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A REVISTA DO AGRONEGÓCIO, INFORMAÇÃO E CULTURA. Nº 29 | SET/OUT/NOV 18 confi ança no consultor técnico promove o Agronegócio mofo Branco: manejos para a cultura na soja educação financeira para as crianças eles acompanham a lavoura do plantio à colheita e junto com os agricultores planejam uma safra produtiva e rentável técnica agrícola entrevista

educação fi nanceira para as crianças Nº 29iriedi.com.br/download/downloads/5b9a7a9ba131a.pdf · na cultura da soja excesso de umidade ... mação de apotécios é um ponto fraco

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a RevIsTa do aGRoneGÓCIo, InfoRmaÇÃo e CUlTURa.

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a RevIsTa do aGRoneGÓCIo, InfoRmaÇÃo e CUlTURa.

confi ançaconfi ançano consultor técnicopromove o Agronegócio

mofo Branco: manejos para a cultura na soja

educação fi nanceira para as crianças

eles acompanham a lavoura do plantio à colheita e junto com os agricultores planejam uma safra produtiva e rentável

técnica agrícola

entrevista

Diretora PresiDente Da i.rieDi: Wanda Inês RIedIeDiÇÃo e JornaLista resPonsÁVeL: déboRa Helena GaRbIn (RT 010007/PR)reVisÃo: Izabela de CaRvalHo ProJeto GrÁfico/DiaGramaÇÃo: fReeameRICa imPressÃo: mIdIoGRaftiraGem: 2.700 exemPlaRescircuLaÇÃo DirecionaDa: ClIenTes, foRneCedoRes e ColaboRadoRes da I.RIedI

INTERNET: www.iriedi.com.brEMAIL: [email protected]: (45) 3322-9400

os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião deste veículo.

Isac sergio Rosset e equipe técnica de Guaíra – PR

eXPeDiente:

Destaque da capa:

4 TÉCNICA AGRÍCOLAMofo Branco: Desafios do manejo na cultura da soja

6 DICA NO CAMPO Cuidados para o plantio da safra de verão

7 MERCADO AGRÍCOLAColheita da safrinha de milho finaliza no Paraná e preços continuam atrativos ao produtor 8 ESPECIALConfiança no profissional

12 VARIEDADESmuseu da agricultura

14 SAÚDEa saúde começa pela boca

16 INFORMATIVO CIPA Acidente elétrico (pulverizador)

17 EVENTOS REALIZADOS eventos I.RIedI

18 NÚMEROS DO CAMPO Trabalhos Caderno de Resultados

20 REFLITAEducação financeira com as crianças

22 GASTRONOMIAReceitas de panificações caseiras

SUMÁRIO

atenDimento ao Leitor:

Parceria de 63 anos

Em dezembro a I.RIEDI irá comemorar 63

anos de história - são mais de seis décadas

ao lado do produtor rural, sempre juntos em

todas as conquistas. desde o começo da his-

tória da empresa, quando era um armazém

de secos e molhados em Palotina fundada

pelos irmãos Riedi, a maior preocupação da

empresa sempre foi em melhor atender o

homem do campo. nesta edição da Revista agrocultura iremos abordar um

assunto que, de tão cotidiano, às vezes esquecemos de dar o devido reconhe-

cimento: a assistência técnica de qualidade.

acompanhar a lavoura desde o plantio até a colheita, conhecer o histórico da

área do produtor rural, recomendar sempre as opções de insumos mais ren-

táveis e com melhores resultados disponíveis no mercado. Manter-se sempre

atualizado nesse meio tão dinâmico, que é agricultura, é apenas uma das

características demonstradas pelos técnicos da I.RIedI Grãos e Insumos.

A empresa oferece constantemente palestras, eventos técnicos e está sempre

se atualizando e melhorando o portfólio de produtos e serviços oferecidos com

um objetivo: conquistar junto com o produtor altos patamares de produtivida-

de. O perfil do assistente técnico também se transformou ao longo dos anos,

porque a agricultura brasileira passou por importantes mudanças, alcançando

o patamar de uma das maiores exportadoras de grãos mundiais. de acordo

com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, o setor

agropecuário cresceu 14,5%, sendo o protagonista da economia brasileira.

nossos vendedores precisam além de conhecimento técnico, ter uma boa vi-

são sobre gestão, sobre perspectivas de cenário de médio e longo prazo, além

de visão estratégica para auxiliar o nosso cliente a fazer as melhores escolhas.

boa leitura!

Wanda inês riediPresidente

EDITORIAL

4 I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

TÉCNICA AGRÍCOLA

A doença apresenta um alto potencial de prejuízo para a soja, podendo ocasionar perdas em produtividade de 30%, chegando até 100% quando medidas de ma-nejo não são tomadas

mofo Branco: Desafi os do manejo na cultura da soja

excesso de umidade é um problema para a humanidade. as rou-pas não secam direito, as paredes começam a “suar” e é comum a formação de colônias de

fungos, principalmente no banheiro, que é um local ainda mais úmido. Porém, a umidade não é um problema apenas dentro de casa, uma vez que pode tirar o sono do produtor rural.

em um ano com muitas chuvas se-quenciais, somados com baixas tempe-raturas, pode acontecer a proliferação do fungo sclerotinia sclerotiorum, causador da doença mofo branco. de acordo com o técnico da fi lial de Pitanga da I.RIEDI, marcio José zanetti, essa doença apre-senta um alto potencial de prejuízo para a soja, podendo ocasionar perdas em produtividade de 30%, chegando até 100%, quando medidas de manejo não são tomadas. “a aplicação do fungicida deve ser feita no momento correto. o mofo branco manifesta-se com maior severidade em áreas acima de 600 me-tros de altitude, sob condições de alta umidade e temperaturas variando entre 10°C e 21°C. a medida deve ser pre-

Oventiva, pois depois de manifestada a doença é muito difícil conseguir reverter o quadro, e o controle é feito com apli-cações de fungicidas”, comenta.

a incidência de mofo é maior em épocas de chuvas e no inverno porque os micro-organismos (fungos) encon-

tram nos ambientes úmidos e escuros locais ideais para se propagar. o produ-tor rural de Pitanga, davi stoski, comen-ta que na região é sempre muito comum a manifestação do mofo branco quando o clima é favorável, porém foi apenas na safra de verão 2017/18 que apare-ceu em sua lavoura pela primeira vez. “Via sempre nos meus vizinhos, mas ano passado aconteceu na minha proprieda-de, e quando vi o estrago já estava feito, perdi aproximadamente 10% da minha produtividade. Como a doença nunca ti-nha se manifestado, acabei não fazendo a aplicação do fungicida, mesmo sendo um ano propício para a proliferação do fungo, pois considerava alto o valor do produto, mas agora estou atento e já coloco no meu planejamento de safra a compra do produto, caso necessário”, afi rma Davi.

o produtor rural lembra que é ne-cessário ter cuidado também na hora da colheita, pois o maquinário pode espa-lhar ainda mais o fungo. “os escleróides fi cam no caule e dentro da planta e a colheitadeira vai espalhando por onde passa – caso for maquinário terceirizado o risco aumenta de levar ou trazer a do-ença de outras áreas”.

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a aplicação do fun-gicida deve ser feita no momento corre-to. a medida deve

ser preventiva, pois depois de mani-

festada a doença é muito difícil conse-guir reverter o qua-dro, e o controle é

feito com aplicações de fungicidas

Caso a área já tenha histórico da doença, é preciso fi car ainda mais atento para garantir que não ha-verá proliferação do fungo

Marcio José Zanetti

5I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

o fungo sclerotinia sclerotiorum é conhecido pela agressividade da doença e também ampla gama de hospedeiras (mais de 400 espécies registradas como algodão, feijão, soja, dentre diversas outras), fato que restringe muito as opções para rotação de culturas nas áreas infes-tadas. Praticamente só as gramíne-as não são hospedeiras do fungo. o patógeno também se destaca pela sua proliferação relativamente rápida dentro da lavoura, pois cada planta afetada pode produzir dezenas de escleródios, facilmente disseminados com o trânsito de implementos agrí-colas e colhedeiras.

As opções para manejo do mofo branco destinam-se à redução do inó-culo inicial e/ou à redução da taxa de progresso da doença. Independente-mente de serem destinadas à redu-ção de escleródios no solo ou para a proteção das plantas, é necessário que várias práticas sejam utilizadas em uma mesma safra, para que os

riscos de uma epidemia de mofo branco sejam mantidos o mais baixo possível.

