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Educação física 15

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Nesta obra os focos principais são o profissional e a profissão da Educação Física, explanando acerca das várias oportunidades de atuação que surgem durante a vida acadêmica e profissional do graduado em Educação Física. Desde o momento que o indivíduo ingressa na graduação ele tem a possibilidade de atuar no mercado de trabalho, mesmo estando ainda no primeiro semestre do curso - o que não acontece na maioria das profissões...

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EducaçãofísicaUma profissãomUltidisciplinar

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São Paulo - 2015

Coordenador:Juarez Alves das Neves Júnior

EducaçãofísicaUma profissãomUltidisciplinar

Autores:

Andréa Cavalcante Lima

Iranira Geminiano de Melo

Juarez Alves das Neves Júnior

Olakson P. Pedrosa

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Copyright © 2015 by Editora Baraúna SE Ltda.

Capa Jacilene Moraes

Diagramação Felippe Scagion

Revisão Ana Paula

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

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N425e

Neves Júnior, Juarez Alves das Educação física : uma profissão multidiciplinar / Juarez Alves das Neves Júnior, Andréa Cavalcante Lima, Olakson P. Pedrosa , Iranira Gemi-niano. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2015.

ISBN 978-85-437-0273-5

1. Educação física - Estudo e ensino. 2. Prática de ensino. 3. Professores de educação física - Formação. I. Lima, Andréa Cavalcante. II. Pedrosa, Olakson P. III. Geminiano, Iranira. IV. Título.

15-20909 CDD: 372.86 CDU: 372.86

________________________________________________________________12/03/2015 17/03/2015

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo – SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.

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aprEsEntação

Esta obra vem apresentar conceitos já estruturados e novos estudos, os quais serviram de referencial na ten-tativa de entendermos o conceito de Educação Física, o profissional que atua sob esta formação e os fatores que influenciam tanto sua formação quanto sua atuação.

Em princípio contextualizou-se historicamente de que forma e sob quais pretextos surgiu esta prática pedagógica, sua evolução ao longo dos tempos e sua chegada ao Brasil.

Através de uma abordagem conceitual e histórica, no capítulo 1, buscou-se decifrar o que é a Educação Fí-sica enquanto pedagogia, ciência e trabalho. Cada uma dessas vertentes conquistou o seu espaço e influenciou no entendimento do que seja a Educação Física.

O segundo capítulo aborda sobre a formação do pro-fissional de Educação Física e seus locais de formação. Con-siderando que é importante que as disciplinas curriculares dos cursos de Educação Física sejam objeto de estudo e re-flexão para que a formação do professor não seja uma sim-

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ples aplicação do saber teórico utópico. Seguido dos dados publicados do artigo intitulado “A Inserção do profissional de Educação Física na Estratégia saúde da família em uma capital do norte do Brasil”, que demonstram a importância de uma graduação de qualidade e do entendimento de que o profissional de Educação Física pode e deve ser inserido no contexto da saúde da população.

O terceiro capítulo destaca um aspecto pouco ex-plorado nos referenciais bibliográficos do profissional de Educação Física: a motivação para o trabalho. Em pesqui-sa em vários referenciais sobre a formação do profissional de Educação Física pouco foi encontrado sobre o assunto motivação e satisfação no trabalho do profissional. Mui-to há sobre as questões históricas, sobre as pedagógicas e principalmente sobre as curriculares. Mas, neste capítulo são apresentados e discutidas pesquisas publicadas fruto de dissertação de mestrado intitulada “Perfil Motivacio-nal para o Trabalho dos Colaboradores de Fitness” e de outras publicações deste autor.

O quarto capítulo tem a pretensão de elucidar as possibilidades da atuação do profissional de Educação Fí-sica na área escolar, com ênfase na educação básica que inclui Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. Além disso, a atuação daquele profissional no âmbito da educação pro-fissional e tecnológica integrada ao ensino médio, nos Institutos Federais de Educação, Ciências e Tecnologia.

O quinto capítulo aborda a atuação do profissional de Educação Física no mercado de fitness. Isto é, nas aca-demias de ginástica, musculação e recreação.

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O sexto capítulo tem como pretensão fazer um fe-chamento dos assuntos abordados nesta obra. É claro que esta não esgota as discussões sobre o assunto de formação do profissional de Educação Física, mas busca mostrar com bastante propriedade as possibilidades de atuação e oportunidades que o mercado de trabalho atual traz para este profissional.

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introdução

A Educação Física, surge, segundo o entender de vários autores, de necessidades sociais concretas, que dão origem a diferentes entendimentos do que dela conhecemos, quando identificadas em diferentes mo-mentos históricos. Ela surge, no âmbito da escola, como exercícios físicos na forma cultural de jogos, gi-nástica, dança, equitação na Europa no final do século XVIII e início do século XIX.

Este período constitui-se em palco da construção e consolidação de uma nova sociedade: a capitalista. A qual vislumbrava “construir” um novo homem: mais for-te, mais ágil, mais empreendedor. Homem este que se constituía em força de trabalho e era vendido como mais uma mercadoria, pois era a única coisa que o trabalhador dispunha para oferecer ao mercado de trabalho.

Julgava-se que, através dos exercícios físicos seria possível adquirir o corpo saudável, ágil e disciplinado exigido pela sociedade capitalista.

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Na Europa, no início dos anos 800, o cuidado com o físico e com o corpo, assim como tomar banho, escovar os dentes e lavar as mãos passa a merecer atenção dos governos. Mas, eram vistos exclusivamente como fator higiênico.

