construdas as infra-estruturas internas dos empreendimentos, a trami-tao para a sua ligao s redes de distribuio BT, IP, MT ou AT segueos mesmos princpios que a ligao de clientes.

    1.9. Prdios Colectivos

    a) O ponto de entrega de energia feito na pornhola ou no terminal docorte geral do quadro de colunas no caso de no haver pornhola, sendo

    da responsabilidade do condomnio a manuteno e conservao doquadro de colunas, coluna montante e entradas;b) Por razes de segurana ou de servio, designadamente para efectuar lei-

    turas, interrupes e a substuio de fusveis12 na parte colecva, a EDPDistribuio dever ter livre acesso s instalaes, a parr da via pblica.

    1.10. Certiicaodeinstalaes

    a) No caso de ligaes rede BT de instalaes de carcter provisrio oueventual a cercao e autorizao de entrada em explorao da

    12 A substuio de fusveis debitada ao cliente que solicitou a interveno.

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    competncia da EDP Distribuio, nos termos do Decreto-Lei 272/92de 3 de Dezembro;

    b) No caso de ligaes rede BT de instalaes de ulizao no localizadas

    em edicios, cuja potncia a alimentar pela rede no exceda 1,15 kVAe a empresa instaladora esteja devidamente inscrita no Instuto dosMercados de Obras Pblicas e Parculares e do Imobilirio (IMOPPI),esto excludas da inspeco nos termos dos Decretos-Lei 101/2007de 2 de Abril e 272/92 de 3 de Dezembro (desna-se a equipamentosurbanos para publicidade, como por exemplo: mupis, etc. ).

    1.11. Contagem e Medio

    a) Os equipamentos de medio e de contagem ou de telecontagem, bemcomo os respecvos acessrios, so propriedade da EDP Distribuio,cando o cliente el depositrio destes, nomeadamente para efeitosda sua guarda e restuio ndo o contrato de fornecimento;

    b) Em instalaes de cliente nico ligadas rede BT, os contadores deenergia devem ser localizados no exterior do local de consumo e estarpermanentemente acessveis EDP Distribuio, a parr da via pblica;

    c) Em edicios do po colecvo ou similares com vrios clientes, os conta-dores de energia devem ser centralizados, junto da entrada do edicio,em local de fcil acesso, a parr da via pblica;

    d) Em ligaes MT at 630 kVA a medio feita do lado da BT,acima dessevalor feita do lado da MT, assim como no caso de instalaes dotadasde dois ou mais transformadores de potncia em paralelo. Em ligaesAT feita nos 60 kV;

    e) No caso de produtores a contagem da electricidade produzida feitapor telecontagem, mediante contador bidireccional, propriedade dos

    produtores e a inspeccionar pelo distribuidor de energia.

    1.12. Qualidade de servio

    a) A qualidade da energia elctrica dever ser analisada previamente li-gao rede, tendo em vista obter a melhor soluo tcnico-econmica;

    b) As instalaes de grande exigncia de um fornecimento connuo devemoptar por alimentao de recurso, atravs da rede estabelecendo uma

    dupla alimentao ou instalando fontes de produo alternavas;c) Para as instalaes dotadas de equipamentos sensveis qualidade de

    energia elctrica, de forma a migar o impacto no seu funcionamento,podero ser observados alguns princpios, designadamente:

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    i. Parametrizao adequada de equipamentos e circuitos de comando;ii. Sistemas de alimentao ininterrupta UPS;iii. Dotar as instalaes de ulizao, nomeadamente os quadros gerais

    e parciais com DST adequadamente dimensionados para fazer facea sobretenses que possam danicar equipamentos;

    iv. Regulao adequada dos valores de tenso no posto de transfor-mao;

    v. Dotar a instalao de uma adequada rede de terras de protecoseparada de outras, para garanr o funcionamento ecaz do sistemade proteces;

    vi. Fazer a correcta compensao de energia reacva no interior dasinstalaes, designadamente acima de 41,4 kVA, minimizandoperdas e riscos internos.

    d) Poder-se-, desde que solicitado, optar por uma alimentao com nveisde qualidade superior estabelecida no regulamento da qualidade deservio, mediante o pagamento dos respecvos custos.

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    Captulo 2

    Conceitos de Rede

    2. Conceitos de Rede ......................................................................... 302.1. Instalao Produtora ................................................................... 312.2. Rede de Transporte ..................................................................... 312.3. Rede de Distribuio ................................................................... 322.4. Pontos de Ligao e de Interligao ............................................ 322.5. Proteces de Interligao de Clientes e PRE .............................. 352.6. Instalao Consumidora .............................................................. 36

    2.6.1. Loteamento de Domnio Privado ...................................... 372.6.1.1. Empreendimento Comercial Misto ...................... 372.6.1.2. Condomnio Fechado ........................................... 37

    2.6.2. Loteamento de Domnio Pblico ....................................... 382.6.3. Edicios Colecvos ............................................................ 382.6.4. Instalao de Cliente nico ............................................... 39

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    2. ConceitosdeRede

    O estabelecimento de ligaes s redes reveste-se de capital importncia para

    a generalidade dos consumidores de energia elctrica, uma vez que, umacondio prvia de acesso ao servio de fornecimento de energia elctrica.[www.erse.pt]

    atravs do estabelecimento de uma ligao rede que qualquer instalaoelctrica, produtora ou consumidora, integrada em explorao nas redes detransporte e distribuio de electricidade. Esta situao ocorre para instala-es elctricas muito diversas, desde habitaes a lojas, parques industriaisou centrais de produo de energia, tendo um custo associado consoante asituao em parcular. [www.erse.pt]

    Figura 2.1 Fluxo energco desde a produo at ao consumidor

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    2.1. Instalao Produtora

    Este po de instalao tem como objecvo a produo de electricidade que

    ser injectada nas redes elctricas de servio pblico.