A dependência de luz para a for-mação de apotécios é um ponto fraco para a estrutura reprodutiva do fun-go. Tal fato tem sido explorado com a cobertura do solo com palhada ou outras formas de mulch, como co-bertura plástica em cultivos de hor-taliças. em culturas anuais, existem opções de forrageiras como espécies de braquiária e de cereais de inver-no, efi cientes também para evitar a liberação de ascósporos no ar. nesta prática, a inibição de esporo pode ser superior a 90% e, em cultivos sob cli-ma tropical, é obtida geralmente com braquiárias – geralmente Brachiaria ruziziensis ou B. brizantha. Na Região sul, espécies como triticale também podem proporcionar o mesmo efeito de barreira física aos apotécios e as-cósporos. o controle químico do mofo branco deve ser feito preventivamen-te, indicando-se a pulverização quan-

do há queda das primeiras fl ores da cultura, concomitante à presença de apotécios no solo. em cada situação é importante monitorar o desenvolvi-mento da cultura e do inóculo no solo, para se defi nir o momento ideal para aplicação e a necessidade de outras intervenções, como as descritas an-teriormente. As práticas culturais, por sua vez, são necessárias para facili-tar o uso efi ciente de fungicidas, que são favorecidos sob menor densidade de inóculo e ambiente desfavorável à doença. Devido aos desafi os pro-porcionados pelo fungo, não se pode deixar de mencionar a importância do uso de sementes sadias e tratadas, para evitar a disseminação da doen-ça. a implantação destas e de outras medidas tem demonstrado a viabili-dade do manejo do mofo branco no brasil e precisam, portanto, sempre se antecipar à doença para obter o sucesso esperado.

manejo da doençafonte: embRaPa

De acordo com o técnico Marcio, o ideal é fazer duas aplica-ções de fungicida. “Caso a área já tenha histórico da doença, é preciso fi car ainda mais atento, e o ideal para garantir que não haverá proliferação é fazer uma aplicação de fungicida no fecha-mento de entrelinhas da soja, e a segunda aplicação de 10 a 15 dias depois”, conclui.

momento de aplicação

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DICA NO CAMPO

cuidados para o plantio da próxima safra Texto: Silvano Taborda, engenheiro agrônomo fi lial Cascavel

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m breve será dada a largada para o plantio da safra 2018/2019, e a instalação da lavou-ra requer um planejamento adequado, pois é o processo do plantio que determinará o sucesso.Algumas recomendações técnicas devem ser levadas em consideração para um bom plantio:

recomenDaÇÃo De aDuBaÇÃo: é de extrema importância realizar uma boa amostragem de solo para defi nir a adubação a ser empregada na lavoura. A I. Riedi possui excelentes ferramentas de diagnose e recomendação, a Análise de Extrato de Saturação imita o que realmente as raízes das plantas irão ”beber”. Através dela defi ne-se qual pro-dutividade se quer alcançar e o profi ssional recomenda todos os macro e micronutrientes que devem ser utilizados. Semea-doras que possuem KIss (Kit Inteligente de sulco de Plantio) podem complementar com a fertilização líquida no sulco de semeadura.

DessecaÇÃo PrÉ-PLantio: uma boa dessecação consiste na eliminação total das culturas de cobertura ou da vegetação presente na área, incluindo as plantas daninhas. A existência de algumas espécies tolerantes ao Glifosato exige um maior cuidado com a estratégia da dessecação. o uso de pré-emer-gentes facilita muito o manejo da lavoura, muitas vezes econo-mizando uma pulverização em pós emergência. Recomenda-se a avaliação por um consultor técnico para tomada de decisão.

escoLHa Da cuLtiVar: defi nir a cultivar é o primeiro pas-so no planejamento da nova safra. A dica principal é que seja adaptada à região que será plantada e observar atentamente a recomendação populacional adequada. as sementes devem possuir alto vigor, pois suas raízes costumam ser mais profun-das, conseguindo enfrentar melhor períodos secos. alto vigor também proporcionará o estabelecimento mais uniforme da lavoura.

tratamento De sementes: fundamental para a preser-vação da qualidade sanitária das sementes, principalmente fungos presentes nos solos, além de atuar contra possíveis ata-ques de pragas.

temPeratura e umiDaDe Do soLo: a temperatura ideal para a emergência rápida e uniforme das plantas varia entre 20 e 30°C. O solo deve estar com umidade sufi ciente para o rápido embebimento das sementes. Semeadura realizada com insufi ciência hídrica é extremamente prejudicial ao processo de germinação.

inocuLaÇÃo De sementes: o grão de Soja possui ele-vado teor de proteína e para produzir esta proteína necessita de elevada quantidade de Nitrogênio. A forma mais efi ciente se dá pela Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN), através da simbiose entre as raízes e as bactérias específi cas para a cul-tura. Recomenda-se a utilização da Co-Inoculação, com o uso do Azospirillum associado ao Bradyrhizobium, proporcionando o aumento da área radicular, possibilitando maior aproveita-mento de nutrientes e água. A inoculação deve ser realizada no máximo cinco horas antes do plantio e protegida do sol, pois os raios solares provoca alta mortalidade das bactérias. método que vem conquistando cada vez mais agricultores é a inocu-lação realizada no sulco de plantio, além da praticidade vem gerando aumento de produtividade devido à baixa mortalidade das bactérias.

reGuLaGem/manutenÇÃo De PLantaDeiras: as plantadeiras devem receber cuidados especiais no que diz res-peito à sua funcionalidade, exigindo uma boa revisão anteci-padamente ao plantio. a distribuição correta das sementes no solo e a consequente uniformidade na população de plantas é fortemente infl uenciada pela regulagem da plantadeira e velo-cidade do plantio. a escolha de engrenagens, anéis e discos de plantio devem ser escolhidos criteriosamente por pessoa que detenha conhecimento adequado evitando que possíveis falhas no stand fi nal da lavoura possam prejudicar a produtividade.

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s safras de inverno e verão de 2017 obti-veram produtividades recordes em vários estados, resultando numa safra recorde de soja e milho. Já o ano de 2018 teve seu início marcado por uma safra verão com forte redução de área - refl etindo um mercado, com preços pressionados no segundo semestre de 2017 migrando a

decisão de plantio do produtor para soja. Nesse cenário, houve uma redução na área plantada e na produtividade frente a 2017 o que impactou diretamente na pro-dução do milho verão com uma colheita de 24,6 milhões de toneladas.

a safra de inverno deu início com um plantio de milho bem mais espaçado que no ano passado devido a condição de cli-ma, com uma expectativa de safra menor em relação a área e também com clima bastante irregular que comprometeu a produtividade das lavouras no Paraná e mato Grosso do sul. Com a safrinha prati-camente fi nalizada (mais de 80% da área no país foi colhida) está se concretizando uma safra menor que o ano anterior, com uma produção de 55,4 milhões de tonela-das versus 67,3 milhões de toneladas em 2017, terminando assim, o ano de 2018 com uma produção total de 80 milhões de toneladas, uma redução de quase 18 mi-lhões em relação ao ano passado.

do lado da demanda, o brasil sempre teve um mercado consumidor interno de milho muito forte, que veio crescendo nos últimos anos a medida que o país cresce no mercado de carnes e etanol de milho. O país consumiu em 2017 perto de 57,6 milhões de toneladas. Porém, com a alta

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MERCADO AGRÍCOLA

dos preços no ano de 2018 em função des-sa menor oferta que foi discutida acima, esse consumo foi reduzido. A estimativa da INTL FCStone é de um consumo de 55 milhões de toneladas esse ano.

Já para a exportação há alguns fatores que dão suporte para essa demanda. dólar alto, prêmios fi rmes, e a bolsa de Chicago (CboT) dando suporte aos preços, o que deixam as exportações girando perto de R$ 40,00/sc. estima-se uma exportação menor em função da quebra, mas o nú-mero deve fi car próximo de 28 milhões de toneladas, cerca de 3 milhões a menos que no ciclo 2017.

dessa forma, o saldo estimado para o ano, considerando a tabela de oferta e demanda, é de que no fi nal de janeiro de 2019 é de um estoque no país entre 12 e 14 milhões de toneladas. Entretanto, este estará bastante concentrado nas praças onde não houve quebra, principalmente no MT e GO. Na prática, com a redução da produção de milho, a safra está se acomodando melhor esse ano, e distante dos principais estados consumidores. Com preço do porto fi rme, o mercado interno mantém a procura pelo milho para manter a produção mais próxima do consumo.

