63
EDUCAÇÃO DO CAMPO EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

EDUCAÇÃO DO CAMPOEDUCAÇÃO DO CAMPO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE

COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Page 2: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Falar do conhecimento é falar de como somos e de como nos construímos humanos. A dimensão humana enquanto característica nossa é que nos fez e nos faz

emergir da natureza: somos capazes de construir conhecimento. Esta habilidade que desenvolvemos,

de modificar o mundo pelo trabalho e, ao modificá-lo, nos transformarmos, foi e é um constante

aprendizado: é a história da construção do conhecimento... (“Valdir Pereira Duarte – Educador

Popular”)

Page 3: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

EIXO - 01EIXO - 01

O CAMPO DA EDUCAÇÃO DO CAMPOO CAMPO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Page 4: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Vamos assistir e ouvir atentamente um trecho do filme “Morte e Vida Severina”...

Neste trecho do filme Morte e Vida Severina, temos como pano de fundo.....????

Page 5: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Temos como pano de fundo, principalmente: a herança colonial de má distribuição de terra e renda no país, a luta pela Reforma Agrária, as condições econômicas do trabalhador do Campo....e o que mais???? O que a história nos tem a dizer????

Estamos tratando de uma temática essencial para compreender a Educação do Campo: a Questão Agrária Brasileira...

Page 6: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Alguns sujeitos acabam se destacando neste contexto histórico, estes: As comunidades indígenas, os quilombolas, os trabalhadores rurais temporários, os faxinalenses, os pequenos produtores, os ilhéus e ribeirinhos, as quebradeiras de coco, os seringueiros, entre outros. Quem são os sujeitos do campo que estão presentes em sua escola? Quais são as estratégias de reconhecimento dos mesmos??? Ou será que este fato passa despercebido por nós????

Page 7: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A falta de políticas públicas que atendessem os interesses dos trablhadores do campo, ao longo da história do país, culminou no surgimento de alguns movimentos sociais, tais como: o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, dos Atingidos por Barragens, dos Trabalhadores da Cana, das Populações Tradicionais Indígenas e Quilombolas, sindicatos rurais ligados à Agricultura Familar...entre outros...

Page 8: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Quais os efeitos da Questão Agrária brasileira podem ser evidenciadas em nossa realidade??? Existe alguma iniciativa dos Movimentos Sociais locais ??? Quais????

Page 9: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

O Brasil é menos urbano do que parece... “José Eli da Veiga, 2000”...

O economista José Eli da Veiga, em sua obra “Cidades Imaginárias” afirmou que o Brasil é menos urbano do que parece...veja no quadro a seguir os argumentos....

Page 10: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Veiga, ao debater a dimensão rural do Brasil revelou que em 2000, de um total de 5. 507 sedes de municípios:

- 3.887 possuiam menos de 10.000 habitantes;

- 1.776 possuiam menos de 2.000 habitantes;

Que em 2001:

- 4.557 não possuiam “Plano Diretor”- 4.512 estavam sem IPTU- 4.467 estavam sem instituição de ensino

superior- 4.680 sem varredura de ruas e limpeza

terceirizada- 4.317 sem coleta de lixo domiciliar

terceirizada

Page 11: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Considerando estes números e suas realidades, para Veiga o “Brasil é mais rural do que oficialmente se calcula, pois a essa dimensão pertencem 80% dos municípios e 30% da população....

O estado do Paraná não foge deste debate, analisem os mapas a seguir que resultam de uma pesquisa realizada por Valéria Villa Verde, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES, 2004).

Page 12: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Valéria definiu espaços rurais, os municípios cuja população total é de 20 mil habitantes – baseado no demógrafo George Martine – e a densidade demográfica inferior a 80 Hab/Km2 .

Page 13: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Page 14: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Há municípios em que 50% da população está ocupada na economia agrícola/agroindústria – 188 municípios preenchem essa condição – 53% da população paranaense...

Page 15: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

E aí...a partir dos mapas...o que podemos afirmar, o Paraná é realmente menos urbano do que parece???? O que compreendemos por urbano e rural? E a sua realidade?

Page 16: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

O IBGE identifica a situação urbana para domicílios que se localizam nas cidades (sedes municipais), as Vilas (sedes distritais ou Áreas Urbanas isoladas...No rural, estão os domícilios que se localizam fora dos limites acima definidos...

Page 17: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A lei N° 4.476/97 (IPTU): o artigo 1˚ parágrafo 1˚ considera imóveis urbanos aqueles localizados em regiões beneficiadas por pelo menos três dos seguintes serviços públicos: a) meio fio ou calçamento; b) abastecimento de água c) Sistema de esgoto sanitário d) rede de iluminação pública e) Escola de primeiro grau...