    Tabela 2.1 Ligao das diferentes instalaes produtoras rede [RRC]

    Potncia Instalada (P) Ligao Observaes

    P < 10 (MVA) RDO operador da RD em MT e AT e os operadoresda RD em BT devem cooperar no sendo de serobda a soluo mais vantajosa para as redes.

    10 P 50 (MVA) RD

    Poder-se- ligar RT, desde que haja acordocom o operador da RD em MT e AT, e estedemonstre ser essa a soluo mais vantajosapara o SEN.

    P > 50 (MVA) RTPoder-se- ligar RD, desde que haja acordocom o operador da RT e este demonstre ser essaa soluo mais vantajosa para o SEN.

    2.2. RededeTransporte

    As redes de transporte e de distribuio (2.3) de energia elctrica so operadaspor endades especicamente licenciadas para o efeito, devendo observarcritrios tcnicos e de segurana legalmente denidos.

    A rede de transporte dever estar preparada para dar resposta s solicitaes

    de novas ligaes e de pedidos de reforo (aumento de potncia requisitada)de ligaes existentes.

    As ligaes directas rede de transporte s so permidas para potnciascontratadas superiores a 10 MVA e desde que obdo o acordo do operadorda rede de distribuio em MT e AT, que deve demonstrar ser essa a soluoglobal mais vantajosa para o sistema elctrico nacional. [RRC]

    A transmisso de energia elctrica em MAT exclusiva das redes de transporte.

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    2.3. RededeDistribuio

    As redes de distribuio, atravs de subestaes e de centros produtores,

    possibilitam a transmisso da energia elctrica, recebida da rede nacional detransporte, at s instalaes consumidoras dos clientes.

    Tabela 2.2 Constuio das redes de distribuio

    Alta TensoLinhas Areas e Cabos Subterrneos em:60 kV (tenso nominal)

    Mdia Tenso30 kV15 kV (tenses nominais)10 kV

    Baixa Tenso 400/230 V (tenso nominal)

    Subestaes

    Postos de Seccionamento

    Postos de Transformao

    Ligaes s instalaes parculares

    Instalaes de Iluminao Pblica

    rgos, equipamentos e telecomando da rede

    As redes de distribuio, semelhana da rede de transporte (2.2), vo evo-luindo ao longo do tempo, sendo necessrio o seu reforo e modernizao,

    designadamente no que respeita capacidade de sasfao dos consumos

    com os necessrios nveis de qualidade e minimizando as perdas nas redes. De

    igual modo, as redes devem adaptar-se evoluo geogrca dos consumose dos novos centros electroprodutores.

    2.4. Pontos de Ligao e de Interligao

    O ponto de ligao , segundo o RRD, o ponto que estabelece a fronteira entre

    a rede de distribuio e a instalao de uma endade a ela ligada.

    O ponto de interligao segundo o RRD o ponto da rede existente ou a criar

    onde se prev ligar a linha que serve a instalao de um produtor, um clienteou outra rede.

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    No ponto de interligao, tambm conhecido por ponto de recepo, ocorrea ligao de uma ou vrias linhas, entre duas ou mais redes, designadamentepara trocas inter-regionais ou internacionais de energia elctrica. [RARI]

    Na escolha da localizao do ponto de interligao deve atender-se, simul-taneamente, potncia aparente total da instalao (S) e potncia decurto-circuito mnima no ponto de interligao (Sccmin), devendo optar-se pelaligao a uma rede:

    BT se:

    o S 100 kVAo Sccmin > 25*S

    MT ou AT se:

    o 100 kVA < S < 10 MVAo Sccmin > 20*S [Guia Tcnico das Instalaes Produtoras de Energia

    Elctrica]

    AT se:

    o S > 10 MVA

    Os limites da rede de distribuio BT, ou seja, o ponto de ligao entre a redeBT e as instalaes a ela ligadas so:

    Ligadores de sada da pornhola, do lado da instalao ligada rede; Ligadores de entrada do Quadro Coluna, do lado da rede, no caso de

    no haver pornhola; Ligadores de entrada do Contador, do lado da rede, no caso de noexisr pornhola nem quadro de colunas;

    Ligadores do Aparelho de Corte de Entrada do lado da instalao, quandoesver a montante da contagem, no caso de no haver pornhola nemquadro de colunas. [RRD]

    Os limites das redes de distribuio MT e AT, ou seja, o ponto de ligao entreas redes MT e AT e as instalaes a elas ligadas, so denidos de acordo com

    as regras seguintes:

    Os pontos de origem da instalao ligada RD so acordados entre aspartes;

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    O acordo concrezado atravs de Protocolo Especco, ao qual seanexar, se necessrio ilustrar a reparo de responsabilidades:

    o Desenhos ou esquemas unilares da instalao;o Desenhos ou esquemas unilares da aparelhagem. [RRD]

    A ERSE dene como conceito de ponto de ligao, para efeitos de determi-nao de comparcipaes em encargos, os pontos da rede BT e MT a seguirindicados:

    Armrios da rede subterrnea BT;

    Apoios da rede area BT; PTD; Apoios da rede area MT; Cabo mais prximo da rede subterrnea MT,

    sendo que, o ponto de ligao rede, no nvel de tenso expresso na requisiode ligao, deve ser o que se encontra sicamente mais prximo da referidainstalao, independentemente de a exisrem as condies necessrias sasfao do pedido.