A grande questão é o quanto o Brasil irá exportar, pois esse é o número que vai ser determinante para estoques fi nais internos mais confortáveis ou não. Com os preços atuais é possível ver cancelamentos na exportação o que pode limitar altas mais expressivas nos preços. fator determinan-te dos preços nos portos é a formação do preço no mercado internacional que tem como base a bolsa de Chicago (CboT), os fatores locais que defi nem os prêmios, e também o câmbio.

Quando se observa para os fundamen-tos que darão rumo para Chicago há uma safra indo bem nos eUa, maior produtor mundial de milho, com uma safra estimada esse ano de 370 milhões de toneladas. O país que já começou a colher a safra desse

ano, contou com algumas irregularidades de clima, mas no geral a safra está indo bem, o que limita altas muito expressivas na bolsa. Por outro lado, o mercado inter-nacional de milho que serve como base aos negócios vem de um ano de estoques menores que os recordes antes vistos, mantendo assim as cotações andando de lado. a China também se destaca na pro-dução mundial com 225 milhões de tone-ladas, consumindo praticamente sua tota-lidade internamente, infl uenciando menos os preços no mercado internacional pois não oferta volume signifi cativo do produto na exportação.

O cenário para o dólar mantém no ra-dar o principal evento do ano para o bra-sil, as eleições para presidente, que irá defi nir as expectativas dos agentes para os próximos anos. as perspectivas para o crescimento do PIB, para a infl ação, taxa de juros e taxa de câmbio dependerão da orientação da política econômica que terá sucesso nas urnas.

Além do cenário político brasileiro, a taxa de câmbio do real deve se manter bastante correlacionada ao movimento dos ativos de outras economias emergentes e ao noticiário internacional. A perspectiva de desaceleração no crescimento da eco-nomia mundial, como resultante da pos-tura protecionista adotada pelo governo americano e das ações retaliatórias de ou-tras economias, reduz o apetite dos inves-tidores por risco e desfavorece as moedas mais fracas.

Há assim um bom momento para pre-ços ao produtor, por isso é importante manter seu planejamento atualizado para aproveitar as oportunidades que existem no momento, cientes de que, seja do lado da oferta vindo de um bom começo de safra para o próximo ano e/ou estoques maiores, ou fi nanceiro em função das va-riações cambiais, uma mudança de ten-dência pode mudar o atual cenário e refe-rência de preços do mercado.

fonte: InTl fCstone

colheita da safrinha de milho fi naliza no Paraná e preços continuam atrati-vos ao produtor

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confiança noprofissional

ESPECIAL

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“Pretendemos continuar a parceria com a I.RIedI por muitos anos”, família bento

9I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

om mais de 60 anos de história, a I.RIedI Grãos e Insumos acompanhou a evolução e consolidação da agricultura na região oeste do Paraná. Graças à dedicação do produtor rural que sempre busca por me-lhores tecnologias, desde à preparação do solo para semear as variedades de se-mente desenvolvida para o clima, altitude, dentre outras variáveis da lavoura, até o momento da colheita, é que se tem alcan-

çado patamares de produtividade antes inimagináveis. Ao lado do produtor rural há outro profissional que acompa-

nha todas as etapas: o consultor técnico. o sensacional desem-penho do agronegócio brasileiro é resultado da parceria com esses dois profissionais. Para o produtor rural de Fênix, Elizeu livon, é graças ao acompanhamento feito pelo consultor da

I.RIEDI que as últimas safras foram as mais rentáveis. “Antes de eu conhecer a empresa não tinha uma assistência técnica, apenas pegava o produto na empresa mas não vinha um pro-fissional acompanhar, pude ver a diferença logo na primeira safra”, comenta.

O agricultor afirma que confiou na empresa porque sentiu que a I.RIedI é consolidada no mercado. “o Helington Gonçal-ves (técnico da equipe de fênix) sempre apresenta novas op-ções de insumos agrícolas, sementes, mas o principal diferen-cial é o acompanhamento. É graças às recomendações precisas que investimos nas tecnologias corretas, as aplicações são fei-tas também no momento certo o que evita desperdícios. Tra-balho com a I.RIEDI há aproximadamente dois anos e percebi que é uma parceria diferenciada, que realmente eles investem no portfólio com novidades e consultores técnicos muito bem treinados”, complementa.

Para Mauro José Bento e seus filhos Flávio e Fábio, a relação de confiança que eles possuem com o técnico Valdenir Leite é primordial. “a vinda da I.RIedI para a região veio para conso-lidar ainda mais nossa relação de confiança, pois as opções de insumos, fertilizantes, variedades de sementes e demais tecno-logias são muito modernas e eficientes”, afirma a família.

sempre que possível eles participam de eventos promovidos pela empresa, como dias de campo e palestras técnicas em parceria com os fornecedores. “buscar conhecimento e saber as novidades é essencial para a gente, mas muitas informa-ções, como aplicação correta dos insumos – tanto no momen-to da aplicação quanto na quantidade da fórmula, perceber quando o clima está favorável para o ataque de alguma praga/doença é imprescindível o acompanhamento do técnico, pois o mercado é muito dinâmico e eles estão sempre muito bem preparados para atender a gente”.

no início do ano eles visitaram o Complexo Industrial de Sementes (CIS) da I.RIEDI em Toledo e ficaram impressiona-dos com a preocupação da empresa em entregar sementes com alto padrão de qualidade. “Com a visita pudemos perceber que realmente a empresa investe em tecnologia, conhecimento e prioriza a qualidade. Pretendemos continuar a parceria por muitos anos”, concluem.

Já os produtores Francisco Antônio de Araújo e Edson Sill-mann, de Guaíra, criaram um elo de confiança com a I.RIEDI, pois a parceria dura décadas. “antes mesmo da empresa vir ao município eu entregava grãos na filial de Terra Roxa, então criamos um vínculo muito forte e a confiança no técnico é muito grande, pois o Rafael (técnico da filial Guaíra) acompanha to-das as etapas – aplicações de fungicida, plantio, colheita dentre diversos outros”, afirma Francisco.

sempre que pode, edson participa dos dias de campo pro-movidos pela empresa e das palestras técnicas. “sentimos que

a empresa valoriza muito o cliente, pois organiza eventos técni-cos onde a gente pode buscar conhecimento e percebemos que os consultores participam de treinamentos para estarem sem-pre com as informações recentes para a gente, e vemos esse diferencial no campo, com maiores produtividades”, encerra.

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“sentimos que a empresa valoriza muito o cliente”, edson sillmann

assistência técnica de qualidade garante maiores produtividades e melhor renta-bilidade ao produtor rural

relação de confiança

10 I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

ESPECIAL

Há algumas décadas o agronegócio era apenas de subsis-tência. Com o avanço tecnológico, pesquisas, e principalmen-te dedicação de todos os profissionais envolvidos é que con-seguiu-se atingir o nível de excelência e se tornar o principal setor econômico do país. O agricultor Isac Sergio Rosset está sempre atento às novas tecnologias apresentadas pela equi-pe técnica da I.RIEDI. “Há anos que trabalho exclusivamente com a empresa e sempre achei a assistência técnica um diferencial, eles acom-panham todas as etapas e nos recomendam as melhores variedades de sementes, os insumos, fertilizantes e as dosagens além de demais conhe-cimentos técnicos para o momento do plantio e da colheita”.

os irmãos andré e anderson zimmermman, da comunidade Guaporé pertencente a Guarania-çu, são atendidos pela I.RIEDI há sete anos e afirmam que a relação de confiança com a equipe é um diferencial. “no início deixamos o técnico aten-der apenas 5 alqueires e a assistência foi tão boa que desde então trabalhamos com a empresa e pretendemos continuar a parceria por anos. Percebemos que com a ajuda do técnico fazemos a escolha mais rentável, pois as aplicações são feitas na hora certa e procuramos fazer o monitoramento de doenças e pragas para alcançarmos maiores produtividades”, afirmam.