Page 18: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Essa mesma lei ainda complementa afirmando que imóvel urbano também são aqueles que se localizam em “área urbanizável ou de expansão urbana, constante de loteamento, destinada à habitação, à industria ou ao comércio, mesmo localizados fora das zonas definidas no parágrafo anterior...

Page 19: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Estes conflitos conceituais tem contribuído para a invisibilização das Escolas e sujeitos do Campo no Brasil e no Paraná...por isso, estamos diante de um grande desafio...compreender o campo da Educação do Campo...A questão agrária brasileira... Sobre o urbano e o rural...O pano de Fundo da proposta de Educação do Campo

Page 20: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

EIXO – 02EIXO – 02

A EDUCAÇÃO DO CAMPO: aspectos A EDUCAÇÃO DO CAMPO: aspectos históricos e legaishistóricos e legais

Page 21: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Não vou sair do campo pra poder ir pra escola...Educação do Campo é direito e não esmola....

Vamos ouvir e ler atentamente a letra da música “Educação do Campo é direito e

não esmola” de Gilvan Santos...

Page 22: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Educação do Campo é Direito e não esmola...Onde é que isso está escrito???? Será

que realmente é um direito???? Desde quando??? O que você acha disso???? Vamos

ver o que a história nos diz...

Page 23: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Para compreender a História da Educação do Campo, podemos dividir o processo em três

períodos: 1) O primeiro período é marcado pela negação dos sujeitos do campo nas políticas públicas

educacionais realizadas pelo Estado – a Chamada Educação Rural / 2) O segundo período marcado

por iniciativas de educação popular e de embates dos movimentos sociais camponeses junto ao Estado/ 3) O terceiro momento marcando o rompimento com a

Educação Rural e o Surgimento da Educação do Campo – uma educação que reconhece a identidade

e a cultura dos povos do campo...

Page 24: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

1988 Constituiçao

FederalA Educaçao é um Direito de Todos e um

dever do Estado

1996 LDB 9.394

Art. 28Adequação à Educação na Zona Rural

1997I Encontro

Nacional dos Educadores(as)

da Reforma Agrária

Aparece a proposta de Educação do

Campo

1998I Conferência Nacional Por

uma Educação Básica do

Campo

CONTINUE...

Page 25: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

2001É aprovada pelo

Conselho Nacional de Educação as

Diretrizes Operacionais para

uma Educação Básica nas Escolas do

Campo (CNE)

2003 Nasce no MEC a

Coordenação da Educação do Campo

AGORA..ACOMPANHE A LINHA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO CAMPO NO PARANÁ

2008 É aprovada pelo

CNE as Diretrizes

Complementares da Educação

Básica

Page 26: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

2000É realizada a “II

Conferência Paranaense: por uma Educação Básica do

Campo”Nasce a Articulação Paranaense por uma Educação do Campo

2003Nasce na SEED a Coordenação da Educação do

Campo

2006 É publicado um

documento pedagógico: As

Diretrizes Curriculares da

Educação do Campo

2010É aprovada as

Diretrizes Complementares

para uma Educação Básica nas Escolas do

Campo do Paraná

Page 27: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

O texto da constituição de 1946 mostra nitidamente que o Estado não tinha uma preocupação direta com o ensino às populações rurais:

Art. 168 – A legislação do ensino adotará os seguintes princípios: III - as empresas industriais, comerciais e agrícolas, em que trabalhem mais de cem pessoas, são obrigadas a manter ensino primário gratuito para os seus servidores e os filhos destes

Continue acompanhando...

Page 28: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

As constituições de 1967 e 1969 mantém os princípios da constituição de 1946, seguido pela “obrigatoriedade às empresas, inclusive agrícolas, com ensino primário gratuito dos filhos dos empregados, entre os sete e quatorze anos” (Brasil, 2002, p. 17), o que veio a contribuir futuramente para promover uma forte distorção idade-série.

Continue acompanhando...

Page 29: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Em 1961, num período politicamente tenso, próximo do golpe militar de 1964 é sancionada a Lei 4.024/61, que fixou diretrizes e bases (LDB) para o ensino e não se referiu à educação voltada aos povos dos territórios rurais. Somente após a constituição de 1988 é que houve mudanças na LDB que foi promulgada em 1996.

Continue acompanhando...