    A distncia ao ponto de ligao, para efeitos de oramentao, ser medidaem linha recta no caso de rede area MT, quando regulamentarmente poss-vel. Nos restantes casos, nomeadamente ligaes subterrneas e rede BT, adistncia medida pelos trajectos de arruamentos pblicos.

    No esto sujeitas a esta prerrogava a ligao rede de instalaes provisriase eventuais nem as ligaes rede de alta tenso.

    O ponto de ligao corresponde ao que se pode designar por origem da ins-talao elctrica, ou seja, o ponto de entrega. Todos os pontos de entregade energia so codicados pelo respecvo operador da rede, atravs de umcdigo universal e nico do ponto de entrega (CPE).

    O CPE constudo por vinte caracteres alfanumricos repardos pelos se-guintes quatro campos especcos:

    Campo de denio do cdigo do Pas; Campo de denio do cdigo a idencar o operador da rede; Campo de atribuio livre; Campo de vericao do cdigo numrico atribudo.

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    Figura 2.2 Cdigo do Ponto de Entrega CPE

    2.5. ProtecesdeInterligaodeClientesePRE

    O cliente dever garanr a deteco selecva de defeitos na sua instalao,evitando que a ocorrncia de avarias na sua rede interna interra com o bomfuncionamento da Rede Nacional de Distribuio (RND). Para o efeito, deverinstalar, sempre que necessrio, proteces na sua instalao.

    O cliente responsvel pela manuteno, incluindo a reparao de avarias,do sistema de proteco do operador da rede instalado a jusante do pontode ligao, assim como de todos os equipamentos de proteco que eventu-almente existam na sua instalao.

    O operador da rede responsvel por denir as regulaes do sistema deproteces, assegurando dessa forma que eventuais defeitos que ocorram nainstalao do cliente no afectem a RND.

    O cliente responsvel pela eventual coordenao dos sistemas de protec-o no interior da instalao, devendo ter em considerao as regulaes dosistema de proteces do operador da rede.

    O acto de ligao do cliente rede do operador da rede dever ser precedidoda realizao de ensaios ao sistema de proteces, na presena de pessoal

    tcnico do operador da rede, cando esta responsvel pela selagem do mesmo(garanndo que no so alteradas as respecvas regulaes).

    O operador da rede reserva-se ainda o direito de solicitar ensaios ao sistemade proteces, sempre que o considerar juscvel.

    Qualquer alterao ser denida por acordo das partes, com o objecvo degaranr a selecvidade conjunta das proteces.

    O Produtor em Regime Especial, de acordo com o DL 189/88 com a redacoque lhe foi dada pelo DL 168/99, dever equipar a instalao de produo comproteces de interligao que garantam a separao rpida e automca darede, quer em consequncia de um defeito que ocorra nessa rede quer em

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    resultado de manobra voluntria, com o objecvo de assegurar proteco Rede Nacional de Distribuio.

    As Proteces de Interligao nas instalaes do PRE devero ser coordenadascom os sistemas de religao automca existente nas instalaes da RND,de forma a evitar que ocorram paralelos intempesvos que podero causarprejuzos tanto nas instalaes do PRE como nas da RND.

    Sero da responsabilidade do PRE todos os eventuais prejuzos que resultemdo mau funcionamento das proteces de interligao, nomeadamente osprovocados pela sua falta de coordenao com o sistema de religao auto-mco existente na rede.

    O operador da rede sugere que o bloco de proteces de interligao tenhaa seguinte constuio:

    Mximo Tenso Residual [ANSI 59N] 2 escales; Mnimo de Tenso Trifsica [ANSI 27] 2 escales; Mximo Tenso Trifsica [ANSI 59] 1 escalo; Mximo Frequncia [ANSI 81O] 1 escalo; Mnimo Frequncia [ANSI 81U] 1 escalo; Mximo Intensidade de Fase Trifsica [ANSI 50/51] 2 escales.

    2.6. Instalao Consumidora

    Por denio uma instalao consumidora corresponde a um nico clienteinserido num lote ou a um edicio ou conjunto de edicios funcionalmenteinterligados, incluindo os constudos em regime de propriedade horizontal,sendo que, ao conjunto das suas instalaes de ulizao corresponde uma

    nica requisio de ligao rede.

    No entanto, pretende-se que neste Manual o conceito de instalao consu-midora seja extrapolado para designar ou caracterizar tambm um conjuntode empreendimentos habitacionais, industriais ou de comrcio e servios,como sejam, um loteamento urbano, um loteamento industrial ou um espaocomercial. [Guia Tcnico de Planeamento]

    Para caracterizar a instalao consumidora e proceder-se sua ligao ne-

    cessrio ter em conta os seguintes pontos: Potncia requisitada; Tenso declarada; Requisitos especiais solicitados pelo requisitante;

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    Determinao do impacto na rede; Elementos de ligao; Esquema e estrutura da Rede propostos;

    Custos envolvidos (na concrezao da proposta de ligao). [GuiaTcnico de Planeamento]

    2.6.1. LoteamentodeDomnioPrivado

    Esta categoria de loteamentos13 pode ser subdividida em duas subcategorias,ambas com uma caractersca comum que a delimitao clara da sua fron-teira e possibilidade do acesso ser condicionado.