Já o agricultor Clovis Tisatto, também de Guaraniaçu, se formou em técnico agrícola, mas afirma que ainda assim é necessário ter um consultor de confiança. “Eu tenho o conhe-cimento da teoria, mas desde que me formei muita coisa mu-dou, então ter um consultor é necessário para conseguir me manter atualizado por meio das recomendações dele. E um diferencial da I.RIedI é que ela atende todos os clientes muito bem, sendo pequenos ou grandes agricultores. sou também

contador e percebo que a empresa oferece a melhor opção de custo beneficio para a minha propriedade, pois quando investimos em tecnologias que possuem um maior investi-mento, há uma diferença na produtividade que compensa o investimento”.

Juntos vamos além

“i.rieDi é que ela atende todos os clientes mui-to bem”, clovis tisatto

“Há anos que trabalho exclusiva-mente com a empresa e sempre achei a assistência técnica um di-ferencial”, isac sergio rosset

“a relação de confiança com a equipe é um diferencial”, andré e anderson Zimmermman

11I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

Para a equipe técnica de Guaíra, Ra-fael Groff e Guilherme vanin, dentre as diversas atribuições ao consultor, uma das principais é a recomendação correta dos produtos. “nos preocupamos com a dosagem correta, evitando desperdícios de produto, combinações que promo-vem maiores resultados, dentre outros”, afirmam.

Para eles, acompanhar todas as eta-pas é essencial, mas as principais visitas a serem feitas pelos profissionais são: no plantio, para analisar profundidade de solo, umidade, dentre outros; na pós-emergência para contagem de po-pulação; após o nascimento visitas para identificação de doenças e pragas e re-alizar recomendações necessárias até a colheita”.

“é muito importante ter um técnico de confiança porque ele conhece o his-tórico da propriedade e consegue fazer as recomendações seguindo uma coe-rência maior, aumentando a probabilida-de de assertividade”, completam.

O mercado está cada vez mais di-nâmico, novas variedades de soja são apresentadas anualmente e a I.RIedI oferece treinamentos constantemente e prepara os técnicos para estarem sem-pre atualizados. “É uma satisfação para gente ver o cliente feliz, com boas pro-dutividades, transmitimos o nosso co-nhecimentos porque queremos ver ele produzir cada vez mais e crescer dentro da atividade”, complementam.

os técnicos da equipe de Ibema, an-derson Dias e Ivan Pietrobon, afirmam que a confiabilidade que o agricultor tem na assistência técnica prestada é essencial. “São muitas as atribuições e responsabilidades do profissional da área, temos que estar sempre atua-lizados e dar orientação técnica não é como seguir uma receita de bolo, pois cada ano é uma recomendação diferen-te, pois o clima muda, há novidades no mercado, dentre diversas outras variá-veis, então essa relação de confiança é muito importante”.

Principais atribuições

“É graças ao acompanhamento feito pelo consultor da i.rieDi que as últimas safras foram as mais rentáveis”, elizeu Livon

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VARIEDADES

a partir dessa edição da Revista agrocultura va-mos resgatar a história da agricultura na região por meio dos utensílios utilizados antigamente

desenvolvimento tecnológico facilitou bastante a rotina de todos e auxiliou o produtor rural a atingir patamares de produtividade antes inimagináveis. Mas lembrar com carinho de como era o dia-

-a-dia no campo há algumas décadas, faz valorizar ainda mais os esforços feitos pelos agricultores mais antigos. Pensando nisso, a partir dessa edição da Revista Agrocultura, será resgatada a editoria “museu da agricultura” (en-cerrada na 10ª edição), onde diversos itens utilizados, tanto na lida do campo quanto domésticos, serão resgatados e suas histórias contadas.

o primeiro a participar da edição é o agricultor José Janiski, de Pitanga. ele ainda utiliza arado, carroça, dentre ou-tras ferramentas consideradas arcaicas. “Moro com minha esposa Natália e mi-nha filha Márcia, sempre fui produtor rural, mas agora aposentei e arrendei minha terra e fiquei com um sítio, com alguns animais, e um canto para poder plantar amendoim, feijão, arroz, batata, batata doce, mandioca, uma hortinha, dentre diversas outras coisas. Como é pequeno o espaço e apenas para consu-mo próprio não vale a pena investir em novos maquinários, então utilizo essas ferramentas, que apesar de muito an-tigas funcionam muito bem e atendem minhas necessidades”, conta.Seguem alguns itens ainda utilizados por José e sua família.

O

museu da agricultura

Carroça é um meio de transporte que antecede ao advento dos veículos a vapor. movida por tração animal, era o meio de transporte mais utilizado para os deslocamentos de carga de um lugar a outro. no meio rural, os principais animais usados como tração são cavalos, burros, bois e jegues.

Ferramenta utilizada para debulhar fei-jão, dentre outros grãos da vagem.

Plantadeira manual – mesmo sendo uma ferramenta antiga, ainda é bastante uti-lizada em propriedades de agricultura familiar.

egípcios, hebreus, assírios, babilônios, gregos, romanos - en-fim, povos dedicados à agricultura - precisavam, ao longo do ano, dar atenção à tarefa apropriada a cada estação. antes que as sementes pudessem ser postas no solo, era preciso preparar o terreno. Arados simples eram conhecidos já na An-tiguidade. eram feitos de madeira e, como regra, eram puxa-dos por bois ou cavalos. Para que funcionassem bem, deviam ter ao menos três partes, ou seja, algum tipo de suporte para as mãos do agricultor que controlava a direção a ser seguida, um lugar ao qual eram presos os bois e uma parte pontiaguda que tocava o solo para que fosse revolvido e nele se abrisse um sulco.

carroça

cambal

matraca

arado

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13I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

14 I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

“Quanto mais demorar para procurar o dentis-ta, mais oneroso fi ca o tratamento”, afi rma Rolando Plumer Pezzini

a saúde começa pela boca Principais problemas bucais

as etapas da formação da cárie:

SAÚDE

uitos acreditam que o sorriso é a curva mais bonita na anatomia humana. Porém, além de motivos emocionais para incentivar que os dentes fi quem à mostra em uma boa gargalha-da, é preciso também

sentir confi ança e estar seguro com a apa-rência da dentição. o dentista e professor universitário do curso de Odontologia da Unioeste, Campus Cascavel, Rolando Plu-mer Pezzini, lembra que a saúde começa pela boca. “Quando a saúde bucal não está em harmonia, as bactérias e os fun-gos naturais dessa região podem se proli-ferar e atingir outros órgãos. a falta de in-formação e a correria do dia-a-dia faz com que a gente não dê a devida atenção para a nossa higiene bucal”, comenta.

Para o dentista, escovar os dentes logo após as refeições e passar fi o dental é essencial para a higiene oral. “a falta de tempo faz com que acabamos tendo que comer fora, e muitas pessoas não lembram de levar o kit com escova de dente, creme dental e fi o dental para o trabalho, aca-bam fi cando o dia inteiro sem higienizar, o que causa diversos problemas, entre eles a formação de placas bacterianas que é o início para gengivite, cáries dentre outras doenças bucais. é importante lembrar que essas doenças são causadas por bactérias, portanto, são infecciosas e passam de pessoa para pessoa caso compartilhada a escova de dentes e também por meio do beijo”, informa Pezzini.

entre os problemas bucais mais comuns na população brasileira está a gengivite, que, quando não trata-da, pode evoluir para a periodontite. “em nossa boca habitam centenas de milhares de bactérias, que dentre di-versas outras funções se alimentam dos restos de alimentos que fi cam em nossos dentes e língua, porém elas não atacam apenas os alimentos, mas tam-bém os dentes. Caso não seja feita a higienização correta, vai se formando as conhecidas placas bacterianas, que se não retiradas corretamente, pela escovação, vão formando o tártaro – que se não retirado, cresce dentro da gengiva, causando no primeiro estágio a gengivite – a gengiva fi ca infl amada, cresce e sangra na escovação, caso não tratado, a doença avança para perio-dontite, que literalmente em tradução livre ao português signifi ca “ao redor do dente”, enfraquecendo o osso, necessi-tando muitas vezes de uma reposição de porcelana – e por último a formação de bolsas periodontais. Nesse estágio

mais avançado da doença periodontal, as fi bras e o osso dos seus dentes es-tão sendo destruídos, e isso pode fazer com que o seu dente se movimente ou fi que mole. Isso pode afetar a sua mor-dida e a forma como você se alimenta ou se comunica. se o tratamento pe-riodontal não puder salvá-los, os dentes deverão ter que ser extraídos. Quanto mais demorar para procurar o dentista, mais oneroso fi ca o tratamento”, alerta o dentista.

a carie também é formada por fal-ta de higienização dos dentes. “A placa bacteriana alimenta-se principalmente do açúcar que ingerimos com os ali-mentos e, quando não é removida pe-riodicamente, desenvolve-se bastante. Como resultado da metabolização (di-gestão) do açúcar, a placa bacteriana produz ácidos que vão destruindo os dentes, num processo bastante lento. a destruição do dente causando uma cavidade (buraco) é conhecida como cárie”, explica o dentista.