Page 30: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A Lei 9.394/96 (LDB), como fruto do processo de redemocratização do país traz em seu Art. 28 : “Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região”

Vamos ver o Art. 28 na íntegra

Page 31: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Art. 28 – Na oferta da Educação Básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão

as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região,

especialmente:

I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos

alunos da zona rural;

II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às

condições climáticas

III – adequação à natureza do trabalho na zona rural

Page 32: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Nesse sentido, “ao submeter o processo de adaptação à adequação, institui uma nova forma de sociabilidade no âmbito da política de atendimento escolar em nosso país. Não mais se satisfaz com adaptação pura e simples. Reconhece a diversidade sociocultural e o direito à igualdade e à diferença, possibilitandoA definição de Diretrizes Operacionais para uma educação rural sem, no entanto, recorrer a uma lógica exclusiva e de ruptura com um projeto global de educação para o país” (BRASIL, 2002, p. 28)

Continue acompanhando...

Page 33: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Por isso, o final dos anos de 1990 foi fundamental para o surgimento da concepção da Educação do Campo que vem historicamente tentando romper com a lógica da Educação Rural. Com a realização dos eventos nacionais, como visto na linha do tempo, em 2001, como resposta a fortes pressões populares e o engajamento de alguns intelectuais , foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação as Diretrizes Operacionais da Educação do Campo.

Veja o que diz as Diretrizes Operacionais

Page 34: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

Art. 2° - Estas diretrizes, com base na legislação educacional, constituem um conjunto de princípios e de procedimentos que visam a adequar o projeto institucional das escolas do campo às Diretrizes Curriculares Nacionais para uma Educação Infantil, o Ensino Fundamental e Médio, a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Especial, a Educação Indígena, a Educação Profissional de Nível Técnico e a Formação de Professores em Nível Médio na modalidade Normal (Brasil, 2002, p. 37)

Page 35: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

Parágrafo Único: A identidade da Escola do Campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa dos projetos que associem as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida coletiva no País.

Page 36: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

O Paraná acompanha este movimento...vamos ver...

Numa releitura das Diretrizes Operacionais, em particular, do parecer da relatora, Fernandes (2005) complementa afirmando: “O Campo é lugar de vida, onde as pessoas podem morar, trabalhar, estudar com dignidade de quem tem o seu lugar, a identidade cultural. O campo é não é só lugar da produção agropecuária e agroindustrial , do latifúndio e da grilagem de terra. O campo é espaço e território dos camponeses e dos quilombolas. ..Por tudo isso, o campo é lugar de vida e, sobretudo, de educação.

Page 37: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

No ano de 2008, houve a publicação das Diretrizes Complementares para uma Educação Básica nas Escolas do Campo.

Ambas diretrizes, conjuntamente com a LDB, são importantes fontes jurídicas que podem subsidiar o trabalho político e pedagógico na escola, ou ainda, toda organização do trabalho pedagógico escolar.

Page 38: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

Os efeitos da Educação Rural marcam historicamente o estado do Paraná: fechamento de escola, a formação de uma forte rede de transporte escolar, a formação continuada de professores sem levar em consideração o contexto do campo em que estão a escola, os conteúdos escolares que deixam os saberes dos sujeitos à margem dos saberes escolares...Um movimento que buscasse reverter essa situação tornou-se necessário...

Page 39: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

Os efeitos da Educação Rural marcam historicamente o estado do Paraná: fechamento de escola, a formação de uma forte rede de transporte escolar, a formação continuada de professores sem levar em consideração o contexto do campo em que estão localizadas as escolas, os conteúdos escolares que deixam os saberes dos sujeitos à margem dos saberes escolares...Um movimento que buscasse reverter essa situação tornou-se necessário...

Page 40: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

No ano de 2000 houve a II Conferência Paranaense por uma Educação Básica do Campo. O objetivo geral do evento foi a de “criar um espaço, de educadores e educadoras do campo, para uma reflexão de uma Educação Básica vinculada a um projeto de desenvolvimento do campo. Nesta conferência saíram diferentes desafios que culminaram num conjunto de ações, entre os resultados está a criação da Coordenação da Educação do Campo na SEED/PR.

Page 41: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

A Coordenação da Educação do Campo nasceu dentro da SEED em 2003, e a partir daí , passou a disseminar a concepção de Educação do Campo dentro da rede de Educação Básica e a desenvolver, em parceria com os movimentos sociais de base popular, com ênfase no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), experiências afirmativas que demonstram outras possibilidades de se promover a escolarização...(como foi visto no vídeo inicial desta oficina);

Page 42: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Continue acompanhando...

Em 2006, foi publicada as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação do Campo...assim, lança-se um desafio a todos que se apropriam dessa concepção de educação, que é “considerar a cultura dos povos do campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de apropriação e elaboração de novos conhecimentos (Paraná, 2006, p. 24).