    Figura 2.3 Subcategorias dos loteamentos de domnio privado

    2.6.1.1. Empreendimento Comercial Misto

    Caracterizam-se pela existncia dentro de uma parcela/lote passvel de teracesso condicionado um conjunto de Postos de Transformao de MdiaTenso de Servio Pblico (PTD de Distribuio) e de Servio Parcular (PTC

    de cliente). A tulo de exemplo rera-se os Centros Comerciais. [Guia Tcnicode Planeamento]

    2.6.1.2. Condomnio Fechado

    Um Condomnio Fechado ou Privado corresponde a uma rea de acesso con-trolado e em que um conjunto de equipamentos, tais como parqueamentos,jardins ou espaos verdes, pode ser usufrudo por todos os proprietrios. No

    fundo possui as mesmas caracterscas de qualquer outro edicio em regime

    13 A disno entre domnio pblico e privado estabelecida no licenciamento concedido pelorespecvo municpio.

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    de propriedade horizontal, simplesmente com algumas parcularidades.Podemo-nos deparar com:

    Co-existncia de vrias edicaes que no se encontram ligadas entre si;

    Edicios perfeitamente disntos e at estruturalmente autnomos, masque funcionam ligados, estando inclusive denidas partes comuns:o Jardins;o Parques de estacionamento;o Piscinas ou zonas de lazer;o Iluminao Exterior;o Rede viria interna, etc.

    Muro circundante com vista a isolar e proteger os condminos residentes.[Guia Tcnico de Planeamento]

    2.6.2. LoteamentodeDomnioPblico

    Estes loteamentos so dotados de infra-estruturas elctricas de distribuio ede iluminao pblica, alimentadas em BT a parr da rede de distribuio oua parr de Postos de Transformao de Servio Pblico (PTD de Distribuio)

    ou alimentadas a parr da rede de distribuio em MT. Podem ser loteamen-tos de cariz industrial ou com caracterscas habitacionais e/ou servios, semnenhuma restrio de acesso sua rea. [Guia Tcnico de Planeamento]

    Os postos de transformao de servio pblico devem car obrigatoriamentelocalizados em espao de domnio pblico, de fcil acesso a parr do exterior,sendo que normalmente o ponto de ligao ser um dos PT mais prximo dafronteira do loteamento.

    2.6.3. EdiciosColectivos

    Para edicios com mais do que uma instalao de ulizao, as potncias paraligao rede de distribuio devero ser afectadas de um factor de simulta-neidade denido na tabela seguinte.

    Tabela 2.3 Factor de simultaneidade [DIT-C14-100/N]

    N 2 - 4 5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 24 25 - 29 30 - 34 35 - 39 40 - 49 50

    C 1 0,75 0,56 0,48 0,43 0,40 0,38 0,37 0,36 0,34

    Legenda: N Nmero de instalaes de ulizao situadas a jusanteC Factor de simultaneidade

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    2.6.4. Instalao de Cliente nico

    Normalmente, esta instalao constuda apenas por um lote com um nico

    cliente, podendo fazer parte integrante de um loteamento de domnio pblicoou privado, implicando a instalao de um(a):

    Subestao de servio parcular (SE cliente) no caso de instalaes aligar em AT.

    Posto de Transformao de Mdia Tenso de servio parcular (PTC decliente) no caso de ligaes em MT.

    Instalao de ulizao de Baixa Tenso de servio parcular no casode ligaes em BT. [Guia Tcnico de Planeamento]

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    Captulo 3

    Conceitos Tcnicos de Ligao Rede

    3. Conceitos Tcnicos de Ligao Rede ............................................ 423.1. Nveis de Tenso .......................................................................... 423.2. Potncias Normalizadas .............................................................. 423.3. Tipos de Infra-estruturas de Ligao rede ................................ 44

    3.3.1. Ligao a Redes Areas ..................................................... 443.3.2. Ligao a Redes Subterrneas ........................................... 443.3.3. Ligaes Mistas ................................................................. 45

    3.4. Protocolo de Explorao .............................................................. 46

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    3. ConceitosTcnicosdeLigaoRede

    3.1. Nveis de Tenso

    Na tabela seguinte so consideradas e caracterizadas as ligaes em baixatenso (BT) dividida em baixa tenso normal (BTN) e baixa tenso especial(BTE), mdia tenso (MT) e alta tenso (AT), sendo que sobre a muito altatenso (MAT) no se faz referncia neste manual.

    Tabela 3.1 Caracterizao dos Nveis de Tenso

    Baixa Tenso Mdia Tenso Alta Tenso

    BTN BTE MT AT

    BT 1 kV 1 kV < MT 45 kV 45 kV < AT 110 kV

    P 41,4 kVA P > 41,4 kW P 10 MVA P > 10 MVA

    3.2. Potncias Normalizadas

    Em BTN as potncias a requisitar ou a contratar at 41,4 kVA so normalizadaspor escales, conforme a Tabela 3.5 abaixo.

    Tabela 3.2 Escales das potncias contratveis em Baixa Tenso Normal

    Monofsico Trifsico

    P (kVA) In (A) P (kVA) In (A)

    1,15 5 6,90 3 x 10

    2,30 10 10,35 3 x 15

    3,45 15 13,80 3 x 20

    4,60 20 17,25 3 x 25

    5,75 25 20,70 3 x 30

    6,90 30 27,60 3 x 40

    10,35 45 34,50 3 x 50

    13,80 60 41,40 3 x 60

    Em BTE no existem escales denidos, podendo ser contratada ou requisitadaqualquer valor de potncia, acima de 41,4 kW.