Placa Bacteriana - a placa bacteriana desenvolve-se após a ingestão de alimen-tos, principalmente aqueles que contém açúcar. É uma fi na camada que pode ser removida (desorganizada) pela escovação e uso do fi o dental.

cárie incipiente - A Cárie Incipien-te ou Mancha Branca aparece no estágio inicial da cárie, antes que se forme uma cavidade (buraco) propriamente dita. nes-

te estágio, a cárie pode ser remineralizada sem restauração. nessa fase ainda não tem dor.

cárie de esmalte - Quando o ácido produzido pelas bactérias dissolve o es-malte dos dentes provocando uma peque-na cavidade temos a cárie de esmalte. Até este estágio a cárie não causa nenhuma dor.

cárie de Dentina - após ultrapassar o

MA higienização é essencial para evitar doenças bucais

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Prevenção • Escovar os dentes três vezes ao dia, preferencialmente após todas as re-

feições – escolha uma escova de cabeça pequena e cerdas macias, não é a força que você utiliza na escovação que irá limpar os dentes, e sim a quantidade de vezes que passar a escova pelo local – e em todas as direções do dente (frente, em cima, e atrás dos dentes) fazendo movimentos circulares;

• Passar fi o dental antes de escovar os dentes, pois o espaço entre os den-tes e entre a gengiva a escova não alcança, e é normalmente por lá que fi cam depositados os alimentos.

esmalte (que é bastante duro) a cárie avança mais rapidamente na dentina e passa a causar dor.

infecção Pulpar / abcesso - em um último estágio, a cárie evolui até alcançar totalmente a polpa, causando muita dor e podendo originar abcessos (bolsas de pus) no tecido ósseo abaixo da raiz do dente. Neste estágio é necessário o tratamento de canal.

Demais doenças o dentista alerta sobre as doenças que

não dependem da higienização, mas de predisposição genética dentre outros fato-res - como cânceres de boca e também os provocados por tabaco. “É preciso fi car atendo na gengiva, língua, palato (céu da boca) e parte interna da bochecha. Caso comece a aparecer feridas de tons aver-melhados ou esbranquiçado, com bordas bem delimitadas. Às vezes o câncer se manifesta na boca, porém pode estar alo-cado em outra parte do corpo, caso obser-ve algo estranho é sempre recomendado procurar o dentista”, explica.

as aftas também devem ser observa-das. “a afta é uma irritação que acontece na cavidade bucal, ela aparece principal-mente quando cai o PH da boca e quando cai a imunidade do organismo, portanto se elas estão muito frequentes é preciso ir ao médico para observar o que está causando a baixa da imunidade”, complementa.

Bruxismo e estresseO dentista lembra que as pressões e

cobranças do mundo atual, o estresse e ansiedade contribuíram para que cada vez mais pessoas, e mais jovens, sofram de bruxismo e apertamento de mandíbula. “o mal do século é o estresse, o bruxismo e apertamento de mandíbula é a forma que algumas pessoas, principalmente as mais

introspectivas, encontram de extravasar esse sentimento de angústia. o bruxismo desgasta os dentes, muitas vezes fazendo com que o paciente perca a coroa dentá-ria. essa doença causa problemas na fala, fonética e estética, além de dores muscu-lares, de cabeça, nuca, e isso impede uma boa qualidade de vida. normalmente esse comportamento de ranger os dentes não são causados por um fator específi co”.

Pezzini exemplifi ca que a forma de tratamento do bruxismo é a colocação de uma placa macia entre os dentes. “assim, o paciente desgasta a placa e não os den-tes, lembrando que normalmente como a causa é o estresse é importante junto com o tratamento com o dentista buscar desco-brir a causa do estresse”, revela.

atenção especial aos pequenos “a criança, por sua incapacidade moto-

ra não consegue escovar os dentes, então cabe aos pais fazer a higienização. Mesmo antes do dente nascer é necessário fazer a limpeza, pois formam bactérias na língua e na gengiva, então a limpeza com a gaze é essencial. e conforme a criança vai cres-cendo é preciso ensinar a importância da escovação e ir sempre supervisionando - o acompanhamento com dentista é essen-cial para manter a boca saudável”, avisa Pezzini.

De acordo com o dentista, é necessário ter cuidado especial com o uso da chupe-ta. “a chupeta interfere em toda a mus-culatura do rosto, na respiração, simetria facial, porque o correto do bebe é a ama-mentação no peito, a sucção faz o desen-volvimento do tecido ósseo e a musculatu-ra, já a chupeta pode deformar o palato, mudar a forma da mordida, dentre diver-sos outros problemas que possam exigir o uso de ortodentia no futuro”, fi naliza.

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s áreas rurais são locais em que acidentes envol-vendo eletricidade geralmente acabam custando vidas. Uma das maiores causas de acidentes envolvendo maquinário agrícola e rede elétrica é a falta de planejamento e atenção no desem-penho de atividades no campo. sendo assim, os acidentes de trabalho no meio rural são efeitos de inúmeras causas. Em 98% dos casos, as causas podem ser previstas e eliminadas. neste

sentido, a causa dos acidentes de trabalho seria qualquer fator que, se eliminado a tempo, evita o acidente, acidente este, que não é inevitável nem surge por acaso. Daí que o acidente de traba-lho pode ser prevenido! as causas dos acidentes podem decorrer dos seguintes fatores como: condições inseguras, ato inseguro e fator pessoal inseguro.

Interação entre o produto e o pulverizador: quando se pensa em pulverização, deve-se ter em mente fatores como: o alvo a ser atingido; as características do produto utilizado; a máquina; o mo-mento da aplicação, e as condições ambientais não estarão agindo de forma isolada. A interação destes fatores é a responsável direta pela efi cácia ou inefi cácia do controle. Qualquer uma destas inte-rações que for desconsiderada, ou equacionada de forma errônea, poderá ser a responsável pelo insucesso da operação. O aplica-dor sempre deve estar atento à interação produto x pulverizador, por ser uma das que mais frequentemente causam problemas no campo. Nas áreas onde o agrotóxico está sendo aplicado não deve haver qualquer outro tipo de atividade, nem ser permitido o aces-so de pessoas sem vestimentas e equipamentos de proteção, até que seja cumprido o “período de reentrada” estabelecido no rótulo ou na bula dos produtos utilizados naquela área. A aplicação deve ser planejada e executada de forma a evitar a contaminação dos outras áreas de produção (culturas, pastagens, etc.), rios, lagos ou fontes de água utilizadas pela população.

Os profi ssionais nunca devem se aproximar e tocar em cabos elétricos caídos no chão. Também é importante tomar cuidado com cabos de sustentação que seguram os postes no lugar. “se forem rompidos podem danifi car a rede e causar outros aciden-tes”, diz o especialista.

Por isso, se encontrar um fi o elétrico caído, o mais adequado é sinalizar a área para que ninguém se aproxime e avisar imediata-mente a distribuidora de energia. “O planejamento e a utilização de métodos de prevenção, tanto por parte do empregador, como dos operários rurais, é fundamental para evitar transtornos para população, às empresas distribuidoras de energia e aos próprios trabalhadores.”

apesar das raras estatísticas e do pouco que se toca no as-sunto, os acidentes no meio rural acontecem. atingem pessoas de diferentes idades, independentemente da experiência de cam-po e ocorrem nas mais diversas situações. Os fatores potenciais de risco são também os mais diversos: falta de conhecimento, falta de atenção, de consciência sobre o perigo, hábitos, méto-dos equivocados de trabalho, uso de equipamentos tecnicamen-te inadequados, estresse, uso de máquinas que não atendem os princípios ergonômicos e fora do padrão de segurança, trabalho em condições insalubres (pouca iluminação, poeira, extremos de temperatura etc.) e ausência de equipamentos de proteção indivi-dual. Contribuem também para a ocorrência de acidentes, opera-ções em terrenos inclinados, velocidade alta durante as operações, imprudência do operador ao trafegar em estradas, despreparo do operador, além do uso de bebidas alcoólicas.