Page 43: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A LDB, as Diretrizes Operacionais e Curriculares se apresentam como documentos importantes para orientar a organização do trabalho pedagógico escolar.

O Coletivo que contribuiu na construção das Diretrizes Curriculares da Educação do Campo no Paraná acredita que “entender o campo como um modo de vida social contribui para auto-afirmar a identidade dos sujeitos do campo para valorizar o seu trabalho, a sua historia, o seu jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos Próprios povos do campo, numa atitude de recriação da história” (PARANÁ, 2006, p. 24)

Page 44: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

EIXO - 03EIXO - 03

AS DIRETRIZES CURRICULARES DO AS DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ: os eixos temáticosESTADO DO PARANÁ: os eixos temáticos

Page 45: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Vamos assistir um trecho de uma das últimas entrevistas realizadas com o Prof. Paulo Freire

A partir da entrevista com Paulo Freire, como podemos avaliar o papel da Educação do Campo no atendimento dos sujeitos que habitam os territórios rurais dos municípios paranaenses?

Vamos ver o que as diretrizes curriculares dizem...

Page 46: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Os quadros que seguem apontam os eixos temáticos da Educação do Campo...

Por isso, as Diretrizes Curriculares da Educação do Campo propõe o trabalho com Eixos Temáticos. Estes, são entendidos como problemáticas centrais a serem focalizadas nos conteúdos escolares. Assim, há uma articulação entre os conhecimentos produzidos pelos camponeses e os conhecimentos que historicamente foram construídos e acumulados historicamente pela humanidade.

Page 47: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Para este trabalho com os conteúdos escolares, acompanhe o próximo slide...

No âmbito da Educação do Campo, objetiva-se que o estudo tenha a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que valorize singularidades regionais e localize características nacionais, tanto em termos das identidades sociais e políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de diferentes lugares do país (PARANÁ, 2006, p. 27)

Page 48: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Os Eixos Temáticos

Eixo Temático Considerações

Trabalho: Divisão Social e Territorial

A divisão social e territorial do trabalho. O Brasil, desde o período colonial, caracteriza-se como fornecedor de matéria-prima para a exterior. Nos dias atuais, o Brasil continua a exportar matéria prima (madeira, café, soja, trigo, etc.) e importar materiais industrializados, embora tenha um parque industrial significativo. Também, no Brasil, cada um dos estados possui particularidades produtivas que demonstram uma divisão territorial do trabalho. Como está organizada a produção do Paraná? Quais são as características agrárias do estado? O que se produz no estado e quais produtos vêm de outros locais? (PARANÁ, 2006, p. 31)

Page 49: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Os Eixos Temáticos

Eixo Temático Considerações

Cultura e Identidade

Cultura é entendida, neste contexto, como toda produção humana que se constrói a partir das relações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Não pode ser resumida apenas a manifestações artísticas, devendo ser compreendida como os modos de vida, que são os costumes, as relações de trabalho, familiares, religiosas, de diversão, festas, etc. [...] A não inserção desses conteúdos nas práticas pedagógicas provocou, ao longo da história, a negação da cultura dos povos do campo. Quando esta é apresentada, na maioria das vezes, aparece de forma esteriotipada e preconceituosa. Ex: Festas Juninas. (PARANÁ, 2006, p. 32)

Page 50: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Os Eixos Temáticos

Eixo Temático Considerações

Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável

A interdependência campo-cidade ficou evidenciada a partir do início do século XX, com o início da industrialização no Brasil. Até então, havia predominância do campo no âmbito das relações capitalistas e da inserção do país nas relações econômicas internacionais [...] Houve a necessidade de atrair trabalhadores campo para as cidades [...] No Brasil, imensas áreas de terra encontram-se nas mãos do capital, grandes fazendas produzem para exportação [...] Segundo dados da FAO/INCRA (2000) 86,89% da Agricultura Familiar detêm 40% das terras cultiváveis, enquanto que 11,97% não-familiar possuem 60% das terras cultiváveis do Paraná.

Page 51: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Os Eixos Temáticos

Eixo Temático Considerações

Interdependência campo-cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável

A Soberania Alimentar é tema que precisa ser destacado no trabalho com os conteúdos escolares. Quando se discute campo, é possível pensar ainda o deserto verde – grandes áreas de pastagem, soja, cana-de-açúcar, entre outros produtos, com o uso de mecanização moderna e de pouca mão-de-obra. Como esse sistema tem impactado nossas vidas, a nossa relação com a natureza? Como campo e cidade se relacionam diante deste contexto? São inúmeras as possibilidades para o debate e inclusão destes conteúdos juntos aos demais conteúdos escolares.