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    Em Mdia e Alta Tenso existe no mercado a seguinte normalizao indicadana , quanto potncia pica dos transformadores ulizados nas subestaese nos postos de transformao.

    Tabela 3.3 Potncias nominais recomendadas para os transformadores

    Escales de Potncia (kVA)

    50100160200

    250315400500630800

    1000125016002000

    250014

    10000200003150040000

    Tabela 3.4 rea de construo pica15

    dos Postos de Transformao e Subestaes

    rea de Construo

    Posto de Transformao po areo 3 a 4 (m2)

    Posto de Transformao po cabine 15 a 20 (m2)

    Subestao do po compacto 2.000 a 2.500 (m2)

    Subestao aberta 4.000 a 5.000 (m2)

    14 Para potncias superiores a 2500 kVA os transformadores so feitos por encomenda.15 Situao normal considerando um transformador de potncia.

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    3.3. TiposdeInfra-estruturasdeLigaorede

    3.3.1. LigaoaRedesAreas

    Este po de ligao rede realizado vista, a altura regulamentar, atravsde condutores areos suportados em apoios de rede designados por postes,obedecendo a regras tcnicas construvas, a materiais normalizados e a nor-mavos de segurana.

    uma ligao de mais baixo custo relavamente subterrnea e de uso ge-neralizado no meio rural e semi-urbano. A rede area est por natureza maispropensa a incidentes externos, pelo facto de estar exposta a fenmenos eagentes externos de variada origem.

    A rede area, nomeadamente de alta e de mdia tenso, poder ser, desdeque autorizado, estabelecida atravs de terrenos de parculares.

    Figura 3.1 Ligao a parr de redes areas

    3.3.2. LigaoaRedesSubterrneas

    Esta ligao rede enterrada no subsolo, a distncias regulamentares, atravsde cabos subterrneos, de acordo com regras tcnicas construvas, materiaisnormalizados e normavas de segurana.

    Este po de infra-estrutura ulizado em meios urbanos e semi-urbanos eapresenta custos de invesmento mais elevados, sendo a sua manutenotambm mais onerosa. No entanto, a capacidade de transporte da rede maior e benecia de aspectos estcos e ambientais, no estando to sujeitaa incidentes de origem externa, excepo de eventuais danos provocados

    por escavaes.

    O estabelecimento da rede subterrnea est limitado a caminhos pblicos,no podendo o seu traado ser estabelecido atravs de terrenos parculares.

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    Figura 3.2 Ligao subterrnea

    3.3.3. Ligaes Mistas

    Este po de ligaes, normalmente designadas por transio area/subterr-nea, no mais do que um traado, ou parte do mesmo, em canalizao dopo subterrneo alimentada a parr de rede area.

    Como regra geral poder optar-se por efectuar uma transio area-subter-rnea, tendo em conta critrios como:

    Localizao relava da rede e da instalao a abastecer, em relao auma via (do mesmo lado ou de lados opostos);

    Facilidade de estabelecimento de redes subterrneas por parte daAutarquia;

    Custos de estabelecimento, nomeadamente de abertura de valas.

    A tabela seguinte faz um resumo das opes a tomar consoante esses critrios.

    Tabela 3.5 Opes a tomar numa ligao do po misto

    Situao Critrios Opes picas normalizadas

    Rede eInstalaodo mesmo

    lado

    Transio area-subterrneaa parr de poste existente oua colocar na proximidade da

    instalao a alimentar e ligaosubterrnea a parr desse apoio.

    Rede eInstalao em

    lados opostos

    Viabilidade da AutarquiaCustos No signicavos

    Transio area-subterrnea noapoio mais prximo da instalao

    a alimentar e ligao subterrnea aparr desse apoio.

    Viabilidade da AutarquiaCustos Signicavos Transio area da via comcolocao de apoio na proximidade

    da instalao a alimentar e ligaosubterrnea a parr desse apoio.

    No Viabilidade da AutarquiaCustos Signicavos ou No

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    Figura 3.3 Exemplo de uma ligao mista area-subterrnea

    3.4. Protocolo de Explorao

    O protocolo de explorao visa nos termos legais denir os pontos de fronteirae de responsabilidade entre a rede de distribuio pblica e as instalaesde servio parcular de clientes ou produtores, estabelecendo princpiosorientadores sobre:

    Reparo de responsabilidades tcnicas entre as partes, nomeada-mente em:o Casos de manuteno programada das instalaes de qualquer das

    partes;o Outras situaes que conduzam necessidade de efectuar manobras

    com a rede da EDP Distribuio.

    Denio clara de canais de comunicao e dos interlocutores das partes; Regras de acessibilidade instalao elctrica de servio parcular e ao

    ponto de ligao desta rede de distribuio de servio pblico.