Normalmente, são os operadores de máquinas os principais envolvidos (72,1%). Levantamento realizado no Estado de São Paulo, no ano de 2001, com fi nanciamento da Fundação de Ampa-ro à Pesquisa, mostrou, entretanto, que em 28,9% dos casos, os acidentes também ocorrem com “terceiros”, isto é, com pessoas não diretamente envolvidas com a operação (parente, outro em-pregado, vizinho, amigo), não escapam nem crianças.

as faixas de servidão não existem à toa. atuam como prote-ção e segurança entre as lavouras e a rede elétrica. essas faixas resguardam tanto o sistema elétrico como os trabalhadores rurais, que muitas vezes utilizam máquinas de grande porte próximas dos equipamentos do sistema elétrico. não ocorre somente o fato de a máquina tocar os cabos da rede. Em alguns casos, os veículos acabam batendo contra os estais (cabos de aço que prendem os postes ao chão), derrubando postes e fi os energizados.

Conforme determina a Norma Técnica NBR 5422 – Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica, da associação brasileira de normas Técnicas (abnT), as faixas de servidão e segurança possuem a largura mínima de 30 metros, para as linhas de 69, 88 e 138 kV e a largura mínima de 20 metros para as linhas de 34,5 kV. Isso signifi ca que nestas áreas é proibido plantio de espécies que ultrapassem a altura ou que requeiram a utilização de maquinário agrícola para seu manejo.

apesar de o período mais crítico de ocorrência de acidentes seja o da colheita, quando os agricultores devem redobrar os cui-dados com as redes de energia, é importante planejar sempre as atividades. é importante visitar os locais onde os trabalhos serão realizados, observando os locais onde existe rede e dimensionan-do as máquinas para a realização do serviço a ser realizado.

durante queimadas e outras atividades, como colheita de fru-tos, o perigo também é grande. Com a modernização do sistema de colheita, visando o aumento da produtividade, as máquinas estão fi cando maiores, e acabam tocando a rede ou os equipa-mentos que a sustentam. Por isso é importante planejar todo o trabalho antes e fazer o reconhecimento do local, determinando as distâncias seguras da rede elétrica. Um dos fatores que contri-buem para a ocorrência de acidentes é o caso do agricultor, por desconhecimento, se arriscar ao tentar passar com máquinas de grande porte sob a rede.

A energia elétrica traz muitos benefícios e é impossível viver sem ela nos dias atuais. Acidentes na área rural, além de colo-car em risco o trabalhador, acabam deixando até mesmo cidades inteiras sem energia. Por isso, é necessário ter muito cuidado ao lidar com as redes elétricas, principalmente no controle de ris-cos de acidentes. Assim, o cuidadoso planejamento e a utilização de métodos de prevenção, tanto por parte do empregador, como dos operários rurais, é fundamental para evitar transtornos para população, às empresas distribuidoras de energia e aos próprios trabalhadores. Com planejamento e segurança, todos agradecem.

acidente elétrico (pulverizador)

INFORMATIVO CIPA

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em homenagem ao dia do agricultor, clientes da I.RIedI Grãos e Insumos participaram em julho de um café da manhã com sorteio de brindes em todas as fi liais da empresa. O tema da campanha desse ano foi: O homem do campo está de mãos dadas com a agricultura e tem o poder de transformar. Quando trabalhamos juntos, produzimos mais, e essa força se multiplica, porque é graças a dedicação, trabalho, e amor pela terra, somados com a parceria com a I.RIedI, que o homem do campo produz mais.

o café da manhã com sorteio de brindes em homenagem ao homem do campo já é tradição na empresa, e o evento proporcionou um momento de descontração entre o agricultor e a I.RIEDI, para estreitar ainda mais a relação de confi ança.

Homenagem ao homem do campo

atenção especial ao milhoDurante o meses de junho e julho, diversas fi liais da

I.RIedI Grãos e Insumos promoveram dias de Campo vol-tados para o Milho. O objetivo do evento foi mostrar as ca-racterísticas dos híbridos em lavouras comerciais na região em que o produtor rural tem a propriedade e ajudá-lo na escolha da semente para a próxima safra.

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trabalhos caderno de resultados

Produtor: Lotério PicininiTécnico I.RIedI: thiago Zateskofilial: roncadorÁrea Plantada: 20 alqÁrea de difusão de tecnologia: 3 alqProduto de difusão: Microgeo

Produtor: clovis tisattoTécnico I.RIedI: anderson Dias filial: ibemaÁrea Plantada: 10 alq Área de difusão de tecnologia:1,5 alqdata de Plantio: 20/10/2017data de Colheita: 10/03/2018Produto de difusão: (Booster + cmZ) – agrichem

Produtor: adriano fontana Técnico I.RIedI: Lucas felipe spéciafilial: PalotinaÁrea Plantada: 45 alqÁrea de difusão de tecnologia: 20 alqProduto de difusão: nemacontrol – simbiose +Booster - agrichem

Depoimento:

- melhor desenvolvimento da cultura;- melhor sanidade;- visualmente melhor uniformidade;- Incremento de produtividade; - satisfação do produtor.

Depoimento:

“Pagou o investimento e sobrou dinheiro”.

Depoimento:

“Fiquei satisfeito com o resultado e irei utilizar o produto novamente”.

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NÚMEROS DO CAMPO

soja

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RESULTADOS 2018Caderno de

Produtor: Valdir eisen Técnico I.RIedI: marcelo ricardo Leonhardt filial: nova santa rosa Área Plantada: 16 alqÁrea de difusão de tecnologia: 7 alqProduto de difusão: curative – fortgreen

Produtor: Waldir Luiz simioniTécnico I.RIedI: marlon rodrigo Dupont filial: ToledoÁrea Plantada: 7 alqÁrea de difusão de tecnologia: 1,5 alq.data de Plantio: 22/02/2017data de Colheita: 08/08/2017Produto de difusão: Black Gold – fortgreen

Depoimento:“Tivemos um início complicado com muita pressão de bacteriose. A área onde utilizamos o Curative apresentou-se com uma sanidade mel-hor, as folhas do baixeiro não amarelaram mes-mo com o excesso de chuva. o resultado foi a colheita expressiva”.

Depoimento:

“além da diferença da produtividade, o peso de grão foi maior onde foi aplicada a tecnologia I.RIedI”.

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REFLITA

alar sobre fi nanças não é tarefa fácil. Fazer economias ou saber o momento certo de in-vestir o próprio dinhei-ro é ainda mais difícil. Porém, quanto mais cedo aprende-se con-ceitos sobre educação fi nanceira, mais fácil será a administração do próprio dinheiro na

vida adulta, pois a aprendizagem na infância ocorre de forma simples e natural e uma criança que tenha re-cebido lições sobre como lidar com o dinheiro terá mais facilidade de ser um adulto capaz de controlar seus gastos, ou seja, um melhor gestor da própria vida fi nanceira.

Pensando nisso, a Revista agro-cultura conversou com a mestre em administração e consultora fi nanceira, mari Presrlak, sobre qual a melhor forma de passar esses conceitos aos pequenos. Foi realizada uma entrevis-ta com aproximadamente 100 parti-cipantes que deram opiniões sobre. segue a entrevista:

aGrocuLtura: a partir de qual idade é interessante come-çar a conversar com os fi lhos so-bre dinheiro?

mari: Como administradora eu penso que três anos de idade é um bom momento, mesmo eles não ten-do conceitos matemáticos ainda. A recomendação para essa idade é usar ações lúdicas, como incentivar um co-frinho, jogos que envolvem dinheiro, com materiais simples, recortes colo-ridos onde cada cor tem um valor, por exemplo. a criança vai assimilando isso e construindo o valor do dinheiro. A partir dos cinco anos acredito que já pode introduzir dinheiro mesmo, dei-xando a criança pagar a pipoca do ci-nema, comprar um doce na vendinha da esquina, coisas assim. o interes-sante é você dar um valor e dizer que ou compra um doce ou compra um brinquedo, as duas coisas não. dessa forma você está aplicando a gestão do dinheiro, que requer uma escolha. Nessa idade, como já possuem algum senso matemático, começam a assi-milar melhor o “valor” do dinheiro. e, a partir dos 11 anos já pode liberar

mais responsabilidade, por exemplo dar dinheiro para o lanche na escola, incentivar a guarda dos trocos no co-frinho, economizar para a poupança, e por aí vai.