Page 52: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Os Eixos Temáticos

Eixo Temático Considerações

Organização Política, Movimentos Sociais e Cidadania

Tratar de Organização Política e Movimentos Sociais é mais que falar de partidos políticos, de representantes políticos, de processos eleitorais. É valorizar a organização da população brasileira, na cidade e no campo. Historicamente, os povos do campo demonstram sua organização por meio da reivindicação de condições de trabalho, divisão social da terra, de forma a garantir a produção de subsistência, a reforma agrária, a delimitação territorial das terras dos povos indígenas, a indenização pelos danos gerados nas áreas de construção de usinas hidrelétricas.

Page 53: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Os Eixos Temáticos

Eixo Temático Considerações

Organização Política, Movimentos Sociais e Cidadania

Exemplo de Movimentos Sociais históricos: Indígenas, Quilombolas, Ligas Camponesas, Conflito do Contestado, Revolta dos Colonos no Sudoeste do Paraná, Conflito de Porecatu, Luta dos Bóias-frias, Movimento dos Atingidos por Barragens, MST, até a organização de novas faces do sindicalismo rural, entre outros em prol da reforma agrária. A organização política se dá no âmbito escolar, nas características da gestão, que pode ser mais democrática ou mais autoritária. (PARANÁ, 2006, p. 36).

Page 54: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

E aí...conseguiram observar algumas possibilidades de trabalho com os conteúdos

escolares de suas disciplinas? Como essa articulação entre conhecimentos pode modificar

o Projeto Político Pedagógico, o Plano Curricular ou o Plano de Trabalho Docente, as

atividades escolares?

Por fim....sobre os eixos segue uma última reflexão...

Page 55: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Cabe destacar que a Escola não pode reduzir o processo pedagógico às discussões da realidade camponesa,

desconsiderando a interdependência campo-cidade, as escalas regionais, nacionais e globais...vice e versa...buscando

sempre, potencializar a formação e o fortalecimento de um sujeito crítico e transformador...sujeito de sua historia...

Page 56: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

EIXO - 04EIXO - 04

AS DIRETRIZES CURRICULARES DO AS DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ: alternativas ESTADO DO PARANÁ: alternativas

metodológicasmetodológicas

Page 57: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Organização dos saberes escolares: Organização dos saberes escolares: investigação e interdisciplinaridade investigação e interdisciplinaridade

como princípios pedagógicoscomo princípios pedagógicos

Que conteúdos dos povos do campo podem estar presentes na abordagem dos conteúdos

escolares? Como captar estes conhecimentos? Que tratamento devemos dar aos mesmos?

Vamos continuar olhando...

Page 58: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A INVESTIGAÇÃO E O DIÁLOGO

Com Freire, pensamos que ensinar exige pesquisa, paciência e respeito. A pesquisa é essencial para que se desvelem as relações sociais de produção, os saberes que estão

presentes no cotidiano do trabalho, da organização política, das negociações

economicas, práticas religiosas, festas, entre outros...

Page 59: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A INTERDISCIPLINARIDADE

Pressupõe um diálogo constante entre os professores(as) das diferentes disciplinas –

momento de planejamento.

Os professores não podem perder de vista o objeto de estudo/ensino da ciência/disciplina

Page 60: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO ESCOLAR

A escola é o lugar das relações educativas formais. Mas é possível agregar outros

espaços educativos...A roça, a mata, os rios ou o mar, as associações comunitárias, são

lugares educativos que, às vezes, justamente por causa do contato diário,

passam despercebidos (PARANÁ, 2006, p. 41).

Page 61: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO ESCOLAR

Uma aula na mata, na ilha, no acampamento, no assentamento, na

associação comunitária, na roça ou na cooperativa, dentre tantos outros lugares,

pode levar uma manhã toda, numa sequência de encontros...

Page 62: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO ESCOLAR

Para que a escola proponha tempos diferentes, é preciso que o Projeto Político

Pedagógico seja coerente em seus princípios pedagógicos, que cada planejamento de

ensino explicite os objetivos, as articulações entre disciplinas, os conceitos e noções a

serem desenvolvidas com os alunos.

Page 63: EDUCAÇÃO DO CAMPO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DA DIVERSIDADE COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A partir das alternativas metodológicas, como instigar e traçar estratégias de mudanças na

organização do trabalho pedagógico na escola, no tratamento com a produção do conhecimento

e com os sujeitos do campo no processo de ensino-aprendizagem?

Vamos para um trabalho em grupo...