    Este protocolo obrigatrio para as ligaes s redes de mdia e alta tensoe sempre que necessrio em qualquer outra situao. [RRD]

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    Captulo 4

    Conceitos Regulamentares

    4. Conceitos Regulamentares ............................................................. 484.1. Introduo ................................................................................... 484.2. Condies Exigveis de Ligao em BT, MT e AT .......................... 504.3. Tarifas de Acesso s Redes .......................................................... 514.4. Condies Exigveis Comerciais e Regras de Oramentao ....... 53

    4.4.1. Elementos de ligao de uso exclusivo e parlhado ......... 544.4.2. Encargos com elementos de ligao para uso exclusivo ... 544.4.3. Encargos com elementos de ligao para uso parlhado ... 554.4.4. Encargos com o reforo das redes .................................... 554.4.5. Encargos com servios para elaborao de oramento

    e ligao rede ................................................................ 564.4.6. Aumento de potncia requisitada ..................................... 564.4.7. Ressarcimento pela cedncia de espao para

    a instalao de PTD ........................................................... 56

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    4. ConceitosRegulamentares

    4.1. Introduo

    O direito de acesso s redes e s interligaes em Portugal connental automacamente reconhecido, a todas as endades, no momento em quese nalize o processo de ligao s redes das suas instalaes, nos termosdenidos no RRC. [RARI]

    A ligao de uma instalao elctrica rede pblica de distribuio en-quadrada no mbito contratual peloRegulamento de Relaes Comerciaise pelo Regulamento Tarifrio, ambosresponsabilidade da ERSE - EndadeReguladora dos Servios Energcos,sendo que o Regulamento de Acessos Redes e Interligaes (RARI) deneas seguintes endades endgenas aoprocesso de ligao rede:

    Figura 4.1 Endades intervenientes

    no processo de ligao rede

    Figura 4.2 Diversos agentes inseridos no planeamento das redes elctricas

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    O novo enquadramento do sector elctrico leva a que o planeamento das redesdeixe de ser um processo centralizado e apenas da exclusiva responsabilida-de dos operadores das redes, passando a ser um planeamento coordenado

    regulamentado pelo RARI com os restantes agentes de mercado, cada um adesempenhar o seu papel com as devidas responsabilidades.

    A responsabilidade das partes est esquemazada nas seguintes guras.

    Figura 4.3 Acvidades e responsabilidades do Operador da RD

    A informao a disponibilizar quer pelo operador da rede, quer pelo clienteest indicada no Fascculo 1 em Anexo.

    Figura 4.4 Responsabilidades dos Comercializadores

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    4.2. Condies Exigveis de Ligao em BT, MT e AT

    s redes exigido que:

    Transportem e distribuam energia tendo em conta no s o cenriopresente como a entrada de novos agentes produtores e consumidores;

    Garantam nveis adequados de qualidade de servio; Promovam a segurana de abastecimento dos sistemas elctricos; Sejam ecientes e ofeream o servio a preos adequados; Cumpram com as restries ambientais de acordo com a legislao em vigor; No sejam um obstculo ao funcionamento da concorrncia. [RARI]

    Existem condies gerais de ligao RD para clientes de todos os nveis detenso, ou seja, BT, MT e AT (Figura 4.5), e, outras especcas, apenas parainstalaes a ligar s redes em MT e AT (Figura 4.6).

    Figura 4.5 Condies gerais de ligao para distribuidores em BT, MT e AT

    Figura 4.6 Condies especcas de ligao especcas para distribuidores em MT e AT

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    Para mais informao consultar o Captulo 4 quer do Regulamento da Rede

    de Distribuio quer do Regulamento da Rede de Transporte.

    4.3. TarifasdeAcessosRedes

    O Regulamento Tarifrio dene as tarifas a aplicar nas seguintes relaes

    comerciais indicadas na Figura 4.7.

    Figura 4.7 Relaes comerciais denidas no Regulamento Tarifrio

    As tarifas de Acesso s Redes a aplicar pelos operadores das redes de distribui-

    o s entregas dos seus clientes resultam da adio das tarifas de Uso Global

    do Sistema, de Uso da Rede de Transporte e de Uso das Redes de Distribuio.

    Figura 4.8 Tarifas de Acesso s Redes [Regulamento Tarifrio]

    Nota: A denio de cada uma destas tarifas encontra-se no Argo 18 (Ta-

    rifas e Proveitos) do Regulamento Tarifrio (ERSE, 2009).

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    As tarifas de Acesso s Redes16 so pagas por todos os consumidores (regime demercado ou mercado regulado), pelo uso das redes (transporte e distribuio)e pelo uso global do sistema (gesto tcnica do sistema, regulao e custos de

    polca energca, ambiental e de interesse econmico geral). [www.erse.pt]

    Tabela 4.1 Perodos Tarifrios [Regulamento Tarifrio]

    Perodos Tarifrios

    PerodosTrimestrais

    Perodo I 1 de Janeiro a 31 de Maro

    Perodo II 1 de Abril a 30 de Junho

    Perodo III 1 de Julho a 30 de Setembro

    Perodo IV 1 de Outubro a 31 de Dezembro

    PerodosHorrios

    O detalhe de todos estes ciclos pode ser consultado nos sites www.edpdistri-buicao.pt e www.erse.pt.

    A tulo de exemplo a especica o ciclo semanal para todos os fornecimentosem Portugal connental.

    Tabela 4.2 Ciclo Semanal para todos os fornecimentos

    em Portugal Connental [ERSE]

    Hora legal de Inverno Hora legal de Vero

    Segunda a Sexta-Feira Segunda a Sexta-Feira

    Ponta09h30 12h18h30 21h

    Ponta 09h15 12h15

    Cheias07h 09h3012h 18h30

    21h 24hCheias

    07h 09h1512h15 24h

    Vazio Normal00h 02h06h 07h

    Vazio Normal00h 02h06h 07h

    Super Vazio 02h 06h Super Vazio 02h 06h

    16 Ver Fascculo 8.

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    Hora legal de Inverno Hora legal de Vero