Mas veja a variação de opinião sobre o assunto. Eu fi z uma pesqui-sa sobre o tema, perguntando sobre a idade de começar a falar sobre dinheiro, entre 2 e 9 anos, com 89 respondentes. os resultados mais relevantes indicam que 26% acredi-tam que a idade mais interessante para começar a falar sobre dinheiro é 5 anos; 21% acreditam que seja 2 anos; 18% pensam ser 4; e 10% pensam ser 3 anos. Diante disso, o certo seria observar quando a criança começa a entender o valor de algo, aí inicia a educação fi nanceira.

e outra questão bacana que ob-servei quando conversei com crianças entre 7 e 10 anos de idade, em outra pesquisa, 90% disseram que gosta-riam de aprender sobre dinheiro para “não fazer nada errado” quando o ti-verem. alguns disseram que quando

ganham dinheiro dos pais, contam centavo por centavo em que irão gastar. Ou seja, eles têm interesse e disposição, então vamos aproveitar isso né?!

aGrocuLtura: mesada aos fi lhos – sim ou não e porquê?

mari: a mesada é um tema po-lêmico sempre. Na pesquisa que fi z, 61% dos respondentes acreditam que sim, deve ter mesada; 25% acredita que não; e 14% não soube responder. Pensando tecnicamente, acredito que a mesada tem seus prós e contras e os pais tem que pensar no que pesa mais na balança. o prin-cipal benefício é o ensinar a gerenciar o dinheiro. e o principal malefício é o ensinar a “receber” de graça. eu co-loco na balança e o que pesa mais na minha opinião é o ponto negativo, o ”receber” de graça. E veja como é complexo o tema: se eu dou de gra-ça a mesada é um ponto negativo, se eu dou por troca de algum feito, soa como recompensa, e isso também não é legal.

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educação fi nanceira com as criançasde acordo com a consultora mari Presrlak o mais importante é dar o exemplo: “Quando os pais cuidam do dinheiro, dos preços, fazem esco-lhas assertivas, economizam, e falam sobre isso tudo em casa, a criança já está aprendendo, mesmo que inconscientemente”

•Tenha cofrinhos transparentes, para que a criança veja suas economias. Isso estimula mais a criança a guardar, pois ela vê o dinheiro “crescendo”; • Para crianças acima de 6 anos, ajude-as a dar “nome” aos cofres, com os “desejos” delas. Por exemplo, seu fi lho quer um livro, um brinquedo, ou um tênis. Colocar uma imagem do objeto ou escrever inspiram mais, e aqui você já está inserindo conceitos de pequenas metas e objetivos, e as crianças vão entendendo que algumas coisas custam mais que as outras;• Fale sobre metas e objetivos, e estipule algumas;• Dialoguem sobre questões fi nanceiras perto da criança, com o cuidado de não passar preocupação, sempre com cautela, assuntos leves. elas apren-derão mais rápido;• Leve os fi lhos para fazer compras juntos, e aproveite para ensinar sobre fi nanças;• Deixe a criança pagar pequenas coisas, como a pipoca do cinema, as com-pras dela em uma loja, no supermercado, mas sempre junto, orientando. Elas se sentirão mais responsáveis e começarão a dar mais valor ao dinheiro e à outras coisas também;• Mostre aos fi lhos as despesas da casa fazendo um comparativo de quanto se ganha e quanto se gasta, para eles terem noção do “fl uxo” do dinheiro. Já vi criança (7 anos) dizendo que o pai ganha uma fortuna (R$ 1.000,00) e que isso os tornava ricos;• Dê o exemplo sempre. Se ainda não tem o hábito de economizar e poupar, esse é o momento de começar.

Dicas rápidas (Por mari Presrlak)

Como administradora oriento a dar o dinheiro que a criança necessita para suas necessidades essenciais: lanche na escola, um passeio com os amigos, compra de materiais escola-res, livros e outras coisas necessárias. Mas não um valor fi xo, como mesada. E também há que se ter o cuidado de não dar esse dinheiro como recom-pensa por coisas que a criança faz. Por exemplo: se você lavar a louça eu lhe dou R$ 5,00; se você organizar seu quarto lhe dou R$ 10,00/mês; se você tirar boas notas na escola lhe dou R$ 20,00, e por aí vai. neste caso acredito que a criança vai aprender que sempre terá algo em troca ao fa-zer algo, e isso prejudica o desenvol-vimento do altruísmo da criança, que é o ajudar quando precisa, ser carido-so, solidário, dar sem receber, contri-buir gratuitamente com algo, etc.

na pergunta sobre dar ou não recompensas pelos feitos dos fi lhos, 59% não dá ou não daria recompen-sa; 20% responderam que sim, e 21% responderam que as vezes dá ou da-ria, dependendo da situação. e nessa pesquisa, quando perguntados o por-quê de dar ou não a recompensa, a maioria dos respondentes concorda que é necessário tomar o cuidado de não confundir as obrigações enquan-to fi lho e família, para que a criança não cresça pensando que para tudo que fi zer vai ganhar algo em troca. nós temos que ter a consciência de que é preciso educar os fi lhos para gerenciar o dinheiro, deixando claro que quando adultos o receberão por fazerem algo em troca, enquanto pro-fi ssionais, mas que agora, enquanto crianças, o recebem porque são fi lhos e não porque fazem algo em troca.

então, a dosagem certa seria dar um dinheiro para as necessidades essenciais, deixando claro que não é mesada e não é recompensa, é o su-porte dos pais para os fi lhos, na obri-gação de cuidar e prover o sustento da família.

aGrocuLtura: Quais concei-tos de educação fi nanceira são essenciais passar para as crian-ças e adolescentes?

mari: acredito que o essencial, no início é falar e orientar sobre (1) origem do dinheiro: orientar de onde vem o dinheiro da família, do salá-rio, das vendas, dos serviços. assim a criança vai saber que dinheiro não “cai do céu” nem “dá em árvore”, e vai aprender a dar o valor ao dinhei-ro; (2) custos: como quais são as despesas básicas da casa e da famí-lia; (2) orçamento familiar: além do

básico, falar como a família faz as escolhas sobre o que se pode gastar além do básico, com lazer, diversão, investimentos, carro novo, etc.; (3) comparação de preço e qualidade: abordar sobre a importância de fazer orçamentos e avaliar preços e qua-lidade, porque nem sempre o que é mais barato é o pior e o mais caro o melhor, como por exemplo, um tênis, duas marcas, dois valores, orientar sobre a questão de que se eu tenho dois produtos similares, um custa R$ 100,00 e outro R$ 130,00, se pos-so comprar o de R$ 100,00 porque gastar mais com o outro? falar muito sobre o preço da “marca” e não do produto, tirando a relevância que se dá para marcas de sucesso, dando ênfase que o é importante é o bom produto com bom preço e não a mar-ca, e lembrando sempre de analisar a qualidade do mais barato também, porque às vezes o ‘barato sai caro’; (4) controle fi nanceiro: falar do con-trole mesmo, anotar o que ganha e o que gasta, tomando o cuidado de não gastar mais do que se ganha, e tentando fazer sobrar, orientando que quando vemos o que fazemos com o dinheiro cuidamos melhor dele; (5) economia: orientar sobre a importân-cia de economizar para guardar uma reserva fi nanceira, fazer um cofrinho, ter para uma emergência, abordando que isso ocorre quando avaliamos preços, fazemos escolhas pelo produ-to e não pela marca, etc.; (5) pou-pança: além de ensinar a economizar, é importante ensinar a poupar essa economia, e manter essa poupança, falando mais uma vez da importância de ter uma reserva fi nanceira. Para crianças até 12 anos, o cofrinho é o jeito mais efi ciente de poupar. Depois disso já se pode pensar na conta pou-pança bancária, e já falar de como as coisas funcionam em um banco, dos rendimentos da poupança, dos juros, cartões, etc. Obviamente que não va-mos falar tudo de uma vez, é impor-tante ir devagar, eles vão aprender. Essa questão das questões bancárias, é importante, porque meus alunos, entre 15 e 18 anos, muitas vezes nem sabe o que é um cartão, uma conta corrente, uma tarifa bancária. Então julgo importante já ir conversando sobre isso também.

e, acima disso tudo: dar o exem-plo. Quando os pais cuidam do di-nheiro, dos preços, fazem escolhas assertivas, economizam, e falam so-bre isso tudo em casa, a criança já está aprendendo, mesmo que incons-cientemente.