Uma vez que correspondia aos interesses da classe so-cial dominante, naquele período histórico, a Educação Físi-ca começa a ser pensada e posta em ação através de práticas pedagógicas. Surgindo a preocupação com a inclusão dos exercícios físicos nos currículos escolares. Assim, o que se conhecia como ginástica passou a ser chamada de Educação Física e teve que sofrer adaptações e até passar por novas propostas, pois, até aquele momento a ginástica praticada não se destinava a uma população escolar.

Começaram, então, a surgir as primeiras sistema-tizações sobre os exercícios físicos denominadas de Mé-todos Ginásticos, tendo como autores desde professores de música, fisiologistas, e até mesmo médicos. Tais auto-res tiveram o mérito de, ao mesmo tempo, desenvolver a Educação Física na escola e garantia de um espaço de respeito perante os demais componentes curriculares. As-sim, a Educação Física ministrada na escola passou a ser vista como importante instrumento de aprimoramento físico dos indivíduos que estariam mais aptos para contri-buir com a prosperidade da pátria, a grandeza da indús-tria e dos exércitos. Outra razão para o desenvolvimento da Educação Física era o seu caráter científico, dado a partir do referencial oriundo das ciências biológicas. Em uma sociedade em que a ciência era respeitada como uma religião, o caráter científico dado à Educação Física cons-tituiu-se em fator determinante para a sua consideração e respeito no interior do sistema educacional.

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O médico higienista teve um papel de destaque no desenvolvimento do conteúdo da Educação Física esco-lar, pois o mesmo exerce grande autoridade perante os conhecimentos de ordem biológica por ele dominada. As aulas de Educação Física nas escolas eram ministradas por instrutores físicos do exército, trazendo para dentro delas os rígidos métodos militares da disciplina e da hie-rarquia. E, sendo esta a base da construção da identidade pedagógica da Educação Física escolar, calcada nas nor-mas e valores próprios da instituição militar.

Nas quatro primeiras décadas do século XX, no Bra-sil, ressalta-se a militarização da escola, em que a Educação Física escolar foi marcada pelo sistema educacional influen-ciado pelos Métodos Ginásticos e da Instituição Militar. Nesse período, a Educação Física era entendida como ati-vidade exclusivamente prática, o que contribuiu para não diferenciá-la da instrução física militar. Nessa essa época, os profissionais de Educação Física que atuavam nas esco-las eram os instrutores formados pelas instituições militares. Pois, somente em 1939, foi criada a primeira escola civil de formação de professores de Educação Física.

Após o fim da ditadura do Estado Novo no Brasil, surgem outras tendências disputando a supremacia na instituição escolar, predominando a influência do esporte que, no período do pós-guerra, apresenta um grande de-senvolvimento, afirmando-se como elemento predomi-nante da cultura corporal e levando ao desenvolvimento do esporte na escola. O que a caracterizou como um pro-longamento da instituição esportiva, que sofria a influ-ência direta do esporte olímpico, do sistema desportivo

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nacional e internacional. Levando a Educação Física a ter como seus princípios o rendimento desportivo, a com-petição, comparação de resultados e recordes e a vitória no esporte como sinônimo de sucesso. O esporte deter-minava, assim, o conteúdo de ensino da Educação Física escolar e estabelecia também novas relações entre profes-sor e aluno, que passam da relação professor-instrutor e aluno-recruta para a de professor-treinador e aluno-atle-ta. Não há diferença entre o professor e o treinador, pois os professores são contratados pelo seu desempenho na atividade desportiva.

No Brasil na década de 70, a Educação Física da pedagogia tecnicista ganhou força. Os pressupostos dessa pedagogia advinham da concepção de neutralidade cien-tífica e reforçavam os princípios mencionados no âmbito mais geral do processo de trabalho escolar, deixando-o objetivo e racional. Um exemplo dessa concepção na Educação Física escolar foi a divisão das turmas por gê-nero, que era respaldada por uma legislação específica.

Com esta introdução consegue-se perceber o cami-nho que a Educação Física percorreu e as concepções que a nortearam desde sua criação até sua chegada ao Brasil. Agora, faz-se necessário compreender qual o conceito de Educação Física da atualidade.

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sumário

Capítulo I O que é a Educação Física . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

Capítulo II A formação do profissional de Educação Física . . . . .21

Capítulo III A motivação para o trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

Capítulo IV Educação Física Escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55

Capítulo V Mercado do Fitness . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73

Capítulo VI Considerações finais: oportunidades e atuação . . . . .83

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . .87

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capítulo i

O que é a Educação Física

Neste capítulo faz-se necessário conceituar o que seja ou o que abrange a área da Educação Física no Brasil. Inicialmente percebe-se que se refere a um ex-tenso campo de ações.

Basicamente, a Educação Física se preocupa com o relacionamento entre o movimento humano e outras áreas da educação. Sendo assim, compreende o desenvol-vimento físico com o mental, social e o emocional na medida em que eles vão sendo desenvolvidos. Essa preo-cupação constitui uma esfera de ação única da Educação Física, com exceção da Educação em seu aspecto mais geral possível, pois nenhuma outra área trata do desen-volvimento total do homem.

Varias definições vêm sendo adotadas ao longo do tempo para a área da Educação Física. Tais definições re-fletem percepção dos indivíduos ou da sociedade sobre as funcionalidades ou necessidades que a Educação Física pos-sa abranger. Assim, a definição de Educação Física depende amplamente do ponto de vista pessoal de quem a define.