    Sbados Sbados

    Cheias 09h30 13h18h30 22h Cheias 09h 14h20h 22h

    Vazio Normal

    00h 02h06h 09h3013h 18h30

    22h 24h

    Vazio Normal

    00h 02h06h 09h14h 20h22h 24h

    Super Vazio 02h 06h Super Vazio 02h 06h

    Domingos Domingos

    Vazio Normal00h 02h06h 24h Vazio Normal

    00h 02h06h 24h

    Super Vazio 02h 06h Super Vazio 02h 06h

    4.4. CondiesExigveisComerciaiseRegrasdeOramentao

    O Regulamento de Relaes Comerciais dene as condies comerciais para oestabelecimento de ligaes s redes de transporte e distribuio de energiaelctrica de instalaes produtoras ou consumidoras de energia elctrica, asquais podem contemplar:

    Encargos com elementos de ligao para uso exclusivo; Encargos com elementos de ligao de uso parlhado; Encargos com reforo das redes; Ressarcimento pela cedncia de espao para instalao e explorao

    de um posto de transformao de servio pblico;

    Encargos com servios para elaborao de oramento e ligao rede; Encargos devido a terceiros que no decorrem directamente do valorda potncia requisitada nem da extenso dos elementos de ligao.[Despacho ERSE 12741]

    No Fascculo 6 apresenta-se um conjunto de exemplos de oramentao deligaes de clientes rede BT e MT.

    Nas ligaes de clientes rede AT os valores de oramento so calculados,

    caso a caso, com base nos custos internos da EDP Distribuio.

    Nas ligaes de produtores s redes os valores de oramento so calculados,caso a caso, com base nos custos internos da EDP Distribuio.

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    Deve-se ter em ateno que o processo de ligao s redes est cada vez mais

    sujeito a factores de ordem externa que podem condicionar ou inviabilizar a

    sua execuo.

    Nestas circunstncias, as condies e o correspondente oramento que fo-

    rem dados ao requisitante podero ser objecto de alterao, caso o traado

    inicialmente previsto seja alterado, por factos externos no imputveis EDP

    Distribuio.

    4.4.1. Elementos de ligao de uso exclusivo e partilhado

    Consideram-se elementos de ligao as infra-estruturas sicas que permitem

    a ligao entre uma instalao elctrica e as redes.

    Os elementos necessrios ligao de uma instalao rede so classicados

    nos seguintes pos:

    Elementos de ligao para uso exclusivo (limitados a um comprimento

    mximo); Elementos de ligao para uso parlhado. [Despacho ERSE 12741]

    A caracterizao dos elementos de ligao feita no Fascculo 2 em Anexo.

    Para mais informao recorrer ao Regulamento de Relaes Comerciais (RRC).

    Por regra, a EDP Distribuio no planeia as redes de distribuio em MT e AT

    com elementos de ligao para uso exclusivo.

    4.4.2. Encargos com elementos de ligao para uso exclusivo

    Os encargos relavos aos elementos de ligao para uso exclusivo so su-

    portados pelo requisitante, at ao limite dos encargos correspondentes ao

    comprimento mximo de referncia aprovado pelo regulador para a BT17.

    Para comprimentos superiores, o excedente oramentado como elemento

    de ligao para uso parlhado.

    17 Embora previsto regulamentarmente, por regra a EDP Distribuio no uliza o conceito deuso exclusivo nas ligaes rede MT.

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    Figura 4.9 Encargos com elementos de ligao de uso exclusivo em BT e MT

    Os encargos relavos aos elementos de ligao para uso exclusivo so calcula-dos por oramentao dos trabalhos a desenvolver, e podem ser consultadosno sitewww.edpdistribuicao.pt ou nas tabelas do Fascculo 2 em Anexo.

    4.4.3. Encargos com elementos de ligao para uso partilhado

    Os encargos regulados, relavos a estes elementos de ligao, necessrios paraproporcionar a ligao rede em BT e em MT, esto denidos no Fascculo 2e so calculados de acordo com a seguinte expresso:

    EUP = DUP x PuOnde:E

    UP Encargo com o elemento de ligao para uso parlhado

    DUP Distncia do elemento de ligao para uso parlhado (inclui a extensodo elemento de ligao para uso exclusivo que exceda o comprimento mximo)Pu Preo unitrio denido de acordo com a tabela do Fascculo 2. [DespachoERSE 12741]

    4.4.4. Encargoscomoreforodasredes

    Os encargos regulados relavos ao reforo das redes BT e MT so determi-nados com base no valor da potncia requisitada, aplicando-se as seguintesfrmulas:

    BT ER = URBTx PR2

    MT ER = URMTx PROnde:ER Encargo com o reforo das redes;URBT Valor xo, para BT, actualizado anualmente de acordo com o valor pre-

    visto para o deator implcito no consumo privado;URMT Valor xo, para MT, actualizado anualmente de acordo com o valorprevisto para o deator implcito no consumo privado;PR Potncia Requisitada.

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    Figura 4.10 Encargos com o reforo na rede

    4.4.5. Encargos com servios para elaborao de oramento eligao rede

    O operador da rede, ao qual requisitada a ligao, deve exigir ao requisitante o pa-gamento dos encargos que tenha suportado com a realizao de servios e estudosnecessrios para a elaborao das condies e oramento de ligao rede, inde-pendentemente de ser o requisitante ou o operador da rede a executar a ligao.

    O valor dos encargos regulados est denido no Fascculo 5.

    4.4.6. Aumento de potncia requisitada

    Na sasfao do pedido de aumento de potncia requisitada, o oramento aapresentar ao requisitante poder incluir o pagamento de encargos relavos a:

    Elementos de ligao para uso exclusivo; (ver 4.4.2)18

    Reforo das redes; (ver 4.4.4) [Despacho ERSE 12741] Servios para elaborao de oramento e ligao rede.