FERIADOS E DADAS COMEMORATIVAS07/09 – independência do Brasil23/09 – início da Primavera12/10 – Dia de nossa senhora apareci-da, Dia das crianças e Dia do engenheiro Agrônomo31/10 – feriado evangélico, Dia da reforma02/11 – Dia de finados 15/11 – Proclamação da república

TERRA ROXA12/10 – festa da Padroeira nossa se-nhora aparecida

ASSIS CHATEAUBRIAND18 a 21/10 - expoassis

CÉU AZUL12/10 – festa na comunidade cantinho do céu na comunidade nossa senhora aparecida

GUAÍRA12/10 - festa em homenagem à nossa senhora aparecida na Paróquia nossa senhora aparecida14/11 - aniversário do município

CASCAVEL03 a 07/10 – rotary fest flores no cen-tro de eventos de cascavel14/11 – aniversário do município

CAMPO MOURÃO10/10 – aniversário do município

PÉROLA INDEPENDENTE 25/11 - culto e almoço festivo - iecLB Pérola independente

TOLEDO05 a 09/09 - 10° semana farroupilha no Parque ecológico Diva Paim Barth16/09 - 45° festa nacional do Porco no rolete no clube de caça e Pesca10 a 14/10 - expo toledo no centro de eventos ismael sperafi co

SÃO LUIZ DO OESTE11/11 - 24° festa da ovelha e costelão

à fogo de chão

agendaDar mesada ou não?

Daria recompensa para os feitos dos fi lhos?

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59%61%

sim sim

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fermento natural é um conjunto de le-veduras e lactobacilos que consomem carboidratos para produzir gás carbônico (o que faz o pão crescer) e alguns ou-tros produtos como ácidos orgânicos que conferem sabor e mais longevidade ao produto. De acordo com a proprietária da panifi cadora Cannelé, especializada

em pães artesanais, Priscilla bisognin, dentre os bene-fícios de consumir pães artesanais feitos com a fermen-tação natural estão: aumento de absorção de nutrientes, digestão facilitada e aumento da sensação de saciedade. Veja a receita para a fabricação do próprio fermento – e uma receita de pão italiano a ser feito com o fermento recomendado!fonte: https://luizandreoli.com.br/author/pris-cilla-bisognin/Endereço Cannelé: : Rua Guarani, 3103 - Jardim La Salle, Toledo - PR, 85900-190.

O

GASTRONOMIA

Passo a passo: fermento natural

receitas de panifi cações caseiras

Primeiro passo: você deverá ter um meio rico em microrganis-mos e carboidratos, eles só irão desenvolver se tiverem uma alta disponibilidade de alimento. se você conseguir encontrar caldo de cana em sua cidade, reserve um pouco e deixe de um dia para o outro: ele irá fermentar e será um meio perfeito para começar nossa cultura de microrganismos. Caso não tenha acesso ao caldo de cana, suco de abacaxi pode ser uma alternativa. você pode come-çar até mesmo com água, mas seu fermento irá demorar mais para se desenvolver. Reserve 30 ml do caldo fermentado (ou água) e junte a 30 g de farinha. Misture bem, não deixe nenhum grumo, e deixe descansar de um dia para o outro, fora da geladeira.

segundo passo: o que fare-mos agora é conhecido como ali-mentação do fermento, que nada mais é do que uma renovação constante do meio em que os mi-cro-organismos estão, com a reti-rada de alguns produtos metabó-litos e a adição de mais alimento. você vai separar 24g da mistura de caldo e farinha do dia anterior, adicionar 48g de farinha e 34g de água. Todos os dias desta sema-na serão iguais, você vai separar apenas 24g do fermento do dia anterior, acrescentar a água e a farinha nas quantidades certas, misturar bem e deixar descansar de um dia para o outro fora da geladeira. Todo dia você terá que jogar um pouco fora, mas não se preocupe com isso.

além de gostar de carboidra-tos, os micro-organismos adoram calor, e apenas ‘funcionam’ em temperaturas de amenas a eleva-das. Por isso é importante deixar o seu fermento fora da geladei-ra nesta primeira semana, assim nossas leveduras irão ter uma ati-

Ocaseiras

23I.RIEDI AGROCULTURA | set/out/nov 18

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receitavidade maior e se reproduzir em uma taxa mais acelerada.

Como saber se esse proces-so está funcionando: através de bolhas que devem se formar no meio. essas bolhas são resultado da geração de gás carbônico, se elas estiverem presentes isso sig-nifica que seus microorganismos estão em atividade, que é o que nós queremos.

Após uma semana, já possível observar a formação de bolhas no meio, o que é um ótimo indica-tivo de que os micro-organismos estão de fato produzindo gás car-bônico, e serão capazes de fazer nossos pães crescerem. apesar de já apresentar esta atividade visível, é necessário ‘fortalecer’ nosso fermento ainda mais, por isso continuar a alimentá-lo por mais 2 semanas antes de usá-lo. Parece muito tempo e muito tra-balho neste momento, mas você verá que o resultado final e o sa-bor dos pães com o fermento na-tural terá valido a pena. Para fazer a alimentação do fermento nas próximas duas semanas você de-verá seguir da mesma forma: se-parando uma parcela do fermento (e descartando o restante) e adi-cionando água e farinha. Lembre--se que o descarte é importante, pois, caso nada fosse descartado, você teria que adicionar quantida-des cada vez maiores de farinha, e a quantidade de fermento cres-ceria muito a cada dia. você pode manter as mesmas quantidades da semana anterior: 24 gramas do fermento, 48 gramas de fari-nha e 34 gramas de água, porém como a atividade dos micro-orga-nismos agora é mais intensa você deverá deixar o fermento um dia na geladeira e outro fora da ge-ladeira. este período na geladeira irá impedir que se forme álcool no meio e você perca as característi-cas que deseja para o fermento. depois dessas duas semanas seu fermento estará forte e pronto para uso.

ingredientes:- 1 kg de farinha de trigo branca; - 620 g de água; - 20 g de sal; - 300 g de fermento natural - alimentado na noite anterior ao preparo da receita;- 4 g de fermento biológico seco.

modo de preparo:- Inicialmente pese todos os ingredientes, e junte os ingredientes secos, sempre tomando cuidado para não colocar o sal diretamente sobre o fermen-to biológico. Depois coloque o seu fermento natural na água, e, usando as mãos, comece a ‘quebrar’ o fermento e fazer com que ele fique parcialmente dissolvido na água. Em seguida, junte os ingredientes secos à mistura de água e fermento natural, comece a misturar com o auxílio de uma colher, e em seguida despeje a mistura sobre uma bancada para começar a trabalhar com a massa. sove manualmente por aproximadamente 8 minutos, até ver que a massa está bastante lisa e homogênea;- deixa a massa descansando por aproximadamente 1 hora e 40 minutos, até que ela tenha crescido pelo menos 75% do volume. Lembre-se de ficar de olho na massa. se o dia estiver muito quente é possível que ela cresça bastante em apenas 1 hora, e em dias extremamente frios é possível que o tempo seja um pouco mais longo;- Depois dessa etapa de crescimento, divida a massa em 6 porções iguais, de mais ou menos 320 gramas (você pode alterar esse tamanho, mas lembre-se de ajustar o tempo de forno para mais ou para menos, conforme o tamanho dos seus pães). Em seguida, molde cada uma das suas porções em formato redondo e deixe descansar por mais uma hora. em torno de 20 minutos antes de começar a assar os seus pães, ligue o forno a 220°C para que ele esteja bem quente na hora de assar. Coloque uma assadeira com água dentro do forno, pois é importante que haja vapor d’água no início do crescimento dos pães;- Transfira os pães para uma assadeira, lembrando de deixar bastante espaço entre eles e coloque no forno preaquecido e com a assadeira com água. Asse por 10 minutos, e então retire a assadeira com água, para que o ambiente dentro do forno fique mais seco e a casca possa começar a se formar. Asse por mais 10 minutos, diminua o forno para 160 °C e deixe por mais 10 minu-tos. Caso deseje uma casca mais crocante, prolongue este tempo final.