    4.4.7. RessarcimentopelacednciadeespaoparaainstalaodePTD

    Nas ligaes em BT, a EDP Distribuio pode solicitar ao requisitante que dispo-nibilize um local adequado para a instalao de um posto de transformao de

    servio pblico sempre que a potncia requisitada exceda os valores previstosnos contratos de concesso celebrados com os Municpios: 20 kVA em localidades onde a Pmdia por posto de transformao seja

    100 kVA. 50 kVA em localidades onde 100 < Pmdia 400 kVA, por posto de trans-

    formao. 100 kVA em localidades onde a Pmdia por posto de transformao seja

    > 400 kVA.

    Os valores de ressarcimento pela cedncia de espao esto indicados no Fas-cculo 4. [Despacho ERSE 12741]

    18 Caso o elemento de ligao para uso exclusivo tenha de ser mudado.

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    Captulo 5

    Ligao em Baixa Tenso

    5. Ligao em Baixa Tenso ................................................................ 585.1. Conceitos Tcnicos ...................................................................... 58

    5.1.1. Pornhola .......................................................................... 585.1.2. Caixa de contagem ............................................................ 585.1.3. Disjuntor Limitador de Potncia ........................................ 58

    5.2. Casos Tipo de Ligao .................................................................. 595.2.1. Pontos de Fronteira ........................................................... 605.2.2. Ligao de Edicios do Tipo Unifamiliar ............................ 61

    5.2.2.1. Ligao Rede Area ........................................... 615.2.2.1.1. Edicio com Muro ................................ 615.2.2.1.2. Edicio sem Muro ................................ 62

    5.2.2.2. Ligao Rede Subterrnea ................................. 635.2.2.2.1. Edicio com Muro ................................ 635.2.2.2.2. Edicios sem Muro .............................. 64

    5.2.3. Ligao de Edicios Colecvos .......................................... 645.3. Tramitao do Processo de Ligao BT ........................................ 65

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    5. Ligao em Baixa Tenso

    5.1. Conceitos Tcnicos

    5.1.1. Portinhola

    Em muitas ligaes em BT a pornhola desempenha a importante funo deestabelecer o ponto de fronteira entre a ligao da instalao e a rede distri-buio garanndo a proteco do respecvo ramal contra sobreintensidades.Assim, a pornhola dever car em local de fcil acesso ao distribuidor deenergia, a parr da via pblica, a quem caber a sua explorao, sendo daresponsabilidade do requisitante a montagem da mesma.

    Nota: As caracterscastcnicas (dimensionamento, proteco, etc.) estoindicadas no DIT-C14-100/N, com referncias s normas que ter de respeitar.

    5.1.2. Caixa de contagem

    As caixas de contagem desnam-se aos edicios dotados de uma ou mais insta-laes de ulizao (vivendas unifamiliares, edicios comerciais, prdios colec-vos, etc.), devendo ser colocadas pelos proprietrios no exterior ou em local defcil acesso ao distribuidor de energia, a parr da via pblica, de forma a facilitara leitura, vericao ou substuio do equipamento de medida e contagem.

    No caso de moradias unifamiliares e instalaes similares sero encastradas nomuro exterior, ou, na ausncia destes, nas fachadas exteriores das construes.

    Nos edicios colecvos com vrias instalaes de ulizao sero localizadas no

    seu interior em local de fcil acesso a parr do exterior. Regra geral devem sercentralizadas no vesbulo de entrada, no entanto, em funo da quandade deinstalaes, podem ser centralizadas nos patamares dos pisos. [DIT-C14-100/N]

    Nota: As caracterscasmais tcnicas (dimensionamento, proteco, etc.) estoindicadas no DIT-C14-100/N, com referncias s normas que ter de respeitar.

    5.1.3. DisjuntorLimitadordePotncia

    Este disjuntor propriedade do distribuidor de energia, est localizado nointerior da instalao de ulizao, selado pelo distribuidor e desna-se afazer o controlo da potncia contratada at 41,4 kVA, cando o cliente el

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    depositrio e com acesso a manobrar o mesmo. A sua regulao feita paraa intensidade de corrente In constante da tabela 3.2 deste Manual.

    5.2. Casos Tipo de Ligao

    So vrios os pos de instalaes de ulizao nal que se podem ligar redede distribuio em baixa tenso, sendo que, dependendo da potncia con-tratada, podero ser em baixa tenso normal (BTN), ou baixa tenso especial(BTE). A gura seguinte esquemaza essas hipteses, fazendo uma disnoentre zona urbana e zona rural atendendo s suas caracterscas de ligao.

    Figura 5.1 Tipos de Instalaes a ligar em BT [DIT C14-100/N]

    Em BTN (at 41,4 kVA) a potncia contratada controlvel por meio de umdisjuntor regulado por corrente, sendo a energia consumida medida por meiode contador de energia acva de ligao directa. [DIT C14-100/N]

    Para potncias superiores (BTE) pode ser contratado qualquer valor de potnciaat aos limites regulamentarmente denidos, sendo o valor da potncia con-

    tratada controlado, para efeitos tarifrios, por meio de indicador da potnciamxima tomada em perodos de 15 min. A energia consumida medida atravsde contadores de energia acva e de energia reacva, de ligao indirecta comtransformadores de corrente.

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    5.2.1. Pontos de Fronteira

    Os pontos de fronteira entre a rede de distribuio BT e as instalaes de

    ulizao esto ilustrados nas guras:

    Figura 5.2 Esquemazao do